DNIT122_2009_ES

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    Dez/2009 NORMA DNIT 122/2009- ES

    DNIT Pontes e viadutos rodovirios Estruturas deconcreto armado - Especificao de servio

    Autor: Instituto de Pesquisas Rodovirias - IPR

    Processo: 50607.000482/2009-93

    Origem: Reviso da Norma DNER - ES 335/97

    Aprovao pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunio de 08/12/2009.

    Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reproduo parcial ou total, desdeque citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e no acrescentado nenhum tipo depropaganda comercial.

    Palavras-Chave: N total depginas

    MINISTRIO DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO NACIONAL DEINFRAESTRUTURA DE

    TRANSPORTES

    DIRETORIA-GERAL

    DIRETORIA EXECUTIVA

    INSTITUTO DE PESQUISASRODOVIRIAS

    Rodovia Presidente Dutra, km 163Centro Rodovirio Vigrio Geral

    Rio de Janeiro RJ CEP 21240-000Tel/fax: (21) 3545-4600

    Pontes, viadutos, estruturas 9

    Resumo

    Este documento define a sistemtica empregada na

    execuo e controle de estruturas de concreto armado

    em pontes e viadutos rodovirios.

    So tambm apresentados os requisitos concernentes a

    materiais, equipamentos, execuo, inclusive plano deamostragem e ensaios, condicionantes ambientais,

    controle de qualidade, condies de conformidade e no-

    conformidade e os critrios de medio dos servios.

    Abstract

    This document presents procedures for the execution

    and quality control of reinforced concrete structures in

    bridges.

    It includes the requirements concerning materials,

    equipments, execution, includes also a sampling plan

    and essays environmental management, quality control,

    and the conditions for conformity and non-conformity and

    the criteria for the measurement of the performed jobs.

    Sumrio

    Prefcio..................................................................... 1

    1 Objetivo ............................................................ 1

    2 Referncias normativas..................................... 1

    3 Definies......................................................... 2

    4 Condies gerais............................................... 2

    5 Condies especficas....................................... 3

    6 Condicionantes ambientais ............................... 6

    7 Inspees......................................................... 6

    8 Critrios de medio......................................... 7

    Anexo A (Informativo) Bibliografia ............................. 8

    ndice geral............................................................... 9Prefcio

    A presente Norma foi preparada pelo Instituto de

    Pesquisas Rodovirias IPR/DIREX, para servir como

    documento base, visando estabelecer a sistemtica

    empregada para os servios de estruturas de concreto

    armado em pontes e viadutos rodovirios.

    Est formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009

    PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 335/97.

    1 Objetivo

    Esta Norma tem por objetivo fixar as condies exigveis

    na execuo e no controle das estruturas de concreto

    armado em pontes e viadutos rodovirios.

    2 Referncias normativas

    Os documentos relacionados a seguir so indispensveis

    aplicao desta Norma. Para referncias datadas,

    aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias

    no datadas, aplicam-se as edies mais recentes do

    referido documento (incluindo emendas).

    a) ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS

    TCNICAS. NBR 5738 - Procedimento para

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    moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de

    Janeiro.

    b) _____. NBR 5739 - Ensaio de compresso de

    corpos-de-prova. Rio de Janeiro.

    c) _____. NBR 6118 - Projeto de estruturas de

    concreto - Procedimento. Rio de Janeiro.

    d) _____. NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto

    armado e protendido - Procedimento. Rio de

    Janeiro.

    e) _____. NBR 7480 - Ao destinado a armaduras

    para estruturas de concreto armado -

    Especificao. Rio de Janeiro.

    f) _____. NBR 7481 - Tela de ao soldada

    armadura para concreto - Especificao. Rio de

    Janeiro.g) _____. NBR 9783 Aparelhos de apoio de

    elastmero fretado. Rio de Janeiro.

    h) _____. NBR 10839 - Execuo de obras-de-arte

    especiais em concreto armado e protendido -

    Procedimento. Rio de Janeiro.

    i) _____. NBR 12624 - Perfil de elastmero para

    vedao de junta de dilatao de estruturas de

    concreto ou ao Requisitos. Rio de Janeiro.

    j) _____.NBR 12655 Concreto de cimento Portland

    Preparo, controle e recebimento - Procedimento.

