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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA SALA LIMPA: INSTALAÇÕES, OPERAÇÃO E CONTROLE APLICADOS A PRODUÇÃO Por: Verônica Aparecida Meneghiti Suet Prado da Silva Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2012 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · NBR ISO 14644-1(2005); ABNT NBR ISO 14644-4(2004); ABNT NBR ISO 14644-5(2006); Torreira, Raul Peragallo; Revista SBCC. 7 SUMÁRIO

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SALA LIMPA: INSTALAÇÕES, OPERAÇÃO E CONTROLE

APLICADOS A PRODUÇÃO

Por: Verônica Aparecida Meneghiti Suet Prado da Silva

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SALA LIMPA: INSTALAÇÕES, OPERAÇÃO E CONTROLE

APLICADOS A PRODUÇÃO

Monografia apresentada à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para a obtenção do

grau de especialista em Administração da

Qualidade.

Por: Verônica Aparecida M. S. Prado da Silva

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3

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela força espiritual na

elaboração deste trabalho.

Aos meus pais e marido, pela

compreensão, apoio e, acima de tudo,

o carinho e dedicação ao longo dessa

caminhada.

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DEDICATÓRIA

A Deus, aos meus pais e meu marido

companheiros de todos os momentos.

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RESUMO

Salas limpas são ambientes controlados em termos de contaminação.

Tal controle é muito importante na manufatura de produtos estéreis. As

exigências relativas ao projeto e construção, a escolha dos materiais corretos

para fundação, pisos, paredes e forros devem ser feitos por profissionais com

vasto conhecimento e que dominem as tecnologias necessárias para a

construção e manutenção destas instalações. O monitoramento das salas

limpas faz parte da rotina de várias indústrias tendo como objetivo o controle

rigoroso da carga microbiana e das condições físico-químicas (temperatura,

umidade e pressão). Os procedimentos de limpeza e sanitização são

fundamentais, pois estas atividades contribuem diminuindo o risco de

contaminação.

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6

METODOLOGIA

Para elaboração do presente trabalho, foi empregado o método de

pesquisa bibliográfica em livros, revistas científicas, normas técnicas,

legislação específica e sites relacionados ao tema. As principais bibliografias

citadas no desenvolvimento deste trabalho foram: RDC 17- ANVISA; ABNT

NBR ISO 14644-1(2005); ABNT NBR ISO 14644-4(2004); ABNT NBR ISO

14644-5(2006); Torreira, Raul Peragallo; Revista SBCC.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Salas Limpas – Conceitos preliminares 09

CAPÍTULO II - Projeto e Construção 22

CAPÍTULO III – Operação e Controle 35

CONCLUSÃO 49

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50

ÍNDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO 56

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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento deste trabalho tem por objetivo apresentar os pontos

relevantes do projeto, construção, operação e controle de salas limpas. Visto

que estes ambientes estão submetidos a rigorosas exigências de órgãos

reguladores competentes.

A escolha do tema foi motivada pelo interesse no assunto sala limpa e

pela experiência em indústria da área de manufatura de produto estéreis.

Está trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo,

definiremos alguns conceitos importantes relacionados às salas limpas,

facilitando a compreensão do tema abordado.

O segundo capítulo é dedicado a aspectos importantes do projeto e

construção.

No terceiro capítulo trataremos os conceitos fundamentais para a

operação e controle das salas limpas.

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CAPÍTULO I

SALAS LIMPAS – CONCEITOS PRELIMIRARES

Neste primeiro capítulo são apresentados alguns conceitos importantes

comumente utilizados em ambientes relacionados às salas limpas, no intuito

de aprimorar os conhecimentos sobre as mesmas.

1.1– Definições

1.1.1- Salas limpas

Segundo a ABNT 14644-1(2005, p.1), sala limpa é:

Sala na qual a concentração de partículas em suspensão no ar é controlada; é construída e utilizada de maneira a minimizar introdução, geração e retenção de partículas dentro da zona, na qual outros parâmetros relevantes, como, por exemplo, temperatura, umidade e pressão, são controlados conforme necessário.

Conforme Torreira (1991, p.112) sala limpa é: “uma sala na qual a

concentração de partículas aerotransportadas é controlada dentro dos limites

específicos”.

Pode-se perceber que cada fonte bibliográfica apresenta uma definição

para sala limpa. Tais definições são semelhantes no que tange o papel de

salas limpas nas indústrias que a utilizam. Estes ambientes proporcionam o

controle de contaminantes presentes nas partículas em suspensão no ar, em

níveis aceitáveis, segundos normas específicas, para o desenvolvimento de

atividades sensíveis a contaminação.

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1.1.2- Zona limpa

Espaço exclusivo no qual a concentração de partículas em suspensão no ar é controlada; é construída e utilizada de maneira a minimizar introdução, geração e retenção de partículas dentro da zona, na qual outros parâmetros relevantes, como, por exemplo, temperatura, umidade e pressão, são controlados conforme necessário. (ABNT 14644-1,2005, p.1)

Nota: A zona limpa pode estar aberta ou fechada e pode estar, ou não,

localizada dentro de uma sala limpa.

1.1.3- Instalação

“Sala limpa incluindo todas as estruturas associadas, sistemas de

tratamento de ar, serviços e utilidades”. (ABNT 14644-1, 2005, p.1).

1.1.4- Como construído

“Condição na qual a instalação está completa, com todos os serviços

interligados e funcionando, mas sem a presença de equipamentos de

produção, material ou pessoal”. (ABNT 14644-1, 2005, p.3).

1.1.5- Em repouso

“Condição na qual a instalação está completa, com equipamentos de

produção instalados e operando, de forma acordada entre cliente e fornecedor,

mas sem a presença de pessoal”. (ABNT 14644-1, 2005, p.3).

1.1.6- Em operação

“Condição na qual a instalação está funcionando nas condições

especificadas, com o número de pessoas presentes conforme o especificado e

trabalhando de forma acordada”. (ABNT 14644-1, 2005, p.3).

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1.1.7- Cliente

“Organização, ou agente deste, responsável por especificar as

exigências para uma sala limpa”. (ABNT 14644-1, 2005, p.4).

1.1.8- Fornecedor

“Organização encarregada de cumprir as exigências especificadas de

uma sala limpa”. (ABNT 14644-1, 2005, p.4)

1.1.9- Fluxo de ar unidirecional

“Fluxo de ar controlado através de toda secção transversal de uma zona

limpa, com velocidade constante e linhas de fluxo aproximadamente paralelas.

(ABNT 14644-4, 2004, p.2).

Nota: Este tipo de fluxo de ar resulta no transporte direto de partículas da zona

limpa para fora.

1.1.10- Fluxo de ar não unidirecional

“Distribuição do ar na qual o ar insuflado na zona limpa mistura-se com

o ar interno por indução”. (ABNT 14644-4, 2004, p.2).

1.1.11- Contaminante

“Qualquer elemento, particulado ou não, molecular e biológico, que

possa afetar adversamente o produto ou processo”. (ABNT 14644-4, 2004,

p.2).

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Limpeza (estado de)

“Condição de um produto, superfície, dispositivo, gás, fluido, etc. com

nível definido de contaminação”. (ABNT 14644-4, 2004, p.2)

1.2- Contaminantes

Os contaminantes presentes nas salas limpas estão associados às

partículas em suspensão no ar e, podem ser de origem externa ou interna.

