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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
IAVM
O VALOR DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA
UMA ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL DE PEQUENO
PORTE
Por: Daniele Palhaes de Oliveira
Orientador
Prof. Antônio Medina
Rio de Janeiro
2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
IAVM
O VALOR DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA
UMA ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL DE PEQUENO
PORTE
Apresentação de monografia A Vez do Mestre – Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em MBA em Gestão Empresarial.
Por: Daniele Palhaes de Oliveira
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado forças para superar os desafios
apresentados durante a minha trajetória profissional e pessoal.
À minha família que me apoiou desde o início desta jornada,
incentivando a minha evolução e estando presente em todos os
momentos.
4
DEDICATÓRIA
Ao meu marido por estar sempre presente em minha vida,
apoiando-me e incentivando-me a buscar sempre o melhor.
Aos meus filhos, fontes da minha inspiração.
5
RESUMO
O trabalho tem como objetivo apoiar as empresas de pequeno porte
no desenvolvimento de um planejamento estratégico sólido, estabelecendo
ações e métodos, pautados em estudos sobre o tema, que permitam a
evolução de seus negócios, favorecendo, com isso, a eficácia da
empreendimento.
Diante das incertezas do mercado, da crise econômica e da
competição acirrada entre as empresas, o desenvolvimento de um
planejamento estratégico poderá contribuir no processo decisório e na
estruturação dos objetivos, das metas a serem superadas.
Todo empresário/administrador tem que decidir para traçar o futuro
da organização. Por isso, é importante que ele conheça os recursos
acadêmicos que facilitarão essa tomada de decisão.
Com planejamento as chances de sucesso aumentam, pois o
empreendedor sairá do achismo, do impulso, tendo fundamentos para construir
sua trajetória.
Ao compreender que o planejamento é eficaz na gestão empresarial,
o empreendedor terá uma diversas de ferramentas de apoio na elaboração do
plano de negócio, permitindo a ele uma administração sólida em busca da
sobrevivência e do sucesso da organização.
O estudo busca expandir o conhecimento sobre planejamento e
formas de aplicação em uma organização empresarial.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada destina-se a apoiar o empreendedor na
elaboração de um planejamento que permita construir métodos e ações para
alcance de objetivos empresarias.
Para escolha do tema foi considerado as razões profissionais e
também o gosto pelo assunto, bem como a necessidade de aprofundamento
que permitisse a elaboração de um planejamento que construa uma visão clara
da organização, projetando-a para o futuro.
O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas,
considerando pensamento de autores conceituados, e pesquisas na WEB.
7
ÍNDICE DE FIGURAS 41
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – FORMAS DE PLANEJAMENTO 10
1.Definição de Planejamento 10
2.Tipos de Planejamento 11
2.1. Planejamento Estratégico 12
2.1.1. Missão 13
2.1.2. Visão 13
2.1.3. Valores 14
2.1.4. Exemplos de Missão, Visão e Valores 14
2.1.5. Negócio – Conceito Estreito x Conceito Amplo 16
2.1.6. Microambiente e Microambiente 17
2.2. Planejamento Tático 18
2.3. Planejamento Operacional 19
CAPÍTULO II – FERRAMENTAS DE GESTÃO 21
1.Análise de SWOT 21
2.Cinco Forças de Porter 23
2.1.Vantagem Competitiva 23
3.Plano Canvas 24
4.Plano de Ação 5W2H 26
5.PDCA 27
6.Benchmarking 29
7.Balanced Scorecard 30
CAPÍTULO III - PLANEJANDO PARA O SUCESSO DO
EMPREENDIMENTO 32
1.Cenário Econômico 32
2.A Chave para o Sucesso 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 39
8
INTRODUÇÃO
O trabalho foi desenvolvido com o propósito de apresentar às
empresas de pequeno porte os métodos disponíveis para a elaboração de um
planejamento estratégico, subsidiando-as na tomada de decisão e favorecendo
o alcance de resultados satisfatórios.
O estudo objetiva despertar nos pequenos empreendedores o
interesse para o desenvolvimento de um planejamento estratégico, tendo-o
como um facilitador, um aliado, na gestão do empreendimento.
Nesta linha aprendizado será apresentado as formas de
planejamento e suas ferramentas.
Planejar faz parte do ser humano. Mesmo que intuitivamente, o
homem estabelece alguma forma de planejamento para antecipar-se aos fatos
e para garantir a sobrevivência. Seguindo esta linha de raciocínio, pode-se
afirmar que o ato de planejar, de organizar as ideias, está intrínseco evolução
da espécie.
Este estudo pretende conscientizar o empreendedor que o
planejamento contribui para manutenção e longevidade da organização, pois
permite o desenvolvimento de ações de forma articulada e ordenada,
favorecendo a perenidade do empreendimento e a gestão do negócio.
Com o acompanhamento sistemático das ações é possível realizar
ajustes no processo produtivo, corrigindo os desvio que afetarão de alguma
forma a instituição.
Um bom planejamento requer dedicação e esforço. E quando
elaborado com qualidade, favorece a conquista dos objetivos traçados.
Implantar as ações pode, por muitas vezes, para o empreendedor
torna-se complicado. Para tanto, faz-se necessário avaliar a aplicabilidade das
estratégias, antes de colocá-las em prática, evitando desperdícios e falhas nos
processos. Quanto melhor o plano estratégico, melhor será sua execução e,
consequentemente, melhor o resultado.
