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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O SECRETARIADO EXECUTIVO E SUA ATUAÇÃO COMO LÍDER Por: Joyce Silva dos Santos Orientador Prof. Mario Luiz Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · habilidades necessárias de um bom líder. Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações estão valorizando

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O SECRETARIADO EXECUTIVO E SUA ATUAÇÃO COMO LÍDER

Por: Joyce Silva dos Santos

Orientador

Prof. Mario Luiz

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O SECRETARIADO EXECUTIVO E SUA ATUAÇÃO COMO LÍDER

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão Empresarial.

Por: Joyce Silva dos Santos

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AGRADECIMENTOS

A minha família, amigos e namorado. Que

permaneceram ao meu lado me incentivando

a percorrer este caminho, por compartilhar

dúvidas e estendendo a mão amiga nos

momentos difíceis.

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DEDICATÓRIA

Ao Ser Supremo, pela vida e a possibilidade de

empreender esse caminho evolutivo, por

propiciar tantas oportunidades de estudos e por

colocar em meu caminho pessoas amigas e

preciosas.

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RESUMO

A liderança é um dos temas mais importantes de uma organização, devido ao

papel que os líderes representam dentro dela. Eles são responsáveis pelo ou

sucesso ou pelo fracasso de uma organização. Liderar não é uma tarefa tão simples,

ela exige paciência, disciplina, humildade, respeito e comprometimento, pois toda a

organização é um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.

Podemos definir a liderança como um processo de dirigir e influenciar

atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Uma pessoa pode ser

um gestor eficaz, um bom planejador justo e organizado, e mesmo assim, não ter as

capacidades motivacionais de um líder. Ou simplesmente poderá ocorrer ao

contrário. Uma pessoa pode ser um gestor eficaz, mas em contrapartida, não ter as

habilidades necessárias de um bom líder.

Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações

estão valorizando cada vez mais os gestores que possuem habilidades de liderança.

Qualquer pessoa que aspire em ser um gestor eficaz deve também se conscientizar

de praticar e desenvolver suas habilidades como líder.

A liderança não deve ser confundida com direção ou gestão. Um bom

dirigente ou gestor deve ser necessariamente um bom líder. O líder nem sempre é

um gestor ou dirigente. Na realidade, os líderes devem estar presentes nos níveis de

direção, no de gestão e em todos os seus níveis hierárquicos e em todas as suas

áreas de atuação. Contudo, é na gerencia que reside o ponto mais critico da

liderança. É neste nível onde são decodificados e traduzidos os objetivos e

necessidades da empresa e transformados em metas e esquemas de trabalho pra

serem implementados e realizados pelos demais outros níveis da hierarquia

empresarial. Como a gestão transita no meio do campo, ela passar a ser

intermediária entre os objetivos fixados pela alta direção e os meios utilizados pelo

nível operacional para o seu alcance.

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É através das pessoas que o gestor consegue a execução das tarefas, a alocação

dos recursos materiais e financeiros, a produção de bens ou serviços, bem como o

alcance dos objetivos organizacionais. Daí a sobrevivência e o sucesso da empresa.

Ao lidar com pessoas, a principal habilidade e ferramenta gerencial que emerge é a

liderança.

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METODOLOGIA

O presente trabalho é uma pesquisa a respeito do assunto liderança dentro

da área de secretariado executivo. Optei por autores que participaram e realizaram

pesquisas sobre esses atributos, às práticas, os comportamentos, a personalidade e

as características desses líderes onde se foi obtido resultado eficazes dentro de um

ambiente organizacional em constante mudança e conflito.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................09

CAPÍTULO I - Perfil Histórico de Liderança..............................................................12

CAPÍTULO II – Liderança..........................................................................................17

CAPÍTULO III – Teorias Contemporâneas sobre Liderança......................................25

CAPÍTULO IV – Abordagens Impirativas sobre Liderança........................................33

CAPÍTULO V - Confiança: a Pedra Fundamental da Liderança................................41 CAPÍTULO VI - Espiritualidade.................................................................................51 CAPÍTULO VII – O Secretariado como Líder.............................................................58 CAPÍTULO VIII - Conclusão.......................................................................................66 BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS............................................................................69 FOLHA DE APROVAÇÃO.........................................................................................70

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INTRODUÇÃO

Robbins (2003), a liderança nada mais é do que a capacidade de influenciar

pessoas através ou grupo e direção ao alcance de seus objetivos. Mas como

encontrar esse líder? Como poder identificá-lo? Primeiramente é preciso mudar

conceito que muitos têm de que liderança é uma capacidade inata de cada pessoa.

Todo mundo concorda que as organizações podem e devem formar e

desenvolver novos líderes, o primeiro passo para que isto aconteça é a adoção de

ma metodologia de gestão de pessoas dentro da organização.Enquanto por um lado

o líder é estimulado a melhorar o relacionamento entre seus seguidores. Por outro

lado, ele é implacavelmente cobrado pelos resultados de curto prazo. Divido entre a

pressão por produtividade imposta pela estrutura hierárquica das organizações e a

busca pela satisfação pessoal, sua e de seus seguidores, o líder encontra-se cada

vez mais desorientado, não conseguindo agradar nem uns nem a outros.

O estudo das teorias sobre liderança tem por finalidade elucidar a natureza

singular da figura de um líder através de várias abordagens teóricas da liderança. Os

papéis dos líderes combinam as habilidades técnicas, humanas e conceituais, que

são aplicadas em diferentes graus e em diversos níveis organizacionais. As

habilidades, o conhecimento, as destrezas e a eficácia passaram a ser desejadas e

mais requeridas na figura que as organizações denominam líder no século XXI.

Devido ao grande cenário organizacional e competitivo, onde a troca de

experiências acontece de forma acelerada, cada vez mais o profissional de

secretariado executivo passa a exercer habilidades de gestores com o intuído de

responder com grande satisfação as exigências das organizações. É imprescindível

que esse profissional tenha uma visão estratégica do funcionamento geral da

empresa em que atua, para poder agir com em parceria com seu executivo e equipe,

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priorizando atividades, gerenciando informações e compreendendo os objetivos e

metas a serem alcançados e se comprometendo com a organização.

O profissional de secretariado executivo tornou-se um elemento chave na

organização, através de uma postura gerencial que condiz com as tendências do

mercado atual, englobando gestão de pessoas, comunicação interpessoal e

comportamento organizacional. Com esta nova visão administradora, somando-se à

habilidade de liderança, delegação de tarefas e capacidade de lidar com diferentes

estilos de personalidade, esta profissional é capaz de assessorar de modo eficaz,

não só seu gestor, como também a equipe com a qual trabalha. Ela tem adquirido

também uma autonomia cada vez maior, o que faz com que suas responsabilidades

se multipliquem.

Ainda, além das funções que você já conhece, os profissionais de

secretariado auxiliam, muitas vezes, a vários executivos – o que, somado ao fato de

terem ainda pessoas sob sua supervisão, requer habilidades específicas para

administrar várias tarefas e liderar. Muitas organizações já estão assimilando essa

mudança de perfil, assim como a própria profissional, que tem sentido a

necessidade de estudar cada vez mais, se aprimorando e investindo em

treinamentos gerenciais para que possam desenvolver seu potencial e realizar suas

atividades com eficácia.

Para o profissional líder, as chances de crescimento na sua carreira podem

se multiplicar. E, no caso da secretária executiva, que cumpre diversas funções, isso

pode funcionar como um patamar para seu desenvolvimento profissional: líderes são

notados. São elogiados e tornam-se cada vez mais necessários. Costumam

sobressair-se em determinados aspectos e isso pode trazer reconhecimento – o dela

própria e, claro, de seus superiores.

Tanto na área do secretariado como nas demais, o fato de exercer bem o

papel de líder só tem a contribuir positivamente para a carreira do líder e para a

empresa. Para a empresa, vale lembrar que os bons líderes são pessoas

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agradáveis, cativantes e que motivam. Toda empresa gostaria de ter funcionários

assim, afinal, um bom relacionamento com as diversas hierarquias dentro de uma

organização é essencial. Nada melhor do que conviver com pessoas com as quais

você se relaciona bem, e que ainda por cima incentivam seus colegas a agir de uma

maneira positiva. Tais fatores consequentemente aumentam a produtividade, o que

só tem a acrescentar. Para os superiores, o fato de ter um líder em sua equipe faz

com que adquira cada vez mais confiança no mesmo, podendo delegar funções e

responsabilidades e aumentando seu tempo livre para outras atividades.

Para que você possa se tornar cada vez mais super, capriche nas suas

habilidades de liderança. Lembre-se sempre de tratar aos outros como gostaria de

ser tratada. Um sorriso e palavras agradáveis só fazem bem!

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CAPÍTULO I PERFIL HISTÓRICO DE LIDERANÇA

Seguindo o raciocínio de Topping (2002, p.19), entende-se que antes de

exercemos algum tipo de liderança tem que viabilizar de forma coerente qual estilo

de liderança que melhor se adéqua no ambiente organizacional onde estamos.

As pessoas não trabalham no vácuo, e devido a isso as questões de liderança devem ser analisadas em seu contexto próprio. Ao analisar sua própria eficácia como líder, é necessário começar a observar o contexto externo, antes mesmo de examinar seu próprio estilo de liderança. De uns tempos para cá o termo liderança situacional passou a referir-se ao modelo proposto por Ken Blanchard. Entretanto em sentido mais genérico, o conceito de liderança situacional revela que não existe essa coisa de tamanho único, apenas com base nas características de sua situação específica – abrangendo ambiente de trabalho, liderados e desafios setoriais – é possível determinar os comportamentos de liderança que o tornarão mais eficaz. TOPPING (2002, p.19).

Segundo Maxwell (2003, p.177), no modelo histórico mais conhecido, a

liderança é um território de poucos eleitos.

O autor afirma ainda que os estudiosos da liderança abandonaram a “teoria

do grande”, segundo a qual os grandes líderes nasciam líderes, não se tornavam

líderes, em princípios na década de 1900, para desenvolver uma visão mais

abrangente da liderança que levava em conta as interações entre a tarefa, o líder e o

relacionamento com os liderados.

Topping (2002, p.20) considera que hoje, os líderes esclarecidos são

participativos, encorajados e focados no desenvolvimento de seu pessoal,

entretanto, é possível que em certas situações tais práticas de liderança não sejam

as mais apropriadas, ou seja, nem sempre uma atitude vai de acordo com a situação

que ocorre.

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O autor ressalta ainda que isso se dá ao impacto da dinâmica sociocultural

atuante na organização e no ambiente de negócios para que depois seja

determinado o melhor estilo de liderança.

A partir da teoria de Topping (2002, p.20) entendemos que uma liderança

bem exercida e sucinta é aquela que atua de acordo com a situação que lhe é

proposta.

Chatterjee (1998, p.110) considera que, o domínio de si mesmo é a

habilidade de diferenciar o que desejamos daquilo que é desejável para nós. Essa

disciplina não apenas nos permite fazer uma distinção intelectual entre dois objetos,

mas também nos fortalecer para agirmos com essa distinção e que todos os grandes

líderes, todas as organizações estáveis, todas as civilizações resistentes as agruras

do tempo fizeram essa escolha crucial no curso do seu desenvolvimento.

O autor ainda afirma que a maioria daqueles dentre nós que aspira liderança

são ágeis em imitar as características visíveis da personalidade de nossos ídolos,

seu estilo de vida , o modo como se vestem, como falam. Nós só nos esquecemos

de que líderes verdadeiros abandonam a perseguição de desejos triviais em busca

do desejável. Eles seguiram um ideal ou uma visão particular, que não era mais que

a essência de sua vida reduzida ao seu propósito essencial.

A liderança é o processo de aprimorar a nossa percepção daquilo que

aspiramos até o ultimo sentido. Embora o desejo nos leve ao sucesso, nossa busca

pelo desejável nos impulsiona a constante perfeição. Enquanto o sucesso nasce da

nossa motivação em atingir algo, a perfeição vai além da motivação palpável, até o

domínio impalpável da inspiração. A busca da perfeição começa quando o ponto de

referência da motivação é deslocado do mundo exterior para o seu interior. Neste

ponto, a tensão criativa que nos separa de nossos objetivos torna-se parte da nossa

urgência evolucionária. Nossos objetivos então integram todos os componentes do

nosso ser. Vivemos o objetivo, tornamo-nos a visão e realizamos um sonho.

Enquanto os seguidores idealizam o real, líderes realizam o Ideal.

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Segundo Maxwell (2007, p.129), devemos pensar muito bem em qual

líder devemos seguir, porque são eles que vão determinar nosso curso. Além disso,

ele formulou seis perguntas que sempre faz a ele mesmo antes de pegar um modelo

de líder a seguir:

O meu modelo de vida merece ser seguido? Essa questão esta relacionada

com a qualidade de caráter. Vou me tornar como a pessoa que sigo e não quero

modelos com problemas de caráter.

O meu modelo de vida tem seguidores? Essa questão trata da

credibilidade. Se a pessoa não tem seguidores, ela pode não valer a pena.