Os contaminantes introduzidos em uma sala limpa pela movimentação

de pessoas, equipamentos, materiais, por falhas no sistema de vedação das

instalações e por problemas no sistema de ar são ditos de origem externa.

Os contaminantes de origem interna são aqueles devido ao desgaste

das instalações e equipamentos.

Pode-se dizer que o homem é a principal fonte de contaminação para as

salas limpas. O corpo humano libera grande quantidade de partículas devido à

descamação natural do mesmo.

A tabela 1 mostra os elementos contaminantes presentes no ar, seu

aspecto, origem e características.

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Estado Físico

Condição Origem Tamanho de Partículas

Características Materiais

Sólidos Pó Origem: pela erosão do vento, trituração, e dispersão de materiais pulverizados – partículas menores que 100 mícrons.

- Mineral: rochas. Gessos, metais, argilas. - Vegetal: pólen, farinhas, fibras, outros. - Animais: escamas da pele, pelo, lã, outros.

Fumaça Origem: combustão incompleta de substâncias orgânicas – partículas entre 0,01 e 0,3 mícrons. Origem: sublimação e oxidação de metais fundidos – partícula entre 0,1 e 100 mícrons

Tabaco, carvão, lenha e petróleo.

Líquidos Orvalho Origem: atomização de material líquido sob pressão e temperatura.

Orvalho produzido por espirro

Névoas Origem: condensação de vapores

Gotas formadas devido a condensação de vapores

Vapores Origem: substâncias líquidas ou sólidas na sua fase gasosa

Substâncias no seu estado normal

Gases Não possuem formas adaptando-se completa e uniformemente ao recipiente que os contém

Organismos aéreos vivos

• Vírus

• Bactérias • Esporos • Pólen

- Flutuam entre 0,005 a 0,1 mícron - 0,4 a 12 mícrons - 10 a 30 mícrons - 10 a 100 mícrons

-Agrupam-se em colônias ou são aerotransportadas por partículas.

Tabela1: Contaminantes (Extraída de TORREIRA, 1991, p. 17)

1.3- Tamanho de partículas em suspensão

Existe uma infinidade de partículas, para cada partícula que

conseguimos visualizar existe milhões que não podemos ver. As partículas se

movem pelo ar, podem se depositar em superfícies, nas paredes de dutos e

recipientes. São essas partículas que dentro de uma sala limpa podem ou não

transportar os contaminantes. Quando partículas em suspensão estão

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carreando contaminantes, estas são denominadas partículas viáveis, pois em

contato com meio de cultura apropriado, esses contaminantes transportados

se multiplicam. Quando as partículas em suspensão não estão transportando

contaminantes são denominadas partículas não viáveis, pois em meio

adequado não ocorre crescimento de microrganismos. As partículas não

viáveis podem ser qualquer tipo de sujidade, como por exemplo, partículas de

poeiras.

De acordo com Torreira (1991), as partículas aerotransportas

apresentam diferentes tamanhos e características, a saber.

Partículas com diâmetros menores que 0,1 mícron comportam-se como

moléculas de gás, são praticamente imperceptíveis e deslocam-se com

movimento brawniano, permanecendo em suspensão por longos períodos e

com velocidade de deposição não mensurável.

Partículas com diâmetros de 0,1 a 1,0 mícrons possuem velocidade de

deposição calculável, porém as correntes de ar por serem bem mais rápidas,

tendem a neutralizar a deposição dessas partículas.

Partículas na faixa de 1 a 10 mícrons caem com velocidade considerável

e constante, podendo ser mantidas em suspensão pelas correntes de ar, por

longo período de tempo.

Quando falamos de Salas limpas, as partículas na faixa de 0,5 a 10

mícrons são as mais perigosas à saúde devido à facilidade de serem retidas

nos pulmões.

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1.4- Classificação de áreas limpas

São inúmeros os conceitos e terminologias sobre a classificação de

salas limpas quanto a qualidade do ar. Grau A, B, C e D, classe A, B, C e D,

classe 100. 10000 e 100000 ou ISO 5, 7 e 8. Abaixo são apresentadas as

características dos conceitos mais comumente utilizados no Brasil conforme a

revista SBCC nº. 44 (2010)

A classificação de salas limpas em classe 100, 10.000 e 100.000 foi

estabelecida pela U.S Federal Standard 209 e utilizada no Brasil até 1999

quando foi publicada a ISO 14644-1. A FS 209 foi cancelada em 2001,

substituída pela ISO 14644, partes 1 e 2.

A classificação de salas limpas em Grau A, B, C ou D está baseada na

EU GMP. A Organização mundial de Saúde utiliza o mesmo sistema da EU

GMP para classificação das salas limpas em Grau A, B, C ou D.

A RDC 17 da ANVISA (2010) é o Regulamento Técnico das Boas

Práticas para Fabricação de Medicamento vigente no Brasil, classificando as

áreas limpas em grau A, B, C ou D, conforme as características da qualidade

do ar. A classificação do ar para os quatro graus acima é definida conforme a

condição da sala, ou seja, operação ou repouso. O número máximo de

partículas permitido para cada grau de limpeza será apresentado no capítulo 3

que tratará da operação e controle das salas limpas.

A ABNT 14644-1(2005), apresenta 9 classes de limpeza, ISO classe 1 a

ISO classe 9 e não define o grau de ocupação da sala. Diferente RDC 17 e dos

demais guias de GMP publicados pelos órgãos reguladores internacionais,

específicas para indústrias farmacêuticas, a ABNT 14644-1(2005), é aplicável

para salas limpas em geral, em diversas indústrias, farmacêutica, veterinária,

microeletrônica, espacial, etc. Esta norma é uma tradução da ISO 14644-1 de

1999.

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São vários os documentos utilizados para a classificação das salas

limpas e todos são válidos. A classificação da sala limpa dependerá do tipo de

guia GMP adotado pela empresa. Para este trabalho será adotada a

classificação da RDC 17 da ANVISA (2010).

1.5. Tipos de salas limpas

As salas limpas podem ser classificadas pela circulação do ar em salas

limpas convencionais (fluxo de ar não unidirecional) e salas limpas de fluxo de

unidirecional (ou laminar). A escolha da sala a ser utilizada será de acordo com

o tipo de atividade, tendo como parâmetros a classe de limpeza desejada, as

características do processo ou do produto.

1.5.1- Salas limpas com fluxo de ar não unidirecional ou salas

convencionais

Segundo Torreira (1991, p.134) uma sala convencional “é aquela onde é

obtido e mantido um determinado grau de limpeza mediante um controle

adequado de geração de partículas no seu interior”.

