36
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES E O USO DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO DE SURDOS Por: Alessandra Cristiane Valle Lagos Orientador (a) Profª. Me Fátima Alves Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALessas crianças falassem os sacramentos e mantivessem suas posições sociais no intuito de continuar contribuindo com a igreja. 1.2

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS

PROFESSORES E O USO DA PSICOMOTRICIDADE NA

EDUCAÇÃO DE SURDOS

Por: Alessandra Cristiane Valle Lagos

Orientador (a)

Profª. Me Fátima Alves

Rio de Janeiro

2013

DOCU

MENTO

PRO

TEGID

O PEL

A LE

I DE D

IREIT

O AUTO

RAL

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS

PROFESSORES E O USO DA PSICOMOTRICIDADE NA

EDUCAÇÃO DE SURDOS

Trabalho apresentado em cumprimento às

exigências para a obtenção do grau de

especialista no curso de Pós- graduação em

Psicomotricidade da AVM Faculdade Integrada.

Por: Alessandra Cristiane Valle Lagos

Rio de Janeiro

2013

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por guiar meus

caminhos e por colocar pessoas boas

que se tornaram amigas na minha

trajetória profissional que me fizeram

conhecer e aplicar a psicomotricidade

no meu trabalho.

Aos meus professores e orientadora

que me permitiram crescer

intelectualmente e chegar até aqui.

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado ao meu marido, a

minha filha, a minha mãe e ao meu irmão

Diego, que sempre estiveram ao meu lado

incentivando-me durante minha trajetória e

em todos os momentos da minha vida.

A todos eles, o meu agradecimento.

RESUMO

Através da leitura desse estudo mostraremos a importância da

valorização, qualificação e formação continuada dos profissionais que atuam

na educação do nosso país. O início da formação acadêmica do indivíduo

começa na educação infantil e por esse motivo, é de suma importância ter

profissionais capacitados para atender esse público que entra cada vez mais

cedo nas instituições de ensino (creches), ali permanecendo por um longo

período e por serem muito pequenos necessitam de estímulos e cuidados

diferenciados. Por esse e outros motivos, se faz necessária uma formação

adequada para os profissionais que atuam na nossa educação, já que a

realidade e a necessidade do público atendido são dadas de acordo com a

faixa- etária dos mesmos.

METODOLOGIA

A pesquisa em questão é de base qualitativa e envolveu dois momentos:

pesquisa bibliográfica e outra empírica. Com a pesquisa empírica, pretendemos

investigar como anda o processo de qualificação e capacitação dos

professores de Educação Infantil, ao utilizar-se da psicomotricidade como

complemento na educação de crianças surdas.

Através da pesquisa bibliográfica, analisaremos se as ideias e definições

publicadas sobre os temas descritos acima, contribuem para o enriquecimento

do trabalho e dos leitores.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - História da Educação de Surdos no Mundo 10

CAPÍTULOII - História da Psicomotricidade 21

CAPÍTULO III – Aplicação da Psicomotricidade em Sala de aula 26

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32

WEBGRAFIA 34

ANEXOS 35

ÍNDICE 36

8

INTRODUÇÃO

Há muito tempo a sociedade vem se mostrado insatisfeita com a

qualidade de ensino que é disponibilizada nas instituições de ensino público e

privado.

Instituições, essas, que formam nossos cidadãos e os profissionais que

irão atuar nas mesmas. Porém, para alavancarmos a qualidade de ensino da

sociedade é importante investir desde a educação infantil até o ensino superior,

uma vez que a educação infantil é a base da formação do nosso cidadão.

No passado, acreditava-se que a criança que frequentava os antigos

jardins de infância só iam para brincar e brincar por brincar, a criança ficava em

casa. Só que a visão da sociedade e dos nossos governantes vêm se

modificando: começaram a priorizar o investimento na educação de base e

quem sabe priorizem também, o investimento na remuneração dos

profissionais que atuam nesse segmento e nos demais, já que o educador que

recebe um salário digno não tem a necessidade de se dividir em vários turnos e

instituições, tendo a possibilidade de dar continuidade à sua formação. Sendo

esse um dos temas a ser discutido no decorrer desse trabalho.

Outro ponto que destacaremos será a importância do educador

conhecer a realidade da comunidade, dos educandos e dos profissionais que

compõe as instituições de ensino. Porque o profissional que conhece o público

que vai atender, tende a disponibilizar de novas técnicas e metodologias para

elevar não só a qualidade de ensino como a construção do sujeito crítico,

formador de opiniões que atuará dentro da sociedade.

A surdez também será retratada dentro desse trabalho não só por ser

um tema inclusivo, mas a título de conhecimento da sua cultura, língua,

comunidade e história, pois através desta, saberemos como surgiu a língua, se

ela é ou não universal, quais são as dificuldades e facilidades da apropriação

da língua materna dos surdos (LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais) e do

português e, qual a dificuldade em desenvolver e aplicar metodologias de

ensino para esse público que pouco se conhece.

9

A psicomotricidade ganhará destaque no nosso trabalho devido à sua

importância no desenvolvimento cognitivo, motor e emocional do indivíduo.

