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Sangue, paixão e corrupção em “A Reportagem”, livro de Bettina Muradás - Pág. 07

Sum

ário

PORTUGALJoana Reis..............................................................................................15João Bettencourt.....................................................................................19

BRASILAlmir Neves...........................................................................................26Almir Santos..........................................................................................30Ana Paula Q. Bastos de Jesus.................................................................36Carmen Lúcia Hussein...........................................................................41Fernando Jacques de M. Pimenta - JAX................................................44Helder Moura........................................................................................50João Pedro S. dos Santos........................................................................56Jhonathan Moreira..................................................................................60Margot Weide.........................................................................................67Michel Ibrahim Khouri Filho.................................................................72Ricardo Brown.......................................................................................77Sandra Wernek.......................................................................................83Sergio Fragoso.......................................................................................92Vanessa Cruz..........................................................................................97

capa

Solar de Poetas – José Sepúlveda......................17Poetas Povoeiros – Fátima Veloso.................18Mercado Literário – Léo Vieira.........................87

Entr

evist

asColunasGiuliano de Méroe................................................12

Estevão de Sousa..................................................24Rosa Maria Santos.................................................28Helena Santos.......................................................34José Lopes da Nave..............................................33Noka.....................................................................40Marcos Freitas......................................................43Roberto Patzlaff...................................................48Gil Sabino..............................................................54Letícia A. Ucha.....................................................58Arnaldo Teixeira Santos.......................................64Maira M. Trentin..................................................70Pedro Santos.........................................................71Marta Maria Niemeyer.........................................76Jô Ramos..............................................................81Isidro Sousa..........................................................88Nell Morato.........................................................96

Participação Especial

Cleverson Garrett.............................................104Rô Mierling.......................................................105Lorena Zago......................................................107JackMichel...................................................108Paula Laranjo.....................................................110Ana Faria...........................................................111Palmira Heine......,,,,,,,,,,,,,,,,..............................112M. Books............,,,,,,,,,,,.....................................114

Livros em Foco

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Ironi Jaeger..............................................................101Fábio Gabriel...........................................................103

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Revista Divulga EscritorRevista Literária da Lusofonia

Ano VNº 26

Edição -abr/mai 2017

Publicação:Bimestral

Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante

DRT: 2664

DiagramaçãoEstampaPB

Para [email protected]

55 – 83 – 9 9121-4094

Para ler ediçõesanteriores acesse

www.divulgaescritor.com

Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos

colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o

pensamento da Divulga Escritor.

ISSN 2358-0119

Shirley M. Cavalcante (SMC)

Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor

www.divulgaescritor.com

26ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia é apre-sentada com enorme orgulho e satisfação a você leitor.

Divulga Escritor é a maior revista literária da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário, o editorial se destaca por sua qualidade e profis-sionalismo.

Nesta edição temos como destaque a autora Bettina Muradás, apre-sentando em matéria de capa “A Reportagem”

A edição de N. 26 está composta por mais de 40 autores participantes, divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA.

Vamos juntos ler e divulgar a Revista Literária da Lusofonia, apoiar os nossos escritores e escritoras contemporâneas.

Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos:Obrigada, Jose Sepúlveda, apoio em Portugal.Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal.Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal.Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal.Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil.Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil.Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com

suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas.Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo!MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATU-

RA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ES-TOU AQUI.

Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista ela-borada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo.

Boa Leitura!

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Sangue, paixão e corrupção em “A Reportagem”, livro de Bettina Muradás

Somos jornalistas, mulheres. As relações não vão além... Posso dizer que Gisele é a heroína que me conquistou.”

Nascida em Curitiba- PR, a jornalista Bettina Muradás foi desde cedo seduzida pelo universo das palavras. Foi repórter e colunista no jornal “Correio de Notícias” e na “Singular Agência de Notícias”. Redatora e editora premiada na agência de publicidade “Umuarama”, decidiu assumir sua paixão pelo campo e enfrentar um novo desafio no meio rural. Como diretora da Jatobá Pecuária, contribuiu para o aperfeiçoamento do plantel de gado Nelore da empresa e a conquista do tricampeonato como melhor criador de gado Nelore do Brasil em 2008. A carreira como escritora teve início junto com sua primeira filha. Horas e dias de permanência em casa entre fraldas e mamadeiras a levaram a produzir o primeiro manuscrito “Inverno no Vale”. Além de escritora, empresária e tenista amadora, atua também como vice-presidente do Instituto TMO - Associação Alirio Pfiffer de apoio ao Transplante de Medula Ossea e encara a atividade do terceiro setor com seriedade profissional e incansável dedicação.

Boa leitura!

ENTREVISTA

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Em que momento pensou em es-crever “A Reportagem – Nos ras-tros da corrupção: uma história de sangue e paixão no Brasil”?Bettina Muradás - A cena política brasileira já vivia em ebulição. O es-cândalo do Mensalão era o assunto

preferido na mídia. Era apenas mais um escândalo numa fileira que tei-mava em crescer. Este cenário de corrupção fora de controle forneceu o pano de fundo necessário para uma história de paixão e crime que deu vida às personagens que exis-tiam no meu universo de escritora.

Quais os principais desafios para

construção do enredo que compõe a obra?Bettina Muradás - O maior desa-fio é a criação de fatos que levem a trama a uma determinada situação, sem deixar que a história escape por caminhos tortos ou se afaste da vida das personagens.

Como foi a escolha dos nomes

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para os principais personagens que compõe a obra?Bettina Muradás - Gisele Coelho foi batizada em homenagem ao balé Giselle. Assim como a jornalista Gi-sele Coelho, a Giselle do balé é uma mulher forte, capaz de salvar o ho-mem que ama, e ao mesmo tempo romântica a ponto de morrer por amor. Matthew Newman ganhou seu nome de Paul Newman, um íco-ne do cinema que conseguia deixar transparecer a rebeldia na pessoa do bom moço de olhos penetrantes.

A Gisele Coelho, personagem principal da obra e você, autora da obra, são jornalistas, além de exercerem a mesma profissão exis-te alguma relação entre você e a Gisele?Bettina Muradás - Somos jornalis-tas, mulheres. As relações não vão além... Posso dizer que Gisele é a heroína que me conquistou.

O que mais a encanta em “A Re-portagem”?Bettina Muradás - As colisões e en-contros que levam as personagens a entrelaçar suas histórias e viver uma trama cinematográfica.

Se pudesse descrever o livro em duas palavras quais seriam?Bettina Muradás - Paixão. Poder.

A quem indica leitura do livro? Bettina Muradás - Qualquer leitor que queira se aventurar na leitura de uma história envolvente em rit-mo acelerado. Com relação ao cenário, quais ci-dades estão sendo apresentadas através do enredo que compõe “A Reportagem”? Bettina Muradás - Em busca de

pistas e provas, as per-sonagens percorrem várias cidades: Curiti-ba, Brasília, Nova York, Miami e as ilhas Grand Cayman. Podes nos apresentar um trecho do livro para apreciação de nossos leitores? Bettina Muradás – “Os dados estavam lança-dos. As apostas esta-vam fechadas. Já eram 21 horas quando Gisele resolveu voltar ao ho-tel Blue Tree Towers. Ela sentia um enorme vazio interior. Cabeças começavam a rolar e ela ainda não sabia se deveria comemorar ou não. Talvez este fosse o começo de uma nova atitude política, mas ela não tinha certeza.O Presidente da República havia sido impedido de exercer o cargo pelos parlamentares. A votação não tinha sido arrasadora como que-riam os oposicionistas, mas ainda assim o impeachment saíra vitorio-so. Quase 500 deputados haviam votado a favor do julgamento do presidente pelo Senado Nacional, além do seu afastamento imediato. Euforia e crises de choro se segui-ram à votação. Nas ruas, o som das batucadas lembrava uma noite de carnaval. O Presidente seria agora julgado pelo Senado. O líder go-vernista no Senado acabava de re-nunciar ao cargo. Gisele só queria ir para casa. Estivera longe tempo demais. Milagrosamente, Pedro Mello havia conseguido uma reser-va num vôo para São Paulo no dia

seguinte. Um grupo de repórteres de televisão ofereceu-lhe uma ca-rona na van que os aguardava no estacionamento. Seria impossível encontrar um táxi. Marcaram um horário para a saída da van e foram para as últimas entrevistas daque-la noite. Quinze minutos antes da hora marcada, Gisele saiu do pré-dio do Congresso. Com dificuldade percorreu cinco metros em direção ao estacionamento. Num relance percebeu a presença de um homem baixo e magro que se esgueirava com agilidade em meio a multidão. A massa cada vez mais compacta e gente impedia que os olhos de Gise-le se fixassem no homem. Ela se vi-rou tentando puxar a maleta de seu laptop que teimava em se enroscar nas pessoas. Foi neste instante que sentiu uma pontada em algum lu-gar de seu corpo. Instintivamente,

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Mundo através da Literatura.https://www.facebook.com/

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levou as mãos aonde suas termina-ções nervosas indicavam. Ao seu lado, uma senhora gorda gritava desesperadamente, pedindo ‘So-corro’. Gisele tentava compreender o que estava acontecendo quando olhou para suas mãos e viu o sangue que escorria pelos seus dedos e tin-gia de vermelho sua camisa branca numa rapidez surpreendente. Os gritos aumentaram de intensidade, sua respiração ficou difícil e o céu ganhou uma claridade inesperada.” Qual o tipo de textos que gostas de ler? Bettina Muradás – Gosto de me envolver nos Thrillers em ritmo frenético de autores que constróem seus textos sem descuidar da nar-rativa, e ainda conseguem trazer à tona questões intrínsecas à nossa realidade.

O que mais a encanta na leitura destes tipos de textos? Bettina Muradás – Me encantam as histórias que me obrigam a virar a página. Que me desafiam a ler o próximo parágrafo. Bettina, você é vice-presidente do Instituto TMO - Associação Alirio Pfiffer de apoio ao Transplante de Medula Ossea, conte-nos um pouco sobre o Instituto, quais os objetivos. Bettina Muradás – O Instituto TMO tem 28 anos de história de apoio ao STMO. Nesse tempo, fizemos a do-ação de equipamentos ao Hospital de Clínicas do Paraná e a reforma das instalações para melhor atender os pacientes. Patrocinamos vários projetos de pesquisa e qualificação profissional. Em 2016 inauguramos a Casa Malice que hospeda pacien-tes e seus acompanhantes que che-

Chiado Editorahttps://www.chiadoeditora.com/autores/bettina-muradas

ONDE COMPRAR

gam de todos os cantos do Brasil, sem condições de se manter em Curitiba durante o período de pré e pós-transplante. De que forma os nossos leitores podem ajudar o Instituto TMO.Bettina Muradás – Através do pro-jeto Adote um Leito na Casa Ma-lice, doações diretas, voluntariado ou a realização de ação em prol do ITMO. www.institutotmo.org.br

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Bettina Muradás. Agradecemos sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Bettina Muradás - Espero que mer-gulhem nas páginas do livro e se en-treguem ao prazer de viver esta his-tória pela ótica da sua câmera.

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Editor da Revista Acadêmica On-line Giuliano de Méroe

Apresentação da Revista Acadêmica On-line

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

A Revista Acadêmica On-line, editada pela SMC Comunicação Humana - Divulga Escritor, é um veículo de comunicação direciona-do a divulgar textos literários e aca-dêmicos, filosóficos, artísticos e de atividades profissionais, de amplo interesse, com a finalidade de inter-ligar os povos e compartilhar seus saberes, mantendo contato e inter-câmbio com centros de pesquisa, nacionais e estrangeiros.

Nossa Revista destina-se a pes-quisadores independentes, profes-sores, graduandos, mestrandos, doutorandos, profissionais liberais (áreas de Administração, Econo-mia, Direito, Educação, etc), que pretendam divulgar seus artigos, periódicos, estudos de casos e tex-tos de reflexão teórica-conceitual. Demais estudiosos e profissionais não abrangidos pela descrição bási-

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ca, poderão ser admitidos, median-te parecer da Administração Edito-rial da Revista Acadêmica Online.

Nossa missão é contribuir para a circulação dos saberes humanos lato sensu, mediante a divulgação de trabalhos de pesquisa, análises teóricas, documentos, notas e re-senhas bibliográficas que possam subsidiar as atividades científicas - teórica e prática - em organizações públicas e privadas.

A equipe propõe-se a publicar artigos científicos de pesquisadores – professores ou alunos – brasilei-ros, servindo como um espaço para comunicação de ideias entre os gru-pos de estudiosos e seus respecti-vos campos. Dispõem-se, também, a publicar resenhas e monografias, dissertações, teses e ensaios teóri-cos.

Nosso foco é divulgar o traba-lho acadêmico, para um maior nú-mero de leitores, não temos Qualis ou outras certificações direcionadas para outros veiculos exclusivamn-

te acadêmicos, somos uma revista acadêmica com foco Divulgacional. Nossas edições são bimestrais.

O periódico comporta publica-ção em diversas categorias de tra-balhos como: Artigos, Antologias, Notas de Pesquisa, Resenhas, En-saios Teóricos, Monografias, Dis-sertações e Teses. Não haverá limite de páginas para essas categorias.

A Revista Acadêmica On-line, no entanto, somente aceitará traba-lhos que mencionem as fontes uti-lizadas em pesquisa, independen-temente do veículo: livros, artigos, teses, revistas científicas, sites de pesquisa na internet e veículos mul-timídia.

Os trabalhos, quanto à forma-tação, deverão respeitar as especifi-cações técnicas da Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (tipo e tamanho de fonte; espaçamento en-tre linhas, margens e parágrafos; ci-tação; tabelas; gráficos; notas de ro-dapé e Referências Bibliográficas).

Para enviar seu trabalho a Re-

vista Acadêmica On-line, o autor deverá acessar o site www.revis-taacademicaonline.com, verificar qual é a categoria correspondente, e entrar em contato via e-mail no endereço: [email protected]

Para determinados casos, quando houver necessidade de mais esclarecimentos, os textos poderão ser encaminhados no endereça-mento eletrônico destacado no pa-rágrafo acima.

Os artigos são revisados pelo corpo editorial nos aspectos or-tográfico-gramaticais e quanto a estrutura. Um artigo, no mínimo, deve incluir obrigatoriamente: Re-sumo, Introdução, Desenvolvimen-to (desdobramento do tema em seções ou capítulos), Conclusão e Referências Bibliográficas. Pedimos de preferência, que no Resumo, os autores descrevam sucintamente do que se trata a pesquisa, mencionan-do o objetivo e qual metodologia adotada.

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ENTREVISTA

ESCRITORA JOANA REIS Este livro reflecte

a hipocrisia, que por vezes se

esconde atrás de falsos brilhantes,

mas que escon-dem segredos nefastos, que

nem o brilho do ouro consegue

ocultar.”

Joana Reis é natural do Algarve, desde muito cedo desenvolveu uma enorme paixão pela leitura.Incentivada pela professora da escola primária, que percebeu a facilidade com que escrevia pequenos guiões, aceitou o desafio que esta lhe fez e, nas festas de fim de cada ano, escrevia e dirigia pequenas peças de teatro que eram aplaudidas com entusiasmo pela plateia.Com o passar dos anos, e ao contrário do que é usual acontecer com as paixões, a sua paixão pela literatura criou raízes profundas.Escreveu vários livros, mas, a dificuldade em encontrar os meios necessários para editar, obrigou-a a guardá-los, na esperança de um dia realizar o sonho de editar.Embora “Jet-Set” não seja o seu primeiro livro escrito, é o primeiro a ser editado.A editora, Capital Books, editou o livro, tornando realidade este sonho. Boa leitura!

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Escritora Joana Reis é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga escritor, con-te-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária?Joana Reis - O prazer é todo meu. É um privilégio ser entrevistada por voçês. O meu gosto pela literatu-ra, começou quando eu ainda era criança. Escrevia contos que povo-ava a minha imaginação.

O que mais a encanta na arte lite-rária?Joana Reis - È a liberdade de dar vida a personagem que se transfor-mam de acordo com a minha inspi-ração e isso fascina-me.

Como surgiu o romance Jet Set?Joana Reis - Este romance surgiu após eu ter lido uma entrevista sobre uma figura importante da socieda-de portuguesa, na qual ela relatou, que sofria de violência doméstica.

Como foi a escolha do título?Joana Reis - foi uma coincidência em relação a uma conversa banal entre duas amigas, sobre as mulhe-res aparentemente bem sucedidas da nossa sociedade e que são capa de revista várias vezes .

Comente sobre a obra para que nossos leitores possam melhor co-nhecê-laJoana Reis - Jet Set desmistifica o glamour de algumas celebridades, que as revistas cor de rosa vendem.Este livro reflecte a hipocrisia , que por vezes se esconde atrás de falsos brilhantes, mas que escondem se-gredos nefastos, que nem o brilho do ouro consegue ocultar.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Quais os principais desafios para a construção do enredo que compõe a obra?Joana Reis - Foi muito desafiador, transportar para a “realidade” a vida dupla, que muitas figuras pú-blicas vivem e se sujeitam em prol da sua imagem.

De que formas estes desafios fo-ram superados?Joana Reis - Consegui superar os desafios , quando os personagens embora imaginários deram vida á história que muitas vezes, nada mais é do que verdades escondidas do grande público que consome as revistas cor de rosa.

Dizem que as personagens têm muito do autor. Qual dos perso-nagens de “Jet - Set” tem mais de você? Por quê?Joana Reis - Rita é a personagem central. Ela tem muito de mim fi-cou orfã muito cedo, assim como eu e como eu, ela foi educada por familiares que não a amaram genui-namente. Rita tornou-se uma força da natureza e não permitiu que os obstáculos a impedissem de atingir os objectivos a que se propôs. Eu também sou assim.

Quais os seus principais objetivos como escritora?Joana Reis - O meu grande sonho é ser reconhecida pelo meu trabalho como escritora e ver o meu livro ser traduzido para vários idiomas.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o romance “Jet – Set” da escritora Joana Reis. Agradecemos a sua participação na Revista Divulga escritor. Que mensagem voçê deixa para os nossos leitores?Joana Reis - Jet-set é uma história envolvente, em que o leitor tem a possibilidade de viver a sua pró-pria história. assim desafio todos os amantes da leitura e todos os que são loucos por livros a entrar na história e que sintam o sabor da paixão ao conhecer cada um dos personagens, assim como eu tam-bém vivi essa mesma paixão ao es-crever este romance.

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Por José Sepúlveda

SOLAR DOS POETAS

DIVULGA ESCRITOR

Ao fim de sete anos, se-guindo um percurso nem sempre fácil, depois de mui-tos líderes terem passado pela sua Administração, saindo muitas vezes para dar origem a outros grupos de poesia, a Administração do Solar de Poetas decide apresentar aos seus leitores e amigos a Segunda de Coletâ-nea de Poesia, com a chance-la do seu nome, de novo em conjunto com a Modocromia Edito-ra que tem vindo ao longo de alguns anos a ser a sua parceira editorial.

A primeira teve lugar em 2014 e foi uma referência no espetro lite-rário de então, sendo referenciada por muita gente ligada à arte literária e que contou com participantes de prestígio reconhecido.

A segunda, editada agora, re-dunda igualmente num grande êxito editorial, com a presença de 94 au-tores, muitos deles com nome feito nestas lides e que prestigiaram muito a edição.

Alargados uma vez mais os hori-zontes e espectativas, ei-la integrando um bom número de autores portu-gueses, residentes e da diáspora por-tuguesa no mundo, brasileiros e ita-lianos, não tendo ido mais longe por dificuldades diversas surgidas com

autores doutros países lusófonos.A Reportagem do evento do lan-

çamento na carismática Biblioteca do Diana Bar, na Póvoa de Varzim, já publicada em e-book, atesta bem da singularidade e êxito do evento que se pautou por uma noite cheia de alegria que teve para a animar na componente musical o Grupo de Cantigas Regionais da Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Varzim que coim o seu prestigio e qualidade abrilhantou a noite com música regional de relevo e que teve ainda a cobertura em fotografia e ví-deo da Informédia, Rádio e Tv.

Estas duas edições juntam-se as-sim a muitas outras temáticas, publi-cadas em e-book ao longo dos anos e que versaram temas tão diversos como maus tratos, mulher, poesia, natal, desporto e muitos outros.

O Solar de Poetas cresceu e ao

longo dos anos teve necessida-de de setorizar a sua atividade, criando dois novos grupos: Solarte, a Arte no Solar; e So-lar-si-dó, a música no Solar, além de mais dois canais de divulgação: Canal de Divulga-ção do Solar (Casa do Poeta) e SolarTv online.

Graças ao dinamismo do seu grupo de Administradores e do Corpo de Comentadores, o grupo tem crescido em nú-

mero e prestígio.Continuou com as suas relevan-

tes parcerias com Divulga Escritor, Modocromia Editora e três progra-mas de rádio semanais, cujo tema é a poesia: Hora de Poesia (Rádio Vi-zela); Conversando com as Palavras (Radio Matosinhos online) e Cultu-rando (Informédia, Rádio e Tv).

Outras virão em breve para que o prestígio do grupo possa assim ser cada vez mais reconhecido.

Saúdo a Rosa Maria Santos, Ad-ministradora executiva do Grupo Solar e a Maria Esther, diretora da Modocromia Editora, como as gran-des obreiras desta coletânea, a quem se deve o êxito desta publicação. Saú-do também grupo Divulga Escritor e as Rádios parceiras que não se can-saram de divulgar esta edição.

Como Fundador e Coordena-dor do Grupo, a minha gratidão.

SOLAR DE POETAS, COLETÂNEA IIUM MARCO NA VIDA DO SOLAR DE POETAS

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DIVULGA ESCRITOR

Por Fátima Veloso

POETAS POVEIROS

DIVULGA ESCRITOR

DA PALAVRA POÉTICAFalo da ESCRITA como refúgio para

desconvocar a angústia que nos enrola em embaraço e medo. Falo da PALAVRA que respira em ritmos ondulantes e se des-prende do seu vazio interior para terçar o perfume, o sabor e o brilho, naufragando em inventários de sentidos, formas, so-noridades e sintaxes translúcidas.

Falo da POESIA onde o verso se ajei-ta e adormece, e se agasalha do escuro da noite.

Falo do POEMA como voz dispersa no vazio, perdida em furores visionários, em travessias e quedas sustentadas pelo verso.

E falo do SILÊNCIO como linguagem da memória que repousa no papel como um grito que anseia a Luz.

A língua é constituída por palavras (signos) que controlam, que têm algo de pré-concebido, daí a urgência da palavra poética que sulca o territótrio inquietante das emoções, da sinonimia, do trabalho de modelação, lapidação e escultura da palavra.

Ama-se a palavra poética, ama-se a escrita e parte-se em voos peregrinos, em busca da luz, embarcando na ousadia de traçar uma verve única, na ânsia de tocar o inédito e o Belo.

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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR JOÃO BETTENCOURT Junta cada pena

em teu camin-ho, permite-te

conhecer a mensagem de

cada uma, para construires as

asas que te farão voar na leveza

do encontro com teu propósito e

missão…”

João Bettencourt é o pseudónimo de Mário José Matos de Sousa. Nasceu em 20 de Março de 1970 na bela cidade de Viana do Castelo. Com cerca de um ano foi com seus pais para a ex-colónia portuguesa de Moçambique, voltando a Portugal cerca de cinco anos mais tarde, logo, após o 25 de Abril de 1974. Hoje, vive na freguesia cheia de tradição de Santa Marta de Portuzelo - Viana do Castelo, com sua mulher e dois filhos. A nível formativo iniciou o seu percurso escolar com grande dificuldade de adaptação, chegando a terminar o Curso Completar de Electrotécnia, numa fase de trabalhador/estudante no ensino nocturno. Apesar de ter tido outras formações, sua escola mais preciosa foi a vida. E é dessa Vida feita de humilhações, tropeços, perdas, desamores mas, também, de afectos, alegrias e amores que retira inspiração para as suas obras.

Boa leitura!

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Escritor João Bettencourt é um prazer contarmos com a sua par-ticipação na Revista Divulga Es-critor, uma das nossas primeiras curiosidades é como foi a escolha do seu pseudônimo “João Betten-court”?João Bettencourt - O prazer é todo meu, é uma honra e um privilégio ser entrevistado pela Revista Di-vulga Escritor de tanto prestígio e é com profunda gratidão que me dirijo a vós pelo muito que fazem em prol da cultura literaria. Res-pondendo à sua pergunta, no iní-cio, tive o desejo de manter o ano-nimato sobre quem era o autor da obra. Mais do que a pessoa que está por detrás daquilo que foi escrito, interessava-me que fossem as pala-vras a tocar o leitor. Quando escolhi o nome e como acredito que nada acontece por acaso, tive o cuidado de homenagear todos aqueles que foram importantes no meu cami-nho, então criei um nome completo João José de Oliveira Bettencourt. Bettencourt escolhi em homena-gem ao Dr. Eduardo Bettencourt que foi um mestre que revolucionou minha vida, inclusive, esteve na mi-nha ligação com a escrita. Depois, escolhi Oliveira que é o nome da família de minha esposa Cristiana, que é a mulher da minha vida e da sua família que tem sido um berço de apoio e proteção na vida. O José, que faz parte do meu nome real, como homenagem ao meu pai, mi-nha mãe, irmã e toda a família, sem eles nada seria! E o João, que foi o nome que me surgiu quando fechei os olhos e pedi a Deus que ele me fosse dado, numa forma de agrade-cer à espiritualidade tudo na minha

jornada terrena. Engraçado é que vi, mais tarde, que era um nome com vibração numerologica de escritor. Coincidências? Nada acon-tece por acaso!