Nesse tipo de salas limpas, o fluxo de ar é similar ao usado nas

instalações de ar condicionado tradicional, a diferença é a presença de filtros

HEPA e as trocas de ar modificadas para reduzir os níveis de contaminação

nas salas limpas. A sala recebe uma elevada vazão de ar filtrado por dutos

apropriados através de grelhas difusoras. O retorno do ar ao sistema

condicionador é realizado por saídas distribuídas nas partes inferiores das

paredes com distância apropriada do piso. (TORREIRA, 1991)

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Nas salas limpas com fluxo de ar não unidirecional, não há uniformidade

na distribuição de ar, existindo zonas fluxo de ar turbulento e zonas com pouca

circulação de ar, denominadas zonas mortas. (TORREIRA, 1991)

Em salas convencionais, o mínimo necessário é de 20 trocas de ar por

hora e, essas áreas são limitadas quanto ao seu tamanho. Salas com mais de

250m3 tem problemas de controle ambiental. Distância extensa entre grelhas

de insuflação e exaustão, assim como a circulação de pessoas em grandes

salas potencializam o aumento dos níveis de contaminação. As salas

convencionais possuem pouca ou nenhuma capacidade de autolimpeza, os

contaminantes depositados no piso ou nas superfícies horizontais devem ser

removidos por operações de limpeza, evitando sua reintrodução no ambiente

pelas atividades desenvolvidas na sala e mudanças nas correntes de ar

(TORREIRA 1991).

Conforme Torreira (1991), podemos citar como vantagens das salas

convencionais, a flexibilidade do projeto e várias áreas podem operar sobre o

mesmo sistema de circulação de ar, a simplicidade do layout da linha de

produção, filtros e sistemas de ventilação são mais simples e de fácil

manutenção, as salas são de tamanhos mais flexível, sendo mais fácil uma

possível expansão, a construção e operação são mais econômicas. Como

desvantagens temos: trocas de ar pequenas, de 20 a 35 trocas por hora, a

recuperação a partir de uma condição contaminada é lenta, tem quantidade

limitadas de pessoas na sala e é necessário limpeza frequente devido a baixa

capacidade de autolimpeza.

A figura 1 exemplifica uma sala limpa de fluxo não unidirecional

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Figura 1: Sala limpa convencional (Extraída de TORREIRA, 1991, p. 135)

1.5.2- Salas limpas com fluxo de ar unidirecional ou laminar.

Segundo Torreira (1991), devido à necessidade de instalações com

elevado grau limpeza, as salas limpas convencionais não estavam mais

satisfatórias para realizar as operações requeridas pelas modernas técnicas de

fabricação e montagem de sofisticados micromecanismos e outros processos

críticos, sendo substituídas pelas salas de fluxo unidirecional. Estas novas

salas que surgiram da necessidade de elevado nível de limpeza e melhor

controle da contaminação, sem inibir as atividades no interior da área,

deveriam satisfazer as seguintes condições:

- Possuir um melhor sistema de filtragem de acordo com as condições

econômicas viáveis;

- Ter elevada capacidade de autolimpeza, eliminando a contaminação

vinda do exterior e também a contaminação gerada no interior da sala;

- Possuir fluxo de ar apropriado para retirada de contaminantes para o

exterior da sala limpa;

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“O fluxo unidirecional é produzido quando o ar é introduzido

uniformemente, a baixa velocidade, em um espaço confinado através de uma

abertura igual a área da secção transversal desse espaço”( TORREIRA, 1991,

p.140).

Em salas limpas com fluxo laminar a contaminação cruzada é

praticamente inexistente devido a estratificação do ar. A existência de filtros

absolutos no forro e saídas de exaustão adequadas no piso pode ser a solução

mais adequada para eliminar os contaminantes. Nestas salas o suprimento

médio é de 100 trocas de ar por hora. Pessoas e objetos presentes na área

limpa podem causar perturbações no sistema de fluxo laminar, entretanto não

há interferência na limpeza da mesma. (TORREIRA, 1991)

Existem dois tipos de salas limpas de fluxo unidirecional, a de fluxo

vertical e a de fluxo horizontal.

Nas salas de fluxo vertical, os filtros absolutos são colocados em toda a

extensão do forro, onde o ar movimenta-se verticalmente até as grades de

saída do ar no piso. Esta disposição do fluxo tem a vantagem da gravidade e,

a movimentação vertical do ar proporciona a eliminação de partículas maiores,

sendo um sistema de alta eficiência. Nas salas limpas deste tipo pode ter uma

quantidade maior de pessoas. Como desvantagens desse tipo de sala limpa,

temos as dificuldades de construção, como o fluxo é colocado em toda

superfície do forro, as ampliações da sala tornam-se inviáveis, prejudicando a

flexibilidade das instalações. Devido ao custo elevado de construção e

operação deste tipo de salas, as mesmas só são usadas quando níveis muito

elevados de limpeza são requeridos imposições técnicas. (TORREIRA, 1991)

As salas de fluxo horizontal apresentam os filtros absolutos dispostos

em toda extensão de uma das paredes, com as grelhas de retorno no teto ou

na parede oposta. (TORREIRA, 1991)

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20

As figuras 2 e 3 exemplificam sala limpa de fluxo unidirecional vertical e

horizontal, respectivamente.

Figura 2: Sala limpa de fluxo unidirecional vertical (extraída de TORREIRA,

1991, p. 141)

Figura 3: Sala limpa de fluxo unidirecional horizontal (extraída de TORREIRA,

1991, p. 141)

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As salas de fluxo laminar apresentam as seguintes vantagens, segundo

Torreira (1991): trocas de ar frequentes; a deposição e ressuspensão de

partículas é mínima; rápida recuperação e, a instalação pode ficar sem

funcionar por dias sem prejudicar a limpeza do local, quando reiniciada as

atividades, a mesma precisa está em funcionamento há pelo menos uma hora.

As desvantagens destas salas são: dificuldade de obtenção de fluxo

uniforme de trabalho; falha de um módulo de filtro leva a parada de todo o

sistema; perfis uniformes de velocidade são difíceis de serem obtidos devido a

presença de móveis, equipamentos e pessoas em movimento no ambiente.

1.5.3- Salas limpas com fluxo de ar misto

Nas salas limpas com fluxo de ar misto, há uma combinação do fluxo de

ar unidirecional e o não unidirecional na mesma sala.

1.6. Aplicação das salas limpas

As salas limpas estão presentes em diversos segmentos industriais:

Engenharia de precisão, eletrônica, farmacêutica, alimentos, fotografia,

hospitais, laboratórios de pesquisas biológicas, dispositivos médicos e de

tratamento para saúde.

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CAPÍTULO II

PROJETO E CONSTRUÇÃO

O projeto de uma sala limpa exige um amplo campo de conhecimento

do profissional responsável pelo mesmo, além dos conhecimentos peculiares a

esta construção. Como melhor opção para iniciar o empreendimento, deve-se

realizar uma análise profunda do projeto avaliando todos os riscos para a

correta operação da sala limpa.

2.1 – Anti-Projeto

Antes do início do projeto propriamente dito, é elaborado um anti-

projeto, proporcionando uma análise preliminar da instalação, incluindo a

documentação para o projeto, avaliação dos custos e cronograma,

complicações previsíveis do projeto, vantagens e desvantagens do projeto,

possíveis recomendações, analise da viabilidade de execução do projeto.

