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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 2009

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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 

 

 

 

2009  

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ORGÃOS SOCIAIS

Conselho de Administração

João Manuel de Castro Plácido Pires - Presidente

António José Gomes da Silva Albuquerque – Administrador Executivo

José Emílio Coutinho Garrido Castel-Branco – Administrador Executivo

Fernanda Maria Mouro Pereira - Administradora não Executiva, Presidente da Comissão de

Auditoria

Mário Alberto Duarte Donas - Administrador não Executivo, Presidente da Comissão de

Avaliação

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição - Administradora não Executiva

Sérgio Trigo Tavares Vasques - Administrador não Executivo

(pediu exoneração em Outubro/2009)

ROC

ROC Efectivo

Grant Thornton & Associados, SROC representada pelo Prof. Doutor Victor Franco

(ROC 432)

ROC Suplente Leopoldo Alves & Associado, SROC representada pelo Dr. Leopoldo de Assunção Dias

(ROC 319)

Mesa da Assembleia Geral

Dr. Carlos Manuel Durães da Conceição - Presidente

Dr. José Clemente Gomes - Vice-Presidente

Dra. Maria Luisa da Silva Rilho – Secretário

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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 

EXERCÍCIO DE 2009  

 

 

CADERNO I   ‐   RELATÓRIO FINANCEIRO  

O ANO DE 2009 

PRINCIPAIS FACTOS OCORRIDOS EM 2009 

AMBIENTE MACRO ECONÓMICO 

PERSPECTIVAS PARA 2010 

PERSPECTIVAS MACRO PARA 2010 

PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO DA PARPÚBLICA 

FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO 

ESTRUTURA E MATURIDADE DO FINANCIAMENTO 

GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 

SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DA SGPS 

ESTRUTURA DO BALANÇO  

ANÁLISE DO EBITDA E DO RESULTADO LÍQUIDO 

BALANÇO E RESULTADOS EM POC E IFRS 

 

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SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO 

GRUPO 

SITUAÇÃO FINANCEIRA 

RESULTADOS CONSOLIDADOS 

ANÁLISE POR SEGMENTOS 

GESTÃO DE OUTRAS PARTICIPAÇÕES E DIVERSOS 

GESTÃO IMOBILIÁRIA 

ACTIVIDADES AERONÁUTICAS 

PRODUÇÃO  DE  MOEDA,  PUBLICAÇÕES  E  PRODUTOS  DE SEGURANÇA 

PRODUÇÃO AGRÍCOLA 

ÁGUAS E RESÍDUOS 

 

 

SÍNTESE E AGRADECIMENTOS  

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS  

 

Caderno II  ‐  RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO  

MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MANDATO 

MISSÃO 

ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS 

POLÍTICAS DA EMPRESA 

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CÓDIGO DE ÉTICA 

POLÍTICAS DE GESTÃO DO RISCO, DESIGNADAMENTE DO RISCO DE FRAUDE E CORRUPÇÃO 

POLÍTICA E MODELO DE GOVERNANCE 

POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS 

REGULAMENTOS  INTERNOS  E  EXTERNOS  A  QUE  A  EMPRESA ESTÁ SUJEITA 

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 

SUSTENTABILIDADE  E  CUMPRIMENTO  DOS  OBJECTIVOS  E 

METAS FIXADOS 

GRAU DE CUMPRIMENTO DOS OBJECTIVOS FIXADOS 

ANÁLISE  DE  SUSTENTABILIDADE  DA  EMPRESA  NOS  DOMÍNIOS ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL 

AVALIAÇÃO SOBRE O CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM 

GOVERNO 

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO DE GESTÃO 

IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 

INFORMAÇÃO  OBRIGATÓRIA  ‐  ACUMULAÇÃO  DE  FUNÇÕES, CURRICULA  E  REMUNERAÇÕES  DOS  ADMINISTRADORES  E ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO 

INFORMAÇÕES SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES  

 

 

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CADERNO III  ‐  DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM REFERENCIAL POC 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM REFERENCIAL IFRS 

 

 

DECLARAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 

(NOS  TERMOS  DO  ARTº  245  DO  CÓDIGO  DE  VALORES MOBILIÁRIOS) 