Para um melhor esclarecimento sobre essa ciência, é de suma importância

conhecer a história da mesma, entender sobre o desenvolvimento do indivíduo

desde a sua concepção até a terceira idade.

Porém, priorizaremos o desenvolvimento do indivíduo a partir da sua

concepção até os primeiros anos do desenvolvimento infantil na educação de

surdos. Contaremos com o auxílio da história para entender a cultura e língua

dos surdos aliados com à psicomotricidade na rotina pedagógica dos mesmos.

10

CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO MUNDO

1.1 O Surdo na Antiguidade

O relato que temos da educação de surdos na Grécia e Roma antiga é

de que eles não eram considerados humanos, pois a sociedade acreditava que

a fala era o resultado do pensamento; e foi deduzido que por não ouvirem, os

surdos eram incapazes de pensar. Dessa forma eram deixados de lado à

margem da sociedade.

Honora e Frizanco (2009) relatam que a Igreja Católica teve papel

fundamental na discriminação de surdos e de outros portadores de deficiência,

uma vez que ela pregava que o homem foi criado à “imagem e semelhança de

Deus”. Dessa forma, quem não se encaixava nesse padrão não era digno do

convívio com os demais membros sociais. Eram tirados deles também, o direito

à escolarização, de se casarem e até de receberem testamentos.

É preciso frisar que essas sociedades eram divididas em feudos e os

nobres casavam entre si para não dividirem suas heranças com outras famílias.

Dessas uniões, era frequente o nascimento de crianças surdas e portadoras de

outras deficiências.

A Igreja católica que sempre exerceu grande influência nessas

sociedades e recebia grandes doações dos nobres, resolveu pedir ajuda aos

monges que viviam enclausurados. Para que fossem os preceptores dos filhos

dos nobres que haviam nascido surdos. Pois esses monges, no seu

isolamento, desenvolveram um tipo de comunicação gestual sem a utilização

“Sem linguagem não somos seres humanos completos e,

por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela.

Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos

não são expostos suficientemente à linguagem e estão

condenados ao isolamento e à incapacidade de formar

sua identidade cultural”

Oliver Sacks

11

da fala. Sendo seu entendimento perfeito entre eles. E a tentativa era de que

essas crianças falassem os sacramentos e mantivessem suas posições sociais

no intuito de continuar contribuindo com a igreja.

1.2 O Surdo na Idade Moderna

No final da idade média, surgem os primeiros trabalhos no intuito de

educar e socializar o surdo no meio em que vive.

A Igreja Católica e a medicina até o século XV promoviam caridade e

pesquisa com os surdos e com os outros deficientes. A caridade era praticada

pela igreja para livrar esses indivíduos da “doença”, que vinha como punição

divina.

Segundo Honora e Frizanco (2009), surgem no ocidente por volta do

século XVI, os primeiros educadores de surdos e dentre eles, se destaca o

médico Gerolamo Cardano que afirmava que a surdez não era empecilho do

surdo receber instruções. Tal afirmação se dava por ele ser pai de um filho

surdo e de pesquisar e descobrir que a escrita representava os sons da fala ou

ideias do pensamento.

Como dito anteriormente, alguns monges desenvolveram linguagens

gestuais para se comunicar em seus monastérios, e o monge beneditino Pedro

Ponce de Leon (1510-1584) juntamente com seus muitos preceptores surdos,

deram origem à Língua de Sinais provando que o surdo era capaz de ser

educado e de conviver no seio social dominando a filosofia, História e etc. Leon

teve seu trabalho reconhecido por toda a Europa e a metodologia usada por ele

consistia em ensinar a escrita, por meio dos nomes dos objetos, e em seguida

o ensino da fala, começando pelos fonemas.

Nesse mesmo século, houve uma grande revolução que constatou que a

compreensão não dependia da audição.

Educadores que contribuíram para a educação de surdos durante o

século XVI:

12

• Pablo Bonet (1579-1633);

• Van Helmont (1614- 1699);

• Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780);

• Johann Conrad Amman (1669- 1724).

As metodologias utilizadas por esses educadores era um misto de oralismo

e linguagem gestual (alfabeto manual).

No século XVII a educação de surdos virou um negócio rentável, já que

as famílias mais abastadas pagavam para seus filhos surdos aprenderem a

falar e escrever.

Porém, nesse mesmo século, surgem educadores que realmente se

preocupavam com a educação de surdos, que defendiam o uso da Língua de

Sinais para uma melhor compreensão e comunicação dos mesmos.

Um dos mais importantes foi o abade Charles-Michel de L’Epée (1712-

1789), que ficou conhecido como “Pai dos surdos”. L’Epée, fundou a primeira

escola pública para surdos em Paris, o Instituto Nacional para Surdos- Mudos,

em 1760.

O século XVII ficou marcado na história pela fundação de diversas

escolas, que ensinavam a língua de sinais e uma profissão para o surdo se

integrar à sociedade.

1.3 O Surdo na Idade Contemporânea

No final do século XVIII e durante o século XIX, surgiram muitas

instituições e estudiosos interessados na educação dos surdos.