9
Para o crescimento de um negócio, um dos primeiros passos é o
desenvolvimento de um bom planejamento que propicie a eficácia da
organização.
Outro ponto relevante é a visão de futuro do negócio, pois este
diagnóstico norteará as ações a serem implantadas e definirá os recursos a
serem aplicados.
É importante destacar que não existe fórmula ideal ou receita de
bolo para promover um negócio, mas o desenvolvimento de ações
estruturadas, alinhadas à visão de futuro da empresa, aumentam as chances
do negócio se desenvolver rumo ao sucesso.
O diagnóstico dos objetivos de curto, médio e longo prazo facilita no
estabelecimento das diretrizes, já que aumenta o foco das ações e elimina
esforços desnecessários.
É evidente que o planejamento não elimina os risco, mas possibilita
a organização lidar e, até mesmo, corrigir o problema, evitando consequências
danosas.
Tendo a empresa a visão clara de seus objetivos, com metas
estimulantes e coerentes, compondo um sólido planejamento estratégico, as
chances de sobrevivência no mercado competitivo aumentam
consideravelmente.
O trabalho irá demonstrar que planejamento é fundamental para as
organizações.
10
CAPÍTULO I
FORMAS DE PLANEJAMENTO
1. Definição de Planejamento
Considerando que as empresas possuem os níveis de decisão, de
administração e de operação, pode-se definir que planejamento é um processo
que objetiva alcançar determinada situação.
O planejamento é um aliado, ou seja, é uma valorosa ferramenta de
administração e gestão, pois possibilita as organizações traçarem planos em
busca de resultados.
A palavra planejamento tem como significado o ato de planejar, de
criar planos para se chegar a um determinado objetivo.
De acordo com o dicionário Michaelis, planejamento significa:
(...)Ato de projetar um trabalho, serviço ou mais complexo empreendimento. 3 Determinação dos objetivos ou metas de um empreendimento, como também da coordenação de meios e recursos para atingi-los; planificação de serviços. 4 Dependência de uma indústria ou repartição pública, com o encargo de planejar serviços. (Michaelis, 28/10/2015, http://michaelis.uol.com.br)
Já o conceito definido pelo Wikipédia, enfatiza que:
(...)planejamento estratégico é um processo gerencial que se refere à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e sustentação.(site wikipédia; 28/10/2015; https://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento_estrat%C3%A9gico
Segundo Peter Drucker (1981), a necessidade de se planejar fica
evidente quando o administrador precisa viver sempre no presente e no futuro.
Kotler (2000) diz que o planejamento dá forma ao negócio,
possibilitando o lucro e o crescimento da organização empresarial.
11
Para Antônio César Maximiano, o planejamento tem a seguinte
definição:
(...) é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo de tomar decisões. As decisões que procuram, de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão colocadas em prática no futuro, são decisões de planejamento. (MAXIMINIANO, 2004, p.138)
Já para Archimedes Baccaro, planejamento:
(...) o planejamento implica fundamentalmente em traçar o futuro e alcançá-lo. A essência do planejamento consiste em ver as oportunidades e problemas do futuro e explorá-los ou combatê-los. (BACCARO,1986, p.140)
Chiavenato (2004) diz que o planejamento constitui a primeira das
funções dos administrativas. Planejar significa interpretar a missão
organizacional e estabelecer objetivos, com máxima eficácia e eficiência.
Considerando estes conceitos, pode-se afirmar que planejamento é
fundamental para a sobrevivência de um empreendimento, pois é um
direcionador, ou seja, é um processo de alinhamento das estratégias para o
alcance dos resultados.
Diante destas argumentações, entende-se que sem planejamento
não há sobrevivência. É preciso planejar para almejar crescimento e lucro.
2.Tipos de Planejamento
Há três conceitos importante de planejamento empresarial: o
estratégico, o tático e o operacional. Cada um deles cumpre um papel
importante na escala hierárquica de uma organização.
Estas formas de planejamento devem atuar de forma integrada na
instituição empresarial, formando uma conexão que formará o alicerce da
organização rumo aos objetivos estratégicos.
A seguir, representamos na pirâmide as formas de planejamento e
os níveis hierárquicos:
Figura 1: gráfico de Níveis
Assim, pode
áreas da empresa, send
• Nível i
• Nível i
• Nível d
2.1 Planejam
É no planeja
empresa. Neste nível d
prazo que são estrutur
cercam a organização.
Este é um pr
a tomada de decisã
estratégias.
O planejame
direção a ser seguida p
Fonte: criado por Daniele Palhaesíveis Hierárquicos
podemos entender que o planejamento en
, sendo segmentando conforme os níveis de d
Nível institucional – abrange o planejamento
Nível intermediário – abrange o planejamento t
Nível da base - abrange o planejamento opera
nejamento Estratégico
lanejamento estratégico que se estrutura a vis
ível de planejamento são definidas as estra
truturadas após análise dos fatores internos
ação.
um processo permanente e contínuo, que vis
ecisão e disponibilizar recursos para im
ejamento estratégico é estabelecido para d
uida pela empresa em busca dos seus objetivo
Planejamento
Estratégico
Planejamento
Tático
Planejamento
Operacional
12
lhaes
to envolve todas as
is de decisão:
estratégico
ento tático
operacional
a visão de futuro da
estratégias de longo
ernos e externos que
ue visa a racionalizar
ra implantação das
ara definir a melhor
bjetivos.
13
As áreas envolvidas neste nível são as mais elevadas da empresa,
aquelas ocupadas pela direção.