 

 

 

DOCUMENTOS DE CERTIFICAÇÃO E AUDITORIA   

CERTIFICAÇÃO  LEGAL  DAS  CONTAS  E  RELATÓRIO  DE  AUDITORIA  DAS CONTAS INDIVIDUAIS 

CERTIFICAÇÃO  LEGAL  DAS  CONTAS  E  RELATÓRIO  DE  AUDITORIA  DAS CONTAS CONSOLIDADAS 

PARECERES E RELATÓRIOS DA COMISSÃO DE AUDITORIA 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CADERNO  I 

 

 

 

RELATÓRIO FINANCEIRO 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

O ANO DE 2009 

 

PRINCIPAIS FACTOS OCORRIDOS EM 2009 

O  ano de  2009  confirmou  as  expectativas negativas  com que  se  iniciou,  apesar das 

medidas  tomadas  pelos  governos  e  bancos  centrais  terem  permitido  restaurar  o 

equilíbrio e a  rentabilidade do  sistema bancário e possibilitado algum dinamismo às 

bolsas  de  valores,  sobretudo  por  via  da  redução  das  taxas  base  de  juro  para  níveis 

historicamente baixos, depois das crises de  liquidez e de subida das taxas verificadas 

em 2008. 

A melhor percepção pelos mercados do risco, com o correspondente impacto no preço 

do  dinheiro,  veio  para  ficar,  provocando  concretamente  a  redução  do  rating  da 

República  Portuguesa  e  da  Parpública,  o  aumento  dos  “spreads”  que  é  necessário 

pagar para colocar dívida e, no caso da Parpública, a crescente atenção por parte dos 

financiadores aos níveis do endividamento,  tal  como  se de uma empresa privada  se 

tratasse. 

Em resposta a este contexto adverso a Parpública consolidou dívida sem a aumentar, 

deixando,  por  opção  da  gestão  e  em  função  da  abertura  em  2009  dos mercados 

financeiros a médio prazo em condições adequadas de custo, de deter dívida directa 

de  curto  prazo,  continuando  a  beneficiar  da  confiança  dos  financiadores,  sendo  a 

colocação do programa a 4 anos um sucesso, tendo registado uma procura superior ao 

necessário, o que permitiu condições de “spread” próximas do mínimo previsto,  logo 

muito favoráveis, apesar de não serem comparáveis com as possíveis antes da crise de 

2008. 

A melhoria da situação das bolsas não permitiu ainda em 2009 desenvolver qualquer 

operação de privatização, para além da  conclusão da  venda da  SN‐Longos ao grupo 

que detinha os restantes 90% do capital. Novas operações é expectável que venham a 

ocorrer em 2010, porventura através dos veículos empresariais criados em 2008. Foi 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

ainda possível em 2009 concluir as liquidações de diversas empresas participadas sem 

actividade. 

Apesar  da  conjuntura  económica  adversa,  o  ano  de  2009  saldou‐se  por  resultados 

muito  significativos  ao  nível  do  grupo,  consequência  também  dos  esforços 

desenvolvidos pela  gestão, em particular pela gestão das  subsidiárias e participadas 

com maior  impacto nos  resultados do grupo Parpública,  como  sejam para além das 

cotadas, que de um modo geral melhoraram resultados, a TAP que, apesar de algumas 

participadas  deficitárias,  beneficiou  da  descida  do  preço  dos  combustíveis  e  das 

medidas tomadas pela gestão, a AdP, cuja actividade é muito estável e as imobiliárias, 

que apesar do difícil ano conseguiram limitar as perdas, mantendo‐se todo o potencial 

do património que detêm. 

Os ganhos nas acções e opções associadas às emissões de permutáveis e em outros 

instrumentos  derivados  foram  significativos,  traduzindo  a  qualidade  das  decisões 

tomadas  relativamente  a  essas  operações,  das  quais  a  referente  à  emissão  de 

permutáveis associada à 5ª fase de privatização da EDP será reembolsada em 2010, o 

que tornará irreversíveis os ganhos de valorização entretanto registados. 