O que o motivou a ter gos-to pela escrita literária?João Bettencourt - Tendo sido um jovem um pouco inadaptado a este mundo denso, meu gosto pela es-crita literária surgiu tarde, próximo dos trinta anos. Numa primeira fase, foi o Dr. Bettencourt que me instigou à leitura de livros superinteressantes sobre os segredos da vida, romances filosóficos e espirituais (devorava-os com prazer). A segunda fase que é a da escrita, devo-a a Deus e à minha mulher. Completamente apaixona-do quis oferecer a ela um bouquet de flores e nele coloquei um cartão com uma imagem bela e a palavra amo-te (impressa). Com uma sinceridade que adoro nela, ela teve a coragem de dizer «Só isto impresso sem nada que seja teu, uma palavra…um ges-to sei lá!». Fiquei triste e ruborizado, dizendo-lhe que não tinha jeito para a escrita mas aquela palavra Amo--te, siginificava muito para mim e que por mais palavras que eu colo-casse elas não a iriam definir…mas, disse-lhe que iria escrever para ela. A partir daí, entreguei-me e deixei que meu coração falasse sobre a for-ma escrita, enchia de SMS, cartões e mensagens de amor e não parei. Anos mais tarde, apercebi-me que para além de a amar, a escrita era também, uma paixão que nascera graças ao citilante véu luminoso do amor verdadeiro que acabaria por revelar minha essência.

Em que momento pensou em es-crever o romance “PEGASUS - O Cofre da Sensibilidade”?João Bettencourt - Por volta dos quarenta anos, fiz as primeiras ten-tativas. É como se estivessemos a aprender a conduzir, com muito cuidado para que nada falhe (re-ceios e exigências) mas depois olha-va para o resultado final e via que a escrita não era fluída. Portanto, foi necessário “andar com o carro” para perder o medo e chegar a um des-tino que já existia, em mim, sendo que, precisei de descobrir a estrada misteriosa para lá chegar. Depois, de uns manuscritos incompletos, uma obra arrumada na gaveta, fez--se luz e comecei a criar o romance/diário que é o “PEGASUS – O Cofre da Sensibilidade”.

Como foi a escolha do título para esta obra?João Bettencourt - Ela veio em for-ma de sonho, literalmente!... Tinha uma ideia de que o livro iria ser um diário, onde o personagem iria ex-

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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plorar os desafios da sua existência, no dia-a-dia. Sabia que o persona-gem iria falar com seu diário como se fosse uma entidade viva mas não sabia que título lhe dar. Adormeci com a vontade de encontrar um tí-tulo e tive um sonho, onde um li-vro aberto gerava umas asas e delas surgia um lindo Pegasus cheio de luz, a partir daí, senti que esse seria o título. Fiz umas investigações so-bre os mitos antigos, e descobri que Pegasus nascera dentro da barriga da medusa de sete cabeças depois de morta. Isso revelava a mensagem principal do meu romance, vencer o nosso mal interior para que se revele a luz do bem. Uns dias mais tarde, vendo um corso carnavalesco e já com enredo do livro na minha cabeça, olho em frente e vejo um carro alegórico com um Pegasus enorme, branco…escusado será dizer que deixei cair umas lágrimas-…o universo fazia aquilo em que eu acredito, falava comigo!

Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe “PEGASUS - O Cofre da Sensibi-lidade”João Bettencourt - Tive muita pre-ocupação em criar um livro que fosse de leitura simples e agradavél. Era importante, que o leitor ficasse agarrado ao enredo e sempre com vontade de saber o que viria a se-guir, pois foram este tipo de livros que criaram a minha paixão pela leitura. Ao falar de assuntos sérios tentei usar a vida como pano de fundo, a ironia e o humor. Este é um livro que fala sobre a vida e os desafios diários que todos temos, nossas dificuldades finaceiras, emo-cionais, do país e a nivel mundial, bem como, sobre a morte, a vida para além da vida, a educação dos

filhos… a vida é um tema muito vasto e por isso, foi um grande desafio.

De que forma estes desa-fios foram superados?João Bettencourt - Crian-do um personagem que é um segurança de um edi-fício municipal que é uma biblioteca/arquivo muni-cipal e que dispõe das lon-gas noites solitárias para escrever um diário onde conta suas histórias e re-flete sobre a vida. O facto de ter aproveitado estar próximo de tantos livros e sua leitura, também, per-mitiu que colocasse no que escrevia conhecimentos que eram fonte daquilo que já lera. Des-te modo, cada capítulo é uma his-tória e pode ser lido dessa forma, sendo que todas elas se interligam à vida do personagem. É um livro que pode ser lido no metro, no comboio, no autocarro e em cada capítulo o leitor pode fazer uma reflexão, reti-rar uma mensagem sendo que, ha-verá sempre a curiosidade do que poderá vir a seguir.

Como foi a escolha dos textos para compor o seu livro “In_Versus”?João Bettencourt - Costumo dizer que gerei duas crias e as amo incon-dicionalmente. Uma é o romance “Pegasus…” e a outra, é o livro de poesias “In_Versus”, cada uma com a sua personalidade, com corpos diferentes (um em formato papel, outro em digital). O “In-Versus” é um livro de mensagens, onde a po-esia com suas metáforas nos leva ao nosso mundo interior. Quando o poeta se entrega, para receber ins-piração para seus poemas, sabe que

a recebe vindo de algo superior. É, esse lado, do mestre interior que todos nós trazemos dentro de nós que exploro nos textos. “In” prefi-xo de dentro; “Versus” do poema; Universo (Único Verso, no prínci-pio era o verbo); ou Inversos quan-do somos confrontados no espelho com o nosso reflexo e incapacidade pessoal.

Quais temáticas estão sendo abor-dadas através dos textos poéticos apresentados nessa obra.João Bettencourt - É um livro de sonetos simples, não decassilábicos, que pega num objecto normal para nos colocar perante uma caracteris-tica emocional e a desnuda no sen-tido de colocar o leitor numa refle-xão e um possível despertar. Todo o livro é um apelo ao despertar do amor incondicional dentro de nós.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos que compõe a obra?João Bettencourt - Somente, aquele

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O “PEGASUS – O Cofre da Sensibilidade” http://www.sedaeditora.pt/pesquisa/?q=Jo%-C3%A3o%20Bettencourt%20Pegasus%20-%20O%20Cofre%20da%20Sensibilidadehttp://joaojobettencourt.wixsite.com/pegasushttp://joaojobettencourt.wixsite.com/pegasus/contact

O “In_Versus” só pode ser lido on-line e é um livro-oferta (gratuito)http://www.bookess.com/read/28145-in-ver-sus/e_mail: [email protected]: https://www.facebook.com/pegasus.ocofredasensibilidade/?fref=tshttps://www.facebook.com/joao.betten-court.9822

ONDE COMPRARque se ama por aquilo que é (Ser e não Ter/Querer), pode amar incon-dicionalmente, porque não irá co-brar nada do que foi dado, nem se sentirá em dívida pelo que foi rece-bido. Para isso, precisamos de uma viagem profunda ao nosso interior, elevando a nossa consciência atra-vés do auto-conhecimento e depois, ação.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor João Bettencourt. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Qual mensagem você deixa para nossos leitores?João Bettencourt - Junta cada pena em teu caminho, permite-te conhe-cer a mensagem de cada uma, para construires as asas que te farão voar na leveza do encontro com teu pro-pósito e missão… faz o voo da es-sência e da felicidade que gera um legado! Sei que são capazes, basta amar e sonhar, vou adorar ver-vos voar!...

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EscritorEstevão de Sousa

Crônicas de um tempo distante

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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Quando, em mil novecentos e cinquenta e sete, após quatro anos de permanência em Angola fiquei livre do serviço militar, na inspeção, em Nova Lisboa, hoje Huambo, não previa o que quatro anos mais tarde se iria passar a nível bélico, naquele território.

Por não ter sido apurado para o serviço militar, a minha vivência nos acontecimentos de mil novecentos e sessenta e um, e subsequentes, foi praticamente de observador privi-legiado. Digo privilegiado, porque por diversas vezes tive ocasião de acompanhar, muito de perto, ope-rações das nossas tropas.

No ano de mil novecentos e

sessenta e um, então com a idade de vinte e quatro anos, fui surpre-endido - bem como todos os res-tantes portugueses e angolanos que não estavam ligados aos chamados movimentos de libertação - com as chacinas no norte de Angola.

Por esta altura residia em Ro-bert Williams, hoje Caála, - locali-zada no centro do território - onde era funcionário público.

Alertado pelos acontecimen-tos, o Administrador do Concelho, temendo que os mesmos pudessem vir a acontecer na, então, vila Ro-bert Williams, convocou todos os homens válidos a quem entregou algumas armas, pertença da admi-

nistração; algumas tão velhas que as balas, quando eram disparadas, em vez de irem direitas, na sua tra-jetória, iam de lado! A todos foram indicados postos, onde ficaram na noite de sábado para domingo de Páscoa, de vigia. Aqueles para quem as armas não chegaram, fo-ram munidos de paus. Estava as-sim constituída a defesa da vila! Eu, por exemplo, como não tinha sido tropa, nem na arma sabia pe-gar. Mas… era necessário mostrar firmeza!

Por volta do ano de mil nove-centos e sessenta e quatro, fui colo-cado em Salazar, hoje N’Dalatando. Aí, tive oportunidade de, devido

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

à minha função - funcionário da JAEA - percorrer todo o distrito do Cuanza Norte, nomeadamente as vilas de Quiculungo, Bula Atumba, Pango Aluquém, Terreiro, Muca-ba e margens do rio Dange, onde, por serem zonas bélicas, convivi muito de perto com as nossas tro-pas; bastas vezes, até integrado em colunas militares. Em todas estas zonas existiam fazendas de café, algumas recuperadas após terem, em 1961, sido atacadas de surpre-sa, e todos os seus proprietários e trabalhadores - pretos ou brancos - chacinados. Na altura em que por ali andei, em todas, sem exceção, haviam sido construídas tor-res, (autênticas forta-lezas, com ameias e tudo), onde em caso de novos perigos, os trabalhadores, se po-deriam refugiar.

Cerca de seis anos depois, - após ter estado dois anos e meio em Novo Re-dondo, hoje Sumbe, com todo o distrito do Cuanza Sul em paz, - fui coloca-do em Carmona, na altura, capital do distrito do Uíge.

No Uíge, já a coisa mudava de figura! Aqui, a maior parte do distri-to vivia sob a ameaça das interven-ções dos chamados “libertadores” - como se os que por lá mourejavam, tentando granjear o seu sustento, sujeitos a todos os sacrifícios, fos-sem opressores! - Transitar pelas estradas e picadas do Uíge era ex-tremamente perigoso, requerendo muitas vezes proteção militar.

Nestas situações, fui algumas vezes testemunha de quão difícil era a vida das nossas tropas. Di-

fícil e arriscada! Não posso dizer que tenha alguma vez presenciado cenários de luta, mas que andei por sítios em que nos sujeitávamos a, de um momento para o outro, sermos alvo de emboscadas, lá isso andei! Se tive medo? Claro que tive!

Lembro-me de viagens por pi-cadas, em que dos lados, só existia mata e capim com dois metros de altura, onde era impossível ver o que quer que fosse, para além do mesmo - por onde só se transitava, com um mínimo de segurança, in-tegrado em coluna militar - e, em que o piso era de tal ordem irre-

gular que não nos permitia andar a mais de dez à hora. Lembro-me ainda de chegar a Nova Caipemba e as autoridades militares me não deixarem sair da povoação por, no dia anterior, terem assassinado e es-quartejado uma fazendeira holan-desa e os seus empregados, ali a dois quilómetros, quando circulavam na estrada Nova Caipemba - Zalala.

Lembro-me de chegar ao Bem-be e encontrar uma vila-fantasma, onde não existia qualquer morador civil por, numa noite, terem sido mortos esquartejados e esventra-dos durante um inesperado ataque do inimigo; sendo os únicos habi-

tantes, os soldados de uma com-panhia de tropas portuguesas que, havia ido substituir outra, por essa ter sido dizimada num ataque no-turno à vila; e, onde os utentes do salão do clube, eram... um rebanho de cabras!

Dos muitos milhares de qui-lómetros que percorri por aquela Angola e do muito que vi, esta foi a imagem que talvez mais me te-nha marcado. Imaginem chegarem a uma cidade fantasma, de um fil-me do Oeste Americano, em que, durante o dia, se não vê viva alma, onde todas as casas se encontram

desertas. Por ali pairou a morte!

Lembro-me ain-da que, numa viagem a Sacandica - pequena povoação comercial junto da fronteira com o Congo - ter que atra-vessar um rio, fazendo equilibrismo ao longo de um tronco, por no dia anterior, o camion berliet que, seguia car-regado com mantimen-tos, para a companhia

aquartelada em Sacandica, ter par-tido a ponte e caído ao rio, onde ainda se encontrava, morrendo o motorista e perdendo-se todo o car-regamento.

Uma das imediatas consequ-ências deste acidente foi, chegada a hora do almoço, - o qual nos ia ser servido no quartel da companhia estacionada em Sacandica - dada a escassez de mantimentos, o que era para ter sido bacalhau com batatas, acabou por ser só, batatas com...Ba-tatas!

Estes episódios e outros como estes, constituem as “crónicas de um tempo distante”.

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Escritor Amir Neves é um prazer contarmos mais uma vez com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever “O Príncipe dos anjos e Raonke o aprendiz”?Almir Neves - Foi um pedido de minha esposa que além dos poemas que crio escrevesse também estória pratiquei, assim escrevendo estória infantil, após, enquanto estudava a estrutura da prosa – dar vida aos personagens: principal e antagonista; e ao meio que iria influenciar para o desenvolvi-mento da trama - fui construindo o assunto que mais me impressionava no momento.

ENTREVISTA

ESCRITOR ALMIR NEVES Que é possível

construir uma humanidade pelo ensinamento do AMOR universal. Viver a harmonia tão desejada por

muitos.”

Almir neves nasceu, trabalhou e estudou em Catanduva-sp, onde cursou até o primeiro ano da Faculdade de Ciência e Letras. Lá, residiu até meados de agosto de 1991. Após, radicado em Araraquara-sp, reside com a sua família e onde trabalha atualmente. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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Conte-nos um pouco sobre o en-redo que compõe o livro?Almir Neves - Um possível San-tuário no espaço imaginário onde Anjos vivem e auxilia os seres hu-manos em sua jornada. Trazer pro-teção e orientação a esses ao enfren-tar os desafios da vida. Para isso foi escolhido um aprendiz pelo mérito de seu caráter como vinculo do tra-balho do bem a ser desenvolvido na terra.Como foi a escolha dos nomes para os principais personagens?Almir Neves - A partir de três sons vocálicos místicos criei o nome do Raonke (o aprendiz) e Angélica (seu amor platônico) para expressar beleza angelical.

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através do en-redo que compõe a obra?

Almir Neves - Que é possível cons-truir uma humanidade pelo ensina-mento do AMOR universal. Viver a harmonia tão desejada por muitos.

A quem indica leitura?Almir Neves - A todos que desejam um mundo melhor.

Se pudesse descrever o seu livro “O Príncipe dos anjos e Raonke o aprendiz”, em duas palavras, quais palavras seriam?Almir Neves - Amor e Bem.

O que mais o encanta nesta obra?Almir Neves - Ser a minha primeira estória em prosa. Colocar mais um tijolo na construção do bem que de-sejamos consciente ou inconsciente, apesar de tratar-se obra de ficção. E a luta do Raonke pelo não- violên-cia vencer e afastar o mau aparente.

Você já participou de várias an-tologias e coletâneas, qual a par-ticipação que mais o cativou, por quê?Almir Neves - Revista do Grupo de Poesia ‘Guilherme de Almeida’. Por ser onde tudo começou: Catandu-va-sp, minha querida terra natal.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Príncipe dos anjos e Raonke o aprendiz” do autor Almir Neves. Agra-decemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nos-sos leitores?Almir Neves - Agradecer por vossa simpatia e dedicação a divulgação de novos escritores. Que toda obra literária tem os seus leitores, são es-ses que busco alcançar.

Versão impressa.https://www.clubedeautores.com.br/book/194884--O_Principe_dos_anjos_e_Raonke_o_aprendiz?topic=arvores#.WKmSw9IrK1se-book:https://www.amazon.com.br/dp/B015U1NNAM

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Escritora Rosa Maria Santos

Vem Amor…

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

- Que frio!Lucrécia olhou uma vez mais

para o seu leito vazio. - Desperdício - pensava ela, desiludida e apaixo-nada.

Esta cinzenta quarta feira esta-va a terminar. O dia começara bem, tinha o António a seu lado… Este esboçou um largo sorriso e foi em-bora. Até quando?

Olha agora a cama ainda por fa-zer, os lençóis amarrotados e, triste, cantarolava: - António, António, no silêncio sepulcral daquele quarto vazio.

As horas passavam lentas. O dia correu de feição embora chovesse torrencialmente. Nesse cantarolar, meio tolo, olhava o sol que, sorra-teiro, entrava pela janela e esprei-tava afetuosamente, beijando-lhe o rosto. Nada nem ninguém lhe podia roubar o bom humor. Sim o efeito António fazia as horas do dia cor-rer sem percalços. Sem se aperce-

ber, largou um suspiro longo como se quisesse respirar profundamente aquele suave perfume que ficara ali no ar. Todo o seu ser gritava por António, o olhar percorria o quarto de lés a lés, em busca de algo que pudesse lembrar-lhe o seu amado, algo que os ligasse fortemente, nes-sa solidão imensa.

As horas passaram. Eram já 18 horas. Regressou a casa, deixando para trás o raiado de um por de sol lindo que ficara junto ao mar. Escu-recera.

Em casa, sozinha, queria desli-gar-se do mundo exterior e entrar no seu mundo mágico, um mundo dos sonhos, quiçá, o sonho doce do olhar de António. Queria ouvir a sua voz suave, sentir os seus arden-tes beijos, entrar no seu paraíso e, quem sabe, cometer loucuras, mo-mentos de amor.

Despiu-se à pressa e deitou-se. Tentava ainda absorver o fulgor do

seu corpo nos lençóis frios e amar-rotados daquela cama agora ainda cheia de solidão. No seu silêncio, sentia ainda a sua presença. Imagi-nava as suas mãos calejadas percor-rendo-lhe o corpo suavemente, com doçura. Arrepiou-se. Ufff, suspirou.

Entrou nos recantos proibidos da sua memória, sentiu o seu desejo erótico, amor proibido. Ai António, vem, amor. Estou aqui.

Absorvida com os pensamentos da noite anterior, fechou os olhos e acabou adormecida.

Acordou estremunhada, de re-pente, passado um tempo que nem soube medir. Deixara o mundo lou-co dos sonhos. Tudo na memória se dissipou. Na sua lembrança, apenas a imagem de António.

Ouviu passos. Saltou da cama e correu para a sala. Não, não pode ser!

O mesmo perfume. Era ele. - Antóniooooo – chama. A por-

ta abre-se. E ele abraça-a com cari-nho.

Que saudades, amor! Chegaste? Vem, amo-te!

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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR ALMIR SANTOS ...os meus

personagens, tem de tudo, de todas

as fraquezas humanas, mais

tem sua vida limitada pelo meu

caráter.”

Bispo Almir Nunes Santos, casado com Maria Angela Candido Marques Nunes.Cidade de origem, Rio de Janeiro, psicanalista, bacharel em teologia, terminando o mestrado em janeiro próximo; terapeuta reikiano, consultor educacional; Ucamprominas e faculdade ISEIB; cursa pós pela mesma em antropologia; Pastor em Cristalina Góias, da Igreja de Cristo, é presidente estadual da COMEM (Convenção dos Ministros Evangélicos Mundial; cujo bispo primaz é George Lima;) escritor já há alguns anos, com sete obras lançada no “Clube de Autores” e antes de tudo isso, apenas servo de Deus, sem Ele isso tudo é nada, a quem é grato por tudo que fez em sua vida, pelos filhos, pela família, e pelos verdadeiros amigos, pois ninguém faz nada sozinho.trabalha atualmente. Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Bispo Almir Santos é um prazer contarmos com a sua parti-cipação na Revista Divulga Escri-tor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?Almir Santos - Uma mente fér-til desde criança, contava historias para meus irmãos mais novos, e percebi com o passar dos anos, que poderia passar isso tudo para o pa-pel, tive também ainda novo, em quem me inspirar, minha mãe, ela vivia me contando historias; tenho em cadernos; historias e muita coi-sa escrita que ainda não tive tempo para passar para o computador, es-crever para mim, é uma terapia,

Em que momento surgiu inspira-ção para escrita de seu romance “Mariana – Em busca de um gran-de amor”?Almir Santos - Eu conheci há mui-tos anos, uma amiga, que tinha uma historia parecida, eu só criei algo há mais, e mudei a cidade de sua ori-gem, no meu livro, ela nasceu em campo alegre de Goiás;

Comente um pouco sobre a obra?Almir Santos - O romance “ maria-na em busca de um grande amor” é na verdade uma novela escrita, com varias personagens, é a historia de uma jovem do interior de Goiás, na cidade de campo alegre, e que tinha um sonho de se casar com um prín-cipe encantado, estuda, se prepara para o seu trabalho, e descobre a sua vocação na policia federal, vai para são Paulo, e lá começa seu pri-meiro caso como agente, e de forma inocente já se apaixona, e no fim, descobre que as vezes o príncipe na verdade é um sapo. E volta para

perto de sua cidade e tem vários momentos em Brasília, uma cidade corrupta e perigosa;

Quais os principais desafios para construção dos principais perso-nagens que compõe o enredo de “Mariana – Em busca de um gran-de amor”?Almir Santos - Manter cada uma das personagens, na linha que você criou para cada uma, os seus per-sonagens tem que sair de dentro de você como um filho, e cada um vai dizer a que veio, cada personagem

herda muito do que o romancista tem por dentro, em tudo é preciso haver limites, tanto na ficção, como no real, quando você vê uma nove-la televisionada, a maior parte das personagens, mostra o caráter e as escolhas do roteirista; posso falar de amor, de sexo, de dinheiro, de política, de família, sem perder ao meus valores e a essência da alma, e não me vender para fazer suces-so; os meus personagens, tem de tudo, de todas as fraquezas huma-nas, mais tem sua vida limitada pelo meu caráter.

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Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do en-redo que compõe o livro?Almir Santos - Nessa vida, nem tudo é o que parece; pensar antes de se apaixonar, pense antes de se casar, e quando entrar em qualquer área da vida, seja política, seja religião, ou na vida amorosa, não se venda, não vale apena, pois tudo nessa vida tem um preço, eu vou colher lá na frente, o que plantar aqui hoje.

A quem você indica leitura?Almir Santos - A todos, é um livro leve, com pequenas doses de tudo que nós seres humanos procura-mos, amor, carinho, dinheiro, famí-lia, paixões, e dignidade, nesse ro-mance poderão ler e descobrir que eu faço o meu destino, eu escolho como eu quero o resultado final da minha vida, e esse é só o um, ainda tem o segundo fascículo, onde ela vai voltar a suas origens, mais não será fácil.

Quais os seus principais objetivos como escritor?Almir Santos - O que todo escritor sonha, um livro que venha fazer a diferença na vida de alguém, eu es-taria sendo hipócrita se dissesse que não gostaria de um best-seller que me trouxesse fama e dinheiro, mais não é isso que busco, isso pode até vir a acontecer, mais se eu souber que um dos meus livros ajudou al-guém, ajudou uma família, mudou um casamento, resgatou filhos, eu me sentiria sim realizado, eu não escrevo para conta bancarias, eu es-crevo para vidas,

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Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor Bispo Almir Santos. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Almir Santos - Leia; busque co-nhecimento, pois as pessoas podem até lutar para tirar algo da sua vida, seja dinheiro, casa, bens mátrias, e até pessoas, mais o que jamais al-guém pode tirar de dentro de você, é CONHECIMENTO, estudar, pesquisar, será sempre útil para to-dos, existem duas arma poderosas usada pelo homem, um revolver e uma caneta, os dois podem matar, mais só um pode trazer de volta a vida, A CANETA USADA NAS MÃOS CERTAS, PODE MUDAR O MUNDO; UM REVOLVER TODO MUNDO PODE USAR, MAIS UMA CANETA . SÓ OS HOMENS INTELIGENTES.

Clube de autores: é só entra no sitewww.clubedeautores.com, e clicar BISPO ALMIR NUNES Lá tem vários livros já publicado; livros na área teológica, na área da psicanálise, e romance

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Escritor José Lopes da Nave

BRAÇADO DE FLORES

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Criança,quandoao longe te vejo,caminhandograciosamente,comum braçado de floresquete perfumam o rostoeno campo,delicadamente,recolheste,azuis, róseas,a enaltecer –te a face,angelical,meu olharem ti se detêm,te acompanhano passo,embevecidamente.

Criança és a suavidade da natureza.Criança, és a continuidade do presente.

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Sequiosassão as penas de amor,a acompanharos dias floridos de azulembriagantes de cor,mas vividos em soledade.Sequiosossão os dias perdidos,reflectindo o futuro apartado,dorido que me acompanha,desde o sol nascer,até ao anoitecer.Sequiosassão as noites de solidãovividas no isolamento,em profunda meditação,na esperança do porvirauspicioso, que me contente.

Assim, existem dias!E, impassível me sinto.

IMPASSIBILIDADE

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Escritora Helena Santos

VIVER O PRESENTE

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

A vida só sabe correr O Tempo não perde tempo O que foi perdido, não será recupe-rado Mas pouco se aprende Amarramo-nos ao passado E perdemos o presente Quem nos entende? O ontem apenas serve de ensinamen-to Já nada muda E se não estivermos atentos Embrulha-nos em sofrimento Ignorar um amor de sempre Que está mesmo à sua frente

Agarrando-se a mágoas de antigamente Só de alguém que tem medo do que sente E prefere esconder-se A assumir que o amor Continua efervescente E que na fuga ou rejeição Encontra o porto seguro Quanto engano e ilusão É próprio de quem não controla Nem o corpo, nem a mente Tampouco o coração Se o passado é dor O futuro enganador Apostemos no presente É nele que mora o Amor!