Neste anti-projeto são levadas em consideração as informações dos usuários e

demais partes envolvidas (como por exemplo, fornecedores), atendendo os

requisitos dos produtos e processos. (ABNT 14644-4, 2004)

2.2- Projeto

O projeto deve conter todos os requisitos referentes ao produto e

processo e deve ser formalmente aceito pelo usuário e fornecedores conforme

critérios predeterminados, atendendo a regulamentos e boas práticas de

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fabricação, como também apresentar revisões periódicas durante a sua

execução garantindo a conformidade com os requisitos especificados. Todas

as etapas do projeto devem ser devidamente documentadas (ABNT 14644-4,

2004)

Certamente, para ser bem sucedido, a documentação que compõe o projeto básico deve ser clara e bem detalhada, indicando de forma inequívoca os limites de fornecimento de cada interface do projeto bem como a capacidade, eficiência energética e performance esperada de cada componente da instalação, de forma a evitar erros de interpretação e permitir exigir dos fornecedores o atendimento às condições de contratação.(Revista SBCC nº 35, 2008, p.34)

Segundo Torreira (1991, p.145,):

o projeto de salas limpas deverá atender as seguintes exigências: as salas deverão ser de forma retangular ou quadrada, com o mínimo de obstruções tais como colunas ou projeções de paredes que possam interferir com o fluxo de ar.

Deve ser considerado o tamanho das salas e a quantidade de pessoas

por sala, pois para salas acima de 70 m2 e com número maior que 50 pessoas

tornam a manutenção da limpeza mais difícil. (TORREIRA, 1991).

As junções paredes/teto e paredes/piso devem ser arredondadas para

evitar acumulo de poeira nos mesmos. Qualquer elemento construtivo que

possa ser fonte ou acumular poeira deve ser eliminado durante o projeto, como

por exemplo, não podem existir armários de madeira, paredes pintadas com

tintas não apropriadas, saliências e ressaltos nas janelas, suportes para

luminárias expostos. (TORREIRA, 1991).

Não é aconselhável o uso de madeira na estrutura das salas limpas,

pois devido à mudança no teor da umidade, peças de madeira expandem e

contraem resultando em rachaduras nos acabamentos das paredes

favorecendo o acúmulo de poeira. Como elementos estruturais, os escolhidos

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devem ser: paredes de alvenaria, pinos de metal, vigas e colunas de aço.

(TORREIRA, 1991).

Também no projeto é definido o tipo de fluxo de ar a ser utilizado. Este

pode ser fluxo de ar unidirecional, fluxo de ar não unidirecional ou fluxo de ar

misto.

2.2.1- Controle de contaminação e segregação

As zonas limpas são comumente cercadas por zonas de menor grau de

limpeza, por razões econômicas, técnicas e operacionais. Então, atenção

especial deve ser dispensada aos espaços físicos e ao gerenciamento do fluxo

de materiais e pessoas, visto que, o transito de materiais e pessoas em áreas

adjacentes aumentam o risco de contaminação entre as mesmas. (ABNT

14644-4, 2004)

A figura 4 ilustra o conceito de controle da contaminação, onde a zona

limpa é a área de maior controle da sala limpa.

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Figura 4: Conceito de controle de contaminação por zonas concêntricas

(extraída da ABNT 14644-4, 2004, anexo A, p.9)

Produtos estéreis são envasados em zonas limpa com o controle da

contaminação microbiológica e de partículas. Pessoas e materiais para

chegarem à zona crítica do processo, passam por zonas com níveis de limpeza

crescente. Baseando-se na zona em que estão entrando, essas pessoas

podem trocar as vestimentas entre as mesmas. Os materiais também

requerem cuidados para remoção da contaminação microbiológica ou de

partículas em cada zona a qual se destinam. (ABNT 14644-2, 2004)

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2.2.2- Ruídos e vibrações

Durante o projeto deve ser dada a devida atenção à estrutura da

instalação para eliminar a transmissão de ruídos e vibrações através do teto,

forro, paredes, piso e equipamentos para estrutura. Os limites dos mesmos

devem ser especificados atendendo as exigências de determinado processo,

onde são realizados trabalhos de precisão com instrumentos delicados.

(TORREIRA, 1991)

2.3- Construção

A construção de uma sala limpa deve estar em conformidade com o

projeto e suas especificações. Qualquer alteração necessária durante a

construção deve ser devidamente analisada, aprovada e documentada, antes

da execução. (ABNT 14644-4, 2004)

Durante a construção de uma sala limpa, cuidados especiais com a

limpeza devem ser tomados. Onde um plano de limpeza deve ser seguido e

documentado. Todas as fontes potenciais de poeira devem ser frequentemente

limpas. (TORREIRA, 1991)

“As atividades de serramento, aplanaimento, acepilhação, lixação,

dentre outras, devem ser realizadas longe das salas limpas”. (TORREIRA,

1991, p.160).

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2.4- Materiais construtivos

Segundo a ANBT 14644-4(2004), os materiais selecionados para uso na

construção de salas limpas devem está de acordo com os requisitos da

instalação considerando:

- a classe de limpeza.

- efeitos de abrasão e impacto.

- métodos e frequências de limpeza e sanitização.

- ataque e corrosão químicos e/ ou microbiológicos.

Materiais sujeitos a fragmentação ou que gerem partículas só poderão

ser utilizados quando protegidos e revestidos.

Segundo Torreira (1991), as características abaixo devem ser

consideradas na escolha dos materiais de construção para salas limpas:

- Resistência a deterioração por envelhecimento.

- Facilidade de reparos e trocas de peças em casos de danos

- Superfícies sem trincas, fendas, furos e aberturas que levem ao acúmulo de

contaminantes.

- Limpeza com mínimo de esforço.

- Resistente à transmissão de calor.

- Resistente a transmissão de vapor.

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- Propriedades acústicas satisfatórias.

- Resistentes a graxas, gordura e lubrificantes.

2.4.1- Pisos para salas limpas

O piso e seu revestimento estão expostos a grande solicitação devido

ao transito diário de pessoas, carrinhos, matérias-primas e máquinas. Sua

execução deve ser cuidadosa evitando rachaduras, fissuras e imperfeições,

sendo resistente a abrasões e freqüentes processos de sanitização e limpeza.

(Revista SBCC nº 44, 2010)

Os primeiros revestimentos utilizados em plantas farmacêuticas eram os

de base cimentícia que tinham como inconvenientes a grande quantidade de

fissuras e o custo elevado de manutenção. Em 1936 surgiu a resina epóxi e

em 1953 começaram a ser utilizados os primeiros revestimentos a base de

resina epóxi. Com as exigências da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária -

ANVISA, os revestimentos a base de resina se transformaram na melhor

opção custo benefício do mercado. (Revista SBCC nº18, 2005)

O revestimento deve ser aplicado sobre uma superfície livre de

imperfeições, perfeitamente plana, evitando-se a presença de um piso com

irregularidades. (Revista SBCC nº 18, 2005)

As especificações do revestimento serão determinadas pelo tipo de

exigência mecânica e química sobre a área revestida:

- Espessura do revestimento: será determinada pela solicitação mecânica do

piso, ocorrência de impacto, resistência a abrasão devido ao transito de

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materiais e pessoas, e também, pela irregularidade da base que receberá o

revestimento, isto é, quanto mais imperfeições, mais espesso será o

revestimento para eliminar tais imperfeições. (Revista SBCC nº 44, 2010).

- Textura do revestimento: está relacionada com as atividades de limpeza e

sanitização. Revestimentos mais lisos facilitam estas atividades, porém

apresentam-se mais escorregadios. Em salas molhadas, deve ser aplicado um

revestimento não escorregadio, de modo que não prejudique a limpeza e

sanitização da área. (Revista SBCC nº 18, 2005)

- Resistência à abrasão: com a adição de alguns materiais de elevada dureza

na superfície do revestimento como quartzo, esferas de vidro, óxidos ou

materiais cerâmicos, pode-se aumentar a resistência do revestimento.