Qual o principal ponto positivo que influência os outros a seguirem meu

modelo? O que esse modelo tem a me oferecer? O que é melhor nele? Também

notem que liderem fortes possuem tantos pontos fracos quanto fortes. Não quero

copiar inadvertidamente os pontos fracos

O meu modelo produz outros líderes?As respostas a essa questão vai nos

contar se essas prioridades de liderança do modelo combinam com as minhas em

relação ao desenvolvimento de novos líderes.

Os pontos fortes do meu modelo são reproduzíveis na minha vida? Se não

consigo reproduzir seus pontos fortes da minha vida, seu modelo não vai me

beneficiar. Mas não seja muito rápido para dizer que algo não é reproduzível. A

maioria das coisas é.

Se os pontos fortes do meu modelo podem ser reproduzidos na minha vida,

qual passo deve tomar para desenvolver e demonstrar esse ponto forte? Se você só

responde as perguntas e nunca implementa um plano para desenvolver esses

pontos fortes em si mesmo, só esta realizando um exercício intelectual.

Maxwell (1999, p.13), conclui que a forma como um líder trata as

circunstâncias da vida diz muito sobre seu caráter. As crises não formam

necessariamente o caráter, mas certamente os revelam. A adversidade é uma

encruzilhada que obrigada à pessoa a escolher um dos dois caminhos: o caráter ou

a concessão.

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O autor afirma que toda vez que a pessoa escolhe o caráter, torna-se mais

forte, ainda que a escolha traga consequências negativas. O desenvolvimento do

caráter esta no centro de nosso progresso não só como líderes mas também como

seres humanos.

Seguindo o raciocínio de Maxwell (2007, p.130), assim que você

compreende a lei do magnetismo, passa a vê-la em ação em quase todas as

situações: negócios, governos, esportes, educação forças armadas e muito mais. Ao

ler livro de histórias, procure as pistas dela. Um dos maiores exemplos de lei do

magnetismo pode ser encontrado entre líderes militares da Guerra Civil americana.

Quando os estados do sul se separaram havia dúvidas sobre por qual lado muitos

dos generais lutariam. Robert E. Lee era considerado o maior general do país, e o

presidente Lincon chegou a oferecer a ele o comando exército da União. Mas Lee

jamais lutaria contra Virginia, sua terra natal. Ele recusou a oferta e se juntou aos

confederados – e os melhores generais da terra o seguiram.

Caso Lee escolhesse liderar o exército da União, muitos dos outros bons

generais o seguiriam para o norte. Por conseguinte a guerra, provavelmente, teria

durado menos.

O autor afirma que isso tem um impacto inacreditável em tudo em tudo que

você faz. Que tipo de pessoa você atrai para sua organização ou departamento? Os

lideres que você deseja, tem potencial são capazes e firmes? Ou poderiam ser

melhores? A qualidade deles, no final não depende de um processo de contratação,

de um departamento de recursos humanos ou do que você considera ser a

qualidade do conjunto de candidatos. Depende de você. Você é o que você atrai.

E abordar tema liderança dentro das organizações é trata-lo de forma ampla,

para que seja exercido através do comportamento do individuo que ira exercê-la e

este por sua vez são influenciados a por diversos fatores que interferem na sua

tomada de decisão. Os liderados sempre agirão de acordo com o comando do seu

líder e as reações podem ser as mais diversas.

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A definição mais coerente para a liderança é: estar a frente de um

determinado grupo os guiando e controlando para que se atinja um objetivo comum.

Conforme as citado acima, um líder pode um líder pode exercer sua função de

diversas formas, o que deverá ser identificado é qual estilo de liderança o mesmo

deverá seguir e o qual funcionara dentro baseando-se no ambiente em que ele está.

Quando a liderança não é bem colocada, deve-se avaliar o líder, pois na

grande maioria, ou ele não esta apto para exercer a função ou não esta bem

qualificado. Uma liderança mal exercida pode gerar conflitos entre grupos no qual

refletirão no resultado final

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CAPÍTULO II LIDERANÇA

Robbins (2003, p.137) define liderança como a capacidade de influenciar um

grupo em direção ao alcance de objetivos. A origem dessa influência pode ser

formal, como a conferida por um alto cargo. Como essas posições subtendem certo

grau de autoridade, uma pessoa pode assumir um papel de liderança apenas em

função do cargo que ocupa. Nem todos os líderes são administradores, nem todos

os administradores são líderes. O fato de a organização atribuir a seus

administradores alguns direitos formais não lhes assegura a capacidade de

liderança eficaz.

Segundo Campanhã (1999, p.35) coragem e ousadia são dois segredos que devem

fazer parte da vida de todo líder. Coragem de tomar decisões difíceis e de confrontar

o erro. Ousadia de fazer coisas diferentes, por mais tradicional que seja o ambiente.

Liderança é algo complicado. Tem muitas facetas: respeito, experiência, força

emocional, habilidades pessoais, disciplina, visão, momento certo para agir,

dinamismo, já dizia Maxwell (2003, p.21).

Matos (2002, p.20) descreve a diferença entre líder administrador e

administrador líder:

• Líder administrador é aquele que:

a) trabalha criativamente com integração e coesão grupais;

b) induz a motivação espontânea, a ampla participação, ao poder decisório

compartilhado, ao planejamento estratégico coletivo, as avaliações

freqüentes e as reformulações estratégicas periódicas;

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c) é estrategista.

• Administrador Líder é o que:

a) trabalha com objetivos definidos por mais instância superior;

b) estimula a inovação e a coesão grupais;

c) faz cumprir o planejamento estratégico;

d) delega e avalia desempenhos;

e) é um tático;

Segundo Kotter (1997, p.26), liderança é um conjunto de processos que cria

organizações em primeiro lugar ou as adapta para modificar significadamente as

circunstâncias. A liderança define como deverá ser o futuro, alinha o pessoal a essa

visão e as inspira para ação apesar dos obstáculos.

Diante dessas definições depreende-se que liderança é um conjunto de

processos que, além de criar as organizações como sendo seu foco principal, faz

com que as mesmas se adéquem para influenciar positivamente no resultado da

empresa e, faz ainda, com que o líder influencie de forma voluntária a interação dos

colaboradores para que busque um bom resultado tendo como foco principal um

bom resultado dentro das organizações.

Maxwell (2003, p.11), define liderança como lei da tampa, uma vez que se

trata de algo que ajuda as pessoas a compreender o valor da liderança, ele diz ainda

que se puder compreender esse princípio, perceberá o incrível impacto que a

liderança exerce sobre todos os aspectos da vida. Sendo assim o princípio é o

seguinte: A capacidade de liderança é a tampa que determina o nível da eficácia de

uma pessoa, com isso entende-se que quanto menor a capacidade que um indivíduo

tem de liderar, mais embaixo ficará a tampa e, conseqüentemente, bloqueará seu

nível potencial, e quanto maior a liderança, maior será sua eficácia.

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O autor cita ainda um exemplo referente à lei da tampa: caso sua liderança

mereça nota oito, sua eficácia jamais será maior do que sete, caso sua liderança

receba apenas quatro, sua eficácia jamais ultrapassará a três. A partir desse

exemplo, o autor resume que sua capacidade de liderança tanto para melhor ou

mesmo para pior sempre determina sua eficácia e o impacto potencial de sua

organização.

De acordo com Maxwell (2003, p.22), a capacidade de liderar é, na verdade

um conjunto de habilidades, onde quase todas podem ser aprendidas e

aperfeiçoadas. Entretanto esse processo não ocorre da noite para o dia. Liderança é

algo que tem que ser desenvolvido dia após dia e não, somente, em um dia, é algo

que precisa ser trabalhado e principalmente praticado.

O autor descreve ainda, que somente a liderança pode motivar as ações

necessárias para alterar o comportamento de modo significativo, ou seja, somente a

liderança pode fazer a mudança acontecer, fixando suas raízes na verdadeira

cultura da organização.

Bergamini (2002, p.19), acredita que o interesse em conhecer melhor aquilo

que caracteriza o comportamento de um líder eficaz não é assim tão recente.

Mesmo em épocas distantes, a compreensão de como alguém conseguia chegar a

uma posição de destaque na condução dos demais pares sempre despertou

considerável preocupação.

Seguindo o mesmo raciocínio, Bryman (2002, p. 9), admite que atualmente a

liderança transformou-se no principal foco de atenção para uma variedade de

escritores preocupados com as organizações. Ela sempre tem sido uma área

importante de investigação entre os pesquisadores interessados nos processos

organizacionais, visto que volumosa literatura sobre o assunto testemunha isso. Mas

desde o começo dos anos oitenta, o montante de interesse parece ter crescido e

atualmente não há sinais de que essa tendência venha diminuindo.

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Diante das definições citadas acima, considera-se que liderança não parece

ser um simples exercício de especulação filosófica.

Bergamini (2002, p.20) cita ainda que chegando mais próximo da nossa era,

principalmente a partir do pós-guerra e seus efeitos no mundo todo, o homem

percebeu-se diante do desafio de descobrir, formar ou mesmo forjar líderes eficazes.

Isso se deu uma vez que, após esse período, o recrutamento e o aproveitamento da

mão-de-obra disponível assumiram dimensões críticas. A partir desse momento as

organizações se deram conta de que já não era mais possível continuar tentando

fazer com que as pessoas trabalhassem em ambientes opressivos e passaram a

valorizar situações nas quais pudessem utilizar ao máximo todo potencial de seus

colaboradores. Assim, perceberam a necessidade de ter bons líderes.

Soraluce (2001, p.71), diz que um sintoma da presença de um líder de efeitos

positivos para a empresa é a qualidade da equipe executiva para qual se cerca:

talento busca talento.

Com isso entende-se que uma boa equipe busca sempre alguém que venha

somar dentro da organização, ou seja, alguém que seja suficientemente capaz de

contribuir para o seu crescimento.

Bergamini (2002, p.22) diz que a manutenção dos talentos nos quadros de

pessoal de uma organização depende do espaço que um líder deixa aos que o

seguem. Esse líder faz isso não pelo exercício do poder de crueldade, mas pela

aceitação e respeito aos pontos de vista que não são os seus. Ele não somente

deixa como também incentiva aqueles que o seguem a expressar seu potencial por

meio das iniciativas que tomam.

Heifetz e Laurie (1999, p.29-30), no entanto acreditam que trabalho adaptativo

torna-se necessário quando as crenças que a organização manteve em

profundidade são desafiadoras e que quando os valores que a tornaram bem

sucedidas já são menos relevantes. Os desafios adaptativos ocorrem todos os dias

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e a cada nível do contexto de trabalho quando as organizações se reestruturam,

desenvolvendo ou implementando estratégias para um bom desenvolvimento.

De acordo com o pensamento dos autores acima, percebe-se que assim

caracterizados, os desafios para mudar são mais frequentes do que se imagina e

permeiam todos os setores da organização.

Para Topping (2002, p.103), a capacitação do pessoal para que dê o melhor de si, é

o centro da liderança gerencial. Liderança hoje tem muito mais a ver com criar

ambiente onde as pessoas tenham condições de alcançar o sucesso do que com

apenas tomar decisões e agir por conta própria, ou seja, dificilmente você será

capaz de fazer tudo o que deve ser feito sem ajuda de alguém.

O autor ressalta ainda que o desafio de cada líder é encontrar maneiras de garantir

contínuo aprimoramento dos membros de sua equipe.

De acordo com o que foi mencionado acima, Topping (2002, p.104), cita cinco

ingredientes críticos que precisam ser considerados:

a) Criar um ambiente em que todos sejam encorajados a aprender e crescer;

b) Identificar competências prioritárias a serem desenvolvidas pelo seu

pessoal;

c) Prover menos para que se cultivem essas competências;

d) Elaborar planos de desenvolvimento individual;

e) Integrar tanto quanto possível o desenvolvimento de pessoas nas

atividades do dia-a-dia.

Com isso, entende-se que em tempo de dificuldades, se cortem as atividades

periféricas, ou ao menos, elas sejam relegadas a um segundo plano, dando assim

prioridades as que são realmente importantes e necessárias.

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Topping (2002, p.105-106) afirma que as competências devem orientar-se

para o futuro - que habilidades nossos gerentes deverão demonstrar daqui a cinco

anos, a fim de contribuir para o sucesso da empresa – uma vez que o

aprimoramento dessas competências leva algum tempo. Caso o foco se concentre

no conjunto de habilidades necessárias hoje, é possível que, em breve, elas fiquem

obsoletas, ou seja, menos importantes do que outras que deveriam ter sido previstas

no início.

No quadro seguinte, Drucker apresenta dicas para aprimorar a eficácia na

liderança:

Quadro 1: Habilidades e as melhores práticas para eficácia na liderança

Determine o que precisa ser feito;

Determine a coisa certa a fazer para o bem estar de todo o empreendimento ou a organização;

Desenvolva planos de ação que especifiquem resultados desejados, restrições prováveis, previsões

futuras, prontas para serem verificados, e implicações de como alguém deve dispensar seu tempo;

Assuma responsabilidades pelas decisões;

Assuma responsabilidades por comunicar planos de ação e dar às pessoas as informações que elas

precisam para realizar o trabalho;

Concentre-se nas oportunidades e não nos problemas. Não varra os problemas para baixo do tapete,

e trate a mudança como uma ameaça;

Dirija reuniões produtivas. Tipos diferentes de reuniões exigem formas diferentes de preparação e

resultados diferentes. Prepare-se de acordo;

Pense e diga “nós” em vez de “eu”. Considere as necessidades e oportunidades da organização

antes de pensar em suas próprias oportunidades e necessidades;

Ouça primeiro, fale por último.

