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Tatyana Mabel Nobre Barbosa Claudianny Amorim Noronha Estágio Supervisionado DISCIPLINA Módulo de orientação Autoras A (re)escrita do trabalho avaliativo final: o relatório, o artigo científico e o memorial 09

DISCIPLINA Estágio Supervisionado - ead.uepb.edu.br - Reing/Estagio... · caso) e que contribuam, especialmente, para pensar o ensino da sua área e apontar elementos para que a

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Tatyana Mabel Nobre Barbosa

Claudianny Amorim Noronha

Estágio SupervisionadoD I S C I P L I N A

Módulo de orientação

Autoras

A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal:

o relatório, o artigo científi co e o memorial

09

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN

- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Secretaria de Educação a Distância- SEDIS

Coordenadora da Produção dos MateriaisMarta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi coIvana Lima

Revisores de Estrutura e LinguagemJanio Gustavo Barbosa

Eugenio Tavares Borges

Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisora das Normas da ABNTVerônica Pinheiro da Silva

Revisoras de Língua PortuguesaJanaina Tomaz Capistrano

Sandra Cristinne Xavier da Câmara

Revisor TécnicoLeonardo Chagas da Silva

Revisora Tipográfi caNouraide Queiroz

IlustradoraCarolina Costa

Editoração de ImagensAdauto Harley

Carolina Costa

DiagramadoresBruno de Souza Melo

Ivana Lima

Johann Jean Evangelista de Melo

Mariana Araújo de Brito

Adaptação para Módulo MatemáticoJoacy Guilherme de A. F. Filho

Imagens UtilizadasBanco de Imagens Sedis

(Secretaria de Educação a Distância) - UFRN

Fotografi as - Adauto Harley

Stock.XCHG - www.sxc.hu

Barbosa, Tatyana Mabel Nobre.

Estágio supervisionado interdisciplinar / Tatyana Mabel Nobre Barbosa, Claudianny Amorim Noronha. –

Natal, RN: SEDIS, 2008. 11v

224 p.

1. Estágio supervisionado. 2. Formação de professores. 3. Educação. I. Noronha, Claudianny

Amorim. II. Título.

ISBN: 978-85-7273-489-9

CDD 370.733

RN/UF/BCZM 2008/109 CDU 371.133

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 1

1

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Apresentação

Chegando ao fi m de cada Estágio Supervisionado, você, certamente, está se vendo diante

de um grande volume de papéis – caderneta escolar, provas, diários de campo, fi chas

de avaliação etc. – e de fl ashs com as mais diferentes lembranças da sua vivência na

escola: as difi culdades dos primeiros dias, a organização e desenvolvimento das atividades

de sala de aula, as tentativas de motivar os alunos etc.

Antes que as peças desse mosaico se dispersem, é o momento de sistematizar o trabalho,

socializar as atividades desenvolvidas, analisar as estratégias utilizadas, as difi culdades

vivenciadas e apresentar sua avaliação sobre esse conjunto de ações. Estamos falando da

necessidade de você escrever sobre sua experiência como estagiário.

Ao escrever, poderá registrar ações/situações pertinentes para se compreender o ensino

e a aprendizagem na sua área; apontar sugestões que poderão ser retomadas por você próprio

no Estágio seguinte ou mesmo em sua vida profi ssional; indicar elementos importantes para

se repensar a escola e o papel da universidade na formação do professor de Química, Física,

Matemática, Geografi a, dentre tantas outras áreas.

Assim, a partir deste módulo, você conhecerá as especifi cidades de alguns gêneros

textuais solicitados nessa situação; selecionará os temas que devem ser mencionados/

relatados/analisados no seu texto e iniciará sua primeira versão escrita sobre a avaliação fi nal

do estágio.

Conteúdos

A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal: o relatório, o artigo

científi co e o memorial.

Orientações para o planejamento, escrita e reescrita dos

gêneros acadêmicos.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado2

Por que escrever sobre o estágio?

Ao longo do estágio, diferentes instrumentos – como os diários de campo, roteiros de

observação da escola e de avaliação – já foram utilizados por você e pelos demais sujeitos

envolvidos no seu acompanhamento.

a) Diários de campo e roteiros de observação da escola: escritos por você após cada dia de

observação ou de aula. Tiveram o objetivo auto-avaliativo (em que você avaliou o próprio

trabalho) e de avaliação de todo conjunto que envolve a escola (quando seus registros são

resultado de observação da escola e da atuação dos seus sujeitos e possibilidades de ali

desenvolver seu trabalho). Portanto, essa escrita serviu para apoiar seu acompanhamento,

indicando os elementos importantes a serem considerados acerca do estágio (em seu

planejamento e atuação).

b) Fichas de observação: foram utilizadas pelos alunos, Professor Colaborador e o orientador

para analisarem seu trabalho e sua participação na escola. As avaliações realizadas por cada

um desses sujeitos foram fundamentais. O que seus alunos disseram serviu para pensar em

formas de interação mais adequadas às suas necessidades e possibilidades de aprendizagem;

o que o Professor Colaborador indicou foi fundamental como parâmetro para situar suas

ações diante das expectativas da escola; o diálogo com o Professor Orientador foi importante

para encaminhar alternativas de trabalho, coerentes com a realidade do estágio e mediar as

relações entre você, a escola e a universidade.