Muitas metodologias foram criadas na intenção de favorecer o

aprendizado e de socializar esses indivíduos, alguns defendiam o uso da língua

de sinais e outros a oralização do surdo.

Na tentativa de se chegar a uma conclusão de qual método seria o mais

eficaz, muitos experimentos foram feitos com surdos na intenção de descobrir

quais eram as causas da surdez.

13

Honora e Frizanco (2009) relatam que o médico Jean-Marc Itard (1775-

1838) durante suas pesquisas dissecou vários cadáveres de surdos, deu

diversas descargas elétricas nos ouvido dos mesmos, usou sanguessugas para

provocar sangramentos, entre outros métodos que levavam alguns até a morte,

no intuito se saber qual era a causa da surdez.Foi um período de grande

sofrimento para esses indivíduos para que mais tarde Itard se convencesse

que a língua de sinais era o melhor método para o surdo ser educado.

Percebemos que os relatos a partir do século XII, mostram o descaso e

o preconceito que a sociedade européia tratou os surdos que eram a minoria

da população.

Também podemos perceber que os europeus deram início aos estudos

e desenvolveram metodologias que nem sempre foram eficientes na tentativa

de educar e socializar os surdos filhos dos nobres. A princípio essa era a ideia

da igreja para não perder as doações e dos nobres para manter suas fortunas

dentro da própria família. Porém, os Estados Unidos não ficaram para trás e

fundaram o American Asylum for Deaf, em Hartford. Primeira escola pública

para surdos em 1817 que teve como fundadores: Thomas Gallaudet e Laurente

Clerc, professor surdo que lecionava no Instituto Nacional de Surdos-Mudos de

Paris (Sacks, Oliver W., 1933).

Durante 50 anos a língua de sinais predominou na educação dos surdos

na França e nos Estados Unidos. Nos vinte anos seguintes, essa metodologia

foi colocada em dúvida já que os surdos eram minoria na sociedade.

Sacks (1933) apresenta Alexander Graham Bell, como defensor da

oralização o que seria contraditório, uma vez que era filho e marido de surda,

deixando transparecer que o preconceito era grande no ambiente familiar; na

tentativa de inventar um acessório para ajudar os surdos ouvirem, inventou o

telefone que naquele momento não foi útil para solucionar o problema da

surdez.

No ano de 1878, aconteceu o I Congresso Internacional de Surdos-

Mudos, nesse congresso foi determinado que a metodologia a ser utilizada a

partir daquele momento seria a leitura labial e utilização dos gestos nas séries

iniciais. Porém no ano de 1800, houve o II Congresso em Milão que aboliu

14

definitivamente a língua de sinais e determinou que a oralização seria, a

metodologia utilizada para educar os surdos; uma presença que influenciou a

decisão dos estudiosos foi a defesa do oralismo por Graham Bell que era uma

figura muito importante na sociedade. Nesse Congresso os professores surdos

não tiveram oportunidade de participar, opinar e principalmente votar qual seria

a melhor metodologia de ensino para seus pares e de defender a sua própria

língua.

Fazendo uma retrospectiva da história dos surdos até a Idade

Contemporânea, percebemos que a sociedade demonstrou um grande

desinteresse em relação à língua utilizada na comunicação entre os surdos

(língua gestual) e por isso, utilizavam-se do oralismo para tentar torná-los

iguais aos demais membros da sociedade. Mas durante essa trajetória foi

mostrado que alguns estudiosos defenderam a utilização da língua de sinais

pelos surdos para facilitar a comunicação entre eles.

1.4 O Surdo no Século XX

Nos 80 anos, predominou o oralismo como forma de instrução e

aquisição de novos conhecimentos para o surdo. Foi percebido que poucos

obtiveram êxito com esse tipo de metodologia, e dos poucos que foram

oralizados, os que saíram das escolas, saíram com as seguintes profissões:

costureiro(a) e ou sapateiro(a).

Infelizmente, a posição da sociedade em relação aos surdos que não se

encaixaram nos padrões sociais foi de serem vistos como pessoas doentes e

incapazes de conviver no ambiente social e de receber instrução.

Em nenhum momento foi cogitado que a sociedade mudasse de postura

para aprender a língua deles e facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes.

Aceitá-los como pessoas que não são portadoras de doenças e sim de uma

deficiência auditiva, que não os impossibilita de receber instrução e de adquirir

novos conhecimentos, desde que seja respeitada a língua materna deles e se

utilize de uma segunda língua de apoio.

15

O uso dos Sinais só voltou a ser aceito como manifestação linguística a

partir de 1970. Com a nova metodologia criada, a Comunicação Total, que

preconizava o uso de linguagem oral e sinalizada ao mesmo tempo (Honora e

Frizanco - 2009).

Até o presente momento, a metodologia mais utilizada é o Bilinguismo,

que usa a língua materna dos surdos- L1 (linguagem gestual) e como segunda

– L2 a língua materna do país em que o surdo está inserido.

Ex: No Brasil L1 - LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais e com L2 – Português.

