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/ a n n o DOMINGO, 2 9 DS DEZEMBRO DE 1901 N.° 2 4
SEM A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A
A s s i g n a t u r aAnno, i$ooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Na cobrança pelo correio, accresce o premio do vale.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.
EDITOR — José Augusto Saloiog RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOSH A L D E G A L L E G A I
P u b l i c a ç õ e sAnnuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,
ÍS 20 reis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto espccial. Os auto- í; graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.
PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
e x p e d i e n t e
A c c e i t a m - s e c o m g r a t i dão q u a e s q u e r n o t i c i a s que s e j a m s le i n t e r e s s e p u b l i c o .
0 NATALPassou a épocha do an
no em que a christandade festeja o nascimento de Jesus, e em que ricos e pobres commemoram essa data gloriosa para a historia da Humanidade.
Nasceu Jesus, humilde entre os humildes, pequeno entre os pequenos, e sempre com os pequenos e com os humildes quiz viver. Foi crescendo, e á maneira que lhe iam augmen- tando as. faculdades physi- cas, ia-se desenvolvendo tambem esse cerebro potente que havia de assombrar o mundo. Creou uma religião nova, toda de amor e de suavidade, toda de doçura e de perdão, religião que chegou a avassallar a terra, prégada por homens de fé e de boa vontade.
Teve essa religião he- roes e martyres, e foi elle 0 primeiro a pagar com a vida o arrojo extraordina- rio de querer reformar o mundo. Durante o seu martyrio nunca lhe sahiu dos labios a minima censura; no momento de expirar perdoou aos seus algozes, dando assim o exemplo mais sublime da bondade humana.
E passados tantos séculos, o que é essa religião ? Muito differente do que Jesus prégou. Elle ensinou a perdoar as injurias, e nós vemos em toda a parte o contrario. Elle queria que os homens todos se amassem e nós vemol-os actualmente sempre em guerras fratricidas. Que triste desil- lusão sentiria o louro filho da Galliléa se viesse novamente ao mundo, vendo este triste sudário de misérias e de vergonhas!
Procuremos regenerar- nos, sigamos as doutrinas do grande Mestre, unamo- nos todos num laco frater
nal, acabemos com os odios, com as intrigaSj com as paixões mesquinhas, extingamos a raça de Caim e sejamos todos irmãos, inaugurando no mundo uma nova era de fraternidade e de amor!
J o a q u im d o s A n j o s
A empreza do jornal 0 Domingo dá as boas festas aos seus estimáveis assi- gnantes,. leitores e collabo- radores, agradecendo-lhes penhoradamente a sua valiosa coadjuvaçáo.
Aproveita tambem o ensejo de participar, que doi.° de janeiro proximo, a redacção, administração e typographia, installar-se- hão no predio n.° 16 do Largo da Misericórdia.
DEVERES DO PADRE
Em cada porochia ha um homern que, de ordinário, não tem familia, mas que tem relações com todas as>familias: é chamado como testemunha, como conselheiro, ou como agente em todos os actos mais solem- nes da vida civil; recebe a creança dos braços da mãe e acompanha o homern até o tumulo, abençoa o berço, a união conjugal, o leito do moribundo e a sepultura; é um homem a quem todos respeitam, e a quem só conhecem pelo nome de—padre. Aos pés delle vão os christãos depôr as mais intimas confissões, o secreto peso da consciência; é por officio o consolador de todas as misérias do corpo e da alma, e obrigado a ser o medianeiro entre a indigência e a riqueza; batem á sua porta ora o rico ora o pobre, este para receber a esmola sem vergonha, aquelle para a depositar sem fausto; está ligado com todas as classes da sociedade; com as inferiores, pela vida modesta e parca, e muitas vezes por humildade de nascimento; com as superiores, pela educação, pela sciencia e pela sublimidade de sentimentos que inspira uma religião philantropica; é um ho
mem, emfim, que tem jus para tudo dizer, e cuja palavra se estranha nos corações e intelligencias com a auctoridade de uma divina missão e o império da fé completa.