Característica necessária em salas com intensa movimentação de

equipamentos e materiais. (Revista SBCC nº 18, 2005)

Os revestimentos podem ser do tipo:

- Autonivelante: utilizados em áreas que desejam um piso muito liso e de fácil

limpeza. Este tipo de revestimento tem baixa resistência a impactos e

facilidade em apresentar riscos, devendo passar por manutenção periódica

para manter sua uniformidade. (Revista SBCC nº 44, 2010)

-.Espatulado̸argamassado: revestimento com maior espessura, sendo

executado em duas fases, a argamassa e a pintura de acabamento que sela a

superfície eliminando os poros. Este revestimento é mais resistente a impactos

e abrasão, é de alta durabilidade e fácil manutenção. Porém apresenta textura

menos lisa, alta variabilidade na espessura, baixa planicidade. (Revista SBCC

nº 44, 2010)

- Multicamadas: possui inúmeras possibilidades de acabamento, equilibrando

as características do revestimento autonivelante e do espatulado. Possui alta

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resistência a impactos e abrasões, inúmeras possibilidades de textura e

acabamentos, alta planicidade, baixa variabilidade na espessura, alta

durabilidade e fácil manutenção. Todavia, necessita de um maior período para

sua aplicação. (Revista SBCC nº 44, 2010)

“A utilização de acabamento de piso à base de resinas de alto

desempenho, como as de base epóxi principalmente, se apresenta implantada

na maioria das salas limpas das indústrias farmacêuticas.” (Revista SBCC

nº44, 2008, p.35).

A presença de cantos e rodapés arredondados no piso facilita o processo de

limpeza.

2.4.2- Paredes para salas limpas

Para as paredes de salas limpas, os requisitos referentes aos

revestimentos são fundamentalmente os mesmos dos pisos: superfícies lisas

de fácil limpeza, não porosas e vedadas, cantos arredondados e com mínimas

saliências para facilitar a limpeza e eliminar a retenção de contaminantes,

resistente a abrasão e higienização. (Revista SBCC nº 44, 2010).

As paredes quando em alvenaria necessitam de revestimento com

argamassa para receber a pintura em resina epóxi de base aquosa. (Revista

SBCC nº 44, 2010)

As paredes de gesso acartonado têm o seu uso em expansão nas salas

limpas. Possibilitam rapidez na execução e flexibilidade do layout em casos de

reformas ou mudanças de uso. O custo é equivalente ao da parede de

alvenaria podendo ser até mais barato. O revestimento também é de pintura

epóxi de base aquosa. (Revista SBCC nº 44, 2010).

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As paredes devem ter vedação adequada para evitar a perda de

pressão nas salas limpas.

As divisões das salas limpas, em sua grande parte, têm sido executadas

com painéis divisórios pré-fabricados, fabricados em chapas duplas de aço

pré-pintado ou em aço inoxidável escovado, com núcleo isolante térmico. Estes

painéis possuem superfícies lisas atendendo as normas vigentes. (Revista

SBCC nº 44, 2010)

2.4.3- Portas para salas limpas.

As portas e visores utilizados em salas limpas não devem apresentar

saliências, frestas, facilitando a limpeza e manutenção As portas são

confeccionadas em estrutura tubular de alumínio ou aço pré-pintada

eletrostaticamente, ou em perfis de aço inox. As divisões das salas limpas, em

grande parte são feitas utilizando painéis divisórios pré-fabricados. Esses

painéis são fabricados em chapa dupla de aço pré-pintado ou aço inoxidável

escovado, com núcleo isolante térmico. Deve-se evitar a utilização de portas

corrediças. (Revista SBCC nº 44, 2010)

2.4.4- Forros para salas limpas.

Os revestimentos para os forros necessitam estar em conformidade com

as condições de estanqueidade, continuidade, uniformidade e não liberação de

partículas. (Revista SBCC nº 44, 2010)

É necessário que os forros sejam selados evitando a entrada de ar com

contaminantes oriundos do espaço acima dele. Filtros, caixas de filtragem,

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quadros de fixação e difusores fixados no forro devem ser selados. (ABNT

14644-4, 2004).

As alternativas de forro para sala limpa, segundo a (Revista SBCC nº

44, 2010) são:

- Forro autoportante: forro sobre o qual é permitido caminhar para a

manutenção de luminárias e acesso ao sistema de dutos e controle de ar

condicionado, sem que seja necessário entrar na sala, diminuindo o risco de

contaminação. Construído com mesmo material dos painéis divisórios. O

acabamento entre as juntas das placas é feito com silicone fungicida branco

devendo suportar a dilatação e retração dos painéis.

- Forro leve: não suporta cargas, não é caminhável. Construído da mesma

forma que o forro autoportante.

- Forro de gesso: são utilizadas placas de gesso acartonado na construção do

forro. Seu acabamento é executado com pintura de resina acrílica ou epóxi a

base aquosa.

2.5- Sistema de filtragem do ar

Segundo a ABNT 14644-4(2004), o sistema de filtragem do ar

(elementos filtrantes, estruturas de fixação, caixas, juntas, selantes e sistemas

de fixação) necessita ser selecionado para atendimentos das condições de

limpeza, as condições de uso e os requisitos de ensaio das instalações. Deve-

se usar normas específicas de filtragem para a seleção dos filtros. São

recomendados três estágios básicos de filtragem de ar:

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- pré-filtragem do ar externo para garantir uma qualidade adequada do

suprimento de ar à instalação de tratamento de ar.

- filtragem secundária na instalação de tratamento do ar para proteger os filtros

finais.

- filtragem final antes do insulflamento na sala.

Inúmeros problemas podem surgir caso a filtragem secundária não seja

eficiente antes dos filtros finais de insuflamento na sala. Como exemplos dos

problemas, temos:

- a classe de limpeza desejada pode não ser obtida.

- a elevada frequência de trocas de filtros finais pode se tornar inaceitável.

- pode ocorrer a contaminação do produto por partículas indesejáveis e

microbiológicas.

2.6- Documentação

“Documentos como especificação de engenharia, documentação técnica

de referência, layout, folha de dados de processo, fluxograma de processo,

balanço de materiais e energia são importantes na fase inicial do projeto.”

(Revista SBCC nº 24, 2006, p.36)

Segundo a ABNT 14644-4 (2004), a documentação deve conter todos

os detalhes da instalação concluída e também todos os procedimentos de

operação e manutenção. A documentação deve ser acessível ao pessoal

responsável pela operação e manutenção da instalação. Cada instalação deve

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ter um conjunto claro de instruções operacionais e, o pessoal responsável deve

entender completamente esta documentação.

A empresa deve manter documentação referente ao monitoramento de

desempenho da instalação incluindo neste documento freqüência e descrição

de ensaios e medições, como também planos de ação em casos de não-

conformidades. Visto que o monitoramento de uma instalação é fundamental

para demonstrar uma operação satisfatória. (ABNT 14644-4, 2004)

Em relação à manutenção, procedimentos específicos devem ser

mantidos desde a construção até a operação normal da instalação. Deve ser

mantido registro de cada manutenção realizada na instalação.

