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ndice1 2 Surgimento da telecontagem em Portugal e situao actual....pg. 3 Caracterizao da situao em Portugal relativamente medio de energia

elctrica....pg. 8 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 3 Consumo de energia elctrica..pg. 8 Contadores instalados (dados relativos a 2006) ..pg. 9 Leitura dos contadores...pg. 11 Estimativas e perfis de consumo....pg. 12 Acesso aos dados dos contadores...pg. 12

Novas tecnologias de medio de energia.pg. 14 3.1 Novos contadores electrnicos...pg. 15 3.1.1 3.1.2 3.2 Componentes do contador..pg. 15 Comunicao..pg. 18

Recolher informao de contadores de outros servios atravs do uso da

infra-estrutura de telecomunicaes...pg. 20 4 Funcionalidades dos novos contadores para o segmento domstico e das pequenas

empresas (BTN) pg. 21 4.1 4.2 4.3 4.4 Perspectiva dos diferentes intervenientes no sistema elctrico..pg. 21 Funcionalidades possveis..pg. 22 Benefcios dos novos sistemas de mediopg. 23 Cenrios de funcionalidades para o sistema de medio...pg. 241

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ISKRA Contadores de Energia Ltd...pg. 26 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 A ISKRA CE em Portugal.pg. 26 Iskraemeco d.d. .pg. 26 Equipamentos produzidos pela ISKRA.....pg. 27 Solues de telecontagem da ISKRA....pg. 31 Softwarespg. 36 5.5.1 5.5.2 SEP2W...pg. 36 MeterView..pg. 44

Referncias/Bibliografia....pg. 46 Anexospg. 47

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Fase 11 Surgimento da telecontagem em Portugal e situao actualA Unio Europeia definiu nas suas directivas 96/92/EC e 2003/54/EC as regras comuns para a implementao de um mercado interno de electricidade. Em antecipao criao deste mercado nico de electricidade, os governos de Portugal e de Espanha decidiram criar um mercado regional na Ibria, denominado MIBEL. (1) O MIBEL definiu como objectivo o desenvolvimento de um mercado competitivo e eficiente, dotado de mecanismos de superviso e controlo necessrios, de modo a garantir a satisfao das necessidades dos consumidores e a segurana do abastecimento de electricidade tanto a curto como a longo prazo, em harmonia com os objectivos de eficincia energtica e o desenvolvimento de energias renovveis nos dois pases. (1) Com a concretizao do MIBEL, passa a ser possvel, a qualquer consumidor no espao ibrico, adquirir energia elctrica, num regime de livre concorrncia, a qualquer produtor ou comercializador que actue em Portugal ou Espanha. (2) No sentido de aprofundar o MIBEL e em linha com o Acordo de Santiago de Compostela e as decises da Cimeira Ibrica de Badajoz, os governos de Portugal e de Espanha decidiram acordar um Plano de Compatibilizao Regulatria (8 de Maro de 2007). (3) Este Plano assenta em seis reas principais. No ponto 4 vem: Incentivo liberalizao e definio de plano de convergncia tarifria, atravs de (...) e de um plano harmonizado de substituio de contadores. No ponto 4.5 de ttulo Compatibilizao dos procedimentos de mudana de comercializador vem: A telecontagem assume-se como um instrumento relevante para a mudana de comercializador, para a eficincia energtica e para a gesto do sistema. Os Governos de Portugal e Espanha decidiram que todos os novos contadores a instalar a partir de Julho de 2007 sero digitais com telemedida. O Conselho de Reguladores dever apresentar at Outubro de 2007 um plano e calendrio harmonizado de substituio de todos os contadores e uma proposta3

harmonizada de especificaes e funcionalidades mnimas para o segmento domstico e de pequenas empresas.. (3) Com a publicao da Directiva 2006/32/CE sobre eficincia energtica e da Directiva 2005/89/CE relativa a medidas para assegurar a segurana do fornecimento e o investimento em infra-estruturas, que recomendam explicitamente a utilizao de sistemas avanados de medio de energia, a instalao de contadores mais sofisticados sofreu um forte avano. (4) Os progressos registados nas tecnologias de informao e a reduo dos custos dos equipamentos de medida electrnicos tm conduzido ao desenvolvimento de diversos projectos de instalao de sistemas de telecontagem. (4) Como a opo pela mudana tecnolgica e a sua generalizao totalidade dos consumidores de energia elctrica de Portugal e Espanha foi assumida pelos governos destes, a ERSE (um dos reguladores do Conselho de Reguladores) decidiu promover uma consulta pblica sobre esta matria, em Outubro de 2007, com o objectivo de recolher dos consumidores de energia elctrica, agentes de mercado, empresas que operam no sistema elctrico e outras entidades interessadas, a sua opinio acerca do calendrio de substituio de todos os contadores de energia elctrica por outros que permitam a telecontagem e das especificaes e funcionalidades mnimas dos contadores para o segmento domstico e das pequenas empresas. (4) No seguimento da realizao de alguns trabalhos preparatrios, entre os quais: recolha de informao junto dos operadores de redes de distribuio sobre os contadores actualmente instalados; anlise de experincias internacionais relativas realizao de programas de substituio macia de contadores de energia elctrica; inqurito aos fabricantes de contadores de energia elctrica para recolha de informao, nomeadamente sobre o grau de maturidade das tecnologias, necessidades de normalizao, funcionalidades dos contadores e a sua relao com os custos; consulta pblica aberta a todos os interessados, foi apresentado ao Governo Portugus, em Dezembro de 2007, um estudo intitulado Funcionalidades Mnimas e Plano de Substituio dos Contadores de

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Energia Elctrica, da autoria da ERSE. Este estudo, como o seu prprio ttulo indica, visa a definio das funcionalidades mnimas e do plano de substituio de contadores de energia elctrica, nos termos previstos no Plano de Compatibilizao Regulatria. (5) Desta forma, foram analisados os benefcios e os custos associados a diversas funcionalidades para o novo sistema de medio e os novos contadores e concluiu-se que a soluo com mais vantagens para os consumidores corresponde dos contadores com capacidade de comunicao bidireccional com os sistemas centrais, permitindo, alm de funcionalidades mais avanadas de medio de energia elctrica, a parametrizao e controlo remoto dos contadores. Esta soluo identificada como Automated Meter Management (AMM) permite, por exemplo, a seleco remota da potncia contratada ou da opo tarifria aplicvel a cada cliente. (5) Relativamente ao plano de substituio dos contadores, a instalao do novo sistema de medio vai ser efectuada considerando as seguintes etapas (5): - Aprovao das funcionalidades mnimas dos contadores pelo Governo Portugus; - Especificao e execuo do projecto-piloto (a realizao deste tem como objectivo a obteno de informao qualitativa e quantitativa dos diversos aspectos respeitantes s funcionalidades e ao plano de substituio de contadores); - Aprovao do relatrio com os resultados obtidos com o projecto-piloto e validao das funcionalidades mnimas; - Lanamento de concursos para a aquisio e instalao dos novos contadores; - Substituio dos contadores existentes e instalao dos novos contadores em Portugal Continental e nas Regies Autnomas num perodo com a durao de 6 anos. O incio deste perodo depende da rapidez com que seja aprovado o estudo da ERSE, estimandose que a substituio de contadores possa ocorrer entre 2010 e final de 2015. A figura seguinte representa o cronograma considerado pela ERSE para as etapas do plano de substituio de contadores de energia elctrica.5

Figura 1 Cronograma do plano de substituio de contadores de energia elctrica.

