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DIREITOS AUTORAIS A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL Maria Elizabeth da Silva Nunes Maria Elizabeth da Silva Nunes A atua A atua ç ç ão do intelecto converge, ou para a ão do intelecto converge, ou para a satisfa satisfa ç ç ão de objetivos est ão de objetivos est é é ticos, ou para a ticos, ou para a produ produ ç ç ão de bens materiais, e de sua ão de bens materiais, e de sua exterioriza exterioriza ç ç ão resultam duas esp ão resultam duas esp é é cies de cies de obras: as de cunho est obras: as de cunho est é é tico e as de cunho tico e as de cunho utilit utilit á á rio, submetidas, ao rio, submetidas, ao Direito de Autor Direito de Autor e e ao ao Direito da Propriedade Industrial Direito da Propriedade Industrial , , respectivamente. respectivamente. Carlos Alberto Carlos Alberto Bittar Bittar

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Page 1: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

DIREITOS AUTORAIS

A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Maria Elizabeth da Silva NunesMaria Elizabeth da Silva Nunes

““A atuaA atuaçção do intelecto converge, ou para a ão do intelecto converge, ou para a satisfasatisfaçção de objetivos estão de objetivos estééticos, ou para a ticos, ou para a produproduçção de bens materiais, e de sua ão de bens materiais, e de sua exteriorizaexteriorizaçção resultam duas espão resultam duas espéécies de cies de obras: as de cunho estobras: as de cunho estéético e as de cunho tico e as de cunho utilitutilitáário, submetidas, ao rio, submetidas, ao Direito de AutorDireito de Autor e e ao ao Direito da Propriedade IndustrialDireito da Propriedade Industrial, , respectivamente.respectivamente.”” Carlos Alberto Carlos Alberto BittarBittar

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DIREITOS AUTORAISA EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

IntroduIntroduççãoão

O Direito Autoral no BrasilO Direito Autoral no Brasil

O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalO Direito Autoral e a Biblioteca Nacional

Breve histBreve históórico da Biblioteca Nacionalrico da Biblioteca Nacional

Page 3: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

AA proteproteçção do ão do Direito AutoralDireito Autoral atravatravéés de leis e pareceres jurs de leis e pareceres juríídicos dicos teve inteve iníício hcio háá menos de três smenos de três sééculos, principalmente em decorrência da culos, principalmente em decorrência da evoluevoluçção incessante dos meios de comunicaão incessante dos meios de comunicaçção e da divulgaão e da divulgaçção macião maciçça, a, e incontrole incontroláável, de obras artvel, de obras artíísticas e intelectuais.sticas e intelectuais.

Desde a remota AntigDesde a remota Antigüüidade, atidade, atéé o so sééculo XV, o culo XV, o Direito de AutorDireito de Autor não não havia despertado qualquer interesse por parte de juristashavia despertado qualquer interesse por parte de juristas. Apesar da . Apesar da não existência da expressão não existência da expressão ““direito de autordireito de autor”” na legislana legislaçção gregoão grego--romana, o plromana, o pláágio era condenado pelos autores litergio era condenado pelos autores literáários, em Roma e na rios, em Roma e na GrGréécia. Tal fato demonstrava que os autores tinham consciência. Tal fato demonstrava que os autores tinham consciência de seu cia de seu direito moral, em reladireito moral, em relaçção ão ààs suas obras. s suas obras.

Embora sem haver consenso entre os estudiosos da matEmbora sem haver consenso entre os estudiosos da matééria, com a ria, com a inveninvençção da imprensa, que possibilitou a reproduão da imprensa, que possibilitou a reproduçção das obras, que atão das obras, que atééentão eram manuscritas (principalmente, por membros do cleentão eram manuscritas (principalmente, por membros do clero), o ro), o Direito AutoralDireito Autoral passou a ser alvo de estudos e debates. Todavia para passou a ser alvo de estudos e debates. Todavia para defender os interesses defender os interesses ““pecunipecuniááriosrios”” de editores e impressores, que de editores e impressores, que detinham o monopdetinham o monopóólio das produlio das produçções artões artíísticas, num sistema de sticas, num sistema de privilpriviléégios concedidos por governantes e pela Igreja, que, atragios concedidos por governantes e pela Igreja, que, atravvéés dessas s dessas concessões, exerciam o controle absoluto, alconcessões, exerciam o controle absoluto, aléém da censura, sobre os m da censura, sobre os trabalhos publicados. trabalhos publicados.

I N T R O D U Ç Ã O

Page 4: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

I N T R O D U Ç Ã OComo tais privilComo tais priviléégios não eram exclusivos, terminaram por gerar grandes gios não eram exclusivos, terminaram por gerar grandes atritos, levandoatritos, levando--se se àà interferência dos governos e interferência dos governos e àà conseqconseqüüente ente reavaliareavaliaçção do sistema em vigor.ão do sistema em vigor.

O golpe preliminar contra tal estado de coisas foiO golpe preliminar contra tal estado de coisas foi a promulgaa promulgaçção, em ão, em abril de 1710, do abril de 1710, do ““Act Act Anne 8 c 19Anne 8 c 19””, , que se transformou no que se transformou no ““Copyright Copyright ActAct””, , da Rainha Ana da Inglaterra, que proibia a da Rainha Ana da Inglaterra, que proibia a reprodureproduçção das obras e dava aos autores o direito exclusivo soão das obras e dava aos autores o direito exclusivo sobre seus bre seus trabalhos intrabalhos inééditos por um prazo de 14 anos.ditos por um prazo de 14 anos.