Com esta técnica gerencial é possível identificar oportunidades e
ameaças que afetam de alguma forma o negócio do empreendedor.
É importante destacar que o planejamento estratégico fixa a
natureza da organização, ou seja, é nele que se estabelece a missão, visão e
valores da instituição.
2.1.1 Missão
É a razão de existir da empresa. Em linhas gerais, a missão deve
descrever o ponto de atuação da organização. É necessário clareza, evitando
problemas de entendimento e, consequentemente, perda do foco da razão
principal.
É comum que no decorrer do ciclo de vida da organização, ocorra
mudança de posicionamento e direção da instituição. Ao perceber esta
mudança, a organização precisa ajustar, ou até mesmo, reformular, a sua
missão de forma a não se perder dos objetivos.
A missão alicerça a construção dos objetivos, indicadores e meta.
Ela deve conter o benefício gerado pela empresa ao seu público alvo.
Enfim, uma missão bem definida é aquela compreendida por todos.
2.1.2 Visão
O conceito de visão é diferente da missão. A visão identifica as
aspirações da organização, ou seja, apresenta onde se quer chegar,
descrevendo a posição que se pretende alcançar, é uma construção a longo
prazo.
Seu objetivo é criar um clima de envolvimento e comprometimento
com o futuro. Ao definir onde se quer chegar, permite a organização ajustar
suas estratégias e seguir em busca do posicionamento desejado.
14
A visão se baseia na realidade da empresa, mas busca inspiração
em uma realidade futura, estabelecendo uma meta ambiciosa e desafiadora na
evolução da organização.
Então, um visão bem construída considera a realidade atual da
empresa, projetando-a para o futuro.
2.1.3 Valores
Podemos dizer que os valores de uma organização compõem a sua
identidade estratégica, pois neles estão embutidos o comportamento e a
interação com o ambiente interno e externo.
Os valores podem ser traduzidos como um conjunto de normas,
crenças e princípios, funcionando como o “coração” da cultura organizacional,
estabelecendo, assim, padrões a serem alcançados.
Os valores correspondem ao que é importante na instituição, sendo,
portanto, os princípios que servem de guia no dia a dia.
Na práticas, devem estar alinhados à missão e à visão, favorecendo
o comportamento ético da organização.
2.1.4 Exemplos de Missão, Visão e Valores
Na tabela a seguir, visualizaremos alguns exemplos de missão,
visão e valores estabelecidos por organizações de diferentes ramos de
negócio, com tradição no mercado consumidor.
15
Fonte: criado por Daniele Palhaes Figura 2: Exemplos de Missão, Visão e Valores
Empresa Missão Visão Valores
Correios
Fornecer soluções
acessíveis e confiáveis
para conectar pessoas,
instituições e negócios, no
Brasil e no Mundo.
Ser uma empresa de Classe
Mundial.
Ética, meritocracia, respeito
às pessoas, compromisso
com o cliente e
sustentabilidade.
Fiat
Desenvolver, produzir e
comercializar carros e
serviços que as pessoas
prefiram comprar e tenham
orgulho de possuir,
garantido a criação de valor
e a sustentabilidade do
negócio.
Estar entre os principais players
do mercado e ser referência de
excelência em produtos e
serviços.
Satisfação do Cliente;
valorização e respeito às
pessoas; atuar como parte
integrante do grupo Fiat;
responsabilidade social e
respeito ao meio ambiente.
Kopenhagen
Fabricar produtos de
altíssima qualidade,
preservando seu sabor
com sofisticação e
originalidade
Ser um grupo competitivo que
atue de forma abrangente no
segmento alimentício, através de
um portifólio de produtos com
qualidade, representado por
marcas fortes, com
características e propostas únicas
Liderança interativa; trabalho
em equipe; proatividade;
qualidade; ética e respeito.
Avon
Nossa missão é ser:
Líder global em beleza;
A marca de escolha das
mulheres;
A líder em vendas diretas;
O melhor lugar para se
trabalhar;
A maior fundação para
mulheres;
A empresa mais admirada.
Ser a companhia que melhor
atende e satisfaz as
necessidades de produtos,
serviços e auto realização das
mulheres no mundo todo.
Confiança; respeito; crença;
humildade e integridade.
16
Fonte: criado por Daniele Palhaes Figura 3: Exemplos de Conceitos Estreito e Amplo
2.1.5 Negócio – Conceito Estreito x Conceito Amplo
Além da missão, visão e valores, o posicionamento estratégico
abrange também o conceito do negócio.
Definidos estes conceitos, oficialmente é estabelecida a visão
corporativa da instituição.
O que é então o negócio da empresa? Pode-se dizer que é a
essência da organização, é aquilo que é produzido e entregue aos seus
clientes. Para tanto, o conceito do negócio deve ser modelado de forma ampla
e estreita, permitindo o seu desenvolvimento no segmento de atuação.
Cabe aqui um alerta. É importante ter cuidados neste conceitos, de
forma a não restringir demais o negócio da organização, impedindo o seu
desenvolvimento, mas também deverá haver cautela para não se construir uma
definição tão ampla, perdendo o foco da empresa e direcionando-a para áreas
que dificilmente terá sucesso.
Então, o conceito estreito do negócio refere-se a visão tradicional, ou
seja, o seu produto/serviço, já o conceito amplo abrange a visão estratégica, ou
seja, o seu benefício.
