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REPUBLICA DE CUBA Mision Permanente ante las Naciones Unldas DISCURSO DO MINISTRO DAS RELAQOES EXTERIORES DE CUBA, BRUNO RODRIGUEZ PARRILLA NO 72° PERIODO DE SESSOES DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU. NOVA lORQUE, 22 DE SETEMBRO DE 2017. Senhor Presidente: Senhor Secretario-Gerai; Reitero-Ihe o apoio de Cuba em seu desempenho a frente da Secretaria da Organizagao das Nagoes Unidas como garante e defensor da paz internacional. Senhores Chafes de Estado e de Governo: Distintas delegadas e delegados: Expresso sinceras condolencias, extensivas aos familiares dos falecidos e aos danificados, e nossa disposigao de aumentar nossa cooperagao, dentro de nossas modestas possibilidades, aos irmaos povos e governos de Dominica, Antigua e Barbuda, pequenas ilhas qua sofreram terrivel destruigao; da Republica Dominicana, Porto Rico, Sao Martinho e Sao Maarten, lihas Virgens e Anguila devido a passagem dos furacoes Irma e Maria. Insto a comunidade internacional a priorizar e mobilizar recursos para ajudar os pequenos estados e territorios insulares do Caribe devastados. Recebam entranhaveis sentimentos de solidariedade de Cuba, o povo eo governo mexicanos, nomeadamente os familiares das vitimas e dos danificados por ambos os sismos. Fazemos chegar nossos pesames ao povo dos Estados Unidos da America, sentidas condolencias as familias dos falecidos, e profunda simpatia a todos os afetados pelo furacao Irma. Senhor Presidente; Trago o testemunho do povo cubano que realiza um esforgo medidas de prevengao, incluida a evacuagao de mais de 1,7 milhoes colossal na recuperagao dos severos danos nas moradias, na agricultura, no sistema eletro-energetico e noutros provocados pelo furacao Irma. Nao obstante as ingentes pessoas, e a total cooperagao dos cidadaos, sofremos dez falecimentos.

DISCURSO DO MINISTRO DAS RELAQOES EXTERIORES DE … · danificados, e nossa disposigao de aumentar nossa cooperagao, dentro de nossas modestas possibilidades, aos irmaos povos e governos

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REPUBLICA DE CUBA

Mision Permanente ante las Naciones Unldas

DISCURSO DO MINISTRO DAS RELAQOES EXTERIORES DE CUBA, BRUNORODRIGUEZ PARRILLA NO 72° PERIODO DE SESSOES DA ASSEMBLEIAGERAL DA ONU. NOVA lORQUE, 22 DE SETEMBRO DE 2017.

Senhor Presidente:

Senhor Secretario-Gerai;

Reitero-Ihe o apoio de Cuba em seu desempenho a frente da Secretaria daOrganizagao das Nagoes Unidas como garante e defensor da paz internacional.Senhores Chafes de Estado e de Governo:

Distintas delegadas e delegados:

Expresso sinceras condolencias, extensivas aos familiares dos falecidos e aosdanificados, e nossa disposigao de aumentar nossa cooperagao, dentro de nossasmodestas possibilidades, aos irmaos povos e governos de Dominica, Antigua eBarbuda, pequenas ilhas qua sofreram terrivel destruigao; da Republica Dominicana,Porto Rico, Sao Martinho e Sao Maarten, lihas Virgens e Anguila devido a passagemdos furacoes Irma e Maria.

Insto a comunidade internacional a priorizar e mobilizar recursos para ajudar ospequenos estados e territorios insulares do Caribe devastados.

Recebam entranhaveis sentimentos de solidariedade de Cuba, o povo e o governomexicanos, nomeadamente os familiares das vitimas e dos danificados por ambos ossismos.

Fazemos chegar nossos pesames ao povo dos Estados Unidos da America, sentidascondolencias as familias dos falecidos, e profunda simpatia a todos os afetados pelofuracao Irma.

Senhor Presidente;

Trago o testemunho do povo cubano que realiza um esforgo medidas de prevengao,incluida a evacuagao de mais de 1,7 milhoes colossal na recuperagao dos severosdanos nas moradias, na agricultura, no sistema eletro-energetico e noutrosprovocados pelo furacao Irma. Nao obstante as ingentes pessoas, e a totalcooperagao dos cidadaos, sofremos dez falecimentos.

