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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RUI ANDRÉ MAGGI DOS ANJOS ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE MADEIRA SERRADA DE TRÊS ESPÉCIES DE EUCALYPTUS `

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

RUI ANDRÉ MAGGI DOS ANJOS

ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE MADEIRA SERRADA DE TRÊS

ESPÉCIES DE EUCALYPTUS

`

CURITIBA, 2013

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ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE MADEIRA SERRADA DE TRÊS

ESPÉCIES DE EUCALYPTUS

Tese Apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ciências Florestais da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial à obtenção do titulo de Doutor em Ciências Florestais

Orientador: Prof Dr. Márcio Pereira da Rocha

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CURITIBA, 2013

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RESUMO

Palavras chave: Madeira serrada, Eucalyptus, Contribuição

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Abstrac

Key Words

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO NO SENTIDO MEDULA CASCA MEDIDO ATRAVÉS DO MÉTODO CIRAT-FOREST RELACIONADO COM O FORMATO DAS RACHADURAS DE TOPO............................................................38

FIGURA 2– EXTENSÔMETRO UTILIZADO POR NICHOLSON (1971), COM O DETALHE MOSTRANDO A SEÇÃO DO TRONCO RETIRADA PARA MEDIR A DEFORMAÇÃO ORIUNDA DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO............................................................................43

FIGURA 3-– AMOSTRAGEM UTILIZADA POR NICHOLSON (1971) E (1975) PARA AVALIAR DRL, MASSA ESPECÍFICA E OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS...........................................................43

FIGURA 4-– APARATO UTILIZADO PARA A MEDIÇÃO DA DRL UTILIZANDO O MÉTODO CIRA-FOREST (MÉTODO DO ORIFÍCIO ÚNICO).........................................................................44

FIGURA 5- – ETAPAS DA MENSURAÇÃO DA DRL DESCRITAS POR CARDOSO JR (2004)....................................................................46

FIGURA 6- VARIAÇÃO DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO EM QUATRO ÁRVORES DE E. REGNANS AOS 30 ANOS DE IDADE, MEDIDAS PELO MÉTODO DE NICHOLSON (1971), APROXIMADAMENTE A 1,44 M DE ALTURA DO SOLO............48

FIGURA 7- – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁRVORES COM LENHO DE REAÇÃO REALIZADA POR NICHOLSON ET AL. (1973). ARVORE DO TIPO I APRESENTA TRONCO RETO E COPA DESCOCADA DA ÁREA DO TRONCO EM ATÉ 2 M, ÁRVORE DO TIPO II APRESENTA DEFORMAÇÃO JUNTO A BASE, ÁRVORE DO TIPO III COM TRONCO CURVO E A COPA DESLOCADA DE 4 A 6 M DO BASE.........................................................................48

FIGURA 8- DISTRIBUIÇÃO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO DETERMIADAS PELO MÉTODO CIRAT-FOREST......................49

FIGURA 9- MODELO DE DISTRIBUIÇAO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO NO INTERIOR DA TORA NO SENTIDO MEDULA CASCA..........................................................................................66

FIGURA 10– EXEMPLOS DE PEÇAS SERRADAS RETIRADAS DE POSIÇÕES RADIAIS, NA ESQUERDA MOSTRA O EXEMPLO DE UMA PEÇA ARQUEADA E NA DIREITA UMA PEÇA COM EMPENAMENTO DUPLO, OU SEJA, ARQUEADA E ENCURVADA................................................................................66

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FIGURA 11- APRESENTAÇÃO DO ENCURVAMENTO E DO ENCANOAMENTO........................................................................67

FIGURA 12 - ILUSTRAÇÃO QUE DEMONSTRA O EMPENAMENTO NO SENTIDO LONGITUDINAL, (ENCURVAMENTO)........................67

FIGURA 13 - ILUSTRAÇÃO DO ARQUEAMENTO NO SENTIDO TRANSVERSAL AO CRESCIMENTO DA PLANTA......................69

FIGURA 14 – ESQUEMA DE FORMAÇAO DAS RACHADURAS DE TOPO EM PEÇAS SERRADAS VÁZQUEZ (2001)..................................71

FIGURA 15- LIBERAÇÃO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO DE UMA PEÇA SERRADA..........................................................................71

FIGURA 16 – DEMONSTRAÇÃO DAS RACHADURAS SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA...................................................................72

FIGURA 17– DESDOBRO DE CORTES TANGENCIAIS PARALELO AO CENTRO DA TORA, UTILIZADO NO ESTUDO DE FERREIRA ET AL. (2004)......................................................................................77

FIGURA 18 – DESDOBRO DE CORTES TANGENCIAIS REALIZADO NA PORÇÃO INTERMEDIÁRIA DA SEÇÃO TRANSVERSAL, PRÓXIMO A 1/3 DO DIÂMETRO DA BASE. UTILIZADO NO ESTUDO DE FERREIRA ET AL. (2004).......................................77

FIGURA 19– DIAGRAMA DE CORTE UTILIZADO POR FERREIRA ET AL. (2004), COM CORTES TANGENCIAIS PARALELOS À CASCA..78

FIGURA 20– DESDOBRO TANGENCIAL QUE RETIRA PEÇAS EM CORTES SIMULTÂNEOS.............................................................78

FIGURA 21– DESDOBRO BASEADO EM SERRAS CIRCULARES PARA A RETIRADA DE PEÇAS RADIAIS..................................................80

FIGURA 22 – DESDOBRO PARA TORAS DE EUCALIPTO ACIMA DE 80 CM OBJETIVANDO A RETIRADA DE PEÇAS RADIAIS..............81

FIGURA 23- A ESQUERDA SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR PANDEY ET AL (1984) PARA OBTER PEÇAS TANGENCIAIS, O AUTOR NÃO INDICOU A SEQUÊNCIA DOS CORTES. A DIREITA O SISTEMA USADO PARA SERRAR PEÇAS RADIALMENTE.. .82

FIGURA 24- DIAGRAMA DE CORTE UTILIADO POR SHARMA ET AL (1983) PARA RETIRADA BALANCEADADE PEÇAS SERRADAS ORIENTADAS TANGENCIALMENTE...........................................83

FIGURA 25- DESDOBRO UTILIZADO POR FERRAND (1983), UTILIZANDO SERRA FITA E GIRANDO A TORA EM 90º, PARA A OBTENÇÃO

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DO BLOCO....................................................................................84

FIGURA 26- DIAGRAMA DE CORTE UTILIZADO POR MCKIMM ET AL (1988), USANDO SERRA FITA SIMPLES E SERRA CIRCULAR MULTIPLA DE UM EIXO...............................................................84

FIGURA 27 – SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR ROCHA (2000) PARA OBETNÇÃO DE PEÇAS SERRADAS DE ORIENTAÇÃO TENGENCIAL. UTILIZANDO PERFILADORES PICADORES (A E B) E SERRA CIRCULAR DE DOIS EIXOS (C).............................85

FIGURA 28 – SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR ROCHA (2000) PARA OBTENÇÃO DE PEÇAS SERRADAS ORIENTADAS RADIAMENTE, USANDO SERRA FITA TANDEM (A), SERRA CIRCULAR DE UM EIXO (B) E REFILADEIRA SIMPLES (C)......85

FIGURA 29-ESQUEMA EMPREGADO PARA O DESDOBRO DAS TORAS.......................................................................................................95

FIGURA 30 - ILUSTRAÇÃO QUE DEMONSTRA O EMPENAMENTO NO SENTIDO LONGITUDINAL (ENCURVAMENTO).........................97

FIGURA 31 - ILUSTRAÇÃO DO EMPENAMENTO NO SENTIDO TRANSVERSAL AO CRESCIMENTO DA PLANTA (ARQUEAMENTO)........................................................................97

FIGURA 32 – DEMONSTRAÇÃO DAS RACHADURAS SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA...................................................................97

FIGURA 33- DIAGRAMA DE DESDOBRO SIMPLIFICADO, QUE MOSTRA AS PEÇAS SERRADAS RETIRADAS COM O AUXÍLIO DE SERRA FITA HORIZONTAL E A MADEIRA SERRADA COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA....................................................98

FIGURA 35- DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. SALIGNA.................................................138

FIGURA 36- DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. DUNNII....................................................138

FIGURA 36– DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. GRANDIS................................................139

FIGURA 37 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. DUNNII140

FIGURA 38 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. DUNNII....................................................................................................140

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FIGURA 39 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. DUNNII........................................................................................140

FIGURA 40 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 1 DE E. DUNNII....143

FIGURA 41– DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 2 DE E. DUNNII.....143

FIGURA 42 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 3 DE E. DUNNII....143

FIGURA 43 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 4 DE E. DUNNII....143

FIGURA 44– DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 5 DE E. DUNNII.....143

FIGURA 45 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. SALIGNA....................................................................................................146

FIGURA 46 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. SALIGNA.....................................................................................146

FIGURA 47 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. SALIGNA.....................................................................................146

FIGURA 48 – DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 6 DE E. SALIGNA....................................................................................................148

FIGURA 49– DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 7 DE E. SALIGNA148

FIGURA 50– DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 8 DE E. SALIGNA148

FIGURA 51– DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 9 DE E. SALIGNA148

FIGURA 52– DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 10 DE E. SALIGNA....................................................................................................148

FIGURA 53 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. GRANDIS....................................................................................................150

FIGURA 54 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. GRANDIS....................................................................................150

FIGURA 55 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. GRANDIS....................................................................................150

FIGURA 56 – DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 11 DE E. GRANDIS....................................................................................................152

FIGURA 57– DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 12 DE E. GRANDIS....................................................................................................152

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FIGURA 58 – DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 13 DE E. GRANDIS....................................................................................................152

FIGURA 59 – DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 14 DE E. GRANDIS....................................................................................................152

FIGURA 60 – DIAGRAMA DE VENN PARA DO CLONE 15 DE E. GRANDIS....................................................................................................152

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DE SEU COMPRIMENTO E RESPECTIVOS PESOS................................40

QUADRO 2- CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DO SEU COMPRIMENTO E RESPECTIVOS PESOS................................40

QUADRO 3- CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DE SEU COMPRIMENTO E RESPECTIVO PESO.....................................41

QUADRO 4- VALORES DE DRL ENCONTRADOS POR DIFERENTES AUTORES BRASILEIROS COM ALGUMAS ESPÉCIES DE EUCALYPTUS EM VÁRIOS ARRANJOS DE ESPAÇAMENTO...52

QUADRO 5 – VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA (g/cm3) DE SETE ESPÉCIES DE EUCALYPTUS AOS 16 ANOS PLANTADAS EM ANHEMBI, SP...............................................................................63

QUADRO 6- NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR ESPÉCIE DISPONÍVEIS PARA SELEÇÃO...........................................................................91

QUADRO 7- PLANTAS DISPONIVIES PARA A SELEÇÃO APÓS A EXCLUSÃO DE DIAMETROS INFERIORES A 20 CM.................92

QUADRO 8 – COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES DE DRL ENCONTRADOS NA LITERATURA E CALCULADOS PARA AS ESPÉCIES ESTUDADAS............................................................184

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LISTA DE EQUAÇÕES

EQUAÇÃO 1- ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE LIMA (2000).................................................39

EQUAÇÃO 2 - ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE CRESPO (2000)..........................................39

EQUAÇÃO 3 - ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE WILSON (1985)...........................................39

EQUAÇÃO 4 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE CONRADINE (1980)................................................................40

EQUAÇÃO 5 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE MALAN MODIFICADA POR GARCIA E LIMA (2000).............41

EQUAÇÃO 6 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE BARISKA (1990)......................................................................41

EQUAÇÃO 7 - DETERMINAÇÃO DO ENCURVAMENTO LONGITUDINAL. 68

EQUAÇÃO 8 - DETERMINAÇÃO DO ARQUEAMENTO...............................69

EQUAÇÃO 9 – MEDE O ÍNDICE DE RACHADURAS...................................72

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA ENTRE AS ESPÉCIES PARA A VARIÁVEL MASSA ESPECÍFICA BÁSICA.................................103

TABELA 2- RESULTADOS DA COMPARAÇAO DE MÉDIAS ENTRE AS ESPÉCIES ESTUDADAS............................................................103

TABELA 3 – AVALISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS EFEITOS COMBINADOS DA ESPÉCIE E DO DIÂMETRO.......................................................105

TABELA 4 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. dunnii...........107

TABELA 5- VALORES DA DENSIDADE BÁSICA MÉDIA POR CLONE EM E. dunnii...........................................................................................107

TABELA 6 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. saligna..........107

TABELA 7- RESULTADO DO TESTE DE COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS VALORES DE DENSIDADE BÁSICA MÉDIA PARA OS CLONES DE E. saligna...............................................................108

TABELA 8 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. grandis.........109

TABELA 9 - RESULTADOS DOS VALORES MÉDIOS DA DENSIDADE BÁSICA DOS CLONES DE E. grandis.......................................109

TABELA 10 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO PARA OS FATORES ESPÉCIE E CLASSE DIAMÉTRICA........110

TABELA 11 – RESULTADOS DE RENDIMENTO PARA AS TRÊS ESPÉCIES COM AS TRÊS CLASSES DIAMÉTRICAS E SUMÁRIO DO TESTE DE TUKEY PARA O EFEITO DA ESPÉCIE...................111

TABELA 12 – RESULTADOS DA ANÁLISE DA CONICIDADE DA TORA E DA PRESENÇA DE RACHADURAS DE TOPO..........................112

TABELA 13 - APRESENTAÇÃO DOS DADOS DE RENDIMENTO E RENDIMENTO DESCONTADO APÓS A SIMULAÇÃO DE DESTOPO DEVIDO ÀS RACHADURAS....................................115

TABELA 14 – ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO ENTRE OS CLONES DE E. dunnii....................116

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TABELA 15 – DADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. dunnii...........................................................116

TABELA 16 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO ENTRE OS CLONES DE E. dunnii.............................................117

TABELA 17 – OBSERVAÇÃO DAS PERDAS CAUSADAS PELAS RACHADURAS...........................................................................117

TABELA 18 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO ENTRE OS CLONES DE E. saligna...................119

TABELA 19 - RESULTADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. saligna..............................................119

TABELA 20 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO ENTRE OS CLONES DE E. saligna............................................120

TABELA 21 – RESULTADO DO RENDIMENTO E DO RENDIMENTO DESTOPADO PARA TORAS DOS CLONES DE E. saligna.......120

TABELA 22 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E.grandis.....................................................................................121

TABELA 23 - RESULTADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. grandis..............................................121

TABELA 24 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO PARA OS CLONES DE E.grandis............................122

TABELA 25 – RESULTADOS PARA O RENDIMENTO E O RENDIMENTO DESTOPADO PARA OS CLONES DE E. grandis......................122

TABELA 26 - RESULTADOS DOS VALORES DE DESBITOLAMENTO EM ESPESSURA E LARGURA.........................................................124

TABELA 27 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE ENCURVAMENTO PARA OS EFEITOS DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA...............................................................125

TABELA 28 - RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) INCLUINDO O EFEITO DO DIÂMETRO..................................................................................126

TABELA 29 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO MÉDIO (MM/M) DAS TRÊS

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ESPÉCIES...................................................................................127

TABELA 30 – RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO DAS ESPÉCIES.......................................127

TABELA 31 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE RACHADURA PARA AS TRÊS ESPÉCIES.............129

TABELA 32 – ANÁLISE DAS VARIÂNCIAS DO ÍNDICE DE RACHAMENTO OBSERVANDO AS MÉDIAS COMO SE CADA CLASSE DIAMÉTRICA FOSSE UM TRATAMENTO.................................130

TABELA 33 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO PARA AS DIFERENTES CLASSES DIAMÉTRICAS............................................................................130

TABELA 34 – RESULTADOS DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA OS CLONES DE E. dunnii................................................154

TABELA 35 – RESULTADO DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA TÁBUAS ORIUNDAS DOS CLONES DE E. SALIGNA....154

TABELA 36 – RESULTADO DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA TÁBUAS ORIUNDAS DOS CLONES DE E. grandis........155

TABELA 37- RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE E.dunnii.......................................................159

TABELA 38 - RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE E.saligna.....................................................160

TABELA 39 - RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE E.grandis.....................................................161

TABELA 40 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E.dunnii...................................165

TABELA 41 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E. saligna.................................170

TABELA 42 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E. grandis.................................173

TABELA 43 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA ENTRE OS VALORES DE DRL ENTRE AS ÁRVORES DAS TRÊS ESPÉCIES..........................182

TABELA 44 – COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS DE DRL PARA AS TRÊS ESPÉCIES ESTUDADAS............................................................182

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TABELA 45 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA DAS MÉDIAS DE DRL PARA O EFEEITO DO DIÂMETRO.......................................................185

TABELA 46 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. dunnii...............................187

TABELA 47- COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES DE E. dunnii....................................................................................................187

TABELA 48 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. saligna..............................188

TABELA 49 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. saligna...............................................................................188

TABELA 50 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. grandis.............................189

TABELA 51 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES DE E. gRandis.......................................................................................189

TABELA 52 – CORRELAÇÕES LINEARES DE PEARSON ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DENDROMÉTRICAS E O RENDIMENTO COM A DRL................................................................................191

TABELA 53 – CORRELAÇÃO DE PEARSON ENTRE A DRL E AS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE QUALIDADE DE MADEIRA SERRADA...................................................................................194

TABELA 54 – RESUMO DAS ANÁLISES DO TESTE DE ADERÊNCIA.....224

TABELA 54 -- TESTE DE BARTLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3)........................................................................................227

TABELA 55 – TESTE DE TUKEY-KRAMMER PARA COMPARAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA ENTRE AS ESPÉCIES...................................................................................227

TABELA 56 - TESTE DE BARTLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E. dunnii.................228

TABELA 57 - TESTE DE BARLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E .grandis...............228

TABELA 58 - TESTE DE BARLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E . saligna..............229

TABELA 59 – TESTE DE BARTELET PARA O EFEITO DA ESPÉCIE E DO DIÂMETRO SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3).230

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TABELA 60 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA OS RENDIMENTOS DAS ESPÉCIES...............................................230

TABELA 61 – TESTE DE BARTLETT PARA VARIÂNCIAS DE RENDIMENTO DOS CLONES DE E. dunnii........................................................230

TABELA 62 – TESTE DE BARTLETT PARA VARIÂNCIAS DE RENDIMENTO DESCOBTADO AS RACHADURAS DOS CLONES DE E. dunnii....................................................................................................231

TABELA 63 – TESTE DE BARTLETT PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DOS CLONES DE E. saligna......................................................232

TABELA 64 – TESTE DE BARTLETT PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADO AS RACHADURAS DE DESTOPO PARA OS CLONES DE E. saligna...............................................................232

TABELA 65 – TESTE DE BARTLETT PARA MÉDIAS DOS RENDIMENTOS DOS CLONES DE E.grandis.......................................................233

TABELA 66- TESTE DE HOMOGENIEDADE DAS VARIÂNCIAS PARA OS DESBITOLAMENTOS.................................................................234

TABELA 67 – ANALISE DE VARIÂNCIA PARA OS DESBITOLAMENTOS 234

TABELA 68 – TESTE HOMOGENIEDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O INDICE E PARA O EFEITO DO DIÂMETRO DO ÍNDICE E.......234

TABELA 69 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DAS TRÊS ESPÉCIES........234

TABELA 70- COMPARAÇAO DE MÉDIAS ENTRE OS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DAS TRES ESPÉCIES........234

TABELA 71 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA O INDICE DE ENCURVAMENTO SOB O EFEITO DA CLASSE DIAMÉTRICA E DA ESPÉCIE...............................................................................235

TABELA 72 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O ÍNDICE DE ARQUEAMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA...............................................................236

TABELA 73 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO ENTRE AS ESPÉCIES................................................................236

TABELA 74 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA.....236

TABELA 75 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS.............237

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TABELA 76 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS ÍNDICES DE RACHAMENTO ENTRE AS ESPÉCIES.....................................237

TABELA 77 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO SOB O EFEITO DA CLASSE DIAMÉTRICA.. . .238

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – GRÁFICO REPRESENTANDO OS VALORES DE DRL DE UM CLONE DE EUCALYPTUS SP. NOS QUATRO PONTOS CARDEAIS....................................................................................51

GRÁFICO 2 – MODELO POLINOMIAL AJUSTADO POR CARDOSO JR ET AL. (2005) QUE CORRELACIONA DA CORRELAÇÃO ESPAÇAMENTO E DRL...............................................................52

GRÁFICO 3 – MODELO POLINOMIAL AJUSTADO POR CARDOSO JR ET AL. (2005) QUE CORRELACIONA DA CORRELAÇÃO IDADE E DRL...............................................................................................52

GRÁFICO 4 – BOYD (1950) DEMONSTRA A DISTRIBUIÇÃO TEÓRICA DAS TENSÕES NO SENTIDO TRANSVERSAL DO FUSTE................54

GRÁFICO 5 – NICHOLSON (1973) DEMONSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES, CONFIRMANDO AS AFIRMAÇÕES FEITAS POR BOYD (1950).................................................................................55

GRÁFICO 6 – VARIAÇÃO DA DRL AO LONGO DA ALTURA MENSURADA POR CHAFE (1981). NO EIXO Y DO GRÁFICO ESTÃO COLOCADOS OS VALORES DAS TENSÕES E NO EIXO X, A VARIAÇÃO DA ALTURA, DE 2M EM 2M......................................56

GRÁFICO 7 – RELAÇÃO ENTRE CLASSE DIAMÉTRICA E DRL REALIZADA POR TRUGILHO (2005) PARA CLONES DE e. dunnii......................................................................................................57

GRÁFICO 8 – COEFICIENTE E CORRELAÇÃO LINEAR ENTRE A ALTURA COMERCIAL E A DENSIDADE BÁSICA DE CINCO PROCEDÊNCIAS DE E. SALIGNA...............................................62

GRÁFICO 9– COEFICIENTE E CORRELAÇÃO LINEAR ENTRE A ALTURA COMERCIAL E A DENSIDADE BÁSICA DE DUAS PROCEDÊNCIAS DE E. GRANDIS..............................................63

GRÁFICO 10 – ILUSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA EM FUNÇÃO DA ALTURA DE E. nitrens E E. globulus ENCONTRADO NO ESTUDO REALIZADO POR ROZAS (2002)..........................64

GRÁFICO 11 – COMPARAÇÃO DOS ENCURVAMENTOS DA MADEIRA RESSERRADA POR SERRA CIRCULAR COM SERRA FITA HORIZONTAL.............................................................................133

GRÁFICO 12-- COMPARAÇÃO DOS ARQUEAMENTOS DAS PEÇAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR E SERRA FITA HORIZONTAL.............................................................................135

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GRÁFICO 13- COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE RACHADURA DAS PEÇAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR E SERRA DE FITA HORIZONTAL.............................................................................136

GRÁFICO 14- DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUENCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 11086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E.DUNNII.....................................................................................142

GRÁFICO 15 – DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CLASSAS DE QUALIDADE DA NORMA NBR 14086, SOB O EFEITO DA CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA POR CLONES....144

GRÁFICO 16 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUENCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E.SALIGNA..................................................................................147

GRÁFICO 17 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUENCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA OS CLONES DE E.SALIGNA........149

GRÁFICO 18 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E.GRANDIS.................................................................................151

GRÁFICO 19 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUENCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA OS CLONES DE E.GRANDIS.......153

GRÁFICO 20 – REPRESENTAÇÃO DOS INDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. DUNNII SEPARADAS POR CLONE.........156

GRÁFICO 21– REPRESENTAÇÃO DOS INDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. SALIGNA SEPARADAS POR CLONE......156

GRÁFICO 22 – REPRESENTAÇÃO DOS INDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. GRANDIS SEPARADAS POR CLONE.....157

GRÁFICO 23 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS INDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. DUNNII...................................................162

GRÁFICO 24 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS INDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. SALIGNA................................................163

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GRÁFICO 25 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS INDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. GRANDIS...............................................164

GRÁFICO 26 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 1 DE E. DUNNII.........................166

GRÁFICO 27– FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 2 DE E. DUNNII...............................167

GRÁFICO 28 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 3 DE E. DUNNII.........................168

GRÁFICO 29 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 4 DE E. DUNNII.........................169

GRÁFICO 30– FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 5 DE E. DUNNII...............................169

GRÁFICO 31 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 6 DE E. SALIGNA......................171

GRÁFICO 32 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 7 DE E. SALIGNA......................171

GRÁFICO 33 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 7 DE E. SALIGNA......................172

GRÁFICO 34 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 9 DE E. SALIGNA......................172

GRÁFICO 35 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 10 DE E. SALIGNA....................173

GRÁFICO 36 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 11 DE E. GRANDIS...................174

GRÁFICO 37 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 12 DE E. GRANDIS...................175

GRÁFICO 38 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 13 DE E. GRANDIS...................176

GRÁFICO 39 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 14 DE E. GRANDIS...................176

GRÁFICO 40 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 15 DE E. GRANDIS...................177

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GRÁFICO 41- COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. DUNNII........................................................................................179

GRÁFICO 42 - COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. SALIGNA.....................................................................................179

GRÁFICO 43 - COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. GRANDIS....................................................................................180

GRÁFICO 44 – INDICES DE RACHAMENTO OBTIDOS POR LIMA ET AL (2006) PARA TORAS DE E. GRANDIS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA..................................................181

GRÁFICO 45 – GRÁFICO QUE ILUSTRA AS DIFERENÇAS ENTRE OS VALORES DE DRL DAS ESPÉCIES..........................................183

GRÁFICO 46 – APRESENTAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DE DRL POR CLASSE DIAMÉTRICA...............................................................186

GRÁFICO 47 – MOSTRA A VARIAÇÃO EM TORNO DA MÉDIAS PARA OS VALORES DE DRL NOS DIFERENTES CLONES.....................190

GRÁFICO 51- GRAFICO DE DISPERÇÃO X Y ONDE O EIXO DAS ABICISSAS REPRESENTA O DAP DAS PLANTAS ESTUDADAS E O EIXO DAS ORDENADAS O RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DA PRIMEIRA TORA R2=0,606................................196

GRÁFICO 52-- GRAFICO DE DISPERÇÃO X Y ONDE O EIXO DAS ABICISSAS REPRESENTA A ALTURA COMERCIAL DAS PLANTAS ESTUDADAS E O EIXO DAS ORDENADAS O RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DA PRIMEIRA TORA R2=0,708......................................................................................197

GRÁFICO 53- GRÁFICO TIPO BOX-PLOT QUE MOSTRA A VARIAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA BÁSICA EM RELAÇÃO A MÉDIA DA ESPÉCI.......................................................................................227

.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................25

2. OBJETIVO.............................................................................................27

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................28

3.1 QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALYPTUS PARA PRODUÇÃO DE

MADEIRA SERRADA.....................................................................................29

3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTUDOS VISANDO A QUALIDADE DA

MADEIRA DE Eucalyptus...............................................................................30

3.3 ESTUDOS DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO..................................34

3.3.1Origem das Tensões de Crescimento....................................................34

3.3.2Conseqüências das Tensões de Crescimento.......................................36

3.4 INFLUENCIA DO COMPONENTE GENÉTICO SOBRE AS TENSÕES

DE CRESCIMENTO.......................................................................................38

3.5 RACHADURAS DE TOPO FORMADAS APÓS A DERRUBADA..........40

3.6 ESTUDOS DA RELAÇÃO ENTRE A DEFORMAÇÃO RESIDUAL

LONGITUDINAL (DRL) E A QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALIPTO. . .45

3.6.1Relacionamento da DRL com a idade e distribuição das tensões ao

longo da secção transversal...........................................................................49

3.6.2Relacionamento da DRL com as variáveis dendrológicas.....................55

3.6.3Correlações entre a DRL e algumas propriedades físicas de anatômicas

da madeira.....................................................................................................59

3.7 DENSIDADE BÁSICA............................................................................60

3.7.1Variação da densidade básica...............................................................63

3.8 DETERMINAÇÃO DOS DEFEITOS DA MADEIRA DE Eucalyptus sp..68

3.8.1Defeitos causados por empenamentos..................................................68

3.8.2Defeitos causados por rachaduras........................................................73

3.9 SISTEMAS DE DESDOBRO PARA EUCALIPTO.................................76

3.9.1Sistema de desdobro Tangencial...........................................................79

3.9.2Sistema de desdobro Radial..................................................................81

3.9.3Efeito da Orientação do Corte Sobre a Qualidade da Madeira Serrada

de Eucalyptus.................................................................................................83

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3.9.4Rendimentos em madeira serrada de diferentes sistemas de desdobro

90

4. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................93

4.1 ÁREAS EXPERIMENTAIS.....................................................................93

4.2 SELEÇÃO DOS INDIVÍDUOS...............................................................93

4.3 OBTENÇÃO DAS TORAS.....................................................................95

4.4 DESDOBRO DAS TORAS.....................................................................96

4.5 MEDIÇÃO DAS AMOSTRAS.................................................................97

4.5.1Medição das toras..................................................................................97

4.5.2Determinação da massa específica.......................................................97

4.5.3Determinação do rendimento em madeira serrada................................98

4.5.4Determinação da qualidade da madeira................................................98

4.6 DEFEITOS EM RELAÇÃO AO POSICIONAMENTO DA PEÇA

SERRADA NA TORA E DA OPERAÇÃO DE RESSERRAGEM..................100

4.6.1Determinação da Deformação residual longitudinal............................101

4.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS.....................................102

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................105

5.1 RESULTADOS DA DENSIDADE BÁSICA...........................................105

5.2 EFEITO DO DIÂMETRO SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA...107

5.3 ANÁLISE DO EFEITO DO CLONE SOBRE A MASSA ESPECÍFICA

BÁSICA........................................................................................................108

5.3.1Densidade básica para os clones de E. dunnii....................................108

5.3.2Densidade básica dos clones de E. saligna.........................................109

5.3.3Densidade básica para os clones de E. grandis..................................110

5.4 RESULTADOS SOBRE O RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA

DAS TRÊS ESPÉCIES DE Eucalyptus spp.................................................112

5.4.1Efeito da classe diamétrica sobre o rendimento em madeira serrada. 113

5.5 EFEITO DO CLONE SOBRE O RENDIMENTO EM MADEIRA

SERRADA....................................................................................................118

5.5.1Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E. dunnii

118

5.5.2Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E. saligna

121

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5.5.3Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E. grandis

123

5.6 Resultado Da Avaliação Da Qualidade Da Madeira Serrada Sob A

Influência Da Classe Diamétrica..................................................................125

5.7 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA

SERRADA SOB INFLUÊNCIA DO CLONE.................................................156

5.8 COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE DRL ENTRE AS ESPÉCIES

184

5.9 COMPARAÇÃO DA DRL SOB INFLUÊNCIA DO DIÂMETRO............186

5.10 COMPARAÇÃO DOS VALORES DE DRL SOB O EFEITO DO CLONE

189

5.11 AVALIAÇÃO DAS CORRELAÇÕES DENDROMÉTRICAS COM O

RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA E COM A DEFORMAÇÃO RADIAL

LONGITUDINAL DRL...................................................................................193

5.12 CORRELAÇÕES ENTRE A DRL E A QUALIDADE DA MADEIRA

SERRADA....................................................................................................196

5.13 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ANÁLISE DAS

CORRELAÇÕES DE PEARSON.................................................................198

6. CONCLUSÕES....................................................................................201

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................203

8. Anexos................................................................................................225

Cálculos sobre densidade básica.................................................................225

Cálculo da analise de variância para o clones de E. dunnii.........................225

Cálculo da analise de variância para o clones de E. grandis.......................225

Cálculo da analise de variância para o clones de E. saligna........................225

Cálculo da analise de variância para o efeito das classes diamétricas........225

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INTRODUÇÃO

A madeira de eucalipto atende diferentes setores florestais, polpa

celulósica chapas de fibras, energia, etc. Além destes produtos onde este

gênero é amplamente explorado. Esta madeira vem se destacando como

importante matéria prima no mercado de madeira serrada, tanto na produção

de moveis, como no mercado para a construção civil.

A vantagem em relação a outros gêneros deve-se ao enorme potencial

de utilização, a sua diversidade de espécie, facilidade na geração de

indivíduos clonais, ou híbridos, e grande adaptabilidade. Essa diversidade

somada a variabilidade das propriedades da madeira, qualificam o gênero

para a produção de plantios altamente produtivos com as características

desejadas.

Apesar de todo este potencial, os estudos dedicados a estudar o

eucalipto com fonte material-prima para serrarias se tornaram mais

frequentes a partir dos ano 2000. Até então o gênero figurava nas pesquisas

destinadas a produção de biomassa e a outras finalidades. No fim dos anos

90 inicia-se um movimento para entender o comportamento das espécies

desse gênero durante os processos de derrubada e conversão das toras em

produtos serrados. Os modelos adotados a principio baseavam-se em

adaptações já existentes e resultaram em produtos de qualidade inferior. Pois

as tensões de crescimento encontradas em algumas espécies impunham

dificultadas, que até então não eram presentes em outras espécies

plantadas. As forças que mantinham a árvore em pé quando liberadas

durante o desdobro, geram rachaduras, e empenamentos reduzindo o

aproveitamento da madeira serrada.

A compreensão das origens das tensões de crescimento já evoluiu

muito. No entanto, a seleção de árvores de eucalipto mais aptas ao

processamento mecânico não se dá de forma simples. Os estudos que tratam

a questão atribuem a manifestação das tesnoes de crescimento sobre a

madeira serrada ao componente genético, ou frequentemente buscam

relacionar características dendrológicas a qualidade dos produtos serrado.

Uma das metodologias utilizadas para avaliar as tensões de crescimento com

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a árvore viva é o método de Criat-forest. Por esse método é possível

relacionar variáveis físicas da árvore a parâmetros coletados dos produtos

serrados. O que torna uma útil ferramenta na previsão do comportamento da

planta durante a conversão da tora em madeira serrada. Outra técnica

bastante comum e associação entre o porte da planta e condição do material

serrado.

Dentro deste contexto, o presente trabalho procurou por meio de uma

longa revisão sistematizar e reunir informações sobre o gênero Eucalyptus,

buscando separar com maior clareza os efeitos genéticos e fenotípicos sobre

a qualidade dos produtos serrados contribuindo com o conhecimento do

desdobro da madeira desse gênero florestal.

A metodologia empregada por essa pesquisa baseou-se no estudo de

três espécies de Eucalyptus, as mais comumente utilizadas em serraria no

estado do Paraná. Para compreender os efeitos das tensões de crescimento

e seus relacionamentos com os produtos serrados foi proposto a separação

de um conjunto de indivíduos por classes diamétrica e por origem genética do

material.

Esse trabalho investigou características em clones de eucalytptus e o

processamento mecânico da madeira de forma a entender como se formam

os defeitos na madeira serrada. Além de analisar a separação do material

estudado por clones e classes diamétircas, o trabalho lançou mão de um

técnica de predição das tensões de crescimento por meio do estudo da

deformação radial longitudinal. O material estudado foi testado sob o olhar

dessa técnica a fim de relacionar as manifestações das tensões de

crescimento nas tábuas serradas, com cas características das plantas vivas.

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OBJETIVO

O objetivo principal dessa pesquisa contribuir com o conhecimento do

desdobro do gênero Eucalyptus. Para isso foi utilizar a separação por clones

e por classes diamétricas para estudar a qualidade da madeira serrada de

três espécies de Ecualytus. Buscou-se também a correlação entre a

qualidade da madeira serrada por meio do estudo da deformação radial

longitudinal. Acho que seria bom melhorar aqui

Para atingir os objetivos principais dessa pesquisa foram relacionadas

as seguintes atividades:

- Analisar a influencia do diâmetro sobre a massa específica básica

de tres espécies de eucalyptus.

- Analisar a qualidade da madeira e o rendimento em madeira

serrada de três espécies de eucalyptus separando o material

estudado por classes diamétircas

- Analisar a qualidade madeira e o rendimento em madeira serrada

de três espécies de eucalyptus separando o material estudado por

clones propagados por estaquia simples.

- Estudar o método da deformação resitdual longitudinal na

correlação entre qualidade da madeira serrada e o rendimento de

três espécies de eucalyptus.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Pode-se definir “qualidade da madeira” como o conjunto de

características que uma madeira apresenta quando destinada para um

determinado fim. Sendo assim, a soma dos fatores que geram a qualidade da

madeira é variável e depende do uso da espécie e do grupo de caracteres.

Esse termo não aceita generalizações, sendo empregado de forma

multifacetada, já que cada uma das faces dessa definição está ligada a

particularidades próprias.

Pode-se enumerar alguns exemplos que deixam clara a característica

multifacetada do termo “qualidade da madeira”. Klock (2002), estudando a

fabricação de polpa celulósica a partir de fibras de Pinus radiata, relacionou

como fatores de qualidade da madeira: o comprimento das fibras, o diâmetro

dos traqueóides, o diâmetro dos lúmens, a largura dos anéis de crescimento,

o teor de lignina e a massa específica. Elegeu como árvores de melhor

qualidade aquelas que apresentavam massa específica próximas a 500kg/m3

e menor teor de lignina. Klitzke (1998), estudando a qualidade da madeira

para utilização como energia, desprezou as dimensões das fibras. Contudo,

estudou a variação da massa específica, do teor de lignina e teor de cinzas.

Admitiu como sendo árvores com maior qualidade as que apresentaram teor

elevado de lignina e valores para massa específica acima de 700 kg/m3.

Comparando-se os resultados dos dois autores, observa-se uma

discordância entre suas conclusões, no que se refere ao conceito de

qualidade da madeira. Para o primeiro, a qualidade está no baixo teor de

lignina, valores intermediários para massa especifica e caracteres

anatômicos. O segundo concluiu que grande quantidade de lignina e altos

valores de massa específica melhoram a qualidade, quando da utilização

como energia. Nessa simples comparação, tem-se a clara noção de que o

termo “qualidade da madeira” não pode ser apresentado isoladamente, pois

deve estar necessariamente associado a uma utilização. Devido às diferentes

formas de utilização da madeira, o termo “qualidade” deve integrar-se a cada

forma de utilização.

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QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALYPTUS PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA SERRADA

O termo madeira serrada é empregado toda vez que se usa a madeira

na forma de tábuas, caibros, lambris, ou seja, toda a madeira produzida e

utilizada como produto inteiriço, sem passar por processos de laminação,

faqueamento, desfibramento ou transformada em painéis.

O que se percebe é que, mesmo usando a madeira para serrados,

diferentes setores deste mercado demandaram caracteres específicos da

matéria-prima. Uma indústria que produza serrados para o mercado de

construção civil, geralmente terá necessidades diferentes daquela que produz

peças para o mercado de móveis.

Para essa finalidade, a madeira de eucalipto deve apresentar algumas

diferenças dendrológicas, se comparada à qualidade para energia, papel e

celulose. Quando é utilizada para a produção de madeira serrada, não é

tolerada a presença de nós, copas bifurcadas, e troncos tortuosos. Já quando

a mesma madeira é destinada a papel e energia, a presença desses

caracteres é menos relevante.

Na produção de madeira sólida, ocorre um aumento da importância

dos tratos silviculturais. Os diâmetros individuais devem ser maiores e o

diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura total ainda permanecem

importantes, porém deve ser incluída uma nova fonte de informações, que é

a altura comercial. Igualmente importantes tornam-se as propriedades físicas

e mecânicas, posto que o conhecimento dessas permite a melhor utilização

das peças.

As razões para o crescente interesse pela utilização de eucalipto como

madeira serrada, citadas por Lima et al. (2004), podem ser assim

enumeradas:

- Potencial de crescimento vegetativo, com os programas de

melhoramento elevando os níveis de produtividade, geração após geração.

- Alívio da pressão sobre o extrativismo de madeira tropical. Não é

recente a discussão sobre a exploração dos recursos florestais brasileiros. Há

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muito, comenta-se sobre a desenfreada utilização desse recurso. A madeira

de eucalipto é a franca favorita à posição de substituta da madeira nativa.

- A madeira de eucalipto atinge valores de comercialização

semelhantes aos cobrados pelas madeiras tropicais.

Existem alguns trabalhos individuais que elegem certas características

como as principais para a utilização do gênero em serrados. Rocha e

Tomaselli (2001) focalizaram seus esforços nos sistemas de desdobro e

derrubada. Lima et al. (2004), avaliou a qualidade de madeira serrada de E.

grandis, em diferentes desbastes e com diferentes adubações, constatou que

os tratos silviculturais influíram sobre os rendimentos da madeira serrada. A

qualidade foi afetada pelo aumento no diâmetro e pela conicidade das toras.

A posição em relação à medula influenciou decisivamente a qualidade das

peças serradas. Os desbastes proporcionaram um aumento na

homogeneidade da madeira, reduzindo as rachaduras e aumentando a

qualidade.

Scanavaca Jr e Garcia (2003) analisaram o rendimento de madeira

serrada de 18 progênies de E. urophylla, com 19 anos de idade. Os mesmos

concluíram que não houve diferenças estatísticas entre as progênies para

densidade básica, conicidade, rachaduras nos topos das toras ou tábuas e

crescimento e rendimento de madeira serrada. Quando analisaram as

correlações entre as variáveis, também não perceberam qualquer relação

entre essas. Steel (1980) que também analisou relações entre o rendimento e

o outras características , percebeu que o rendimento foi afetado pela

conicidade, pelo diâmetro e pela altura comercial.

CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTUDOS VISANDO A QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALYPTUS

Os estudos sobre a qualidade da madeira de eucalipto percorreram

caminhos distintos. Alguns dos programas de melhoramento procuravam

preservar as plantas matrizes, para retirada de material selecionado. Os

testes de avaliação das propriedades da madeira e determinação da sua

qualidade, por sua vez, retiraram os indivíduos, destruindo o material.

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Alguns pesquisadores fizeram uso de técnicas não destrutivas, com

medidas indiretas. Ao pesquisar o tema, ainda alguns autores preferiram

concentrar esforços nas qualidades anatômicas, enquanto outros optaram

pelas propriedades físicas.

Um dos primeiros trabalhos neste sentido foi desenvolvido por Ferreira

(1970), que estudou a variação da massa específica em plantios de E.

grandis com 11, 12, 13, 14, 15 e 16 anos. O autor atribui à massa específica

maior valor na caracterização da qualidade da madeira. Assim sendo, propôs

observar sua variação, usando um método não destrutivo, lançando mão da

sonda Pressler. Com a sonda retirou amostras de diferentes pontos da

árvore, das quais foi medida a massa específica. Os resultados obtidos pelo

autor mostraram uma correlação de 95% entre os métodos, destrutivo e não

destrutivo. Outras importantes observações feitas por Ferreira (1970) podem

ser retiradas de suas conclusões. A primeira concerne à variação da massa

específica em relação à idade, uma vez que ocorreu uma tendência de

aumento da massa específica, proporcional ao aumento da idade de 11 para

16 anos. A segunda diz respeito ao número de amostras. Após avaliar 200

plantas de cada idade, o autor concluiu que, para afirmar o valor de massa

específica nas condições por ele testadas, foram necessárias 35 plantas para

um grau de certeza de 80% do valor aferido. Quanto à variação da massa

específica do eucalipto, pode-se destacar os trabalhos de Brasil (1976), que

observou a variação natural da massa específica em áreas de regeneração

de E. grandis. A autora, não só estudou a variação, como também, fez

inferências sobre os parâmetros genéticos ligados à massa específica para

69 progênies. Dentre suas conclusões, verificou a existência de um grupo de

plantas superiores quanto à massa específica, as quais apresentaram

herdabilidade de 0,41 para essa característica. Da mesma forma que Ferreira

(1970), a autora fez o cálculo do número de amostras necessários para a

determinação da massa específica, atingindo o valor de 35 plantas para um

grau de certeza de 95%.

