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Diretoria de Gestão de Novos Negócios e de Participações – DN Superintendência de Desenvolvimento de Novos Negócios – SN.N Gerência de Desenvolvimento de Novos Negócios – GDN.N Informativo Gerencial de Mercado e Economia

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Diretoria de Gestão de Novos Negócios e de Particip ações – DN Superintendência de Desenvolvimento de Novos Negóc ios – SN.N

Gerência de Desenvolvimento de Novos Negócios – GDN .N

Informativo Gerencial de Mercado e Economia

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Informativo Gerencial de Mercado e Economia Nove mbro/2017

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MERCADO DE ENERGIA

Em setembro, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, o consumo de energia elétrica no Brasil foi de 38.741 GWh, o que significou um acréscimo de 1,3% em relação a setembro de 2016. Neste terceiro trimestre o consumo total e suas principais classes apresentaram expansão, após o segundo trimestre ter registrado queda. As principais classes de consumo registraram acréscimos, tanto na comparação mensal (em relação ao mesmo mês do ano anterior), quanto na comparação trimestral (trimestre encerrado em setembro de 2017 em relação ao mesmo trimestre de 2016), evidenciando uma recuperação lenta iniciada em 2016, conforme mostra o gráfico abaixo.

Variação do Consumo de Energia Elétrica na Rede por Classe de Consumo (%)

Fonte: EPE

O consumo de energia no comércio apresentou alta de 1,7% no mês, a maior dentre as principais classes de consumo, registrando 7.118 GWh. A melhora na economia e altas temperaturas em algumas regiões brasileiras foram fatores de contribuição para este aumento. No Sul (+7,7%) a maior contribuição ficou por conta do aumento no volume de vendas. Já na região Centro-Oeste (+6,3%), além das vendas, o consumo também foi influenciado pelas altas temperaturas demandando um maior número de horas de utilização de equipamentos de climatização. No Nordeste, em alguns estados, as temperaturas mais amenas assim como queda nas vendas, levaram a região a um decréscimo no consumo de energia de 2,8%. Depois de dois meses de estabilidade, a classe residencial alcançou uma leve expansão de 1,6%, totalizando na rede 11.066 GWh. O aumento do consumo nas residências deve-se em parte pelo efeito temperatura, principalmente nas regiões Sul (+5,3%) e Centro-Oeste (+9,3%), além das expectativas mais favoráveis em relação à economia principalmente no que tange o mercado de trabalho embora ainda haja um grande desequilíbrio no orçamento dos lares brasileiros. Em relação ao consumo médio de energia nas residências, o valor divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de 158 kWh/mês está 1,8% abaixo ao verificado em 2016 e conforme observado, no mesmo patamar de 2012.

Destaques do Consumo em Setembro/2017 quando comparado a Setembro/2016

� Consumo de eletricidade na industrial avançou 1,3%;

� O número de unidades consumidoras de energia elétrica no país cresceu 2,1%;

� Temperaturas elevadas fizeram o consumo das residências avançar 1,6%.

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Informativo Gerencial de Mercado e Economia Nove mbro/2017

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A categoria industrial, em setembro atingiu 14.135 GWh, sendo 1,3% superior ao verificado no mesmo mês do ano anterior. Este avanço é explicado, dentre outros fatores, pela demanda por energia do ramo automotivo associado à fabricação de veículos para exportações. O segmento de Fabricação de Produtos de Metal, excetuando máquinas e equipamentos, também registrou aumento de 6,7%. Em relação às regiões do país, a região Sul (+6,2%) e a Centro-Oeste (+6,0%) se destacaram, com foco, dentre outros, no ramo de Papel e Celulose e Agronegócios, respectivamente. Apesar da alta ociosidade do parque produtivo, a indústria vem demonstrando uma recuperação conforme pode ser observado no gráfico abaixo. O 3º trimestre do ano para o setor fechou em alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2016.

Produção Industrial PIM-PF (IBGE) x Consumo Industrial (EPE) (Taxa acumulado dos últimos 12 meses) - Brasil

Segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o Preço de Liquidação das Diferenças Médio (PLDMédio) para os meses de setembro e outubro atingiam respectivamente R$ 521,83/MWh e R$ 533,82/MWh em todos os subsistemas. A tendência para os dois últimos meses do ano de 2017, é que o mesmo fique no patamar máximo, R$ 533,82/MWh, sendo reduzido gradualmente a partir de janeiro de 2018.

PANORAMA ECONÔMICO

O PIB do terceiro trimestre de 2017 cresceu 0,1% quando comparado ao período imediatamente anterior, somando R$ 1,641 trilhões correntes de Julho a Setembro. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, o avanço foi de 1,4%.

PIB trimestral em comparação ao trimestre anterior (%)

Fonte: IBGE

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Informativo Gerencial de Mercado e Economia Nove mbro/2017

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Pelo lado da Oferta, o destaque ficou para o setor industrial, que registrou crescimento de 0,8% em relação no trimestre, sobressaindo-se os desempenhos da indústria de transformação (+1,4%) e das indústrias extrativas (+0,2%). Apesar de a agricultura ter apresentado decréscimo relativo ao 2° Semestre de 2017 (contração de 3%), o setor continua se expandindo com relação ao período trimestral do ano passado (9,1% de crescimento nesta comparação).

O setor terciário teve expansão de 0,6% no período, em linha com as estimativas dos economistas. Nesta atividade, o comércio e os serviços apareceram como destaques com crescimentos de 1,6% e 1%, respectivamente.

Já pelo lado da Demanda, o consumo das famílias se destacou com um crescimento trimestral de 1,2% perante os três meses anteriores, enquanto que os investimentos em máquinas, construção civil e pesquisa cresceram 1,6%. O gasto do governo diminuiu 0,2% no período.

Distante de uma retomada econômica vigorosa, a economia parece sair da crise generalizada, principalmente se considerarmos que investimento e o consumo cresceram conjuntamente de maneira mais palpável, não sendo uma expansão propriamente advinda de uma renda extra do FGTS. O emprego parece melhorar, ainda que via informalidade, e, com inflação baixa, os salários recuperaram certo poder de compra.

Os números e as condições macroeconômicas, desde que não sejam muito influenciadas pelos acontecimentos políticos, tendem a levar a economia para um crescimento que se aproxime de 1% em 2017 e uma expansão que fique entre 2,5% e 3,0% no ano que vem. Mas, justamente, é o fato de 2018 ser um ano eleitoral que torna a visibilidade do setor econômico mais difícil e exposta a sobressaltos.

Expectativas do Relatório Focus para as principais variáveis macroeconômicas

Fonte: Relatório Focus, BACEN; as setas representam o comportamento das variáveis comparativamente aos apresentados no Relatório de 20/10/2017.

Boletim Gerencial do Mercado de Energia Elétrica e da Economia Publicação da Gerência de Desenvolvimento de Novos Negócios – GDN.N

e-mail: [email protected]

Tel.: (21) 2528-2682