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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ESTRATÉGICO PARA TOMADA DE DECISÕES Por: Jairo Luiz de Araujo Brito Orientador Prof. Ana Claudia Morrisy Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL fileinviável nas pequenas empresas. ... O Planejamento tributário é uma das mais importantes etapas do plano de negócios para análise

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

ESTRATÉGICO PARA TOMADA DE DECISÕES

Por: Jairo Luiz de Araujo Brito

Orientador

Prof. Ana Claudia Morrisy

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

ESTRATÉGICO PARA TOMADA DE DECISÕES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestão

Corporativa.

Por: Jairo Luiz de Araujo Brito

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família e em

especial ao meu amigo Vinícius Mouta

que sempre estiveram presentes me

oferecendo apoio.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu pai Jadir Brito.

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RESUMO

O conteúdo deste estudo demonstra as diferentes formas de tributação

da legislação brasileira. As empresas encontram muitas dificuldades na

escolha pela melhor opção de tributação e a contratação de um profissional

especializado para a elaboração do planejamento tributário anual pode ser

inviável nas pequenas empresas.

O simples nacional, lucro presumido e lucro real serão apresentados, os

limites de faturamento fazem parte do conteúdo programático, as vedações e

impedimentos no simples nacional serão abordados.

O estudo compara as tributações em diversos cenários e demostra os

impostos auferidos com estimativas de faturamento e resultado econômico de

empresas fictícias da atividade de prestação de serviços.

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METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado como fonte de

pesquisa principalmente a legislação brasileira, artigos, livros e pesquisas na

internet foram meios secundários de base de dados. Planilhas e tabelas foram

confeccionadas com exemplos teóricos para exemplificar de forma mais

amigável ao leitor a compreensão dos dados.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Lucro Real 09

CAPÍTULO II - Lucro Presumido 27

CAPÍTULO III – Simples Nacional 32

CAPÍTULO IV – Planejamento: Estratégias fiscais 37

CONCLUSÃO 49

ANEXOS 50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55

ÍNDICE 57

FOLHA DE AVALIAÇÃO 58

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INTRODUÇÃO

O Planejamento tributário é uma das mais importantes etapas do plano

de negócios para análise de viabilidade do negócio, tal processo não pode ser

ignorado ou simplesmente feito superficialmente, a escolha pela tributação

ideal a realidade da empresa é de suma importância.

O trabalho busca abordar as diferentes formas de tributação brasileira,

os três primeiros capítulos vão demostrar os tipos de tributação isoladamente,

explicando cada uma com suas alíquotas, obrigações fiscais, vedações e

obrigatoriedades. O capítulo IV vai confrontar os dados dos três primeiros

capítulos, demostrando de forma comparativa com exemplos ilustrativos.

As empresas podem diminuir a carga tributária com o planejamento

adequado, este chamado de “elisão fiscal” ou economia legal tem um peso

significativo e deve ser feito anualmente com os dados de expectativa de

resultado para o exercício seguinte, o estudo ira demonstrar com exemplos

teóricos cenários iguais com formas de tributação diferentes, tal análise

permitirá ao leitor uma visão crítica sobe o assunto abordado.

O intuito do trabalho é demonstrar estratégias fiscais com uma

linguagem menos carregada que a legislação na íntegra. O segmento de

serviço será abordado com cenários de saúde e dificuldade econômica e

financeira.

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CAPÍTULO I

LUCRO REAL

O Lucro real significa para a receita federal do Brasil o lucro verdadeiro

oferecido a tributação, ou seja, o lucro tributável para fins de legislação do

imposto de renda. Diferentemente do lucro líquido contábil apurado

anualmente, o lucro real sofre uma série de ajustes, tais ajustes são chamados

de adições e exclusões do imposto de renda e seguem regras que precisam de

um tratamento cuidadoso para evitar conflito de opiniões com a RFB.

De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do

período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real

será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com

observância das leis comerciais.

Devem ser adicionados ao lucro líquido (RIR /1999, ART. 249): os

custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer

outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a

legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro

real (exemplo: resultados negativos de equivalência patrimonial, custos e

despesas não dedutíveis); os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer

outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a

legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real

(exemplo: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos dos preços de

transferência, lucros auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no

exterior);

Podem ser excluídas do lucro líquido (RIR /1999, ART. 250): os

valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não

tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração

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(exemplo: depreciação acelerada incentivada); os resultados, rendimentos,

receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que,

de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro

real (exemplo: resultados positivos de equivalência patrimonial, dividendos);

Poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do

contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde

que observado o limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido

ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária. O

prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de períodos

anteriores e registrado no Lalur (parte B) (Lei n o 8.981, de 1995, art. 42).

O período de apuração do lucro real deve ser determinado no início de

cada período, a RFB permite a apuração de duas formas, sendo a primeira

pelo período anual, encerrando sempre em 31 de dezembro, devendo

entretanto recolher o imposto mensalmente por estimativa ou pelo período

trimestral, nesse segundo modelo o imposto é apurado nos trimestres findos

em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. O lucro real

trimestral leva vantagem na postergação do dispêndio financeiro para

recolhimento do imposto, porém não é indicado para empresas com eventos de

sazonalidade, pois pode ocorrer de a empresa pagar um imposto muito alto em

um determinado período e depois não ter a mesma continuidade no resultado

para os períodos seguintes, nesse cenário corre o risco de não reaver o

montante pago que seria diluído caso tivesse feito a opção pelo lucro real anual

com bases de estimativa mensal.

As alíquotas de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro

líquido para pessoa jurídica que faz a opção pelo lucro real são de 15% e 9%

respectivamente, no caso do imposto de renda ainda existe a alíquota adicional

de 10% sobre o lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de

R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração.

O lucro real é obrigatório nos seguintes casos:

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I – cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite

de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00

(seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de

atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite

estabelecido pela Lei 12.814/2013);

II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de

investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de

crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,

sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de

títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,

cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e

entidades de previdência privada aberta;

III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do

exterior;

IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios

fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento

mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996;

VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de

serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e

riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos

creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de

serviços (factoring).

VII – que explorem as atividades de securitização de créditos

imobiliários, financeiros e do agronegócio.

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São as principais adições obrigatórias no lucro real:

I. Doações e Brindes;

II. Lucro Inflacionário apurado até 31/12/1995;

III. Recibos sem especificação da fonte recebedora;

IV. Orçamentos, Pedidos e qualquer documento não idôneo;

V. Verbas Rescisórias em desacordo com a legislação trabalhista

vigente, tais como: Pagamento de verbas não autorizadas no caso de

justa causa exemplo: férias, aviso prévio, e descontos sobre salário e

rescisão sem autorização do empregado, etc.

VI. Multas Punitivas (Transito Imetro, Ibama, Fátima, Multas sobre ação

fiscal, porem será considerado apenas o valor da multa, os juros são

dedutíveis). Cabe acrescentar que pagamento de impostos em atraso

com multa espontânea é dedutível;

VII. Despesas de Variação Cambial quando alocadas pelo regime de

competência, antes do fechamento do cambio;

VIII. Impostos Não pagos em Discussão Judicial;

IX. Impostos Não pagos por Iniciativa da Empresa;

X. Provisões Indedutíveis tais como: perdas, frete, propaganda, etc.,

são consideradas como dedutível, Provisão de Férias e 13 salários;

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XI. Ajustes devedores de qualquer natureza tais como: ajuste de

contagens físicas de estoques, ajuste de estoque a valor de mercado,

ajustes de financiamentos a valor presente;

XII. Despesas Particulares dos Sócios e Dirigentes;

XIII. Multas contratuais que não tenham relação com o objeto social;

XIV. Valor residual das parcelas de LEASING – antecipação de valor para

a opção de compra do bem, destinados à utilização de diretores e

sócios e por terceiros, não são dedutíveis;

XV. Receitas de deságios de Investimentos avaliados por equivalência

patrimonial diferidos até a realização daqueles investimentos;

XVI. Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial;

XVII. Festa de Confraternização não é dedutível quando não for

comprovada a participação de todos os funcionários;

XVIII. Comissões de Vendas, quando condicionadas ao recebimento da

venda, é considerada provisão sendo indedutível;

XIX. Previdência Privada de valor superior a 20% dos salários e retiradas

dos dirigentes;

XX. Perdas de Recebimentos de Crédito que superarem as previsões

legais conforme RIR/1999, art. 340, § 1 o.