Com a aboliCom a aboliçção definitiva dos privilão definitiva dos priviléégios perpgios perpéétuos na Frantuos na Françça, em 1777, a, em 1777, e com a promulgae com a promulgaçção, em 1793, do decreto que estendia a proteão, em 1793, do decreto que estendia a proteçção ão do do Direito de AutorDireito de Autor a todas as obras a todas as obras –– atatéé então a proteentão a proteçção era ão era restrita ao direito exclusivo dos autores de permitirem restrita ao direito exclusivo dos autores de permitirem a encenaa encenaçção de ão de seus textos dramseus textos dramááticos ticos –– o o Direito de AutorDireito de Autor passou a ser reconhecido passou a ser reconhecido como direito de propriedade.como direito de propriedade.

Se num primeiro momento, com o sistema de privilSe num primeiro momento, com o sistema de priviléégios, a preocupagios, a preocupaçção ão se voltava mais para o editor e impressor contra a repse voltava mais para o editor e impressor contra a reproduroduçção não ão não autorizada, jautorizada, jáá em 1793 se impunha a figura do em 1793 se impunha a figura do AutorAutor, como pe, como peçça a fundamental nas legislafundamental nas legislaçções da ões da éépoca. poca.

Page 5: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

I N T R O D U Ç Ã ONa Europa do final do sNa Europa do final do sééc. XIX, impulsionado pela Associac. XIX, impulsionado pela Associaçção ão LiterLiteráária e Artria e Artíística Internacional, sob grande influência stica Internacional, sob grande influência francesa, o grupo polfrancesa, o grupo políítico dominante nas questões autorais, na tico dominante nas questões autorais, na éépoca, apresentou, em 09 de setembro de 1886, um poca, apresentou, em 09 de setembro de 1886, um documento conclusivo sobre o assunto, apdocumento conclusivo sobre o assunto, apóós as diversas reuniões s as diversas reuniões iniciadas em 1883 e realizadas nas capitais daquele contininiciadas em 1883 e realizadas nas capitais daquele continente. ente. Foi a primeira versão da CONVENFoi a primeira versão da CONVENÇÇÃO DE BERNA (União para a ÃO DE BERNA (União para a Propriedade LiterPropriedade Literáária), que teve a adesão de inria), que teve a adesão de inúúmeros pameros paííses.ses.

A A CONVENCONVENÇÇÃO DE BERNAÃO DE BERNA foi revisada diversas vezes: foi revisada diversas vezes: em Parisem Paris –– de 15.03 a 04.04.1896; de 15.03 a 04.04.1896; em Berlimem Berlim –– de 14.10 a de 14.10 a 14.11.1908, em ato assinado em 13 de novembro, entrando 14.11.1908, em ato assinado em 13 de novembro, entrando em em vigor em 09 de setembro de 1910, e sido promulgada, apvigor em 09 de setembro de 1910, e sido promulgada, apóós o s o aditamento em Berna em 1914, pelo Decreto naditamento em Berna em 1914, pelo Decreto nºº 4.541, de 06 4.541, de 06 de fevereiro de 1922; de fevereiro de 1922; em Romaem Roma, no per, no perííodo de 07.05 a odo de 07.05 a 02.06.1928, com assinatura em 02 de junho, e aplica02.06.1928, com assinatura em 02 de junho, e aplicaçção a ão a partir de 1partir de 1ºº de agosto de 1931; de agosto de 1931; em Bruxelasem Bruxelas –– de 06 .06 a de 06 .06 a 26.06.1948; 26.06.1948; EstocolmoEstocolmo –– em 14.07.1967 e, de novo, em 14.07.1967 e, de novo, em Parisem Paris ––em 24.07.1971, com modificaem 24.07.1971, com modificaçção feita em 28.09.1979. ão feita em 28.09.1979.

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O Direito Autoral no BrasilEnquanto em vEnquanto em váárias narias naçções europões europééias e ias e nos Estados Unidos da Amnos Estados Unidos da Améérica as rica as discussões sobre a matdiscussões sobre a matééria aconteciam ria aconteciam ininterruptamente, gerando inininterruptamente, gerando inúúmeras meras legislalegislaçções e, posteriormente, ões e, posteriormente, constantes convenconstantes convençções de abrangência ões de abrangência internacional, no Brasil, mesmo apinternacional, no Brasil, mesmo apóós a s a declaradeclaraçção da Independência, ão da Independência, mantevemanteve--se o sistema de privilse o sistema de priviléégios, gios, que sque sóó seria extinto com a seria extinto com a ProclamaProclamaçção da Repão da Repúública. blica.

A histA históória brasileira registra que ria brasileira registra que durante todo o perdurante todo o perííodo colonial, odo colonial, Portugal, enquanto metrPortugal, enquanto metróópole, pole, proibia a utilizaproibia a utilizaçção da imprensa em ão da imprensa em qualquer nqualquer níível, assim como toda e vel, assim como toda e qualquer manifestaqualquer manifestaçção cultural ão cultural porventura produzida na colônia, o porventura produzida na colônia, o que, em primeira instância, justifica que, em primeira instância, justifica o desinteresse pelo assunto, nesse o desinteresse pelo assunto, nesse perperííodo.odo.

