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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PEDAGOGIA EMPRESARIAL, PARA QUÊ?
CONTEXTO E CONTRIBUIÇÕES
Por: Ana Paula Soares Sobral
Orientador
Prof. Rodrigo Monteiro Rosa
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PEDAGOGIA EMPRESARIAL, PARA QUÊ?
CONTEXTO E CONTRIBUIÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Pedagogia Empresarial
Por: Ana Paula Soares Sobral.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que tudo faz por
mim, por todas as boas realizações;
À minha mãe e ao meu pai por
todo o apoio;
À minha irmã por contribuir em
tornar possível para mim a realização
desta pós-graduação.
Obrigada por tudo. Vocês moram
no meu coração.
Agradeço a todos que me
incentivaram ao longo da minha
trajetória de estudos.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha
família.
5
RESUMO
A pedagogia empresarial surgiu frente às exigências do mundo
empresarial, e a atuação do pedagogo na empresa é relativamente recente no
cenário brasileiro. Diante disso, o objetivo principal deste estudo é evidenciar a
importância assumida pela pedagogia no âmbito empresarial. Para tanto, o
presente trabalho fala da especificidade da pedagogia como ciência da
educação e do pedagogo como profissional especializado, explicita o papel
desempenhado pelo pedagogo na empresa, em que contexto global se insere
sua demanda, e as contribuições da pedagogia às organizações, frente às
exigências de um mercado altamente dinâmico, mutável e competitivo.
6
METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e
embasamento teórico. A leitura de livros e artigos, referentes à área e ao tema
de investigação, possibilitou respostas à problemática inicial. Esta será
discutida a luz de variados autores como Ribeiro (2010), Cadinha (2011), Holtz
(2006), Chiavenato (2009), Libâneo (2000), Miller (2012), que abordam o
assunto da pesquisa e temas correlatos. O presente estudo de investigação
científica, em sua elaboração, teve como principais nortes: contexto global,
atuação do pedagogo na empresa e contribuições da pedagogia no âmbito
empresarial.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Pedagogia e Educação: para além do espaço escolar 10
CAPÍTULO II - Contexto global 16
CAPÍTULO III – Pedagogia Empresarial 24
3.1 – Atuação do pedagogo na empresa 24 3.2 – Contribuições 30 CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 45
8
INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste trabalho é evidenciar a importância da
pedagogia na empresa. Para tal, procurar-se-á entender o porquê da
pedagogia empresarial, explicitar o papel desempenhado pelo pedagogo na
empresa e evidenciar as contribuições da pedagogia no âmbito empresarial.
Visto que, no contexto brasileiro, a atuação do pedagogo empresarial é
relativamente recente, o presente estudo justifica-se por representar
contribuições ao campo, para entender melhor a atuação do pedagogo em
ambientes não escolares – no caso, a empresa – e as contribuições que
representa às organizações no cenário atual.
A pedagogia empresarial surgiu diante das exigências do mundo
empresarial. Atualmente, no contexto da globalização, desenvolvimento
tecnológico e Era da Informação, em que a palavra de ordem é a mudança,
exige-se de indivíduos e empresas atualização constante.
Partimos da prerrogativa de que o pedagogo empresarial é fundamental
durante o processo de mudança nas organizações, frente às necessidades e
exigências de um mercado mutável, dinâmico e competitivo. Isso porque a
mudança ocorre, sobretudo, através da aprendizagem, que é a especialidade
do pedagogo.
A presente monografia será desenvolvida em três capítulos, que tem em
vista responder os questionamentos norteadores desta pesquisa, cujo cerne
está na problemática da importância da pedagogia na empresa e a
contribuição do pedagogo às organizações.
No primeiro capítulo, procurar-se-á compreender que a pedagogia não
se restringe ao espaço escolar e que se estende a outras esferas sociais e
ambientes, como a empresa. Entende-se por necessária tal abordagem como
9
uma forma introdutória ao assunto, já que a pedagogia comumente é
associada à escola. Tal abordagem permitirá mostrar a perspectiva da
pedagogia e da educação para além do espaço escolar. Além de evidenciar a
especificidade da pedagogia como ciência da educação e do pedagogo como
profissional que domina as técnicas e metodologias educacionais.
O segundo capítulo, por sua vez, tem o objetivo de entender o porquê
da pedagogia na empresa, isto é, o contexto em que se insere esta demanda.
Para tal, serão explicitadas características do cenário global, como o que diz
respeito à relação entre trabalho e educação, à dinâmica e exigência do
mercado, à valorização do capital humano e ao que se espera das empresas
hoje.
Por fim, e não menos importante, o terceiro capítulo tem em vista,
primeiramente, explicitar o papel desempenhado pelo pedagogo na empresa e,
em seguida, evidenciar a contribuição da pedagogia no âmbito empresarial. O
objetivo específico deste capítulo, cabe ressaltar, não é dar detalhes
minuciosos e específicos da singularidade do trabalho pedagógico realizado na
empresa, mas sim, dar uma visão geral da dimensão do trabalho do pedagogo
no âmbito empresarial, constatando sua contribuição.
O encerramento do estudo se dará com a conclusão, que esboçará as
considerações finais a respeito do explícito no texto, respondendo-se a
problemática inicial sobre a importância da pedagogia na empresa.
Sintetizando, o presente trabalho monográfico, então, procura mostrar
que a pedagogia não se restringe ao espaço escolar; explicita campos de
atuação do pedagogo empresarial; em que contexto se insere sua demanda e
as contribuições da pedagogia à empresa; evidenciando, assim, sua
importância no ambiente organizacional.
10
CAPÍTULO I
PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO: PARA ALÉM DO
ESPAÇO ESCOLAR
A pedagogia não se restringe ao espaço escolar. Também não existe
apenas uma forma, um conceito ou um modelo de educação. Ela está
presente em diferentes espaços durante a vida do indivíduo, em todos os
mundos sociais, ocorrendo em diversos âmbitos: família, igreja, escola,
associações, mídia, empresas, dentre outros.
De forma geral, a educação diz respeito ao processo de
desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano1. Ela
é “ o conjunto de ações, processos, influências e estruturas que intervêm no
desenvolvimento humano, na sua relação ativa com o meio natural e social,
em um contexto de relação entre grupos e classes sociais” (CADINHA, 2011,
p.32).
Libâneo (2007) salienta:
As práticas educativas não se restringem a escola ou à
família. Elas ocorrem em todos os contextos e âmbitos da
existência individual e social humana, de modo
institucionalizado ou não, sob várias modalidades. Entre essas
práticas, há as que acontecem de forma difusa e dispersa, são
as que ocorrem nos processos de aquisição de saberes e
modos de ação de moda não intencional e não
institucionalizado, configurando a educação informal. Há,
também, as práticas educativas realizadas em instituições não
convencionais de educação, mas com certo nível de
intencionalidade e sistematização, tais como as que se
verificam nas organizações profissionais, nos meios de
11
comunicação, nas agências formativas para grupos sociais
específicos, caracterizando a educação não formal. Existem,
ainda, as práticas educativas com elevados graus de
intencionalidade, sistematização e institucionalização, como as
que se realizam nas escolas ou em outras instituições de
ensino, compreendendo o que o autor denomina educação
formal (Libâneo, 2007, p.513).