Assim, escrever sobre o estágio não é algo novo. No entanto, o objetivo dessa escrita que

você fará agora ao fi nal é um pouco diferenciado daquele que você vinha visando até então:

agora, é o momento de fazer as sínteses e identifi car os resultados do trabalho. Essa escrita

é importante porque permitirá a você sistematizar os diversos textos escritos ao longo do

estágio (por você e pelos demais sujeitos), analisar as várias ações desenvolvidas (seminário,

aulas de campo, ofi cinas etc.) e, assim, identifi car os grandes eixos do seu trabalho. Com isso,

você deve levantar pontos importantes a serem considerados nos próximos estágios (se for o

caso) e que contribuam, especialmente, para pensar o ensino da sua área e apontar elementos

para que a escola e a universidade possam melhor atuar na formação e acompanhamento da

iniciação docente.

O registro da experiência de estágio é o momento de você, como futuro professor, olhar

sua própria prática, não apenas para tomar consciência da necessidade de mudança, mas

articular teoria e prática. Para isso, as trocas entre você, o Tutor de Estágio, o Professor

Colaborador e o Professor Orientador são essenciais.

Sendo assim, essa escrita não pode ser um instrumento simplesmente técnico que visa

conferir uma nota ao fi nal do semestre, mas uma atividade participativa, desenvolvida através

de um processo contínuo. Assim, é essencial assumir essa escrita como momento de avaliação

e problematização da prática.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 3

O que e como escrever sobre o estágio?

Agora que você sabe da importância de escrever ao fi nal do estágio, deve estar se

perguntando o que, objetivamente, é importante escrever e como.

Há vários gêneros textuais que podem ser solicitados nessa situação: o relatório, o

artigo científi co e o memorial são alguns deles. Embora o tema a ser tratado nesses textos

seja o mesmo – o Estágio Supervisionado –, cada um deles tem características próprias

que concedem um tratamento diferenciado àquilo de que falam e que focalizarão aspectos

específi cos nessa avaliação.

Gênero textual é uma expressão utilizada para nos referirmos a textos materializados

“[...] que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características

sócio-comunicativas defi nidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e

composição característica.” (MARCHUSCHI, 2005, p. 22-23)

Fique atento!

Certifi que-se do seu tutor qual desses textos

será solicitado de você ao fi nal do Estágio

Supervisionado I, II ou III.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado4

Como planejar a escrita

sobre o estágioComo escrever sobre o estágio

Como reescrever

sobre o estágio

Ampliar o seu repertório: ler o que

for pertinente para saber o que

escrever (materiais produzidos no

estágio, livros, textos etc.).

Iniciar a escrita e estar sempre atento

ao que planejou escrever.Ler atentamente o que foi escrito.

Delimitar o tema: diante da

quantidade de pontos que podem

ser abordados num texto sobre

seu estágio (indisciplina, gestão,

material didático etc.), selecionar

aqueles que, de fa to, são

signifi cativos.

Observar se os itens selecionados

para serem relatados estão

constando no texto.

Observar se houve continuidade

temática; se elementos novos

foram associados ao tema;

se não há ambigüidades ou

passagens confusas.

Escolher como irá ordenar

as informações: que tópicos

são principais, quais estarão

subordinados.

Observar se, ao escrever, o modo

de tratamento dos temas está

coincidindo com o planejado. É

possível que ocorram mudanças.

Observar se as associações

estabelecidas são realmente

válidas e pertinentes.

Ter clareza do contexto de circulação

do texto e das características do

gênero: isso pesa sobre a fi nalidade

da sua escrita: analisar, relatar,

expor elementos pertinentes do

estágio aos seus leitores, que se

situam na universidade e na escola

(professores colaboradores e

orientadores).

A linguagem deve prezar pela

clareza, objetividade e correção.

Analise também o tratamento dado

aos temas desenvolvidos, pois

esse texto é acadêmico e todas as

suas análises/relatos devem estar

fundamentadas.

Rever se os objetivos da escrita

foram atendidos; anal isar

a correção da l inguagem

(ortografi a, pontuação, semântica

e sintaxe); analisar se os leitores

e você considerariam o texto

pertinente.

Fonte: Antunes (2003).

Seguindo esses passos, você poderá selecionar os aspectos relevantes a serem

abordados (planejamento), adequar melhor o seu texto às especifi cidades do gênero (escrita),

e redefi nir melhor o modo como pretende abordar cada elemento do estágio mencionado

no trabalho (reescrita).

E é justamente sobre as especifi cidades de cada um desses gêneros que discutiremos a

seguir, a fi m de orientá-lo no processo de elaboração do seu trabalho de fi nal de Estágio I, II ou III.

Independentemente do gênero textual que você escreverá, é fundamental que siga três

etapas básicas do processo de escrita: o planejamento, a escrita do texto e a reescrita. Esses

passos lhe permitirão elaborar um texto mais coerente e em consonância com as demandas

acadêmico-escolares, como refl etir sobre momentos e práticas específi cas desenvolvidas

durante o Estágio Supervisionado.