XXI. Depreciação de Bens Locados com Terceiros;

XXII. Depreciação Acelerada Incentivada, porem somente o valor

excedente a Depreciação Normal;

XXIII. Depreciação Proveniente de Reavaliações de Bens antes de 2000;

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XXIV. Expedição das Vendas do Período Anterior, ou seja, vendas menos

custo de vendas, Quando não contabilizados.

São as principais exclusões permitidas pela legislação:

I. Reversão de Provisões Indedutíveis;

II. Ajustes credores de qualquer natureza tais como: ajuste de contagens

físicas de estoques, ajuste de estoque a valor de mercado, ajustes de

financiamentos a valor presente;

III. Receita de Variação Cambial quando alocada pelo regime de

competência antes do fechamento de cambio;

IV. Despesas de ágios amortizados de Investimentos avaliados por

equivalência patrimonial diferidos até a realização daqueles

investimentos;

V. Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial;

VI. Pagamento de Impostos em Atraso por iniciativa da Empresa;

VII. Decisão favorável em discussão de processos judiciais tributários;

VIII. Pagamento de Impostos sobre discussão judicial,

IX. Distribuição de Lucros e Dividendos;

X. Receitas que poderiam ser diferidas;

XI. Receitas obtidas com tributação exclusiva ou isenta de imposto de

Renda;

XII. Vendas Não Expedidas do Período.

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O Lucro real ainda permite a dedução por incentivos fiscais que a

empresa tenha feito no exercício. Do imposto normal devido (alíquota normal

de 15%), poderão ser deduzidos os seguintes incentivos fiscais, observados os

limites e condições aplicáveis, tais como:

Tabela I

Limite de Dedução

Cumulativa

Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)

15% das despesas de custeio do PAT, líquidas da parcela cobrada dos empregados ou 15% de R$1,99 X número de refeições fornecidas no período, o que for menor.

4% do IRPJ devido

Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial ou Agropecuário (PDTI/PDTA)

15% dos dispêndios incorridos no período

4% do IRPJ devido

Operações de Caráter Cultural e Artístico,

Valor das doações e patrocínIos realizados

4% do IRPJ devido

Atividade Audiovisual

Valores aplicados na aquisição de certificados de investimentos em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura

3% do IRPJ devido

Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente

Doações efetivamente realizadas1% do IRPJ devido

Não há Art. 591 do RIR/99

Projetos Desportivos e Paradesportivos

Patrocínios e doações a projetos aprovados pelo Ministério do Esporte

1% do IRPJ devido

Não há

Art. 1º da Lei nº 11.438/06 com a redação dada pela Lei nº 11.472/2007

4% do IRPJ devido, observado o limite específico para as atividades audiovisuais

Arts. 475 a 478, 484 a 488 do RIR/99

Incentivos Fiscais Base de Cálculo do IncentivoLimite de Dedução Individual

Fundamento Legal

4% do IRPJ devido

Arts. 491 a 493, 581 a 587, 504 a 507 do RIR/99

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Os quadros I e II abaixo mostram o cálculo da CS e do IR de uma

empresa fictícia com opção no lucro real e pagamento em bases estimadas. O

lucro contábil foi de R$ 800.000,00 antes da CS e IR, a atividade dessa

empresa é a prestação de serviços de consultoria, domicílio fiscal RJ.

Quadro I

1 – Lucro / Prejuízo do Período antes da CSLL e do IRPJ 800.000,00

2 – Adições 9.000,00 2.1 Equivalência Patrimonial Negativa - 2.2 Multas Fiscais 1.000,00 2.3 Gratificação a Diretoria 2.500,00 2.4 Despesas com Brindes 500,00 2.5 Despesas com Alimentação de sócios, acionistas ou administradores 200,00 2.6 Provisão para Ajuste e Valor de Mercado 4.200,00 2.7 Provisão para Perdas em Investimentos - 2.8 Perdas no recebimento de Créditos de Sociedades Ligadas - 2.9 Doações não dedutíveis - 2.10 Amortização do Ágio - 2.11 Realização de reserva de Reavaliação - 2.12 Deságio Realizado - 2.13 Lucro Inflacionário Realizado - 2.14 Perdas em Operações de Renda Variável - 2.15 Prejuízo na Venda de Incentivos Fiscais - 2.16 Tributos com exigibilidade Suspensa (Liminar .... etc.) - 2.17 Outras – despesas indedutíveis 600,00

3 – EXCLUSÕES 1.000,00 3.1 Dividendos Recebidos - 3.2 Equivalência Patrimonial Positiva - 3.3 Deságio de Investimentos - 3.4 Rendimentos de T.D.A. (títulos da Dívida Agrária) - 3.5 Outras 1.000,00

4 – LUCRO REAL AJUSTADO (1 + 2 – 3) 808.000,00

5 – COMPENSAÇÕES - 5.1 Compensação de prejuízo de Períodos Anteriores -

6 – LUCRO REAL (4 – 5) 808.000,00

7 – CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL7.1 Alíquota de 9% 72.720,00

8 – Incentivos fiscais (FINAN, FINOR, PAT, doações) -

9 – Contribuição social a Pagar (antes dos valores retidos) 72.720,00

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Quadro II

A empresa fictícia ainda terá que pagar os impostos sobre o

faturamento, sendo eles o Pis, a Cofins e o ISS. Assim como o IRPJ e CSLL, o

Pis e a Cofins no lucro real podem sofrer adições e exclusões da base de

cálculo oferecida a tributação, a grande diferença em relação as outras opções

1 – Lucro / Prejuízo do Período antes do IRPJ 727.280,00

2 – Adições 9.000,00 2.1 Equivalência Patrimonial Negativa - 2.2 Multas Fiscais 1.000,00 2.3 Gratificação a Diretoria 2.500,00 2.4 Despesas com Brindes 500,00 2.5 Despesas com Alimentação de sócios, acionistas ou administradores 200,00 2.6 Provisão para Ajuste e Valor de Mercado 4.200,00 2.7 Provisão para Perdas em Investimentos - 2.8 Perdas no recebimento de Créditos de Sociedades Ligadas - 2.9 Doações não dedutíveis - 2.10 Amortização do Ágio - 2.11 Realização de reserva de Reavaliação - 2.12 Deságio Realizado - 2.13 Lucro Inflacionário Realizado - 2.14 Perdas em Operações de Renda Variável - 2.15 Prejuízo na Venda de Incentivos Fiscais - 2.16 Tributos com exigibilidade Suspensa (Liminar .... etc.) - 2.17 Outras – despesas indedutíveis 600,00

3 – EXCLUSÕES 1.000,00 3.1 Dividendos Recebidos - 3.2 Equivalência Patrimonial Positiva - 3.3 Deságio de Investimentos - 3.4 Rendimentos de T.D.A. (títulos da Dívida Agrária) - 3.5 Outras 1.000,00

4 – LUCRO REAL AJUSTADO (1 + 2 – 3) 735.280,00

5 – COMPENSAÇÕES - 5.1 Compensação de prejuízo de Períodos Anteriores -

6 – LUCRO REAL (4 – 5) 735.280,00

7 – CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA 7.1 Alíquota de 15% 110.292,00 7.2 Adicional de 10% (acima 20.000,00 mês 60.000,00 trimestre) 71.528,00

8 – Incentivos fiscais (FINAN, FINOR, PAT, doações) 200,00

9 – Imposto de Renda a Pagar (antes dos valores retidos) 181.620,00

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de tributação é que na modalidade Lucro Real ou também conhecido como

regime não cumulativo, as empresas podem se beneficiar de créditos sobre os

insumos utilizados na prestação de serviços.