1ºs Livros de Registros do EDA/FBN1ºs Livros de Registros do EDA/FBN

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O Direito Autoral no BrasilA ConstituiA Constituiçção do Impão do Impéério nada estipulou sobre rio nada estipulou sobre direitos autoraisdireitos autorais, nem na , nem na carta de Constituicarta de Constituiçção de 1824 ou no Ato Adicional de 1837, embora tenha ão de 1824 ou no Ato Adicional de 1837, embora tenha protegido os direitos dos inventores na primeira (Constitprotegido os direitos dos inventores na primeira (Constituiuiçção de 1824), em ão de 1824), em seu artigo 179, XXVI : seu artigo 179, XXVI :

““Os inventores terão a propriedade das suas descobertas, ou dOs inventores terão a propriedade das suas descobertas, ou das suas as suas producproducççõesões. A Lei lhes assegurar. A Lei lhes asseguraráá um privilum priviléégio exclusivo temporgio exclusivo temporáário, rio, ou lhes remunerarou lhes remuneraráá em em resarcimento resarcimento da perda, que hajam de da perda, que hajam de soffrer soffrer pela pela vulgarisavulgarisaççãoão..””

A primeira manifestaA primeira manifestaçção de proteão de proteçção aos ão aos direitos autoraisdireitos autorais no Brasil, foi em no Brasil, foi em 11 de agosto de 1827, quando foram criados os cursos j11 de agosto de 1827, quando foram criados os cursos jururíídicos dicos -- Lei que Lei que ““Crêa dous Crêa dous Cursos de Cursos de sciencias sciencias jurjuríídicas e dicas e sociaessociaes, um na cidade de São , um na cidade de São Paulo e outro na cidade de OlindaPaulo e outro na cidade de Olinda”” -- onde eram assegurados aos onde eram assegurados aos professores os direitos sobre suas obras :professores os direitos sobre suas obras :

““ Os Lentes farão a escolha dos compêndios da sua profissão, ou oOs Lentes farão a escolha dos compêndios da sua profissão, ou os s arranjarão, não existindo jarranjarão, não existindo jáá feitos, com tanto que as doutrinas estejam feitos, com tanto que as doutrinas estejam de de accordoaccordo com o com o systemasystema jurado pela najurado pela naçção, estes compêndios, depois ão, estes compêndios, depois de de approvadosapprovados pela Congregapela Congregaçção, servirão interinamente; ão, servirão interinamente; submettendosubmettendo--se porse poréém a m a approvaapprovaççãoão da Assemblda Assemblééia Geral, o governo faria Geral, o governo faráá imprimir e imprimir e fornecer fornecer ààs escolas, competindo aos seus autores o privils escolas, competindo aos seus autores o priviléégio exclusivo gio exclusivo da obra por dez anos.da obra por dez anos.””

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O Direito Autoral no BrasilPosteriormente, o CPosteriormente, o Cóódigo Criminal do Impdigo Criminal do Impéério de 1830, tratou dessa matrio de 1830, tratou dessa matééria, ria, estatuindo penas para quem utilizasse obra de autor aindestatuindo penas para quem utilizasse obra de autor ainda vivo, ou antes de dez a vivo, ou antes de dez anos depois de sua morte, caso tivesse esse autor deixaanos depois de sua morte, caso tivesse esse autor deixado herdeiro.do herdeiro.

O CO Cóódigo Penal da Repdigo Penal da Repúública, promulgado pelo Decreto nblica, promulgado pelo Decreto nºº 847, de 11 de outubro 847, de 11 de outubro de 1890, tratou especificamente com relade 1890, tratou especificamente com relaçção aos ão aos Direitos AutoraisDireitos Autorais, da puni, da puniçção ão aos crimes de contrafaaos crimes de contrafaçção e plão e pláágio, mantendo o prazo de 10 anos, e penas gio, mantendo o prazo de 10 anos, e penas pecunipecuniáárias, com a perda dos exemplares e pagamento de multa rias, com a perda dos exemplares e pagamento de multa ao ao autorautor..

No ano seguinte, a ConstituiNo ano seguinte, a Constituiçção de 24 de fevereiro de 1891 garantiu aos ão de 24 de fevereiro de 1891 garantiu aos autoresautoresde de obras literobras literáárias e artrias e artíísticassticas (as obras cient(as obras cientííficas ainda não tinham seu direito ficas ainda não tinham seu direito reconhecido) o direito exclusivo de reproduzireconhecido) o direito exclusivo de reproduzi--las las pela imprensa ou qualquer outro pela imprensa ou qualquer outro processo mecânico, deixando aos herdeiros o gozo destes processo mecânico, deixando aos herdeiros o gozo destes direitos pelo tempo que direitos pelo tempo que a lei determinasse.a lei determinasse.

EEnfim, em 1nfim, em 1ºº de agosto de 1898, foi promulgada a Lei nde agosto de 1898, foi promulgada a Lei nºº 496, 496, que que ““define define e garante os direitos autorais de obras nacionaise garante os direitos autorais de obras nacionais”” BaseavaBaseava--se em projeto se em projeto de autoria de Augusto Montenegro e foi denominada de autoria de Augusto Montenegro e foi denominada ““Medeiros e AlbuquerqueMedeiros e Albuquerque””, , em homenagem ao seu relator. Garantia os direitos de brasileem homenagem ao seu relator. Garantia os direitos de brasileiros e estrangeiros iros e estrangeiros residentes no Brasil e considerava o registro da obra, que residentes no Brasil e considerava o registro da obra, que era feito na Biblioteca era feito na Biblioteca Nacional, como uma formalidade constitutiva do Nacional, como uma formalidade constitutiva do Direito Autoral. Direito Autoral.

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O Direito Autoral no BrasilEm 17 de janeiro de 1912, a Lei nEm 17 de janeiro de 1912, a Lei nºº 496/1898 foi alterada, passando a 496/1898 foi alterada, passando a proteger, tambproteger, tambéém, alm, aléém das nacionais, todas as obras estrangeiras. Essa m das nacionais, todas as obras estrangeiras. Essa Lei trouxe importantes e modernos dispositivos, muitos doLei trouxe importantes e modernos dispositivos, muitos dos quais s quais encontramencontram--se presentes em nossa legislase presentes em nossa legislaçção atual. ão atual.