Observe o quadro a seguir e identifi que as diferentes ações necessárias para realizar cada

uma das fases de escrita. Oferecemos parâmetros globais que você deve procurar ajustar de

acordo com suas possibilidades de escrita e exigências do seu professor orientador.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 5

Orientações para a

escrita do relatório

O relatório é, certamente, o gênero acadêmico mais solicitado como trabalho de fi nal de

Estágio Supervisionado. Ele caracteriza-se pela apresentação do trabalho desenvolvido

no estágio em toda a sua dimensão: descrição dos dados, procedimentos utilizados,

análises, resultados alcançados e conclusões (MARCONI; LAKATOS, 2002).

Embora o relatório seja utilizado por diferentes profi ssionais (policiais, peritos, engenheiros

etc.) para organizar os dados, provas e relatar o estado de uma investigação ou de uma obra,

por exemplo, o relatório que você irá elaborar é um texto científi co e, por isso, tem algumas

especifi cidades: seu relatório deve ser fundamentado teoricamente; suas análises devem

considerar a situação de colaboração interinstitucional entre escola e universidade na formação

e no seu acompanhamento. Portanto, não é uma “encomenda” da universidade sobre o que

ocorreu na escola, mas um texto que circunstancia tanto as atividades planejadas e desenvolvidas

na escola quanto os processos de orientação realizados no seu acompanhamento. Desse modo,

esse gênero visa permitir que você possa compreender o sentido do estágio, das suas ações e

obter pistas para os Estágios seguintes, ou para sua vida profi ssional futura.

O relatório do Estágio Supervisionado caracteriza a escola, apontando, normalmente,

descrições resultantes das suas observações, descreve suas atividades como estagiário, os

resultados e avaliação do processo, bem como considerações sobre a formação docente

realizada no âmbito da universidade e suas contribuições para o estágio.

Veja, a seguir, algumas passagens de relatórios, escritos por graduandos de Física*.

Descrição da escola campo de estágio

A caracterização inicial da escola mostrou que ela dispõe de recursos para favorecer

um melhor aprendizado que são: xerox, vídeos, retroprojetores, laboratório,

biblioteca (onde o ambiente é agradável para se efetuar pesquisas), salas de vídeo

e de informática, espaço teatral, quadra poliesportiva (a escola oferece várias opções

de esportes [...]). (COSTA, 2004, p. 7, relatório de estágio)

O papel do professor colaborador

Existe também uma boa interação entre professor e alunos, sendo esta interação

de fundamental importância no ensino-aprendizagem. Pude observar, além

deste aspecto, algumas estratégias que o professor utilizava em sala. Estas são:

desenhos, questionamentos, exemplos e exercícios. (COSTA, 2004, p. 8, relatório

de estágio)

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado6

Os alunos como aprendizes

Quanto aos alunos, meu contato mais próximo foi com a turma por mim

selecionada para o estágio, o terceiro ano, turma B. Nesta turma constavam 32

alunos matriculados [...]. Todos eram adolescentes, bastante reivindicadores dos

seus direitos e, segundo outros professores, cumpridores de seus deveres. [...]

Aparentemente os alunos da turma viam a Física apenas como um obstáculo para

o término do ensino médio, algo que normalmente, tem sido visto nos alunos do

nível médio, e que é causado usualmente, pela falta de base ou de conhecimentos

matemáticos que a Física exige para sua compreensão. (ALMEIDA, 2004, p. 5,

relatório de estágio)

O desenvolvimento do planejamento

Ao elaborar o planejamento, tive a preocupação de saber a quem estaria

direcionando tais conceitos da física, pois sabemos que nem todos os alunos

gostam desse ramo que é tão belo e misterioso [...]. Os conteúdos ali presentes

exploravam tanto a parte física como a parte da matemática [...] porque fi cava

claro que alguns alunos não tinham uma boa afi nidade com a matemática. Uma

preocupação que sempre tive em mente, durante o ato do planejamento foi com

relação à Didática, [segue seu texto citando Libâneo] (COSTA, 2004, p. 9, relatório

de estágio).

Considerações sobre o estágio e a graduação

É no estágio que temos a oportunidade de transmitir para os alunos um pouco

da Física que aprendemos no decorrente do curso. As disciplinas pedagógicas

nos ajudam muito nesta fase (do estágio), pois elas nos ensinam como lidar com

os alunos e como fazer para que eles se voltem para o que estamos explicando.

Tentamos construir signifi cados para o que estávamos estudando e evidenciamos

em que parte da vida iríamos utilizar aqueles conhecimentos (COSTA, 2004, p.

13, relatório de estágio).

Esses são alguns dos elementos muito recorrentes no desenvolvimento do relatório do

Estágio Supervisionado. Como você pode observar, a escrita é predominantemente objetiva e

se detém à descrição sobre os elementos centrais do estágio, buscando apresentar o estado

atual da escola e do trabalho desenvolvido.

* Essas citações referem-se a relatórios de estágio supervisionado, os quais foram desenvolvidos na

disciplina Prática de Ensino de Física, junto aos graduandos da Universidade do Estado do Rio Grande

do Norte, em 2004, sob a orientação da Professora Doutora Auta Stella de Medeiros Germano, a quem

agradecemos pela disponibilização dos relatórios para utilização neste material didático.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 7

Sugestão de atividade 1

Planeje a escrita do seu relatórioVeja a seguir como estruturar o seu relatório e, considerando o quadro que orienta

como planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Também é

importante que você consulte o item “leituras complementares” deste material e

conheça exemplares de relatórios.