O ano de 2009 foi um ano de consolidação e modernização do grupo. Consolidação da 

estrutura  financeira  e  das  subholdings  criadas  em  2008  (Capitalpor  e  Parcaixa), 

continuação da racionalização do grupo com a fusão de várias empresas imobiliárias na 

Baía do Tejo, S.A. Também de consolidação da estrutura interna e dos instrumentos de 

Governo, com a melhoria dos sistemas e métodos de trabalho e de gestão do risco e a 

preparação de uma política  anti  fraude,  corrupção  e  infracções  conexas,  entretanto 

divulgada já em 2010. 

O  site  da  empresa  www.parpublica.pt  foi  actualizado  no  sentido  de  assegurar  a 

adequada comunicação aos interessados da realidade da empresa e do grupo. 

O  grupo  Parpública  concluiu  a  sua  primeira  década  com mais Activos, mais Capital, 

melhores  resultados  e  com  um  modelo,  instrumentos  e  estruturas  de  Governo 

adequados e capazes de dar resposta às melhores práticas recomendadas. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

Relativamente à generalidade das empresas controladas desenvolveram‐se as acções 

de acompanhamento e de  informação à Tutela necessárias, bem  como a  fixação de 

metas  para  o  mandato  e  a  negociação  dos  objectivos  e  contratos  de  gestão 

relativamente àqueles que iniciaram em 2009 novo mandato. 

 

AMBIENTE MACRO ECONÓMICO 

O enquadramento  internacional da economia portuguesa em 2009  foi marcado pela 

maior  selectividade  do  financiamento,  não  obstante  um  conjunto  de  medidas  de 

política monetária  e  orçamental  e de  apoio  ao  sistema  financeiro  que  contribuíram 

para moderar  a  forte quebra da  actividade  económica  global  e  evitar  a degradação 

progressiva do sistema financeiro.  

A quebra da actividade económica europeia em 2009 relacionou‐se estreitamente com 

a  contenção da procura, em especial do  consumo privado e a  retoma está a  chegar 

menos depressa que o esperado. A compensação da desaceleração da procura interna 

através  de  maiores  défices  orçamentais  colidiu  no  entanto  com  a  estabilidade, 

disciplina e controlo dos défices. Algumas economias da área do euro apresentaram 

em  2009  elevados  desequilíbrios  orçamentais  e  níveis  excessivos  de  dívida  e  de 

endividamento  externo  que  provocaram  aumentos  significativos  do  prémio  de  risco 

das  respectivas  dívidas.  Também  os  desenvolvimentos  recentes  nos  mercados  de 

obrigações  soberanas  apontam  para  que  as  preocupações  em  relação  à 

sustentabilidade  orçamental  em  alguns  Estados Membros  possam  ter  efeitos mais 

negativos do que o antecipado,  levando a custos de financiamento mais altos para as 

empresas e particulares. 

Em  termos médios anuais, a economia da área do euro  registou uma contracção de 

4.0% em 2009  (crescimento de 0.5 % em 2008) que se estendeu à generalidade dos 

países. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

A inflação na área do euro diminuiu para 0.3 % em 2009, de 3.3 % em 2008, também 

explicada pela descida dos preços dos bens  energéticos  (queda de  8.1%,  face  a um 

crescimento de 10.3 % em 2008) 

Na sua última reunião, o Conselho do BCE decidiu manter  inalteradas as taxas de  juro 

oficiais,  considerando  que  o  nível  actual  das  taxas  de  juro  permanece  adequado, 

confirmando a existência de reduzidas pressões inflacionistas no médio prazo  

Em Portugal o PIB registou uma quebra real de 2,7%, após uma variação nula verificada 

no ano anterior. Em termos nominais, o PIB ascendeu a cerca de 163,6 mil milhões €, 

menos  1,7%  que  no  ano  anterior.  Esta  queda  foi  determinada  pela  evolução  da 

procura interna e teve subjacente uma forte contracção da Formação Bruta de Capital 

Fixo  (FBCF)  e  do  consumo  privado  de  ‐0.8  %  em  2009,  apenas  parcialmente 

compensados pela aceleração do consumo público e por alguma dinâmica verificada 

pelas  exportações. Neste  contexto, o  contributo da procura  interna para  a  variação 

anual  do  PIB  foi  negativo  (‐2.8  p.p.  após  1.5  p.p.  em  2008)  e  o  da procura  externa 

líquida ligeiramente positivo (0.1 p.p., que compara com ‐1.4 p.p. no ano anterior). 