Abaixo, exemplos de conceitos amplo e estreito:
Empresa Conceito Estreito Conceito Amplo
Kopenhagen Chocolates Presentes
Avon Cosméticos Beleza
IBM Serviços de TI Soluções em TI
Correios Serviços de entrega Soluções que aproximam
Nike Tênis Atitude
Harley-Davidson Motocicletas Estilo de vida
C&A Roupas e Acessórios Moda
17
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Figura 4: Escopo de Ambientes de Negócio
2.1.6 Macroambiente e Microambiente
Segundo Kotler (1998), o macroambiente e o microambiente afetam
a capacidade de administração de uma empresa, influenciando o seu
posicionamento no mercado alvo.
O microambiente é formado por tudo aquilo que é próximo a
empresa, determinando a capacidade de atendimento ao cliente, já o
macroambiente é formado por forças sociais que interferem no microambiente.
É importante entender que ambos influem no comportamento da
organização, oferecendo oportunidades e ameaças ao negócio.
O macroambiente é composto pelos variáveis: social, político/legal,
cultural, tecnológica, demográfica, ambiental e econômica. O microambiente é
formado pela empresa, pelos fornecedores, clientes, acionistas e os
concorrentes.
Abaixo, ilustração contendo o funcionamento destes ambientes:
Macroambiente
Microambiente
Concorrente
Empresa Variáveis Legais
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais
Clientes
Variáveis culturais
Acionistas
Variáveis demográficas Variáveis
ecológicas Fornecedore
Variáveis ambientais
Variáveis econômicas
18
2.2 Planejamento Tático
O Wikipédia define planejamento tático como:
(...) é o planejamento realizado no nível intermediário da organização e ocupa-se, entre outra coisas, com a alocação de recursos. Integra a estrutura organizacional para fazer frente aos desafios estratégicos, desdobrando os objetivos institucionais em objetos departamentais. (WIKIPEDIA, https://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento_t%C3%A1tico, 25/11/2015)
Conforme Oliveira, planejamento significa:
(...) planejamento tático tem como objetivo determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, das estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. (OLIVEIRA, 2006, p.48)
É importante dizer que o planejamento tático integra a estrutura da
organização, fazendo frente aos desafios estabelecidos pelo planejamento
estratégico.
Este tipo de planejamento não é longa duração, por isso foca nos
objetivos de médio prazo, sendo é desenvolvido pelos níveis intermediários,
aqueles definidos como gerencial e departamental.
Sua finalidade é a utilização eficiente dos recursos aplicados na
execução dos objetivos a serem alcançados.
As principais caraterísticas deste nível de planejamento são:
• Processo contínuo e permanente;
• Aproxima o nível estratégico do operacional;
• Possui uma abrangência mais limitada, sendo executado é
médio prazo;
• Produz plano de ação, direcionados aos objetivos
estratégicos;
• Orienta o planejamento operacional.
No planejamento tático tem-se menor nível de incertezas, pois a
análise do ambiente interno e externo já foi visto pelo nível estratégico. Com
isso as decisões ocorrem de forma direcionada, diminuindo o impacto nos
19
processos, aumentando as chances de resultados positivos, mesmo que seja
necessária uma revisão das ações implementadas.
Algumas questões são respondidas no planejamento tático, como:
• O que fazer?
• Vale a pena fazer?
• Quem vai fazer?
• Funciona?
• Como fazer?
• Quando fazer?
O planejamento tático traduz para a realidade o planejamento
estratégico, de forma que a base operacional possa executar.
2.3 Planejamento Operacional
O planejamento operacional é a formalização dos objetivos da
organização. Ele é elaborado pelos níveis inferiores da empresa, focado no dia
a dia, permitindo, assim, a execução dos processos.
Sua finalidade é desdobrar o plano tático em planos operacionais
para cada tarefa a ser executada, objetivando alcance das metas.
É no planejamento operacional que está a maior parte dos
colaboradores. Este grupo é composto na sua maioria por funcionários que não
tomam decisão, ficando na execução das tarefas operacionais.
Vale destacar, também, que o planejamento operacional é iniciado
com a identificação das atividades que serão executadas para o alcance dos
objetivos.
Por ser a última etapa do planejamento, é um plano mais detalhado,
permitindo a execução das tarefas, sendo aplicado em curto prazo.
Maximiano (2004) diz que o processo de planejamento operacional é
composto pelas etapas de identificação e análise dos objetivos; elaboração de
cronogramas e orçamentos; e, identificação e avaliação de riscos.
O planejamento operacional é cercado de questões como:
• O que fazer?
20
• Quem vai fazer?
• Qual o prazo esperado?
• Quais ferramentas utilizar?
• Quais recursos necessários?
• Quanto vai custar?
• Quais alternativas?
Portanto, este processo permite a definição de métodos, de recursos
e de sistemas a serem aplicados, objetivando o alcance dos objetivos
organizacionais.
21
CAPÍTULO II
FERRAMENTAS DE GESTÃO
Neste capítulo será apresentado algumas ferramentas que
contribuirão para o desenvolvimento de um planejamento empresarial. Cada
uma delas com sua especificidade e sua forma de aplicação, mas todas
funcionando como um direcionador rumo aos objetivos almejados.
As ferramentas de gestão têm se tornado corriqueiras no cotidiano
empresarial. Elas ajudam na gestão do negócio, facilitando a aplicação das
estratégias que buscam a superação dos desafios.
1. Análise SWOT
A ferramenta SWOT é utilizada para avaliar os ambientes interno e
externo de uma organização, objetivando a formulação das estratégias de
negócio para o alcance dos objetivos frente a um mercado competitivo.