1.5 História da Educação de Surdos no Brasil

Cinco anos após a Independência do Brasil, foi promulgada a

primeira e única Lei Geral sobre a Instrução Primária do Brasil durante o

Império. Data de 15 de novembro de 1827 e em seu artigo Iº diz: “em todas

as cidades, vilas e lugares mais populosos haverá escolas de primeiras

letras que forem necessárias”. (INES- 2008)

Com o propósito de proporcionar ensino para a população brasileira,

mesmo em lugares distantes, Dom Pedro II não excluiu os surdos; pelo

contrário, quis proporcionar a eles o ensino das primeiras letras e uma

profissão.

Em 1855, o educador francês Ernest Huet que era surdo e ex- aluno do

Instituto de Paris procurou o Imperador Dom Pedro II e apresentou-lhe um

relatório que sugeria a criação de uma escola de surdos no Brasil, uma vez que

na Europa propagava-se a educação de surdos.

A primeira escola de surdos foi aberta no ano de 1856 sob o

supervisionamento de Ernest Huet que funcionava nas dependências de uma

escola privada. No ano de 1857 foi aprovada a Lei de nº939 que auxiliava com

uma bolsa mensal os 10 alunos que foram admitidos no instituto.

A princípio o Instituto foi chamado Instituto de Surdos – Mudos do Rio de

Janeiro e no ano de 1956 passou a chamar: INES – Instituto Nacional de

Educação dos Surdos.

16

Como em todas as escolas que se voltaram para a educação de surdos

no mundo foram discutidas qual metodologia seria utilizada, na educação dos

surdos no Brasil não foi diferente.

Aos surdos foi ensinado: português, história, aritmética, geografia,

linguagem articulada, leitura labial e o alfabeto utilizado para ministrar as aulas,

era o alfabeto manual francês que Huet trouxe da França.

Após a saída de Huet no ano de 1862, outros diretores passaram pelo

INES e cada qual seguiu uma metodologia própria para a educação dos

surdos. Passando do currículo proposto por Huet, língua de sinais e leitura

labial para os que tivessem aptidão mas que não prejudicasse a escrita; até

que no final da década de 1950, foi determinado que a língua de sinais não

seria mais utilizada, prevalecendo o Oralismo como metodologia para ensinar

os surdos.

Discorrendo da história do surdo na Europa e no Brasil, as sociedades

se assemelham quando determinaram que o Oralismo naquele momento era a

melhor metodologia a ser utilizada para a educação dos surdos, já que as

sociedades eram compostas por sua maioria de ouvintes.

Com a evolução das sociedades e novas pesquisas educacionais no

campo da surdez, chega ao Brasil na década de 70 a Comunicação Total e na

década de 80 começaram os estudos sobre o Bilinguismo, onde prevaleceria a

língua materna dos surdos e como segunda língua o português.

Como L1(língua materna) utilizou-se a LIBRAS – Língua Brasileira de

Sinais e L2 – Português, língua utilizada até hoje.

<http://www.feneis.com.br/page/noticias_detalhe.asp?categ=1&cod=623 >- em

09 de Outubro de 2013 às 18h32min.

17

1.6 O que é LIBRAS?

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial do

Brasil, foi reconhecida pela Lei Nº 10.346 de 24 de Abril de 2002 pelo então

Presidente Fernando Henrique Cardoso como forma de comunicação e

expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual - motora, com

estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão

de idéia e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> em 16 de Outubro

de 2013 às 13h14min.

A LIBRAS, como a língua portuguesa, tem incorporado novas palavras e

sinais em seus vocabulários ao longo do tempo, à medida que as sociedades

vão evoluindo e à medida que as informações chegam através das tecnologias

da informação: redes sociais, internet e outros.

Exemplo de sinal e palavra incorporado na LIBRAS e na língua

portuguesa: “FACEBOOK.”

<http://angelraid.arteblog.com.br/755837/Serie-Libras-Sinal-de-

Facebook/ > em 16 de Outubro de 2013 às 14:00h

18

É importante lembrar que os sinais em LIBRAS sofrem alterações em

algumas regiões do País; porém, em todo o Brasil segue o mesmo alfabeto

manual que foi baseado no alfabeto gestual trazido da França por Huet em

1855 e adaptado aos sinais brasileiros.

Alguns sinais do alfabeto francês que deu origem ao alfabeto manual

brasileiro.

<http://joycegalvo.wordpress.com/historico/> em 16 de Outubro de 2013 às 14h24min

Alfabeto Manual da LIBRAS

Felipe,Tanya A. – 2009

19

Nós, ouvintes, por não conhecermos a língua e os costumes dos surdos

pensamos que todos eles sabem LIBRAS e que ela é universal. Só que essa

não é a verdade, a LIBRAS é a língua materna do surdo no Brasil e, em outros

países, a língua gestual tem outras nomeclaturas. Quanto aos surdos, alguns

são filhos de pais ouvintes, que desconhecem a língua de sinais e a cultura

surda, impossibilitando a comunicação e a expressão desses indivíduos. Por

outro lado, temos os surdos filhos de pais surdos que aprendem com eles

desde pequenos a LIBRAS, mas algumas vezes apresentam dificuldades no

aprendizado da língua portuguesa por conta da estrutura gramatical da língua.