Em summa, este homem, é o ministro da religião dj Christo, incumbido de conservar os seus dogmas, propagar a sua moral e diffun- dir os beneficios daquella pura crença, pelo rebanho que lhe foi confiado.
Este sacrosanto mister divide-se em tres qualificações : sacerdote, moralista e administrador espiritual.
Como sacerdote ou conservador do dogma chris- tão, o dogma é por sua natureza tão misterioso e divino, imposto pela revelação e acceito pela fé, e o padre, como todos os fieis, nesta matéria se reporta á sua consciência e á doutrina da egreja; porém, assim mesmo póde o ecclesiastico influir utilmente na pratica da religião entre o povo que ensina. Algumas cre- dulidades triviaes, algumas superstições, populares, se confundiram em tempos de ignorancia com as sublimes crenças do dogma christão puro: superstição é o abuso da fé; e portanto é da obrigação do ministro da religião remover as sombras, que offuscarem e des- feiarem a santidade do christianismo, que é por essencia a civilisação pratica, e se não confunde com pias industrias, ou grosseiras credulidades de cultos erroneos e de decepção. O dever do padre é cortar todos os abusos da fé, reduzir a crença do povo á grave e mysteriosa simplicidade do dogma christão.
No seu mister de theo- logo moral, ainda o exercício pastoral do cura é mais digno de attenção. O christianismo é uma philo- sophia divina, escripta por dois modos: como historia, na vida e morte do Redemptor; como preceito nos documentos sublimes que elle espalhou pelo mundo: o preceito e o exemplo estão reunidos em o Novo Testamento, livro divino,
que o padre deve ter sempre á vista para inteira e completamente se compenetrar da sublimidade das suas expressões, afim de o explicar continuadamente, porque helle se encerra um sentido pratico e social, que illumina e vivifica o procedimento do homern na terra. Não ha verdade moral ou civil que não ap- pareça nos paragraphos do Evangelho: todas as philo- sophias modernas fabricaram codigos moraes a seu modo, mas esses decahiram logo e esqueceram em pouco; porque a philantropia nasce tão somente do primeiro e unico preceito: a caridade dictada pela lei divina; a par da philantropia caminha a liberdade, e não ha escravidão alírontosa que se atreva a subsistir em presença do clarão daquella virtude: a egualdade politica derivou do reconhecimento da nossa egualdade e con fraternidade perante o Eterno: suaviza- ram-se as leis, aboliram-se os costumes deshumanos, estalaram os grilhões; a mulher reconquistou o respeito e o logar que lhe era devido no coração do homem; á proporção que as palavras do christianismo foram soando pelo meio dos séculos, desabaram os erros ou tyrannias; e se al- gumas passageiras maculas velavam por tempos o seu esplendor, prestes resurgia mais radiante; podemos dizer que todo o mundo actual com.suas leis, usos, instituições e esperanças, não é senão o resultado do verbo evangelico mais ou menos encarnado na civilisação moderna. Mas a sua obra não está inteiramente cumprida: a lei do progresso ou de aperfeiçoamento, que é a idéa activa e poderosa da rasão humana, tambem póde e deve firmar-se na fé evangelica: aquelle divino livro manda que não paremos no caminho do bem, e nos instiga para subirmos á perfeição de que formos susceptíveis, prohi- be-nos desesperar do melhoramento da humanidade ; e quanto mais obrir-
mos os olhos mais promessas se nos revela em seus mysterios, mais verdade em seus preceitos, melhor futuro em nossos destinos.