Um trabalho que trata do mesmo tema foi realizado por Fernades

(1982). O autor relacionou a variação da massa específica com as tensões

de crescimento, em 50 árvores de cinco progênies de E. urophylla com 11

anos. Concluiu que as variações foram maiores dentro das progênies do que

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entre elas. As toras apresentaram maiores rachaduras nas suas posições

mais altas, coincidindo com as posições onde foram encontrados os menores

valores de massa específica. O autor, entretanto, não foi capaz de descrever

matematicamente a relação entre as rachaduras nos topos (expressões das

tensões de crescimento) e a variação da massa específica. Alguns indivíduos

de duas progênies mostraram forte relação entre a intensidade das

rachaduras e a massa específica. No caso dessas plantas, a massa

específica periférica teve com o índice de rachaduras uma correlação positiva

r = 0,64. Partindo desse resultado, o autor demonstrou que as tensões de

crescimento estão sob forte influência genética.

Em muitos artigos, as correlações encontradas entre algumas

variáveis mostram algumas tendências, porém são fracas do ponto de vista

estatístico, como as encontradas por Trugilho et al. (2002) e Scanavaca Jr e

Garcia (2003). Esses últimos autores acompanharam o rendimento de

madeira serrada de 20 progênies de E. urophlla com 19 anos de idade.

Apesar de conseguirem perceber uma diferença em relação ao rendimento

de madeira serrada entre as progênies, não conseguiram construir relações

matemáticas entre o índice de rachadura de topo e o rendimento, entre a

conicidade e o rendimento ou entre as tensões de crescimento e o

rendimento. Também não houve correlação entre o diâmetro das toras e as

rachaduras. Assim, concluíram que a seleção de árvores para madeira

serrada deve ser baseada apenas em parâmetros silviculturais. Um fato

relevante se comparados os estudos de Fereira (1970) e os de Scanavaca Jr

e Garcia (2003), é que as tábuas retiradas da porção superior da tora, ou

seja, do topo da árvore, apresentaram rachaduras maiores que as ocorridas

próximas à base. Uma hipótese, que pode explicar esse fato, encontra-se nos

dados de Fereira (1970), Nicholson e Hillis (1975) e (Malan, 1987), que

associaram a formação de rachaduras às células de estrutura jovem e

madeira com maiores proporções de células do raio. Essas estruturas

anatômicas possuem características de menor resistência mecânica,

facilitando o aparecimento de rachaduras.

Adorno e Garcia (2003) conduziram um experimento com 18 clones de

E. grandis e 15 de E. urophyllha. Elaboraram correlações lineares entre 12

propriedades mecânicas e a massa específica, aferindo que as duas

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espécies demonstraram discrepâncias quanto às correlações lineares. As

plantas de E. grandis apresentaram uma correlação negativa entre a

conicidade e o arqueamento, isto é, plantas mais cilíndricas apresentaram

maiores valores para a flecha de arqueamento. As rachaduras de topo em E.

urophylla influenciaram negativamente o rendimento de madeira serrada.

Algumas observações feitas por Telles dos Santos (2002) e Lopes

(2003) mostraram correlações mais expressivas entre propriedades de

resistência e características das árvores vivas. Os autores usaram testes

pareados, em que o material genético foi destruído durante os exames.

Restaram apenas árvores das progênies, que podem não apresentar as

mesmas correlações, porquanto, segundo Kollmann e Cotê (1965), a

variação das propriedades da madeira está relacionada ao indivíduo,

variando de árvore para árvore.

Em outros estudos, como os de Miranda e Nahuz (1999), Trugilho et

al. (2002) e Cardoso Jr (2004), foram empregadas metodologias relacionando

testes destrutivos e não destrutivos em amostras pareadas, a fim de

determinar parâmetros para análise da qualidade da madeira serrada de

eucalipto. Os números de amostras desses testes foram baixos, se

comparados às intensidades amostrais encontradas em programas de

melhoramento. Sendo assim, apesar desses resultados importantes, o que se

observa é que as correlações entre a qualidade da madeira e as

características dendrológicas ainda não foram totalmente exploradas.

Como é amplamente conhecido, as propriedades físicas e mecânicas

da madeira variam entre espécies e dentro da mesma espécie, de acordo

com a idade, como posição no tronco e tratos silviculturais. Dessa forma, o

controle genético sobre uma característica é mascarado por essas variações

(TELLES DOS SANTOS, 2002).

Lopes (2003) avaliou um grupo de árvores de E. grandis sob os

aspectos dendrológicos, de crescimento e de algumas propriedades físicas e

mecânicas. O próprio autor, no entanto, argumenta em suas conclusões que

os testes destrutivos são um empecilho para a seleção de árvores superiores,

pois dependem de um volume grande de material amostrado, bem como

necessitam de muito tempo na execução dos ensaios.

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Quando são feitos testes em análises pareadas, normalmente são

analisados parâmetros da árvore viva (testes não destrutivos) e testes

tradicionais, efetuando-se então as associações entre os valores. Um dos

testes mais comuns é o da deformação residual longitudinal (DRL), realizado

no Brasil a partir de 1993. Essa metodologia foi desenvolvida por Nicholson

(1971), que usou os fundamentos encontrados nos trabalhos de Jacobs

(1945) e Boyd (1950, partes I a IV).

Os estudos utilizando a DRL são comumente relacionadas com a

idade, o espaçamento e a variáveis dendrológicas, como DAP, alturas

comerciais e altura total. O índice de rachadura, ou ainda o índice de

rachadura de topo, ou simplesmente IR ou IRT, também vem sendo

associado à DRL, a defeitos encontrados nas tábuas e parâmetros genéticos

em árvores vivas. Alguns autores consideram a DRL uma das formas mais

eficientes de se obter valores indiretos para o cálculo das tensões de

crescimento.

ESTUDOS DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO

Grande parte dos defeitos encontrados na madeira serrada de

eucalipto é oriunda das tensões de crescimento. É quase unânime entre os

pesquisadores a opinião de que esta é a origem dos principais defeitos

encontrados neste gênero. Para melhor compreender esse fenômeno, o tema

foi dividido em: origem das tensões e deformações causadas pelas tensões.

1.1.1 Origem das Tensões de Crescimento

Um importante trabalho sobre o assunto foi feito por Lisboa (1993),

que para embasar seu estudo, pesquisou as origens das tensões e o

contexto histórico dos estudos até então realizados e as principais teorias

existentes. Concluiu que as tensões de crescimento são geradas a cada nova

camada de células formada, atuando longitudinal e transversalmente em

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gradiente variável, a partir de uma tração nas proximidades da casca e uma

compressão na região da medula.

Em relação ao contexto histórico, Lisboa (1993) relata que um estudo

feito em 1928 foi a primeira tentativa de explicar as tensões de crescimento,

relacionando com o peso da própria árvore. Em 1933, surgiram novas

hipóteses, que derrubaram a teoria do peso da árvore. A primeira hipótese

refere-se que o crescimento em circunferência origina forças periféricas de

tração. Outras hipóteses da época referem-se à rigidez celular causada pelo

envelhecimento do tecido da parede celular. Mas foram derrubadas em 1945,

quando surgiu a teoria de que a tensão de crescimento era gerada pelas

forças capilares. “Num tubo capilar são geradas forças de tração no sentido

longitudinal e compressão no radial”. Próximo à medula se concentrariam as

forças de compressão, e externamente estariam as forças de tração. Em

1950, essa teoria foi confrontada com o principal argumento de que as

pressões capilares não seriam suficientes para gerar essas deformações.

Então surgiu uma nova teoria, que é a mais aceita atualmente, a de que

existe uma tendência das células periféricas subetidas a tração quando a

planta esta em pé, tendem a diminuír de comprimento no momento do abate

da planta, aumentanado progressivamente nas seções transversais. Já os

tecido das porções centrais submetidos a compressão enquanto a árvore

esta em pé tendem a encurtar-se quando o tronco é seccionado. Em 1965 e

1979, foram feitas descrições detalhadas dos processos de encurtamento da

célula e aumento do diâmetro e espessamento das paredes. As variações

nas dimensões da célula acontecem em função da variação do ângulo

microfibrilar da camada S2.

As teorias tiveram um maior impulso com os avanços da microscopia

eletrônica, e foram constantemente reformuladas e revistas nas décadas de

1970, 80 e 90. Não há um consenso totalmente aceito sobre a origem das

tensões. As conclusões apresentadas na revisão feita por Lisboa (1993)

concordam que as tensões são originadas nas deposições sucessivas de

células nas partes externas da árvore, gerando forças que se acumulam,

exigindo esforços de tração periféricos e de compressão na região central.

São muito discutidos os efeitos ocorridos ao longo do tronco, já que diferem

com a altura e no sentido transversal. O autor insiste que o conhecimento

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detalhado sobre o controle das tensões pode representar o avanço definitivo

para contornar os defeitos que esse fenômeno causa na madeira serrada.

Neste mesmo sentido, Vázquez(2001) afirma que o conhecimento sobre as

tensões de crescimento determinam a viabilidade técnica da utlização da

espécie como fonte de madeira serrada.

1.1.2 Conseqüências das Tensões de Crescimento

Os efeitos causados pelas tensões no lenho da árvore podem ser

facilmente destacáveis ou sutis. As alterações causadas só terão maior

interesse quando causarem prejuízo econômico (LIMA et al., 2004).

O mecanismo que gera os defeitos na madeira a partir das tensões de

crescimento é explicado na metodologia empregada por Lisboa (1993). A

madeira submetida a esforços de tração tende a comprimir-se quando a

árvore é derrubada, enquanto que a madeira de compressão se alonga. Isso

também é encontrado em Boyd (1950, partes I a II) e em Nicholson (1971),

os quais apresentaram um gráfico demonstrando a distribuição dos esforços

ao longo da seção transversal. Desta forma, os autores verificaram que as

tábuas alteravam a sua forma conforme a posição em que foram retiradas do

tronco.

Um defeito comum, e dos mais prejudiciais, é a existência de

rachaduras em forma de estrela no centro das toras. O mecanismo dessas é

descrito em Dinwoodie (1966), que fundamentou o mecanismo das

rachaduras nas diferenças entre as forças internas da tora sobre os

diferentes tecidos lenhosos. Nicholson e Hillis (1975) relacionam os motivos

para a formação de rachaduras com a fragilidade do núcleo central sujeito à

compressão. Os autores verificaram diferenças entre árvores e sugeriram que

essa variação está ligada a fatores anatômicos e ambientais.

Na revisão de Telles dos Santos (2002), constam comentários de que

as rachaduras nos topos têm relação com a proporção de madeira jovem. O

autor afirma ainda, que a quantidade de madeira jovem pode ser manipulada

geneticamente, mas não há referências sobre os parâmetros a serem

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selecionados para esse fim. Acrescenta que existem variações no padrão de

distribuição das tensões dentro das árvores. As variações parecem estar

ligadas às necessidades de suporte da árvore. Essa hipótese, encontrada

também em Lisboa (1993) e em Nicholson e Hillis (1975), é fundamentada na

madeira de reação, formada quando a planta é submetida a esforços que

alteram o padrão das tensões.

Entre diferentes árvores, o Nicholson e Hillis (1975) verificaram a

variação independente para taxa de crescimento e fatores ambientais,

concordando com os dados Garcia (2005), que explorou as diferenças entre

idades e densidades de populações de E. urophylla. Citando o estudo

realizado por Nicholson (1973), o autor afirma que em E. regnans foi

encontrada uma correlação fraca e negativa entre a densidade e a

intensidade das tensões, considerando então razoável acreditar que as

tensões sofrem algum controle genético.

Chafe (1979) afirma que a variação das tensões de crescimento em E.

nitens pode apresentar diferenças, a tal ponto que um indivíduo poderia não

desenvolver qualquer fendilhamento, enquanto outro pode rachar de forma

explosiva. Afirmação semelhante é encontrada em Telles dos Santos (2002)

e Malan (1988) para E. grandis.

Quanto ao surgimento das rachaduras, existem controvérsias. Malan

(1988) afirmou que para E. grandis as rachaduras podem surgir

imédiatamente ou aparecer até três dias após a derrubada. Hillis (1984)

afirmou que após sete dias ainda poderiam surgir rachaduras. Bariska (1990)

observou rachaduras surgidas em E. dunnii que se manifestaram cinco dias

após a derrubada. Gracia (1995) e Telles dos Santos (2002) alertam que as

rachaduras de topo em toras podem facilmente ser acentuadas pelos efeitos

da perda de umidade. Os autores mostram que o surgimento das rachaduras

nas toras têm origem nas tensões de crescimento, no entanto a expressão

dessas rachaduras é potencializado pela perda de umidade dos tecidos. A

compressão gerada pela perda de água nos tecidos periféricos é somada ao

efeito das tensões de crescimento.

Pode-se afirmar, portanto, que as tensões de crescimento podem

gerar rachaduras em toras e nas tábuas por ocasião do desdobro, podendo

essas também apresentar arquemento, encurvamento e torcimento, em

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diferentes níveis de intensidade. Os últimos são defeitos que podem ser

confundidos, mascarados ou agravados pelos defeitos de secagem ou

tratamentos realizados durante o processamento da madeira.

INFLUENCIA DO COMPONENTE GENÉTICO SOBRE AS TENSÕES DE CRESCIMENTO

Nicholson (1973) afirma que existem variações entre indivíduos da

mesma espécie que vegetam sobre condições ambientais idênticas. Kubler

(1987) cita um dos primeiros estudos a explorar a herdabilidade das

características do cerne de folhosas e que foi realizado por Bamber (1977).

Malan (1984) demonstrou que as tensões de crescimento em E. grandis

apresentavam variação genética muito nítida entre progênies.

O trabalho de Fernandes (1982), um dos primeiros realizados no Brasil

sobre o tema, avaliou as progênies de E. urophylla relacionando as tensões

de crescimento com a densidade; porém, não determinou correlações entre

elas. Em sua revisão são encontradas referências sobre estudos realizados

com E. grandis na África, revelando que a relação entre tensões de

crescimento e as rachaduras de topo são da ordem de r = 0,36, portanto

fracas. Já estudos com o E. saligna obtiveram r = 0,8 entre a densidade e as

rachaduras.

Malan (1998) estudou as variações genéticas da densidade, volume,

dimensões dos vários tipos de tecidos, freqüência dos vasos, comprimento

das fibras e tensões de crescimento. Encontrou estimativas de herdabilidade

de 0,3 a 0,54, e correlações negativas entre taxa de crescimento e

densidade. Para o comprimento da fibra e diâmetro do vaso os valores de

herdabilidade foram 0,62 e 0,51, respectivamente. À vista destes valores, o

autor refuta a possibilidade real de manipular geneticamente essas

características.

Teles dos Santos (2002) encontrou valores de herdabilidade entre 0,31

e 0,61, concordando com Malan (1998) sobre a possibilidade de

melhoramento dessas características. Afirma ter encontrado correlação

positiva entre massa específica e encurvamento, massa específica e

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rachaduras da tora, e correlação negativa entre volume da tora e

rachamento.

Moraes et al. (1997) encontraram correlação negativa entre DAP e

densidade básica em E. camaldulensis. Trugilho et al. (2002), estudando

correlações entre IR e DRL, em árvores de diferentes idades, notaram

tendência de maior rachamento em plantas jovens. As possíveis explicações

para isso podem estar em Oliveira (1997), Telles dos Santos, (2003) e (Cruz

et al. 2003).

Telles dos Santos (2002) encontrou correlações negativas entre

defeitos e crescimento, e DAP e densidade básica em plantas de rotação

curta. Para Oliveira et al. (1997), a madeira juvenil é de qualidade inferior à

madeira adulta por apresentar densidade menor, células com paredes mais

delgadas e menor resistência mecânica.

O rápido crescimento em rotações curtas propicia o máximo tamanho

do núcleo de madeira juvenil, o que causaria um efeito negativo sobre as

propriedades da madeira, principalmente no que tange ao surgimento de

rachaduras no topo (Cruz et al., 2003). A maior proporção dessa madeira em

plantas jovens pode ter influenciado os resultados, fazendo com que fossem

negativas as relações entre rachaduras de topo e o DAP, rachaduras do topo

e o volume, e rachaduras do topo e o crescimento. É o que afirmam

Scanavaca Jr. e Garcia (2003). Os autores concordando, sugerem que as

rachaduras de topo diminuem consideravelmente nas madeiras em rotações

mais longas, indicando que as rotações para a utilização de madeira sólida

de eucalipto estariam em torno de 20 anos. As maiores rotações aumentam

as quantidades de lenho adulto e atenuam as manifestações prejudiciais das

tensões de crescimento. Este ponto-de-vista não abordou, porém, o contexto

econômico, que pode alterar significativamente esse tipo de conclusão.

Telles dos Santos (2002) cita trabalhos que consideram possível a

manipulação dos fatores que determinam a transição entre o lenho juvenil e

adulto. Segundo Malan (1988), sabe-se pouco a respeito dos fatores

ambientais e genéticos que afetam os padrões de variação dentro das

árvores e entre árvores. O autor comenta a necessidade de se desenvolver

um entendimento mais completo dos fatores que determinam a variabilidade

da madeira, e que, somente quando esses pudessem ser conhecidos e

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precisamente quantificados, existiria uma base sólida para desenvolver os

programas de melhoramento.

Um dos trabalhos mais recentes que estuda estratégias de

melhoramento genético para E. benthamii, foi realizado por Silva (2008). A

autora encontrou diferenças entre as progênies estudadas, e calculou que as

rachaduras e o arqueamento sofreram menor influencia do genótipo que o

encurvamento. A autora conclui dizendo que essa úlfitma característica pode

ser utilizada em programas de melhoramento visando a melhoria da

qualidade da madeira serrada.

RACHADURAS DE TOPO FORMADAS APÓS A DERRUBADA

Entre vários estudos realizados sobre a qualidade da madeira de

eucalipto, recebeu destaque o controle genético do exame das rachaduras

formadas no topo da tora após a derrubada. Alguns autores indicam que esse

fator sofre influência dos tratos silviculturais, do espaçamento e da idade.

Telles dos Santos (2003) comenta que em estudo de 20 progênies, com 20

árvores essas não apresentaram qualquer diferenciação. Já Trugilho et al.

(2002), estudando o mesmo fenômeno em clones, encontraram diferenças

entre as idades e espaçamentos. Malan (1979), por sua vez, cita um estudo

em E grandis, com que ocorreu variação significativa do índice de

rachamento e a herdabilidade foi de 0,2.

Em outra pesquisa, com 148 plantas de 27 progênies de E. urophylla

de nove anos, Schacht e Garcia (1997) e Schacht et al. (1998) chegaram a

valores de 0,97 de correlação entre as rachaduras da tora e da madeira

serrada. Para atingir esses valores, cuidados especiais foram tomados para

que os gradientes de umidade não agravassem as rachaduras nas toras.

Esses cuidados consistiram em embalar o topo das toras imédiatamente após

a derrubada. Quando os topos das toras foram protegidos da perda de

umidade, os valores de herdabilidade atingiram 0,82 e 0,83. Já a correlação

entre os índices de rachamento com os parâmetros genéticos dendrológicos

foi fraca.

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Vázquez (2001) estudando a variação das tensões de crescimento no sentido

radial do tronco demonstrou existir uma relação entre a distribuição das

tensões no tronco e o formato das rachaduras (figura 1).

Fonte: Vázquez (2001)FIGURA 1- DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO NO SENTIDO MEDULA

CASCA MEDIDO ATRAVÉS DO MÉTODO CIRAT-FOREST RELACIONADO COM O FORMATO DAS RACHADURAS DE TOPO

Lopes (2003), estudando 63 clones de E. grandis com 27 anos, não

encontrou correlação entre as rachaduras nas toras e as rachaduras nas

tábuas. Afirmação semelhante também é feita por Miranda e Nahuz (1999),

que não encontraram valores expressivos para esse relacionamento. A

explicação sobre essas diferenças pode estar na revisão de literatura de

Telles dos Santos (2002). O autor relata que existem no mínimo seis

metodologias diferentes para estimar o índice de rachamento em topos e que

cada uma delas possui suas particularidades. As metodologias encontradas

para mensurar as rachaduras de topo são descritas por Lima (2000), Crespo

(2000), Wilson (1985), Conradine (1980), Malan (1984) e Bariska (1990).

A metodologia proposta por Lima (2000) consiste numa relação entre a

área ocupada pelas rachaduras e a área total da seção transversal que as

contém, conforme se vê na equação 1.

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100.

4..2DCiAiIR

EQUAÇÃO 1- ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE LIMA (2000)

Onde:

IR=índice de rachamento

A= abertura máxima

C= comprimento (cm) da rachadura i

D= diâmetro médio(cm) da seção transversal que contém a rachadura

n =número de rachaduras encontradas na extremidade da tora.

Crespo (2000) estabeleceu uma relação entre a área da rachadura de

maior largura (por supor que essa é mais crítica) e a área total da face

transversal, de acordo com a equação 2.

100.

4..2D

CAIR

EQUAÇÃO 2 - ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE CRESPO (2000)

Onde:

IR = índice de rachamento

A=máxima abertura da rachadura principal (cm)

C= comprimento da rachadura (cm)

D= diâmetro médio da seção transversal (cm)

Wilson (1985) após construir um índice demonstrado pela equação 3,

agrupou as rachaduras em quatro classes de comprimento, com base nas

distâncias que elas alcançavam a partir da medula (quadro 1).

100.

D

AiPiIR

EQUAÇÃO 3 - ÍNDICE DE RACHAMENTO DE TORA MEDIDO PELA METODOLOGIA DE WILSON (1985)

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Onde:

IR= porcentagem estimada de rachaduras

Ai= comprimento máxima da rachadura, de acordo com a classe i (i= 1,

2, 3,4mm)

Pi= peso da rachadura na classe i

D= diâmetro da seção (mm)

Classes Comprimento das rachaduras Peso1 Iguais ao raio da seção transversal 12 Menores que o raio, porem maiores que ¾ deste 0,753 Menores que o raio, porem maiores que ½ deste 0,54 Menores que o raio, porem maiores que ¼ deste 0,25

QUADRO 1 - CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DE SEU COMPRIMENTO E RESPECTIVOS PESOS

Conradine (1980) elaborou um método (equação 4) que é concebido

sobre a abertura máxima em cada rachadura, apontando duas classes de

rachaduras em função do seu comprimento, conforme descrito no quadro 2.

DPiAiIR .001,0..

EQUAÇÃO 4 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE CONRADINE (1980)

Onde:

Ai= comprimento máximo da rachadura de acordo com a classe i (i= 1,

2)

Pi= peso da rachadura na classe 1 ou 2

D= diâmetro da seção transversal (mm)

Classes Comprimento das rachaduras Peso

1 Iguais ao raio da seção transversal 1

2 Menores que o raio 0,5QUADRO 2- CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DO SEU COMPRIMENTO E

RESPECTIVOS PESOS

Malan (1984) teve seu índice modificado por Garcia e Lima (2000). A

modificação consistiu na medição da abertura máxima de cada rachadura

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que atinge a periferia, e a classificação das demais rachaduras, segundo as

classes de comprimento descritas no quadro 3.

Classes Comprimento das rachaduras Peso

1 Menores que o raio e maiores que ¾ deste 0,75

2 Menores que ¾ do raio 0,5QUADRO 3- CLASSES DE RACHADURAS EM FUNÇÃO DE SEU COMPRIMENTO E

RESPECTIVO PESO

A rachadura que se estender por todo o raio ou que atingir a periferia

tem somado ao valor de sua abertura o seu teor de umidade. O resultado é

então somado aos pesos diretos das rachaduras que não atingem a periferia,

conforme visto na equação 5.

2.

.001,0)1(

DAiPiIR

EQUAÇÃO 5 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE MALAN MODIFICADA POR GARCIA E LIMA (2000)

Onde;

Ai= comprimento máximo da rachadura de acordo com a classe i (i= 1,

2)

Pi= peso da rachadura na classe 1 ou 2

D= diâmetro da seção transversal (mm)

Barsika (1990) mediu o comprimento de cada rachadura e do diâmetro

da extremidade que contém as respectivas rachaduras. Obteve a equação 6.

DCiIR

EQUAÇÃO 6 - ÍNDICE DE RACHAMENTO MEDIDO PELA METODOLOGIA DE BARISKA (1990)

Onde:

IR- índice de rachamento

Ci= comprimento das rachaduras (cm)

D= diâmetro (cm)

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A comparação entre os dados obtidos pelos diferentes índices de

rachamento de topos de toras nem sempre é simples, pois cada um destes

autores obteve valores para diferentes amostras. Os trabalhos que

comparam os diferentes índices no mesmo grupo de plantas são o de Telles

dos Santos (2002), que executa as medidas nos seis índices, e o trabalho de

Lima, Garcia e Nogueira (2001), que fazem referência a metodologias

distintas, para mensurar esta variável.

Os resultados de Telles dos Santos (2002) mostram que, para seu

conjunto de dados, os índices calculados com a metodologia de Conradine

(1980) e de Malan (1984) modificada por Lima e Garcia (1999),

representaram melhor a característica estudada. Ampliando suas afirmações,

o autor recomenda que essa metodologia seja utilizada para selecionar

material para programas de melhoramento.

ESTUDOS DA RELAÇÃO ENTRE A DEFORMAÇÃO RESIDUAL LONGITUDINAL (DRL) E A QUALIDADE DA MADEIRA DE EUCALIPTO

A DRL é usada como fonte de informação constante nos estudos

sobre o comportamento da madeira, preconizados por Nicholson (1971)

como um método eficiente para prever as tensões de crescimento presentes

em toras e árvores vivas. Esse método foi desenvolvido com base nas

observações de Jacobs1 (1938a), (1939b), e (1945)c e Boyd1 (1950 Partes I a

II). Desenvolvido por Nicholson (1971), que têm como princípio básico a

teoria de que uma peça que possui tensões sofrerá uma deformação

proporcional a este estado de tensão. Quando toras ou porções de toras são

submetidas ao corte, são liberadas as forças que equilibravam a madeira no

seu estado vegetativo, causando-lhe deformações mensuráveis. Devido à

posição e orientação das incisões pelas quais se manifestam as

deformações, os movimentos ficam restritos ao plano radial,

perpendicularmente ao eixo de crescimento.

1 Boyd, J. D. 1950, Tree Growth Stress. I. Growth Stress Evaluation. Aust. J. Sei. Res.3 270-293p

Boyd, J. D. 1950, Tree Growth Stress. II. The development of shakes and other visual failures in timber. Aust. J. Sei. Res.1 296-312p

Boyd, J. D. 1950, Tree Growth Stress. III. The Origin Growth Stresses. Aust. J. Sei. Res.3 294-309p

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Dessa forma, Nicholson (1971) desenvolveu um aparelho para medir

as tensões acumuladas em peças ou toras como pode ser visto na figura 2.

São consideradas vantagens deste método, o seu grau de repetibilidade e o

pequeno dano causado nas peças. Contudo, trabalhos de Malan (1988)

demonstraram que a metodologia desenvolvida por Nicholson (1971) não foi

prontamente adotada, pois inicialmente ele propunha a retirada de uma parte

da peça, e as tensões eram mensuradas a partir de três furos feitos sobre

essas seções, como se pode observar na figura 3.

Fonte: (Nicholson e Hilli, 1973)FIGURA 2– EXTENSÔMETRO UTILIZADO POR NICHOLSON (1971), COM O DETALHE

MOSTRANDO A SEÇÃO DO TRONCO RETIRADA PARA MEDIR A DEFORMAÇÃO ORIUNDA DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO

Fonte: (Nicholson, 1975)FIGURA 3-– AMOSTRAGEM UTILIZADA POR NICHOLSON (1971) E (1975) PARA

AVALIAR DRL, MASSA ESPECÍFICA E OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS

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O método foi então modificado por Guéneau e Kikata2 (1973), citados

em Lisboa (1993), que propuseram utilizar um extensômetro fixado a uma

peça de madeira. O sensor percebe a deformação sofrida entre dois pinos no

momento em que esses são separados por um orifício. Essa prática gerou a

denominação de método do orifício único, também conhecido como método

CIRAD-Foret, em função do local de seu desenvolvimento. O método inicial

proposto por Nicholson (1971) previa dez pontos de medida, com a retirada

de pequenas seções do fuste, como se vê nas figuras 1 e 2. Os autores que

lançaram mão dessa técnica ressaltam a facilidade de seu uso. Segundo

Archer (1986), esse método é relativamente simples e de execução rápida e

somente destrutivo localmente, podendo ainda ser aplicado na árvore em pé.

Uma colocação feita por Lima et al. (2004) resume a facilidade do

método do orifício único. O autor expõe que o método é de simples execução

e que dá resultados confiáveis na predição das tensões de crescimento.

Confirmada por Munier et al. (1999), Souza (2002), Trugilho et al.(2002)a,

Trugilho et al. (2002)b. Cardoso Jr (2004) (figura 5) e (DE Pádua 2004)

(figura 4) afirmam a possibilidade e as vantagens do uso do extensômetro e

medição da DRL.

Fonte: de Pádua

(2004)

1. extensômetro, 2 pinos, 3 gabarito para colocação do extensômetro, 4 perfuradora manualFIGURA 4-– APARATO UTILIZADO PARA A MEDIÇÃO DA DRL UTILIZANDO O MÉTODO

CIRA-FOREST (MÉTODO DO ORIFÍCIO ÚNICO)

2Gueneau, P. e Kikata, Y. (1973) Constaintes de croissance. Bois et Forêts des Tropicques 49:21-30p.

1

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Os autores afirmam que esse método pode ser utilizado para examinar

detalhadamente as tensões ao longo de toras ou árvores vivas, permitindo a

comparação entre plantas ou entre posições dentro da mesma planta. Ele

facilita o acompanhamento de alterações nas tensões que possam ocorrer

devido às intervenções nos plantios. Além disso, possibilita a seleção de

plantas, visando ganhos genéticos e utilização de materiais superiores. Lopez

(2005) ressalta as mesmas observações de Lima et al. (2004), acrescentando

que são relações entre a DRL e demais características do vegetal

importantes qualificadores para a seleção de indivíduos na produção de

serrados.

A utilização do aparelho é mais bem descrita por Munier et al. (1999),

que preconiza algumas etapas. O sensor de mensuração é instalado num

corte chamado janela, feito na casca da planta. A janela possui dimensões de

20 cm de altura e 10 cm de largura. Expostos os tecidos do xilema, identifica-

se a orientação da grã, e então são colocados dois pinos afastados 45 mm. A

orientação desses pinos é coincidente com a orientação da grã. Preso a um

gabarito metálico, o extensômetro é colocado apoiado nos pinos. Procede-se

o ensaio perfurando um orifício entre os pinos. Devido à presença de forças

de tensão no interior do xilema, o afastamento dos pinos é medido em

milímetros pelo sensor, que possui precisão de 0,001 mm. As medidas são

tomadas em quatro pontos do fuste, garantindo que se obtenha um valor

médio da árvore. Essas etapas podem ser vistas na seqüência da figura de

5.

Quanto à representatividade do método, CIRAD-Foret, Malan (1988)

mensurou toras durante um período de 21 dias, fazendo repetições após o

corte (12 horas, 72 horas, 10 dias e 20 dias depois do corte). Comparou as

medidas tomadas pelo método e eventuais rachaduras oriundas das tensões

de crescimento e da perda de umidade pelos topos. Observando esses

intervalos, verificou que não ocorreram diferenças significativas nas

rachaduras dos topos após 72 horas. O autor recomenda que medidas sejam

tomadas para prevenir a perda de umidade pelos topos neste período crítico,

caso contrário, poderá ocorrer acentuação das rachaduras, somando os

efeitos das das tensões de crescimento, com a perda de umidade capilar.

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1 - Abertura da janela e medição do angulo

da grã2 - Posicionamento do gabarito 3- fixação dos pinos

4-Preparação do extensômetro 5-Abertura do orifício 6-Leitura da DRL

Fonte: Cardoso Jr (2004)

FIGURA 5- – ETAPAS DA MENSURAÇÃO DA DRL DESCRITAS POR CARDOSO JR (2004)

1.1.1 Relacionamento da DRL com a idade e distribuição das tensões

ao longo da secção transversal

Trugilho et al. (2002) relacionaram a DRL de 16 clones de diferentes

idades. Verificaram a relação entre a DRL com a idade, formulando a

hipótese de que a DRL poderia ser utilizada como fonte de seleção precoce

de plantas, devido a uma tendência do acréscimo das tensões com o

aumento da idade dos plantios. Afirmação similar é feita por Cardoso Jr

(2004), que relacionou um grupo de três clones, em três idades diferentes

(84, 96, 156 meses) encontrando diferenças significativas na DRL para as

três idades, em uma correlação linear com determinante igual a 63,98%.

Esse autor foi capaz de afirmar que essa característica está sob forte

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influência genética. DE Pádua (2004) averiguou, através de seus dados, uma

interação entre clones e idades quando estudou a relação entre DRL e idade,

com plantas de 49, 92, e 104 meses, utilizando 52, 40, e 46 clones de

Eucalyptus sp., respectivamente. Obteve resultados estatisticamente

significantes e vislumbrou diferenças entres as DRLs nas distintas idades.

Contudo, não foi capaz de construir uma regressão linear, como fez Cardoso

Jr (2004), pois a autora verificou que na idade de 92 meses a DRL foi maior

que as demais. Como Cardoso Jr (2004), DE Pádua (2004) verificou que as

diferenças entre clones se acentuavam com a idade. A autora calculou a

herdabilidade dessa característica em 92,38% para idade de 104 meses,

94,03% para 92 meses e 85,48% para 49 meses. Essa determinação

discorda dos relatos de Trugilho et al. (2002), que indicam a seleção precoce.

Para DE Pádua (2004), a seleção precoce resultaria em redução dos valores

de herdabilidade e esses resultados encontram eco em Souza (2002), que

calculou o valor de herdabilidade em 94,3% aos 72 meses, para 11 clones

híbridos de Eucalyptus, sendo avaliadas três árvores por clone.

Vale ressaltar que a literatura é controversa, quando trata do tema

DRL associado à idade, pois não há estudos que determinem a melhor idade

para avaliação dessa característica, como também há pouca concordância

sobre qual seria a tendência seguida por esse parâmetro nas diferentes fases

de crescimento.

Os resultados obtidos por Lima et al. (2004) não apresentam a

tendência encontrada em Trugilho et al. (2002) b: aumento das tensões com

aumento da idade. Como também não confirmam os encontrados por

Cardoso Jr (2004): redução nas tensões com o aumento na idade. Por outro

lado Lima et al. (2004) assemelham-se aos resultados de DE Pádua (2004),

ambos não encontraram a relação entre DRL e a idade. Apesar de não haver

consenso quanto à idade ideal para a determinação da DRL, esses autores

são categóricos ao afirmarem a inexistência de diferenças nos valores de

DRL mensurados em quatro pontos opostos do diâmetro. Confirmando as

observações de Nicholson (1971) e Nicholson e Hillis (1975), os fustes

tendem a acumular tensões nas porções mais constantemente submetidas a

esforços, como demonstra a figura 6.

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Fonte: Nicholson (1971)FIGURA 6- VARIAÇÃO DAS TENSÕES DE CRESCIMENTO EM QUATRO ÁRVORES DE E.

regnans AOS 30 ANOS DE IDADE, MEDIDAS PELO MÉTODO DE NICHOLSON (1971), APROXIMADAMENTE A 1,44 M DE ALTURA DO SOLO

Estudando a DRL dos tecidos de reação em árvores e Eucalyptus

regnans, Nicholson e Hillis (1975) observaram uma distribuição assimétrica

das tensões quando comparadas com as seções transversais do lenho. A

figura 7 explica a origem dessa assimetria, pois nesse estudo os autores

delinearam um grupo de dez árvores divididas em três subgrupos com

diferentes formatos para o lenho de reação.

Fonte: Nicholson et

al.. (1973)

FIGURA 7– CARACTERIZAÇÃO DAS ÁRVORES COM LENHO DE REAÇÃO REALIZADA POR NICHOLSON ET AL. (1973). ARVORE DO TIPO I APRESENTA TRONCO RETO E COPA DESCOCADA DA ÁREA DO TRONCO EM ATÉ 2 M, ÁRVORE DO TIPO II APRESENTA DEFORMAÇÃO JUNTO A BASE, ÁRVORE DO TIPO III COM TRONCO CURVO E A COPA DESLOCADA DE 4 A 6 M DO BASE

Os autores classificaram os dez indivíduos em tipo I, II e III As árvores

do tipo I apresentavam lenho de tração e copa inclinada 2 metros, em relação

Exe

mplo de

Tipo I Tipo II

Tipoo III

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ao fuste principal. Nas do tipo II, a copa ficava sobre a base, contudo possuía

uma região chamada pelos autores de “cabo de revólver”, onde se formava o

lenho de reação. No tipo III, a copa ficava deslocada mais de 4 metros da

área da base do tronco, obrigando a árvore a provocar um encurvamento do

fuste. Os parâmetros avaliados foram: a DRL, a massa específica, o módulo

de elasticidade e o diâmetro das fibras (Nicholson et al., 1973). No estudo de

Vázquez de (2001) o autor realizou medições de DRL em oito pontos do

tronco de E. globulus e relacionou as medições com o formatos das copas

fornecendo um diagrama aproximado da distribuição das tensões de

crescimento, (figura 8).

fonte : Vázquez (2001)FIGURA 8- DISTRIBUIÇÃO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO DETERMIADAS PELO

MÉTODO CIRAT-FOREST

Nos estudos de Munier et al. (2000) os resultados indicaram uma

variação grande (coeficiente de variação - CV% entre 10 e 91%) nos valores

amostrados de DRL, medidos em quatro posições no tronco (norte, sul, leste

e oeste). Afirmam no entanto, os autores, não haver diferenças estatísticas

entre esses pontos. Em plantios de 4 anos, as maiores DRL foram

encontradas na posição norte, enquanto que nas plantas de 10 anos a

posição oeste apresentou essa característica. Esses valores são confirmados

por TRUGILHO et al. (2002), que encontraram uma variação de 20 a 89% em

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que a posição sul encerrou maiores tensões, os autores indicaram que a

presença de ventos predominantes pode influenciar a tenssão predominante.

Lima et al. (2004) encontraram na posição norte o ponto de maior tensão,

com coeficiente de variação oscilando entre 13 e 80%. Lopez (2005) não

indica que ponto cardeal apresentou maiores tensões, porém relata que o CV

% das DRL de E. grandis estudadas por ele estão entre 5 e 89%. Pode-se

então concluir que a variação entre os pontos mensurados dentro da mesma

planta são de menor importância, visto que os coeficientes de variação entre

plantas oferecem melhores condições de seleção de plantas superiores.

Atestando essa afirmação, tem-se dados de Lima et al. (2004), considerando

que o coeficiente de variação para DRL entre plantas raramente superou

50%, apontando cinco das suas 20 árvores como responsáveis por essa

variação. CARDOSO Jr et al. (2005), observaram valores maiores de DRL

nas posições oeste e leste, gráfico 1, e ainda relacionaram a DRL com

espaçamento e idade por meio de modelos de regressão encontrando forte

correlação dentro do clone estudado, como pode se ver nos gráficos 1, 2 e 3.

Fonte: Cardoso Jr et al. (2005)GRÁFICO 1 – GRÁFICO REPRESENTANDO OS VALORES DE DRL DE UM CLONE DE

EUCALYPTUS SP. NOS QUATRO PONTOS CARDEAIS

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Fonte: Cardoso Jr et al.

(2005)GRÁFICO 2 – MODELO POLINOMIAL AJUSTADO POR CARDOSO JR ET AL. (2005) QUE

CORRELACIONA DA CORRELAÇÃO ESPAÇAMENTO E DRL

Fonte: Cardoso Jr et al. (2005)GRÁFICO 3 – MODELO POLINOMIAL AJUSTADO POR CARDOSO JR ET AL. (2005) QUE

CORRELACIONA DA CORRELAÇÃO IDADE E DRL

Vale ressaltar que o relacionamento da DRL com a idade não foi

totalmente esclarecido, pois LIMA (2001) não encontrou diferenças

significativas estudando a DRL em clones de Eucalypus de diferentes idades.

Todavia as evidências encontradas na literatura aponta que a origem

do material genético influenciam o comportamento da DRL. Lima (2001),

Pádua et al (2004), Cardoso Jr. et al (2005), Trugilho (2005), e Beltramen

(2010) perceberam diferenças entre os valores de DRL para materiais de

diferentes origens clonais.

As evidencias indicam que a DRL sobre influencia da idade, da origem

do material genético e do espaçamento. No quadro 4 está mostrado a

sumarização de alguns valores de DRL encontrados na literatura.

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Autor Ano  EspécieIdade

(meses)Espaç.

(m) DRL(mm)

Bailleres et al.199

5   120   0,071

Beltrame et al 201

2 Hibrido E. urophylla x E. grandis 108 3x2,7 0,11

Cardoso jr*200

4 Híbridos   3 x 2 0,085

Cardoso jr*200

4 Híbridos   6 x 2 0,087

Cardoso jr*200

4 Híbridos   6 x 3 0,081

Cardoso jr*200

4 Híbridos   6 x 4 0,083

Cardoso jr*200

4 Híbridos 84   0,078

Cardoso jr*200

4 Híbridos 96   0,085

Cardoso jr*200

4 Híbridos 156   0,077

Gonçalves200

6 hibrido E. urophyilla x E. grandis 70 3x3 0,113

Gonçalves200

6 Hibrido E. urophyilla x E. grandis 166 3x3 0,158

Gonçalves200

6 hibrido E. urophyilla x E. grandis 70 6x2,5 0,136

Lima et al.200

4 E. grandis 132 3 x 3 0,058

Lima et al.200

4 E. grandis 102 3 x 3 0,073

Lima* et at.200

4 E. grandis 180 3 x 3 0,079

Lima* et at.200

4 E. grandis 180 3 x 3 0,049

Lima* et at.200

4 E. grandis 180 3 x 3 0,095

Munier et al.199

9 E. colenziana 120 3 x 3 0,071

Munier et al.199

9 E. colenziana 48 3 x 3 0,077

Nicholson197

1 E. regnans 360   0,031

Pádua et al 200

4 Híbridos E. grandis, E camalduleis 104 10x4 0,076

Pádua et al 200

4 Híbridos E urophylla x camaldulesis 92 10x4 0,074

Pádua et al 200

4 Híbridos E. tereticornis x E. grandis 54 10x4 0,083

Pádua et al 200

4 Híbridos E. urophylla x E. grandis 49 10x4 0,069

Rodrigues et al. 200

8 Eucalyptus SP. 120 10X4 0,081

Souza200

2 Híbridos 60 10 x 4 0,09

Trugilho et al.200

2 E. dunnii 56   0,107

Trugilho et al.200

2 E. dunnii 156   0,113

Trugilho et al.200

2 E. dunnii 180   0,111

Trugilho et al.200

2 E. dunnii 228   0,114

Trugilho* et al.200

1 Híbridos 72 10 x 4 0,09

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QUADRO 4- VALORES DE DRL ENCONTRADOS POR DIFERENTES AUTORES BRASILEIROS COM ALGUMAS ESPÉCIES DE EUCALYPTUS EM VÁRIOS ARRANJOS DE ESPAÇAMENTO

*Apesar dos valores de DRL estarem dentro do esperado, os autores verificaram a existência de fortes correlações entre a idade e a DRL para alguns clones.

