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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO XII - Nº 128 - JUNHO – 2006 EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected] Ano XII Jornal pioneiro na dança de salão. Fundado em julho de 1994 Completo na Internet www.jornaldance.com.br Fale com a gente [email protected] O amplo salão nobre do Club Homs, na Avenida Paulista, ficou pequeno para o primeiro “Dançando a Bor- do, o Baile!”, na noite de 10 de junho. O evento, promovido pela Costa Cruzeiros- jornal Dance, com coordenação de Theo e Monica, contou com a presença do sr. René Hermann, diretor-geral da Costa Cruzeiros no Brasil; Francisco Ancona Lopez, consul- tor de marketing da empresa, criador e coor- denador-geral do Dançando a Bordo; Naim Ayub, diretor de cruzeiro do navio Costa Fortuna (que fez a animação da festa); Mil- ton Saldanha e Rubem Mauro Machado, do Dance; Sueli Moreno e José Augusto More- no, diretores da “Bailarina”. Os convidados especiais foram Carlinhos de Jesus e Jaime Arôxa (Rio de Janeiro), Jomar Mesquita (Belo Horizonte); Fernando Campani e Cadica Borghetti (Porto Alegre). O Dancing Team do recente Dançando a Bordo, no Costa Victoria, estava quase com- pleto, com Omar Forte, Maurício Butenas, Karina Carvalho, Renato Assis, Vanessa Jar- dim, Gustavo Lilla, Fabiana Terra, Euler, Bel, Edu La Luna, Mônica Casagrande, além da equipe personal, com Clóvis Escarabelin, Patrick de Oliveira, José Andrade, Flávio As- sunção, Everson Oliveira, Luiz Carlos de Oli- veira, João Carlos David, Ricardo Garcia. Foram homenageadas as academias e or- ganizações de dança que já se incorporaram como parceiras: Centros de Dança Jaime Arôxa (Campo Belo, Liberdade, Casa Verde), Cia La Luna, Cia Terra, Confraria do Tango, Dança- re, Dançart, Celso Vieira, Passos & Compas- sos, Andrei Udiloff e Revolution. O baile, com participação especial na organização da conhecida promoter Jan, se estendeu das 22h às 4h, sempre com pista cheia, com todos os ritmos da David Costa Band, tocando completa, e do DJ La Luna, nos intervalos. Depois da breve parte sole- ne, para as homenagens, Naim Ayub coman- dou divertida brincadeira de salão. Isso, mais a distribuição de chapeuzinhos de vaqueiro nordestino (para o forró) e de colares e pul- seiras luminosas, recriou o clima dos bailes no navio, com alegria total e descontração. “Só falta sentir a brisa do mar e ouvir o apito do navio”, comentou Sonia Santos, da Baga- gem Turismo e veterana dos cruzeiros Dan- çando a Bordo. “Foi a noite das estrelas da dança de salão”, definiu Marcelo Cunha. Veja a cobertura fotográfica do Studio RUDA, nas páginas 12 e 13 Dançando a Bordo, o Baile! Entrevista Alexandre e Kátia Dança na escola - 1 Rubem Mauro Machado analisa documentário sobre experiência dos EUA Dança na escola - 2 Vale a pena ver o filme “Vem Dançar”, com Antonio Banderas Tango Gay Uma experiência em Buenos Aires Dançando a Bordo, o baile! lotou o Club Homs, mesmo com ingressos limitados. O baile recriou, com brincadeiras, o ambiente do navio Fotos: Kriz Knack/Studio RUDA Condução Que tal se as mulheres também comandarem a condução na dança de salão? Foto: Kriz Knack/Studio RUDA

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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O XII - Nº 128 - JUNHO – 2006EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected]

Ano XIIJornal pioneiro

na dança de salão.Fundado em julho de 1994

Completo na Internet

www.jornaldance.com.brFale com a gente

[email protected]

Oamplo salão nobre do Club Homs,na Avenida Paulista, ficou pequenopara o primeiro “Dançando a Bor-

do, o Baile!”, na noite de 10 de junho. Oevento, promovido pela Costa Cruzeiros-jornal Dance, com coordenação de Theo eMonica, contou com a presença do sr. RenéHermann, diretor-geral da Costa Cruzeirosno Brasil; Francisco Ancona Lopez, consul-tor de marketing da empresa, criador e coor-denador-geral do Dançando a Bordo; NaimAyub, diretor de cruzeiro do navio CostaFortuna (que fez a animação da festa); Mil-ton Saldanha e Rubem Mauro Machado, doDance; Sueli Moreno e José Augusto More-no, diretores da “Bailarina”.

Os convidados especiais foram Carlinhosde Jesus e Jaime Arôxa (Rio de Janeiro), JomarMesquita (Belo Horizonte); FernandoCampani e Cadica Borghetti (Porto Alegre).O Dancing Team do recente Dançando aBordo, no Costa Victoria, estava quase com-pleto, com Omar Forte, Maurício Butenas,Karina Carvalho, Renato Assis, Vanessa Jar-dim, Gustavo Lilla, Fabiana Terra, Euler, Bel,Edu La Luna, Mônica Casagrande, além daequipe personal, com Clóvis Escarabelin,Patrick de Oliveira, José Andrade, Flávio As-sunção, Everson Oliveira, Luiz Carlos de Oli-veira, João Carlos David, Ricardo Garcia.

Foram homenageadas as academias e or-ganizações de dança que já se incorporaramcomo parceiras: Centros de Dança Jaime Arôxa(Campo Belo, Liberdade, Casa Verde), Cia LaLuna, Cia Terra, Confraria do Tango, Dança-re, Dançart, Celso Vieira, Passos & Compas-sos, Andrei Udiloff e Revolution.

O baile, com participação especial naorganização da conhecida promoter Jan, seestendeu das 22h às 4h, sempre com pistacheia, com todos os ritmos da David CostaBand, tocando completa, e do DJ La Luna,nos intervalos. Depois da breve parte sole-ne, para as homenagens, Naim Ayub coman-dou divertida brincadeira de salão. Isso, maisa distribuição de chapeuzinhos de vaqueironordestino (para o forró) e de colares e pul-seiras luminosas, recriou o clima dos bailesno navio, com alegria total e descontração.“Só falta sentir a brisa do mar e ouvir o apitodo navio”, comentou Sonia Santos, da Baga-gem Turismo e veterana dos cruzeiros Dan-çando a Bordo. “Foi a noite das estrelas dadança de salão”, definiu Marcelo Cunha.

Veja a cobertura fotográfica doStudio RUDA, nas páginas 12 e 13

Dançando a Bordo, o Baile!

Entrevista

Alexandre e Kátia

Dança na escola - 1Rubem Mauro Machado analisa

documentário sobre experiência dos EUA

Dança na escola - 2Vale a pena ver o filme

“Vem Dançar”, com Antonio Banderas

Tango GayUma experiência em Buenos Aires

Dançando a Bordo, o baile! lotou o Club Homs, mesmo com ingressos limitados. O baile recriou, com brincadeiras, o ambiente do navio

Fotos: Kriz Knack/Studio RUDA

ConduçãoQue tal se as mulheres também comandarem

a condução na dança de salão?

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Milton Saldanha

2 Junho/2006

O jornal Dance, que chega aos doze anos, é mensal edistribuído gratuitamente nas principais instituições de dan-ça, públicas e privadas, da Região Metropolitana da GrandeSão Paulo. Com tiragem de 10 mil exemplares, pode serencontrado nas melhores academias, bailes, casas noturnas,festivais de dança, eventos, restaurantes e outros locais,inclusive não dançantes, como bares, padarias, lojas, etc.Está também completo na Internet.

Editor e jornalista responsável: Milton Saldanha (MTb. 3.419;matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). Repórter Especial:Rubem Mauro Machado (Rio de Janeiro); Dance Campinas;Luiza Bragion, editora regional; Ilustrações: Pedro de Carva-lho Machado. Fotos: Milton Saldanha. Colaboradores: Ale-xandre Barbosa da Silva (diagramação); André de CarvalhoMachado. Impressão: LTJ Editora Gráfica. Reg. INPI:820.257.311. Produção: Syntagma Comunicação Social.

Endereço: Rua Pais da Silva, 60 - Chácara Santo Antonio/Santo Amaro, São Paulo/SP. CEP 04718-020.Tels./Fax (11) 5182-3076 / 5184-0346 / 8192-3012Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet: Agen-da da Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected]

Proibida reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor. Nenhumapessoa que não conste neste Expediente está autorizada a falar em nome do jornal.

Dê uma folga para o rigor crítico, relaxe napoltrona, solte a emoção. É a sugestão

para saborear este saudável, edificante e gosto-so filme. Sobretudo porque é um verdadeiro hinode amor à dança de salão. Em “Vem Dançar”(Take the Lead), com estréia dia 15 de junho, oator Antonio Banderas fala tudo aquilo, e maisum pouco, que todos nós, que amamos e prati-camos a dança de salão, não cansamos de repe-tir: é uma fonte de felicidade e pode sim operartransformações fundamentais na vida das pes-soas, não importa a idade, sexo e classe social.

O roteiro e a montagem resultaram num fil-me simples, linear e previsível. Mas de forteconteúdo social e cercado das melhores inten-ções. É a história de um professor e dono de

“Vem Dançar”, o filme. Não perca!

No Dance nº 91, de abril de 2003, escrevi oeditorial “Dança & Cia fechou. É uma

pena”. Referia-me a uma revista de dança, edi-tada em São Paulo pela dedicada e competentejornalista Daniele Monteiro. Era quase todadirecionada ao balé, mas dava também matéri-as de outros segmentos, inclusive dança de sa-lão. Exatamente o contrário do Dance, que équase todo dedicado à dança de salão mas dátambém matérias sobre outras danças. Depoisveio a revista “Carisma”, do meu amigo WalterDiniz, com muitas fotos de pessoas e fococentrado nos bailes. Tornei-me cronista nãoremunerado da revista, embora seja jornalistaprofissional, como forma de solidariedade eapoio aos esforços do Diniz. Por minha pró-pria decisão a crônica era exclusiva para a re-vista, não saia neste jornal, a exemplo da colu-na “Carta Paulista”, que assino na “Infok Re-vista da Dança”, de outro amigo, o Ely Diniz,no Rio de Janeiro.

Ainda que Dance se esforce para cumprircom toda dignidade, profissionalismo e respei-

academia que decide fazer um trabalho social,recuperando através da dança de salão estudan-tes de uma escola pública de Nova York quevivem na marginalidade. Aquela linha do pro-fessor altruísta enfrentando com coragem e no-bre paciência a resistência de alunos rebeldes,contestadores e indisciplinados. Já explorada porHollywood em dezenas de filmes sobre jovense instituições escolares, sobretudo com ingredi-entes da luta racial. A diferença é que neste amatéria não é matemática, história ou geografia.É dança a dois, vista com preconceito e debochepor praticantes do hip hop e também por edu-cadores mal informados. Chama a atenção queos protagonistas estão apresentados como aspessoas reais, há os bonitos e os feios, os bem e

os mal vestidos, os abonados e os pobres, quemdança bem e quem dança mal. São pessoas que agente poderia encontrar em qualquer baile ouacademia. Por ser um filme claramente dirigido aquem gosta de dança de salão, a direção de LizFriedlander fica devendo à nossa gulodice: po-deria ter mostrado ainda mais dança, sem abusartanto dos cortes de efeito. Ninguém reclamaria.