O CO Cóódigo Civil Brasileiro que entrou em vigor em 1917, consdigo Civil Brasileiro que entrou em vigor em 1917, consolidou o olidou o Direito de Autor, Direito de Autor, circunscrevendocircunscrevendo--o entre o instituto do Direito das o entre o instituto do Direito das Coisas e do Direito das ObrigaCoisas e do Direito das Obrigaçções. O registro tornouões. O registro tornou--se facultativo, se facultativo, convertendoconvertendo--se em declarativo de direito e não mais constitutivo.se em declarativo de direito e não mais constitutivo.

Do CDo Cóódigo Civil de 1917 atdigo Civil de 1917 atéé o ano de 1973, foram editados vo ano de 1973, foram editados váários textos rios textos de leis e decretos no Pade leis e decretos no Paíís, posteriormente consolidados em um diploma s, posteriormente consolidados em um diploma legal legal úúnico, que resultou na edinico, que resultou na ediçção da Lei não da Lei nºº 5.988, de 14 de dezembro de 5.988, de 14 de dezembro de 1973, que criou o Sistema Autoral Brasileiro, que se apo1973, que criou o Sistema Autoral Brasileiro, que se apoiava no iava no Conselho Nacional de Direito Autoral / CNDA, extinto em 1Conselho Nacional de Direito Autoral / CNDA, extinto em 1990, nas 990, nas associaassociaçções de titulares de ões de titulares de direitos autoraisdireitos autorais e no Escrite no Escritóório Central de rio Central de ArrecadaArrecadaçção e Distribuião e Distribuiçção / ECAD.ão / ECAD.

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O Direito Autoral no BrasilCom a aprovaCom a aprovaçção do novo texto constitucional, a proteão do novo texto constitucional, a proteçção autoral estão autoral estáá

consignada no artigo 5consignada no artigo 5ºº, , §§§§ 27 e 28, Cap27 e 28, Capíítulo I tulo I -- Dos Direitos e Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, da ConstituiDeveres Individuais e Coletivos, da Constituiçção da Repão da Repúública blica Federativa do Brasil, Federativa do Brasil, que assegura a participaque assegura a participaçção em obras coletivas, ão em obras coletivas, descentralizadescentralizaçção do poder de fiscalizar o aproveitamento econômico da ão do poder de fiscalizar o aproveitamento econômico da obra intelectual outorgado ao autor e, pela primeira vezobra intelectual outorgado ao autor e, pela primeira vez, , àà menmençção ao ão ao intintéérprete, reconhecendorprete, reconhecendo--se os direitos conexos.se os direitos conexos.

Atualmente, estAtualmente, estáá em vigor a Lei nem vigor a Lei nºº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, com efeitos a partir de junho do mesmo ano, que veio com efeitos a partir de junho do mesmo ano, que veio apresentando apresentando vváárias conquistas no âmbito do rias conquistas no âmbito do Direito de AutorDireito de Autor. .

A nova Lei abrange o A nova Lei abrange o Direito de AutorDireito de Autor e os que lhes são Conexos, e os que lhes são Conexos, disciplina o conceito e abrangência das obras protegidas,disciplina o conceito e abrangência das obras protegidas, relaciona os relaciona os direitos moraisdireitos morais do autordo autor, especifica normas sobre os , especifica normas sobre os direitos direitos patrimoniaispatrimoniais, , aumentou o prazo de proteaumentou o prazo de proteçção de 60 para 70 anos, apão de 60 para 70 anos, apóós s 11ºº de janeiro subseqde janeiro subseqüüente ente àà morte do autor.morte do autor.

Page 12: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalCom o advento da Lei nCom o advento da Lei nºº 496, de 496, de 11ºº de agosto de 1898, entra em cena de agosto de 1898, entra em cena a Biblioteca Nacional, pois a a Biblioteca Nacional, pois a mencionada Lei somente dava mencionada Lei somente dava proteproteçção ão ààs obras que fossem s obras que fossem registradas na Biblioteca Nacional, registradas na Biblioteca Nacional, no Escritno Escritóório de Direitos Autorais, rio de Direitos Autorais, onde a formalidade do registro era onde a formalidade do registro era constitutiva do constitutiva do Direito AutoralDireito Autoral, pois , pois a tutela legal sa tutela legal sóó se concretizava se concretizava mediante tal registro, não se mediante tal registro, não se contentando com o feito decisivo da contentando com o feito decisivo da criacriaçção da obra, como acontece hoje.ão da obra, como acontece hoje.

Com o registro feito, o escritor tinha Com o registro feito, o escritor tinha seus direitos assegurados por 50 anos, seus direitos assegurados por 50 anos, contados a partir de 1contados a partir de 1ºº de janeiro de janeiro subseqsubseqüüente ente àà publicapublicaçção da sua ão da sua obra. A tutela legal sobra. A tutela legal sóó era concretizada, era concretizada, mediante o registro feito na Biblioteca mediante o registro feito na Biblioteca NacionalNacional, de acordo com o Art.13 da , de acordo com o Art.13 da referida Lei.referida Lei.