Seu termo é composto pelas palavras Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
No Brasil é comum a substituição deste termo pela sigla FOFA, que representa
o termo traduzido para nossa língua.
Com a análise SWOT é possível identificar os pontos fortes e fracos
da organização, bem como as oportunidades e ameaças as quais ela está
exposta.
A característica desta ferramenta é conhecer e analisar os
ambientes interno e externo. O primeiro refere-se a própria organização, já o
segundo refere-se ao mercado, as situações externas que influenciam de
alguma maneira no desempenho da instituição.
22
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Figura 5: Matriz SWOT
Figura 6: Matriz SWOT – Perguntas a serem respondidas
No ambiente interno é analisado as forças e fraquezas e no
ambiente externo destaca-se as oportunidades e ameaças.
Abaixo, a matriz SWOT:
Ambiente Interno
Forças
• São as vantagens da
organização, seu que ela faz
bem
Fraquezas
• São os pontos fracos que
interferem no andamento do
negócio
Ambiente Externo
Oportunidades
• Forças externas que
influenciam positivamente a
empresa
Ameaças
• Forças externas que
prejudicam a organização
Para entender melhor como identificar estes elementos, o
empreendedor deve buscar respostas para seguintes perguntas, representadas
no quadro a seguir:
Ambiente Interno
Forças
• O que você faz bem?
• Qual o seu diferencial?
Fraquezas
• O que você pode melhorar?
• Onde você tem menos
recursos?
Ambiente Externo
Oportunidades
• O que você pode identificar
como oportunidade?
• Que tendências você pode
Ameaças
• O que pode te prejudicar?
• O que de seu concorrente está
fazendo de melhor?
23
usar a seu favor?
Com este recurso é possível identificar pontos chaves que
influenciam e interferem no negócio, permitindo que o empreendedor
estabeleça estratégias de atuação, de forma a otimizar seu desempenho.
2. Cinco Forças de Porter
Criado em 1970, por Michael Porter, o modelo considerou cinco
forças competitivas para analisar concorrência entre as empresas. São elas:
• Rivalidade entre os concorrentes;
• Poder de negociação com os clientes;
• Poder de negociação com os fornecedores;
• Ameaça de entrada de novos concorrentes;
• Ameaça de produtos substitutos;
Esta ferramenta permite que o empresário tenha uma visão
abrangente da concorrência, dos fornecedores e dos clientes, possibilitando
definir estratégias para um melhor posicionamento no mercado.
Michael Porter diz também que:
(...) todas as cinco forças em conjunto determinam a intensidade concorrência na indústria, bem como a rentabilidade, sendo que a força ou as forças mais acentuadas predominam e tornam-se cruciais do ponto de vista da formulação estratégica (PORTER, 2004,p.6).
2.1 Vantagem Competitiva
Permite a organização diferenciar-se de outra por apresentar melhor
valor ao seu cliente, tendo com isso uma vantagem em relação ao seu
concorrente.
Para ser efetiva, a vantagem competitiva precisa ser única, difícil de
imitar e sustentável.
24
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Figura 7: Representação das 5 Forças de Porter
Porter (1985) diz que para uma empresa tornar-se competitiva é
preciso desenvolver ações estratégicas que possibilitem sua permanência e
ascensão no mercado.
A ilustração, abaixo, representa as 5 Forças de Porter:
3. Plano Canvas
O Business Model Canvas, conhecido por Plano Canvas, é uma
ferramenta estratégica de gerenciamento, cujo seu diferencial é ser um único
gráfico, dividido em 9 blocos, que apresenta todos os aspectos que uma
empresa deve priorizar.
Este modelo é um mapa visual que permite a organização se
orientar, já que terá estampado nele as estratégias a serem aplicadas.
Quanto maior a força do concorrente, menor é a atratividade do negócio
Ameaça de Novos Entrantes
Ameaça de Produtos ou Serviços Substitutos
Poder de Barganha dos Fornecedores
Poder de Barganha dos Clientes
Competição por uma posição entre
os concorrentes existentes no setor
25
Fonte: criado por Daniele Palhaes Figura 8: Quadro Resumo dos Blocos de Canvas
Destacamos alguns benefícios que tornam este plano uma
adequada ferramenta de gestão para o empreendedor:
• Otimiza a visualização das estratégias;
• Sintetiza e explica o que de fato interessa para a organização;
• Prático, simples e lúdico.
Os noves blocos são divididos da seguinte forma:
Bloco O que deve ser descrito no bloco?
Segmento de Clientes Público- alvo
Proposta de Valor Razão que justifica a existência da empresa
Forma de Relacionamento Formas de relacionamento/interação com o cliente
Canais Os meios de contato com cliente
Fonte de Receita Descreve a maneira como a organização ganha
dinheiro
Principais Atividades As atividades necessárias para entregar a proposta de
valor ao cliente.
Recursos Chaves Os recursos necessários para entregar a proposta de
valor.
Parceiros Principais fornecedores e parceiros que fazem o modelo de negócio funcionar
Custos Os principais custos da empresa que formam sua
proposta de valor
26
Fonte: Empreendedor.com Figura 9: Mapa de Canvas
O mapa de Canvas é representado, conforme ilustração:
• Canvas: ferramenta estratégica de gerenciamento, criada por Alexander
Ostervalder. Contou com a colaboração de diversos executivos
(pesquisa). É um Plano de Negócios simplificado e pode anteceder o
plano maior. Bastante utilizado para start-ups. O seu diferencial é ser um
único gráfico(tela) dividida em 9 blocos que, de forma integrada e visual,
4. Plano de Ação 5W2H
Esta ferramenta tem com finalidade planejar e distribuir afazeres,
pois explora as principais questões que envolvem o processo a ser trabalho,
garantindo um visão controlada e planejada a ação a ser implementada.