Como elaborar cada parte do relatório Liste o que deve

conter no seu relatório

Elementos pré-textuais

CapaUFRN, SEDIS, curso de licenciatura em

__, disciplina: Estágio Supervisionado,

título do relatório, nome do estagiário,

do professor supervisor, do tutor, local

e data.

Folha de rostoTodos os itens da capa e, após o título,

um parágrafo recuado à direita contendo:

“Relatório apresentado ao curso de

_____, da UFRN-SEDIS, como requisito

da disciplina Estágio Supervisionado”.

Sumário

Os tópicos estruturadores do trabalho e

respectivos números de página.

Elementos textuais

IntroduçãoMencionar os objetivos do relatório;

explicitar os temas/assuntos que abordará

ao relatar o Estágio Supervisionado;

justifi car a delimitação.

DesenvolvimentoEste item se organiza em sub-itens, nos

quais se deve caracterizar a escola e todo

o trabalho de observação, planejamento e

atuação no estágio. Ao desenvolver cada

um desses itens, deve-se fazer referência

aos materiais produzidos em função do

estágio (provas, diários de campo, planos

de aula etc.), bem como ao referencial

teórico-metodológico que fundamenta o

relato.

ConclusõesEvidenciar os avanços e limitações,

apontar os eixos orientadores da relação

teoria-prática, indicar os resultados

atingidos com o estágio e as perspectivas.

ReferênciasMencionar todas as bibliografias e

demais fontes citadas.

Fonte: Marconi e Lakatos (2001).

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado8

Orientações para a

escrita do artigo científi co

Os artigos científi cos são muito utilizados na vida acadêmica. Você, certamente, já teve

oportunidade de ser leitor ou autor de um artigo, pois esse gênero consta nas revistas

científi cas, livros universitários e também são disponibilizados na Internet em sites

institucionais (normalmente, em formato pdf).

Embora, assim como o relatório, o artigo seja um gênero também utilizado em outras

situações, além das acadêmicas, o artigo científi co tem aspectos estruturais, funções e leitores

muito específi cos:

Os artigos científi cos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma

questão verdadeiramente científi ca [...]. Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas

e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científi cos pela sua reduzida dimensão

e conteúdo. (MARCONI; LAKATOS, 2001, p. 84)

A escrita do artigo científi co sobre um aspecto específi co do Estágio Supervisionado

pressupõe um trabalho de pesquisa prévio em que você atuará na sistematização e análise

dos dados, focalizando um ponto pertinente para investigação.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 9

Conheça alguns artigos científi cos

Em pesquisas na Internet, você encontrará diversos artigos

científicos focalizando sua área de ensino. Veja nossas

indicações, planeje a sua pesquisa e escreva seu artigo

científi co.

Ensino da Matemática

O artigo Temas político-sociais no ensino da matemática,

das autoras Renata Ueno – Faculdade de Tecnologia de Garça

(FATEC) e Maria Sueli Simão Moraes – Universidade Estadual

Paulista (UNESP), trata da aprendizagem de conceitos

matemáticos e estatísticos junto a alunos dos anos fi nais do

Ensino Fundamental. As autoras analisaram uma experiência de ensino da Matemática

na qual os alunos aprenderam a partir da resolução de problemas ampliados por temas

transversais/político-sociais.

Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:

UENO, Renata; MORAES, Maria Sueli Simão. Temas político-sociais no ensino da matemática.

Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 223-233, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/

ciedu/v13n2/v13n2a06.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Ensino da Física

No artigo Tecnologias de Informação e Comunicação para ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio, os autores Marcelo Antonio Pires (Colégio Anchieta) e Eliane

Angela Veit (Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul) analisam como

a criação de um site e a utilização de um ambiente virtual de aprendizagem permitiram o

ensino da gravitação a estudantes do primeiro ano do Ensino Médio.

Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:

PIRES, Marcelo Antonio; VEIT, Eliane Angela. Tecnologias de Informação e Comunicação

para ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 28, n. 2, abr./jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.

br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-47442006000200015&lng=isso&nrm=isso#

nt01>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Ensino de Química

No artigo Letramento em química, educação planetária e inclusão social, de Wildson Luiz

Pereira dos Santos (Instituto de Química, Universidade de Brasília), discute-se o letramento

em ciência e tecnologia, a fi m de compreender a relevância da educação química para a

inclusão social.

Consulte a referência e veja o artigo na íntegra:

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Letramento em química, educação planetária e inclusão

social. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 611-620, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/

pdf/qn/v29n3/29295.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado10

Os artigos “Temas político-sociais no ensino da matemática” e “Tecnologias de Informação

e Comunicação para ampliar e motivar o aprendizado de física no ensino médio” são exemplares

de pesquisa acerca de uma situação de ensino. Embora não tenham, necessariamente, sido

desenvolvidos na situação de estágio, descrevem e analisam a prática de ensino em Matemática

e Física, a partir de situações que poderiam ser desenvolvidas em sua sala de aula, por exemplo.