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

O dia amanheceu sem cor,deixei de vislumbrar o meu amore senti-me a perder fulgorAinda que assaltada pelo desanimo,decidi salvar o dia, pintando-o de alegriae por arrasto, também eu ganhariaPelas frestas das janelas,o perfume das rosas do meu canteiroinvadiu o minha almae algo de bom se adivinhavaComo a rua por mim esperavavesti-me do jeito que gostava,simples e prática, com sapatilhas a condizere um lindo laçarote prataque contrastava com o meu cabelo negroagora curto, mas que muito me encantaE tanta luz iluminou o meu olhar,que tinha acordado sem vontade de brilharMaquilhada já estavacom a minha beleza naturale com a confiança que me é peculiarsaí e enfrentei a vida com passos firmesAndei sem destino, apenas me solteiciente de que uma batalha estava ganhae de que a guerra não me iria escaparDe repente o céu apresentou-se multicorno horizonte descobri o meu amore os sorrisos, ai os sorrisosrasgaram-me os lábios e nem senti dorQuem se atreveria a estragar um diasabendo que me teria como adversáriahabituada a lutar e a vencer,tendo como armasapenas o amor, simplicidade e a harmonia?Assim, em vez de perder, salvei e desfrutei de mais um dia

SALVE-SE O DIA

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ENTREVISTA

ESCRITORA ANA PAULA QUINTANILHA BASTOS DE JESUS Os mais difíceis

é recepcionar esses alunos e o professor não está preparado

para receber em sua turma, esse

é um grande entrave da inclusão.”

Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, mestranda em Ciências da Educação pela UNIVERSITY UNIGRENDAL, graduada em Letras pela Unisa, Pós-Graduada em Educação Especial Inclusiva pela FGF – Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, Complementação Pedagógica em Artes Visuais pela Faculdade Uni-Ítalo. Tem sua experiência voltada para Educação Especial, Professora de Espanhol pela Prefeitura Municipal de Embu das Artes e de Artes no Estado de São Paulo. Apresentou um trabalho intitulado: Os Entraves da Inclusão dos Alunos Surdos no Ensino Regular, no Congresso da Faculdade Polis das Artes, tendo como titulo “Compartilhando Saberes: Sonhos, Experiências e Possibilidades”, no Embu das Artes. Desenvolveu um trabalho voltado para Inclusão na SAED – Sala de Apoio ao Estudante com Deficiência, preparando material pedagógico para que os alunos possam interagir com todos (Inclusão Social).

Boa leitura!

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Escritora Ana Paula Bastos, seja bem-vinda à Revista Acadêmica Online. Pode-nos dizer os moti-vos do seu profundo interesse nas Ciências da Educação? Ana Paula - O meu interesse é po-der contribuir com a formação dos professores.

Algum fato da vida cotidiana ou ideologia contribuem para sua dedicação? Ana Paula - O fato foi ao ingressar no Município de Embu das Artes e me deparei com a inclusão e quis me aprofundar nas pesquisas sobre inclusão.

O que é a Educação Inclusiva? Ana Paula - A educação inclusiva é uma ação educacional humanísti-ca, democrática, amorosa, mas não piedosa, que percebe o sujeito em sua singularidade e que tem como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. Muito, pois o benefício seria fazer parte de todo o processo de ensino aprendizagem sem prejuízo, bem como todo o tipo de inclusão.

Conte-nos sobre o seu novo livro: “Inclusão sem Medo - Uma Co-letânea de artigos”. Como surgiu essa ideia? Ana Paula - Bem o livro surgiu após várias pesquisas para compor minha dissertação do mestrado juntei os artigos para dividir mi-nhas pesquisas com as pessoas que procura aprender um pouco mais sobre a inclusão é ainda tem um pouco de receio.

Como está organizada a estrutura do seu livro. Onde nossos leitores poderão encontra-lo? Informe-

Por Giuliano de Méroe

-nos os endereços disponíveis, por favor.Ana Paula - O livro foi selecionados 4 artigos sobre inclusão e pode ser encontrado pelo site: www.agbook.com.br logo mais estará disponível nas livrarias.

Os estudos do seu livro apontam determinados problemas à Edu-cação Inclusiva, no tocante ao En-

sino Fundamental e Superior. Na sua observação como escritora, quais são os mais difíceis?Ana Paula - Os mais difíceis é re-cepcionar esses alunos e o professor não está preparado para receber em sua turma, esse é um grande entra-ve da inclusão. Outro ponto seria a família também não está preparada para ter um ente com limitações, e assim dificulta o trabalho da escola.

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Observamos em suas matérias, também como nossa Colunista, que menciona com frequência al-guns documentos como: Declara-ção de Salamanca (1994), a Cons-tituição de 1988, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Declaração Internacional de Mon-treal (2001). Por quê essas confe-rências internacionais são tão ne-cessárias à Educação?Ana Paula - São essas leis que ga-rantem os direitos dos deficientes hoje, pois muitas das vezes temos que recorrer as lei para ter seus di-reitos garantidos e assim fazerem parte do processo de inclusão.

Na prática, como é realizado o tra-balho de Inclusão dos alunos com necessidades especiais, em sala de aula?Ana Paula - Primeiro o professor deve estar qualificado para atender esse aluno, o mesmo deve fazer par-te de todas as atividades dentro das suas limitações.

Sobre os estudantes surdos, em sua opinião quais as práticas de ensino, e pedagogias adequadas, alcançam os melhores resultados à aprendizagem?Ana Paula - As praticas devem ser adaptada para os alunos surdos, esse aluno deve ter contado com as duas línguas que ainda e uma raridade acontecer, pois requer adequações e interprete de libras para todos que necessitam.

No seu dia a dia como educadora, você pode notar certas precauções mesquinhas contra os portadores de necessidades especiais?Ana Paula - Às vezes noto princi-palmente dizerem que são capazes

de fazer sem ao menos deixar tentar desenvolver o que lhe foi proposto.

Como pesquisadora no Mestrado em Ciências da Educação, quais os autores que se afinam com seu modo de pensar?Ana Paula - GLAT R, FERNAN-DES EF. Da Educação Segregada à Educação Inclusiva: uma Breve Re-flexão sobre os Paradigmas Educa-cionais no Contexto da Educação Especial Brasileira. Revista Inclu-são: MEC/SEESP. 2005; 1(1). LIMA PA. Educação Inclusiva e igualda-de social. São Paulo; AVERCAMP, 2002. PAULINO, Marcos Moreira; SANTOS, Mônica Pereira dos. In-clusão em educação: culturas, polí-ticas e práticas. São Paulo: Cortez, 2008. MITTLER P. Educação Inclu-siva: Contextos sociais. 1ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. Indico esses autores para futuros pesquisadores

A Revista Acadêmica Online agradece sua participação. Esta-mos gratos em conhecer um pou-co mais de sua área e suas ativida-des afins. O que recomendaria aos professores iniciantes, e àqueles que almejam os mesmos passos como educadores?Ana Paula - Bem aos incitantes re-comendo que façam sempre pes-quisas e procurem sanar todas as duvidas que tiverem ao receber um aluno com deficiência, procura sem entregar esse alunos em todas as atividades respeitando suas limita-ções excluir jamais.

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Escritora Noka

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Sou mulher, mas este não é o meu dia especial!

E não é, porque todos os dias posso orgulhosamente dizer que sou mulher!

É nesta condição que mani-festo a minha opinião…as minhas ideias certamente ainda procuram um grandioso lugar, mas…a seu jeito sabem estar, bem próximas do patamar, onde sempre os homens puderam interpretar, os seus vigo-rosos papéis. Interpretações agora conjuntas que clamam o aplauso. O aplauso que nós podemos dar!

Mas este aplauso não é uni-versal, apenas algumas nações o proclamam, por isso se diz interna-cional. Pois para aquelas bravas, a quem lhes é tolhida a sua opinião, sem saberem porque razão, ainda vivem a desventura desta condição.

É por elas que este DIA existe! Para que todas nós, lhes possamos dar voz. A voz que lhes é calada, a vontade manipulada e os direitos do Ser ceifados!

E mesmo neste mundo que já aplaude, as interpretações conjun-tas, ainda há quem não vislumbre a verdadeira condição de ser mu-lher! É também por essas Mulheres que ainda não o são, que lhes de-vemos dedicar este dia fundamen-tal! Como clara lembrança de cada diferença que lhes fazem sentir, da

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memória de todas as que não se fi-zeram ouvir! Sim…é para estas Mu-lheres!

Para nós, que estamos deste lado do mundo onde há aplausos, este dia, de uma forma ou de outra será ditoso, mas para elas…este dia nem sequer existe, será um dia reprimido como tantos outros…um dia triste!

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ENTREVISTA

ESCRITORA CARMEN LÚCIA HUSSEIN A arte literária

necessita de muita

dedicação para ser elaborada e criada com

beleza e a pesquisa científica

precisa também.”

Autora de 21 livros, Carmen Lúcia Hussein, é destaque na literatura internacional. Carmen Lúcia Hussein é poeta e professora universitária . Doutora e com Pós-doutorado em Psicologia Escolar no Instituto de Psicologia na USP. Tem 21 livros de poesia sendo 1 livro traduzido em italiano, francês, inglês e espanhol e outro em espanhol. Participou em 129 Antologias tendo 68 divulgadas no exterior sendo 36 nos países lusófonos e 15 nos países latinos (espanhol). Pertence a Academias (9) e associações (4) no exterior (-Lisboa, - Galiza, - Valparaiso,NLABA-Buenos Aires; Divine Académie-Paris- Grande Embaixadora; ALB-Suíça; Coninter-RJ; DelMundo-Santiago,CEMD-Diáspora (Mo); ACIMA-Milão; WPS-Canadá. E a entidades (11) e associações(3) nacionais. Prêmios nacionais e no exterior recentes. Prêmio “Melhores Obras Do Mundo“ a poesia (Ser objeto) pela Rebra na Antologia comemorativa de 18 anos. Medalha de Confreira da Cultura Coninter - Artes. Prêmio Machado de Assis de Honra ao Mérito Cultural L-Lisboa-Pt. Altas Insígnias outorgadas pela Divine Académie - (Paris). Menção Honrosa a Poesia (Eternidade) no III Prêmio Varal do Brasil em Genebra. Prêmio Excelência pelo CEMD (Diáspora Mo)..e CIEE- GalíciaTem livros divulgados em Lisboa e em Santiago de Compostela, Galícia Mora hoje em São Paulo e nasceu em Taubaté.

Boa leitura!

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Escritora Camen Lúcia Hussein, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais a encanta na arte literária?Carmen Hussein - Gosto de poeti-zar com poucas palavras e com be-leza.

Hoje, você tem um grande núme-ro de livros publicados abordan-do diferentes temáticas. Como foi surgindo estes diferentes gostos literários? Carmen Hussein - Tenho 2 livros profissionais. E depois surgiram os de poesia. Tenho 21 livros de poe-sias

De forma geral qual a mensagem que você quer transmitir aos leito-res através da sua escrita literária?Carmen Hussein - Quero transmi-tir na poesia os dramas e a beleza da existência. Nos livros de Psicologia Educacional a verdade da ciência.

Qual o livro que demorou mais tempo para ser escrito e publica-do? Quais os principais desafios para escrita deste livro?

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Carmen Hussein - O livro mais difícil foi ”A Casa Amarela” que é a vida minha, do meu marido e fi-lhos. O principal desafio foi escre-ver sobre a doença e morte do meu filho.

Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publica-do? Carmen Hussein - O livro que de-morou menos tempo para ser escri-to e publicado foi “ A Casa da Rua XV-Versos.”

O que a motivou a escrevê-lo de forma mais intensa que os demais livros publicados? Comente sobre o livroCarmen Hussein - È um livro de poesias sobre a minha infância e ju-ventude na minha c idade Natal que é Taubaté.

Qual o livro que alcançou um maior número de vendas? O que mais a encanta nesta obra?Carmen Hussein - Os livros mais divulgados foram os livros de poesia meditativa e religiosa como” Medita-ções”,” Poemas Contemplativos “e O ypê roxo no jardim.”. Gosto deles por darem novos ângulos de vida..

Você já participou de várias anto-logias e coletâneas, qual a partici-pação que mais a cativou, por quê?Carmen Hussein - Foram as An-tologias iniciais já que descobri na-quela ocasião que era poeta.

Se pudesses descrever sua carreira literária em duas palavras quais seriam? Carmen Hussein - A minha carrei-ra literária me possibilitou a realiza-ção e a satisfação de criar poesia e textos científicos de psicologia.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Carmen Lúcia Hussein. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Carmen Hussein - A arte literária necessita de muita dedicação para ser elaborada e criada com beleza e a pesquisa científica precisa tam-bém.

www.livrariacultura.comwww.amazon.com

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Escritor Marcos Freitas

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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QUADRA DA ESPERANÇAo vento do maro roçar do chãoa semente lançadaagonias e solidão ano após anoa mesma ilusãopromessas de chuvae nada no sertão O TEMPO SEM QUANDOSquando vim para cáo tempo espichou o sol.a noite acabrunhou-se calada.a chuva que chovia, deu-se a chover sem parar.a noite tornou-se dia, de tanta água a transbordar,das sarjetas e bueiros, primeiro,das ruas, casas e lagos, após.quando vim para cáo tempo espichou o sole a mim, corpo-estrito, sem os meus, sem quandos.

LILÁSna seca caatingaleveza e beleza:outono de jitiranas

MARCOS FREITAS – nasceu em Teresina, Piauí, 1963. Engenheiro e Poeta. Professor Universitário. Publicou os livros “A vida sente a si mesma”, “A terceira margem sem

rio”, “Na curva de um rio, mungubas”, “Inquietudes de horas e flores”, “Na tarde que se avizinha e outros poe-

mas”, “Sentimento oceânico”, “Que venha a seca”, dentre outros. Filiado à Associação Nacional de Escritores -

ANE e à União Brasileira de Escritores – UBE. Página na web: www.emversoeprosa.blogspot.com

TEMPOS EPÍGEOSno endorso do tempo(hilo distante)a quebra da dormência tegumentar:sementes de novos sonhos? escarificações e embebecimentospara a água da vida. enquanto o povo dorme,nova plântula germina.

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ENTREVISTA

ESCRITOR FERNANDO JACQUES DE M. PIMENTA - JAX

Além da criação de personagens

e situações, a prática literária

oferece-me oportunidade de comunicar-

me com outras pessoas. Essa

possibilidade de comunicação foi

especialmente importante na infância e na

adolescência, dada minha

relativa timidez.”

JAX, ESCRITOR-CARTUNISTA, COM DIPLOMACIASE DESTACA NA ARTE LITERÁRIA

Autor Fernando Jacques de Magalhães Pimenta, publica sob o pseudônimo JAX, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 2 de junho de 1952Filho de Jacques da Costa Pimenta e Malvina Magalhães Pimenta. Neto do cidadão português Fernando da Costa Pimenta Formado pelo Instituto Rio-Branco, do Ministério das Relações Exteriores (Diplomacia) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Direito). Mestrado de Ciência Política, Universidade George Washington, EUA. Exerceu funções do Serviço Exterior brasileiro em Luanda (1976-77), Washington, DC (1978-82), Bruxelas (1990-93), Montevidéu (1993-95), Montreal (1999-2004), Vancouver (2007-11), Assunção (2011-16) e São José (2016-...). Autor dos livros Traços e Troças (2015) e Ibitinema e Outras Histórias (2016).Apreciador de cinema, música, literatura e HQ.

Boa leitura!

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Escritor JAX, para nós é uma hon-ra contarmos com a sua participa-ção na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?JAX - Sempre gostei muito de ler e, desde as primeiras leituras, sentia vontade de também produzir mi-nhas próprias histórias. Ainda as-sim, demorei a pôr em prática esse projeto de escrever. Inicialmente, meu passatempo resumia-se a de-senhar histórias em quadrinhos. Comecei a fazê-las e a criar meus personagens já a partir de uns cinco anos de idade. No caso da literatu-ra, os primeiros textos surgiram na adolescência. O pioneiro, uma crô-nica intitulada Sonhos de Rei, data de 1968, sendo seguida por várias outras histórias. Houve longo inter-valo nessa “produção” no início dos anos oitenta (também no caso das HQ). Em 2011, voltei a dedicar-me à elaboração de textos e desenhos.

O que mais o encanta na arte lite-rária?JAX - Tudo que representa criação exerce grande atrativo em mim. Como nunca tive a menor inclina-ção ou talento para outras formas de criação, como a música, minha tendência foi apegar-me ao que conseguia produzir e agradar ao pú-blico próximo - parentes e amigos que liam meus textos e desenhos, estimulando-me a prosseguir. Além da criação de personagens e situa-ções, a prática literária oferece-me oportunidade de comunicar-me com outras pessoas. Essa possibili-dade de comunicação foi especial-mente importante na infância e na adolescência, dada minha relativa timidez.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Como foi a escolha do títu-lo para o seu livro “Traços e troças”?JAX - Eu planejava chamar o futuro livro de “Rabiscos”, até saber que um amigo ha-via lançado obra com de-nominação quase idêntica. Mantendo a ideia de um trabalho iniciante, em que o autor meio que rabisca suas criações, a opção Traços e Troças pareceu-me adequa-da, ainda mais porque guar-daria perfeita relação com os traços dos desenhos e com o fato de boa parte do conteúdo do livro pertencer ao domínio do humor. Quando me reuni pela primeira vez com os responsáveis pela Editora Lamparina Luminosa, eles também reagiram favoravelmente ao título proposto e assim ficou.

Comente sobre o livroJAX - Sendo minha primeira aven-tura de publicação, procurei reunir, no livro, textos e desenhos diversos, de variadas épocas, que possam ofe-recer um espectro amplo de ideias e experiências que vivi, presenciei ou simplesmente imaginei, embora, no último caso, sempre relacionadas a algo o mais próximo da realidade. A temática cobre desde situações mais corriqueiras, do cotidiano - como o “drama” de um cidadão com sua doméstica, que não coincide com seu senso de arrumação -, até casos que refletem o absurdo da existên-cia humana, em especial a aparente incapacidade das pessoas de alte-rarem seu destino, sua realidade, como o homem que foi andando até descobrir que estava sem pernas.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos

textos que compõe “Traços e tro-ças”?JAX - É difícil resumir, mas em ge-ral espero transmitir mensagens positivas, como o valor do amor e da amizade, a necessidade de tole-rância, de compreensão em relação ao próximo, sem prejuízo, natural-mente, da igual necessidade de re-voltar-se ante a injustiça e os com-portamentos desumanos. Procuro apontar, igualmente, a conveniência de encarar a vida com bom humor (desesperar, jamais, como prega uma célebre canção brasileira). Em-bora meu senso de humor possa assumir, ocasionalmente, matizes de sátira contundente, no mais das vezes busco enfoques mais amenos e descontraídos, em provável sinto-nia com a relativa ingenuidade dos anos cinquenta e sessenta, tão caros para mim.

Quais os principais desafios para escrita do seu livro “Ibitinema e Outras Histórias”?JAX - No caso do conto principal, Ibitinema, transformar memórias dos tempos da infância em maté-ria de interesse para quem vier a ler, pela identificação de circuns-tâncias ou de personalidades que

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não se limitam a um ambiente fa-miliar único. Nem sempre é viável dar universalidade a tudo. Procurei equilibrar-me entre o muito espe-cífico e o que poderia representar um ou outro aspecto mais geral. Os demais textos foram talvez menos desafiantes. Dão continuidade ao meu propósito de narrar situações e sentimentos variados, além de pres-tar certo tributo a pessoas (sempre com nomes fictícios) e a lugares que prezo, como o Rio de Janeiro e o bairro da Tijuca, Arraial do Cabo, Pirapetinga e Ibitinema.

De que forma estes desafios foram superados?JAX - Da forma mais simples possí-vel: relendo e repensando o que es-crevia, para evitar erros narrativos e, sobretudo, interpretações equivo-cadas. Quando se trata de pessoas, sobretudo de pessoas queridas, é importante tomar cuidado para não incorrer em depreciações ou em ju-ízos precipitados. Como gosto, em geral, de dar um tempo para que a narração “decante”, não encontro dificuldade em reler e, quando ne-cessário, refazer o que escrevi antes.

O que mais o encanta nesta obra?JAX - O fato de dois de meus filhos haverem participado com ilustra-ções. Além disso, “Ibitinema e Ou-tras Histórias” causaram-me tanta satisfação quanto “Traços e Troças”. São duas obras que evocam sau-dosas lembranças de amigos e dos tempos vividos nos lugares por onde passei, com destaque para Rio (Tijuca), Ibitinema, Pirapetinga e Arraial do Cabo. Representam, am-bas, a concretização do sonho de ser escritor. O segundo livro ainda me permitiu o prazer de lançá-lo no sítio onde se desenrola o conto cen-tral, hoje uma bela casa de eventos, o Engenho (pertencente a minhas primas Amélia e Wilmary), e numa linda cerimônia, da Academia de Letras de Pirapetinga, MG.

O que o motivou a escrever crô-nicas?JAX - A crônica é um gênero lite-rário que logo figurou em minhas primeiras leituras e que sempre me agradou pela singeleza, bem como pela graça da maioria dos textos lidos. Como carioca que sou, sinto as crônicas indelevelmente associa-

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das à minha cidade (embora céle-bres cronistas brasileiros não sejam oriundos do Rio). Esse sentimento terá certamente influenciado minha preferência pelo gênero, ao lado da minha tendência à concisão.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor JAX. Agradece-mos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?JAX - Desejo agradecer à Revista a oportunidade de apresentar-me a seus leitores e solicitar àqueles que se interessarem em ler qualquer uma das duas obras a gentileza de encaminhar eventuais comentários diretamente à editora. Como escritor-cartunista precavido que sou, permito-me en-carecer, de antemão, que, por favor, não insultem minha santa mãezinha, nem o meu querido Fluminense F.C., o melhor time de futebol do mundo.

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Palestrante Roberto Patzlaff

NEUROVENDAS

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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Durante muitas décadas estudos neu-rocientíficos tiveram um aumento significa-tivo procurando entender de maneira mais clara de que forma o cérebro influência nos comportamentos dos seres humanos. Dentro deste contexto podemos dizer que as neuro-ciências estudam a relação do cérebro com o comportamento e trata-se também de um campo interdisciplinar como várias outras disciplinas; neuroimagem, neuroquímica, neuroanatomia, neurofisiologia, genética, psiquiatria, psicologia, pedagogia e neurolo-gia. Todas essas disciplinas formam as “neu-rociências”.

Neurociência é o estudo do sistema nervoso. Sua estrutura, seu desenvolvimen-

O cérebro para resultadosto, funcionamento, evolução, relação com o comportamento e a mente e também suas alterações.

Existem várias maneiras de estudar o sistema nervoso que é um dos mais comple-xos, desde microscopicamente até as relações corpo e ambiente, comportamental como andar e falar ou comportamentos encobertos como pensar, imaginar e sonhar.

Neurovendas é o estudo do comporta-mento do consumidor, o que faz com que ele tome a decisão de compra.

Nossa neurologia inclui não apenas os processos mentais invisíveis, mas também as reações fisiológicas a ideias e acontecimen-tos. Uns refletem os outros no nível físico.

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Corpo e mente formam uma unida-de inseparável, um ser humano.

80% das decisões de compra são tomadas de forma inconsciente. O ser humano processa grande par-te dos estímulos sensoriais no nível inconsciente e já foi inclusive com-parado a um iceberg.

O ser humano compra com a emoção e justifica com a razão. A maioria das nossas decisões estão ligadas as nossas emoções, memó-rias, crenças, valores e identidade. As nossas emoções constituem um rigoroso sistema de sinais a respeito de nossas relações com nosso mun-do interno, com o nosso mundo externo, com o outro e com nossos grupos sociais e isto se dá num nível inconsciente.

Você sabia que algumas lojas de roupas mantêm o ar-condicionado numa temperatura mais elevada durante o inverno, para que o clien-te tenha a sensação de que o tem-po está ainda mais frio e, com isso, convencê-lo a comprar agasalhos? E que algumas lanchonetes borrifam aroma de bacon em seu ambiente para aguçar o paladar dos clientes? Ou ainda que a música de uma loja ou a essência que os consumidores sentem ao entrar nela podem não ser por acaso?

A esses recursos utilizado por muitas empresas, principalmente no setor do varejo, damos o nome de marketing sensorial, ele tem como propósito, despertar os dese-jos, impulsos, motivações e reações para então fixar a marca, o produ-to ou o serviço, criando sensações através dos 5 sentidos humanos, formando assim um vínculo emo-cional com o consumidor e estimu-lando sua percepção para os produ-tos nas gôndolas”.

Como os consumidores tomam decisões de compra?Dentro da estrutura fisiológica do cérebro, existe internamente, uma

representação de 3 cérebros que é chamado por muitos de cérebro triádico.O cérebro está organizado em três partes e que atuam como órgãos

separados, com diferentes estruturas e funções celulares diferentes.O tronco cerebral fica na parte superior da coluna vertebral, na base

do crânio. Essa camada é chamada o “cérebro reptiliano” assim chamada porque a partir de todos os vertebrados, répteis a mamíferos têm um. Esta é a estrutura do cérebro que controla em última análise, ações e decisões.

As pesquisas em neurociências demonstram que, embora os três cére-bros comunicam uns com os outros, cada um tem uma função especiali-zada:• O “cérebro analítico” córtex. Pensa. Ele processa os dados racionais e suas partes deduções com os outros dois cérebros.• O “cérebro emocional” límbico. Sente. Ele processa emoções e intui-ções e também compartilha suas descobertas com os outros dois cére-bros.• O “cérebro decisório” reptiliano. Decide. É preciso a entrada de outros dois cérebros, mas ele controla a tomada de decisão final do processo.

Depois de saber que o verdadeiro decisor é o cérebro reptiliano, suas vendas inteiras e estratégias de marketing devem aplicar os princípios de comunicação completamente direcionados para este, a fim de ser mais im-pactante e eficaz os seus resultados.