Os dolorosos danos a servigos e as perdas de bens sociais e pessoais, as priva96esocasionadas as familias por longas horas sem energia eletrica ou fornecimento deagua realparam a unidade e solidariedade de nosso nobre e heroico povo.

Repetiram-se comovedoras cenas do pessoal de resgate entregando uma meninaque foi salva a sua mae, urn menino tirando das ruinas um busto de Marti,estudantes ajudando familias que nao conheciam, efetivos das ForgasArmadas e doMinisterio do Interior realizando os trabalhos mais duros, dirigentes locais a frentedas tarefas mais dificeis.

O Presidente Raul Castro, desde a zona rnais devastada, emitiu um apelo no qualescreyeu: "foram dias duros para nosso. povo, que em apenas poucas horas viucomo aquilo que foi construido com esforgo foi arrasado por um devastador fUracao.As imagens das ultimas horas sab eloquentes, tambem o espirito de resistencia evitoria de nosso povo que renasce perante cada adversidade".

Em nome do povo e do governo cubanos, agradego profundamente as sentidasamostras de solidariedade e afeigao de numerosos govemos, parlanientos,organizagoes internacionais e representantes da sociedade civil.

Expresso profunda gratidao perante bs diversos oferecimentos de ajuda recebidos.Senhor Presidente:

Guardo viva e emocionada memoria da imponente presenga e das ideias,imensamente vigentes, expressadas nesta Assembleia pelo Comandante-em-Chefeda Revolugao Cubana, Fidel Castro Ruz.

Agradego, em nome de nosso povo e governo, os sentimentos de respeito, afeigao eadmifagao recebidos de todas as latitudes.

Senhor Presidente:

Na terga-feira passada, o Presidente Donald Trump veio para nos convencer de queum dos seus propositos e promover a prosperidade das nagoes e das pessoas.Mas no mundo real, oito homens possuem, em conjunto, a mesma riqueza que os 3mil 600 milhoes de seres humanos que fazem parte da metade mais pobre dahumanidade.

Em termos de faturagao, 69 das 100 maiores entidades do mundo sao empresasmultinacionais, nao Estados. Juntas, as dez maiores corporagoes do mundo tem umafaturagao superior as receitas publicas de 180 pafses somados.

Sao extremamente pobres 700 milhoes de pessoas; 21 milhoes sao vitimas dotrabalho forgado; 5,9 milhoes de criangas morreram em 2015 antes de completaremOS cinco anos, por doengas preveniveis ou curaveis; 758 milhoes de adultos saoanalfabetos.

Oitocentos e quinze milhoes de pessoas sofrem de fome cronica, dezenas demilhoes a mais do que em 2015. Deis bilhoes estao subalimentadas. Se fossepossivel recuperar o precario ritmo de dimlnulgao dos ultimos anos, 653 milhoes depessoas contlnuarao famintas no anp 2030 e nao seria suficiente para erradicar afome em 2050.

Os refugiados totalizam 22,5 milhoes. Agravam-se as tragedias humanitariasassociadas aps fjuxos de migrantes e seu numero cresce numa ordem economica epolitica interriacionai evidentemente irijusta.

A construgao de muros e barreiras, as leis e medidas adotadas para impedir asondas de jefugiados e migrantes, demonstraram ser crueis e ineficazes. Proliferamas politicas excludehtes e xehofobicas que violam os direitos humanos de milhoes depessoas e n^o resolvem OS .problemas do subdesenvolvimento, da pobreza e dosconflitos, principals causas da migragao e da solicitagao de refugio.

As despesas militares totalizam 1,7 milhoes de milhoes de dolares. Essa realidadecontradiz aqueles que alegam que nao existem recursos suficientes para acabar coma pobreza.

Por^m a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentavel carece de meios deaplicagao, por egoismo e falta de vontade politica dos Estados Unidos da America ede outros paises industrializados.

Qual a receita milagrosa que nos recomenda o Presidente Trump, a falta de fluxosfinanceiros do Piano Marshall? Quem oferecera os recursos para isso? Comp podeisto se reconcijiar com a ideia dos Presidentes Reagan e Trump de "America First?Ignora e tergiversa a historia e apresenta como objetivo uma quimera. Os padroes deprodupao e consume proprios do capitalismo neoliberal sao insustentaveis eirracionais e conduzem, inexoravelmente, a destruipao do meio ambiente e ao fim daespecie humana.