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, com a

incidência não-cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendido o

total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua

denominação ou classificação contábil (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §§ 1º e

2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §§ 1º e 2º).

As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a

incidência não-cumulativa, são, respectivamente, de um inteiro e sessenta e

cinco centésimos por cento (1,65%) e de sete inteiros e seis décimos por cento

(7,6%). Há exceções à aplicação das alíquotas mencionadas, as mesmas

podem ser consultadas nos regimes especiais nos subitens Alíquotas

concentradas e Alíquotas reduzidas no site da RFB.

Para fins de determinação da base de cálculo do Pis e Cofins, podem

ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº

10.637, de 2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº

247, de 2002, art. 24):

I. das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição

ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

II. das vendas canceladas;

III. dos descontos incondicionais concedidos;

IV. do IPI;

V. do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos

bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

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VI. das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados

como perdas, que não representem ingresso de novas receitas;

VII. dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do

patrimônio líquido;

VIII. dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo

de aquisição, que tenham sido computados como receita; e

IX. das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo

permanente;

X. das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida

pelo substituto tributário;

XI. das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa,

constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003

Ainda que a pessoa jurídica esteja submetida ao regime de incidência

não-cumulativa, as receitas constantes do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e

do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, observado o disposto no art. 15 desta

última Lei, estão excluídas desse regime, o que significa também que os

custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas não geram direito ao

desconto de créditos. As receitas excluídas do regime de incidência não-

cumulativa são as decorrentes do quadro abaixo da Receita Federal do Brasil:

Quadro III

RECEITAS EXCLUÍDASa. de prestação de serviços de telecomunicações;b. de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;c. de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;d. de serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e de serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue(Ver ADI SRF nº 26/2004);

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e. de venda de mercadorias realizadas pelas lojas francas de portos e aeroportos (free shops);f. de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;g. da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;h. de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);i. de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;j. da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2008;k. auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido na Portaria Interministerial nº 33, de 2005, dos Ministros de Estado dos Ministérios da Fazenda e do Turismo;l. de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior.

m. de contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:1. com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;2. com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços; e

3. de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data.

4. de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrente de contratos de longo prazo.(Ver IN SRF nº 468, de 2004, para os conceitos de contrato com prazo superior a um ano e preço predeterminado)

n. de venda de álcool para fins carburantes;o. das operações sujeitas à substituição tributária;p. de venda de veículos usados de que trata o art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998;q. das operações de compra e venda de energia elétrica, no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), pelas pessoas jurídicas submetidas ao regime especial de que trata o art. 47 da Lei nº 10.637, de 2002;r. da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;s. de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias;t. da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo.u. das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas, auferidas por empresas de serviços de informática. A exclusão da não-cumulatividade não alcança a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado.

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Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a

pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar

créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e

1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores do quadro a seguir da

Receita Federal do Brasil:

Quadro IV

CRÉDITOSa. das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;

OBS: O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda, de papel imune a impostos de que trata o art. 150, inciso VI, alínea d da Constituição Federal, quando destinado à impressão de periódicos, será determinado mediante a aplicação da alíquota de 3,2% (Cofins) e 0,8% (Contribuição para o PIS/Pasep) (Ver emRegimes especiais o subitem d.8).

OBS2: O crédito, na hipótese de revenda de nafta petroquímica pela central petroquímica que adquiriu o produto com a redução de alíquota prevista no art. 56 da Lei nº 11.196, de 2005, ou no art. 8º, § 15 da Lei nº 10.865, de 2004, será determinado mediante a aplicação da alíquota de 4,6% (Cofins) e 1% (Contribuição para o PIS/Pasep).

b. das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes;OBS1: No caso de subcontratação, por empresa de transporte rodoviário de cargas, de serviço de transporte de carga prestado por pessoa jurídica transportadora optante pelo Simples, a alíquota dos créditos é de 5,7% (Cofins) e 1,2375% (Contribuição para o PIS/Pasep)

OBS2: A pessoa jurídica industrial de bebidas que optar pelo regime de apuração previsto no art. 52 da Lei nº 10.833, de 2003, se credita com base nos valores das contribuições estabelecidos nos incisos I a III do art. 51 referentes às embalagens que adquirir, no período de apuração em que registrar o respectivo documento fiscal de aquisição.

c. dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não-cumulativa; OBS: O crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas incidentes na venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos em devolução no mês.d. das despesas e custos incorridos no mês, relativos:1. à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;2. a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa;OBS: É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.

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Com base nas informações descritas sobre alíquotas, créditos e

exclusões da base de cálculo do Pis e da Cofins no regime não cumulativo, a

3. a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples;OBS: É vedado o crédito relativo contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.4. armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;e. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);OBS1: Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a máquinas e equipamentos, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com a IN SRF nº 457, de 2004.OBS2: Para os bens adquiridos depois de 1º de outubro de 2004, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo, no prazo de 2 (dois) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de aquisição do bem (art. 2º da Lei nº 11.051, de 2004, e Decreto nº 5.222, de 2004, e IN SRF nº 457, de 2004).

OBS3: Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, relativo à aquisição de vasilhames referidos no inciso IV do art. 51 desta Lei, destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 12 meses, à razão de 1/12 (um doze avos), ou, na hipótese de opção pelo regime de tributação previsto no art. 52 desta Lei, poderá creditar-se de 1/12 (um doze avos) do valor da contribuição incidente, mediante alíquota específica, na aquisição dos vasilhames, de acordo com regulamentação da Secretaria da Receita Federal.

OBS4: O contribuinte — que tenha projeto aprovado na forma do art. 1º da MP nº 2.199-14, de 2001 em microrregiões menos desenvolvidas definidas em regulamento localizadas nas áreas de atuação das extintas Sudene e Sudam — tem direito ao desconto desse crédito no prazo de 12 meses (Lei nº 11.196, de 2005, art. 31).

OBS5: Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado os custos de mão-de-obra paga a pessoa física; e da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição.

f. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.OBS: O direito ao desconto de créditos de que tratam as letras e) e f) não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do ativo permanente.

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empresa de consultoria fictícia teria a seguinte apuração considerando um

faturamento bruto de R$ 1.800.000,00:

Quadro V

O ISS, imposto sobre serviços, é um imposto de natureza municipal, as

alíquotas variam por município e dependendo do tipo de serviço prestado a

COFINS PIS

(+) Faturamento Mensal (Receita Bruta Total do Mês) 1.800.000,00 1.800.000,00(+) Rendimentos de Aplicações Financeiras e de Renda Fixa - - (+) Ganhos de Aplicações de Renda Variável - - (+) Juros Ativos - - (+) Receita de Aluguéis - - (+) Outras Receitas Financeiras - - (+) Outras Receitas Operacionais - - (+) Receitas Não Oper. (Vendas de Bens do AP/ Ganhos de Cap.) - - (=) Total da Receita Bruta 1.800.000,00 1.800.000,00

(-) Receitas Sujeitas a Alíquota Zero - - (-) Receitas Sujeitas a Substituição Tributária - - (-) Receitas Sujeitas ao Regime Monofásico - - (-) Vendas Canceladas - - (-) Descontos Incondicionais Concedidos - - (-) Reversão de Provisões - - (-) Recuperação de Créditos Baixados Como Perdas - - (-) Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial - - (-) Lucros e Dividendos Recebidos - - (-) Receitas de Vendas do AP Avaliados pelo Custo de Aquisição - -

(=) Total das Exclusões - - (=) BASE DE CÁLCULO DA COFINS/PIS NÃO CUMULATIVOS 1.800.000,00 1.800.000,00(=) COFINS/PIS DEVIDOS = BASE DE CÁLCULO X 7,6% - 1,65% 136.800,00 29.700,00