Tem por isso o padre nesse livro toda a rasão, toda a moral, todos os elementos de civilisação: abre e espalha com mão larga o thesouro de luz e de per- fectibilidade, cuja chave lhe foi entregue pela Providencia. Mas seja como o de Christo o seu ensino, por palavra e por exemplo; a sua vida deve ser, quanto é compativel com a humana essencia, uma explicação sensivel da doutrina que persuade, isto é, uma palavra viva que convença as ovelhas do seu rebanho e traga a bom caminho as que andarem desgarradas; a egreja o collocou n’aquelle posto mais como exemplo do que como oráculo : a palavra que todos entendem é o bom viver, não ha linguagem tão eloquente e tão persuasiva como o exercício da virtude!
O padre é o administrador espiritual dos sacramentos e tambem dos benefícios da caridade; porque é uma especie de esmoler das pessoas abastadas; é consultado em todos os actos de beneíicencia, e na sua probidade descan- çam os que se compadecem da miséria dos indigentes.
Lida o padre nestas cir- cumstancias com os homens de todas as gerar- chias; deve conhecel-os; vê-se em contacto com as paixões humanas; ha de ser compassado, prudente e brando.
Vem cahir-lhe debaixo das suas attribuições os erros, os arrependimentos, as misérias, as precisões da mesquinha humanidade, que tanto flagellam ricos, como pobres, posto que em variados graus, e o padre ha de remediar, se pode, precisando sempre de solicitar os lenitivos do mal; e quando remedtos não valem ha cie espargir o bal- sarno da consolação. Precisa ter o coracão bem cheio>de tolerancia, de misericórdia, de mansidão e de ca-
2 O DOMINGO
ridade! E se estas virtudes lhe não inundarem por completo a alma, não será bom padre.
Os direitos e deveres civis dos curas dalma cifram- se nestas palavras: ser bom christão. Lá estão os Evangelhos que são o seu codi- go, e as leis da sociedade os não contradizem. Todos devem comprehender bem o sentido d’estaphrase,mas o padre ha de profundar, anatomisar esta idéa, deve ser esse o seu pensamento unico: porquanto que distancia vae da ovelha ao pegureiro? que differença do mestre ao discipulo?
Contemplemos agora o padre, digno deste nome, no extremo da sua carreira: alvejaram-lhe as cãs, já as mãos tremulas mal podem erguer o calix, a voz sumida já não faz echo no santuario, mas ainda sôa nos corações do seu querido rebanho; morre emfim, e uma lousa, talvez sem nome, ou alguns punhados de terra lhe cobrem os ossos no cemiterio commum. E esse homem, que foi repousar na eternidade, terá em lagrimas sinceras, vertidas por muito tempo, a recompensa do desempenho do seu ministério sagrado.
E’ geral o descontentamento para com o parocho desta freguezia, e, segundo nos consta não é sem razão. Custa-nos termos de reprovar maus procedimentos sejam de quem fôr, mas é este o nosso dever. Temos de o cumprir. Não vimos aqui atirar com lodo ás faces de ninguém, mas pedir delicadamente o cumprimento dos deveres áquelles que os não cumprem como devem. O padre tem por dever ser um bom conselheiro. Mas em primeiro logar um exacto cumpridor dos seus conselhos. «Infelizmente sois um bom conselheiro, mas não pareceis bom cumpridor. Para que apregoaes publicamente Caridade, ó Pa
dre, se sois o primeiro a pôr de parte essa virtude?» A uma viuva, talvez cheia de dividas, pela doença do marido a quem Deus pediu contas, não se exige assim exorbitancias.
Sêde justo, e sereis bom padre.
M endes S*Í5*lieiroFoi obrigado a estar de
cama durante alguns dias, devido a um fortíssimo ataque de grippe, este nosso exellente amigo; mas, devido a um seveno tratamento e indispensável resguardo, a traiçoeira doença foi debellada e o sr. Mendes Pinheiro encontra-se em via de completo restabelecimento, o qCie cordialmente estimamos, como quem estima o bem estar d’um tão sincero quanto valioso amigo.
lY o v a & a l c h i c b a r i a Abre na terça-feira, 3 i
do corrente, uma nova sal- chicharia pertencente ao sr. Antonio Joaquim Relo- gio, ao lado do talho n.° 2 pertencente a seu filho José Paulo Relogio. Brevemente se distribuirão prospectos.