    Rio de Janeiro.

    k) _____. NBR NM 67 - Concreto Determinao da

    consistncia pelo abatimento do tronco de cone.

    Rio de Janeiro.

    l) _____. NBR NM 47- Concreto fresco

    Determinao do teor de ar pelo mtodo

    pressomtrico. Rio de Janeiro.

    m) BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de

    Rodagem. DNER ES 325 Pavimentao

    Concreto de cimento Portland com equipamento de

    pequeno porte. Rio de Janeiro: IPR.

    n) BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura

    de Transportes. DNIT 001/2009- PRO -Elaborao

    e apresentao de normas do DNIT -

    Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

    o) _____. DNIT 011/2004-PRO - Gesto de qualidade

    em obras rodovirias - Procedimento. Rio de

    Janeiro: IPR, 2004.

    p) _____. DNIT 047 ES - Pavimento rgido

    Execuo de pavimento rgido com equipamento de

    pequeno porte. Rio de Janeiro: IPR .

    q) _____. DNIT 118 ES - Pontes e viadutos

    rodovirios - Armaduras para concreto armado -

    Especificao de servio. Rio de Janeiro: IPR.

    r) _____. DNIT 120 ES Pontes e viadutos

    rodovirios Frmas - Especificao de servio.

    Rio de Janeiro: IPR.

    s) _____. DNIT 124 ES Pontes e viadutos

    rodovirios Escoramentos - Especificao de

    servio. Rio de Janeiro: IPR.

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definies

    seguintes:3.1 Concreto armado

    Material misto obtido pela colocao de barras de ao no

    interior do concreto, antes de seu lanamento, em estado

    plstico, nas frmas.

    3.2 Armaduras do concreto armado

    Armaduras passivas, dispostas nas regies tracionadas

    e que somente trabalham quando solicitadas.

    3.3 Propriedades fsicas do concreto armado

    Concreto e ao oferecem grande aderncia recproca e

    seus coeficientes de dilatao so aproximadamente

    iguais.

    3.4 Concreto leve

    Concreto feito com agregados artificiais, de massa

    unitria reduzida, tais como escrias de alto-forno

    dilatadas, argilas expandidas ou cinzas sinterizadas.

    4 Condies gerais

    As estruturas de concreto armado devem atender a

    todas as normas e especificaes pertinentes.

    As patologias das pontes e viadutos rodovirios de

    concreto armado so reveladas, principalmente, por

    trincas e fissuras de origens diversas; embora tais

    patologias sejam prprias do concreto armado, sua

    configurao, localizao, nmero e abertura definem o

    grau de comprometimento da estrutura.

    Para avaliar o quanto as trincas e fissuras so perigosas

    para a durabilidade e segurana da estrutura, necessrio determinar suas causas; nenhuma obra de

    reparo deve ser iniciada antes desta identificao.

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    H patologias cuja origem de fcil identificao e

    outras que podem ter sido provocadas por vrias causas,

    motivo pelo qual sua identificao deve ser efetuada por

    profissional experiente.

    5 Condies especficas

    5.1 Materiais

    5.1.1 Aparelhos de apoio

    O tipo, os materiais e as especificaes dos aparelhos

    de apoio a serem empregados nas obras devem atender

    s indicaes do projeto; os mais usuais so o concreto,

    o policloropreno, o tetraclorofluoretileno e o ao.

    5.1.2 Juntas estruturais

    O tipo, os materiais e as especificaes das juntas

    estruturais devem atender s indicaes do projeto; em

    virtude de serem dispositivos de limitada vida til, asjuntas estruturais devem ser reduzidas ao menor nmero

    possvel e somente utilizadas as de qualidade

    comprovada, assentadas pelo fabricante e com

    certificado de garantia mnima de cinco anos.

