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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA: ORIGEM E EVOLUÇÃO
Por: Rodrigo Felipe de Araujo Freitas
Orientadora
Prof.ª Luciana Madeira
Rio de Janeiro 2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AUDITORIA: ORIGEM E EVOLUÇÃO
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito
parcial para obtenção do grau de
especialista em Auditoria e Controladoria.
Por: Rodrigo Felipe de Araujo Freitas
ii
AGRADECIMENTOS
A todos os meus amigos e parentes que estiveram
ao meu lado em mais essa jornada. Obrigado a
todos.
DEDICATÓRIA
À minha família que soube entender os momentos
em que estive ausente para me dedicar ao presente
estudo. Amo vocês.
RESUMO
A auditoria é uma das ramificações da área contábil que está focada
no exame dos procedimentos e processos, para assim poder identificar falhas e
déficits para apontar as melhorias que atendam as necessidades das empresas
e seus administradores. Tornam-se cada vez mais importantes a realização de
auditoria dentro das estruturas empresariais, e a modernização da forma de
administrar as empresas e a produção faz-se necessário que as informações e
os registros seja célere, eficaz, e principalmente fiel. O principal objetivo da do
processo de auditoria empresarial é auxiliar a gestão das organizações
empresariais, dando suporte e conhecimentos necessários para um correto
desenvolvimento das atividades administrativas e operacionais, oferecendo
condições adequadas de análise através de métodos que garantam a
confiabilidade dos procedimentos e informações aos empresários e gestores
tomarem decisões.
Palavra-chave: Auditoria, organizações empresariais, atividades
administrativas.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada nesta análise levou em consideração os
elementos em debate para uma pesquisa bibliográfica, na medida em que será
desenvolvida a partir de material encontrado em livros e na internet, sobre
Auditoria e Legislação do Conselho Federal de Contabilidade; no que concerne
às conclusões, trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa, pois tem o
objetivo de descrever, a partir das informações encontradas nas bibliografias
pesquisadas sobre o assunto, a importância da Auditoria empresarial dentro de
uma Organização, seus procedimentos, além da origem da Auditoria no Brasil.
Os principais autores aplicados na realização desta monografia
foram ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti; ATTIE, William; SÁ, Antonio Lopes;
FRANCO, Hilário; CREPALDI, Silvio Aparecido. O julgamento das informações
coletadas foi realizado a partir de uma metodologia descritiva, procurando
apresentar através do fundamento teórico pesquisado, o que vem a ser a
auditoria com abordagem em Auditoria, Importância da Auditoria para a
Administração como um instrumento na tomada de decisões e na prevenção de
fraudes e erros, bem como a origem de todo esse processo no Brasil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I – ORIGEM: FUNÇÃO FINANCEIRA 10
CAPÍTULO II – A ORIGEM DA AUDITORIA 18
CAPÍTULO III – MODALIDADES DE AUDITORIA 23
CAPÍTULO IV – OS PRIMEIROS ESTUDOS SOBRE AUDITORIA NO
BRASIL 35
CONCLUSÃO 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50
8
INTRODUÇÃO
A pesquisa apresenta compilação da doutrina e jurisprudência, dos
aspectos gerais da auditoria, modelos, aspectos legais do trabalho do auditor, e
demonstra os elementos que qualificam a auditoria como um procedimento
mais eficiente, através do controle interno. Com o surgimento da globalização e
expansão dos mercados, resultando no acirramento da concorrência, as
empresas tiveram que investir em tecnologia e aprimorar os controles e
procedimentos internos, com o interesse de reduzir custos e tornar seus
negócios mais competitivos. A causa da evolução da auditoria foi a do
desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das empresas
expansão das atividades produtoras, gerando crescente complexidade na
administração dos negócios e de práticas financeiras.
A apresentação do trabalho foi organizada em sessões. A introdução
discute a origem da auditoria a partir de uma perspectiva teórico-conceitual e
levanta algumas hipóteses sobre suas implicações para a gerência das
organizações bem como sobre seus impactos sobre os mercados de trabalho e
serviços. Na segunda sessão apresentamos os aspectos operacionais
envolvidos no desenvolvimento da pesquisa, sobre as principais vantagens e
desvantagens atribuídas ao processo de auditoria tomando em conta
parâmetros relativos a custos, produtividade, qualidade dos serviços. O
desenvolvimento da economia e a globalização que faz surgir novos mercados
fazem com que o trabalho do auditor deixe de ter uma função correição para ter
uma função de assessoramento à tomada de decisão dos Administradores
para o cumprimento da missão empresarial e, para isso a auditoria deve estar
preparada e com apoio adequado para que possa atuar com total eficiência.
Utilizada como uma ferramenta eficaz de Controle e Gestão, a
auditoria contribuirá muito com seu trabalho de forma eficiente na condução
dos negócios pelos gestores. Neste aspecto, a auditoria desenvolve um papel
de suma importância para as organizações quando expõe riscos e falhas de
Controles em seus trabalhos. A auditoria, além de trazer a tranquilidade dos
9
administradores procuram, fornece recomendações preventivas e corretivas à
empresa diante dos riscos empresariais que podem ser de natureza: sistêmica,
operacional, financeira, de tecnologia da informação, de recursos humanos,
mercadológica e de fatores externos que podem impactar os resultados e
estratégias globais da empresa.
No primeiro capítulo demonstrar-se-á como Sierra e Orta (1996)
defendem que auditores e contadores relacionam-se na sua atividade,
concebendo representações dos fatores econômicos através de um modelo
contábeis de custo histórico/moeda nominal - embora com algumas exceções:
gerando um sistema de relato convencional, que seleciona certos aspectos da
atividade económica.
A seguir será demostrado a origem função de auditor surgiu a
expressão auditoria originou-se do latim audire, que significa ouvir. Assim,
auditoria disse do cargo de auditor, lugar ou repartição onde o profissional
exerce as suas funções, exame analítico, contabilidade e pericial que segue o
desenvolvimento das operações contábeis, desde o inicio até o balanço.
No Capítulo III, serão demostradas as modalidades de auditoria
.Uma vez que na medida em que a auditoria externa tem como escopo a
elaboração de pareceres sobre as demonstrações financeiras, o controle
interno tem como objeto avaliar o processo de gestão, no que concerne os sua
diversidade de aspectos, como a gestão corporativa, gestão de riscos e
procedimentos que se adunam às normas reguladoras, demonstrando
eventuais desvios e vulnerabilidade às quais a organização está sujeita.
Por fim, sem ter qualquer interesse de esgotar tão vasto tema, será
apresentado como surgiu a Auditoria no Brasil, pois o assunto não era
totalmente desconhecido como pode ser comprovado através de rápida análise
dos artigos publicados na Revista Paulista de Contabilidade, conhecida como
uma das mais antigas publicações sobre Contabilidade no país, desde 1922.
10
CAPÍTULO I
ORIGEM: FUNÇÃO FINANCEIRA
Os conceitos principais mais utilizados no ramo da auditoria, é o
desenvolvido por, Mautz e Sharaf (1961). Mesmo que de forma hipotética, e
organizado de forma dedutiva, criando uma estrutura conceitual que, em
congruência com os objetivos e o papel da auditoria, desenvolve a base para o
os demais e principais conceitos, potencializando uma maneira de resolver os
problemas que se coloquem sob o ponto de vista prático.
De acordo com Mautz e Sharaf (1961), os pressupostos são:
O ponto de partida para a construção de uma estrutura teórica;
Pressupostos que por si só não conduzem a uma verificação direta;
As bases que permitem o exercício de inferências;
Pressupostos que por si só não conduzem a uma verificação direta;
Susceptíveis de mutabilidade em função dos avanços do conhecimento.
Essenciais ao desenvolvimento de qualquer disciplina intelectual;
Os pressupostos possibilitam formar as bases para o
desenvolvimento integrado e lógico da teoria da auditoria. Permitem identificar
os conceitos que podem ser diretamente verificados e, portanto, sujeitos ao
critério de refutabilidade, condição que permite validar a verdade que encerra
um conceito.
Os autores citados conceberam uma série de conceitos
considerados essenciais ao desenvolvimento científico e à estruturação teórica
da auditoria. De acordo com Taylor e Glezen (1994), seus postulados
constituem a origem teórica da auditoria. Os autores entendiam que a sua
concepção, apesar de teórica, como fundamental para tornar a auditoria
financeira de um objeto abstrato formal próprio, tendo por bases a inferência, a
11
possibilidade de verificação e a refutabilidade, características essas, essenciais
à formulação de uma teoria positiva ou normativa da auditoria.