Por acaso poderao ser esquecidas as consequencias do colonialismo, a escravidao,0 neocolonialismo e o imperialismo?

Podem ser apresentadas como exempio de um capitalismo bem-sucedido asdecadas de sanguinarias ditaduras militares na America Latina?

Alguem conhece receitas do capitalismo neoliberal melhor aplicadas do que aquelasque destrufram as economias latino-americanas na decada dos anos 80?

E imprescindivel e inadiavel que as Napoes Unidas trabalhem em favor doestabelecimento de uma nova ordem economica internacional participativa,democratica, equitativa e inclusiva, e de uma nova arquitetura financeira que tenhamem conta os direitos, as necessidades e as particularidades dos paises emdesenvolvimento e as assimetrias existentes nas finanpas e no comercio mundial,resultado de seculos de explorapao e saqueio.

Os paises industrializados tern o dever moral, a responsabiiidade historica epossuem os meios financeiros e tecnologicos suficientes para isso.

Nem sequer para os ricos, havera a prosperidade que e anunciada, sem deter amudanga climatica.

Cuba expressa 0 seu descontentamento pela decisao dp Governo dos EstadosUnidos da America, o principal emissor historico de gases de efeito estufa noplaneta, de retirar seu pafs do Acordo de Paris.

Em 2016, por terceiro ano consecutivo, foram ultrapassados 6s recordes d© aumentoda temperPtura niedia global, o que confirma a mudanpa dimatica corno umaameapa a sobrevivencia da humanidade e o desehvolvinriento susteh^avel de nossospovos.

Reiteramos nossa solidariedade com os pequenos paises insulares emdesenvolvimento, especialmente do Caribe e do Pacifico, que sab bs mais afetadospela mudanpa dimatica, para os quais exigimbs um trbtamehto justb, especial ediferenciado. '

Senhor Presidente: ^

O governo dos Estados Unidos da America veio para nos dizer que, junto daprosperidade, os outros dois "belos alicerces" da ordem mundial sao a soberania e aseguranga. v

E responsabiiidade de todos preserver a existencia do ser humano pe'rantea ameagadas armas nucleares. Um importante aporte ao logro desse proposito significou ahistorica adogao no ambito das Nagoes Unidas, no passado 7 de jLilhb, do Tratadosobre a Proibigao das Armas Nucleares, que proscreve tanto o use corno a ameagado uso dessas armas, as quais tem a capacidade de ahiquilar a espbcie humana.

Os Estados Unidos da America opuseram-se tenazmente a este tratado. Ahunciouque empregara 700 mil milhbes de dolares em gastos militares e desenvolve umadoutrina militar extremamente agressiva, que tem corno base a ameiaga do uso daforga e no uso da mesma.

Estados membros da OTAN atentam contra a paz e a seguranga internacionais econtra o Direito Internacional promovendo intervengoes militares e guerras naoconvencionais contra Estados soberanos.

Como salientou o Comandante-em-Chefe da Revolugao Cubana, Fidel Castro Ruz:"cesse a filosofia do despojo e desaparecera a filosofia da guerra".

Resulta cotidiana a imposigao ilegal de medidas coercitivas unilaterais e o uso deferramentas financeiras, judiciais, culturais e de comunicagao para desestabilizargovernos e negar o direito de livre determinagao a seus povos.

Cresce o uso encoberto das tecnologias da informagao e das comunicagoes paraatacar outros Estados, enquanto varies palses desenvolvidos se opoem ferreamentea adopgao de tratados Internacionais que regulem a cooperagao para lograr urnciberespago seguro.

O Presidente estadunidense manipula os conceitos de soberania e seguranga emseu exclusivo beneflcio e detrimentp de todos, inclulndo seus aliados.

A tentativa de usar a ameaga militar e a forga para deter a tendencia mundialirreverslvei ao muitipoiarj.smo e poiicentrismp provocara graves perigos para a paz ea seguranga internacionais que devem ser defendidas e preservadas mediante amobilizagao internacional.