O lançamento de “Vem Dançar”, (o nome jáum convite, a exemplo do título deste jornal,ainda bem que criado muitos anos antes), cheganum momento muito bom da dança de salão,somando com o estímulo, já em curso, propor-cionado pela TV em variados programas, prin-cipalmente a “Dança dos Famosos”, do Faustão.Merece ser visto e recomendado aos amigos.

Imprensa bem afinadato seus compromissos com o leitor interessadoem dança, não tem a presunção de querer abra-çar o mundo. A avalanche de informações querecebemos, mais as idéias que empilhamos, nãocabem no pouco espaço que dispomos. Aumen-tar o tamanho do jornal seria decretar sua morte,pelos inviáveis custos. Logo, o que venha parasomar, em benefício da dança de salão, mas comqualidade, será bem-vindo. É o caso da revista“Ritmo”, editada pelos guerreiros Márcio Diase Claudia Neves. Como eu, e com a vantagem deserem dois, eles fazem tudo, e mais um pouco.Mas seria injusto não dizer que tenho a ajuda doRubem Mauro Machado, no Rio, e da LuizaBragion, em Campinas, além do nosso paginadoreletrônico Alexandre Barbosa da Silva.

No próximo dia 8 de julho, sábado, a “Rit-mo” festeja o primeiro aniversário, com baile noCírculo Militar. Desejo que seja o primeiro demuitos, porque isso é muito bom para a dança.Não consigo ver Márcio e Cláudia como con-correntes. Primeiro, porque tecnicamente jornale revista são produtos totalmente diferentes, na

linguagem, abordagem, formato, visual, tipo dematéria que comporta, etc. Segundo, e mais im-portante, porque a simpatia que tenho pelosdois não me permite este tipo de sentimento.Eles são mais novos que meus dois filhos. Es-tou entrando nos 61 anos. Suficientemente ma-duro, realizado e, de algumas coisas, cansado.Não dá para me preocupar com bobagens. Tra-balhei 37 anos na grande imprensa (Rede Glo-bo, Estadão, JT, Agência Estado, Diário do Gran-de ABC, Rádio Jovem Pan, revista Motor 3,até na velha Última Hora, com o célebre SamuelWainer, além de outros veículos). Logo, quandome encontro com a moçada da “Ritmo” me sin-to é meio paizão... Afinal, lancei o Dance, queem julho completa 12 anos, quando faltava umano para me aposentar. Foi uma nova opção devida, gostosa e vitoriosa. A partir daí, assumin-do com orgulho o pioneirismo da imprensa dedança de salão no Brasil, estou consciente queabri um caminho, que a “Ritmo” está sabendotrilhar de uma maneira que merece meu respeitoe admiração.

Quem acompanha este jornal nos últimos12 anos sabe o quanto Dance já assumiu

em defesa dos direitos femininos. Como tam-bém dos homossexuais. Por exemplo, o roteiro“Sugestões”, de lugares para dançar, que volta-rá a ser publicado (mas não mensalmente, comoacontecia nos primeiros anos do jornal), traziasempre o circuito GLS, com o mesmo trata-mento respeitoso dedicado às demais casas. Equem examinar a coleção verá que é de longadata a pregação para que as mulheres tambémtirem os homens para dançar nos bailes. É ab-surdo que isso seja uma prerrogativa masculi-na, portanto profundamente machista.

Dance, que já condenou com vigor o racis-mo inúmeras vezes, é contra qualquer forma depreconceito que interfira nos direitos e na feli-cidade das pessoas. Ao defender os direitosfemininos, sugerindo a quebra de padrões her-dados dos tempos coloniais (observem que sóem 1931 as mulheres passaram a votar e servotadas), não se está fazendo nenhum favor aelas, e sim tentando saldar, com imenso atraso,uma dívida histórica. Mas compete acima de

Mulheres no comando da conduçãotudo a elas a coragem de assumir atitudes. Reagir.Ou optar pela eterna submissão.

As breves considerações acima têm tudo a vercom a matéria do Dance Campinas nº 5 (maio/junho), reproduzida nesta edição: “Tango gay: aúltima moda na Argentina”. Não saiu mês passadopor falta de espaço. As ilações são múltiplas, masaprofundar os aspectos da libertação feminina tam-bém na dança é tema por demais amplo. Vamosguardar o fôlego para futuras edições.

Um detalhe extremamente interessante cha-ma a atenção: como não existe a figura claramen-te explícita do homem para o comando da dan-ça, eles tratam os pares como “condutor” e “con-duzido”. No meio da música, em variados mo-mentos, eles trocam os papéis. O condutor viraconduzido, e vice-versa.

Fiquei fascinado pela idéia, e me ocorreu que issopoderia ser praticado também quando homens dan-çam com mulheres. Uma revolução na dança de salão.

Na noite de 26 de maio, sexta, assim que ter-minou a prática de tango do Tango B‘Aires, e quan-do restavam poucas pessoas no salão, fiz um pe-dido a Omar Forte e Stella Bello: que dançassem

um tango como os gays, invertendo o comandodurante a música. Como ambos são excelentestangueros, o resultado foi além do esperado. Foisensacional! A ponto de provocar espontâneosaplausos e gritos de “bravo!” do pequeno públicoque testemunhou a cena, também a meu pedido.Eles trocavam o comando com impressionantenaturalidade, dentro da música. Quem chegasse alinaquele momento, sem saber de nada, imaginariaque ensaiaram um mês. Finalizado o improviso,solicitei o corte do som e expliquei ao grupo queacabara de fazer um laboratório de criatividade, adança experimental, com pleno êxito.

Também eu, pouco antes, tentei praticar ocâmbio, com minha parceira de aulas no TangoB`Aires, a jovem Juliana Machado Maggioli.Nosso resultado ficou anos luz aquém do con-seguido por Omar e Stella, pela simples razãode que, ao contrário deles, não temos a práticade inversão dos papéis. Como dão aulas, elesfazem isso todos os dias, com naturalidade,embora nunca tivessem pensado em praticarnuma dança normal, de salão. Nem se trata desaber dançar melhor ou pior, mas simplesmente

do corpo aceitar uma novidade para a qualnunca foi condicionado.

É indubitável que para a mulher seria uma con-quista. Ela deixaria seu perene papel passivo e pas-saria a conhecer e desfrutar do imenso prazer pro-porcionado pelo poder decisório durante a dança.Ou alguém acha que é por mero acaso que algumasmulheres, já que os homens não aceitam a inversão,adoram dançar com outras, conduzindo?

Não acredito, sinceramente, que isso possapegar, por ser muito difícil. Fora o aspecto cul-tural, fortemente enraizado, que reserva ao ho-mem todas as decisões. Mas este ceticismo nãoinvalida a sugestão da experiência, como pes-quisa, sobretudo para profissionais. Eu gosta-ria de ver, por exemplo, num show. Parece-meainda que a questão mais crucial é que o ho-mem, quando conduzido, terá que criar um passoviril, diferente do adorno feminino, sobretudonos movimentos que envolvam certa sensuali-dade. Isso significa reescrever a linguagem dadança naquilo que tem de mais estrutural. Seriarealmente ousado, inovador, revolucionário.Alguém tem coragem para se habilitar?

M.S.

M.S.

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Aoperadora de turismo Virtual Travel e ojornal Dance acertaram parceria para in-

centivo de dançarinos e bailarinos à participa-ção em eventos de dança no exterior. A VirtualTravel é uma organização internacional, com es-critórios em São Paulo, Fortaleza, Melbourne,Londres, Miami, Nova York e Milão.

O acordo foi acertado em duas reuniões, comparticipação do diretor da empresa em São Pau-lo, Carlos Abate, das executivas Aida Roisman eHilda Avelino, e do editor do Dance, MiltonSaldanha.

A Virtual Travel passou também a aten-der interessados no Dançando a Bordo, even-to da Costa Cruzeiros, que tem o Dance comopromotor e divulgador oficial, bem como in-

Palestra noRio Dança

O IV Salão Rio Dança, de 9 a 14 de julho, emCopacabana, promovido pela Agenda da Dançade Salão Brasileira, portal de Marco Antonio Per-na, incluirá palestrantes especializados. Um dosconvidados é o editor do Dance, Milton Saldanha,que falará sobre o tema “Como divulgar sua dan-ça na mídia”, com dicas para facilitar o acesso ajornais, revistas, rádios e TVs. O palestrante, aolongo da carreira de 37 anos, foi repórter e exer-ceu cargos de chefia nestes diferentes tipos deveículos de comunicação. Entre eles, Rede Globoe “Estadão/JT”. O dia da palestra ainda será defi-nido. (21) 9974-9046 ou (21) 2577-7438.

Virtual Travel e Danceestabelecem parceria

teressados nos demais cruzeiros que a em-presa italiana realiza na costa brasileira eCone Sul.

O jornal foi escolhido para ser o veículo deligação da Virtual Travel com o mundo da dan-ça. A operadora quer se dedicar à organizaçãode grupos oferecendo-lhes condições e vanta-gens especiais, e tendo como meta um relacio-namento com confiança e fidelidade. Dance teráapoio da operadora na cobertura do campeo-nato Mundial de Tango de Buenos Aires 2006,em agosto.

Virtual Travel: contatos - Aida Roisman eHilda Avelino. Av. São Luiz, 50 - Edifício Itália -(21º) Cj. 212-C. PBX (11) 2189-2800.www.vtravel.com.br

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Milonga com Omarno Tango B‘Aires

Omar Forte, com assistência de Stella Bello,comandará curso de milonga no Tango B‘Aires, apartir de 3 de julho, com duração de três meses. Amilonga é a irmã alegre do tango. Será todas assegundas, das 20h às 21h. Não há taxa de matrí-cula e avulsos pagam 80 reais, casais 150 reais.Os alunos receberão apostila com informaçõesteóricas. A escola fica na rua Amâncio de Carva-lho, 23 - Vila Mariana (junto ao viaduto Tutoia)5575-6646 / 9258-5270 ou 7109-1591.

Festa da Dançareno Hispano

Dançare Espaço de Dança festejará seu se-gundo aniversário com baile no clube Hispano, dia24 de junho, sábado (22h). A qualidade da músicaestá garantida pela banda Koisa Nossa. A escola,que foi apresentada em detalhes em matéria decapa do Dance 103 (abril/2004), tem como sóciosLuis Domingues, Vânia Moreno, Célia Moreno,Eduardo Luppi, Celi Moreno e Roberto Aprá.Fica na rua Elísio de Castro, 45. Tel.5063-3852.

Os paulistasem Joinville

São Paulo teve 257 coreografias aprovadaspara o 24º Festival de Dança de Joinville, queacontecerá de 19 a 29 de julho. Estarão dividi-das entre a Mostra Competitiva, Festival MeiaPonta (infantil), Palcos Abertos e Mostra deDança Comtemporânea. Neste ano o eventorecebeu 1.851 projetos e aprovou 631. Nesteano o evento terá também um fórum para apre-sentação e discussão de temas acadêmicos so-bre dança.