Desta forma, Mautz e Sharaf (1961) conceberam os oito postulados
da auditoria financeira:
As demonstrações financeiras e os dados contabilísticos e financeiros são
verificáveis;
A aplicação consistente dos princípios contabilísticos geralmente aceites
gera uma representação razoável da situação financeira e dos resultados
da empresa;
As demonstrações financeiras e toda a informação publicada e sujeita a
verificação está livre de erros intencionais e outras irregularidades;
Ao examinar os dados contabilísticos e financeiros com o propósito de
expressar a sua opinião independente, o auditor actua estritamente como
auditor;
Não existem necessariamente conflitos entre o auditor e a administração
sujeita ao exame de auditoria;
Na ausência de evidência em contrário, o que se considerou válido na
empresa sujeita a auditoria, é extrapolável para o futuro;
A existência de um sistema de controlo interno elimina a probabilidade de
irregularidades;
O estatuto do auditor independente impõe adequadas obrigações.
Esse conjunto de conceitos permite construir o pilar técnico-jurídico
da auditoria, que se baseia essencialmente em três pontos fundamentais:
1- Natureza dos fenómenos contabilizados, relatados e auditados
De acordo com Sierra e Orta (1996) auditores e contadores
relacionam-se na sua atividade, concebendo representações dos fatores
econômicos através de um modelo contábeis de custo histórico/moeda nominal
12
- embora com algumas exceções: gerando um sistema de relato convencional,
que seleciona certos aspectos da atividade económica.
Seguindo com o conceito dos autores, o modelo descrito, sustentado
num processo de estabelecimento de normas de natureza política, confronta os
auditores com a difícil tarefa de verificar e certificar a representação apropriada
de acontecimentos, pelo que o primeiro postulado remete a auditoria para
demonstrações financeiras e dados contabilísticos verificáveis. Esse postulado
é básico na concepção financeira de auditoria que se reporta a dados
verificáveis - apesar de meras representações sociais - e, nesse enfoque, se
essas representações não forem verificáveis, a auditoria não tem razão de
existir, sendo consequentemente suprimida.
Ainda nesse diapasão, a teoria da evidência, onde os procedimentos
de verificação, e a aplicação da teoria da probabilidade estão inseridos na
auditoria e o estabelecimento de limitações à responsabilidade social do
auditor.
Todo o processo de auditoria, praticamente, está baseado nesse
postulado, aceitando o auditor unicamente as responsabilidades ligadas à
veracidade dos factos que examinou, e que são a base da sua opinião. A
auditoria é, assim, concebida numa perspectiva estritamente técnica,
consubstanciada na utilização de uma matriz de diversos procedimentos
analíticos que têm como objetivo testar as asserções da administração, o que
possibilita ao auditor a emissão de uma opinião pessoal. Pode-se, assim,
verificar que, segundo essa hipótese, as responsabilidades dos auditores se
restringem unicamente à análise dos fatos relatados e ao rigoroso cumprimento
das normas técnico-legais relacionadas com o desenvolvimento da profissão.
Pode-se dizer que a auditoria, tradicionalmente, tem a sua atuação
na análise das demonstrações financeiras.
13
Pereda (1983) ensina que esse posicionamento está relacionado a
hipótese, ao entender que a aplicação estável dos princípios contábeis como
uma condição para a construção da situação financeira e dos resultados das
operações. Defendendo, ainda, que nos princípios contábeis geralmente
aceitos, fica caracterizado como pressuposto básico o princípio da
continuidade, no entanto existe uma relutância generalizada entre os auditores
em se pronunciarem sobre esse princípio. Pereda ainda se refere o fato de que
o auditor deve verificar as bases utilizadas pela empresa quando aplica o
princípio da continuidade, que, em última instância, representa a avaliação das
circunstâncias que no futuro podem interromper a atividade normal da
empresa.
Esse tema é hoje em dia de grande importância na relação entre os
auditores e a sociedade, de maneira qual a sociedade pede aos auditores que
considerem com mais rigor e profundidade a problemática da continuidade, em
todas as circunstâncias e não por exceção, como defendem as correntes
tradicionais de auditoria. Deve-se salientar que a regra dos negócios não é a
mesma da época em que as teorias foram desenvolvidas, sendo muito mais
instável e imprevisível, pelo que a observação do princípio da continuidade
deixou de ser um pressuposto para se tornar uma previsão com todas as
consequências daí decorrentes.
Tendo como corretos que a qualidade da informação financeira, no
que tange à precisão, pressupõe a observância dos princípios contábeis
geralmente aceitos, o que os auditores efetivamente validam, é o fato das
empresas, com as quais celebraram contratos, terem utilizado ou não as
normas contábeis emitidas pelas principais autoridades responsáveis pela sua
elaboração.
Dessa forma, os profissionais auditores não têm ciência, pois
apenas podem supor que os princípios contabilísticos aplicados pela empresa
são apropriados às circunstâncias, isto é, não tem como determinar se as
14
normas aplicadas, numa determinada situação, confirmam que a fiabilidade foi
ou não alcançada.
Flint (1988) nos demonstra que é impossível conceber uma situação
em que os organismos responsáveis pela emissão das normas contabilísticas
consigam regular todas as situações imagináveis, de tal maneira que, quando
as empresas respondem à insuficiência com práticas de contabilidade criativa,
o auditor encontra-se sem grandes linhas de orientação, ficando pouco
amparado nos seus juízos de valor sobre o espírito e a razoabilidade dos
princípios contábeis geralmente aceitos. Consequentemente, uma nova
divergência de opinião entre os utilizadores da informação financeira e os
auditores pode surgir, à medida que o modelo de relato financeiro é susceptível
de ser criticado pela sua falta de relevância para a tomada de decisões, por
falta de confiança e por incapacidade de refletir a realidade econômica. O
auditor, assim, não escapa às críticas, pois dá crédito a um sistema em que a
concordância com a forma legal se sobrepõe à substância econômica, sendo,
nesse caso, a sua função descobrir os processos de fuga levados a cabo para
fazer face às necessidades de gestão.
A sexta hipótese de auditoria atrofia a participação do auditor na
elaboração e revisão de toda a informação financeira prospectiva, com base no
seu carácter subjetivo e, portanto, não verificável.
Flint (1988) traz em seus ensinamentos que a aceitação desse
postulado estabelece importantes limitações ao âmbito e alcance da auditoria,
isto é, reduz a auditoria à análise retrospectiva, não lhe conferindo alcance
para analisar, por exemplo, a continuidade/viabilidade da empresa, o que se
reflete na limitação das responsabilidades do auditor. Contudo, frisa que
estudos de auditoria mencionam o chamado futuro mais provável ao âmbito da
auditoria, visando, assim, à ampliação da esfera de atuação da auditoria. Esse
postulado que fornece ao auditor a base para se pronunciar sobre a
continuidade da empresa, unicamente por exceção, não se adapta às novas
15
tendências que preconizam que o auditor, sem exceção, se pronuncie sobre a
problemática da viabilidade da empresa.
Já os Doutos Sierra e Orta (1996) ensinam que a qualidade dos
fenómenos contabilizados, relatados e auditados, é o produto da existência de
um controlo interno adequado, parece óbvio que a sua manutenção em termos
operativos reduz a probabilidade de irregularidades, muito embora as
infracções sejam possíveis ainda que exista um bom controlo interno. Por outro
lado, se o controla interno não é minimamente confiável, os erros e as
irregularidades devem considerar-se como algo mais do que meramente
possíveis.
Para Braiotta (1999) leciona que importância do controlo interne,
como realça o quarto postulado, quer na óptica preventiva quer na óptica
detectiva, é fundamental em auditoria, sendo reconhecida como imprescindível
na execução de qualquer serviço razoável de auditoria em termos de
profundidade e extensão dos testes substantivos. O reforço do controle interno
nas empresas e a criação de comités de auditoria são preconizados por alguns
autores, como vias possíveis de resposta às crescentes exigências da
sociedade em matéria de detecção de fraudes.
1.1- Ética e administração
As hipóteses citadas demonstram um determinado comportamento
ético dos administradores, ou seja, dos responsáveis pela gestão da empresa.
Aceita-se, então, a inexistência de conflitos de interesses entre o auditor e o
órgão de gestão da empresa onde necessária a auditoria e,
concomitantemente, assume-se que as demonstrações financeiras estão
isentas de irregularidades.