UstssMjí IlhasEntrará no primeiro do
anno em circulação um novo typo de estampilhas íiscaes, designação que substituirá as múltiplas classes de formulas até aqui representativas do imposto do sello, decimas de juros, propinas, contribuição industrial, etc.
S a r i l h o s © r & i s d e sQueixam-se-nos daquel-
la localidade que a estrada que conduz do largo do Rocio ao Porto da Sociedade se encontra em péssimo estado, achando-se, porém, intransitavel a ponto d i quem tiver de ir ao Porto, ter de servir-se das propriedades alheias.
Impossível!A ’ digníssima camara,
pois, pedimos as costumadas providencias.
Q O F R E B E P É R O L A S
A F id a icu iu h a
A LUD GERO VIAN NA.
A ’s vezes, ao vêr passar Esta «Venus» caprichosa.Que tem tanto de formosa Como de expressão no olhar,
Quizera, emfim, meus, juntar Aos seus labios côr de rosa,E pedir-lhe, de estremosa, Permissão para a beijar.
Mas de medo, o que fazer? Cortejo-a — o que é um dever, P'lo meu.rasgo de influencia,
E digo ao vêl a em grandeza, Como se fòra dcqueza:—-«Ahi vae Sua Exellencia».
ANTONIO JOSÉ H EN R 1QUES.
A C eife ira
Não ha terra mais honesta Do que a terra em que nasci;Sol que n’outra as faces cresta As almas náo cresta alli!A linieza não é vária Pois não vive solitaria,Mas virtude hereditária Não n'a encontram como alli.
Se ao domingo no terreiro A ceifeira vae dançar Com o seu fato domingueiro Linda, linda d’encantar;Um cortejo tem damores Mas aos seus adoradores Só responde com rigores P.ssa adeante... e vae dançar!
MENDES L E A L .
P E N S A M E N T O SOs homens nasceram uns para os onlros; é portanto
necessário ou ensinal-os ou soffrel-os.— 0 homem tem em si um pharol que 0 deve guiar,
a consciência.— Porque se vê sempre no mundo vencido o bem e
triumphante 0 mal?«E' porque não se olha o tempo que passa.— 0 codigo serve para co rrig ir; o evangelho para
aperfeiçoar.— Ambicionae a honra e não as honras.— 0 homem não é nada sem a mulher, nem a mu
lher sem o homem, deante do Eterno. — S. Paulo.
A N E C D O T A S
Um hespanhol, montado ri um estropiado rocmante, balia d meia noite d poria da unica estalagem que havia numa aldeola. 0 estalajadeiro, brutal e tapado como a porta em que batia o viajante, sentou-se na cama e perguntou de dentro:
Quem é?— Sou D. Sancho Ajfonso Ramiro Pedro Carlos
Athayde y Gusman de Sanlilhana Poxas dè Stuniga y Man\anares de las Fuentes.
— Tenho só um quarto desoccupado que não chega para tanta gente, respondeu-lhe o estalajadeiro, tornando a deitar-se.
t lt iilit iii iiiiii iiiu ii
- - Todas as noites — di~ia Adelaide a uma sua amiga— sonho que me picam as pernas com ortigas; o que não faria eu para evitar este eterno pesadello ?
— Muito pouca coisa. Dorme com botas de montar.IIM IttlIllltlitlIllilll
N ’um lhealro:Antes de começar o espectáculo o conlra-regra exa
mina a sala e, voltando-se para o empresário exclama em tom desesperado:
— Não ha mais de vinte pessoas na platéa e camarotes. Talvez fosse melhor restituir-lhes o dinheiro.
— Impossível.— A h !— São todos borlistas!
T ro u p e B e r íin iConsta-nos que esta
troupe vem aqui no dia 5 de janeiro dar um concerto.