O calendrio pretende sobretudo apresentar datas orientadoras que em muito dependem dos prazos de deciso e de resposta dos agentes envolvidos nas vrias fases do processo de substituio, nomeadamente o Governo, os agentes responsveis pela actividade de medio e leitura, os fabricantes de contadores e os prprios consumidores. (5) Com o estudo mencionado anteriormente, a ERSE apresenta uma especificao funcional preliminar dos novos contadores de energia elctrica para os consumidores domsticos e pequenas empresas. A especificao definitiva dever ser apresentada aps a realizao do projecto-piloto proposto. (5) A harmonizao das funcionalidades mnimas dos contadores constitui um passo fundamental para o desenvolvimento de um mercado retalhista de mbito ibrico, permitindo aos comercializadores uma abordagem ibrica na preparao das suas estratgias comerciais. Esta harmonizao representar igualmente a possibilidade de os comercializadores acederem informao sobre o consumo dos seus clientes de forma mais rpida e desagregada, abrindo caminho para que as ofertas comerciais destes sejam mais diversificadas e adequadas a cada fraco de clientes. Os novos contadores podem contribuir para que o funcionamento do mercado seja mais competitivo, inovador e caracterizado por nveis de eficincia e qualidade de servio cada vez mais elevados. (4) De forma a saber se alguma lei referente telecontagem foi promulgada recentemente, enviei um correio electrnico (21-02-08), a perguntar isto mesmo, ao6

contacto da pgina oficial da Presidncia da Repblica Portuguesa, www.presidencia.pt. Cerca de duas semanas depois (04-03-08), recebi um correio electrnico de resposta do Chefe da Casa Civil do Presidente da Repblica que me informava que no existe nenhum diploma promulgado recentemente sobre o tema. Esta resposta est disposta no Anexo 1.

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2 Caracterizao da situao em Portugal relativamente medio de energia elctricaOs valores apresentados neste captulo foram retirados da fonte: Consulta Pblica sobre o Plano de Substituio e Funcionalidades Mnimas dos Contadores para o Segmento dos Clientes Domsticos e Pequenas Empresas, Outubro de 2007, da ERSE.

2.1

Consumo de energia elctrica

Na tabela 1, apresenta-se a distribuio do consumo anual e do nmero de clientes para cada nvel de tenso, bem como a factura mdia mensal por cliente, para uma melhor informao sobre o consumo de energia elctrica. (4)Consumo anual (MWh) MAT AT MT BTE BTN 1 393 000 6 309 000 14 359 874 3 441 000 19 910 126

Factura mensal () 235 920 154 646 3 144 683 38

Nmero de clientes 23 194 22 492 30 615 5 942 273

Tabela 1 Caracterizao do consumo por nvel de tenso. Nota: estes valores so previstos para 2007.

Na tabela seguinte, encontra-se informao sobre a distribuio dos clientes em BTN (potncia contratada inferior ou igual a 41,4 kVA) pelas opes tarifrias. Apresenta-se igualmente o nmero de clientes, considerados no clculo de tarifas para 2007, por escalo de potncia contratada. (4)

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Escalo de potncia contratada (kVA) Opo BTN simples BTN bihorria BTN trihorria Total 5 473 146 458 929 10 198 1,15 498 086 2,3 16 124 3,45 2 912 227 63 500 34 4,6 45 582 9 801 0 5,75 25 362 7 394 0 6,9 1 227 154 209 974 628 10,35 375 115 68 509 645 13,8 126 063 36 707 240 17,25 37 267 13 141 2 20,7 151 337 49 902 16 2 628 3 015 2 990 27,6 19 052 34,5 19 867 41,4 19 908

Tabela 2 Nmero de clientes por escalo de potncia contratada.

No conjunto de clientes em BTN, a maioria dos clientes tm contadores simples, ou seja, sem discriminao horria do consumo. Esta situao, embora represente uma facturao simplificada, indutora de alguma subsidiao cruzada entre clientes e desincentiva a alterao dos hbitos de consumo. (5)

2.2Em

Contadores instalados (dados relativos a 2006)Portugal Continental, os contadores em BTN so essencialmente

electromecnicos (79%), representando os contadores estticos 2% do nmero total de contadores instalados. Estes dados podem observar-se na figura seguinte. (4)

Figura 2 Tipo de contador em BTN, em Portugal Continental, em 2006.

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Os contadores estticos so mais recentes pois apresentam uma idade inferior aos 5 anos de antiguidade. (4) Nas Regies Autnomas dos Aores (RAA) e da Madeira (RAM), os contadores so principalmente electromecnicos, representando, respectivamente, 92% e 68% do nmero total de contadores. Nos Aores, 8% do total de contadores so estticos, sendo que a maior parte destes no possuem uma antiguidade superior a 5 anos. Na Madeira, verificase uma elevada percentagem de contadores estticos (32%). semelhana da realidade em Portugal Continental e na RAA, os contadores estticos na RAM so mais recentes pois apresentam uma antiguidade que no ultrapassa os 10 anos. Nas figuras 2 e 3 podem observar-se os tipos de contadores em BTN, nas RAA e RAM, respectivamente. (4)

Figura 3 - Tipo de contador em BTN, na Regio Autnoma dos Aores, em 2006.

Figura 4 - Tipo de contador em BTN, na Regio Autnoma da Madeira, em 2006.

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Como resultado dos programas de substituio de equipamentos de medio levados a cabo entre 2002 e 2005, a totalidade das instalaes de clientes em MT, AT e MAT em Portugal Continental encontram-se j integradas no sistema centralizado de telecontagem. (4)Nmero de instalaes em telecontagem 150 181 313 22 159 8 1 499

Nvel de tenso MAT/AT MT

Tipo de instalaes Produtores Clientes Produtores Clientes Produtores

BT

Clientes Tabela 3 Instalaes em telecontagem.

Da anlise da tabela anterior, verifica-se que o nmero de instalaes em BT com telecontagem ainda muito pouco expressivo. (4)

2.3

Leitura dos contadores

Os operadores das redes so as entidades responsveis pela leitura dos equipamentos de medio das instalaes dos clientes ligadas s suas redes. Para alm deste, o cliente e o comercializador ou comercializador de ltimo recurso com contrato de fornecimento com o cliente tm tambm a capacidade de realizar a leitura dos equipamentos de medio. (4) O custo de realizao de leituras locais tem um valor mdio de 0,43 euros, de acordo com a informao prestada pela EDP Distribuio, resultante da ponderao de custos pelo nmero de leituras de cada tipo realizadas. Em 2006, foram realizadas 12,3 milhes de leituras de contadores a que correspondeu um custo total de 5,3 milhes de euros. (4)

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2.4

Estimativas e perfis de consumo

Para as instalaes de baixa tenso nem sempre possvel obter leituras dos contadores com a periodicidade exigida (e.g. contadores instalados no interior das habitaes), sendo necessrio definir mtodos de clculo para determinao do consumo estimado. (4) A facturao por estimativa uma das principais razes de reclamao dos consumidores. Em 2006, na sequncia de reclamaes de clientes, foram realizadas 211 mil refacturaes (anulao da factura inicialmente enviada ao cliente e emisso de nova factura elaborada com base em novos dados do consumo no perodo a que a factura respeita). (4) A aplicao do perfil de consumo permite, de forma aproximada, determinar o consumo a atribuir a cada cliente (comercializador) em cada perodo de 15 minutos a partir dos dados recolhidos pelos actuais contadores. (4) A estimao dos consumos discriminados por perodos de 15 minutos feita por aplicao do perfil de consumo correspondente instalao aos consumos registados nos contadores ou obtidos por estimativa. O perfil constitudo por um conjunto de ponderadores, que traduzem o peso relativo do consumo em cada perodo de 15 minutos do ano, que com base no consumo medido permite determinar o consumo atribuvel instalao em cada perodo de 15 minutos. (4) Os perfis de consumo so aprovados anualmente pela ERSE na sequncia de proposta dos operadores de redes, encontrando-se disponveis na sua pgina na Internet, www.erse.pt. (4)

2.5

Acesso aos dados dos contadores

O acesso informao dos dados dos contadores assume uma importncia fundamental na promoo da transparncia e da concorrncia do mercado liberalizado. (4)12