Os principios de igualdade soberana, respeito a integridade territorial e a naoingerencia nos assuntos internes dos Estados, devem ser respeitados. A Carta dasNagoes Unidas e o Direito Internacional nao admitem ser reinterpretados.

A reforma das Nagoes Unidas deve propor-se come objetivo essencial que a mesmaresponda as necessidades prementes dos povos e das grandes maioriasdesfavorecidas. O multilateralismo deve ser protegido e reforgado perarite osinteresses imperialistas de dominagao e hegemonia.

A democratizagao do Conselho de Seguranga, tanto em sua composigao come emseus metodos de trabalho, e um objetivo inadiavel.

O fortalecimento da Assembleia Geral e a recuperagao das fungoes que Ihe foramusurpadas, e imprescindivel.

Senhor Presidente:

dO "patriotismo" que e invocado no discurso dos Estados Unidos da America, e umaperversao do humanismo, do amor e da lealdade a Patria, e do enriquecimento edefesa a cultura nacional e universal. Encarna uma visao de excepcinalismo e desupremacia de ignorante intolerancia perante a diversidade e modelos politicos,economicos, socials e culturais.

Nos paises desenvolvidos agrava-se a perda de legitimidade dos sistemas partidospoliticos e aumenta o abstencionismo eleitoral. A corrupgao legal ou ilegal fazmetastase como e o caso extreme dos chamados "interesses especiais" oupagamentos de corporagoes em troca de beneficios, no pals em que mais dinheirose gasta em campanhas e onde se pode ser paradoxalmente eleito com menos votospopulares que outro candidate ou governar com um apoio infimo dos eleitores.

E crescente e insolito o uso da clencia e da tecnologia para exercer a hegemonia,mutllar as culturas naclonais e manipular a conduta humana, exempio disso e o usopolitico e pubiicitario das chamadas "big data" ou psicometria. Sete consorciosGontroiam ferreamente o que se le, ve e escuta no planeta, prevalece o monopoliodas tecnologias, a governanga das redes digitais e ditatorial e discrimihatoria e,apesar das aparencias, a brecha entrepaises ricos e pobres aumenta.

Diminuem as oportunidades e sao violados flagrante e sistematicamente os direitoshumanos de jovens, migrantes e trabalhadores.

Anteontem, o Vice-presidente dos Estados Unidos, Michael Pence, asseverou noConselho de Seguranga, com absurdo desconhecimento de suas fungoes e apretensao de estabelecer novas prerrogativas, que o mesmo deveria rnbdificar acbmposigao e OS metodos do Conselho dos Direitos Humanos "que naoe rnerecedorde seu nome's •segundb disse, "porque uma clara maibria de seus membros naocumprem sequer os mais basicos modelos de direitos humanos". Siiponhb que naoinclui nesse caso o seu proprio pais, que o merece por seu padrao de violagoessistematicas de direitos humanos como por exempio o uso da tortura, da detehgao eda privagao de libefdade arbitrarias, como acontece na Base Naval de Guantanamo,0 assassinate de afro-americanos por parte de policiais, a morte de civis inocentespor parte de sus tropas e a xenofobia e a repressao de imigrantes, inclusive menorese sua escassa adesao a instrumentos internacionais.

Senhdr Presidente:

Reafirmamos nossa mais firme condena contra o terrorismo, em todas suas formas emahifestagoes; e rejeitamos a dupla moral em seu enfrehtamento.

A inadiavel procura de uma solugao justa e duradoura ao conflito do Oriente Medio,tem comb base o exercicio do desenvolvimento inalienavel do povo palestihiano aautodeterminagao, e a dispor de um Estado livre e independente, dentro' dasfronteiras anteriores a 1967, com sua capital em Jerusalem Oriental.

A questao do Saara Ocidental precisa de um esforgo em conformidade com asresolugoes das Nagoes Uhidas, de fnodo que seja garantido ao povo saarianb oexercicio da autbdetefrninagao e seja respeitado seu legftimo direito de viVer em pazem seu territorio.

Cuba reafirma seu apoio a busca de uma solugao pacifica e negociada a guerra naSiria, sem ingerencia externa e com total respeito a sua soberania e integridadeterritorial.

Aumentam os perigos a paz e a seguranga internacionais, derivados da ampliagaoda presenga da OTAN nas fronteiras da Russia. Reiteramos nossa rejeigao assangoes unilaterais e injustas impostas a esse pals.