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Av. Vereador José Diniz, 4014 – Campo Belo – Tels. 5561-5561 / 5561-2662R. Marambaia, 310 - Casa Verde – Tel. 3961-1103R. Conselheiro Furtado, 1003/sala 13 – Liberdade – Tel. 3208-5552

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1º de julho, sábado22h às 3h

Anivershow 30 anos – Bárbara Forcenitto(Dançarina, Profª de dança e coreógrafa)

Agradeço a Deus e a todos os amigos que apoiaram eparticiparam do espetáculo “Anivershow ”, em come-moração aos meus 20 anos de dança e 30 anos de vida!

Bárbara ForcenittoRestaurante Don Carlini, 3 de junho.

Amigos da dançaDançarinos/ Criadores/ Intérpretes

Alessandra Gaidargi, Andréa de Paula, Aroldo Guima-rães (Akademia Danças em Cia), BárbaraForcenitto,Carlão, Denise Brianza, Ataliba, Enemir Fran-co, Gracy, Loyola, Ivan Luis (Akademia Danças emCia), Mariana Grifo, Marli Lima, Mário de Deus (Aca-demia Amigos da Dança), Priscila Paoli, RicardoMonteiro,Thelma Pessi (Confraria do Tango),WilsonPessi (Confraria do Tango), Olívia Teixeira, Antonia- Ronald (Confraria do Tango).

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O jornal pioneiro na dança de salão brasileira • Aniversário em julho - 12 anos • Total de 129 edições • 8 Edições Especiais, temáticas, umadelas internacional, a convite de Cuba • Parceiro da Costa Cruzeiros como Promotor e Divulgador Oficial do Dançando a Bordo, o maiorevento da dança de salão brasileira • Co-promotor da Milonga de Gala, o mais refinado baile do ano • Pioneiro também na edição regional doDance Campinas • Total (dois jornais) de 15 mil exemplares impressos • Completos na Internet • Histórico de coberturas em todo o Brasil e emdiversos países • Um repórter (Rubem Mauro Machado) detentor do Prêmio Jabuti de Romance, o maior da literatura brasileira • Jornalismocom gente realmente profissional, que fez carreira na grande imprensa nacional • Chega ou precisa mais?

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5Junho/2006

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Domingos – tanghetto (Baile de tango)

19 à 1h

Terças – Práticas de tango19:30 às 23h

É impossível não amar

SábadosFestas e eventos

particulares

Direção: Alcione Barros

Showscom convidados

especiais

Toda segunda quarta-feira do mês,bailes temáticos com todos os ritmos

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6 Junho/2006

Tango Gay: a última moda na ArgentinaGimena Mello, professora de tango no Brasil, nos conta a experiência de dançar em uma milonga gay.

Em suas origens, o tango era dançado entrepessoas do mesmo sexo em muitas oca-siões. Uma tradição perdida que agora

ressurge nas milongas gays, última moda emBuenos Aires, onde os casais homossexuais seentregam a essa sensual dança típica. Os puris-tas do gênero devem estar perplexos, mas essebaile portenho é uma sublimação do erotismoheterossexual. Não cansa de receber muitos tu-ristas, ansiosos por conhecer a novidade. Asmilongas gays se fortificaram em 2003, ano emque Buenos Aires legalizou as uniões civis en-tre casais do mesmo sexo. Um ritmo desenha-do para pares formados por um homem e umamulher e que exige uma série de adaptaçõespara o baile entre homens. E conduzir uma pes-soa de 80 ou 90 quilos e com menos elasticida-de não é o mesmo que conduzir uma mulher,como é feito habitualmente. Assim que, paraconseguir concentração e fluidez, que caracte-rizam o tango, os bailarinos devem aprenderuma série de sinais indicadores que possam, atempo, mostrar os movimentos do parceiro.Um difícil mas divertido treino que os assis-tentes levam muito a sério, deixando de ladotodas as frivolidades. A La Marshall, uma dasmilongas gays pioneiras e mais concorridas deBuenos Aires, é o retrato de tudo isso. Após oensaio, os casais (gays ou heterossexuais) co-locam em prática os ensinamentos no salão. LaMarshall foi criada por um grupo de professo-res de tango. É aberta ao público, gay ou não.Às oito da noite há o treino e logo se forma obaile, de nível profissional.

Gimena Mello,bailarina e professorade tango argentino noBrasil, esteve há pou-cos meses na milongaLa Marshall, onde fezaulas e dançou. Comespírito inovador, quisconhecer como o tangoé praticado entre ho-mossexuais. Foi à con-vite de um amigo dauniversidade, EdgardoGargano, que ensina-va tango e organizavaa única milonga gay deBuenos Aires. Além daaula, composta apenaspor homens, Gimenatambém participou dobaile. “QuandoEdgardo se referia aocomando do homemfalava “condutor” epara explicar coman-do da mulher falava“conduzido”. Comomeu interesse funda-mental é sempre a dança, além dos padrões jáestabelecidos, achei isto bem interessante epermaneci muito atenta ao que acontecia aolongo da aula. Fiquei como parceira de um talRoberto, um homem de uns quarenta e tantos,que adotou o rol de condutor. O interessante

foi que por algunsmomentos Robertoesquecia de que euestava sendoconduzida por ele emagicamente se en-tregava a conduçãopara ser ele quem sedeixava levar por mi-nha “marca”. Assim,acontecia entre nósuma nova dança, di-ferente do que erachamado “o tango”.Agora a conduçãopassava de um aooutro sem combinarem que momento issoseria realizado. Euachei isto, além deum exercício de per-cepção extraordi-nário, um modo debaile bem interessan-te para estar desen-volvendo na prática.Foi um antes e umdepois na minha ex-

periência com o tango”, conta a bailarina.Na hora do baile, começaram a chegar tam-

bém mulheres, ainda que poucas. O clima quese vive nas noites de La Marshall é de grandeamor à dança, não tem distinções de gênero,idade, cor, religião. Gimena descreve sensa-

ções que teve ao dançar com uma mulher: “Osentimento que provoca dançar com uma mu-lher é bem diferente da sensação quando sedança com um homem hetero ou homossexu-al. Então, a sensibilidade aflora e se desco-brem novas maneiras de dançar o que já seconhece. A partir daquele dia, minha percep-ção do que o tango poderia chegar a ser mu-dou. Aquela experiência reforçou minha idéiade que a dança pode sempre alcançar novosmodos de execução associados ao que se sen-te e se vive (é claro que dentro dos parâmetrostécnicos que a caracterizam). Por isso, maisdo que nunca me preocupei em aprender adançar tanto o rol de quem conduz como dequem é conduzido. É incrível a nova dimensãoque o tango adquiriu tanto para o ensino quan-to para a prática na minha dança”, conclui.

La Marshall - Rua Independência 572(15)458-3423Tango entre Muchachos - Rua Defensa 1112(15)4300-4747

Serviço

Casas de Tango Gay na Argentina

A dança sem preconceito

Bailarinos amarrados com cordas, corposque se aprisionam e se libertam, movi-mentos inspirados em um cavalo, dan-

çarinos entrelaçados, uma mulher presa peloscabelos. Estes são alguns dos ingredientes queformam o espetáculo “Nó”, da Companhia deDança Deborah Colker. Em 2005, “Nó” fez suaestréia mundial no Festival de Wolfsburgo, Ale-manha, onde se apresentou por quatro dias, comenorme sucesso de público e crítica. Em 2006estão agendadas apresentações em todas as ca-pitais brasileiras e 23 apresentações no ReinoUnido, que terminam neste junho.

Vestindo pela primeira vez figurinos de Ale-xandre Herchcovitch, os 16 bailarinos - incluindoDeborah - fazem um espetáculo ao mesmo tem-po violento e delicado, brusco e sensível, chocan-te e amoroso, onde a dramaturgia se torna eviden-te. No primeiro ato, os bailarinos se movimen-tam em meio a um emaranhado de 120 cordas.Cordas que dão nós e que simbolizam os laçosafetivos que nos amarram. No segundo ato, saemas cordas e o palco é ocupado por uma caixatransparente de 3,1 x 2,5 metros, criação do ce-nógrafo Gringo Cardia. A inspiração veio de umaviagem que Deborah fez a Amsterdã, na Holanda,onde visitou o Red Light District (Bairro da LuzVermelha), em que garotas de programa se ex-põem em vitrines nas fachadas das casas. Nesteaquário gigante, os bailarinos se enlaçam, se atra-

“Nó” é sucesso internacionalem e se opõem, se atam e se desatam. É umametáfora do desejo. Ao fundo, a voz de ElizethCardoso em “Preciso aprender a ser só”, ilustra asolidão daquelas mulheres e de seus “clientes”.Os bailarinos equilibram técnica clássica e con-temporânea em movimentos delicados e brutais.No primeiro ato, um zumbido intenso é seguidode guitarras, da harpa de Alice Coltrane e de mú-sicas que buscam o estranhamento, compostaspor Ceppas e Alexandre Kassin. A este iníciohardcore se segue o lirismo de Ravel, como que amostrar que é possível encontrar delicadeza emmeio a um universo de perversão. O segundo atocomeça com Chet Baker (“My one and only love”)e transcorre sob um fundo musical que incluiMoacir Santos (“Coisa nº 9”), o tema de“Spartacus” e a divina Elizeth. A novidade é ofigurino de Herchcovitch, carregado de erotismocom suas malhas cor de carne, com partes empreto ou vermelho.

Desde que surgiu no cenário artístico em 1994,a companhia já lançou “Vulcão”, “Velox”, “Mix”,“Rota”, “Casa” e “4 por 4”, apresentados com su-cesso em países como Inglaterra, Itália, Alemanha,Áustria, França, Nova Zelândia, EUA, Canadá,Argentina, Colômbia e Chile. Com o espetáculo“Mix”, a coreógrafa ganhou em 2001 o prêmioLaurence Olivier, um dos mais prestigiados das ar-tes cênicas em Londres, na categoria “OutstandingAchievement in Dance” (Destaque em Dança).

Em julho forma-se a turma pioneira do pri-meiro curso do Brasil de Pós-Graduação em Dan-ças de Salão - Teoria e Técnica, da Famec - Fa-culdade Metropolitana de Curitiba, em São Josédos Pinhais. O curso tem 34 alunos, das maisvariadas partes do Brasil, e é ministrado umavez por mês, sempre no terceiro final de sema-na. A duração da pós-graduação é de um ano emeio. É composto por 15 módulos e ministradopor professores, mestres, doutores e pós-gra-duados. Foi iniciativa das professoras GracinhaAraujo e Abigail Carneiro, que são também co-ordenadoras adjuntas. O coordenador-geral é oprofessor Waldir de Magalhães, um dos direto-res da instituição. A pós-graduação também éválida como curso de extensão, e está aberta atodos os interessados, ligados ou não à dança desalão. Existe nova proposta da Femc, em par-ceria com a Universidade Gama Filho, do Rio de

Pós em dança de salãoformará primeira turma

Gracinha Araújo com Juan Carlos Copes

Janeiro, para abertura de uma segunda turmacom início em agosto, dependendo do númeromínimo de 40 pessoas. (41) 9968-3848(Gracinha) ou (41) 9974-0353 (Abigail). Ou(41) 3283-1200 (Famec).