Fonte: Drucker (2004).

Seguindo o mesmo raciocínio, Bergamini (2002, p.41), afirma que enquanto

são vivenciadas situações previsíveis e rotineiramente tranquilas, não se percebe a

necessidade de um líder. Tudo vai bem e não por que mudar o curso habitual das

ações.

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Nesse momento a forma de resolver problemas é aquela que se serve de

tipos habituais de intuição que tomam por base situações já vividas e que deixaram

sua impressão na memória. Trabalhando intelectualmente de maneira lógica, as

pessoas sentem-se seguras em aproveitar experiências já vividas e aplicá-las

novamente diante de desafios menos problemáticos.

Bergamini (2002, p.42), completa ainda, dizendo que, no entanto, quando a

situação é de perigo e, portanto, de ameaça, ainda que de forma não plenamente

consciente, as pessoas passam a nutrir algum tipo de expectativa com relação ao

aparecimento de alguém que interprete o que está ocorrendo e se responsabilize por

apontar a direção a ser seguida. Em tais circunstâncias, parece que todos projetam

suas esperanças e frustrações sobre determinada pessoa que presumivelmente

possua conhecimento, competência e habilidade para resolver a dificuldade que se

instalou diante delas.

Gueus (1999, p.120 -134), entende que provas acumuladas indicam que as

empresas fracassam por que suas políticas e práticas baseiam-se

predominantemente no pensamento e na linguagem da economia. Em outras

palavras, as empresas morrem por que seus executivos se concentram

exclusivamente na produção de bens e serviços e se esquecem que sua

organização é, antes de qualquer coisa, uma comunidade de seres humanos que

trabalham em uma empresa, seja ela de que tipo for.

O autor cita ainda que os executivos se preocupam com terra, trabalho e capital, e

negligenciam o fato de que trabalho significa pessoas de verdade.

De acordo com o que foi mencionado por Gueus, entende-se que as organizações,

para que permaneçam empresas vivas, é necessário que alguém consiga fazer com

que essas pessoas evoluam harmoniosamente, exigindo que o desempenho da

competência de liderança entre em ação e cumpra com eficácia sua missão

integrada.

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Bergamini (2002, p.43), alega que o termo liderança tem sido utilizado para

caracterizar diferentes aspectos da interação humana para diferentes pessoas, a

ambiguidade do seu significado cria problemas quando se pretende caracterizar, de

maneira mais precisa a sua natureza. Assim, muitas questões se têm levantado

mesmo dentro do campo da simples especulação.

A autora menciona ainda que só a partir do século XX é que se passou a contar com

investigações verdadeiramente científicas sobre os determinantes que pudessem

ser considerados como vitais à eficácia dos líderes.

Com isso, depreende-se que a eficácia do líder, portanto, não se reduz a um esforço

isolado. Empresas consideradas como bem-sucedidas consideradas como

vencedoras, possuem verdadeiros times de bons líderes. Em tais organizações, as

maiorias das pessoas consideram-se também um seguidor naturalmente disposto a

acompanhar as diretrizes já anteriormente apresentadas por outros líderes.

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CAPÍTULO III

TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DE LIDERANÇA

3.1 TEORIA DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE

Uma das primeiras abordagens para explicar a liderança afirmava que os

líderes não eram produzidos, eles já nasciam líderes. Tais traços dos grandes

líderes vinham de heranças genéticas. Anos depois, pesquisadores influenciados

por escolas de pensamento comportamentalistas descartaram essa ideia, sugerindo,

ao contrário, que muitas características vinculadas à liderança efetiva podiam ser

adquiridas. A teoria dos traços no estudo da liderança tem como base as qualidades

e as características pessoais. Que procura por traços sociais, físicos, intelectuais ou

de personalidade que possam descrever os líderes e diferenciá-los dos demais.

Dubrin (2003, p. 266) afirma que os traços de um líder estão intimamente

ligados ao grau com que as pessoas o enxergam como líder. Acrescenta que para

ser eficaz um líder deve ter habilidade mental e conhecimento, pois assim poderá

prever os problemas antes que ocorram utilizando sua imaginação, criatividade e

competência técnica.

A personalidade possui traços e características relevantes para a liderança e

dependendo da situação eles poderão variar DUBRIN (2003, p.266). Abaixo o autor

explana os seis principais traços de personalidade:

a) A autoconfiança é uma característica associada à eficácia da liderança.

Um líder autoconfiante, sem exageros, influi confiança entre os membros

de sua equipe. Agindo de acordo com essa característica interna o líder

se manterá calmo mesmo diante de situações em que estará sob

pressão. Welch (apud Dubrin, 2003, p. 267), um alto executivo da GE,

disse o seguinte: “... que uma de suas responsabilidades mais

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importantes era ajudar seus gerentes a se tornar mais autoconfiantes e,

consequentemente, melhores líderes”.

b) A confiabilidade em muitas situações contribui também para uns

comportamentos diferentes, como por exemplo, a consistência

integridade comportamental. A consistência refere-se ao fato de ser

confiável e previsível, já a integridade está focada em dizer a verdade e

não “quebrar” promessas. George (apud Dubrin, 2003, p. 267), fundadora

de uma rede varejista de móveis para casa Domain, afirma que:

“Administrar um negócio de sucesso tem muito a ver com integridade, a

ética do trabalho, tratar as pessoas de modo justo e gentil e ser honesto

em todas as suas atividades”.

c) A inteligência emocional é o elemento que mais contribui para a eficácia

da liderança. Este conceito descreve a capacidade de reconhecer os

próprios sentimentos e os dos outros, bem como a capacidade de lidar

com eles. Muitos líderes falharam devido as suas deficiências no que diz

respeito à inteligência emocional.

d) O poder e as razões de realizações estão profundamente ligados à

eficácia da liderança uma vez que uma forte razão de poder direciona o

líder a se interessar em praticar a influência sobre outros indivíduos,

podendo manifestar um comportamento rude de liderança quando a

razão de poder for muito forte.

e) O senso de bom humor é outro traço que está relacionado com a eficácia

na liderança. Se dosado na medida certa ajudará a aliviar a tensão e o

desanimo entre os membros do grupo e, muitas vezes dispersa a

hostilidade.

Wagner (1999, p. 246) acrescenta que entre as teorias que estão centradas

numa característica particular do líder, encontram-se as da liderança carismática. Tal

teoria que enfatiza a habilidade do líder de comunicar aos seguidores novas visões

de uma organização.

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Robbins (2005, p. 259) afirma que a capacidade de prever a liderança ainda

continua muito discreta. Mesmo diante dos traços explanados anteriormente por

Dubrin. Mais tarde um novo fato surgiu quando pesquisadores começaram a

organizar os traços com base no modelo Big Five de personalidade. Este modelo

propõe que as maiorias dos vários traços identificados nas pesquisas anteriores

sobre liderança podiam ser incluídas nas dimensões básicas da personalidade que

são citadas no quadro a seguir:

Quadro 2: Dimensões Básicas de Personalidade DIMENSÕES TRAÇOS DA PERSONALIDADE Extroversão Sociável, Gregário, Afirmativo Amabilidade Receptivo, Cooperativo, Confiante Consciência Responsável, Confiável, Persistente e Organizado

Estabilidade Emocional Calmo, Autoconfiante, Seguro, Inseguro e Deprimido

Abertura para novas experiências Identifica alguém em termos de sua Imaginação, Sensibilidade, Intelectualidade

Autor: Chiavenato, 2005

Robbins (2005, p. 259) ainda explana que:

Amplas revisões da literatura sobre liderança, quando organizadas com referência no modelo Big Five, têm demonstrado que a extroverção é o traço mais importante do líder eficaz. A consciência e abertura para novas experiências também mostraram uma relação forte e consistente com a liderança, mas não tão forte quanto a extroversão. Os traços amabilidade e estabilidade emocional não parecem ser muito valiosos para indicar a liderança.

Diante do exposto, até o presente momento podemos concluir que a teoria

dos traços de personalidade é centrada nas características particulares do líder

excluindo os seguidores e a situação. Os traços realmente funcionam melhor para

prever o aparecimento da liderança do que para diferenciar entre líderes eficazes e

ineficazes.

3.2 TEORIAS COMPORTAMENTAIS

As teorias comportamentais são as que estudam a liderança em termos de

estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, pela maneira

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pelo qual o líder orienta sua conduta. Enquanto a teoria dos traços da personalidade

se refere como o líder é, esta por sua vez, trata das formas de atuações de um líder.

3.3 TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS

Após as teorias comportamentais, veio uma tentativa de especificar as

condições sob as quais os vários estilos de liderança conduziram os melhores

resultados. O objetivo foi de tornar as explicações sobre liderança mais precisas e

científicas. Segundo esta teoria, o melhor estilo depende de fatores relacionados aos

membros do grupo e ambiente de trabalho.

Algumas abordagens para identificação de variáveis situacionais básicas

tiveram mais sucesso do que outras, recebendo amplo reconhecimento. Nesta

presente monografia foi considerado três delas: o modelo de Fielder, a teoria

situacional de Hersey e Blanchard e o modelo de meta e caminho.

3.4 A TEORIA SITUACIONAL DE HERSEY E BLANCHARD

Desenvolvido por Paul Hersey e Ken Blanchard a teoria da liderança

situacional tem seu foco voltado sobre os liderados.

A liderança bem-sucedida é alcançada pela escolha do estilo adequado, que

é contingente ao nível de prontidão dos liderados. Essa prontidão ou como também

é denominada maturidade se refere à capacidade e disposição de realizar uma

determinada tarefa.

Robbins (2005, p. 266) afirma que a ênfase nos liderados, no que se refere à

eficácia da liderança, reflete a realidade de que são eles que aceitam, ou não, um

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líder. Isso quer dizer que independente do que o líder faça, a eficácia dependerá

somente das ações de seus liderados.

Hersey e Blanchard (apud Schermerhorn, Hunt e Osborn p. 230) argumentam

que, a liderança “situacional” requer que o líder ajuste sua ênfase sobre os

comportamentos da tarefa (por exemplo, oferecendo orientação e direção) e sobre

comportamentos do relacionamento (por exemplo, oferecendo apoio

socioemocional), de acordo coma a maturidade dos liderados de desempenhar suas

tarefas.

Schermerhorn, Hunt e Osborn (p. 230) explanam que a teoria da liderança

situacional identifica quatro estilos da liderança: delegar, participar, vender e

mandar. Cada um desses estilos destaca uma combinação diferente de

comportamentos de relacionamento e tarefa, de acordo com os liderados de acordo

com os quatro níveis de maturidade.

a) Estilo de mandar: a direção fornecida enfatiza o direcionamento para a

tarefa, com pouco apoio.

b) Estilo de vender: oferece tanto direção de tarefa quanto apoio para as

pessoas que não são capazes, mas desejam assumir a responsabilidade

pela tarefa.

c) Estio de participar: os liderados capazes, mas não dispostos, precisam

de um comportamento de apoio e um pouco de direção a fim de

aumentar sua motivação.

d) Estilo de delegar: oferece pouco em termos de direção e apoio para a

tarefa em questão.

A referência para aplicar essas variáveis está associada a uma tarefa a ser

empreendida. A figura a seguir se refere a maturidade dos liderados e os níveis

alcançados por eles.

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Segundo Ervilha (p. 93):

Se o liderado está iniciando uma tarefa da qual ainda não tem conhecimento, sua maturidade será baixa: M1. À medida que assimila a tarefa e a executa, sua maturidade será média para baixa: M2. Quando entende a tarefa e só procura o líder para algum tipo de esclarecimento, sua maturidade é média para alta: M3. Quando executa sozinho a tarefa e apresenta o resultado ao líder, sua maturidade será alta: M4.

O comportamento mais eficaz depende da capacidade e motivação dos liderados.

Em um contexto geral, a teoria da liderança situacional reconhece a importância dos

liderados e se baseia na lógica de que os líderes podem compensar as limitações

motivacionais e de capacitação de seus seguidores. No entanto, problemas com a

metodologia de pesquisa para as aplicações da teoria, ambiguidades e

inconsistências internas do modelo fizeram com que os testes para testar e

corroborar esta pesquisa foram um fracasso.

3.5 A TEORIA DO CAMINHO-OBJETIVO

Atualmente esta teoria tem umas das mais respeitadas abordagens sobre

liderança. Desenvolvida por Robert House, este modelo contingencial de liderança

extrai alguns elementos da pesquisa de da Universidade Estadual de Ohio sobre a

estrutura da iniciação e a consideração, bem como as teorias das expectativas na

motivação.