AGRICULTURAC ultura do ceniteio
Quando a sementeira do centeio é feita em terra bem estrumada, distribui- se menos quantidade de semente, porque cada grão lança muitas hastes, as quaes, tendo o espaço necessário, se desenvolvem vagarosamente, resistindo ao rigor das estações e of- ferecendo uma producção abundante. Ficando bastante a sementeira, nota-se no centeio uma vegetação acanhada, tornando-se susceptível de ser derribado, ao espigar, quando haja chuva ou ventos, e dando assim um rendimento muito inferior.
Nas terras leves e seccas deve, pelo contrario, deitar-se mais semente, pois não havendo, como é claro, multiplicação das hastes, é necessário maior numero de grãos, para não ser diminuta a producção.
Além d’isto devemos observar que se colhe melhor resultado com a sementeira em margem do que em plano, sendo para notar que nas terras inclinadas devem os regos ser feitos de maneira que as aguas se não exgotem d elles, pois que o fim principal é tir- ral-as das margens e não dos regos.
Muitos la vradores abrem os regos inconsideradamente ao declive da terra, processo es:e que é contra todas as regras, pois que, com as chuvas, corre das margens a substancia do estrume, e os referidos regos leram-a a extremidades do campo ou mesmo :õra d’el!e.
Sementeiras de cereacs de pragana requerem terra bem preparada com mais duma lavra e estrume miudo. Toda a terra
FOLHETIM
Traducção de J. DOS ANJOS
A ULTIMA CRUZADAX X V III
Não tivera tempo nem gosto para possuir uma amante declarada. Mudava de mulheres como de camisa, mas sabia occultar perfeitamente os seus vicios.
Tinha um ar irreprehensivel de ho mem da boa sociedade e arvorava ostensivamente a roseta amarella e vermelha de S. Gregorio o Grande que o Papa lhe conferira em Roma «em recompensa dos serviços pres
tados á causa da Santa Madre Egre- ja.»
Fundara o Banco Pontifical e os Pyreneanos que eram as primeiras ramificações do Credito Continental.
X X IX
— Ora! é a eterna fabula das uvas verdes! dizia Ribeaucourt, com o seu riso de jogador feliz. O dinherio que vem quando a gente está a dormir não é para desdenhar, e estou bem certo de que, se Arthur K ru bstein entregasse ámanhã a alma a Deus haviam de levantar-lhe estatuas como se fosse um grande homem...
— E quanto tempo durará essa comedia? perguntou La Croix-Ramil- les.
O dinheiro que todos os dias lhe
gritavam aos ouvidos importunava-o como picadas incessantes de mosca.
A sua franqueza tornou-se quasi insolente e não se dirigia só a Ribeaucourt, mas a todos os que áquel- la hora começavam a sua partida ou liam os jornaes no salão.
— Isto ha de durar o que durou o banco de Mississipi... E o resultado será este: familias deshonradas, arruinadas, suicídios, casas commer- ciaes fechadas, venderem-se a peso de pnpel as acçóes que se vendiam a peso de ouro .. E acabou-se o credito e o dinheiro... Miséria e companhia. .. Diga-me lá, Ribeaucourt, é a isto que chama as uvas verdes?
Estas phrases breves cahiam no meio de um silencio hostil. O salão ia-se esvas-ando.
La Croix Ramilles fingia não dar por isso. Estava n’um dos seus maus
dias de creança terrivel em que nem respeitava os seus melhores amigos.
— Não tem exito nenhum o pro- pheta Jeremias! exclamou elle. O que diz a isto, general?
O general Bosq não se moveu.Dormitava pesadamente deante do
seu copo de absintho, do qual bebera tres quartas partes. As palpebras abriam-se-lhe e fechavam-se-lhe. Soprava como uma baleia.
O general alugára recentemente uma casinha em Rueil, onde as proxenetas lhe levavam rapariguitas dos quatro cantos de P aris...