A  taxa  de  inflação  verificada  ao  longo  de  2009,  medida  pelo  IHPC  foi  de  ‐0,8%, 

consideravelmente abaixo da registada em 2008 de 2,6%, em parte resultado do baixo 

nível dos preços dos combustíveis. A variação média anual deste  índice excluindo os 

bens energéticos situou‐se em 1.2 %, abaixo do 2.5 % observado no ano anterior. 

Depois  das  fortes  perturbações  ocorridas  em  2008  o  mercado  bolsista  nacional 

registou em 2009 uma evolução  francamente positiva, com o PSI20 a crescer 33,5%, 

desempenho que foi o segundo melhor da Europa e o melhor em Portugal desde 1997. 

Relativamente  às  contas  externas  portuguesas,  o  défice  acumulado  da  balança 

corrente foi de 15,1 mil milhões € em 2009, o que representa uma redução de 2,3 mil 

milhões € face a 2008 e que se traduziu na redução das necessidades de financiamento 

externo da economia, medidas pelo défice conjunto das balanças corrente e de capital 

em  percentagem  do  PIB. As  necessidades  de  financiamento  da  economia  atingiram 

9,4% do PIB em 2009, face a 10,3 em 2008, o que representa uma melhoria de 0,8 p.p. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

Para este resultado contribuiu a melhoria do saldo de bens e serviços que passou de ‐

9,6% do PIB, em 2008, para ‐7,6% do PIB, em 2009. 

O défice das administrações públicas em Portugal em 2009, situou‐se em 9,4 % do PIB 

e o  rácio da dívida pública  atingiu  77,2%  com  a  receita  fiscal do  Estado  em  2009  a 

registar  um  decréscimo  de  13,9%  face  ao  observado  no  ano  anterior  e  a  despesa 

corrente primária do Estado um crescimento de 4,5 %.  

 

PERSPECTIVAS PARA 2010  

PERSPECTIVAS MACRO PARA 2010 

De  acordo  com  as  previsões mais  recentes  do  BdP  a  economia  portuguesa  deverá 

registar um crescimento da actividade económica de 0,4% em 2010, num contexto de 

recuperação  da  procura  externa,  após  a  forte  queda  verificada  em  2009.  Esta 

projecção, segundo o Banco, contém alguns riscos a nível internacional que decorrem 

fundamentalmente do  contexto económico e  financeiro, da estabilidade da  inflação, 

da manutenção das  taxas de  juro de  curto prazo do mercado monetário e ainda de 

uma ligeira depreciação do euro, quer em termos efectivos, quer em relação ao dólar. 

A nível interno o principal factor de risco, está associado ao processo de correcção do 

desequilíbrio  orçamental  e  ao  seu  eventual  impacto  sobre  as  condições  de 

financiamento  externo  dos  agentes  económicos  nacionais,  na medida  em  que  uma 

deterioração das condições de financiamento do sector público tenderá a transmitir‐se 

aos agentes privados. Sem dúvida a evolução da actividade económica beneficiará de 

uma progressiva  regularização das  condições de  financiamento e da  implementação 

das medidas de consolidação orçamental. 

É expectável que em 2010 os mercados bolsistas consolidem e mantenham os ganhos 

verificados em 2009,nomeadamente ao nível do PSI20, apesar da evolução verificada 

no 1ª trimestre .  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

Na Europa, a Comissão Europeia prevê um crescimento do PIB de 0.7 % para a área do 

euro em 2010, com uma  inflação de 1.1 %. As pressões  inflacionistas a médio prazo 

vão‐se manter  baixas  a  par  de  uma  fraca  expansão  da moeda  e  do  crédito  e  da 

melhoria  dos  saldos  orçamentais  da  generalidade  dos  países  da  área  do  euro.  Por 

outro  lado  a  recuperação  gradual da  actividade  económica provoca  expectativas de 

aumento dos preços das matérias‐primas, designadamente do petróleo, cujos reflexos 

se transmitirão à componente energética da taxa de inflação. 