A educação que a escola oferece é apenas uma delas (LIBÂNEO apud
CADINHA, 2011), a chamanda educação formal, caracterizada pela
sistematização do ensino. A educação informal, por sua vez, configura-se no
próprio viver e conviver com outras pessoas, interação a partir da qual o
indivíduo se desenvolve e se transforma. Já a educação não formal é o que
ocorre, por exemplo, nas empresas que promovem formação profissional em
universidades corporativas, cursos de treinamento, aperfeiçoamento e
desenvolvimento de pessoal, dentre outros. Assim, como salienta Cadinha
(2011, p.20):
...todas essas modalidades de educação fazem
constatar que a ação pedagógica perpassa toda a sociedade,
extrapolando os âmbitos escolares formais, mostrando que o
campo científico da pedagogia é muito mais amplo do que se
pensa.
Desta forma, não existe uma só e única pedagogia. As diversas direções
da pedagogia tem por objeto a educação sobre os seus diferentes pontos de
vista. Nessa perspectiva, a pedagogia é a ciência que estuda, dentre outros, o
que é a educação e como esta deve ser e realizar-se. Ou seja, se ocupa com o
ser da educação, suas leis, normas e aplicação dessa à vida individual e
social.
1 Dicionário Aurélio.
12
O detalhamento das diferentes conceituações históricas definidas para o
termo, em seus respectivos contextos, transcende os objetivos deste estudo.
Porém, é oportuno ressaltar que, na definição moderna, a pedagogia é uma
ciência e uma arte, estando associada ao ensinar e ao educar (CARUSO, 2004
p.20).
Contemporaneamente, entende-se que a pedagogia não se ocupa
unicamente das crianças, mas também dos adolescentes e dos adultos. Afinal,
a educação não termina nunca. Desta forma, a pedagogia excede a escola, e
muito (CARUSO, 2004, p.21).
Libâneo (2007), que é favorável a especificidade da pedagogia, dos
estudos pedagógicos e do exercício profissional do pedagogo, defende o lugar
da pedagogia como ciência da educação:
A pedagogia é “ a ciência da e para a educação; ela
sintetiza as contribuições das demais ciências humanas e
sociais, conferindo unidade à multiplicidade dos enfoques
analíticos sobre os complexos e multifacetados
fenômenos/processos educativos” (LIBÂNEO, 2000).
Para ele, a existência da pedagogia justifica-se por ser um campo que
se ocupa do estudo sistemático das práticas educativas investigando sua
natureza, suas finalidades, processos necessários as mesmas, e explicitando
seus objetivos e formas de intervenção pedagógica, de acordo com as
necessidades de cada contexto. Assim sendo, é um campo de conhecimento
próprio, com objeto, problemática e métodos de investigação, constituindo-se
em ciência da educação (LIBÂNEO, 2007).
Sobre a pedagogia, Holtz salienta:
A pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e
princípios visando um programa de ação em relação a
13
formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades
da personalidade das pessoas, de acordo com ideias e
objetivos definidos (HOLTZ, p.3, 2006).
Segundo a mesma autora, a pedagogia é ciência porque investiga,
analisa, sistematiza e define qual será o objetivo da educação. É arte quando
“define a execução, aplica e põe em prática, de maneira mais inteligente e
eficaz, as tecnologias e o resultado das investigações das teorias concebidas
pelo pedagogo para atingir os objetivos da educação (HOLTS, p.12, 2006).
Ou seja, a pedagogia é uma ciência porque dispõe de unidade e
sistema, ela representa um conjunto organizado de conhecimentos sobre a
educação obtidos cientificamente, dispondo de uma série de regras, métodos
de observação, experimentação, compreensão, interpretação e avaliação para
resolver problemas educacionais. É uma arte pois é capaz de transformar o ser
humano a partir da escolha de uma maneira, momento e forma de utilizar os
conhecimentos em cada prática de ensino específica. Mas essas são apenas
algumas das dimensões que pode assumir frente a múltiplas realidades
educativas. Para Caruso:
...A pedagogia, então, prolonga-se cada vez mais no
tempo: o que se iniciou com a criança chegou aos adultos e
desenvolve-se até a terceira idade. A pedagogia ocupa-se da
escola, mas também da família, dos meios de comunicação e
de todas as outras instâncias ou agências que “educam”(...), a
própria pedagogia é tanto um saber sistemático – uma ciência
– como um saber mais localizado, específico, informal – uma
arte, um uso (CARUSO, p.22, 2004).
Cadinha conclui que a pedagogia é o campo do conhecimento científico
“que se ocupa do estudo sistemático da educação em suas várias
modalidades, e da prática educativa concreta, que se realiza em todos os
aspectos que formam uma sociedade” (CADINHA, 2011, p.21).
14
Ribeiro (2010b, p.9), por sua vez, menciona que:
...à pedagogia cabe investigar, estudar, aplicar e
aperfeiçoar e avaliar princípios com vistas a proposição de
ações (programa) potencializadoras das capacidades
humanas, por meio de situações de aprendizagem,
cuidadosamente planejadas em funçao de um propósito.
Nesta perspectiva, a pedagogia ocupa-se com a educação, abrangendo
as instituições, processos, práticas sociais, educação escolar e extra-
escolares. Enfim, a pedagogia tem como objeto de conhecimento a educação.
Logo, visto que várias são as práticas educativas na sociedade, várias são
também as áreas de atuação do pedagogo; inclusive na empresa:
...é quase unânime entre os estudiosos, hoje, o
entendimento de que as práticas educativas estendem-se as
mais variadas instâncias da vida social não se restringindo,
portanto, à escola e muito menos a docência, embora estas
devam ser a referência da formação do pedagogo escolar (...).
Em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter
de intencionalidade, há aí uma pedagogia (LIBÂNEO, 2000,
p.51).
Neste sentido, o pedagogo atua em todo lugar em que houver uma
prática educativa com uma intencionalidade; pois as práticas educativas não
se restringem a escola.
Ele é o profisisional que atua em várias instâncias da prática educativa,
“ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de
saberes e modos de ação” (LIBâNEO, p.52, 2000), atuando como gestor,
supervisor, planejador de políticas educacionais, professor, coordenador
pedagógico, dentre outros. Além desses, nas instâncias educativas não
escolares, os pedagogos podem atuar, por exemplo, como formadores,
15
consultores, orientadores de atividades pedagógicas em empresas,
movimentos sociais e editoras (LIBÂNEO, 2007).
Em outras palavras, “pedagogo é um profissional que lida com fatos,
estruturas, contextos, situações referentes à prática educativa em suas várias
modalidades e manifestações” (LIBÂNEO, p.52, 2000).