Já o artigo “Letramento em química, educação planetária e inclusão social” retoma elementos

mais globais da educação, relacionando com o conhecimento da Química. A leitura dos três

artigos lhe permitirá comparar as pesquisas descritas com suas ações em sala de aula e será

enriquecedor para a sua formação e atuação docente. Por outro lado, o ajudará a delimitar o

tema do seu artigo.

Ao ler esses artigos, observe que eles contêm, basicamente, a seguinte estrutura:

preliminares, sinopse, corpo do artigo e referências. Quanto ao conteúdo, sua escrita pressupõe

a delimitação de um tema a ser tratado dentro da temática mais ampla que é o Estágio

Supervisionado. No relatório, pode-se falar um pouco sobre muitos aspectos do estágio. No

artigo científi co, deve-se tratar com profundidade sobre uma questão pertinente do estágio.

Observe que os artigos fundamentam-se em teorias e apresentam resultados comprováveis

diante da metodologia empregada. E isso responde por uma de suas funções, além de partilhar

com a comunidade científi ca os resultados de uma pesquisa, contribuindo, no seu caso, com

novas metodologias, abordagens e análises de uma prática específi ca de ensino da sua área.

De acordo com a leitura desses artigos, você verá que seu texto não só deve se

constituir na possibilidade de divulgação da pesquisa realizada, mas também permitir ao leitor

compreender os passos empenhados no seu trabalho. Por isso, procure usar uma linguagem

clara, articulada e objetiva, dar validade às descrições e resultados apontados, a partir da

retomada dos referenciais teóricos, e demonstrar os resultados apontados a partir dos dados

analisados. Nesse sentido, você pode consultar um dos nossos módulos, no qual falamos

sobre o Estágio como oportunidade para a pesquisa e ver que os materiais produzidos no

Estágio (avaliações, fi chas de observação etc.) podem sim constituírem os dados da análise.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 11

Sugestão de atividade 2

Planeje a escrita do seu artigo científi co

Veja a seguir como estruturar o seu artigo científi co e, considerando o quadro que orienta

como planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Também é importante que

você consulte o item “leituras complementares” deste material e conheça, a partir das nossas

sugestões, outros exemplares de artigos científi cos.

EstruturaComo elaborar cada

parte do artigo científi co

Liste o que deve conter no

seu artigo científi co

Preliminares

Cabeçalho: título do artigo

Autor:

Tutor:

Nome da instituição: UFRN - SEDIS

Curso:

Sinopse

Está na primeira página, depois dos dados do

cabeçalho. É o resumo do artigo com até 500

palavras, contendo: introdução, metodologia,

resultados, conclusão.

Palavras-chaves: selecionar 03 palavras.

Corpo do artigo

Compõe-se dos seguintes elementos:

Introdução: apresentação do assunto, objetivo,

metodologia, limitações e possibilidades

encontradas no estágio.

Dsenvolvimento: este item organiza-se em

sub-itens, nos quais se deve: expor, explicar e

demonstrar o que se propõe como tema central

dentro do estágio.

Conclusões: dedução lógica, baseada no texto

e na bibliografi a, de forma resumida.

Parte referencial

Referências: mencionar todas as bibliografi as

e demais fontes citadas.

Anexos: só deve ser usado quando realmente

necessário.

Fonte: Marconi e Lakatos (2001, p.84-85).

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado12

Orientações para escrita

do memorial de formação

O memorial é um gênero acadêmico de prestígio na Universidade. Inicialmente, solicitado

apenas para professores em situações de progressão na carreira (memorial descritivo),

a partir da década de 1990, vem sendo largamente utilizado como requisito parcial

para a graduação em diversos cursos (memorial de formação) e em concursos para o Ensino

Superior. O memorial de formação é um texto auto-biográfi co em que o autor historiciza sua

vida profi ssional e teoriza sobre a própria formação. Por isso, não é um mero relato evocativo,

mas um gênero acadêmico em que o Estágio Supervisionado será um dos elementos a ser

objeto de teorização sobre a própria formação do estagiário.

Memorial

Passeggi (2006) aponta

diferenças entre os

memoriais solicitados

nas duas situações. O

memorial descritivo é

normalmente solicitado

numa situação de

progressão na carreira

ou ingresso no ensino

superior como docente.

Nele, o professor-candidato

apresenta sua trajetória e

sua relação com a área a

que se propõe, situando

seu projeto de atuação

para a instituição. O

memorial de formação

vem sendo largamente

utilizado como texto

auto-avaliativo produzido

ao fi nal da graduação.

Nele, os graduandos

relatam suas experiências

formativas pertinentes

para a área de atuação

profi ssional.