Page 13: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalA primeira obra registrada A primeira obra registrada no Escritno Escritóório de Direitos rio de Direitos Autorais da Biblioteca Autorais da Biblioteca Nacional foiNacional foi

““LithographiaLithographiae e

chromolithographiachromolithographia””, ,

da empresa da empresa LeLeóónn de de RennesRennes & Cia, sob o & Cia, sob o nnúúmero 1 mero 1 –– Livro 1 Livro 1 -- folha folha 1(1(o registro foi requerido em o registro foi requerido em 14.10.1898,14.10.1898,deferido em 7.12.1899, deferido em 7.12.1899, tendo seu termo sido lavrado em tendo seu termo sido lavrado em 16.12.1899).16.12.1899).

Page 14: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

Da lavratura do 1Da lavratura do 1ºº Registro em 16.12.1899 atRegistro em 16.12.1899 atéé o o encerramento do Livro nencerramento do Livro nºº 1, em 17.12.1913, foram 1, em 17.12.1913, foram registradas 1.928 obras publicadas, dentre livros editados, registradas 1.928 obras publicadas, dentre livros editados, mmúúsicas gravadas, etc.sicas gravadas, etc.

Page 15: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

O Direito Autoral e a Biblioteca Nacional

A obrigatoriedade do A obrigatoriedade do registro, que vigorou pelo registro, que vigorou pelo perperííodo de 1898 a 1917, odo de 1898 a 1917, permitiu um melhor permitiu um melhor controle sobre a contagem controle sobre a contagem de prazo para os efeitos de prazo para os efeitos do Domdo Domíínio Pnio Púúblico, blico, quando, então, a utilizaquando, então, a utilizaçção ão da obra poderia ser feita da obra poderia ser feita por qualquer pessoa, sem por qualquer pessoa, sem necessidade de autorizanecessidade de autorizaçção ão do autor, pois seu prazo do autor, pois seu prazo de protede proteçção estava ão estava esgotado, no decurso dos esgotado, no decurso dos 50 anos da publica50 anos da publicaçção.ão.

Registro do Tango-Choro “CORTA-JACA”, de Francisca Gonzaga

(Chiquinha Gonzaga), gravado em disco phonográphico.

(N º1.982 – Lv.2 – Fl.8, de 26/12/1913)

Registro do Tango-Choro “CORTA-JACA”, de Francisca Gonzaga

(Chiquinha Gonzaga), gravado em disco phonográphico.

(N º1.982 – Lv.2 – Fl.8, de 26/12/1913)

Page 16: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

Fichas Fichas CatalogrCatalográáficasficas originais originais –– Anos de 1899, 1901 e 1913, Anos de 1899, 1901 e 1913, respectivamente.respectivamente.

Page 17: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalA partir do CA partir do Cóódigo Civil de 1917, seguindo a tradidigo Civil de 1917, seguindo a tradiçção de paão de paííses de famses de famíília lia românica, o registro tornouromânica, o registro tornou--se facultativo, deixando de ser obrigatse facultativo, deixando de ser obrigatóório, rio, convertendoconvertendo--se em declarativo de direito, e não mais constitutivo.se em declarativo de direito, e não mais constitutivo.

A Lei vigente de nA Lei vigente de nºº 9610/98, em seu artigo 18, diz que a prote9610/98, em seu artigo 18, diz que a proteçção dosão dos Direitos Direitos AutoraisAutorais independe independe de registrode registro. . Mas, o artigo 19, faculta ao Autor registrar Mas, o artigo 19, faculta ao Autor registrar a sua obra no a sua obra no óórgão prgão púúblico definido no caput e no blico definido no caput e no §§ 11ºº do artigo 17 da do artigo 17 da Lei nLei nºº 5988/73, cujo teor diz:5988/73, cujo teor diz:

““Para seguranPara segurançça de seus direitos, o autor da obra intelectual podera de seus direitos, o autor da obra intelectual poderááregistrregistráá--lala, conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional (FBN), na , conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional (FBN), na Escola de MEscola de Múúsica e na Escola de Belas Artes, ambas da Universidade sica e na Escola de Belas Artes, ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema (Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema (óórgão rgão extinto em 1990. Algumas de suas atribuiextinto em 1990. Algumas de suas atribuiçções foram para a Biblioteca ões foram para a Biblioteca Nacional), ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Nacional), ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA, em BrasAgronomia (CONFEA, em Brasíília)lia)””..

Não existe nenhuma formalidade que condicione a existência de umNão existe nenhuma formalidade que condicione a existência de um direito de direito de autor. O surgimento de um direito de autor se dautor. O surgimento de um direito de autor se dáá com a criacom a criaçção de uma ão de uma obra intelectual, tenha ela sido registrada ou não.obra intelectual, tenha ela sido registrada ou não.

Page 18: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalMesmo não sendo obrigatMesmo não sendo obrigatóório, como jrio, como jáá mencionado, o registro mencionado, o registro éé um instrumento de um instrumento de carcarááter preventivo, atravter preventivo, atravéés do qual o autor busca garantir a anterioridade da sua autorias do qual o autor busca garantir a anterioridade da sua autoria. . De posse do registro de direitos autorais, o autor passa a ter uDe posse do registro de direitos autorais, o autor passa a ter uma seguranma segurançça a mais, a a mais, gerando presungerando presunçção de autoria, uma vez que ressalva a prova em contrão de autoria, uma vez que ressalva a prova em contráário, garantindo rio, garantindo de forma expressa a inversão do ônus da prova, pela obde forma expressa a inversão do ônus da prova, pela obrigatoriedade do termo rigatoriedade do termo de assentamento original.de assentamento original.