A informao recolhida pelos contadores deve ser considerada, em primeiro lugar, como sendo propriedade do cliente. Todavia, o funcionamento do sistema elctrico impe que os dados recolhidos pelo contador sejam utilizados por outros agentes, designadamente operadores de redes, comercializadores e entidade responsvel pela gesto do processo de mudana de comercializador. Os operadores das redes so responsveis pela aquisio e disponibilizao de dados s restantes entidades do sistema elctrico. (4) No mbito da gesto dos procedimentos de mudana de comercializador est igualmente reconhecido que estes, mediante consentimento do cliente, possam ter acesso ao registo do ponto de entrega (caractersticas do contador, de consumo, potncia contratada). As regras e os prazos de acesso a esta informao foram aprovados pela ERSE e constituem uma garantia que todos os comercializadores podem aceder informao necessria para poderem apresentar uma oferta comercial competitiva aos clientes que o desejem. (4) Os clientes j integrados nos sistemas de telecontagem podem aceder aos dados de consumo das suas instalaes atravs da consulta de pginas na Internet do operador de rede de distribuio. (4)

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3 Novas tecnologias de medio de energiaUm contador inteligente refere-se, geralmente, a um tipo de contador (usualmente o contador elctrico) mais desenvolvido que identifica o consumo de energia de uma forma mais detalhada que o contador convencional e transfere essa informao por intermdio de uma via de comunicao para a distribudora para processamento de dados (monitorizao e facturao). Pode tambm ser aplicado medio do consumo de gua e de gs natural atravs da interface M-Bus. Estes contadores fornecem informao e pem o controlo nas mos dos consumidores, com unidades domsticas e comerciais permitindo s pessoas gerir os seus prprios padres de consumo, poupando energia e reduzindo as facturas de consumo no processo. (6) A um nvel bsico, podem ser usados simplesmente para substituir a leitura de energia feita no local, atravs do envio de dados de forma remota. Num nvel mais sofisticado uma rede fixa, a radiofrequncia ou as comunicaes mveis podem ser utilizadas como transportadoras de dados em tempo real, para o consumidor e para o sistema central de gesto de dados (bidireccional). (6) Estes contadores permitem que os comercializadores faam diferentes ofertas para o consumo baseadas na hora do dia e na poca. Desta forma, a facturao vai depender do consumo actual em vez de uma estimao baseada em consumos anteriores. Contudo, a utilizao dos contadores inteligentes somente para recolha de dados falhar o objectivo da presente tecnologia. Tendo em considerao que as alteraes climticas e outras questes ambientais assumem cada vez mais importncia no dia-a-dia dos cidados, a telegesto de energia pode ser uma das decisivas ferramentas para atingir os objectivos relacionados com as emisses de carbono. (6) Em 2001, o Department of Trade and Industry (DTI) do Reino Unido estimou que mesmo utilizando as verses tecnolgicas mais bsicas dos contadores inteligentes, verificar-se-ia uma reduo de 5 a 10% do consumo de energia no sector domstico e, como consequncia, seriam diminudas significativamente as emisses de CO2 (cerca14

de 2,5 milhes de toneladas por ano). Esta informao claramente relevante tendo em conta os compromissos definidos no mbito do cumprimento das metas do Protocolo de Kyoto. (6)

3.1

Novos contadores electrnicos

Actualmente, os contadores electromecnicos so ainda os mais utilizados. Os novos contadores so estticos, tambm denominados electrnicos. Estes, tm caractersticas modulares, sendo constitudos por mdulos com diversas funes de forma a permitir uma separao entre, por exemplo, o sistema de comunicao e o corpo principal do contador. (4)

3.1.1 Componentes do contadoro Visor Um visor de cristais lquidos (LCD) permite a visualizao das diversas funes do contador e ainda da data e hora. Sendo o visor a interface entre o sistema e o utilizador, deve manter as suas propriedades fsicas e funcionais at ao fim da vida til do contador. O visor , alis, um dos elementos crticos na definio do tempo de vida til do contador e representa tambm uma parte significativa do custo global do equipamento de contagem. (4) o Memria A capacidade de memria do contador deve ser suficiente para garantir o armazenamento de valores acumulados, eventos e outros dados relevantes. A memria tem tambm a funo de garantir que, no caso de ausncia prolongada de alimentao de energia elctrica, os dados sejam guardados durante um intervalo de tempo significativo. Uma caracterstica importante desta ser passvel de expanso com custos reduzidos15

visto que os servios disponibilizados pelo contador dependem em larga escala da capacidade da memria. (4) Existem 3 tipos principais de memria: voltil interna, no voltil interna e no voltil externa. No Anexo 2 encontram-se as principais vantagens e desvantagens de cada um destes tipos de memria. o Relgio de Tempo Real De forma a realizar o registo correcto e preciso das ocorrncias, os contadores estticos dispem de um relgio de tempo real (RTC Real Time Clock) cuja sincronizao deve ser possvel mesmo na ausncia de tenso externa de alimentao. O relgio de tempo real pode utilizar a frequncia de rede como sincronizador ou um oscilador de cristal de quartzo. Cada um dos sistemas tem os seus benefcios e limitaes e a utilizao de um ou outro condiciona o tipo de alimentao de recurso. Geralmente, ambos os sistemas tm um baixo peso no custo global do equipamento. (4) o Entrada de Dados Os contadores para telecontagem podem estar equipados com entrada de impulsos ou interface M-Bus para permitir a possibilidade de efectuar a leitura multi-servios, ou seja, a recepo de dados de equipamentos de medio de outros servios como a gua, gs ou calor. (4) o Dispositivo de Corte e Reposio de Tenso de Alimentao Um contador de telecontagem pode dispor de um dispositivo de corte e reposio de tenso de alimentao, bem como de controlo da potncia mxima tomada admissvel. Podem considerar-se trs formas principais de incorporar a funo de corte e reposio: contador separado do disjuntor, contador com disjuntores incorporados ou acoplados e contador com injeco de corrente no disjuntor diferencial. (4) Para cada uma destas solues de corte e reposio de tenso de alimentao seguem no Anexo 3 as respectivas vantagens e desvantagens.

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A actuao sobre o DCP efectuada por injeco de corrente para actuao do dispositivo de proteco diferencial ou atravs de uma bobine de disparo remoto acoplada ao mesmo. Segundo indicao dos operadores, o custo adicional da incluso do rel na instalao de um contador de telecontagem reduzido. (4) o Alimentao Principal e Alimentao de Recurso O contador necessita de uma fonte de alimentao principal para funcionar. Existem diversas solues tecnolgicas para a fonte de alimentao de um contador esttico. As solues principais so: condensador, fonte comutada e transformadores. (4) As vantagens e desvantagens destas solues so apresentadas no Anexo 4. No caso de falha na tenso da rede, os contadores possuem tambm uma fonte de alimentao de recurso, de forma a manter o relgio do contador em funcionamento e a garantir o armazenamento de dados em memria. (4) Todos os contadores tm, normalmente, uma pilha de ltio no removvel e, em complemento, uma outra opo tecnolgica que cumpra a funo de fonte de alimentao de recurso. Esta poder ser, por exemplo, um super-condensador, cujo funcionamento se sobrepe ao da pilha de ltio at sua descarga. No entanto, a incluso de um supercondensador pode aumentar significativamente o custo global do contador, especialmente para capacidades elevadas. Pode afirmar-se que expectvel que este custo diminua substancialmente num futuro prximo pois esta tecnologia ainda no atingiu um estado de maturidade. (4) Mesmo para a pior situao de temperatura e humidade, qualquer que seja a soluo adoptada, esta no pode condicionar o tempo de vida til do contador. Habitualmente, exige-se que um contador tenha um tempo de vida til de 20 anos. (4)

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3.1.2 ComunicaoAs tecnologias de telecontagem podem ser bidireccionais ou unidireccionais no que respeita comunicao entre o contador do consumidor e o sistema central de gesto de dados. (4) Designam-se por tecnologias de AMR (Automated Meter Reading) as tecnologias unidireccionais, isto , que permitem a comunicao apenas do contador para o sistema central. Com esta abordagem possvel realizar a leitura remota mas no possvel alterar remotamente parmetros do contador ou enviar informao para o mesmo. (4) As tecnologias bidireccionais so denominadas de tecnologias de AMM (Automated Meter Management). Desta forma possvel: interromper remotamente o fornecimento, limitar a potncia contratada, alterar as parametrizaes do contador de forma remota ou enviar informao para o consumidor. (4) Relativamente tecnologia de transmisso de dados, existem actualmente diversas opes, tratando-se de uma rea onde a evoluo se faz sentir com grande rapidez. Por este motivo, a maioria dos fabricantes opta por solues modulares em que o contador e o sistema de transmisso de dados esto em mdulos separados, de forma a permitir a actualizao do sistema de transmisso de dados quando for pertinente ou fundamental. (4) A figura seguinte ilustra as tecnologias actualmente mais utilizadas para a transmisso de dados na telecontagem. (4)

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Figura 5 Tecnologias de transmisso de dados mais utilizados em telecontagem.