O que os memoriais representam para seus autoresNos memoriais, cada autor desconstrói e reconstrói representações desse

universo cultural, numa articulação dialética entre situação pessoal e estrutura

institucional. [...] O professor-aluno escreve o memorial durante o processo de

formação, é acompanhado por um professor-formador, além de se benefi ciar de

espaços de discussão, em pequenos e grandes grupos, sobre experiências da

vida profi ssional. O tempo de refl exão, a relação entre pares e a orientação do

formador auxiliam o professor-aluno a transformar sua formação em história e

essa história em trabalho acadêmico. (PASSEGGI, 2006, p. 66-70)

O que os memoriais representam para a EducaçãoOs memoriais acadêmicos [...] reúnem representações do sistema educacional

em diferentes regiões do Brasil, percepções de narradores com distintos níveis

de escolaridade, visões sobre a formação e prática profi ssional em diversas áreas

do conhecimento. Entendê-los [...] permitiria desvendar [as] conseqüências e

desdobramentos para o ensino superior no Brasil e/ou (re)compor o mosaico das

representações de práticas educacionais no país. (PASSEGGI, 2006, p. 68)

No memorial de formação, o tema central é a formação, realizada ao longo da vida,

seja em situações formais ou não. Por isso, há sempre menção às situações ocorridas no

ambiente familiar, no trabalho e às personagens consideradas mediadores, nem sempre ligados

à universidade ou à escola. A partir dessa escrita, fi cam evidenciados os diferentes espaços

nos quais se aprende e sujeitos que nos ensinam.

Diferentemente do artigo científi co, o memorial permite uma escrita mais subjetiva, uma

vez que o seu objeto é a formação do próprio autor. Observamos alguns temas nos memoriais que lhe são estruturadores e recorrentes, são eles: a infância entre a escola e a família; a

formação no magistério e/ou superior; a iniciação/escolha da profi ssão; a prática docente

(no estágio e na vida profi ssional); a importância da escrita de si e o devir. Essas temáticas

Temas nos

memoriais

A identifi cação dessas

temáticas como

recorrentes nos memoriais

de formação vem sendo

sistematicamente

apontadas nas pesquisas

desenvolvidas pelo

Grupo interdisciplinar de

formação, autobiografi a

e representações sociais

(GRIFARS/PPGED-UFRN)

no âmbito da Associação

Norte-Nordeste de

Histórias de Vida em

Formação (ANNHIVIF).

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 13

têm se colocado como os principais tempos da formação docente para os licenciandos ao

escreverem seus memoriais.

Veja, a seguir, algumas passagens de memoriais de formação, escritos por

graduandos de Matemática*.

A infância entre a escola e a família[...] fui feliz na aquisição dos conhecimentos matemáticos nas primeiras séries do

ensino fundamental; sem esquecer, é claro, da grande importância e contribuição

dos conhecimentos prévios, adquiridos fora da escola, uma vez que nesse período

eu vendia picolé na escola em que minha mãe trabalhava e sacos de tecido vazios da

feira, fazendo com que logo cedo me familiarizasse com os algoritmos das quatro

operações aritméticas (MOISÉS, 2007, p. 7, memorial).

A formação no magistério e/ou superiorA formação no nível superior, para um professor de Matemática, é essencial.

Faço essa referência porque, mesmo lecionando a disciplina durante vários anos

com apenas o conhecimento adquirido durante o período em que cursei o ensino

médio, hoje, sendo aluno do curso de Matemática, sinto uma diferença enorme:

tenho mais segurança na aplicação dos conteúdos e vejo alguns que não lembro

se estudei no ensino médio (MAURÍCIO, 2007, p. 29, memorial).

A iniciação/escolha da profi ssãoTive o privilégio de ter uma excelente professora primária quando cursava a

2ª série do ensino fundamental [...]. Pelo seu jeito carinhoso de ensinar e pelo

exemplo de dedicação ao trabalho, chegando a encantar todos os seus alunos,

decidi que um dia também seria professora (MARLENE, 2007, p. 19, memorial).

A prática docente (no estágio e/ou na vida profi ssional)Revi os meus planejamentos e, conseqüentemente, a metodologia até então

por mim utilizada. Dentre essas mudanças, passei a ver com um novo olhar os

diferentes estilos cognitivos dos alunos, ao valorizar e propor que socializassem

as estratégias de cálculo por eles utilizadas. Com isso, os alunos compreendem,

por meio de análises e comparações, que pode haver diferentes caminhos para

se resolver um problema e também ampliam seu repertório acerca dos diferentes

procedimentos e tipos de cálculo por eles utilizados. [...] (MOISÉS, 2007, p.

212-22, memorial).

A importância da escrita de siEscrever sobre minha infância, a vida escolar, a profi ssional e a acadêmica

tornou-se para mim um desafi o e, ao mesmo tempo, um campo de pesquisa,

que me permitiu voltar ao passado e relembrar os acontecimentos que marcaram

de forma signifi cativa a minha trajetória estudantil. Fazendo esse exercício de

memória, trago para os dias de hoje uma análise do vivido, de forma crítica e

refl exiva [...] (LUAN, 2007, p. 7, memorial).

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado14

O devir

[...] a educação é, acima de tudo, mudança. É movimento, é lidar com o

inesperado, é ir para a sala de aula com um plano de trabalho e sair com outro

realizado. E eu, enquanto parte desse movimento, não posso parar jamais, pois

tenho plena consciência de que a educação, por si só, não é capaz de transformar

a sociedade, mas sei que, sem uma boa educação, jamais poderá ocorrer tal

transformação (JOÉLIA, 2007, p. 24, memorial).

Os pontos levantados nos memoriais, como você deve ter observado, são indissociáveis.