Base Crédito Crédito

(-) Mercadorias Adquiridas para Revenda - - - (-) Bens e Serv Util. como Insumos na Produção / Fabricação - - - (-) Bens e Serv Util. como Insumos na Prestação de Serviços 200.000,00 15.200,00 3.300,00 (-) Energia Elétrica Consumida nos Estab. da Pessoa Jurídica 10.000,00 760,00 165,00 (-) Aluguéis Pagos a PJ (prédios, máquinas e equipamentos) 20.000,00 1.520,00 330,00 (-) Despesas Financeiras de Empréstimos e Financiamentos de PJ 10.000,00 760,00 165,00 (-) Bens e Encargos de Depreciações do Ativo Imobilizado 25.000,00 1.900,00 412,50 (-) Depreciação ou Amort. de Edificações e Benfeitorias em Imóveis - - - (-) Devoluções de Vendas Tributadas a Alíquota de 7,6% - 1,65% - - - (-) Despesas de Armazenagem e Frete na Operação de Venda - - - (-) 1/12 avos do estoque existente em 31/01/2004 - - - (-) Outros créd. presumidos permitidos pela legislação (comp) - - - (-) Saldo de Créditos do Mês Anterior ou Meses Anteriores - - -

(=) Total dos Créditos 20.140,00 4.372,50(=) COFINS/ PIS NÃO CUMULATIVOS A PAGAR 116.660,00 25.327,50

CRÉDITOS DA COFINS

VALORES EM R$ART. 1º DA LEI Nº 10.833/2003 / 10.637/2002FATURAMENTO / RECEITA BRUTA

EXCLUSÕES DA BASE DE CÁLCULO

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empresa pode ter diferentes tributações para cada atividade exercida. O ISS é

o imposto mais particular, a empresa no trabalho de elaboração do plano fiscal

para o próximo exercício precisa avaliar esse imposto com cautela, muitas

vezes municípios vizinhos podem ter diferenças de até 3% para a mesma

atividade, se a logística for boa no município em que a alíquota for menor a

empresa deve colocar em pauta a discussão de uma possível mudança de

endereço para obter esse benefício fiscal.

No município do Rio de janeiro conforme a Lei nº 3.691 de 28.11.2003,

Art. 33 - O imposto será calculado aplicando-se sobre a base de cálculo as

seguintes alíquotas:

Tabela II

5(Lei nº 3.691 de 28.11.2003)

1.Limpeza e dragagem de portos, rios e canais; construção civil; obras hidráulicas; engenharia consultiva; reparação e reforma de edifícios, estradas, pontes e congêneres.

3(Lei nº 1.513 de 27.12.1989)

2. Serviços de arrendamento mercantil. 2(Lei nº 3.477 de 19.12.2002)

3.Serviços concernentes à concepção, redação, produção e veiculação de propaganda e publicidade, inclusive divulgação de material publicitário.

3(Lei nº 1.513 de 27.12.1989)

4. Serviços de exibição de filmes cinematográficos. 3(Lei nº 1.513 de 27.12.1989)

5.Serviços prestados por profissional autônomo estabelecido e sociedade constituída de profissionais, de que tratam os arts. 1º, 5º e 6º da Lei nº 3.720, de 05/03/2004.

2(Lei nº 3.720 de 05.03.2004)

6.Serviços de geração de programas de computador, sob encomenda, cadastrados como desenvolvidos no país.

2(Lei nº 3.477 de 19.12.2002)

7.

Os serviços a que se referem os subitens 7.02 e 7.05 da lista do art. 8º, quando componentes de obra licenciada, visando a: erguimento de edificação para utilização como hotel; transformação de imóvel em hotel; acréscimo de edificação para aumentar o número de apartamentos de hotel já em funcionamento; ou incorporação, a hotel já em funcionamento, de imóvel ou parte de imóvel antes não utilizado com finalidade hoteleira, criando-se novos apartamentos.

0,5(Lei nº 3.895 de 12.01.2005)

8.

Serviços prestados por instituições que se dediquem, exclusivamente, a pesquisas e gestão de projetos científicos e tecnológicos, por empresas juniores e empresas de base tecnológica instaladas em incubadoras de empresas.

2(Lei nº 3.691 de 28.11.2003)

I - Alíquota genérica (%)

Serviços não especificados no inciso II.

II - Alíquotas específicas (%)

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Serviços relativos à indústria cinematográfica, exclusivamente quando vinculados a filmes brasileiros, naturais ou de enredo, quando:

1) diretamente concorrentes para a produção da obra audiovisual;2) correspondentes a receitas de licenciamento para exibição da obra cinematográfica;3) correspondentes a receitas de distribuição de filmes, sendo que, nesse caso, somente quando o distribuidor se dedicar exclusivamente a filmes brasileiros, naturais ou de enredo.

10.

Serviços de saúde e de assistência médica do subitem 4.03 da lista do art. 8º, prestados por hospitais, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros e clínicas, todos aptos a efetuar internações.

2(Lei nº 3.691 de 28.11.2003)

11.Serviços de transporte coletivo de passageiros, com exceção dos referidos no item 18

2(Lei nº 5.223, de 23.09.2010)

12.

Serviços de administração de fundos quaisquer e de carteira de clientes, previstos no subitem 15.01 da Lista do artigo 8º, exceto de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de cheques pré-datados e congêneres.

2(Lei nº 3.720 de 05.03.2004)

13.

Serviços de agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos e valores mobiliários prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e aqueles realizados no âmbito de Bolsa de Mercadorias e Futuros.

2(Lei nº 3.720 de 05.03.2004)

14. Serviços de feiras, exposições, congressos e congêneres. 2(Lei nº 3.897 de 13.01.2005)

15.

Serviços de representação, ativa ou receptiva, realizada através de centrais de teleatendimento, prestados por estabelecimentos situados na Área de Planejamento 3 - AP-3 e na Área de Planejamento 5 - AP-5 conforme delimitadas no Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, Lei Complementar nº 16, de 4 de junho de 1992.

2(Lei nº 5.044 de 22.06.2009)

16.Serviços de táxi, quando prestados por sociedades cooperativas formadas exclusivamente por profissionais autônomos.

2(Lei nº 5.106 de 11.11.2009)

17.

Serviços a que se referem os subitens 6.04, 8.01, 8.02, 9.01, 12.01 a 12.07 e 12.09 a 12.11 da lista do art. 8º, quando prestados em estabelecimentos situados na área delimitada da Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio de Janeiro, exceto os da Av. Presidente Vargas e da Av. Rio Branco (...)

2(Lei nº 5.128, de 16.12.2009)

18.Serviços públicos de transporte coletivo operados, exclusivamente, por ônibus, mediante concessão outorgada através de licitação realizada pelo Poder Público Municipal

0(Lei nº 5.223, de 23.09.2010)

19.

Serviços de pesquisa, desenvolvimento e gestão de projetos nas áreas científica e tecnológica, executados nas áreas A e B, correspondentes à antiga Ilha do Bom Jesus e ao Parque Tecnológico do Rio na Ilha do Fundão.(...) (NR)

2(Lei nº 5.344, de 21.12.2011)

20.Serviços de agenciamento, corretagem, intermediação e representação, quando relativos a resseguros

2(Lei nº5.588, de 10.06.2013)

9. 2(Lei nº 3.691 de 28.11.2003)

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A empresa de consultoria fictícia está situada no município do Rio de

Janeiro, a alíquota aplicável para essa atividade é de 5%, considerando o

faturamento de R$ 1.800.000,00, a empresa deve recolher para a prefeitura a

quantia de R$ 90.000,00.

Nesse exemplo tratado no capítulo I, a empresa de consultoria fictícia

com opção pelo lucro real deverá recolher na totalidade dos impostos

respectivamente R$ 486.527,50 conforme demonstrativo abaixo totalizador e

apurações isoladas demostradas nos quadros I, II, e V.

Quadro VI

A alíquota efetiva sobre o lucro contábil antes dos impostos para essa

empresa de consultoria fictícia foi de 47%, esse cálculo é feito para apurar o

percentual de impostos sobre o resultado contábil apurado, essa informação é

de grande importância para a alta administração, quanto menor a alíquota

melhor, esse cálculo somente pode ser feito se a empresa estiver com

resultado positivo no período.