Hoje em dia, existem ainda alguns obstculos a ultrapassar ao nvel da velocidade, tempo de resposta e fiabilidade em redes de maior complexidade, nomeadamente na comunicao atravs da rede elctrica, denominada DLC (Distribution Line Communication) em banda estreita. Estima-se que a largura de banda em DLC continue a aumentar, mantendo-se uma opo vlida principalmente em zonas urbanas e para distncias pequenas. (4) Os suportes disponveis vo desde as tecnologias mais amadurecidas: GSM (Global System for Mobile Communications), SMS (Short Message Service), GPRS (General Packet Radio Service), UMTS (Universal Mobile Telecommunications System), at aos sistemas Zig Bee e RF-Mesh (rdio), ainda em desenvolvimento. Sobretudo nos meios rurais estes suportes podem ser os mais adequados para a telecontagem. (4)

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3.2

Recolher informao de contadores de outros servios atravs do uso da infra-estrutura de telecomunicaes

Uma das formas possveis de recolher a informao de contadores de outros servios consiste em utilizar o contador de electricidade como concentrador de dados de outros contadores (por exemplo: gua, gs e calor). Contudo, esta aplicao implica a existncia de entradas de dados no contador de electricidade o que aumenta o custo global do contador de electricidade. (4) Neste caso, necessrio haver um elemento de comunicao, adaptado aos outros contadores que necessitar de energia. Este facto poder acarretar problemas devido a limitaes impostas por razes de segurana na interaco com o contador de gs. Por outro lado h tambm uma questo logstica da interligao fsica entre contadores, que por vezes se encontram instalados em stios distantes entre si. (4) Nesta temtica necessrio que haja normalizao nas interfaces entre os sistemas de informao dos contadores de forma a permitir a gesto dos dados de leitura dos diversos servios. (4)

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4 Funcionalidades dos novos contadores para o segmento domstico e das pequenas empresas (BTN)

4.1

Perspectiva dos diferentes intervenientes no sistema elctrico

A actividade de medio uma actividade charneira para o sector elctrico, constituindo o ponto de confluncia de diversos interesses. Os agentes interessados nesta actividade so: - Os consumidores, na medida em que a facturao de um produto (energia) e um servio (transporte e distribuio) que lhes fornecido necessita de um elemento credvel que ateste os servios e produtos utilizados por estes e as quantidades em que foram prestados; - Os comercializadores, uma vez que tm por misso fornecerem energia aos seus clientes e assumem assim a responsabilidade pela sua aquisio nos mercados grossistas. Tambm porque a sua capacidade de oferecer diversos servios e opes tarifrias aos clientes est relacionada com as capacidades de medir o consumo; - Os operadores de rede, tendo em considerao que facturam o servio por si prestado a cada consumidor com base na informao do consumo e ainda porque tm por funo a gesto eficiente das suas redes com adequados nveis de qualidade de servio; - Fornecedores de produtos e prestadores de servios de eficincia energtica, j que a ausncia de conhecimento sobre o consumo de cada consumidor constitui uma das principais barreiras dinamizao do mercado destes produtos e servios, de valor econmico demonstrado. (4)

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4.2

Funcionalidades possveis

A mudana tecnolgica operada nos equipamentos de medida de energia elctrica e de recolha de dados de leitura veio revolucionar a gama de servios ou funcionalidades possveis de oferecer por um sistema de medida bem como o custo a que so prestados. (4) Entre estas funcionalidades, algumas no so novas face s oferecidas pelos contadores electromecnicos. (4) Entre as funcionalidades abertas a opo nos sistemas de medida digitais e com recolha remota de dados, apresenta-se um conjunto destas: medio de energia, capacidade de armazenamento de informao, tarifas, comunicao com o contador, actuao/parametrizao remota do contador, interface com o consumidor (incluindo servios de valor acrescentado), interface com outros contadores e qualidade de servio. (4) A enorme quantidade de funcionalidades disponveis a preos baixos, em particular em segmentos de consumidores onde antes no era possvel, altera o paradigma da actividade de medio de energia passando-se da prestao de um servio uniforme, bem delimitado nas suas fronteiras, orientado unicamente para a facturao da energia elctrica, para um servio que pode ser diferenciado, interactivo (com outras actividades e com diversos agentes) e desenhado para acomodar diversas perspectivas (facturao e comercializao, qualidade de servio e operao das redes, eficincia energtica, actuao e gesto remota dos pontos de entrega das redes, etc.). (4) Uma anlise mais pormenorizada das funcionalidades acima descritas com as suas vantagens relativamente aos contadores tradicionais encontra-se no Anexo 5.

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4.3

Benefcios dos novos sistemas de medio

De seguida, descrevem-se diversos tipos de benefcios associados s novas funcionalidades dos sistemas de medio, referidos em estudos especializados, sendo igualmente indicados os agentes directamente associados a cada tipo de benefcio (4): - Eficincia energtica (consumidores): novos contadores permitem aumentar a percepo sobre o consumo dos equipamentos e as consequncias da mudana de comportamentos de consumo; - Informao dos consumidores (consumidores): novos contadores permitem melhorar o nvel de informao sobre o consumo, sobre a qualidade de servio, sobre os preos de energia, etc. A falta de informao uma forte barreira eficincia dos mercados e alterao dos comportamentos dos consumidores; - Alterao dos hbitos de consumo (operadores de rede, consumidores): a transferncia de consumos para horas de vazio traz benefcios para os consumidores no custo mdio de energia e no custo com o uso das redes que pagam mas tambm para o sistema (melhorando a adaptao da oferta da produo curva de consumo agregada) e para as redes (permitindo adiar investimentos de reforo, reduzindo as perdas e melhorando a qualidade de servio). A alterao dos hbitos de consumo como consequncia de uma melhor informao dos consumidores ocorre no sentido da eficincia do sector e dos mercados relacionados, conduzindo a benefcios sociais e econmicos; - Reduo de subsidiaes cruzadas (comercializadores, consumidores): informao mais detalhada e rigorosa sobre os consumos conduz a maior equidade na distribuio dos custos pelos vrios consumidores, admitindo que os preos da tarifa esto adaptados estrutura de custos eficientes que as constituem; - Operao das redes (operadores de redes, consumidores): alm dos benefcios proporcionados pela alterao dos comportamentos dos consumidores, o melhor conhecimento sobre os consumos em cada ponto de entrega (mais diferenciado e actualizado) permite utilizar de forma mais eficiente as ferramentas de planeamento, de23

manuteno e de operao das redes, tendo o potencial de reduzir os custos associados gesto e operao das redes e de melhorar a qualidade do servio prestado. Ao mesmo tempo, esta informao pode ser utilizada para combater as fraudes, beneficiando todos os consumidores cumpridores; - Promoo do mercado liberalizado (comercializadores, consumidores): o maior pormenor e versatilidade dos sistemas de medio de consumos permite aumentar a flexibilidade no delineamento de ofertas tarifrias e de servios complementares pelos comercializadores. A eliminao da necessidade de estimar consumos para facturao aumenta a confiana no mercado e nos agentes e diminui a subsidiao cruzada entre comercializadores. Os consumidores podem, assim, beneficiar de um mercado mais eficiente e de comercializadores mais activos na oferta de benefcios em busca de competitividade; - Reduo dos conflitos (operadores de rede, comercializadores, consumidores): a eliminao das estimativas de consumo afecta positivamente o fluxo de reclamaes e o nmero de conflitos entre os agentes, em especial entre os consumidores e as entidades com quem se relacionam. A reduo dos custos de atendimento comercial bem como de atrasos de pagamento tem impacte positivo para as empresas do sector e para os consumidores.