Salsa comAlexei Ramos

Alexei Ramos, professor confirmado parao Congresso Mundial de Salsa do Brasil -2006, e um dos maiores especialistas em sal-sa estilo New York (On 2), estará em São Pau-lo durante junho para uma série de workshopsem parceria com a Cia Conexión Caribe, noXCaret Stúdio, rua Fidalga, Vila Madalena.3031-7986

Flamenco comDavid Paniagua

David Paniagua é o convidado especial doFestival Internacional de Flamenco, que estásendo preparado pelo Centro de Arte e DançaAna Guerrero & Talita Sanchez, de São Josédos Campos. Será de 26 de agosto a 3 de setem-bro, incluindo workshop de David e Noite deGala Amistad 3, no Teatro Municipal de SãoJosé dos Campos.

Foto: Divulgação

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7Junho/2006

No colégio público de segundo grau daperiferia, o professor bate palmas e osalunos, meninos e meninas oriundos de

bairros proletários, reúnem-se em volta dele:vai começar a primeira aula de dança de salão,que faz parte do currículo da escola, como ma-téria optativa.

Poderia ser uma cena passada em uma esco-la de bairro de qualquer grande cidade brasileira.Infelizmente não é. A aula acontece num colégiode Nova York, cidade que incluiu a dança desalão no currículo escolar - e é mostrada nodocumentário “Vamos todos dançar” (Mad hotballroom, em inglês), em cartaz nos cinemas doRio de Janeiro.

Ao fim do curso, em que são ensinados rit-mos como merengue, fox-trot, tango e swing,cinco pares de crianças são escolhidos para de-fender cada colégio num grande concurso, cujoprêmio máximo é um belo troféu. Dirigido pelacubana radicada nos Estados Unidos MarilynAgrelo, o filme, imperdível para quem se inte-ressa por dança e/ou educação, segue a trajetóriade alunos de três escolas.

O mais interessante de tudo é acompanhar aevolução das crianças, não só do ponto de vistatécnico, na condição de dançarinos, como tam-bém, e sobretudo, os efeitos desse aprendizadosobre suas personalidades, ajudando-as se inte-grarem melhor entre si e com a instituição esco-lar. Depois que começa a dançar, comenta umaprofessora, uma aluna problemática muda decomportamento e passa a mostrar um melhorajustamento, exerce suas qualidades de lideran-ça de maneira positiva. Nada melhora mais uma

Escola da dança e do prazerRubem Mauro Machado

Foto: Divulgação

Cena do documentário “Vamos todos dançar”

pessoa do que se permitir que concretize suaspotencialidades.

O filme mostra de maneira econômica as dú-vidas, angústias e esperanças próprias da idade etambém o envolvimento que é criado com os paise professores, que vibram a cada vitória conquis-tada, do mesmo modo como procuram consolaros filhos e pupilos nas derrotas inevitáveis.

Como os Estados Unidos são uma socie-dade extremamente competitiva, esse caráter é

acentuado na disputa, primeiro para representara escola, depois para vencer o evento intercolegial.Um dos organizadores até justifica esse aspecto,alegando que viver não é mesmo uma coisa fácile que as crianças têm de ser preparadas paratriunfos e derrotas.

O impulso que nos invadiu, como espectadorbrasileiro, foi o de lastimar que não tenhamos emnossas escolas o ensino da dança de salão, quealém de aprimorar sensibilidades e facilitar a com-

preensão entre os se-xos, também faz veraos jovens que a es-cola também pode serum local de prazer – oumelhor, em outras palavras, queaprender também é uma coisa prazerosa, em-bora exija esforço e trabalho. E a impressão quetivemos, sem nenhuma patriotada, é que nossascrianças, se preparadas, dançariam melhor do queseus coleguinhas do outro hemisfério; e não dei-xariam de passar a mão naquela taça – mas issotambém é o que menos importa. O grande prê-mio é mesmo descobrir o prazer da dança e daspossibilidades do próprio corpo.

Exemplos como o desse belo filme são umestímulo para que lutemos no Brasil, esse paísque tanto ama o canto e a dança, para que adança de salão seja introduzida nos currículosescolares, criando um novo campo de trabalhopara os profissionais do setor. Mas a estes énecessário fazer um alerta: se isto vier a se tor-nar um dia realidade, eles precisam se prepararculturalmente para a tarefa. Não basta dançarbem e ser capaz de ensinar passos – isso é mui-to pouco. É preciso acima de tudo saber lidarcom a psicologia de crianças e adolescentes. Eisso não se faz sem estudo, didática especializa-da, leituras e a busca de um conhecimento maisamplo do que acontece na sociedade e no mun-do. Sem essa preparação e essa bagagem, a curtoprazo o ensino da dança de salão nas escolasestaria fadada ao fracasso, dando razão aos que,com toda certeza, vão se manifestar contra ela,já na primeira tentativa de sua implantação.

Festival em Floripaganhará reforços

O II Festival Internacional de Tango -Florianópolis Tango 2007, será de 21 a 25 defevereiro, no mesmo local deste ano, a paradisíacapraia de Jurerê Internacional, e contará com maisum casal de professores argentinos. A mesmaequipe da primeira edição já está confirmada,com os mundialmente famosos Miguel AngelZotto, Soledad Rivero, Osvaldo Zotto, LorenaErmocida, Roberto Herrera, Jorgelina Guzzi,Pablo Garcia, Romina Godoy, além dos anfitri-ões brasileiros Geovana e Fabián, deFlorianópolis, agora parceiros de fortes víncu-los com os irmãos Zotto. Fabián informa queserão redobrados os cuidados com a organiza-ção do festival, com base na experiência já ad-quirida, e mantendo a mesma qualidade técnica.E virá novamente uma grande orquestra argenti-na, que poderá ser ou não a excelente ColorTango, deste ano. Dance é apoiador do evento.(48) 3222-9292 ou 9914-9292.

Noite de galada Escola Baile

Escola Baile, do casal Nanci e Domingos, fes-tejará seus 15 anos com baile de gala (traje socialcompleto) no Carinhoso, no Ipiranga, dia 7 dejulho, sexta, com a Orquestra Carinhoso, dirigidapor Augusto Aderaldo, dono da casa. Rua LeaisPaulistanos, 250. Tels. 9874-0147 / 9944-1439.

Toda Salsa Cariocaquer repetir sucesso

A terceira edição do Toda Salsa Carioca, de14 a 16 de julho, quer repetir o sucesso dasanteriores, que reuniram mais de 500 pessoas.O encontro, com a Máfia do Casino, revezaaulas e bailes, com todo o agito típico e irresistíveldo ritmo, hoje praticado mundialmente. Ao fe-chamento desta edição já estavam confirmadasas participações especiais de Alex de Carvalho,Alexandra Robaina, Cia Conexión Caribe e CiaTerra. (21) 9605-0589.

Stagium DançaChico Buarque

Ballet Stagium segue a turnê de 2006 com oespetáculo “Stagium Dança Chico Buarque”. Emmaio, a companhia se apresentou no Teatro AHebraica. Com idéia e coreografia de Décio Otero edireção teatral de Marika Gidali, tem trilha sonorade Chico Buarque de Hollanda, Vinicius de Moraes,Tom Jobim, Francis Hime e Edu Lobo. O espetá-culo situa-se num depósito de material cênico, commanequins, praticáveis, restos de cenários, ararascom figurinos, bicicletas, móveis, andaimes de cons-trução e tábuas, concebidos por Márcio Tadeu. Avoz de Paulo Autran narra trecho do poema “Eagora José?”, de Carlos Drummond de Andrade.Entre as músicas executadas estão “Eu te amo”,“Valsinha”, “O que Será”, “A história de LilyBraun”, “Morena de Angola”, “Trocando emMiúdos”, “Roda Viva”, “Beatriz”, “Partido Alto”e “Na Carreira”, interpretadas por Chico Buarque,Milton Nascimento, Caetano Veloso, NachaGuevara, Leila Pinheiro e Telma Costa.O BalletStagium tem o patrocínio da Petrobras, com foconos projetos sócio-culturais e o apoio do InstitutoCamargo Corrêa. A estréia deste espetáculo foi temade Editorial no Dance.

“Tangueras”lotou Dançata

Foi êxito total, com a Dançata lotada, a pro-dução parcial de “Tangueras”, filme da TVAndalucia, da Espanha, e El Fondo Rioplatensede Las Artes, com direção do escritor e poetapremiado Iván Serra Lima. Mesmo com várioseventos acontecendo na mesma noite de 10 dejunho, o público tanguero prestigiou a festa efilmagem, que comemoravam o aniversário doTanghetto, marca de Moacir de Castilho, abrigadana Dançata, da bailarina Alcione Barros. A previ-são é de que em setembro já chegue uma cópia aSão Paulo, para exibição em pré-lançamento es-pecial na própria Dançata. 3078-1804.

XXV ENDAno Sérgio Cardoso

A 25ª edição do ENDA - Encontro Nacional deDança, promovido pelo SindDança, sob a presi-dência de Maria Pia, será de 4 a 8 de julho, noTeatro Sérgio Cardoso. A principal novidade é que,além de todas as modalidades tradicionais do even-to, sempre fortemente marcado pelo balé clássico,foi incluída também a dança de salão. 3106-6802.

I Festival Infokde Dança de Salão

Cariocas e visitantes se encontram e confra-ternizam no I Festival Infok de Dança de Salão,de 15 a 18 de junho, no Hotel Glória, no Rio deJaneiro. A programação inclui cursos, bailes,shows, palestras, debates, etc. Grandes estrelasda dança de salão estão participando, como ou-vintes e/ou professores. Os destaques são Valdecide Souza, Neuza Abbes, Sheila e Chocolate, Jai-me Arôxa, Rodrigo Oliveira, MarquinhosCopacabana, Raquel Mesquita, Eli Peixoto(organizador). São Paulo, como sempre, marcapresença com muitos participantes. (21) 2223-3390 ou 2223-3396.

Dançando a Bordono Clube do Saudosista O Clube do Saudosista, em Piracicaba,

apontado por este jornal como o melhor salãode baile do Brasil, terá seu segundo Baile doDançando a Bordo, com organizadores e parteda equipe de dança do navio, dia 24 de junho,sábado. O primeiro baile foi em agosto do anopassado.

A pista de dança, isolada e lisinha, tem 600metros quadrados. O salão oferece 312 mesas,separadas em lados para fumantes e não-fuman-tes. Cabem 1.250 pessoas confortavelmentesentadas. As mesas estão dispostas sobre pata-mares e de qualquer lugar se tem boa visão detodo o salão.