Sierra e Orta (1996) atestam que essas duas teorias estão
diretamente relacionadas com a problemática que opõe os auditores e os
16
utilizadores da informação financeira relativamente ao trabalho por aqueles
efetuado, bem como as suas responsabilidades no relato de atividades
fraudulentas e de atos ilegais cometidos pelo órgão de gestão. Assume-se que
o órgão de gestão atua racionalmente na aquisição de ativos, na direção da
sua gestão corrente e estratégica e na celebração adequada dos seus
compromissos e, a menos que haja evidência em contrário, atua de forma
honesta e não está envolvido em atividades fraudulentas. No trabalho de
planeamento da auditoria, a atividade do auditor fundamenta-se na dúvida, que
o leva à reflexão, pelo que não deve afastar a possibilidade de, num
determinado momento, ocorrer um conflito direto ocasional, à medida que
examina e avalia asserções feitas pelos gestores, podendo algumas serem
ocultadas propositadamente por eles. A responsabilidade do auditor para com
a sociedade em geral e para com os acionistas em particular impõe, numa
sociedade democrática, em face do conflito de interesses, das consequências
econômicas das decisões, e da complexidade e do afastamento dos
utilizadores da informação financeira da gestão da empresa, a denúncia das
atividades fraudulentas e dos atos ilegais cometidos pelas empresas.
O paradigma do programa de auditoria, quando o risco eminente tem
como origem a análise da postura ética dos diretores é detectado pelo auditor,
deve tanger todas as situações onde existe o potencial de falha, indo, portanto,
muito para além do estritamente necessário.
1.2- Função dos auditores
Segundo Braiotta (1999), a função social do auditor, as
responsabilidades que lhe são confiadas pela sociedade e o reconhecimento
público crescente, obrigaram-no à aceitação de maiores obrigações
profissionais, traduzidas na extensão progressiva das normas de auditoria.
17
Dessa maneira, dentro das hipóteses, relacionadas com a atuação
do auditor e com o seu código de ética, determinam a independência como um
alicerce do exercício da profissão de auditor.
Por conseguinte, os auditores não devem aceitar responsabilidades
nas demais áreas da empresa que o impeçam de atuar com isenção no
exercício da sua função exclusivamente de auditor. Desse modo, as práticas de
economia de produção conjunta, tão em voga nas empresas multinacionais de
auditoria e que acabaram em tantos escândalos.
Na auditoria devem ser objeto de legislação que afaste
definitivamente a proximidade das funções de auditoria e de consultoria.
18
CAPÍTULO II
A ORIGEM DA AUDITORIA
De acordo com o Portal UNB (2013) a expressão auditoria origina-se
do latim audire, que significa ouvir. Assim, auditoria disse do cargo cargo de
auditor, lugar ou repartição onde o profissional exerce as suas funções, exame
analítico, contabilidade e pericial que segue o desenvolvimento das operações
contábeis, desde o inicio até o balanço.
De acordo com o doutrinador Crepaldi (2007) auditoria é o exame
cauteloso das informações, livros e registros, das atividades desempenhadas
dentro da empresa ou departamento, cuja finalidade é averiguar, examinar e
conseguir informações das atividades internas e externas, constatando se elas
estão seguindo as disposições projetadas ou constituídas antecipadamente e
ainda verificando se estão de acordo com os princípios contábeis. De acordo
com:
A auditoria de uma empresa constitui o conjunto de procedimentos
técnicos que tem por finalidade a emissão de um parecer sob sua situação
financeira, de acordo os princípios fundamentais de contabilidade e pertinente
a legislação específica.
Originou-se com a necessidade do mundo capitalista, em razão de
sua evolução, principalmente pela evolução das empresas familiares em
empresas corporativas. Com modernização do mundo juntamente com o
avanço empresarial, consolidados ao processo de abertura de capital para
investidores interessados em aplicar seus recursos, foram fatores
preponderantes para que as demonstrações financeiras passassem a ter maior
importância, a fim de que os investidores tivessem mais segurança para avaliar
seus investimentos na empresa.
19
Gass (2013) descreve que os objetivos da auditoria são:
Avaliar continuamente a Empresa, sob a ótica de eficácia, eficiência operacional e da qualidade dos controles internos, através da análise de seus processos, segundo o nível de risco de cada um, identificando problemas relevantes, recomendando, discutindo, participando das soluções, acompanhando as implementações e as ações preventivas e ou corretivas.
O mestre continua ensinando que através de exigências do
mercado, da abertura do capital social das entidades a investidores diversos,
entre outras, essas entidades se viram diante da necessidade de expor seu
patrimônio, sua posição financeira, sua capacidade de gerar lucros e, também,
como estava sendo realizada a administração financeira dos recursos da
empresa, no intuito de transmitir o maior número possível de informações e
segurança aos investidores para que esses pudessem avaliar a segurança,
liquidez e rentabilidade de seus futuros investimentos.
A partir disso a auditoria sobre as disponibilidades surge como uma
ferramenta primordial para examinar subgrupos de contas e confirmar ou não a
veracidade das informações contidas nos registros e demonstrações contábeis
das empresas e evitar fraudes ou erros nessas contas, além de auxiliar os
gestores dessas organizações nas tomadas de decisões.
2.1- Auditoria interna
A expressão Controle Interno é denominado apenas para o controle
interior da empresa.
Para Almeida (2010):
O controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimento, método ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
20
O controle interno tem como objetivo verificar dados, para fornecer
ao empresário dados confiáveis para sua tomada de decisão.
De acordo Attie (2006):
A confiabilidade dos resultados gerados por esse fluxo que transforma simples dados em informação a partir das quais os empresários, utilizando-se de sua experiência administrativa, tomam decisões com vistas no objetivo comum de empresa, assume vital importância.
O mestre acima ainda descreve que a importância da auditoria
ficando evidente quando não se pode conceber uma empresa sem controles
garantindo as informações e a confiabilidade dos resultados, baseando-se
apenas em experiências administrativas assumindo riscos enormes ao tomar
decisões sem informações confiáveis.
Auditoria é parte inerente de cada segmento de uma empresa.
Assim, forma o procedimento corresponde ao conjunto de ações desenvolvidas
na empresa. A auditoria, também sendo denominada de controle interno, tem
grande influência em todos os aspectos de uma administração, com isso as
empresas que não mantiverem um controle interno eficiente, não terão
credibilidade em seus relatórios contábeis, pois todas as informações
distorcidas podem levar a conclusões erradas e danosas.
Almeida (2010) diz que um controle interno eficiente é preciso
relatórios que reflitam a gestão da operação pelos funcionários. O controle
interno deve permitir que os mesmos tenham liberdade na atuação de suas
funções para buscarem melhores resultados e, ao mesmo tempo, seja
executado de forma sequencial evitando que funcionários por motivos pessoais
ou financeiros, venham a cometer atos ilícitos.
O professor ainda leciona:
21
Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser adaptado às novas circunstâncias.
Já Attie (2006) afirma que para que o controle interno funcione
corretamente não depende apenas do planejamento da empresa e da
eficiência dos procedimentos e prática instituída, mas sim da habilidade do
pessoal envolvido. Com isso todas as pessoas envolvidas precisam receber
informações adequadas para realização de suas tarefas e treinamentos
apropriados no âmbito técnico, gerencial e operacional.
Com uma gestão contábil eficaz, a auditoria do fluxo de caixa se
torna primordial, pois permite avaliar todos os recursos financeiros, registrando
toda a atividade financeira durante uma determinada linha de tempo,
proporcionando informações mais detalhadas.
2.1.1 Controle Interno: conceito
É pacífico que a definição de auditoria é desenvolver análises e
programas de treinamento para fornecer relatórios precisos com conteúdo
confiável tanto em termo contábeis quanto administrativos.
De acordo com Attie (2006):
Um sistema de controle interno bem desenvolvido pode incluir o controle orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos, análises estatísticas, programas de treinamento de pessoal e, inclusive, auditoria interna.
Enquanto Almeida (2010) afirma que as definições da auditoria se
dividem em:
Controles contábeis: sistemas de conferência, aprovação e autorização; segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis não podem custodiar ativos das empresas); controles físicos sobre ativos; auditoria interna.
22
Leciona, ainda que os tipos de controles administrativos: análise
estatísticas de lucratividade por linha de produtos; controle de qualidade;
treinamento de pessoal; estudos de tempos e movimentos; análise das
variações entre os valores orçados e os incorridos; controle dos compromissos
assumidos, mas ainda não realizados economicamente.
A fim de que tenhamos uma auditoria de qualidade é necessária a
adequação à realidade da empresa auditada, de como a utilização de
elementos precisos que permitem à verificação dos procedimentos
administrativos.