    A durabilidade das juntas estruturais depende do seu

    correto dimensionamento e dos cuidados de

    assentamento; este assentamento, se realizado sem

    interrupo total do trfego deficiente.

    As juntas estruturais abertas devem ser evitadas, vistoque apressam a deteriorao dos aparelhos de apoio e

    dos elementos estruturais de suporte; a soluo, j

    testada, que apresenta grandes vantagens, a que

    utiliza lajes de continuidade ou lajes elsticas, que

    permitem reduzir substancialmente o nmero de juntas

    estruturais.

    Nas juntas estruturais de pequena abertura e pequena

    movimentao, podem ser usadas as juntas de vedao,

    perfis elastomricos vazados; nas juntas estruturais degrande abertura e grande movimentao, utilizam-se

    perfis mistos de ao e policloropreno vulcanizado.

    5.1.3 Dispositivos de segurana

    a) Guarda-corpos

    Elementos de proteo, exclusivamente, a pedestres;

    podem ser constitudos de elementos pr-moldados de

    concreto ou de mdulos metlicos.

    Os guarda-corpos de concreto so pesados e a

    preocupao de torn-los mais leves provoca a reduode dimenses das peas de concreto e a adoo de

    cobrimentos reduzidos das armaduras, prejudicando a

    durabilidade.

    Os guarda-corpos metlicos, mais utilizados em

    passarelas, so mais leves e elegantes; so sujeitos a

    roubos e necessitam de manuteno.

    b) Guarda-rodas

    Devem ser considerados como balizadores de trfego e

    limitao do trecho pavimentado; tm altura reduzida,

    cerca de 30,0 cm, so de concreto armado e muito

    pouca proteo oferecem.

    c) Barreiras

    Elementos de concreto armado, engastados na ponte ou

    viaduto, com altura em torno de 90,0 cm; estas barreiras

    tm perfis testados e alm da proteo que oferecem,

    foram o retorno pista do veculo desgovernado e o

    perfil mais utilizado o do tipo New Jersey.

    5.1.4 Sobrelaje e pavimentaoA pista de rolamento das pontes e viadutos rodovirios

    pode ser de concreto convencional ou de concreto

    asfltico.

    a) Sobrelaje de concreto

    Sobre a laje estrutural, uma delgada camada de concreto

    convencional constitui a pista de rolamento; se a laje

    estrutural j possui inclinaes transversais de 2%, a

    sobrelaje de concreto pode ter uma espessura constante,

    no menor que 7 cm, e se estas inclinaes no existem,a espessura da sobrelaje deve ser varivel, de um

    mnimo de 7 cm nas extremidades, at um mximo, no

    eixo da pavimentao, garantidas as inclinaes

    transversais de 2%. Dependendo do equipamento

    disponvel, a sobrelaje de concreto pode ser substituda

    por uma espessura adicional da laje estrutural, prevendo-

    se, alm do cobrimento normal das armaduras, uma

    camada de desgaste no inferior a 3,0 cm, sempre

    observando as inclinaes transversais de 2% ou a

    estabelecida no projeto. O concreto deve atender aos

    seguintes requisitos:

    A declividade transversal da sobrelaje de ponte

    ou viaduto rodovirio construda em curva deve

    obedecer estabelecida no projeto e da ponte

    ou viaduto construdo em segmento em

    tangente deve seguir a declividade transversal

    da pista.

    Resistncia caracterstica compresso, fck

    30 MPa na idade de 28 dias, determinada em

    corpos de prova cilndricos, moldados e

    rompidos conforme as Normas ABNT NBR

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    5738:2008 e ABNT NBR 5739: 2007 e de

    acordo com as disposies da Norma ABNT

    NBR 12655:2006.

    Consumo mnimo de cimento: Cmn = 320

    kg/m3.

    Abatimento de 50 10 mm, determinadoconforme a Norma ABNT NBR NM 67:1998.

    A dimenso mxima caracterstica do

    agregado no concreto no deve exceder 1/3

    da espessura da sobrelaje ou 19 mm,

    obedecido o menor valor.