Aos ler esses relatos, é possível que você esteja se dando conta: de experiências signifi cativas

para a sua formação docente vivenciadas na infância; de que os modelos dos seus professores

do Ensino Fundamental e Médio tenham sido referências importantes durante o Estágio

Supervisionado; ou de que as demandas familiares que lhe iniciaram no mundo do trabalho,

por exemplo, tenham sido relevantes para a sua escolha profissional. Em todas essas

situações, você se situa no centro da sua formação, elaborando e identifi cando os sentidos que

atribuiu à sua história, bem como traçando metas para seu devir profi ssional. Esse processo,

denominamos método (auto)biográfi co:

[...] o método (auto)biográfi co repousa no reconhecimento não apenas do saber formal,

externo aos sujeitos, mas também naqueles saberes subjetivos, não formais, tecidos

nas suas experiências de vida e nos contextos socioculturais onde agem e interagem. A

incorporação desse método no processo de formação docente contribuiu para a tomada

de consciência, individual e coletiva, de que cada professor [ou licenciando autor do

memorial] permite-nos investigar suas escolhas e as representações construídas sob

infl uência do seu entorno familiar e profi ssional. As narrativas autobiográfi cas não são,

apenas, descrições ou interpretações de acontecimentos pessoais, mas se constituem

numa ação social por meio da qual o indivíduo retotaliza sua trajetória de vida e sua

interação com o social. (PASSEGGI et al, 2006, p. 206)

Por isso, ao optar por essa escrita, você estará não somente circunstanciando fatos

pontuais do seu estágio ou analisando com mais profundidade um aspecto específi co do ensino

na sua área, mas estará tomando a experiência do estágio para identifi car a rede complexa de

saberes, teorias e práticas que contribuíram ao longo da vida para a sua formação docente.

Nesse sentido, seu memorial será um balanço da sua formação e deverá apontar as grandes

linhas teórico-práticas da sua atuação docente futura.

Ao escrever o memorial, você se situará numa perspectiva pertinente para a Educação de

Adultos, que considera seus registros (o “lugar” de onde você vê o mundo) e suas experiências

formadoras (o que você aponta como signifi cativo na sua formação), segundo Josso (2004),

e sua capacidade de autopoiese (de se auto-criar através da escrita, transformando suas

representações ao escrever e refl etir sobre cada um desses tempos de formação), de acordo

com Passeggi (2006).

� Todos os memoriais aqui citados foram lidos em: Melo (2008, p. 327), cuja pesquisa foi desenvolvida

junto ao Instituto de Formação de Professores Presidente Kennedy (Natal-RN) e analisou, a partir dos

memoriais, os processos de aprendizagem do ser professor de matemática. Agradecemos à autora pela

disponibilização do seu trabalho para menção neste material didático.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 15

Sugestão de atividade 3

Planeje a escrita do seu memorial de formação

Considerando os principais pontos presentes nos memoriais e o quadro que orienta como

planejar, escrever e reescrever, inicie o seu planejamento. Observe o esquema a seguir e

preencha com o que você considera que foi/é fundamental na sua formação docente e que foi,

de alguma forma, importante nas suas refl exões sobre sua atuação no Estágio Supervisionado.

Lembre-se de que qualquer tempo, espaço ou personagens podem constar na sua escrita,

desde que tenham sido pertinentes para a sua formação docente.

Quadro 1 - Tempos da formação docente

A infância entre a escola e a família

______________________________

______________________________

______________________________

A formação no magistério e/ou superior______________________________

______________________________

______________________________

O devir______________________________

______________________________

______________________________

Formação docente

A iniciação/escolha da profi ssão______________________________

______________________________

______________________________

A importância da escrita de si______________________________

______________________________

______________________________

A prática docente no Estágio Supervisionado e/ouna vida profi ssional

______________________________

______________________________

______________________________

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado16

Leituras complementares

Conheça pelo menos um exemplar de cada um dos gêneros aqui discutidos. A seguir,

sugerimos alguns sites.

Relatório de estágio

Solicite de seu professor orientador a disponibilização, na página da disciplina, de

exemplares de relatórios escritos por estagiários da sua área de ensino. Observe a estrutura,

pontos desenvolvidos e a linguagem utilizada.

Artigo científi co

SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA. Disponível em: <http://www.sbfi sica.org.br/>. Acesso

em: 25 jun. 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Disponível em: <http://www.sbm.org.br/>. Acesso

em: 25 jun. 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA. Disponível em: <http://www.sbq.org.br/>. Acesso em:

25 jun. 2008.

Esses são, respectivamente, os sites das Sociedades Brasileiras de Física, Matemática

e Química. Em todos eles há links que o redirecionarão para as Revistas publicadas pelas

Sociedades. Em algumas delas, os artigos estão disponibilizados na íntegra para sua leitura.

Além de conhecer discussões pertinentes da área para a sua formação, veja como o tema

dos artigos está delimitado e como cada um dos seus itens está escrito. Essa leitura poderá

ajudá-lo na sua escrita.