A organização local do baile, com músicaao vivo, está a cargo do casal Fabiana-PauloSponton, donos da academia Magnumsom, emparceria com o Clube do Saudosista. A CostaCruzeiros oferece uma apresentação de dan-ça, neste ano com uso de canhão de luz. Ha-verá painel do cruzeiro na entrada, telão parao vídeo especial, e mesa com diversas ediçõesdo Dance.

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8 Junho/2006

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10 Junho/2006

Alexandre Bellarosa e Kátia Rodrigues seconheceram num dos chás dançantespromovidos por Ricardo Liendo, no re-

finado restaurante Apolinari, em 2002. Ele dan-çava com Amanda Baldo e ela com Ricardo, daCia Brasileira de Dança de Salão. O namoro co-meçou um ano depois; e a parceria após quatromeses. Ambos já dançavam todos os ritmos,mas a parceria se fixou mais no tango.

Alexandre, hoje com 19 anos, foi um dosraros casos de crianças que começam cedo nadança de salão. Com apenas cinco anos já davaos primeiros saracoteios e a precocidade so-mou-se ao talento. Durante toda a infância eadolescência foi o garoto prodígio do nossomeio, numa famosa parceria com uma garotaque também já tinha admiradores, AmandaBaldo. Cria de Celso Vieira, foi parar na acade-mia do Ipiranga por mero acaso: os pais, Joanitae Ângelo Bellarosa, eram alunos e não tinhamcom que deixar o menino. Em vez de ficar brin-cando em algum canto, Alexandrinho, como atéhoje ainda é chamado, dançava sozinho, acom-panhando a turma.

Kátia Rodrigues começou por outra porta,na dança folclórica portuguesa. Era o máximoque seu pai permitia. Dança de salão, nem pen-sar. Ao contrário de Alexandre, que sempre teveirrestrito apoio familiar. O primeiro a reconhe-cer seu talento foi Ricardo Liendo, que se tor-nou também amigo e grande apoiador.

Hoje, o jovem casal é destaque no tangobrasileiro e até internacional, considerando quesão aceitos e fazem comprovado sucesso emBuenos Aires. Já foram muitas vezes aplaudi-dos em pé por platéias argentinas e brasileiras.E não foram poucas as celebridades do segmen-to, também dos dois países, que a eles dirigiramelogios. Basta ver Alexandre e Kátia dançandopara se ter certeza de que tudo isso é verdade.

Entrevista a Milton Saldanha

Dance - Vocês são totalmente profissionais?Vivem só da dança?Alexandre - Sim, totalmente, fazendo shows edando aulas.

Dance - Alexandre, você começou como o garo-to prodígio da dança. Era o Alexandrinho, comaquela graça infantil. Em que momento teve asensação de ter deixado a criança para se sentir oprofissional adulto e maduro?Alexandre - Isso é muito complicado de expli-car. Muita gente ainda olha para o Alexandrinho.Não percebe a mudança, o crescimento, o traba-lho. Mas uma coisa que marca um pouco é omomento em que as pessoas começam a criticar.Enquanto é criança está tudo bonito. Quandocomeçam as críticas é que você percebe as mu-danças.

Dance - Quais são as críticas?Alexandre - Do tipo “ah, você está dançandosujo”, por exemplo. Ou seja, os movimentosnão estão bem definidos, olhar para o chão, co-locar um pé torto, essas coisas.

Dance - E você, Kátia, teve essa fase de garotaprodígio?Kátia - Não tive porque fui sempre podadapelo meu pai. Queria dançar, mas ele não deixa-va. Como ele é português, só tive uma opção,

Entrevista: Alexandre e Kátia

que foi entrar no grupo folclórico da Casa dePortugal, onde ele é diretor. Na verdade, eu que-ria fazer jazz, porque tive um professor de jazzna escola que disse que eu tinha muito talento.Foi além, me aconselhando a fazer dança, qual-quer dança, pois iria me dar bem. Ele tinha ra-zão, porque até agora está dando certo mesmo.Entrei na dança de salão com 18 para 19 anos.Dos 15 anos até aí eu dançava só folclore.

Dance - Quase todos começam já adultos nadança de salão. Ou, no máximo, adolescentes.São poucas as crianças. Você foi um dos casosraros. Com que idade começou?Alexandre - Aos cinco anos. Celso Vieira tinhaacabado de chegar do Rio,instalou sua academia, emeus pais se matricularam.Eu ia junto porque eramuito pequeno, não tinhacom quem ficar. Aí, certodia, levantei para fazer aula.Temos uma fita disso, e asvezes relembramos aque-les tempos.

Dance - Consegue lembrarde alguns momentos?Alexandre - Sim, consigo. Então eu ia juntocom eles, comecei a dançar, só por brincadeira,sem nenhuma intenção, e de repente as coisasforam acontecendo.

Dance - Aquela badalação toda que se faziaem torno do garoto poderia ter prejudicadovocê pelo deslumbramento e perda daautocrítica?Alexandre - Poderia, sim. Por essa razão preci-so agradecer muito a determinadas pessoas queestiveram perto de mim e sempre me aconselha-ram de forma adequada.

Dance - Quem são essas pessoas?Alexandre - Minha família, meus professores,o Celso Vieira, o Norberto Pulpo Esbrez, quefoi meu professor de tango. Todos eles forammuito importantes para isso não acontecer.

Dance - E a Kátia arrasando na dança portugue-sa... (Risos).Kátia - Eu morava na Avenida Angélica, ondeo Ricardo Liendo tinha uma turma de dança desalão. Ele já era conhecido, estava sempre naTV, no Dançando a Bordo. Eu não conhecianada disso. Quando me viu dançando, o Ricardoperguntou se eu já tinha feito dança de salão.Respondi que não, então ele disse que eu tinhamuito talento, estimulou, deu bolsa. Eu faziaaulas de básico, intermediário e avançado, tudono mesmo dia, e todos os dias da semana. Es-tudava pela manhã, e não trabalhava. Aí tivealguns problemas familiares, começou uma de-pressão. Não larguei a dança de salão, mas co-

mecei a faltar. Foi quandoo Ricardo me chamou paratrabalhar com ele, para meajudar. Passamos a traba-lhar com uma turma de ter-ceira idade, no SescBelenzinho. Tudo correutão bem, que ele me largousozinha lá. Passei a rece-ber, como professora, e fa-zia parte do grupo de dan-ça dele. E havia ensaios nosfins de semana. Então de-

cidi largar tudo para ficar trabalhando só comdança.

Dance - Alexandre, não é possível que vocêgostasse de tango quando criança.Alexandre - Não gostava. Fui aprender porcuriosidade, apenas para saber. Praticava semnenhum sentimento.

Dance - Quando isso muda?Alexandre - Quando entra o relacionamento.Aí a gente quer colocar isso para fora e a dançaflui naturalmente. Quando começamos a dançarjuntos as pessoas notaram diferenças na minhadança.

Dance - Com a Amando Baldo você teve umalonga parceria.Alexandre - Cinco anos.

Dance - E nunca deu namoro?Alexandre - Não, nunca.Kátia - Fique à vontade, porque eu sempre per-gunto isso. (Risos).Alexandre - A gente se conheceu muito jovem,eu mais novo ainda.Dance - Viraram irmãozinhos.Alexandre - Era mais ou menos isso. Nunca vide outra forma.

Dance - Hoje, com toda a concorrência, dá paraviver de dança de salão?Kátia - Dá, mas não é fácil. No nosso caso épossível porque enfocamos nosso trabalho notango. Se a gente fosse dançarino de samba degafieira seria muito mais difícil. O tango nosabre outras oportunidades. Por exemplo, pode-mos trabalhar nos restaurantes. E como é a áreamais clássica da dança de salão, podemos fazerum trabalho que é admirado em Buenos Airesou em qualquer outro lugar do mundo. Por seruma dança mais de elite, nos abre mais oportu-nidades interessantes.Alexandre - Para estudar tango, tem que ir aoexterior. Isso envolve um investimento alto, quedepois precisa ser recuperado. Lá fora os me-lhores professores são caríssimos.

Dance - Essa opção pelo tango foi fácil, decisãode consenso, ou deu conflito entre vocês?Kátia - Foi fácil. Quando me apaixonei pelotango ele já estava dentro, totalmente envolvi-do. Somos aquele casal que está em casa vendoTV e, de repente, um de nós levanta e propõe:“ah, vamos tentar fazer tal coisa pra ver se dácerto?” E aí a gente imagina um passo, um salto,alguma coisa. Então nunca houve conflito, era oque os dois queriam, e querem.

Dance - Já ouvimos por aí que o teu tango cres-ceu a partir desta parceria. Concorda?Kátia - Concordo. Por quê? Eu também come-cei com o Norberto, como ele. Só que na épocaeu trabalhava também com outros ritmos, comosalsa, samba, bolero. Não tinha com quem pra-ticar tango. Quando passei a dançar com o OmarForte, larguei o resto e fiquei só no tango. Adiferença entre os momentos é que quando pas-sei a dançar com o Alexandre o mercado seabriu, surgiram muitos restaurantes parashows, e aí a gente dançava todos os dias. En-saiava, trabalhava, ensaiava. Além de fazer au-las particulares.

Dance - O tango está num momento bom, decrescimento, e vocês captaram bem isso. Nave-gam na crista da onda.Alexandre - O problema é gente que aprendedois passos e depois vai vender o trabalho pordez reais. Tem muito disso, infelizmente.Kátia - Você acaba perdendo trabalho. Entra oinferior em qualidade, e mais barato.

Dance - São os predadores do mercado.Alexandre - Não tem um padrão a seguir, e osujeito pode fazer o que bem entende.Dance - E muitas vezes são pessoas que nãovivem disso, só querem fazer um bico, ganharum extra. Acontece até no jornalismo. Não per-cebem que são incompetentes para aquilo e pre-judicam a imagem do mercado profissional.Kátia - Veja que no início nossa parceria foimuito criticada, porque minha imagem estava

A força jovem dá seu recadoFoto: Divulgação

Alexandre e Kátia já trabalham profissionalmente só com dança

“O problema égente que aprende

dois passos edepois vai vender o

trabalho pordez reais”

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11Junho/2006

ServiçoAlexandre e Kátia

Shows e aulasparticulares de tango.Turma fixa na academiaSaggitance - Pompéia4178-0869 / 8152-4282www.alexandreekatia.com.br

muito vinculada à salsa. Certas pessoas acha-vam que eu não era uma boa dançarina para oAlexandre.Dance - Como isso chegava aos ouvidos devocês? Poucos falam as coisas na cara, olho noolho.Kátia - Pouquíssimas pessoas falavam na cara,e quem falava era para ajudar. Por exemplo, agente ia dançar em algum lugar e alguém, sem eupedir opinião, chegava e dizia: “olha, você estádançando um pouco melhor, mas ainda não estábom”. Essas pessoas foram boas para mim. Porcausa delas busquei aperfeiçoamento. Outroscomentários eram do tipo “tem gente que falouque não foi legal”.Dance - A pessoa não quer assumir o que diz evem com esse papo de que ouviu. É sempreassim. Mas nem sempre dá para falar o que sepensa. Conheço pessoas que dançam até legal,mas não poderiam estar em palcos, em shows.Acho absurdo, mas fico na minha, pois todomundo é livre, até para ser ridículo.Alexandre - Tem que saber o que faz.Kátia - Como é que uma pessoa se diz dançari-no de tango sem nunca ter ido a Buenos Aires?Dance - Por que tem que ir a Buenos Aires? Jáfui oito vezes, sou insuspeito para questionar.Kátia - A primeira vez que fui foi quando ga-nhei a maratona de tango, no Avenida. Ao chegarlá, descobri que era diferente daquilo que eu ha-via aprendido.Dance - Diferente o que?Kátia - O sentimento. É algo muito profundo.Aí você percebe que não são só passos. Que sóao abraçar e sair caminhando na música, vocêestá dançando tango. Não precisa fazer ganchos.Foi lá que eu percebi exatamente o que é o tango.Então, para alguém dar aulas, e subir num palcopara shows, precisa antes ir atrás disso.Alexandre - É claro que a gente diz que preci-sa ir a Buenos Aires se referindo a quem sepropõe ser profissional. Amador, que só vaidançar no salão, é diferente. O amador não vaiestar enganando ninguém. Lá é a casa do tango,é a raiz. Existem centenas de técnicas, cente-nas de estilos. Nada está errado. Comparandoas situações, seria como um argentino quereraprender e ensinar samba sem nunca ter ido aoRio de Janeiro.