4.4

Cenrios de funcionalidades para o sistema de medio

So definidos 3 cenrios: - AMR (Automated Meter Reading): inclui um contador digital com tecnologia unidireccional (apenas comunicao para o sistema central) permitindo a realizao de leitura remota. Caractersticas do contador: capacidade de medio e registo dos consumos em perodos de 15 minutos, a agregao de consumos em vrios registos de preos distintos, a memorizao desses registos durante 3 meses, comunicao remota com um concentrador de dados de leitura via rede de distribuio (DLC); (4)24

- AMM (Automated Meter Management): implica um contador com tecnologia bidireccional, permite receber informaes do sistema central. Caractersticas: alm da verso base o contador inclui um dispositivo de controlo de potncia mxima, regulvel remotamente pelo operador de rede; (4) - AMM+MU (Automated Meter Management + Multi-utility): o contador permite a interaco com outros contadores (de servios como a distribuio de gua, gs natural ou calor) e ainda outros dispositivos locais. Neste caso, o contador de energia elctrica est apto a receber os dados de leitura dos restantes servios e a comunic-los remotamente atravs do sistema de comunicaes do sector elctrico. (4)

25

5 ISKRA Contadores de Energia Lda

5.1

A ISKRA CE em Portugal

A ISKRA foi fundada em 1998, usufruindo de capital portugus e esloveno (Iskraemeco d.d.). A multinacional eslovena emprega 1500 trabalhadores, sendo a terceira maior fabricante europeia e a sexta mundial de contadores de energia elctrica e de solues de telegesto de energia. (7) No incio, a actividade da ISKRA consistia no fabrico de contadores tradicionais, electromecnicos, mas cedo lanou no mercado os contadores electrnicos para consumidores residenciais e os contadores combinados de alta preciso para consumidores industriais. D agora mais um passo de grande avano tecnolgico com as solues de telecontagem e telegesto. (7) A sua imagem reconhecida pelos seus clientes (7): - EDP Distribuio Energia, S.A.; - Empresa de Electricidade dos Aores; - Cooperativas Elctricas; - Armazenistas de material elctrico.

5.2

Iskraemeco d.d.

Tem a sua sede na Eslovnia e foi fundada em 1945. At 1975, desenvolveu a investigao e produo de contadores de energia elctrica electromecnicos, vendendo cerca de 6 milhes de unidades por ano. (7)

26

Em 1975, vivendo uma poca de mudana tecnolgica passou a dedicar-se tambm investigao e fabrico de contadores electrnicos. Mais recentemente desenvolveu solues de leitura remota, incluindo o respectivo software para consumidores domsticos, comerciais, industriais e para as contagens em Mdia Tenso. O seu departamento de investigao dispe de 150 investigadores e avanados meios tecnolgicos de apoio. (7) A Iskraemeco est presente em mais de 100 pases e tem uma rede mundial de companhias associadas das quais a Iskra uma delas. (7)

5.3

Equipamentos produzidos pela ISKRA

Entre os vrios produtos da ISKRA relativos telecontagem, neste captulo faz-se referncia aos contadores inteligentes ME371, ME372, MT371 e MT372, ao concentrador P2LPC e aos comunicadores P2CBT e P2M.

o Contadores ME371, ME372, MT371 e MT372 Os contadores Mx37y so contadores da Iskrameco de terceira gerao e tm como alvo os mercados de energia desregulados permitindo servios de leitura e de controlo remotos. So contadores monofsicos (ME37y) ou trifsicos (MT37y) para aplicaes domsticas, comerciais e industriais. So uma combinao perfeita da j provada tecnologia de contagem e da comunicao DLC (Mx371) ou GSM (Mx372) via modem incorporado/integrado. Nos contadores Mx372, o modem GSM integrado pode ser trocado pela comunicao com interface RS485 (opo). Apresentam-se de seguida algumas propriedades funcionais destes contadores: medio da energia activa e potncia mxima (at 4 tarifas), rel para controlo remoto e local da carga, entrada de impulsos ou interface M-Bus para permitir a possibilidade de efectuar a leitura multi-servios (opo), circuit breaker integrado no contador (ME37y)27

ou como unidade externa ao mesmo (MT37y, opo) para desligar remotamente o contador da rede (figura seguinte).

Figura 6 Contador MT371 com circuit breaker como unidade externa.

o Concentrador P2LPC um concentrador de dados para recolha automtica de dados de contadores das famlias Mx351 (segunda gerao) e Mx371. A comunicao com os contadores feita por meio de um modem DLC integrado. Opcionalmente, equipado com interface RS485 para a leitura de dados de contadores que possuem a mesma interface. O software do P2LPC responsvel pela leitura, por encontrar e gerir as comunicaes com os contadores na rede DLC, por guardar dados e transferir os mesmos para o sistema central. Para comunicar com o sistema central, o concentrador utiliza comunicaes diferentes: GSM, GPRS e Ethernet, atravs de um modem.

28

Figura 7 Concentrador P2LPC.

As funes do concentrador podem ser divididas em 4 funes bsicas: - Recolha de dados, de acordo com um certo horrio, de todos os contadores ligados rede DLC; - Armazenao na memria interna dos dados lidos pelos contadores (no so processados no P2LPC); - Transferncia dos dados para o sistema central para processamento dos mesmos; - Configurao da rede DLC e deteco automtica dos novos contadores ligados rede. o Comunicador P2CBT O comunicador P2CBT tem como objectivo efectuar a leitura remota de contadores de electricidade via as interfaces CS, RS232 ou RS485. A comunicao entre o comunicador, com modem integrado, e o sistema central d-se por GSM, PSTN ou ISDN.

29

Figura 8 Comunicador P2CBT.

Este comunicador permite, de uma forma resumida, enviar para o sistema central, mensagens dos contadores e as leituras dos mesmos. o Comunicador P2M Este comunicador foi projectado para recolher impulsos de contadores de energia (da gua e do gs), atravs de quatro entradas, comunicando com o contador de electricidade (master device) atravs de uma interface M-Bus. Na comunicao com o contador de electricidade, o P2M funciona como slave device. Em caso de falha de energia do contador de electricidade, que alimenta o comunicador pela ligao M-Bus, o P2M capaz de continuar a receber e a gravar os impulsos dos contadores de energia com base numa bateria de ltio.

Figura 9 Comunicador P2M.

30

5.4

Solues de telecontagem da ISKRA

Como resposta s exigncias do futuro, a ISKRA Contadores de Energia tem vindo a implementar solues de telegesto de energia, pioneiras em Portugal. (7) A ISKRA, suportando-se na maturidade do know-how da ISKRAEMECO, oferece solues diversificadas para a telegesto de energia. Assim, a referida empresa dispe das seguintes solues de leitura e gesto de energia: ponto a ponto; colectiva; comunicao atravs das linhas de distribuio de electricidade (Distribution Line Carry DLC). (7)

Figura 10 Exemplo de tecnologias de transmisso de dados.

Na leitura e gesto de energia realizada ponto a ponto, a cada contador corresponde: um modem GSM/GPRS; um SimCard; uma chamada telefnica por contador. O contador pode ter modem integrado ou apenas interface RS232/RS485 qual ser ligado mais tarde o modem externo. Segundo a ISKRA, a soluo de modem externo no economicamente aconselhada j que o custo total (contador com interface RS232/RS485 + modem externo + instalao posterior do modem) ser muito superior ao custo do contador com modem incorporado. (7)31

Figura 11 Comunicao GSM entre a central de gesto de dados e o contador do tipo Mx372.