Quer saber mais sobre “NEUROVENDAS”?Participe de um curso específico sobre “Neurovendas” no Instituto Humanos. www.institutohumanos.com.br

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ENTREVISTA

ESCRITOR HELDER MOURA

Mas, não posso negar que me

diverti muito com a Turma da Língua

Impiedosa, que não é exatamente um personagem,

mas que expressa o fenômeno da

comunicação como algo tão inerente ao humano, em

qualquer época ou circunstância.”

Nascido em 1957, em Campina Grande (Paraíba), Hélder Moura ingressou no jornalismo em 1983 na Gazeta do Sertão, onde se tornou editor-chefe, atuando sempre no colunismo político. Venceu alguns prêmios de poesia e, em 1985, lançou o livro Coração de Cedro. Já em João Pessoa, se tornou colunista do jornal Correio da Paraíba, desde 1992 e, em seguida, apresentador da TV Correio (Rede Record), onde ganhou vários prêmios de Imprensa. É também professor universitário do Instituto Federal da Paraíba, onde leciona sobre algoritmos e lógica. Atualmente, edita blog no Jornal da Paraíba (Rede Globo), sobre política e também sobre viagens, humor e literatura.

Boa leitura!

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Escritor Helder Moura é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Di-vulga Escritor, conte-nos o que mais o encanta na arte de escrever?Helder Moura – Respondo me apropriando das palavras do personagem Aparício, no contexto de “Dom Agápi-to”: “A criação é um processo tormentoso. Quem se dispõe a essa aventura, sabe como é sofrer para parir a sua cria. É um parto do qual não se esca-pa impune. Deixa marcas, fe-ridas profundas, cicatrizes que o infeliz é obrigado a carregar pelo resto da vida. Mas, ape-sar da perversidade das do-res, também traz uma alegria sublime. Criar é quase como brincar de Deus. Talvez até seja. Quem sabe não seríamos todos nós partes integrantes de um grande romance, escrito por ordem superior, sem, obviamente, termos a consciên-cia perfeita disso.”

Em que momento surgiu inspi-ração para escrita do enredo que compõe o seu livro “O Incrível Testamento de Dom Agápito”?Helder Moura – Na minha ado-lescência de leitor ávido, eu havia encontrado referências a Óbidos num livro de memórias de Érico Veríssimo, “Solo de Clarineta”, fi-quei fascinado pelo castelo e de-cidi, um dia, conhecer a cidade. Aconteceu muito tempo depois, durante uma viagem a Portugal, em 2004, creio. Então, enquanto andava pelas muralhas, vendo do alto as ruas e travessas e as pessoas indo e voltando, toda a história me

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

ocorreu, assim, de repente. Mas, como eu não tinha à época preten-sões literárias, quando cheguei ao hotel apenas rabisquei uma espé-cie de esqueleto, um projeto de li-vro e esqueci. Só que, anos depois, em 2011, o demônio da literatura me fez encontrar o material e de-cidi encarar o desafio de escrever o romance. O livro foi lançado, em Lisboa, em julho de 2012, pela Editora Chiado, de Portugal. Logo depois, também na Bienal de São Paulo. Em janeiro de 2013, voltei a Portugal e, a convite do Conselho Municipal (Prefeitura), lancei tam-bém em Óbidos. O livro esgotou ao longo daquele ano, foi quan-do fiz contrato com Editora Miró, que lançou a 2ª edição. No final de 2016, fui a Óbidos para participar do Folio (Festival Literário Inter-nacional) e lançar a 4ª edição.

Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe a obra?Helder Moura - Primei-ro deles foi ter uma ideia. Ideias não se vendem em gôndolas de supermercado. Depois, claro, começar. Co-meçar e obstinar para pros-seguir com os bons ventos da inspiração. Afinal, não são raros os momentos em que sobrevém uma terrível calmaria. Tudo para. Faltam palavras, sobra desânimo. E se não houver obstinação realmente, naufraga. De-pois, vem a publicação, que também é um desafio e tan-to. Por fim, encontrar quem leia. Livro é para ser lido. Senão, de que valeria con-tar uma história, se não há quem escute?

Dizem que os personagens têm muito do autor. Qual dos perso-nagens de “O Incrível Testamen-to de Dom Agápito” tem mais de você? Por quê?Helder Moura - Bem, eu poderia dizer que todos os personagens têm muito de mim, e nenhum deles em especial tem mais. Foi a sensação que tive ao escrever. Mas, não posso negar que me di-verti muito com a Turma da Lín-gua Impiedosa, que não é exata-mente um personagem, mas que expressa o fenômeno da comuni-cação como algo tão inerente ao humano, em qualquer época ou circunstância.

Se pudesses descrever o livro em duas palavras, quais seriam?Helder Moura - Malícia e cobiça.

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Quais os principais hobbies do es-critor Helder Moura?Helder Moura – Ler, ler e ler. De-pois, viajar.

Você é um dos coordenadores do projeto “Sol das Letras” um even-to literário de referência na cida-de de João Pessoa, conte-nos um pouco sobre o projeto.Helder Moura – A ideia do proje-to surgiu durante lançamento de “Dom Agápito” na Feira de Livros de Frankfurt, em 2013. Naquele ano, o evento era dedicado à literatura brasileira. O Ministério da Cultura organizou um grupo com 70 escri-tores de todo o País, mas, lamenta-velmente, nenhum da Paraíba. Eu viajei a convite do Governo alemão. Lá, em conversas com outros escri-tores, percebi que praticamente não conheciam a literatura contempo-rânea produzida na Paraíba, e isto muito me desencantou. Eles só fala-vam de Zé Lins, Ariano Suassuna e Augusto dos Anjos, no máximo Zé Américo. E nós temos uma produ-ção de excelente qualidade. Então,

no retorno, convidei alguns amigos e propus a criação da Confraria Sol das Letras, que teve como primei-ro projeto do Por do Sol Literário, atualmente na sua 38ª edição, um evento felizmente consolidado, que visa exatamente projetar a literatura produzida na Paraíba, tanto para os próprios paraibanos, quanto para fora do Estado.

Quais seus principais objetivos como escritor?Helder Moura – Minha única am-bição como escritor é continuar es-crevendo e publicando. E, se possí-vel, sendo lido.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor Helder Moura. Agradecemos sua partici-pação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Helder Moura – Primeiro, destacar o trabalho desenvolvido pela revis-ta. Extraordinário. Fascinante. So-bretudo oportuno, num cenário de

tantas dificuldades porque passam os escritores, especialmente nestas latitudes, para ter alguma visibili-dade. E quem não quer? O escritor não escreve para si, afinal. Depois, torcer que esse trabalho estimule o surgimento de novos talentos. E certamente estimulará. Finalmente, agradecer pela deferência da entre-vista. E por fim mesmo, declarar que não existe nenhum povo, tribo, nação. Nunca existiu e certamente nunca existirá, que não tenha sua expressão através da narrativa. Tem sido assim desde que os primórdios. A literatura é, portanto, a identida-de de uma gente. A gente em torno de uma fogueira para ouvir e contar suas histórias.

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Mundo através da Literatura.https://www.facebook.com/

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Miró Editorial www.miroeditorial.com.br/As edições em inglês, italiano e espanhol estão a caminho, mas ainda indisponíveis.

ONDE COMPRAR

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Gil Sabino

DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

por um mundo melhorO projeto AGENDA VIVA foi

lançado com a proposta de produ-zir conteúdo sobre arte e cultura, promovendo artistas paraibanos em suas diversas áreas de atuação como música, literatura, teatro, cinema, dança, fotografia, artes plásticas, e também turismo.

Inicialmente atuando no Esta-do da Paraíba, onde tem já realizado laboratório havia um ano de expe-riência, com publicação da fanpage

AGENDA VIVA e grupo responsi-vo, com grande impacto de progra-mação com a presença e apoio de importantes artistas, nomes consa-grados como as atores Zezita Matos e Marcio Tadeu, ambos da TV Glo-bo, cantores Zé e Elba Ramalho, Chico César, e também os novos Val Donato, Nathalia Bellar, Érica Maria, Seu Pereira, Totonho e mui-to outros.

A Paraíba teve sempre uma

cena cultural muito forte desde Au-gusto dos Anjos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Ariano Suassuna, Pedro Américo, Anayde Beiriz, Celso Furtado entre outros. O atual momento cultural é muito rico, muito presente, inclusive, nos planos nacional e internacional, projetando artistas no cinema, na música, na literatura, HQ, nas artes em geral.

Segundo Gil Sabino “O projeto

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AGENDA VIVA tem foco na cena alternativa, mesmo sem esquecer a grande mídia. Foi ob-servando todo esse quadro atual que decidimos abrir espaço para comunicar as artes. É respon-sabilidade nossa, não podemos nos furtar em promove-la.”

De maneira geral o AGENDA Viva propõe interligar mercados, uma como que interface ampliando a relação entre produtores, gestores, empresários, patrocinadores, artistas, consumi-dores, público em geral. Uma plataforma na in-ternet, um network com uma agenda interativa viva, muito viva. Com mídia digital, entrevistas itinerantes em teatros, cafés, ateliers, feiras, con-gressos, espaços onde houver cultura; e exibição de clipes musicais, poemas, traillers de filmes, making off, etc. Assim, os públicos tanto dos ar-tistas como dos espaços culturais, formam uma grande comunidade consumidora do produto artístico. É esse o conceito que a Agenda Viva segue buscando atingir objetivos de mercado.

Outra estratégia de ação é a realização de eventos próprios e apoio ao trabalho de tercei-ros. Com Projetos Especiais, trabalho de marke-ting, branding, valorização da marca AGENDA VIVA e também os artistas, cuidando da ima-gem, da autoestima, ampliando possibilidades, participando, inovando, abrindo mercados.

De início o projeto conta já com apoio de importantes nomes como Walter Santos (Gru-po WSCOM), Juca Pontes (Sol das Letras), Al-berto Arcela (Oficina de Propaganda), Kalline Almeida (Porta Cênica Produções Artísticas), Guy Joseph, Carlos Aranha (APL – Associação Paraibana de Letras), Mayara Almeida (PSI), Shirley Cavalcante (Portal Literário), e outros; a parceria de alguns veículos de comunicação e também patrocínio e espaços de cultura, mar-cas e produtos.

Ainda Gil Sabino, conclui afirmando pen-sar e acreditar inovar através de novos canais e estratégias para dialogar e ganhar liberdade de expressão. Por isso um projeto vivo, uma comu-nidade onde a música, a literatura, cinema, artes em geral, tornem o mundo melhor.

GIL SABINO é paraibano, jornalista, gestor de marketing, e Diretor de Cul-

tura da API – Associação Paraibana de Imprensa. Atua em consultoria nas áreas de produção, atendimento e cap-

tação de recursos para grandes projetos. Atualmente produz o AGENDA VIVA, um projeto cultural destacando mídias

sociais, eventos, branding (marca), e pro-jetos especiais em parceria com o Portal WSCOM; criando uma grande comuni-

dade consumidora de arte e cultura. Autor de blog sobre cultura e negócios

no portal WSCOM; começou na área de comunicação nos anos 70, produziu

programas para as rádios Tabajara, Ara-puan e Correio, e foi um dos primeiros

DJ´s do Estado. Nos anos 70/80 produziu shows de Chico César, Bráulio Tavares, Cida Lobo, Dida Fialho, e com o ator e

diretor Fernando Teixeira, a Coletiva SEXTA FEIRA 13, no Teatro Santa Roza. Dirigiu em 1995 a programação da rádio Arapuan AM – FM, abrindo espaço para tocar artistas paraibanos como Elba e Zé Ramalho, Cátia de França, Limusine 58,

Erick Von Sosthen e outros . Representou as grandes gravadoras

multinacionais como EMI , BMG Ario-la, SONY Music, e também as nacionais Atração Fonográfica e Polydisc, e traba-lhou com artistas de renome como Gon-

zaguinha, Clara Nunes, Nando Cordel, Michael Sullivan, Jorge Vercilo, e outros.

De volta à Paraíba, está novamente em cena com o projeto Agenda Viva, parce-

ria com a WSCOM, que cria uma grande comunidade virtual consumidora de arte

e cultura. facebook.com/agendaviva

www.agendavivapb.com.br (83) 9 9949 1886

[email protected]

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DIVULGA ESCRITOR

Escritor João Pedro Simas dos Santos, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais o encanta na arte literária? João Santos - Acho interessante que mais e mais gente estão se aventu-rando na arte ainda mais com os aplicativos wattpad e spirit fanfic. aprimora o vocabulário, estimula a criatividade e imaginação e conse-quentemente com maiorVocabulário,virá maior facilidade em escrever.

ENTREVISTA

ESCRITOR JOÃO PEDRO SIMAS

Sou estudante de teologia e filosofia, desde pequeno servo da arte.Costumo dizer que busco tudo que eleva, apazigua e divirta.Gosto muito de séries, uma boa música, um bom filme, um bom livro. Sou sedento por saber, visto que foram à sabedoria, o conhecimento e as virtudes que deram fama a Salomão.

Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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Que temas você aborda em seu li-vro “As 108 poesias da vida”? João Santos - Um pouco de barro-co, romantismo e haikai.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos apresentados nesta obra poética?João Santos - Mostrar que não sou somente barroco nem ultra român-tico, mas um pouco de cada estilo em um estilo único.

O que diferencia “As 108 poesias da vida” de seu livro “Poesias em Geral 2017”? João Santos - O segundo são po-esias improvisadas somente desse ano e o anterior são as 108 poesias principais da minha trajetória.

Comente sobre o seu livro “Decer-to de um Eterno Aprendiz” João Santos - São pensamentos, que me melhoraram e achei válido passar a frente. O título era pra ser decerto ou certamente um eterno aprendiz.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe esta obra? João Santos - Coordenar os pensa-mentos, para montar a obra.

Você tem dois livros abordando temática teológica, comente um pouco sobre eles:João Santos - “Compêndio Teoló-gico”, um esboço de monografia te-ológica. “Uma Pitada de Filosofia e Metafísica”, pensamentos em torno de filosofia, teologia e metafísica.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor João Pe-dro Simas dos Santos. Agradece-mos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?João Santos - Gratidão a equipe por ajudar divulgar, o uso que a arte faz de mim e aos leitores, espero que possam dar um voto de confiança às minhas obras e se gostarem pas-sarem a frente. paz, sucesso e har-monia para todos.

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Clube de Autoreshttps://www.clubedeautores.com.br/authors/340117ONDE COMPRAR

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Escritora Letícia A. Ucha

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ARAPUCAQuando ele entrava no bar, Ci-

bele já sentia seu perfume. Aroma amadeirado misturado com sân-dalo. Ele era alto, olhos grandes ar misterioso. Pedia sempre a mesma bebida: whisky com duas pedras de gelo. Ficava sentado numa mesa de canto fazendo várias ligações e anotações em seu tablet. Às vezes, chegava algum amigo para conver-sar rapidamente. Permanecia pouco tempo e ia embora.

Cibele mestre na arte de coque-téis, às vezes lhe perguntava se ele queria algum drink diferente.

Ele sempre respondia com olhar ao longe, entre uma tragada e outra de cigarro. A verdade era que ele mal sabia da existência da sim-pática bartender.

--- Como ele é lindo. Eu só o vejo aqui. Nunca vi na rua. – disse Cibele à sua colega Solange.

--- Pois eu acho ele muito es-tranho. Os amigos que chegam para sentar com ele parecem que saíram da página policial. Acho que esse cara não é do bem. Fala sério: esse cara nem sabe que você existe! Você deveria dar uma chance ao Ernesto, este sim é do bem. – Disse Solange balançando a cabeça.

--- Você está enganada: a carto-mante me disse que o amor da mi-nha vida seria um homem bonito e frequentador do bar. --- disse Cibe-le mexendo no cabelo na esperança de ser notada por seu alvo.

O tal homem chamava-se Jor-dão e andava sempre bem vestido.

Uma noite, quando ele já estava estacionando o carro em frente ao bar de sempre recebeu uma ligação:

-- Cara, fiz a entrega dos “doces e balas” conforme combinado. Des-cobrimos que temos um infiltrado entre nós. Talvez o outro bando já saiba do “presunto”. Está com ele ainda?

-- Sim, não tive tempo de fazer a desova. – Disse Jordão coçando o queixo.

-- Então, dá um jeito, consegue um álibi. Não sabemos ao certo se há também alguém da polícia entre nós. – disse o comparsa.

Jordão desligou o celular. Mor-deu os lábios, apreensivo. Alterou o horário de seu celular e de seu note-book para duas horas atrás.

Entrou no bar. Cibele sentiu o perfume do homem perto do bal-cão. Ele sorriu, pediu um Blood Mary à Cibele e que lhe acompa-nhasse à mesa.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

Enquanto isso, Jordão enviava um a mensagem para seu comparsa dizendo que “o peixe mordeu a isca.”

Retocou a maquiagem, ajeitou os cabelos no banheiro e lá estava Cibele pronta para sair com Jordão.

Foram até o carro. Como a fes-ta começaria mais tarde, resolveram passar primeiro em um movimenta-do fast food da cidade. O objetivo era ser visto na companhia da moça.

Cibele não percebeu nada. Du-rante o rápido jantar entre batatas--fritas e hamburguers foi surgindo uma afinidade que espantou até mesmo o calculista Jordão.

Pela janela da lanchonete era possível ver os primeiros raios que indicavam chuva para as próximas horas.

Na saída do restaurante, já dentro do carro ouvem um forte : estrondo. O carro que estava atrás deles bateu de tal forma que amassou a traseira do carro, abrindo o porta-malas.

Em um ato reflexo, Jordão e Ci-bele saem do carro para ver o acon-teceu.

Jordão grita: --- Fique dentro do carro.

Aflita e com o barulho dos raios, Cibele não ouve.

O homem que bateu o carro custou a sair porque teve que parar a briga de seus dois filhos que estavam no banco de trás.

Jordão falou ao homem que não foi nada, que seu próprio se-guro resolverá. O homem coçou a cabeça surpreso, mas não insistiu, afinal livrara-se do conserto.

Quando Jordão virou seu ros-to para falar com Cibele, ela estava parada com os olhos esbugalhados e sem fala. Ele olhou para o porta--malas aberto e percebeu que ela viu o cadáver.

--- Entra já para o carro. – diz ele em tom ríspido.

--- Por favor, não faça nada co-migo, eu prometo não contar nada.

Jordão pega o caminho que leva à saída da cidade.

--- Para onde estamos indo? Eu quero descer. – Disse Cibele gritando.

--- Cala essa boca, que eu pre-ciso pensar em algo.—Disse ele olhando pelo espelho retrovisor.

– Estamos sendo seguidos.Cibele chora ainda mais.O carro que estava os seguindo

começou a atirar e acertou os pneus do carro onde estavam Cibele e Jor-dão.

Este foi obrigado a parar o car-ro e pegou o revólver que estava no porta-luvas e começou a atirar tam-bém. Cibele aproveitou e saiu do carro e correu em direção ao mato que cerca a estrada. Neste instante, além dos raios começou a chover.

Cibele virou-se e vê uma chama enorme vindo da direção de onde havia fugido.

Correu ainda mais. Finalmente, encontrou um bar de beira de estra-da onde havia um taxista que acei-tou levá-la de volta a cidade.

Dois dias depois sem ter con-tado a ninguém sobre o ocorrido abriu o jornal e lê a notícia:

“Encontrados na estrada km “X”, dois corpos em veículo carbo-nizados.”

A bartender caprichou no drink, fez uma jogada de cabelos e foi caminhando sinuosamente até à mesa de Jordão.

-- Sente-se. – disse ele com ar conquistador.

-- Gostaria, mas não posso estou em horário de trabalho. – Disse Cibele em tom de lamento.

-- Venha, sente-se um minu-to aqui . Seu drink está tão boni-to que merece uma foto. – disse Jordão já pegando o celular.

--- Foto? Eu nem estou arru-mada..

--- Não , precisa você já é bonita por natureza. Tire rapidamente seu avental que nem parecerá que você está trabalhando.

Cibele, sorriu feliz. Finalmente, o homem que tanto admirava estava lhe dando atenção. Tirou rapidamen-te o avental e ficou com a roupa que costumava sair a rua. Sentou ao lado de Jordão.

Jordão passou o braço por cima e pediu para outra garçonete tirar a foto dos dois. Feito isso, já postou a foto com Cibele na rede social. Para todos os efeitos a foto estava sendo postada às 22 horas.

Cibele, feliz nem achou estranho a mudança radical de Jordão.

-- Hoje haverá uma festa muito concorrida na cidade, será seguida de show. Você quer ir comigo? -- Dis-se Jordão aproximando-se da moça como estivesse prestes a lhe dar um beijo.

-- Bem... só se eu pedir para uma colega cobrir meu horário. Posso di-zer que tive uma “dor de cabeça”. – Disse a moça toda faceira.

-- Isso, vai ser ótimo para nos co-nhecermos melhor. – Disse Jordão.

A moça saiu radiante ao encon-tro de sua colega Solange que aceitou o favor mesmo estando contrariada.

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ENTREVISTA

ESCRITOR JHONATHAN MOREIRA

Não nascemos prontos,

portanto, a cada dia é tempo de aprender a se

relacionar com profundidade. Quanto mais e melhor um ser humano

se relaciona, melhor e mais

significativa será a sua vida.”

Jhonathan Moreira começou sua carreira em fevereiro de 2013. Tem 29 anos e é natural de Vitória - ES. Publicou sua primeira obra “Investindo em Relacionamentos” em 2016. Concluiu um curso livre de Psicanálise Clínica. Ministra palestras sobre relacionamentos e questões existenciais. Atualmente, é graduando em Psicologia (Forma-se em 2017) e também se dedica ao aperfeiçoamento da arte - a arte da escrita.Suas obras e tudo o que faz têm o seguinte propósito: Contribuir para o fortalecimento dos relacionamentos, semear valores que homenageiam a vida, que promovam e dignifiquem o ser humano e que manifestam sua gratidão ao Autor da Vida.

Boa leitura!

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Escritor Jhonathan Moreira é um prazer contarmos com a sua par-ticipação na Revista Divulga Es-critor, conte-nos o que o motivou a escrever sobre Relacionamentos Interpessoais?Jhonathan Moreira - Para mim também é um prazer participar da Revista Divulga Escritor. Bem, é uma história longa, contudo, vou resumir em três pilares: 1) perce-bi que me relacionava muito mal e, com isso, percebi que as outras pessoas também. 2) O ser humano que mais admiro fora a pessoa que mais investiu em relacionamentos de todos os tempos – ele fora um mestre na arte de se relacionar, por-tanto, queria descobri o seu segre-do (ainda que parcialmente), desde então tenho buscado aprender essa arte e compartilhá-la com meus lei-tores e com as pessoas que assistem as minhas palestras; 3) ao estudar a temática sobre relacionamentos hu-manos e observar a vida diária, per-cebi que um ser humano pode ter tudo (em todos os aspectos), mas se não cultivar boas relações, ele não tem nada – os relacionamentos são a essencialidade da alma humana, portanto, sem eles o ser humano é vazio, sua vida perde o sentido pro-gressivamente e o prazer em exis-tir desaparece. Um rico pode viver miseravelmente, se não tiver boas relações; um pobre pode viver pros-peramente, se tiver boas relações.

O que são Relacionamentos Inter-pessoais?Jhonathan Moreira - De maneira literal, é a relação que envolve duas ou mais pessoas. Em outras pala-vras, é todo vínculo ou contato que um ser humano tem com outro ser

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) humano. Desde um sorriso na dire-ção de outrem até o conversar por horas com uma pessoa. Essas ca-racterísticas são importantes para a compreensão, contudo, relacio-namento vai muito além delas. No livro comento sobre. Em que momento se sentiu prepa-rado para publicar o seu livro “In-vestindo em Relacionamentos: au-toconhecimento e amor próprio são essenciais”?Jhonathan Moreira - Não me recor-do do momento especificamente. Na verdade, foi algo natural e pro-cessual, pois a preparação foi acon-tecendo enquanto eu caminhava, isto é, na medida em que avançava no desenvolvimento do livro e, com isso, o amadurecimento das ideias. A meu ver, um livro não acontece, mas ele é gerado, assim como, no geral, é necessário nove meses para o nascimento de um bebê humano. Durante a gestação são necessários cuidados e atitudes específicas por parte da mãe e dos envolvidos para que o resultado final seja alcança-do: o nascimento. Em relação a mi-nha experiência, tudo que ocorreu durante o processo culminou para que em certo momento em dissesse: “Chegou o Momento da Publicação; de apresentar meu “filho” (livro) ao mundo.”.

Quais os principais desafios para a construção do enredo que compõe o livro?Jhonathan Moreira - Houve vários, contudo, o principal foi: VENCER A MIM MESMO. E dois desafios secundários: as condicionantes da vida diária e os desafios que todo escritor brasileiro possui para levar sua obra aos leitores. Entretanto, nada foi capaz de me fazer desistir

– a prova disso é a concretização do livro aqui apresentado.

De que forma estes desafios foram superados?Jhonathan Moreira - Com foco, paciência, estudo e muita persis-tência. E o grande segredo: A “Fé” (um força que me transcende) - que me eleva acima de mim mesmo, dos desafios, dos medos, das dores e dos problemas existenciais que acome-tem o existir de qualquer ser hu-mano - foi à força (e é) que me fez superar todos os desafios.

De forma geral qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através das temáticas aborda-das em “Investindo em Relacio-namentos: autoconhecimento e amor próprio são essenciais”Jhonathan Moreira - A mensagem que desejo transmitir é que nunca foi tão essencial e urgente INVES-TIR EM RELACIONAMENTOS (No livro explico o que isso signi-fica). Relacionamento é tudo e tudo é relacionamento; sem ele nada poderia existir, nem eu e nem você que me lê, e nem tampouco o amor - o relacionamento transcende-os. É preciso valorizar e cultivar boas relações, hoje e sempre, pois isso cooperará para uma vida mais leve, feliz e abundante. No final de tudo, todos querem apenas ser amados e valorizados – o canal por onde isso potencialmente pode acontecer é por meio de boas relações.