A expressão 5W2H é uma referência as palavras “What” (o quê),
“When” (quando), “Who” (quem), “Where” (onde) e “Why” (por quê), enquanto
“2H” inclui “How” (como) e “How Much” (quanto custa).
A vantagem da aplicação deste plano é a obtenção objetiva e clara
das ações que irão compor o planejamento, permitindo um fácil entendimento
das metas a serem atingidas.
27
Fonte: por Daniele Palhaes
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Figura 10: Quadro Resumo 5W2H
Figura 11: Modelo de Plano de Ação
O quadro orienta na elaboração do plano de ação.
Perguntas a serem respondidas
What O que será feito?
Why Porque fazer?
Where Onde será feito?
Who Quem irá fazer?
When Quando fazer?
How Como fazer?
How Much Quanto Custa?
A seguir, representamos o modelo do 5W2H:
Plano de Ação – 5W2H
Meta:
Período:
O que Porque Onde Quem Quando Como Quanto
5. PDCA
Também chamado de Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart tem
como objetivo promover a melhoria contínua dos processos, por meio de
quatros ciclos: planejar (plan), fazer(do), checar (check) e agir (act).
Esse método de interação promove uma movimentação contínua
dos processos, permitindo ajustes quando necessário, controle e aprendizado,
de forma a promover melhoria do processo.
28
Fonte: criado por Daniele Palhaes
Figura 12: Mapa do PDCA
O PDCA possibilita um controle eficaz e confiável das atividades,
possibilitando padronização nas informações. Suas etapas são constituídas da
seguinte forma:
• Planejar: é o primeiro passo do ciclo, onde é estabelecido um
plano tendo como bases as diretrizes da empresa;
• Fazer: é o segundo passo do ciclo que consiste no
treinamento e na execução das ações estabelecidas no
planejamento.
• Checar: é o terceiro passo do ciclo que consiste na
verificação dos resultados.
• Agir: é o último passo do ciclo que é a aplicação das ações
corretivas.
Após aplicadas todas as fazes, deve-se aplicar um novo ciclo do
PDCA de forma a melhorar cada vez mais o sistema e os métodos de trabalho.
Modelo de Mapa do PDCA:
Ação: Corretiva
Preventiva Melhoria
Checar: Metas x Resultados
Definir Meta
Definir Método
Coleta
r Dados
Executar
Treinar
A P
D C
29
Fonte: criado por Daniele Palhaes Figura 13: Tipos de Benchmarking
6. Benchmarking
Tem como objetivo melhorar os processos de uma organização,
sendo considerado um importante instrumento de gestão. O benchmarking
consiste em aprender com outras empresas. Este processo busca apreender,
incorporar o que as outras empresas tem de melhor, gerando melhoria no
processos e nos métodos da empresa que examinou a outra.
A palavra vem do inglês e significa comparação, aferimento. Esta
comparação é uma prática comum entre as organizações que buscam
melhorar seus processos.
Pode-se dizer, então, que esta ferramenta traduz-se num processo
através do qual se observa, aprende e melhora, podendo ser aplicado em
qualquer área da empresa.
Há quatro tipos de Benchmarking, são eles:
Competitivo Voltado para as atividades
específicas praticadas pelas
empresas concorrentes
Genérico Focado em ações mais fáceis, cuja o
acesso às informações torna-se
facilitado pelas empresas
pesquisadas, que geralmente não
são concorrentes
Funcional Direcionado a uma função específica,
praticado por empresas do mesmo
porte
Interno Focado no interior da organização,
onde os setores comparam-se uns
com os outros
30
7. Balanced Scorecard
É uma ferramenta de planejamento estratégico onde se tem de
forma clara e definida as metas e as estratégias da empresa, possibilitando a
medição do desempenho empresarial por meio de indicadores quantificáveis e
verificáveis.
É um método balanceado de causa/efeito, tendo quatro indicadores
de avaliação: financeiro, clientes, processos internos, aprendizado e
crescimento.
Desenvolvida por Kaplan e Norton, professores da Harvard Business
School (HBS), na década de 90, o BSC é considerada uma metodologia de
gestão e medição de desempenho, permitindo a integração entre diferentes
objetivos e segmentos na busca de sinergia.
Para Kaplan e Norton (2004) o BSC tem como função traduzir a
estratégia da empresa na forma de medidas de desempenho que possam ser
usados tanto para um sistema de controle quanto para um sistema de gestão
estratégica.
Ainda conforme Kaplan e Norton
(...) com o Balanced Scorecard, os executivos corporativos eram capazes como suas unidades de negócio criavam valor para os clientes atuais e futuros. Ao mesmo tempo em que mantinham o interesse pelo desempenho financeiro, o Balanced Scorecard revelava com clareza os vetores do desempenho superior e de longo prazo em termos competitivos e de criação de valor (KAPLAN e NORTON, 2004, p.34)
Alguns passos são bem definidos neste método, no qual
destacamos: definição de estratégia empresarial, gerenciamento do negócio,
gerenciamento da qualidade.
Quanto às quatro perspectivas prevista no BSC, destacamos:
• Perspectiva Cliente: avalia a capacidade de gestão de
clientes no segmento mercado.