Para esta soluo a ISKRA dispe dos seguintes equipamentos (7): - Contador ME172 Contador monofsico com interface RS232/RS485; - Contador MT173 - Contador trifsico com interface RS232/RS485; - Contador ME372 - Contador monofsico com modem integrado GSM; - Contador MT372 - Contador trifsico com modem integrado GSM; - Sep2W Software de leitura e gesto. Um projecto de referncia que utiliza a leitura e gesto de energia ponto a ponto foi iniciado em Maio de 2005 na Finlndia, pela ISKRAEMECO, envolvendo 330 mil consumidores. (7) No que diz respeito leitura e gesto de energia colectiva, esta soluo aplica-se a prdios de apartamentos na qual os contadores esto equipados com interface RS485 que comunicam com um comunicador localizado na entrada do prdio. (7) O comunicador equipado com um modem GSM/GPRS que envia as leituras dos contadores do prdio para o servidor do distribuidor. (7)

32

Figura 12 Exemplo de leitura e gesto de energia colectiva.

Para esta soluo a ISKRA dispe dos seguintes equipamentos (7): - Contador ME172 Contador monofsico com interface RS485; - Contador MT173 - Contador trifsico com interface RS485; - Comunicadores P2CC, P2CBT com entrada RS485 e modem GSM/GPRS; - Sep2W Software de leitura e gesto. Quando as leituras e a gesto de energia so realizadas por comunicao atravs das linhas de distribuio de electricidade (DLC), estas so enviadas pelas linhas de rede para um concentrador instalado no posto de transformao e equipado com modem GSM. Por sua vez, os referidos concentradores enviam automaticamente as leituras para o computador de facturao do distribuidor, atravs da comunicao GSM. (7) Deve ser sublinhado que sempre que instalado um novo contador o mesmo reconhecido pelo concentrador e inserido automaticamente no sistema. (7) Quanto s mudanas de tarifrio dos contadores, estas so realizadas remotamente. (7)

33

Figura 13 Exemplo de leitura e gesto de energia atravs das linhas de distribuio (DLC).

Para a presente soluo a ISKRA dispe dos seguintes equipamentos (7): - Contador ME371 Contador monofsico com modem DLC integrado; - Contador MT371 - Contador trifsico com modem DLC integrado; - Concentrador P2LPC Concentrador com modems DLC e GSM/GPRS; - Interface MBus P2M Para leitura de gs e gua; - Sep2W Software de leitura e gesto. A ISKRAEMECO tem esta soluo implementada na Sucia, em 300 mil consumidores. (7) Para alm do que foi referido, os contadores da ISKRA instalados nas solues abordadas esto preparados para a microgerao (contagem nos 2 sentidos), podem efectuar controlo de potncia mxima e permitem a deteco de fraudes. (7)

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No que diz respeito aos projectos de telegesto j instalados em Portugal, a ISKRA est presente em dois projectos da EDP (Mdia Tenso com contadores industrias, e nas torres Vasco da Gama no Parque das Naes, com contadores residenciais); na Cooperativa Elctrica de Vilarinho (250 consumidores num universo de 1600); e na Cooperativa Elctrica de Roriz (550 num universo de 2 mil). (7)

35

Fase 25.5 Softwares

5.5.1 SEP2WO sistema SEP2 foi desenvolvido pela Iskraemeco. (8) utilizado para a contagem de energia, a aquisio e o processamento de dados local, bem como para o processamento central de dados, a realizao de relatrios e de arquivos. (8) A Iskraemeco desenvolveu duas aplicaes do SEP2, dependendo do tamanho do sistema. Para pequenos sistemas (at 100 contadores) recomenda-se a aplicao SEP2 Lite. Para sistemas maiores, recomenda-se a aplicao SEP2W. (8) O sistema da Iskraemeco SEP2W uma aplicao do Windows que consiste nas seguintes aplicaes: - SEP2 Collect; - SEP2 DbManager; - SEP2 Report; - SEP2 Validation; - SEP2 WebServices; - SEP2 Messaging; Todas as aplicaes so desenvolvidas como mdulos independentes. (8)

36

Sistema de recepo de dados (Collect system)

O sistema de recepo de dados SEP2 Collect consegue ler vrios tipos de contadores, desde os mais simples at aos mais complexos. A comunicao remota com os concentradores ou com os comunicadores ou com os contadores pode ser feita atravs da infra-estrutura de comunicao pblica (GSM/GPRS, PSTN e ISDN). (8) A recepo de dados efectuada atravs de canais de comunicao, sendo possvel a transferncia simultnea de dados atravs de vrios canais de comunicao. A transferncia de dados pode ser realizada quando requerida ou de forma automtica num perodo definido e de forma a ser o mais eficaz possvel. Quando o sistema tem vrias centenas de contadores, a aplicao efectuada atravs de servidores de comunicao. Nessas circunstncias, o servidor de comunicao possui um elevado nmero de modems e pode estabelecer, simultaneamente, ligaes com vrios contadores de modo a trocarem dados entre si. (8) O SEP2 Collect baseia-se na execuo de vrias transaces. Uma transaco tpica consiste em retirar os dados de leitura de um contador e inseri-los numa base de dados. (8) Na figura seguinte mostra-se o resultado de um exemplo desta aplicao. O SEP Collect comunicou com um concentrador (de Vilarinho Baiona), recolheu os dados dos contadores (total de 123 contadores) associados a esse concentrador e guardou-os na base de dados. De realar que nenhum contador novo foi introduzido no sistema relativo a esse concentrador.

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Figura 14 Resultado de uma aplicao do SEP Collect.

Sistema de base de dados (Database System)

O termo SEP database simboliza todos os dados nas bases de dados actuais. Para alm dos resultados de medio dos contadores, toda a informao respeitante ao sistema de telecontagem colocada nas bases de dados. O armazenamento na base de dados feito sob o protocolo TCP/IP atravs de WAN/VPN. (8) O SEP2 database administrado e estruturado pelo SEP2 DbManager. (8) Este programa permite: preparar bases de dados para a entrada de dados descritivos do sistema de telegesto bem como de resultados de medio; examinar bases de dados do SEP2; criar e executar queries simples nas bases de dados do SEP2; registar elementos de medio do sistema de telegesto; analisar e ordenar os elementos de medio e as

38

suas caractersticas; examinar os resultados de medio; criar um esquema tarifrio poderoso; exportar e importar para ficheiros XML. (8) A aplicao DbManager primeiramente dirigida para a administrao de sistemas de medio. (8) Na figura seguinte, como exemplo da aplicao do DbManager, esto apresentados os consumos de energia elctrica activa, do dia 6-4-2008 a 11-4-2008, de um contador associados a uma tarifa (T1). O contador est associado a um concentrador de Vilarinho Baiona.

Figura 15 Resultado de uma aplicao do DbManager.

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Sistema de relatrios (Report System)

Figura 16 SEP Report.

O SEP2 Report tem a capacidade para aceder, processar e expor diferentes dados do SEP2 numrica e graficamente. (8) A sua principal funo combinar os resultados das medies de forma a fornecer documentao para clculos de facturao, prognsticos, gesto e controlo do consumo energtico. O SEP2 produz relatrios que podem ser consultados num monitor, gravados para ficheiros de vrios tipos ou imprimidos. (8) Toda a informao que o SEP2 Report necessita para construir os relatrios obtida da base de dados do SEP2. Esta aplicao suporta vrias operaes: matemticas, comparativas, booleanas, trigonomtricas e estatsticas. (8) Como exemplo de aplicao do SEP2 Report, na prxima figura esto representados todos os contadores associados a um concentrador de Vilarinho Baiona, bem como os consumos por estes contabilizados, diferenciados por trs tarifas, no perodo temporal de 1 de Abril de 2008 a 11 do mesmo ms e ano.

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Figura 17 Resultado de uma aplicao do SEP Report.