O Autor sabe que, ao depositar sua obra no EscritO Autor sabe que, ao depositar sua obra no Escritóório de Direitos Autorais da rio de Direitos Autorais da FundaFundaçção Biblioteca Nacional, estarão Biblioteca Nacional, estaráá seguro para seguro para mostrmostráá--la la nas estanas estaçções de ões de televisão, televisão, submetêsubmetê--las las ààs editoras, enfim, s editoras, enfim, comuniccomunicáá--las las ao pao púúblico. Da mesma blico. Da mesma forma que estarforma que estaráá mais preparado para enfrentar uma mais preparado para enfrentar uma lide lide judicial, em torno de judicial, em torno de sua produsua produçção.ão.

Com o desenvolvimento e maior complexidade das relaCom o desenvolvimento e maior complexidade das relaçções culturais no Brasil ões culturais no Brasil contemporâneo, aumentou sensivelmente o crescimento da pircontemporâneo, aumentou sensivelmente o crescimento da pirataria, da usurpaataria, da usurpaçção, ão, do pldo pláágio e das vgio e das váárias formas de violarias formas de violaçção da propriedade intelectual, ão da propriedade intelectual, representando uma amearepresentando uma ameaçça constante para o Autor, que pretende divulgar o seu a constante para o Autor, que pretende divulgar o seu trabalho.trabalho.

Page 19: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

Nesses quase 110 anos de funcionamento ininterrupto, o Escritório de Direitos Autorais conta, atualmente, com mais de 397 mil registros de obras, dentre as preceituadas pelo Artigo 7º da Lei nº 9610/98, onde, a partir do suporte da ESCRITA, tem registrado:

os textos de obras literos textos de obras literáárias, rias, artartíísticas ou cientsticas ou cientííficas:ficas:

obras didobras didáática e ttica e téécnica, cnica, romance, poesia, literaturas romance, poesia, literaturas brasileira, infantil e brasileira, infantil e infantoinfanto--juvenil, ficjuvenil, ficçção, monografia, ão, monografia, teses de mestrado e/ou teses de mestrado e/ou doutorado, contos, crônicas, doutorado, contos, crônicas, mmíística, esotstica, esotéérica, religiosa, rica, religiosa, polpolíítica, filostica, filosóófica, biografia, fica, biografia, autobiografia, publicidade, autobiografia, publicidade, periperióódico, autodico, auto--ajuda, etc.ajuda, etc.

as conferências, alocuas conferências, alocuçções, ões, sermões e outras obras da sermões e outras obras da mesma natureza mesma natureza (palestra, (palestra, aula, narrativa, resenha, etc.); aula, narrativa, resenha, etc.);

as obras dramas obras dramááticas e ticas e dramdramááticotico--musicais (musicais (teatro, teatro, óópera, etc.);pera, etc.);

as obras coreogras obras coreográáficas e ficas e pantompantomíímicas, cuja micas, cuja execuexecuçção cênica se fixe por ão cênica se fixe por escrito ou por outra escrito ou por outra qualquer forma qualquer forma ((coreografias, mcoreografias, míímicas, show micas, show coreogrcoreográáficos, etc.)ficos, etc.)

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as composias composiçções musicais, ões musicais, tenham ou não letra (tenham ou não letra (partitura, partitura, partitura sinfônica, letra de partitura sinfônica, letra de mmúúsica, letra e partitura, etc.);sica, letra e partitura, etc.);

as obras audiovisuais, as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive sonorizadas ou não, inclusive as cinematogras cinematográáficas ficas ((argumento e/ou roteiro para argumento e/ou roteiro para filme e/ou programa de filme e/ou programa de cinema, televisão, novela, cinema, televisão, novela, comercial, documentcomercial, documentáário, vrio, víídeo, deo, slide, etc.); slide, etc.);

as adaptaas adaptaçções, traduões, traduçções e ões e outras transformaoutras transformaçções de ões de obras originais, apresentadas obras originais, apresentadas como criacomo criaçção intelectual nova ão intelectual nova ((roteirizaroteirizaççãoão de um livro, de de um livro, de argumento, etc.)argumento, etc.);;

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as obras fotogras obras fotográáficas e as ficas e as produzidas por qualquer produzidas por qualquer processo anprocesso anáálogo ao da logo ao da fotografia (ffotografia (fotos diversas, otos diversas, como de quadro de pintura, como de quadro de pintura, de escultura, paisagens, etc); de escultura, paisagens, etc); as coletâneas ou as coletâneas ou compilacompilaçções, antologias, ões, antologias, enciclopenciclopéédias, diciondias, dicionáários, rios, bases de dados e outras bases de dados e outras obras, que, por sua seleobras, que, por sua seleçção, ão, organizaorganizaçção ou disposião ou disposiçção ão de seu contede seu conteúúdo, do, constituam uma criaconstituam uma criaçção ão intelectual.intelectual.””; ; sitessites; etc.; etc.

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as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e aas obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte rte cincinéética; as ilustratica; as ilustraçções, cartas geogrões, cartas geográáficas e outras obras da ficas e outras obras da mesma natureza (mesma natureza (desenhos, personagens, histdesenhos, personagens, históória em quadrinhos, ria em quadrinhos, cartas ncartas nááuticas, mapas, etc)uticas, mapas, etc)

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O Direito Autoral e a Biblioteca Nacional

Vale ressaltar que inicialmente os registros no EscritVale ressaltar que inicialmente os registros no Escritóório eram feitos de forma rio eram feitos de forma manuscrita e depois passaram a ser datilografados. A parmanuscrita e depois passaram a ser datilografados. A partir de 1995, toda a tir de 1995, toda a sistemsistemáática do registro foi informatizadatica do registro foi informatizada..