Segundo Robbins (2005, p. 268) a teoria da meta e do objetivo argumenta que é

função do líder ajudar os subordinados no alcance de suas metas, fornecendo

orientação e/ ou apoio necessário para assegurar que tais metas sejam compatíveis

com os objetivos da organização, uma vez que a motivação é essencial ao papel do

líder, a teoria enfatiza três variáveis motivacionais que os lideres podem influenciar

por seu comportamento ou estilo de decisão: valências, instrumentalidade e

expectativas.

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Wagner (1999, p. 261) de acordo com a teoria afirma que o trabalho do líder é

manipular esse três fatores de maneiras desejáveis:

a) Os lideres precisam manipular as valências dos seguidores, identificando

ou despertando necessidades de resultados que os lideres podem

controlar.

b) Os líderes também são responsáveis pela manipulação das

instrumentalidades dos seguidores, certificando-se que o desempenho

gere resultados satisfatórios para os seguidores.

c) Os líderes precisam manipular as expectativas por meio da redução de

barreiras frustrantes do desempenho.

Wagner (1999, p. 262) ainda explana que a teria do caminho-objetivo propõe

quatro estilos de comportamento que podem permitir aos lideres manipularem os

três variáveis motivacionais citadas anteriormente: a liderança diretiva, a liderança

encorajadora/ apoiadora, a liderança participativa e a liderança orientada para a

realização.

Schermerhorn, Hunt e Osborn (p. 230) afirmam que a liderança participativa

prevê um impacto positivo sobre os subordinados quando a tarefa for ambígua; e

pode ter um efeito contrário quando as tarefas não forem claras. Quando as tarefas

estiverem sendo desempenhadas por subordinados muito autoritários ou de visão

pequena, haverá necessidade de mais liderança diretiva.

Para Robbins (2005, p. 269) a liderança encorajadora leva a um melhor

desempenho e a uma maior satisfação quando os funcionários realizam tarefas

estruturadas. Foi verificado que o líder é amistoso e acessível e demonstra

preocupação com seus subordinados.

Segundo Schermerhorn, Hunt e Osborn (p. 230) a liderança participativa deve

promover a satisfação em tarefas não repetitivas que permitem o envolvimento do

ego dos subordinados. Neste caso o líder solicita e usa as sugestões dadas pelos

subordinados, mesmo assim, ainda é ele que toma as decisões.

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Para Wagner (1999, p.262) o comportamento do líder orientado para a

realização resulta em melhoria moderada do desempenho, mas só quando os

seguidores são dedicados às metas. Ele deve fixar metas desafiando seus

subordinados e demonstrar a confiança de que eles atingirão suas metas.

Fica evidenciado que o desempenho e a satisfação do funcionário tendem a

ser positivamente influenciado quando o líder oferece qualquer coisa que falte ao

liderado ou ao ambiente de trabalho.

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CAPÍTIULO IV

ABORDAGENS IMPIRATIVAS SOBRE LIDERANÇA

4.1 LIDERANÇA CARISMÁTICA

Os líderes carismáticos segundo House (1999, p.233) são aqueles que tem

um efeito extraordinário sobre seus seguidores graças as suas habilidades pessoais.

Esses líderes que tem necessidade de poder e estão convictos de sua eficácia e da

moralidade de suas crenças e essa convicção faz com que ele tenha a necessidade

de poder motivar aquelas pessoas que querem ser líderes. Tais características

influenciam um comportamento carismático como construção de imagem,

articulação de metas (foco em metas simples e dramáticas), demonstração de

confiança e elevação dos motivos dos seguidores.

Na teoria de Du’Brin (1998, p. 178) a visão é o ponto de partida. Seguido

desse ponto vem outra táticas para transformar um administrador em líder

carismático como por exemplo desenvolver um sonho sobre o futuro da sua unidade

e discutir com os demais, fazer uso frequente de metáforas, desenvolver metáforas,

incentivar as pessoas a sua volta, inspirar confiança e segurança, fazer as pessoas

acreditarem em sua competência tornando as suas realizações reconhecidas de um

modo educado e diplomático, fazer os outros se sentirem capaz dando-lhes

atribuições nas quais possam ser bem sucedidos e achar prazer em seu sucesso.

Ser altamente energético e orientado para as metas, de tal modo que possa

impressionar os outros com sua energia e desembaraço. É importante expressar

emoções frequentemente para assim passar a sensação de calor, alegria, felicidade

e entusiasmo. Sorrir frequentemente, mesmo estando de mau humor, um sorriso

caloroso indica uma pessoa confiante, calorosa, o que atribui para as percepções do

carisma e finalmente fazer com que todos que o encontre se sinta importante.

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Lee (1989) já destaca a preocupação com a popularização dos líderes

carismáticos:

A liderança não é mais vista como domínio exclusivo. O surgimento de “Ghandis Corporativos” deu lugar a uma preocupação com o desenvolvimento de habilidades de liderança entre funcionários em todos es níveis de nossas organizações. Um executivo, um gerente, um supervisor, trabalhador horista todos eles podem aprender a desenvolver uma visão para o futuro (CHRIS LEE, Training, julho de 1989).

Para Robbins (2004, p.282) a influência do líder sobre seus liderados começa

quando líder cria uma visão e essa visão oferece um sentido de continuidade o que

faz com que seus liderados associem sua visão com melhorias para a organização.

O líder expõe essa visão e comunica suas expectativas e sua confiança em seus

liderados, de que eles vão conseguir alcançar suas expectativas, assim seus

liderados se enchem de confiança e auto estima. Em seguida o líder comunica um

novo sistema de valores, oferecendo um exemplo a ser seguido por seus liderados.

A teoria de Robbins (2004) facilita bastante o entendimento de como um líder pode

influenciar seus liderados e como isso é feito, seguindo a mesma linha de raciocínio

Conger (1999, p.234) desenvolveu uma teoria de liderança na qual é dividida em 4

estágios e usa como referência o status quo (estado em que se encontra).

No primeiro estágio o líder desenvolveu uma visão de mudança criada para mudar o

status quo. No segundo estágio o líder comunica a visão e motiva seus liderados a

irem além do status quo. No terceiro estágio o líder conquista confiança exibindo

suas qualidades. No quarto e último estágio o líder mostra meios de alcançar a visão

por meio de concessão de poder.“Liderança é a habilidade de levar homens a fazer

o que não querem a gostar disso” (Harry Truman apud Allan e Stephen, 2003,

p.254).

De acordo com Conger e Kamungo (1999, p.234) os líderes que conseguirem

desenvolver as cinco habilidades carismáticas farão com que seus seguidores lhe

atribuam uma liderança carismática em vez de manter o status quo. Essas

habilidades são descritas no quadro 2 denominado “O gerente Eficaz”.

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Assim, entendemos que o líder carismático em momento algum confronta

suas ideias com as de seus liderados e sim os faz acreditar que tal ideia é o melhor

para eles ou para a organização e com isso ele consegue multiplicar seu número de

seguidores e ainda aumentar significantemente a autoestima de seus liderados, já

que a todo o momento ele deixa claro a sua confiança de eles são capazes.

Quadro 4: O Gerente Eficaz – cinco habilidades carismáticas

Fonte: Conger e Kamungo (1999).

É importante ressaltar que ao contrário do que muitos imaginam o líder

carismático nem sempre está voltado para o que é melhor para os indivíduos ou

para a organização. Robbins (2004, p.283) nos ajuda a compreender essa afirmativa

quando diz que muitos desses líderes aproveitaram do poder que adquiriram para

moldar suas empresas de modo que mais lhe fosse conveniente e frequentemente

confundiram o que era de seu interesse pessoal com os interesses da empresa. As

consequências para a empresa foi a ação de líderes que usaram

irresponsavelmente os recursos da organização em benefício próprio e executivos

que burlaram as leis e esqueceram a ética para gerar números financeiros que

inflaram temporariamente o valor das ações da empresa, permitindo aos líderes

embolsar ganhos astronômicos.

Robbins (2004, p.283) atribui isso ao fato de no fim dos anos 90 houve uma

supervalorização repentina dos líderes carismáticos onde pagavam-lhes salários

exorbitantes e benefícios que digno de um superstar, com todas essas regalias eles

teriam perdido o foco na empresa e se tornado líderes egocêntricos que não

toleravam críticas.

è Sensibilidade aos contextos mais apropriados ao carisma ênfase na avaliação crítica e detecção

de problemas;

è Capacidade de Visão – ênfase no pensamento criativo para aprender e pensar sobre mudanças

profundas;

è Comunicação – trabalho com aspectos lingüísticos orais e escritos;

è Administração da Imagem – ênfase no exemplo, aparência, linguagem corporal e habilidades

verbais;

è Concessão do poder – ênfase em comunicar expectativas de alto desempenho, melhorar a

participação nas tomadas de decisão, afrouxamento que qualquer restrição burocrática, definição de

metas significativas e estabelecimento de sistema apropriado de recompensas.

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Muitas pessoas acham que o carisma é algo místico, quase indefinível.

Pensam que, ou se nasce com essa qualidade ou nada feito. Isso, porém, não é

verdade. Carisma dito de forma simples é a habilidade de atrair pessoas para si e

como outros traços de caráter ele pode ser desenvolvido. Maxwell (2007, p.23)

Maxwell (2007, p. 24) cita algumas características que um líder carismático de

evitar, o que ele chamava de bloqueadores de carisma, e ainda completa “se você

consegue se manter afastado dessas características, poderá desenvolver o carisma”

são elas:

a) Orgulho: ninguém deseja seguir um líder que pensa ser melhor do que os

outros;

b) Insegurança: se você não se sente bem com o que você é, os outros

também não se sentirão;

c) Instabilidade: se as pessoas nunca sabem o que esperar de você,

desistem de esperar alguma coisa;

d) Perfeccionismo; as pessoas respeitam o deseja pela excelência, mas

temem expectativas completamente irreais;

e) Ceticismo: as pessoas não querem se molhar na chuva causada por

aqueles que veem uma nuvem preta em todo lugar;

O autor ensina ainda, como desenvolver o carisma, dando as seguintes

sugestões:

a) Mude seu foco. Observe sua interação com as pessoas durante os

próximos dias. Quando conversar com os outros, determine quanto de

sua conversa se concentra em você mesmo. Ajuste a balança de modo

de se concentrar mais nos outros;

b) Faça o jogo da primeira impressão. Faça uma experiência. Na próxima

vez em que você for apresentado a alguém que não conhece, esforce-se

para causar uma boa impressão. Memorize o nome da pessoa.

Concentre-se nos interesses dela. Seja positivo. E o mais importante

trate-a como um “10”. Se puder fazer isso por um dia, será capaz de

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fazê-lo diariamente. Isso aumentará de súbito seu carisma;

c) Compartilhe a si mesmo. Estabeleça como meta de longo prazo

compartilhar seus recursos com os outros. Pense em como você poderá

valorizara vida de cinco pessoas durante este ano.

Du’Brin (1998, p.178) propõe que os líderes empresariais carismáticos são

vistos como heróis quando conseguem recolocar uma empresa no mercado, quando

antes não teria chance alguma ou lançam um novo empreendimento. Porém este

tipo de liderança tem também um lado negro, já apresentado anteriormente por

House (1999, p.233) quando cita os líderes carismáticos negativos (dark side).

Alguns líderes carismáticos manipulam, se aproveitam das pessoas, alguns são

antiéticos e conduzem suas organizações em direção a fins ilegais e imorais. Mesmo

assim pessoas a todo momento estão dispostas a seguir seus líderes por ladeira

abaixo por caminhos ilegais, tudo por seu poder de referência.

House (1999, p.233) e seus colegas fizeram diversas outras pesquisas

relacionadas ao perfil do líder carismático e um dos aspectos interessantes desse

trabalho mostra que os líderes carismáticos negativos (dark side) estão focados em

si mesmo e salientam o poder personalizado. Um dos líderes carismáticos negativos

mais famosos da história foi Adolf Hitler, que fez com que seus liderados

acreditassem em sua visão de bem estar para seu povo conquistando sua confiança

exibindo qualidade de um homem simples e modesto, onde apelava a todo o

momento pela a emoção e evitava ao máximo a objetividade. Enquanto os

carismáticos positivos (bright side) fazem uso de um poder socializado e concedem

poder a seus liderados um exemplo de líder carismático positivo sempre citado nos

livros é Martin Luther King.

Analisando a História de King podemos concluir que ele agiu da mesma forma

a qual é descrita na teoria de influência de Robins (2004):

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Quadro 5: Teoria de Robins x Ações de Martin Luther King

Teoria de Robins Ações de Martin Luther King

Cria uma visão

Queria a aprovação de leis de direito civil e voto para os negros, além de ser um pacifista e lutar pela igualdade dos negros perante a sociedade.

Faz com que seus liderados associem sua visão com melhorias para a organização

A visão de King era associada a direitos civis para negros o que a tantos anos era sonhado por todos

O líder expõe essa visão e comunica suas expectativas e sua confiança em seus liderados

“Eu tenho um sonho” seu mais famoso discurso foi suficiente para expor sua visão e com suas marchas expunha toda suas confiança em seus liderados.

Em seguida o líder comunica um novo sistema de valores, oferecendo um exemplo a ser seguido por seus liderados.