Segundo Torreira (1991, p.203): “um programa correto e eficiente de

manutenção preventiva eliminará paradas não programadas, contribuindo

significativamente para uma operação econômica e integral da instalação”.

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CAPÍTULO III

OPERAÇÃO E CONTROLE

O monitoramento das salas limpas nas indústrias farmacêuticas faz

parte da rotina diária e tem como objetivo manter sob controle a carga

microbiana do ambiente como também, os parâmetros de temperatura,

umidade e diferenciais de pressão entre os ambientes.

O monitoramento deve ser frequente e abrangente para detectar

quando as condições especificadas são excedidas. Para tal, ações preventivas

e corretivas devem ser estabelecidas para investigar o impacto na qualidade

do produto com monitoramento fora da especificação.

É importante a manutenção de um sistema que estimule as boas

práticas de fabricação nas salas limpas, visto que as boas práticas terão um

impacto considerável na qualidade de produtos e processos executados nas

salas limpas.

A seguir serão discutidos alguns aspectos importantes para a operação

e controle das salas limpas.

3.1- Vestimentas para salas limpas.

Podemos dizer que as pessoas são a maior fonte de contaminação em

uma sala limpa. Os operadores de sala limpa devem estar vestidos de modo a

minimizar sua contribuição à contaminação.

Segundo a ABNT 14644-5 ( 2006), a vestimenta da sala limpa tem como

função proteger o produto e processo da contaminação gerada pelas pessoas.

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A vestimenta deve ser elaborada com tecidos resistentes ao desgaste evitando

a liberação de partículas, compatível com o tipo de sala limpa e confortável

para quem a utiliza, de modo que não interfira nos movimentos do operador na

execução das suas atividades.

A tabela 2 mostra os fatores básicos para a seleção de vestimentas de

sala limpa.

Tabela 2: fatores básicos para a seleção de vestimentas para salas limpas. (extraída de Revista SBCC nº 38, 2009, p. 40)

Os filamentos sintéticos são os mais recomendados para a confecção

de vestimentas para salas limpas. Estas devem ser arejadas permitindo a

respiração adequada e ter boa mobilidade ao ser vestida (Revista SBCC nº 38,

2009)

As vestimentas devem ser higienizáveis e compatíveis com processo de

esterilização. A modelagem pode ser de acordo com a classificação do ar e

processo produtivo, mas deve encapsular todas as partes do corpo críticas ao

processo devido à emissão de partículas. (Revista SBCC nº 25, 2006).

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3.2- Colaboradores

Em uma sala limpa deve entrar um número mínimo necessário de

pessoas para a realização das atividades, visto que, pessoas são fontes de

contaminação. O controle do pessoal que entra na sala limpa é especialmente

importante durante processos assépticos. Apenas colaboradores treinados

devem trabalhar em salas limpas.

Espera-se dos colaboradores alto padrão de higiene pessoal e de

limpeza. Qualquer problema de saúde que pode aumentar o risco de

contaminação na sala limpa deve ser comunicado ao seu superior. É

aconselhável que sejam realizados exames de saúde periodicamente.

(RDC17- ANVISA, 2010)

Conforme a gravidade do problema pode ser necessária a realocação

do colaborador em atividade fora da sala limpa até que sua condição normal

de saúde se restabeleça. (ABNT 14644-5, 2006).

A conduta do pessoal na sala limpa é de fundamental importância para

minimizar os riscos de contaminação.

Segundo a ABNT 14644-5(2006), as seguintes regras devem ser

seguidas:

- Portas devem ser abertas e fechadas calmamente, não devem ser

deixadas abertas.

- Métodos apropriados de manipulação do produto devem ser criados.

- Materiais não devem ser colocados junto ao corpo, evitando

transferência de contaminação.

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- Os colaboradores não devem falar próximo ao produto.

- O pessoal não deve tocar, enxugar ou coçar qualquer parte da pele na

sala limpa. Quando acontecer, as luvas devem ser trocadas.

- A sala limpa deve ser mantida limpa e organizada.

- As roupa utilizadas por baixo das vestimentas de sala lima devem ser

específicas para tal.

- Jóias (anéis, relógios, correntes, brincos) não devem ser usados em

salas limpas, bem como produtos cosméticos, pois podem gerar partículas

levando a contaminação das vestimentas, da sala limpa e dos produtos

manipulados.

- Os movimentos na sala limpa devem ser controlados e calmos.

Movimentos acelerados não devem existir, pois interferem no fluxo de ar

gerando contaminação.

Segundo a RDC 17, todos os colaboradores envolvidos em atividades

de sala limpa devem receber treinamento inicial e periódico em disciplinas

importantes para a produção de produtos estéreis, microbiologia básica,

instruções de higiene e procedimentos para a correta paramentação em salas

limpas. Se for necessária a presença de pessoas não treinadas nas áreas

limpas, estas devem ser cuidadosamente supervisionadas.

A figura 5 mostra a quantidade de partículas liberada durante a atividade

humana.

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Figura 5: A pele que desprendemos (Extraído de KOCHEVAR apud

GOLDSTEIN, 2006, p. 99)

3.3- Monitoramento das salas limpas.

Uma verificação regular, durante um longo período, constitui a base fundamental para detectar as deficiências no controle da contaminação. Registros corretamente efetuados são a mais eficiente ajuda para solucionar problemas de contaminação que podem originar-se no ambiente das salas limpas. (TORREIRA, 1991, p. 235)

O monitoramento está presente na rotina de diversas indústrias e tem

como objetivo manter sobre rígido controle a carga microbiana e as condições

físico-químicas do local (umidade, temperatura e diferenciais de pressão).

Um programa de monitoramento bem planejado e executado aumenta a

garantia de esterilidade de produtos assepticamente produzidos. Este

programa contempla os tipos de amostragens abaixo:

- Monitoramento de partículas totais no ar.

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- Monitoramento ativo de partículas viáveis no ar.

- Monitoramento passivo de partículas viáveis no ar.

- Monitoramento de contato em superfícies.

- Monitoramento de contato em operadores.

Os dados fornecidos pelo monitoramento do ambiente formam um conjunto de

medidas para indicar o estado de controle de processos de fabricação

assépticos.

3.3.1- Determinação do número mínimo de pontos para o monitoramento

Segundo a ABNT 14644-1(2005), o número mínimo de pontos de

medição de salas limpas é calculado através da formula abaixo:

NL=√A

Onde:

NL: é o número mínimo de pontos (arredondado para o número inteiro

acima)

A: é a área da sala ou zona limpa, em metros quadrados.

Os pontos definidos devem receber um número, de preferência

seqüencial, ou nome para sua identificação facilitando o trabalho do

responsável pela amostragem. Estes números de identificação devem ser

registrados no contador de partículas e impressos na fita de amostragem.

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3.3.2- Monitoramento de partículas totais

“O monitoramento contínuo de partículas é um dos requisitos

imprescindíveis para assegurar o grau de limpeza dos ambientes controlados

de produção em diversos seguimentos da industria”. (Revista SBCC nº 55,

2012, p.20)

Segundo a ABNT 14644-1(2005), para a realização da contagem de

partículas é utilizado um contador de partículas discretas (CPD), instrumento

que opera através da dispersão da luz para determinar a concentração de

partículas em suspensão no ar Este contador deve estar com o certificado de

calibração válido. Um modelo de contador de partículas pode ser visualizado

abaixo.