Todos os registros de desenho, fotografias e personagens Todos os registros de desenho, fotografias e personagens têm sua certidão feita têm sua certidão feita de forma digitalizada, mostrando o desenho registrado e de forma digitalizada, mostrando o desenho registrado e as demais informaas demais informaçções ões constante do pedido, como nome e endereconstante do pedido, como nome e endereçço do(s) autor(es), alguma observao do(s) autor(es), alguma observaçção ão e/ou ressalvae/ou ressalva..

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Exemplo de uma obra que é uma logomarca, de competência do INPI, onde seu desenho é protegido pelo Direito Autoral, com as devidas ressalvas.

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O Direito Autoral e a Biblioteca NacionalTRANSFERÊNCIA DE DIREITOSTRANSFERÊNCIA DE DIREITOS: segundo o artigo 49 da referida Lei, o : segundo o artigo 49 da referida Lei, o Autor ou seus sucessores poderAutor ou seus sucessores poderáá ceder seus direitos total ou ceder seus direitos total ou parcialmente para terceiros, a tparcialmente para terceiros, a tíítulo universal ou singular, pessoalmente tulo universal ou singular, pessoalmente ou por meio de seus representantes com poderes especiaisou por meio de seus representantes com poderes especiais. A . A transferência de direitos podertransferência de direitos poderáá ser por meio de Licenciamento, ser por meio de Licenciamento, Concessão, Cessão, AutorizaConcessão, Cessão, Autorizaçção ou por outros meios admitidos em lei. A ão ou por outros meios admitidos em lei. A cessão sercessão seráá por escrito, presumindopor escrito, presumindo--se onerosa, devendo constar da se onerosa, devendo constar da mesma, como elementos essenciais, seu objeto, condimesma, como elementos essenciais, seu objeto, condiçções de exercões de exercíício do cio do direito quanto a tempo, lugar e predireito quanto a tempo, lugar e preçço.o.

NÃO GOZAM DA PROTENÃO GOZAM DA PROTEÇÇÃO DO DIREITO AUTORALÃO DO DIREITO AUTORAL, de acordo com , de acordo com Artigo 8Artigo 8ºº da Lei em vigor, sendo automaticamente indeferidos pelo EDA: da Lei em vigor, sendo automaticamente indeferidos pelo EDA: as as ididééias, procedimentos normativos, sistemas, mias, procedimentos normativos, sistemas, méétodos, projetos ou conceitos todos, projetos ou conceitos matemmatemááticos como tais; os esquemas, planos ou regras para realizar atoticos como tais; os esquemas, planos ou regras para realizar atos s mentais, jogos ou negmentais, jogos ou negóócios; os formulcios; os formuláários em branco para serem preenchidos rios em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informapor qualquer tipo de informaçção, cientão, cientíífica ou não, e suas instrufica ou não, e suas instruçções; os textos ões; os textos de tratados ou convende tratados ou convençções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e ões, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais; as informademais atos oficiais; as informaçções de uso comum tais como calendões de uso comum tais como calendáários, rios, agendas, cadastros ou legendas; os nomes e tagendas, cadastros ou legendas; os nomes e tíítulos isolados; o aproveitamento tulos isolados; o aproveitamento industrial ou comercial das idindustrial ou comercial das idééias contidas nas obrias contidas nas obras.as.

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Biblioteca Nacional – breve históricoA Biblioteca Nacional, A Biblioteca Nacional, considerada pela UNESCO como considerada pela UNESCO como a 8a 8ªª Biblioteca Nacional do Biblioteca Nacional do mundo e a 1mundo e a 1ªª da Amda Améérica rica Latina, conta com um Acervo Latina, conta com um Acervo aproximado de 9 milhões de aproximado de 9 milhões de itens, segundo citens, segundo cáálculos feitos nos lculos feitos nos anos de 1990/1991 e teve inanos de 1990/1991 e teve iníício cio com as cercas de 60 mil pecom as cercas de 60 mil peçças, as, entre livros, manuscritos, mapas, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, estampas, moedas e medalhas, da Livraria Real Portuguesa que da Livraria Real Portuguesa que foram trazidas na foram trazidas na éépoca da poca da transferência da rainha D. Maria transferência da rainha D. Maria I, de D. João, PrI, de D. João, Prííncipe Regente, ncipe Regente, de toda a Famde toda a Famíília Real e da lia Real e da Corte Portuguesa para o Rio de Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, quando da invasão de Janeiro, quando da invasão de Portugal pelas forPortugal pelas forçças de as de Napoleão, em 1808.Napoleão, em 1808.

Chegada da Família Real ao Brasil (1808)Chegada da Família Real ao Brasil (1808)

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Biblioteca Nacional – breve histórico

O Acervo inicialmente foi O Acervo inicialmente foi acomodado numa das salas do acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Direita, hoje Rua Primeiro de MarMarçço. Em 29 de outubro de o. Em 29 de outubro de 1810, data considerada 1810, data considerada oficialmente como a da fundaoficialmente como a da fundaçção ão da Real Biblioteca, por decreto da Real Biblioteca, por decreto do Prdo Prííncipe Regente D. João, foi ncipe Regente D. João, foi determinado que fosse levantado determinado que fosse levantado um prum préédio para acomodar a Real dio para acomodar a Real Biblioteca (mais instrumentos de Biblioteca (mais instrumentos de ffíísica e matemsica e matemáática), no local tica), no local em que servia de catacumba aos em que servia de catacumba aos religiosos da Ordem do Carmo.religiosos da Ordem do Carmo.

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Biblioteca Nacional – breve histórico

A Biblioteca foi aberta ao pA Biblioteca foi aberta ao púúblico em 1814 blico em 1814 ((Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na RuaHospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na RuaDireita, hoje Rua Primeiro de MarDireita, hoje Rua Primeiro de Marçço).o).