• Perspectiva Processos Internos: identifica os processos
críticos para a realização dos objetivos estratégicos, além de
31
Figura 14: Mapa BSC
permitir a identificação de novos caminhos para melhorar a
performance da empresa diante dos clientes e acionistas.
• Perspectiva Financeiro: os objetivos financeiros devem estar
vinculados à estratégia da empresa, de forma a possibilitar
maior rentabilidade para o capital investido.
• Perspectiva Aprendizado e Crescimento: favorece o
desenvolvimento dos objetivos, por meio do aprendizado e
crescimento da organização.
Modelo de configuração de mapa estratégico BSC.
Perspectiva Objetivo
FinanceiroReduzir Custos / Aumentar Lucratividade / Aumentar
vendas
Cliente Cumprir prazos / Satisfação do Cliente
Processos InternosProdutividade / Ciclo de Desenvolvimento / Precisão /
Qualidade
Crescimento / Aprendizado
Capacitação / Recursos / Novos Serviços/Produtos / Novas Tecnologias
Fonte: quadro criado por Daniele Palhaes
32
CAPÍTULO III
PLANEJANDO PARA O SUCESSO DO
EMPREENDIMENTO
1. Cenário Econômico
Diante da crise na economia brasileira, o empreendedor precisa ser
ágil, eficiente e ter sua “carta na manga”, ou seja, precisa ter estabelecido um
bom planejamento estratégico para apoiá-lo frente à instabilidade econômica
que o país enfrenta.
As perspectiva para os próximos anos apontam uma retração
econômica. Contudo, a crise poderá ser menos sentida nas pequenas
empresas, por terem estruturas e quadro de empregados reduzidos.
Segundo publicação no G1, o Brasil:
(...) está passando por uma crise econômica, mas ela não é sentida da mesma forma em todas as empresas. Nas pequenas e médias, por exemplo, o impacto dos problemas econômicos é menor. (G1, 08/01/2015, http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/08/crise-economica-e-menos-sentida-em-pequenas-empresas.html)
Sobre a situação das pequenas empresas, Luiz Barreto, presidente
do Sebrae, explica:
(...) a pequena empresa não é uma ilha, ela sente também. Mas ela sente menos do que a grande e a média. É que a pequena empresa é mais enxuta, tem menos empregados (G1, 08/01/2015, http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/08/crise-economica-e-menos-sentida-em-pequenas-empresas.html)
Para Alberto Valle, colunista do Empreendedor Web:
Para os empreendedores, a melhor recomendação é que se preparem para tempos ainda mais difíceis. Não estou falando de desespero e desânimo, pois ao contrário do que muita gente imagina, momentos de crise podem ser épocas de grandes oportunidades de negócios (Empreendedor Web, 08/01/2016, http://www.empreendedoresweb.com.br/crise-economica-de-2016)
33
Sobre a configuração das MPEs em 2015, as figuras abaixo,
mostram a participação de MPE no mercado, bem quantidade de pequenas
empresas abertas, verso a quantidade de MPE fechadas, revelando que este
segmento é uma realidade latente e promissora.
A figura 15 apresenta a participação dos pequenos empresas por
setor de serviço:
Já a imagem, a seguir, apresenta o volume de MPE em relação aos
empresas ao total de empresas ativas em 2015.
Fonte: Empresômetro
Fonte: Empresômetro Figura 16: Empresas Ativas
Figura 15: MPEs por Setor
34
Figura17: MPEs fechadas
Fonte: Empresômetro
A Figura 3 destaca o volume de MPEs que encerraram suas
atividades, ou seja, apenas 5% das MPEs ativas em 2015 enceram suas
atividades:
Para Castor Belmiro as pequenas e médias são:
(...) a regra no universo produtivo brasileiro. Das empresas nacionais, 99,2% se enquadram nessas categorias e 14 milhões de pessoas trabalham nelas. Na gigantesca economia informal, elas são maioria absoluta. (BELMIRO,2009, pag.1)
Tudo isso mostra que o empresário precisa planejar, acompanhar e
inovar.
Elaborar um bom planejamento, com estratégias eficazes, favorece
o controle do negócio e, como consequência, o caminho para um futuro de
sucesso. Na conjuntura atual, o empresário tem que ter o mapeamento do seu
negócio, alinhado às estratégias que busquem os objetivos estabelecidos para
a evolução do seu empreendimento.
Os dados acima comprovam que este é segmento de grande
relevância na economia nacional. Portanto, vale a pena investir.
2. A Chave do Sucesso
Planejamento é a chave para o sucesso, pois ajuda os gestores a
identificar, corrigir e até mesmo a lidar com as não conformidades, evitando
grandes problemas organizacionais, que inviabilizem o negócio.
O planejamento não elimina os riscos, mas permite que o
empreendedor conheça o seu negócio, possibilitando uma administração mais
saudável.
35
O empresário que se dedicar na construção do planejamento da sua
organização conseguirá identificar o que realmente tem valor, eliminando
práticas desnecessárias e, até mesmo, prejudiciais. O planejamento
possibilitará o gestor otimizar recursos, quando se planeja é possível visualizar
cada área da empresa, detectando pontos vulneráveis, que precisam ser
corrigidos ou eliminados.
O planejamento estratégico permite a definição clara de metas e das
estratégicas, bem como a medição do desempenho e o engajamento da
equipe, que passa a entender o seu papel dento da organização.
Alinhado as ferramentas de gestão, ele constrói o futuro da
organização que, bem alicerçada, é conduzida ao sucesso.