Marchas pacíficas, o fim dos protestos com violência e a buscarem seus direitos de forma diplomática.

4.2 LIDERANÇA TRANFORMACIONAL

Segundo Du’Brin (2003, p. 283) a liderança transformacional é a liderança

cujo líder ajuda organizações e pessoas a fazer mudanças positivas em seu modo

de conduzir suas atividades, essa liderança é o resultado dos estudos de outros

tipos de lideranças já que usa como base a liderança transformacional que entrever

direção e inspiração, e ao carisma – habilidade em lidar com os outros baseada no

charme, magnetismo e emoção. Tanto a liderança carismática quanto a

transformacional é baseada na teoria dos traços, porque o foco está nas

características pessoais do líder.

Fonte: Adaptação do autor Robins (2004)

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Para Bass (2003, p. 235) a liderança transformacional ocorre quando os

líderes ampliam e elevam os interesses dos seus liderados, quando geram a

conscientização e a aceitação dos propósitos e da missão do grupo e quando

incentivam os liderados a olhar além do seu próprio interesse, vendo além do bem

dos demais.

A liderança transformacional de Bass (2003, p.235) tem quatro dimensões:

carisma, inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. O carisma

propicia visão, senso de missão e instila orgulho, respeito e confiança do seguidor.

O estímulo intelectual promove inteligência, racionalidade e resolução cuidadosa dos

problemas. A consideração individualizada propicia a atenção pessoal, trata cada

funcionário individualmente, treina e aconselha.

Bass (2003, p.235) conclui que a liderança transformacional provavelmente é

mais intensa no nível mais alto da organização, onde há mais intensa no nível mais

alto da organização, onde há mais oportunidades de propor e comunicar uma visão.

No entanto de modo algum está restrito ao topo, pode ser encontrada em toda a

organização. Além

De acordo com Du’Brin (2003, p. 283), “o líder transformacional tem grande

nível de influência, muito mais que o líder transacional (rotineiro), conseguindo assim

motivar muito mais as pessoas a fazer o que é esperado”.

A transformação pode ocorrer de uma ou mais maneiras (Du’Brin 2003, p. 284).

a) Aumentando o nível de consciência das pessoas sobre a importância e o

valor das recompensas designadas e o modo de alcançá-las;

b) Fazendo com que as pessoas ultrapassem os interesses pessoais pelo

sucesso do trabalho em equipe e da empresa;

c) Ajudando os trabalhadores a adotar uma perspectiva ampla, de longo

alcance e forçar-se menos nas preocupações do dia-a-dia;

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Fazendo uma rápida revisão o líder transformacional tenta fazer com que

seus liderados “vistam a camisa” da empresa, que se importe de verdade com a

imagem e desenvolvimento da organização a qual ele representa. Deixando claro

que a organização depende dele para alcançar suas metas e conseguir vitórias, por

exemplo, o funcionário está exausto e precisa de apoio, nesse caso o líder

transformacional pode dizer: “eu sei que você gostaria de mais trabalhadores de

apoio, mas se não cortarmos as despesas, ficaremos fora do negócio”. Assim o

trabalhador abre mão de seus benefícios pelo bem da organização, sem ser

obrigado, e sim porque compreendeu a situação da organização e que não estão lhe

dando seu tão desejado benefício, etc por mero capricho e sim por necessidade.

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CAPÍTULO V CONFIANÇA: A PEDRA FUNDAMENTAL DA LIDERANÇA

A confiança ou a falta dela é uma questão cada vez mais importante nas

organizações hoje em dia. Nesta seção, definimos o que é confiança e oferecemos

algumas orientações para ajudar na construção da credibilidade e da confiança.

De acordo com Robbins (2005, p. 276) a confiança é “uma expectativa positiva

de que a outra pessoa não irá agir de maneira oportunista, seja por palavras, ações

ou decisões”. A maioria de nós considera muito difícil, se não impossível, confiar em

alguém imediatamente, quando não sabemos nada sobre a pessoa. Em situações

extremas no caso de uma total ignorância sobre a pessoa, podemos apostar nela,

mais não confiar. A medida que conhecemos alguém e o relacionamento

amadurece, começamos a acreditar na nossa capacidade de formar uma

expectativa positiva.

É importante mencionar as características que, segundo Robbins (2005, p. 276)

constitui uma boa liderança:

Você precisa acreditar que a pessoa possui as habilidades e capacidades necessárias para realizar aquilo que esta prometendo. A consistência esta relacionada à segurança, previsibilidade e capacidade de julgamento que uma pessoa demonstra em situações. As inconsistências entre as palavras e as ações reduzem a confiança. Esta dimensão é particularmente relevante para os executivos. Nada é observado mais rapidamente do que uma discrepância entre aquilo que os executivos pregam e aquilo que eles esperam que seus associados pratiquem.

Sendo assim podemos afirmar que a lealdade é a disposição de proteger e

defender outra pessoa.

Maxwell (2003, p. 50) afirma que “a história de sucesso e fracassos de um

líder faz uma grande diferença em sua credibilidade”. Seu pessoal sabe quando

você comete erros. A verdadeira pergunta é se você ira admiti-los. Em caso

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afirmativo, muitas vezes logo reconquistará a confiança do pessoal. Aprendemos de

imediato que quando o assunto é liderança, não dá para cortar caminho,

independentemente do tempo em que foi líder do seu pessoal.

Há quatro qualidades que um líder deve exibir para criar confiança:

competência, comunicação e caráter. As pessoas perdoarão eventuais erros com

base na habilidade, principalmente se puderem ver que você ainda esta crescendo

com um líder. Entretanto, não confiarão em alguém que apresenta deslizes de

caráter. Nesta área até os lapsos ocasionais são fatais. Todos os líderes eficientes

conhecem essa verdade. “A liderança é uma forte combinação de estratégia e

caráter. Entretanto se você tiver que ficar sem ele, fique sem a estratégia”. (general

H. NORMMAN SCHWARZKOPF, 1991, apud MAXWELL, 2003, P.50).

De certa forma o autor pretende advertir que a forma de estratégica de uma

liderança, o caráter e a credibilidade andam sempre de mão dadas. E que seria mais

favorável a um líder ficar sem a estratégia de liderar naquele momento do que ter

falhas e deslizes no seu caráter o que resulta na falta de confiabilidade dentro de

uma organização.

Sem força interior não se consegue ganhar o respeito essencial para que a

liderança seja duradoura. De que modo os líderes ganham respeito? Tomando

decisões acertadas, admitindo erros e colocando o que é o melhor para aqueles que

seguem e para a organização acima dos seus compromissos pessoais.

Nos últimos anos temos assistido ao surgimento de conceitos de management, que

pretendem fazer as organizações funcionarem de modo mais eficiente e adequado

ás demandas criadas por um mercado e modelo com propostas promissoras, como

qualidade total, gestão por competências, gestão emocional, gestão por valores e

outras, em contínua transformação.

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De acordo com Bennis e Nanus (1988, p.128) “O acumulo de confiança é a

medida de legitimidade da liderança”, ou seja, ela de nenhuma maneira poderá ser

comprada ou forçada, e sim conquistada. A confiança é o ingrediente básico de

todas as organizações, é nada mais do que a lubrificação que mantêm a

organização e é um conceito tão misterioso e tão difícil de compreender quanto à

liderança igualmente importante. O que podemos dizer com certeza é que se a

confiança tem de ser gerada é preciso haver personalidade, capacidade de prever o

comportamento do outro. Outro modo de dizer isso é que a organização em que não

há confiança lembra o pesadelo ambíguo, onde não há certeza de nada, onde não

se pode confiar em pessoa alguma ou até mesmo desconsiderá-la responsável por

prestar conta de alguma coisa. A capacidade de prever os resultados com alta

probabilidade de sucesso gera e mantêm a confiança.

Não é de hoje que se estuda a relação entre a confiança e o desempenho das

organizações. Navarro (2003, p.83) deixa claro que a “confiança é um elemento

integrante de todas as companhias que temos estudado e nas quais as

transparências de conhecimento e aprendizagem organizacional estão na base de

suas capacidades estratégicas”. Seguindo a mesma linha de raciocínio da autora é

importante deixar claro que ao falar de confiança ela não se refere à aceitação das

decisões superiores por parte dos funcionários, que é o que vivemos em algumas

empresas. A confiança tratada aqui é um sentimento gerado quando a verdade é

dita e promessas são cumpridas. É bem verdade que quando se aceita uma

promessa deve-se assumir que ela pode ou não se concretizar, logo, a confiança

implica certo risco e traz consigo alguma incerteza, pressupondo uma entrega

voluntária e consciente do grau de vulnerabilidade que este disposto a assumir.

Assim, entendemos que a confiança não é algo, portanto que surge de forma

natural e espontânea, mais do desejo de conhecer e compreender o outro para

saber se é digno de confiança. Tão pouco é algo que se possa pedir ou exigir, mais

que se inspira.

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Essa confiança é conhecida como um fenômeno emocional que predispõe as

pessoas a se integrar e se abrir para trocas, o que fomenta a cooperação e a

transparência do saber. Para a autora ela nada mais é do que encorajar essas

pessoas a dizerem o que pensam e a experimentarem sem receio de serem

punidos, o que vai favorecer inovação, a quebra de barreiras defensivas e a

colaboração para o bom andamento da organização.

É importante destacar que para Bennis e Nanus (1988, p.129) nos ambientes

organizacionais da espécie que vimos discutindo, a confiança entre líderes e

seguidores, não pode existir sem duas condições:

a) A visão do líder quando a organização precisa ser clara, atraente e

viável. Tendemos a confiar nos líderes que criam estas visões, já que a

visão representa o contexto para crenças partilhadas em um propósito

organizacional comum.

b) As posições do líder precisam ser claras. Tendemos a confiar nos

líderes quando sabemos que sua posição em relação à organização e

como se posicionam em relação ao ambiente.

Concluímos então que a confiança pode ser a chave para navegar através da

complexidade e incerteza dos novos cenários organizacionais.

Na vida organizada os líderes anseiam por confiança. Muitos gostam de dizer

que dariam seu braço direito por elas. Frequentemente sentem-se frustrados com o

mistério que cercam a confiança e suas origens. Assim, parece haver pouca

confiança nas organizações, e ela desaparece mesmo quando pensamos que esta

firmemente estabelecida. De Pree (1998, p.120) afirma que “os seguidores também

buscam a confiança e querem muito acreditar e confiar em seus líderes para fazer o

que eles lhe dizem. Para serem eficazes e produtivos, os seguidores precisam ser

capazes de confiar e merecer confiança”. Com isso os seguidores terão uma

intuição mais confiável em relação à confiança e seus efeitos saudáveis que a que

muitos líderes lhe atribuem. Quando a confiança permeia o grupo, grandes coisas

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são possíveis e uma delas é a verdadeira oportunidade de alcançar nosso potencial.

A confiança nas organizações é fundamental para uma boa comunicação, um bom

relacionamento, e tudo isso depende muito dela. Quando as coisas se complicam, a

confiança fornece energia aos geradores até que o problema seja resolvido.

Contudo apesar de toda a confiança que existe em nosso mundo, ela não é o

resultado inevitável da organização das pessoas em grupos. Os líderes aprendem

rapidamente que os seguidores estabelecem padrões que devem ser satisfeitos para

que possam conceder a confiança. E, para o autor esta confiança tem seus valores.

O despertar dela acorre em nossas famílias, nossas escolas e nossa equipe.

Quando falamos sobre liderança, podemos compreendê-la a de partir

diferentes óticas. (NETO, 2004) Explica que um bom exemplo é “a hierarquia que ela

representa. Outra forma é sua flexibilidade situacional, elegendo convenientemente

um tipo de liderança para cada necessidade”. Mais o estilo de liderança que o autor

pretende avaliar, sobre tudo as suas bases filosóficas é a Moral.

Na verdade o que temos em mente quando estudamos esse tipo de liderança,

é a moral que permeia conduzindo as relações humanas que nelas estão presentes.

Essa discussão é em antiga, mais o que levaremos em conta é a representação que

a moral tem perante os membros de um grupo e sua conduta adotada por aqueles

que simbolizam a liderança para seus pares.

“Os membros de um grupo percebem como é o líder com que há uma

convivência. A sua conduta revela, em boa parte, a sua moral" (NETO, 2004). Tal

condição pode viabilizar ou não a coesão grupal. Nestes termos, é importante

lembrarmos as transparências com que cada atitude do líder aparece no seu meio.

Basicamente tudo é captado pelos liderados, além de levado em conta nas suas

avaliações pessoais e profissionais (execução de tarefas, empatia, etc.).

Resumindo, nas relações humanas, onde haja um modelo de liderança que

atua com profundidade, a base é a confiança. Encontramos motivos e

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desenvolvimento pessoal e profissional com comprometimento.

Quando as pessoas se mobilizam por estas razões, mais grupo e menos ego,

o resultado das atividades mostram-se diferentes, não apenas pelo êxito ou não

resultante, mas principalmente pela forma em como se processou a construção

saudável de qualquer execução de trabalho.