    Teor de ar, determinado conforme a Norma

    ABNT NBR NM 47:1998: 5%.

    Relao gua/cimento: mximo 0,55.

    b) Sobrelaje de concreto asfltico

    Sobre a laje estrutural, j com inclinaes transversais,

    aplica-se uma fina camada de concreto asfltico, da

    ordem de 5,0 cm; este tipo de sobrelaje prefervel nas

    recuperaes, visto que no causa grandes transtornos

    ao trfego durante a execuo e de utilizao imediata.

    5.1.5 Acabamentos

    a) Drenos da pista de rolamento

    Constitudos por tubos de cloreto de polivinila (PVC) de10,0 cm de dimetro mnimo, comprimento mnimo

    excedente da estrutura de 15,0 cm, pontas em bisel e

    distanciados no mximo de 4,0 m, para meia pista.

    b) Drenos de estruturas em caixo

    Drenos de tubos de 7,5 cm de dimetro, comprimento

    mnimo excedente da estrutura de 10,0 cm, pontas em

    bisel, colocados em todos os pontos baixos.

    c) Pingadeiras

    Pequenas salincias de concreto armado, triangulares,

    colocadas nas extremidades laterais de lajes em

    balano, obrigatoriamente integrantes do projeto

    estrutural.

    d) Sinalizao balizadora

    Constituda de catadiptricos fixados nas extremidades

    das pontes, viadutos e nas faces dos guarda-corpos e

    barreiras, estas ltimas com faixas pintadas com

    inclinao de 45.

    e) Arremates e pintura da estrutura

    Para pequenas correes so utilizadas argamassa e

    pintura, com aguada de cimento, cal ou tintas

    encontradas no comrcio; para obras construdas em

    meios agressivos, devem ser utilizadas tintas protetoras

    especiais.

    Em nenhuma hiptese a pintura, muitas vezes utilizada

    para encobrir defeitos, deve ser aplicada antes de uma

    inspeo detalhada da estrutura.

    5.2 Equipamento

    A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a

    ser utilizado dependero do tipo e dimenso do servio a

    executar, devendo o executante apresentar a sua

    relao detalhada.

    Para execuo da sobrelaje devem ser empregados:

    rgua vibratria, vibradores de imerso, rgua

    acabadora, mquina de serrar juntas e as ferramentas

    para o acabamento superficial do concreto, indicadas na

    Norma DNIT 047/2004 - ES.

    5.3 Execuo

    5.3.1 Aparelhos de apoio

    Os aparelhos de apoio, depois de colocados, devem

    estar desimpedidos e capacitados a permitir todas as

    movimentaes previstas no projeto; so classificados

    quanto ao funcionamento estrutural em articulaes

    fixas, elsticas e mveis e, quanto ao material utilizado,

    em articulaes de concreto, de policloropreno, detetraclorofluoretileno, metlicas e articulaes especiais.

    Entre as articulaes de concreto, a mais usual a tipo

    Freyssinet, que apresenta uma seo estrangulada na

    juno da cabea do pilar com a viga, variando de um

    mnimo de 5,0 cm a um mximo de 1/3 da dimenso

    correspondente do pilar; um afastamento mnimo de 5,0

    cm das bordas do pilar obrigatrio.

    Os aparelhos de apoio de elastmero, mais conhecidos

    como de policloropreno fretado, so constitudos porchapas finas de ao, coladas a placas de borracha

    sinttica base de policloropreno; todo o conjunto deve

    ser envolvido por uma fina camada de policloropreno,

    vulcanizada e protetora. Especial cuidado deve ser dado

    ao assentamento da placa, devendo o contato com o

    concreto se fazer atravs de superfcies horizontais de

    esmerado acabamento.

    Os aparelhos de apoio com tetraclorofluoretileno so,

    principalmente, usados em duas combinaes: para

    permitir movimentos de translao, com o

    tetraclorofluoretileno entre placas de ao, ou para

    permitir movimentos de translao e rotao, com uma

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    associao de placas de ao, de policloropreno e de

    tetraclorofluoretileno.