Você vem ministrando palestras, apresentando várias temáticas re-lacionadas a um melhor relacio-namento, conte-nos um pouco so-bre as palestras, como vem sendo a receptividade do público?Jhonathan Moreira - O objetivo

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com as palestras é tocar à alma dos que as ouvem, levando-os a refle-tirem sobre a importância que há em se INVESTIR EM RELACIO-NAMENTOS e observarem como estão as suas próprias relações. Por meio dessas reflexões, os ouvintes - se aquilo que foi ministrado tiver ido de encontro com seu ser mais profundo - se movimentarão rumo a construções de relacionamentos mais profundos e saudáveis. Quan-to à receptividade: Tem sido ótima. Fala-se muito de temáticas relacio-nadas ao dinheiro, sucesso, entre outros (e não há nenhum problema quanto a isso; não é uma crítica), contudo, pouco se fala sobre rela-cionamentos – a minha experiência pôde constatar que a curiosidade do que será “palestrado” e o desejo de construir boas relações, coope-ram para a receptividade do públi-co. As palestras que ministro é uma oportunidade de um autoexame das relações que se tem construí-do; não com o objetivo de se culpar, mas com o objetivo de melhorá-las, pois, como já foi dito nessa entre-vista, bons relacionamentos coope-ram para uma vida mais significa-tiva, feliz e abundante. E quem não quer ter uma vida assim? Eu quero.

Quem desejar como deve proceder para contatá-lo para palestras?Jhonathan Moreira - É muito sim-ples. É só acessar o meu site por este endereço: http://www.jhonathan-moreira.com/palestras. As infor-mações necessárias para solicitar a palestra estão todas lá. Em 5 minu-tos é possível escolher a palestra e

preencher o formulário. Num prazo de no máximo três dias úteis, a soli-citação será respondida.Poderia compartilhar o momento mais especial que você vivenciou em sua carreira?Jhonathan Moreira - Sim, certa-mente. Relembro-me muito bem desse momento. Ele ficará marca-do na minha memória e no meu coração para sempre. Tive a honra de apertar a mão, dá um abraço, ter um livro autografado e tirar algu-mas fotos com o escritor AUGUS-TO CURY.

Em sua opinião, como estão os relacionamentos interpessoais na atualidade?Jhonathan Moreira - Eles estão Su-perficiais e descompromissados, de forma geral. No passado, os laços humanos eram doentios; hoje, eles não existem mais, pois, as pessoas, no geral, preferem viver em suas ilhas particulares. Falta respeito e há uma indisponibilidade em ouvir e compreender as necessidades/an-seios do outro. Há muito exigência em relação ao outro e o foco fica em satisfazer as próprias necessi-dades, tratando o outro como um mero objeto – assim que esse não for mais útil, joga-o fora. Relacio-namento são “trocas”, isto é, é dar e receber. Quando só um dos relacio-nandos dá, certamente, chegará um momento em que ele irá se cansar e, então, esse investimento cessa-rá, pois perceberá que está sendo “explorado” emocionalmente e em outros aspectos. Infelizmente, isso é mais comum do que se pensa. Esse

tipo de relação suga a energia que movimenta a vida. Em contraparti-da, uma relação saudável aumenta essa energia, pois, cada relacionan-do é um doador e um recebedor - o outro é visto com um ser humano que precisa ser amado, valorizado e respeitado, e não como um objeto a ser usado – essa é a base para se construir uma relação profunda e saudável. Amigo (a) leitor (a), o que foi relatado acima faz sentido para você? Poderia comentar?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor e pa-lestrante Jhonathan Moreira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Jhonathan Moreira - Agradeço a honra em par-ticipar da Revista Divulga Escritor. Parabenizo-os pelo ótimo trabalho.Aos leitores e leitoras deixo essa reflexão: Vamos inves-tir em relacionamentos e tornar isso num estilo de vida; investir em relaciona-mentos é investir na vida. Não nascemos prontos, portanto, a cada dia é tem-po de aprender a se rela-cionar com profundidade. Quanto mais e melhor um ser humano se relaciona, melhor e mais significativa será a sua vida. Desejo a todos vocês que possam ter bons encontros rela-cionais, pois eles aumentam a felici-

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ONDE COMPRAR

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dade e dotam a vida diária de mais sentido e prazer. Relacionamento é tudo e tudo é relacionamento. Dei-xo minha gratidão a todos os en-volvidos com essa entrevista. E, em especial, a vocês, leitores (as) que investiram esse momento de vossas vidas para lerem essa entrevista e por tornarem o meu trabalho mais significativo. Obrigado pela exis-tência de todos vocês. Sucesso, paz e prosperidade.

Contatos com o autor:Pelo meu site: www.jhonathanmoreira.com | [email protected] fanpage: https://www.facebook.com/I.RELACIONAMENTOS/Kdfrases: http://kdfrases.com/usuario/Jhonathan_MoreiraTwitter: https://twitter.com/Jhonathan_ACE

Versão impressa: https://clubedeautores.com.br/book/140509--INVESTINDO_EM_RELACIONAMENTOS#.WKdQkk0rK01Versão digital: https://www.amazon.com.br/gp/product/B01AZHJG34?*Version*=1&*entries*=0Site do autorhttp://www.jhonathanmoreira.com/jhonathan-moreira

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Escritor Arnaldo Teixeira Santos

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“Três Bichos Te Esperam, Quatro Te Comerão”

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Resenha do romance “Três Bichos Te Esperam, Qua-

tro Te Comerão” é um romance profundamente psicológico em que Fran¬cisco, um homem de idade já avançada, em estado terminal e confinado a uma cama de hospi-tal, rememora e dá testemunho da sua vida. Com grande lucidez, mas não isento de contradições, o velho destila inesperados ensinamentos, questiona aquilo que cremos valio-so na nossa vida e revê, finalmente,

Começo a minha colaboração nesta revista, divulgando livros e autores portugueses, com o último livro do escritor português Manuel Andrade, “Três Bichos Te Esperam, Quatro Te Comerão”.

as coisas da existência terrena que verdadeiramente valeram a pena.

A trama apoia-se ainda em ou-tros personagens: Isabel e Matilde, duas mulheres muito significativas na vida do velho, tão diferentes e contudo tão fortemente impressas na sua memória; os companheiros da sua infância e da sua juventude; e outros personagens eloquentes do seu passado. A todos convoca agora o velho Francisco, e trá-los à luz da memória com nitidez e com um rit-mo de pensamento quase catártico e vertiginoso.

O seu constante remoinho mental reflete-se no seu discurso aparentemente caótico, que alterna desor¬denadamente os tempos e os lugares, mas cuja leitura vai mon-tando um puzzle cheio de surpresas e com uma profícua profundidade humana.

Este romance indaga a cada instante qual o sentido da vida e da misericórdia, bem como qual o sentido da redenção – se é que ele existe – que encerra a morte.

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A autenticidade e a crueza do velho espalham a sua sabedoria emotiva ao longo de toda a trama, ques¬tionando as diferenças entre amor e sexo, entre a rotina quoti-diana de uma vida simples e autên-tica e a multi¬plicação do prazer, rebobinando a vida até uma infân-cia e uma juventude plenas e levan-do-nos por fim até à posterior ma-turidade, quando hipotecámos tudo na luta pelas ambições profissionais e o status, pela imagem e a vaidade.

Este romance é acima de tudo um grande tratado sobre a vida, sempre fugaz e insatisfatória, e ainda sobre os seus gozos e as suas sombras, tendo sempre como pano de fundo o tempo que nos escapa, imparável, entre os dedos das mãos.

O autor, valendo-se da sua pró-pria experiência passada de psicó-logo clínico e do seu trabalho com

doentes em estado terminal, analisa com precisão cirúrgica a matéria de que somos feitos, nós todos, os seres humanos. Não lhe interes-sam tanto as convenções ou o que é socialmente aceitável, e não teme afundar-se nas misérias e contradi-ções humanas, por mais cruéis que estas possam ser.

Como assinala o grande escri-tor português Urbano Tavares Ro-drigues (https://pt.wikipedia.org/wiki/Urbano_Tavares_Rodrigues), na nota introdutória do livro, há um “lirismo doloroso” neste romance, no qual reside também a sua gran-de qualidade literária, assim como nos novos horizontes literários que abre sobre o remorso humano, o envelhecimento do desejo ardente e da sua pulsão e as aspirações do-lorosamente não concretizadas da existência humana.

Palavras introdutórias ao livro, pelo escritor Urbano Tavares Rodrigues:

“O sofrimento, a perda de uma perna, o clima de agonia e morte que ronda o hospital, a chocante intensidade das conversas das en-fermeiras, onde há sexo, prazer e desafio, são o cenário em que o nar-rador personagem vai memorando a sua vida, por vezes com humor trágico-burlesco, as duas mulheres que amou, tão diversas e tão forte-mente impressas no seu passado, e até a história decadente de alguns companheiros de jornada.

A invulgar riqueza dramática deste romance, revelação de um novo grande escritor, Manuel An-drade, atinge não raro uma crueza quase brutal. Assim ele vai ao fundo das existências que recria e tem ao mesmo tempo registos líricos, de

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um lirismo doloroso, que acentuam por contraste o que há de terrível, de quase apo¬calíptico, neste mergulho nas vísceras do ser humano.

Um romance absolutamente inesquecível para quem o leia.

Algumas das personagens deste romance são, pela sua riqueza, como modelos e mitos sociais, sus¬ceptíveis de gerarem outras histórias autónomas, à semelhança do que já tem sucedido com outras obras da literatura universal.

O que importa de momento é ler e reler lucidamente este romance de Manuel Andrade que, na sequên¬cia dos seus tão originais, comoventes ou hilariantes, Contos do Varziela,* nos dá a conhecer toda a profundi¬dade de um insuspeitado mundo de quotidianos abismos.”

Comentários sobre o romance, por figuras importantes portuguesas:

Rui Reininho, vocalista da banda pop portuguesa GNR:

“Dos muros altos da demência, daqui “do alto castelo que é a fantasia...” saltando pelos murais da loucura, sem moralizar”.

Carlos Daniel - consagrado jornalista da televisão pública portuguesa RTP:

“O Manuel Andrade escreve como se tivesse vivido várias vidas, em idades com sonhos diferentes. E pesa-delos. Pega no bisturi das emoções e pesquisa estórias no mais fundo de nós, que é pela alma adentro que viaja mais vezes.”.

Fátima Campos Ferreira- consagrada jornalista da RTP

Percorrer este livro reforça-me a insegurança mas, também, a ilusão e a esperança que mantenho no ser hu-mano. Sendo que, por último e, curiosamente, a parte fi-nal, a da morte, com a sua descrição, é o que me agarra à vida… O enorme desafio de sermos íntegros e inteiros. (…) E é por isso que eu te chamo o Luis Buñuel da escrita, Manuel Andrade, pelo realismo, pela crueza com que nos descreves e nos vês!

Sobre o autor:Manuel Andrade nasceu na cidade

nortenha portuguesa de Santo Tirso (distrito do Porto) em 1969. Publicou três livros com o pseudónimo Manuel de Varziela, edições que rapidamente

se esgotaram nos circui¬tos comerciais: “Por Esta Avenida

Sem Fim” (Brasília Editora, 1995); “Quadras Deste Lugar à Margem”

(Brasília Editora, 1997); “Contos do Varziela” (Campo das Letras, 2001).

Já na segunda e terceira edições, respetivamente, tem editados, como

Manuel Andrade, os seguintes romances: “Lugar de Um Deus Que

Me Livre” (Idioteque, 2015), que inspirou o filme “Pára-me de repente

o pensamento”, de Jorge Pelicano; “Elogio dos Amantes Derradeiros”

(Idioteque, 2016).Foi o impulsionador e criador de um Grupo de Comunicação e produziu,

ao longo de seis anos, eventos culturais como o “Escritaria”, “Plast

& Cine” e “Concelho de Estado”, onde teve oportunidade de trabalhar

di¬retamente com José Saramago, António Lobo Antunes, Mia

Couto, Urbano Tavares Rodrigues, Augustina Bessa-Luís ou Mikhail

Gorbachev. Antes de ser editor e produtor de

eventos, exerceu a profissão de psicólogo clínico, onde trabalhou com doentes em estado terminal. Foi nesse

contexto hospitalar que conheceu um velho truculento e irascível, mas ao mesmo tempo filosófico e de uma grande lucidez acerca da vida, com

desafiantes horizontes mentais. Este velho, inspirou o protagonista do

romance “Três Bichos Te Esperam, Quatro Te Comerão”. Este romance, editado em Portugal pela Idioteque, Communication Group, vendeu três

edições e prepara já uma quarta. A capa é da autoria da consagrada

artista plástica Emília Nadal.

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ENTREVISTA

ESCRITORA MARGOT WEIDE Busque-se!

Descubra quem você é em

sua essência e seja! Crie a sua história;

você é único e está dentro da

vida com um objetivo. Seja

positivo em suas propostas e vá em frente; se a ideia veio,

acredite!”

AUTORA BRASILEIRA MORANDO HÁ VINTE E CINCO ANOS NA ALEMANHA É DESTAQUE NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA

Nasci em São Paulo; morei e conheci quase todos os Estados brasileiros. Cursei a escola Técnica de Química Têxtil e me formei pela Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro, trabalhando durante anos em diversas áreas como psicóloga. Acreditei na minha intuição e embora amando a alegria brasileira em suas misturas culturais e raciais, fiz-me portadora do passaporte alemão, saindo do Brasil com minhas filhas há vinte e cinco anos. Aqui encontrei a paz para escrever.Tanto no Brasil como na Alemanha busquei pelo que denominamos áreas não científicas e exercito em âmbito privado o esoterismo que me inspirou neste romance. Meu lema de vida é “acredite e vai”.

Boa leitura!

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Escritora Margot Weide é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação na Revista Divulga Escri-tor, conte-nos em que momento surgiu inspiração para escrever “Alaba Textory – O sussurro dos Sinos”?Margot Weide - Para mim é um prazer e uma honra participar des-sa entrevista e agradeço muitíssimo pela oportunidade da Revista Di-vulga Escritor.Respondendo... escrever e ler sem-pre foram meus passatempos pre-feridos; ao chegar na Alemanha me veio um vazio intelectual por que eu não dominava perfeitamente o idio-ma alemão. Me correspondia com amigos e parentes, mas a ideia de escrever para me distrair, me agra-dou. Eu tinha como quê um encon-tro com os meus personagens e era divertido criá-los, construi-los em suas dificuldades e vitórias. Fazê-los crescer por dentro, principalmente, em suas emoções, medos, ameaças cotidianas...

Este livro é o primeiro de uma tri-logia, de que forma esta trilogia está dividida?Margot Weide - Na verdade esse é o meu primeiro livro e a trilogia está dividida por datas, épocas. Quando eu encerrei o meu roman-ce “Alaba Textory - O sussurro dos sinos”, senti que a história tinha muito potencial, e poderia continu-ar. Assim, coloquei o ano seguinte tal qual vinha fazendo e procegui criando “Alaba Textory - A melodia dos ecos”. Os três romances tratam do mesmo tema: a realização do ser humano; sua busca interior; suas limpezas interiores, colocando os lixos mentais fora.

O que são lixos mentais? Margot Weide - Tudo o que nos foi ensinado e que não nos servem! Nos sufocam em nossa existência. São conceitos e pré-conceitos sem valores, ultrapassados, os quais não nos favorecem como indiví-duos. Somos manipulados através do medo; pecado; ameaças que nos freiam para a vida e em nosso cres-cimento como pessoa. Sem querer abusar do espaço que me conce-dem há no meu segundo livro um exemplo colocado em símbolos: “”... Por que nos assustamos? Ou numa história mais clara: inúmeras pes-soas nos falaram. E essas inúmeras vozes se tornaram uma só, forte-mente gravada em nossos neurô-nios. Essas vozes disseram: “Você precisa se proteger, o inverno será rigoroso, isto é, virão muitos pro-blemas”. E no intuito de nos ajudar, ofereceram agasalhos, os quais sem pensar, sem questionar, vestimos. Nos cobrimos, nos protegemos, sem saber ao certo o que fazíamos e por que o fazíamos. Vestimos várias

camisetas, por cima delas várias ca-misas de mangas longas, vários pu-lôveres e dois ou três casacos. Com toda certeza nossa percepção é de desconforto e incômodo. Estamos pesados e abafados, no entanto, nos sentimos protegidos. À medida que retiramos casaco após casaco, um alívio se faz presente, porém per-cebemos que embora o peso maior se tenha ido, ainda estamos aper-tados, sufocados. Então, na busca de conforto, iniciamos a retirada dos pulôveres, um depois do outro, lentamente. Experimentamos, tes-tamos nosso novo bem-estar. Sem nos darmos conta, foram retiradas também algumas camisas. Assim, com um nível mais claro de sensi-bilidade, notamos que as camisas e camisetas que restam em nosso corpo não nos cabem direito; nos foram doadas aleatoriamente e as enfiamos sem antes verificar se nos serviam de verdade. Algumas são grandes, outras pequenas e pre-cisamos retirá-las para trazermos conosco o que queremos e o que

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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precisamos... o que se adapta a nós, à nossa natureza divina. Até porque o inverno ameaçador não existe. Aí está o conflito: nos disseram que o inverno viria e precisamos retirar roupas que não nos cabem. “Ficar despido!?! Não sentirei o frio de que tanto falaram? Será mesmo ne-cessário vestir-me adequadamente? Acho até que essas camisas e ca-misetas estão boas. Algumas têm tamanho menor... é, apertam um pouco, mas já me acostumei a elas. Se penso melhor, nem apertam tan-to.” Melhor viver o mal-estar para sempre do que nos sentirmos vul-neráveis, mesmo que por um curto período. Melhor viver o mal- estar para sempre, agredir nossos nervos e músculos, do que mudar uma si-tuação conhecida””.

Desde o inicio da escrita do pri-meiro livro sabia que ia ser uma trilogia? Margot Weide - Não em absoluto! Não haviam planos. Eu não escrevi uma trilogia. Meu livro estava divi-dido casualmente em datas e Estados brasileiros e a Novo Século Editora teve a ideia de formá-lo em três por ser muito grosso para o mercado, no entanto dentro da história, enfoco de forma premente “o realizar-se”, “o desligar-se de medos encobertos” que nos adoecem... entristecem, nos levam à caminhos infelizes.

Quais os principais desafios para escrita da trilogia?Margot Weide - O desafio não es-teve na escrita, mas sim, no pós-es-crita. Um livro está no mercado e fica-se na espectativa da edição do segundo. Os leitores têm que espe-rar e nos cobram. Ai vem o segundo romance que fica meio capenga en-tre o antes e o depois...

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através das obras?Margot Weide - Independente dos subtítulos a mensagem é única:Busque-se! Descubra quem você é em sua essência e seja! Crie a sua história; você é único e está dentro da vida com um objetivo. Seja po-sitivo em suas propostas e vá em frente; se a ideia veio, acredite!Os três romances tratam do mesmo tema de forma envolvente e suave, primando muito pelo valor femini-no. Nós temos, como mulheres um lado intuitivo que foi deixado de lado; esse lado abandonado é citado com ênfaxe na minha história, sem no entanto o super valorizar. Eu o trago à tona.A realização do ser humano; sua busca interior; a forca interna que todos nós trazemos conosco.O que são lixos mentais? Tudo o que nos foi ensinado e que não nos serve!

De que forma as mensagens se complementam?Margot Weide - Minha leitura não se complementa... não complemen-ta e sim libera; abre espaço, faz pen-sar e sentir. Também embala... faz crescer.Diverte; conseguimos rir e chorar; lidar com emocao nos encaminha ao nosso âmago!

Qual a previsão para lançamento do terceiro e último livro da trilo-gia “Alaba Textory – Venha, vamos dançar”?Margot Weide - Acredito que em junho já esteja no mercado.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Margot

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Weide. Agradecemos sua partici-pação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Margot Weide - Leiam! Leiam sem-pre! A leitura nos faz criar mundos por dentro e por fora; nos trás op-ções de aberturas psíquicas; nos amplia como seres. Cuide-se: o pri-meiro amor é para você!

ONDE COMPRAR

Livraria Saraiva; livraria Cultura e as

possibilidades por internet que são,

inclusive mais em conta no preço.

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DIVULGA ESCRITOR

Cuidado. Este texto não se trata sobre culinária, entretanto ele pode te queimar. Há várias formas de olhar o Globo Terrestre. Alguns o olham como uma superfície de água e terra, outros como uma esferade átomos, outros como uma bolinha de gude no Universo. Eu o vejo como uma grande panela que contém um saboroso caldo.

Aliás, não um único, mas vários. Tantos quantos seres humanos na Terra e são eles mesmos que aca-bam por multiplicar, mesclar e temperar cada um dos caldos. Quando pessoas reunidas em um sítio dedi-cam-se a reflectir sobre a miséria em países subde-senvolvidos, a emissão de gases poluentes, alimenta-ção saudável e sustentável e outros diversos assuntos estão, pois, a incrementar o caldo do desenvolvimen-to e evolução da sociedade como um todo. Outras pessoas, em outro sítio, a refletir sobre a roupa suja do vizinho, a bebida mais eficiente para a embriaguez ou o melhor modo de encobertar uma mentira pro-duzem um caldo com o sabor... não tão agradável.

Seja qual for a visão que se tem da Terra, ela pre-cisa de caldos melhores. E está em cada conversa, em cada ação, em cada encontro entre pessoas a escolha de qual caldo se vai engrossar.

Obs.: Texto ficou em segundo lugar em concurso desenvolvido por: Setor de Desenvolvimento Acadé-mico e Empreendedorismo e Associação Académica da Universidade de Évora

Escritora Maira M. Trentin

Engrossar o Caldo

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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Maira M. Trentin, 20 anos, brasileira. Mobilidade na Universidade de Évora para estudar Educação e Teatro. Contadora de histórias e escritora das palavras encontradas na mente e no coração.

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

Atualidade

Num mundo de injustiças diversas.Onde ocorrem penosas guerras.Crianças pobres passam fome.O Rico tudo come.A natureza, agredimos esse ser inocente!Poluímos, destruímos, causamos chuvas infernais.Posso não ser clarividente,Contundo prevejo desastres fatais.Existem culturas, religiões e crenças diferentes:Arte, música, poesia, costumes, deuses, ideais.Todas nascidas das grandes mentesDos nossos queridos ancestrais.Isto indica diferenciação humana.Povos que veneram a natureza e os animais.A maioria reside na América e na raiz Africana,Mas então e os demais?Existe hoje, uma pluralidade de cidadãos

Escritor Pedro Santos

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Mais livres até na sexualidade.O meu sonho é que todos deem as mãos.Tornar-se-á esse sonho realidade?Seria um grande passo, seria evolução.O respeito e compreensão pelo o outroBaseado na confiança, razão e emoção.Faria deste mundo louco,Num lugar menos frio sem perdão.Recuemos um pouco na história,Na época da escravidão,Os descobrimentos que foram glóriaBasearam-se em atos sem coração.Seja no passado ou no presente,Seguimos sempre esta corrente.

Obs.: Texto ficou em primeiro lugar em concurso desenvolvi-do por: Setor de Desenvolvimento Académico e Empreende-dorismo e Associação Académica da Universidade de Évora

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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR MICHEL IBRAHIM KHOURI FILHO

Procurem obras de escritores

brasileiros, você há de verificar

a existência de centenas deles que escrevem

bem, no entanto permanecem no

anonimato por muito tempo.”

Michel Ibrahim Khouri Filho, brasileiro, casado, professor de matemática, formado na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guarulhos(aposentado), nascido em São Paulo no Bairro do Tatuapé nesta Capital, Gosta de escrever desde a infância, ocasião que compunha versos e pequenos contos. O autor possui 7 livros publicados - Vozes de Minh’alma, A dança da borboleta, Terra Roxa, Coriscos no Céu, A Ilha do sol, Fúria Negra, O Monge dos Diamantes.Tem como objetivo atual sobreviver daquilo que escreve.

Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR

Escritor Michel Ibrahim Khou-ri Filho é um prazer contar com a sua participação na revista Di-vulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?Michel Filho - Lembro-me que em minha tenra infância, eu e meus ir-mãos, com apoio de minha mãe, pe-díamos a meu pai nos contasse uma história. Ele tinha uma habilidade sem precedentes em fazer isso, e o conto nos prendia por vários dias, porque era contada em capítulos, à noite, antes de nos recolhermos. Ele tinha a nacionalidade libanesa e nos contava às histórias que ouviu quando muito menino, na escola onde ficou internado, a guerra o tornou órfão muito cedo, com nove anos aproximadamente. Minha mãe, descendente de portugueses, tinha o mesmo hábito, contava his-tórias que ouvia de seus avós. As-sim, crescemos eu e meus irmãos, dentro deste clima, que muito cer-tamente influenciou na minha von-tade de escrever histórias e na de meu irmão, A. Ibrahim Khouri, um excelente poeta, também com vá-rios livros editados.

O que o encanta nos romances e aventuras que escreves?Michel Filho - O que mais me en-canta, seja um romance ou aventura é ver a história começar a ganhar corpo. Quando escrevo, deixo a imaginação fluir e me limito a es-crever o que estou imaginando na-quele momento, começo a perceber que a certa altura devo dar um di-recionamento a história, cujo título, não rara as vezes , já o tenho na ca-beça e começo fazer com que o tí-tulo e a história viagem lado a lado.