O que acontece quando as pessoas não confiam uma nas outras? Elas

ignoram, disfarçam e distorcem fatos, ideias, conclusões e os sentimentos que, em

sua opinião, aumentam a vulnerabilidade aos outros. É fatal que aumente a

probabilidade de mal – entendidos e interpretações errôneas. Para Kouzes e Posner

(1991, p. 142) “quando você não confia em alguém, resiste a deixar que esta pessoa

o influencie”, ou seja, você suspeita dela e não se mostra em nenhum momento

receptivo às suas propostas e metas, às sugestões para atingir essas metas e à

definição de critérios e métodos para avaliação dos progressos. Quando nos

defrontamos com um comportamento de pouca confiança da parte de outras

pessoas, em geral passamos a hesitar em lhes revelar informações e a rejeitar suas

tentativas de nos influenciar. Segundo os autores isso somente reforça a pouca

confiança de quem o originou. Ao menos que haja mudanças de comportamento, o

relacionamento como diz Kouzes e Posner (1991, p. 142) “se estabiliza num nível

baixo de confiança”. Em todo comportamento quando se tem a falta de confiança à

probabilidade de problemas subjacentes passarem despercebidos, ou serem

evitados, de soluções inadequadas serem difíceis de identificar, e dos esforços para

a solução conjunta de problemas se deteriorarem.

A confiança e a participação organizacionais na tomada de decisão também estão

ligadas. “A confiança tem mostrado ser o previsor mais significativo da satisfação

dos indivíduos com sua organização” (DRISCOLL J.W,1978, apud KOUZES e

POSNER, 1991, p. 144). Independente do nível de participação de uma pessoa na

tomada de decisão e do ajuste entre os níveis de participação, desejada e real, as

pessoas que tem mais confiança nos líderes organizacionais são as mais satisfeitas

com seu nível de participação.

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“Uma das bases mais fundamentais para ser percebido como digno de confiança é a

previsibilidade. Esta se refere ao grau de confiança que as pessoas têm, em suas

expectativas a respeito do comportamento ou das intenções de outra pessoa”. (M.T

E MYERS, 1982, apud KOUZES e POSNER, 1991, p. 149). Quando as pessoas tem

pouca confiança a respeito de como você irá se comportar em certas circunstâncias,

elas podem ter esperança mais não confiança. Então faça sempre aquilo que diz

que vai fazer. Isso pode ser tão simples como chegar no horário em uma reunião.

Fazer aquilo que você diz que vai fazer também amplia o senso de reciprocidade,

necessário para encorajar os outros a aumentar sua vulnerabilidade com você. Ser

digno de confiança promove o comportamento confiante das outras pessoas.

Existem outras maneiras de demonstrar sua confiança nos outros. Uma delas

é a abertura e a auto exposição. Quando você deixa os outros saberem coisas ao

seu respeito e torna-se vulnerável contando-lhes sobre suas próprias incertezas e

dúvidas, é mais provável que eles sejam abertos a você. Kouzes e Posner (1991, p.

154) afirmam que “essa abertura é fundamental para a confiança”. Podemos criar

um relacionamento de confiança mostrando as pessoas que dependemos delas

tanto quanto elas dependem de nós e que nosso sucesso depende delas.

5.1 CONFIANÇA E LIDERANÇA

A sensibilidade interpessoal do líder apoia-se fortemente nas suas habilidades

em perceber e diagnosticar os diferentes anseios e expectativas motivacionais dos

seguidores. Assim sendo, estas condições de oferecer a ele um referencial do que é

possível fazer com meio de satisfazer principalmente suas necessidades de auto-

estima e de auto-realização. Bergamini (2002, p. 46) afirma que “O líder assume o

seguidor como uma pessoa integral e promove assim uma relação de mútua

realização”. É por esse tipo de via de mão dupla que o líder transformacional

consegue com que o seguidor se comprometa com a visão organizacional já

existente ou pretendida, tendo assim, recursos para mobilizar esforços no sentido de

mantê-la ou atingi-las. As metas organizacionais adquirem sentido e passam a ser

propostas como uma forma ou uma via preferencial para que se consiga,

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concomitantemente, atingir também as metas pessoais dos seguidores.

Segundo Bergamini (2002, p. 55) “Há fortes evidências que líderes bem

sucedidos não estão preocupados em mudar comportamentos, seu principal desafio

é favorecer que a individualidade dos seus seguidores venha à tona e se concretize

definitivamente”. Esse respeito que tem os líderes pela individualidade daqueles que

o cercam promove o desenvolvimento do potencial integral de cada um e leva a

consequente auto realização do grupo que com ele trabalha.

Sherman (2000, p.141) deixa claro que:

A maioria dos esforços empresariais para impor valores e transformar o comportamento organizacional acaba em decepção, ou fracasso, muitas vezes com consequênciada indevida confiança na força. O hábito de pautar-se no poder e na coerção para efetuar mudanças é uma deficiência comum a líderes ineficazes no mundo inteiro.

De certa forma o autor pretende advertir que os seguidores só se sentem

desejosos de seguir a direção que lhe és apontada e não aquela que lhe impõem.

Assim, considera-se que a eficácia em liderança é mais facilmente obtida quando

não se trata de um esforço isolado. Uma empresa bem sucedida, considerada como

vencedora possuem verdadeiros times de bons líderes. Nessas organizações a

maioria das pessoas consideram também seguidoras, naturalmente dispostas a

acompanhar em diretrizes já anteriormente delineadas por outros líderes. A

confiança da liderança constitui um tema muito trabalhado na atualidade e parece

representar um importante diferencial de eficácia no desempenho desse papel.

Sherman (2000, p. 141) ressalta ainda que quando o líder desfruta da

confiança, aquele que os seguem estão dispostos a despender um pouco mais do

seu tempo, talento, energia, criatividade e apoio. Em tais circunstâncias, os

seguidores por iniciativa própria, estão prontos a deixar de lado seus interesses

pessoais para se engajarem sem defesas aos objetivos proposto por seus líderes.

Conseguir esta confiança e mantê-la por um certo tempo, dará ao líder grande

alavancagem.

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Um dos trabalhos mais completos sobre o tema da confiança desenvolvido

por Kouzes e Posner (1993, p. 56) propõe que “a ameaça, o poder, a disposição e o

dinheiro não ganham compromisso, mas submissão”. Não é simples construir a

confiança, mais perdê-la é muito fácil, basta apenas que as ações de um líder não

estejam acompanhando o seu discurso. Sendo assim:

A reconstrução da confiança perdida irá requerer atenção diária. Os líderes terão que nutrir os seus relacionamentos com os subordinados. Terão que mostrar às pessoas todos os dias que se importa com elas. Deverão ter tempo para agir consciente e consistentemente. Suas ações devem falar mais alto do que suas palavras. Afinal a liderança existe somente nos olhos dos subordinados.

Caso o líder consiga atingir essa confiança requerida, terá a possibilidade até

de levar os seus seguidores a transcenderem seus interesses pessoas em favor da

missão do grupo ou da organização á qual pertencem. Isto parece exigir sem dúvida

que o líder possua elevado grau de competência de natureza interpessoal.

Munror (1999, p. 34) afirma que a “integridade é à base da confiança, que é

um produto da liderança. É uma qualidade que não pode ser adquirida ela tem que

ser ganha”. O líder como o autor menciona, são indivíduos cuja personalidade tem

sido testada, provada e reconhecida como leais e confiáveis. A confiança é um

produto de caráter e da competência, isto é, você é o que você pode fazer. E para

que você se torne um líder eficaz, você deve conquistar o respeito e a confiança de

todos.

No período contemporâneo o desafio do líder é interagir equipes buscando o

que há de melhor nas pessoas, fortalecendo-as profissionalmente baseada na

missão, visão e cultura organizacional da empresa buscando a melhoria continua

com times de alto desempenho. Segundo Chiavenato (2004, p. 10)“As pessoas

podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma organização depende da

maneira como elas são tratadas”. A empresa para obter sucesso deve possuir

líderes qualificados e atualizados na questão de gestão de pessoas, pois quando um

líder perde confiança doa colaboradores quem sai perdendo é a empresa, pois com

a insatisfação as pessoas produzem menos . Elas devem ser tatadas como fonte de

sucesso e como elemento básico para a eficácia organizacional.

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Os líderes que constroem relacionamentos de confiança em sua equipe

sentem-se a vontade com seus grupos. Para Kouzes e Posner (1991, p. 143) “estão

dispostos a considerar pontos de vista alternativos e a utilizar a perícia e a

habilidade de outras pessoas”. Também se dispõem a deixar que os outros exerçam

influência sobre suas decisões. Sem a confiança, os gerentes costumam adotar uma

postura autoprotetora. São diretos e mantêm as rédeas curta sobre seus

subordinados.

A delegação é fundamentalmente um sistema de confiança. Você demonstra

sua confiança em alguém quando realmente delega autoridade a esta pessoa. Todo

líder deve ter um sistema estabelecido de delegação. A confiança também se

desenvolve quando as pessoas se sentem seguras e protegidas. Quando suas

idéias e pensamentos são derrubados, não leva muito para você perceber que o

clima não é seguro, nem favorável.

Kouzes e Posner (1991, p.150) deixam claro que:

Ha outra coisa que você pode fazer para criar um clima de confiança: seja aberto a respeito dos seus próprios erros e vulnerabilidades. Os líderes relutam em admitir erros por medo de perderem seu poder de influenciar. A admissão é vista como sinal de fraqueza. Porém a experiência mostra que deixar os outros saberem que você é humano é uma das melhores maneiras de aumentar a credibilidade.

As pessoas tendem a desconfiar daqueles que afirmam ser infalíveis. Ou

autor não sugere que revelamos todas as nossas falhas aos nossos constituintes,

mais sim recomenda fortemente que admitimos nossos erros e façamos com que os

outros saibam que somos acessíveis. Os líderes sempre acham que vale a pena

assumir o risco. Semear a confiança nas pessoas cria campos de colaboração

necessários à realização de coisas extraordinárias nas organizações.

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CAPÍTULO VI

ESPIRITUALIDADE

O papel do Secretário Executivo é de grande importância nas organizações e

tem contribuído muito para o sucesso empresarial, a profissão vem crescendo a

cada ano. O comprometimento, comportamento ético, boa inter-relação pessoal,

aliadas a uma incrível competência para realizar suas atividades, é de grande

importância ao próprio desenvolvimento das organizações e suporte básico para o

sucesso de inúmeras atividades e ações, isso, sem perder o humor, e gerenciar com

sucesso imprevistos que lhe surgirem, a espiritualidade dentro da organização é

uma vertente da psicologia positiva e do comportamento organizacional positivo; em

organizações espiritualmente ricas, os indivíduos colocam as “energias” e forças ao

serviço da organização e do auto-desenvolvimento.

Para isto, não bastam mais simples rudimentos. É preciso uma preparação,

ao mesmo tempo árdua e carinhosa, capaz de valorizar ainda mais o seu papel.

6.1 ÉTICA DENTRO DA PROFISSÃO

Segundo SÁ (1927, p. 16), são muitas as questões que irão exigir do

profissional Secretário Executivo, a distinção entre o bem e o mal. O estudo

doutrinário a respeito do motivo que leva a produzir a conduta é um específico

intelectual; buscar conhecer o que promove a satisfação, prazer ou felicidade é,

nessa forma de entender a questão, mais que analisar o bem como uma coisa

isolada ou ideal, simplesmente.

Para SÁ (1927, p. 17), não é, pois a coisa em si, mas como se pode

consegui-la, quais os caminhos que à mesma conduzem que se torna o embrião do

que se busca conhecer como verdadeiro, ou, pelo menos lógico. O bem passa a ser

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uma decorrência do móvel da conduta, ou ainda, o que se consegue através de

seguir-se tal ou qual direção.

A ética teoriza sobre as condutas, estudando as concepções que dão suporte

à moral. Ética, portanto, é a ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a

conduta humana. Como afirma SÁ (1927, p.16): “o que a ética estuda, pois é a ação

que, comandada pelo cérebro, é observável e variável, representando a conduta

humana”.

A ética perpassa todos os campos da sociedade; a família é considerada o

ponto de partida e sobrevivência de uma sociedade eticamente alicerçada, é onde

iniciamos a aprendizagem emocional, como nos sentir em relação a nós mesmos e

como os outros irão reagir a nossos sentimentos, aprendemos como interpretar e

manifestar nossas expectativas e temores. É no seio familiar que o indivíduo tem

seus primeiros e mais importantes contatos com os valores morais que vão norteá-lo

para toda a vida. GOLEMAN (1995, p.204).

A educação é considerada a mola propulsora da ética na sociedade, porque

trabalha diretamente com a matéria- prima de valor estimável: a informação. O ato

de educar são valores humanos, como afirma SÁ (1998, p. 101).

Quando deduzimos que a ética é a ciência da moral, como afirma Vasquez,

citado por Passos (2004, p. 23): “a ética é a ciência que estuda o comportamento

moral dos homens na sociedade”

Os pensadores da época entenderam por Ética a ação virtuosa, desde que

esta resultasse do consenso de todos, ou seja, fosse aceita como tal.