 

PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO DA PARPÚBLICA 

Os principais factos que condicionam e determinam a evolução do grupo em 2010, ano 

em que se  inicia um novo mandato e consequentemente um novo ciclo de três anos, 

são  o  PEC,  nomeadamente  o  programa  de  privatizações  aí  contemplado,  e  a  forma 

como o mercado financeiro e as agências de rating que o servem medindo o grau de 

risco avaliam o risco Parpública e o risco Estado, sendo que hoje são exigidos níveis de 

alavancagem  financeira muito  inferiores  aos  que  podiam  ser  praticados  no  passado 

por entidades quase públicas como a Parpública, sob pena de os mercados financeiros 

se fecharem ou colocarem o dinheiro a preços proibitivos. 

Assim,  em  paralelo  com  a  concretização  do  programa  de  privatizações,  vai  ser 

necessário  reforçar  os  capitais  de  algumas  empresas  do  grupo  sem  recorrer  ao 

aumento do endividamento da casa mãe, quer no quadro da privatização, como é o 

caso  da  TAP,  quer  para  financiamento  de  programas  de  investimento  em 

infraestruturas de serviço público essenciais. 

Se  vier  a  ser  possível  desenvolver  parte  do  programa  recorrendo  aos  veículos 

empresariais criados em 2008 estará facilitada a questão do financiamento do grupo. 

O sector  imobiliário continuará também a exigir mais recursos ao grupo, continuando 

em 2010 os respectivos activos a crescer, face à situação do mercado, ao programa de 

alienação  do  património  do  Estado  e  ao  arranque  do  projecto  Arco  Ribeirinho  Sul, 

entre  outros.  Parte  do  financiamento  será  assegurado  com  capital  alheio mas  será 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

necessário  reforçar  os  fundos  próprios  das  empresas  do  segmento,  atendendo  aos 

riscos  envolvidos  e  à  actual  crise  se  não  for  possível  dinamizar  significativamente  a 

colocação de imóveis em fundos imobiliários e encontrar investidores para as unidades 

de participação ou ultrapassar a crise que afecta o mercado da promoção colocando os 

produtos e os imóveis arrendados em mercados externos. 

O  ano  de  2010,  em  termos  internos,  será marcado  pelo  pleno  funcionamento  dos 

mecanismos do governo e  instrumentos de gestão do grupo criados no mandato que 

agora  termina  e  pelo  inicio  da  actividade  de  Auditoria  Interna,  garante  do 

cumprimento das normas e procedimentos. 

Com a prevista  criação no Ministério das Finanças de uma unidade especializada na 

preparação  e  negociação  de  PPP,  abre‐se  espaço  para  uma  intervenção  mais 

empresarial da Parpública neste domínio, buscando oportunidades para contratualizar 

serviços de apoio à gestão de contratos  já firmados, por parte das entidades públicas 

contratantes, bem como o aprofundamento da colaboração com a participada Credip. 

 

FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO 

 

ESTRUTURA E MATURIDADE DO FINANCIAMENTO 

O Passivo de Financiamento da Parpública, em valores nominais,  registou a seguinte 

evolução de 2008 para 2009 (em milhões €): 

 

  2005 2006 2007 2008 2009Curto Prazo 349,00 500,00 780,00Eurobonds 1.719,00 2.090,00 1.400,00 1.400,00 2.200,00Obrigações Permutáveis 1.587,95 1.530,05 1.530,05Total 2.068,00 2.590,00 2.987,95 3.710,05 3.730,05  

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

De 2008 para 2009 registou‐se um decréscimo de 780 milhões € na dívida constituída 

por  Papel  Comercial  e  um  acréscimo  de  800  milhões  €  na  dívida  constituída  por 

Eurobonds na sequência de uma emissão, ocorrida em Julho, de 800 milhões €, com 

maturidade a 4  anos, no  âmbito do Programa EMTN  celebrado no  início do  ano do 

montante  de  1.500  milhões  €.  Esta  emissão  teve  como  objectivo  prioritário  a 

consolidação da dívida de curto prazo. 