Vinha cançado de uma tarde de devassidão. Procurando nas mãos tremulas o copo, relembrava-se, com uma especie de cubica gulosa, da rapariga fresca e rosada, já viciosa como uma ramalheteira do «boulevard». que fòra ter com elle em cabello,
com um avental cheio de nodoas de tinta e uma pasta cheia de cadernos de escripta.
A idéa de a tornar a vêr queimava- lhe o sangue. Tinha uma pouca de saliva nos labios entreabertos por um sorriso idiota.
Todos tinham sahido já.La Croix-Ramilles bateu-lhe fami
liarmente no hombro.— Eh, meu amigo, exclamou elle,
quer vir ceiar commigo? Bem sabe que aqui náo se dorm e...
X X X
O general Bosq acabava de jogar a sua partida quando o criado lhe foi dizer que dois senhores pediam para falar com elle a respeito de negocios urgentes.
(Continuuj.
convem as i eferidas se mesteiras, menos a demasiadamente humida ou encharcada d agua.
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A lm a m a e h I S e r í r a a s d
Acabamos de receber o Almanach Bertrand para 1902, coordenado por Fernandes Costa, (3.° anno de publicação). Antiga Casa Bertrand, José Bastos, editor, rua Garrett, 73 e 75, Lisboa.
456 paginas, a duas co- lumnas, formato Hachette e 5g3 gravuras. Tem uma esplendida capa chromo-li- thographica, a 8 cores e ouro.
O Almanach Bertrand não faz reclamos a si mesmo; annuncia-se, apenas. Apresentando-se ao publico, toma-o para juiz imparcial do seu verdadeiro valor. A’ acceitação com que foi recebido, desde que ap- pareceu a vez primeira, corresponde manifestando de anno para anno melhoramentos e progressos, que se não podem contestar.
O Almanach Bertrand, para 1902 tem mais 36 paginas e q3 gravuras que o de 1901, e mais 156 paginas e 96 gravuras, que o de 1900, o qual foi considerado já um verdadeiro prodigio editorial em perfeição, abundancia e bara- teza, para o nosso meio, como absolutamente o seria em qualquer meio litte- rario e artistico do extran- geiro.
Toda a parte puramente recreativa do Almanach Bertrand é de um fino gosto intellectual, fugindo por completo ás velharias charadisticas, e outras, que já fizeram o seu tempo, e que não são dignas nem de leitores cultos, nem de todos aquelles que procuram recrear o espirito, aug- mentando simultaneamente a sua illustração.
E’ um livro para toda a gente encontrando-se nas suas paginas tudo o que póde interessar, tanto os entendimentos mais altos, como o que póde simplesmente divertir os leitores mais despreoccupados, e que não queiram aproveitar das suas paginas senão o que ellas lhes offerecem para distracção.
Dado o seu volume, a quantidade de matéria que contém, as magnificas il- lustrações qué o adornam, 0 Almanach Bertrand póde affirmar-se que é, no seu genero, a publicação mais barata que se tem feito em Portugal. Brochado, 5oo réis; Cartonado, 600 reis; pelo correio, mais 60 réis.
Antiga Casa Bertrand, rua Garrett, 73, 75, Lisboa.
u IIADEMMECTOJosé Luiz da Silva, Ro-
sendo Avelino da Silva, Adrianna da Silva Repas, Balbina da Silva Gouveia, Virginia Adelaide da Silva, José Fernandes Repas, Joaquim Simão Gouveia e Maria Ignez Moreira da Silva agradecem profundamente reconhecidos a todas as pessoas que durante a traiçoeira doença a que infelizmente succumbiu seu muito estremecido e sempre chorado irmão e cunhado Alfredo Almeida da Silva o visitaram, ou que directa ou indirectamente se informaram do seu estado, e áquelles que nos transes mais aíilictivos lhe deram provas de estima e condolência, assim como ás que se incorporaram no préstito que o conduziu á sua ultima.morada, não podendo tambem deixar de espe- cialisar o exT sr. dr. Manuel Fernandes da Costa Moura, pelo muito zelo e carinho com que sempre o tractou, empregando todos os esforços possiveis da sciencia para o salvar.