Dance - Vocês ensaiam as coreografias ou tra-balham mais no improviso?Kátia - Não estamos encontrando tempo paraensaiar e trabalhamos mais no improviso.

Dance - O que é mais fácil?Alexandre - As duas coisas têm seus pontospositivos e negativos.

Dance - Mas o que é o improviso, para umcasal que já pratica a mesma dança tantas ve-zes?Kátia - Dançar uma música inteira sendo total-mente conduzida pelo cavalheiro sem ter com-binado nada do que vai ser feito na música. Elaestá completamente a mercê da condução docavalheiro.

Dance - Sim, mas existem os movimentos deefeito que se repetem.Alexandre - Depois de um certo tempo e fre-qüência de trabalho a parceira vai ficando maissensível à sua condução. Então, algumas coisaseu pisco e ela já sabe o que vai sair. É mais oumenos assim, e a gente combina alguns movi-mentos, o salto final, principalmente. Ela só nãosabe a hora em que vou fazer, mas já sabe o quetem que acontecer quando eu der determinadacondução.Kátia - Mas ocorrem surpresas. As vezes ele

inventa em cima do palco um movimento quea gente nunca fez antes. Aí quero matar! (Ri-sos).Dance - Mas isso é o legal, inclusive porqueesse novo movimento pode vir do suposto erro.O erro que vira uma coisa boa.Kátia - Sim, mas o problema, no show, é quan-do não dá certo.Alexandre - Muitas vezes não dá certo paranós, mas quem está olhando de fora não perce-be.Kátia - Certo dia estávamos dando aula parti-cular para o Celso Gazú, no ABC. Aí ele fezum passo que não era o que a gente ensinou.Na hora perguntei para o Alexandre “e se agente fizer um salto nessa trava?” Era um mo-vimento com trava. “Não dá certo, mas vamostentar”, ele respondeu. E não é que deu certo!Então ficou com o nome de “Salto Celso Gazú”.Assim a gente não esquece mais. Sempre quese coloca um nome no movimento, em aula ouensaio, não se esquece nunca. Mas aquilo quenasce em show dificilmente a gente lembra de-pois.Alexandre - Muitas vezes saio do show e nãolembro de nada que fiz. Só lembro dos saltosque estavam combinados.Kátia - A gente filma constantemente, para vercomo esta a dança, fazer correções. Aquelas coi-sas que a professora de balé, a Maisa, vai ver edar uma bronca.

Dance - Já tiveram um grande mico?Kátia - Claro, vários. Vou contar dois. Tí-nhamos uma coreografia ensaiada para umbaile do Walter Manna. Era surpresa. Eu dan-çava vestida de homem, com terno igual aodele. Era um samba-tango com a música“Odisséia no Espaço”. Antes do baile, à tar-de, no chá do Ricardo Liendo, por insistên-cia dele fomos fazer a pegada do cachecol(quando a mulher passa por cima do pesco-ço do homem). Só que tínhamos ensaiadotoda a manhã, estávamos muito cansados.Não deu certo, errei saindo pelo meio e caino chão, com tudo. Só ouvi aquele “ui!” gerale arrumei a pose rapidamente. O pessoalaplaudiu. Outra vez foi em Buenos Aires. Agente dançava Tico-Tico no Fubá, misturan-do tango com samba. A pista estava demasi-adamente lisa, num determinado movimentoAlexandre veio por cima de mim, não supor-tei o peso, caímos e levantamos rápido. Ain-da bem que foi no samba, pois seria muitochato cair durante o tango, justo lá.

Dance - Os argentino sempre acolhem bemvocês?Alexandre - Sempre que vamos lá somos con-vidados a fazer apresentações. Um momentomarcante foi quando nos apresentamos numamilonga e dançamos com a orquestra “Reis doTango”, formada por ex-músicos do JuanDarienzo.Kátia - É uma orquestra muito bem marcada,rápida. Foi super legal. Interessante é que mui-tos convites surgiram depois da apresentaçãocom nosso tombo.

Dance - Para não falar só dos micos, qual foioutro grande momento?Kátia - Nossa contratação para um trabalhoespecial, por pessoa que nos viu dançando natelevisão. Foi o único evento feito no Masp,uma festa grandiosa, fechada, na área do acervo,aberto aos convidados. Isso saiu em várias re-vistas, repercutiu bastante. Foi histórico e mui-to importante ter dançado lá. E são sempre ines-quecíveis nossas apresentações em grandes tea-tros, como o Municipal, São Pedro, Lauro Go-

mes, Municipal de Santo André, entre outros.Todo mundo aspira dançar num grande teatro.

Dance - Já receberam elogios de grandes nomesdo tango argentino?Alexandre - Já, e talvez o do Gustavo Naveiratenha sido o principal. Fizemos aulas em grupoe particulares com ele, que sempre nos pergun-tava: “por que vão voltar para o Brasil?” O Cláu-dio Gonzalez também já nos aconselhou a mu-dar para lá. Ocorre que um monte de coisas pren-de a gente aqui. Outro que nos deu muita força,e é uma pessoa muito fechada, foi o RobertoHerrera.Kátia - O Alexandre é muito apegado à família,ainda quer viver esse momento bom. E há sem-pre o receio de ira para outro país, enfrentardificuldades.

Dance - Como estão vendo o movimentotanguero no Brasil?Alexandre - As pessoas podem ainda ser umpouco mais receptivas com quem está chegan-do. Para o movimento crescer mais. Temos queajudar as pessoas que estão dispostas a praticaro tango. Gente nova, diferente.Kátia - Tenho visto muita gente nova aparecen-do. E talentosa. O melhor movimento é o do Riode Janeiro, onde as pessoas estão mais abertaspara o sentimento. Em São Paulo o pessoal ain-da está um pouco voltado para o exibicionismo.Os profissionais precisam mostrar simplicida-de para ter mais gente fazendo.

Dance - Há uma preocupação exagerada com oshow.Alexandre e Kátia (ao mesmo tempo) - Exata-mente.Alexandre - Na dança existe isso também, mashá a hora certa de fazer.

Dance - Todavia, acho que o amador, o diletante,tem sim o direito de se exibir um pouquinho.Porque ele nunca tem chance, enquanto o pro-fissional tem todas as chances. (Risos).Kátia - É a história dos 15 minutos de fama. Odançarino é muito vaidoso. O aluno iniciantetambém é. São consciências diferentes. Quandoa gente dá aula para uma turma, é a nível social.Mas nós, quando viramos alunos e fazemosaulas, é a nível profissional, muito técnico. En-tão, quando a gente sobe num palco para umshow, mostramos tudo de máximo que pode-mos fazer, no limite. Mas na pista de baile te-mos que fazer exatamente o contrário. Mostraro menos possível.

Dance - É uma atitude típica dos grandesprofissionais, que não são burros e se pre-servam. Então vamos estabelecer que o ama-dor pode se exibir um pouquinho no baile,enquanto isso fica proibido para o profissi-onal. (Risos).Alexandre - Uma vez, dançando lá no TangoB‘Aires, presenciamos uma cena muito “inte-ressante”, vamos dizer assim. Havia um casalprofissional, não da casa, visitante, dançandode mãos dadas um tango milongueiro. Balançan-do as mãos, como se fosse um samba-rock oucha-cha-cha. Dá para acreditar?

Parabéns pelo jornal! Parabéns pela ma-téria! Adoramos. Muito obrigado peloapoio. Saiba que a admiração é totalmenterecíproca.Jomar Mesquita, MimulusBelo Horizonte, MG.

Registro profissionalNa edição do mês de fevereiro/março

consta matéria à página 15 com o título “Cur-so prepara profissionais para obtenção doDRT”. A matéria informa a respeito de cursode dança de salão, tratando-se de curso parapessoas que queiram se profissionalizar comoprofessores de dança de salão, e indica quese o aluno for aprovado por banca examina-dora do Sindicato dos Profissionais de Dan-ça do Estado de São Paulo - SindDança, ob-terão registro profissional na Delegacia Re-gional do Trabalho - DRT. Sendo a questãoda formação de professores competência doMEC, indagamos de que forma será concedi-da essa formação e o registro na DRT. Certosde contarmos com a colaboração, parabeni-zamos pelas informações.Jorge Steinhilber, presidente do Confef- Conselho Federal de Educação FísicaRio de Janeiro, RJ.O SindDança-SP responde: O Ministériodo Trabalho concede os registros de DRTamparado pela Lei 6.533/78, com base ematestados de capacitação profissional emi-tidos pelos sindicatos de profissionais dadança. Para que um bailarino possa obtero citado atestado, deverá se submeter arigorosas bancas examinadoras formadaspor profissionais renomados da área dadança. São fornecidos atestados decapacitação para dançarinos, bailarinos,coreógrafos, assistentes de coreógrafos emaitre de balé. Vale acrescentar ainda queexistem também várias faculdades de dan-ça devidamente reconhecidas pelo MEC,em plena atividade.Maria Pia, presidente.

COMPASSO DO LEITOR���Mimulus

Nesta vida, muitas coisas são copiadas,eoutras se transformam. Pensando assim, é quechego à conclusão que na dança de salão tambémvai chegar o dia em que tanto o cavalheiro comoa dama terão a missão de escolher seu parceiropara dançar em um baile. Acho que isso vai sermuito bom para todos, principalmente paraaquelas damas que chegam desacompanhadas etorcem para que um cavalheiro venha tirá-laspara dançar. Algumas acabam saindo do bailesem dançar uma música sequer. Algum dia issovai mudar, e acho que não vai demorar muito,pois, elas estão fazendo por merecer. Quandouma dama tirar um cavalheiro para dançar, sabe-rá que a condução da dança é toda do cavalheiro,e ela terá o papel de se entregar a esta condução,a este cavalheiro e a esta música, com a sua graça,sua leveza e seu charme de mulher.Paulo Spontom, Piracicaba, SP.