A ética, como um estudo visando apresentar o que se deve buscar para que

se sinta e se pratique o bem, hoje acolhida de forma relevante, também foi a forma

de entender do pensamento da Idade Clássica, inclusive como veículo para o prazer

ou felicidade, mas, no decorrer do tempo, arrefeceu-se na Idade Média,para, depois,

tomar nova força quando do Renascimento. SÁ (1927, p. 18).

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6. 2 ESPIRITUALIDADE: CONDUTA NA PROFISSÃO DE SECRETÁRIO

Thomas Hobbes emitiu suas opiniões filosóficas com convicção suficiente

para que se pudesse avaliar sua forma de entender a conduta: ”O medo da

opressão predispõe os homens para antecipar-se, procurando ajuda na associação,

pois não há outrora maneira de assegurar a vida e a liberdade” (THOMAS

HOBBES,1679, apud SÁ, 2010, p. 205)

Todavia, não aceita ele apenas a união como um fator que conduz a proteção

e conservação da existência, mas, sobretudo, dentro dela, o respeito que entre si

devem guardar os seres, tutelados por um Poder que torne possível tal condição.

Escreveu, sobre a questão, o seguinte: “os homens não tiram prazer algum da

companhia uns dos outros ( e sim, pelo contrário, enorme desprazer), quando não

existe um poder capaz de manter a todos em respeito”.

Para SÁ (1927, p. 96) se uma pessoa mantém sigilo sobre o que outra a ela

revelou, segue tal conduta quase por um intuito natural de vontade, mas, se não o

faz, recebe, intimamente, repreensões de sua consciência, sentindo certo peso que

não pode explicar, mas que pode perceber, além da condenação de quem foi

prejudicado e de terceiros que possam observar nesse ato uma qualificação para

quem o pratica.

Sá (1927, p.97) destaca que:

A ética, como conduta, é transcendental, quase intuitiva, a partir das bases educacionais comuns, mas aperfeiçoa-se, quanto à complexidade dos deveres, pelos códigos, pelas leis, pelo consenso nas comunidades, aceitos e criados especialmente para tal fim.

O que parece existir em nós como algo natural, pela força dos costumes,

pode consubstanciar-se, e, quase sempre isto ocorre, em regulamentos e leis, como

ações de ordem impositiva. Sá (1927, p. 97).

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O Secretário Executivo, por ter seu código de ética profissional,

regulamentado em 7 de julho de 1989, Lei nº 7.377 pelo então presidente Sarney;

também, tem sua responsabilidade em guardar sigilo e reforçar a necessidade

primordial de um comportamento ético por parte dos profissionais de Secretario

Executivo.

Passos (2004, p.23), esclarece que, para alguns autores, a moral, enquanto

norma de conduta refere-se às situações particulares e quotidianas, não chegando à

superação desse nível.

Dentro da profissão de Secretário Executivo, se adotar uma conduta sadia do

ser, consigo mesmo e com nosso ambiente, nos habilita ao sucesso.

Segundo Sá (1927, p. 139), entre os muitos estudiosos da questão, Alexis

Carrel conseguiu sintetizar sobre as relações ambientais, seus pontos de vista, em

princípios aptos para a felicidade, todos de índole ética.

6.3 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DENTRO DA ESPIRITUALIDADE

A Inteligência Emocional é também uma competência indispensável, desde

que há, proveito na competência social e emocional em seu comportamento dentro e

fora da organização e em sua capacidade de aprender a controlar as emoções.

Goleman (1995, p. 298).

O autor cita algumas características de Inteligência Emocional:

• Autoconsciência Emocional

a) Melhora no relacionamento e designação das próprias emoções

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b) Maior capacidade de entender as causas dos sentimentos

c) Diferenciar sentimentos e atos

• Controle de Emoções

a) Melhor tolerância à frustração e controle de raiva

b) Maior capacidade de expressar adequadamente a raiva, sem brigar

c) Menos comportamento agressivo ou autodestrutivo

• Canalizar Produtivamente as Emoções

a) Maior comunicabilidade

b) Maior capacidade de se concentrar na tarefa imediata e prestar atenção

c) Menor impulsividade; mais autocontrole.

• Empatia: Ler Emoções

a) Maior capacidade de adotar a perspectiva do outro

b) Melhor empatia e sensibilidade em relação aos sentimentos dos outros

c) Melhor no ouvir os outros

• Lidar com Relacionamentos

a) Maior capacidade de analisar e compreender relacionamentos

b) Melhor na solução de conflitos e negociação de desacordos

c) Melhor na solução de problemas em relacionamentos

Segundo Goleman (1995,p. 299), não apenas os secretários com problemas,

mas todos os secretários podem lucrar com essas aptidões; são uma vacinação

para toda a vida.

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As ações desencadeadas pela mente emocional carregam uma forte

sensação de certeza, que é um subproduto de um tipo de comportamento bastante

simplificado, de encarar determinadas coisas que, para a mente racional, são

intrigantes. “Quando a poeira assenta, ou mesmo durante a reação, ao pensarmos:”

por que fiz isso?”– este é o sinal de que a mente racional percebeu o que aconteceu,

mas não com a agilidade da mente emocional. A mente emocional é capaz de captar

rapidamente uma emoção (ele está furioso comigo: ele está mentindo; isso está

fazendo ele ficar triste) e, assim, de forma fulminante, dizer do que nos acautelar,

em quem confiar, quem está com problemas ela é o nosso radar para o perigo; se

nós (ou nossos ancestrais) fôssemos aguardar que a mente racional tomasse uma

decisão, é possível não só que houvéssemos cometidos erros – também teríamos

desaparecido como espécie. Por outro lado, esse modo de percepção tem suas

desvantagens – as impressões e julgamentos intuitivos, feitos num estalar de

dedos,podem ser equivocados e dirigidos ao alvo errado.

Para Sá (2010, p. 117), a emoção é um sentimento que advém de estado

biológico e psicológico e que pode motivar o primeiro impulso para a ação.

Em seu sentido mais literal, o Oxford English Dictionary define emoção como

“qualquer agitação ou perturbação da mente, sentimento, paixão; qualquer estado

mental veemente ou excitado”. Há centenas de emoções, juntamente com suas

combinações, variações, mutações e matizes. Na verdade, existem mais sutilezas

de emoções do que as palavras que temos para defini-las. Goleman (1995, p. 303).

Inteligência Emocional é, também, uma competência indispensável ao

secretário executivo. Hoje, além de lidar com o seu superior direto, arquivos,

papeladas e agendas, o secretário precisa ter capacidade para tomar decisões

administrar, ter conhecimentos técnicos específicos e conhecimentos de funções

gerenciais, trabalhar com a cultura organizacional. Portanto, com tudo isso, é exigido

do secretário executivo autoconhecimento, motivação, empatia habilidade social e

controle das emoções.

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De acordo com Goleman, (1999, p. 338) “Salovey e Mayer definiram a

inteligência emocional em termos de serem capazes de monitorar e regular os

sentimentos próprios e os de outras pessoas, e de utilizarem os sentimentos para

guiar o pensamento e a ação”.

De acordo com Santos (2000, p. 99), a Inteligência Emocional permite o

controle reflexivo das emoções para promover o crescimento emocional e

intelectual. A pessoa com Inteligência Emocional desenvolvida se mantém aberta a

seus sentimentos, agradáveis ou desagradáveis, podendo se envolver com eles

através da reflexão ou se distanciar deles, quando necessário, desviando a atenção

para outros objetos de pensamento.

Para Weisinger (1997, P. 193), as emoções desempenham um papel

importante no local de trabalho, com tudo devemos usá-la de maneira inteligente – o

que vem a ser, simplesmente, aquilo que definimos por Inteligência Emocional: fazer

com que as emoções trabalhem em nosso benefício, usando-as para orientar nosso

comportamento e raciocínio, de maneira a obter melhores resultados. “A boa notícia

é que a Inteligência Emocional pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada – não se

trata de uma característica impossível de adquirir.” Goleman (1995, p. 56).

Segundo Goleman (1995, p.56), a empatia é o ato de colocar-se no lugar do

outro, querer saber o que outra pessoa sente, sem precisar ter que nos dizer. Pois,

mesmo que as pessoas não digam o que sentem, podemos interpretar através de

suas expressões, sejam elas por gestos e por muitos sinais não verbais. Dentro da

espiritualidade profissional, a pessoa otimista consegue vê determinadas situações

não muito agradáveis dentro da organização como, por exemplo, injustiças, como

algo passageiro. Ser otimista tem muito a ver com o sucesso profissional e pessoal.

A inteligência emocional, de acordo com Goleman (1995, p.58), pode ser aprendida.

Se o profissional é um pessimista, não precisa continuar assim, porque poderá

aprender a pensar de forma otimista, melhorando a sua qualidade de vida.

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CAPÍTULO VII

O SECRETÁRIO COMO LÍDER

A área de secretariado esta conhecendo um novo profissional, o secretário

líder, que é capaz de tomar decisões, de exercer liderança na organização, de

planejar ações para alcance dos objetivos, de controlar e organizar seu ambiente de

trabalho. Este profissional não trabalha somente para o executivo, pois na qualidade

de líder, ele passa a trabalhar também para a organização.

É preciso que um Líder adote a perspectiva de conhecer, ouvir e prestar

atenção à opinião e à experiência dos outros; é necessário ampliar os horizontes

mentais participando, lendo e conversando não só assuntos diretamente

relacionados ao trabalho, mas também outros temas que despertam a curiosidade

do indivíduo. Motta (2000, p.207) conclui que é preciso, ainda, saber avaliar a

própria experiência, para retirar dela ensinamentos tão ou mais preciosos do que os

aprendidos nos textos e na experiência alheia.

As organizações estão mudando constantemente, isso é devido às novas

exigências impostas por elas. Os secretários executivos devem desempenhar essas

funções que antes não eram atribuídas a eles. Neste contexto o profissional de

Secretariado Executivo pode ser considerado como um líder? Por quê?

7.1 - A FUNÇÃO DELIDERANÇA PARA O SECRETÁRIO EXECUTIVO

A profissão do Secretário requer noções de liderança. Muitos deles são

responsáveis por mensageiros, copeiros, assistentes, auxiliadores entre outros. Para

liderar com sucesso, até mesmo em pequenos grupos, é necessário saber o que

significa liderança. Não devemos jamais confundir liderança com autoritarismo, Todo

ser humano tem capacidade de liderar, mais o que diferencia um bom líder dos

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demais é a sua capacidade saber convencer os indecisos e inspirar seus

seguidores.

Ching (2006, p. 88) ressalta que:

Um bom líder age de acordo com as necessidades de cada público e tem de fazer as coisas acontecerem de maneira rápida eficiente, ou seja, transformando em ato tudo aquilo que ele se propõe. Grandes líderes devem encontrar o equilíbrio entre comandar e deixar que outros tomem decisões.

Concluímos que para isso devemos nos preocupar em criar grupos de

profissionais leais garantindo a confiança e interagindo também com profissionais de

outras áreas.

As funções de um secretário não se resumem no perfeito desempenho e suas

tarefas. Sua posição proporciona-lhe certa liderança, e ela deverá atrair mediante

esforço de participação, simpatia e cordialidade, a cooperação espontânea do grupo.

Em algumas organizações, o secretário exerce funções em que tem obrigação de

controlar certos comportamentos relacionados com as tarefas atribuídas a

funcionários que estão sob sua responsabilidade.

“Ordens diretivas, pedidos, procedimentos funcionam como mensagens de mando

de controle onde visam coagir a liberdade do subordinado de exercitar seu próprio

julgamento a respeito dos parâmetros desua tarefa especificado por essas

mensagens” (Lee Thayer 1979, apud Medeiros e Hernandes, 1995, p. 94). Qualquer

instrução que se transmite aos subordinados deve ser compreensível para o

subordinado. Só será valida se for possível executar aquilo que a instrução termina.

Um funcionário aceitará uma comunicação como autorizada apenas quando

entender a comunicação, acreditar que não é incoerente com as metas da

organização, considerar que é compatível com seu interesse pessoal, for capaz de

agir de acordo com ela.

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Qualquer ordem, determinada por quem quer que seja, deve descrever

apenas as ações mínimas indispensáveis. Daí evitarem-se justificativas

desnecessárias. Para obter sucesso ao apresentar alguma ordem, é preciso

especificar o começo e o fim das ações que devem ser empreendidas. Jamais

deverá haver dúvidas sobre o que fazer quem deve fazer e a que circunstâncias e

comportamento ela se aplica. Para Medeiros e Hernandes (1995, p.95) “o excesso

de obsequiosidade nem sempre é o melhor meio de dar ordens”. Quando em uma

circunstância você tiver de transmitir alguma orientação ou ordem, lembre-se de que

é necessário conhecer completamente o trabalho que deve ser executado, deve-se

confiar o trabalho ao funcionário certo na hora mais adequada possível, a ordem

deve ser clara. Certifique-se de que as ordens foram atendidas e, quando

necessário, faça demonstrações sobre como devem ser realizadas as tarefas. Evite

o excesso de ordens, de atitudes presunçosas, de quem manda pelo gosto de

mandar. E lembre-se: o prazo pra que o trabalho seja feito deve ser determinado

com equilíbrio, com justiça.