A todos, pois, a expressão intima de um sincero agradecimento.
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8 0 RIBATEJOA H N U N C I O
( i . a i®8afoI5ea«S»)
Maximiano Maria Ballegas, e cabeça do casal Marian- na Telles, d’Alcochete, a venda do dominio util composto de uma casa abarra- cada com um ' pequeno quintal sita na Rua do Rato cia villa d’Alcochete, predio foreiro em 155 réisan- nuaes e laudemio de quarentena á Camara Municipal do mesmo concelho. O arrematante, além das des- pezas da praça pagará por inteiro a respectiva contribuição de registo.
Aldeia Gallega do Ribatejo, 21 de dezembro de 1901.
O ÈSCRIVÁ O
Antonio Julio Pereira Mou- tinho.
Verifiquei a exactidão.
O JUIZ DE D IR EIT O
N. Souto.
O DOMINGO
RIBATEJÍa n n u n c i o
( f . a P u b licação)
Pelo Juizo de Direito da comarca d’Aldeia Gallega do Ribatejo, e cartorio do escrivão Silva Coelho, correm editos de 3o dias, citando o interessado Francisco da Veiga Sargedas, solteiro, maior, ausente em parte incerta, e quaesquer interessados nos bens d’el- le, para dentro do referido praso, o ausente tomar por si ou por procurador conta dos bens que lhe pertenceram em sua legitima no inventario orphanologi- co a que se procedeu por obito de sua avó D. Um- belina Rosa da Veiga, viuva, moradora que foi nesta villa de Aldegallega, sob pena de The ser nomeado Curador e quaesquer interessados nos bens cTelle, deduzirem os seus direitos nos termos da lei.
Aldeia Gallega, 7 de dezembro de 1901.
o ESCRIVÃO
Antonio . Coelho.
iiigusto da Silva
Verifiquei a exactidão.
O JUIZ DE D IR E IT O
Antonio Augusto Noguei-
MODISTA
Especialidade em corte e execução de Vestidos, Casacos e Capas, para senhoras e meninas. Dd licções de córte. — Rua de José Maria dos Santos, n.° / / 5 , i.° D.
ALDEGALLENSE— D E —
JQuerendo o proprietário
deste acreditado estabelecimento provar a todos os seus estimáveis freguezes o seu excessivo reconhecimento, e dispensar-lhes eguaes attenções ás que todos lhe teem dispensado, resolveu mais esta vez por este meio, e por prospectos que mandou distribuir a semana passada, participar-lhes que no seu estabelecimento se acha á venda um semnumero de generos alimentícios, magníficos estimulantes do appe- tite, os quaes prenderão a attenção de todo aquelle que queira dignar-se visitar este estabelecimento.
P enhoradissimo, pois, se mostra o proprietário para com os seus numerosos freguezes, enviando-lhes as BOAS FESTAS, filhas da gratidão e não do interesse.
Este estabelecimento acaba de receber as finíssimas
B R O A S D E M I L H Oconi cidrão, e de especie.
Álém das broas, muitos mais artigos que di\em respeito a mercearia.
B A O A S!!! B R O A S!!!
19, LARGO B I EGREJA, 19ALDEGALLEGA
ra Souto.
No dia 12 de janeiro de 1902 á porta do tribunal d’esta comarca ha de ter logar em hasta publica e peio maior preço sobre cento e quarenta mil e no-
AVISO
Pedimos aos srs. assi- gnantes a quem já mandámos 0 recibo, a finesa de
vecentos réis (140^900) pe- 7zos satisfazerem essa im- lo inventario a que se pro-1 portancia em carta regis- cede por obito de Ma rio da tra da, afim de nos evitarem Madre de Deus; marido mais despegas.