Quadro VII

IMPOSTO ALÍQUOTA VALORImposto de renda 15% 110.292,00 Imposto de renda adicional 10% 71.528,00 Contribuição social 9% 72.720,00 Pis 1,65% 25.327,50 Cofins 7,60% 116.660,00 ISS 5% 90.000,00 TOTAL 486.527,50

Receitas (1) 1.800.000,00 Despesas (2) 768.012,50

Resultado (1) - (2) = (3) 1.031.987,50

Total dos impostos (4) 486.527,50

ALIQUOTA EFETIVA (4) / (3) 47%

ALÍQUOTA S/ RESULTADO SEM IMPOSTOS

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CAPÍTULO II

LUCRO PRESUMIDO

O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para

determinação da base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social

Sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas. A sistemática é utilizada

para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua receita bruta e outras

receitas sujeitas à tributação.

Em termos gerais, trata-se de um lucro fixado a partir de percentuais

padrões aplicados sobre a Receita Operacional Bruta. Sobre o referido

resultado somam-se as outras receitas auxiliares (receitas financeiras, alugueis

esporádicos, entre outras). Assim, por não se tratar do lucro contábil efetivo,

mas uma mera aproximação fiscal, denomina-se de Lucro Presumido.

Embora não seja um regime obrigatório, o Lucro Presumido é bastante

difundido devido a sua simplicidade e, principalmente, por questões de

estratégia tributária, pois pode representar economia tributária, sobretudo nas

empresas altamente lucrativas. Portanto, se não houver impedimento, pode ser

uma boa ferramenta de planejamento tributário.

A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será

manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido

correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. A

saída do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer anualmente

por opção ou, obrigatoriamente, quando a pessoa jurídica deixar de se

enquadrar nas condições para permanecer no sistema.

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em

quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do

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período de apuração. À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser

pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia

útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração

a que corresponder.

A pessoa jurídica pode optar pelo lucro presumido caso a receita bruta

anual não ultrapasse o limite de R$ 78 milhões, ou R$ 6,5 milhões

multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior

(Lei 12.814/2013).

A presunção do lucro ocorre por atividade na referida tabela:

Tabela III

AtividadeLucro Presumido (Base de cálculo)

Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,6

Revenda de Mercadorias 8Venda de produtos de fabricação própria 8Prestação de serviços hospitalares 8Transporte de Cargas 8Atividade Rural 8Industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomendante)

8

Construção por empreitada com fornecimento de materiais 8Demais Serviços de Transporte (Exceto Sociedades Civis, Profissão regulamentada (médicos, dentistas, contadores, engenheiros, advogados)).

16

Prestação de serviços por sociedades civis 32Prestação de serviços em geral 32,00(*)Intermediação de negócios (Inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros).

32,00(*)

Administração, locação de bens móveis 32,00(*)

Construção por administração ou empreitada de mão-de-obra 32,00(*)

* Caso o faturamento não ultrapassar o limite de R$ 120.000,00, o imposto será reduzido à metade.

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Para a empresa fictícia de consultoria, a atividade fica enquadrada

conforme a tabela III no percentual de 32% de presunção de lucro,

considerando o mesmo faturamento de R$ 1.800.000,00 os valores de

contribuição social e imposto de renda serão:

Quadro VIII

Quadro IX

O Pis e a Cofins para a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido é

também conhecido como regime cumulativo. A base de cálculo da Contribuição

para o PIS/Pasep e Cofins, no regime de incidência cumulativa, é o

faturamento mensal, que corresponde à receita bruta, assim entendida a

totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo

de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as

receitas. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 1º).

Faturamento Bruto 1.800.000,00

Base de cálculo (32%) 576.000,00

CSLL devida (Aliquota 9%) 51.840,00

CSLL - LUCRO PRESUMIDO

Faturamento Bruto 1.800.000,00

Base de cálculo (32%) 576.000,00

IRPJ devido (15%) 86.400,00 IRPJ devido adicional (10%) 55.600,00

Total IRPJ 142.000,00

IRPJ - LUCRO PRESUMIDO

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Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do

faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 9.718, de 1998,

art. 3º, § 2º, com alterações da MP 2.158-35/2001; IN SRF nº 247, de 2002, art.

23):

I. das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição

ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

II. das vendas canceladas;

III. dos descontos incondicionais concedidos;

IV. do IPI;

V. do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos

bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

VI. das reversões de provisões;

VII. das recuperações de créditos baixados como perdas, que não

representem ingresso de novas receitas;

VIII. dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do

patrimônio líquido;

IX. dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo

de aquisição, que tenham sido computados como receita;

X. das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo

permanente.

As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime

de incidência cumulativa, são, respectivamente, de sessenta e cinco

centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%).

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A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da

Cofins serão efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo

estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

Com base nos dados do faturamento da empresa de consultoria, o Pis

e a Cofins serão nos seguintes valores:

Quadro X

O Lucro presumido é o regime de tributação mais utilizado atualmente

pelas empresas brasileiras, na maioria das vezes essa forma de tributação é a

mais vantajosa financeiramente, porém os cálculos com as estimativas de

resultado são indispensáveis para chegar a essa conclusão.

COFINS PIS

(+) Faturamento Mensal (Receita Bruta Total do Mês) 1.800.000,00 1.800.000,00(+) Rendimentos de Aplicações Financeiras e de Renda Fixa - - (+) Ganhos de Aplicações de Renda Variável - - (+) Juros Ativos - - (+) Receita de Aluguéis - - (+) Outras Receitas Financeiras - - (+) Outras Receitas Operacionais - - (+) Receitas Não Oper. (Vendas de Bens do AP/ Ganhos de Cap.) - - (=) Total da Receita Bruta 1.800.000,00 1.800.000,00

(-) Receitas Sujeitas a Alíquota Zero - - (-) Receitas Sujeitas a Substituição Tributária - - (-) Receitas Sujeitas ao Regime Monofásico - - (-) Vendas Canceladas - - (-) Descontos Incondicionais Concedidos - - (-) Reversão de Provisões - - (-) Recuperação de Créditos Baixados Como Perdas - - (-) Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial - - (-) Lucros e Dividendos Recebidos - - (-) Receitas de Vendas do AP Avaliados pelo Custo de Aquisição - - (=) Total das Exclusões - - (=) BASE DE CÁLCULO DA COFINS/PIS CUMULATIVO 1.800.000,00 1.800.000,00(=) COFINS/PIS DEVIDOS = BASE DE CÁLCULO X 3% - 0,65% 54.000,00 11.700,00(=) COFINS/ PIS CUMULATIVOS A PAGAR 54.000,00 11.700,00

FATURAMENTO / RECEITA BRUTA VALORES EM R$REGIME CUMULATIVO

EXCLUSÕES DA BASE DE CÁLCULO

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CAPÍTULO III

SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação,

cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

2006.

Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados,

Distrito Federal e Municípios).

É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes:

quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do

Distrito Federal e dois dos Municípios.

Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das

seguintes condições:

I. enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno

porte;

II. cumprir os requisitos previstos na legislação; e

III. formalizar a opção pelo Simples Nacional.

Características principais do Regime do Simples Nacional:

I. ser facultativo;

II. ser irretratável para todo o ano-calendário;

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III. abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI,

ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à

Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP);

IV. recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de

arrecadação - DAS;

V. disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do

cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de

2012, para constituição do crédito tributário;

VI. apresentação de declaração única e simplificada de informações

socioeconômicas e fiscais;

VII. prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente

àquele em que houver sido auferida a receita bruta;

VIII. possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função

da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados

nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite

deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao

Município.