A LIBRAS possuí estrutura gramatical própria que se utiliza das

expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de frases como as

entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em

Libras está na forma afirmativa, exclamativa e etc., precisa-se estar atento as

expressões faciais e corporais que são feitas simultaneamente com certos

sinais ou com toda a frase. (Felipe, Tanya A. – 2009)

Exemplos de frases: (Felipe, Tanya A. – 2009)

• Exclamativa

Carro Bonit@!

• Negativa

Eu ouvir não.

20

Além das expressões faciais que determinam o tipo de frase,

observamos na primeira o uso do substantivo + adjetivo e na segunda foi

usado: pronome + verbo + sinal de negação. Algumas estruturas gramaticais

da Libras são semelhantes à estrutura gramatical da língua portuguesa, porém

na Libras o verbo não é conjugado mas expressa passado, presente e futuro

acompanhado do sinal pertinente ao tempo verbal que se queira expressar.

Tão importante quanto a estrutura gramatical da Libras e a expressão

facial e ou corporal da mesma, devemos estar atentos aos pontos de

articulação, orientação, movimento e configuração das mãos que são os

parâmetros essenciais para uma boa compreensão do que será ou do que foi

sinalizado.

EX:

<http://librasitz.blogspot.com.br/2010/07/os-cinco-parametros.html> em 16 de

Outubro de 2013 às 22h40min

A intenção desse trabalho não é o aprofundamento das estruturas

gramaticais da Libras e da língua portuguesa. Mas de divulgar melhor a língua

de sinais brasileira, mostrando que há diferenças e semelhanças em ambas as

línguas quando se fala de estruturas, ou seja, não são gestos soltos e sem

sentido e que é de interesse o aprofundamento futuro para quem deseja se

comunicar com surdos, conhecer a cultura, participar da comunidade e

principalmente lecionar para esse público.

21

CAPÍTULO II

HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE

2.1 Psicomotricidade no Mundo

O termo “psicomotricidade” surge no início do século XIX, a partir da

necessidade de se nomear as zonas do córtex cerebral. Quem iniciou esses

estudos foram os médicos neurologistas e os neurofisiologistas e

posteriormente dos neuropsiquiatras.

A partir das diversas pesquisas desenvolvidas por esses especialistas

constatou-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja

lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos

distúrbios da atividade gestual, da atividade práxica (movimentos precisos ou

não, operações de escolha, aproximações, hipóteses, de onde surge o plano

motriz a realizar).<WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br/.../8021_dificuldades_de_aprend..pptt> em

08 de Dezembro de 2013 às 23h18min. Portanto, o “esquema anátomo –

clínico” que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal já

não podia explicar alguns fenômenos patológicos.

Da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos

fenômenos clínicos que se nomeiam, surge pela primeira vez, o termo

Psicomotricidade, no ano de 1870.

“é de grande importância a educação pelo movimento

no processo escolar, uma vez que seu objetivo central

é contribuir para o desenvolvimento motor da criança o

qual auxiliará na evolução de sua personalidade e no

seu sucesso escolar”

Le Boulch (1987)

22

Sendo assim, as primeiras pesquisas que dão origem ao campo

psicomotor foram realizadas por médicos neurologistas. (SBP – 2003).

<http://www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-intervencao-

profissional.htm em 02 de Dezembro de 2013, às 18h40min.>

Citamos a seguir os pioneiros no estudo da psicomotricidade no ramo da

medicina neurológica e psiquiátrica:

• Krishaber;

• Von Monakow;

• Nielsen, entre outros. (Fonseca, Vitor – 2012)

A partir da necessidade de uma melhor definição, compreensão e aplicação

da psicomotricidade na vida dos indivíduos, outros pesquisadores (Dupré,

Wallon etc.) deram continuidade aos estudos da mesma e no século XX várias

definições surgiram para esse termo, entre elas destacamos as seguintes:

“A Psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos,

das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e

representativo do “ser – em – ação” e da “coexistência” com outrem”

(CHAZAUD apud ALVES, 2008, p. 15)

“É uma ciência que tem por objeto o estudo do homem através do seu corpo

em movimento nas suas relações com seu mundo interno e externo”.

(SPB apud ALVES, 2008, p.15)

“Psicomotricidade envolve toda a ação realizada pelo indivíduo, que represente

suas necessidades e permitem sua relação com os demais. É a integração

psiquismo – motricidade”.

(ALVES – 2008)

23

Após conhecermos um pouco da história de como surgiu a

psicomotricidade no mundo é importante saber quem é o profissional que atua

nessa área e onde ela é aplicada na sociedade.

2.2 Quem é e onde pode atuar o Psicomotricista

Segundo Almeida- 2010 o psicomotricista não tem todos os seus papéis

definidos. Ele pode atuar em conjunto com outras especificidades, mas

também percebemos sua atuação nas áreas clínica e institucional. Dessa

forma, o psicomotricista é o profissional da área da saúde e educação que

pesquisa, ajuda, previne e cuida do homem na aquisição, no desenvolvimento

e nos distúrbios da integração somapsíquica.