Nas palavras de Candinha (2011, p.17), os pedagogos são:
...os especialistas que se dedicam às atividades de
pesquisa, documentação, formação profissional, gestão
educacional, orientação pedagógica, animação sociocultural,
formação continuada em empresas, escolas e em outras
instituições – (sendo, então, vasto o seu campo de atuação).
Assim, o pedagogo é um estudioso das ações educativas
(CADINHA,2011) é um condutor do comportamento das pessoas em direção a
um objetivo determinado, é o especialista em pedagogia, a ciência e a arte da
educação; é o especialista em conduzir o comportamento das pessoas para
uma mudança (aprendizagem) em direção aos objetivos da educação (HOLTZ,
2006). Ou seja, o pedagogo é um especialista em educação que, através do
planejamento, execução e avaliação de projetos e programas educacionais,
conduz a aprendizagem em direção a um objetivo estabelecido.
Evidencia-se, assim, a especificidade da pedagogia como ciência da
educação e do pedagogo como profissional que domina as técnicas, métodos
e conhecimentos referentes ao planejamento e prática pedagógicos.
Desta forma, por ser sua especialidade, muito pode contribuir nos
processos educacionais tão necessários à dinâmica empresarial, como
veremos a seguir. Falaremos da pedagogia na empresa, atuação do pedagogo
e suas contribuições em um capítulo específico, mas antes, faz-se necessário
entender o contexto em que se insere esta demanda.
16
CAPÍTULO II
CONTEXTO GLOBAL
Vive-se em um mundo onde o
conhecimento está constantemente mudando e com uma rapidez imensurável (Marcia Cadinha)
A pedagogia na empresa surgiu diante das exigências do mundo
empresarial. Nessa perspectiva, o objetivo principal deste capítulo é fazer um
esboço do cenário global, entendendo em que contexto se insere a demanda e
o surgimento da pedagogia empresarial.
Atualmente, a educação vem sendo tratada como um fator fundamental
para o desenvolvimento econômico, sendo a educação para o trabalho
encarada como uma forma de investimento e capital que agregam valor. Mas,
nem sempre foi assim. A relação trabalho e educação, porém, é antiga. A
respeito disso cabe rapidamente algumas considerações para efeitos de
comparação.
Nas sociedades primitivas, por exemplo, existia o modo coletivo de
produção e a educação coincidia com o próprio processo de trabalho. No
entanto, com a divisão dos homens em classes sociais ocorreu também a
‘divisão da educação’ e dos que precisavam ou não trabalhar. Desta forma, o
desenvolvimento da sociedade de classes, desde a Antiguidade, passando
pela sociedade feudal, consumou a separação entre educação e trabalho
(SAVIANI, 2007).
Mas, a relação entre trabalho e educação sofreu mudanças a partir da
emergência do modo de produção capitalista. Com a Revolução Industrial a
maior parte do trabalho manual passou a ser realizado por máquinas
controladas e construídas a partir da inteligência humana.
17
Ao contrário do artesão medieval, o operário moderno, submetido a
produção em série, não participava de todas as etapas do processo de
produção, perdendo o controle de conjunto da mesma, a visão do todo e o
produto final de seu trabalho. Ocorreu, também, a simplificação do trabalho
manual realizado pelo homem, através da potencialização das máquinas
usadas por ele para a execução das tarefas.
Nesse contexto, houve a generalização da educação básica, que
pretendia a socialização dos indivíduos na lógica das sociedades modernas e a
transmissão, através do currículo escolar, de um grau de qualificação
necessário para o ingresso no mercado de trabalho. Trabalhos que exigiam
qualificação específica, por sua vez, contariam com a existência de cursos
profissionais, a fim de preparar mão de obra qualificada.
Dessa forma, a Revolução Industrial, no âmbito do sistema capitalista de
produção, acabou desencadeando mudanças na relação trabalho-educação,
pois fez a escola se ligar ao mundo da produção.
Nas décadas de 1960 e 1970, ocorreram mudanças nos processos
produtivos que exigiram maior escolaridade na formação e qualificação de
trabalhadores. Gradativamente, no contexto do surgimento de novas
tecnologias e automação do processo de trabalho, a mão-de-obra mostrou-se
despreparada para acompanhar as mudanças ocorridas, levando o mercado
de trabalho a exigir a profissionalização dos trabalhadores para atender as
demandas. Mas a escola não atendia as espectativas do mercado. Então, a
formação profissional acabava ocorrendo no próprio local de trabalho, através
de programas de treinamento.
Em 1990, houve a afirmação da sociedade do conhecimento. Com a
globalização, por sua vez, ocorreu o encurtamento das distâncias através do
desenvolvimento dos meios de transporte, telecomunicações e informática.
18
Como consequência das inovações tecnológicas e aumento do fluxo comercial
mundial, o mundo foi transformado numa grande aldeia global.
O avanço das redes de telecomunicações possibilitou a difusão de
informações entre as empresas, ligando os mercados do mundo. Nesse
processo, enfim, houve o estreitamento das relações comerciais entre países
e empresas, e a globalização sagrou-se como o processo de ‘integração’
econômica, social, cultural e política.
No âmbito empresarial, da década de 1970 até hoje, há o dilema da
necessidade de atingir a eficácia organizacional em um ambiente
profundamente dinâmico, complexo e mutável. Espera-se, por exemplo, que as
organizações sejam flexíveis e adaptáveis, mas também estáveis e
controladas, o que mostra a complexidade das organizações atuais2.
Após 1990, na Era da Informação, a cultura organizacional caracteriza-
se fundamentalmente pela mudança, inovação e gestão do conhecimento. Isto
é, o ambiente organizacional - mais imprevisível – está sujeito a grandes e
frequentes mudanças. Houve, com isso, a valorização e incentivo ao
desenvolvimento das pessoas em suas habilidades e competências, tendo em
vista a sustentabilidade das organizações.
Assim, atualmente, o cenário da globalização, desenvolvimento
tecnológico, sociedade do conhecimento, mercado altamente competitivo e em
constante mutação exigem de indivíduos e empresas atualização constante
para não se tornarem obsoletos frente às novas exigências profissionais e do
mercado.
Vale lembrar que, na sociedade industrial, o trabalhador era um mero
executor de ordens realizando movimentos repetitivos e padronizados. Ou
2 Quinn, Robert E. et alli. Competências Gerenciais: Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
19
seja, antes o trabalhador era um mero fator produtivo homogêneo e
substituível; sua substituição não representaria prejuízo para a quantidade e
qualidade do trabalho e produção (PIRES, 2005). Hoje, porém, existem novas
relações de trabalho e intensa inovação tecnológica, em uma sociedade
baseada em insumos de conhecimento.
Em meio a isso “buscam-se profissionais polivalentes, com iniciativa,
empreendedores, atuantes, que estão sempre se atualizando” (CADINHA,
2011, p.25). As empresas buscam profissionais competentes que saibam
liderar e trabalhar em equipe. Sem perder de vista que, na atual era da
informação, “a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou
(inclusive) mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em
uma empresa”. Assim, o novo profissional precisa ousar, ter iniciativa, não ser
resistente a mudança, estar sempre se atualizando, ter flexibilidade, etc.