7. 2 PRIMEIROS DESAFIOS PROFISSIONAIS A ENFRENTAR A NOVA LÍDER

A profissão de secretária requer noções de liderança. Muitas secretárias são

responsáveis por mensageiros, copeiros, assistentes, auxiliares, entre outros. Para

liderar com sucesso, até mesmo em pequeno grupo, é necessário saber o que

significa liderança. É o que menciona Ching (2006, p.117).

A

autora diz ainda que não devemos jamais confundir liderança com autoritarismo.

Todo ser humano é capaz de liderar, mas o que difere um bom líder dos demais é a

capacidade de saber convencer os indecisos e inspirar os seguidores. Um bom líder

age de acordo com as necessidades de cada público e tem de fazer as coisas

acontecerem de maneira rápida e eficiente, transformando em ato tudo aquilo a que

se propõe.

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Com isso entende-se que grandes líderes devem encontrar o equilíbrio entre

comandar e deixar que os outros também tomem decisões. Para isso, devem ter a

preocupação de criar grupos profissionais leais, garantindo de tal forma a confiança.

Ribeiro (1988, p.80), acredita que no sentido profissional, pode-se dizer que a

secretária é a cópia do chefe. Ele diz isso, deixando bem claro que não pretende

despersonalizar o profissional de secretariado ao fazer essa afirmação. Ao contrário

a secretária deve ter uma personalidade forte e bem estruturada para se fazer

competente.

O autor diz ainda que o chefe para executar o seu trabalho de liderança, precisa

tarefas contribuídas, que são supervisionadas pela secretária, a qual assume, por

sua vez, competências que lhe são próprias, racionalizando, assim o trabalho de

toda a organização.

Para Heller (2000, p.20), o modo de como você lidera é determinado para o sucesso

de sua equipe. Mais do que controlar ou fiscalizar, o verdadeiro líder tem o desafio

de inspirar pessoas e implementar projetos.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Ching (2006, p.118) afirma que um

verdadeiro líder deve ter conhecimento de que sempre estará cercado por três tipos

de pessoas:

a) Aquelas que realmente darão suporte ao seu sucesso;

b) Aquelas que estarão a seu favor, mas permanecerão como meras

espectadoras;

c) Aquelas que querem vê-lo falhar, para se beneficiar da sua queda.

De acordo com que foi mencionado pela autora, entende-se que o profissional de

secretariado executivo já enfrenta vários desafios para assumir esse novo papel, e,

além disso, ele tem que está atento e saber detectar cada uma dessas pessoas para

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não correr o risco de cair em armadilhas.

Tem que aprender ainda a usar os inimigos e a desconfiar dos amigos. Para

isso, esse profissional tem que saber identificar o ponto fraco de cada um, quando

descobri-lo, trabalhá-lo, separadamente e, assim conseguirá tirar proveito de cada

indivíduo.

Ching (2006, p.120) acredita que, a chave da liderança requer capacidade de

julgar quem é mais capaz de favorecer seus interesses, toda via, como todos

possuem um lado defensivo, é sensato não revelar a intenção dos seus atos, pois,

assim não poderão se preparar para defesa.

A autora ressalta ainda, que vale lembrar que não é somente você que está

analisando a personalidade daqueles ao seu redor. Eles também estão a

analisando, diga sempre menos do que o necessário. Agindo assim, será mais difícil

demonstrar o lado obscuro de sua personalidade.

Heller (2000, p.20) crer que conduzir um grupo de pessoas é um desafio

estimulante. Por isso, aprenda a conhecer quem trabalha com você. Crie um

ambiente agradável para todos e estabeleça objetivos capazes de estimular seus

colaboradores.

Segundo Matos (1988, p.81) a função da secretária pressupõe capacidade de

liderança, uma vez que esse profissional deve ter desembaraço, iniciativa, influência

psicológica sobre o grupo, além de bom relacionamento, condições imprescindíveis

para que o desempenho organizacional seja eficiente, tanto no que se refere ao

trabalho do chefe, quanto aos colegas.

“Pessoas que atingem certo cargo dentro da empresa, mesmo que não

queiram, acabam chamando a atenção por sua atuação e, com isso, atraem espírito

de inveja”. CHING (2006, p.12).

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E é exatamente isso que acontece em muitas organizações. O profissional de

secretariado executivo vem crescendo muito profissionalmente e moralmente, hoje

esse profissional não se priva apenas em atender telefones, anotar recado e servir

cafezinhos, pelo contrário, com sua eficiência e conhecimento, ele vem ganhando

seu destaque na empresa e conquistando assim seu merecido espaço. Por esse

motivo existem pessoas que se incomodam com o seu sucesso e acabam querendo

prejudicá-lo.

Segundo Ching (2006 p.123) a inveja e o ciúme, nos dias de hoje, podem não

matar, mas ferem a alma e nos deixam, mesmo por pouco tempo, incapacitados.

Para lhe dar com esse mal, devemos está preparados e conhecer nossos inimigos.

Não devemos subestimar ninguém e, por mais que a pessoa possa parecer

confiável, não devemos confiar plenamente em ninguém.

A autora cita abaixo algumas formas para saber identificar os invejosos em

potencial:

a) Geralmente são pessoas amargas no trabalho;

b) Suas careiras são colocadas em segundo plano;

c) Há uma grande queda na produtividade;

d) São isentas de boas idéias;

e) São pessoas angustiadas e ansiosas;

f) São imaturas e inseguras;

g) Ficam o tempo todo rasgando elogios a todo mundo.

Outro desafio bem comum que envolve o profissional de secretariado

executivo é o de se adaptar com a mudança, afinal, ele passou de um mero

atendente de telefone, para um líder, onde seu gestor deposita sua confiança para

ele responder por questões que antes nem passavam por suas mãos. Em geral, nos

sentimos ameaçados com as mudanças, contudo, devemos ser flexíveis, e

entendermos que isso tudo é um sinal de força e não de fraqueza.

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Guimarães (1999, p.297) acredita que, o aperfeiçoamento profissional, hoje

em dia, ainda está voltado para o treinamento inicial da secretária em suas tarefas

básicas, mas as tendências indicam que um treinamento mais abrangente deve ser

capaz de transformar uma secretária executiva em uma assistente de diretoria.

O autor observa ainda que o convívio em uma sala ao lado do poder, dentro

de uma grande organização, faz com que a secretária seja exposta a um nível de

informação que outros escalões da estrutura talvez não disponham de imediato, ou

que nunca venham a obtê-lo. Com isso além de melhores salários o secretário

executivo, tem um novo desafio, cobrar dele mesmo, mais autonomia e desenvoltura

ao lidar com os negócios da empresa.

É claro que isso é muito gratificante para esse profissional, mas é

imprescindível está sempre se reciclando, buscando novos conhecimentos, novos

aprendizados, esse é um dos primeiros desafios que o secretário executivo tem a

enfrentar para mostrar ao seu gestor que tem realmente capacidade de administrar a

empresa ao seu lado.

Segundo Guimarães (1999, p.331), o novo conceito de valorização

profissional ensina que somos nós, e não a empresa, os profissionais de nossas

carreiras.

Connor (2008, p.166) afirma que liderança não é título, nem concessão. A liderança

é conquistada. Líderes eficazes estão mais preocupados com o sucesso da

organização do que com a própria notoriedade ou fama. O autor acredita que um

dos principais desafios de um bom profissional é o de liderar.

A seguir Connor (2008, p.152) cita cinco conseqüências que uma má liderança

venha causar:

a) Uma falta de direção comunicada contribui para baixos desempenhos e

produtividade do funcionário;

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b) A falta de direção clara aumenta a probabilidade de desperdício de

recursos corporativos;

c) A falta de direção focada acrescenta um elemento negativo à cultura

corporativa, principalmente a síndrome do “aqui vamos nós outra vez”;

d) A falta de direção firme acrescenta uma grande dose de incerteza às

atitudes de funcionários, cuja função principal é conduzir a organização

para onde está determinada;

e) A falta de direção confiante é um sinal para funcionários, para o mercado

e seus concorrentes de que você está vulnerável e incerto quanto aos

seus objetivos e estratégias.

O profissional de secretariado executivo tem inúmeros desafios pela frente,

mas é de suma importância que ele perceba que para se ter um bom desempenho

dentro da organização, é necessário que ele possua alguns atributos como, por

exemplo: Ser ousado, ter visão clara, muita flexibilidade, rápido tempo de resposta e

coragem.

Segundo Medeiros e Hernandes (1999, p.221) a função da secretária exige

ainda muita discrição. O executivo espera desempenho satisfatório, por isso é

necessário que esse profissional tenha rigoroso controle de qualidade de todo seu

trabalho.

Mattos (1988, p.81), segue o raciocínio do autor dizendo que saber assumir e

distribuir racionalmente as outras, de modo a facilitar o fluxo de trabalho, é a

manifestação de discernimento e verdadeira liderança.

O que se conclui é que o bom profissional, o profissional de secretariado

executivo competente tem que está disposto a resolver qualquer situação, se foi

solicitado para tal função, é por que é capaz, portanto, os desafios a enfrentar são

apenas consequências do que ele mesmo buscou. Esse profissional demorou muito

para assumir esse papel de líder, e, com eficácia, competência e perseverança ele

será capaz de enfrentar qualquer obstáculo.

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CAPÍTULO VIII

CONCLUSÃO

Diante de tudo que foi abordado neste trabalho acadêmico, pode-se concluir

que o mercado de trabalho necessita, urgentemente, de líderes verdadeiros, com

pulso firme, experiência profissional como gestor, assistente e até mesmo como

empreendedor.

As organizações buscam ainda o conhecimento desses profissionais e a

aptidão para exercerem a função de secretário, que não se baseia somente em

atender telefone e anotar recados, muito pelo ao contrário, esse profissional estar

em um patamar muito elevado, onde ele se torna o braço direito de seu executivo,

assumindo assim obrigações que lhe são atribuídas, e até mesmo responsabilidades

de delegar tarefas a seus subordinados.

O profissional de secretariado executivo supre as exigências do mercado de

trabalho, sua formação é compatível e suficiente para um bom desenvolvimento

dentro das organizações.

À medida que esse profissional desenvolva as qualidades de liderança, deve-

se perceber que existe um intenso investimento no futuro.

Algumas pessoas já nascem com essa característica de liderança, não são

todas, outras, porém precisam ser desenvolvidas, lapidadas e instruídas a ampliar

seu potencial e conhecimento para assim poder consolidar seus objetivos dentro das

organizações.

O trabalho mostra ainda que uma boa liderança faz com que as empresas

tenham sucesso no mercado de trabalho, quando o líder tem a capacidade de

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delegar e instruir seus seguidores com eficiência, a empresa se torna bem sucedida.

A principal função do secretário executivo é fazer exatamente isso, delegar

tarefas a seus subordinados, e instruí-los a fazer de forma apropriada o que lhe foi

passado, com isso esse profissional assume ainda a responsabilidade de fiscalizar

ou mesmo controlar o que lhe foi pedido.

O bom profissional de secretariado executivo deve desenvolver integralmente

seu potencial. À medida que fizer isso tem como objetivo fazer com que os outros

desenvolvam o potencial deles também. Com isso o secretário executivo mostra

tudo o que pode ser, e ajuda os outros a serem tudo o que podem ser. Uma troca

justa, já que esse profissional tem que ter o conhecimento de como é importante

entender o comportamento do ser humano que trabalha ao seu lado.

Ser humilde, atencioso e não diferenciar o atendimento entre uma pessoa e

outra, pelo cargo, é imprescindível para o sucesso do secretário executivo dentro

das organizações.

De acordo com toda essa mudança, o que se percebe é que o secretário

executivo desempenha a função de líder, com o qual este trabalho visa compreender

o papel deste profissional no ambiente organizacional.

Podemos dizer ainda que a forma de liderar depende também das diversas

variáveis do ambiente interno e externo da organização. E, além disso, a forma de

liderar está ligada a diversos fatores (cultura, estratégia da organização e o

relacionamento com os liderados).

Em resumo, o segredo de um verdadeiro líder, de ter habilidades para

desempenhar todos os papéis direcionados a ele, é a confiança e a integridade de

lidar com diversos tipos de situação, procurando sempre resolve-los da melhor

maneira possível.

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O que concluímos nesse trabalho acadêmico é que o valor e a importância do

secretário executivo vêm mudando constantemente, e para melhor, com isso cabe a

esse profissional se especializar, adquirir mais conhecimento e compreender a real

importância que ele tem dentro da organização, afinal ele não é mais um mero

espectador, e sim parte do sucesso da empresa.

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Joyce Silva dos Santos

O SECRETARIADO EXECUTIVO E SUA ATUAÇÃO COMO LÍDER.

Relatório final, apresentado a AVM Faculdade Integrada como parte das exigências para a obtenção do título de Pós em Gestão Empresarial.

Rio de Janeiro, 08 de Agosto de 2015.

PROFESSOR ORIENTADOR

________________________________________ Prof. MARIO LUIZ