    Os aparelhos de apoio de ao devem atender s

    especificaes em vigor e ser protegidos da oxidao por

    pintura e/ou camada de leo inerte; estes aparelhos

    necessitam de manuteno especial.

    Aparelhos de apoio especiais devem ser usados em

    obras de maior vulto, onde as solicitaes fogem aos

    valores convencionais.

    Aparelhos de apoio de chumbo, utilizados antes do

    conhecimento do neoprene, no devem mais ser

    cogitados, visto que o chumbo escoa com facilidade.

    5.3.2 Juntas estruturais

    As juntas estruturais, quando no puderem ser

    substitudas por lajes de continuidade, devem ser

    protegidas, em toda a largura da pista, por lbios

    polimricos ou por cantoneiras metlicas; estas

    cantoneiras devem ser fixadas na laje estrutural por meio

    de barras soldadas, antes da concretagem do pavimento

    e obedecendo a seu nivelamento.

    Para pequenas aberturas e pequenas movimentaes

    utilizam-se juntas de vedao, que so perfis

    elastomricos vazados; para grandes aberturas e

    grandes movimentaes so necessrios perfis

    compostos de elastmero vulcanizado e chapas de ao.

    A qualidade dos materiais, a idoneidade do fabricante e

    os cuidados de colocao das juntas so fatores

    determinantes de sua durabilidade.

    5.3.3 Dispositivos de segurana

    Os guarda-corpos de concreto, cada vez mais raros, so

    constitudos de elementos muito esbeltos, devendo ser

    tomados cuidados, na fabricao, com a qualidade doconcreto e o cobrimento das armaduras e, na colocao,

    com o alinhamento e nivelamento.

    Os guarda-rodas e barreiras devem ser executados com

    a estrutura j pronta, cuidando-se do acabamento e do

    aspecto esttico; as barreiras de concreto devem ser

    executadas de forma padronizada, em conformidade

    com o projeto e dotadas de balizadores.

    5.3.4 Sobrelaje

    A superfcie da laje estrutural, sobre a qual a sobrelaje

    deve ser executada, deve estar spera, com

    aparecimento do agregado grado ou ser preparada com

    apicoamento e aplicao de jato de areia, para

    eliminao da nata de cimento, dos gros soltos e de

    outros detritos.

    Antes do lanamento do concreto, a superfcie da laje

    estrutural, previamente umedecida, deve estar no estado

    saturado-seco.

    A mistura, o transporte, o lanamento, o espalhamento, o

    adensamento, o acabamento e a cura do concreto

    devem ser efetuados como indicado na Norma DNIT

    047/2004 - ES.

    A sobrelaje deve ter uma armadura, sendo indicada uma

    tela do tipo T-283, salvo indicao contrria no projeto,

    colocada meia altura da espessura da placa e distando

    5,0 cm de qualquer bordo; a armao deve ser contnua,

    em toda a sobrelaje, interrompida apenas nas juntas decontrao e dilatao do tabuleiro.

    As juntas de contrao da sobrelaje devem coincidir com

    as de contrao do tabuleiro e devem ter a mesma

    abertura; a selagem deve atender Norma DNIT

    047/2004 - ES.

    O trecho da sobrelaje compreendido entre as juntas de

    contrao do tabuleiro, quando executado por faixa de

    trfego e no concretada de uma s vez, deve ter juntas

    de construo transversais do tipo junta-seca, comespaamento uniforme e igual para toda a sobrelaje; no

    momento adequado, deve ser feito o corte do concreto

    ao longo destas juntas, por meio de serra de disco,

    devendo o corte ter abertura de 3,0 mm a 5,0 mm e

    profundidade de 20,0 mm.

    Quando a concretagem do trecho for contnua, devem

    ser serradas juntas transversais com espaamento

    regular em torno de 6,0 m e juntas longitudunais

    delimitando as faixas de trfego. O procedimento para ocorte das juntas deve atender DNIT 047/2004 - ES.