Valores estão citados como os colocados pelos autores nos respectivos trabalhos

1.1.2 Relacionamento da DRL com as variáveis dendrológicas

A literatura é mais abundante quando associa a DRL aos parâmetros

dendrológicos. Inúmeras correlações entre a DRL e outras variáveis já foram

mensuradas. Wilkins e Kitahara (1991a) e Wilkins e Kitahara (1991b)

observaram em E. grandis o comportamento da DRL com diferentes taxas de

crescimento numa população de 22 anos de idade (264 meses) e aos 12,5

anos (160 meses). Relacionaram a DRL com tratos silviculturais, encontrando

uma correlação negativa da ordem de 70% entre a DRL e o aumento do

diâmetro provocado pelos tratos silviculturais. Os próprios autores afirmam

que os tratamentos realizados tinham o intuito de aumentar a taxa de

crescimento. Através deles obtiveram um aumento nos valores de DRL. Nas

plantas em que o crescimento foi acelerado, também ocorreram rachaduras

de topo em maior intensidade. Os dados mencionados por Wilkins e Kitahara

(1991a, 1991b) conferem com os valores encontrados por Nicholson et al.

(1973), Boyd, (1980) e Munier et al. (1999). Esses autores verificaram uma

tendência de redução nos valores de DRL para árvores com maiores

diâmetros, pois encontraram uma correlação fraca e negativa entre o DAP e

a DRL (r = -0,39) e DRL e altura r = -0,30. Contudo Chafe (1985), estudando

Eucalyptus nitrens e E. regnans, detectou uma correlação positiva entre DAP

e DRL.

Nicholson et al. (1973), estudando 16 árvores de E. regnans com 30

anos, encontraram uma distribuição das tensões ao longo do fuste.

Atestaram ocorrer um decréscimo dos valores de tensão, quando as

amostras se aproximaram da medula, e um aumento nos valores próximos da

casca. Essas variações foram acompanhadas por um alongamento das fibras

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próximas da medula e um encurtamento nas posições da casca ao longo da

altura, porém, os autores não encontraram diferenças significativas.

Boyd (1980) também verificou um aumento nas tensões em árvores

com maiores taxas de crescimento e confirmou as tendências descritas em

Boyd (1950) e Nicholson et al. (1973), das distribuições das tensões de

crescimento no sentido transversal. É o que se pode ver nos gráficos 1 e 2.

Fonte: Boyd (1950, parte II)

GRÁFICO 4 – BOYD (1950) DEMONSTRA A DISTRIBUIÇÃO TEÓRICA DAS TENSÕES NO SENTIDO TRANSVERSAL DO FUSTE

Fonte: Nicholson et al.(1973)

GRÁFICO 5 – NICHOLSON (1973) DEMONSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES, CONFIRMANDO AS AFIRMAÇÕES FEITAS POR BOYD (1950)

Malan (1988) encontrou diferenças nas tensões entre árvores de

diferentes alturas. Estudando, num espaçamento de 2,7 x 2,7 m, 120

espécimes de E. grandis com 21 anos (252 meses), as quais já haviam

sofrido vários desbastes, encontrou uma correlação (de 78%) entre DAP e

altura e o rachamento dos topos. Nesse caso, as árvores com maiores taxas

Com

pressão

T

ensã

o

Li

nha

de

C

C

âmbi

o

C

âmbi

o

C

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o

Li

nha

de

Com

pressão

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Altura comercial da

árvore (m)

de crescimento, as quais são dominantes, expõem suas copas a maiores

esforços, desenvolvendo portanto, maiores tensões. Um eco dessa afirmação

é encontrado nos dados de Lima et al. (2004), concluindo que plantas com

menores valores de DRL, em certas situações, podem sofrer danos na copa

causados pelo vento.

Chafe (1985), investigando a variação ao longo da altura dos valores

de tensão de crescimento, massa específica e módulo de elasticidade de dez

plantas de Eucalyptus nitens de 8 anos de idade, afirmou não existirem

diferenças significativas para os valores de tensão até os 5 m. A partir daí,

ocorre uma redução, chegando a valores mínimos aos 15 m. Isso confirma as

tendências observadas por Yao (1979) e Chafe (1981), que indicam que as

tensões mais severas estão próximas à base, entre 1 m e 5 m e as tensões

médias localizam-se na porção intermediária do fuste até 6 m, sendo

reduzidas gradualmente até os 15 m. É o que se pode visualizar no gráfico 3.

Fonte (Chafe 1981)

GRÁFICO 6 – VARIAÇÃO DA DRL AO LONGO DA ALTURA MENSURADA POR CHAFE (1981). NO EIXO Y DO GRÁFICO ESTÃO COLOCADOS OS VALORES DAS TENSÕES E NO EIXO X, A VARIAÇÃO DA ALTURA, DE 2M EM 2M

Os dados de Souza (2002) confirmam essa hipótese, já que o autor

não encontrou diferenças significativas entre os valores de tensão na primeira

e na segunda tora de 3 m de comprimento. Assim, acredita-se que as árvores

concentram as tensões nos pontos submetidos a maiores esforços.

No que concerne a amostragem por altura Trugilho et al. (2006)

investigando valores de DRL em clones de Eucalyptus testou as árvores a

1,3m de altura e a 3 m de altura constantando que os valores eram

estatisticamente iguais, recomendou que a deformação fosse mensurada

Ten

são

de

Cre

scim

ento

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apenas na altura do DAP. No mesmo trabalho os autroes buscaram

correlações entre DRL e o DAP e a DRL e a altrua não encontrando valores

significativos entre as variávies analizadas. A

As correlações entre as variáveis de crescimento e a DRL são

constantemente citatas pela literatura Souza et al. (2004) pesquisando 11

clones de Eucalyptus sp. Não encontrou correlações lineares entre DRL e

DAP ou altura total das plantas. O mesmo ocorreu no trabalho de Trugilho et

al (2006). Todavia podem ser encontradas correlações siginficativas entre a

DRL e o DAP nos trabalhos de Munier (2000), Trugilho (2005) (gráfico 4),

Beltrame (2010), Beltrame (2012), neste último as correlações são negativas,

ou seja, aumentos no diâmetro provocaram redução nos valores de DRL.

Fonte:TrugilhoGRÁFICO 7 – RELAÇÃO ENTRE CLASSE DIAMÉTRICA E DRL REALIZADA POR

TRUGILHO (2005) PARA CLONES DE e. dunnii

Obs. As classes diamétrica foram estabelecidas pelo autor onde um representa a

classe das árvores menores e a classe quatro as plantas com maiores diâmetros. A legenda

do gráfico onde constam as DRL8,13, 15 e 19 são as diferentes idades avaliadas.

1.1.3 Correlações entre a DRL e algumas propriedades físicas de

anatômicas da madeira

Malan e Gerischer (1987) realizaram um estudo entre as correlações

anatômicas e as tensões de crescimento. Selecionando cinco árvores com

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alto índice de tensão e outras cinco com baixo índice de tensão, mensuraram

pelo método de Nicholson a DRL de árvores de E. grandis com 28 anos (336

meses). As árvores com menores tensões possuíam os menores

comprimentos dos fibro-traqueoides e menores valores de massa específica.

Malan e Hoon (1992), avaliaram as propriedades físicas da madeira

em diferentes tratos silviculturais, afirmaram que o desbaste afetou as

algumas propriedades propriedades. Em árvores de menor crescimento,

vegetando em locais com mais indivíduos por hectare, a massa específica foi

maior, tendendo a atingir um valor máximo próximo da medula. Nos

tratamentos onde os desbastes foram mais regulares, o valor de massa

específica foi menor e a madeira teve características mais homogêneas,

resultando em toras com maiores proporções de madeira adulta. O

comprimento das fibras sofreu pouca influência dos desbastes. Os autores

ressaltaram, no entanto, que há uma correlação entre a massa específica e a

espessura da parede. Se a massa específica de árvores suprimidas é menos

uniforme, suas características anatômicas também apresentarão essa

mesma particularidade, se comparadas a plantas que vegetam em maiores

espaçamentos.

Bamber (1977), investigando as propriedades anatômicas de E.

grandis em plantios de 2,5 anos (30 meses), não observou diferenças

significativas entre árvores de rápido crescimento e plantas de crescimento

normal, para os quesitos massa específica, diâmetro de parede, comprimento

de fibras e espessura de parede. Contudo, os autores relataram uma redução

no diâmetro dos poros e maior abundância desses elementos em plantas de

crescimento mais rápido. Outra observação feita por esses autores se

concilia com a ressalva de Malan (1988), que indica que árvores jovens de

crescimento acelerado têm maior tendência à produção de rachaduras. Na

alegação de Bamber et al. (1982), essas árvores possuem maior proporção

de parênquima radial. Notadamente, as células desse tecido resistem pouco

a esforços mecânicos, sendo mais suscetíveis ao aparecimento de

rachaduras no momento da liberação desses esforços.

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DENSIDADE BÁSICA

Indiscutivelmente, um dos parâmetros mais importantes para avaliar a

qualidade da madeira é a densidade básica. Um índice que combina a

quantidade de massa pelo volume sintetiza as expressões da composição

química e o arranjo anatômico dos elementos celulares. É definida como

sendo a relação entre o peso de madeira seca em estufa e o seu volume

obtido acima do ponto de saturação das fibras.

Internamente uma árvore tem sua densidade básica variando nos

sentidos longitudinal e radial, e a amplitude dessa variação traz implicações

para a utilização da madeira, que fazem necessário o estudo sobre essa

característica.

A relevância do seu conhecimento estende-se por todas as áreas que

utilizam madeira como fonte de matéria-prima, pois ela influencia diretamente

o produto final seja ele destinado ao setor de celulose e papel, energia,

madeira serrada ou outros. Mesmo quando seu estudo é aplicado à área de

silvicultura, a densidade básica tem grande destaque nos programas de

melhoramento e condução do plantio florestal, porque essa variável é

influenciada pela genética do material, pelo local de crescimento das plantas,

o regime de podas e desbastes e até das etapas de fertilização do solo.

Ao optar por uma ou outra espécie utilizada no empreendimento

florestal ou madeireiro, essa variável deve ser cuidadosamente pesada, pois

sob esse índice tem-se um indicativo relevante para a avaliação do produto

final.

Resende et al. (1998) apontam para o fato de que parte dos autores

sobre o tema conceituam os termos "massa específica" e "densidade", como

idênticos, tanto do ponto de vista físico como dimensional. No entanto, no seu

trabalho indicam que o termo densidade aplica-se à relação massa sobre

volume dividido pela mesma relação aplicada à água. Portanto, neste caso

densidade é uma medida adimensional. A massa específica é calculada pela

divisão de uma porção de matéria por seu respectivo volume. No sistema

internacional de medidas a massa específica é expressa por quilogramas por

metro cúbico.

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Neste trabalho, como em muitos outros, utilizou-se os termo massa

específica básica com sinônimo ao termo densidade básica.

A densidade básica da madeira tem sido um índice de qualidade

estudado pelos pesquisadores e melhoristas florestais desde do inícios da

pesquisas sobre o gênero no Brasil. O desenvolvimento alcançado pela

genética florestal, coadjuvado pelos ganhos obtidos no rendimento

volumétrico, foram as primeiras etapas de um programa onde se procurou

melhorar a qualidade da madeira, para a utilização destinada a celulose e

papel. Dentre os padrões de qualidade de madeira procurados, a densidade

básica foi o que mais se sobressaiu por ser o de mais fácil manuseio e de

comprovada alta herdabilidade, (Brasil et al. 1979).

Do ponto de vista da silvicultura a densidade básica é sempre uma

característica a ser controlada. Quanto dela pode ser alterada, ou ainda,

quanto da densidade está sob o domínio genético e quanto sofre alteração

pelo ambiente são questões freqüentemente do interesse do manejo (Bampi

1991).

Ferreira (1968), pioneiro no estudo da variação da densidade básica

do gênero Eucalyptus, já indicava que a variação dessa propriedade

mostrava um alto potencial para o melhoramento florestal.

Busardo et al. (1987) afirmam que a massa específica básica ou

simplesmente densidade básica é a relação entre a porção de material

vegetal totalmente seca, dividida por seu respectivo volume saturado. Sendo

que esse valor recebe influência das características anatômicas, químicas e

físicas, tornando-se uma variável complexa, pois está ligada à espécie e a

diferentes indivíduos da mesma espécie. Em revisão sobre os estudos de

densidade básica da madeira de eucalipto, com idades entre 60 e 84 meses,

Ferreira e Kageyama (1978) usando o valor arbitrário de 0,5g/cm3

classificaram as espécies em grupos: E. grandis, E. saligna, E. dunnii e

Eucalyptus botryoides abaixo de 0,500 g/cm3, o Eucalyptus pilularis,

Eucalyptus resinifera, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus propinqua em torno

de 0,500 g/cm3, enquanto, E. microcorys e E. cloeziana apresentaram valores

superiores a 0,500 g/cm3. Acompanhando informalmente essa divisão tem-se

Ribeiro e Zani Filho (1993), que agruparam Eucalyptus pellita, E. urophylla e

E. grandis com densidades entre 0,560-0,668, 0,529-0,587 e 0,436-0,535

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g/cm3 respectivamente e para E. dunnii 0,459-0,580, E. saligna com 0,360-

0,518 g/cm3. Em outro local com árvores de 63 meses de E.grandis os

autores encontraram valores variando entre 0.374-0.503 g/cm3.

A densidade básica é influenciada pelas dimensões dos elementos

celulares, proporção de certos elementos como vasos, fibras, proporção dos

elementos químicos como extrativos e as condições de crescimento como

condições de sítio. No interior da planta também ocorrem variações no

sentido longitudinal e transversal que resultam em diferenças nos valores de

densidade básica (Ferreira e Kageyama 1978, Tomazello Filho 1985 e

Busardo et al. 1987).

Silva et al. (2004) afirmaram que, quase sempre a massa específica se

apresenta correlacionada com a retratibilidade, secagem, trabalhabilidade,

impregnabilidade, durabilidade natural e várias propriedades físicas e

mecânicas da madeira. Os mesmos autores reiteraram que a qualidade da

madeira sólida é quase sinônimo de sua massa específica, mas que tal

propriedade não deve ser considerada como único parâmetro de decisão

para um determinado uso.

Oliveira et al. (1990) e Lima et al. (2000) asseguraram que a massa

específica é uma boa indicadora de qualidade da madeira, em função das

várias correlações com outras propriedades. Entretanto, ela não indica, de

forma direta e conclusiva, valores das propriedades mecânicas, dimensões

de fibras, poder calorífico, composição química ou existência de defeitos

internos. Assim, a massa específica, quando analisada de forma isolada, não

representa um bom e seguro parâmetro para uma definição de usos.

1.1.4 Variação da densidade básica

Brasil (1976) estudando a variação da densidade básica de E. grandis,

demonstrou entre seus resultados que a densidade básica sofre influência do

teor de extrativos. A autora não quantificou essa interferência, mas apoiou

suas observações em dados de Nelson e Heather (1972) de que árvores com

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maior teor de extrativos solúveis em água apresentam ligeiros aumentos na

densidade básica.

Em comparação entre a variação da densidade básica de folhosas e

coníferas, Brasil (1976) destaca que as coníferas apresentam redução da

densidade com o aumento da altura sem qualquer relação com os extrativos

solúveis. Já as folhosas têm comportamento distinto.

Brown et al. (1949) propõem uma divisão entre folhosas com poros em

anéis concêntricos, onde a densidade decresce com o aumento da altura, e

folhosas que apresentam porosidade difusa, em que a densidade cresce até

um ponto próximo à médiana da altura e decrescendo a partir deste ponto.

Para os autores o gênero Eucalyptus enquadra-se neste segundo caso.

Panshin e DE Zeew (1970) apresentaram os principais modelos de

variação longitudinal dentro das árvores como sendo:

a) decrescente uniformemente com a altura;

b) decrescente até o meio do tronco e crescente deste ponto até o

topo;

c) crescente da base para o topo, não obedecendo a um padrão

uniforme de variação.

Os autores afirmam que no gênero Eucalyptus observa-se, com maior

freqüência, o segundo modelo, ou seja, decrescente até 50% da altura da

árvore e crescente deste ponto até o topo ou ainda podendo diminuir próximo

ao topo.

Haseleic et al. (2004), trabalhando com 13 procedências de E. grandis

plantadas em Osório-RS, perceberam uma tendência da densidade básica

reduzir da base até 50% da altura total e aumentar a partir desse ponto até

100% da altura. Nas mesmas plantas os autores relataram que a umidade no

interior da madeira segue uma tendência inversa, ou seja, é maior nos

tecidos da base média no ponto próximo a 50% da altura comercial e mais

baixa no topo da árvore. Os autores não comentaram a existência de uma

relação matemática entre teor de umidade e a densidade básica.

Brasil (1972) trabalhando com Eucalyptus propinqua, encontrou a

densidade aumentando até o meio da árvore e diminuindo do ponto médio

em direção à copa. O mesmo ocorreu com Souza et al. (1986) para cinco

procedências de E. saligna e duas de E. grandis, onde os autores

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encontraram a densidade crescendo até próximo de 50% da altura e

decrescendo a partir desse ponto, como ilustrado nos gráficos 4 e 5.

Fonte: Souza et al. (1986)GRÁFICO 8 – COEFICIENTE E CORRELAÇÃO LINEAR ENTRE A ALTURA COMERCIAL E

A DENSIDADE BÁSICA DE CINCO PROCEDÊNCIAS DE E. SALIGNA

Fonte: Souza et al.

(1986)GRÁFICO 9– COEFICIENTE E CORRELAÇÃO LINEAR ENTRE A ALTURA COMERCIAL E

A DENSIDADE BÁSICA DE DUAS PROCEDÊNCIAS DE E. GRANDIS

No gráfico 9, também fica evidente que a massa específica básica

além de variar de acordo com a altura em que é medida, varia também em

função da origem do material genético, pois Souza et al. (1986), atribuíram

valores maiores de densidade básica para E. grandis oriundo da África do Sul

e E. saligna vindo de Cof’s Harbor.

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Barrichelo et al. (1983), em estudos com Eucalyptus spp., concluíram

que as espécies E. microcorys, E. pellita e E. triantha apresentaram uma

variação tipicamente decrescente dos valores de densidade em relação à

altura. A tendência das árvores de E. gummifera e E. grandis é apresentarem

densidade básica crescente a partir do DAP atingindo um ponto máximo

próximo a 70% da altura comercial. E. pilularis e E. saligna apresentaram

valores alternados como tendência para decrescentes em relação à altura e

E. globulus, da mesma forma, alternância de valores para decrescente.

Oliveira et al. (2005)a, estudando a variação da umidade natural e da

densidade básica de sete espécies de Eucalyptus, perceberam não se tratar

de um modelo único e genérico para todas as espécies, como pode ser visto

no quadro 5:

Espécie Média Base DAP 25% 50% 75% 100%E. uroplhylla 0,35 0,39 0,4 0,38 0,3 0,21 0,15

E. tereticornis 0,32 0,39 0,33 0,29 0,25 0,18 0,14E. pilularis 0,32 0,41 0,41 0,29 0,26 0,26 0,2

E. coleziana 0,31 0,36 0,35 0,29 0,22 0,22 0,23E. grandis 0,28 0,32 0,34 0,24 0,21 0,17 0,18

Corymbia citrodora* 0,26 0,36 0,35 0,26 0,22 0,15 0,11E. paniculata 0,2 0,28 0,22 0,17 0,24 0,26 0,11

Fonte: Oliveira et al. (2005)bQUADRO 5 – VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA (g/cm3) DE SETE ESPÉCIES DE

EUCALYPTUS AOS 16 ANOS PLANTADAS EM ANHEMBI, SP

Rezende et al. (1998) estudaram 80 árvores de E. grandis em oito

níveis de produtividade e concluíram que a massa específica mostrou um

decréscimo até a posição 25% da altura, seguida de um novo acréscimo para

as demais posições no sentido base-topo.

Diferentemente desses resultados, Rozas (2002), estudando a

variação da densidade básica em relação à altura de E. nitens e E. globulus,

determinou aumentos quase lineares de densidade básica proporcionais aos

aumentos na altura, como pode ser observado no gráfico 10.

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Variação da Densidade Básica em Função da Altura

400

450

500

550

600

650

0,3 6,3 12,3 18,3 24,3 30,3

Altura (m)

Den

sida

de B

ásic

a (K

g/m

3)

E. globulusE. nitrens

FONTE: ROZAS (2002)

GRÁFICO 10 – ILUSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA EM FUNÇÃO DA ALTURA DE E. nitrens E E. globulus ENCONTRADO NO ESTUDO REALIZADO POR ROZAS (2002)

No sentido radial, a variação da densidade sofre influência de diversos

fatores. Brasil e Ferreira (1971) enumeraram estes como: os anéis de

crescimento, a presença de lenho adulto e juvenil, e a presença de formação

de cerne. Os autores, estudando essa variação em E. grandis, anotaram

aumentos de densidade básica no sentido medula casca. Tomazello Filho

(1987), estudando a mesma variação em E. pellita, E. globulus e Eucalyptus

acmenoides, não encontrou a mesma tendência para E. globulus aos 10

anos.

Estudando a variação da densidade em E. grandis, Tomazello Filho

(1987) observou que a densidade básica da madeira cresce no sentido

casca-medula, sendo esse crescimento mais acentuado nas camadas mais

externas em que o aumento da densidade básica da madeira foi

acompanhado pelo aumento da espessura das paredes das fibras e pelo

comprimento médio das fibras. Os autores encerram as suas conclusões

afirmando que há uma alta variação das características estudadas entre as

árvores de E.grandis todas com mesmo DAP. Essa variação poderá ser de

grande interesse para seleção de árvores matrizes, (BRASIL e FERREIRA,

1972). O mesmo é encontrado em Silva et al. (2004) que comentaram a

variação da densidade básica em quatro idades diferentes de E. grandis, e

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em todas elas foi encontrada a tendência de aumento próximo à casca e

redução ao redor da medula.

Em Bamber et al. (1982) encontra-se uma referência ao aumento da

freqüência e dos diâmetros dos vasos com o aumento da idade e do ritmo de

crescimento. Para os autores, embora não seja significativo, parece haver

uma tendência de densidade maior em árvores de rápido crescimento. Tal

fato é explicado por uma redução na proporção dos vasos e a diminuição dos

diâmetros dos mesmos.

Os dados de Cruz (2000) para híbridos de E. camaldulensis e E.

urophylla confirmam as afirmações de Lima (1999) e Brasil e Ferreira (1972)

para a variação da densidade no sentido radial, pois foram encontrados

valores maiores de densidade básica para as posições mais externas do

diâmetro da tora. A variação encontrada por Cruz (2000) para densidade

básica foi de 11,42% no sentido medula-casca, e 5,28% para o sentido

longitudinal, nos 12 híbridos testados. O valor médio de densidade básica

calculado no estudo conduzido por Cruz (2000) foi 0,505 g/cm3 ± 0,038, e

uma contração volumétrica total de 13,45%. O autor atribuiu uma correlação

entre densidade e dimensões de fibras e contração e dimensões de fibras na

ordem de 46% e -25,2%, respectivamente.

DETERMINAÇÃO DOS DEFEITOS DA MADEIRA DE EUCALYPTUS SP.

A norma brasileira ABNT/NBR 14806 de 2002 define uma série de

defeitos possíveis na madeira de eucalipto, dentre eles distinguem-se os

causados por movimentação nas peças (arqueamentos, encurvamentos,

encanoamentos e rachaduras); os oriundos de corpos estranhos no interior

da madeira (bolsas de kino e orifícios de insetos) e os originados no

desdobro (desbitolamentos). A mensuração dessas anomalias permite

classificar a madeira serrada do gênero.

O sistema de desdobro exerce grande influência sobre o surgimento

dos defeitos na madeira de eucalipto. Malan (1995) recomenda a utilização

de cortes simultâneos, pois a liberação simétrica das tensões gera peças de

dimensões mais uniformes.

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Rocha (2000) salienta que quando são empregadas técnicas de

desdobro com cortes sucessivos, a peça, que fica fixada ao carro porta tora,

tende a flexionar provocando variações nas espessuras de corte.

1.1.5 Defeitos causados por empenamentos

Em relação à movimentação da peça tem-se os empenamentos no

sentido longitudinal, (encurvamento) no sentido radial (encanoamento) e

transversalmente (arqueamento) (GARCIA, 1995). O autor, explica que as

tensões internas são manifestadas no momento do desdobro através de

movimentos ocorridos na madeira. O grau de expressão desses movimentos

depende da genética da planta, do local de crescimento e da forma de

processamento. A figura 10, proposta por Garcia (1995) mostra o resultado

da retirada de peças tangenciais, empenadas radialmente e

longitudinalmente.

Vázquez (2001) propôs um modelo teórico que mostra a distribuição

das tensões de crescimento no interior da tora, (figura 9). O autor explica que

os empenamentos ocorrem devido a diferença desbalanceada entre as forças

de compressão e tensão distribuídas ao longo da peça serrada.

Fonte: Vázquez (2001)

FIGURA 9- MODELO DE DISTRIBUIÇAO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO NO INTERIOR DA TORA NO SENTIDO MEDULA CASCA

Fibras submetidas a compressão longitudinal

elevada

Fibras submetidas a compressão

longitudinal elevada

Fibras submetidas a tensões longitudinais

Fibras submetidas a tensões longitudinais

elevadas

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Fonte: GARCIA (1995)FIGURA 10– EXEMPLOS DE PEÇAS SERRADAS RETIRADAS DE POSIÇÕES RADIAIS,

NA ESQUERDA MOSTRA O EXEMPLO DE UMA PEÇA ARQUEADA E NA DIREITA UMA PEÇA COM EMPENAMENTO DUPLO, OU SEJA, ARQUEADA E ENCURVADA

Onde:

D- diâmetro da tora

h- largura da peça serrada

b- espessura da peça serrada

O arqueamento se dá de forma análoga e pode ser visto na figura 8.

O encurvamento é medido através da flecha “f”, (figura 11) que a peça

serrada faz em relação a um plano paralelo as extremidades da tábua,

dividida pelo comprimento total da peça, já o encanoamento é medido na

flecha “fi” (figura 6) do plano paralelo as laterais da peça.

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D- diâmetro da tora;

a - distância entre o centro da tora e a

posição de onde é retirada a peça serrada.

b- espessura da peça serrada

h- largura

f- flecha de encurvamento e de

encanoamento

Fonte : GARCIA (1995)FIGURA 11- APRESENTAÇÃO DO ENCURVAMENTO E DO ENCANOAMENTO

A norma brasileira que trata dos defeitos de desdobro da madeira de

Eucalytpus mostra que o empenamento longitudinal é medido através de um

índice chamado de indice de encurvamento, a figura 12 representa a fecha

de encurvamento.

Fonte: ABNT/NBR 14806FIGURA 12 - ILUSTRAÇÃO QUE DEMONSTRA O EMPENAMENTO NO SENTIDO

LONGITUDINAL, (ENCURVAMENTO)

O encurvamento é calculado com base na equação 7 expresso em

milímetros por metro.

EQUAÇÃO 7 - DETERMINAÇÃO DO ENCURVAMENTO LONGITUDINAL

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O encurvamento das tábuas para todos os clones analisados por

Ferreira et al. (2004) em três métodos de desdobro apresentou valores de

pequena magnitude: 3,2 mm/m a 2,9 mm/m. Estes valores são diferentes aos

encontrados por Rocha (2000) e Del Menezzi (1999), com 2,26 mm/m e 5,65

mm/m, respectivamente, ambos trabalhando com E. grandis. Telles dos

Santos et al. (2004), utilizando um desdobro misto que retira tábuas radiais e

tangenciais, perceberam um encurvamento maior nas tábuas de posições

acima de 3 m de altura 16,44 mm, e 14,71 mm para as tábuas retiradas

abaixo disso, as tábuas tinham comprimento nominal de 2,7 m. Telles dos

Santos (2002) encontrou uma média de 15,71 mm para oito progênies de E.

grandis. Rocha e Trugilho (2006) encontraram valores de 14,8 mm/m para um

desdobro tangencial e 14,40 mm/m em tábuas obtidas por um desdobro

radial. Suas análises comprovaram que esses valores são estatisticamente

iguais, concluindo que essa característica não foi muito influenciada pelo

desdobro. Garcia (1995) aponta o encurvamento como uma fonte de seleção

de indivíduos mais aptos ao desdobro, pois essa característica está ligada às

tensões de crescimento e, por conseqüência, à expressão no genótipo da

planta.

Lima et al. (2000) reportam em seus estudos que quando a madeira

sofre uma intervenção durante seu crescimento de modo a acelerar o ganho

nas dimensões da tora, isso pode acarretar um maior encurvamento das

peças serradas. Os autores atribuem esse fato à maior proporção de madeira

jovem criada pelo rápido crescimento. Contudo, ao praticar desbastes de

83% em plantios com 2200 plantas por hectare, os autores não verificaram

diferenças estatísticas para o encurvamento, mas as tábuas retiradas

próximas à base da árvore tiveram maiores flechas se comparadas à

testemunha que não sofreu nenhum desbaste.

A norma brasileira, ABNT/NBR 14806, determina que, se uma peça

serrada curva-se no sentido transversal ao sentido do crescimento da planta

esse defeito recebe o nome de arqueamento, e é expresso em milímetros por

metro, como mostra a figura 13 e a equação 8.

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Fonte: ABNT/NBR

14806FIGURA 13 - ILUSTRAÇÃO DO ARQUEAMENTO NO SENTIDO TRANSVERSAL AO

CRESCIMENTO DA PLANTA

EQUAÇÃO 8 - DETERMINAÇÃO DO ARQUEAMENTO

De maneira geral, um dos defeitos mais comentados na madeira de

eucalipto é o arqueamento (figura 9). Del Menezzi (1999), estudando E.

cloeziana de 17 anos de idade e E. grandis de 21 anos de idade, afirmou

que, do ponto de vista de utilização de peças, a madeira foi muito prejudicada

pelo arqueamento. Crespo (2000) indicou que uma das causas do surgimento

desse defeito é o encurtamento das fibras que têm a face da tábua voltada

para o centro da árvore; a peça serrada encurta-se devido às tensões de

crescimento. Rocha (2000) e Rocha e Tomaselli (2002) afirmam que os

desdobros que retiram mais tábuas tangenciais reduzem tanto o

arqueamento quanto o encurvamento.

O mesmo ocorre em Rocha e Trugilho (2006), os quais, investigando

toras de E. dunnii em dois sistemas de desdobro, notaram uma diminuição do

arqueamento em tábuas radiais. Nas suas conclusões expõem que esse

defeito é um dos mais influenciados pelo sistema de desdobro.

Para Ferreira et al. (2004) o arqueamento médio de 44 clones de

eucalipto foi de 0,8 mm/m e 1,1 mm/m. Para Rocha (2000), em E. grandis e

E. dunnii com idades de 12 e 16 anos foi de 1,56 mm/m e 2,8 mm/m. Esses

autores notaram redução no arqueamento em desdobro tangencial. Garcia

(1995) indica que uma das formas para mitigar os efeitos do arqueamento é o

desgaste de uma das faces da peça serrada ou simplesmente a redução de

seu comprimento. Das duas formas o autor confirma uma redução na

produtividade em madeira serrada.

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Telles dos Santos et al. (2004) apenas mediram o desvio da flecha e

encontraram valores de 5,13 mm e 5,15 mm em tábuas confecionadas com a

primeira e a segunda tora de 2,70 m de comprimento. O desdobro utilizado

foi o de cortes simultâneos em uma serra circular múltipla sobre um bloco

confeccionando por uma serra circular dupla.

1.1.6 Defeitos causados por rachaduras

As rachas ou rachaduras são originadas a partir de diferentes esforços

que ocorrem no interior da peça. A região periférica do tronco está exposta a

um esforço de tração, enquanto que na região central concentram-se forças

de compressão. A integridade da tora comporta e sustenta o equilíbrio

dessas forças, mas a partir do momento que a árvore é derrubada ocorre

uma mudança nesse equilíbrio. Se as forças de união entre os elementos

celulares de uma determinada peça serrada forem inferiores aos esforços

contrários de tração e compressão presentes no interior da madeira, surgirão

rachaduras.

Vazquez (2001) criou dois esquema demosntrando a formação das

rachaduras em função das tensões de crescimento e o seccionamento da

tora (figura 14 e 15).

Fonte: Vazques (2001)

FIGURA 14 – ESQUEMA DE FORMAÇAO DAS RACHADURAS DE TOPO EM PEÇAS SERRADAS VÁZQUEZ (2001)

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Fonte: Vázquez (2001)

FIGURA 15- LIBERAÇÃO DAS TENSOES DE CRESCIMENTO DE UMA PEÇA SERRADA

As rachaduras são medidas, segundo a norma brasileira, considerando

a somatória de seus comprimentos dividida pelo comprimento da peça, como

se pode ver na figura 9 e equação 16.

Fonte: ABNT/NBR

14806FIGURA 16 – DEMONSTRAÇÃO DAS RACHADURAS SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA

EQUAÇÃO 9 – MEDE O ÍNDICE DE RACHADURAS

Onde:

LR1= comprimento da primeira rachadura

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LR2= comprimento da segunda rachadura

LR3= comprimento da terceira rachadura

LRn= comprimento da rachadura de ordem n

Miranda e Nahuz (1999) estudando o índice de rachaduras em tábuas

de E. grandis encontraram diferenças significativas para o rachamento, entre

árvores plantadas nos espaçamentos 3 x 3 m, 3 x 4 m e 4 x 4 m, e também,

na posição do fuste. No entanto, os autores não foram capazes de

estabelecer uma relação clara entre o espaçamento e o índice de

rachamento, visto que obtiveram 2,29 % de índice de rachamento para o

espaçamento 3 x 3 m, 2, 89% para 3 x 4 m, e 2,19% para 4 x 4 m. Quanto à

altura da tora, observaram que as peças retiradas de toras mais altas

apresentaram maior rachamento.

Crespo (2000) estudando E. grandis e E. saligna percebeu que parte

das rachaduras tem origem nas tensões de crescimento, e calculou uma

relação de 77% entre as rachaduras das toras e as rachaduras nas tábuas. O

autor ressaltou que parte dessas rachaduras é originada pela forma como as

tábuas são desdobradas. Telles dos Santos (2002) também calculou uma

relação entre os índices de rachamento de toras e tábuas de eucalipto e

chegou a relações de 98% em alguns casos. Rocha (2000), comparando dois

sistemas de desdobro, um que privilegiava tábuas tangenciais e outro que

fornecia peças radiais, percebeu que quando o desdobro serrava madeira

tangencialmente aos anéis de crescimento, ocorriam mais rachaduras nas

toras. O mesmo foi válido para Rocha e Trugilho serrando madeira de E.

dunnii; no sistema tangencial as rachaduras atingiram 16,20% do

comprimento das peças e no radial apenas 5,60%. Ferreira et al. (2004) não

fizeram distinções quanto ao sistema de desdobro; mediram as rachaduras

apenas no seu comprimento máximo, atingindo valores de 97 mm em média

para tábuas de comprimento nominal de 2,8 m. Quanto ao posicionamento,

parece haver alguma influência dependendo de onde as peças são retiradas

da tora. Fernades e Ferreira (1986), estudando 146 clones de E. grandis,

encontraram rachaduras maiores e mais freqüentes em toras nas posições

mais altas das árvores de 9 anos. O mesmo ocorreu com Crespo (2000) em

toras de 20 anos de E. saligna e E. grandis. Para este autor, embora sem

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uma evidência estatística significativa, existe uma tendência de aumento das

rachaduras no sentido base topo que acompanha a variação da massa

específica. Telles dos Santos et al. (2004) estudaram a influência do

posicionamento da tora e também relataram que as toras retiradas da base

rachavam menos que as toras obtidas acima de 3 m de altura. No entanto, ao

contrário dos estudos anteriores, os autores encontraram diferenças

significativas para o material estudado, com 21 progênies de E. grandis aos 8

anos. Esses dados vão de encontro com os de Telles dos Santos (2002), que

também encontrou uma relação forte entre rachaduras de toras e rachaduras

de tábuas, em certos casos acima de 90%, sendo que próximo à base as

tábuas retiradas apresentavam menos rachas. Cabe ressaltar que a

metodologia utilizada nos trabalhos de Telles dos Santos (2002) e Telles dos

Santos et al. (2004) consideram a abertura máxima da rachadura, diferindo

de todos os outros autores inclusive da norma brasileira.

Lima et al. (2000) estudaram as rachaduras no topo de toras e em

peças serradas obtidas pelo método do desdobro da prancha central em

árvores de E. grandis submetidas a diferentes regimes de desbaste . Os

autores não verificaram diferenças entre os desbastes. No entanto,

perceberam que as toras com maiores rachaduras apresentavam tábuas com

rachaduras de maior amplitude.

SISTEMAS DE DESDOBRO PARA EUCALIPTO

A conversão de toras em madeira serrada compreende a

transformação de peças de seção circular ou elíptica em peças de seção

retangular. É uma operação que permite melhor aproveitamento da madeira,

além de lhe conferir maior versatilidade de uso (Rocha 2002). Ponce (1992)

define o desdobro com conversão de toras em produtos de superfícies planas

por meio de processos mecânicos.

Para Dell Menezzi e Nahuz (1998) o processamento primário da

madeira deve produzir madeira serrada de qualidade, com o maior

aproveitando possível buscando eficiência e otimização dos parâmetros

ligados ao rendimento. Para os autores o método de desdobro é uma das

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variáveis que interfere diretamente no aproveitamento da madeira. A seleção

do método, na prática, é consequência de fatores econômicos como

demanda do mercado, custo dos equipamentos quanto técnicos e fatores

técnicos como as dimensões das laminas de corte, capacidade dos

equipamentos, dimensões da matéria-prima, abastecimento do da industria ,

localização e operações de logística.

No Brasil é quase unânime a utilização de serras fita para o desdobro,

Früwald (1980) citado por Baena (1982), aponta as seguintes vantagens no

uso desse tipo de tecnologia: versatilidade na variação diamétrica; velocidade

de avanço mais baixas e menor geração de resíduo devido a pequenas

espessuras das lâminas; boa precisão no corte; tempo reduzido na

substituição das lâminas; flexibilidade de diagramas de corte quando não há

seleção prévia das toras. Como desvantagem apresenta: manutenção mais

cara, dificuldades no manuseio das lâminas, afiação e maiores custos de

implantação.

Adlers (1975) estudando os sistemas de corte africanos percebeu a

utilização de serras alternativas como equipamentos principais do desdobro

acompanhadas de serras circulares. Baena (1982) observou a utilização de

serras circulares duplas em cortes simultâneos, designado por Ramos (1973)

por método dos cortes paralelos e simultâneos. Esse ultimo preconiza que

através dessa metodologia a quebra do equilíbrio das tensões de

crescimento.

Os apontamentos de Montagna et al. (1991), estudando o efeito das

tensões de crescimento da madeira de Eucalyptus grandis de 18 anos de

idade e com DAP de 23 cm, em função do sistema de desdobro, verificaram

que a espécie, quando desdobrada por uma serra de fita simples pelo

sistema de corte tradicional, cortes paralelos e alternados, produziu tábuas

com o valor do índice de rachaduras nove vezes maior quando comparado ao

das tábuas obtidas pelo desdobro de toras no sistema de cortes realizado

médiante o uso de uma serra de fita geminada.

O instituto tecnológico do Estado de São Paulo (IPT), em relatório

comparativo entre os três métodos utilizando E. saligna e E. grandis entre 7 e

10 anos, concluiu que o método que apresenta maior rendimento é o que

retira três costaneiras em cortes consecutivos, sendo essa posteriormente

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processadas em pranchas. Baena (1982) comenta que esse método é uma

adaptação as condições brasileiras do procedimento australiano denominado

“quarter sawing”.

Waugh (1998), nos diz que o tipo de serra, circular ou de fita, exerce

alguma influência na qualidade do produto, como também a passagem da

tora através da serra e tem considerável efeito nos defeitos do produto.

Viadurre et al 2008 estudando as forças de corte envolvidas em

diferentes perfis de laminas de corte, constataram que, os sistemas de

desdobro mais comumente utilizados em eucalipto no Brasil são baseados

grande maioria, serras de fita, nas operações de desdobro principal, e em

seguida, usam-se serras circulares múltiplas para a gerac ̧ão de tábuas. Os

blocos e semi-blocos são convertidos em peças serradas através de um

conjunto de serras circulares, denominado multila ̂mina ou multiserra. Os

autores citam a elevada produtividade da serra multila ̂mina, pois com uma

única passada produz várias peças serradas, em oposição as serras de fita

simples que permite a obtenc ̧ão de apenas uma única tábua por corte.

Concluem que apesar da maior produtividade obtida pelas serras circulares o

rendimento em madeira serrada é menor, em razão das maiores espessuras

de corte.

Segundo Del Menezzi e Nahuz (1998), a escolha da técnica do

desdobro de eucalipto, deverá priorizar a melhor qualidade da madeira, ou

seja, reduzir os problemas nos produtos serrados como rachaduras e

empenamentos. O desdobro da madeira de eucalipto está condicionado as

características inerentes ao gênero, como as tensões de crescimento e a grã

espiralada, necessitando assim de técnicas especiais.

Pipino (2001) ao estudar o desdobro de toras em serra de fita

ressaltou as dificuldades de manutenc ̧ão e treinamento dos operários, o autor

informou que os cortes deveriam ser realizados de forma a retirar peças com

o máximo de rendimento e produtividade. O autor salientou a importância do

treinamento adequado dos operadores ao equipamento e, o entendimento

das inúmeras particularidades da madeira de eucalipto.

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1.1.7 Sistema de desdobro Tangencial

Para Del menezzi e Nahuz (1998), a técnica de cortes tangenciais

consiste na obtenção de peças tangenciais às camadas de crescimento. Esta

técnica é observada em várias espécies de folhosas, mas há relatos de que

quando utilizada em eucalipto as tábuas podem apresentar defeitos gerados

pelas tensões de crescimento e após a secagem devido a contração

tangencial dos tecidos.

Garcia (1995), num ensaio sobre o desdobro do eucalipto, comenta

que as tábuas da parte externa tendem a se alongar na parte próxima à

casca e a se encurtar na região próxima à medula. O mesmo pode ser visto

no trabalho de Lisboa (1993) que, em estudo sobre as tensões de

crescimento, percebeu que as células do centro da árvore expandem-se após

o corte, enquanto que as da periferia encurtam-se, originando

empenamentos. Garcia (1995) atribui a movimentação da madeira serrada às

forças de inércia que mantêm a árvore em pé. Rocha e Trugilho (2006)

indicam que no sistema de corte tangencial, usando E. dunnii, as rachaduras

foram maiores, bem como o encanoamento, que teve seus efeitos

potencializados por ocasião da secagem. Ferreira et al. (2004) estudaram

híbridos de Eucalyptus sp. em três sistemas de corte tangenciais que

retiravam as peças serradas de maneira balanceada.