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Biblioteca Nacional – breve históricoEm 1821, quando a FamEm 1821, quando a Famíília Real regressou a Portugal, D. João VI levou lia Real regressou a Portugal, D. João VI levou grande parte dos manuscritos do acervo. grande parte dos manuscritos do acervo.

Depois da ProclamaDepois da Proclamaçção da Repão da Repúública, a Biblioteca Real foi adquirida blica, a Biblioteca Real foi adquirida oficialmente pelo Brasil, mediante a Convenoficialmente pelo Brasil, mediante a Convençção Adicional ao Tratado de ão Adicional ao Tratado de Paz e Amizade celebrado entre o Brasil e Portugal, em Paz e Amizade celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 29 de agosto de 1825.1825.

Em 1859, a Biblioteca Em 1859, a Biblioteca Nacional foi instalada em Nacional foi instalada em um prum préédio da Rua do dio da Rua do Passeio, onde hoje Passeio, onde hoje éé a a Escola de MEscola de Múúsica da sica da Universidade Federal do Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

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Biblioteca Nacional – breve histórico

Em 15 de agosto de 1905, foi lançada a pedra fundamental do atual prédio da Biblioteca Nacional, situado na quadra da Avenida Rio Branco, com Rua Araújo Porto Alegre, Rua México e Rua Pedro Lessa

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Abaixo, diferentes Vistas do Morro do Castelo, que deu lugar ao Prédio da Biblioteca Nacional, dos Ministérios da Fazenda, MEC e do Trabalho, e outros Edifícios Públicos, localizados nas atuais Avenidas Rio Branco, Presidente Antônio Carlos e outras.

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A Biblioteca Nacional foi inaugurada cinco anos depois, no dia 29 de outubro de 1910.

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No patamar do lance de escada entre o segundo e o No patamar do lance de escada entre o segundo e o terceiro andar, localizaterceiro andar, localiza--se o busto em mse o busto em máármore de D. João rmore de D. João VI, esculpido em Roma, em 1814, por Leão VI, esculpido em Roma, em 1814, por Leão BiglioschiBiglioschi, e , e que pertenceu que pertenceu àà Real BibliotecaReal Biblioteca..

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BN BN -- Ângulo do 4Ângulo do 4ºº andarandar

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BN BN -- VitrôVitrô do Hall de Entradado Hall de Entrada

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BN BN -- GabineteGabinete

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Biblioteca Nacional – breve histórico

Dentre as vDentre as váárias colerias coleçções (livros, mapas, estampas, etc.), ões (livros, mapas, estampas, etc.), manuscritos e impressos incorporados ao acervo da Bibliotecamanuscritos e impressos incorporados ao acervo da BibliotecaNacional, destacaNacional, destaca--se, pelo seu valor histse, pelo seu valor históórico, a rico, a BBííblia de blia de MogMogúúnciancia ((BBííblia latina), de blia latina), de JohannJohann FustFust e Peter e Peter SchoefferSchoeffer, de , de 14 de agosto de 1462. A Biblioteca Nacional possui 2 14 de agosto de 1462. A Biblioteca Nacional possui 2 exemplares. A Bexemplares. A Bííblia de blia de MogMogúúnciancia éé o primeiro impresso que o primeiro impresso que contcontéém data, lugar de impressão e nome do impressor no m data, lugar de impressão e nome do impressor no colofãocolofãoe foi impressa em Pergaminho com letras capitais feitas a e foi impressa em Pergaminho com letras capitais feitas a mão, mão, com tinta azul e vermelha.com tinta azul e vermelha.

Page 38: DIREITOS AUTORAIS - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA NA

A partir do dia 18 de janeiro p.p., toda a base de rA partir do dia 18 de janeiro p.p., toda a base de registro egistro do Escritdo Escritóório de Direitos Autorais da Fundario de Direitos Autorais da Fundaçção Biblioteca ão Biblioteca Nacional estNacional estáá na na WebWeb da Biblioteca. Todas as obras da Biblioteca. Todas as obras registradas registradas a partir de 1899a partir de 1899, j, jáá podem ser consultadas, na podem ser consultadas, na ppáágina gina www.bn.br/edawww.bn.br/eda..

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O O ESCRITESCRITÓÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS DA FUNDARIO DE DIREITOS AUTORAIS DA FUNDAÇÇÃO ÃO BIBLIOTECA NACIONAL BIBLIOTECA NACIONAL funciona das 9:30h funciona das 9:30h ààs 17h, de 2s 17h, de 2ªª a 6a 6ªª, , no Palno Paláácio Gustavo Capanema (antigo Prcio Gustavo Capanema (antigo Préédio do MEC), situado na dio do MEC), situado na Rua da Imprensa, 16 Rua da Imprensa, 16 -- salas 1205 a 1210, Castelo, Rio de Janeiro salas 1205 a 1210, Castelo, Rio de Janeiro -- RJ. RJ. Tels: 21 Tels: 21 –– 2262 0017, 2220 0039 e 2240 9179 / E2262 0017, 2220 0039 e 2240 9179 / E--mail: mail: [email protected]@bn.br

Colaboradores: ClColaboradores: Clááudio, udio, MichelleMichelle, ,

Projeto GrProjeto Grááfico: Alessandra Moraesfico: Alessandra MoraesFotografias: Acervo FundaFotografias: Acervo Fundaçção Biblioteca Nacional e Sebastião Lemosão Biblioteca Nacional e Sebastião Lemos

Vista da BaVista da Baíía de Guanabara a partir do EDAa de Guanabara a partir do EDA..