    5.3.5 Acabamentos

    a) Drenos

    Os drenos, posicionados conforme o projeto, devem

    captar as guas em ligeiros rebaixos na pavimentao e

    esco-las atravs de tubos com pontas em bisel e

    comprimento de 10,0 cm a 15,0 cm saliente da estrutura.

    Em obras urbanas ou sobre saias de aterro, necessrio

    projeto especfico de drenagem.

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    b) Pingadeiras

    Devem consistir de ressaltos de concreto armado, com

    dimenses superiores a 5,0 cm de altura e 30,0 cm de

    largura, solidrios com a laje estrutural; as pingadeiras

    construdas com base em rebaixos no so eficazes e

    no devem ser aceitas.

    6 Condicionantes ambientais

    Para evitar a degradao ambiental devem ser

    observadas a Norma DNIT 070/2006 PRO -

    Condicionantes ambientais das reas de uso de obras

    Procedimento e a documentao vinculada ao

    empreendimento, compreendida pelo projeto de

    engenharia, os Programas Ambientais pertinentes do

    Plano Bsico Ambiental PBA e as recomendaes e

    exigncias dos rgos ambientais.

    7 Inspees

    7.1 Controle dos insumos

    O recebimento dos materiais deve obedecer aos

    controles j estabelecidos. Os aparelhos de apoio de

    elastmero fretado devem atender ao estabelecido na

    Norma ABNT NBR 9783:1997 e os perfis de elastmero

    vulcanizado para juntas de dilatao ABNT NBR-

    12624:2004. Deve ser verificada a existncia de defeitos

    de fabricao nos aparelhos de apoio e nas juntas a

    serem aplicadas.

    7.2 Controle da execuo

    7.2.1 Aparelhos de apoio

    Na colocao e assentamento de aparelhos de apoio

    verificar, no mnimo:

    a) o atendimento aos desenhos e especificaes

    contidos no projeto; se adquiridos de

    terceiros, o acompanhamento de certificado

    de qualidade, por rgo idneo;b) reas de assentamento suficientes para

    acomodao, com folgas mnimas de 5 a 10

    cm;

    c) a indicao das resistncias para o concreto

    em contato com aparelhos de apoio e a

    previso das armaduras de fretagem;

    d) as condies de assentamento em beros de

    argamassa ou concreto, com acabamentos

    lisos horizontais, e 5 cm de alturaaproximada;

    e) a facilidade de acesso para vistorias

    peridicas e trabalhos de limpeza e

    manuteno;

    f) a previso, no projeto estrutural, da

    possibilidade de substituio dos aparelhos

    de apoio;

    g) a verificao, ao trmino da obra, se os

    aparelhos de apoio se apresentam em

    perfeitas condies e livres para permitir

    todos os movimentos, deslocamentos e

    rotaes para os quais foram projetados.

    7.2.2 Juntas, dispositivos de segurana e acabamentos

    Para estes servios, verificar possveis defeitos de

    execuo.

    7.2.3 Sobrelaje de concretoO controle da resistncia do concreto da sobrelaje deve

    ser feito conforme o procedimento indicado para o

    controle da resistncia compresso na Norma

    DNER-ES 325/97.

    7.3 Condies de conformidade e no-

    conformidade

    Todos os ensaios de controle e verificaes dos

    insumos, da execuo e do produto devem ser

    realizados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ),constante da proposta tcnica aprovada e conforme

    Norma DNIT 011/2004-PRO, devendo atender s

    condies gerais e especficas das sees 4 e 5 desta

    Norma, respectivamente.

    Os resultados do controle devem ser analisados e

    registrados em relatrios peridicos de

    acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT

    011/2004-PRO, que estabelece os procedimentos para o

    tratamento das no-conformidades.Os servios que no atenderem s condies

    estabelecidas nesta Norma deve ser rejeitados,

    corrigidos, complementados ou refeitos.

    Em relao sobrelaje, quando no houver a aceitao

    automtica dos servios, devem ser adotados os

    procedimentos indicados para o recebimento, de acordo

    com a Norma DNER-ES 325/97.