Os autores perceberam que sempre que impunham um desdobro de

cortes paralelos à casca (figura 17), os valores de rendimento aumentavam

se comparados a cortes paralelos ao centro da tora (figura 18) ou na porção

médiana (figura 19), ou seja, 1/3 do diâmetro.

Autor: Ferreira et al. (2004)

FIGURA 17– DESDOBRO DE CORTES TANGENCIAIS PARALELO AO CENTRO DA TORA, UTILIZADO NO ESTUDO DE FERREIRA ET AL. (2004)

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AUTOR: FERREIRA ET AL. (2004)

FIGURA 18 – DESDOBRO DE CORTES TANGENCIAIS REALIZADO NA PORÇÃO INTERMEDIÁRIA DA SEÇÃO TRANSVERSAL, PRÓXIMO A 1/3 DO DIÂMETRO DA BASE. UTILIZADO NO ESTUDO DE FERREIRA ET AL. (2004)

Autor: Ferreira et al. (2004)FIGURA 19– DIAGRAMA DE CORTE UTILIZADO POR FERREIRA ET AL. (2004), COM

CORTES TANGENCIAIS PARALELOS À CASCA.

Ferreira et al.(2004) não perceberam diferenças significativas para os

defeitos de arqueamento e encurvamento para as três formas de desdobro;

no entanto, salientam que o índice de rachadura dos topos das tábuas foi

menor quando foram realizados cortes paralelos à casca. O motivo que leva

à menor formação dos defeitos encontra-se nas observações de Rocha

(2000), Rocha e Tomaselli (2002) e Calonego e Severo (2005). Os autores

afirmam que os cortes tangenciais consecutivos paralelos à casca geram um

efeito de empenamento na peça. A parte da tora que permanece fixada ao

carro porta-tora terá uma tendência a acumular tensões de forma tal que

essas manifestam-se em maior intensidade nesse tipo de desdobro. Ao

utilizar cortes simultâneos, as tensões são amenizadas de forma equivalente

em ambos os lados da tora, como mostra a figura 20; assim os efeitos das

tensões são mitigados.

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Autores: Calonego e Severo (2005)FIGURA 20– DESDOBRO TANGENCIAL QUE RETIRA PEÇAS EM CORTES

SIMULTÂNEOS

Garcia (1995) afirmou que cortes tangenciais sucessivos, efetuados

com serras de fita simples, não são, do ponto de vista prático, indicados para

a produc ̧ão de madeira serrada de espécies que tenham elevadas tensões de

crescimento, como é o caso do eucalipto. Após a retirada de cada tábua, o

bloco remanescente se deforma por flexão, pela adaptac ̧ão à nova

distribuic ̧ão residual de forças presente na madeira.Implicando a perda de

uniformidade de espessura da próxima pec ̧a a ser serrada. Para se

resguardar a qualidade da madeira de eucalipto, algumas empresas

preconizam, a cada giro da tora, a retirada de, no máximo, duas tábuas por

cada face de corte, quando se utilizam toras de maior dia ̂metro; recomenda,

ainda, a retirada de apenas uma tábua por cada face de corte em toras de

menor dia ̂metro, exceto se a tora apresentar um arqueamento acentuado.

Isso pode ser explicado em func ̧ão da elevada tensão de crescimento,

usualmente presente nesta espécie. Ao girar a tora, as tensões seriam

liberadas de forma balanceada, resultando em produtos de melhor valor de

mercado, por apresentarem menos rachaduras. A automac ̧ão da serraria

pode facilitar a operação de desdobro com a rotac ̧ão da tora no momento do

corte.

1.1.8 Sistema de desdobro Radial

A técnica de cortes radiais consiste na execução de cortes para a

retirada de peças paralelas aos raios (Rocha, 2000). Del Menezzi e Nahuz

(1998) comentam que as tábuas orientadas neste sentido têm desenhos

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agradáveis formados pela interação da grã e os planos de corte. A menor

contração dessas tábuas no sentido da largura proporciona menor

encanoamento e fendilhamento. As observações de Rocha e Trugilho (2006)

explicam que nesse sistema ocorre menor tendência a esses defeitos. O

mesmo pode ser encontrado no trabalho de Rocha e Tomaselli (2002)

encontrando rachaduras somente no desdobro tangencial e valores de

empenamento superiores nesse sistema.

Acosta (1995) comenta um sistema de desdobro, usado em E.

tereticornis, E. camaldulensis, E. globulus e E. viminalis, baseado em serras

circulares. O engenho principal formado por uma serra circular geminada, e

logo após, a peça resultante passa em serras circulares múltiplas de um ou

dois eixos em função da altura de corte da peça, obtendo diretamente as

tábuas. As costaneiras são desdobradas em serras-fita ou circulares de

aproveitamento. O autor indica que esse sistema é preferido por produzir

peças radiais de toras de grandes diâmetros, pois as peças retiradas dessa

forma não têm grandes larguras.

No trabalho de Mendoza (1995) há uma ilustração clara de um sistema

de desdobro para toras de eucalipto que privilegia a retirada de tábuas radiais

com o auxílio de serras circulares (figura 21). O autor também comenta um

sistema que usa cortes simultâneos em uma serra circular geminada como

corte principal, e posterior passagem do semi-bloco em uma serra alternativa.

Autor: Mendoza (1995)FIGURA 21– DESDOBRO BASEADO EM SERRAS CIRCULARES PARA A RETIRADA DE

PEÇAS RADIAIS

Apesar de inúmeros autores recomendarem a utilização de cortes

radiais para a redução de defeitos, Galvão (1976), Del Menezzi e Nauhz

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(1998), Rocha (2000), Rocha e Tomaselli (2002) e Rocha e Trugilho (2006)

demonstram que, na prática isso nem sempre é possível. Quando se utiliza

essa técnica o resultado são peças de menores larguras, pois os diâmetros

das toras ficam próximos a 40 cm. Pandey et al. (1984), cortando radialmente

toras de 80 cm em quadrantes, conforme pode ser visto na figura 22, afirmam

ter encontrado peças signficativamente mais estreitas que as obtidas em

desdobros tangenciais. No entanto, recomendaram esse tipo de desdobro

devido à superioridade na qualidade das tábuas.

Autor: Pandey et al. (1984)FIGURA 22 – DESDOBRO PARA TORAS DE EUCALIPTO ACIMA DE 80 CM

OBJETIVANDO A RETIRADA DE PEÇAS RADIAIS

1.1.9 Efeito da Orientação do Corte Sobre a Qualidade da Madeira Serrada

de Eucalyptus

Segundo Acosta (1999), toras de Eucalyptus grandis, com diâmetro

médio entre 25 e 30 cm e comprimento máximo de 3,5 a 4,5m, devem

receber o primeiro corte em uma serra de fita dupla para a retirada de duas

costaneiras simultaneamente. Tal sistema de corte promove a liberação por

igual das tensões de crescimento. Após, então, o bloco central, com no

mínimo 67% do diâmetro da tora, passa por serras de fita ou circulares

múltiplas.

Garcia (1995) salienta que, no caso da peca que pode ser obtida por

um corte duplo seguido de um corte múltiplo, se observa que o

encanoamento diminui e a flecha do encurvamento tende a aumentar com o

aumento da distância da peça em relação à medula.

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O mesmo autor afirma que tal peça, em razão da sua menor inércia,

pode ser retificada na secagem médiante a aplicação de cargas transversais,

mas, nesse caso, guardará tensões residuais que poderão manifestar-se por

ocasião de cortes longitudinais posteriores. Recomenda, então, que suas

dimensões sejam as mais próximas possíveis daquelas necessárias ao seu

uso final.

Pandey et al (1984) realizaram um estudo comparando o rendimento

utilizando um sistema de corte que favoreceu a retirada de peças cortadas

tangencialmente (figura 23) e outro radialmente. Os autores relataram de

encurvamento das peças tangenciais durante a operação de desdobro, ou

imédiatamente após o desdobro. Explicaram o encurvamento devido a

tendência do centro da tora estar sujeito a compressão em alongar-se e as

partes periféricas submetidas tração em encurtar-se. Como resultado

perceberam também rachaduras acentuadas, atribuídas ao desequilíbrio de

forças atuantes sobre a madeira. Apesar disso os autores concluíram que

esse tipo de corte privilegia as larguras das peças serradas, dando maior

versatilidade ao material.

Já o corte radial apresentou peças serradas com rachaduras. Porém

os autores ressaltaram que a técnica é inviável em toras inferiores a um

metro de diâmetro, pois envolve quartear da tora, o que resultaria em peças

de larguras menores. Esta técnica resultou peças com forte tendência ao

arqueamento, devido ao seccionamento junto a medula, no ponto de maior

gradiente das tensões de crescimento. Finalizam dizendo que essa o

desdobro radial resulta em uma onerosa movimentação da tora o que reduziu

a produtividade.

Fonte: Pandey et al (1984)FIGURA 23- A ESQUERDA SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR PANDEY ET AL

(1984) PARA OBTER PEÇAS TANGENCIAIS, O AUTOR NÃO INDICOU A

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SEQUÊNCIA DOS CORTES. A DIREITA O SISTEMA USADO PARA SERRAR PEÇAS RADIALMENTE.

Sharma et al (1988) comparando um desdobro de peças tangenciais

balanceado que a tora é girada em 180º a cada novo corte, (FIGURA 24) com

o sistema radial de Pandey et al (1983). Encontrou rendimento médio de

70,4% contra 55,3% do desdobro em peças radiais.

Os autores informam que ao serrar as peças tangencialmente as

tensões presentes nas toras provocaram o empenamento da tábua durante o

desdobro (gerando encurvamento e arqueamento). Consequentemente, a

porção de madeira fixada ao carro porta toras, tende a encurvar-se no

sentido oposto. Segundo Sharma et al (1988) o uso dos cortes balanceados

reduziram essa tendência aos empenamentos. Apóiam essa afirmação na

menor variação de espessura das tábuas quando comparadas com as

variação constatada por (PANDEY et al 1983). Sharma et al (1989) também

informa que usando o desdobro tangencial balanceado, a porção central da

tora torna-se crítica e tende a apresentar rachaduras.

Fonte: Sharma et al (1988)FIGURA 24- DIAGRAMA DE CORTE UTILIADO POR SHARMA ET AL (1983) PARA

RETIRADA BALANCEADADE PEÇAS SERRADAS ORIENTADAS TANGENCIALMENTE

Del Menezi e Nahuz (1998) citam o desdobro tangencial realizado por

Ferrand (1983)3 (figura 25). Os autores afirmam que as peças obtidas dessa

forma apresentam tendência ao encurvamento, contudo esse pode ser

3 Ferrand, J.Ch.Les contraintes de croissance El leurs consequences em matière de sylviculture et de sciage. Revue Forestiere Française, Nancy. V.35,n.5, 1983 p327-346.

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mitigado através do correto empilhamento da madeira. Todavia esse sistema

de desdobro foi tido como oneroso do ponto de vista da execução, pois a

cada novo corte era necessário girar a tora.

FIGURA 25- DESDOBRO UTILIZADO POR FERRAND (1983), UTILIZANDO SERRA FITA E GIRANDO A TORA EM 90º, PARA A OBTENÇÃO DO BLOCO

No estudo realiado por McKimm et al (1988) na Australia, o autor

utilizou um sistema de desdobro que procurou retirar o mesmo numero de

peças orientadas tangencialmente quanto radialmente, (figura 26). Os

autores desdobrou toras de E. nitrens de 42 cm de diâmetro, não foram

capazes de diferenciar estatisticamente o efeito da orientação da madeira. No

entanto, relataram que as tábuas radiais apresentaram menores

encurvamentos, já as tábuas tangenciais apresentaram maiores rachaduras e

encurvamentos.

Fonte: Mckimm et al (1988)FIGURA 26- DIAGRAMA DE CORTE UTILIZADO POR MCKIMM ET AL (1988), USANDO

SERRA FITA SIMPLES E SERRA CIRCULAR MULTIPLA DE UM EIXO

No Brasil um dos importantes trabalhos na comparação dos sistemas

de desdobro para Eucalytpus foi realizado por Rocha (2000). O autor

comparou dois sistemas, um que obtinha peças serradas orientadas

radialmente e outro que confeccionava peças serradas orientadas

tangencialmente aos anéis de crescimento. (figura 27e 28).

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FIGURA 27 – SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR ROCHA (2000) PARA OBETNÇÃO DE PEÇAS SERRADAS DE ORIENTAÇÃO TENGENCIAL. UTILIZANDO PERFILADORES PICADORES (A E B) E SERRA CIRCULAR DE DOIS EIXOS (C)

Fonte: Rocha (2000)

Fonte: Rocha (2000)FIGURA 28 – SISTEMA DE DESDOBRO UTILIZADO POR ROCHA (2000) PARA

OBTENÇÃO DE PEÇAS SERRADAS ORIENTADAS RADIAMENTE, USANDO SERRA FITA TANDEM (A), SERRA CIRCULAR DE UM EIXO (B) E REFILADEIRA SIMPLES (C).

Posteriormente, Rocha e Tomaselli (2001) estudaram o efeito do

modelo de desdobro sobre a qualidade da madeira serrada de E.dunnii e E.

grandis. As conclusões dos autores indicam que as tábuas de orientação das

peças serradas influencia diretamente a qualidade do material serrado. Os

autores notaram que em desdobro tangencial as peças serradas tinham

maior tendência ao rachamento. 93,68% das tábuas nesta orientação

apresentaram o defeito, contra apenas 40,44% das peças orientadas

radialmente. O encanoamento só apareceu nas peças cortadas

tangencialmente. Já a orientação radial das peças favoreceu o

encurvamento. O índice de encurvamento foi de 2,26 mm/m para o desdobro

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tangencial e de 3,79 mm/m para o radial. O desdobro radial apresentou

índice de arqueamento foi de 4,8mm/ e apenas 0,23 mm/m no desdobro

tangencial.

Rocha e Tomaselli (2002) e investigaram as dimensões das peças

serradas resultantes de modelos de desdobro radial e tangencial em E. dunnii

e E. grandis. Os autores obtiveram como resultados tábuas de maiores

dimensões quando desdobraram as toras em cortes tangenciais, e a

espessura foi em média 1 mm maior no desdobro radial. Os autores ainda

comentam, na discussão dos seus resultados, que os modelos de corte foram

influenciados pelos tipos de equipamentos e pelos ajustes realizados durante

as operações de desdobro. Como conclusão apontaram o modelo de

obtenção de peças serradas tangenciais como mais vantajoso, pois as peças

serradas apresentaram maiores dimensões finais. Rocha e Trugilho (2006)

examinaram a qualidade da madeira serrada de E. dunnii em dois métodos

de desdobro. Os autores verificaram que as peças tangenciais apresentaram

maiores larguras quando comparados as peças serradas radialmente. Os

resultados dos defeitos das tábuas apresentaram arqueamentos foi pouco

significativos nas tábuas tangenciais (0,04mm/m) e maiores nas radiais

(8,50mm/m). Os autores constataram comportamento oposto para o

encurvamento 6,68 mm/m para peças tangeciais e 4,90 mm/m para tábuas

radiais. Rocha e Trugilho (2006) argumentam que durante a execução do

modelo tangecial, a retirada simultânea de duas costaneiras provocou um

forte encurvamento nas peças. Já o semi-bloco resultante quando

processado em serra circular origina peças praticamente sem arquemantos.

No modelo de corte radial o semi-bloco resultante da retirada das

constaneiras foi serrado na região da medula resultando em pranchões

altamente encurvados, que posteriormente foram processados em serra

circular múltipa originando peças arqueadas.

Rocha & Trugilio (2006) indicam que no sistema de corte tangencial,

usando E. dunnii as rachaduras foram maiores bem como o encanoamento

que teve seus efeitos potencializados por ocasião da secagem.

A técnica de cortes radiais proporciona menor contração das tábuas

no sentido da largura proporciona menor encanoamento e fendilhamento, as

observações de Rocha e Trugilio (2006). O mesmo pode ser encontrado no

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trabalho de Rocha e Tomaselli (2002) que trabalharam com E. grandis e E.

dunnii encontrando rachaduras acentuadas no desdobro tangencial e valores

de empenamento superiores nesse sistema.

Nos cortes tangenciais, seqüenciados ou alternados (CTB), foi

desenvolvida uma técnica para reduzir as distorções quanto ao

desbitolamento em função dos empenamentos que ocorrem nas tábuas

obtidas e no bloco remanescente. Tal técnica consiste na utilização de uma

régua guia (fine bar).

Waugh (1998) comenta um sistema que utiliza uma a régua guia com

6 m de comprimento colocada à frente do carro porta toras, em paralelo com

a serra. Desta forma o operador pode controlar de forma mais precisa a

bitola. O uso da régua permite um controle apurado das dimensões reduzindo

o problema do desbitolamento.

Outra forma de se reduzir os defeitos na madeira serrada de Eucalipto

é o desdobro do tipo SSR - serra, seca, resserra, o qual foi desenvolvido pelo

Forest Products Laboratory com o intuito de se reduzir os empenamentos.

Este método consiste das toras em cortes paralelos e simultâneos, onde são

obtidas pranchas de espessuras maiores, que serão secas e posteriormente

resserradas nas dimensões finais desejadas.

Del Menezzi (1999) testando o método SSR em toras de E. grandis e

E. cloeziana, concluiu que tal método promoveu uma redução pronunciada

para as duas espécies na freqüência do arqueamento e do encurvamento e

do empenamento duplo (arqueamento + encurvamento), sendo de maneira

mais pronunciada a redução no arqueamento. Desta forma, o autor

recomenda a utilização deste método de desdobro para ambas as espécies.

Como vantagens desse método os autores indicam que o empenamento

pode ser reduzido pelo correto empilhamento das pranchas e o arqueamento

é drasticamente reduzido pela sobre medida das peças.

1.1.10 Rendimentos em madeira serrada de diferentes sistemas de

desdobro

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O aprimoramento de técnicas de desdobro, aliado ao uso adequado de

técnicas de secagem da madeira, é de fundamental importância para a

obtenção de um melhor rendimento das espécies de rápido crescimento e

que possuem acentuados níveis de tensões de crescimento.

O rendimento em madeira serrada é o parâmetro mais importante para

qualquer sistema de desdobro, pois independente da forma com que a tora é

seccionada ao empreendimento industrial importam a viabilidade econômica

da atividade, juntamente com a qualidade dos produtos produzidos. Para

Souza et at (2007) o rendimento em madeira serrada é mensurado

determinado pela cálculo da somatória do volume das peças serradas pelo

volume de madeira roliça que entrou na serraria. Os autores alertam que a

determinação desse valore demanda muita mão-de-obra, e complementam

dizer que esse parâmetro da serraria deve ser observado constantemente a

fim que a empresa possa cumprir seus contratos de compra e venda de

madeira.

Para Rocha (2002) o rendimento em madeira serrada é influenciado

pelas técnicas de desdobro, pelas máquinas utilizadas e até pelo nível de

treinamento e as decisões dos operadores.

A qualidade e rendimento de uma serraria dependem, entre outros

fatores, da eficiência da serra empregada no desdobro das toras (Brown,

1982; Sandvik, 1999; Stelle et al., s.d.). Redução na espessura da lamina de

serra e, principalmente, aumento na precisão de corte, são metas

importantes a serem consideradas quando se pretende aumentar a produção

por metro cúbico de toras desdobradas (Brown, 1982), além de melhorar a

qualidade da madeira serrada.

Segundo Furtado e Polese (2005), o rendimento de madeira serrada,

pode ser afetado pela interação dos vários fatores relacionados à madeira, ao

maquinário de corte e ao processo, os quais, não devem ser analisados

isoladamente. Diversas técnicas são apresentadas por vários pesquisadores

visando o aumento do rendimento da madeira serrada. Enumeram-se vários

parâmetros, tais como a seleção de toras por classes diamétricas, tratamento

otimizado de toras, aplicativos computacionais de otimiza,cão no sistema de

desdobro, feixes de laser para refilo e adequação do layout.

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Neste contexto, o maquinário de corte desempenha um papel

fundamental e tem contribução significativa no rendimento da madeira

serrada. O estudo de parâmetros que afetam o rendimento da madeira

serrada é de extrema importância não só para aumento do rendimento, mas

também para o uso racional de madeira que vem tornado-se cada vez mais

escassa.

Biasi e Rocha (2004), em seus estudos, constatam que a variedade de

classes diamétricas de matéria prima existentes no estoque deverá atender a

variadas demandas de mercado. A aquisição de toras em estéreos deve ter

classificação no carregamento e diferenciação de preço por classe

diamétricas. A amplitude das classes diamétricas deve ser reduzida. É

necessária uma reavaliacão dos diagramas de corte, a fim de adequá-los a

classes diamétricas com menores amplitudes. O diagrama de corte utilizado

para o lote com toras de maiores diâmetros deve ser reavaliado, a fim de se

obter melhor rendimento.

Ponce (1993) observa que a qualidade da madeira pode ser avaliada

de duas maneiras: primeira, pelas suas características naturais (como,

propriedades físicas), e a segunda, pela precisão de suas dimensões. A

variação dimensional é uma das causas que dificultam a comercialização e

consequente baixa competitividade da indústria madeireira brasileira.

Eleotério et al. (1996), comentam que a variacão dimensional das pecas

serradas influi significativamente no rendimento. Serrarias com maior

variação têm rendimentos menores, isto porque, quanto maiores às

variações, maiores devem ser os acréscimos nas medidas das peças

serradas. A variação mais crítica para o rendimento é a espessura, porém, a

utilização de equipamentos sem vibrações, como os de serras delgadas,

possibilita um bom rendimento.

Ponce (1992) salienta que as guias são peças fundamentais na

precisão das serras de fita e serras circulares. Há um compromisso

predominante em reduzir-se a variacão do processo, pois, controlar deste é o

caminho para assegurar a qualidade do produto.

Souza et al (2007) realizando a modelagem do rendimento de troas de

E. urophylla e E. camadulensis peceberam que as variáveis que tinham maior

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influencia sobre a equações que estivam o rendimento em madeira serrada

eram os diâmetros da extremidade da tora.

VIDAURRE, et al (2008) estutando a geometria da ferramenta de corte

sobre a qualidade das tábuas de E. grandis e E. urophylla percebeu que ao

variar o angulo de ataque de 26 para 27o, as peças serradas resultantes

apresentavam espessuras mais constantes. Os autores afirmaram que

espessuras de corte constantes impactaram diretamente no rendimento em

madeira serrada devido a menor formação de resíduo. Segundo os autores

uma das dificuldades na produção de madeira serrada de eucalipto está na

manutenção das dimensões, principalmente a espessura final da peca

serrada. Sendo as serrarias que processam madeiras com maior variação

dimensional da espessura as que obtém menores rendimentos.

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MATERIAIS E MÉTODOS

ÁREAS EXPERIMENTAIS

A madeira utilizada na pesquisa teve origem de experimentos clonais

da Klabin S.A. do Paraná, no Município de Telêmaco Borba, a uma latitude

24°19'26" sul e a uma longitude 50°36'57" oeste, estando a uma altitude de

700 metros. As espécies utilizadas foram Eucalyptus grandis, E. saligna e E. .

As árvores foram plantadas em espaçamento de 2,5 m x 3,0 m,

reproduzidas por estaquia e apresentavam 11 anos e meio de idade. Os

locais apresentavam solos e declividades semelhantes. Cada área

apresentava uma quantidade diferente de indivíduos (quadro 6).

Área Número de Árvores

Número de clones

E. grandis 468 18E. dunnii 388 21E. saligna 295 13

QUADRO 6- NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR ESPÉCIE DISPONÍVEIS PARA SELEÇÃO

Inicialmente foram plantadas 30 árvores por clone, no entanto quando

foi realizada a coleta de dados, cada área tinha um número médio de 22

plantas por clone. A partir dessas três populações base foi realizada a

seleção dos indivíduos.

SELEÇÃO DOS INDIVÍDUOS

1.1.11 Seleção dos indivíduos por classe diamétrica

Cada população teve seu diâmetro determinado a partir do CAP

(Circunferência à altura do peito), após a conversão do CAP em DAP foi

determinada a frequência dos diâmetros com base na média da população. O

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primeiro passo da seleção foi eliminar todas as plantas que possuíam inferior

a 20 cm. Essa medida se justifica pelo fato de o estudo se destinar à análise

das condições de qualidade da madeira designada para serraria. Como esse

é o diâmetro mínimo aceito na maioria das unidades industriais da região do

estudo, foi estabelecida essa linha de exclusão para o diâmetro participante

da seleção. As populaçoes base ficaram reduzidas, conforme pode se ver no

quadro 7.

Área Árvores remanescentes Número de clones disponíveis para seleção

E. grandis 327 9E. dunnii 318 17E. saligna 271 8

QUADRO 7- PLANTAS DISPONÍVEIS PARA A SELEÇÃO APÓS A EXCLUSÃO DE DIÂMETROS INFERIORES A 20 CM

Uma amostra representativa da população base foi determinada por

meio da análise de frequência da distribuição do DAP, sendo estabelecidas

três classes diamétricas, sendo que a primeira continha as mais grossas. A

determinação da primeira classe DAP médio da população mais uma vez e

meia desvio padrão. A determinação da segunda, com árvores que

representavam a média da população. Para a terceira, com plantas mais

finas formadas por árvores de DAP inferior à média da população menos

uma vez e meia o desvio padrão da população.

Utilizando essa separação, foram selecionadas oito árvores de cada

classe diamétrica, totalizando 24 em cada espécie.

1.1.12 Seleção dos clones

Foram utilizados alguns critérios de exclusão para a seleção dos

clones: eliminaram-se todos os clones com DAP médio inferior a 20 cm e

também excluíram-se aqueles que apresentavam um número de árvores

remanescentes inferior a 15 indivíduos. Esse critério foi adotado para permitir

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que os clones selecionados tivessem um número maior de possibilidades de

seleção.

Foram selecionados três clones de cada área, com cinco plantas de

maior diâmetro dentro de cada clone. A seleção procurou abranger a maior

diferença entre os clones, uma vez que a separação por clone objetivou

perceber a interferência do material genético sobre as características da

madeira serrada.

A seleção foi a seguinte: o clone de menor DAP médio; o clone com

DAP médio correspondente à média da população e o clone com o maior

DAP médio.

Dentro de cada clone foram selecionadas as cinco árvores de maior

DAP e maior altura.

OBTENÇÃO DAS TORAS

Cortaram-se as árvores rente ao solo e retirou-se a primeira tora de

três metros e vinte centímetros. A derrubada foi realizada com auxílio de

motosserrista. A retirada das toras do interior do plantio foi feita com auxílio

de trator agrícola adaptado para função florestal com garra e guincho de

arraste. O transporte também ocorreu em caminhões da empresa e a

distância máxima entre a área de plantio e a serraria foi de 12 km.

Durante a derrubada, tomou-se cuidado especial para não deixar as

toras se chocarem desnecessariamente com outras plantas ou sofrer danos

de impacto que pudessem interferir na manifestação das tensões de

crescimento. O arraste também contou com os mesmos cuidados.

Após a derrubada, foi realizado o traçamento da tora, e a primeira tora

com três metros de comprimento foi imediatamente enviada para o desdobro.

O tempo entre a derrubada e o desdobro ocorreu em intervalo inferior a doze

horas. A pressa no processamento teve como principal objetivo evitar o

mascaramento das manifestações das tensões de crescimento pela perda de

umidade da madeira.

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DESDOBRO DAS TORAS

No desdobro, utilizou-se como engenho principal uma serra fita simples

vertical. Também foram empregadas duas serras fitas horizontais, uma serra

circular múltipla e uma mesa destopadeira, conforme esquema apresentado

na figura 29.

Na máquina de desdobro principal, foram realizados o primeiro e o

segundo corte, a tora foi girada 90O e foram realizados o terceiro e o quarto

secionamento. As operações secudárias de resserragem dos cortes cinco a

oito foram feitas na serra fita horizontal; a porção restante, desdobrada em

serra circular múltipla, que está representada na figura 29 com o corte de

número nove.

Corte 1 serra fita vertical Corte 2 serra fita vertical

Rotação da tora Corte 3 serra fita vertical

Corte 4 serra fita vertical Corte 5 serra fita vertical

Resserragem corte serra circular múltipla Resserragem corte serra circular múltipla

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FIGURA 29 - ESQUEMA EMPREGADO PARA O DESDOBRO DAS TORAS, ADAPTAÇÃO DE MCKIMM ET AL. (1988)

Nota-se que esse diagrama de desdobro está aquém do sistema ideal

recomendado para Eucalyptus, no entanto esquema de desdobro não pode

ser alterado em função de exigências impostas pela unidade industrial.

Diante dessas limitações, buscou-se o melhor ajuste das máquinas e

conversou-se com os operadores para que executassem as operações da

forma mais homogênea possível, o que minimizou o efeito do processamento

sobre a qualidade e o rendimento em madeira serrada.

MEDIÇÃO DAS AMOSTRAS

1.1.13 Medição das toras

As primeiras toras, mais próximas da base da árvore, com 3,2 m

comprimento, tiveram seus volumes medidos pelo método de Smalian e

seguiram para o desdobro. A medição ocorreu conforme as determinações

presentes na norma ABNT 14086 2002 para madeira oriunda de

reflorestamento.

1.1.14 Determinação da massa específica

Foram retirados discos de dez centímetros de espessura de seis

posições ao longo do tronco. Os discos foram devidamente identificados e

enviados para o Centro de Ciências Florestais e da Madeira da UFPR, onde

a massa específica básica foi determinada pelo método da imersão,

conforme a norma brasileira ABNT 11941 NBR, Determinação da densidade

básica. Com esses procedimentos, determinou-se a massa específica média

da árvore.

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1.1.15 Determinação do rendimento em madeira serrada

O cálculo de rendimento em madeira serrada foi realizado respeitando

os procedimentos descritos na norma ABNT 7202 1982, Madeira serrada

beneficiada.

O rendimento em madeira serrada foi obtido a partir da razão

matemática entre o volume de madeira convertido em tábuas (m3) e o volume

inicial da tora (m3) expresso em porcentagem.

Foram medidas as diferenças entre os diâmetros nas extremidades

das toras e relatado o número de toras com rachaduras de topo.

Posteriormente, o rendimento foi novamente calculado, considerando

um destopo simulado, que reduziria o comprimento das tábuas secionando a

peça ao final da rachadura mais comprida.

1.1.16 Determinação da qualidade da madeira

Para este estudo foram produzidas 856 tábuas provenientes de 75

toras de três espécies do gênero Eucalytpus, sendo que 355 eram de

Eucalytpus grandis, 238 de Eucalyptus dunnii e 263 de Eucalyptus saligna.

As peças serradas tinham comprimento nominal de 3 metros,

espessura nominal de 25 mm e largura variável entre 6 e 19 cm.

Os defeitos foram medidos conforme as determinações da norma

ABNT 14086 de fevereiro de 2002. Foram aferidas as dimensões das peças;

os desbitolamentos em espessura e largura; os empenamentos nos sentidos

longitudinal e transversal, chamados respectivamente de encurvamento e

arqueamento e também foram medidas as rachaduras nos topos das tábuas.

O índice de encurvamento foi calculado por meio da divisão da medida

da flecha de empenamento longitudinal (desvio que a peça serrada faz em

relação a um plano paralelo às extremidades da tábua) pelo comprimento

total da peça.

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FIGURA 30 - ILUSTRAÇÃO QUE DEMONSTRA O EMPENAMENTO NO SENTIDO LONGITUDINAL (ENCURVAMENTO)

Fonte: ABNT NBR 14806

O índice de arqueamento foi obtido calculando-se a razão entre a

flecha empenamento, no sentido transversal em milímetros, e o comprimento

da tábua (figura 34).

FIGURA 31 - ILUSTRAÇÃO DO EMPENAMENTO NO SENTIDO TRANSVERSAL AO CRESCIMENTO DA PLANTA (ARQUEAMENTO)

Fonte: ABNT NBR 14806

As rachaduras foram medidas segundo a norma brasileira.

Considerando a somatória de seus comprimentos dividida pelo comprimento

da peça, obtém-se o índice de rachadura (figura 36, fórmula 1).

FIGURA 32 – DEMONSTRAÇÃO DAS RACHADURAS SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA

Fonte: ABNT NBR 14806

FÓRMULA 1 – MEDE O ÍNDICE DE RACHADURAS

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Onde:

LR1= comprimento da primeira rachadura

LR2= comprimento da segunda rachadura

LR3= comprimento da terceira rachadura

LRn= comprimento da rachadura de ordem n

DEFEITOS EM RELAÇÃO AO POSICIONAMENTO DA PEÇA SERRADA NA TORA E DA OPERAÇÃO DE RESSERRAGEM

O sistema de desdobro utilizado empregou como engenho principal

uma serra fita vertical que fazia três cortes sucessivos, com rotação da tora

de 90o após o segundo corte. As pranchas retiradas por esse sistema

seguiam para serras fita horizontais, onde a espessura final era determinada.

Uma porção que incluía madeira do centro da tora até a periferia seguia para

uma serra circular múltipla, onde as larguras finais eram dadas por um corte

simultâneo, conforme a figura 33.

Tábuas resserradas com serra fita horizontal

Tábuas resserrada com serra circular múltipla

FIGURA 33- DIAGRAMA DE DESDOBRO, ADAPTAÇÃO DO DIAGRAMA DE MCKIMM ET AL. (1988), QUE MOSTRA AS PEÇAS SERRADAS RETIRADAS COM O AUXÍLIO DE SERRA FITA HORIZONTAL E A MADEIRA SERRADA COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA

Em todas as toras com diâmetros superiores a trinta centímetros na

extremidade mais fina, verificou-se a incidência dos defeitos de rachadura e

empenamentos, comparando as tábuas serradas em serra fita com as tábuas

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cortadas em serra circular em cortes simultâneos. Os dados dessas

comparações foram mostrados graficamente.

Não foi determinado o índice de encanoamento, pois o estudo ocupou-

se com as manifestações de crescimento que são originadas a partir das

tensões presentes no material ainda úmido. O indice de encanoamento é

obtido após a secagem da madeira e sofre maior influência da secagem, por

essa razão essa medida não foi tomada.

Para evitar a interferência causada pela perda de umidade, a

mensuração dos índices de qualidade foi feita imediatamente após o

desdobro e finalizada em 96 horas. Isso foi feito para evitar a manifestação

de tensões originadas da perda de umidade do material e a acentuação que

essas tensões poderiam causar nos defeitos originados pelas tensões de

crescimento.

A qualidade final do material serrado foi dada por notas de um a cinco

conforme determina a norma, sendo que na classe um ficam as tábuas

perfeitas e na cinco as de pior qualidade.

Também verificou-se a qualidade da madeira serrada conforme a

espessura determinada em serra fita ou em serra circular, como se vê na

firgura 33. Como as plantas de menor diâmetro têm uma menor quantidade

de peças retiradas com o auxílio da serra circular, estipulou-se um limite em

que essa análise só, de modo que essa análise ocorresse em toras acima de

24 cm, pois esse diâmetro permitiu a retirada de tábuas na serra circular, em

quantidade semelhante à retirada com serra fita.

1.1.17 Determinação da Deformação residual longitudinal

A DRL foi medida em todas as árvores que compõem o estudo, com

as plantas ainda em pé. Foram observados os procedimentos descritos por

De Pádua (2003) e Cardoso Jr. (2003). De cada planta foram mensuradas

quatro medidas de DRL nas posições correspondentes aos pontos cardeais.

Foi realizada a mensuração da DRL tanto nos clones selecionados,

quanto nas plantas utilizadas na separação por classes diamétricas.

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4.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS

A fim de verificar a condição mínima para a realização das análises

paramétricas e aplicação do teste de análise de variância (ANOVA), foi

realizado o teste de aderência de Kolmogorov-Smirnova, corrigido para

intensidades amostrais pequenas pela metodologia de Lilliefors. Para

averiguar os prerrequisitos da aplicação da ANOVA, foi utilizado o teste de

Barttele para avaliar a homogeneidade das variâncias.

Para isso, utilizou-se o software SPSS 20 (Statistical Package for the

Social Sciences) distribuído pela IBM. O nível de significância utilizado foi de

95%. Foram testadas as variáveis de DAP, altura total, DRL, rendimento e

massa específica básica.

1.1.18 Avaliação do efeito da espécie e da classe diamétrica sobre a

massa específica

O arranjo permitu testar a hipótese da influência da espécie e da

classe diamétrica sobre a massa específica e a interferência entre os fatores.

Foram testadas três espécies com três tratamentos em cada espécie e oito

repetições por tratamento. Adimitiu-se hipótese nula se não ocorressem

diferenças estatísticas entre espécies ou classes diamétricas para a massa

específica básica.

Quando a hipótese da nulidade foi rejeitada, utilizou-se o teste de

Tuckey-Krammner para comparar os valores médios de massa específica. O

nível de significância empregada foi de 95% para ambos os testes.

1.1.19 Avaliação do efeito da espécie e do clone sobre a massa

específica

O arranjo permitu testar a hipótese da influência da espécie e do clone

sobre a massa específica e a interferência entre os fatores. Foram testadas

três espécies com três clones em cada espécie e cinco repetições por

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tratamento. Adimitiu-se hipótese nula se não ocorressem diferenças

estatísticas entre espécies ou classes diamétricas para a massa específica

básica.

Quando a hipótese da nulidade foi rejeitada, utilizou-se o teste de

Tuckey-Krammner para comparar os valores médios de massa específica. O

nível de significância empregada foi de 95% para ambos os testes.

1.1.20 Avaliação do efeito da classe diamétrica sobre a qualidade e do

rendimento em madeira serrada

Usou-se o arranjo de três espécies, três classes diamétricas por

espécie e oito repetições por classe para testar a hipótese de que a espécie e

a classe diamétrica exercem influência sobre os índices de rachamento,

encurvamento e arqueamento e o rendimento em madeira serrada. Também

foi testada a existência de interferência entre os fatores espécie e classe

diamétrica.

A hipótese da nulidade foi aceita quando não se admitiu diferenças

estatísticas significativas acima de 95% para qualquer fator avaliado. Quando

a hipótese da nulidade foi rejeitada, as médias dos parâmetros testados

foram comparados pelo teste de Tukey-Krammer a nível de 95%.

1.1.21 Avaliação do clone e da espécie sobre qualidade e do rendimento

em madeira serrada

Foi utilizado o delineamento em fator duplo para testar os parâmetros

de qualidade da madeira (índices de rachamento, arqueamento e

encurvamento) e o rendimento em madeira serrada, sendo que a espécie foi

o primeiro fator e o clone, o segundo fator. Foram testadas três espécies, três

clones por espécie e cinco repetições por clone.

Adimitiu-se a hipótese da nulidade quando não foram encontradas

diferenças estatísticas entre os fatores, ao nível de 95% de significância.

Quando a hipótese da nulidade foi rejeitada, aplicou-se o teste de Tukey-

Krammer para a comparação entre as médias, ao nível de 95% de

significância.

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Os valores médios dos índices de rachamento, encurvamento e

arqueamento e os valores de desbitolamento foram comparados pelo teste

de Tukey-Krammer, em um nível de significância de 5%.

A análise quantitativa dos dados foi baseada nos princípios da

estatística descritiva e foi realizada por meio do diagrama de Venn. As

proporções de rachamento e os empenamentos foram expressas em

porcentagem em relação ao total de peças produzidas. Optou-se pelo uso

dessa técnica descritiva devido à associação de defeitos numa mesma tábua,

e o arranjo em grupos permitiu visualizar facilmente a diferença entre as

espécies.

1.1.22 Avaliação do efeito da espécie e da classe diamétirca sobre a

DRL

Foi utilizado o delineamento em fator duplo para testar o efeito da

espécie e da classe diamétrica sobre a DRL. Foram testadas três espécies,

três classes diamétricas por espécie em oito repetições por classe.

Adimitiu-se a hipótese da nulidade quando não foram encontradas

diferenças estatísticas entre os fatores, ao nível de 95% de significância.

Quando a hipótese da nulidade foi rejeitada, aplicou-se o teste de Tukey-

Krammer para a comparação entre as médias, ao nível de 95% de

significância.

1.1.23 A DRL e a relação entre a qualidade da madeira serrada

Utilizou-se a correlação linear de Pearson para avaliar a DRL e as

características dendrológicas da planta. Utilizou-se um nível de significância

de 95 e 99% para correlacionar DAP, altura, rendimento, massa específica

básica e os índices de arqueamento, encurvamento e rachamento com a

DRL.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resultado do teste de aderência de Kolmogorov-Smirnova, corrigido

para intensidades amostrais pequenas pela metodologia de Lilliefors.

Indicou a não rejeição da hipótese da nulidae (anexo) indicando que os

dados tinham os presequisitos mínimos para aplicação da ANOVA, o teste

de Barttele apontou a homogeneidade as variâncias

RESULTADOS DA DENSIDADE BÁSICA

A análise de variância rejeitou a hipótese da semelhança entre as

espécies em um nível de 95% de confiança (tabela 1 e 2), o teste de Bartlett

encontra-se no anexo .

TABELA 1 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA ENTRE AS ESPÉCIES PARA A VARIÁVEL MASSA ESPECÍFICA BÁSICA

FV Quadrados médios GL QM F Sig.

Entre os grupos 109446,962 2 54723,481 39,986 ,000Dentro dos tratamentos 98536,875 72 1368,568

Total 207983,837 74

TABELA 2- RESULTADOS DA COMPARAÇAO DE MÉDIAS ENTRE AS ESPÉCIES ESTUDADAS

Espécie Massa específica básica (g/cm3) Desvio padrão

Comparação de médias Letras iguais correspondem a

médias iguais Tuckey 5%

E. dunnii 0,467057 0,037 BE. grandis 0,435793 0,043 CE. saligna 0,527804 0,028 A

Pela análise dos resultados, pode-se notar que E. dunnii apresentou

valores intermediários de densidade básica. Os valores encontrados para E.

dunnii estão dentro das faixas verificadas por Trugilho (2005), que calculou

valores médios de 0,511 g/cm3 para árvores de 13 anos e 0,547 g/cm3 em

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plantas de 15 anos. Souza (1986) calculou 0,531 g/cm3 para árvores de 14

anos. Os valores da tabela 1 para E. dunnii são superiores aos verificados

por Ribeiro e Zani Filho (1993), que encontraram valores entre 0,3 e 0,5

g/cm3, e por Ferreira e Kageyama (1978), que calcularam valores

ligeiramente mais baixos, próximos a 0,4 g/cm3.

As árvores de E. grandis apresentam os menores valores de massa

específica básica entre as estudadas. Os valores dispostos na tabela 1 para

E. grandis são próximos aos valores de Brasil (1976), Silva et al. (2004),

Lopes (2003), Brasil e Ferreira (1971) e Ribeiro e Zani Filho (1993). Esses

autores relataram valores de massa específica básica entre 0,4 a 0,479

g/cm3. Já os autores Serpa et al. (2003), Telles dos Santos et al. (2003) e

Gonçalves et al. (2006) calcularam valores superiores aos mostrados na

tabela 1, com uma variação de 0,5 a 0,59 g/cm3. Nota-se que os valores

médios de massa específica de E. grandis estão muito próximos dos valores

relatados por Silva et al. (2004), que calcularam para uma população de

Telêmaco Borba (PR) valores de 0,420 g/cm3. Ao analisar esses resultados,

pode-se argumentar que o local de vegetação interfere de alguma maneira

nos valores de massa específica.