36
CONCLUSÃO
A finalidade do estudo foi de sensibilizar o pequeno empreendedor
sobre o valor do planejamento para o seu empreendimento.
Ao dedicar-se na construção do planejamento da organização, o
empresário terá uma visão mais completa do seu negócio, favorecendo a
tomada de decisão e a adoção de estratégias que permitam a manutenção e a
evolução da empresa.
A elaboração de estratégias bem sucedidas e bem executadas
podem amenizar o risco de fechamento das portas do estabelecimento e ser a
garantia de boas perspectivas. Portanto, saber tirar proveito destas ferramentas
de apoio pode ser o diferencial para a empresário se sobressair no mercado
que está inserido.
A essência deste trabalho foi de destacar a importância do
planejamento como um fio condutor para uma boa gestão empresarial.
Sua conceituação, apresentada de forma simples, possibilita um
entendimento mais claro do seu valor como um método útil e necessário no
desempenho organizacional.
Em paralelo, e sempre como apoio na elaboração do planejamento,
foram apresentadas algumas ferramentas para auxiliarem na execução dos
objetivos estabelecidos, independentes do tamanho a organização.
Mais que uma método de administração empresarial, o planejamento
estratégico deve ser visto pelo empresário como um instrumento dinâmico, que
contém decisões antecipadas sobre linhas de atuação em busca da
sobrevivência e sucesso do empreendimento.
O estudo buscou expandir o conhecimento, apresentando as
técnicas planejamento e formas de aplicação em uma organização empresarial,
sempre dando foco de que planejar é a chave para o sucesso.
Com a globalização e com a frenética necessidade de consumo do
mundo capitalista, é preciso se preparar para conquistar um espaço no
mercado competitivo e predador, onde só tem chance quem é bom, ou seja,
quem satisfaz seu cliente e gera lucro com isso.
37
Por isso, investir em planejamento é preparar-se para “batalha”, é
construir linhas de ataque para garantir o futuro e o estabelecimento do
negócio.
Por fim, espera-se que este trabalho contribua para uma linha
decisória na formação do planejamento empresarial para o pequeno
empreendedor, permitindo, assim, ter as rédeas da situação ao articular
estratégias que otimizem o tempo, os recursos e os processos.
38
BIBLIOGRAFIA
BACCARO, Archimedes. Introdução Geral à Administração, São Paulo: Vozes, 1986.
CASTOR, Belmiro F. de Jobim. Estratégia Para Pequena e Média empresa, São Paulo: Atlas, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos, São Paulo: Campus, 2004.
DRUCKER, Peter. O Gerente Eficaz. 9º Ed., Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
JOHN, Kotter. Acelere. Tenha Agilidade Estratégica Num Mundo em Constante Transformação; São Paulo: HSM do Brasil, 2000.
KAPLAN, Robert. NORTON, David. A Estratégia em Ação, São Paulo: Campus, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e Controle, 5ª Ed., São Paulo: Atlas,1998.
KOTLER, Philip. Marketing Essencial. 2ª Ed., São Paulo: Pearson, 2000.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Fundamentos da Administração, São Paulo: Altas 2004.
MÜLLER, Claudio José. Planejamento Estratégico, Indicadores e Processos, São Paulo: Atlas, 2014.
OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico, 22ª Ed., São Paulo: Atlas 2006.
PORTER, Michael. Vantagem Competitiva, 7ª Ed., São Paulo: Elsevier, 2004.
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – FORMAS DE PLANEJAMENTO 10
1. Definição de Planejamento 10
2. Tipos de Planejamento 11
2.1 Planejamento Estratégico 12
2.1.1 Missão 13
2.1.2 Visão 13
2.1.3 Valores 14
2.1.4 Exemplos de Missão, Visão e Valores 14
2.1.5 Negócio – Conceito Estreito x Conceito Amplo 16
2.1.6 Macroambiente e Microambiente 17
2.2 Planejamento Tático 18
2.3 Planejamento Operacional 19
CAPÍTULO II – FERRAMENTAS DE GESTÃO 21
1. Análise de SWOT 21
2. Cinco Forças de Porter 23
2.1 Vantagem Competitiva 23
3. Plano Canvas 24
4. Plano de Ação W2H 26
5. PDCA 27
40
6. Benchmarking 29
7. Balanced Scorecard 30
CAPÍTULO III – PLANEJANDO PARA O SUCESSO DO
EMPREENDIMENTO 32
1. Cenário Econômico 32
2. A Chave para o Sucesso 34
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 39
ÍNDICE DE FIGURAS 41
41
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Gráfico de Níveis Hierárquicos 12
Figura 2: Exemplos de Missão, Visão e Valores 15
Figura 3: Exemplos de Conceitos Estreito e Amplo 16
Figura 4: Escopo de Ambientes de Negócio 17
Figura 5: Matriz SWOT 22
Figura 6: Matriz SWOT – Perguntas a serem respondidas 22
Figura 7: Representação das 5 Forças de Porter 24
Figura 8: Quadro Resumo dos Blocos de Canvas 25
Figura 9: Mapa de Canvas 26
Figura 10: Quadro Resumo 5W2H 27
Figura 11: Modelo de Plano de Ação 27
Figura 12: Mapa do PDCA 28
Figura 13: Tipos de Benchmarking 29
Figura 14: Mapa BSC 31
Figura 15: MPEs por Setor
33
Figura 16: Empresas Ativas 33
Figura17: MPEs fechadas
34