As empresas, para continuarem competitivas, buscam mão-de-obra
qualificada e investem na educação continuada de seus
funcionários/colaboradores. Isto porque, no cenário organizacional, a educação
é entendida como um capital pertencente a cada indivíduo.
Nosso objetivo, nesse momento, não é entrar no viés do debate teórico
e crítico entre diferentes autores sobre a Teoria do Capital Humano (TCH),
mas explicitar seu conceito, principais pontos e evidenciar a importância
atribuída ao capital humano para o desenvolvimento econômico, e os efeitos
disso nas corporações.
O conceito de capital humano teve origem durante a década de 1950,
com contribuições de Theodore W. Schultz e Gary Becker, dentre outros. O
capital humano foi definido como “o conjunto de habilidades e conhecimentos
que elevam a produtividade do trabalhador individual: instrução, saúde,
treinamento prático e busca informal de conhecimento” (VICENZI, 1983, p.22).
20
Isto é, parte-se do princípio de que os conhecimentos e habilidades
assumem valor econômico e as diferenciadas formas de investimento no
“humano” contribuem para a superioridade da produção. Nessa perspectiva, tal
conceito estabelece o fator humano – qualificado, sobretudo, através da
educação - como fundamental para o aumento da produtividade.
Em sua origem, a Teoria do Capital Humano (TCH) atribuía à educação
a função de preparar mão-de-obra qualificada, tão necessária à
competitividade das empresas, associando a educação ao crescimento
econômico. A suposição era de que a educação elevaria o nível de
desenvolvimento cognitivo e a competência técnica dos indivíduos (VICENZI,
1983). Desta forma, segundo a Teoria do Capital Humano, quanto maior o
investimento em capital humano, maior a produtividade.
Ou seja, em linhas gerais, essa concepção tinha em vista relacionar os
ganhos de produtividade ao fator humano na produção, chegando à conclusão
de que a qualificação do trabalho humano, através da educação, era
imprescindível para o aumento da produtividade e lucro.
Segundo Schultz (1971), defensor da TCH, o homem é uma fonte de
riqueza e o trabalho humano, qualificado por meio da educação, um dos mais
importantes meios para a ampliação da produtividade econômica, e, portanto,
das taxas de lucro do capital.
Nesse sentido, ao relacionar o capital humano ao desenvolvimento
econômico, ele propôs “tratar a educação como um investimento e tratar suas
consequências como uma forma de capital”. Uma das contribuições positivas
dessa concepção foi a preocupação das empresas com o bem estar dos seus
funcionários.
Pires (2005) menciona que mesmo de forma indireta e sem explicitar o
conceito tal como é hoje, os economistas, desde os clássicos, se referiram ao
21
“capital humano.” Segundo o mesmo autor, o papel do indivíduo capacitado na
ampliação da produtividade também está presente nas teorias recentes que
identificam o domínio do conhecimento tecnológico como a base da
competitividade. Isto é, vê o capital humano como fator de crescimento
importante.
O fato é que, atualmente, as organizações mudam rapidamente graças
aos avanços tecnológicos, rapidez dos fluxos de informações e dinâmica do
mercado. Diante disso, Schumpeter (1942) chama atenção para a necessidade
de modernização, inovação e atualização, pois:
...não há espaço para empresas que não sejam
inovadoras, isto é, que logicamente, precisam mais e mais de
capital humano, gente com capacidade para criar, inovar e não
apenas para executar tarefas rotineiras de baixa qualidade.
(PIRES, 2005, p.80)
Na teoria administrativa do capital humano é central o papel da
empresa. Pires (2005, p.83) salienta que nessa teoria o que importa é:
...como os indivíduos devem se preparar, capacitando-
se sempre para serem empregáveis e como as empresas
devem incentivar este comportamento e organizar-se para
atrair e reter os proprietários dos melhores capitais humanos. É
forte a ideia de organização aprendente e de organização que
promove o aprendizado constante de seus colaboradores.
Por isso, as empresas investem na educação continuada, treinamento,
aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus colaboradores, tendo em vista a
consecução dos objetivos organizacionais e a manutenção da competitividade
da empresa, frente a um mercado tão dinâmico e competitivo. Assim, na atual
era do conhecimento na qual vivemos:
22
...as empresas passam a dar mais importância para o
que há de mais valioso dentro do seu espaço organizacional –
o capital intelectual de seus profissionais – único diferencial
capaz de manter o acervo de informações e conhecimentos
das empresas, tornando-as mais valiosas e competitivas no
mercado (Cadinha, 2011, p.26).
O capital intelectual visto, assim, como essencial à empresa, consiste
em todos os ativos intangíveis da organização, englobando capital humano,
capital estrutural e capital de relação. E como capital é potencial de produção.
Pode-se dizer que o capital intelectual caracteriza-se pelas formas como as
informações são utilizadas e aplicadas, gerando conhecimentos e saber na
organização e agregando valor a mesma (WERNKE, LEMBECK, BORNIA,
2003).
As empresas, hoje, para continuarem competitivas, têm que
acompanhar as mudanças e exigências do mercado. Isso inclui o
desenvolvimento do seu capital intelectual, com investimento em estrutura,
satisfação do cliente e na qualificação dos seus colaboradores de forma a
otimizar o trabalho em direção à consecução dos objetivos estabelecidos pela
empresa.
Assim, em uma sociedade baseada em insumos de conhecimento, em
que o conhecimento assumiu valor econômico, o capital intelectual da
organização, do qual o capital humano faz parte, mostra-se como um bem da
empresa capaz de contribuir para aumentar a produtividade, mantendo-a
competitiva no mercado.
Diante de tudo isso, o pedagogo empresarial é o profissional que se
insere no ambiente de constante aprendizagem no meio organizacional,
delineado pelas necessidades frequentes de mudança impostas pelo mercado.
23
Nessa perspectiva, o pedagogo como profissional da educação,
especialista em aprendizagem, possui competências para planejamento de
programas educacionais e desenvolvimento do processo de formação
continuada tão imprescindível para a sobrevivência das organizações no atual
contexto de mudanças contínuas e mercado altamente competitivo.
24
CAPÍTULO III
PEDAGOGIA EMPRESARIAL
A atuação do pedagogo na empresa é recente no contexto brasileiro,
devido a necessidade de formação e preparação dos recursos humanos.
O objetivo específico deste capítulo é dar uma visão geral da dimensão
do trabalho do pedagogo no âmbito empresarial, a luz de diferentes autores,
evidenciando a contribuição e importância da pedagogia empresarial.
Primeiramente, será exposto o papel desempenhado pelo pedagogo na
empresa e, em seguida, a contribuição da pedagogia no ambiente
organizacional.