O simples nacional sobre uma análise fria parece ser a forma de

tributação mais lógica a ser escolhida, porém assim como o lucro presumido o

cálculo dos impostos é feito sobre o faturamento e caso a empresa esteja em

um cenário de atividade pré operacional onde o resultado econômico é

geralmente negativo ou esteja passando por um período de dificuldade

econômica onde o resultado é praticamente certo de prejuízo no exercício, a

opção mais racional é o Lucro Real.

Um dos grandes limitadores para a opção pelo simples nacional é a

lista das atividades permitidas a opção nessa modalidade, a legislação

brasileira atual permite poucas atividades de serviço a optarem pelo simples.

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Outro limitador é o faturamento, as empresas precisam estar

classificadas na faixa de micro empresa ou empresa de pequeno porte. Para os

efeitos da Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de

pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa

individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art.

966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente

registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de

Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita

bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-

calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil

reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples

Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte :

I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de

serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos,

administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset

management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis

a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

II - que tenha sócio domiciliado no exterior;

III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta

ou indireta, federal, estadual ou municipal;

IV - (REVOGADO)

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V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social -

INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja

exigibilidade não esteja suspensa;

VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de

passageiros;

VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora

de energia elétrica;

VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis

e motocicletas;

IX - que exerça atividade de importação de combustíveis;

X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:

a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de

fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes;

b) bebidas a seguir descritas:

1 - alcoólicas;

2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;

3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou

sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com

capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do

concentrado;

4 - cervejas sem álcool;

XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do

exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva,

artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como

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a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer

tipo de intermediação de negócios;

XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

XIII - que realize atividade de consultoria;

XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto

quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS.

XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro

fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.

A empresa de consultoria fictícia que foi tratada nos capítulos

anteriores é vedada a opção pelo simples, como exemplo de outra empresa na

atividade de serviços com a mesma faixa de faturamento mensal de R$

1.800.000,00 teríamos a seguinte apuração na totalidade dos impostos:

Quadro XI

*Nota – O enquadramento ficou na última faixa, pois a estimativa é que a

empresa fictícia atinja o limite máximo anual de R$ 3.600.000,00.

Faturamento Bruto 1.800.000,00

Total simples nacional 303.300,00

SIMPLES NACIONAL

Enquadramento na última faixa da tabela anexo IV (16,85%) *

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CAPÍTULO IV

PLANEJAMENTO: ESTRATÉGIAS FISCAIS

Neste capítulo serão abordados alguns cenários de faturamento e lucro

econômico com o intuito de comparar diferentes situações com todas as formas

de tributação. O quadro XII compara os limites para opção, tratando-se apenas

de valor, não considerando neste quadro as vedações por tipo de atividade.

Quadro XII

Comparando alíquotas não é possível ter a fiel realidade da carga

máxima tributária aplicável por tipo de tributação, pois na modalidade lucro real

a base de cálculo aplicável é mista, ou seja, base sobre o faturamento e base

sobre o resultado econômico.

Em uma análise fria a tendência é sempre a escolha pelo simples

nacional por ter a menor alíquota, porém a menor alíquota não que dizer que a

empresa pagará menos impostos, pois as bases de cálculo oferecidas a

tributação variam de acordo com o tipo de tributação.

A empresa no cenário de prejuízo quase sempre deve fazer a opção

pelo lucro real, nessa hipótese não incidirá IRPJ e CSLL, pois a base de

cálculo é o LR ajustado. O prejuízo no exercício ainda servirá de benefício

fiscal para os próximos exercícios, limitado a 30% sobre o lucro do período.

Tipo de tributação Simples Lucro Presumido Lucro Real

Lei Complementar 123/2006; Lei 12.814/2013; Limite de faturamento anual até:

3.600.000,00R$ 78.000.000,00R$ NA

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Caso a empesa seja vedada ao simples nacional, a opção de

tributação fica sendo o lucro real ou presumido, com as estimativas de

faturamento e despesa a empresa poderá fazer simulações sobre a melhor

tributação para o exercício, caso a empresa estime que o seu resultado seja

maior que 32% certamente o lucro presumido será a melhor opção, no lucro

presumido as alíquotas de Pis e Cofins são menores e o IR e CSLL apesar de

terem a mesma alíquota terão uma base de apuração menor.

O quadro XIII demostra a carga máxima tributária por tipo de impostos

na atividade de serviços.

Quadro XIII

Os próximos quadros ilustrarão cenários de empresas com lucro

econômico, prejuízo econômico, faturamento elevado, baixo faturamento,

prejuízos de exercícios anteriores e alto faturamento com baixo resultado

econômico.

No quadro XIV será observada uma empresa com expectativa de

resultado positivo para o próximo exercício, a empresa não tem uma atividade

impeditiva no simples nacional e será tributada pela tabela anexo IV.

Tipo de tributação Simples Lucro Presumido Lucro Real

Imposto de renda * 8,00% 15,00%

Contribuição social * 2,88% 9,00%

Pis 0,65% 1,65%

Cofins 3,00% 7,60%

ISS 5,00% 5,00%

TOTAL 16,85% 19,53% 38,25%* Nota - Simples e Lucro presumido s/ faturamento | Lucro Real s/ resultado econômico

16,85%

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Quadro XIV

Dados estimados - Base anual

Valores em R$

Faturamento Bruto 440.000,00

Total das despesas (sem impostos)

-345.000,00

Despesas com aproveitamento tributário para Pis e cofins

-65.000,00

Outras despesas operacionais

-280.000,00

Impostos Simples *Lucro

PresumidoLucro Real

Imposto de renda -21.120,00 -5.229,66

Contribuição social -12.672,00 -3.448,13

Pis -2.860,00 -6.187,50

Cofins -13.200,00 -28.500,00

ISS -22.000,00 -22.000,00

TOTAL -33.880,00 -71.852,00 -65.365,28

* Alíquota do simples nacional na tabela anexo IV

7,70%

Resultado no período contábil com os impostos

61.120,00 23.148,00 29.634,72

-33.880,00

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Analisando o quadro XIV observamos que nesse cenário de

faturamento, o simples nacional é a melhor forma de tributação, geralmente

quando o simples não é impeditivo torna-se a forma de tributação com a menor

carga tributária.

O quadro também demonstra que o resultado econômico com base na

tributação pelo Lucro Real antes do imposto de renda e contribuição social foi

de R$ 38.312,50, em bases percentuais 9% de lucro, nessa estimativa de

resultado o lucro é menor que a presunção feita na modalidade lucro

presumido, consequentemente o Imposto de renda e a contribuição social

foram menores.

Outro caminho legal de diminuição da carga tributária é a redução da

alíquota do ISS, o ISS varia por município e atividade, a variação desse

imposto parte de 2% e chega no máximo a 5%. No simples nacional por ter

uma alíquota única a redução do ISS não terá impacto.

A alíquota efetiva sobre o lucro com base nos dados do quadro XIV, ou

seja, o percentual efetivo dos impostos calculados sobre o resultado econômico

sem os mesmos foi de:

I. Simples nacional – 35,66%

II. Lucro Presumido – 75,63%

III. Lucro Real – 68,81%

No quadro XV será observada outra empresa com expectativa de

resultado positivo para o próximo exercício, a empresa não tem uma atividade

impeditiva no simples nacional e será tributada pela tabela anexo IV, nessa

empresa a expectativa de receita é maior.

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Quadro XV

Dados estimados - Base anual

Valores em R$

Faturamento Bruto 3.500.000,00

Total das despesas (sem impostos)

-2.720.000,00

Despesas com aproveitamento tributário para Pis e cofins

-420.000,00

Outras despesas operacionais

-2.300.000,00

Impostos Simples *Lucro

PresumidoLucro Real

Imposto de renda -256.000,00 -48.822,75

Contribuição social -100.800,00 -28.809,00

Pis -22.750,00 -50.820,00

Cofins -105.000,00 -234.080,00

ISS -175.000,00 -175.000,00

TOTAL -589.750,00 -659.550,00 -537.531,75

* Alíquota do simples nacional na tabela anexo IV

16,85%

Resultado no período contábil com os impostos

190.250,00 120.450,00 242.468,25

-589.750,00

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Analisando o quadro XV observamos que nesse cenário de

faturamento o lucro real é a melhor forma de tributação, nessa estimativa de

resultado as despesas e custos operacionais foram muito próximas do

faturamento bruto, consequentemente a redução do imposto de renda e

contribuição social foram bastante expressivas.

