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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL AVM FACULDADE INTEGRADA GESTÃO EMOCIONAL E DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA Por: Rachel Ferreira Maquinta da Silva Orientadores Prof. José de Oliveira Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Terceiro capítulo direcionado ao estudo do desenvolvimento da liderança, as competências técnicas e comportamentais essenciais

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL

AVM FACULDADE INTEGRADA

GESTÃO EMOCIONAL E DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA

Por: Rachel Ferreira Maquinta da Silva

Orientadores

Prof. José de Oliveira

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO PEDAGOGIA EMPRESARIAL

AVM FACULDADE INTEGRADA

GESTÃO EMOCIONAL E DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Pedagogia Empresarial

Por: Rachel Ferreira Maquinta da Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais João Carlos

Maquinta da Silva e Solange Ferreira

Maquinta da Silva que sempre

incentivaram a nunca parar de estudar.

Agradeço também aos meus irmãos

Christine e João.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus familiares e as amigas

desta pós-graduação, principalmente

Antonieta Schanuel, Fabiane Uchôa,

Janaina Araújo, Monique Thedim, Roberta

Netto e ao meu primeiro orientador

Marcelo Saldanha.

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RESUMO

Através de estudos bibliográficos foi possível aprofundar o tema Gestão

Emocional e Desenvolvimento da Liderança tem por objetivo abordar a

importância das reações humanas e fisiológicas geradas pela falta deste

equilíbrio, além de propiciar pensamentos e ações que visando a qualidade dos

resultados corporativos e desenvolvimento da liderança.

A fundamentação teórica está embasada na pesquisa e leitura de

estudiosos da Gestão Emocional e Liderança. Conclui-se com os referidos

estudos realizados para este trabalho podem ser encontradas questões que

proporcionem ao leitor um primeiro contato com o assunto que caracteriza-se

com uma estratégia bem planejada de forma potencializar bons resultados

corporativos e de qualidade de vida contextualizada dentro da gestão

emocional e desenvolvimento da liderança.

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METODOLOGIA

A metodologia adotada para a realização da presente monografia

caracterizou-se pela pesquisa realizada a partir da coleta de dados

bibliográficos, através da leitura nas bibliotecas de Administração e Psicologia

da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e visitação a sebos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Ser Humano – Razão e Emoção 10

CAPÍTULO II - Inteligência Emocional 21

CAPÍTULO III – Desenvolvimento da Liderança 29

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 39

ANEXOS

ÍNDICE 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO

8

INTRODUÇÃO

É do conhecimento de todos que ambiente corporativo exige de seus

colaboradores metas e resultados o tempo todo, partindo deste princípio as

organizações verificam que não só as competências técnicas seriam

necessárias e que além delas as comportamentais. Esse pensamento nos

remete a importância das competências comportamentais e estudo das

emoções e reações fisiológicas do ser humano.

A vertente do primeiro capítulo fala sobre dicotomia emocional, frente

ao estudo da razão e emoção do ser humano e como reage a mente o corpo

no desequilíbrio emocional vinculado ao estado do estresse. O presente estudo

aprofunda-se na base científica dos hormônios do estresse, as intervenções

através de atitudes positivas, além dos fatores psicológicos que podem

influenciar o sistema imunológico. Com base científica o estresse e as doenças

específicas tem a possibilidade de estar relacionada ao desequilíbrio

emocional.

No capítulo que se segue será visto a temática da inteligência

emocional que significa controlar e compreender os sentimentos e não sufoca-

los. Com a abordagem da condução dos sentimentos, reações fisiológicas,

reação das particularizadas e a percepção ocorridas dentro e fora do ambiente

de trabalho. O grande desafio demonstrar as competências técnicas e

comportamentais para os profissionais de primeira grandeza.

Terceiro capítulo direcionado ao estudo do desenvolvimento da

liderança, as competências técnicas e comportamentais essenciais para

liderança corporativa, além de demonstrar as oportunidades de fortalecimento

das equipes visando a qualidade dos resultados e desenvolvimento do

ambiente para trabalho com produtividade. Enfatizado pela competitividade e

necessidade de mudar par inovar no mercado competitivo. A estratégia bem

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desenhada do modelo de líder que tem como objetivo estar atento à equipe

que trabalha e suas necessidades.

A fundamentação desta pesquisa teórica está embasada na literatura

de estudiosos da Gestão Emocional e da Liderança com metodologia de

pesquisa exploratória de bibliografias através da análise de livros e visitação a

Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Sebos. Os métodos específicos

resumem-se a literatura.

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CAPÍTULO I

SER HUMANO - RAZÃO E EMOÇÃO

Em uma análise contemporânea percebemos que vivemos em

constantes mudanças. Mudanças tecnológicas, sociais, econômicas, políticas

e culturais, com a facilidade de acesso a informação. Estas facilidades fizeram

com que as empresas competissem ainda mais. A qualidade do produto e

prestação de serviço não seria mais o diferencial no mercado e sim as

pessoas.

Desta forma, o desenvolvimento individual do ser humano, pessoas ou

colaboradores, seria o diferencial no mercado. As competências técnicas são

importantes, mas as comportamentais são essenciais, hoje chamamos de

talento. Aquele que possuir sairá na frente. São as pessoas que geram o lucro

para dentro das empresas, pessoas movidas por suas culturas, formação

familiar, traumas, alegrias, tristezas e etc., expostas aos julgamentos

corporativos e guiada pela sua razão e emoção. As empresas como um todo

não estão preocupadas com a felicidade do seu colaborador de forma

individual, mas de forma coletiva, fazer com que tenham ferramentas para

chegar às metas corporativas e consequentemente ao lucro.

Não aprendemos desde pequenos a gerenciar nossos sentimentos e

relações com as pessoas que nos rodeiam. Tem gente que até o final de sua

vida ainda não aprendeu. Vemos muitos exemplos em nosso cotidiano:

pessoas rindo de situações que não tem graça ou chorando e gritando em

situações banais por não terem aprendido como lidar com suas emoções. Até

mesmo perceber e analisar que a apresentação e desenvoltura de uma pessoa

que conhecemos, muitas das vezes, não é a mesma em uma conversa

individual. Nem sempre o problema está relacionado a comunicação oral e

escrita, ler, falar e escrever e sim a conseguir ultrapassar bloqueios

emocionais.