    8 Critrios de medio

    Os materiais e servios considerados conformes deacordo com esta Norma devem ser medidos pelos

    seguintes critrios, caso no contrarie o estabelecido no

    contrato:

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    NORMA DNIT 122/2009-ES 7

    As medies das frmas, escoramento, concreto e

    armaduras devem ser processadas de acordo com o

    determinado nas especificaes dos respectivos

    servios.

    Os demais servios devem ser medidos:

    a) aparelhos de apoio: em massa ou em volume

    do material empregado;

    b) juntas estruturais: por metro de junta colocada;

    c) juntas de pavimentao: por metro;

    d) guarda-corpos: por metro colocado;

    e) guarda rodas e barreiras: por metro executado;

    f) sobre laje: por metro cbico lanado, conforme

    a seo transversal do projeto;

    g) drenos: por unidade colocada;

    h) sinalizao balizadora: por verba nica, para as

    duas extremidades da obra;

    i) arremates e pintura: por metro quadrado derea pintada.

    A mo-de-obra, material, equipamento e o transporte

    utilizados no devem ser objeto de medio, devendo

    ser considerados por ocasio das composies de

    preos unitrios dos servios.

    _________________/Anexo A

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    NORMA DNIT 122/2009-ES 8

    Anexo A (Informativo)

    Bibliografia

    a) AMERICAN CONCRETE INSTITUTE.

    Manual of concrete practice. Detroit, 2007.

    b) ANDRIOLO, Francisco Rodrigues.Construes de concreto:manual de prticas

    para controle e execuo. So Paulo: PINI,

    1984.

    c) BRASIL. Departamento Nacional de Estradas

    de Rodagem. Manual de construo de

    obras-de-arte especiais. 2.ed. Rio de Janeiro:

    IPR, 1995. (IPR. Publ. 602).

    d) ______. Manual de projeto de obras-de-arte

    especiais. Rio de Janeiro: IPR, 1996. (IPR.

    Publ. 698).

    e) LEONHARDT, F.; MNNIG, E. Construes

    de concreto. Rio de Janeiro: Intercincia,

    1977.

    f) MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M.

    Concreto:Estrutura, propriedades e

    materiais. So Paulo: PINI, 1994.

    g) PFEIL, Walter. Concreto armado. Rio de

    Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1984.

    h) RAINA, V. K. Concrete bridges: inspection,

    repair, strenghthening, testing and load

    capacity evaluation. New York: McGraw-Hill,

    1996.

    i) RSCH, Hubert. Hormigon armado y

    hormigon pretensado: propiedades de los

    materiales y procedimientos de calculo.Mxico, D.F.: Continental, 1975.

    _________________/ ndice geral

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    NORMA DNIT 122/2009-ES 9

    ndice geral

    Abstract 1

    Acabamentos 5.1.5, 5.3.5 4, 5

    Anexo A (Informativo)

    Bibliografia 8

    Aparelhos de apoio 5.1.1, 5.3.1, 7.2.1 3, 4, 6

    Armaduras do

    concreto armado 3.2 2

    Concreto armado 3.1 2

    Concreto leve 3.4 2

    Condicionantes ambientais 6 6

    Condies de conformidade

    e no-conformidade 7.3 6

    Condies especficas 5 3

    Condies gerais 4 2

    Controle da execuo 7.2 6

    Controle dos insumos 7.1 6

    Critrios de medio 8 6

    Definies 3 2

    Dispositivos de segurana 5.1.3, 5.3.3 3, 5

    Equipamento 5.2 4

    Execuo 5.3 4

    ndice geral 9

    Inspees 7 6

    Juntas estruturais 5.1.2, 5.3.2 3, 5

    Juntas, dispositivos de

    segurana e acabamentos 7.2.2 6

    Materiais 5.1 3

    Objetivo 1 1

    Prefcio 1

    Propriedades fsicas do

    concreto armado 3.3 2

    Referncias normativas 2 1

    Resumo 1

    Sobrelaje de concreto 7.2.3 6

    Sobrelaje e pavimentao 5.1.4 3

    Sobrelaje 5.3.4 5

    Sumrio 1

    _________________