3.1 - Atuação do pedagogo na empresa
Como visto no primeiro capítulo, a pedagogia não se restringe ao
espaço escolar. Pedagogia é a ciência da educação e o pedagogo é o
profissional que desenvolve ações educativas em áreas ligadas à educação,
atuando em instituições escolares e não escolares, pois o fenômeno
educacional é amplo. Logo, como amplas são as práticas educativas, amplo
também é o campo de atuação do pedagogo, inclusive na empresa.
Quanto ao aspecto conceitual, pode-se dizer que a pedagogia
empresarial diz respeito às atividades de estímulo ao desenvolvimento pessoal
e profissional dentro das empresas (CADINHA, 2011).
Para Holtz (2006, p.3), a empresa e a pedagogia tem o mesmo objetivo
em relação às pessoas. Ela salienta que tanto a empresa quanto a pedagogia
25
buscam realizar ideias e objetivos definidos, “no trabalho de provocar
mudanças no comportamento das pessoas”.
Segundo a autora, dentre os objetivos específicos da pedagogia na
empresa, estão:
Investigar dificuldades dos funcionários, chefe e ambiente;
Estudar e apurar os resultados da atividade especulativa;
Preparar os funcionários para a vida mais produtiva e
realizada;
Cultivar as faculdades do ser humano de maneira
progressiva e formal;
Contribuir para o processo de adaptação ao meio
(empresa);
Desenvolver e utilizar as potencialidades da pessoa
humana.
Na atual Era do Conhecimento, o cenário global é caracterizado por
intensas e rápidas mudanças, o que exige das pessoas e organizações
aprendizagem contínua se pretendem atingir vantagem competitiva (TORRES,
2009).
Ou seja, nas empresas, as mudanças precisam ocorrer frequentemente
devido aos avanços tecnológicos, novas descobertas, dinâmica e demanda do
mercado. Nessa perspectiva, busca-se não só a qualificação e atualização
constante dos funcionários, mas também mudanças de comportamento com o
objetivo de melhorar a produtividade. Para tal, faz-se necessário experiências
programadas; um processo educativo, não apenas instrutivo, de forma que o
desenvolvimento dos colaboradores esteja alinhado às estratégias da
organização, para agregar valor à mesma.
26
Tendo em vista alcançar os objetivos definidos, a empresa, através da
pedagogia, age no sentido de provocar as mudanças necessárias no
comportamento das pessoas. Esse processo de mudança chama-se
aprendizagem, que é a especialidade do pedagogo (CADINHA, 2011).
Aprendizagem esta indispensável para adaptar as pessoas a novos ambientes,
realidades e necessidades que apareçam.
O pedagogo empresarial é o profissional que se insere nesse ambiente
de constante aprendizagem no meio organizacional, delineado pelas
necessidades frequentes de mudança impostas pelo mercado.
Cadinha (2011) salienta que ele é o profissional capacitado e
responsável para desenvolver nas empresas e no trabalhador as necessidades
e demandas que se apresentam quanto ao perfil do profissional que se espera
atualmente. E mais, é o profissional capaz de ampliar as esferas da educação,
gerindo projetos pedagógicos, atuando como formador de profissionais nas
empresas.
Segundo a mesma autora, o pedagogo, na empresa, lida com o
processo de aprendizagem para aplicação prática na vida diária, aprendizagem
baseada na experiência, discussão e resolução de problemas em grupo. “A
educação torna-se, assim, a mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e
sua interação com o meio ambiente no qual esta inserido” (CADINHA, 2011,
p.16). Cabe à pedagogia organizar esses processos educativos.
O pedagogo empresarial tem formação para atuar em processos de
planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento do
corpo funcional da empresa (RIBEIRO, 2010a). Também desenvolve
instrumentos para observação dos funcionários, para obtenção de informações
a respeito dos mesmos e orienta as pessoas a encontrar soluções para
problemas relacionados, dentre outros, a pouca motivação e a baixa
produtividade no trabalho.
27
Seu trabalho tem em vista desenvolver nos profissionais competências,
isto é, conhecimentos (saber o que fazer), habilidades (saber como fazer) e
atitudes (comportamento humano – querer fazer).
Trabalha, por exemplo, no desenvolvimento de competências
imprescindíveis ao profissional contemporâneo, como: espírito de liderança,
flexibilidade e adaptabilidade, criatividade e produtividade, iniciativa e pró-
atividade, e busca por aprendizagem contínua.
Na área de desenvolvimento de recursos humanos (RH), o pedagogo
pode trabalhar com recrutamento e seleção, mas atua especialmente em
treinamento e aperfeiçoamento de pessoal com o objetivo de qualificar todo o
pessoal, elevando a qualidade e a produtividade da organização (FERREIRA
apud RIBEIRO, 2010a, p.9). Isto é, o pedagogo empresarial atua na gerência
de projetos para capacitação de pessoas, para otimização da produtividade, na
perspectiva da mudança. Não obstante, Cagliari (2009), em seus estudos,
salienta que a atuação do pedagogo empresarial representa verdadeiro
suporte para a área de gestão de pessoas.
No que diz respeito a sua atuação no departamento de recursos
humanos (RH), o foco está no funcionário. O pedagogo realiza atividades
ligadas ao planejamento, execução, supervisão e avaliação de programas de
treinamento, aperfeiçoamento, desenvolvimento, seleção e avaliação de
colaboradores da empresa.
Quanto a sua atuação em empresas, como editoras e organizações não
governamentais (Ongs) que trabalham com educação, ele desenvolve projetos
pedagógicos e estratégias para divulgação de serviços e produtos relacionados
à área. Além disso, o pedagogo, no âmbito empresarial, também pode prestar
28
serviços de consultoria, assessoria metodológica e planejamento educacional.
Sua atuação na empresa engloba3:
Analisar a necessidade de aprendizado de cada
funcionário e determinar a metodologia mais eficaz a ser utilizada;
Desenvolver e coordenar projetos educacionais que serão
utilizados no treinamento de funcionários ou para divulgação de
produtos;
Elaborar programas de avaliação de desempenho;
Trabalhar a cultura organizacional (valores e objetivos)
junto aos trabalhadores;
Pesquisar, analisar e selecionar cursos e projetos a serem
adotados pela empresa.
Enfim, em sua atuação o pedagogo empresarial tem a atenção voltada à
educação integral, influenciando e dando sugestões para melhorar a
produtividade das pessoas nas empresas (HOLTZ, 2006).
Segundo Holtz (2006), o papel do pedagogo na empresa é:
Solucionar problemas por meio da aprendizagem;
Conhecer e trabalhar para a consecução dos objetivos da
organização;
Conduzir as pessoas que trabalham na empresa na
direção dos objetivos estabelecidos;
Elaborar e coordenar projetos pedagógicos de treinamento,
aperfeiçoamento e desenvolvimento de pessoal, cursos, reuniões,
seleções, eventos, exposições.