11

“No plano de vida pessoal não é diferente. Quantas

pessoas nós conhecemos, gente famosa, bonita, rica,

com prestígio, mas extremamente infeliz, por não saber

se relacionar com o outro! A verdade é que ninguém é

feliz sozinho, mas, ao mesmo tempo, temos medo de nos

relacionar com o próximo. Conseguimos diminuir a

distância que nos separa das partes mais longínquas do

mundo, por meio da aviação a jato, da tevê a cabo, da

internet, mas não conseguimos diminuir a distância que

nos separa do nosso próximo....Temos medo de entrar

em contato com o outro em nível pessoal, mas

precisamos vencer esse medo. Há pessoas que vestem

uma espécie de armadura virtual para se defender. O

tempo passa e elas não percebem que essas armaduras

não as estão protegendo, está apenas escondendo as

feridas da sua solidão.... Nós nunca estamos diante de

pessoas prontas e também não somos pessoas prontas.

Ao contrário, é no relacionamento com o outro que nos

vamos construindo como pessoas humanas e ganhando

condições de sermos felizes. Fernando Pessoa nos fala

da frustação de quem não foi capaz de viver essa

aventura:

Pensastes já quão invisíveis somos uns para os outros?

Meditaste já em quanto nos desconhecemos? Vemo-nos

e não nos vemos. Ouvimo-nos e cada um escuta apenas

uma voz que está dentro de si. As palavras dos outros

são erros do nosso ouvir, náufragos do nosso entender. 2

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, p. 69.”

(ABREU, 2009, p.19-20).

12

De acordo com Abreu (2009) muitas vezes as pessoas temem pelo

poder dos chefes, pessoas de nível social mais elevado, até mesmo seus

próprios pais. O poder que se dá a outra pessoa seria apenas uma concessão

dada pela própria pessoa. Nossa mente pode ser fonte de poder do outro.

“ Na Austrália, em uma tribo aborígine em que existiam

práticas semelhantes ao vodu, o xamã podia condenar

alguém à morte, simplesmente apontando-o com um osso

e ordenando-lhe que morresse. E o índio apontado de fato

morria, sem cometer suicídio, de morte natural, pois ele

estava preso dentro de sua própria mente ao poder do

xamã. ” (ABREU, 2009, p. 21).

Verifico que o medo é uma das sensações que perdura na evolução

humana, ele nos trava, nos mobiliza contra o perigo, mas pode nos levar ao

processo de solidão e até mesmo a morte. As emoções estão longe de serem

bobagens neurológicas. Segundo Goleman (2012) temos duas mentes a que

raciocina e a que sente, e interagem na construção da nossa vida mental. Na

racional se pondera, reflete e constrói a compreensão, a chamada consciência.

Na mente emocional é outro sistema do conhecimento, mas impulsivo e

poderoso e muitas vezes ilógico. Quanto maior o sentimento, mas inoperante o

racional.

“ A dicotomia emocional / racional aproxima-se da

distinção que popularmente é feita entre “coração” e

“cabeça”. (GOLEMAN, 2012, p. 35).

Diante do medo que bloqueia: a liberdade de correr risco, ousadia,

criatividade e inovação, muitas pessoas travam sua inteligência e deixam seus

projetos e sonhos sempre para depois, se conformam e acabam esquecendo

daquilo que a faria feliz. Nossa mente pode nos aprisionar, quando não saímos

por medo de nos acidentar, medo de se relacionar para não ser magoado ou

13

traído, quando não nos relacionarmos nem damos nossa opinião para não ter

um inimigo pelo que pensamos. Não estou falando de colocar sua vida em

risco e sim equilíbrio entre razão e emoção.

1.1 Entre a Mente e o Corpo

Sabemos que a mente e corpo estão ligados, assim como saúde e

doença e a vida e a morte. Mas até que ponto podemos interceder ou nos

curarmos das doenças controlando nosso emocional. Hoje temos estudos e

evidências de doenças que surgem nas pessoas devido ao descontrole

emocional. Doenças fora dos padrões de normalidade: doenças de adultos em

crianças, de idosos em jovens e etc.

Escutei relatos de pessoas que viram criança de menos de 12 anos ter

princípio de infarto, jovens com pressão alta depois de aborrecimento no

trabalho ou em casa ou doenças proveniente de uma forte emoção. A cada

década uma nova realidade, um panorama de doenças, mas também

pesquisas para melhorar da qualidade de vida humana. Vemos essa

preocupação em caráter mundial e pioneiramente oriental, quando falamos da

meditação.

Segundo Goleman (1997) as pesquisas convergiam em três áreas:

• Pesquisa fisiológica, que investigam as ligações biológicas e

bioquímicas entre cérebro e os sistemas orgânicos.

• Pesquisa epidemiológica, que mostram correlações entre certos

fatores psicológicos e certas doenças na população em geral.

• Pesquisa clínica, que testam a eficiência das abordagens

mente/corpo na prevenção, no alívio ou no tratamento de doenças

específicas.

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Goleman (1997) aponta que baseados em estudos científicos que

sistema nervoso pode afetar o sistema imunológico diretamente ou através dos

neuroendócrinos (sistema nervoso sobre hormônios). Observou o estresse

associados a diversos distúrbios psiquiátricos, doenças autoimunes, doenças

coronarianas, distúrbios funcionais do trato intestinal, dor crônica e em vários

outros distúrbios médicos e psicológicos.

Com base científica do fisiologista de Harvard Walter B. Cannon foi um

dos primeiros a descrever sobre a reação dos hormônios do estresse, onde

organismo secreta catecolaminas. Catecolaminas são um conjunto de

hormônios e mais abundantes adrenalina, que é produzida pelas glândulas

suprarrenais. Essa reação é chamada de luta ou fuga, na época das cavernas

essencial para a sobrevivência para enfrentar ameaças físicas que

ocasionavam intenso estresse, em contrapartida em nossa vida moderna tem

diferentes consequências para a saúde.