A alíquota efetiva sobre o lucro com base nos dados do quadro XV, ou

seja, o percentual efetivo dos impostos calculados sobre o resultado econômico

sem os mesmos foi de:

I. Simples nacional – 75,61%

II. Lucro Presumido – 84,56%

III. Lucro Real – 68,91%

O resultado econômico no lucro real foi maior 50% em relação ao lucro

presumido e aproximadamente 21% sobre o simples nacional.

No lucro real ainda tem a vantagem do aproveitamento das despesas

com os impostos sobre o faturamento, esse impostos também são conhecidos

como impostos diretos.

No quadro XVI será observada outra empresa com expectativa de

resultado positivo para o próximo exercício, a empresa é uma prestadora de

serviços de consultoria, portanto é impedida da opção pelo simples, nessa

empresa a expectativa de resultado dos acionistas é bastante agressiva.

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Quadro XVI

Dados estimados - Base anual

Valores em R$

Faturamento Bruto 18.000.000,00

Total das despesas (sem impostos)

-15.200.000,00

Despesas com aproveitamento tributário para Pis e cofins

-2.200.000,00

Outras despesas operacionais

-13.000.000,00

Impostos Simples *Lucro

PresumidoLucro Real

Imposto de renda -1.416.000,00 -75.758,75

Contribuição social -518.400,00 -39.465,00

Pis -117.000,00 -260.700,00

Cofins -540.000,00 -1.200.800,00

ISS -900.000,00 -900.000,00

TOTAL NA -3.491.400,00 -2.476.723,75

* Alíquota do simples nacional na tabela anexo IV

NA

Resultado no período contábil com os impostos

NA -691.400,00 323.276,25

NA

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Em analise ao quadro XVI observamos que nesse cenário de

faturamento o lucro real também é a melhor forma de tributação, nessa

estimativa de resultado as despesas e custos operacionais foram muito

elevados, consequentemente a redução do imposto de renda e contribuição

social foram bastante expressivas.

A alíquota efetiva sobre o lucro com base nos dados do quadro XVI, ou

seja, o percentual efetivo dos impostos calculados sobre o resultado econômico

sem os mesmos foi de:

I. Simples nacional – NA

II. Lucro Presumido – 124,69%

III. Lucro Real – 88,45%

O resultado econômico no lucro real foi positivo e no lucro presumido

negativo, caso a empresa de consultoria tivesse feito a opção no início do ano

calendário pelo lucro presumido encerraria o ano no prejuízo, a distorção de

resultado entre as tributações foi mais que um milhão de reais, dados

realmente impressionantes.

No quadro XVII será observada outra empresa com expectativa de

resultado positivo para o próximo exercício, a empresa é uma prestadora de

serviços de locação de imóveis próprios, portanto é impedida da opção pelo

simples, nessa empresa a expectativa de resultado dos acionistas também é

bastante agressiva e os custos operacionais são baixos, nesse ramo de

atividade o ativo permanente é o principal gerador de receitas e as despesas

com pessoal são praticamente inexpressivas.

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Quadro XVII

Dados estimados - Base anual

Valores em R$

Faturamento Bruto 2.800.000,00

Total das despesas (sem impostos)

-390.000,00

Despesas com aproveitamento tributário para Pis e cofins

-50.000,00

Outras despesas operacionais

-340.000,00

Impostos Simples *Lucro

PresumidoLucro Real

Imposto de renda -200.000,00 -434.554,69

Contribuição social -80.640,00 -181.406,25

Pis -18.200,00 -45.375,00

Cofins -84.000,00 -209.000,00

ISS -140.000,00 -140.000,00

TOTAL NA -522.840,00 -1.010.335,94

* Alíquota do simples nacional na tabela anexo IV

NA

Resultado no período contábil com os impostos

NA 1.887.160,00 1.399.664,06

NA

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Em analise ao quadro XVII observamos que nesse cenário de

faturamento o lucro presumido é a melhor forma de tributação, nessa

estimativa de resultado as despesas e custos operacionais foram muito baixas,

consequentemente a redução do imposto de renda e contribuição social

comparando com o lucro real foi de grande impacto.

A alíquota efetiva sobre o lucro com base nos dados do quadro XVII,

ou seja, o percentual efetivo dos impostos calculados sobre o resultado

econômico sem os mesmos foi de:

I. Simples nacional – NA

II. Lucro Presumido – 21,69%

III. Lucro Real – 41,92%

O total dos impostos no lucro real foi aproximadamente meio milhão

maior que no lucro presumido, quando a empresa é altamente rentável e o

ponto de equilíbrio é fácil de ser alcançado o lucro presumido sempre será a

melhor opção.

No quadro XVIII será observado uma micro empresa com expectativa

de resultado positivo para o próximo exercício, a empresa é uma prestadora de

serviços de assessoria de imprensa e não é vedada a opção pelo simples

nacional. A empresa no ano calendário anterior estava em início de atividade e

fez a opção pelo lucro real, o resultado nesse ano foi negativo de cinquenta mil

reais e poderá ser aproveitado caso a empresa continue com opção pelo lucro

real.

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Quadro XVIII

Dados estimados - Base anual

Valores em R$

Faturamento Bruto 100.000,00

Total das despesas (sem impostos)

-40.000,00

Despesas com aproveitamento tributário para Pis e cofins

-10.000,00

Outras despesas operacionais

-30.000,00

Impostos Simples *Lucro

PresumidoLucro Real

Imposto de renda -4.800,00 -4.592,12

Contribuição social -2.880,00 -2.940,53

Pis -650,00 -1.485,00

Cofins -3.000,00 -6.840,00

ISS -5.000,00 -5.000,00

TOTAL -4.500,00 -16.330,00 -20.857,65

* Alíquota do simples nacional na tabela anexo IV

4,50%

Resultado no período contábil com os impostos

55.500,00 43.670,00 39.142,35

-4.500,00

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Apesar de ter o benefício fiscal do prejuízo acumulado no ano anterior

a opção pelo lucro real foi a pior, o crédito tributário nesse caso não foi o

suficiente para manter a opção no lucro real.

A alíquota efetiva sobre o lucro com base nos dados do quadro XVIII,

ou seja, o percentual efetivo dos impostos calculados sobre o resultado

econômico sem os mesmos foi de:

I. Simples nacional – 7,5%

II. Lucro Presumido – 27,22%

III. Lucro Real – 34,76%

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CONCLUSÃO

O planejamento tributário como forma de obtenção de melhores

resultados econômicos e financeiros é crucial nas empresas, a escolha errada

afeta diretamente a remuneração esperada pelos sócios. As empresas

encontram dificuldades na escolha pela melhor tributação por dois principais

motivos, sendo eles a dificuldade de projeção de resultados futuros e por

desconhecimento das formas de tributação da legislação brasileira.

A expectativa de retorno do investimento feito pelos sócios sempre

será positiva, mas os diretores financeiros precisam levantar todos os cenários

possíveis para a melhor tomada de decisão. Estimativas distorcidas e sem um

embasamento concreto podem levar a empresa a obter um resultado negativo

no período pelo motivo da escolha errada da tributação.

As grandes companhias precisam investir fortemente em consultoria

fiscal e estimativas gerenciais de resultado, nas empresas em início de

atividade cujo ramo tenha concorrentes com capital aberto em bolsa de

valores, a estimativa pode ser feita com os dados históricos publicados por

estas. Para pequenas companhias e empresas de ramos específicos a

estimativa deve ser embasada em pesquisas e um bom plano de negócios

deve ser elaborado minuciosamente.