3 Revista Vencer, edição 42, 2003. Empresas descobrem a importância da educação no trabalho e abrem as portas para pedagogo. Disponível em: http://educacaoexecutiva.com.br/documents/aprendendo_a_aprender.pdf
29
O pedagogo atua com treinamento, que é “o conjunto de procedimentos
formais que uma empresa utiliza para facilitar a aprendizagem de seus
funcionários” a fim de atingir os objetivos e fins da organização. (RIBEIRO,
2010a, p. 65)
Isto é, o pedagogo elabora e coordena treinamentos que são ações
dirigidas para desenvolver aptidões, habilidades e capacidades para
determinada atividade, conduzindo à qualidade e à produtividade.
O treinamento faz parte do sistema de recursos humanos, e o objetivo
do treinamento é a mudança de atitude, desenvolvimento de habilidades e
capacidades e a transmissão de técnicas e conhecimentos. Busca, assim,
sobretudo, o desenvolvimento de competências - conhecimentos, habilidades e
atitudes (RIBEIRO, 2010a).
Essa formação profissional nas organizações é feita para preparar o
funcionário para atuar no cargo, para o melhor desempenho das tarefas, para
reciclar e atualizar o funcionário, para melhorar o relacionamento interpessoal
e a interação na empresa, para estimular a permanência do funcionário na
organização e para aumentar a produtividade.
Cagliari (2009) afirma que o pedagogo empresarial, junto a outros
profissionais, conduz os processos de aprendizagem na forma de treinamentos
tendo-se em vista a mudança que se faz necessária. Ele direciona o
profissional na tarefa designada para um melhor aproveitamento de suas
qualidades, auxilia o desenvolvimento das competências e habilidades dos
colaboradores da empresa e age na estruturação e reestruturação do trabalho.
O pedagogo empresarial estabelece metas e propostas de
desenvolvimento pessoal e profissional estando atento à cultura
organizacional, plano estratégico e à dinâmica empresarial. Para Holtz (2006) e
Ribeiro (2010b): o pedagogo empresarial articula os propósitos organizacionais
30
e individuais, por isso, é um líder que interage com outros líderes na empresa,
como um articulador de interesses.
Por isso, ele precisa se atualizar permanentemente quanto à gestão e
compartilhamento de informações e conhecimentos “que impactam as
estratégias de treinamento, desenvolvimento e aprendizagem organizacional”
(Ribeiro, 2010b).
Cadinha (2011) reafirma esta perspectiva ao dizer que o pedagogo
empresarial é um articulador entre os desempenhos esperados e considerados
ideais para cada cargo/ função, e os desejos e aspirações das pessoas que
compõe a organização. E como articulador de interesses é um líder na
dinâmica organizacional (RIBEIRO, 2010b).
Como sua atuação está ligada diretamente ao processo de mudança
que se dá através da aprendizagem, muito tem a contribuir no dinâmico
espaço organizacional.
3.2 – Contribuições
Neste subcapítulo, o objetivo principal é evidenciar a importância que a
pedagogia e o pedagogo empresarial têm representado no espaço
organizacional.
O fato é que uma organização cria o seu conhecimento através das
pessoas (MILLER, 2012). Não obstante, para Chiavenato (2009), a área de
gestão de pessoas tem sido responsável pela excelência das organizações
bem sucedidas e simboliza também a importância que assumiu o fator humano
na atual era da informação.
Chiavenato (2010) afirma que a principal força que leva as empresas ao
sucesso são as pessoas que dela participam. Assim, saber como capacitá-las,
31
orientá-las, impulsioná-las e dar condições de participação constitui a base
fundamental do êxito empresarial.
Ribeiro (2010a) considera a empresa um espaço educativo e ressalta
que o principal fator de sucesso para qualquer empreendimento é o
desenvolvimento dos recursos humanos. Cadinha (2011, p.30), por sua vez,
salienta que as empresas precisam estar cientes de que um melhor
rendimento dos funcionários e o comprometimento destes com os objetivos da
organização são mais facilmente alcançados quando eles estão satisfeitos no
ambiente de trabalho, proporcionando o crescimento da empresa.
O homem é um ser complexo que age e interage com o meio, que o
influencia e por ele é influenciado; é um microcosmo, isto é, um todo dentro de
um todo organizacional, com o qual se relaciona. Como um ser complexo, o
seu desenvolvimento integral pode ampliar sua produtividade; estando esta
ampliação de produtividade relacionada às condições possibilitadas para o
desenvolvimento integral do indivíduo (HOLTZ, 2006, p.25). Cabe à pedagogia
buscar estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem,
apropriação de informações e conhecimentos” (CAGLIARI, 2009). Diante
disso:
A pedagogia empresarial, enquanto ciência ligada ao
desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, vem
contribuir para que as empresas desenvolvam esses seus
grandes ‘diamantes’ – o ser humano, em todos os seus
aspectos intelectual (conhecimentos e habilidades), social e
afetivo (atitudes) (CADINHA, 2011, p.30).
Segundo Ferreira apud Ribeiro (2010a, p.9) “um dos propósitos da
pedagogia na empresa é a de qualificar todo o pessoal da organização nas
áreas administrativa, operacional, gerencial, elevando a qualidade e
produtividade organizacional”. Para Ribeiro (2010b) a, então, formação de
recursos humanos é indispensável à melhoria da organização. O objetivo das
32
ações educativas, assim efetivadas, é a aquisição de conhecimentos, inserção
no meio culturalmente organizado, desenvolvimento de competências e
oportunização da mudança.
Evidencia-se que, diante do desenvolvimento científico e tecnológico, e
mercado altamente competitivo, dinâmico e mutável, a mudança na empresa
faz-se necessária. O papel da educação, nesse processo, é central, porque
toda mudança passa pela aprendizagem, ou seja, a mudança ocorre através
da educação. Nesta perspectiva, a pedagogia empresarial representa
contribuições significativas às organizações.
Miller (2012) afirma que a necessidade de mudar constitui em
oportunidade de a empresa crescer e melhorar. Para o autor, quando se fala
de mudança há diferentes aspectos como: tecnologia, estratégia, processos e
pessoas. O autor ressalta que para alterar os três primeiros é necessário
preparar as pessoas para a adoção da mudança, o que representa os maiores
desafios. Desta forma, a aprendizagem proporcionada pela pedagogia
empresarial facilita a mudança quando as pessoas tem que adotar novas
formas de atuação diferentes das que vinham realizando.
...a mudança constante é uma prerrogativa dos
processos de aprendizagem nas empresas (...) e o trabalho de
manutenção da qualificação profissional é acompanhado da
tarefa de preparar, apoiar e dirigir processos de mudança. (...)
O aprender transforma-se em uma parte integrante do
desenvolvimento da empresa" (RIBEIRO, 2010a, p.31).
Por isso a importância de investir no capital intelectual. “Na empresa, as
mudanças de comportamento devem acontecer, sempre com o objetivo de
melhorar a produtividade pessoal e, consequentemente, empresarial” (HOLTZ,
2006, p. 25)
33
Como o processo de mudança passa pela aprendizagem, cabe ao
pedagogo empresarial, especialista nesta matéria, orientar esse processo de
mudança através da aprendizagem, tão necessária na dinâmica da realidade
organizacional.