No estado de estresse as catecolaminas desencadeiam uma enxurrada

de mudanças fisiológicas que colocam o organismo de prontidão: a frequência

cardíaca, a pressão arterial e a tensão muscular, todas sobem rapidamente;

diminui a atividade do estômago e dos intestinos; e o nível sanguíneo de

glicose ou açúcar sobe, a fim de gerar rapidamente uma rápida energia. Essa

agitação física geralmente ocorre ao mesmo tempo em que ocorre a reação

psicológica: você pode passar por pensamentos acelerados, ansiedade e até

pânico. No livro de Goleman (1997) continua a detalhar o estresse de curto

prazo ou intenso e de longo prazo ou crônico. Sob condições de estresse

crônico e de longo prazo, as reações perfeitamente normais decorrentes do

estresse de curto prazo são prolongadas são prolongadas de forma anormal e

podem levar à doença crônica ou contribuir para o desenvolvimento de

doenças. Com estresse crônico, o sistema imunológico tende a ser suprimido

ou a tornar-se menos ativo, o nível de colesterol no sangue aumenta e os

ossos perdem cálcio. Quando prolongado por mais tempo, os aumentos

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normais de curto prazo da pressão sanguínea podem se transformar em

hipertensão, a maior tensão muscular pode levar a dores de cabeça e agravar

a dor, mudanças anormais na atividade do trato intestinal podem levar a

diarreia ou espasmo, a frequência cardíaca acelerada pode aumentar o risco

de arritmia. Além disso, a menos imunidade pode deixar o indivíduo suscetível

a resfriados e gripes ou possivelmente a doenças mais graves.

A lista dos sintomas do estresse, compilado pelo psicólogo Michael

Antoni, da Universidade de Miami, e seus colegas.

• Sintomas Cognitivos: Ansiedade, expectativa receosa, baixa

concentração, dificuldade de memória.

• Sintomas Emocionais: Sensações de tensão, irritabilidades,

inquietação, angústia, incapacidade de relaxar, depressão.

• Sintomas Comportamentais: esquivar-se das tarefas, problemas

de sono, dificuldade de concluir deveres profissionais,

nervosismo, tremores, fisionomia cansada, punhos cerrados,

choro, mudanças nos hábitos alimentares, relacionados à bebida

ou cigarro.

• Sintomas Fisiológicos: Músculos doloridos ou tensos, ranger dos

dentes, transpiração, dores devido à tensão, sensação de

desmaio iminente, sensação de sufocamento, dificuldade de

engolir, dor de estômago, náusea, vômito, intestino solto,

constipação, frequência e urgência para urinar, perda de

interesse no sexo, cansaço, calafrios ou tremores, perda ou

ganho de peso, atenção exagerada aos batimentos cardíacos.

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• Sintomas Sociais: em períodos de estresse, algumas pessoas

tendem a procurar outros, em busca de companhia. Outras de

isolam. Além disso, a qualidade dos relacionamentos pode

mudar quando uma pessoa está sob estresse.

Os neurocientistas que a ansiedade, hostilidade e outros estados

emocionais podem afetar o sistema imunológico, que explicaria as doenças

emocionais.

1.1.1 Estresse e Doenças Específicas

Os fatores psicológicos poderia afetar sistema imunológico, com base

em vários estudos e investigações acerca das mudanças ocorridas, caberia

então analisar os estudos citados ao longo, por Goleman (1997). Cabe

esclarecer que os estudos realizados que o estresse oferece fortes indícios de

oscilação das doenças.

No caso do vírus do herpes o estresse pode influenciar no

desenvolvimento de uma infecção ou até mesmo aumentar o risco da

recorrência dos sintomas. Ao contrário dos vírus comuns, que normalmente

são eliminados do o sistema imunológico, o vírus do herpes no organismo pela

vida toda, além de não poderá prever sua manifestação. Existem diversos tipos

de vírus de herpes que causam herpes genital, labial, mononucleose, infecção

por citomegalovírus, catapora e herpes-zoster. A pesquisa foi fundamentada

através do acompanhamento de cadetes pelo período de quatro anos, logo

após ingresso na academia militar. O vírus do herpes foi estudado em

diferentes situações de estresse. O alto nível de estresse diminui a função do

sistema imunológico, em sinal de defesa o organismo pode produzir anticorpos

contra o vírus do herpes. o que significa que o corpo está com baixa função. A

produção dos anticorpos, decorrentes da baixa do sistema imunológico podem

ajudar a criar as doenças autoimunes quando equivocadamente os anticorpos

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e sistema imunológico identificam as células saudáveis como invasores

externos, atacando-as. Exemplos de doenças como inflamações crônicas,

artrite reumatoide, lúpus, diabetes tipo 1, alergias.

“ A possibilidade de o estresse estar associado a doenças

autoimunes é intrigante, mas ainda é especulativa. Não

está claro como o estresse poderia precipitar essas

doenças; o estresse crônico normalmente está associado

a supressão imunológica, embora o estresse agudo possa

ativa-lo. Porém diversos relatos sem comprovação

científica sugerem a existência de um elo – talvez ainda

não se tenha descoberto a operação por meio de um

caminho imunológico – e vários pesquisadores estão

começando a estudar essa possibilidade”. (GOLEMAN,

1997, p. 48 e 49).

O presente estudo se aprofunda em outras duas doenças mais temidas

e regidas pelo sistema imunológico. Segundo Goleman (1997) existe uma

vertente de estudo de pesquisa que em nosso organismo surgem células

cancerosas todo o tempo, mas normalmente controladas por células

imunológicas e as reconhecem como invasoras e as destroem. Em conjunto, os

indícios fornecidos pelos estudos com seres humanos e animais mostram que

estresse pode suprimir a função imunológica. O câncer só se desfaz se as

células são ineficazes. No caso da AIDS, iniciado por um vírus destrói o

sistema de imunidade celular. O engajamento desse estudo é usar técnicas

mente e corpo para mostrar a pacientes com AIDS e câncer que podem ser

corresponsáveis pela a melhora na resposta em seus tratamentos no que diz a

respeito sobre o sistema imunológico. Comprovado através de estudos que

tratamentos como terapia de grupo, orientado relaxamento e apoio psicológicos

pode melhorar a resposta imunológica, ficar saudável.