Como pode-se perceber pelo que já estudamos, auditoria gira em
torno dos aspectos administrativos, que tem influência direta sobre os aspectos
contábeis Existe, portanto, necessidade constante de sua consideração
conjunta para efeito de determinação de adequado sistema de controle interno.
Por isso, uma empresa precisa de ferramentas e profissionais
qualificadas que o ajudem e recolham dados e informações confiáveis para
levar ao processo de tomada de decisões.
23
CAPÍTULO III
MODALIDADES DE AUDITORIA
A globalização das empresas aumentou consideravelmente as
demandas, e cada vez mais, a implementação de medidas e técnicas de
controle que visam minimizar as falhas e evitar problemas que arrisquem a
imagem da empresa, perante os acionistas, clientes e do mercado de uma
maneira geral.
Essa renovação do modelo empresarial proporciona a concretização
e a aplicação de diversos recursos, com o fulcro não apenas de identificar e
avaliar possíveis problemas, mas também, oferece possibilidades para
solucioná-los. Ante os diversos meios encontrados, estão as políticas de
gestão de riscos relacionadas à auditoria interna.
Para o doutrinador Attie (2006) a importância que a auditoria interna
tem em suas atividades de trabalho serve para a administração como meio de
identificação de que todos os procedimentos internos e políticas definidas pela
companhia, os sistemas contábeis e de controles internos estão sendo
efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas
contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos.
O mestre, ainda diz que, diante desse cenário, e ainda, às novas
exigências regulatórias que seguem na tendência mundial de fortalecimento,
cada vez mais evidenciado nas estruturas de controle, tem aumentado
consideravelmente, por parte das organizações, a criação ou o
aperfeiçoamento do controle de riscos, levando, por consequência, a elevação
do grau de importância das atividades desempenhadas pela Auditoria Interna.
Esse suporte de fato apenas pode existir para ser apurada da
discussão franca com a direção de modo a verificar em que grau a direção
24
considera sua auditoria interna realmente autorizada a examinar vertical e
horizontalmente a ações empresariais.
De acordo com a CONAB no seu manual de auditoria Interna (2008)
a auditoria interna é de suma importância no processo de gestão e tem dado
ênfase a exigência devido o alto grau de especialização do quadro de
auditores, o que depende de uma equipe com visão multidisciplinar, atuando de
forma convergente e tendo como escopo o assessoramento da administração
por meio do exame e avaliação, entre outros, os seguintes aspectos:
Adaptação e eficiência dos controles;
Lisura e confiabilidade dos sistemas propostos para garantir a
observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e
regulamentos, assim como da sua efetiva utilização;
integridade e confiabilidade das informações e registros;
compatibilidade das operações e programas com os objetivos, planos e
meios de execução estabelecidos;
eficiência e economia do desempenho e utilização dos recursos, dos
procedimentos e métodos de salvaguardas dos ativos e a comprovação
de sua existência, assim como a exatidão dos ativos e passivos;
Mensurar os problemas e riscos, bem como oferecer alternativas de
solução. Sendo assim, a estruturação de uma equipe multidisciplinar e
devidamente capacitada é condição para a eficiência e eficácia dos
trabalhos, uma vez que as avaliações dependem da correta
decodificação de percepções sobre diferentes assuntos, no que se
25
refere às pessoas, à logística, aos controles, ao processo de gestão
administrativa, entre outros.
3.1 Modalidades de auditoria
Ante todo o âmbito contábil pode-se encontrar diversas modalidades
de auditoria foram incorporadas ao longo dos tempos.
Gass (2013) demonstra que na auditoria interna o desenvolvimento
das atividades são os seguintes:
- Contábil/Financeira – A auditoria Contábil foca principalmente as
demonstrações financeiras, examinando e avaliando as partes componentes
desses demonstrativos, bem como os procedimentos e registros, aferindo o
nível de aderência à legislação e aos Princípios Fundamentais da
Contabilidade, como também às normas internas da empresa.
Onde o foco financeiro está, nas as áreas de tesouraria, aplicações
financeiras, captação de recursos, envolvendo avaliação de liquidez e
rendimento, e recentemente, o foco, também, está na atividade de controle e
planejamento dos resultados.
- Operacional - Atualmente a Auditoria Operacional é, em sua essência, um
foco. A Auditoria Operacional busca aferir se a organização ou unidade
submetida à exame e avaliação opera de forma eficiente. Sob essa óptica, o
auditor tem de analisar as operações da empresa segundo o enfoque dos seus
objetivos definidos no plano tático ou operacional e verifique a qualidade da
versão impressa.
O principal objetivo da Auditoria Operacional é auxiliar a
administração empresarial no desenvolvimento eficaz de suas funções e
responsabilidades, e avaliar se a organização, unidades, sistemas, operações
26
e programas da empresa estão atingindo os objetivos da corporação de forma
eficiente.
- Gestão – Em cada uma das modalidades de auditoria apresentadas, na
maioria das vezes se sobrepõem o que nem sempre é possível apontar em
cada uma delas. A financeira completa a operacional, que por sua vez se utiliza
da auditoria de sistemas e todas convergem na obtenção dos melhores
resultados da empresa. Assim, é possível observar que as verificações de
auditoria, qualquer que seja o tipo, tem por finalidade, contribuir para a maioria
dos resultados. A Auditoria de Gestão, mais especificamente, se utiliza dos
procedimentos adotados nas outras modalidades de auditoria, contudo muito
focada na avaliação dos resultados obtidos pela unidade sob a óptica, em
confrontação com a estratégia e o plano de ação, em como na identificação de
ameaças e oportunidades para consecução de resultados futuros.
- Qualidade – A qualidade é o mais básico dos pressupostos em todas as
atividades empresariais e merece, também, um foco especial da auditoria.
Contudo, é importante analisar a questão não somente sob a visão da
percepção da empresa; mas também, do ponto de vista de contribuição de
resultados do cliente. Em tese esse objetivo da empresa é dotar os seus
produtos do mais alto padrão de qualidade. Porém não se pode esquecer-se de
verificar se o seu cliente está disposto a pagar pelos custos adicionais
incorridos para produzir com maior qualidade.
- Sistemas – Engloba o exame dos processos de desenvolvimento, testa os
aplicativos e operações dos Sistemas, cabendo informar à administração sobre
a adequação, eficiência, segurança, custos, documentação, etc. É uma área de
atuação muito importante da auditoria, seja na extração de informações dos
sistemas, seja na implantação de trilhas de auditoria e, também, no próprio
processo de automação interna do órgão de auditoria.
27
Nas modalidades da Auditoria Interna destaca-se por produzir
informações relevantes para a tomada de decisão a auditoria operacional por
suas peculiaridades como ferramenta de gestão e controle.
3.2 Auditoria operacional
A Auditoria Operacional tem suas bases em trabalhos realizados nos
ramos públicos e privados, tendo como princípio os relevantes trabalhos
realizados nos Estados Unidos.
Em seus trabalhos Araújo (2006), identificou que no setor público, a
auditoria operacional aumentou devido à demanda das entidades por
informações úteis sobre a economia, a eficácia das operações governamentais.
Percebe-se que as informações operacionais ajudam nas tomadas de decisões
sobre orçamentos, na aplicação de medidas corretivas e na supervisão, como
meio de otimizar a prestação de contas perante o público. No setor
governamental a auditoria operacional é aplicada em função de trabalhos
realizados pelo Escritório da Controladoria Geral dos Estados Unidos que é um
dos principais responsáveis por esse progresso.
Ele demonstra que a partir de 1970 a auditoria passou a ser
realizada de forma mais regular, contudo em 1971 no VII CONGRESSO DE
INTOSAI que auditoria teve seu início e passou a assumir responsabilidades
financeiras e administrativas programadas. Foi na demarcação da competência
legal do escritório-geral do Auditor do Canadá, durante o período de 1973 a
1977, e que resultou na legislação independente sobre auditoria.
O mestre Araujo (2006), ainda afirma que em 1985, o tribunal de
contas do Estado da Bahia, na gestão do conselho Adhemar Martins Bento
Gomes implantou através do Ato nº 548, o seu Manual de Auditoria, segundo o
modelo canadense de auditoria integrada, evolvendo, portanto, aspectos da
auditoria operacional.
28
No setor privado a auditoria operacional surge através de auditores
realizando trabalhos internos, pois seus relatórios financeiros não eram
suficientes para uma avaliação completa de uma gestão. Contudo seu objetivo
era verificar se as operações estavam sendo executadas com eficiência.