Todos os riscos aparentes devem ser estudados, caso a empresa

tenha indícios de algum evento que possa interferir diretamente no

faturamento, tal evento deve ser considerado para a elaboração de um

planejamento tributário coerente a realidade.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Internet; Tabela do simples nacional – Anexo I, alíquotas e partilha

(Atividade comércio)

Anexo 2 >> Internet; Tabela do simples nacional – Anexo II, alíquotas e partilha

(Atividade indústria)

Anexo 3 >> Internet; Tabela do simples nacional – Anexo III, alíquotas e

partilha (Atividades com Receitas de Locação de Bens Móveis e de Prestação

de Serviços indústria)

Anexo 4 >> Internet; Tabela do simples nacional – Anexo IV, alíquotas e

partilha (Atividades de prestação de serviços)

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ANEXO 1

TABELA DO SIMPLES NACIONAL – ANEXO I, ALÍQUOTAS E PARTILHA

(ATIVIDADE COMÉRCIO)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL CofinsAté 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00%De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86%De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95%De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04%De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05%De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60%

Receita Bruta em 12 meses (em R$) PIS/Pasep CPP ICMSAté 180.000,00 0,00% 2,75% 1,25%De 180.000,01 a 360.000,00 0,00% 2,75% 1,86%De 360.000,01 a 540.000,00 0,23% 2,75% 2,33%De 540.000,01 a 720.000,00 0,25% 2,99% 2,56%De 720.000,01 a 900.000,00 0,25% 3,02% 2,58%De 900.000,01 a 1.080.000,00 0,27% 3,28% 2,82%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 0,28% 3,30% 2,84%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 0,28% 3,35% 2,87%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 0,30% 3,57% 3,07%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 0,30% 3,60% 3,10%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 0,33% 3,94% 3,38%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 0,33% 3,99% 3,41%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 0,33% 4,01% 3,45%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 0,34% 4,05% 3,48%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 0,34% 4,08% 3,51%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 0,37% 4,44% 3,82%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 0,37% 4,49% 3,85%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 0,38% 4,52% 3,88%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 0,38% 4,56% 3,91%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 0,38% 4,60% 3,95%

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ANEXO 2

TABELA DO SIMPLES NACIONAL – ANEXO II, ALÍQUOTAS E PARTILHA

(ATIVIDADE INDÚSTRIA)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL CofinsAté 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00%De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86%De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95%De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04%De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05%De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60%

Receita Bruta em 12 meses (em R$) PIS/Pasep CPP ICMS IPIAté 180.000,00 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%De 180.000,01 a 360.000,00 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%De 360.000,01 a 540.000,00 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%De 540.000,01 a 720.000,00 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%De 720.000,01 a 900.000,00 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%De 900.000,01 a 1.080.000,00 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

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ANEXO 3

TABELA DO SIMPLES NACIONAL – ANEXO III, ALÍQUOTAS E PARTILHA

(ATIVIDADES DE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E SERVIÇOS)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL CofinsAté 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00%De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42%De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43%De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56%De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58%De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42%

Receita Bruta em 12 meses (em R$) PIS/Pasep CPP ISSAté 180.000,00 0,00% 4,00% 2,00%De 180.000,01 a 360.000,00 0,00% 4,00% 2,79%De 360.000,01 a 540.000,00 0,35% 4,07% 3,50%De 540.000,01 a 720.000,00 0,38% 4,47% 3,84%De 720.000,01 a 900.000,00 0,38% 4,52% 3,87%De 900.000,01 a 1.080.000,00 0,40% 4,92% 4,23%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 0,42% 4,97% 4,26%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 0,42% 5,03% 4,31%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 0,45% 5,37% 4,61%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 0,45% 5,42% 4,65%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 0,50% 5,98% 5,00%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 0,50% 6,09% 5,00%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 0,50% 6,19% 5,00%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 0,51% 6,30% 5,00%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 0,51% 6,40% 5,00%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 0,56% 7,41% 5,00%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 0,56% 7,50% 5,00%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 0,57% 7,60% 5,00%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 0,57% 7,71% 5,00%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 0,57% 7,83% 5,00%

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ANEXO 4

TABELA DO SIMPLES NACIONAL – ANEXO IV, ALÍQUOTAS E PARTILHA

(ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL CofinsAté 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28%De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91%De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95%De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99%De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03%De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63%

Receita Bruta em 12 meses (em R$) PIS/Pasep ISSAté 180.000,00 0,00% 2,00%De 180.000,01 a 360.000,00 0,00% 2,79%De 360.000,01 a 540.000,00 0,24% 3,50%De 540.000,01 a 720.000,00 0,27% 3,84%De 720.000,01 a 900.000,00 0,29% 3,87%De 900.000,01 a 1.080.000,00 0,32% 4,23%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 0,34% 4,26%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 0,35% 4,31%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 0,37% 4,61%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 0,38% 4,65%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 0,40% 5,00%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 0,42% 5,00%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 0,44% 5,00%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 0,46% 5,00%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 0,47% 5,00%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 0,49% 5,00%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 0,51% 5,00%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 0,53% 5,00%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 0,55% 5,00%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 0,57% 5,00%

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55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CHAVES, Francisco Coutinho. Planejamento tributário na prática. Brasil: Atlas,

2013.

BARROSO, Darlan e JUNIOR, Marco Antônio Araujo. Mini Vade Mecum

tributário 2013. Brasil: Revista dos tribunais, 2013.

GUTIERREZ, Miguel Delgado. Planejamento tributário – Elisão e Evasão

Fiscal. Brasil: Quartier Latin, 2006.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL – Perguntas e respostas da RFB, link

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr242

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EQUIPE PORTAL TRIBUTÁRIO –

http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_real.html, acesso em 19/01/2014

às 18 horas.

FÓRUNS CONTÁBEIS –

http://www.contabeis.com.br/noticias/12724/lucro-real2014-obrigatoriedade/,

acesso em 19/01/2014 às 20 horas.

IOB CONSULTORIA TRIBUTÁRIA -

http://www.iob.com.br/lucrofiscal/ori_conteudo.asp?src=PCIR-01402, acesso

em 19/01/2014 às 21 horas.

CLASSE CONTÁBIL – FÓRUM

http://www.classecontabil.com.br/artigos/ver/1666, acesso em 19/01/2013 às 22

horas.

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56

EQUIPE FISCONET -

http://www.fisconet.com.br/user/agenda/tabelas_praticas/ir_12.htm, acesso em

26/01/2014 às 10 horas

RECEITA FEDERAL DO BRASIL –

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/pispasepcofins/regincidencian

aocumulativa.htm, acesso em 26/01/2014 às 11 horas e 30 minutos.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO -

http://www.rio.rj.gov.br/web/smf/exibeconteudo?id=141571, acesso em

26/01/2014 às 17 horas.

EQUIPE PORTAL TRIBUTÁRIO -

http://www.portaltributario.com.br/artigos/oquee_lucropresumido.htm, acesso

em 26/01/2014 às 19 horas.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL –

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/pispasepcofins/regincidenciac

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PORTAL DO SIMPLES NACIONAL DO BRASIL -

http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/SobreSimples.aspx,

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EQUIPE PORTAL TRIBUTÁRIO – Link

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/simples-nacional-anexoI.html,

acesso em 01/02/2014 às 13 horas.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL –

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(LUCRO REAL) 9

CAPÍTULO II

(LUCRO PRESUMIDO) 27

CAPÍTULO III

(SIMPLES NACIONAL) 32

CAPÍTULO IV

(PLANEJAMENTO: ESTRATÉGIAS FISCAIS) 37

CONCLUSÃO 49

ANEXOS 50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55

BIBLIOGRAFIA CITADA 57

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TERMO DE APROVAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Jairo Luiz de Araujo Brito

Em

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ESTRATÉGICO

PARA TOMADA DE DECISÕES

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes - AVM Faculdade Integrada como

exigência final para obtenção do Título de

especialista em Finanças e Gestão Corporativa, sob

a orientação da Professora Ana Claudia Morrisy.

Avaliado por: ____________________________________, Grau _________.

Aprovado em _____ /_____ / 2014.