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1.1.2 Mente na doença

Entre as principais abordagens reconhecidas culturalmente atitudes

positivas trazem respostas positivas. Significa dizer que os pensamentos e

sentimentos e consequentemente um estado mental em equilíbrio e harmonia

desempenha um papel fundamental no controle das doenças. As emoções não

percorrem somente a mente, mas também ao corpo. A notícia de uma doença

pode nos levar a transtornos psíquicos e piorando nossa saúde física.

Exemplos simples como imaginar chupando pedaço de limão ou que uma

pessoa passa as unhas em um quadro negro, nos certificam o quanto poder da

nossa mente podem influenciar reações em nosso corpo. Ficamos fragilizados

emocionalmente quando estamos doentes, com a imaginação mais vulnerável.

“Tendo em vista que as emoções geram consequências

fisiológicas, concluí que isso também acontece com o

estilo emocional: os padrões de atividade cerebral

subjacentes a cada uma de suas dimensões estão

associados a sistemas fisiológicos associados à saúde ou

à doença. O que está no cérebro necessariamente

influencia o que está no corpo. A comunicação é

bidirecional, de modo que o que está no corpo também

influencia o que está no cérebro. Nada disso é muito

surpreendente, uma vez que as emoções claramente

afetam o corpo, como sabe qualquer pessoa que já tenha

sentido náusea por um estresse extremo, ou que tenha

percebido um aumento no nível de energia em resposta a

uma felicidade intensa, ou ainda que tenha tido insônia

por causa de uma tristeza profunda”. (DAVIDSON, 2013,

p. 133).

19

A partir da definição de Davidson (2013) a medicina comportamental ou

medicina psicossomática também chamada de medicina mente-corpo baseiam

em pesquisas inovadoras para mudar a maneira de como nos enxergamos e as

pessoas que estão a nossa volta e de que forma mudar nosso estilo emocional.

Estudos realizados demonstraram que isolamento social produz aumento de

cortisol e de outros hormônios do estresse bem como elevar a pressão arterial

e enfraquecer o sistema imunológico. A medicina comportamental também

mostrou que o envolvimento social está associado ao menor risco de doença

coronariana, ao contrário também podemos causar efeitos nocivos a alguém

introvertido a ser sociável, que causaria desconforto emocional. Não existindo

uma verdade universal, porém está comprovado que a depressão aumenta o

risco de morte por doenças coronarianas.

O estilo emocional tem uma base genética, que não precisa se manter

inalterada. O primeiro impulso vem do coração, a cabeça demora mais a

registrar e reagir, ao contrário existe outro tipo de reação emocional quando a

partir de um pensamento gera cadeia de emoções. Por causa das diversas

possibilidades existem diversos mecanismos pode-se influenciar a saúde

através do estilo emocional. Algumas estratégias de autocontrole é a prática de

relaxamento muscular, meditação guiada, geralmente utilizada em conjunto

para reestruturação cognitiva.

“..Conhecia-se a bem o poder da mente sobre o

organismo. Nos séculos anteriores aos antibióticos e

outras “drogas milagrosas”, médicos cuidadosos

esperavam que uma forma tranquilizadora de tratamento

mobilizasse recursos ocultos em seus pacientes para lutar

contra doenças e utilizavam concidentemente o poder da

mente para ajudar a curar o organismo. Essa abordagem

era essencial na época em que médicos tinham

relativamente poucas medicações ou métodos eficazes

para oferecer, na verdade, um lema da medicina até um

20

século atrás: “sempre o conforto, raramente a cura”.”

(GOLEMAN, 1997, p. 10).

Pode-se verificar que nossas mentes na doença podem ser

trabalhadas a nosso favor. Uma associação a essa informação seria quanto as

pesquisas associadas ao placebo que é uma demonstração notável do efeito

do efeito da mente sobre a saúde.

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CAPÍTULO II

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Na definição de Weisinger (1997) inteligência emocional é

simplesmente o uso inteligente das emoções. É fazer com que ela trabalhe a

seu favor de forma intencional, ditando seu comportamento e raciocínio de

maneira a aperfeiçoar seus trabalhos.

As emoções ocorridas no dia a dia, fora e dentro do ambiente de

trabalho podem ser alertas sobre outras pessoas e você mesmo. Utilizar as

informações de das emoções pode ajudar a reverter situações de estresse,

como momento de raiva ou até mesmo situações extremas, como agressão.

Controlar nossas emoções não significa sufoca-las e sim compreendê-

las, a partir daí modifica-la em nosso benefício. Por isso Weisinger (1997)

coloca que autoconsciência é elemento básico que temos que conhecer nossas

sensações, emoções, avaliações, ações e intenções para que possamos

reagir, agir e comunicar e operar em diferentes situações e ao final a

autoconsciência seria o processamento das informações. Importante frisar que

todas nossas emoções pertencem a nós e não a qualquer outra pessoa, isso

requer que se assuma o controle.

“ ...pode também maximizar a eficácia da sua inteligência

emocional desenvolvendo sua capacidade de

comunicação, sua destreza interpessoal e sua habilidade

como mentor emocional. A autoconsciência está no cerne

de cada uma dessas aptidões, porque a inteligência

emocional só pode começar quando a informação entra

no sistema perceptivo. Por exemplo: para conseguir

controlar a raiva, você tem que ter consciência daquilo

22

que a provoca e de como essa poderosa emoção o afeta

– então poderá aprender a reduzi-la e usá-la

acertadamente,; para driblar o desânimo e conseguir se

motivar, precisa ter consciência do modo como você

permite que afirmações negativas a respeito de si mesmo

sabotem seu trabalho; para ajudar os outros a se ajudar,

precisa ter consciência de seu envolvimento emocional na

relação. ” (WEISINGER, 1997, p. 26).

Acredito que a autoconsciência, consequentemente autoconhecimento

se dará através de reflexões sobre que realmente penso sobre a vida, o que

julgo importante e o que meu trabalho significa para mim. Desta forma, quase

que permanentemente estaria em um diálogo interno, mas sabe-se que o

nosso dia a dia, não temos tempo para refletir em nossas atitudes, por isso

verificar alguns descontentamentos por parte ou/e de outro.