No ver de Araujo (2006) avalia que no setor privado, a expressão
auditoria operacional foi inicialmente utilizada, segundo relatam, pelos
auditores internos há algumas décadas para descrever os exames realizados
com os objetivos precípuo de verificar se as operações estavam sendo
executadas com economia e eficiência e se os resultados propostos estavam
sendo alcançados.
Araujo (2006) ainda diz que as normas de auditoria interna aprovada
pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil devem verificar se os recursos
aplicados são eficientes e econômicos, examinar se os resultados são
compatíveis com os planos e se essas operações estão sendo executadas de
acordo com o planejamento.
Auditoria operacional aponta como uma flecha para as atividades
exercidas nas empresas, que fazendo o levantamento de dados, análise da
rentabilidade, produtividade da organização; custos das operações, do
crescimento e equilíbrio estrutural e patrimonial da organização, incluindo a
situação financeira e a viabilidade econômica dos projetos de ampliação dos
negócios.
Em seu estudo, Attie (2007) diz que a auditoria operacional é uma
função independente de avaliação, criada dentro da empresa para examinar e
avaliar suas atividades, como um serviço a essa mesma organização. A
proposta da auditoria é auxiliar os membros da administração a
desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades.
29
As vantagens apontadas pela auditoria operacional, demostram que
se forem bem planejada e bem executada, pode gerar resultados positivos que
superam os custos incorridos para a sua realização, mesmo que eles sejam
relevantes.
3.2.1- Avaliação de custos
Auditoria operacional serve para avaliar se todos os procedimentos
implantados pela administração são executados conforme critérios previamente
definidos pela empresa.
Attie (2007) resume os objetivos da auditoria operacional:
a. Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e
operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e
comunicar essas informações;
b. Examinar operações e programas e verificar se os resultados são
compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são
executados de acordo com o que foi planejado;
c. Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às
políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter impacto
sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em
conformidade com as diretrizes;
d. Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e se certificar que foram
tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas;
e. Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário,
comprovar sua existência real;
30
f. Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e
econômica;
Ainda segundo o conceitua do mestre a auditoria Operacional é uma
função independente de avaliação, criada dentro da empresa para examinar e
avaliar suas atividades, como um serviço a essa mesma organização. A
proposta da auditoria é auxiliar os membros da administração a
desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades. Para tanto, a
auditoria deve lhe fornecer análise, avaliações, recomendações, assessoria e
informações relativa às atividades examinadas.
A auditoria operacional possibilita benefícios para a organização
como identificação de objetivos, critérios para avaliação, operações
específicas, avaliação do cumprimento dos objetivos da confiabilidade e
identificação das áreas problemática.
Para Araújo (2006) o Instituto Americano de Contadores Públicos
Certificados – AICPA – os benefícios a serem obtidos pela a auditoria
operacional são:
Identificação de objetivos, políticas e procedimentos organizacionais ainda
não definidos;
Identificação de critérios para avaliação do grau de consecução o objetivos
da organização;
Validação independente e objetiva de operações específicas;
Avaliação do cumprimento dos objetivos, políticas e procedimentos
organizacionais;
31
Avaliação da eficácia dos sistemas de controle gerencial;
Avaliação da confiabilidade e utilidade dos relatórios gerenciais;
Identificação das áreas problemáticas e de suas causas
Identificação de área que contribuem para possível aumento de lucros ou
receitas ou diminuição ou limitação de custos;
Identificação de cursos de ação alternativos.
Para que a realização de uma auditoria operacional proporcione
grandes benefícios para a empresa, ela tem de gerar aumentos nas receitas,
redução de custos, melhorias dos controles, diminuição de desperdícios e de
práticas ineficientes.
Por isso existe uma necessidade das organizações investirem em
um controle interno mais rigoroso, possuindo assim base para implantação
dessa ferramenta tão eficaz denominada Auditoria Interna e seus recursos para
tomada de decisão.
3.3- Modalidades de auditoria: gestão
No que tange a tomada de decisão, o que mais preocupa as
empresas é a incerteza em relação aos resultados, porém esta pode ser
diminuída com a implementação de uma decisão alimentada com informações
fiéis, adequadas e oportunas, com o intuito de ofertar um resultado positivo e
aceitável acerca de uma decisão.
Com a ajuda do controle interno, a administração aplica em seu
modelo de decisão com informações pertinentes e fiéis anotadas e avaliadas
todos os dias, para que a sua tomada de decisão seja a mais certa possível.
32
Beuren (2000) salienta que:
A concepção de um sistema de informações que auxilie o gestor a melhorar as suas decisões não depende apenas da identificação dos modelos decisórios dos gestores das suas necessidades informativas. Muitas vezes, torna-se necessário repensar o próprio modelo de decisão, além de utilizar informação adicional para determinar a probabilidade de ocorrência de cada estado da natureza, a fim de reduzir o problema da incerteza.
Já Azevedo (2008) diz que:
Pode-se inferir que a atividade de auditoria interna no âmbito da assessoria à gestão, observando o cumprimento das suas normas, vem contribuindo sobremaneira para a concretização dos resultados das organizações, possibilitando a redução dos riscos a que as empresas estão expostas no atual cenário empresarial, acrescentando valor.
A partir do instante em que a administração empresarial seja
definida e gerida por legislações de diferentes modos em todo o mundo,
empresas de todos os portes, indústrias e países convergem no tocante aos
seus objetivos principais: ajudar os líderes a manter corporações sustentáveis,
com confiança do mercado e capazes de garantir o valor do investimento aos
seus sócios.
Perante as considerações apresentadas, pode-se observar que a
auditoria interna contribui para o modelo de gestão corporativa ao:
Atuar em áreas críticas da organização, promovendo a redução dos riscos
de gestão;
Fortalecer o sistema de controle interno por meio de uma eficiente
supervisão;
33
Recomendar decisões que procurem solucionar falhas nos processos,
melhorando o desempenho das organizações;
Garantir credibilidade e transparência no processo de prestação de contas
e confiança nas informações fornecidas;
Provocar maior envolvimento e responsabilidade do órgão de gestão, órgão
de fiscalização e Comitê de Auditoria, frente às recomendações
mencionadas nos seus pareceres e relatórios.
Desse modo a auditoria interna contribui para a o cumprimento dos
objetivos estabelecidos, para auxiliar na preservação do patrimônio e
otimização dos resultados da empresa, adaptando-se aos moldes de
administração corporativa, abordagem presente na própria definição de
auditoria interna no que tange os processos de gestão empresarial.
Diante de um futuro incerto, num mundo em mudança com ritmo por
vezes muito acelerado, as organizações têm de observar cada vez mais atenta
e continuadamente a sua finalidade, analisar a evolução dos mercados e
identificar ameaças e oportunidades, diagnosticar deu desenvolvimento interno
e identificar os seus pontos fortes e fracos, definir os seus objetivos
estratégicos, as suas estratégias e políticas globais e analisar
sistematicamente os resultados que vão obtendo.
Para se almejar um destaque competitivo, vantajoso e sustentável,
assim como para serem rentáveis e até mesmo para sobreviverem, as
empresas necessitam de uma gestão eficaz, de modo a que os objetivos
principais sejam alcançados e, para isso, necessita de uma auditoria interna,
como função de apoio, dotada dos conhecimentos neste domínio, desempenha
um papel importante.
34
A preocupação do controle interno, também é com a otimização dos
recursos que a empresa dispõe, bem como o cumprimento dos objetivos
previamente fixados, servindo as organizações na sua globalidade e não
apenas os seus gestores.
Sendo assim, as atividades de auditoria interna deverão ser
planejadas, programadas e desenvolvidas tendo em conta as preocupações e
prioridades da gestão e em consonância com os objetivos, estratégias e
políticas globais definidas, possibilitando a consecução de uma gestão eficaz,
tornando-se uma função imprescindível e valorizada para o domínio da gestão
e da organização em geral com responsabilidade social.
35
CAPÍTULO IV
OS PRIMEIROS ESTUDOS SOBRE AUDITORIA NO
BRASIL
De acordo com Toledo Filho (1980):
Data de 1957 e denomina-se Curso de Auditoria, o primeiro livro editado no Brasil sobre o assunto", De autoria do Prot. Antônio Lopes de Sá, toi originalmente lançado em dois volumes sendo, também, o primeiro a utilizar o vocábulo "Auditoria" já que, conforme foi assinalado anteriormente, até então a disciplina era denominada "Revisão e Perícia Contábil".