Conte-nos qual o livro que demo-rou mais tempo para ser escrito e publicado?Michel Filho - Todos os sete livros que tenho editado, a saber: A Dan-ça da Borboleta, Coriscos no Céu, Terra Roxa, A Ilha do Sol e Vozes de Minh’alma, mais os seis que tenho para editar, giram em torno de mais ou menos cento e trinta páginas, porque acredito que um livro não deve ter um número muito reduzido de páginas, por não ter a necessária habilidade em dar corpo a história e conseguir termina-la de forma con-veniente, quero dizer, não gostaria de termina-la de forma abrupta, nem tampouco, muito longo, com número excessivo de páginas, tendo em vista, ter que se alongar muito do meio do livro para o seu térmi-no, fugindo um pouco da sequência e objetividade, tornando-o cansati-vo. Assim, quase todos tem o mes-mo número de páginas e o mesmo tempo, com mínimas diferenças. Quanto à publicação, como depen-dem de oportunidades, ou recursos próprios é de tempo incerto.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe os seus livros?Michel Filho - Quando começo a escrever um livro, não tenho ainda nada em mente, deixo a imagina-ção conduzir a pena e só vou me preocupar com o enredo quando percebo que a história está queren-do tomar corpo, ai então, vou con-duzindo, dando rumo a ela e pen-sando no título, ou tendo o título na mente, procuro montar a história no entorno dele. Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publicado?Michel Filho - O livro que mais rá-

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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pido foi escrito, tem por título Terra Roxa, tinha na época, a história ba-seado na minha infância numa pe-quenina cidade do interior, morei lá por um pequeno espaço de tempo, onde havia uma capela nos moldes da história e um padre que aos do-mingos, se deslocava da cidade vi-zinha e vinha rezar a missa, onde eu e meu irmão nos dispúnhamos a tocar o sino da capela, convocando os moradores. Baseado nestes fatos e outros coincidentes com a histó-ria, não foi difícil imaginar o resto da história. Não demorou muito para em negociação com a Editora, conseguisse publicá-lo.

O que o motivou a escrever de for-ma mais intensa do que os demais livros escritos?Michel Filho - De todos os livros escritos, o que mais me envolvi foi Terra Roxa, o escrevi pensando em minha infância, com tudo que me cercava, a lembrança da pequena capela, onde eu tocava o sino cha-mando os moradores do lugar, a paisagem bucólica, a pequenina es-tação de trem, onde duas vezes por dia parava um trem de passageiros, uma pela manhã e outra no início da noite.

O que mais o encanta em seu pri-meiro livro escrito “A Dança da Borboleta”?Michel Filho - O primeiro livro, A Dança da Borboleta escrevi com ansiedade e certo encanto; a inex-periência me fez refazer, várias ve-zes, folhas inteiras e quantas vezes, abandonei tudo que havia escrito para recomeçar. A emoção do pri-meiro livro escrito foi um marco para mim, a satisfação tomou conta de tudo... Depois de algum tempo, relendo achei que precisava rever

algo ou mudar alguma coisa aqui e ali... Ia fazê-lo, não fosse à inter-venção de um amigo pintor, que me disse que escrever era como pintar, enquanto você não entregar a sua obra, verá sempre a necessidade de um retoque aqui, ali... Acolá. Não mexa mais nessa história, escreva outra, a sensação vai ser sempre a mesma.

Qual o livro com maior número de vendas?Michel Filho - A dança da Borbo-leta, Coriscos no Céu, Terra Roxa e A Ilha do Sol, foram editados ao mesmo tempo e muito recentemen-te, não se destacando um ou outro volume, pequenas diferenças apre-sentam no número de vendas de cada um desses títulos.

De forma geral qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio do enredo que compõe seus livros?Michel Filho - Em todos os livros que escrevo, gosto de mexer com o imaginário do leitor a história ter-mina de uma determinada forma, mas dou margem ao leitor, para que a imaginação dele termine a histó-ria. A mensagem a ser transmitida, cada volume encerra uma diferente; alguns títulos a mensagem é explici-ta, em outros, bem complexa.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor o escritor Michel Ibrahim Khouri Filho. Agradece-mos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para os nossos leitores?Michel Filho - Gostaria que as pes-soas se dedicassem mais a leitura, conhecessem melhor os escritores brasileiros, lhes dessem mais cré-

dito. Procurem obras de escritores brasileiros, você há de verificar a existência de centenas deles que escrevem bem, no entanto perma-necem no anonimato por muito tempo. Gostaria de receber dos meus leitores, opiniões sobre a obra lida, para tal, utilize meu email: [email protected],o qual consta na ficha técnica de todos os livros. Sabemos que no Brasil, o nú-mero de leitores é muito reduzido, mas gostaríamos que estes fãs da leitura incentivassem outros a ler, assim, demoraria menos para que o Brasil alcançasse um número con-veniente de leitores de todo tipo de obra, para que a população tivesse um grau de cultura mais elevado. Com toda certeza, todos nós seria-mos beneficiados.

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Escritora Marta Maria Niemeyer

DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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Oh natureza exuberante! O verde mais verde, o amarelo ala-ranjado do flamboaiã se destaca dançando com a brisa do mar.

Um bando de pássaros coreo-grafando o céu do luar. No romper da aurora o coral de canarinhos anuncia a chegada do dia. O ro-mântico beija – flor vem saudar sua amada, cheio de amor.

O sol se desponta com a mesma simpatia, trazendo luz, calor e ale-gria, para animar a festa da gurizada.

Nas cadeias montanhosas a última nuvem de algodão se des-pede. Um coral de sapos que pas-sara a noite na balada, desliga seus microfones, para o descanso. Meu tio Carlos sobe ao terraço da casa para admirar a paisagem, se depara com um canarinho ao chão, fica preocupado. Aquele filhote não pode ficar ali. Ainda muito

Caiu do Ninho pequeno, poucas penugens, rasas penas nas asas, Imaturo para voar. Tio Carlos não sabe como fazer para ajuda-lo. Chama sua mulher:

- Amor vem cá, por favor. Eles tem mais de vinte anos de casados, mas conservam o hábito de diálogo com o mesmo carinho de sempre. Deve ser os ares da natureza que mantem a fórmula do amor. Ela sobe a escada imediatamente e en-contra o filhote com fome e sede, vai ao quintal buscar minhoca, oferece ele recusou. Eles oferecem água, ele bebe. Agora o que fazer? Onde fica o ninho? Que angústia... Procuram, procuram, procuram... Enxergaram umas folhas secas en-tre as madeiras e telhado da cober-tura. Tia Maria diz:

- Encontrei aquelas folhas ali, pode ser o ninho, vou subir a es-cada e pôr lá. Sobe e percebe, sua

mão não alcança, insiste e consegue colocar o filhote próximo do ninho imaginado que ele o encontrará.

Ela desce a escada e vai cuidar de seus afazeres. Mais tarde volta ao terraço para conferir. O filhote está no chão outra vez. Tia Maria pega a escada e sobe para salvá-lo. Ela po-siciona a escada, sob em direção das folhas secas onde imagina ser o ni-nho, pega o filhote novamente, sobe a escada e introduz em um buraco bem próximo das folhinhas. Tia Mari fica feliz e pensa:

- Acho que consegui colocar em seu ninho. Ela desce as escadas e imediatamente aparece um caná-rio assustado, com incríveis voos rasantes. De certo deve ser a mãe preocupada com seu filhote.

Minha tia reage e diz:- Que mãe é você? Cuida di-

reito de seu filho. A canarinha não diz nada e fica quietinha pousada no fio de luz. Parece que entendeu o recado.

Tia Maria nos conta admirando o mistério da natureza.

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ENTREVISTA

ESCRITOR RICARDO BROWN O ser humano

evoluiu tanto na tecnologia, mas

infelizmente nos aspectos

mais importantes de sua existência

que é o do convívio social

e geográfico, e, que, por

isso mesmo necessita

de respeito mútuo para

que haja uma convivência pacifica, se

apresente muitas vezes

tão atrasado...”

Ricardo Brown, nascido em São Paulo perdeu seu pai em morte prematura aos dois anos de idade e, a partir de então foi criado pela sua avó paterna e suas duas tias.Sendo que uma delas o estimulava à leitura e a escrita desde os primeiros anos de alfabetização, já que ela sempre lhe cotava e lia histórias de diferentes autores da literatura infantil.Depois disso, por motivo de força maior, já que sua avó falecerá e suas tias não podiam criá-lo foi para um colégio interno e lá permaneceu dos sete aos quinze anos de idade. Sempre teve gosto pela leitura escrita, companhia inseparável até os dias de hoje.Formou-se em Publicidade Propaganda e MKT pela Universidade Anhembi Morumbi e Pedagogia no Instituto Singularidade de Pedagogia. É Autor de quatro publicações com a temática Bullying pelas editoras Paulus e Impacto Educacional e Lançou em 2005 de seu primeiro livro pela Editora Larousse, cujo título é “Refugiados em Busca de um Mundo sem Fronteiras”.

Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR

Escritor Ricardo Roberto Brown, é um prazer contarmos com sua participação no Projeto Divulga Escritor. A respeito do livro “Re-fugiados em Busca de um Mundo sem Fronteiras”, o que o motivou a produzi-lo?Ricardo Brown - Inicialmente foi uma proposta de minha compa-nheira Célia Hara que é educadora e assistente social e que trabalhava na Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, me propôs que eu escrevesse um livro sobre os refugiados já que se trataria de algo inédito voltado para o público infantojuvenil, seria uma forma de eles terem uma visão mais adequada e sem preconceitos sobre as diferenças. Para quem não sabe a Cáritas realiza um lindo e necessário trabalho humanitário há mais de trinta anos em prol de estrangeiros que precisam sair de seus países para preservar suas vi-das e ter seus direitos básicos pre-servados. Foi algo delicioso, apesar de ser sobre um assunto tão dra-mático, criar personagens baseados em relatos das experiências que os refugiados tiveram antes e depois de conseguirem o apoio da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo.

Como organizou a estrutura do livro? Ricardo Brown - O enredo foi ba-seado, como mencionei, ouvindo as emocionantes e sofridas histórias que relatavam a angústia dos refu-giados de terem que abandonar seus países de origem. Mas, na verdade, em termos de estrutura física do li-vro, a gerente editorial da Larousse na época, (2005), gostou dos origi-nais que lhe enviei e, como a editora já tinha uma coleção com o nome

“Ninguém Merece” (inspirada na gíria que se usava na ocasião) e que tratava de assuntos como o precon-ceito, racismo, etc;., resolveu apostar em meu livro e incluí-lo nessa cole-ção. Eles mesmos se encarregaram de fazer toda a estrutura dentro do padrão editorial Larousse. Eu pouco palpitei a respeito, gostei da finaliza-ção e aprovei. Claro que opinei sobre os agradecimentos, a apresentação inicial e me adequei também ao nú-mero de páginas que correspondia ao padrão utilizado para a coleção.

Qual a dificuldade que os garotos Pablo e Jeremmy, enfrentaram, quando aportaram no Brasil? Ricardo Brown - Como eles fugiam de seus países em busca de dias me-lhores, aportando em uma terra em que mal sabiam falar o seu idioma, esta foi uma das principais barrei-ras. Porém, a dificuldade que lhes trouxe maiores aborrecimentos e constrangimentos foi a discrimina-ção causada por seus companheiros de classe. O fato de terem trejeitos característicos de suas origens, além do sotaque, cor de pele e dificuldade em entender uma língua totalmente nova para eles, despertaram em al-guns maliciosos colegas de classe, a prática do bullying.

A escolha de dois refugiados com afinidades linguísticas foi propo-sital?Ricardo Brown - Na verdade não, eu os coloquei em meu livro, por-que na época se falava muito de re-fugiados de Serra Leoa e também dos problemas que as FARCs tra-ziam para a Colômbia. E isso aca-bou sendo o que mais me motivou a escolhê-los. Eu só retratei o que estava em evidência na mídia, na-quela ocasião.

Qual a influência da personagem Lili na aculturação dos dois refu-giados, o colombiano Pablo, e o leonês Jeremmy?Ricardo Brown - A aculturação nesse caso foi mais a emocional e afetiva do que propriamente a terri-torial. É claro que a influência dela em lhes mostrar os locais para pas-searem e o próprio diálogo em si, fez com que houvesse uma maior apro-ximação e integração entre eles e o País que escolheram forçosamente viver. Porém, o que eles necessita-vam mesmo naquele momento era de alguém que lhes acolhesse sem julgamento e preconceito e isso a Lili soube fazer muito bem. Aliás, esse encontro dos refugiados com a Lili é que dá todo o sabor da emo-cionante história que realmente vale a pena ser lida.

Nossa equipe foi informada de que o seu livro foi adotado como material escolar. Como foi apre-sentá-lo à Diretoria dos Colégios?Ricardo Brown - Quando conversei a respeito da ideia com a Larousse, eles acharam ótimo porque seria in-teressante ter uma abordagem, mes-mo que paradidática sobre assun-tos como preconceito e o bullying, coisa que na ocasião, nem se falava muito e tão pouco sobre os refugia-dos. Ter a possibilidade de abordar o tema na escola que é o berço for-mador de opinião e de aprendizado, e tratar de um assunto tão polêmico e real, foi desafiador e maravilho-so. Claro que eu e os divulgadores da Larousse tivemos que trabalhar bem até conseguir introduzir o livro em algumas escolas como o Colégio Polilogos, por exemplo, que é uma instituição em que a sua grande maioria é de alunos coreanos. E tive ainda a sorte da professora ter tido

Por Giuliano de Méroe

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o interesse de trabalhar com os seus alunos, o tema sobre o preconceito e a diversidade. Isso foi importante porque ela adotou o livro para vá-rias turmas e, dessa forma, todo ano eu era convidado a visitar os alunos como autor e eles me recebiam com muito carinho fazendo a maior fes-ta. Isso sim é muito gratificante para um autor! É ai que ele consegue

mensurar quanto e como o seu livro está alcançando o público desejado.

Na elaboração do livro, conte-nos, como foi a contribuição dos Cen-tros de apoio aos refugiados?Ricardo Brown - Eles contribuíram muito me convidando para uma reunião com os refugiados, isso possibilitou que eu os conhecesse

e conseguisse captar um pouco da vida sofrida que tiveram tentando fugir em busca de um pouco de dignidade. E até por esse motivo, para não se tornar um livro muito denso já que é dirigido ao público infantojuvenil, resolvi criar uma fic-ção com personagens que se encon-traram dentro do ambiente escolar para que ali eu pudesse transmitir e traçar um paralelo entre, a relação e convívio dos alunos das nossas escolas, com o tratamento que se dá aos refugiados, aos migrantes e imigrantes pelo mundo afora. E isso se deu em meu livro, de uma forma leve e lúdica e, claro, com o devido respeito às histórias desses refugia-dos. A Caritas e o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) tiveram papel fundamental em minha pesquisa sobre o tema. E, além disso, essa mi-nha atividade de escrita me propor-cionou conhecer Instituições que ocupam espaço de fundamental im-portância na aplicação de políticas públicas, serviço social, psicológico e jurídico para os refugiados.

O assunto deste livro possui algu-ma relação com Bullying, temáti-ca de seus livros anteriores?Ricardo Brown - Sim, com certe-za. Essa relação é inevitável, já que quando falamos de desrespeito às diferenças, especialmente em sala de aula, está implícito o problema do bullying, termo tão usado nos dias de hoje. Quando escrevi o li-vro em 2005, esse termo não era usual, mas, no entanto, os proble-mas de desconsideração, humilha-ção, preconceito e descaso com o próximo, inclusive de forma roti-neira, infelizmente são comuns já há muito tempo. Por isso, é difícil nesse caso, dissociar o tema refu-

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giados do tema bullying. Os livros que escrevi posteriormente sobre bullying, também são destinados ao público infanto-juvenil e adotados em algumas escolas. E, sem dúvida o que me motivou e me inspirou a também escrevê-los, foi a primeira experiência que tive quando escrevi o livro refugiados pensando nas sa-las de aula. Já que é ali, nas escolas, que grande parte desses problemas de bullying, acontece.

Nossa equipe agradece sua par-ticipação. Qual o seu recado aos nossos leitores e a nossos cidadãos sensíveis às questões internacio-nais?Ricardo Brown - Gostaria em pri-meiro lugar de agradecer a oportu-nidade de tal entrevista e também deixar claro que, o que mais assola o convívio humano são a intole-rância e desrespeito ao próximo. A diversidade humana sempre existi-rá e, portanto, é inadmissível que a imbecilidade humana chegue a tal ponto de classificar, rotular e des-respeitar o outro que pertence à mesma raça humana que a sua, só porque tem a cor, a religião ou ide-

ONDE COMPRAR

Livraria Cultura; Saraiva; Estante Virtual entre

outros grandes sites e é claro também na editora

Escala que agora é do mesmo grupo Lafonte

e Larousse. É só dar um Google e encontrará o meu livro. Gostaria de aproveitar e fazer um adendo sobre o nome

que aparece na capa de meu livro, ou melhor, do meu sobrenome Brown.

Em meu livro está escrito “BOWN” sem a letra

“r” e foi proposital, utilizei a numerologia

cabalística naquele período de minha vida

e por isso a mudança no sobrenome, o que de certa forma ficou

como um pseudônimo. Porém nos outros

livros que escrevi voltei a utilizar o “Brown”

normalmente, foi apenas uma experiência. Poderão também entrar

em contato comigo pelo facebook: Ricardo

Roberto Brown ou ainda pelo e-mail:

[email protected]

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Mundo através da Literatura.https://www.facebook.com/

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ais políticos diferentes dos seus. O ser humano evoluiu tanto na tecno-logia, mas infelizmente nos aspec-tos mais importantes de sua exis-tência que é o do convívio social e geográfico, e, que, por isso mesmo necessita de respeito mútuo para que haja uma convivência pacifica, se apresente muitas vezes tão atra-sado... Acho que já passou da hora da humanidade acordar para a ne-cessidade de repensar seus valores e suas relações interpessoais de qual-quer natureza, do contrário, dificil-mente haverá compreensão de que somos semelhantes, independente-mente da cultura, do sexo, da cor, da religião e das crenças políticas. Sinceramente não acredito que haja sociedade que se mantenha saudá-vel sem essa consciência!!

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

I Salão do Livro do Canadá – Montreal 2017

Escritora Jô Ramos

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

O 1º Salão do Livro do Canadá-Montreal, a ser realizado em setembro de 2017, vai reunir autores, escritores, artistas plásticos, estudantes e professores de Literatura. A ZL Editora apresenta uma proposta inovadora apostando nesta atividade como um aliado no aprofundamento e extensão das feiras literárias in-ternacionais. Condições de participaçãoEditores e autores independentes, ou não, poderão se inscrever para o nosso evento. Para participar é só preencher o formulário, que enviamos por e-mail, quando solicitado pelo autor/editor. O pagamento da inscrição e o envio do material solicitado completam a inscrição. A ZL EDitora se propõe:1- Expor os livros enviados e os trazidos pelos parti-cipantes2- Nos ocupamos da gestão das vendas

3- Coordenar a presença dos autores, organizando as sessões de autógrafo e bate-papos com leitores e de-mais escritores Autores presentesO evento acolherá os autores para sessões de autógra-fos. Cada autor terá 1 sessão de autógrafo. A inscrição para as sessões é agendada a partir do preenchimento do formulário, do pagamento da inscrição e do envio do material.

IMPORTANTE: Autores podem enviar seus li-vros, caso não possam estar presente. Faremos a ex-posição e a venda.

O pagamento da participação deverá ser realizado através de depósito bancário ou pelo sistema Western Union para quem mora no exterior. Os dados serão enviados por e-mail para quem solicitar.Nosso e-mail: [email protected] Executiva: Jô Ramos

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ENTREVISTA

ESCRITORA SANDRA WERNEK Eu vejo o

mundo muito polarizado, ou preto ou

branco, seja na política, na religião

ou nas redes sociais. Essa intolerância é

perigosa.”

ROMANCE “O PODER DA FÉ” DA AUTORA SANDRA WERNECK CATIVA POR SUA ESCRITA CLARA E CONSISTENTE

Sandra Werneck é o pseudônimo de Sandra M. G. Gonçalves, nascida a 27 de julho de 1960 em São Paulo. Graduou-se em Letras Língua Inglesa com trabalhos na área de Linguística Aplicada e Sociolinguística, tornando-se Mestre na área. Em paralelo, ingressou no Projeto de Extensão da Universidade Federal do Amazonas, intitulado Clube do Autor, que publicou várias coletâneas de contos: Folhas Verdes, Folhas Livres, Folhas Mortas, Folhas Fantásticas, Folhas Eróticas, Amores e Infâncias, apaixonando-se pelas palavras e pela literatura. Recentemente teve escolhido o conto “Estorvo” para publicação na edição de setembro/2016 e “A Amante” na edição de dezembro/2016 da revista Germina Literatura, ganhando com ele o Prêmio Incentivo do 34º Concurso Literário Yoshio Takemoto de 2016. Com “A caçada”, obteve o 2º lugar no concurso da Academia Mateense de Letras (2017) - Prêmio Elza Cunha. Participou da antologia Damas do Império (2016) e da antologia Memórias de um bar pela editora Illuminare (2016), da coletânea de contos Escritor Profissional vol. 3 pela Editora Oito e Meio (2016). O Poder da Fé foi seu romance de estreia.

Boa leitura!

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Escritora Sandra Wernek é um prazer contarmos com a sua parti-cipação na Revista Divulga Escri-tor. Conte-nos o que mais a encan-ta na arte de escrever?Sandra Werneck - Escrever é lan-çar um outro olhar para a realidade, utilizando todo o arsenal que se es-tende à nossa frente e que podemos dispor: notícias correntes, amigos, familiares, poesia, poemas, fantasia etc. E o que me encanta é a arte de reinventar essa realidade criando um universo e personagens especí-ficos capazes de dialogar com o lei-tor de um jeito peculiar.

Em que momento pensou em es-crever “O Poder da Fé”?Sandra Werneck - Escrevi a pri-meira parte de ‘O Poder da Fé’ há quase quinze anos. Assim nasceu a clarividente, uma personagem que vivia ludibriando pessoas em pro-veito próprio. Ainda morava no Rio de Janeiro e tinha ingressado em um curso de roteiro em que precisava de uma estória original. Com o tempo, a vontade de escrever se acendeu novamente. Além disso, houve uma proliferação de igrejas com pastores que também ludibriam pessoas em benefício próprio, então achei que poderia ser um complemento da primeira parte. A última parte foi o desdobramento das outras duas.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Comente sobre a obraSandra Werneck - Clara, esposa de Rogério, traveste-se de clarividente para ludibriar as pessoas e assim es-quecer aquilo que dói por dentro e corrói sua alma, aproveitando para brilhar e destacar-se da multidão de tipos simplórios de seu bairro. Ela se envolve com Alemão, despre-zando a única visão premonitória que tem em vida. Rogério, marido de Clara, movido pelo remorso e o desejo de enaltecer a mulher, cria uma nova igreja, travestindo-se de pastor, deixando-se seduzir pelo dinheiro fácil. Mas a perfeição não existe, nem mesmo no fausto. Ele percebe que a religião, mais que unir, pode segregar as pessoas. An-tônio, irmão de Rogério, tenta res-taurar a infância perdida e o louvor que aquece, ainda que o pastor não acredite, ainda que ele não queira, ainda que seja tarde.

Quais os principais desafios para construção do enredo que compõe o livro?Sandra Werneck - Um bom enredo necessita de uma estória envolvente que surpreenda, um bom conflito e obstáculos que são colocados ao longo da narrativa para mostrar ao leitor que tipo de pessoa seu prota-gonista é.

Qual a mensagem que deseja trans-mitir ao leitor através do enredo que compõe “O Poder de Fé”?

Sandra Werneck - Eu vejo o mun-do muito polarizado, ou preto ou branco, seja na política, na religião ou nas redes sociais. Essa intole-rância é perigosa. Concordo com Baumann e Giddens que trata nos-sa identidade como multifacetada, carregamos em nós todas as nuan-ces. O que quero dizer com isso (e é a mensagem que deixo) é que para cada situação existem pelo menos dois pontos de vista, é nossa obriga-ção nos colocarmos nas duas posi-ções para entender o ponto de vista do outro, que pode vir a ser a nossa, eventualmente, em outra circuns-tância.

O que mais a encanta nesta obra literária?Sandra Werneck - Esse romance é minha estreia na seara literária em que eu primei pelos trechos onde a linguagem foi bem cuidada, assim como a consistência dos personagens.

Quais os seus principais objetivos como escrito-ra?Sandra Werneck - Acre-dito que a obra de um escritor deve agradar a ele mesmo em primeiro lugar, entretanto acredito também que todo escri-tor busque leitores a quem possa passar esse seu olhar especial, a sua mensagem.

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Você já participou de várias anto-logias e coletâneas, qual a partici-pação que mais a cativou, por quê?Sandra Werneck - Quando eu es-crevo um conto, não há uma ideia pré-concebida sobre onde vou ins-crevê-lo ou a qual concurso eu devo submetê-lo. Como falei anterior-mente, ele deve satisfazer primei-ramente o autor, independente de qualquer outra coisa, mas se o seu texto é apreciado em revistas literá-rias específicas e academias o senti-mento de satisfação é grande.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Sandra Werneck. Agradecemos sua par-

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ONDE COMPRARChiado Editora em https://www.chiadoeditora.com/autores/sandra-werneck Eventualmente, poderá ser adquirido pela Livraria Cultura em www.livrariacultura.com.br onde ainda está em processo de catalogação e com a própria autora em [email protected]. Também diretamente pelo facebook www.facebook.com/sandra.godinhogoncalves

ticipação na Revista Divulga Es-critor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Sandra Werneck - Ler é adquirir olhares, é conhecer o mundo, no-vas culturas, novas experiências, novas visões de vida. É tornar-se mais completo e melhor esclareci-do. Leiam sempre mais. Vocês não irão se arrepender.