Como saber se o que é avaliado e pensado está de acordo, senão

escutar as pessoas. O diálogo é uma das condutas mais flexível para

entendimento e conclusão. Ele também conduzirá a parceria e ao resultado e

pensamento comum, sujeito a mudanças.

Weisinger (1997) dá dicas sobre nossos sentidos e sentimentos que

temos que prestar a atenção:

Visão – prestar a atenção no modo como às pessoas olham umas as

outras enquanto falam ou ouvem, se olham diretamente nos olhos indicam

confiança, se olham para todos significa que está à vontade, se os olhares

vagueiam, risos ou franzir a testa sugere desinteresse.

Audição – quando uma pessoa fala e o resto fica em silêncio ou você

escuta gente se mexendo na cadeira, no primeiro caso interesse e segundo

desinteresse. Pessoas falando em tom estridente sugere frustação, raiva.

23

Gaguejar pode significar falta de conhecimento sobre assunto. Cochichos

enquanto fala pode sugerir que as pessoas gostaram do que disse, mas

também pode ser desaprovação.

Os sentimentos apesar de externos expressam-se extremamente.

• Rosto quente em uma conversa pode ser que esteja embaraçado;

• Estômago contraído pode estar nervoso;

• Corpo relaxado na cadeira deve estar à vontade com a outra

pessoa;

• Respiração acelerada, coração batendo forte, mandíbula tensa,

punhos cerrados pode ser uma demonstração de raiva.

Tem que se ficar atento ao pensamentos automáticos que quase

sempre são irracionais, como por exemplo, “tenho vontade de mata-lo”, “otário”,

“Ele não vai com a minha cara”. Os pensamentos automáticos levam a

raciocínios distorcidos quando a partir de problema ou diálogo insatisfatório, já

entende-se que podemos ser demitidos e que não conseguirá outro emprego.

Controlar o raciocínio distorcido dará melhor domínio do pensamento

automático. Técnica adicional é utilizar o bom humor, “rir é o melhor remédio”.

Rir libera substância endorfina que diminui a percepção da dor, que afastam as

emoções negativas como raiva, tristeza, ansiedade.

Quem nunca viu uma reportagem na televisão falando sobre o tema?

Como crianças com câncer e doenças graves melhoram com a visita de

palhaços, melhoram a imunidade. Ou quem nunca escutou de um colega de

trabalho ou falou – só você para me fazer rir nessa situação e melhorar meu

dia.

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Outra técnica que aprendi com meu professor de biologia no segundo

grau que quando nos sentimos um pouco mole em ambientes fechados que

pode ser falta de oxigênio no cérebro ou ambiente fechado com muitas

pessoas seria muito gás carbônico. Por isso mexa-se, vá para ambiente com

circulação de ar para revigorar-se, respire corretamente, exercite-se subindo ou

descendo uma escada, o ritmo acelerado vai levar mais oxigênio para suas

células.

Mas em caso contrário, depois de um dia de trabalho agitado e muito

cansativo ideal seria é fazer um relaxamento, algo que te de prazer, escutar

música, tomar um banho de banheira, cozinhar e etc. Exercício nesse caso

seria somente se gerasse prazer, senão seria desconfortante e ainda mais

exaustivo.

Local de trabalho ou ambiente residencial, ambos têm que ser

propícios ao ciclo de funcionamento e fluxo de energias boas. Ar, iluminação,

objetos, odores, limpeza são estimulantes. Atenção aos sons porque algumas

pessoas conseguem trabalhar bem e outras não.

Algumas pessoas podem achar isso tudo uma besteira, mas fui prova

viva de uma dessas situações, meu local de trabalho foi cobaia, quando ganhei

de presente um purificador de ar com cheirinho de bebê, todos que entravam

comentavam sobre o cheiro agradável e pude verificar na face delas o prazer

ou uma remota lembrança agradável. Aquele cheirinho de bebê poderia

remeter a lembrança da infância ou família.

Segundo Weisinger (1997) outras técnicas para comunicação eficaz

permitiriam melhor produtividade.

• A auto revelação – revelar o que você pensa, sente, deseja;

25

• A positividade – defender suas opiniões, ideias, crenças e

necessidades, a só mesmo tempo respeitar as dos outros;

• A escuta dinâmica – ouvir o que a outra pessoa está realmente

dizendo;

• A crítica – expor construtivamente suas ideias e sentimentos em

relação à ideia e atos de outros;

• A comunicação de equipe – saber comunicar-se numa situação

de grupo.

2.1 Profissionais de Primeira Grandeza

Trabalhar em uma empresa grande ou pequena que deseja crescer é

sofrer avaliação habitual das competências e talentos. O mercado de trabalho

não busca somente as competências técnicas, mas também as competências

comportamentais, que são competências essências empresariais e humanas.

Uma mesma competência pode ser destaque em diferentes trabalhos.

Competências Técnicas e Comportamentais junto às metas organizacionais

ajudará a traçar descrição de cada cargo, que será o diferencial competitivo

nas organizações.

A competência emocional é essencial na formação da liderança. Os

pontos fortes e fracos de um líder podem ser medidos como ganhos e perdas

em uma organização. Portanto de certa maneira podemos dizer que as perdas

tem que ser pontos de aprendizado. Não significa dizer na permissão de

descontrole.

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Goleman (1999) define uma moldura da competência emocional:

pessoal e social.

Competência Pessoal: essas competências determinam como lidamos

conosco.

Auto percepção: conhecer os próprios estados interiores, preferências,

recursos e intuições.

• Percepção emocional – reconhecer as próprias emoções;

• Auto avaliação precisa – conhecer os próprios pontos fortes e

limitações;

• Auto confiança – certeza do próprio valor e capacidade.

Auto regulação: lidar com os próprios estados interiores, impulsos e

recursos.