Apesar de ser esse o primeiro trabalho de peso sobre o tema, o
assunto não era totalmente desconhecido como pode ser comprovado através
de rápida análise dos artigos publicados na Revista Paulista de Contabilidade,
conhecida como uma das mais antigas publicações sobre Contabilidade no
país, desde 1922.
Ricardino e Carvalho (2004) afirmam que um dos primeiros artigos a
incursionar pelo tema toi publicado em 1928 e tinha por título "A Contabilidade
na Grã-Bretanha". A matéria, transcrita do anuário da "Camara de Commercio
Britannica de São Paulo & Sul do Brasil", discorria sobre a existência de duas
sociedades de contadores naquele país: Institute of Chartered Accountants in
England and Wales e a Society of Incorporated Accountants and Auditors,
explicando as atividades dos profissionais filiados,
Furlanetto (1934), afirma em seu artigo na mesma revista que a sua
"árdua e não curta experiência de auditor" e destacava, em artigo denominado
"São Necessários os Auditores?", os benefícios que adviriam aos empresários
da época se tomassem a iniciativa de apresentar aos bancos "sem que lhes
fosse solicitado, annualmente, o seu balanço geral acompanhado de
minudentesannexos, descriptivos de seu patrimônio, direitos, obrigações e
resultados colhidos, cuja exactidão fosse conferida e attestada por auditores".
36
No ano de 1940, à véspera do Decreto-Lei 2627 - terceira norma
legal a regulamentar as atividades das Sociedades Anônimas no Brasil - podia
ser identificada a intenção de alguns renomados contadores de fazer constar
da referida Lei a obrigatoriedade do exame das Demonstrações Contábeis por
contador independente.
Ricardino e Carvalho (2004) identificaram no estudo de Reinach
(1940), em artigo denominado "A Revisão dos Balanços e o Ante-Projéto de Lei
de Sociedades Anônimas", propunha, ao então Ministro da Justiça, alterar a
redação do art, 128, parágrafo único, pela redação sugerida pelo Instituto
Paulista de Contabilidade:
Redação original:
Os fiscais poderão escolher, para acompanhar no exame dos livros, inventários, balanço e contas, um perito-contador, contanto que profissional habilitado, cujos honorários serão fixados pela assembléia geral, (grifo nosso)
Redação formulada pelo Instituto Paulista de Contadores:
Quando a sociedade não mantiver revisão da sua contabilidade, feita por profissionais estranhos ao quadro de pessoal, os fiscais deverão obrigatoriamente escolher um contador ou organização de peritos em contabilidade, para os acompanhar no exame dos livros, inventários, balanços e contas. (grifo nosso)
Tal maneira de pensar não era pontual. O renomado contador,
Herrmann Jr, (1946), manifestou-se sobre o tema: "É aconselhável que na lei
das sociedades anônimas se inscreva um dispositivo tornando compulsória a
veriticação dos livros por peritos".
Já nos meados dos anos 40, cresce de forma contundente a
produção literária sobre o assunto, o enfoque dos diversos artigos elaborados
na época permite aos leitores uma saída em defesa da necessidade dos
37
serviços de Auditoria, embora quase nada houvesse sido publicado a respeito
das técnicas de Auditoria.
Ricardino e Carvalho (2004) apontam que somente no início da
década de 50 que foram publicados os primeiros trabalhos sobre as técnicas
de Auditoria e o rol de atividades de seus profissionais, alguns artigos sobre o
assunto podem ser encontrados na já mencionada Revista Paulista de
Contabilidade. Entre eles, os autores destacam: "Auditoria das Vendas a
Prestações" (ANDREUCCI, 1950), "O Auditor nas Grandes Empresas"
(NEGRINI, 1956) e "Funções da Auditoria Interna"12 (CAMPÍGLIA, 1957),
Afirmam, que neste último, a descrição dos ganhos propiciados pela presença
dos auditores na empresa, não obstante beire o exagero, retrata a visão da
função na época:
A simples existência de serviços de auditoria externa constitui expectativa capaz de induzir os responsáveis ao bom cumprimento de seus deveres pela certeza de que seus erros, suas negligências ou falhas, serão fatalmente apurados e postos em evidência.
Foi em 1957 a publicação, no país, do primeiro livro didático sobre
Auditoria, de autoria do Prof. Antônio Lopes de Sá. O autor, no prefácio da
obra, informa que o livro foi desenvolvido a partir da reunião e compilação de
diversas obras sobre o assunto publicadas principalmente nos Estados Unidos
da América, Inglaterra, Argentina e Cuba. Dentre as obras referenciadas as
mais utilizadas são:
Ricardino e Carvalho (2004) trazem seu estudo uma conceituação e
planejamento dos trabalhos do que para as técnicas de Auditoria propriamente
ditas, até porque eram bastante elementares àquela época, concentradas
fundamentalmente em testes de exatidão aritmética, na conferência
documental, por amostragem, das transações efetuadas e na propriedade, e de
seus registros, As "normas técnicas" da época se restringiam a:
38
Comparação das demonstrações contábeis com os registros de
Contabilidade, acrescidos de provas parciais e seletivas destes últimos
com a documentação e testes de exatidão aritmética.
Leitura dos principais contratos e documentos da empresa, tais como:
livros de ata, contrato social, razão de acionistas, razão de bancos, de
caixa, de clientes, de custos, de fornecedores, de filiais, de mão de obra,
de vendas e outros.
Nos dizeres dos próprios autores:
Devem ser observados, sejam quais forem as verificações, os seguintes princípios gerais: 1. Observar se todos os registros do exercício foram feitos; 2. Verificar se não existem registros de fatos que dizem respeito a exercícios anteriores novamente escriturados no exercício que se examina; 3. Examinar se os saldos de abertura são idênticos aos de encerramento; 4. Ver se os transportes são feitos corretamente; 5. Confrontar um registro com os dados da escrita de terceiros (extratos de bancos, de fornecedores, etc.).
Não obstante a simplicidade dos métodos da época, os estudos da
época devem ser entendido como um marco, tendo em vista o programa de
ensino da disciplina “AUDITORIA” nos cursos de Ciências Contábeis na
mesma ocasião.
Já nos anos 60 teríamos início a uma produção literária mais
contundente e específica. A Revista Paulista de Contabilidade instituiria, em
1962, uma seção mensal voltada à Auditoria Contábil tendo como responsável
o Prof. Ernesto Marra.
39
Ricardino e Carvalho (2004) colecionam que no segundo número da
reterida seção, um artigo denominado "O Parecer do Auditor" traz a público um
trabalho desenvolvido pelo Instituto dosContadores Públicos de São Paulo, o
qual viria ase constituir no primeiro modelo de parecer-padrão adotado no
Brasil. Inspirado nos padrões utilizados pelas empresas de Auditoria
americanas, possuía a seguinte redação:
PARECER DOS AUDITORES Examinamos o balanço geral da ................. encerrado em ................, e a demonstração de lucros e perdas correspondente ao .........................findo na citada data. O exame obedeceu aos padrões usuais de auditoria e incluiu as verificações que julgamos adequadas. Em nossa opinião, o balanço geral e a demonstração de lucros e perdas refletem com propriedade a situação patrimonial e financeira da ...................... em .................... e o resultado econômico do ................ findo naquela data, de acordo com os preceitos de Contabilidade geralmente aceitos, aplicados com uniformidade em relação ao ......... anterior. ......., de .......... de 19.. (MARRA, 1962 a, p. 7)
No mês seguinte, Marra (1962) publicou um artigo denominado
"NormasTécnicas de Auditoria" no qual expôs certas normas mínimas que
devem ser observadas, sendo indispensável que o auditor se assegure de que
o seu exame tenha abordado. Referia-se ele às recomendações adotadas pela
IV Conferência Interamericana de Contabilidade, realizada em Santiago do
Chile, naquele mesmo ano.
Por conseguinte, o tema Auditoria ganharia novos adeptos que
defenderiam a necessidade de da regulamentação da atividade profissional. E,
em novembro de 1966, as normas de Auditoria foram definidas pelo Instituto
dos Contadores Públicos do Brasil, as quais, conforme Schwacke (1970), eram
muito semelhantes às contidas no pronunciamento de número 33 do AICPA.
De forma minimalista, as Normas de Auditoria subdividiam-se em
três tópicos:
I. Normas Relativas à Pessoa do Auditor;
40
II. Normas Relativas à Execução dos Trabalhos e
III. Normas Relativas ao Parecer.
É importante destacar que, dentre as inúmeras e expressivas
mudanças introduzidas nas referidas normas, uma limitação importante recaia
sobre elas e dizia respeito à ausência de Preceitos de Contabilidade
Geralmente Aceitos.