Embora o delineamento utilizado não possa comprovar a teoria de que

o local de vegetação exerça influência sobre a massa específica, os dados da

literatura apontam o que se pode chamar de “coincidência interessante”.

Brasil (1976), em Itupeva (SP), encontrou 0,403 g/cm3 e, em Mogi Guaçu

(SP), 0,414 g/cm3; Silva et al. (2004) encontraram 0,423 em Telêmaco Borba,

(dados da tabela 1 em Telêmaco Borba (PR) mostram 0,420 g/m3). Souza et

al. (1986) encontraram em Lençóis Paulistas (SP) 0,441 g/m3; Brasil e

Ferreira (2002), 0,447 g/m3 também em Lençóis Paulistas (SP); Haseleic et

al. (2004), em Osório (RS), 0,46 g/cm3; Lopes (2003), em Flosu (RS), 0,462

g/cm3. Ao observar os valores encontrados na literatura, é preciso ser

particularmente cauteloso quando se faz comparação direta entre os dados

relatados e os encontrados pelo estudo, pois pode-se incorrer em erro, já que

as hipóteses levantadas pelo estudo não cobrem a teoria de que o local de

vegetação influencia na massa específica, apenas indica que essa teoria

poderá ser explorada em uma oportunidade futura.

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As árvores de E. saligna apresentaram os valores médios de massa

específica se comparado às outras duas espécies. Os valores da tabela 1

para E. saligna assemelham-se aos dados de Ribeiro e Zani Filho (1993),

que calcularam massa específica média de 0,465 g/ cm3 para um plantio

realizado em espaçamento de 3,0 x 2,0 m, com 6,5 anos, em Itupeva (SP).

Os valores encontrados ficaram acima dos dados relatados por Brasil (1976) -

0,403 g/cm3 - e por Brasil e Ferreira (1971) - 0,441 g/cm3. Por outro lado, os

dados calculados pelo estudo ficaram abaixo dos valores de Serpa et al.

(2003) - 0,640 g/cm3 - e Souza et al. (1986) - 0,508 g/cm3.

EFEITO DO DIÂMETRO SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA

O resultado da análise de variância para o efeito da classe diamétrica

aceitou a hipótese da nulidade para esse fator (tabela 3), ou seja, não foram

encontradas diferenças estatisticamente relevantes entre as classes

diamétricas.

TABELA 3 – AVALISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS EFEITOS COMBINADOS DA ESPÉCIE E DO DIÂMETRO

Fonte de variação Soma de quadrados

Graus de liberdade

QuadradosMédios

F Sig.

Entre grupos 111885,634a 8 13985,704 12,936 ,000Dentro dos grupos 17089688,882 1 17089688,88215806,618,000

Espécie 101522,710 2 50761,355 46,950 ,000Classe diamétrica 2886,511 2 1443,255 1,335 ,270Espécie * Classe

diamétrica 7503,822 4 1875,956 1,735 ,153

Erro 71357,420 66 1081,173Total 17335212,859 75

Total corrigido 183243,054 74

Entretanto, observou-se um aumento na massa específica básica com

a redução do diâmetro da árvore como pode ser visto no gráfico 11.

NÃO CONSEGUI VER O GRÁFICO 11

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GRÁFICO 11 – EFEITO DA CLASSE DIAMÉTRICA SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA

Os resultados apontados no gráfico indicam que as plantas com menor

diâmetro apresentaram as maiores densidades independentemente da

espécie. Embora as diferenças entre os valores não tenham sido captadas

pela análise de variância das médias, nota-se a tendência ao observar a

distribuição dos valores no gráfico.

A possível explicação para tal variação pode residir no fato do ritmo

mais lento de crescimento das plantas de menor diâmetro, o que propicia que

essas árvores depositem maior quantidade de material por unidade de

volume, o que ocasiona um aumento da massa específica.

ANÁLISE DO EFEITO DO CLONE SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA

Como foi constatado que as espécies apresentaram diferenças entre

os valores de densidade, optou-se pela análise de cada espécie

separadamente, analisando o efeito do material genético em fator único.

1.1.24 Densidade básica para os clones de E. dunnii

Os valores médios da densidade básica dos clones de E. dunnii são

apresentados na tabela 4 e 5.

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TABELA 4 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. dunnii

Fonte de variação

Soma de quadrados

Graus de

liberdade

QuadradosMédios

F Sig.

Dentro 2107,702b 4 526,926 ,589 ,674Entre 6964438,278 1 6964438,2787785,363,000Clone 2107,702 4 526,926 ,589 ,674Erro 17891,108 20 894,555Total 6984437,088 25

Total corrigido 19998,811 24

TABELA 5- VALORES DA DENSIDADE BÁSICA MÉDIA POR CLONE EM E. dunnii

Tratamento Massa específica básica (g/cm3)

Desvio Padrão

Comparação de médias Letras iguais correspondem a médias iguais

Tuckey 5%1 0,541 0,028 A2 0,521 0,007 A3 0,516 0,005 A4 0,525 0,010 A5 0,535 0,028 A

MÉDIA 0,541 0,029

Verificou-se para essa espécie a aceitação da hipótese da nulidade, ou

seja, não foram verificadas massas específicas diferentes entre os clones de

E. dunnii. Os valores encontram-se na mesma faixa que os calculados por

Batista (2009), que comparou a densidade básica de toras de três metros de

comprimento retiradas da base de três clones de E. dunnii, determinando

valores entre 0,51 e 0,62 g/cm3.

Ao observar os resultados, nota-se que os clones dois e três

apresentaram as menores variações para massa específica básica, e os

clones um e cinco apresentaram os maiores valores de densidade básica.

1.1.25 Densidade básica dos clones de E. saligna

Os volumes médios testados de E.saligna apresentaram diferenças a

95% de probabilidade. O resultado da análise estatística consta nas tabela 6

e 7.

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TABELA 6 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. saligna

Fonte de variação

Soma de quadrados

Graus de

liberdade

QuadradosMédios

F Sig.

Dentro 17716,922b 4 4429,230 5,556 ,004Entre 5453568,234 1 5453568,2346840,427,000Clone 17716,922 4 4429,230 5,556 ,004Erro 15945,110 20 797,256Total 5487230,266 25

Total corrigido 33662,032 24

TABELA 7- RESULTADO DO TESTE DE COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS VALORES DE DENSIDADE BÁSICA MÉDIA PARA OS CLONES DE E. saligna

Clone Massa específica básica (g/cm3)

Desvio Padrão

Comparação de médias Letras iguais correspondem a médias iguais

Tuckey 5% 6 0,461 0,03 B 7 0,460 0,02 B 8 0,431 0,04 B 9 0,514 0,01 A10 0,469 0,017 B

MÉDIA 0,467 0,029

As árvores de E. saligna apresentaram as menores variações de

massa específica. O único clone que apresentou os maiores valores de

variância foi o dez, que também apresentou os menores valores de

crescimento. Esses resultados provocaram a rejeição da hipótese da

nulidade, devido a pelo menos um dos clones ser diferente dos demais. Os

resultados obtidos encontram-se dentro da faixa determinada por Kageyama

et al. (1978), que calcularam valores entre 0,448 a 0,634 g/cm3 para árvores

de 5,5 anos. No que tange à comparação com outros autores, Ribeiro e Zani

Filho (1993), eles também encontraram diferenças estatísticas entre clones

de E. saligna e argumentam que essas diferenças são suficientes para

selecionar materiais de qualidade superior para usos industriais.

O clone com a maior densidade básica foi o nove e o menor valor foi

calculado para o clone de número oito, os demais ficaram dentro da faixa

compatível com o trabalho de Batista (2009). Analisando toras de E. saligna,

o autor encontrou diferenças significativas entre os clones, que, calculados

por ele, ficaram entre 0,42 e 0,50g/cm3, sendo compatíveis com os valores

da tabela 3.

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1.1.26 Densidade básica para os clones de E. grandis

Os resultados mostram que ocorreram diferenças significativas para o

fator volume médio de E. grandis. É possível observar a análise de variância

na tabela 8 e a comparação de médias, na tabela 9.

TABELA 8 –ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA PARA OS CLONES DE E. grandis

Fonte de variação

Soma de quadrados

Graus de

liberdade

QuadradosMédios

F Sig.

Dentro 12250,333b 4 3062,583 3,868 ,017Entre 4835458,594 1 4835458,5946106,696,000Clone 12250,333 4 3062,583 3,868 ,017Erro 15836,578 20 791,829Total 4863545,504 25

Total corrigido 28086,911 24

TABELA 9 - RESULTADOS DOS VALORES MÉDIOS DA DENSIDADE BÁSICA DOS CLONES DE E. grandis

Tratamento Massa específica básica (g/cm3)

Desvio Padrão

Comparação de médiasLetras iguais correspondem a médias iguais

Tuckey 5% 11 0,463 0,027 A 12 0,461 0,030 A13 0,441 0,024 B14 0,423 0,005 B15 0,391 0,067 BC

MÉDIA 0,435 0,029

Nos resultados do clone 15, verifica-se a existência de valores muito

similares aos encontrados por Lopes (2003). Já os clones 13 e 14

apresentaram semelhança com os resultados de Barreiros et al. (2002),

Souza et al. (1986) e Silva et al. (2004). O clone 15, que apresentou o menor

valor de densidade básica, concorda com os resultados de Brasil et al.

(1976).

Os resultados estão em concordância com as hipóteses testadas por

Lopes (2003), Haseleic et al. (2004) e Batista (2009). Os autores indicaram

que a massa específica de E. grandis sofria forte influência do componente

genético.

Na comparação entre os resultados obtidos e os dados de Kageyama

et al. (1983), ocorre semelhança porque os autores encontraram diferenças

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significativas entre os clones. Contudo, os resultados observados nesta

pesquisa foram numericamente diferentes dos de Kageyama et al. (1978). Os

autores informam ter encontrado valores de densidade de 0,369 g/cm3 em

árvores de 5,5 anos; 0,423 a 0,568 g/cm3, de 11 anos de idade e, neste

estudo, a variação dos resultados foi de 0,391 a 0,463 g/cm3. Lembrando que

os dois estudos foram realizados em locais diferentes, com espaçamentos

diferentes, o que é suficiente para explicar as diferenças.

Nota-se, nos resultados, o aumento da densidade básica

acompanhado pelo aumento do volume médio do clone. O clone 11 teve o

maior valor de densidade básica e foi o tratamento com o volume superior. Já

o clone 15, com o volume inferior, teve o menor resultado de densidade

básica. Há indícios suficientes para creditar a hipótese de que o volume das

plantas está relacionado à variação da massa específica, ainda que existam

três faixas de volume que se aproximam. Dado o fato de que as plantas de

volume superior se assemelham, as plantas próximas ao volume médio da

população foramam um segundo grupo e as plantas de menor volume

apresentam massa específica menor.

RESULTADOS SOBRE O RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA DAS TRÊS ESPÉCIES DE EUCALYPTUS SPP.

O teste de homogeneidade das variâncias comprovou a condição

mínima para a aplicação do teste de análise de variância. O resultado da

ANOVA rejeitou a hipótese da nulidade para as espécies e para as classes

diamétricas. No entanto, não foram detectados interação entre as espécies e

diâmetro pelo teste empregado. Na tabela 5, pode-se ver o sumário do teste

de comparação entre médias, por Tuckey, a α = 0,05.

Os detalhes dos valores de rendimento encontrados estão nas tabelas

10 e 11, em que também se pode observar o sumário do teste de Tukey a

95% para o efeito da espécie.

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TABELA 10 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO PARA OS FATORES ESPÉCIE E CLASSE DIAMÉTRICA

Fonte de variação

Soma de quadrados

Graus de liberdade

Quadrados

Médios

F Sig.

Dentro 0,114a 8 0,014 2,011 0,059Entre 13,937 1 13,937 1963,8800,000

Espécie 0,043 2 0,022 3,046 0,054Classe diamétrica 0,054 2 0,027 3,808 0,027Espécie * Classe

diamétrica 0,015 4 0,004 0,521 0,720

Erro 0,468 66 0,007Total 14,578 75

Total corrigido 0,583 74

TABELA 11 – RESULTADOS DE RENDIMENTO PARA AS TRÊS ESPÉCIES COM AS TRÊS CLASSES DIAMÉTRICAS E SUMÁRIO DO TESTE DE TUKEY PARA O EFEITO DA ESPÉCIE

EspécieDAP médio (cm)

Rend. Toras Grossas

DAP médio (cm)

Rend. Toras Médias

DAP médio (cm)

Rend. Toras Finas

Comparação de médias Letras iguais correspondem a médias iguais Tuckey 5%

E.grandis 39,34 48,55% 35,33 43,85% 34,9 41,07% 44,49% BE.dunnii 35,33 49,32% 28,93 41,02% 23,52 36,71% 42,35% BE. saligna 33,58 53,55% 24,75 47,46% 22,24 43,87% 48,29% A

1.1.27 Efeito da classe diamétrica sobre o rendimento em madeira

serrada

Nota-se que as três espécies diferiram em relação ao rendimento em

madeira serrada. No gráfico x, apresentam-se resultados combinados entre

os efeitos da espécie e do diâmetro em relação ao rendimento, bem como a

comparação múltipla efetuada por meio do teste Tukei a α = 0,05.

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GRÁFICO 12 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DIFERENÇAS ENTRE AS MÉDIAS DE RENDIMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

De forma geral, as toras mais grossas, independente da espécie,

apresentaram-se com maior rendimento. Há 95% de probabilidade de que os

resultados indiquem que, independente da espécie, as toras com diâmetros

acima de 30 cm têm diâmetro maior do que as demais. No entanto, o efeito

da espécie inclui, no grupo de toras com rendimento superior, as toras da

classe diamétrica três de E. saligna de menores diâmetros.

Em todas as classes de diâmetro, o Eucalyptus saligna apresentou

maiores valores médios de rendimentos que as demais espécies incluídas no

experimento, embora estatisticamente tenha se apresentado como de igual

rendimento a 95% de probabilidade.

Dentro desse mesmo nível de probabilidade estatística adotado no

teste de Tukey, observa-se nos resultados que as árvores da classe um

ficaram com os maiores rendimentos. Por consequência, destaca-se o fato de

que toras mais finas apresentaram os menores rendimentos.

No nível de probabilidade estatística adotado, nota-se com clareza

uma tendência ao aumento do rendimento com o aumento do DAP das

árvores; a mesma tendência é relatada por Biasi e Rocha (2007). Estes

autores não encontraram diferenças estatísticas significativas entre os

diâmetros por eles estudados, todavia relataram a mesma tendência de

aumento no rendimento com o aumento do diâmetro.

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Embora no delineamento estatístico tenha se optado pelo teste da

análise de variância a 95% de probabilidade de acerto, se o mesmo teste

tivesse esta probabilidade reduzida a 84,36%, a existência de interações

entre classe diamétrica e espécie teria sido evidenciada. Assim sendo, tal

detalhe certamente passa a não ser desprezível em situações práticas/

industriais.

As diferenças médias entre os diâmetros das extremidades das toras

(conicidade) e o número de toras rachadas são apresentadas na tabela 12.

TABELA 12 – RESULTADOS DA ANÁLISE DA CONICIDADE DA TORA E DA PRESENÇA DE RACHADURAS DE TOPO

Classe deDiâmetro

 E. grandis   E. dunnii   E. saligna 

Conicidade(D-d) No. de toras

Conicidade(D-d) No. De toras

Conicidade

(D-d) No. de toras(cm) rachadas (cm) rachadas (cm) rachadas

Toras grossas 3,84 3 3,34 3 4,59 1Toras médias 5,22 4 4,58 2 3,78 2Toras finas 5,69 3 6,17 3 4,36 1

Média 4,92   4,7   4,27  Legenda: D-d representa o valor médio entre o diâmetro maior e o diâmetro

menor das toras expresso em centímetros.

Ao analisar os dados contidos na tabela 12, percebe-se que a espécie

E. saligna apresentou o menor número de toras rachadas, com as menores

diferenças entre os diâmetros da ponta grossa e da ponta fina da tora.

A comparação classe-a-classe mostrou que, de forma geral, o E.

saligna, além de apresentar as menores diferenças entre os diâmetros das

extremidades das toras e em número de toras rachadas, também apresentou

os melhores rendimentos em cada uma das classes. Sendo o oposto do

verificado com E. grandis, que apresentou as maiores diferenças entre as

extremidades das toras e o maior número de toras rachadas.

Também evidencia-se pela diferença entre os diâmetros maior e

menor das toras avaliadas, que o formato das toras e as rachaduras

produziram interferência no resultado do rendimento: esses fenômenos já

foram observados e estão em concordância com as observações feitas por

Scanavaca e Garcia (2003), que afirmaram ter a forma das toras de E.

urophylla interferência no rendimento da madeira serrada. Sobre este mesmo

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assunto, Rocha (2002) cita que fatores como diâmetro e conicidade das toras

são características que influenciam no rendimento.

E. dunnii apresentou o segundo maior número de toras com

rachaduras. Adicionalmente, em duas toras da classe um dessa espécie, no

momento do desdobro, a porção presa ao carro porta-tora partiu-se por

ocasião do segundo corte, fazendo com que a peça restante precisasse de

duas passagens na resserradeira, o que interferiu negativamente no

aproveitamento dessas toras.

A rachadura de toras ou de peças serradas de E. dunnii não é fato raro

ou incomum. Vasques (2001) faz alusão a defeitos desse tipo em toras da

espécie. O autor, ao estudar a distribuição das tensões de crescimento nas

toras, afirmou que, na região próxima ao centro da tora, as peças serradas

tendem a gerar tábuas com maiores amplitudes de rachamento. Lisboa

(1993) citou que a manifestação das tensões de crescimento do gênero

Eucalyptus pode ser sutil em alguns casos e explosiva em outros. Matias

(2006) também relatou as intensas rachaduras das peças E.dunnii durante o

processamento, segundo o autor essas peças apresentavam rachaduras que

percorriam todo o comprimento da tábua.

Foi no trabalho de Garcia (1995) que se pôde encontrar a explicação

para os fenômenos observados nas toras de E. dunnii: o autor cita que, ao

serrar as toras de eucalipto em cortes tangenciais, a peça serrada sofre

empenamento, enquanto a porção fixa ao carro porta-tora tem seus esforços

de compressão e flexão desequilibrados a cada novo secionamento Se as

forças de flexão e compressão se mantiverem superiores às que unem os

tecidos ocorre a ruptura. Apoiado nos relatos dos autores citados nos

parágrafo anterior e observando os resultados de campo deste trabalho,

averiguou-se que, em E. dunnii, as manifestações das tensões de

crescimento reduziram o aproveitamento da madeira, visto que foi a única

espécie que apresentou toras e peças rachadas durante o processamento.

Na literatura, há escassos relatos de peças serradas que precisaram

ser retrabalhadas durante o processamento. Porém, sobejam notificações de

toras com a presença de rachaduras, indicando que esse fator interfere

negativamente no rendimento. Isso pode ser visto em Scanavaca e Garcia

(2003), Ferreira et al. (2004), Biasi e Rocha (2007).

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A comparação múltipla de médias revelou que as toras provenientes

de árvores com DAPs próximos a 35 cm apresentaram maiores

aproveitamentos em madeira serrada. Esses valores encontram-se em

acordo com os valores obtidos por Souza et al. (2007), Ferreira et al. (2004) e

Rocha (2000), contudo são superiores aos valores de Amparo et al. (2008).

Também se pôde notar pelos resultados que, sempre no desdobro de toras

grossas de E. grandis e E. saligna, apresentaram-se maiores rendimentos, se

comparados a E. dunnii.

Comparando-se as espécies em relação ao rendimento, o E. dunnii

apresentou a pior performance, com rendimento médio de 42%, valor

próximo ao calculado por Rocha (2000). Nessa espécie, mesmo as árvores

mais grossas apresentaram rendimentos de 42%. Por outro lado, E. grandis

foi a espécie que apresentou rendimento médio de 44,41%, seguido pelo E.

saligna, de 48,31%.

A perda de aproveitamento da madeira serrada causada pelas

rachaduras pôde ser simulada através de um novo cálculo de rendimento.

Neste cálculo, as peças serradas tiveram seu comprimento reduzido devido a

um suposto destopo realizado ao final das rachaduras (tabela 13).

TABELA 13 - APRESENTAÇÃO DOS DADOS DE RENDIMENTO E RENDIMENTO

DESCONTADO APÓS A SIMULAÇÃO DE DESTOPO DEVIDO ÀS RACHADURAS

Espécie Diâmetro da tora

Rend. %

Rend. destopado

%Perda

Média do rend.

por espécie

Média do rend.

destopado

Perda média

por espécie

E.grandisToras grossas 48,55% 36,50% 12,05%

44,49% 34,9% 9,59%Toras médias 43,85% 32,10% 11,75%Toras finas 41,07% 36,10% 4,97%

E.dunniiToras grossas 49,32% 40,90% 8,42%

42,35% 36,4% 5,95%Toras médias 41,02% 36,80% 4,22%Toras finas 36,71% 31,50% 5,21%

E. saligna

Toras grossas 53,55% 45,60% 7,95%48,29% 39,1% 9,22%Toras médias 47,46% 36,60% 10,86%

Toras finas 43,87% 35,00% 8,87%

As perdas foram maiores em E. grandis e E.saligna. Para E. dunnii, as

perdas ficaram próximas a 6%. Isso ocorreu porque as classes de toras finas

e médias desta última espécie tiveram as menores perdas de todo o conjunto

estudado. Vale ressaltar que E. dunnii apresentou o menor rendimento

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mesmo tendo as menores perdas devido ao rachamento. As rachaduras

prejudicam o rendimento em madeira serrada nas classes diamétricas das

toras grossas e médias de E. grandis e as toras médias de E. saligna. Nestas

classes, as rachaduras reduziram o rendimento em mais de 10%.

Os resultados da tabela 13 não indicam uma distribuição reconhecível

entre as perdas e os diâmetros das toras, ou seja, a redução de

aproveitamento apresentou valores aleatórios, não mantendo uma relação

entre diâmetro e destopo. Na análise das tábuas, nota-se que algumas peças

tiveram que ser destopadas em posições superiores à metade do seu

comprimento, enquanto que outras retiradas da mesma tora sofreram

rachaduras de apenas poucos centímetros. Isso indica que as tensões de

crescimento manifestadas através das rachaduras são resultado de uma

combinação complexa de fatores, diâmetro, espécie, sistema de desdobro e

posição da tábua no interior da tora. A combinação desses fatores interfere

diretamente no uso da madeira e torna muito difícil o estudo do controle

desse fenômeno.

EFEITO DO CLONE SOBRE O RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA.

Percebeu-se que o efeito da clonagem sobre o rendimento foi mais

evidente que o encontrado quando se estudou o efeito da classe diamétrica.

As diferenças entre as espécies permanecem inegáveis, contudo a

diferenciação dentro do grupos é menos óbvia, uma vez que a variação

dentro do clone é menor do que entre os grupos da mesma espécie. Por essa

razão, para representar melhor os resultados dos clones, estes foram

mostrados segundo suas espécies.

1.1.28 Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E.

dunnii

A tabela 14 mostra a análise de variância para as médias de

rendimento em madeira serrada. Na tabela 15, mostram-se os valores

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obtidos de rendimento em madeira serrada para os cinco clones

estudados de E. dunnii.

TABELA 14 – ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO ENTRE OS

CLONES DE E. dunnii

SQ GL QM F Sig.Entre Grupos ,045 4 ,0113,358,029

Dentro de Grupos,06820,003Total ,11324

TABELA 15 – DADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. dunnii

Espécie Clone

Diâmetro médio das toras (cm)

Rendimento(%)

Comparação de médias Letras iguais

correspondem a médias iguais Tuckey 5%

E. dunnii

1 42,38 41,72% AB2 24,19 39,38% A3 35,69 41,10% B4 32,15 40,26% AB5 30,24 40,55% AB

Os resultados indicam que o clone três apresentou o melhor

rendimento em madeira serrada e o clone dois o pior. A análise dos resultado

revela outras informações. Ao comparar os clones um e quatro, por exemplo,

a estatística indica que ambos são iguais, no entanto do ponto de vista da

utilização da tora, o clone um será preferível ao quatro, visto que, sempre que

se desdobram toras de diâmetros maiores, existirá a tendência de melhor

aproveitamento da madeira. Como pode ser visto nos trabalhos de Biasi

(2005), De Pádua (2005), Chies (2005), ao estudar diferentes espécies, os

autores não encontraram diferenças estatísticas entre os rendimentos de

toras de diferentes diâmetros, todavia afirmam a tendência de aumento de

rendimento com o aumento do diâmetro. Tendência essa que é comprovada

no trabalho de Rocha (2000) para E. dunnii e E. grandis.

Os valores da tabela 15 discordam dos valores encontrados por Silva

(2008). Ao serrar toras de E. benthamii, clonadas por micro estaquia, a autora

não verificou diferenças estatísticas entre os dados de rendimento mesmo

para toras de diferentes diâmetros. No entanto, entre suas estratégias de

seleção, a autora buscou toras com maiores diâmetros e melhores

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aproveitamentos em madeira serrada entre outras características. As razões

para essas discordâncias podem ser a diferença entre espécies, a diferença

entre as idades dos materiais e a técnica empregada para a propagação dos

clones.

O efeito da clonagem assume uma proporção maior ao analisar o

desdopo causado pelas rachaduras nas extremidades das peças serradas,

(tabela 16). A tabela 17 mostra as perdas no rendimento.

TABELA 16 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO ENTRE OS CLONES DE E. dunnii

SQ GL QM F Sig.Entre Grupos 0,057 4 0,014 2,675 ,062

Dentro de Grupos 0,10620

0,005

Total 0,16324

TABELA 17 – OBSERVAÇÃO DAS PERDAS CAUSADAS PELAS RACHADURAS

Espécie

Clone

Diâmetro médio

das toras (cm)

Conicidade

(D-d) cm

Num. toras

rachadas

Rend. Destopad

o(%)

Comparação de médias Letras iguais

correspondem a médias iguais Tuckey 5%

Perdas em

rend. pelo

destopo

E. dunnii

1 42,38 6,35 2 36,40% B 5,32%2 24,19 3,9 3 32,53% A 6,85%3 35,69 4,36 1 38,21% BC 2,89%4 32,15 5,83 1 39,33% C 0,93%5 30,24 4,35 1 37,10% BC 3,41%

Legenda: D-d representa o valor médio entre o diâmetro maior e o diâmetro menor das toras expresso em centímetros.

Ao fazer a análise do rendimento, sem notar as perdas por destopo,

nota-se que o clone com a melhor performance foi o três. No entando, isso

muda ao se considerar o destopo, pois o clone com o melhor resultado passa

ser o quatro, justamente por apresentar a menor redução no rendimento.

Já o clone com a maior perda por destopo foi o clone dois, seguido do

clone um, que apresentou o maior diâmetro das toras e esperava-se que

apresentasse a melhor performance em rendimento.

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Os clones três, cinco e quatro tiveram as maiores perdas por destopo

respectivamente. Sendo que o clone quatro praticamente manteve seu

rendimento antes e após o destopo.

Quando se analisou a relação perdas por destopo e diâmetro da tora

não foi possível estabelecer um padrão. Ao analisar a relação entre as

perdas de rendimento e a conicidade da tora, também não há padrão

reconhecível. Ou seja, pelos resultados apresentados, não há evidências

suficientes para informar que toras mais cônicas ou mais cilíndricas

originarão peças mais ou menos rachadas. A literatura sobre o assunto

também não trata desse pormenor, sendo escassas as relações entre o efeito

da conicidade e as manifestações das tensões na forma de rachaduras das

tábuas.

Por exclusão dos efeitos do diâmetro e da conicidade sobre as perdas

por destopo, pode-se imputar ao material genético a influência sobre as

perdas, uma vez que a estatística percebeu diferenças entre os clones.

Recomenda-se, portanto, que novas investigações sejam conduzidas,

incluindo o aspecto perdas por destopo e a investigação da herdabilidade

dessa característica. Além de útil, Já que essa informação pode pautar a

estratégia de melhoramento das espécies em questão.

1.1.29 Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E.

saligna

A tabela 18 informa o resumo da análise de variância das médias dos

clones de E. saligna.

TABELA 18 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO ENTRE OS CLONES DE E. saligna

SQ GL

QM F Sig.

Entre grupos 0,040 4 0,0103 0,507 0,025Dentro de grupos 0,057 20 0,003

Total 0,097 24

Na tabela 19, estão sumarizados os resultados para o rendimento

discriminado dos clones de E. saligna.

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COM TANTAS VARIÁVEIS ANALISADAS, TODAS TÊM DIST

NORMAL?TABELA 19 - RESULTADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS

CLONES DE E. saligna

Espécie Clone

Diâmetro médio das tora (cm)

Rendimento(%)

Comparação de médias Letras iguais

correspondem a médias iguais Tuckey 5%

E. saligna

6 24,64 43,49% AB7 22,77 40,32% A8 36,50 51,32% C9 32,55 51,82% C

10 26,20 46,10% B

Nos clones de E. saligna fica mais clara a relação diâmetro e

rendimento. Nota-se que o clone oito e nove apresentam as toras com o

maior diâmetro e os maiores rendimentos em madeira serrada. Os resultados

seguiram a tendência prevista do aumento do diâmetro em provocar aumento

no rendimento. A análise de variância também constatou diferenças entre os

os clones quando foram descontadas as perdas por destopo causadas pelas

rachaduras (tabela 20).

TABELA 20 - ANÁLISE DE VARIÂNCIAS PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO ENTRE OS CLONES DE E. saligna

SQ GL QM F Sig.

Entre grupos 0,053 4 0,013 3 0,365 0,029

Dentro de grupos 0,079 20 0,004

Total 0,132 24

Já a análise do rendimento destopado mostra o acúmulo de tensões

das toras com menores diâmetros. Essas tensões manifestaram-se pelas

rachaduras das tábuas no momento do desdobro, como pode ser visto na

tabela 21.

TABELA 21 – RESULTADO DO RENDIMENTO E DO RENDIMENTO DESTOPADO PARA TORAS DOS CLONES DE E. saligna

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Espécie Clone

Diâmetro médio

das toras (cm)

Conicidade(D-d) cm

Número de toras rachada

s

Rendimento Destopado

(%)

Comparação de médias Letras iguais

correspondem a médias iguais

Tuckey 5%

Perdas em rendimento

pelo destopo

E. saligna

6 24,64 4,16 2 36,29% A 7,20%7 22,77 4,86 1 35,07% A 5,25%8 36,50 2,60 0 47,48% C 3,84%9 32,55 3,44 0 48,38% C 3,44%

10 26,20 3,26 1 42,43% B 3,67%

Legenda: D-d representa o valor médio entre o diâmetro maior e o diâmetro menor das toras expresso em centímetros.

Observa-se que o clone seis apresentou as maiores perdas causadas

pelo destopo, seguido do clone sete. Analisando a conicidade das toras,

diferente do que ocorreu em E. dunnii, nota-se um padrão. Nos clones seis e

sete, as perdas por destopo foram mais altas, essas toras apresentaram as

maiores conicidades. Já nos clones oito, nove e dez, a conicidade ficou

abaixo de 4 cm/m e as perdas foram inferiores a 4% no rendimento.

Apenas os clones de E. saligna apresentaram esse padrão, o que

indica que a forma particular das toras dessa espécie influenciou na

manifestação das rachaduras.

1.1.30 Efeito do clone sobre o rendimento em madeira serrada para E.

grandis

A tabela 22 mostra o efeito do clone sobre o rendimento em madeira

serrada para E. grandis.

TABELA 22 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E.grandis

SQ GL QM F Sig.

Entre grupos 0,033 4 0,008 3 0,319 0,031

Dentro de grupos 0,050 20 0,002

Total 0,083 24

Na tabela 23, estão resumidos os resultados para o rendimento dos

clones de E. grandis.

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TABELA 23 - RESULTADOS DE RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. grandis

Espécie Clone

Diâmetro médio das tora (cm)

Rendimento(%)

Comparação de médias Letras iguais

correspondem a médias iguais Tuckey 5%

E. grandis

11 33,73 42,75% A12 39,69 48,36% B13 34,41 46,59% B14 33,93 42,75% A15 36,88 47,87% B

Os resultados apontam que o clone 12 apresentou o melhor

rendimento e, simultaneamente, o maior diâmetro médio das toras,

confirmando a tendência do aumento do diâmetro da tora acarretar um

aumento no rendimento. Outra evidência que se pode reafirmar é a de que a

tendência pode ser visualizada no clone 15, que é o segundo maior em

diâmetro e tem o segundo melhor rendimento. Observa-se que os clones com

os maiores diâmetros foram estatisticamente iguais, já os dois materiais com

diâmetros menores apresentaram as piores performances no rendimento.

Outra informação que não que não está em comparação direta de médias é a

variação do rendimento dentro dos clones. As toras de E. grandis se

caracterizaram por uma variação maior dentro do clone causada pelas

rachaduras das tábuas. Na tabela 24, tem-se a análise de variância dos

rendimentos descontadas as perdas causadas pelo destopo.

TABELA 24 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DESCONTADAS AS PERDAS POR DESTOPO PARA OS CLONES DE E.grandis

SQ Gl QM F Sig.

Entre Grupos 0,008 4 0,002 0,342 0,846

Dentro de Grupos 0,118 20 0,006

Total 0,126 24

A análise de variância das médias do rendimento destopado admitiu a

hipótese da nulidade, ou seja, não foram detectadas evidências de diferenças

entre as médias de rendimento após o destopo. Isso ocorreu porque, ao

destopar a madeira, percebeu-se que as variações dentro dos grupos

aumentaram muito, anulando as diferenças entre os clones. Ocorreu também

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que as médias de todos os materiais estudados ficaram muito próximas,

reduzindo a capacidade do teste em perceber as diferenças.

Esse resultado revela os diferentes níveis de tensão de crescimento

presentes nos clones, uma vez que as perdas ocorridas no rendimento

fizeram com que as médias fossem reduzidas todas aos valores próximos.

Isso fez com que clones que tinham maiores tensões apresentassem as

maiores perdas. As perdas ficaram relacionadas ao clone, uma vez que

foram encontradas diferenças significativas entre as espécies e não se

verificaram diferenças ao estudar o efeito da classe diamétrica, o que reforça

a hipótese das perdas em rendimento estarem ligadas ao efeito da clonagem.

Observa-se na tabela 25 que, para os clones de E. grandis, não

ocorreram diferenças significativas entre os clones, mas as perdas em

rendimento não podem ser ignoradas, já que representaram valores entre 7 e

15%.

TABELA 25 – RESULTADOS PARA O RENDIMENTO E O RENDIMENTO DESTOPADO PARA OS CLONES DE E. grandis

Espécie Clone

Diâmetro médio

das toras (cm)

Conicidade

(D-d) cm

Número de toras rachada

s

Rendimento

Destopado(%)

Comparação de médias

Letras iguais correspondem

a médias iguais

Tuckey 5%

Perdas em

rendimento pelo

destopo

E. grandis

11 33,73 2,97 3 33,75% A 9%12 39,69 6,74 2 41,07% A 7,29%13 34,41 5,93 3 38,59% A 8%14 33,93 4,32 3 32,92% A 9,83%15 36,88 6,61 2 32,91% A 14,96%

Legenda: D-d representa o valor médio entre o diâmetro maior e o diâmetro menor das toras expresso em centímetros.

Os clones 11 e 14 apresentaram os piores rendimentos antes e depois

do destopo, seguido do clone 15 que teve uma perda de 9,83% no

rendimento. Já o clone com as menores perdas no rendimento foi o clone 12.

Das três espécies estudadas, os clones de E. grandis sofreram as maiores

perdas no rendimento.

Como ocorreu em E. dunnii, não foi possível distinguir um padrão entre

conicidade e as rachaduras de topo nas tábuas. Um padrão só foi verificado

nas toras de E. saligna, o que pode apontar para uma influência da origem do

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material sobre a conicidade. Alguns autores buscaram padrões entre a

conicidade da tora e os defeitos das tábuas. Admitindo que essa seja uma

característica extremamente fácil de ser mensurada, autores como Silva

(2008), Garcia et al. (2005) buscaram estabelecer ligações entre a conicidade

da tora e o comportamento da madeira serrada, no entanto não lograram

êxito. Ao observar os resultados de rendimento e o rendimento destopado,

juntamente com os dados de conicidade, tem-se uma indício de que, embora

a conicidade seja uma caracterísitca que possa ser selecionada, nas toras,

ela não foi encontrado evidência que esse parâmetro exerceu influência

sobre o aproveitamento da madeira serrada, tampouco sobre a manifestação

das tensões de crescimento na forma de rachaduras de topo nas tábuas.

RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA SERRADA SOB A INFLUÊNCIA DA CLASSE DIAMÉTRICA

A análise de variância sobre os valores dos desbitolamentos em

largura e espessura admitiu a hipótese da nulidade (o detalhamento dos

resultados nos anexos), ou seja, as espécies tiveram resultados semelhantes

para a variação de espessura e largura das peças serradas. O mesmo

ocorreu para os efeitos da classe diamétrica e dos clones (tabela 26). Os

resultados apontam a não rejeição da hipótese da nulidade. TABELA 26 - RESULTADOS DOS VALORES DE DESBITOLAMENTO EM ESPESSURA E

LARGURA

Espécie/diâmetro

Espessura média das

tábuas(mm)

Desbitolamento médio em espessura

(mm)

Coef. de Variação

%

Largura média

das tábuas(cm)

Desbitolamento médio em

largura(mm)

Coef. de Variação

%

E.dunnii 2,740 1,174 35,00% 11,648 4,737 50,54%Toras finas 2,838 1,073 39,51% 11,738 4,184 68,48%

Toras médias 2,700 1,040 37,96% 11,199 5,430 47,53%Toras grossas 2,688 1,425 23,70% 12,063 4,512 37,12%

E.grandis 2,796 1,201 61,84% 12,556 4,415 35,05%Toras finas 2,725 1,439 82,26% 11,425 4,760 23,51%

Toras médias 2,800 1,047 37,51% 11,889 3,801 36,34%Toras grossas 2,863 1,136 40,62% 14,438 4,762 42,12%

E.saligna 2,854 1,215 43,03% 10,860 5,999 82,18%Toras finas 2,901 1,226 28,05% 10,497 7,068 95,29%

Toras médias 2,842 1,337 56,06% 10,378 6,760 72,78%Toras grossas 2,819 1,066 34,07% 11,764 4,074 49,27%

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Total geral 2,797 1,196 47,46% 11,688 5,051 65,65%

Nota-se pelos resultados que a variação de largura e espessura foi de

um milímetro em média, para espessura, e cinco milímetros, para largura. Os

valores encontrados estão dentro dos limites impostos pela norma brasileira

ABNT 14086. As variações em espessura e largura também são compatíveis

com os valores descritos por Rocha (2000).

Para as 25 toras de E. dunnii desdobradas, ocorreu uma variação de

47 mm na largura e 1,05 mm na espessura. Isso encontra-se em

conformidade com as observações feitas por Rocha (2000) e Rocha e

Trugilho (2006). Segundo esses autores, durante o desdobro em cortes

sucessivos, há tendência da peça presa ao carro sofrer flexão, forçando

deformação na espessura de corte e gerando o desbitolamento. Em Malan

(1984), encontra-se uma recomendação para o uso de cortes simultâneos a

fim de se evitar esse efeito. Os resultados de Rocha e Trugilho (2006) para

E.dunnii mostram uma variação média de 1,13 mm para a espessura e 80

mm na largura.

Com base nesses resultados, pode-se argumentar que, para o

conjunto de toras analisado, as variações nas dimensões das peças sofrem

influência de fatores ligados ao processamento. Tal hipótese está em

conformidade com as evidências encontradas na literatura. Viadurre et al.

(2008), ao analisar a transformação de toras de Eucalyptus em madeira

serrada, formulou a hipótese de que o maquinário utilizado no desdobro

influenciava diretamente o dimensionamento final das peças serradas. Os

autores elencaram fatores que poderiam influenciar na variação do tamanho

final do produto cortado, entre eles: qualidade dos ajustes do maquinário,

afiação e tensões de crescimento da madeira. Os resultados da tabela 26

não evidenciaram a origem do desbitolamento nos efeitos isolados pelo

delineamento (espécie e diâmetro), pois, ao admitir a hipótese da nulidade

para os fatores estudados, ainda sim verificou-se uma variação nas

dimensões da madeira serrada. Isso mostra que outras são as fontes de

variação do desbitolamento, ou seja, as variações nos equipamentos e as

práticas utilizadas pelos operários interferiram no desbitolamento de forma

mais acentuada que os efeitos de espécie e diâmetro.

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A comparação das espécies para o índice de encurvamento está

representada na tabela 27.

TABELA 27 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS DE ENCURVAMENTO PARA OS EFEITOS DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

Fonte de variação Soma de quadrados

Graus de liberdade

Quadrado médio

F Sig.

Modelo 34,416a 8 4,302 2,108 ,047Intercept 1045,690 1 1045,690 512,444 ,000Espécie 16,763 2 8,382 4,107 ,021

Classe diamétrica 6,966 2 3,483 1,707 ,189Espécie * Classe

diamétrica 10,290 4 2,572 1,261 ,294

Erro 134,679 66 2,041Total 1222,911 75

Total corrigido 169,095 74

O resultado mostra que as toras de E. grandis quando convertidas em

tábuas apresentaram menores valores de índice de encurvamento, já as de

E. saligna apresentaram os valores mais altos. A comparação entre toras de

diferentes diâmetros (tabela 28) mostrou que, embora essa variável exerça

influência sobre o encurvamento das tábuas, não é possível generalizar seu

efeito para as três espécies testadas. Os valores da tabela 28 estão acima

dos encontrados por Ferreira et al. (2004); dentro do intervalo comentado por

Del Menezzi (1999) e abaixo dos valores de Rocha e Trugilho (2006).

TABELA 28 - RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) INCLUINDO O EFEITO DO DIÂMETRO

Espécie Média do índice de encurvamento (mm/m)

Comparação de médias

Tukey α 95%

Classe diamétrica

Média de encurvamento (mm/m)

E. dunnii 3,99341 ABtoras finas 4,55092

toras médias 3,71819toras grossas 3,74553

E.saligna 4,17205 Btoras finas 4,28630

toras médias 4,94936toras grossas 3,18334

E. grandis 3,07989 Atoras finas 3,03449

toras médias 3,20574toras grossas 2,98369

(Letras iguais representam valores estatisticamente iguais)

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GRÁFICO 13 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

Os três diâmetros de E. grandis apresentaram índices de

encurvamento menores se comparados às outras duas espécies. Também se

pode observar que as toras grossas, oriundas de árvores com DAP acima de

35 cm, apresentaram os menores valores de índice de encurvamento nas

três espécies. A conversão das toras grossas de E. saligna em tábuas

resultou em maiores valores de encurvamento. Os resultados evidenciaram

que as toras grossas de E. grandis e E. dunnii geraram tábuas com menores

encurvamentos se comparadas à outra espécie.