Segundo Ribeiro (2010b), as políticas de recursos humanos tem no
elemento humano o ponto-chave para mudanças mais efetivas. Sendo a
organização espaço de aprendizagem e estímulo ao desenvolvimento
profissional, o pedagogo empresarial realiza atividades de planejamento,
gestão, controle e avaliação de aprendizagem, contribuindo para a melhoria da
qualidade dos processos organizacionais.
Vale lembrar que a pedagogia empresarial é um elemento de
articulação, isto é, “se apresenta como uma ponte entre o desenvolvimento das
pessoas e as estratégias da organização” (CADINHA, 2011, p 32). Desta
forma, ela dá suporte a tão necessária estruturação da mudança e à aquisição
e ampliação de conhecimentos na empresa.
A pedagogia empresarial é importante, pois se ocupa com a mudança e
desenvolvimento de competências, que ocorrem através da implantação de
projetos de qualificação, estruturação do setor de treinamento e
desenvolvimento de programas de levantamento de necessidades de
treinamento (Ribeiro 2010). Nesta perspectiva, os treinamentos e programas
de formação profissional sustentam as mudanças e possibilitam melhores
resultados.
Holtz (2006, p 43) salienta que toda empresa almeja o sucesso, que
pode ser alcançado através de treinamento constante já que “treinar é tornar
apto, capaz para determinada atividade ou tarefa (...), também é exercitar-se
para algum fim; e afirma: “desde 1976 tenho acompanhado com orgulho e
satisfação, empresas alcançarem a vitória com treinamentos permanentes”.
34
Ribeiro (2010a, p.67), por sua vez, defende que na pedagogia
empresarial o treinamento possibilita vantagens, como: aumento da
produtividade; ser uma forma de diagnóstico; acompanhar e aprimorar
desempenhos; ser feedback permanente; valorizar o aprendiz; diminuir os
desperdícios e identificar potencialidades e talentos.
Para a autora, a pedagogia empresarial contribui para elevar a
competência técnica dos indivíduos e seu nível de desenvolvimento cognitivo.
Ela “procura favorecer o aperfeiçoamento do capital intelectual para o
desenvolvimento de novas competências que atendam ao mercado de
trabalho” (RIBEIRO, 2010b).
Além disso, a atuação do pedagogo na área de recursos humanos,
desenvolvendo dinâmicas de grupo para relações interpessoais mais
saudáveis no espaço de trabalho, aumenta a probabilidade de colaboração,
atingindo-se resultados satisfatórios.
Segundo Senge apud Cagliari (2009), a pedagogia empresarial
proporciona ambiente de aprendizado, desenvolvendo nas pessoas o
pensamento sistêmico, o domínio pessoal, modelos mentais, construção de
uma visão compartilhada e aprendizagem em equipe, aspectos fundamentais
nas organizações atualmente.
Ainda sobre as contribuições que a pedagogia representa para o espaço
organizacional, Holtz (2006, p.4) defende que as empresas são beneficiadas
pelos trabalhos e atividades pedagógicas: “tenho comprovado, cada vez mais,
a necessidade dos trabalhos pedagógicos dentro da empresa. A admiração
dos empresários pelos nossos trabalhos e resultados”.
Na perspectiva da especificidade do pedagogo para tal função, por sua
vez, Holtz (2006) afirma que: “quem pretende ensinar e educar (orientar,
35
influenciar), só consegue com os conhecimentos de pedagogia, que é o
conjunto das experiências e estudos sistematizados do fato educativo”.
Desta forma, o pedagogo, como especialista da educação, é
fundamental no processo de mudança, pois ele domina as técnicas e
metodologias educacionais. Sendo assim, é importante sua participação, para
otimização da esfera educacional e para consecução dos objetivos
empresariais estabelecidos.
Não obstante, o pedagogo, profissional cuja atuação está pautada na
dimensão humana, precisa atualizar-se permanentemente quanto à gestão,
compartilhamento de informações e conhecimentos que impactam as
estratégias de treinamento, desenvolvimento e aprendizagem organizacional.
Cagliari (2009), em seu estudo, afirma que o pedagogo empresarial
surge, diante disso, como nova ferramenta para o desenvolvimento
organizacional formando-se, assim, empresas aprendentes.
Assim, em uma sociedade baseada em insumos de conhecimento, em
que o conhecimento assumiu valor econômico, a pedagogia empresarial
mostra sua importância e contribuição diante de um ambiente organizacional
delineado pelas necessidades frequentes de mudança impostas por um
mercado altamente competitivo:
Ao investir no capital intelectual de seus funcionários, a
empresa estará assegurando a manutenção e a retenção de
seu quadro, contribuindo para a obtenção de elevados padrões
de qualidade de vida no trabalho e na excelência de
desempenho empresarial.
(...) “É inconcebível que uma empresa moderna não
veja que o investimento no seu capital intelectual é que faz a
diferença; vale mais investir na qualificação contínua de sua
36
equipe do que ficar trocando funcionário” (CADINHA, 2011,
p.26 e 29).
Hoje, evidencia-se que não basta a empresa preencher o quesito
“tecnicamente qualificada”; o fator humano representa o diferencial competitivo
para a empresa, significando seu sucesso. Por isso, o desenvolvimento do
capital intelectual da empresa é fundamental, e cabe ao pedagogo empresarial
orientar esse processo com demais profissionais especializados.
37
CONCLUSÃO
Atualmente, o cenário global, marcado pelo desenvolvimento
tecnológico, globalização, era da informação e mercado altamente competitivo
e em constante mutação, exige de indivíduos e empresas atualização
constante. Por isso, as empresas investem na educação continuada,
treinamento, aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus colaboradores,
tendo em vista a consecução dos objetivos organizacionais e a manutenção da
competitividade da empresa.
Diante do desenvolvimento dos processos produtivos, da necessidade
de requalificação profissional e de desenvolvimento de competências, dentre
outros, é necessária a aprendizagem contínua para promover a mudança nas
organizações, se estas pretendem continuar competitivas em um mercado
mutável e dinâmico.
Desta forma, evidencia-se que, na atual era do conhecimento, em que o
conhecimento adquiriu valor econômico, a educação continuada tornou-se
relevante, premente e ferramenta indispensável ao desenvolvimento
profissional e ao crescimento da empresa.
O fato é que, com o desenvolvimento e incorporação de novas
tecnologias e descobertas, a busca pela otimização da produtividade - de
forma que a empresa permaneça competitiva - aumenta a demanda por
qualificação dos funcionários e pelo desenvolvimento das competências
imprescindíveis ao sucesso do negócio.
Não obstante, a organização pautada na rotina cedeu lugar à mudança
e às permanentes transformações, fazendo com que o desafio das empresas,
hoje, seja obter das pessoas o compromisso da mudança constante (Ribeiro,
2010a).