• Autocontrole – lidar com emoções perturbadoras e impulsos;

• Merecer confiança – manter padrões de honestidade pelo

desempenho pessoal;

• Ser consciencioso – assumir a responsabilidade pelo

desempenho pessoal;

• Adaptabilidade – flexibilidade para lidar com as mudanças;

• Inovação – sentir-se à vontade e aberto diante de novas ideias,

enfoques e novas informações.

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Motivação: tendências emocionais que guiam ou facilitam o alcance de

metas.

• Vontade de realização – esforçar-se para melhorar ou satisfazer

um padrão de excelência;

• Dedicação – alinhar-se com as metas do grupo ou organização;

• Iniciativa – estar pronto para agir diante das oportunidades;

• Otimismo – persistência na perseguição das metas a despeito de

obstáculos e reveses.

Competência Social: essas competências determinam como lidarmos

com relacionamentos

Empatia: percepção dos sentimentos, necessidades e preocupação

dos demais.

• Compreender os outros – pressentir os sentimentos e

perspectivas dos outros e assumir um interesse ativo por suas

preocupações;

• Orientação para o serviço – antever, reconhecer e satisfazer as

necessidades dos clientes;

• Desenvolver os outros – pressentir as necessidades de

desenvolvimento dos outros e melhorar sua habilitação;

• Alavancamento da diversidade – cultivar oportunidade através de

diferentes tipos de pessoas;

28

• Percepção política – ler as correntes emocionais e os

relacionamentos de poder de um grupo.

Aptidões Sociais: aptidão natural para induzir-nos outros as respostas

desejáveis

• Influência – implementar táticas eficazes de persuasão

• Comunicação – emitir mensagens claras e convincentes

• Liderança – inspirar e guiar grupos e pessoas

• Catalisador de mudanças – iniciar ou administrar aas mudanças

• Gerenciamento de conflitos - negociar e solucionar desacordos

• Formação de vínculos – estimular os relacionamentos produtivos

• Colaboração e cooperação – trabalhar com outros, rumos a metas

compartilhadas.

• Capacidade de equipe – Criar uma sinergia de grupo, buscando

atingir metas coletivas.

29

CAPÍTULO III

DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA

Antigamente as pessoas que lideravam eram pessoas que nasciam

com dom, com passar dos tempos os lideres assumem não só a gestão de

pessoas como também a busca por resultados. Hoje mercado de trabalho esta

mudado, existem novos critérios e não importa o quanto somos inteligentes

nem nossa formação e especialização, mas como lidamos com os outros. Claro

que o conhecimento é importante, mas o diferencial no processo de

contratação é como nos relacionamos. O foco são as qualidades pessoais,

como iniciativa e empatia, capacidade de adaptação e persuasão. As

organizações preocupam-se com a sucessão de líderes e seu recrutamento. O

capital humano é um ativo intangível para os recrutadores.

“Em um mundo altamente competitivo, precisamos ser

competentes, e muito. Mas também devemos saber que

nossa missão nessa viagem pelo planeta é ser felizes e

criar oportunidade para que os outros também sejam.

A primeira transformação necessária para que ocorra a

felicidade e passar a creditar na possibilidade de um

mundo todos possam se realizar. Empresas cujos

acionistas e colaboradores sintam que sua participação

vale a pena. Casamento em que ninguém precisa se

anular para que os dois continuem juntos. E,

principalmente, um mundo onde cada pessoa seja

respeitada pela sua maneira de ser.” (SHINYASHIKI,

1997, p.23)

30

As empresas estão se adequando o tempo todo ao mercado e a

necessidade do cliente, por isso, desta forma, ser resiliente é um ingrediente de

excelência para cargos de chefia. Essa preocupação otimiza a inteligência

coletiva do grupo e sinergia torna a empresa cada vez mais eficiente e

produtiva. Inteligência emocional não quer dizer liberar todos seus sentimentos,

significa administrar seus sentimentos de forma a expressa-los

apropriadamente para que as pessoas trabalhem com tranquilidade. Todo bom

líder deve realizar uma série de passos ou manobras com estratégias para

alcançar alvo específico. Um líder sem convicção e apático seria um fantoche

sem emoções, que não é notado. Ninguém crê nas suas palavras e não o

seguem.

Há a necessidade de mudar para inovar, cujo objetivo é atender as

grandes transformações sociais, econômicas, políticas, culturais e obter maior

competitividade no mercado. Toda inovação exige aprimoramento e novos

Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA – elo de comportamentos que

eleva o conhecimento e habilidade). E é através do mapeamento das

necessidades de desenvolvimento de cada colaborador com relação às

atividades a serem realizadas e o mapeamento das competências

indispensáveis de cada cargo, que poderemos então buscar um plano de

desenvolvimento mais focado para a função do colaborador e maior eficácia no

valor a ser investido (custo X benefício).

As competências técnicas e comportamentais são essenciais na

competitividade global. O diferencial dos grandes líderes é saber lidar com as

emoções. Os líderes sempre tem o poder de decisão, desempenham um papel

emocional e conduz a emoção de todos. Na empresa em que trabalho pude

perceber a gestão emocional de dois gerentes de uma área comercial, onde as

metas de ambas eram sempre crescentes, mas a forma de lidar com seus

subordinados faziam com que cumprissem as metas com medo e com outra

gerência com comprometimento.

31

No segundo caso era uma liderança que canalizava as emoções de

forma positiva, onde se procurava elo emocional e existia empatia. Inteligência

emocional é isso, na liderança, os líderes sabem lidar com suas emoções e dos

que se relaciona. Não é só o que se faz, mas como se faz.

“A adaptabilidade às mudanças é uma condição

indispensável para a sobrevivência de pessoas e

organizações, e mais ainda para seu sucesso na

economia global de hoje. Quem consegue se adaptar é

recompensado.

A maioria dos gerentes bem sucedidos sabe disso e tenta

criar ambientes que ajudem as pessoas a mudar – e

apreciar as mudanças. Quando a velocidade da mudança

aumenta, mais do que nunca todos nós precisamos nos

adaptar.

As mudanças inesperadas – no trabalho ou na vida –

podem, como você sabe, ser estressantes, a menos que

você tenha um modo de encará-las que o ajude a

compreendê-las, ....” (JOHNSON, 2003, p. 14).