Para o arqueamento, foi rejeitada a hipótese da nulidade entre as três

espécies em um nível de significância de 95% (tabela 29) e os valores de

índice de arqueamento estão na tabela 29.

TABELA 29 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO MÉDIO (MM/M) DAS TRÊS ESPÉCIES

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Fonte de variação Soma de quadrados

Graus de liberdade

Quadrado médio

F Sig.

Modelo 20,035a 8 2,504 1,633 ,132Intercept 465,676 1 465,676 303,677 ,000Espécie 13,501 2 6,750 4,402 ,016

Classe diamétrica 3,773 2 1,887 1,230 ,299Espécie * Classe diamétrica 2,242 4 ,560 ,366 ,832

Erro 101,208 66 1,533Total 590,237 75

Total corrigido 121,243 74

TABELA 30 – RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO DAS ESPÉCIES

Espécie Média do índice de arqueamento (mm/m)

Comparação de médias

Tukey α 95%

Classe diamétrica

Média de encurvamento (mm/m)

E. dunnii 3,7151 Btoras finas 3,05106

toras médias 2,76760toras grossas 2,30681

E.saligna 2,4298 Atoras finas 2,83436

toras médias 3,29871toras grossas 2,49459

E. grandis 2,9586 Atoras finas 2,18320

toras médias 1,79692toras grossas 1,72742

(Letras iguais representam valores estatisticamente iguais)

Os valores de arqueamento são inferiores aos valores de Rocha

(2000); para toras finas foram de 0,21 mm/m a 2,61mm/m e, para toras

grossas, entre 0,09 mm/ e 0,5mm/m.

No que diz respeito à comparação entre os diâmetros, observou-se

diferenças. Nota-se um padrão entre diâmetro e a média do índice de

encurvamento, sendo que, ao aumentar as dimensões da toras, o defeito

parece diminuir. Isso pode ser observado no gráfico 14. Todavia esse padrão

não foi presente em E. saligna, indicando que a generalização desse padrão

não pode ser adotada para qualquer espéce. Pode-se considerar também

que o arqueamento está sujeito a outras influências que não somente o

diâmetro. Como prováveis fatores que exerceram interferências sobre o

arqueamento das peças serradas de E. saligna, pode-se elencar os fatores

genéticos e as variáveis de processamento.

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GRÁFICO 14 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO MÉDIO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

Ao verificar os resultados, percebe-se que E. grandis apresentou os

menores índices de arqueamento. As toras provenientes de árvores mais

grossas das três espécies apresentaram menores arqueamentos, já as

plantas mais finas, no momento da conversão, apresentaram maiores índices

de arqueamento. No geral, observa-se a tendência das toras mais grossas

apresentarem menores valores de arqueamento. Essa tendência também é

comentada por Garcia (2005) e Silva (2008). Os valores de índice de

arqueamento e encurvamento foram superiores aos encontrados por Ferreira

et al. (2004), que calculou 3mm/m para o encurvamento e 0,92mm/m para o

arqueamento. Diferindo dos dados encontrados na literatura, as toras de

diâmetro médio de E. saligna apresentaram os maiores índices do defeito,

superando todas as demais. No entanto, o teste estatístico não constatou

diferenças entre as classes diamétricas. A explicação para tal fato está na

variação de encurvamentos encontrada dentro de cada classe diamétrica.

Calcularam-se diferenças de até 50% no valor de arqueamento dentro de

uma mesma classe, ou seja, em toras de diâmetros semelhantes foram

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obtidas tábuas que não apresentavam o defeito, noutras peças o

arqueamento atingia vários centrímetros. Essa variação transmitida para a

média reduziu a capacidade do teste em detectar as diferenças entre as

classes. Observações como essa reforçam a teoria de que o efeito do

arqueamento está ligado ao comportamento do material genético.

O resultado do índice de rachadura rejeitou hipótese da nulidade entre

as espécies, mas aceitou entre os diâmetros, o que significa dizer que as três

espécies apresentaram diferenças detectáveis, mas entre as classes

diamétricas não se pode perceber discrepância significativa pela comparação

das médias (tabela 31). Entretanto, notou-se uma tendência já verificada para

os índices de encurvamento e arqueamento, ou seja, as tábuas provenientes

de árvores mais grossas tenderam a rachar com intensidades menores

(tabela 32).

TABELA 31 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE RACHADURA PARA AS TRÊS ESPÉCIES

Fonte de variação Soma de quadrados

Graus de liberdade

Quadrado médio F Sig.

Modelo 1273,421a 8 159,178 1,901 0,075Intercept 11911,780 1 11911,780 142,231 0,000Espécie 130,365 2 65,183 0,778 0,463

Classe diamétrica 863,537 2 431,769 5,155 0,008Espécie * Classe diamétrica 293,710 4 73,428 0,877 0,483

Erro 5527,455 66 83,749Total 18680,390 75

Total corrigido 6800,876 74

A análise de variância indica que ocorreram diferenças entre as

espécies, mas não entre as classes diamétricas e também não houve

interação entre os fatores. Todavia, ao se observar o nível de significância

obtido para o efeito isolado do diâmetro, nota-se o valor de sig. 0,045,

indicando que o efeito da classe diamétrica pode ser isolado do efeito da

espécie. Sob esse raciocínio foi realizada uma análise das variâncias das

médias de índice de rachamento, considerando cada classe diamétrica de

cada espécie com um tratamento isolado. Testados em modelo aleatório

simples os resultados podem ser vistos na tabela 32 e a comparação de

médias na tabela 33.

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TABELA 32 – ANÁLISE DAS VARIÂNCIAS DO ÍNDICE DE RACHAMENTO OBSERVANDO AS MÉDIAS COMO SE CADA CLASSE DIAMÉTRICA FOSSE UM TRATAMENTO

ANOVASoma de

quadradosGraus de liberdade

Quadrados médios

F Sig.

Entre Grupos 60747,923 8 7593,490 6,349 0,000Dentro de Grupos 78937,648 66 1196,025

Total 139685,571 74

TABELA 33 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO PARA AS DIFERENTES CLASSES DIAMÉTRICAS

EspécieÍndice de rachadura

médio (cm/m)

Classediamétrica

Índice médio de rachadura (cm/m)

Comparação de médias

Tuckey 95%

Toras finas E. dunnii 13,90750 AB

E. dunnii 10,87440 Toras médias E. dunnii 12,02111 AB

Toras grossas E. dunnii 6,55125 A

E. saligna 13,08362

Toras grossas E. saligna 9,25125 AB

Toras médias E. saligna 13,29649 AB

Toras finas E. saligna 15,80868 AB

E. grandis 13,79832

Toras finas E. grandis 22,00249 B

Toras médias E. grandis 9,80979 AB

Toras grossas E. grandis 10,08125 AB

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GRÁFICO 15 –REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE RACHADURAS SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

Os resultados dos rachamentos são bastante variáveis (gráfico 15).

Algumas peças sequer apresentam esse defeito e outras têm rachaduras de

quase um metro. Isso ocasiona uma variação dentro do grupo muito maior

que as variações entre os grupos, o que concorda com as observações de

Lisboa (1993).

Observando as tábuas durante o processamento, notaram-se dois

fatos:

- as tábuas resserradas com serra circular apresentaram rachaduras

maiores se comparadas com as obtidas por meio de serra fita horizontal;

- de algumas toras, originaram-se tábuas que tinham rachaduras

superiores à metade do seu comprimento e, da mesma tora, eram

confeccionadas peças que sequer apresentavam o problema. Isso gerou uma

variação intensa da média, o que reduziu as diferenças entre os grupos

estudados. Esses dois efeitos serão discutidos posteriormente, ao longo da

pesquisa.

Comparando os resultados do gráfico 15 com as observações

realizadas por Telles dos Santos (2002), constatou-se uma concordância

entre os resultados e as observações realizadas pelo autor, que observou

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uma grande variação entre esse defeito e concluiu que as toras com maiores

diâmetros apresentavam peças rachadas nas porções centrais e tábuas não

defeituosas nas regiões da periferia. Em Silva (2008), também é comentada a

grande variação da intensidade do rachamento, porém a autora não faz

referência à forma de resserragem ou ao posicionamento da tábua na tora.

Outro resultado que chama atenção em Silva (2008) é o de que não

ocorreram diferenças estatísticas entre os clones de E. benthamii,

contradizendo alguns autores que imputam ao fator genético as diferenças no

rachamento da madeira serrada.

Os resultados endossam os comentários de Telles dos Santos (2002),

pois verificou-se a tendência observada pelo autor. Em Silva (2008), também

há variação significativa no rachamento entre os clones estudados pela

autora, mas não há diferenças estatísticas para diferentes diâmetros.

Durante o desdobro das toras, foram utilizados dois processos de

resserragem. Os indícios apontam que a forma de determinação da

espessura das peças influenciou na manifestação dos empenamentos e das

rachaduras. O gráfico 16 mostra a interação entre a resserragem e os

defeitos.

Toras Finas ED

Toras Médias

ED

Toras Grossas

ED

Toras Finas ES

Toras Médias

ES

Toras Grossas

ES

Toras Finas EG

Toras Médias

EG

Toras Grossas

EGE. dunnii E. saligna E. grandis

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

Comparação dos índices de encurvamento das peças resserradas com serra circular x serra fita horizontal

Índice de encurvamento médio (mm/m)Índice de encurvamento serra circular (mm/m)Índice de encurvamento serra fita (mm/m)

Índi

ce d

e en

curv

amen

to (m

m/m

)

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GRÁFICO 16 – COMPARAÇÃO DOS ENCURVAMENTOS DA MADEIRA RESSERRADA POR SERRA CIRCULAR COM SERRA FITA HORIZONTAL

Percebe-se a diferença entre os índices de encurvamento das peças

resserradas com fita se comparadas à serra circular. Os resultados indicam

que, ao utilizar a serra circular múltipla, obtiveram-se tábuas com menores

encurvamentos.

Os dados indicam que os encurvamentos das peças foram menores,

quando as peças foram resserradas em serra circular e, maiores, quando as

espessuras foram definidas na serra fita horizontal. À medida que os

diâmetros das toras de E. dunnii e E. grandis foram aumentando, os

encurvamentos das tábuas resserradas em serra fita foram reduzidos,

enquanto que, em serra circular, os encurvamentos não obedeceram essa

tendência.

O que os dados indicam é que, quando a espessura foi determinada

pela serra fita, a peça teve liberdade para encurvar-se durante o

procedimento de desdobro. Soma-se a isso o fato de que as peças

resserradas com serra fita posicionavam-se frequentemente na periferia da

tora. Sabidamente os tecidos vegetais dessa região da tora tendem a

contrair-se na periferia e alongar-se no centro da tora, somando esse efeito

com o sistema de resserragem, resultou nos dados obtidos e visualizados no

gráfico.

Nos diâmetros menores de E. dunnii e E. grandis, as peças serradas

acumularam mais tensões e foram manifestadas em maiores defeitos de

encurvamento. Já quando a porção da tora foi desdobrada em serra circular,

o corte simultâneo reduziu o encurvamento nas toras finas das duas

espécies. À medida que os diâmetros foram aumentando, ocorreu uma

interação entre a manifestação das tensões de crescimento de encurvamento

e o diâmetro da tora, de maneira tal que as tábuas obtidas das toras grossas

em cortes simultâneos foram paulatinamente apresentando índices de

encurvamento maiores.

Nota-se também pelos resultados que a diferença entre o

encurvamento foi superior a quatro milímetros por metro nas toras finas e

médias de E. dunnii e E. grandis, caindo para pouco mais de 2,4 mm/m em E.

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dunnii e 1,5mm/m nas toras grossas de E. grandis, o que mostra que, em

toras mais grossas, a forma utilizada na resserragem foi menos afetada que

nas toras finas.

Já as toras de E. saligna não seguiram o padrão verificado das duas

outras espécies, com as toras de diâmetro médio apresentando

encurvamentos maiores nas tábuas resserradas pela serra circular.

Para E. saligna, toras médias e grossas, a diferença do índice de

encurvamento foi relativamente regular nos dois diâmetros, por volta de 0,8

mm/m. Notadamente as toras médias dessa espécie apresentaram

encurvamentos maiores se comparadas às mais grossas, mas a forma de

resserragem afetou os encurvamentos das tábuas finais de maneira inferior,

se comparado às outras duas espécies.

Estudos relacionando o encurvamento com a técnica utilizada na

resserragem são bastante raros, normalmente os autores apenas indicam a

forma utilizada no desdobro e não diferenciam na mesma tora cortes

realizados simultaneamente de cortes sucessivos ou alternados, dificultando

a comparação dos resultados. No entanto, Silva (2008), ao resserrar E.

benthamii com serra circular, percebeu que os encuvamentos seguiam algum

controle genético e indicou essa característica como herdável. Também

afirmou que índices de encurvamento pequenos poderiam ser corrigidos com

o correto empilhamento. Pode-se argumentar, então, que, para os dados

estudados, quando as toras apresentaram os maiores diâmetros, os

encurvamentos foram menores. Seguindo essa lógica, se desejarmos realizar

uma nova coleta de informações sobre o material estudado, pretendendo

determinar menores encurvamentos possíveis, deve-se buscar toras de

diâmetro superior de E.saligna e, no desdobro, usar serra circular sempre que

possível nas operações de resserragem.

O gráfico 17 mostra o resultado dos índices de arqueamento nos dois

sistemas de resserragem por classe diamétrica.

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Toras Finas ED

Toras Médias

ED

Toras Grossas

ED

Toras Finas ES

Toras médias

ES

Toras Grossas

ES

Toras Finas EG

Toras Médias

EG

Toras Grossas

EGE. dunnii E. saligna E. grandis

0

1

2

3

4

5

6

7

Índice de arqueamento médio sob a influência da resserragem nas diferentes clases diamétricas

Índice de arqueamento médio (mm/m)

Índice de arqueamento médio tábuas serra circular (mm/m)

Índice de arqueamento médio tábuas serra fita (mm/m)

Índi

ce d

e ar

quea

men

to (m

m/m

)

GRÁFICO 17 - COMPARAÇÃO DOS ARQUEAMENTOS DAS PEÇAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR E SERRA FITA HORIZONTAL

O gráfico 17 dos índices de arqueamento apresenta uma informação

de que as toras de E. grandis geraram peças com arqueamentos maiores

quando as espessuras das tábuas foram determinadas em serra circular, no

entanto os índices de arquemanto nessa espécie não excederam uma

diferença de 1,5 mm/m, indicando que a intensidade de arqueamento foi

menos afetada pela forma de resserragem em E. grandis.

Para E. dunnii, as toras finas apresentaram índices de arquemanto

maiores na resserragem realizada com serra circular. A diferença entre os

índices foi inferior a 1 mm/m.

Em E. saligna, a diferença entre a resserragem com serra circular para

fita ficou mais evidente. Nas toras de diâmetro fino e médio, a intensidade do

arqueamento com das tábuas resserradas com serra circular forçou a

elevação da média, indicando que, para essa espécie, a forma de

determinação da espessura influenciou diretamente na manifestação do

arqueamento.

Das três espécies estudadas, a que apresentou maiores

arqueamentos nas tábuas resserradas com serra circular foi a das toras

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médias de E. saligna, com os maiores defeitos desse tipo em todo o conjunto

estudado.

A análise do diâmetro mostrou que as toras mais finas resultaram em

tábuas com maiores arqueamentos. Quando utilizado o sistema de

resserragem baseado em serras circulares, o defeito foi acentuado. A análise

do gráfico também evidencia que a média do arqueamento ficou influenciada

pelo sistema de resserragem, uma vez que há uma evidente diferença na

média dos arqueamentos entre os dois sistemas.

Os dados indicam que os índices de arqueamento verificados foram

menos influenciados pela resserragem que os encurvamentos. A espécie e o

diâmetro da tora afetaram mais essa característica que o desdobro

secundário. Como ocorreu no encurvamento, as toras mais grossas

apresentaram menores defeitos independente da espécie estudada.

O gráfico 18 mostra os resultados do índice de rachaduras para os

sistemas de resserragem nas diferentes classes diamétricas.

Toras finas ED

Toras médias ED

Toras grossas

ED

Toras finas ES

Toras médias ES

Toras grossas

ES

Toras finas EG

Toras médias EG

Toras grossas

EGE dunnii E. saligna E. grandis

0

5

10

15

20

25

30

35

Comparação os índices de rachamento (cm/m) das peças resserradas com serra circular x serra fita horizontal Índice de rachamento

médio (cm/m)Índice de rachamento serra circular (cm/m)Índice de rachamento serra fita (cm/m)

Índice

de ra

chad

ura (c

m/m)

GRÁFICO 18 - COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE RACHADURA DAS PEÇAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR E SERRA DE FITA HORIZONTAL

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Nas três espécies estudadas, o sistema de resserragem com serra

circular resultou em maiores índices de rachadura. As toras que

apresentaram os maiores defeitos foram as de menor diâmetro de E. grandis,

seguidas de E. dunnii.

Observa-se no gráfico a grande influência sobre a média das peças

resserradas com serra circular. Em E. dunnii, o sistema produziu rachaduras

médias próximas a 25cm/m, já as peças serradas com serra fita

apresentaram índices entre 10 cm e 5 cm/m. Evidente que a posição da peça

na tora influenciou de alguma forma esse resultado, todavia na literatura são

raros os estudos que isolam os efeitos do sistema de resserragem e o

posicionamento da peça na tora. Sendo assim pode-se atribuir que a

interação desses dois fatores produziu os resultados vistos no gráfico 18.

Ao utilizar o corte simultâneo, as peças tiveram as tensões de

crescimento liberadas de forma abrupta e diferentes pontos da peça. A

liberação intensa dessas forças superou a resistência dos tecidos,

provocando rachaduras mais extensas nas peças processadas com serras

circulares. A utilização da serra fita, por outro lado, provocou uma menor

manifestação das tensões, produzindo rachaduras de menor monta. Isso

ficou mais evidente nas toras de E.dunnii e nas toras finas de E. grandis.

A madeira de E. saligna apresentou um comportamento ligeiramente

diferente das demais espécies estudadas. Os dois sistemas de resserragem

apresentaram resultados próximos em todos os diâmetros, indicando que

nessa espécie as tensões de crescimento que produzem as rachaduras não

foram afetadas pelo sistema de resserragem.

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A análise da frequência dos defeitos está mostrada nos diagramas das

figuras 35, 36 e 37.

9,88% das peças sem defeitosFIGURA 34- DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS

DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. SALIGNA

17,22% das peças sem defeitosFIGURA 35- DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS

DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. DUNNII

peças arqueadas peças encurvadaspeças rachadaspeças arqueadas peças encurvadaspeças rachadas3,42% 2,66%

4,56%

8,74%

1,14%

1,14%

68,4%

0 % 1,2%

1.2%

22,26%

1,2%

1,2%

53,78%

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8,16% das peças sem defeitosFIGURA 36– DIAGRAMA DE VENN QUE MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS

DE TÁBUAS ENCURVADAS, ARQUEADAS E RACHADAS PARA E. GRANDIS

Os três diagramas indicam que, nas espécies estudadas, a maior parte

das tábuas apresenta defeitos complexos onde o arqueamento,

encurvamento e rachaduras são presentes na mesma peça. Pode-se notar

que E. dunnii apresentou a menor porcentagem de tábuas nessas condições

com, 53%, seguido de E. saligna, 68% e E. grandis, 69%. Para Crespo

(2000), o defeito de mais difícil mitigação são os empenamentos de

arqueamento, visto que, em peças rachadas, pode-se efetuar o

seccionamento da parte afetada e o encurvamento pode ser minorado pelo

empilhamento. Para Garcia (2005) e Silva (2008), o encurvamento sofre bom

controle genético e pode ser de utilidade no melhoramento da qualidade da

madeira.

Com base nessas afirmações, a espécie que apresentou a menor

porcentagem de tábuas arqueadas foi E. dunnii, com 78,44% das peças com

esse defeito, seguidos de E. saligna, 82,84%, e E. grandis, com 84,12%. A

mesma tendência é repetida para o encurvamento e para as rachaduras.

Outro dado que chama atenção é que E. dunnii obteve a maior quantidade de

peças arqueadas peças encurvadaspeças rachadas1,7%

0,8%

13,52%

5%

0,8%

69%

5,3%

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tábuas sem qualquer defeito, com 17,22%, contra 9,88%, em E. saligna, e

apenas 8,16%, em E. grandis.

De forma objetiva, a espécie que apresenta a melhor qualidade é

aquela que apresenta o maior número de peças sem defeitos e a menor

porcentagem de peças defeituosas. Com essa observação, pode-se concluir

que E. dunnii apresentou a melhor qualidade nas suas peças serradas,

seguida de E. saligna e, por fim, E. grandis.

FIGURA 37 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. dunnii

FIGURA 38 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. dunnii

FIGURA 39 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. dunnii

Ao observar os diagramas 37, 38 e 39, nota-se claramente que a maior

parte do material serrado apresenta três tipos de defeitos. Embora relevante

este dado é pouco destacado na literatura e não há relatos da demonstração

da combinação dos defeitos sobre as tábuas. A construção dos diagramas

demonstram um quadro geral, indicando qual é o comportamento do material

durante o desdobro.

Os diagramas destacam que poucas são as peças que apresentam

apenas um tipo de defeito, e que as tensões de crescimento manifestam-se

simultaneamente em empenamentos e rachadura.

A informação mais relevante é que mais da metade das peças das

toras finas e grossas de E. dunnii apresentaram os três defeitos; a metade

das demais tábuas, e uma a cada quatro peças serradas, tinha

simultaneamente encurvamento e arqueamento. Isso remente à informação

de que, para o uso final dessa madeira, independente de qual seja, 95% das

tabuas terão que ser retrabalhadas, ou seja, terão que passar por algum tipo

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de preparação, seja no destopo, seccionamento outros, para ser utilizada de

maneira apropriada. Isso faz com que o aproveitamento da madeira seja

inferior aos 39% médios já calculados. O impacto total desses defeitos não

pode ser mensurado de maneira precisa, uma vez que as ações tomadas

para regularizar o material variam de acordo com a intensidade do defeito e o

destino que se dará ao material serrado. Também não se pode comparar

esses valores com outros da literatura, já que não há relatos de como os

defeitos se distribuem pelo conjunto de tábuas serradas, no entanto, pode-se

afirmar com segurança que apenas 2% de tábuas sem defeito algum é um

valor indesejado para qualquer situação.

Na classe diamétrica, com as toras médias, a situação é diferente. Um

quarto das tábuas apresentou os três defeitos, 35% apresentaram

simultaneamente defeitos de encurvamento e arqueamento. Nessa classe

diamétrica, mais de 20% das tábuas apresentam simultaneamente

rachaduras e encurvamentos ou rachaduras e arqueamentos. A soma dessas

informações não é suficiente para dizer que, nessa classe de diâmetro, a

qualidade da madeira é superior das outras duas classes da espécie, uma

vez que uma quantidade superior a 90% das peças serradas apresentou

defeitos.

Os gráficos 19, 20 e 21 apresentam a frequência de tábuas por classe

de qualidade e permitem observar como as tábuas se distribuem pelas

classes de qualidade da norma NBR11086.

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1 2 3 4 50%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Distribuição de frequências das tábaus por classe de qualidade

Toras finas EDToras médias EDToras grossas ED

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 19 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 11086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E. dunnii

Pelo gráfico de distribuição de frequência, nota-se que

aproximadamente pouco mais de 40% de toda a madeira produzida é de

qualidade cinco, o que é considerado de pior qualidade pela norma brasileira

de classificação. Nas classes 1 e 2, que somam quase um quarto de todo o

volume produzido, ficam concentradas as tábuas com defeitos de intensidade

baixa ou sem defeitos.

A observação dos resultados não revela qualquer padrão entre a

classe diamétrica e a qualidade da madeira. Nota-se apenas um ligeira

diferença entre a classe de toras finas e grossas. Esta última apresenta 3% a

mais de peças serradas de qualidade 1 e 3,65% a menos na pior qualidade.

A sfiguras 41 até a 44 apresentam os diagramas de Venn sob a

influência dos clones.

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FIGURA 40 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 1 DE E. dunnii

FIGURA 41 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 2 DE E. dunnii

FIGURA 42 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 3 DE E. dunnii

FIGURA 43 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 4 DE E. dunnii

FIGURA 44 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 5 DE E. dunnii

Os diagramas de Venn apontam uma evidência de que

aproximadamente 40% de todo material serrado, seja classificado por

diâmetro ou nos diferentes clones, apresentou os três tipos de defeito. Nota-

se também que valores que variaram entre as peças serradas apresentaram

simultaneamente defeitos de encurvamento e arqueamento em proporções

que variam de 22 a 49%, indicando que a distribuição das tensões de

crescimento sobre as tábuas foi influenciada pela separação do material em

clones.

Também fica claro que poucas são as peças serradas que apresentam

apenas um tipo de manifestação de tensão de crescimento, pois nota-se que

essa ocorrência é bem pouco frequente, ou seja, em todos os clones

avaliados poucas tábuas apresentam apenas um tipo de defeito. Em alguns

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clones, como o clone 2, uma tábua sequer apresentou apenas um defeito,

sendo que o material testado dessa origem apresentou a maior frequência de

peças serradas defeituosas.

Nota-se que o clone 3 apresentou as maiores proporções de tábuas

sem defeitos, seguido do clone 4. Fica evidenciado por esses resultados que

a separação das toras por clones é responsável pela qualidade final do

material serrado.

Por meio do gráfico 20, pode-se observar qualitativamente e

quantitativamente as frequências do material serrado em relação às classes

de qualidade da norma brasileira.

1 2 3 4 50%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Distribuição de frequências das tábuas por classe de qualidade

clone 1 EDclone 2 EDclone 3 EDclone 4 EDClone 5 ED

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 20 – DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CLASSES DE QUALIDADE DA NORMA NBR 14086, SOB O EFEITO DA CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA POR CLONES

Ao observar o gráfico 20, nota-se que as tábuas que apresentam os

três tipos de defeitos - empenamento, arqueamento e rachaduras - têm a pior

qualidade. É evidente que uma tábua que apresente essas características,

apresente a pior qualidade descrita na norma. No entanto, há no gráfico uma

informação que extrapola essa suposição. Observa-se que, no clone 2,

apenas 39% das peças apresentaram os três defeitos, mas quase metade do

material foi classificado de qualidade 5. Isso ocorreu porque, nesse clone em

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particular, havia uma qualidade menor de tábuas rachadas e o material

apresentou maiores proporções de peças serradas com empenamentos e

arqueamentos. Já na classe de qualidade um, fica evidente a baixa

proporção de tábuas de qualidade superior no clone 2.

Por meio do gráfico, pode-se observar que os clones com tábuas de

melhor qualidade foram o um e o três, pois ambos apresentaram quantidades

quase idênticas de peças na qualidade um e menores proporções de tábuas

de qualidade cinco. O clone quatro chama atenção por ter muitas tábuas de

qualidade três; a madeira serrada desse clone apresentou defeitos de

intensidade ligeiramente mais altos que os demais, isso fez com que mais da

metade do material ficasse classificado entre as qualidade três a cinco.

A utilização do diagrama de Venn, associado ao gráfico de distribuição

de frequências, permite fazer inferências sobre quais foram os defeitos mais

frequentes e qual a qualidade geral do material serrado. Nota-se em outros

autores que a informação mais facilmente encontrada é o relato da

intensidade de cada defeito individualmente, como ocorre no trabalho de

Silva (2008), Mattos et al. (2006), Telles do Santos (2002). Por diferentes

motivos, esses autores optam por informar os valores médios de

arqueamentos, encurvamentos e rachaduras. No entanto, essa pesquisa

defende o ponto de vista de que se deve conjugar essa informação com a

frequência de defeitos, e a avaliação da qualidade com base nos critérios

estabelecidos em norma, uma vez que, por meio dessas duas informações,

pode-se precisar com maior exatidão a condição do material serrado. O uso

do diagrama de Venn é particularmente útil, pois mostra como é complexa a

apresentação dos resultados da qualidade das peças serradas. Vasquez

(2002) apresenta um modelo por meio da representação geométrica da tora

após as atividades de desdobro. Esboçando vetores fora de escala, o autor

mostra a complexidade das manifestações de crescimento sobre o material

serrado, no , o autor não apresenta qualquer proporção ou quantidade de

material que ficou sujeita a esboços múltiplos, resultando em tábuas que

sofreram empenamentos e rachaduras simultaneamente.

As figuras 45 a 47 apresentam os diagramas de Venn para as três

classes diamétricas para E. saligna.

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FIGURA 45 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. saligna

FIGURA 46 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. saligna

FIGURA 47 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. saligna

Aproximadamente 50% das tábuas de E. saligna apresentaram

empenamentos e rachaduras. Pode-se observar que as toras finas dessa

espécie apresentaram, simultaneamente, a maior porcentagem de tábuas

com os três defeitos e maior de peças sem defeitos, seguido das toras de

diâmetro médio. A partir das toras grossas, foram produzidas as toras com a

menor frequência de peças serradas com empenamentos e rachaduras.

Os resultados apontam que ocorreu uma associação entre os defeitos

de encurvamento e arqueamento. Essa associação ocorreu mais nas toras

grossas e médias que nas toras finas. E as associações entre arqueamento e

rachamento e entre encurvamento e rachamento foram menos frequentes

nas três classes diamétricas.

Foram raras as tábuas que apresentaram apenas um tipo de defeito,

sendo que apenas peças retiradas das toras grossas apresentaram apenas

encurvamento. Peças serradas com apenas o defeito de rachadura foram

verificadas no tratamento das toras finas e médias, e o arqueamento nas

toras médias e grossas.

O gráfico 21 permite observar a intensidade dos defeitos, uma vez que

a norma classifica a madeira serrada de Eucalyptus com base no grau de

manifestação dos empenamentos e do rachamento.

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1 2 3 4 50.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

Distribuição de frequências das tábuas por classe de qualidade

"Toras finas ES""Toras médias ES""Toras grossas ES"

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 21 - DISTRIBUIÇÃO DA FREQUÊNCIA DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E.saligna

Observa-se, pelo gráfico, que o tratamento que engloba as toras

grossas apresentou a menor qualidade de tábuas na qualidade um, no

entanto foi o tratamento que teve a menor quantidade de tábuas de classe de

qualidade cinco. Isso ocorreu porque boa parte das peças serradas desse

tratamento foi classificada como de qualidade dois e três, a partir desse fato

tem-se a evidência de que as toras grossas de E.saligna apresentaram

defeitos menor de intensidade se comparadas aos outros tratamentos. Já as

toras médias apresentaram a maior porcentagem de madeira serrada de

qualidade cinco, sendo o pior tratamento dessa espécie. Mais da metade de

toda a madeira serrada desse tratamento apresentou qualidade muito baixa.

As toras finas produziram tábuas serradas de qualidade intermediária

se comparado às outras classes diamétricas estudadas dessa espécie. Pode-

se observar no gráfico que foi a classe com a segunda maior frequência entre

as peças serradas sem defeitos, todavia, considerando o fato de que mais de

70% desse material foi considerado de classe três, quatro ou cinco, pode-se

dizer que, de cada dez peças serradas dessa classe diamétrica, sete podem

ser consideradas de qualidade baixa ou muito baixa.

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Os diagramas das figuras 48 a 52 mostram a distribuição das tábuas

pelos defeitos estudados.

FIGURA 48 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 6 DE E. saligna

FIGURA 49 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 7 DE E. saligna

FIGURA 50 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 8 DE E. saligna

FIGURA

51– DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 9 DE E. saligna

FIGURA 52– DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 10 DE E. saligna

Os diagramas de distribuição de Venn para E. saligna permitem definir

um padrão de distribuição dos empenamentos e rachaduras das peças

serradas. O padrão geral indica que aproximadamente 50% das tábuas

apresentaram simultaneamente encurvamento, rachamento e arqueamento.

O que surpreende é que essa informação, por mais óbvia que pareça, não se

apresenta descrita em outros trabalhos. Poucos autores não se detiveram na

descrição de quantidades de tábuas que apresentam um ou outro defeito.

Pode-se concluir que não viram utilidade nessa informação ou simplesmente

acreditam que tal informação parece corriqueira demais, e não se

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aprofundaram nos exames de análise aprofundaram na análise de

frequência. Contudo, percebe-se que esse exame detalhado é

particularmente útil, uma vez que por meio dele pode-se esclarecer a

qualidade geral do material serrado. Com uma rápida observação dos

diagramas, percebe-se também que os clones apresentam comportamentos

diferentes durante o desdobro, pois nota-se que os clones nove e dez tiveram

quantidades próximas a 30% de tábuas apresentando arqueamentos e

encurvamento, e os clones seis e oito, porcentagens próximas a 20% para

essa associação. Contudo, o clone sete não seguiu nenhuma das tendências

mostradas acima, apresentando um comportamento totalmente diferente dos

demais materiais testados.

Entretanto, a análise isolada dos diagramas pode levar a conclusões

com viés, pois os diagramas mostram como as tábuas se distribuem pelos

defeitos estudados, mas não indicam quais são as intensidades desses

defeitos.

O gráfico 22 apresenta a frequência por qualidade e pode trazer outras

informações sobre a qualidade do material dos clones de E. saligna.

1 2 3 4 50.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

Distribuição de frequências das tábaus por classe de qualidade

"clone 6 ES""clone 7 ES""clone 8 ES""clone 9 ES""Clone 10 ES"

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 22 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA OS CLONES DE E. saligna

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O clone 7 apresentou a maior porcentagem de tábuas sem defeitos, no

entanto as demais peças serradas desse material apresentaram defeitos de

grande intensidade. Por essa razão, esse clone apresentou a maior parte de

suas tábuas serradas de qualidade cinco.

O clone com a melhor performance foi o clone oito, que teve mais de

50% de suas tábuas de qualidade dois e três. Os materiais serrados dos

clones seis, nove e dez apresentaram resultados muito semelhantes entre si,

com mais de 60% das tábuas com qualidade cinco e quatro.

Os diagramas das figuras 53 e 55 mostram a distribuição da

frequência das tábuas para classes de diâmetro das toras de E. grandis.

FIGURA 53 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS FINAS DE E. grandis

FIGURA 54 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS MÉDIAS DE E. grandis

FIGURA 55 – DIAGRAMA DE VENN PARA TORAS GROSSAS DE E. grandis

As toras de E. grandis seguiram o padrão genérico de que

aproximadamente metade do material apresentou rachaduras e

empenamentos, seguido de uma porcentagem que variou entre 17 e 25% das

peças serradas com encurvamento e arqueamento. As associações entre

encurvamento e rachaduras foram presentes em aproximadamente 4% das

tábuas, e o rachamento e arqueamento variaram entre 8 e 4% das peças

serradas. Com esses resultados não é possível construir uma relação direta

entre a frequência de tábuas pelos defeitos e as classes diamétricas de E.

grandis.

O diâmetro apresentou influência sobre as procentagens de tábuas

sem defeitos, uma vez que os resultados evidenciam que as toras finas

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apresentaram uma porcentagem ligeiramente maior se comparadas às toras

médias dessa espécie. As toras grossas de E. grandis apresentaram apenas

6,6% das tábuas sem defeitos.

O gráfico 14 mostra detalhadamente como as frequências de tábuas

se distribuíram pelas classes de qualidade.

1 2 3 4 50.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

Distribuição de frequências das tábuas por classe de qualidade

Toras finas EGToras médias EGToras grossas EG

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 23 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA AS CLASSES DIAMÉTRICAS DE E. grandis

O gráfico permite verificar que as toras finas obtiveram maior

porcentagem de tábuas de melhor qualidade se comparadas às outras duas

classes de qualidade. A classe com a pior qualidade foi a classe das toras

médias que apresentou metade de sua madeira serrada como qualidade

cinco. Já as toras grossas tiveram performance intermediária, com metade do

material entre as classes um, dois e três e o restante nas classes de pior

qualidade.

Os diagramas das figuras 56 a 60 mostram detalhadamente a

frequência das tábuas pelos defeitos.

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FIGURA 56 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 11 DE E. grandis

FIGURA 57– DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 12 DE E. grandis

FIGURA 58 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 13 DE E. grandis

FIGURA 59 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 14 DE E. grandis

FIGURA 60 – DIAGRAMA DE VENN PARA O CLONE 15 DE E. grandis

Os clones de E. grandis apresentaram uma tendência semelhante

entre si. Quatro dos clones dessa espécie tiveram mais de 50% das tábuas

com os três tipos de defeitos. O único material que apresentou uma diferença

dos demais foi o clone 14 que apresentou aproximadamente 44% das tábuas

como três defeitos e 11% delas sem qualquer manifestação de tensão de

crescimento. O clone 11 também apresentou a maior quantidade material

sem defeitos, com 14% das peças serradas sem defeitos.

A combinação do arqueamento com o encurvamento foi presente nos

clones de E. grandis em porcentagem que variaram de 11 a 28%, o que

evidencia que essa combinação é influenciada pela característica genética do

material.

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No gráfico 24 pode-se observar a frequência de tábuas por classe de

qualidade para os clones de E. grandis.

1 2 3 4 50.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

Distribuição de frequências das tábuas por classe de qualidade

clone 11 EGclone 12 EGclone 13 EGclone 14 EGClone 15 EG

classes de qualidade

freq

rela

tiva

de tá

buas

GRÁFICO 24 - DISTRIBUIÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DAS TÁBUAS PELAS CINCO CLASSES DE QUALIDADE DETERMINADAS PELA NORMA NBR 14086, PARA OS CLONES DE E. grandis

Nota-se, pelo gráfico 24, que a maior parte do material ficou

concentrada na classe de qualidade 5. O clone com o material de pior

qualidade foi o clone 11, que paradoxalmente tinha a maior quantidade de

tábuas sem defeitos, no entanto apresentou a maior quantidade de material

de qualidade inferior. Isso se explica porque a intensidade dos defeitos nas

tábuas desse clone era maior se comparada com as demais. Nesse clone, as

tábuas obtidas nas operações de resserragem usando a serra fita formaram

encurvamentos acentuados, o que posicionou as tábuas na classe de

qualidade 5.

Os clones com o os melhores materiais foram o 14 e o 15, que

apresentaram tábuas com os melhores encurvamentos, arqueamentos e

rachaduras. O clone 14 apresentou a maior quantidade de tábuas da classe

quatro e, o 15, qualidade 5.

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- RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA SERRADA SOB INFLUÊNCIA DO CLONE

TABELA 34 – RESULTADOS DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA OS CLONES DE E. dunnii

Espécie Clone Índice de encurvamento (mm/m)

Coef. de Variação Comparação de médias

E. dunnii

1 3,36 89,36% A2 5,43 73,77% B3 3,69 77,84% A4 3,68 77,33% A5 3,27 76,20% A

O clone 3 difere dos demais em relação ao índice de encurvamento, os

outros clones dessa espécie apresentam encurvamentos muito próximos, a

3,5. Resultado semelhante é descrito por Trugilho (2002). O autor relacionou

um grupo de 14 clones que, em apenas três, apresentaram diferenças

significativas em relação ao encurvamento. Já para os autores Silva (2008) e

Cardoso Jr (2003), não foram percebidas diferenças estatíticas para o

encurvamento. Os resultados da tabela 21 [?] sugerem que o clone está

exercendo alguma influência sobre a manifestação de tensão que gera o

encurvamento.

Na tabela 35 estão mostrados os resultados do índice de

encurvamento das tábuas de E. saligna separadas por clone.

TABELA 35 – RESULTADO DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA TÁBUAS ORIUNDAS DOS CLONES DE E. SALIGNA

Espécie Clone Índice de encurvamento (mm/m) Coef. de Variação da média %

E. saligna

6 3,44 102,76%7 4,39 111,14%8 3,22 169,5%9 3,72 89,40%

10 4,56 69,95%

Para E. saligna, foi aceita a hipótese da nulidade e não ocorreu

diferença estatítica entre os clones. Pode-se perceber que o encurvamento

das tábuas dessa espécie foi muito mais variável que o das tábuas de E.

dunnii. A razão para tamanha diferença é explicada pela manifestação quase

nula de encurvamento em algumas peças, enquanto que outras

apresentavam índices de encurvamento elevados. Como exempo, os clones

6 e 7 apresentaram os maiores valores máximos desse defeito, com índices

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de 11 mm/m, 77 mm/m e 14, 57mm/m respectivamente, no entanto algumas

peças dos mesmos clones tiveram índice de encurvamento próximo a zero.

Na tabela 36 estão mostrados os resultados dos índices de

encurvamento para E. grandis.

TABELA 36 – RESULTADO DO ÍNDICE DE ENCURVAMENTO (MM/M) PARA TÁBUAS ORIUNDAS DOS CLONES DE E. grandis

Espécie Clone Índice de encurvamento (mm/m) Coef. de variação

E. grandis

11 3,42 92,76%12 3,20 59,40%13 3,04 81,75%14 3,56 81,81%15 2,85 80,63%

Também se aceitou a hipótese da nulidade p-valor para os índices de

encurvamento das tábuas de E. grandis e, como ocorreu nas peças de E.

saligna, a variação entre os resultados foi intensa. Nas três espécies,

observou-se que o sistema de resserragem de alguma forma afetou os

valores de encurvamento. Não se pode ingnorar que um porcentagem de

aproximadamente 65% das peças resserradas pela serra circular múltipa

pertenciam à parte central da tora. Sabe-se pelas deduções realizadas por

Garcia (1995) e pelo estudo de Lisboa (1993) que a posição da peça na tora

afeta a flecha de encurvamento. Como ocorre com as peças resserradas, o

que pode levar a crer que a posição da peça na tora tem influência sobre o

encurvamento. No entanto, não se pode ingnorar um dos efeitos em

detrimento do outro, ou seja, como os efeitos não foram isolados, deve-se

considerar que as diferenças no sistema de resserragem juntamente com a

posição da peça na tora influenciaram na manifestação do encurvamento.

Nos gráficos 25, 26 e 27, estão mostradas as diferenças entre os índices de

encurvamento entre as peças serradas separadas por clone.

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Clone 1

Clone 2

Clone 3

Clone 4

Clone 5

0 1 2 3 4 5 6

Índice de encurvamento tábuas serra circular (mm/m)

Índice de encurvamento tábuas serra fita (mm/m)

Índice de encurvamento médio (mm/m)

GRÁFICO 25 – REPRESENTAÇÃO DOS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. dunnii SEPARADAS POR CLONE

Clone 6

Clone 7

Clone 8

Clone 9

Clone 10

0 1 2 3 4 5 6

Índice de encurvamento tábuas serra circular (mm/m)Índice de encurvamento tábuas serra fita (mm/m)Índice de encurvamento médio (mm/m)

GRÁFICO 26 – REPRESENTAÇÃO DOS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. saligna SEPARADAS POR CLONE

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Clone 11

Clone 12

Clone 13

Clone 14

Clone 15

0 1 2 3 4 5 6

Índice de encurvamento tábuas serra circular (mm/m)Índice de encurvamento tábuas serra fita (mm/m)Índice de encurvamento médio (mm/m)

GRÁFICO 27 – REPRESENTAÇÃO DOS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DE E. grandis SEPARADAS POR CLONE

Nas três espécies estudadas, como era de se esperar, em todas as

toras as tábuas resserradas com serra fita tiveram encurvamentos maiores

que os obtidos por meio de serra circular múltipa. A explicação é bem

simples: as peças serradas na periferia da tora serão mais propensas a esse

tipo de empenamento, conforme descreve Kubler (1987) e Garcia (1995). A

largura da tábua pode influenciar de alguma forma na manifestação do

encurvamento, pois a componente da tensão de crescimento será dispersa

em dois sentidos. Logo, tábuas mais largas tenderão a ter empenamentos

mais complexos (GARCIA, 2005).