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Por Leo Vieira | [email protected] Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura

MERCADO LITERÁRIO

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ESCRITORES DE YOUTUBE“Todo ser humano deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um li-vro”.Isso significa que todos nós temos vocação. Talento é outra questão. To-dos nós também podemos escrever livros. Funkeiros, gamers, youtubers, entre outras celebridades virtuais, to-dos têm esse direito.Não iremos esquecer de que as edi-toras e livrarias precisam faturar e elas irão dar mais preferência com o produto que tem mais expectativa de venda. Vejo escritores e blogueiros se com-portando como se existisse um “Con-selho Regional de Escritores” para proibir que tal artista publique um livro. Vamos ter bom senso e mais amabi-lidade com essas pessoas e com o seu público.

AMIZADES LITERÁRIAS FALSASÉ muito fácil ter um batalhão de amigos para ir na sua festa badalada. Mas são muito poucos os que te acompanhariam em um momento de tristeza e enfermidade.Tenho visto nesse meio literário muitas amizades falsas. Vi também muitagente legal se decepcionando com pessoas sem cará-ter. Vi sociopatas querendo manipular, puxar tapete e se destacar às custas dos outros. Pessoas interes-seiras que fingem amizade e que depois que conse-guem o que querem, desaparecem sem o mínimo de gratidão. Isso quando não desfaz a amizade.Depois querem falar que há desunião? Eu prefiro dizer que há hipocrisia!Abomino e repudio essa atitude medíocre, mesqui-nha e imatura.Dispenso amizades falsas e não dou segunda chan-ce para quem apronta comigo.E vocês (blogueiros e escritores), fiquem mais es-pertos quando um parceiro efusivo ficar cheio de gentilezas para o seu lado. Não é porque somos le-gais que vamos deixar sermos feitos de trouxa.

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Numa tarde abrasadora, em pleno esplendor de Agosto do ano 2015, a autora Guadalupe Navarro surgiu no meu percurso literário. Embora o seu nome fosse familiar, de uma obra poética em que am-bos participáramos no início des-se Verão, nunca havíamos trocado uma palavra. Ela abordou-me pelas redes sociais, solicitando esclareci-mentos sobre a antologia A Bíblia dos Pecadores, cujo regulamento acabara de tornar público. Elucida-

Escritor Isidro Sousa

DECIFRA-ME... OU DEVORO-TE!

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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da sobre a essência do projecto, que só abrangia textos em prosa, volveu algo assim: «Eu sou poetisa, não escrevo prosa.» Lamentou o facto de a nossa Bíblia de Pecadores não contemplar poesia, reiterando o seu interesse em participar numa obra colectiva tão instigante.

Exploradas todas as possibili-dades, sem todavia conseguir con-tornar essa limitação, Guadalupe Navarro acabou por considerar «Posso tentar escrever um texto;

talvez uma crónica...» e mencionou a ideia que, nesse preciso momen-to, se lhe delineava na mente, sobre Sodoma e Gomorra. Recordando que, meses atrás, eu também ex-perimentara escrever poesia para uma antologia poética, e fi-lo com êxito, incentivei-a de imediato: «Se sente vontade de escrever uma es-tória, não hesite!» Ainda renitente, mostrando-se receosa em adentrar num terreno desconhecido, acei-tou o desafio, porém, salvaguar-

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dando que não se comprometeria.Nos dias subsequentes, à me-

dida que ela cimentava pedra sobre pedra naquela muralha em que se transformaria o texto, expunha-me ideias, dava conta de avanços e re-cuos, receios e dificuldades, bus-cando sempre uma palavra esclare-cedora que facilitasse o contorno de obstáculos literários. Até que deci-diu mostrar as páginas que já redigira, ansiando que eu lhe transmitisse uma opinião sin-cera.

Mal li os parágrafos ini-ciais, gargalhei. A trama, so-bre a bíblica esposa de Lot em estátua de sal transformada quando fugia do fogo devasta-dor disparado do céu sobre So-doma, achava-se incompleta, todavia, vislumbrei logo que se tratava de uma sátira inte-ligente, divertidíssima – uma relíquia! Era difícil conter-me; as gargalhadas prevaleciam. Se até aí, porque desconhecia a escrita de Guadalupe Navar-ro, receava transmitir alguma indicação, para não constran-gê-la ou melindrá-la, nesse instante a minha posição al-terou drasticamente. Fui pe-remptório: «Tem de concluir o texto! Sem qualquer hesitação! É uma ordem! Força, Guadalupe!»

Entusiasmada, mergulhou com ainda mais afinco nesse universo da prosa tão temeroso quão desafiante. Finalizou o trabalho. Quando me chegou às mãos, li-o e reli-o; ainda hoje não canso de o reler. A auto-ra nem acreditava no fascínio que a sua estreia na prosa me despertara! Refiro-me a A Estátua de Sal, a mes-míssima sátira sobre o episódio da destruição de Sodoma, abordando a falta de hospitalidade, os excessos

e a imoralidade que grassava nessa cidade remota, bem como as in-cursões incestuosas daquelas filhas que, julgando-se sozinhas no mun-do, embriagam e seduzem o pai para, com ele, gerarem descendên-cia. Essa estória, publicada em 2016 na antologia inaugural da Colecção Sui Generis, está compilada nas pri-meiras páginas do segundo livro da

autora, Decifra-me... ou Devoro--te!, editado recentemente pela Sui Generis.

Daí em diante, a nossa cumpli-cidade, entre mim e a autora, acen-tuar-se-ia de dia para dia, embora não houvesse convívio presencial, somente comunicação virtual pelas redes sociais; e a amizade crescendo, solidificando, uma confiança mútua enraizando-se. Guadalupe interes-sou-se por todas as obras colectivas que eu viria a organizar na área da prosa, participando nelas com re-

gularidade. Nessa época (a Sui Ge-neris ainda inexistia), concebi outra antologia para a editora que então dinamizava, intitulada Boas Festas, dedicada ao Natal. A estória nata-lina (O Arrepio de Micaela, tam-bém incluída em Decifra-me... ou Devoro-te!), num registo diferente do texto anterior, que a autora fez chegar às minhas mãos despertou-

-me igualmente a atenção. E ela foi mergulhando, de modo crescente, no universo da pro-sa. Mostrava-me, inclusive, textos destinados a projectos de outras editoras. Fosse qual fosse o tema envolvido em novas antologias, ela fabrica-va imediatamente uma trama, visando participar. E que tra-mas apresentava! Uma imagi-nação fértil, prodigiosa, que surpreende constantemente. A sua capacidade de criar en-redos complexos, quer sejam dramáticos ou humorísticos, aliada ao elevado grau cultu-ral (os conhecimentos sobre História são soberbos), é in-crível. E desenvolve cada tema com vontade férrea, inigualá-vel, nunca vacilando perante obstáculos, só respira quando finaliza cada trama. Foi desse

modo – atrevo-me a dizê-lo – que Guadalupe Navarro se viciou na construção de narrativas. Ao ponto de deixar para segundo plano a es-crita poética, em prol da prosa. Um universo verdadeiramente irresistí-vel que a emaranhou nas suas teias. Que a desafiou. Envolveu. Fascinou. Aprisionou! E muita água deslizou sob a ponte desde que ousou aven-turar-se na espantosa e deslum-brante Estátua de Sal.

Meses volvidos, em maré de confidências, ela revelaria porme-

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nores da vida pessoal que vi reflec-tidos no perfil de algumas perso-nagens; falaria também, despida de quaisquer complexos ou constran-gimentos, sobre a paralisia cerebral de que é portadora e a forte depres-são que a afectava na época em que me abordara. Naquele abençoado Verão de 2015 em que vários so-nhos desencadearam o primeiro passo rumo à realidade... Frisou pu-blicamente o quão bem o meu in-centivo (a escrever prosa) lhe fizera, ajudando a superar essa fase menos boa – às vezes, basta um estímulo, um simples empurrãozinho para se ultrapassar o receio de falhar. Além disso, a solidariedade por ela manifestada, em momentos críti-cos da minha trajectória editorial, para contornar situações assaz de-licadas, contribuiu mais ainda para aprofundar uma vera amizade, tor-nando-nos confidentes literários. E daí a considerar a possibilidade de editar uma obra pela Sui Gene-ris, compilando textos redigidos ao longo dos últimos tempos, foi um salto. Na realidade, um livro que marca um ciclo bastante significati-vo, verdadeiramente sui generis, no percurso da autora.

Decifra-me... ou Devoro-te! principia com o magnífico A Está-tua de Sal, primeiro texto em prosa de Guadalupe Navarro, destinado à antologia inaugural da Colecção Sui Generis, e finaliza com Mea Culpa, um drama igualmente inspirado em episódios bíblicos, concebido pro-positalmente para o segundo volu-me da mesma antologia, A Bíblia dos Pecadores. Entre o primeiro e o derradeiro texto, desfilam uma de-zena de contos e crónicas de igual modo marcantes – estórias total-mente distintas, do drama à aventu-ra, recheadas de humor e uma certa

malícia, ou mesmo sarcasmo, redi-gidas com uma simplicidade sofis-ticada e, não raras vezes, uma iro-nia refinada, para as diversas obras colectivas, em Portugal e no Brasil, em que a autora participou. São es-tórias aparentemente simples, mas que se revestem de uma sensibili-dade e uma intensidade profundas, explorando, todas elas, universos verdadeiramente sui generis.

E o que dizer da galeria de per-sonagens? Magistral! Maioritaria-mente femininas, as personagens destas tramas são figuras singulares, especiais, numa primeira vista um tanto “malucas”, mas que se reve-lam seres humanos incríveis, salvo raras excepções, dotadas de grande humanidade, as fragilidades mes-clando com fortes personalidades, mostrando fraquezas, mas também a força interior que delas emana.

Como a bela Micaela e os seus sintomáticos arrepios enquanto se embrenha nos afazeres para o Na-tal ou a sensível e solitária Mónica, em A Máscara, a filha rejeitada que busca forças no talento para colma-tar o desprezo familiar e se enamo-ra pelo homem errado. E também a espevitada Ludmila e as suas deam-bulações vampíricas, em O Sonho, a enigmática Rosana cujo misterioso retorno à sua cidade natal desper-ta atenções porventura indesejadas, em Riacho, e a atrevida e sofisticada Olga, que se envolve carnalmente, em Mea Culpa, com um membro do clero para tentar compreender uma antepassada por todos consi-derada a mula sem cabeça da sua região. Sem olvidar a deliciosa dis-cussão com Santo António da exu-berante narradora de O Colar de Pérolas, que diverte com as peripé-cias libidinosas da madame inglesa que “virou duquesa” e escandalizou

a sociedade do seu tempo ao desen-cadear um evento insólito, deveras incomum, que envolvia “homens sem cabeça”, e ainda a destemida e imperturbável Rosa Martina, em A Armadura de Sancho, que viaja pelos confins da História e convi-ve com espectros enquanto planeia instituir o dia especial (ou interna-cional) dos fantasmas, desvendando a origem de alguns mitos ou supers-tições. E a histérica e inescrupulosa editora Branca de O Casarão, au-têntica “amiga do alheio” inspirada em certas realidades que grassam no meio literário e afectaram, de al-gum modo, a autora, é igualmente digna de registo. Ou de atenção!

Se as mulheres que embelezam estas estórias fascinam, magneti-zam, emocionam, fazem vibrar, as figuras masculinas, embora em de-sigualdade numérica, são também envolventes, sedutoras, carismáti-cas. Veja-se o executivo, jovem e elegante, que procura achar, em O Lado Obscuro de Afonso, a mulher que a sua falecida avó considera-ria ser “uma moça decente” para casar, mas alimenta uma vivência sórdida, doentia, na clandestinida-de, algo inimaginável numa mente aparentemente sana. Ou o discreto e charmoso António em A Mulher de Branco que experimenta, após uma noite de diversão entre amigos, ainda que casualmente, um encon-tro surreal, deveras inusitado, numa instigante narrativa que aborda o universo fantástico, onde referên-cias mitológicas marcam presença, como Daphne, a bela e estonteante ninfa em frondoso loureiro trans-formada para escapar à persegui-ção desenfreada de Apolo, o deus da beleza que lhe inspira profunda aversão.

A propósito, realçam-se refe-

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rências às mitologias mas não só; os frequentes contextos históricos também se destacam nestas peças literárias, com inúmeras menções devidamente enquadradas a reis e rainhas, príncipes e princesas, imperadores, pontífices e a outras personalidades emblemáticas ao longo dos tempos, que denunciam o arraigado conhecimento, o ele-vado grau cultural da autora, de que se socorre, vastas vezes, para caracterizar cenários, personagens ou as ambiências que as rodeiam.

E não se pense que é tudo! O mundo infantil, aliado ao reino ani-mal, é recordado em Totó. Através da visão de uma adorável tartaru-ga, exilada num jardim zoológico após um acidente lhe ter danificado o casco, vamos conhecendo, numa narrativa profundamente nostál-gica, uma saudade de corroer a alma, as complexas relações da sua família de acolhimento por tantos anos, que a adoptou como membro, onde se incluem três crianças que a adoram, particularmente a menina mais nova que “não é bem igual aos outros” e terá em si reflectido algo de autobiográfico, a quem a autora empresta vivências ou emoções ni-tidamente pessoais.

As doze estórias que compõem as cento e cinquenta páginas de Decifra-me... ou Devoro-te! são di-vinas, irresistíveis, autênticos bálsa-mos para a alma. Estórias despreten-siosas que numa primeira instância podem afigurar-se bastante simples, porém, revestidas de uma sofisti-cada complexidade; algumas apa-rentemente sem nexo mas de uma profundeza intensa, de um huma-nismo sem igual, ricas na nobreza de sentimentos, nos afectos ou nas relações interpessoais, bem como nos contextos em que são inseridas,

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nas ambiências envolvidas. Estórias enigmáticas, magistrais, em que cada protagonista, cada persona-gem, cada enredo convida à leitura... à viagem, ao mergulho no seu uni-verso, ao desafio de desvendá-la.

Estórias arquitectadas e leva-das a cabo por uma alma sensível, cativante, mulher guerreira, autora talentosa, um ser humano deslum-brante que, independentemente de vicissitudes do foro pessoal, conta-gia todos, à sua volta, com a magia das palavras que agora dispersa ao mundo nas páginas deste livro: De-cifra-me... ou Devoro-te! Palavras que deliciam, seduzem, envolvem. Palavras que prendem, anestesiam, deleitam. Palavras que, atingida a derradeira linha de cada trama, dei-xam sempre um sabor a pouco.

Decifra-me... Ou Devoro-te! Pois então, decifrem-no! Não sejam devorados... pelo pecado da igno-rância.

O AUTORIsidro Sousa nasceu em 1973, numa aldeia remota das Terras do Demo (Portugal), e vive em Lisboa. Jornalista desde 1996, fundou, dirigiu e editou revistas, jornais e guias turísticos, colaborou com diversas editoras, participou em duas dezenas de obras colectivas, foi distinguido num concurso literário e organiza todos os projectos da Colecção Sui Generis, que criou em 2015. Publicou dois livros: «Amargo Amargar» e «O Pranto do Cisne». Blogue do autor: http://isidelirios.blogspot.pt

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ENTREVISTA

ESCRITOR SÉRGIO FRAGOSO

Para escrever os livros eu precisei

pesquisar e saber fielmente como eram as

cidades, dando a impressão de

que eu realmente estive lá.”

Sérgio Fragoso, natural de União da Vitória - PR, mora no Mato Grosso desde 1989 e em Alta Floresta - MT desde 1995. É servidor público da Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat e trabalha na biblioteca do Câmpus desde setembro de 2005. Durante a adolescência tinha o hábito de devorar gibis, mas só conseguiu concluir os estudos depois de adulto e graduou-se em Administração (2012) e fez pós-graduação em Gestão Universitária (2014). Sempre foi inquieto quando o assunto era fazer algo diferente, começou a escrever criando um blog no ano de 2010 “Administração e Sucesso” (http://administracaoesucesso.com/) onde fala de tudo um pouco e também dá dicas básicas de informática, foi assim que publicou alguns livros de informática básica ainda no ano de 2014. No entanto, aquilo ainda não o deixou satisfeito e no ano de 2015 decidiu começar a escrever seu primeiro romance.

Boa leitura!

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Escritor Sérgio Fragoso, seja bem-vindo a Revista Divul-ga Escritor. Sabemos que é autor de vários romances e contos. Parabéns pelo empe-nho. Gostaríamos de saber, sobre o porquê do seu gran-de interesse pela literatura romântica?Sérgio Fragoso - É um prazer participar deste projeto, fiquei muito feliz por conceder esta entrevista. Quando escrevi meu primeiro livro não tive dúvidas, seria uma história de amor. Acredito que isso tem muita influência de meu lado pessoal. Sou uma pessoa ro-mântica, que acredita em na-moro, casamento, viver feliz para sempre ao lado de uma mulher, e isso os leitores vão encontrar em meus livros. Mesmo quando isso parecer improvável, o amor estará sempre presente. Inclu-sive nos contos eróticos o romance sempre é o mais importante.

Tivemos o prazer de ler o 1º ca-pítulo do seu livro “Quando eu te conheci”. Como surgiu essa ideia? Sérgio Fragoso - Pensei em uma única frase “o rapaz reencontra uma garota que mexia com seu coração nos tempos de colégio” depois ele descobre que na verdade é apenas alguém idêntica a ela. Depois disso criei toda a história que não posso dar mais detalhes para não contar o livro inteiro aos leitores.

Onde se passa a história? Comen-te sobre o enredo que compõe a obra. Sérgio Fragoso - A história se pas-

Por Giuliano de Méroe

sa principalmente em Los Angeles, com algumas passagens em São Francisco e Houston, ou seja, nos Estados Unidos. Os personagens ficam indiretamente ligados e os acontecimentos obrigarão Nicholas a iniciar uma investigação que pode ou não comprovar suas principais suspeitas. Também precisará provar que está apaixonado e isso não será muito fácil.

Descontraidamente, caminhando pelas ruas, às vezes, temos grandes surpresas em encontrar alguém que nos é familiar. Já aconteceu também com você o que se suce-deu ao menino Nicholas? Sérgio Fragoso - Comigo nunca aconteceu, mas certamente que em grandes cidades, assim como no livro deve ser muito fácil acreditar que você viu uma pessoa a qual se

parecia com outra e então você acaba ficando na dúvida. No livro Nicholas não fica na dúvida e corre atrás de Chloe, no entanto, assim como no li-vro as pessoas podem se con-fundir.

Nicholas, Lauren, Kate, Chloe.... Algum motivo es-pecial para dar esses nomes aos seus personagens? Sérgio Fragoso - Primeira-mente porque a história é contada nos Estados Unidos então os nomes são comuns naquele país, e se eu disses-se que não tem um motivo especial para alguns nomes seria mentira. Para Nicho-las eu emprestei o nome de um grande autor, Nicholas Sparks e Chloe veio da série Smallville, sou apaixonado por Chloe Sullivan, se fos-

se possível eu me casaria com a personagem. Também já utilizei o nome de minha filha Sarah em ou-tro livro.

Você escolheu os Estados Unidos por algum motivo especial, já es-teve nos locais onde se passa a his-tória? Sérgio Fragoso - Já me perguntam antes o motivo de eu ter escolhido os Estados Unidos. Escolhi porque queria lugares lindos e que encan-tam as pessoas de alguma maneira. Seria o mesmo que escolher São Paulo ou qualquer outra cidade brasileira, por exemplo, isso porque eu nunca fui aos Estados Unidos e nem a São Paulo. Para escrever os livros eu precisei pesquisar e saber fielmente como eram as cidades, dando a impressão de que eu real-mente estive lá.

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Nicholas gosta de crianças? Pare-ceu-nos tão emocionado quando viu Henry descer do carro. Sérgio Fragoso - Sim ele gosta de crianças assim como eu. Nos meus romances sempre será possível en-contrar este tipo de sentimento e tudo mais o que está relacionado, desde a concepção até ao nascimen-to de uma criança.

Como foi a construção da perso-nagem Chloe? Sérgio Fragoso - Eu precisava dar vida à personagem e então criei uma garçonete que vivia com sua mãe em uma região pobre de Los Angeles. Ela praticamente sustenta a casa sozinha e tem um passado um pouco desconhecido. Perdeu o pai quando ainda era pequena de-pois que ele foi à falência. Sua mãe parece guardar um grande segredo. Toda a história é relacionada com a vida de Chloe.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do en-redo que compõe a obra?

Sérgio Fragoso - Que um grande amor do passado ainda pode estar vivo dentro de nosso coração. Mes-mo quando pensamos que nossa vida é aquela que sempre vivemos, podemos descobrir que tudo pode ser uma simples farsa. E também que é possível perdoar alguém mes-mo quando esta pessoa fez uma grande maldade que transformou vidas inteiras.

Você já tentou ser publicado por uma editora tradicional? Sérgio Fragoso - Enviei o livro “Quando eu te conheci” para uma grande editora brasileira que cos-tuma publicar novos escritores na-cionais, para minha alegria o livro foi aceito e seria publicado, mas por questões financeiras eu acabei não fechando o contrato.

Agradecemos sua participação na revista Divulga Escritor. É uma honra termos o privilégio deste bate-papo, e mostrar um pouco do seu pensamento a nossos leito-res convidados. Qual a mensagem

ONDE COMPRAR Quando eu te conheci https://www.amazon.com.br/dp/B01K2AIGJO/ Clube de Autores: https://www.clubedeautores.com.br/book/209108--Quando_eu_te_conheci#.WJEeDTggViY Os outros livros em formato e-book também são vendidos na Amazon e os livros em formato impresso no Clube de Autores. Mais informações em meu site http://sergiofragoso.com e no Facebook https://www.facebook.com/sergiofragoso1977/

_________________Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura.https://www.facebook.com/DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

que deixa para nossos leitores? Sérgio Fragoso - Eu é que me sinto honrado em participar desta entre-vista, quero dizer que faço histórias pensando em vocês queridos leito-res e fico imensamente feliz quan-do ouço um elogio de algum lei-tor. Também quero dizer que meu sonho de ser publicado por uma editora tradicional ainda está de pé. Estou com mais um livro escrito e trabalhando em outro. Portanto, muitas histórias ainda estão por vir. Espero que eu consiga transmitir minhas mensagens aos leitores em cada novo livro publicado.

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Sou escritora. Autodenominei--me escritora quando escrevi um livro e decidi me jogar literalmente na literatura.

Escrever um livro e vendê-lo, não é tarefa fácil. Mas eu pergunto: literatura é isso? Escrever e vender? É isso que nos dá prazer? É isso que nos estimula a continuar escreven-do todos os dias? Ver nosso livro na vitrine de uma livraria? Ou encon-trar alguém num ônibus ou metrô lendo o meu livro?

Não, não é mesmo! Ser lido é estimulante, e elogios fazem sor-rir a nossa alma. Mas ser escritor é muito mais que isso. E o que vejo diariamente, nas redes sociais, são livros desvalorizados pelos próprios autores. E autores desvalorizados

Escritora Nell Morato

DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

4º FLAL ARTE E ESTILO

pela ambição de virar celebridade. Conteúdo carente de qualidade e a ânsia de ser reconhecido.

Quando o amigo e escritor Luiz Amato criou o FLAL, a sua inten-ção era de valorizar a literatura bra-sileira e seus autores. Com o real objetivo de marcar e reconhecer a imagem dos novos escritores. E es-tamos chegando à quarta edição do festival com atividades para 220 es-critores, divididos entre entrevistas e bate-papos e muitas outras ativi-dades.

O 4º FLAL Arte e Estilo estará dividido em dez semanas temáticas, onde ofereceremos atividades in-terativas; dois concursos de textos que se transformarão em duas co-letâneas; debates para discutirmos

os rumos da literatura e do mer-cado no Brasil. Festival totalmente escrito online no Facebook, onde o público poderá acompanhar e par-ticipar, comodamente sentado em sua poltrona preferida.

Paralelamente ao EVENTO, vamos disponibilizar nossa fanpage para compra e venda de livros dos autores participantes. A livre ne-gociação será entre os autores e o público interessado. A organização não terá nenhum envolvimento na negociação financeira, caberá ao autor vender, receber e enviar ao comprador, da forma que desejar.

O FLAL – Festival de Literatu-ra é totalmente gratuito, contando com um total de dez voluntários na equipe: Luiz Amato, Ironi Jae-ger, Nell Morato, Daniela Garcia, Nanci Penna, Elizabeth Machado, Rô Souza, Luana Karoliny, Lizi Reis e Natali Felix. Seja na organização, divulgação ou mediação, estaremos atentos para que tenhamos um ex-celente festival e que a literatura e seus autores sejam valorizados.

No dia 1º de abril, a partir das 14h, abriremos o festival com a apresentação do Programa do 4º FLAL Arte e Estilo. Faremos um desfile de todas as atrações que nos acompanharão durante as dez se-manas de literatura. Contamos com a sua participação, com a sua leitura e seus comentários.

Escritor precisa ser lido. Leia--os você também!

EVENTO: https://www.facebook.com/events/1882855601936542/

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ENTREVISTA

ESCRITORA VANESSA CRUZ Ante as

adversidades, a fé é

imprescindível. E, imerso em fé, o homem

tem poder para ser e fazer o que deseja.”

AUTORA PERNAMBUCANA MORANDO NA SUÉCIA SE DESTACA EM “AS SEIS TERRAS SAGRADAS”

Vanessa Cruz de Araújo, nascida em Recife, em 1981, aos doze anos de idade, Vanessa apreciava criar e contar histórias para as amigas, que recebiam com grande interesse. No ano de 2007, seguindo um forte desejo, ela começou a escrever este conto, concluído somente em 2012. Na crescente paixão da autora por criar e escrever, “As Seis Terras Sagradas” foi aos poucos tomando grandes proporções, de modo a ser dividido em três partes.Atualmente morando na Suécia, Vanessa inspirou-se nas antigas sagas islandesas, as quais ela estudou brevemente, para aprimorar seu romance. Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco, ela redefiniu, a partir de seu amor por escrever, a sua profissão.