Figura 6: Contador de partículas (extraída de Revista SBCC nº 55, 2012,

p.26)

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O monitoramento de partículas totais não distingue entre partículas

viáveis e não viáveis e, é realizado tanto na condição em operação quanto na

condição de repouso.

A tabela 3 mostra os limites segundo a RDC 17- ANVISA (2010) para a

concentração de partículas no ar.

Tabela 3: Sistema de classificação do ar para a produção de produtos estéreis. (Extraída de RDC 17- ANVISA, 2010). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html>. .Acesso em 25⁄06⁄2012

A frequência do monitoramento de partículas totais para amostragem

em operação pode ser evidenciada na tabela 4.

Tabela 4: Frequencia do monitoramento de partículas totais. (Extraída de Environmental Monitoring of Clean Rooms in Vaccine Manufactoring Facilities – World Health Organization, 2011, p.22).

Grau

Em repouso Em operação

Número máximo de partículas

permitidas⁄m3

Número máximo de partículas

permitidas⁄m3

≥ 0,5µm ≥ 5,0µm ≥ 0,5µm ≥ 5,0µm

A 3.520 20 3.520 20

B 3.520 29 352.000 2.900

C 352.000 2.900 3.520.000 29.000

D 3.520.000 29.000 Não definido Não definido

Classificação Em operação – amostras de rotinas

Grau A (operação de envase) Durante todo o processo

Grau B Diariamente

Grau C Semanalmente

Grau D Mensalmente

Unidade de fluxo unidirecional

em grau B Diariamente

Unidade de fluxo unidirecional

em grau C Semanalmente

Unidade de fluxo unidirecional

em grau C Mensalmente

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43

3.3.3- Monitoramento ativo de partículas viáveis do ar

Esta amostragem é realizada por instrumento de impactação que

succiona um volume de ar pré-determinado sobre um meio de cultura

apropriado (permite o crescimento de bactérias, fungos e leveduras) que

posteriormente será incubado e, em seguida será analisado no intuito de

observar o crescimento de microrganismos. Abaixo, modelo de amostrador de

ar.

Figura 7: Amostrador de ar (extraído de merck Millipore). Disponível em:

<http://www.merckmillipore.com.br>. Acesso em:05⁄07⁄2012.

3.3.4- Monitoramento passivo de partículas viáveis do ar

Neste tipo de amostragem, as placas de sedimentação com meio de

cultura apropriado para o crescimento de uma gama de microrganismos são

expostas e o ar se deposita aleatoriamente sobre as mesmas por um período

de tempo estabelecido.

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44

Segundo a RDC 17- ANVISA (2010), as placas podem ficar expostas

por menos de 4 horas. Após o período de exposição, estas placas também são

incubadas e posteriormente analisadas para verificar a existência de

crescimento microbiológico.

3.3.5- Monitoramento de contato em superfícies

Para esta amostragem são utilizadas placas RODAC (replicate organism

direct agar contact – contato direto com agar para a replicação de

microrganismo) e também, em alguns casos, pode ser utilizado swabs (hastes

flexíveis com material absorvente na ponta). As placas RODAC são as mais

utilizadas, dando preferências aos swabs apenas em superfícies porosas e

irregulares.

As placas RODAC devem ser abauladas permitindo total contato da

superfície a ser amostrada com o meio de cultura. Como os demais, este meio

de cultura também deve permitir o crescimento de uma vasta quantidade de

microrganismos. Após a amostragem, as placas são incubadas para posterior

análise da presença de microrganismos.

O responsável deve ter uma técnica asséptica bem apurada no

manuseio das placas, pois o mesmo pode contaminá-las durante o processo

de amostragem.

3.3.6- Monitoramento de contato em operadores

Da mesma forma que a amostragem de superfícies, este tipo de

amostragem utiliza as placas RODAC para amostrar roupa e luvas dos

operadores em sala limpa. Esta amostragem indica a qualidade da técnica

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45

asséptica dos operadores durante a rotina de trabalho e, é realizada no final do

processo. Estas placas, após a amostragem também são incubadas e

analisadas observando a presença de crescimento microbiológico.

A tabela 5 apresenta os limites especificados, segundo a RDC 17-

ANVISA (2010), para contaminação microbiológica dos monitoramentos: ativo,

passivo, de contato em superfícies e operadores.

Grau Amostra de

ar (UFC1⁄m3)

Placas de sedimentação

(diâmetro de 90mm)

(UFC1⁄4horas)

Placas de contato

(diâmetro de 55mm)

(UFC1⁄placas)

Teste de contato

das luvas (5 dedos)

(UFC1⁄luva)

A <1 <1 <1 <1

B 10 5 5 5

C 100 50 25 -

D 200 100 50 -

Tabela 5: Limites para contaminação microbiológica (extraída de RDC 17-

ANVISA, 2010). Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.

html>. Acesso em 25⁄06⁄2012

A tabela 6 apresenta as freqüências dos monitoramentos: ativo, passivo e

contato

1 UFC – Unidade Formadora de Colônia

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46

Classificação Amostras de ar Placas de

sedimentação

Placas de

contato

Teste de contato

das luvas

Grau A

(operação de

envase)

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Grau B Diariamente Diariamente Diariamente Diariamente

Grau C Semanalmente Semanalmente Semanalmente NA

Grau D Mensalmente Mensalmente NA NA

Unidade de fluxo

unidirecional em

grau B

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Uma vez por

período

Unidade de fluxo

unidirecional em

grau C

Semanalmente Semanalmente Semanalmente Semanalmente

Unidade de fluxo

unidirecional em

grau D

Mensalmente Mensalmente Mensalmente NA

Tabela 6: Frequencia dos monitoramentos ativo, passive e contato (extraída de Environmental Monitoring of Clean Rooms in Vaccine Manufactoring Facilities – World Health Organization, 2011, p.29).

Para todos os monitoramentos, caso os limites sejam excedidos, ações

corretivas e preventivas devem ser tomadas de acordo com os procedimentos

operacionais padrão. As ações devem considerar o impacto sobre a qualidade

do produto.

3.3.7- Monitoramento da pressão

Segundo Torreira (1991), um diferencial de pressão positivo deve ser

mantido em toda a sala limpa e em locais adjacentes. A pressão deverá

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47

decrescer linearmente da sala limpa para os demais locais. O monitoramento

da pressão é simples podendo ser realizado com a utilização de manômetros.

O registro dos diferenciais de pressão possibilita solucionar problemas

de fuga de ar.