A liderança é uma competência importante. Diante disso, é necessário

que as organizações tenham seus princípios éticos definidos e estabelecidos,

pois atitudes éticas são fundamentais para os processos de mudanças, devido

à necessidade de alto grau de comprometimento e participação. Os princípios e

valores regem a conduta de seus colaboradores, representantes legais, tornam

explícito o comportamento esperado na relação com colegas de trabalho e

clientes externos. Lideres só lideram, obtém prestígios, eficácia, adesão dos

melhores profissionais e da sua lealdade, quando conquistam a confiança dos

mesmos a partir da sua conduta ética.

32

O líder apresenta atitudes que podem apaziguar as situações

problemas do dia a dia, sabe se manter imparcial e não demonstra favoritismo

a questões levantadas. Em suas interpretações busca um ponto favorável e

aceitável as duas partes. É valido ressaltar a capacidade de o líder perceber a

individualidade e necessidade específica no surgimento do conflito, logo a

solução do problema é proporcionar o entendimento e o bem comum de acordo

com a necessidade específica.

“Não obstante, a influência sobre as emoções vai além do

que o líder diz. Nesses estudos, mesmo quando os

líderes nada falam, são observados mais atentamente do

que qualquer outro membro do grupo. Quando alguém

levanta a questão para o grupo como um todo, todos se

voltam para o líder, esperando sua resposta. Com efeito,

os membros do grupo costumam ver a reação emocional

do líder como a mais válida, com base na qual modelam a

sua própria – sobretudo em uma situação ambígua, em e

que cada um reage de maneira diferente. De certa forma,

o líder estabelece o padrão emocional. Os lideres

distribuem elogios ou se calam, criticam de modo positivo

ou destrutivo, oferecem apoio ou fazem vista grossa ás

necessidades de seus subordinados. Podem apresentar a

missão da equipe para conferir um significado mais rico à

contribuição de cada um – ou não. Podem orientar de

modo a proporcionar um senso de clareza e direção no

trabalho, a estimular a flexibilidade, a permitir que as

pessoas valham-se de seu bom senso para decidir como

desincumbir-se de suas respectivas tarefas. Todas essas

atitudes ajudam a determinar o impacto emocional

primário do líder.” (GOLEMAN, 2002, p. 8).

33

Os líderes emocionalmente inteligentes atraem pelo prazer de trabalhar

ao seu lado, já os resmungões, negativos, dominadores e frios afastam as

pessoas e ninguém quer trabalhar com ele. As pessoas não se transforma

quando querem nem porque precisam. Mudam somente quando se

comprometem e as mudanças exigem como primeira condição o desejo de

transformação. O mais importante é o compromisso com a mudança. O

verdadeiro líder é construído pelo enfrentamento do problema. A mudança só

pode acontecer quando a própria pessoa se compromete consigo mesma. Não

adianta querer assumir a responsabilidade pela mudança do outro.

Goleman menciona os líderes dotados deste talento como imãs

emocionais, atraem naturalmente as pessoas e principalmente as talentosas

apenas pelo prazer de trabalhar com ela. Pesquisas sobre humor no trabalho

revelam que as brincadeiras oportunas ou risadas podem estimular a

criatividade, abrir linhas de comunicação, reforçar vínculo e confiança.

Os líderes deverão dispor de predicativos como: habilidade para

aprender, criatividade, vocação experimental, visão estratégica,

interdependência, cooperação, autonomia, responsabilidade e maturidade. Na

sua grande maioria com atitudes construtivas mesmo que sob pressão o líder

mantém no controle dos seus sentimentos. A autogestão é uma virtude de

liderança que propicia transparência, base da empatia.

A liderança inspiradora confere ao líder um estilo visionário alicerçada

na autoconfiança, autoconsciência e empatia. Os lideres devem saber qual o

seu papel, responsabilizar-se pelo equilíbrio entre seus dons e caráter, ser

generoso e positivo, em resumo liderar com amor, se importar. O

comprometimento da equipe criará um círculo forte onde a confiança fará com

que os erros sirvam de aprendizado para todos tornando a equipe grandiosa. O

crescimento começa com líder que busca sempre com sabedoria delegar para

preparar seu sucessor, não existe líder solitário.

34

“Tempos de fracasso não só revelam o verdadeiro caráter

de um líder, mas também apresentam oportunidades para

lições significativas de liderança.

Depois de uma grande vitória sobre os filisteus, o rei Davi

cometeu erro enorme: parou de confiar em Deus para a

defesa de sua nação e ordenou censo para medir seu

poderio militar. Sua disposição em responsabilizar-se por

seu ato tolo demonstrou sua profundidade de caráter. Ele

se arrependeu e aceitou a punição de mão de Deus,

confiando a graça divina. Mesmo assim o erro de Davi

aniquilou a vida de setenta mil israelitas. Quando líderes

fazem besteiras, muitos sofrem.

Muitos líderes tentam esconder o fracasso, culpar os

outros ou corres de Deus. Mas Davi admitiu seu fracasso

e se arrependeu. Embora tenha passado por muitas

dificuldades, Davi admitiu seu fracasso e se arrependeu.

Embora tenha passado por muitas dificuldades, Davi

trabalhou para restaurar seu relacionamento com Deus e

fez tudo o que pôde para minimizar as consequências de

seu fracasso na vida dos outros.” (MAXWELL, 2008, p.09)

Todo com líder treina sua equipe trabalhando a estratégia para alcance

das metas da empresa e o desenvolvimento do seu time. Os líderes observam

atentamente as necessidades e os problemas, aconselha. Qualificações

pessoais possibilitam qualificações de liderança, exemplo disso é o caráter que

nos permite fazer o que certo quando parece difícil, coragem nos permite tomar

iniciativa e correr riscos para alcançar objetivo que valha a pena, consideração

nos permite atrair e dar poderes aos outros em prol da nossa causa e

perspectiva nos permite entender que as coisas devem acontecer para que

objetivo seja alcançado. Cria-se um equilíbrio entre seus dons e seu caráter.