O psicomotricista pode atuar em escolas, creches, escolas especiais,

clínicas multidisciplinares, consultórios, clínicas geriátricas, postos de saúde,

hospitais e empresas.

<http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm em 09 de

Dezembro de 2013 18h40min>

Além dos lugares citados acima, a psicomotricidade pode e é praticada

diariamente no ambiente familiar e na comunidade onde o indivíduo vive

mesmo que inconscientemente, já que a terminologia é desconhecida para a

maioria das pessoas, e é durante as brincadeiras cotidianas como: correr, pular

corda, empinar pipa, desenhar, pintar, brincar de amarelinha e outras

brincadeiras e jogos que a criança faça no decorrer da sua infância permitem

que ela desenvolva seu intelecto, a coordenação motora, a afetividade e a

socialização com outras crianças e com o adulto que interage com ela no seu

cotidiano.

Nas tabelas a seguir mostraremos alguns exemplos de atividades

psicomotoras e qual a sua função na vida dos indivíduos.

24

Coordenação Motora Ampla: diz respeito à organização geral do ritmo, ao

desenvolvimento e às percepções gerais da criança.

Em papel Fazer roupas de papel e usá-las para

uma dança ou expressão corporal.

Com sucatas

Colocar uma fileira de garrafas Pet

para que as crianças possam correr

entre elas sem tocar.

Brincadeiras infantis

Futebol, passar anel, morto ou vivo,

cirandas, cantigas de roda entre

outras

Almeida, 2010 páginas:43,44 e 45.

Coordenação Motora Fina: verificamos o uso de músculos pequenos, como

das mãos e dos pés. Ao manusear pequenos objetos, a criança realiza

movimentos mais precisos, delicados e desenvolve habilidades que a

acompanharão por toda a vida.

<http://www.brasilescola.com/biologia/coordenacao-motora.htm em 09 de

Dezembro de 2013 às 21h24min>

Com tintas

Pinte pequenas formas geométricas

usando a técnica de pontilhismo com

o dedo.

Em papel

• Colar grãos em fileiras

desenhadas no papel. Essa

atividade pode ser executada

com grãos de diferentes

tamanhos para que a atividade

possa ser feita em ordem

crescente e decrescente de

acordo com o tamanho.

25

Brincadeiras infantis que auxiliam o

desenvolvimento da coordenação

motora fina.

Bola de gude, adoleta, cartas de

baralho, vídeo game entre outros.

Almeida, 2010 – páginas 50, 52 e 53

Desenvolvimento de Percepção Olfativa: é a percepção que irá auxiliar a

criança no reconhecimento do mundo dos sabores e dos perfumes.

Peça às crianças para trazerem plantas aromáticas de casa.

Coloque estas plantas em caixas de sapato.

Macere estas plantas para que soltem seu cheiro.

Peça para que todos se sentem no chão em círculo, para que cada criança

sinta o cheiro de uma planta por vez.

Diga o nome e o que pode ser feito com aquela planta.

Em seguida, passe sempre mais dois ou três destes aromas.

Depois misture os três aromas e cubra-os, para que a criança não veja as

folhas, e peça-lhe que diferencie um cheiro do outro.

Quando a criança reconhecer, passe para outros perfumes

Almeida, 2010 – páginas 75 e 76

26

CAPÍTULO III

APLICAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM SALA DE AULA

Iniciamos nosso trabalho fazendo um breve resumo da história da

educação de surdos no mundo e da psicomotricidade; pois as duas histórias

nos darão base para desenvolvermos esse capítulo e mostrar a vocês, leitores,

a importância de conhecer a história do novo grupo de educandos que

compõem as escolas nos dias de hoje, que são eles: surdos, autistas, PC –

(Paralisia Cerebral), entre outros. Antes de mostrar como é aplicada a

psicomotricidade na sala de aula aliada à educação de surdos, que é o tema

proposto desse trabalho, faremos um breve comentário sobre a necessidade

da formação continuada dos profissionais que atuam nas instituições de ensino

(diretores, professores e demais profissionais que ali atuam).

Segundo Luiza Helena da Silva Christov – professora pesquisadora da

UNESP – Doutoranda pela PUC de São Paulo (Christov,2008 – páginas 9 e 10)

– Educação Continuada se faz necessária pela própria natureza do saber e do

fazer humanos como práticas que se transformam constantemente. A realidade

muda, e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado

sempre. Dessa forma, um programa de educação continuada se faz necessário

para atualizarmos nossos conhecimentos, principalmente para analisarmos as

mudanças que ocorrem em nossa prática, bem como para atribuirmos direções

esperadas a essas mudanças.

Luiza Helena, comenta ainda que educação continuada é um programa

composto por diferentes ações como cursos, congressos, seminários, HTPC

(horário de trabalho pedagógico coletivo), orientações técnicas, estudos

individuais.

Percebemos claramente, que a sociedade está em constante mudança e

que essas mudanças chegaram às instituições de ensino. Porém, percebemos

que a maioria delas está carente de profissionais preparados para contribuir

com a acessibilidade desse novo grupo de educandos que se faz

27

presente nas escolas regulares de nosso país. Quando falamos de

acessibilidade não falamos apenas na transformação física da escola, mas dos

conteúdos, das metodologias, e principalmente da comunicação entre todo

grupo escola, aluno e famílias.