Exigimos que seja respeitado o denominado acordo nuclear com; a RepublicaIslamica do irao.

Rejeitamos a ameaga de destruir totalmente a Republica Popular Democratica daCoreia, onde moram 25 milhoes e seres humanos. A guerra nao e uma ppgao naPeninsula Coreana, ameagaria a existencia de centenas de milhoes de pessoas nelae nos paises vizinhos e conduziria a uma conflagragao nuclear de con^equenciasimpossiveis de predizer. So atraves do dialogo e das negocia96es pode-se conseguiruma solugao politica duradoura, e deve ter em conta as preocupagoes legitimas detodas .as paries involucradas. Apoiamos a desnuclearizagao total da PeninsulaCoreana; sem ingerencia estrangeira, com totat respeito a igualdade soberana eintegridade territorial dos Estados e com estrito apego ao principio do nao uso, nem aameaga do uso da forga.

Senhor Presidente:

Novas amea9as pairam hoje sobre a paz e a estabilidade na America Latina e noCaribe, em aberto desrespeito a "Proclamaoao da America Latina e do Caribe comoZona de Paz", assinada em Havana pelos Chefes de Estado e de Governo:de nossaregiao, em Janeiro de 2014, por ocasiao da II Cimeira da Gomunidadei.de.EstadosLatinoeamericanos e Caribenhos (CELAC).

Reiteramos o expressado pelo Presidente Raul Castro Ruz a respeito da RepublicaBolivariana da Venezuela no passado 14 de julho:

"A agressao e a violencia golpista contra a Venezuela danam toda «Nossa America»e so beneficiam os interesses daqueles que se empenham em dividir-nos paraexercer sua domina9ao sobre nossos povos, sem importar-se com que possam gerarconflitos de consequencias incalculaveis nesta regiao, como os que estamosassistindo em diferentes lugares do mundo".

"Alertamos hoje que aqueles que tencionem derrocar por vias inconstitucionais,violentas e golpistas a Revolu9ao Bolivariana e Chavista assumirao uma seriaresponsabilidade perante a historia".

Rejeitamos energicamente a amea9a militar contra a Venezuela, a ordem executivaque a qualifica como uma amea9a para a seguran9a nacional dos Estados Unidos daAmerica e as san9oes unilaterais, injustas e arbitrarias aplicadas por eles.

Reiteramos nossa inquebrantavel solidariedade com o povo e o governo bolivarianose chavistas, e com sua uniao civico-militar que lidera o presidente constitucionalNicolas Maduro Moros.

Denunciamos e condenamos a iniciativa Nica Act, promovida no Congresso dosEstados Unidos da America numa atitude de ingerencia e que tem como objetivoimpor um bloqueio economico ao povo e governo da Nicaragua, aos quais reiteramosnosso apoio.

Expressamos nossa solidariedade com o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva,vitima de perseguigao polftica para impedir sua candidatura as eleigoes diretasmediante uma inabilitagao judicial. Lula, a presidenta Dilma Rousseff, o Partido dosTrabalhadores e o povo brasileiro terao sempre a Cuba de seu lado.

Reafirmamos nosso cbmpromisso historico com a livre determinagao e aindependencia do povo de Porto Rico.

Apoiamos a legltima exigencia do povo argentino a respeito da soberania sobre asllhas Malvinas, Sandwich do Sul e Georgias do Sul.

Cuba continuara contribuindo em tudo o que estiver a seu alcance, ao pedido daspartes, com os esforgos para lograr uma paz estavel e duradoura na Colombia.

Continuaremos comprometidos em compartilhar nossas modestas realizagoes comOS povos do Sul, incluido o empenho dos 41 mil 652 cooperantes que em 63 paiseslutam pela vida e pela saude dos seres humanos.

Senhor Presidente:

Em 16 de junho passado, o presidente dos Estados Unidos da America, DonaldTrump, anunciou a politica de seu governo contra Cuba, que constitui um retrocessonas relagoes bilaterais e abala as bases estabelecidas ha dois anos para avangarnuma relagao de novo tipo entre nossos paises, na qual sobressaia o respeito e aigualdade. r.-

O governo estadunidense decidiu endurecer o bloqueio economico, comercial efinanceiro, impondo novo'sfobstaculos as limitadaS possibilidades que tinha seuempresariado para comerciar e investir em Cuba e restrigoes adicionais a seuscidadaos para viajar a nosso pais.