38
Pode-se dizer que, no âmbito empresarial, da década de 1970 até hoje,
há o dilema da necessidade de atingir a eficácia organizacional em um
ambiente profundamente dinâmico, complexo e mutável. Espera-se, por
exemplo, que as organizações sejam flexíveis e adaptáveis, mas também
estáveis e controladas, o que mostra a complexidade das organizações atuais.
O ambiente empresarial, assim, mais imprevisível, está sujeito a grandes e
frequentes mudanças.
Nesta perspectiva, no contexto atual, a mudança configura-se como
necessária e vantajosa; um ponto crucial para as organizações. Toda mudança
passa pela aprendizagem, e na empresa não é diferente. O processo de
mudança torna-se possível através da aprendizagem, que ocorre por meio de
programas de treinamento e de formação profissional, elaborados pelo
pedagogo empresarial levando-se em conta a realidade e necessidade da
empresa.
São programas ligados, dentre outros, ao desenvolvimento de
competências, à ambientação de trabalhadores, a fatores atitudinais, ao
desenvolvimento cognitivo e à melhoria das relações interpessoais para
favorecer a efetivação de um bom clima organizacional, maior
comprometimento dos colaboradores e eficácia dos processos.
Cabe salientar que a pedagogia empresarial diz respeito às atividades
de estímulo ao desenvolvimento pessoal e profissional dentro das empresas
(CADINHA, 2011). Logo, pode-se dizer que o foco da pedagogia empresarial
esta no planejamento, capacitação, treinamento, atualização e
desenvolvimento dos trabalhadores. Ela possibilita a transmissão de
conhecimentos, pensamentos, usos e costumes em ensino coletivo e
individualizado:
Em meio a constante aprendizagem no meio
organizacional, o pedagogo empresarial aparece como o
condutor dos processos relacionados à construção do saber
39
prático e da educação como veículo do desenvolvimento
humano e social, a ser empregado no cotidiano das
organizações (Lucena, 2010).
A pedagogia é importante, pois dá suporte à estruturação das mudanças
e à aquisição e ampliação de conhecimentos na empresa, contribuindo em
desenvolver o capital intelectual da mesma, tão primordial na atualidade para a
empresa manter a competitividade no mercado.
Hoje, o fator humano representa o diferencial competitivo para a
empresa, possibilitando seu sucesso. Por isso, investir no capital humano é
fundamental à organização, e cabe ao pedagogo empresarial orientar esse
processo com demais profissionais especializados (CADINHA, 2011).
O pedagogo empresarial atua na área de gestão de pessoas; área essa,
salienta Chiavenato (2009), responsável pela excelência das organizações
bem sucedidas e que simboliza também a importância do fator humano na
atual era da informação.
O pedagogo é um profissional qualificado que domina conhecimentos
referentes à prática pedagógica, sendo o mais indicado para elaboração e
desenvolvimento de projetos e processos de ensino-aprendizagem,
treinamento e desenvolvimento de pessoal e avaliação.
O pedagogo na empresa trabalha com treinamento e desenvolvimento
de pessoal, conforme a política de recursos humanos da organização. Ele
elabora e coordena projetos pedagógicos, cursos, formação de capacitação,
seleção e aperfeiçoamento profissional na área dos recursos humanos, de
acordo com as necessidades da organização e a partir de diagnósticos feitos,
tendo em vista a melhoria da produtividade. Além disso, analisa necessidades
de aprimoramento de cada um e o método pedagógico mais adequado a ser
empregado para facilitar o aprendizado dos funcionários.
40
Assim, conjuntamente a outros profissionais, é responsável pelas
relações humanas nas empresas e corresponsável pela promoção de um clima
organizacional saudável ao propor projetos que interfiram positivamente no
comportamento das pessoas (HOLTZ, 2006, p 10).
O pedagogo, como especialista da educação, é fundamental no
processo de mudança nas organizações, que ocorre através da aprendizagem,
pois ele domina as técnicas e metodologias educacionais. Sendo assim, é
importante sua participação para otimização da esfera educacional e para a
consecução dos objetivos empresariais estabelecidos.
Enfim, a atuação do pedagogo na empresa, relacionada ao
planejamento, gestão, cotrole e avaliação da aprendizagem, tem em vista
alcançar a maior qualidade dos processos organizacionais. Assim:
...diante dos níveis de exigência ocorrida no mundo
empresarial, surge a pedagogia empresarial, um ramo da
pedagogia que se ocupa em delinear frentes para que ocorra o
desenvolvimento dos profissionais, como um diferencial entre
as empresa. Ela procura favorecer uma aprendizagem
significativa e o aperfeiçoamento do capital intelectual (produto
da pedagogia empresarial) para o desenvolvimento de novas
competências que atendam ao mercado de trabalho. Isso tudo
aliado às competências dos profissionais da área
administrativa e psicológica (CADINHA,2011, p. 32).
A educação continuada no ambiente empresarial, otimizada com a
atuação do pedagogo, especialista em aprendizagem, possibilita a atualização
do profissional para atender as novas exigências e as necessidades da
empresa, para potencializarão do seu trabalho, melhorando seu desempenho,
relacionamento e produtividade, contribuindo para seu desenvolvimento e o da
organização.
41
Além disso, a pedagogia busca estratégias e metodologias que
garantam uma melhor apropriação e aprendizagem de informações e
conhecimentos (Ribeiro apud Cagliari, 2009), representando um fator favorável
para otimizar os desempenhos e relações interpessoais de forma a contribuir
para a qualidade do trabalho e à consecução de resultados positivos.
Assim, diante do desenvolvimento científico, tecnológico e mercado
altamente competitivo e dinâmico, a mudança na empresa faz-se necessária.
O papel da educação, nesse processo, é central, porque toda mudança passa
pela aprendizagem. Nessa perspectiva, a pedagogia empresarial representa
contribuições significativas às organizações.
Miller (2012) ressalta que, para alterar a tecnologia, a estratégia e os
processos, é necessário preparar as pessoas para a adoção da mudança, o
que representa os maiores desafios. A aprendizagem proporcionada pela
pedagogia empresarial facilita a mudança possibilitando novas condutas
diferentes das que eram realizadas.
Assim, em uma sociedade baseada em insumos de conhecimento, em
que o conhecimento assumiu valor econômico, a pedagogia empresarial
mostra sua importância e contribuição diante de um ambiente organizacional
delineado pelas frequentes necessidades de mudança impostas por um
mercado altamente competitivo.
Evidencia-se e conclui-se que a pedagogia empresarial repercute na
melhoria da produtividade e na mobilização para atingir os propósitos da
empresa ao desenvolver aspectos cognitivos e atitudinais no processo de
mudança que ocorre através da aprendizagem.
42
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45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Pedagogia e Educação: para além do espaço escolar 10
CAPÍTULO II
Contexto global 16
CAPÍTULO III
Pedagogia empresarial 24
3.1 – Atuação do pedagogo na empresa 24
3.2 – Contribuições 30
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
ÍNDICE 45