Boa leitura!

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Escritora Vanessa Cruz de Araújo é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos o que mais a encanta na arte de escrever?Vanessa Araújo - Sinto-me total-mente livre para me expressar e também aprecio a ideia de desper-tar emoções através dos contos que escrevo.

Em que momento pensou em es-crever “As Seis Terras Sagradas – A Saga de Hadizat”?Vanessa Araújo - Em 2007, inspi-rada primeiramente por um jogo de computador (Baldur’s Gate II). A princípio, não havia um título nem se tratava de uma trilogia, mas, com o tempo, fui desenvolvendo.

“As Seis Terras Sagradas – A Saga de Hadizat” é uma trilogia, conte--nos de que forma está dividido o enredo, entre os livros, que com-põe a trilogia?Vanessa Araújo - Muito resumi-

damente, o enredo está dividido da seguinte forma: Parte I - “Ziel-Dår e o Império das Sombras” introduz o leitor à dimensão em que se passa a história, às duas principais energias que compõem essa dimensão, à ori-gem da Era de escuridão que tomou conta dela e à profecia que anuncia a vinda da poderosa Chama Sagra-da, precursora de uma nova Era, pacífica e harmoniosa. Descreve sua origem, desenvolvimento e ações iniciais para a realização da missão.Parte II - “Naish é Revelada” inclui os próximos passos da Chama Sa-grada, ao lado de alguns compa-nheiros (personagens antigos e no-vos). Foca na autodescoberta dela e desses companheiros, fundamen-tais para o sucesso da missão. En-fim, relata de que modo convocam os povos do mundo para a luta.Parte III - “A Retomada” abrange a grande batalha, a vitória do bem so-bre o mal.

Quais os principais desafios para a escrita da Trilogia?Vanessa Araújo - Minha criativi-

dade é intensa, logo, escrevo sob ímpeto, passo por cima de conveni-ências e regras. Logo, só tenho um grande desafio: a revisão.De que forma estes desafios estão sendo superados?Vanessa Araújo - Eu dou, alegre-mente, o melhor de mim para o meu trabalho. Com disposição e paciência, vou revisando aos pou-cos, parágrafo por parágrafo. Aplico o que sei e pesquiso o que esqueci ou desconheço.

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através do en-redo que compõe “As Seis Terras Sagradas – A Saga de Hadizat”?Vanessa Araújo - Ante as adver-sidades, a fé é imprescindível. E, imerso em fé, o homem tem poder para ser e fazer o que deseja.

Conte-nos um pouco mais sobre o enredo do primeiro livro “As Seis Terras Sagradas - A Saga de Hadi-zat - Parte 1: Ziel-Dår e o Império das Sombras” que compõe a trilo-gia, e já está disponível para com-pra.Vanessa Araújo - “Ziel-Dår e o Im-pério das Sombras” inicia narrando o grande amor e infortúnio vividos pelos pais de Hadizat, a Chama Sagrada, assim como seu nasci-mento. Aos oito anos de idade, ela é raptada pelo Lorde das Sombras, Döhr-Kiah, usurpador da Sexta Terra Sagrada do Mundo Enérgico, Ziel-Dår. Ele apaga sua memória e se faz passar por herói, a fim de incluí-la no exército que formou com outros jovens raptados, des-memoriados e iludidos. Embora cresça nessa condição, ela encontra um cúmplice em seu mentor, Nero, uma amiga, Moann, e Döhr-Yager, filho de Döhr-Kiah, com quem vi-

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

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vencia um amor proibido. Apesar das mentiras e de desconhecer sua verdadeira identidade, Hadizat não cede à escuridão e causa, no final, uma catástrofe nesse império som-brio.

Qual a previsão para lançamento do segundo livro?Vanessa Araújo - Maio 2017

Podes nos contar um pouco mais sobre a parte 2: “Naish é Revelada” ?Vanessa Araújo - Naish é Revelada” inicia com a chegada dos sobrevi-ventes de Ziel-Dår ao Mundo Físi-co. Nele, Hadizat faz novos compa-nheiros e, sob uma circunstância impensável, reencontra o amado. Vários personagens são introduzi-dos, como Wolpak, um engraçado e emotivo guerreiro; Aelin, uma harpia ousada que abandona sua severa tribo; Ioràn, um sábio, amo-roso e misterioso monge; e Saza, um cômico e louco demônio Gazir. Também são descritos, detalhada-mente, o Mundo Físico (seus seres, costumes e crenças), as mais diver-

sas castas de demônios e os kama-rianos. Durante a missão de, ao lado dos companheiros, convencer os povos a guerrear para retomar as Seis Terras Sagradas, Hadizat final-mente descobre a verdade sobre si e volta à terra em que viveu até seus oito anos, Naish.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Vanessa Cruz de Araújo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Vanessa Araújo - Uma linda men-sagem de Ziraldo, “O livro é o ali-mento da alma”.

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ONDE COMPRAR Cultura e Saraiva. E no formato Ebook, na Amazon: https://www.amazon.com.br/dp/B01070JWA6 Facebook: https://www.facebook.com/asagadehadizat/?ref=bookmarks

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DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR

Escritora Ironi Jaeger

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

1 - Aldous Huxley, autor do clássico Admirável Mun-do Novo, narrou suas experiências com alucinógenos num livro chamado As Portas da Percepção. Aliás, o nome do grupo de rock, The Doors foi inspirado no livro, As Portas da Percepção.2 - Também foram as drogas (em especial o ópio e haxixe) que inspiraram o poeta Charles Baudelaire a escrever. Os Paraísos Artificiais, uma reflexão sobre o uso de substâncias alucinógenas.3 - Baudelaire e Huxley não foram os únicos nem os últimos a passar as experiências com drogas para o papel. O escritor Paulo Mendes Campos certa vez es-creveu um relato sobre experiências com alucinóge-nos que foi extremamente elogiado pela crítica. Para escrever sobre o assunto, o escritor brasileiro experi-mentou LSD sob a supervisão médica de um amigo. Seus pontos de vista e observações estão no ensaio Experiências com LSD, publicado pela primeira vez no começo dos anos 1960.4 - No início da carreira, o escritor George Bernard Shaw teve que ser sustentado pela mãe por que não conseguia vender seus livros.

5 - O primeiro acidente de automóvel no Brasil foi causado pelo poeta Olavo Bilac. Ele bateu numa ár-vore em 1897.6 - Lolita, de Vladmir Nabokov, teve a princípio sua publicação recusada. O romance era tido como tão controverso que apenas uma editora (Olympia Press) o quis publicar. Três anos depois, quando o livro já era um hit, outras invejosas mudaram de ideia.7- O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos pseudônimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Entre os pseudô-nimos adotados estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.8 - O monstro em Frankenstein não tem nome. Na verdade, Frankenstein é o nome do cientista que criou o monstro.9 - J.K. Rowling escreveu todos os livros do Harry Potter à mão.10 - Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé.

Fonte para pesquisa Wikipédia.

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Consultor Fábio Gabriel

CONSULTOR EDITORIAL BUSCA AUTORES QUE QUEIRAM PUBLICAR SEUS LIVROS

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

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Fábio Gabriel, professor de Filosofia, com diversos livros publicados pela Editora Multifoco, Rio de Janeiro, inicia atividades como consultor editorial da referida editora.

Autores interessados em publicar livros, entrem em contato com a Gabriel Consul-toria Editorial para receberem as informa-ções necessárias. Trabalhos literários, como romances, poemas;trabalhos acadêmicos transformados em livros, se selecionados, re-ceberão consultoria desde a preparação dos originais até o lançamento.

Fábio Gabriel é autor de diversos livros, entre eles, Filosofia e Educação: um diálogo entre os saberes na contemporaneidade. Li-cenciado em Filosofia e em Pedagogia, ba-charel em Teologia, especialista em Ética e em ensino de Filosofia e Sociologia, mestre em educação, doutorando em educação pela UEPG, professor de Filosofia no Colégio Rio Branco de Santo Antonio da Platina.

Caso haja interesse, envie seu livro para avaliação - email: [email protected] Site: www.fabioa-ntoniogabriel.com

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“Suspiro”

LIVROS EM FOCO | AUTOR CLEVERSON GARRETT |

Poeta curitibano se destaca em Portugal e mira a França

O escritor Cleverson Garrett participa de 3 importantes coletâ-neas de poetas lusófonos

Um dos nomes de maior desta-que da poesia brasileira contempo-rânea, o jornalista e escritor Clever-son Garrett, vem ganhando espaço em Portugal. Tudo começou com o lançamento do segundo livro do es-critor intitulado “Suspiro”- Chiado Editora, em 2015. De lá pra cá, o po-eta tem visto aumentar o interesse por sua obra, tanto no Brasil, como em terras portuguesas. No ano pas-sado uma de suas poesias foi sele-cionada para o livro “Perdidamente – Antologia Poetas Lusófonos Con-temporâneos”, publicação da edi-tora portuguesa Pastelaria Studios, que contou com poetas Africanos, Portugueses e Brasileiros. O volume dois da antologia será publicado no próximo mês de abril, e novamente contará com um poema de Garrett.

Recentemente Cleverson foi selecionado pelo antólogo Gonçalo Martins, responsável pela segunda edição da antologia “Além da Ter-ra, Além do Céu”, lançamento da Chiado Editora, programado para chegar as livrarias em maio, no que promete ser o evento poético do ano no Brasil. Segundo os editores, será apresentada ao público uma obra que perdurará como um dos mais arrojados objetos de poesia publica-dos em nosso país. A antologia será lançada em São Paulo, Rio de Janei-ro e Lisboa.

No embalo dos bons ventos que sopram a favor da carreira, Clever-son está finalizando “O Guardião da Pirâmide”, romance autobiográ-fico com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2018, livro que está em negociação com editoras na França e em Portugal. Para este ano, Garrett tem na agen-da além dos lançamentos das anto-logias no Brasil e em Portugal, um convite para lançar o livro “Suspiro”, na FLIPO- Feira Literária Interna-cional de Porto de Galinhas -PE, no mês de setembro.

Recentemente a fanpage do escritor vem recebendo inúmeras visitas de fãs de todas as regiões do país, de Portugal e da França. Confira a página do poeta. https://www.facebook.com/garrettclever-son/?ref=aymt_homepage_panel

Onde achar os livros?https://www.chiadoeditora.com/autores/cleverson-garrett http://www.livrariascuritiba.com.br/cleverson-garrett

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Em dias de tantos casos de violência de diversos tipos contra a mulher, todo e qualquer movimento em prol de um alerta nesse sentido se torna útil e socialmen-te produtivo.

Em novembro de 2016 a editora DarkSide Books, que por sua vez atualmente publica os livros da crimi-nóloga Ilana Casoy sobre crimes reais, abriu as portas a novos talentos e escolheu dois escritores brasileiros para publicar. No catálogo da editora ainda não havia nenhum autor nacional de ficção publicado. Foi um momento de valorização a literatura nacional e um dos nomes publicados foi o da escritora gaúcha Rô Mierling lançando o livro Diário de uma Escrava, que obteve mais

“Diário de uma Escrava”

LIVROS EM FOCO | AUTORA RÔ MIERLING |

de um milhão e meio de leituras na plataforma de leitura digital Wattpad.

Esse livro, que em apenas poucas semanas já esteve no ranking dos mais vendidos da Amazon e Submarino, encontrando destaque nas estantes das livrarias físicas de todo o Brasil, e com mui-tas resenhas na rede social literária Skoob, aborda um tema forte e chocante: o sequestro e a escra-vidão sexual de uma menina de apenas 14 anos.

O livro conta sobre anos de escravidão, tor-tura, estupros e privações dos mais diversos ti-pos. De forma extremamente crua, descritiva e violenta, o livro joga na cara do leitor o que pode acontecer quando uma adolescente é sequestrada para fins sexuais.

Gerando grandes polêmicas entre leitores e críticos, o livro está sendo analisado para fins de adaptação para o cinema e mostra que o final de muitas histórias pode não ser exatamente como os otimistas esperam.

Cenas de estupro, sodomia e assassinato são descritas em detalhes, o que aterroriza muitos leitores, mas não deixa de servir como um ver-dadeiro “sacode” na sociedade que muitas vezes imagina que o mal bate apenas a porta do vizi-nho.

O livro segue sua jornada levantando opini-ões diversas e serve como alerta para o cuidado com nossas meninas e mulheres. Com uma his-tória muito bem escrita, embasada em diversas pesquisas e um enredo perfeitamente desenvol-vido, o livro atinge de forma hábil o seu objetivo: chegar a todos os tipos de leitores e deixar a men-sagem de que é melhor prevenir do que remediar quando o caso é a violência sexual e psicológica.

O livro está disponível em todas as livrarias do Brasil e é uma excelente dica de leitura para nossa sociedade.

Escritora gaúcha lança livro polêmico sobre violência sexual e psicológica

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LIVROS EM FOCO | AUTORA LORENA ZAGO |

“Poemas, Contos e Encantos”

Eduarda Gabrielly Bairro, neta da auto-ra Margarida Lorena Zago, escritora Imor-tal/Mirim da Aca-demia de Letras do Brasil.Sinopse: Momentos vivenciados por uma menina e tempos sublimes de sua in-fância, compartilhada com seus familiares e amigos.

O livro “Poemas, Contos e Encan-tos II”, traduzido em três idiomas: Português, Alemão e Espanhol, traz em seu bojo poemas que dialo-gam com o leitor estimulando sua mais íntima necessidade de refletir sobre o amor em todas as dimen-sões.Romantizado e constituído de ace-nos para um olhar reflexivo aos contextos, contemplando a notorie-dade do outro, tanto na área infan-til, juvenil, quanto adulta, podendo estender-se à senilidade.Poemas e Contos, encantam em sua essência, estimulam a ler e refletir norteando a sonhar um mundo que enaltece o Amor e o bem-estar do Micro e Macro Universo!

“Um Segredo Muito Sigiloso”Um Segredo muito Sigilo-so é um Conto que reve-la o afeto, a confiança e o amor compartilhado entre avós e netos. Ressalta o es-plêndido mundo imaginá-rio e criativo das crianças, ao mesmo tempo em que oportuniza um diálogo in-terior, com cada Ser, que um dia já foi criança.Cômico e fantástico!

“Minhas Férias, Minhas Diversões”

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A Vida em “Ovo”

LIVROS EM FOCO | AUTORAS JACKMICHEL |

Release da obra Ovo (Drago Editorial, 2017)

Londres da década de 60. Na Pensão Blue Direction reside Bunny Babb, um estudante da Universida-de de Cambridge. Ele adorava ovos; para ele um ovo merecia ser tratado com atenção, cuidado, dedicação... pois, lá dentro daquela frágil casca, havia vida na sutil albumina cha-mada “clara” e na rica parte central amarela chamada “gema”. Assim, ele observava-os, estudava-os, analisa-va-os horas inteiras, como se todo o universo estivesse concentrado ali naquela junção do óvulo com o es-permatozoide. Mas ele não os ado-rava simplesmente por possuírem a forma elíptica, ovalada, ovifor-me, ovóide das coisas únicas inco-muns que não tem rival no mundo, e sim, porque um dia ele deixara cair e quebrar um ovo na cozinha da casa de seus pais, em Winchester (Hampshire), e não esquecera mais aquele fato: ele ficara impressiona-do com o mar alaranjado de gema espalhada entre a transparência da clara e a casca branca quebrada em muitos pedaços. Ninguém sabia da-

quilo, nem mesmo seus seis amigos. Fora a rotina das aulas da universida-de, tudo por ali foi mudando de tal forma que o véu cinza do mistério indecifrável foi pintando, devagar, aquele céu-arco-íris em céu-chum-bo, dando a todas as coisas um toque trêmulo de delirium tremens. Então, Bunny Babb se vê cada vez mais en-volvido numa trama de pesadelos onde ele encontra personagens estra-nhos como o Sr. Ovo Magnífico, os ovofrancidanêses, o B. B. Flor, seis dráculas, que vivem dentro de um Mundo-Jardim. Para resolver seu trauma de infância ele tem uma ses-são de psicanálise com o Dr. Freud, num confortável divã da Consciência Cósmica da Flor e, enfim, consegue ter uma vida normal. Spot Televisivo Ovo – JackMichel (YuouTube)https://www.youtube.com/watch?-v=dsBd0O_e5WI

Amazonhttps://www.amazon.com/dp/856903072X/ref=s-r_1_4?s=books&ie=UTF8&qi-d=1489097501&sr=1=4-&keywords-ovo

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Biografia da autora JackMichel JackMichel é o primeiro grupo literário na história da litera-

tura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escri-tos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. A escritora publicou seu primeiro livro Arco-Jesus-Íris em 2015, pela Chiado Editora. Em 2016 lançou pela Drago Editorial as obras LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate e Ovo. É associada da A.C.I.M.A (Associazione Culturale Internazionale Mandala) e da LITERARTE (Associação Interna-cional de Escritores e Artistas). Seus contos e poemas constam em antologias nacionais e antologias internacionais bilíngues: Antolo-gia Criticartes (Biblio Editora), Amor & Amore (Edizioni Manda-la), Os Melhores Poemas de 2016 (ZL Editora), Faz de Conto II (Helvetia Edições), Espinhos e Rosas (Editora Illuminare), Antolo-gia Cultive (Fast Livro), Mulheres Pela Paz (Fénix), Além da Terra Além do Mar (Chiado Editora). Também foi destaque de diversas revistas on-line de literatura, artes e cultura como Varal do Brasil, Revista Literária, Ami, Divulga Escritor, Geração Bookaholic, Co-nexão Literatura, Criticartes. Participou do XXIX Salão Interna-cional do Livro de Turim 2016, I Salão do Livro de Lisboa 2016 e I Salão do Livro de Berlim 2016. Em 2017 tomará parte nos eventos: XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio, 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra, XXX Salão Internacional do Livro de Turim, Salão Internacional do Livro de Milão, BUK Festival Literário de Modena, Feiras Literárias de Mântua, Bolonha e Roma. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1”.

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PALAVRAS

As palavrassão desejosque se escrevem.

As palavrassão anseiosque se pedem.

As palavrassão as coresde uma pintura.

As palavrassão o encantode uma loucura!

“Essência da Alma”

LIVROS EM FOCO | AUTORA PAULA LARANJO |

Paula Laranjo, natural de Leça da Palmeira - Porto. Licendiada em Engenharia Agronômica. Trabalha na Direção Regional de Agricultura. Desde cedo se apaixonou pela leitura e pela escrita, na adolescên-cia começou a escrever poesia. Membro da Associa-ção Portuguesa de Poetas. Possui dois livros de poesia editados: “Reflexos” e “Essência da Alma”. Tem uma página no facebook (Reflexos Poéticos), onde informa sobre seu percurso poético e trajetória literária.Publicação do seu 1º livro de poesia “Reflexos” em 2014. A 10 de Outubro de 2014, apresentação de “Reflexos”, na Biblioteca Municipal de Matosinhos – Florbela Espanca.. Apresentação do 2º livro de poe-sia, intitulado “Essência da Alma”, em Novembro de 2015, no Clube Farense, em Faro. Entrevista no programa de rádio “Portugalíssi-mo” da rádio PopularFm - Pinhal Novo - 28/02/2016. Entrevista poética ao Jornal Mira Online – 7/04/2016.. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro de Lisboa – 3 de Junho de 2016. Entrevista no programa de rádio “Noites de Poesia” da Rádio Marinhais - 5/09/2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro do Porto – 17 de Setembro de 2016.

CEGUEIRAMeus olhos procuram teus olhos

na ânsia de um olhar,querem ouvir-te dizer

como é bom amar.

Teu olhar me envolvee me deixa solta,

quero contigo ficarcompletamente louca.

Nossos olhares se cruzame cegam a minha mente,

meu sonho é ter o teu olhareternamente!!

QUERO

Para onde foreseu quero ir!!!

Quero estar contigoem todos os lugares.

“Reflexos”

Quero que sintassaudades de mim…

Quero que seja euo motivo da tua lembrança.

Quero que me procuresem todos os recantos,

e quero que me encontres sempreno teu coração!!

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“Um bom ano”

LIVROS EM FOCO | AUTORA ANA FARIA |

Ana Faria mostra que, com determinação, é possível superar traumas e medos. O novo romance da autora relata a história de Clara, uma adolescente que está cursando o ensino médio e enfrentando o mal do século, o bullying.

Clara foi abandonada pela mãe quando era criança, sendo criada pelo pai, um homem silencioso e se-vero. Por ter passado por situações constrangedoras nas escolas que estudou, a jovem tem a autoestima baixa e vive solitária. Por seu com-portamento agressivo, foi obrigada a mudar de colégio e agora estuda em uma rede de ensino particular, onde, mais uma vez, é rejeitada por seus colegas, por causa da sua aparência.

Ana Faria aborda, com uma narrativa simples, leve e objetiva, um tema que está presente em todas as escolas do país. De acordo com da-dos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – 30% das crianças brasileiras já sofre-ram bullying. De acordo com uma pesquisa feita em 2010 pelo órgão, Belo Horizonte está no segundo lu-gar do ranking nacional de casos de

Escritora mineira lança livro que fala sobre bullying

bullying na escola, com 35,5% de agressões.

A escritora também mostra que é possível superar essa situação, apesar de todos os desafios vividos. Além disso, Ana Faria mistura ao assunto questões como medo, es-peranças, sonhos, amor, amizade e perdão, dando mais vida a história da jovem Clara.

Ana Faria é mestre em geo-grafia pela PUC Minas, atua como educadora de ensino fundamental e superior, morando em Belo Ho-rizonte, Minas Gerais. Além de Um Ano Bom, ela escreveu diver-sos contos e antologias, tem um e-book publicado, Um Amor e muitos Verões, e está trabalhando em outras obras.

Dados da obra:Título: Um Ano BomAutora: Ana FariaPáginas: 231Editora: Letramento

Assessoria de Imprensa:Paola Patrício – [email protected] / (31) 9.8618.6855

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LIVROS EM FOCO | AUTORA PALMIRA HEINE |

O livro conta a história de um lápis mágico que torna real tudo aquilo que, com ele, se dese-nhava. Maria, uma menina comum, encontra o lápis no chão quando retornava da escola e re-solve levá-lo para casa.

A partir de então, tudo o que ela desenha com o lápis se torna realidade. Mas, apesar da alegria de saber que poderia ter tudo o que que-ria a partir de um simples desenho, Maria não consegue parar de desenhar, se trancando dias e noites no seu quarto, o que a faz ficar sem ami-gos, sem as brincadeiras que adorava, e sem a felicidade que tinha antes de encontrar o lápis.

A escritora baiana Palmira Heine tem se dedicado à literatura infantil há alguns anos.

“O Lápis Mágico”

Suas histórias levam os pequenos leitores a via-jarem no mundo da imaginação, estimulando o gosto pela leitura, a partir de textos literários de qualidade, direcionados ao público infantil. Temas relevantes como diversidade, respeito ao meio ambiente, respeito às diferenças, dentre outros, são abordados na obra da autora baia-na, levando para os leitores reflexões que são importantes para a formação de cidadãos pen-santes. Conheça um pouco mais o trabalho da autora, navegando nas páginas do site.

Link para compra e contato: www.palmi-raheine.com.br

Contato: [email protected]

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LIVROS EM FOCO | EDITORA M. BOOKSLAWRENCE JOFFE |

A HISTÓRIA ÉPICA DO POVO JUDEU

A história dos judeus é a nar-rativa sobre uma tribo errante que fincou suas raízes e se tornou uma nação. Este livro explora a fundo a fé e o povo judeu e seu impacto na civilização, de Moisés e Jesus a Maimônides e Einstein. No início deste livro, você encontrará uma introdução, uma linha do tempo e uma descrição das tradições e festi-vidades judaicas, explicando como ao longo do tempo este povo do Oriente Médio produziu uma série de textos sagrados que compõem o volume mais amplamente lido em toda a humanidade.

Atualmente, o Velho Testamen-to da Bíblia, ou Torá, inspira cerca

Um relato épico dos 4.000 anos de história dos judeus desde os patriarcas e reis

passando por séculos de perseguição até o florescimento de uma cultura mundial

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A HISTÓRIA ÉPICA DO POVO JUDEU

de 14 milhões de judeus, aproxima-damente 2 bilhões de cristãos e, por meio de suas narrativas descritas no Corão, 1,5 milhão de muçulmanos.

Por mais de 4 mil anos, o povo judeu sobreviveu a despeito dos in-termináveis ataques e perseguições. Aqui está o relato bíblico de como os patriarcas Abraão e seus descen-dentes transformaram os nômades hebreus em 12 tribos israelitas que acreditavam num Deus único e num código ético distinto. Intrínse-co à história judaica é o tema do re-torno à Terra Prometida – Israel – e os séculos de vida na Diáspora, fora de Israel. O antissemitismo corre em paralelo a essa história.

SOBRE O AUTOR: Lawrence Joffe nasceu na África do Sul e vive na

Inglaterra há muitos anos. É palestrante de temas rela-cionados ao judaísmo e ao Oriente Médio e atuou como consultor em documentários da televisão assim como em um filme sobre os judeus do Sudão. Lawrence foi admi-nistrador do Fórum Árabe Judaico de Londres. Como jor-nalista independente, seus trabalhos sobre arte, música, arquitetura, história, política, religião e crítica literária foram publicados em jornais como o Jewish Chronicle, o Jewish Quarterly, Middle East, The Independent e em ou-tros jornais e periódicos.

É formado em filosofi a e política pela Universidade de Oxford e autor de Keesing’s Guide to the Middle East Peace Process e escreve regularmente para o The Guar-dian.

M. Books do Brasil Editora LtdaAtendimento ao Cliente: 11 3645-0409 / 0410 - Fax: 11

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Obrigada a todos escritores que fazem do Divulga Escritor o maior projeto de divulgação literária da Lusofonia

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