Essas decisoes ignoram o apoio de amplos setores estadunidenses, incluindo amaioria da migragao cubana, ao levantamento do bloqueio e a normalizagao dasrelagoes. Satisfazem so os interesses de um grupo de origem cubana do sul daFlorida, cada vez mais isolado e minoritario, que insiste em danar Cuba e nosso povopor sua eleigao de defender, custe o que custar, o direito a ser livre, independente esoberano.

Reiteramos hoje a denuncia das medidas de endurecimento do bloqueio ereafirmamos que qualquer estrategia que pretenda destruir a Revolugao fracassara.De igual maneira, rejeitamos a manipulagao do tema dos direitos humanos contraCuba, que tem muito que se orgulhar pelos resultados atingidos e nao tem quereceber ligoes dos Estados Unidos da America nem de ninguem.

Nesta oportunidade, expressamos nossa mais energica condena as declaragoesdesrespeitosas, ofensivas e de Ingerencia contra Cuba e o governo cubano,realizadas ha tres dias nesta tribuna pelo presidents Donald Trump. Recordamos-Iheque OS Estados Unldos, onde sao cometidas flagrantes violagoes dos direitoshumanos que provocam profunda preocupagao na comunidade internacionai, naotem a mais minima autoridade moral para julgar meu pais. Reafirmamos que Cubajamais aceitara condicionamentos nem imposigoes, tambem nao renunciara a seusprincipios.

No que diz respeito aos alegados incidentes que teriam afetado a funcionariosestadunidenses em Havana, afirmamos categoricamente, que o governo cubanocumpre com todo rigor e seriedade suas obrigagoes com a Convengao de Vienasobre Relagoes Dipiomaticas no que se refers a protegao da integridade de todos osdiplomatas sem excegao, incluindo os dos Estados Unidos da America; e que Cubajamais realizou nem realizara agoes desta natureza; nem permitiu nem permitira queseu territorio seja usado por terceiros com esse proposito.

As autoridades cubanas, em conformidade com os resuitados preliminares dainvestigagao prioritaria e com alto components tecnico que desenvolvem pororientagao do mais alto nfvel de nosso governo, e que tomou em consideragao dadosoferecidos pelas autoridades dos Estados Unidos da America, ate o memento naoconta com evidencia alguma que confirms as causas nem a origem das afecgoes asaude que foram informadas pelos diplomatas estadunidenses e seus familiares. Ainvestigagao para esclarecer este assunto continua e para conclui-la sera essencial aefetiva cooperagao das autoridades estadunidenses. Seria lamentavei que se politizeum assunto da natureza descrita.

Mesmo como expressou o Presidents Cubano, Raul Castro Ruz, que Cuba tem avontade de continuar negociando os assuntos bilaterais pendentes com os EstadosUnidos da America, sobre a base da igualdade e do absolute respeito a soberania ea independencia de nosso pais, e de prosseguiro dialogo respeitoso e a cooperagaoem temas de interesse comum com o governo estadunidense.

Cuba e os Estados Unidos da America podem cooperar e conviver, respeitando asdiferengas e promovendo tudo aquilo que beneficie ambos os paises e povos, masnem imaginem que para isso Cuba fara concessoes inerentes a sua soberania eindependencia.

Senhor Presidents:

O povo cubano nao cessara de exigir legitimamente o levantamento e totaleliminagao do bloqueio economico, comercial e financeiro e continuara denunciando0 recrudescimento dessa politica. Em 1 de novembro, Cuba apresentara mais umavez perante a Assembleia Geral das Nagbes Unidas, o projeto de resolugao intitulado"Necessidade de por fim ao bloqueio economico, comercial e financeiro imposto peloGoverno dos Estados Unidos da America contra Cuba".

Entanto que no mundo cresce a desigualdade, a opulencia de uns poucos e amarginalizagao de muitos, o povo cubano continuara sua luta para atingir asociedade mais justa possivel. Contlnuaremcs avangando com passo firms nocaminho das transforma96es revolucionarias, decidido soberanamente porcubanas ecubanos para o aperfqigoamento de nosso socialismo.

Muitoobrigado

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