Ricardino e Carvalho (2004) demonstram que tempos depois, o
mesmo assunto foi objeto de profundos estudos por parte do Conselho Federal
de Contabilidade e culminaria com a edição, em 23 de outubro de 1981, da
Resolução CFC nº 529/81 que dispunha sobre as Normas Brasileiras de
Contabilidade e, na mesma data, pela Resolução CFC nº 530/81, que aprovava
os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Os autores acrescentam que no período compreendido entre 1967 e
1972 foi marcado por artigos que consolidavam o exercício da atividade, tais
como os publicados por Franco (1967 e 1968), e caracterizavam-se por marcar
posições quanto ao direito do exercício da atividade ser de competência
exclusiva dos bacharéis em ciências contábeis, enquanto que outros pugnavam
pela definição da responsabilidade legal do auditor.
Lendo atentamente os artigos dessa época, percebe-se visíveis
mudanças relacionadas à função de auditor, diferentemente daquelas
indicadas por Campiglia (1957), que pode ser verificado no texto a seguir:
Não raro, também, presumem muitos que a Auditoria tem por finalidade a investigação de fraudes e desfalques, Nada mais errôneo do que esse entendimento. O descobrimento de fraudes já foi o propósito primário da auditoria; todavia, com o desenvolvimento econômico, o vulto dos negócios e o número de transações cresceram tanto que esse propósito se tornou menos importante comparado com a opinião sobre as demonstrações financeiras, consideradas em seu conjunto.
41
Os mestres Ricardino e Carvalho (2004) trazem em seu estudo que
em 1973, o Prof. Stephen Kanitz um livro denominado "Análise do Parecer do
Auditor", uma das primeiras obras brasileiras a tratar o tema com maior
profundidade.
E após a edição da Lei 6.404 em 1976, foi estabelecida a
obrigatoriedade de Auditoria Independente para as Companhias Abertas e
impunha obediência aos princípios contábeis na escrituração das companhias,
a produção doutrinária, sobre o tema, ganhou expressivo impulso, trazendo a
público grande volume de obras nacionais e internacionais.
4.1. A legislação e o avanço das atividades de auditoria no Brasil
De acordo com o estudo de Ricardino e Carvalho (2004), até 1950 o
Brasil era carente na infraestrutura de mercado que possibilitasse o avanço do
processo industrial. Em 1952, o governo criou o BNDES - Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social cujo capital foi obtido com a elevação,
em 10%, da alíquota do imposto de renda das pessoas físicas, Ainda naquela
década as indústrias multinacionais, notadamente na área automobilística,
começaram a se fixar no país, O Brasil vivia "os anos de ouro do governo
JK13", O PIB brasileiro, entre 1957 e 1961, indicava um crescimento superior a
8% ao ano.
Aditam, ainda, que ao final desse período, que se caracterizou pela
construção de uma nova cidade para servir de capital do país (Brasília),
marcou o início de um período de recessão, motivado pelo alto grau de
endividamento e inflação, O país necessitava urgentemente criar mecanismos
para a solução desses problemas, Uma das respostas possíveis era a melhoria
do mercado de capitais.
42
Segundo Andrezo e Lima (1999) "o Mercado de Capitais teve pouca
importância na economia [brasileira] até meados dos anos 60, embora já
existissem Bolsas de Valores no Rio de Janeiro e São Paulo, criadas no século
XIX...".
De acordo com os autores, a partir de 1965, a Lei nº 4.728 começou
a viger como estatuto básico do Mercado de Capitais brasileiro. Na
mencionada lei foram reunidos os dispositivos legais vigentes, até então,
acrescendo regras que procuravam validar o mercado. Um dos itens que
constavam na Lei é a exposição de motivos da lei indicava o "estabelecimento
de padrões de conduta para os participantes do mercado de capitais, pois este
é naturalmente sensível à confiança do público".
Pela primeira vez, um texto legal introduzia no país a figura do
Auditor Independente:
Art. 20. Compete ao Conselho Monetário Nacional expedir normas a serem observadas pelas pessoas jurídicas referidas neste artigo, e relativas a: b) Organização do balanço e das demonstrações de resultados, padrão de organização contábil, relatórios e pareceres de auditores independentes registrados no Banco Central.
Os renomados mestres Ricardino e Carvalho (2004), colecionam
que com a criação da Lei 4728/65, ainda, os Bancos de Investimentos que
teriam suas atividades regulamentadas no ano seguinte, assim como as Bolsas
de Valores e as Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários. Nesse mesmo período, o Banco Central do Brasil definiu as
Sociedades Anônimas de Capital Aberto, incentivando o registro de
companhias na Bolsa. As 289 Sociedades Anônimas de Capital Aberto,
registradas no Banco Central do Brasil, em 1968, passaram para 493, em
1971.
43
As atividades dos auditores seriam regulamentadas no mesmo ano.
(Resolução CMN nº7) Posteriormente, outros dispositivos legais reforçariam
sua atuação:
Resolução nº 39, de 20.5,66. Estabelece a AUDITORIA obrigatória para as
Bolsas de Valores e determina que estas fiscalizem seus associados
através de AUDITORES;
Resolução nº 88, de 30.1.68. Estabelece a necessidade de PARECER DE
AUDITOR INDEPENDENTE como documento que deve acompanhar o
pedido de registro de sociedades que pretendam negociar os títulos por
elas emitidos no mercado de capitais.
Com a regulamentação do mercado de capitais e sendo fixados seus
instrumentos de controle tem-se uma época de grande crescimento na
economia nacional. Em toda história brasileira o investidor brasileiro jamais
havia se interessado tanto pelo mercado acionário como em 1971, porém, a
partir de julho daquele ano, o valor das ações começou a cair
vertiginosamente, diminuindo substancialmente o volume de negócios.
Demoraria muitos anos até que essa fase depressiva fosse superada.
Andrezo e Lima (1999) apontam que desastre da experiência inicial
levou à criação de novos mecanismos legais para corrigir as distorções do
passado e tentar reaproximar os investidores. Dentre eles os mais significativos
foram:
Resolução nº 220, de 10.5.72. Institui AUDITORIA obrigatória para as
sociedades anônimas registradas no Banco Central que tenham suas
ações cotadas no mercado de capitais. Disciplina o registro dos
AUDITORES INDEPENDENTES.
44
Resolução CFC nº 321, de 14.04.72. Determinaria o padrão de redação
para o primeiro parecer de auditoria adotado no Brasil15, tomando por
base a redação do parecer recomendado pelo AICPA - American Institute
of Certified Public Accountants, elaborado em 1948.
Circulares 178 e179, de 11.05.1972, editadas pelo BACEN - Banco Central
do Brasil, determinam a formalização legal das atividades dos Auditores
independentes, regulamentando o Registro de Auditores Independentes e
baixando Normas Gerais de Auditoria e Princípios e Normas Gerais de
Contabilidade. Nelas ficavam estabelecidos:
Os mestres acima citados dizem que os critérios de escrituração e
contabilização das receitas, custos, despesas, bens destinados à exploração
do objeto social, depreciação, mercadorias, matérias-primas, bens destinados à
alienação, direitos e patentes industriais, direitos de utilização de obra de autor,
direitos de concessão e marcas de fábrica ou semelhantes, ações e os títulos
de renda fixa, créditos a receber e de liquidação duvidosa, Fundo de Comércio,
despesas diferidas, investimentos em empresas coligadas, subsidiárias ou
dependentes, direitos e responsabilidades contingentes ou eventuais tais como
avais, tianças, demandas judiciais e contratos onerosos a serem cumpridos e
os demais direitos, obrigações e situações que ainda não façam parte do
patrimônio, mas que imediata ou remotamente possam vir a afetá-lo positiva ou
negativamente, Também foram determinados os critérios gerais para a
Formação de Reservas e Provisões, para classificação do Balanço Patrimonial
e para a apresentação gráfica do Balanço Patrimonial e Demonstrativo de
Resultados.
Ricardino e Carvalho (2004) nos mostram que a reprodução desse
extenso texto tem por objetivo trazer à memória a insipiência dos padrões e
demonstrações contábeis vigentes até então, os quais, como consequência,
faziam com que o exercício das atividades de auditoria em nosso país
estivesse limitado a situações mais ou menos pontuais.