Sistema de validao (Validation System)

O SEP2 Validation um sistema que procede validao de dados, correndo nos sistemas operativo Windows 2000 ou XP. (8) Esto includos como procedimentos de validao: sum test; daily average history test; missing data test; min/max test; profile test; control measurement test; history test; meter time test; KVARh test. (8) Todos os procedimentos podem ser feitos manualmente atravs de um pedido do operador ou automaticamente num perodo definido. O resultado do processo de validao um ficheiro XML com a informao sobre os pontos de medio que falharam e passaram os procedimentos de validao. (8)

41

Sistema de estimao (Estimation System)

Na base de dados encontram-se dados que passaram e dados que falharam os pedidos de validao. Os resultados que falharam so processados e escritos novamente na base de dados. Para este efeito utilizado o sistema de estimao. Este mdulo uma parte da aplicao SEP2 Report. (8) O sistema de estimao tem as seguintes tarefas principais: prever ausncia de resultados; ajustamento e reavaliao dos resultados invlidos; escrita dos resultados novamente para a base de dados. Usa algoritmos para calcular os dados requeridos. (8)

SEP2 WebService

Este servio disponibilizado no Internet Information Server (IIS). Possibilita um simples acesso, controlo e supervisionamento do sistema aos sistemas de informao de negcios externos e utiliza protocolos reconhecidos como XML SOAP, WSDL e HTTP. (8) Os sistemas de informao externos obtm um acesso indirecto base de dados do SEP2 por meio do SEP2 WebService: lista de grupos de contadores; lista de contadores num grupo; valores dos registos lidos; perfil do contador lido; eventos do contador lido. (8) A principal razo para a integrao do SEP2 WebService no sistema do SEP2 a possibilidade da integrao simples do sistema SEP2 no sistema informtico do cliente. (8)

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AMR Manager

O sistema central equipado por solues industriais de ponta, a nvel de gesto de sistemas e de redes de trabalho Hewlett-Packard Openview Network Node Manager 7.5 com extenso do AMR Manager para o HERMES SoftLab. (8) O Network Node Manager um produto para monitorizar e gerir a rede e o sistema de computadores enquanto a extenso do AMR Manager para o Openview do HERMES SoftLab cobre a gesto dos dispositivos do sistema de telecontagem (concentradores e contadores). Utilizando estas ferramentas torna-se possvel monitorizar e detectar falhas via alarme para todos os elementos do sistema. (8) O Openview Network Node Manager (OV NNM) recolhe constantemente todos os parmetros relevantes das comunicaes das redes. (8) Para alm disso, no sistema central, o AMR Manager recolhe regularmente estatsticas acerca as comunicaes com os concentradores e contadores. As estatsticas das comunicaes esto disponveis na forma de relatrios pr-definidos. (8) OV NNM e AMR Manager monitorizam constantemente todos os concentradores, contadores e equipamentos da rede. (8)

Messaging

O programa SEP2 Messaging foi concebido para importar e exportar mensagens da base de dados, bem como transferir mensagens da origem para o destino da fonte, enquanto realiza converses, anteriormente especificadas, de formatos das mensagens. Recebe e envia mensagens mediante canais. Cada canal uma biblioteca standard com uma interface especfica, o qual assegura extenses para canais no suportados. (8) A importao/exportao automtica de dados suportada em vrios formatos. usado internamente um formato uniforme (SEP2 Messaging format), sendo este escrito43

em XML. Todos os dados recebidos so convertidos no formato interno, podendo ser importados pela base de dados ou convertidos em qualquer outro formato de sada. A exportao de dados tem um procedimento semelhante. A converso de dados realizada por adaptadores. (8)

5.5.2 MeterViewEste software uma ferramenta poderosa utilizada pela empresa. Permite aceder remotamente aos registos de leitura do contador, visualizar diagramas de carga (dirios ou completos (de um dia at a outro)) de consumidores e o log book dos contadores, programar os contadores de forma remota, realizar a exportao de ficheiros (do formato .dro data red-out para ficheiros Excel) para clientes.

Na figura seguinte, encontra-se, como exemplo de aplicao, o diagrama de cargas do dia 7-3-2007 de um consumidor (industria), acedido pelo software MeterView.

44

Figura 18 Diagrama de cargas do dia 7-3-2007 de um consumidor, visualizado no MeterView.

45

Referncias/Bibliografia(1) - http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/AboutEDP/HotIssues/IberianElectricityMarket/Default.htm (2) - http://www.omip.pt/monofolha.php?id=33 (3) - Plano de Compatibilizao Regulatria entre Portugal e Espanha no sector energtico; Pg. 1-12; 8 de Maro de 2007. (4) - Consulta Pblica sobre o Plano de Substituio e Funcionalidades Mnimas dos Contadores para o Segmento dos Clientes Domsticos e Pequenas Empresas, ERSE; pg. 1-34; Outubro de 2007. (5) Funcionalidades Mnimas e Plano de Substituio dos Contadores de Energia Elctrica, ERSE; pg. 1-9; Dezembro de 2007. (6) - Smart Metering: The holy grail of demand side energy management?, Capgemini; pg. 2-7; 2005. (7) - http://www.iskra.pt (8) Iskraemeco Residential AMR System Description, Iskraemeco; pg. 10-21.

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Anexo 1

Resposta do Chefe da Casa Civil do Presidente da Repblica

47

48

Anexo 2

Principais vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de memria

49

Tipo de memria

Vantagens - Consome menos recursos do CPU - Rpida

Desvantagens - Conservao dos dados depende do sistema de alimentao de recurso - Probabilidade elevada de perda de todos os dados em caso de falha de alimentao

Voltil interna

-Diminui o nmero de componentes - Pode reduzir o preo do contador e aumentaro tempo mdio entre falhas - A memria interna do tipo Flash conserva os dados no caso de falha de alimentao externa

- A memria interna do tipo Flash limita significativamente a expansabilidade

No voltil interna

- Rpida - Diminui o nmero de componentes - Pode reduzir o preo do contador e aumentaro tempo mdio entre falhas - Permite ampliao de capacidade sem alterao da configurao do circuito impresso ou do firmware - Reduz o custo da expansabilidade Capacidade de armazenamento - Aumenta o custo do contador ao adicionar trs componentes, a memria e duas resistncias de pull-up

No voltil externa

independente da limitao do chip principal - Capacidade de reteno de informao muito elevada

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Anexo 3

Vantagens e desvantagens de solues para a funo de corte e reposio de tenso de alimentao

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Tipo

Vantagens - Simplicidade na conjugao de rearme/desarme entre o modo manual e remoto

Desvantagens - Necessita de cablagens entre o contador e o disjuntor - Dificuldades e custos acrescidos em

Contador separado do disjuntor

- Facilidade de aplicao a quase todos os disjuntores de mercado

situaes em que o contador est muito afastado do disjuntor - A existncia de sada de rel aumenta o custo global do equipamento

- Possibilidade de realizar o corte e a reposio remota ou local - Permite regular a potncia mxima Contador com disjuntores incorporados ou acoplados disponvel - Ausncia de cablagem - Aplicvel maior parte das situaes actuais sem necessidade de substituio de disjuntores - Soluo mais econmica Contador com injeco de corrente no disjuntor diferencial -Simplicidade e o remoto na conjugao de

- Aumento do custo final do contador

-

S

funciona

com

disjuntores

diferenciais rearme/desarme entre o modo manual

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Anexo 4

Vantagens e desvantagens de solues para a fonte de alimentao

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Tipo activa e reactiva

Vantagens - Consumo muito reduzido de energias

Desvantagens - Susceptvel de avarias devido exposio directa tenso alternada da rede

Condensador

- Aquecimento interno reduzido - A necessidade de conseguir uma - Baixo volume ocupado e nmero baixo de componentes adjacentes capacidade elevada num espao reduzido levanta problemas ao nvel da rigidez dielctrica - Quando o consumo interno elevado, e.g. - Elevado nmero de componentes alimentao de DLC,

Fonte comutada

drivers

recomendvel a sua utilizao apesar de uma maior complexidade - Soluo tradicional de baixo nvel tecnolgico - Peso e volume elevados sobretudo em contadores trifsicos - Soluo pouco interessante quando comparada com o custo, peso e desempenho das outras funes

Transformadores

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Anexo 5

Anlise das funcionalidades

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Funcionalidade Medio de energiaEnergia activa nos 2 sentidos (adequado medio em sistemas com produo prpria).

Vantagens relativamente aos contadores tradicionaisPermite uma contabilizao adequada da microgerao de energia, favorecendo o desenvolvimento dessa actividade.

Energia reactiva nos 4 quadrantes.