3.3.8- Monitoramento da temperatura

A temperatura no interior de uma sala limpa varia, o que é chamado de

gradiente de temperatura. Isto se deve ao insuflamento de ar a baixa

temperatura para dentro da sala e por existir emissão de calor por pessoas e

equipamentos, resultando em regiões com temperaturas diferentes no mesmo

local. A temperatura pode ser monitorada em qualquer local da sala, caso o

produto não seja sensível a variações da mesma. Neste caso, quando

necessário, um sistema de alarme pode ser instalado para evidenciar

problemas no sistema de ar condicionado. (TORREIRA, 1991)

3.3.9- Medição da umidade

Problemas de umidade podem estar presentes nas salas limpas. Se a

umidade atingir valores muito baixo podem surgir cargas estáticas devido a

movimentação operacional. Se for elevada pode gerar oxidação metálica ou

corrosão devido a ferrugem. É adequado trabalhar com umidade entre 30% e

60%. A medição pode ser realizada por um psicrômetro ou higrômetro

automático. (TORREIRA, 1991)

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48

3.4- Limpeza das salas limpas

Requisitos relacionados a limpeza de ambientes controlados fazem parte das Boas Práticas de Fabricação e estão presentes em procedimentos operacionais e regulamentos técnicos oficiais. A constatação evidente é de que a eficácia das sistemáticas adotadas afeta diretamente a qualidade dos produtos ou das atividades executadas. (Revista SBCC Ed. 55 , p. 1)

Os procedimentos para a execução da limpeza nas salas devem ser

devidamente descritos, validados e executados por pessoal rigorosamente

treinado, minimizando os riscos de contaminação. Os métodos de limpeza

devem ser claros e detalhados e, as áreas limpas devem ser limpas e

sanitizadas frequentemente a fim de evitar o risco de contaminação. Os

desinfetantes em contato com áreas de grau A e B devem ser esterilizados ou

ter sua esterilidade controlada.

Os procedimentos de limpeza devem ser frequentemente monitorados

para verificação de microrganismos resistentes. Para este controle são

realizadas amostragens volumétricas, placas de sedimentação e contato de

superfície.

Os desinfetantes e os detergentes devem ser monitorados para detectar possível contaminação microbiana; sua eficácia deve ser comprovada; as diluições devem ser mantidas em recipientes previamente limpos e não devem ser guardadas por longos períodos de tempo, a menos que sejam esterilizadas. (RDC 17- ANVISA, 2010).

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49

CONCLUSÃO

O estudo sobre salas limpas, proposto neste trabalho, contribuiu para a

ampliação dos conhecimentos sobre as mesmas e possibilitou uma visão geral

dos eventos necessários para o projeto, construção e controle dessas salas

limpas.

Com monitoramento constante, procedimentos de limpeza e sanitização

bem executados, treinamentos frequentes e cumprimentos das exigências

impostas pelos órgãos competentes, alcançaremos o objetivo esperado que é

obter ambientes controlados em termos de contaminação, garantindo a

qualidade dos processos asséptico gerados nestes ambientes.

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50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABNT NBR ISO 14644-1 Salas limpas e ambientes controlados associados

parte 1: Classificação da limpeza do ar, 2005.

______ 14644-4 Salas limpas e ambientes controlados associados parte 4:

Projeto, construção e partida, 2004

______ 14644-5 Salas limpas e ambientes controlados associados parte 5:

operações, 2006

ANVISA – Resolução RDC 17, de 16 de Abril de 2010. Disponível em <

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.ht

ml>. Acesso em 25⁄06⁄2012

ANVISA – Farmacopéia Brasileira, Brasília, 5ª edição, volume 1, 2005, p 330-

336.

KOCHEVAR, Steven D. Guia Básico para tecnologia de partículas, 2006.

Merck Millipore. Disponível em: <http://www.merckmillipore.com.br>. Acesso

em: 05⁄07⁄2012.

Revista Meio Filtrante On Line. Disponível em:

<http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=539&revi

sta=n41>. Acesso em 28⁄05⁄2012.

Revista SBCC, Sociedade Brasileira de Controle da Contaminação, edição nº

18, 2005, p. 4-5.

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51

______ edição nº 24, 2006, p.25-41.

______ edição nº 25, 2006, p.36-40.

______ edição nº 28, 2007, p.6-10.

______edição nº 31, 2007, p.38-45.

______ edição nº 34, 2006, p.32-41.

______ edição nº 35, 2008, p.33-34.

______ edição nº 38, 2009, p.40-25.

______ edição nº 44, 2010, p.33-41, p.42-45.

______ edição nº 46, 2010, p.43-49.

______ edição nº 52, 2012, p.42-49.

______ edição nº 54, 2012, p.12-19.

______ edição nº 55, 2012, p.10-17.

TORREIRA, R. P. Salas limpas: instalação e manutenção. São Paulo. Hemus

editora, 1991.

TAO Tecnologia, Introdução a tecnologia de áreas limpas. Disponível em

<www.taosp.com.br/docs/slimp.doc>. Acesso em 28⁄05⁄2012

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52

WHO – World Health Organization, Environmental Monitoring of Clean Rooms

in Vaccine Manufacturing Facilities, Eighth draft, 27 February 2011

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53

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SALAS LIMPAS – CONCEITOS PRELIMIRARES 9

1.1 – Definições 9

1.1.1 – Sala limpa 9

1.1.2 – Zona Limpa 10

1.1.3 – Instalação 10

1.1.4 – Como construído 10

1.1.5 – Em repouso 10

1.1.6 – Em operação 10

1.1.7 – Cliente 11

1.1.8 – Fornecedor 11

1.1.9 – Fluxo de ar unidirecional 11

1.1.10 – Fluxo de ar não unidirecional 11

1.1.11 – Contaminante 11

1.1.12 – Limpeza (estado de) 12

1.2 – Contaminantes 12

1.3 – Tamanho de partículas em suspensão 13

1.4 – Classificação das áreas limpas 15

1.5 – Tipos de salas limpas 16

1.5.1 – Salas limpas com fluxo de ar não unidirecional ou salas

convencionais 16

1.5.2 – Salas limpas com fluxo unidirecional ou laminar 18

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54

1.5.3 – Salas limpas com fluxo de ar misto 21

1.6 – Aplicação das salas limpas 21

CAPÍTULO II

PROJETO E CONSTRUÇÃO 22

2.1 – Anti projeto 22

2.2 – Projeto 22

2.2.1 – Controle de contaminação e segregação 24

2.2.2 – Ruídos e vibrações 26

2.3 – Construção 26

2.4 – Materiais construtivos 27

2.4.1 – Pisos para salas limpas 28

2.4.2 – Paredes para salas limpas 30

2.4.3 – Portas para salas limpas 31

2.4.4 – Forros para salas limpas 31

2.5 – Sistema de filtragem de ar 32

2.6 – Documentação 33

CAPÍTULO III

OPERAÇÃO E CONTROLE 35

3.1 – Vestimentas para salas limpas 35

3.2 – Colaboradores 37

3.3 – Monitoramento das salas limpas 39

3.3.1 – Determinação do número mínimo de pontos para o

Monitoramento 40

3.3.2 – Monitoramento de partículas totais 41

3.3.3 – Monitoramento ativo de partículas viáveis do ar 43

3.3.4 – Monitoramento passivo de partículas viáveis do ar 43

3.3.5 – Monitoramento de contato em superfícies 44

3.3.6 – Monitoramento de contato em operadores 44

3.3.7 – Monitoramento da pressão 46

3.3.8 – Monitoramento da temperatura 47

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55

3.3.9 – Medição da umidade 47

3.4 – Limpeza das salas limpas 48

CONCLUSÃO 49

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50

ÍNDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO 56

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56

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da instituição: Instituto A Vez do Mestre

Título da monografia: Sala limpa: instalações, operação e controle aplicados a

produção.

Autor: Verônica aparecida Meneghiti Suet Prado da Silva.

Data da entrega: 28⁄12⁄2012.

Avaliado por: Jorge Tadeu Vieira Lourenço.