Pesquisa

As demais manifestações sairãonas próximas edições.

Você acha que as mulheres, nos bailes, tambémdeveriam convidar os homens para dançar?

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12 Junho/2006

Dançando a Bordo, o Baile!

Naim Ayub, diretor de cruzeiro do navio Costa Fortuna, e animador da festa,com Ricardo Liendo e Fernando Campani

Carlinhos de Jesus recebe homenagem do diretor-geral daCosta Cruzeiros no Brasil, René Hermann

Monica e Theo, coordenadores artísticos do Dançando a Bordo

A homenagem aos apoiadores do Dançando a Bordo teve brevespronunciamentos de Francisco Ancona e Milton Saldanha

Celi Moreno e Roberto Aprá, da Dançare, do grupo de academiasjá engajadas no Dançando a Bordo

Brincadeiras de salão reviveram, em terra, a animação do navio

Carlinhos de Jesus com a esposa,a médica Rachel

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13Junho/2006

Dançando a Bordo, o Baile!

Andrei Udiloff, Marcelo Cunha, Sebastião Cabrera e Marquinho Kina

Cristina Gonçalves e Gláucia Silva,do staff do Dançando a Bordo

Glória Gueiros, da Passos & Compassos, e La Luna Maurício Justiniano, do navio Costa Romântica, e Ricardo Liendo

Público atento acompanhou pelo telão o dinâmico vídeo especialdo Dançando a Bordo. Em primeiro plano, Claudia Neves

Francisco Ancona no comando da nave dançante

Costa Fortuna

Jaime Arôxa recebendo sua homenagem de René Hermann.Ao lado, Cadica Borghetti, Wilson e Thelma Pessi, Roberto e Monica

FotosKriz Knack/Studio RUDA

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14 Junho/2006

LEVEZA DO SERCervilla Junior e Bianca Gonzalez, agoranamorados, foram conhecer o Tanghetto, naDançata. Gostaram muito. Vindo do Rio, ondefoi jurado no concurso de tango, Junior ficoudois dias em São Paulo, visitando sua mãe.“Só dançamos juntos socialmente”, disse eleao Dance. Bianca é a parceira oficial de Jai-me Arôxa.

Jaime Arôxa, na semana seguinte, também foiconhecer a Dançata, aproveitando uma pausada sua atribulada temporada em São Paulo, decursos, contatos e novas entrevistas para o li-vro sobre sua vida que está sendo escrito porMilton Saldanha. Como acontece com as cele-bridades que visitam a casa, Alcione Barros anun-ciou a presença, muito aplaudida. Interessadoem ver melhor como é a dança paulistana, Jaimeesteve ainda no Buena Vista Club, na VilaOlímpia.

Café Piu Piu festejou seus 23 anos, em maio,com a intensa e variada programação de shows,bandas e cantores que caracteriza a casa, noBixiga. Sempre vale a pena. 3258-8066.

Centro Jaime Arôxa, do Campo Belo, feste-jou seus 10 anos com baile lotado no CírculoMilitar, como já era previsto. No show, o desta-que ficou com o mestre e sua parceira BiancaGonzalez. A qualidade da banda Koisa Nossagarantiu um baile animado.

Carol Udoviko fez passagem meteórica por SãoPaulo, ministrando com Omar Forte dois diasde excelente workshop no Tango B‘Aires e par-ticipando da festa de aniversário da escola emilonga, com casa cheia. No dia seguinte voltoupara sua academia, também Tango B‘Aires, emDijon, na França.

Mara Santos festejou dia 14 de junho, no Zais,os 10 anos de sua academia. Tocou a banda deforró Canela Seca e nos intervalos entrou seleçãodo DJ André Luiz. 5585-9762 ou 9697-5401.

Lúcia Sandler, ex-bailarina clássica profis-sional, com carreira no Brasil e exterior, é amais nova tanguera paulista. Está fazendoaulas nas turmas de Vitor Costa e MargarethKardosh, no Espaço Andrei Udiloff, e elegeua Dançata como seu point semanal aos do-mingos, no Tanghetto. Lúcia é também psi-cóloga, sua atividade atual, interligada a tra-balhos corporais para dançarinos e não-dan-çarinos. 3021-2221.

William e Miro informam que voltarão os jan-tares dançantes no Juventus, aos domingos, apartir de 16 de julho, das 20h à 1h. Nas quartasa programação segue normal, sem alterações,com baile e jantar, das 20h às 2h. 6673-8608 /6914-1241 ou 7336-8395.

Correção: os telefones corretos do IV Sa-lão Rio Dança são (21) 9974-9046 ou (21)2577-7438, com Marco Antonio Perna.Dance pede desculpa pelo erro na ediçãoanterior.

Estrela e Állyta Suhair preparam para 27de agosto a VI Mostra Cultural de Danças -Arte e Magia, das 10h às 21h, na AssociaçãoAichi do Brasil, na Liberdade. 6989-7223 ou9884-9633.

Márcio Sorriso e Robson Santos programa-ram para 19 de agosto o próximo Baile da União,no Círculo Militar. Desta vez haverá limite deingressos. 9966-6773 ou 9887-9141.

Jovino Garcia, do Avenida Club, aqui com a esposa Cláudia, também promoter da casa,festejou com muitos abraços dos amigos, bolo e champagne, seus 40 anos como empresárioda noite. Jovino já foi capa do Dance nº 49, em 1999, quando recebeu da Câmara Municipalo título de Cidadão Paulistano. Telmo Cortes de Carvalho e Silva, principal acionista doAvenida e sempre muito discreto, surpreendeu ao subir ao palco para comandar a homena-gem a Jovino. Tocaram as animadas bandas Koisa Nossa e Santafé.

Bárbara Forcenitto está seguindo dia 16 dejunho para o Congresso Mundial de Dança doVentre, no Cairo, Egito, em grupo de 20 bailari-nas. A coordenação é de Lulu Sabongi, da CasaChá Kan El Kalili.

“Vem Dançar”, filme estrelado por AntonioBanderas, teve pré-estréia em São Paulo organi-zada pela revista “Ritmo”, com a distribuidoraPlayArte. Lotou com convidados especiais etiveram que abrir uma segunda sala. Antes dofilme, elogiado por todos, Jaime Arôxa e BiancaGonzales dançaram “My Way” e depois umtango, conferindo glamour especial ao evento.“Vem Dançar” entra em circuito comercial dia15 de junho. Leia também comentário sobre ofilme na página 2.

Bárbara Forcenitto festejou no restauranteDon Carlini, ao mesmo tempo, seus 20 anos dedança, 8 como professora, 10 como bancária e30 de idade. Integra a Akademia Danças em Cia,do Ivan. 9749-8242 ou 6163-6879.

Moskito e Ana Paula estão na capa do DanceCampinas nº 5, de maio/junho. A matéria, depágina inteira, tem como título “Samba-rock é anova paixão dos campineiros”.

Moskito estava radiante com o estrondoso su-cesso do seu baile Clube do Balanço, dia 10 dejunho, vizinho ao Dançando a Bordo, o Baile! -no mesmo clube Homs. A fila de entrada desciapelas escadas e alcançava a calçada da AvenidaPaulista.

Renato Mota, no ABC, está investindo pesadona sua série de vídeo-aulas, com produção es-merada nas mãos de produtora profissional. Oeditor do Dance entrevistou Renato para a aber-tura do volume-1. 4426-9343.

Emílio Ohnuma, da Dançart, está iniciandocurso de tango na Dançata, às sextas, durantedois meses, das 20:30 às 22h. Ótima oportuni-dade para iniciantes e iniciados, porque Emílio,que dança de tudo, é muito bom no gênero. 3078-1804.

Equipe do Dançando a Bordo estará emPiracicaba dia 24 de junho, sábado, para o se-gundo baile do evento no Clube do Saudosista,organizado pelo professor de dança PauloSpontom e sua esposa Fabiana. O pessoal che-gará muito cedo e fará o “sacrifício” de almoçarno Mirante, na margem do famoso rio que dánome à cidade. Ali é servido o melhor pintadona brasa da região.

Olívia Teixeira e Aris Negrosol estão tra-balhando na divulgação do Tango Discovery,ou Tango Novo, que faz sucesso em diver-sos países. Interessados em aulas, particula-res ou em grupos, podem fazer contato.9565-2798.

Luciana Pereira, bonita e muito simpática, etambém bailarina, fez longa entrevista com oeditor deste jornal para seu programa “VemDançar Comigo”, na TV Rede TeoVision, Canal14, a cabo, em Guarulhos. Entrevistou tambémAlcione Barros, da Dançata, além de colher de-poimento de Moacir de Castilho, criador doTanghetto. 9929-7419.

Dançar a Vida, II Festival Cidade de Santos,será de 8 a 16 de julho. Evento da Promodança,com apoio da Prefeitura. O coordenador artísti-co é Mauricio Oliveira. (11) 6168-8313 ou 2272-9677, ramal 242.

Revolution Company, de Eduardo Martins, já consagrou seus periódicos e charmosos jan-tares dançantes no Braseiro Buffet, com música ao vivo e DJ. Reunida no de maio, esta ésua equipe de colaboradores. A partir da esquerda, Luiz Antonio, Sirley Tófolo, EduardoMartins, Bruno Cardoso, Pamella Bittar, Diego Manchini, Renato Destito, Fátima Ruiz eRonaldo Vieira. O próximo jantar-baile será em agosto. 5063-3734 ou 9371-4607.

Hélyda Sadú, professora de dança de salão, festejouseu aniversário com super festa, no Zais. Semanaseguinte, como ninguém é de ferro, dançou muito nojantar-baile da Revolution Company, no BraseiroBuffet. 7117-6058 ou 7261-1989.

Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão, vemalcançando picos de audiência de 30 pontos pelas pes-quisas do Ibope na Grande São Paulo. O quadro devecontinuar no segundo semestre, com 12 participantes.Para 2007 está em estudo uma versão infantil, comfamosinhos.

Jomar Mesquita, à frente da sua Mimulus, de BeloHorizonte, comandou três dias de intensas atividadesdançantes no Sesc Pinheiros. Duas apresentações doespetáculo “De Carne e Sonho”, no teatro, encantaramo público. No final, Jomar fez bate-papo com a pla-téia, respondendo perguntas.

Fotos: Milton Saldanha

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15Junho/2006

Além disso...Cia de Danças de Diadema, dirigida por AnaBottosso, promove o ABCDança, no Centro Cul-tural de Diadema, com espetáculos, oficinas, pa-lestras e fóruns. De 22 a 25 de junho. Grátis. RuaGraciosa, 300 - tel. 4056-3366.

Dançare, academia do Ipiranga, serviu defonte e cenário para reportagem sobre dan-ça de salão, da TV Bandeirantes.

Geovana y Fabián festejam com baile, dia 4 deagosto, o aniversário de sua escola e café, emFlorianópolis.

Douglas Mohmari, do grupo ConexiónCaribe, atuou como comentarista na ESPNTV. Foi em especial que mostrou o WorldSalsa Championship, em Los Angeles, EUA,e que consagrou campeão o casal colombia-no Ricardo Murilo e Viviane Vargas.