Del Menezzi (1999) e Barchet (2001) também notaram a tendência de

maiores empenamentos em tábuas da periferia de toras de E. grandis, porém

esses autores utilizaram-se de outra metodologia para cálculo do

encurvamento. Lima et al. (2006) analisaram os encurvamentos no sentido

medula-casca e também encontraram diferenças entre as posições, no

entanto os autores utilizaram uma forma de determinação do encurvamento

que difere da norma brasileira, impedindo a comparação direta dos

resultados.

Na literatura, percebe-se notadamente uma falta de padronização das

informações de encurvamento. Del Menezzi (1999) e Barchet (2001)

informam os valores da flecha de encurvamento medida em milímetros, Lima

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et al. (2006) e Garcia (2005) apresentam o encurvamento como resultado do

cálculo do flecha de encurvamento (cm), multiplicada pelo quadrado da

divisão do comprimento nominal pelo comprimento real. A norma brasileira

para a determinação dos índices de encurvamento é aplicada em poucos

casos, como em Silva (2008) e Mattos et al. (2003), todavia os autores não

compararam o comportamento do índice de encurvamento em diferentes

posições da tora.

Também não são encontrados dados referentes a comparações dos

sistemas de resserragem. Não há relatos de comparações de dados de

encurvamento com tábuas obtidas em sistemas de resserragem, com serras

ciculares versus serra de fita.

Aos resserrar utilizando uma serra com cortes múltiplos, as tensões

são liberadas numa área maior da madeira, reduzindo a manifestação do

encurvamento. O contrário ocorreu quando a resserragem foi realizada com

serra fita horizontal. A madeira, ao ser seccionada dessa maneira, tem uma

porção apoiada na esteira transportadora que fica naturalmente impedida de

movimentar-se, já a tábua livre encurva-se à medida que é serrada. Essa

diferença entre a resserragem feita em serra circular comparada à serra fita

influenciou de alguma maneira nos índices de encurvamento. Todavia a

metodologia aplicada à pesquisa não foi capaz de isolar os efeitos da posição

e do sistema de resserragem. Mesmo sem a evidência estatística, isolando o

efeito do sistema de desdobro, os resultados sugerem que a resserragem

realizada com serra circular múltipla apresentou menores índices de

encurvamento, e menores que os encontrados com serra fita.

Com base nos resultados e na informações reunidas na literatura,

pode-se recomendar a pesquisas futuras que padronizem as informações a

respeito do encurvamento e construam uma forma de perceber o efeito da

resserragem sobre esse tipo de empenamento.

Na comparação entre o índice de encurvamento sob a influência do

diâmetro e sob a influência do clone, nota-se que, quando o material foi

separado por clone, as médias de encurvamento foram homogêneas. A

explicação para isso reside no fato de que, ao separar o conjuto de tábuas de

materiais genéticos semelhantes, pode-se agrupar encurvamentos

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semelhantes fazendo com que os valores convirjam, forçando a igualdade

estatística.

Na tabela 37, estão mostrados os resultados das médias dos índices

de arqueamento para os clones de E. dunnii.TABELA 37- RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE

E.dunnii

Espécie Clone Índice de arqueamento (mm/m)

Coef. de Variação

Comparação de médias

E. dunnii

1 1,96 127,05% A2 3,48 71,67% B3 2,10 75,55% A4 2,62 68,61% AB5 2,01 66,72% A

A manifestação do arqueamento em peças serradas é bastante

variável, sutil em alguns casos, e extrema em outros. Issso pode ser

verificado ao observar coeficientes de variação da média. Os dados revelam

que, em certas toras, há peças que simplesmente não apresentam o defeito.

Já em tábuas retiradas do mesmo clone, os arqueamentos são tão grandes

que podem atingir flechas de alguns centímetros. Os resultados de índice de

arquemamento verificados variaram de zero até 11mm/m no clone 1 e, entre

zero e 8mm/m, no clone 5.

O fato de os dados apresentarem diferença estatística entre os clones

discorda dos relatos de Lima et al. (2006) e Silva (2008), mas está de acordo

com os resultados de Trugilho (2005). Esse último apresentou diferenças

significativas quando estudava as manifestações das tensões de crescimento

em clones de E. dunnii. Todavia, a comparação com os dados de literatura

também não é simples, uma vez que diferentes autores mediram os

arqueamentos de formas distintas, impedindo a confrontação direta de

resultados. Outra ausência comum nos relatos de outros autores é o

coeficiente de variação da média dos empenamentos. Essa informação é

importante, pois através dela pode-se ter uma ideia do comportamento da

variável índice de encurvamento, uma vez que sua variação reflete a

estabilidade do material durante o desdobro. Clones com maiores

coeficientes de variação para o índice de arqueamento mostram que algumas

tábuas não apresentaram o defeito, enquanto que outras o manifestarão de

forma crítica. Já nos clones com coeficientes próximos a 50%, significa que

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quase todas as peças apresentaram alguns tipos de arqueamento e a

variação dos índices será entre zero e até vezes o valor médio. Sendo assim,

os materiais que apresentaram a melhor qualidade têm preferencialmente

valores baixos de índice de arquemento com os menores coeficientes de

variação. Ou seja, o melhor clone segundo esse critério seria o 5. Esse clone

apresenta como vantagens adicionais um baixo valor para o índice de

encurvamento e perdas de somente 3% no rendimento causado pelas

rachaduras de topo. Logo em seguida, tem-se o clone 4, com índices de

encurvamento e arqueamento ligeiramente menores e apenas 0,96% de

perdas por rachamento.

Os resultados da análise de arqueamento dos clones de E. dunnii

revelam que o clone dois foi o que apresentou os maiores índices desse

defeito. Notadamente esse clone apresentou as maiores manifestações de

tensão de crescimento, uma vez que apresentou as maiores perdas de em

rendimento em madeira serrada e os maiores índices de encurvamento.

Logo, o material do clone dois revelou-se inadequado para o uso da madeira

como fonte de matéria-prima para serraria, pois somente as rachaduras

reduziram o rendimento do clone a 32%. Somado ao efeito causado pelo

arqueamento, o aproveitamento das toras desse clone ficou bastante

prejudicado, uma vez que as peças serradas com esse defeito devem ser

reprocessadas para sua utilização final.

O clone com os menores arqueamentos foi o clone um, no entanto foi

o que apresentou a maior variação entre os valores máximos e mínimos para

esse defeito.

Na tabela 38, estão apresentados os valores de índice de arquemanto

para E. saligna.

TABELA 38 - RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE E.saligna

Espécie Clone Índice de arqueamento (mm/m)

Coef. de Variação

Comparação de médias

E. saligna

6 1,96 119,68% A7 1,68 112,97% A8 1,52 119,10% A9 3,46 114,02% B

10 3,22 129,34% B

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Em E. saligna, os valores do arqueamento foram extremamente

variáveis. Pressupôs-se por meio de cálculos que parte das peças serradas

da espécie apresentaria arqueamentos de 1 a 3 mm/m, no entanto, em

algumas peças, os empenamentos atingiram entre 10 e 12 mm/m, causando

uma variação extrema nos valores médios.

Verificou-se que parte das toras apresentava irregularidades nos

dados de índice de arqueamento. As toras que já apresentavam rachaduras

no clones 1, 2 e 5 tiveram os índices máximos de encurvamento maiores que

as demais e valores variando entre 9mm/m e 14mm/m. O que sugere que,

em toras com rachaduras de topo, originam-se tábuas com maiores valores

de empenamento de arqueamento, o que é concordante com os dados de

Telles dos Santos (2002).

Na tabela 39, são mostrados os valores de índice de arqueamento

para E. grandis.

TABELA 39 - RESULTADO DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) PARA CLONES DE E.grandis

Espécie Clone Índice de arqueamento (mm/m)

Coef. de Variação

Comparação de médias

E. grandis

11 2,06 54,24% A12 1,57 61,88% A13 1,70 71,40% AB14 2,07 85,08% AB15 2,53 75,12% B

Diferindo dos dados mostrados por Lima et al. (2006), os clones de E.

grandis apresentaram diferenças estatísticas entre os índices de

arqueamento. Os clones com os menores índices foram o 12, 13 e o 11,

nesta ordem. Também se nota um comportamento mais uniforme das tábuas

do clone 11 em relação aos demais, isso também é revelado ao comparar as

perdas por rachaduras das toras dessa origem, pois o clone em questão

apresentou os menores reduções no rendimento.

Ao observar o material serrado de E. grandis, notou-se que

praticamente todas as peças apresentavam algum grau de arqueamento,

além disso foi o material com as maiores perdas por rachaduras de topo. Os

clones dessa espécie acumularam manifestações de crescimento muito

prejudiciais ao aproveitamento da madeira serrada.

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Os gráficos 13, 14 e 15, mostram as diferenças entre os índices de

arqueamento das tábuas resserradas com serra circular múltipa e serra fita

horizontal.

Clone 1

Clone 2

Clone 3

Clone 4

Clone 5

0 1 2 3 4 5 6

Índice de arqueamento tábuas serra circular (mm/m)

Índice de arqueamento tábuas serra fita (mm/m)

Índice de arqueamento médio (mm/m)

GRÁFICO 28 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. dunnii

Os resultados dos clones de E. dunnii para a comparação entre o

arqueamento das tábuas dos dois sistemas de resserragem não apresentam

um padrão identificável. Os clones 1 e 2 tiveram as peças resserradas com

serra circular mais arqueadas que as obitidas por meio da serra circular

múltipla. Já nos nos demais, ocorreu o inverso, com as peças serradas na

serra múltipla com arqueamentos de intensidades maiores. Ao verificar o

comportamento dos clones 1 e 2, nota-se que esses foram os clones que

apresentaram as maiores perdas de rendimento devido às rachaduras de

topo das tábuas. Por outro lado, o clone com as menores perdas no

rendimento por rachaduras foi o clone 4, que apresentou comportamento

inverso em relação ao arqueamento se comparado aos clones 1 e 2. Em

menor medida, os clones 3 e 5 também tiveram reações próximas ao clone 4,

ou seja, arqueamentos maiores nas tábuas resserradas com serra circular e

menores perdas no rendimento por rachaduras. No outro extremo, estão os

clones 1 e 2 com maiores perdas e menores arqueamentos nas peças saídas

da serra circular múltipla.

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Clone 6

Clone 7

Clone 8

Clone 9

Clone 10

0 1 2 3 4 5 6

Índice de arqueamento tábuas serra circular (mm/m)

Índice de arqueamento tábuas serra fita (mm/m)

Índice de arqueamento médio (mm/m)

GRÁFICO 29 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. saligna

No clone 7 de E. saligna não houve poucas peças a partir da serra

circular múltipla, por essa razão o gráfico não apresenta os valores desse

clone. Nos demais clones, percebeu-se que os encurvamentos foram maiores

nas tábuas resserradas a partir da serra circular múltipla, com exceção das

toras do clone 8 que tiveram arqueamentos maiores nas tábuas obtidas a

partir das serras de fita horizontais. Percebe-se a influência do material

genético sobre a manifestação do arqueamento. Observando os dados dos

clones 8 e 6, pode-se estabelecer a hipótese de que diferentes clones

apresentaram diferenças na forma da manifestação das tensões.

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Clone 11

Clone 12

Clone 13

Clone 14

Clone 15

0 1 2 3 4 5 6

Índice de arqueamento tábuas serra circular (mm/m)

Índice de arqueamento tábuas serra fita (mm/m)

Índice de arqueamento médio (mm/m)

GRÁFICO 30 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO (MM/M) DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPA E SERRA FITA HORIZONTAL PARA CLONES DE E. grandis

Os resultados indicam que as tábuas resserradas com serra circular

têm comportamento diferente das obtidas por serra fita horizontal. Esse

resultado não pode ser averiguado junto à literatura, pois não há relatos

nesse sentido. Notadamente as tábuas cofeccionadas utilizando a serra

circular múltipa posicionam-se mais no centro da tora. Sobre esse aspecto o

trabalho de Lima et al. (2006) não traz luz quanto ao posicionamento da

tábua e o defeito do arqueamento, pois os autores não encontraram

diferenças signifcativas para empenamentos de arqueamento de tábuas

próximas à casca ou junto à medula.

A análise estatística dos resultados indica que as espécies apresentam

comportamentos distintos para o arqueamento tanto quanto os clones. Pode-

se atribuir essas diferenças ao material genético utilizado e à forma de

obtenção das peças, uma vez que a interação desses dois fatores provocou

diferenças entre os clones. A evidência para essa explicação encontra-se no

gráfico 15, clone 15. As toras desse clone apresentaram arqueamentos

máximos duas vezes maiores que as demais toras dessa espécie. Nota-se

que as peças com os maiores empenamentos desse tipo foram resserradas

em serra circular. Esses valores puxaram a média do clone para cima. Esse

mesmo tipo de resultado é repetido no clone 4 de E. dunnii e no clone 6 de E.

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saligna. Conclui-se, portanto, que esses materiais em particular estavam

sujeitos a elevadas tensões de crescimento, que se manifestaram de maneira

mais evitende devido a diferenças produzidas pelo sistema de desdobro.

Os resultados gráficos também demonstram a origem da elevada

variação do empenamento de arqueamento. No clone 1 de E. dunnii, por

exemplo, a média do índice de arqueamento das tábuas resserradas em

serra circular é de 1,25mm/m, já as peças serradas com serra fita atigiram

valores médios que eram o dobro desse valor. Já os valores máximos

encontrados foram 5,76 mm/m, em uma peça serrada com serra circular, e

5,002mm/m, em outra com serra fita.

Na tabela 40, estão mostrados os índices de rachamento para os

clones de E. dunnii.

TABELA 40 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E.dunnii

Espécie Clone Índice de rachamento (cm/m)

Coef. de Variação

Comparação de médias

E. dunnii

1 7,40 144,72% A2 14,14 140,04% B3 7,29 144,58% A4 7,25 162,50% A5 6,07 127,64% A

O clone 2 apresentou o maior nível de tensões manifestadas pela

formação das rachaduras de topo nas peças rachadas. Os demais materiais

testados apresentaram valores estatisticamente iguais para esse índice. Esse

resultado está de acordo com as observações realizadas por Trugilho (2005) .

Entretanto, o resultado relevante sobre os índices de rachadura não está

mostrado nas médias, mas sim no coeficiente de variação da média. Esses

valores explicam a razão de autores como Silva (2008), entre outros, não

encontrarem diferenças estatísticas entre os diferentes índices de rachadura,

uma vez que existem peças serradas que não apresentam qualquer

rachadura e/ou rachaduras diminutas inferiores a cinco centímetros. Há

tábuas que simplesmente partem-se em duas, o que explica os elevados

valores do coeficiente de variação. Logo, trata-se de um defeito que merece

grande atenção devido ao seu potencial de inutilizar madeira, analisados os

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resultados. Somente observando o valor médio, o resultado pode conter um

viés que não é interessante do ponto de vista prático. Os gráficos 26 a 41

explicam com mais detalhes a manifestação do rachamento, visto que as

tábuas ficaram distribuídas em cinco classes relativas de índices de

rachamento.

O efeito do clone resulta, na prática, em madeiras de qualidades

diferentes quando desdobrado, mas os índices que medem as rachaduras

segundo as normas não são totalmente eficazes para a comparação do

material. Uma ferramenta auxiliar para demostrar a extensão das rachaduras

em cada clone de E. dunnii pode ser visualizada nos gráficos 31 a 35.

0 a 12 12,1 a 25,6 25,7 a 39,1 39,2 a 52,5 acima de 52,60%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa de tábuas rachadas por tamanho de rachadura clone 1

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 31 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 1 DE E. dunnii

No clone 1, apesar da média das rachaduras ser estatisticamente

compatível com os demais, averigua-se pelo gráfico 31 que mais de 80% das

tábuas dessa origem têm rachaduras que podem ser consideradas pequenas

se comparadas à maior rachadura encontrada no material serrado do clone.

Ao observar o gráfico, pode-se perceber a influência que da média sobre das

as rachaduras mais longas. As rachaduras acima de 39,1cm/m representam

menos de 5% das tábuas do clone, forçando a média do clone para cima e

ocasionando grande variabilidade nas observações.

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0 a 13,4 13,5 a 26,8 26,8 a 40,3 40,4 a 53,7 acima de 53,80%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa de tábuas rachadas por tamanho de rachadura clone 2

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 32 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 2 DE E. dunnii

Pode-se compreender a média elevada de índice de rachamento do

clone 2. Nota-se que quase 30% das peças serradas desse clone

apresentavam rachaduras variando entre 13,5 a 53,8 cm/m, provocando a

mais elevada média do índice entre os materiais de E. dunnii. Inegavelmente

as tensões liberadas durante o desdobro desabonam seu uso como matéria-

prima para serrarias. Essa conclusão já poderia ter sido tomada quando se

calculou as perdas causadas pelo destopo. No entanto, com o uso do gráfico

32, é possível indicar a origem das perdas, como também é possível notar

que o clone apresentou mais de 10% das suas peças serradas com severas

rachaduras.

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0 a 8,5 8,6 a 17,0 17,1 a 25,6 25,7 a 34,1 acima de 34,20%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa de tábuas rachadas por classe de índice de rachadura (cm/m) clone 3

Classe de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 33 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 3 DE E. dunnii

Verifica-se no clone 3 a redução do tamanho das rachaduras se

comparado aos clones 1 e 2. Adicionalmente percebe-se que poucas peças,

menos de 8%, têm rachaduras que podem ser consideradas severas. No

entanto, essas poucas tábuas contribuem na elevação do valor da média do

clone. Considerando apenas a análise estatística das médias, adimite-se que

o clone 3 é semelhante ao clone 2 quanto ao índice de rachamento. Todavia,

ao se aprofundar na análise dos resultados, a frequência das tábuas

rachadas e o tamanho da maior parte das rachaduras apontam para outra

direção, indicando que o clone 3 apresentou menores rachamentos que o

clone 1, embora sejam estatisticamente iguais.

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0 a 10 10,1 a 19,9 20 a 29,9 30 a 39,9 acima de 400%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa de tábuas rachadas por classe de índice de rachadura clone 4

Classe de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 34 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 4 DE E. dunnii

0 a 7,5 7,6 a 15,1 15,2 a 22,6 22,7 a 30,2 acima de 30,30%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa de tábuas rachadas por classe de índice de rachadura clone 5

Classe de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 35 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 5 DE E. dunnii

O mesmo padrão de resultado visto no clone 3 é repetido nos clone 4

e 5, como pode ser visualizado nos gráficos 34 e 35, ou seja, muitas tábuas

pequenas (mais de 70%) e poucas com rachaduras severas (acima de 20

cm/m). Isso reforça a ideia de que, se observarmos apenas a média, não se

terá a exata medida das rachaduras das tábuas. A conclusão é reforçada

pela comparação estatística das médias. Apenas o clone 2 é diferente dos

demais. Os outros quatro materiais são reduzidos a um grupo só, mas, ao

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observar a frequência e o tamanho das rachaduras, a performance quanto ao

índice de rachaduras pode ser melhor definida em ordem descrescente,

como clone 2, 1, 4, 3 e 5, sendo que o clone 2 tem o maior número de tábuas

rachadas com as rachaduras mais longas.

Ao verificar a frequência de tábuas rachadas com índices de

rachadura acima de 20 cm/m, notou-se que há um pequeno número deste

tipo de defeito. Pode-se questionar qual é o tamanho da influência dessas

tábuas sobre as médias dos índices de rachadura.

TABELA 41 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E. saligna

Espécie Clone Índice de rachamento (cm/m)

Coef. de Variação

E. saligna

6 12,63 69,06%7 16,78 92,05%8 8,51 87,99%9 10,97 62,04%

10 7,61 77,53%

A análise estatística dos rachamentos dos clones de E. saligna aceitou

a hipótese da nulidade, considerando todos os clones estudados, tendo

médias iguais para um nível de significância de 95%, embora numericamente

os valores de índice de rachamento sejam díspares. A aceitação da hipótese

da nulidade é facilmente explicada devido à grande variabilidade encontrada

dentro de cada clone, como as médias são compostas de observações que

vão de zero até 60cm/m em alguns casos. Ou seja, a variância dentro do

clone é mais alta que a variância entre os clones, reduzindo o poder de

comparação do teste e fazendo com que este aceite a hipótese da nulidade.

Novamente se faz necessário investigar as causas desse alta variação

do índice de rachaduras dentro do clone. O que pode ser visto nos gráficos

36 a 41.

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0 a 11,8 11,9 a 23,7 23,8 a 35,68 35,7 a 47,5 acima de 47,60%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 6

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Núm

ero

de tá

buas

GRÁFICO 36 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 6 DE E. saligna

0 a 10,5 10,6 a 21,0 21,1 a 31,6 31,7 a 42,1 acima de 42,20%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 7

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Núm

ero

de tá

buas

GRÁFICO 37 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 7 DE E. Saligna

Observa-se que mais da metade das tábuas do clone 6 apresentam

rachaduras entre 0 e 23cm/m e aproximadamente 25 das peças apresentam

rachaduras mais severas, gráfico 36.

No gráfico 37, percebe-se que a distribuição das rachaduras ocorreu

de forma diferente do clone 6; no clone 7 o número de tábuas com

rachaduras pequenas foi muito semelhante à quantidade de peças com

rachaduras que variavam entre 21 e 31 cm/m. O que mostra que esse

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material, embora tenha média estatisticamente igual, é inferior se comparado

ao clone 6.

0 a 11,3 11,4 a 22,6 22,7 a 34,0 32,1 a 45,3 acima de 45,40%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 8

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 38 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 7 DE E. saligna

0 a 16,9 17,0 a 33,2 33,3 a 50,7 50,8 a 67,6 acima de 67,70%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 9

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 39 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 9 DE E. saligna

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0 a 6,5 6,5 a 13,0 13,1 a 19,5 19,6 a 26,0 acima de 26,10%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 10

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 40 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 10 DE E. saligna

Os gráficos 39 e 40 apresentam a distribuição de frequência das

tábuas de forma semelhante, com a maior parte delas nas classes com

menores índices de rachadura. Comparando os dois clones, nota-se que o de

número 10 tem as rachaduras menores, sendo que nesse grupo a peça

serrada com o maior índice de rachadura tinha 32,55 cm/m, enquanto que no

clone 7 esse valor foi de 56,52 cm/m.

O clone 9 apresentou a tábua com maior índice de rachadura de todo

o estudo com 84,12cm/m. Essa peça isoladamente elevou a média de todo o

grupo, aumentando também a amplitude das classes de índice de rachadura

para esse material. Ao observar as demais tábuas desse clone, verificou-se

que mais 80% delas apresentaram rachaduras inferiores a 16,7 cm/m, pode-

se considerá-las pequenas se comparadas às demais.

Com base nas análises estatísticas e na observação das frequências

de tábuas por classes de índice de rachadura, pode-se estabelecer que a

ordem decrescente do clone, com as maiores rachaduras e com a maior

quantidade de peças com esse defeito, foi a seguinte: 7, 6, 9, 8 e 10.

Na tabela 42 estão mostrados os valores de índice de rachamento

para os clones de E. grandis.

TABELA 42 – RESULTADOS DOS ÍNDICES DE RACHAMENTO MÉDIO (CM/M) PARA OS CLONES DE E. grandis

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Espécie Clone Índice de rachamento (cm/m)

Coef. de Variação

Comparação de médias

E. grandis

11 23,47 98,41% B12 7,83 83,12% A13 13,13 73,09% A14 9,21 76,83% A15 10,74 81,10% A

A análise estatística rejeitou a hipótese da nulidade, ou seja, um dos

clones é diferente dos demais em relação ao índice de rachamento das

tábuas. Esse resultado difere dos valores encontrados por xxx e yy, que não

encontraram diferenças estatísitcas entre clones de E. grandis para o

rachamento de peças serradas. Por outro lado, concorda com xxx e qqqq,

que perceberam diferenças ao trabalhar com clones da espécie.

A frequência do número de tábuas rachadas e o tamanho das

rachaduras dos clones de E. grandis podem ser vistas nos gráficos 41 a 45.

0 a 21,3 21,4 a 42,6 42,7 a 63,9 64,0 a 85,2 acima de 85,30%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 11

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 41 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 11 DE E. grandis

Observa-se no gráfico 41 que o clone 11 de E. grandis apresentou as

maiores rachaduras de todos os materiais estudados, sendo que a peça com

a mais defeituosa obteve um índice de rachadura que superava 123 cm/m.

Esssa tábua praticamente partiu-se em duas logo após o desdobro.

No entanto, as demais peças serradas deste clone apresentaram

rachaduras de menores propoções, ficando 60% delas com índices de

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rachadura abaixo de 20 cm/m. A madeira do clone 11 caracterizou-se por

pouco mais de 60% do material com rachaduras relativamente pequenas, e

aproximadamente 15% com os maiores índices desse defeito. Isso

provoucou uma acentuada variação no valor de rachadura que não é

totalmente explicado pela média do clone.

0 a 14,7 14,8 a 29,5 29,6 a 44,3 44,4 a 59,1 acima de 59,10%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 12

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 42 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 12 DE E. grandis

O clone 12 apresentou mais de 60% das peças serradas com

rachaduras entre 0 e 14 cm/m, as demais foram distribuídas entre 14 e 59

cm/m, sendo que apenas 3 tábuas apresentaram valores acima disso. Esse

material apresentou rachaduras pequenas, sendo que a maior delas não

atingiu 55 cm/m. Todos os outros clones desta espécie superaram em muito

essa marca.

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0 a 11,9 12 a 23,8 23,9 a 35,8 35,9 a 47,7 acima de 47,80%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 13

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 43 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 13 DE E. grandis

0 a 14,7 14,8 a 29,5 29,6 a 44,3 44,4 a 59,1 acima de 59,20%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura tamanho de rachadura clone 14

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 44 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 14 DE E. grandis

No clone 14, a distribuição das peças rachadas esconde o fato de que

nesse material praticamente todas as tábuas apresentaram rachaduras,

sendo que apenas 6 das 88 peças serradas não tinham o defeito. Apesar

disso, as rachaduras eram abaixo de 14,7 cm/m em sua maioria e menos de

10% das tábuas tiveram rachaduras acima de 29,6 cm/m, o que se pode

considerar grave para esse clone.

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0 a 11,6 11,7 a 22,5 22,6 a 33,7 33,8 a 45,0 acima de 45,10%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequência relativa do número de tábuas por classe de índice de rachadura/ tamanho de rachadura clone 15

Classes de índice de rachadura (cm/m)

Freq

. de

tábu

as

GRÁFICO 45 – FREQUÊNCIA DE TÁBUAS RACHADAS POR TAMANHO DE RACHADURA DO CLONE 15 DE E. grandis

Os clones 15 e 13 apresentaram comportamento semelhante, sendo que

em ambos pouco mais de 50% das tábuas apresentaram rachaduras de até

11 cm/m e, entre 25 e 30% das peças, com índices que variavam entre 11 e

23 cm/m. Todavia, numericamente, a média do clone 13 é superior ao 15.

Isso ocorre porque a maior rachadura desse clone atingiu 67 cm/m, contra

53cm/m do clone 15, elevando a média do material e reforçando a ideia de

que a média do índice de rachamento é sensivelmente afetada por valores

extremos.

A classificação dos clones conforme a média do índice de rachadura e

frequência do tamanho das rachaduras revela que a ordem dos materiais foi

a seguinte: clones 11, 14, 12, 13 e 15. Pode-se atribuir essa ordem ao

número de tábuas defeituosas e ao índice de rachaduras.

Como observado nos resultados, a variação do índice de rachadura

numa mesma tora provoca um elevado valor do coeficiente de variação. Isso

porque, na maioria das peças serradas, os valores de rachadura são

pequenos (gráficos 26 a 41). Não raro na mesma tora, pode-se obter uma ou

duas peças com rachaduras que superam três vezes o valor médio do índice

de rachadura.

Trugilho (2005) e Beltrame (2010) perceberam diferenças estatísticas

entre valores de tensão de crescimento quando compararam clones de

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Eucalyptus e concluíram que tensão de crescimento é fortemente controlada

pelo fator genético. Assim, era de se esperar que clones apresentassem

diferenças para o índice de rachamento em tábuas, pois defeito é resultante

das manifestações das tensões. Mas não é o que ocorre nos trabalhos de

Telles dos Santos (2002) e Silva (2008). Os autores verificaram as

diferenças, mas não encontraram valores de hereditariedade para o índice de

rachaduras. Pode-se indagar a razão para tal fato, uma vez que o controle

genético está presente porque o valor de herditariedade do índice de

rachamento é nulo. A hereditariedade é calculada com base na variação

ocorrida dentro do clone, pela razão da variação entre a população base.

Uma vez que a variação dentro do clone é alta, o valor de hereditariedade, se

comparado a um valor de referência, será baixo ou não significativo. Os

dados apresentados por essa pesquisa resolvem em parte tal indagação,

uma vez que demonstram que o valor médio do índice de rachamento

encontra-se influenciado por uma variação extrema, prejudicando a forma de

avaliação.

Autores como Trugilho (2005) e Lisboa (2003) afirmam que o

rachamento das tábuas de Eucalyptus está sob algum tipo de efeito genético.

Os resultado confirmam essa alegação, como também apresentam alguma

luz sobre a baixa herdabilidade dessa caracterísitca, pois indicam que alta

variabilidade do índice de rachamento debilita o cálculo do índice de

herdabilidade.

Quanto ao efeito da resserragem, pode-se visualizar nos gráficos 46,

47 e 48.

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clone 1

clone 2

clone 3

clone 4

clone 5

0 5 10 15 20 25

Índice de rachamento médio tábuas serra circular (cm/m)Índice de rachamento médio tábuas serra fita (cm/m)Índice de rachamento médio (cm/m)

GRÁFICO 46 - COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. dunnii

clone 6

clone 7

clone 8

clone 9

clone 10

0 5 10 15 20 25

Índice de rachamento médio tábuas serra circular (cm/m)Índice de rachamento médio tábuas serra fita (cm/m)Índice de rachamento médio (cm/m)

GRÁFICO 47 - COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. saligna

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clone 11

clone 12

clone 13

clone 14

clone 15

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Índice de rachamento médio tábuas serra circular (cm/m)Índice de rachamento médio tábuas serra fita (cm/m)Índice de rachamento médio (cm/m)

GRÁFICO 48 - COMPARAÇÃO ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO DAS TÁBUAS RESSERRADAS COM SERRA FITA HORIZONTAL E SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA PARA OS CLONES DE E. grandis

Observa-se nos gráficos 46 a 48 que as tábuas resserradas com serra

circular apresentaram rachaduras maiores que as obtidas por meio de serra

fita horizontal. Os resultados mostraram que as espécies reagiram de modo

distinto ao sistema de rachamento. Em E. dunnii, foram encontradas as

maiores diferenças entre os sistemas de resserragem, se comparadas às

outras duas espécies. A serra circular apresentou valores maiores que o

dobro dos obtidos com serra fita. Os clones que apresentaram as maiores

diferenças foram o clone entre os sistemas de resserragem: o 2 e o 4 para E.

dunnii, o clone 6 de E. saligna e o 11 de E. grandis. Essas informação já era

esperada conforme pode ser visto no trabalho de Garcia (1995). Segundo o

autor, a madeira proveniente do centro da tora encontrava-se sob esforços de

compressão quando a árvore estava em pé. No momento do corte, essa

força cessa e os elementos celulares dessa região tendem a expandir-se. Por

sua vez, as regiões periféricas que encontravam-se sob tensão de tração vão

apresentar o comportamento inverso, e as células da madeira vão encurtar

após a derrubada. Logo, as regiões junto da medula tenderão a rachar e as

partes próximas à casca terão tendência ao empenamento. A explicação

dada por Garcia (1995) é clara o bastante para explicar os resultados.

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Todavia Lima et al. (2006), estudando o rachamento em diferentes partes da

tora, encontraram resultados que vão na direção oposta. As tábuas

mensuradas pelos autores tiveram rachaduras maiores nas posições mais

distantes da medula, se comparadas às posições do centro da tora.

Os gráficos (46 a 48) diferem das observações feitas por Lima et al.

(2006), (gráficos 40). Os valores apresentados por eles indicam rachaduras

em média de 20 cm na região central da tora e próximas a 100 cm na casca.

Autor: Lima et al. (2006)

GRÁFICO 49 – ÍNDICES DE RACHAMENTO OBTIDOS POR LIMA et al. (2006) PARA TORAS DE E. grandis RESSERRADAS COM SERRA CIRCULAR MÚLTIPLA

Os autores estudaram os rachamentos das tábuas serradas a partir de

toras de E. grandis de 20 anos que passaram por desbastes, e calcularam o

índice de rachadura das tábuas verdes (IRTV), com base na soma das

rachaduras pelo número de peças serradas por tora.

A influência do posicionamento da tábua na tora é presente nos

resultados, mas os resultados apontam para uma evidência de que o sistema

de resserragem potencializou essas diferenças. Não há como separar de

maneira precisa o efeito do sistema de resserragem do posicionamento da

tora, devido ao arranjo experimental utilizado. Os resultados de Lima et al.

(2006) colaboram com essa teoria. Os autores utilizaram apenas a

resserragem com serra circular e o efeito do posicionamento foi isolado,

resultando em rachamentos maiores na porção próxima à casca. Logo, os

autores concluíram que tábuas retiradas dessas posições acumularam

M

edula

C

asca

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tensões que, no momento do desdobro, foram prejudiciais à qualidade da

madeira serrada. A intensidade das rachaduras relatada pelos autores é

próxima às rachaduras observadas nos gráficos 46 a 48. Assim, pode-se

concluir que, ao utilizar a serra circular, as tensões acumuladas em grandes

partes da tora foram liberadas simultaneamente, produzindo manifestações

mais violentas de rachamento. Já ao resserrar utilizando a serra fita

horizontal, uma poção da tora permaneceu apoiada à esteira transportadora

e a parte serrada foi retirada mais lentamente, fazendo com que as tensões

fossem liberadas de forma menos prejudicial, produzindo rachaduras

menores.

COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE DRL ENTRE AS ESPÉCIES

O teste de homogeneidade das variâncias comprovou que há

condições mínimas para a aplicação da técnica da ANOVA, quando

comparadas às espécies, aos diâmetros e aos clones no estudo da DRL.

A análise de variância entre as espécies constatou evidência de

diferença significativa entre as médias de DRL mensuradas entre as espécies

tabela 43.

TABELA 43 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA ENTRE OS VALORES DE DRL ENTRE AS ÁRVORES DAS TRÊS ESPÉCIES

Fonte de variação SQ GL QM F Alpha 0,05Entre espécie 0,012 2 0,006 3,967 0,023

Dentro da espécie 0,113 72 0,002Total 0,125 74

Na comparação de média, verificou-se que as médias de DRL para E.

dunnii e E. saligna são semelhantes e, ao mesmo tempo, E. saligna foi

semelhante a E.grandis (tabela 44).

TABELA 44 – COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS DE DRL PARA AS TRÊS ESPÉCIES ESTUDADAS

EspécieNúmero de

árvores Nível de sig. alpha = 0.05Grupo 1 Grupo 2

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E. dunnii 25 0,1183E. saligna 25 0,1276 0,1276E. grandis 25 0,149

Médias que e estão na mesma coluna, são estatisticamente iguais.

A vantagem da técnica é evidente pela sua rápida utilização e

confiabilidade. Em um espaço curto de tempo, foi possível avaliar um grande

conjunto de árvores com danos pequenos às plantas. A técnica ainda revelou

que as plantas de E. grandis apresentaram os maiores valores de DRL, o que

é compatível com os valores encontrados por Beltrame (2012), para híbridos

de Eucalyptus derivados de E. urophylla x E. grandis, com 8 anos de idade,

plantados em espaçamento 3x3.

No gráfico 50, pode-se visualizar com mais clareza os valores de DRL

para as três espécies.

E. dunnii E. saligna E. grandis0

0.05

0.1

0.15

0.118 0.124

0.149

Valor médio de DRL (mm) por espécie

Espécie

DRL

(mm

)

GRÁFICO 50 – GRÁFICO QUE ILUSTRA AS DIFERENÇAS ENTRE OS VALORES DE DRL DAS ESPÉCIES.

Já se esperavam as diferenças dos valores de DRL entre as espécies

com base nas constatações de Trugilho (2006), que encontrou diferenças ao

mensurar as tensões de plantas de origens diferentes. No entanto, os valores

encontrados são superiores aos verificados na literatura. O quadro 8 faz uma

comparação direta dos valores DRL calculados para as espécies e os valores

da literatura.

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Autor Ano DRL(mm)

Bailleres et al. 1995 0,071Beltrame et al. 2012 0,11

Cardoso jr 2004 0,085Cardoso jr 2004 0,087Cardoso jr 2004 0,081Cardoso jr 2004 0,083Cardoso jr 2004 0,078Cardoso jr 2004 0,085Cardoso jr 2004 0,077Gonçalves 2006 0,113Gonçalves 2006 0,158Gonçalves 2006 0,136Lima et al. 2004 0,058Lima et al. 2004 0,073Lima et al. 2004 0,079Lima et al. 2004 0,049Lima et al. 2004 0,095

Munier et al. 1999 0,071Munier et al. 1999 0,077

Nicholson 1971 0,031Pádua et al. 2004 0,076Pádua et al. 2004 0,074Pádua et al. 2004 0,083Pádua et al. 2004 0,069Rodrigues et

al. 2008 0,081Souza 2002 0,09

Trugilho et al. 2002 0,107Trugilho et al. 2002 0,113Trugilho et al. 2002 0,111Trugilho et al. 2002 0,114

E. dunnii neste trabalho 0,118E. saligna neste trabalho 0,124E. grandis neste trabalho 0,149

QUADRO 8 – COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES DE DRL ENCONTRADOS NA LITERATURA E CALCULADOS PARA AS ESPÉCIES ESTUDADAS

COMPARAÇÃO DA DRL SOB INFLUÊNCIA DO DIÂMETRO

A tabela 45 mostra o resultados da análise de variância da DRL sob o

efeito do diâmetro das toras.

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TABELA 45 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA DAS MÉDIAS DE DRL PARA O EFEEITO DO DIÂMETRO

Fonte de variação

Soma de Quadrado

s

Graus de liberdade

Quadrados Médios

F Nível de Sig. alpha

0,05%Entre os grupos 0,018 8 0,002 1,387 0,219

Dentro do grupo 1,296 1 1,296 797,350 0,000

Classe diamétrica 0,003 2 0,002 0,980 0,381Espécie 0,012 2 0,006 3,845 0,026

Classe diamétrica X Espécie 0,002 4 0,001 0,370 0,829Erro 0,107 66 0,002Total 1,425 75

Total corrigido ,125 74

Não foram verificadas diferenças nos valores de DRL entre as classes

diamétricas, o que mostra que os níveis de tensão foram semelhantes nas

classes estudadas. Essa observação está contrariando as observações

realizadas por Trugilho (2005), que relata diferenças nos valores de DRL para

clones 11 de E. dunnii. Beltrame (2012) também notou uma fraca relação

entre o diâmetro e a DRL, no entanto o autor relata redução do valor da DRL

com o aumento do diâmetro, contradizendo o estudo apresentado por

Trugilho (2005). Já no trabalho de Munier (2000), há relato da influência do

diâmetro sobre a DRL. Os dados apresentados não confirmam as relações

apresentadas por outros autores. Parte dessa discordância pode se atribuir a

diferenças de local, idade, espaçamento e espécie.

Ao analisar apenas as médias dos valores de DRL, verifica-se uma

tendência de aumento da DRL com o aumento do diâmetro (gráfico 46). Os

valores discordam das observações de Beltrame (2010), que notou uma

redução da DRL com o aumento do diâmetro. Mas os resultados são

semelhantes aos valores relatados por Trugilho (2005), que notou em alguns

clones de E. dunnii aumentos de DRL com aumento do DAP. As diferenças

encontradas entre os dados e a literatura são explicadas com base nas

diferentes origens do material, diferenças no espaçamento e nas espécies

estudadas.

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GRÁFICO 51 – APRESENTAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DE DRL POR CLASSE DIAMÉTRICA

Em E. dunnii e E. grandis, nota-se que ocorre uma tendência de

aumento da DRL com o aumento do diâmetro. Já em E. saligna essa

tendência não foi presente. Os valores discordam das observações de

Beltrame (2010), que notou uma redução da DRL com o aumento do

diâmetro. Mas os resultados são semelhantes aos valores relatados por

Trugilho (2005), que notou em alguns clones de E. dunnii aumento de DRL

com aumento do DAP. As diferenças encontradas entre os dados e a

literatura são explicadas com base nas diferentes origens do material,

diferenças no espaçamento e nas espécies estudadas. Contudo, a avaliação

de médias estatisticamente iguais deve ser observada com cautela, pois o

valor médio pode dissimular a variação dos valores de DRL, produzindo uma

conclusão errônea sobre a relação de DRL e DAP.

Ao representar as médias por meio do diagrama tipo Box plot,

observa-se que algumas classes diamétricas apresentaram maiores

variações dos valores de DRL que outras; além disso, verifica-se com mais

clareza o comportamento da variável em relação à mudança do diâmetro da

árvore. Outra evidência que reforça a teoria sobre a variação da DRL, e que

pode ser intensa em alguns materiais e baixa noutros, está em Trugilho

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(2005). O autor verificou que os coeficientes de variação ficavam entre 19 e

31% para quatro idades diferentes. Noutro trabalho, de Souza (2006), o

autor não encontrou diferenças significativas entre clones de diferentes

classes diamétricas de E. dunnii e atribuiu o resultado a fatores que não

foram controlados pela análise estatística e pela variação dos valores da

DRL.

As toras grossas de E. dunnii e E. grandis apresentaram as maiores

variações, juntamente com as árvores de diâmetros médios de E. saligna. Os

grupos com menores variações de DRL foram os das toras mais finas de E.

saligna e os das toras médias de E. grandis.

Com base nessa variação, pode-se entender o porquê da aceitação da

hipótese da nulidade para avaliação do efeito do diâmetro, já que a variação

dentro da classe diamétrica foi maior do que a variação entre as classes.

Conclui-se, portanto, que o efeito da espécie é presente, mas a variação dos

dados de DRL, mais a variação entre as toras de diferentes diâmetros,

dissolve o efeito do diâmetro, impedindo que a estatística verifique a

diferença entre os valores médios.

COMPARAÇÃO DOS VALORES DE DRL SOB O EFEITO DO CLONE

A tabela 46 mostra o efeito do clone e da espécie para os valores

médios da DRL, uma vez que foram notadas diferenças entre as espécies e

os clones foram testados dentro da mesma espécie.