REVISTA EDUCAÇÃO EM QUESTÃO. Disponível em: <http://www.revistaeduquestao.educ.ufrn.

br/>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Esse é o site da Revista Educação em Questão do Departamento e Programa de Pós-

Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Aqui, você encontrará

diversos artigos científi cos da área de Educação. Além de conhecer pesquisas relevantes para

a sua formação docente, você poderá observar os elementos estruturais e textuais da escrita

de um artigo científi co para ajudá-lo na escrita do seu texto.

Memorial

BIBLIOTECA DIGITAL DA UNICAMP. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/list.

php?tid=121>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Através desse site, você terá acesso à biblioteca digital da Unicamp e poderá encontrar

inúmeros memoriais de formação publicados na íntegra, escritos por graduandos dessa

universidade. Veja como se estruturam, a forma e estilo de escrita e, principalmente, o seu

caráter formativo. Outra sugestão é, quando estiver em Natal-RN, ir ao Instituto de Formação

Superior Presidente Kennedy e conhecer seu acervo de memoriais.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 17

Sugestão de atividade 4

Retome seus diários de campo e inicie oplanejamento do seu texto avaliativo sobre o estágio

Retome seus diários de campo e, a partir das orientações para planejamento,

escrita e reescrita dos gêneros aqui discutidos, inicie a escrita do seu texto.

Certifi que-se do seu tutor de estágio qual desses gêneros será solicitado de você.

Se for escrever um relatório, as anotações do diário de campo serão

fundamentais para ajudá-lo a elaborar as descrições; no caso da escrita do artigo

científi co, a leitura dos diários contribuirá para você delimitar o tema do seu

trabalho de pesquisa, também poderá ser importante lançar mão dos demais

materiais produzidos ao longo do estágio, para confi rmar as primeiras hipóteses

lançadas nos diários; para a escrita do memorial de formação, os diários permitirão

situar as observações realizadas na escola como experiências formadoras.

Referências

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução José Cláudio e Júlia

Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científi co. 6.

ed. São Paulo: Atlas, 2001.

______. Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: defi nição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela

Paiva; MACHADO, Anna Raquel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. 3.

ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

MELO, Maria José Medeiros Dantas de. Olhares sobre a formação do professor de matemática:

imagem da profi ssão e escrita de si. 2008. 327f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de

Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado18

PASSEGGI, Maria da Conceição. As duas faces do memorial acadêmico. Odisséia, Natal:

EDUFRN, v. 9, n. 13/14, p. 65-75, 2006.

PASSEGGI, Maria da Conceição et al. Formação e pesquisa autobiográfi ca. In: SOUZA, Elizeu

Clementino de (Org.). Autobiografi as, histórias de vida e formação: pesquisa e ensino. Porto

Alegre: EDIPUCRS, 2006.

PINEAU, Gaston. Temporalidades na formação. Tradução Lucia Pereira de Souza. São Paulo:

TRIOM, 2003.

PIRES, Marcelo Antonio; VEIT, Eliane Angela. Tecnologias de Informação e Comunicação para

ampliar e motivar o aprendizado de Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 28, n. 2, abr./jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.

php?script=sci_arttext&pid=S0102-47442006000200015&lng=isso&nrm=isso#nt01>. Acesso

em: 25 jun. 2008.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Letramento em química, educação planetária e inclusão

social. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 611-620, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/

qn/v29n3/29295.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.

SOUZA, Elizeu Clementino de. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de

professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

UENO, Renata; MORAES, Maria Sueli Simão. Temas político-sociais no ensino da matemática.

Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 223-233, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/

ciedu/v13n2/v13n2a06.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2008.

Anotações

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado 19

Anotações

Módulo de Orientação 9 | Estágio Supervisionado20

Anotações

EMENTA

Claudianny Amorim Noronha

Tatyana Mabel N. Barbosa

Estágio Supervisionado I – INTERDISCIPLINAR

AUTORAS

AULAS

2º S

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ráfi ca

Tex

form

01 Módulo de orientação 1 – O Estágio Supervisionado para Formação de Professores: orientações para o estagiário

02 Módulo de orientação 2 – O Estágio Supervisionado como possibilidade de pesquisa-formação

03 Módulo de orientação 3 – O período de observação da escola: criando um outro olhar sobre os espaços, sujeitos e

ações de uma antiga conhecida nossa

04 Módulo de orientação 4 – Propostas de ações colaborativas para o Estágio: a interface entre os conhecimentos

escolares e acadêmicos

05 Módulo de orientação 5 – Materiais didáticos: como avaliar, utilizar e (re)elaborar

06 Módulo de orientação 6 – Planejamento de ensino I: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem

07 Módulo de orientação 7 – Planejamento de ensino II: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem

08 Módulo de orientação 8 – A avaliação do estágio: um processo de refl exão contínua

09 Módulo de orientação 9 – A (re)escrita do trabalho avaliativo fi nal: o relatório, o artigo científi co e o memorial

10 Módulo de orientação 10 – Estágio Supervisionado: o papel da escola como instituição co-formadora

11 Fichário de estágio

Apresenta as diferentes interfaces do estágio supervisionado, focalizando, principalmente, suas concepções

e orientações institucionais para a formação docente; as orientações práticas para a vivência pedagógica e o

planejamento do estágio na escola e a interlocução entre os saberes acadêmicos e escolares; como também

os princípios de avaliação e acompanhamento do estagiário pelos diferentes sujeitos do estágio na EaD.