O Brasil Salsa Open (classificatório para o mundi-al de salsa, em Porto Rico) será em novembro,dentro do Congresso Mundial de Salsa do Brasil,organizado e dirigido pelo grupo Conexión Caribe,de Douglas Mohmari e Ricardo Garcia.

Uma Sharma, bailarina de dança indianaclássica, será recepcionada com coquetel efará performance dia 19 de junho (20h), noMIS - Museu da Imagem e do Som, na Av.Europa, 158. Tel. 3865-2591.

Alex de Carvalho será um dos destaques do SalãoRio Dança, de 9 a 14 de julho, trabalhando comRenata Peçanha em aulas de movimentos parashows e lambada-zouk. A promoção é de MarcoAntonio Perna. Leia mais na página 2.

American Beer, em São Bernardo, faz a NoiteLatina na última quarta-feira do mês, commerengue, salsa, bachata, zouk, etc. Av.Winston Churchill, 1570, Rudge Ramos(cont. da av. Atlântica, perto dos 3 postos).8421-5302.

Susie Mathias está lançando seu primeiro CD,“Canção das Moças”

Marilene festeja seu aniversário no ClubeAtlético Ypiranga, dia 18 de junho, domin-go, ao som da banda San Marco Show. Obaile é promoção do Carinhoso. 6161-2100ou 6591-3997.

Argentinos se mobilizam na organização do 5ºWorld Tango Festival, de 8 a 15 de outubro. Pro-metem 150 cursos, sete bailes, shows, feiratanguera, homenagens a grandes nomes do meio,

AMilonga de Gala, promoção da Confrariado Tango, jornal Dance e Costa Cruzei-

ros, em comemoração aos 12 anos do jornal,terá neste ano, pela primeira vez, uma orques-tra completa vindo especialmente de BuenosAires para tocar no baile. É a famosa OrquestraTípica Fervor de Buenos Aires, de altíssimaqualidade, com dez músicos. Composta por pi-ano, quatro violinos, três bandoneóns,contrabaixo e cantor.

O baile, com traje social completo ou black-tie, será dia 19 de agosto, sábado, no salãonobre do Club Homs, na Avenida Paulista, 735.Será a 30ª milonga da Confraria do Tango. Comosempre, não haverá bilheteria no dia, os in-gressos precisam ser adquiridos com antece-dência.

participação de orquestras, etc. Saiba maisacessando www.worldtangofestival.com.ar

Mineiros se soltam no zouk, de 15 a 18 dejunho, no 2º Minas Zouk. Para contatos:[email protected]

E os cariocas preparam a “Toda Salsa Carioca”,evento para 14 a 16 de julho, com oficinas, showse bailes. www.mafiadocasino.com.br/tsc

DJ internacional Christopher Laurence éatração na Phoenix, de Campos do Jordão,de 15 a 17 de junho.

Zais está preparando sua grande Festa Junina, paradia 24 de junho, sábado, nos dois bailes, da tarde enoite. 5549-5890 ou 5539-8082.

Briane Sommer e Douglas Mohmari são osprofessores convidados por André Toffanipara os cursos de Salsa ministrados em suaAcademia em Perdizes.

Tap Studio, de Campinas, também vai participardo City Tap Festival, em Nova York, informaVeridiana Capone. Leva 15 sapateadores. Neuza Abbes fará novo baile de tango nabelíssima Colombo, Rio, dia 1º de julho. (21)2539-9850.

A ótima banda Farinha Seca tocará na DançariaPassos & Compassos, Alto de Pinheiros, dia 24 dejunho. 3871-4468.

Floripa Dança em Cena, no Teatro do CIC,de 27 a 29 de junho. Festival competitivo.

A programação junina do Recife começou a es-quentar dia 16 de junho com o lançamento daForrovioca, veículo nos moldes da tradicionalFrevioca, só que ocupado por sanfoneiros,zambumbeiros e tocadores de triângulo. Durantetodo o período junino, a Forrovioca vai animarmais de 30 pontos da capital pernambucana.

Teatro Fábrica, na Consolação, apresenta até27 de junho “Fragmentos de uma Carta aosAnfíbios. E de 4 a 25 de julho, “Ilumina”,com Ballet Sopro. 3255-5922.

Andanças - Associação Nacional de Dança de Sa-lão, sediada no Rio, está abrindo sua Delegacia emBrasília.

Quasar Cia de Dança, de Goiânia, está fa-zendo neste junho temporada européia coma peça “Só tinha de ser você”.

Milonga de Gala teráfamosa orquestra portenha

O anúncio da vinda da orquestra foi feitoem primeira mão, verbalmente, pelo editor des-te jornal, e também membro da Confraria doTango, Milton Saldanha, durante a milonga demaio, no Homs. A decisão e contratação, de-pois de longa pesquisa em Buenos Aires, queincluiu até audições particulares, foi do casalThelma-Wilson Pessi, fundadores e coordena-dores da Confraria.

As reservas para o baile, que já estão mui-to adiantadas (atenção, os lugares são limita-dos) podem ser feitas com Thelma Pessi. 6914-9649, horário comercial.

A última milonga do ano, número 31, serádia 25 de novembro, no mesmo local. A pri-meira de 2007 será no navio Costa Fortuna, noDançando a Bordo.

Copa do Mundo inspira a dança

Oprojeto Boleiros, Poetas e Bailarinos,no Sesc Vila Mariana, de 23 a 25 dejunho, faz uma homenagem ao futebol.

Destacam-se as apresentações do Ballet Stagium,Cia. de Danças de Diadema e Cia de BalletSopro. São três espetáculos a cada noite, com aordem alternada.

O Stagium mostra a coreografia O Deus dosEstádios: Heleno de Freitas, em homenagem aojogador de futebol Heleno de Freitas, um ídolodurante as décadas de 30 e 40, que morreu com39 anos, em um sanatório para doentes mentaisna cidade de Barbacena, Minas, repetindo a fra-se: “Eu continuo a ser o maior jogador do Brasil”.Dono de um gênio intempestivo, que muitas ve-zes o fazia ser expulso de campo e lhe traziamuitos inimigos, Heleno marcou sua passagempelo Botafogo com 204 gols em 233 jogos, tor-nando-se o quarto maior artilheiro da história doclube. Também integrou os times do Boca Juniors(Argentina), do Vasco, do Atlético de Barranquilla(Colômbia), do Santos e do América. Helenoatuou em 18 jogos pela seleção brasileira marcan-do 15 gols. O balé faz parte da obra Crimes,estreada pelo Ballet Stagium em 1985.

A Cia de Danças de Diadema apresenta Fu-tebol, Paixão Nacional. A coreografia, concebi-da em 1997, foi remontada este ano e expressacomo seria um jogo de futebol realizado porbailarinos. O elenco expressa as inúmeras situa-ções corriqueiras que existem dentro de umapartida de futebol, com muito humor, fazendosátira e ressaltando não apenas os clichês deuma partida, como também a movimentação de-senvolvida.

A coreografia Jogado, apresentada pela CiaBallet Sopro, faz menções a jogos como o fute-bol e o basquete e suas semelhanças aos jogosda vida, revelando as diferentes reações dos jo-gadores em campo. “Assim como qualquer jogo,o jogo da vida também tem que ter seus desafi-os, são esses desafios que fazem aflorar em nósas nossas melhores habilidades”.

O projeto destaca e discute, até julho, ele-mentos do imaginário esportivo nacional pre-sentes em manifestações artísticas e literáriasrelacionadas ao universo do futebol. Compõema programação exposições, shows musicais,apresentações teatrais, espetáculos de dança,exibições de filmes e seminários.

Violência nos tirouPriscila Oliveira

Vítima da violência, morreu dia 10 de junhoPriscila Oliveira, da Academia Mara Santos. Com-pletaria 21 anos dia 12. Priscila estava a caminhoda escola, por volta das 21:30, onde se encontra-ria com Mara e outros amigos para irem juntosaos bailes do Dançando a Bordo e de samba rock,ambos no Club Homs, na Paulista. Ao fugir deassaltantes, foi atropelada por um carro nas ime-diações da estação São Judas do Metrô. Socorri-da pelo Resgate do Corpo de Bombeiros, nãoresistiu e morreu a caminho do hospital. O corpode Priscila foi cremado no Cemitério da Vila Alpi-na e a Academia Mara Santos ficou dois diasfechada por luto. Mara, mesmo bastante abalada,preparou uma homenagem póstuma, com ima-gens da jovem em vídeo, para o baile dos 10 anosda escola, dia 14 de junho, no Zais.

Balé da Venezuelafará turné

Um dos mais celebrados grupos de dança daAmérica Latina, a companhia venezuelana BalletContemporáneo de Caracas, chega ao Brasil nes-te junho para temporada nacional que passarápor Brasília, dia 26, na Sala Villa-Lobos; Rio,dias 27 e 28, no Theatro Municipal, e São Pau-lo, dias 30 e 1º de julho, também no TeatroMunicipal. No programa da turnê nacional, umamontagem da consagrada ópera “CarminaBurana”, com música de Carl Orff, e duas core-ografias próprias, “Juegos”, com música deMozart, e “El Beso”, com música deRachmaninov. A companhia traz ainda “Car-men”, de Bizet, que será apresentada somenteem Brasília.

Homenagens noPaineiras Morumbi

Clube Paineiras do Morumby comemora dia20 de junho 38 anos de dança, com o espetáculoArte em Movimento, coquetel e exposição de fotos.A fundadora da dança no clube, Verônica Coutinho(ex Amanda e Verônica Ballet), será homenageada, juntamente com pessoas que fizeram parte de suavida artística, como Ismael Guiser, Luiz Arrieta,Addy Ador, Nancy Izzo, Yara Baungart, Maria PiaFinochio. Aos 71 anos, ainda atuando na dança comodiretora artística da Cia. das Artes, Verônica recebeudurante sua carreira medalha da Unesco por méritosartísticos, o título de maitrê e coreógrafa do Sindica-to da Dança do Rio de Janeiro, e por duas vezes foieleita personalidade da dança, com os títulosProcópio Ferreira e Padre Anchieta.

4º FestivalYosakoi Soran

O 4º Festival Yosakoi Soran, de dança japo-nesa, está com inscrições abertas e selecionandotrabalhos. Será dia 30 de julho, no Via Funchal,e dará prêmios no total de 20 mil reais. A pro-moção é da Associação Yosakoi Soran Brasil. Otema foi reportagem de capa do Dance Campi-nas nº 2, em novembro passado. 3287-4199.

Flamenco deCadica no Sul

Cadica Borghetti, que esteve no “Dançando aBordo, o Baile!”, como convidada especial, estreouno Theatro São Pedro, de Porto Alegre, seu maisnovo espetáculo de flamenco, o “Toma que Toma!”.Ela dirige a Cadica Cia de Dança, que se apresentouno navio Costa Victoria e estará no Costa Fortuna,num dos shows do Dançando a Bordo.

Page 16: DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO XII - Nº 128 - J ... · “Ritmo”, editada pelos guerreiros Márcio Dias e Claudia Neves. Como eu, e com a vantagem de serem dois, eles

16 Junho/2006