Reduz a subsidiao cruzada que deriva da no facturao explcita de energia reactiva (actualmente a facturao tem por base a potncia contratada aparente e no a potncia activa).

Potncia mxima de 15 minutos.

Permite adequar a potncia contratada de cada consumidor ao mximo efectivo das suas necessidades em vez de se escolher um escalo de potncia partida que pode no ser adequado.

Registos de 15 minutos.

Permite conhecer os perfis de consumo reais dos clientes e reduzir a subsidiao cruzada nos custos de energia entre clientes.

Registo da data e hora do perodo de potncia activa mxima.

Instrumental na dos consumos.

facturao

da potncia

contratada. Permite estudar a simultaneidade

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Capacidade de armazenamento de informaoPerfis de 15 minutos para as energias activa e reactiva durante um mnimo de 3 meses. Funcionalidade de carcter operativo ou instrumental. Permite alguma flexibilidade e redundncia na aquisio de dados de consumo.

A

existncia

de

maior

capacidade ainda

de

armazenamento

permitir

maior

flexibilidade na aquisio de dados de consumo, por exemplo em consumidores com consumos muito reduzidos ou no caso de dificuldades tcnicas na aquisio remota de dados.

TarifasAgregao das medidas em pelo menos 6 perodos programveis. Maior diversidade temporal de preos face s possibilidades actuais (em BTN com potncia contratada at 20,7 kVA), reduzindo a subsidiao cruzada entre consumidores. Possibilidade de existirem pelo menos 3 perodos tarifrios em cada dia. Maiores discriminaes de agregao de consumos permitem dos um ainda melhor com conhecimento consumos

consequente melhoria da previsibilidade dos diagramas de consumo agregado de cada comercializador e reduo da necessidade de mobilizao de reserva terciria. Capacidade de programar localmente os ciclos de contagem. Possibilidade de operar o contador em modo de prpagamento. Os equipamentos actuais j possuem esta capacidade. Vantagens na flexibilizao da oferta comercial. Reduo de conflitos relacionados com dificuldades de cobrana.

57

Possibilidade de oferecer mais do que uma tarifa (por exemplo, conjugando as grandezas para facturao do acesso e outras diferentes definidas pelo comercializador para a energia).

Vantagens comercial.

na

flexibilizao do

da

oferta mercado

Dinamizao

liberalizado por permitir maior flexibilidade na estratgia comercial dos agentes de mercado.

Comunicao com o contadorPossibilidade de utilizar diferentes meios de comunicao tais como GSM, GPRS, PLC, etc. Reduo ou eliminao dos custos com a leitura local. Reduo da interveno humana no processo com consequente aumento da fiabilidade do sistema. Permite a eliminao da facturao por estimativa reduzindo os custos de facturao e o contencioso associado. Protocolos de comunicao preferencialmente Independncia face ao fornecedor dos

pblicos/standard.

equipamentos de medida com vantagens econmicas de mdio prazo no mercado de oferta de equipamentos de medio. Maior flexibilidade dos sistemas.

Comunicao local com terminais portteis via porta srie, ptica ou outra.

Funcionalidade de carcter operativo ou instrumental.

Actuao/Parametrizao remota do contadorMudana de ciclo de contagem ou opo tarifria. Reduo ou eliminao dos custos com a interveno no local.

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Deslastre selectivo de cargas (por exemplo, em aplicaes de domtica).

Flexibilidade aproveitada

comercial pelo

que

pode de

ser rede

operador

(envolvendo a procura na gesto do sistema), pelo comercializador (envolvendo a procura na resposta aos preos da energia) ou pelo consumidor (reduzindo a sua necessidade de potncia contratada).

Note-se que a gesto da procura nesta perspectiva passar, pode quer no pela quer mais se limitar s de a capacidades do contador, podendo sempre alterao pelo recurso comportamentos, equipamentos

especificamente

destinados a esta funo. Regulao do controlo de potncia. Reduo ou eliminao dos custos com a interveno no local. Reduo de fraudes. Possibilidade fornecimento. de interrupo/reactivao do Reduo ou eliminao dos custos com a interveno no local.

Interface com o consumidor (incluindo servios de valor acrescentado)Apresentao dos valores acumulados para comparao com os valores da factura. Acesso ao valor instantneo da carga/potncia. Os equipamentos actuais j possuem esta capacidade. Promove comportamentos mais eficientes no consumo e favorece a tomada de deciso no mbito da eficincia energtica. Aviso de potncia mxima atingida. Promove comportamentos mais eficientes no consumo, nomeadamente o controlo do valor mximo da carga pedida rede. Promove a reduo de perdas nas redes.

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Disponibilizao da informao atravs de display autnomo.

Promove comportamentos mais eficientes no consumo e favorece a tomada de deciso no mbito da eficincia energtica, fornecendo maior visibilidade aos consumos de energia.

Visualizao grfica/qualitativa do consumo ou do perfil de consumo.

Promove comportamentos mais eficientes no consumo e favorece a tomada de deciso no mbito da eficincia energtica, fornecendo maior visibilidade aos consumos de energia.

Outras funcionalidades de que so exemplo: apresentao de mensagens no display (prprogramadas ou definidas em tempo real pelo Operador da Rede de Distribuio ou pelo comercializador); apresentao em tempo real do preo da energia no display; alarmes prprogramados para eventos em tempo real (interrupes, alteraes de parmetros do contador, ultrapassagem de valores limite, etc.). Estes alarmes em tempo real podem interessar aos consumidores, aos comercializadores ou ao ORD; alarmes pr-programados para posterior envio de informao ao consumidor (por exemplo, na factura ou por sms).

Promove comportamentos mais eficientes no consumo. Permite envolver de forma mais eficaz a procura na gesto do sistema e da rede, bem como incentivar a resposta dos consumidores a sinais econmicos de custo. Permite diferenciar o servio prestado pelos vrios comercializadores favorecendo o desenvolvimento do mercado liberalizado.

Interface com outros contadoresPossibilidade de concentrar as medidas de outros contadores (gs natural, gua e calor) e de as disponibilizar atravs da infra-estrutura de comunicaes utilizada para transmitir os dados de consumo de energia elctrica. Comunicao bidireccional com estes contadores de modo a poder interagir com eles. Reduo ou eliminao dos custos com a leitura local e aproveitamento de sinergias entre os diversos servios pblicos com consequente reduo de custos para o sector elctrico. Reduo ou eliminao dos custos com a interveno no local e aproveitamento de sinergias entre os diversos servios pblicos com consequente reduo de custos para o sector elctrico.

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Qualidade de servioRegisto do nmero de interrupes longas de Promove a informao dos consumidores sobre a qualidade do servio que lhes prestado redes. Registo da durao das interrupes longas ( 3 minutos). Promove a informao dos consumidores sobre a qualidade do servio que lhes prestado redes. Registo do tempo em que o valor eficaz da tenso est fora dos limites regulamentares. Promove a informao dos consumidores sobre a qualidade do servio que lhes prestado com consequente incentivo melhoria dessa qualidade pelo operador competente. D cumprimento obrigao do operador de rede em registar parmetros de qualidade de servio em diversos pontos da sua rede. Apresentao dos valores caractersticos da onda de tenso e corrente (valor eficaz, frequncia, factor de potncia, etc.). Promove a informao dos consumidores sobre a qualidade do servio que lhes prestado com consequente incentivo melhoria dessa qualidade pelos operadores de redes. D cumprimento obrigao do operador de rede em registar parmetros de qualidade de servio em diversos pontos da sua rede. Alarmes associados aos parmetros de QS (informao potencialmente til para os consumidores com equipamentos sensveis ou para o Operador da Rede de Distribuio que tem a funo de monitorizar esses parmetros em pontos significativos da sua rede). Promove a informao dos consumidores sobre a qualidade do servio que lhes prestado com consequente incentivo melhoria dessa qualidade pelo operador competente. D cumprimento obrigao do operador de rede em registar parmetros de qualidade de servio em diversos pontos da sua rede. com consequente incentivo melhoria dessa qualidade pelos operadores de com consequente incentivo melhoria dessa qualidade pelos operadores de fornecimento ( 3 minutos).

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