45
A partir dessas Resoluções e Circulares, a Auditoria Independente
torna-se institucionalizada no Brasil. O crescimento do número de Sociedades
Anônimas que procurou o mercado de capitais, expandiu as empresas de
Auditoria até então existentes e fez surgir diversas outras de maior ou menor
porte. Desde então, diversos outros atos regulatórios ou diplomas legais foram
editados, dos quais destacam-se os seguintes:
A Lei nº 6.385/76 cria a Comissão de Valores Mobiliários e determina que
cabe à esta registrar e fiscalizar os Auditores Independentes, dando
habilitação para que auditem as companhias abertas e as sociedades
integradas do sistema de distribuição e intermediação de valores
mobiliários, Estabelece, ainda, a responsabilidade civil do Auditor
Independente;
Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas). Estabelece a obrigatoriedade
de Auditoria Independente para as Companhias Abertas e para as
demonstrações contábeis de grupos de sociedades que inclua companhia
aberta. Baixa normas contábeis e impõe a obediência aos princípios
contábeis na escrituração das companhias;
Lei nº 7492/86. (Lei do Colarinho Branco). Define os crimes contra o
Sistema Financeiro Nacional, "Esta lei representava velha aspiração das
autoridades e do povo no sentido de reprimir com energia as constantes
fraudes observadas no Sistema Financeiro nacional, especialmente no
mercado de títulos e valores mobiliários". Andrezo e Lima (op. cit., p. 170)
Resolução nº 829/97, do Conselho Federal de Contabilidade. Aprova a
NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis.
Na década de noventa, mais precisamente ao final de 1995 e início
de 1996, três acontecimento relacionados a erros das demonstrações
46
contábeis, denegriram a imagem de três das principais empresas de auditoria
em atividade no Brasil: as referências são aos casos que envolveram os
Bancos Econômico, Noroeste e Nacional, auditados respectivamente pela
Ernst & Young, Price Waterhouse e KPMG. Com advento de tais
acontecimentos e na tentativa de minimizar ocorrências futuras de caráter
similar, o Banco Central do Brasil, adotou algumas medidas relacionadas à
atividade de auditoria, a saber:
Resolução nº 2.267/96 - dispõe sobre a auditoria independente das
instituições financeiras, demais entidades autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, fundos de investimentos constituídos nas
modalidades regulamentadas pelo referido Órgão e administradoras de
consórcio;
Circular nº 2.676/96 - estabelece normas complementares àquelas fixadas
na Resolução nº 2.267/96;
Lei nº 9.613/98 - dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens.
Desde então, outras normas vêm sendo criadas visando o
aperfeiçoamento concomitante das práticas contábeis e de Auditoria no país.
Os motivos que levam à estruturação tão recente do mercado
empresarial, assim como dos instrumentos que lhes garantem confiabilidade,
são diversas e vão da cultura à ética, vagando por aspectos sócio-econômicos
e jurídicos. Conhece-las, ainda que brevemente, é fundamental para sua
compreensão.
47
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que não existe uma identidade de pensamento
subjacente para os conceitos que estudam o instituto da Auditoria. Entretanto,
os mestres Mautz e Sharaf e Lee demonstram suas fundamentações fazendo
sobressaltar o ponto de vista da auditoria financeira, enquanto Flint estrutura e
desenvolve a sua concepção numa óptica mais alargada, procurando apontar
os diferentes vértices da auditoria: financeira, gestão cumprimentos
específicos.
Desta forma, as hipóteses levantadas pelos autores dão
responsabilidade no processo de prestação de contas, à comprovação das
responsabilidades e à definição dos padrões de responsabilidade que permitam
a avaliação e a comparação, uma importância fundamental, qualquer que seja
a empresa e organização.
É certo que as estruturas empresariais, a composição da estrutura
dos acionistas, o aumento do conceito de responsabilidade social, a
sofisticação do mercado de capitais, determinam um conceito mais complexo
de prestação de contas, fazendo crescer as expectativas em relação processo
de auditoria. Mautz e Sharaf formulam seus conceitos numa esfera
completamente diferente e numa visão social em que a conduta dos diretores
era avaliada pela honestidade, de acordo com as leis e pelo volume de lucros
obtidos e dividendos distribuídos, ou seja, num contexto em que a divisão entre
a propriedade e a gestão não era tão clara. Tem-se dessa forma uma estrutura
conceitual que dá prioridade ao risco das operações e não ao risco de negócio
numa perspectiva estratégica. A responsabilidade para o auditor, no quadro
dessa estrutura, resume-se à observância do estrito cumprimento das normas
legais, técnicas e administrativas, não sendo incluída na sua função a
problemática da detecção de erros e fraudes e da continuidade da empresa.
Isto é, a auditoria externa é uma profissão sustentada no seguinte suporte
48
normativo: normas contabilísticas, fiscais e legais, normas deontológicas e
normas técnicas.
No que tange as hipóteses comportamentais, existe um consenso de
que dar independência ao auditor, sendo de vital importância teórica e prática,
ressaltando que, caso o trabalho de auditoria não seja realizado de uma
maneira neutral, merecerá, obviamente, reservas por parte deste. Como a
opinião do auditor deve ser emitida sem influências financeiras ou sentimentais,
não poderão existir quaisquer restrições que limitem a imparcialidade do
auditor, nem conflitos de interesse entre o auditor e a gestão da empresa.
É possível avaliar se esses procedimentos são realizados através de
comunicação formal ou informal, e verificar se a qualidade dos controles
utilizados efetivamente realizam sua função empírica de minimizar riscos.
A auditoria ainda é recente no Brasil, contudo sua implementação
começa a ser mais constante nas organizações, fazendo com que as empresas
que a utilizam saiam na frente de seus concorrentes em relação à redução de
custos.
O auditor para realizar um trabalho com total isenção, precisa ter
liberdade para exercer suas atribuições dentro da empresa além de ser
conhecedor de todos as áreas com os quais vai atuar, ou seja, precisa ser
alguém qualificado e integrado com a realidade e com os objetivos da empresa.
A consolidação da auditoria no Brasil seja através de indicadores de
gestão ou de outra técnica, não apenas constitui um suporte importante na
modernização da administração de uma empresa, mas também, demonstra a
consolidação de uma exigência técnica advinda da própria globalização para
ajudar os administradores a atingir os objetivos de modo econômico, eficiente,
eficaz e transparente.
49
Deve-se enfatizar a importante contribuição da auditoria na
modernização das gestões, como grandes agentes de mudanças para uma
nova cultura organizacional. As chances de empresas e investidores utilizarem
o processo de auditoria interna como recurso preponderante de tomada de
decisão para melhor utilização dos recursos a serem aplicados é muito grande
e viável, devido a auditoria estar ligada diretamente com a solvência da
empresa, passando a imagem real de como anda a situação e valores do
patrimônio.
A auditoria não é aplicada exclusivamente na avaliação dos
investimentos, mas também aponta, para as empresas auditadas, a melhor
maneira de permanecer no mercado, através do estudo da forma aplicada pela
organização em determinada gestão ou operação dos seus recursos.
A auditoria no Brasil deve assumir a postura de que sua participação
no suporte à gerência empresarial é responsável não apenas por garantir a
qualidade e efetividade da estrutura de controle interno, como também, por
demonstrar recomendações importantes, agregando às atividades e aos
negócios das empresas. Na verdade, o valor da auditoria empresarial para as
organizações importa na implementação de recomendações que possam
contribuir para melhoria dos resultados, corte de custos, otimização das
práticas de controle interno e gestão e os entendimentos dos indicadores de
desempenho definidos para os diversos processos e atividades de negócios.
O mundo empresarial está em constante mudança e com ele são
estabelecidos novos paradigmas de gestão empresarial. Nesse novo contexto,
as funções do auditor ganham nova proporção e importância como instrumento
de concorrência. Entender o papel da Auditoria Interna como função
estratégica é fundamental no processo moderno de gestão empresarial.
50
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICACTÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
ORIGEM: FUNÇÃO FINANCEIRA 10
1.1 Ética e administração 15
1.2 Função dos auditores 16
CAPÍTULO II
A ORIGEM DA AUDITORIA 18
2.1 Auditoria interna 19
2.1.1 Controle interno: conceito 21
CAPÍTULO III
MODALIDADES DE AUDITORIA 23
3.1 Modalidades de auditoria 25
3.2 Auditoria operacional 27
3.2.1 – Avaliação de custos 29
3.3 Modalidades de auditoria: gestão 31
CAPÍTULO IV
OS PRIMEIROS ESTUDOS SOBRE AUDITORIA NO BRASIL 35
4.1 A legislação e o avanço das atividades de auditoria no Brasil 41
CONCLUSÃO 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50