D O P O V OPara aprender a ler
por
TR IN DA DE COELHOcom desenhos de
Raphael Bordallo Pinheiro
M O paginas luxuosamente illustradas
A V U L S O 5 0 RS.P E L O C O R R E IO @Q
Descontos para revenda: até 5oo exemplares, 2o°]o de desconto; de 5oo até iooo exemplares, 25°[0; de 1000 a 5ooo exemplares, 3o°|0.
A’ vcEíla cbís todas as 11- v ra iia s «Io paiz. ilhas c iiltm n a i', c aia casa editoraLIVRARIA AILLAUD
Rua do Ouro, 242. i.° — LISBOA
Acceitam-se correspondentes em toda a pm ie.
JOMAESHa para vender collec-
ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idiomas.
Nesta redaccão se trata.
M A P P A S D E P O R T U G A L
Ha para vender mappas de Portugal, não coloridos, ao preço de 6o réis cada um.
Nesta redaccão se diz quem os vende.
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Tijolos das fabricas mais acreditadas do pai", em todas as qualidades, taes como: tijolo burro, furado, inteiro, de alvenaria, curvo para poços e mais applica- çõeS, rebatido, para ladrilho, assim como grande f o r necimento de telha de Alhandra, etc.
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DE
CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO, 18
ASLIÍISCJA L L E f it
JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega-se de todos os
trabalhos typographicos.R. DE JOSÉ M ARIA DOS SAA TOS
AliDBilGAliLJilCÍA
COMPANHIAFABRIL SIIVGERP o r Soo réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador
da casa AiM 'O Clt «& C.a e concessionário em Portugal para a venda das ditas machinas.
Envia catalogas a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.
MERCEARIA ALDEGALLENSEDE
Jo sé A n ton io N u n e s
N ’esle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois 0 publico esta casa.- < c > —-2< 3 S O = € -*
1 9 - L A E G O XD-A. E G R E J A - I 9 - A
A ldegallega do I lib a íe jo
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P ( IV 0D O M I N G <3O A nn s \O N I O S A L O I O
We&te esíaPs-eleelmcjEío eiíeoxtra-se á reB<la pe!«s preços m ais cobetí- íla tijo s. nin variado i»rtim e£ (o de geaeros proprios <Io seea ramo de com- niereio. «ffereee;E«io por Isso as m aíorcs garasaitias aos seus estim áveis fre gueses e a© respeitável pablico.
R U A . D O C A S S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
1(3A L D E G A L L E G A D O R I B A T E J O .
Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende todos os seus arligos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e alguns
A I N D A M A I S B A R A T O SGrande collecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .Selins pretos e de cor para fôrros de fatos para homem, a s s i m como todos os
accessorios para os mesmos.Esta casa abriu uma S E C C Ã O E S P E C I A L que muito itlil é aos habitantes
desta villa, e que éa CO M PR A ÈM L IS B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o \êlo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
BO A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean- cas de todas as edades.
A 'C O R PRETA D’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa t G A N H A R P O U C O P A R A V E N D E R M U I T O .
J O A O B E N T O l N U N E S DE C A R V A L H O88, R. D I R E I T A , 9 0 - 2 , R . DO C O N D E , 2
D E P O S I T O13 33
V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE FA BRICA DE LICORES
G R A N D E D E P O S I T O D l A C R E D I T A D A F A B R I C A DEJANSEN & C. — LISBOA
DE
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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOSVENDIDOS PELO PRECO DA FABRICA
L U C A S & C.A —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
V in h o sVinho tinto de pasto de i.a, litro
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»brancoverde, tinto___ » »abafado, branco » »de Collares, tinto » garrafa Carcavellos br.c» » »de Pal.nella. . . . -i »do Porto, superior »da Madeira........... »
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100 » i 5o » 160 » 240 » 240 » 400 »5 00 »
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200 » [80 »180 n 180 »180 » 280 »
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