TABELA 46 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. dunnii

Fonte de Variação Soma de quadrados GL Quadrado médio F Sig.Entre grupos 0,013 4 0,003 19,883 0

Dentro do grupo 0,003 20 0Total 0,016 24      

a Espécie = E dunnii

TABELA 47- COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES DE E. dunnii

tratamentonúmero de amostras média

Comparação de médias Tukey alpha 0,05

Clone 4 E. dunnii 5 0,08214 AClone 2 E. dunnii 5 0,11472 BClone 5 E. dunnii 5 0,115 B

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Clone 1 E. dunnii 5 0,13146 BCClone 3 E. dunnii 5 0,15038 C

letras iguais, médias iguais

Observa-se que o clone 4 apresentou o menor valor para a DRL e o

clone 3, o maior valor. Os clones 1, 2 e 5 tiveram médias iguais entre si. Os

valores de DRL para os clones de E. dunnii foram superiores aos

encontrados por Trugilho (2005), que estudou 11 clones da espécie. Apenas

o clone 4 teve média semelhante à encontrada pelo autor.

Os valores médios dos clones 1, 2 e 5 foram próximos dos valores de

DRL dos clones de E. saligna. A tabela 48 apresenta a análise de variância

das médias de DRL para os clones dessa espécie.

TABELA 48 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. saligna

Fonte de Variação Soma de quadrados GL Quadrado médio F Sig.Entre grupos 0,002 4 0,001 1,385 0,275

Dentro do grupo 0,007 20 0Total 0,009 24      

a Espécie = E. saligna

Não foram encontradas diferenças significativas entre as médias dos

valores de DRL para os clones de E. saligna. O mesmo foi verificado por

Silva (2008) para clones de E. benthamii. A variação da DRL dentro dos

clones foi relativamente pequena, no entanto a variação dos valores entre os

clones foi ainda menor, anulando as diferenças entre os clones.

Na tabela 49, tem-se os resultados das médias de DRL para os clones

de E. saligna.TABELA 49 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. saligna

tratamentonúmero de amostras média

Comparação de médias Tukey alpha 0,05

Clone 6 E. saligna 5 0,1174 A

Clone 7 E. saligna 50,1201

4 AClone 8 E. saligna 5 0,1236 AClone 9 E. saligna 5 0,1378 A

Clone 10 E. saligna 50,1386

2 A

Comparando os valores da tabela 49 com as médias dos clones 1, 2 e

5 de E. dunnii, pode-se compreender o resultado da análise de variância

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entre as espécies. Nela constataram-se valores iguais para E. dunnii, e E.

saligna referente à DRL. Isso ocorreu porque há quase uma igualdade

matemática entre as médias dos clones 1, 2, e 5, de E. dunnii, com os clones

6, 9 e 10, de E. saligna.

As diferenças encontradas entre os clones de E. saligna não são

suficientes para motivar diferenças pela metodologia do teste de Tuckey, no

entanto, se o nível de significância exigido fosse reduzido de 5% para 20%,

admitiria-se que os clones seriam diferentes para a variável estudada.

Na tabela 50, observa-se a análise de variância para as médias de

DRL dos clones de E.grandis.

TABELA 50 – TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS VALORES DE DRL ENTRE OS CLONES DE E. grandis

Fonte de Variação Soma de quadrados GL Quadrado médio F Sig.Entre grupos 0,008 4 0,002 16,759 0

Dentro do grupo 0,002 20 0Total 0,011 24      

a Espécie = E. grandis

TABELA 51 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES DE E. gRandis

tratamentonúmero de amostras média

Comparação de médias Tukey alpha 0,05

clone 12 E. grandis 5 0,1224 Aclone 13 E. grandis 5 0,14 ABclone 15 E. grandis 5 0,146 BCclone 14 E. grandis 5 0,16194 CDclone 11 E. grandis 5 0,1746 D

letras iguais, médias iguais

A comparação de médias revelou que o clone 12 obteve a menor

media de DRL e o 11 a maior, sendo o maior valor encontrado para os 15

clones estudados (Tabela 51). Esse valor compara-se apenas ao valor

encontrado por um material de híbridos de E. urophylla x E. grandis, de 8

anos de idade, por Beltrame (2010). A variação dos valores de DRL nos

clones de E. grandis também foi menor se comparada às outras espécies. No

gráfico 47, estão representadas as médias dos valores, juntamente com os

valores de máximo e mínimo encontrados em cada um dos clones.

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GRÁFICO 52 – MOSTRA A VARIAÇÃO EM TORNO DAS MÉDIAS PARA OS VALORES DE DRL NOS DIFERENTES CLONES

A partir da observação dos valores no gráfico tipo Box plot, pode-se

observar o comportamento da DRL em relação à média. Pode-se perceber

que, nas espécies onde os valores de DRL variam em menor intensidade,

ocorrem diferenças estatísticas entre os materiais estudados. Já em E.

saligna, onde a variação da DRL é mais proeminente, não há diferenças

entre os clones.

Ao buscar dados na literatura, pode-se constatar que alguns autores

encontram diferenças entre clones e outros não. Diante dos resultados e

outras observações feitas por outros autores, pode-se teorizar que a variável

sobre a influência direta do material genético, contudo as diferenças entre

clones só são constatadas se a variação dentro do clone é baixa em relação

à comparação com os demais materiais estudados. Para reforçar essa teoria,

tem-se a evidência dos clones de E. saligna. Uma vez que a variação dentro

do clone é alta, não se constata o efeito do material genético. Em contraponto

às outras duas espécies estudadas, a variação dentro do clone é

sensivelmente menor, fazendo o efeito do material genético ser mais

evidente. Na literatura, tem-se um caso parecido: Trugilho (2005), como

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citado anteriormente, ao medir a DRL de 11 clones de E. dunnii, encontrou

três deles diferindo dos demais, tal qual como ocorre no gráfico 47. Cardoso

Jr (2004) e de Pádua (2004), que estudaram clones de Eucalyptus, não

encontraram diferenças entre os clones para DRL, no entanto verificaram

variação entre as plantas de até 89%, o que anula a significância do teste.

Beltrame et al. (2012), ao estudar 12 clones de Eucalyptus, comentou que em

apenas um deles a DRL foi mais acentudada, o que se pode conjecturar é

que a variação dentro do referido clone foi menor. Outra evidência que

corrobora a teoria do efeito genético sobre a DRL pode ser encontrada no

trabalho de Pádua et al. (2004). Os autores estudaram o efeito da

herdabilidade em clones de Eucalyptus e a maioria dos materias testados por

eles teve comportamento semelhante entre si, o que lembra muito o

comportamento dos clones de 1, 2 e 5 de E. dunnii e os clones de E. saligna.

No entanto, quatro materiais clonais testados por Pádua et al. (2004)

apresentaram comportamento semelhante aos clones 3 e 4 de E. dunnii e

aos materiais de E. grandis.

Num estudo anterior conduzido por Lisboa (1993), o autor encontrou

níveis de tensão com manifestações explosivas em algumas árvores e sutil

em outras. Ao observar o comportamento da DRL, pode-se entender tal

afirmação. A variável expressa indiretamente a tensão de crescimento

presente na árvore. Como comprovado pelos gráficos 53 e as tabelas 47, 49

e 51, existem materiais genéticos que apresentam características muito

distintas do restante da população base, o que provoca diferentes

manifestações das tensões sobre o material serrado.

AVALIAÇÃO DAS CORRELAÇÕES DENDROMÉTRICAS COM O RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA E COM A DEFORMAÇÃO RADIAL LONGITUDINAL DRL

Na tabela 52, pode-se observar o valor das correlações lineares de

Pearson entre três características dendrométricas: o rendimento em madeira

serrada, o rendimento destopado e a DRL.

TABELA 52 – CORRELAÇÕES LINEARES DE PEARSON ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DENDROMÉTRICAS E O RENDIMENTO COM A DRL

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  DAP (cm) altura total (m) DRL (mm)  E dunnii E. saligna E. grandis E dunnii E. saligna E. grandis E

dunniiE. saligna E. grandis

Rend. (%)

0,242* 0,558** 0,40* 0,258* 0,528** 0,224* -0,161 -0,161 -0,408*

Dap (cm)

0,624** 0,882** 0,777* 0,152* -0,111 -0,286

Alt. total (m)

            0,239* 0,022 -0,01

**. Correlação significativa ao nível de 0,01 *. Correlação significativa ao nível de 0,05

As correlações apresentadas na tabela determinam uma relação entre

DAP e rendimento, onde o aumento no diâmetro da árvore é acompanhado

por uma aumento no aproveitamento em madeira serrada. Embora essa

relação pareça bastante clara, constantemente não é definida em termos

matemáticos, como ocorre nos trabalhos de Marchesan (2010), Murara

(2005) e Biasi (2008). Todos os autores relatam um aumento no rendimento

como aumento do diâmetro das toras, mas não descrevem em termos

matemáticos a relação entre as variáveis.

Observando a tabela, nota-se que a relação DAP x Rendimento não

supera valores acima de 0,6. Isso é possível ser explicado devido aos

inúmeros fatores que afetam o aproveitamento da madeira serrada e

minoram o efeito do diâmetro.

Em alguns casos, ao comparar médias de rendimento de diferentes

classes diamétricas, esses fatores provocam aceitação da nulidade do efeito

do diâmetro, como se pode observar nos trabalhos de Marchesan (2012),

Murara (2005) e Biasi (2008). Os autores, ao investigarem diferentes

espécies em diferentes classes diamétricas, não encontraram diferenças

estatísticas significativas para o efeito do diâmetro da tora sobre o

rendimento. De forma especulativa, pode-se teorizar que a razão para essa

fraca relação nesses trabalhos pode estar na baixa correlação entre DAP e o

rendimento, uma vez que o resultado do rendimento não depende apenas do

diâmetro da tora.

Para Marchesan (2012), o rendimento em madeira serrada está sob a

influência das dimensões das toras, da qualidade da madeira, das técnicas

empregadas no desdobro, das operações dos equipamentos e do

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aproveitamento dos subprodutos. O rendimento apresentou correlação

significativa com a altura da planta. A correlação positiva entre esses fatores

é facilmente explicada, uma vez que plantas com maiores DAP terão maiores

alturas, como demonstrado pelas correlações encontradas. Desta forma, é

lógico supor que árvores mais altas terão também maiores rendimentos. Esta

suposição é confirmada pelo valor da correlação próximo a 70%.

As correlações entre as características da planta e a DRL foram as

mais fracas, porém as mais significativas, e são dissonantes das dos

trabalhos de Chafe (1985) com Eucalyptus nitens, e de Souza (2002) e

Beltrame (2012), com híbridos de Eucalyptus spp, que não encontraram

correlação entre a DRL e as características dendrométiricas. Todavia, os

resultados estão em concordância com Muneri et al. (2000), Trugilho et al.

(2007), que calcularam valores baixos, mas estatisticamente significativos

entre a DRL e as características de crescimento em árvores de Eucalyptus

cloeziana e híbridos de Eucalyptus, respectivamente. Já Carvalho et al.

(2010) encontrou uma correlação negativa a 84% entre o DAP e a DRL em

árvores de Corymbia citriodora. Outros dois trabalhos também trazem

correlações negativas entre DRL e o DAP: os de Lima et al. (2004) e

Beltrame et al. (2012), ambos estudaram as características de híbridos de

Eucalyptus. Os valores encontrados nas correlações entre DRL e DAP são

abaixo dos valores relatados por Lima et al. (2004). Os autores, ao reunir

informações de cinco clones de Eucalyptus, verificaram correlação positiva

próxima a 0,7, mas, ao estudarem os materiais separadamente, apenas uma

das procedências analisadas por eles confirmou a correlação. Os autores

ainda não verificaram relação entre a DRL e a altura total das plantas, o que

difere dos resultados da tabela xx. Para E. dunnii, foi verificada uma fraca

correlação entre DRL e a altura, o que não foi observado em E. saligna e E.

grandis.

O dado mais interessante que surge na tabela 53 é a correlação

negativa entre DRL e o rendimento em madeira serrada para E. grandis.

Essa correlação não é presente em outros trabalhos da literatura, trata-se de

um fato incomum na verificação do relacionamento da tensão de crescimento

com o desdobro da madeira da espécie. Os aumentos no rendimento foram

acompanhados nas plantas com menores valores de DRL. Logo, pode-se

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supor a teoria de que plantas com menores tensões são mais facilmente

desdobradas. Embora esse resultado seja bastante relevante, deve-se olhar

essa situação com cautela, uma vez que isso só ocorreu nesse caso em

particular, com esse grupo de clones, e não há suporte para essa teoria em

outros autores.

Parece não existir um consenso sobre a explicação do relacionamento

entre a DRL e as características da planta em pé, Uma vez que as

correlações entre as informações são pequenas e muitas vezes inexistentes.

As razões para essas baixas correlações merecem um estudo detalhado,

uma vez que não estão totalmente claros os mecanismos que fazem essa ou

aquela planta marcarem maior ou menor valor de DRL. Certamente o

material genético é uma das componentes que deve influenciar a DRL,

entretanto as demais componentes dessa variável ainda estão distantes de

uma elucidação completa.

CORRELAÇÕES ENTRE A DRL E A QUALIDADE DA MADEIRA SERRADA

A tabela 53 apresenta as correlações de Pearson entre a DRL, os

índices de empenamento, rachamento e as dimensões das peças serradas

  DRL espessura largura ie Ia irED ES EG ED ES EG ED ES EG ED ES EG ED ES EG ED ES EG

Perd.rend.

0,24* -0,40**

-0,29* 0,03 0,08 -0,05 0,08 0,08 -

0,13* 0,09 0,12* 0,05 0,02 -0,03 0,12* 0,15* 0,3** 0,13*

DRL 0,07 -0,03 0,03 0,05 0,04 -0,06 0,07 -

0,14* -0,04 0,02 0,076 0,03 0,02 -0,181** -0,14**

Esp. 0,08 0,14* ,22** 0,41*

* 0,13* 0,151** 0,02 -0,41** -0,24** -0,2** -0,06 -0,38**

Larg. 0,001 ,22** 0,31** -0,02 -0,01 -0,048 0,21** ,23** -0,04

Ie 0,18** -0,02 0,06 -0,14* -0,09 -0,09

Ia 0,25** 0,25** 0,2**

** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).* Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

TABELA 53 – CORRELAÇÃO DE PEARSON ENTRE A DRL E AS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE QUALIDADE DE MADEIRA SERRADA

A DRL, quando relacionada às perdas no rendimento causadas pelo

destopo, foi positiva para E. dunnii e negativa em E. saligna e E. grandis. O

que quer dizer que, nas plantas com maior DRL, ocorreu maior perda no

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rendimento em E. dunnii; nas outras duas espécies, as árvores com maiores

DRLs tiveram menores perdas no rendimento.

Esse relacionamento entre DRL e perdas no rendimento não encontra

comparação na literatura, uma vez que não há outras citações com esse tipo

de análise. Esse dado é particularmente interessante visto que, como as três

espécies apresentaram algum tipo de relacionamento matemático entre

essas duas variáveis, permite-se formular a teoria de que a DRL está ligada

ao rendimento em madeira serrada e que a pior manifestação das tensões de

crescimento podem ser previstas em algumas espécies de Eucalyptus.

Outra interessante correlação entre a DRL pode ser verificada entre o

índice de rachamento das tábuas das espécies de E. saligna e E. grandis e o

índice de encurvamento de E. dunnii, o que indica que a DRL está ligada à

manifestação das tensões de crescimento nas tábuas. As correlações têm

valor relativamente baixo, no entanto não se pode ignorar o fato de a

correlação ser significativa ao nível de 99%. Com base nos dados, pode-se

preceber que, ao desdobrar toras com maiores valores de DRL, as tábuas de

E. dunnii tiveram valores menores de índice de encurvamento e, em E.

saligna e E. grandis, ocorreram menores rachamentos de topo, o que

propiciou menores perdas no rendimento.

As demais correlações indicam que as manifestações das tensões de

crescimento são afetadas pelas dimensões das peças serradas, pois, ao

aumentar a espessura das tábuas, ocorreu aumento no índice de

encurvamento das três espécies e acrescimento no índice de rachamento de

E. dunnii. Nas tábuas mais espessas, notou-se redução do índice de

arqueamento em E. dunnii e E. grandis e diminuição no rachamento das

peças serradas de E. grandis.

Já os aumentos na largura das peças de madeira serrada foram

acompanhados por aumentos do índice de rachamento das tábuas de E.

saligna e E. grandis. Esses resultados corroboram a teoria de Garcia (1995).

O autor indicou que as dimensões da madeira serrada interferem nas forças

que compõem as tensões de crescimento. O autor desenvolveu um modelo

vetorial que mostra as componentes das tensões de crescimento como

vetores gerados paralelamente às dimensões da tábua serrada. A mudança

nas dimensões da madeira tem como consequência alterações no tamanho

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do vetor, provocando mudança na intensidade dos índices de empenamento

e rachamento das tábuas.

As correlações explicam também o diagrama de Venn apresentado

anteriormente. A análise da frequência dos defeitos já indicava que boa parte

da madeira serrada apresentava três tipos de defeitos. A análise da

correlação de Pearson indica que, além de ocorrer defeitos simultaneamente

quando se aumenta o índice de arqueamento, ocorrem aumentos nos índices

de rachamento. Logo, pode-se perceber que os defeitos que mais prejudicam

a qualidade da madeira serrada são os índices de arqueamento e

rachamento. Os resultados das correlações também apontam que a DRL

liga-se simultaneamente às principais característcas dendrométricas e aos

índices que indicam a qualidade da madeira serrada.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ANÁLISE DAS CORRELAÇÕES DE PEARSON

Ao analisar o comportamento do rendimento em madeira serrada e

das variáveis dendrométricas estudadas, nota-se a correlação positiva entre

elas. Isso também pode ser visualizado nos trabalhos de Biasi (2005) e

(MURARA 2005). Os gráficos 53 e 54 ilustram essas correlações.

15 20 25 30 35 40 45 500

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

Relação entre DAP x Rendimento em madeira serrada da primeira tora

E.grandisE. salignaE.dunnii

DAP (cm)

Ren

dim

ento

em

mad

eira

ser

rada

da

prim

eira

to

ra (%

)

[

GRÁFICO 53 - GRÁFICO DE DISPERSÃO X Y ONDE O EIXO DAS ABSCISSAS REPRESENTA O DAP DAS PLANTAS ESTUDADAS E O EIXO DAS

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ORDENADAS, O RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DA PRIMEIRA TORA R2=0,606

0 5 10 15 20 25 30 35 400

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

Relação entre a altura comercial e o Rendimento em madeira serrada da primeira tora

E.grandisE. salignaE.dunnii

Altura comercial* (m)

Ren

dim

ento

em

mad

eira

ser

rada

da

prim

eira

to

ra (%

)

GRÁFICO 54 - GRÁFICO DE DISPERSÃO X Y ONDE O EIXO DAS ABSCISSAS REPRESENTA A ALTURA COMERCIAL DAS PLANTAS ESTUDADAS E O EIXO DAS ORDENADAS, O RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA DA PRIMEIRA TORA R2=0,708

* altura comercial foi definida como a altura em relação ao solo em que a árvore tem diâmetro igual a 18 cm. Diâmetro mínimo da extremidade mais fina da tora aceito para o desdobro da tora nas serrarias da região onde se realizou o estudo

Ao observar os dados das três espécies nos gráficos, nota-se que o

aumento do DAP e altura comercial relacionam-se com o aumento no

rendimento. Isso indica que, a partir das toras com maiores dimensões de

diâmetro e altura, obtiveram-se rendimentos melhores em madeira serrada.

Contudo, essa não é a única informação que se pode obter da análise do

gráfico, pois observa-se também uma dispersão dos dados indicando

peculiar a cada espécie. Isso indica também que a tendência nem sempre é

tão visível, o que também é percebido no trabalho de Murara (2005). O autor

não percebeu tendência clara de aumento de rendimento ao serrar diferentes

diâmetros de toras de Pinus taeda. Biasi (2005), ao descrever o

comportamento do desdobro de quatro espécies nativas em três faixas de

diâmetro, só percebou a tendência de aumento do rendimento como aumento

do diâmetro, ao analisar os dados de todas as espécies simultaneamente. O

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autor comenta em seus resultados que os diâmetros não diferiram entre si

quanto ao rendimento, mas pode-se perceber que a variação dos resultados

foi agrupada.

Com base nos dados da literatura e analisando os resultados

expressos nos gráficos, acumulam-se evidências que apontam para a

tendência generalista de que o aumento das dimensões de DAP e altura

implica em aumentos de rendimento. Mas é necessário ressalvar que as

análises complementares mostram que essa relação sofre interferência do

número de observações analisado e da espécie. Essa afirmação pode ser

comprovada ao observar os dados de E. grandis dos gráficos 15 e 16. Se

observarmos apenas esse conjunto de pontos, a tendência fica pouco

perceptível, devido ao menor número de observações e a menor dispersao

dos dados dessa espécie.

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CONCLUSÕES

Com base nos resultados, pode-se concluir que ocorreram diferenças

significativas entre espécies, sendo o E. saligna a espécie com maior massa

específica básica.

Concluiu-se também que o volume médio do clone interferiu na massa

específica de E. saligna e E. grandis, sendo que nesta última espécie as

árvores com maiores volumes apresentaram maiores valores de densidade

básica.

Com base nos resultados estatísticos, não se verificou a existência de

interações entre espécies de eucaliptos e classes diamétricas. Por outro lado,

houve diferença nos rendimentos de madeira serrada entre as espécies

florestais estudadas, destacando-se, na ordem de rendimento, o E. saligna

entre os demais, depois o E. grandis e, finalmente, o E. dunnii.

Pela maior exigência da análise de variância a 95% de probabilidade,

a interação entre espécies e classes de diâmetro não foi detectada.

Entretanto, no nível de 84,36%, a existência de interação foi significativa.

O rendimento de madeira serrada mostrou-se diretamente proporcional

ao diâmetro médio das toras entre as espécies estudadas, e as árvores com

DAPs próximos a 35 cm foram as que apresentaram os maiores

aproveitamentos em madeira serrada. Os resultados menos expressivos

foram obtidos em toras com diâmetros médios próximos a 20 cm.

Análises auxiliares dos resultados estatísticos mostraram que o E.

saligna foi o que apresentou as menores diferenças entre os diâmetros da

ponta grossa e da ponta fina da tora, além do menor número de toras

rachadas. Como consequência, também apresentou os melhores

rendimentos entre espécies em cada uma das classes.

O aumento do diâmetro influenciou na manifestação do encurvamento

e do arqueamento, sendo que as toras mais grossas originaram peças

serradas com menores empenamentos, consequentemente as toras finas

estão mais sujeitas a graves defeitos de empenamentos e rachamentos. E.

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dunnii apresentou a menor quantidade de tábuas defeituosas, seguidas de E.

saligna e, por fim, E. grandis.

Com base nos resultados, pode-se concluir que, ao serrar árvores com

maiores dimensões, ocorreram melhores resultados sobre a variável

rendimento em madeira serrada.

Conclui-se também que, ao se obter melhores valores de rendimento,

as peças serradas tiveram maiores larguras e menores índices de

arqueamento.

///FIM DA REVISÃO JUNHO/2013

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ANEXOS

ANEXO 1 - DOS CÁLCULOS SOBRE DENSIDADE BÁSICA

1.1.31 Cálculo da analise de variância para o clones de E. dunnii

1.1.32 Cálculo da analise de variância para o clones de E. grandis

1.1.33 Cálculo da analise de variância para o clones de E. saligna

1.1.34 Cálculo da analise de variância para o efeito das classes diamétricas

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Resultado do teste de aderência. TABELA 54 – RESUMO DAS ANÁLISES DO TESTE DE ADERÊNCIA

 

Espécie

Kolmogorov-Smirnovaa  

   Statistic

GL

Sig.

DRL (mm)

E. dunnii 0,12

25

,200*

E. saligna 0,129

25

,200*

E. grandis 0,096

25

,200*

DAP (cm)

E. dunnii 0,12

25

,200*

E. saligna 0,127

25

,200*

E. grandis 0,129

25

,200*

Rendimento (%)

E. dunnii 0,087

25

,200*

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E. saligna 0,129

25

,200*

E. grandis 0,11

25

,200*

altura total (m)

E. dunnii 0,13

25

,200*

E. saligna 0,125

25

,200*

E. grandis 0,123

25

,200*

Massa específica

(g/cm3)

E. dunnii 0,126

25

,200*

E. saligna 0,119

25

,200*

E. grandis 0,119

25

,200*

* Aceita a hipótese de normalidadea Correção para Lilliefors

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A tabela indica que foi aceita a hipótese da nulidade, ou seja as amostras

coletadas seguem uma distribuição normal, portanto pode ser utilizada a estatística

paramétrica. Adicionalmente também foram testadas as sub amostras retiradas da

população em todas não rejeitaram a hipótese da nulidade.

Espécie

 

Classe diamétrica

Kolmogorov-Smirnova a

 

 

Statistic GL

Sig.

E. dunnii

DRL (mm)

Toras finas

0,193

,200*

Toras diâmetro médio

0,213

,200*

Toras grossas

0,148

,200*

DAP (cm)

Toras finas

0,129

,200*

Toras diâmetro médio

0,21

,200*

Toras grossas

0,124

,200*

Rendimento (%)

Toras finas

0,2

,200*

Toras diâmetro médio

0,179

,200*

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Toras grossas

0,197

,200*

Altura total (m)

Toras finas

0,196

,200*

Toras diâmetro médio

0,146

,200*

Toras grossas

0,176

,200*

Massa específica (g/cm3)

Toras finas

0,146

,200*

Toras diâmetro médio

0,191

,200*

Toras grossas

0,187

,200*

E. saligna

DRL (mm)

Toras finas

0,22

,200*

Toras diâmetro médio

0,221

,200*

Toras grossas

0,192

,200*

DAP (cm)Toras finas

0,145

,200*

Toras diâmetro médio

0,179

,200*

Toras 0 ,2

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grossas

,198

00*

Rendimento (%)

Toras finas

0,176

,200*

Toras diâmetro médio

0,199

,200*

Toras grossas

0,141

,200*

Altura total (m)

Toras finas

0,131

,200*

Toras diâmetro médio

0,103

,200*

Toras grossas

0,162

,200*

Massa específica (g/cm3)

Toras finas

0,205

,200*

Toras diâmetro médio

0,2

,200*

Toras grossas

0,172

,200*

E.

grandis

DRL (mm)

Toras finas

0,139

,200*

Toras diâmetro médio

0,183

,200*

Toras grossas

0,1

,200*

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6

DAP (cm)

Toras finas

0,195

,200*

Toras diâmetro médio

0,155

,200*

Toras grossas

0,222

,200*

Rendimento (%)

Toras finas

0,168

,200*

Toras diâmetro médio

0,149

,200*

Toras grossas

0,151

,200*

Altura total (m)

Toras finas

0,186

,200*

Toras diâmetro médio

0,178

,200*

Toras grossas

0,218

,200*

Massa específica (g/cm3)

Toras finas

0,169

,200*

Toras diâmetro médio

0,133

,200*

Toras grossas

0,12

,200*

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7* Aceita a hipótese de normalidadea Correção para Lilliefors

Espécie 

  

Clone 

Kolmogorov-Smirnovaa

Statistic GL

Sig.

E. dunnii

DRL (mm)

Clone 1 E. dunnii

0,234

,200*

Clone 2 E. dunnii

0,181

,200*

Clone 3 E. dunnii

0,225

,200*

Clone 4 E. dunnii

0,21

,200*

Clone 5 E. dunnii

0,238

,200*

DAP (cm)

Clone 1 E. dunnii

0,149

,200*

Clone 2 E. dunnii

0,159

,200*

Clone 3 E. dunnii

0,275

,200*

Clone 4 E. dunnii

0,208

,200*

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Clone 5 E. dunnii

0,103

,200*

Rendimento (%)

Clone 1 E. dunnii

0,141

,200*

Clone 2 E. dunnii

0,207

,200*

Clone 3 E. dunnii

0,236

,200*

Clone 4 E. dunnii

0,263

,200*

Clone 5 E. dunnii

0,234

,200*

Altura total (m)

Clone 1 E. dunnii

0,206

,200*

Clone 2 E. dunnii

0,149

,200*

Clone 3 E. dunnii

0,194

,200*

Clone 4 E. dunnii

0,123

,200*

Clone 5 E. dunnii

0,234

,200*

Massa específica (g/cm3)

Clone 1 E. dunnii

0,225

,200*

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Clone 2 E. dunnii

0,297

,200*

Clone 3 E. dunnii

0,192

,200*

Clone 4 E. dunnii

0,193

,200*

Clone 5 E. dunnii

0,126

,200*

E saligna

DRL (mm)

Clone 6 E. saligna

0,131

,200*

Clone 7 E. saligna

0,167

,200*

Clone 8 E. saligna

0,222

,200*

Clone 9 E. saligna

0,28

,200*

Clone 10 E. saligna

0,236

,200*

DAP (cm)

Clone 6 E. saligna

0,242

,200*

Clone 7 E. saligna

0,217

,200*

Clone 8 E. saligna

0,221

,200*

Clone 9 E. 0 ,2

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saligna

,194

00*

Clone 10 E. saligna

0,205

,200*

Rendimento (%)

Clone 6 E. saligna

0,269

,200*

Clone 7 E. saligna

0,115

,200*

Clone 8 E. saligna

0,193

,200*

Clone 9 E. saligna

0,237

,200*

Clone 10 E. saligna

0,18

,200*

Altura total (m)

Clone 6 E. saligna

0,149

,200*

Clone 7 E. saligna

0,202

,200*

Clone 8 E. saligna

0,287

,200*

Clone 9 E. saligna

0,211

,200*

Clone 10 E. saligna

0,25

,200*

Massa específica (g/cm3)

Clone 6 E. saligna

0,1

,200*

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99

Clone 7 E. saligna

0,123

,200*

Clone 8 E. saligna

0,233

,200*

Clone 9 E. saligna

0,233

,200*

Clone 10 E. saligna

0,163

,200*

E.

grandis

DRL (mm)

clone 11 E. grandis

0,248

,200*

clone 12 E. grandis

0,226

,200*

clone 13 E. grandis

0,255

,200*

clone 14 E. grandis

0,136

,200*

clone 15 E. grandis

0,272

,200*

DAP (cm)

clone 11 E. grandis

0,189

,200*

clone 12 E. grandis

0,118

,200*

clone 13 E. grandis

0,2

,200*

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25

clone 14 E. grandis

0,284

,200*

clone 15 E. grandis

0,232

,200*

Rendimento (%)

clone 11 E. grandis

0,279

,200*

clone 12 E. grandis

0,276

,200*

clone 13 E. grandis

0,128

,200*

clone 14 E. grandis

0,28

,200*

clone 15 E. grandis

0,25

,200*

Altura total (m)

clone 11 E. grandis

0,278

,200*

clone 12 E. grandis

0,241

,200*

clone 13 E. grandis

0,243

,200*

clone 14 E. grandis

0,221

,200*

clone 15 E. grandis

0,191

,200*

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Massa específica (g/cm3)

clone 11 E. grandis

0,28

,200*

clone 12 E. grandis

0,2

,200*

clone 13 E. grandis

0,197

,200*

clone 14 E. grandis

0,176

,200*

clone 15 E. grandis

0,283

,200*

* This is a lower bound of the true significance.a Lilliefors Significance Correction

TABELA 55 -- TESTE DE BARTLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3)

Levene Statistic df1 df2 Sig.1,267 2 72 ,288

TABELA 56 – TESTE DE TUKEY-KRAMMER PARA COMPARAÇÃO DOS VALORES MÉDIOS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA ENTRE AS ESPÉCIES

EspecieSubset for alpha = 0.05

N 1 2 3

2,00 EG 25 435,793521,00 ED 25 467,057523,00 ES 25 527,80444

Sig. 1,000 1,000 1,000

Comparação de médias entre as espécies.Tamanho da amostra = 25,000.

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GRÁFICO 55- GRÁFICO TIPO BOX-PLOT QUE MOSTRA A VARIAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA BÁSICA EM RELAÇÃO A MÉDIA DA ESPÉCI

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TABELA 57 - TESTE DE BARTLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E. dunnii

Clone 1

Clone 2

Clone 3

Clone 4

Clone 5

594,4046

522,8034

564,1081

535,3942

507,2938

534,5017

456,51

525,5308

534,9171

519,505

511,2671

520,9007

542,2235

528,2274

516,261

502,0166

572,6181

571,6003

534,942

512,0438

482,5724

533,4133

502,817

543,038

526,2012

X2 0,01182 Média S2i GL

⅀GL

⅀(GL x log S2i)

fator de correção 1,002778 349221,9 4 20 110,8569

X2 corrigido 0,011787 homogêneas

X2 tabelado 9,488

GRÁFICO 56 – DEMOSTRAÇAO GRÁFICA DAS DIFERENÇAS ENTRE AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA DOS CLONES DE E. dunnii

TABELA 58 - TESTE DE BARLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E .grandis

Clone 11

Clone 12

Clone 13

Clone 14

Clone 15

391,3105

455,96

423,3186

423,0241

502,7696

469,4595

435,56

415,5238

480,6447

463,2883

354,5645

440,38

430,2298

423,3186

418,0545

4 4 4 4 4

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45,672 98,11 23,0241 30,2298 59,62793

91,31054

84,714

23,2414

46,33564

60,9351

X2 0,136123 Média s2i GL

⅀GL

⅀(GL x log S2i)

fator de correção 1,002778 239638,8 4 20 107,5321

X2 corrigido 0,135746 homogêneas

X2 tabelado 9,488

GRÁFICO 57 – DEMOSTRAÇAO GRÁFICA DAS DIFERENÇAS ENTRE AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA DOS CLONES DE E. grandis

TABELA 59 - TESTE DE BARLETT PARA A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3) DOS CINCO TRATAMENTOS DE E . saligna

Clone 6 Clone 7 Clone 8 Clone 9 Clone 10431,3897 468,6575 452,5748 452,5748 512,2048496,5315 478,1194 459,7503 459,7503 511,1343425,0793 440,936 504,098 504,098 521,5742430,897 484,9922 465,7729 465,7729 513,0753372,5582 470,5822 421,7069 421,7069 510,9007

X2 0,123075 Média S2i GL

⅀GL ⅀(GL x log S2

i)fator de correção 1,002778 274361,5 4 20 108,713

X2 corrigido 0,122734 homogêneas

X2 tabelado 9,488

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GRÁFICO 58 - DEMOSTRAÇAO GRÁFICA DAS DIFERENÇAS ENTRE AS MÉDIAS DE MASSA ESPECÍFICA BÁSICA DOS CLONES DE E. saligna

TABELA 60 – TESTE DE BARTELET PARA O EFEITO DA ESPÉCIE E DO DIÂMETRO SOBRE A MASSA ESPECÍFICA BÁSICA (G/CM3)

Teste de homogeneidade das variâncias Dependent Variable: Massa específica

Mean Std. Error 95% Confidence IntervalLower Bound Upper Bound

478,086 3,803 470,493 485,678

TABELA 61 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA OS RENDIMENTOS DAS ESPÉCIES

Teste da homogeneidade das Variâncias Bartlett's Teste Approx. Chi-Square 206,855

DF 3Sig. ,000

TABELA 62 – TESTE DE BARTLETT PARA VARIÂNCIAS DE RENDIMENTO DOS CLONES DE E. dunnii

Test of Homogeneity of Variancesa

RendimentoCLevene Statistic df1 df2 Sig.

1,047 4 20 ,408a. Espécie = E dunnii

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GRÁFICO 59 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. dunnii

TABELA 63 – TESTE DE BARTLETT PARA VARIÂNCIAS DE RENDIMENTO DESCOBTADO AS RACHADURAS DOS CLONES DE E. dunnii

Test of Homogeneity of Variancesa

Rendimento descontando as rachadurasLevene Statistic df1 df2 Sig.

,904 4 20 ,480a. Espécie = E dunnii

GRÁFICO 60 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS MÉDIAS DOS RENDIMENTOS EM MADEIRA SERRADA DESCONTADO AS RACHADURAS NOS CLONES DE E. dunnii

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TABELA 64 – TESTE DE BARTLETT PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DOS CLONES DE E. saligna

Test of Homogeneity of Variancesa

RendimentoLevene Statistic df1 df2 Sig.

3,220 4 20 ,034a. Espécie = E saligna

GRÁFICO 61 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO PARA OS CLONES DE E. saligna

TABELA 65 – TESTE DE BARTLETT PARA AS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTADO AS RACHADURAS DE DESTOPO PARA OS CLONES DE E. saligna

Test of Homogeneity of Variancesa

Rendimento descontando as rachadurasLevene Statistic df1 df2 Sig.

1,656 4 20 ,200a. Espécie = E saligna

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GRÁFICO 62 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO DESCONTANDO AS RACHADURAS PARA OS CLONES DE E. saligna

TABELA 66 – TESTE DE BARTLETT PARA MÉDIAS DOS RENDIMENTOS DOS CLONES DE E.grandis

Test of Homogeneity of Variancesa

RendimentoLevene Statistic df1 df2 Sig.

7,807 4 20 ,001a. Espécie = E. grandis

GRÁFICO 63 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS MÉDIAS DE RENDIMENTO EM MADEIRA SERRADA PARA OS CLONES DE E. grandis

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TABELA 67- TESTE DE HOMOGENIEDADE DAS VARIÂNCIAS PARA OS DESBITOLAMENTOS

Teste de homogeneidade das variânciasLevene Statistic df1 df2 Sig.

Desbitolamento em espessura ,563 2 72 ,572Desbitolamento em laragura ,901 2 72 ,411

Aceita a hipotese da nulidade a. Design: + especie + diametro

TABELA 68 – ANALISE DE VARIÂNCIA PARA OS DESBITOLAMENTOS

ANOVAFonte de variação

Soma dos quadrados

Graus de liberdade

Quadrado médio dos erro F Sig.

Desbitolamento em espessura

Entre os grupos ,000 2 ,000 ,054 ,947Dentro do grupo ,257 72 ,004

Total ,258 74Desbitolamento

em larguraEntre os grupos ,228 2 ,114 ,605 ,549Dentro do grupo 13,570 72 ,188

Total 13,798 74

TABELA 69 – TESTE HOMOGENIEDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O INDICE E PARA O EFEITO DO DIÂMETRO DO ÍNDICE E

Teste de homogeneidade das variânciasa

Variável dempendente ipóte EF df1 df2 Sig.

2,247 8 66 ,035Aceita a hipótese da nulidade

a. Design: + espécie + diâmetro

TABELA 70 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DAS TRÊS ESPÉCIES

Test of Homogeneity of VariancesÍndice E médio

Levene Statistic df1 df2 Sig.3,491 2 856 ,031

TABELA 71- COMPARAÇAO DE MÉDIAS ENTRE OS ÍNDICES DE ENCURVAMENTO DAS TÁBUAS DAS TRES ESPÉCIES

Espécie N Subset1 2

E. grandis 25 3,07989E dunnii 25 3,99341 3,99341E saligna 25 4,17205

Sig. ,069 ,898

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Means for groups in homogeneous subsets are displayed. Based on observed means.

The error term is Mean Square(Error) = 2,041.a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 25,000.

b. Alpha =

GRÁFICO 64 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DIFENRENÇAS DE ÍNDICES DE ENCURVAMENTO PARA AS TRÊS ESPÉCIES

TABELA 72 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA O INDICE DE ENCURVAMENTO SOB O EFEITO DA CLASSE DIAMÉTRICA E DA ESPÉCIE

Indice ETukey HSD

classediametricac NSubset for alpha = 0.051

Toras grossas E. grandis8 2,98369Toras finas E. grandis 8 3,03449

Toras grossas E. saligna 8 3,18334Toras médias E. grandis 9 3,20574Toras médias E. dunnii 9 3,71819Toras grossas E. dunnii 8 3,74553Toras finas E. saligna 8 4,28630Toras finas E. dunnii 8 4,55092

Toras médias E. saligna 9 4,94936Sig. ,134

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 8,308.

b. The group sizes are unequal. The harmonic mean of the group sizes is used. Type I error levels are not guaranteed.

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TABELA 73 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS PARA O ÍNDICE DE ARQUEAMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

Levene's Test of Equality of Error Variancesa

Dependent Variable: Indice AF df1 df2 Sig.

3,992 8 66 ,001Tests the null hypothesis that the error

variance of the dependent variable is equal across groups.

a. Design: Intercept + Espécie + Classe diamétrica + Espécie * Classe diamétrica

TABELA 74 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO ENTRE AS ESPÉCIES

Indice de arqueamento médioTukey HSD

Espécie N Subset1 2

E. grandis 25 1,89829E dunnii 25 2,71085 2,71085E saligna 25 2,89280

Sig. ,060 ,862Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

Based on observed means. The error term is Mean Square(Error) = 1,533.a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 25,000.

b. Alpha =

TABELA 75 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DO ÍNDICE DE ARQUEAMENTO SOB O EFEITO DA ESPÉCIE E DA CLASSE DIAMÉTRICA

IndiceATukey HSD

Classe diamétrica N Subset for alpha = 0.05

1Toras grossas E. grandis 8 1,72742Toras médias E. grandis 9 1,79692

Toras finas E. grandis 8 2,18320Toras grossas E. dunnii 8 2,30681Toras grossas E. saligna 8 2,49459Toras médias E. dunnii 9 2,76760Toras finas E. saligna 8 2,83436Toras finas E. dunnii 8 3,05106

Toras médias E. saligna 9 3,29871Sig. ,212

Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 8,308.b. The group sizes are unequal. The harmonic mean of

the group sizes is used. Type I error levels are not guaranteed.

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GRÁFICO 65 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ÍNDICES DE ARQUEAMENTO DAS TRÊS ESPÉCIES NAS DIFERENTES CLASSES DIAMÉTRICAS

TABELA 76 – TESTE DE HOMOGENEIDADE DAS VARIÂNCIAS

Homogeneidade das VariânciasVariável dempendente espéci R

F df1 df2 Sig.4,621 8 66 ,000Aceita a espécie da nulidade

a. Design: + espécie + diametro

TABELA 77 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS ÍNDICES DE RACHAMENTO ENTRE AS ESPÉCIES

indicedeRTukey HSD

Espécie N Subset1

E dunnii 25 10,87440E saligna 25 13,08362E. grandis 25 13,79832

Sig. ,499Means for groups in homogeneous

subsets are displayed. Based on observed means.

The error term is Mean Square(Error) = 83,749.

a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 25,000.b. Alpha =

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TABELA 78 – COMPARAÇÃO DE MÉDIAS ENTRE OS ÍNDICES DE RACHAMENTO SOB O EFEITO DA CLASSE DIAMÉTRICA

indicedeRTukey HSD

classediametricac N Subset for alpha = 0.051 2

Toras grossas E. dunnii 8 6,55125Toras médias E. grandis 9 9,80979 9,80979Toras grossas E. grandis 8 10,08125 10,08125Toras grossas E. saligna 8 10,11909 10,11909Toras médias E. dunnii 9 12,02111 12,02111Toras médias E. saligna 9 13,29649 13,29649

Toras finas E. dunnii 8 13,90750 13,90750Toras finas E. saligna 8 15,80868 15,80868Toras finas E. grandis 8 22,00249

Sig. ,508 ,163Means for groups in homogeneous subsets are displayed.

a. Uses Harmonic Mean Sample Size = 8,308.b. The group sizes are unequal. The harmonic mean of the group

sizes is used. Type I error levels are not guaranteed.

GRÁFICO 66 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO INDICE DE RACHAMENTO POR ESPÉCIE E POR CLASSE DIAMÉTRICA