Exemplo: uma escola regular que hoje é obrigada por lei a receber crianças

portadoras de qualquer deficiência, recebe uma criança surda, mas nenhum de

seus profissionais conhece a língua de sinais e que muitos pensam que essa

criança já sinaliza só por ser surda, a princípio vão ficar perdidos e essa

criança vai ficar excluída dentro de uma classe de ouvintes. Essa não é a

intenção de nós profissionais da área de educação; mas quando não contamos

com o apoio das instituições que trabalhamos para nos fornecer cursos e

palestras de atualização para que possamos atuar frente a essa nova

realidade, quando podemos buscamos a formação continuada por meios

próprios, mas nem sempre essa oportunidade se estende a todos os

profissionais devido ao alto custo de alguns cursos e palestras.

Por esse motivo é de grande importância das instituições de ensino

fornecer cursos, palestras, estudos para toda a equipe de profissionais de que

atuam diretamente e indiretamente com todos os educandos e com suas

famílias. Assim a comunicação e a relação de todos pode ser feita da melhor

forma possível para que as crianças possam receber todos os estímulos

necessários para a construção de seus conhecimentos. E nós, professores,

possamos aprender junto com elas já que a troca de saberes é de suma

importância para a formação do caráter dos novos cidadãos que formamos

todos os dias.

Voltando ao tema do nosso capítulo, mostraremos como aplicar a

psicomotricidade em sala de aula.

De acordo com a organização pedagógica e com a faixa- etária dos

educandos, estabelecemos dias e horários durante a semana para a prática de

atividades psicomotoras, o que não impede que sejam executadas durante o

recreio onde a concentração de alunos é maior e possibilita a socialização de

crianças de turmas e idades diferentes.

28

Exemplo de atividades psicomotoras que podem ser realizadas durante o

recreio.

• Amarelinha;

• Futebol;

• Estátua;

• Passar a bola;

• Esconde – esconde;

• Pular corda;

• Cantigas de roda;

• Morto ou vivo entre outras. (Almeida, 2010)

Nas séries de educação infantil de acordo com a faixa etária da classe

utilizamos as seguintes técnicas.

• Recorte e colagem com diferentes tipos de papel,

• Colagem com canudos,

• Rasgar e amassar papel de seda;

• Brincar de massinha (fazer bolinhas, rolinhos, animais e formas diversas

utilizando formas e o que a criatividade desejar);

• Colagem com palitos coloridos;

• Brincadeira de roda;

• Desenho e pintura livre com giz de cera e hidrocor;

• Desenho na lixa;

• Pintura a dedo, pintura com pincel, pintura feita com canudo através do

sopro da tinta no papel;

• Alinhavo;

• Imitação;

• Brincar de casinha;

• Brincadeira com bexigas;

• Teatro com fantoches;

• Contação de histórias;

• Brincadeira livre;

• Cantar músicas;

29

• Tocar instrumentos musicais entre outras atividades.

As atividades descritas acima não podem e não devem ser aplicadas sem

um objetivo pelos educadores, pois cada uma delas tem uma função específica

no desenvolvimento da criança, algumas dessas atividades desenvolvem a

lateralidade, coordenação motora ampla, fina, persepção musical, olfativa,

gustativa e etc.

Dessa forma, o professor precisa estar atento à sua classe e à

necessidade que cada criança tem para poder estimulá-la da melhor forma

possível e de poder proporcionar ao grupo não só a socialização como a

construção do aprendizado de cada indivíduo.

30

CONCLUSÃO

É com grande satisfação que chegamos ao final deste trabalho onde

tivemos a oportunidade de conhecer a cultura e a comunidade surda que se faz

presente na nossa sociedade, onde muitos de nós não tem oportunidade de

conhecer e de conviver; a psicomotricidade também foi um tema abordado

nesse trabalho pela sua importância no desenvolvimento do indivíduo pela sua

conscientização corporal, emocional e intelectual, não menos importante

quanto aos demais temas, falamos da importância da formação continuada dos

professores e demais funcionários que compõe uma instituição de ensino.

Através da leitura desse trabalho, observaremos que o tema INCLUSÃO

foi abordado a partir do momento que falamos do surdo que frequenta escolas

regulares, que faz parte da sociedade mesmo sendo minoria. Mas que hoje,

tem voz ativa e luta por seus direitos de cidadão.

Dessa forma fica claro que o objetivo desse estudo é a conscientização

de nós, professores, para o novo e se o novo é lecionar para o ouvinte, para o

surdo, para os downs, e demais portadores de necessidades especiais, por

que não buscar novos conhecimentos e desenvolver novas metodologias

educacionais para que as culturas sejam difundidas através da comunicação,

da socialização da troca de conhecimentos e da riqueza cultural da sociedade

e não da sociedade ouvinte que fala e decide por todos?