35

A estratégia desenhada aliada a comunicação contínua é a chave da

produtividade que exercitará a troca de informação. Devem ter clareza quanto

aos papéis que exerce ou nos submete. O magnetismo de um líder pode

causar impactos intelectuais e emocionais, atraindo seguidores semelhantes

quanto complementares. O essencial é reconhecer que as pessoas são

diferentes e poderão não se sentir atraídas. Importante lembrar que a maioria

evita confrontos que podem gerar ressentimentos, pessoas infelizes tendem a

atacar o líder. A adversidade enfatiza uma reflexão na condução da equipe,

pensar no futuro da organização e promover mudanças no planejamento e

determinar seu propósito primário.

“Navegadores fazem mais do que guiar. Eles planejam a

viagem inteira em sua mente antes de deixar a doca. Eles

têm a visão para seu destino, entendem o que é preciso

para chegar lá, sabem do que precisam em um time para

dar certo e reconhecem os obstáculos muito antes que

apareçam no horizonte. Líderes que se preparam bem

podem levar seu pessoal para qualquer lugar.”

(MAXWELL, 2008, p.62)

Criar um círculo forte com pessoas de dons variados. A delegação de

tarefas aumenta a produtividade individual e aumenta a produtividade da

equipe. Incrementam o desempenho alheio, melhoram a confiança das

pessoas em si mesmas e nos outros. Os líderes assim conseguem trabalhar

nas pessoas o que há de melhor nelas, criam ambiente de responsabilidade

fazendo do que aprendam de modo criativo e independente. Discretamente

esses profissionais facilitarão os processos de comprometimento gradual e

possibilitará em novos ativos de liderança e a melhora entre os colaboradores

da equipe. Aqueles que realmente perceberem a magnitude para a diversidade

dentro da liderança será avaliado com as melhores práticas.

36

Muitas vezes o processo de mudança organizacional fazem com que

rituais organizacionais sejam desfeito e assim possam impulsionar mudanças

e mobilizar o apoio dos colaboradores e reformulação da cultura

organizacional.

37

CONCLUSÃO

A pesquisa realizada me proporcionou e permitiu um trabalho de

conhecimento e compreensão do resultado de nossas habilidades racionais

bem como a compreensão dos resultados da nossa habilidade emocional.

Muitas pessoas não sabem lidar com seus sentimentos que significa não ter

gestão emocional. Nesse sentido, conflito razão e emoção – cabeça e

coração.

É importante ressaltar que essa sensação é não tão somente em nossa

vida pessoal e sim em nosso ambiente de trabalho onde existem emoções a

flor da pele, boicotes e líderes despreparados. A leitura atenta me fez constatar

todo ser humano precisa se sentir preocupados e focados com o resultado dos

outros e da empresa como um todo.

Através do estudo pude constatar o quanto o estresse pode influenciar

em nosso sistema imunológico, na vida pessoal e profissional do ser humano.

Isso não significa que o estresse é de todo ruim, para nossa segurança

precisamos da adrenalina para alcançar nossas metas de vida, assim

perpetuar nossa existência. A observação mais importante é saber como

alcançar ao equilíbrio, se proporcionar momentos de prazer para aliviar o

estresse negativo, respirar, fazer meditação, massagem, algo que goste.

Na qualidade da liderança percebo a diferença de chefe e líder. Num

grupo as pessoas tem que estar focada não somente no seu resultado

profissional, mas também da equipe. Construir competências de afeto,

interação, viver em um ambiente que proporcione prazer de trabalhar, que se

tenha abertura para escutar as pessoas e fazer com que elas cresçam e

saibam como avaliar e que possam pensar com sua própria cabeça.

38

Em suma, considero que os valores pessoais precisam estar alinhados

aos valores e missão da empresa, desenvolvendo assim um significado que vai

além do lugar que se vai ganhar dinheiro, tem que ser o lugar para produzir e

crescer com prazer.

Considero que obtive bons resultados em minha pesquisa com a

leitura, reflexão e aprendizados com esse estudo. Acredito que esse estudo

será de suma importância para minha vida pessoal e profissional na área de

Pedagogia Empresarial. Espero que possa ser um ponto de reflexão para todos

aqueles que compartilharem desta leitura.

39

BIBLIOGRAFIA

ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção.

Cotia: Ateliê Editorial,2009.

CURY, Augusto. O código da inteligência. Rio de Janeiro: Thomas Nelson

Brasil, 2008.

DAVIDSON, Richard J.,ph D; BEGLEY, Sharon. O estilo emocional do cérebro.

Rio de Janeiro: Sextante , 2013.

GOLEMAN, Daniel, ph D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que

define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

GOLEMAN, Daniel, ph D.; BOYATZIS, Richard; MCKEE, Annie. O poder da

inteligência emocional. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

GOLEMAN, Daniel, ph D.; Trabalhando com a inteligência emocional. Rio de

Janeiro: Objetiva, 1999.

GOLEMAN, Daniel, ph D.; GURIN, Joel. Equilíbrio mente/corpo: como usar sua

mente para uma saúde melhor. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo?. Rio de Janeiro: Record,

2003.

LOWEN, Alexander. Medo da vida: caminhos da realização pessoal pela vitória

sobre o medo. São Paulo: Summus: 1986.

MAXWELL, John C. Minutos de liderança. Rio de Janeiro: Thomas Nelson

Brasil, 2008.

40

MCCOOL, Joseph Daniel. Escolhendo líderes: como os recrutadores orientam,

dirigem e inovam na busca global por talentos. São Paulo: Saraiva, 2010.

MOSCOVICI, Fela. Razão & Emoção: a inteligência emocional em questão.

Salvador, BA: Casa da Qualidade, 1997.

SHINYASHIKI, Roberto T. O sucesso é ser feliz. São Paulo: Editora Gente,

1997.

WEISINGER, Hendrie, ph D. Inteligência emocional no trabalho. Rio de

Janeiro: Objetiva, 1997.

41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SER HUMANO – RAZÃO E EMOÇÃO 10

1.1 – Entre a Mente e o Corpo 13

1.1.1 – Estresse e doenças específicas 16

1.1.2 – Mente na doença 18

CAPÍTULO II

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 21

2.1 – Profissionais de Primeira Grandeza 25

CAPÍTULO III

DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA 29

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41