Sabemos que dar continuidade à nossa formação não é tarefa fácil, já

que requer investimentos financeiros tanto de nossa parte, quanto da parte de

nossos empregadores que muitas vezes não investem nos profissionais que

possuem; mas o governo por sua vez, quando disponibiliza cursos de formação

para seus professores é só para a rede e alguns desses profissionais não tem

interesse nessas formações e muitos de nós, que temos, não podemos usufruir

desse benefício por não sermos da rede.

Porém, a curiosidade deve fazer parte do dia a dia do professor e para

que ela e os desafios da nossa profissão sejam superados, precisamos usar as

ferramentas que estão à nossa disposição: livros, revistas e principalmente a

internet, que hoje está disponível não só nos computadores como também nos

31

celulares onde a maioria de nós possui, e usamos para o lazer esquecendo

que essa é uma ferramenta de grande utilidade para sanarmos nossas dúvidas,

para pesquisarmos e trocar conhecimentos, ou seja, nós, professores, temos

uma excelente fonte de pesquisa à nossa disposição e não fazemos o uso

adequado dela para nos mantermos informados.

Esperamos que com a conscientização e investimentos dos donos de

escola e governantes possamos, nos beneficiar com mais projetos de formação

continuada para o professor visando ter uma escola e profissionais de mais

qualidade para atuar no nosso país.

32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

• ALMEIDA, Geraldo Peçanha de,

Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas,

expressão corporal e brincadeiras infantis – 6ª edição – RJ: Wak Ed.-

2009.

• ALVES, Fátima

Psicomotricidade: corpo, ação e emoção – 4ª edição – RJ: Wak Ed. -

2008.

• FELIPE, Tanya A.

Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Estudante/ Tanya A. Felipe.

9ª. Edição – Rio de Janeiro: WalPrint Grafica e Editora, 2009.

• GUIMARÃES, Ana Archangelo

MATE, Cecília Hanna

BRUNO, Eliane Bambini Gorgueira

VILLELA, Fábio Camargo Bandeira

ALMEIDA, Laurinda Ramalho de

CHRISTOV, Luiza Helena da Silva

SARMENTO, Maristela Lobão de Moraes

PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza

O coordenador pedagógico e a educação continuada – 11ª edição São

Paulo: Edições Loyola, 2008.

33

• HONORA, M.; FRIZANCO, E. L. M.

Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: Desvendando a

comunicação usada pelas pessoas com surdez - São Paulo: Ciranda

Cultural, 2009.

• MACHADO, José Ricardo Martins; Nunes, Marcus Vinícius da Silva

100 Jogos Psicomotores: uma prática relacional na escola – 2ª edição

Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.

• PIMENTA, Nelson; Quadros, Ronice Muller

Curso de Libras:1 – 4ª Edição – Rio de Janeiro: LSB Vídeo, 2010.

• SACKS, Oliver W., 1933 –

Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos/ Oliver Sacks; tradução

Laura Teixeira Motta. – São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

• SILVA, Moacyr da

A formação do professor centrada na escola: uma introdução (Série

Trilhas) - 1ª edição – São Paulo: EDUC, 2002

34

WEBGRAFIA

• http://www.feneis.com.br/page/noticias_detalhe.asp?categ=1&cod=623

>- em 09 de Outubro de 2013 ás 18h32min.

• http://angelraid.arteblog.com.br/755837/Serie-Libras-Sinal-de-Facebook/

> e 16 de Outubro de 2013 ás 14: 00h.

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> em 16 de

Outubro de 2013 ás 13h14min.

• http://librasitz.blogspot.com.br/2010/07/os-cinco-parametros.html> em 16

de Outubro de 2013 ás 22h40min.

• http://joycegalvo.wordpress.com/historico/> em 16 de Outubro de 2013

às 14h24min.

• http://psicomotricidadehoje.blogspot.com.br/2012/07/historia-da-

psicomotricidade.htm> em 12 de Novembro de 2013 ás 20h26min.

• http://www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-

intervencao-profissional.htm em 02 de Dezembro de 2013, às 18h40min.

• http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm em 09 de

Dezembro de 2013 ás 18h40min.

• http://www.brasilescola.com/biologia/coordenacaomotora.htm em 09 de

Dezembro de 2013 ás 21h24min.

35

ANEXOS

• SANCHES, Claudia. Mãos que Falam...: Projeto trabalha inclusão social

com língua de sinais dos surdos. Jornal Appai: Educar - Informação

ao Profissional de Educação, Rio de Janeiro, Ano 12 – Nº 64 – 2010.

P. 8-9-10-11.

36

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO MUNDO 10

1.1 O SURDO NA ANTIGUIDADE 10

1.2 O SURDO NA IDADE MODERNA 11

1.3 O SURDO NA IDADE CONTEMPORÂNEA 12

1.4 O SURDO NO SÉCULO XX 14

1.5 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL 15

1.6 O QUE É LIBRAS? 17

CAPÍTULO II - HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE 21

2.1 PSICOMOTRICIDADE NO MUNDO 21

2.2 QUEM É E ONDE PODE ATUAR O PSICOMOTRICISTA 23

CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM SALA DE AULA

26

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32

WEBGRAFIA 34

ANEXOS 35

ÍNDICE 36