O Passivo de Financiamento Nominal Líquido de Disponibilidades,  situava‐se no  final 

de 2009 em 3.474,9 milhões €, montante que corresponde a um decréscimo de 198,3 

milhões €, cerca de 5,4%, relativamente ao verificado em 31/12/2008. Desde 2005 a 

sua evolução foi a seguinte: 

 

 

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

4.000,00

2005 2006 2007 2008 2009 

 

No  final  do  ano  de  2009,  o  Passivo  de  Financiamento  Nominal  da  Parpública 

apresentava o seguinte Plano de Reembolsos (em milhões €): 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

900,00

1.000,00

1.100,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Eurobonds Obrigações Permutáveis  

Cerca de 65% do Passivo de Financiamento Nominal é exigível a 5 ou mais anos, sendo 

que, destes, cerca de 42% correspondem ao reembolso de Obrigações Permutáveis por 

Acções EDP. 

Em 2010 atinge a maturidade a emissão de Obrigações Permutáveis EDP emitidas em 

2005 no âmbito da 6ª fase da reprivatização da EDP. O montante nominal inicial desta 

emissão foi de 572,8 milhões €. Em Outubro de 2008 foi possível recomprar cerca de 

10% da emissão.  Já em 2010 e  até  à data,  aproveitando oportunidades  surgidas no 

mercado,  foi  efectuada nova  recompra,  em  excelentes  condições,  de mais  cerca de 

9,6% da emissão  inicial o que coloca o valor nominal a reembolsar até Dezembro de 

2010 em 459,9 milhões €. 

A maturidade média do Passivo de Financiamento Nominal a Médio e  Longo Prazos 

evoluiu da seguinte forma (em anos): 

2005 2006 20 07 2008 2009

9,8 10,2 8 ,4 7,5 5,9  

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

10 

  

Evolução da Taxa Média 

Considerando  os  juros  suportados,  os  fluxos  associados  a  operações  de  swap  e  a 

anualização  das  despesas  na  montagem  das  operações  de  financiamento,  a  Taxa 

Média Ponderada do Passivo de Financiamento da Parpública teve a seguinte evolução 

entre 2005 e 2010: 

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

2005 2006 2007 2008 2009

Curto Prazo Médio e Longo Prazos Total 

Em 2009 verificou‐se um decréscimo generalizado na Taxa Média Ponderada da dívida 

da Parpública, relativamente ao ano de 2008, como consequência da descida das taxas 

de  juro, não obstante a dívida de médio e  longo prazos da Parpública ser constituída 

em 96% por taxa fixa. 

A Taxa Média Ponderada total situou‐se em 2009 em 3,28%, quando no ano anterior 

tinha atingido os 3,56%. A taxa de médio e longo prazos decresceu entre 2008 e 2009 

de  3,53%  para  3,38%.  A  taxa  de  curto  prazo  foi  a  que  registou  uma  descida mais 

significativa passando dos 4,44% no ano anterior para 2,51% em 2009. 

Entre 2005 e 2009, a  taxa média ponderada dos  instrumentos de dívida de médio e 

longo  prazos  relativamente  às  taxas  midswap  (médias  anuais)  para  a  maturidade 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

11 

  

média  verificada  em  cada um dos  anos do período  em  análise,  evoluiu da  seguinte 

forma: 

‐1,00%

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

2005 2006 2007 2008 2009

Médio e Longo Prazos Midswap médio anual Spread 

Verifica‐se que o custo médio da dívida a médio e  longo prazos tem vindo a diminuir 

desde 2005, ano em que se situou nos 3,87%. Em 2009 está em 3,38% o que significa 

estar a Parpública a pagar um spread médio de 36 pontos‐base negativos (em 2005 era 

de 39 pontos base negativos). 

No que se refere às Taxas Médias Ponderadas, ventiladas por tipo de  instrumento de 

dívida, a sua evolução, nos últimos cinco anos foi a seguinte: 

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

2005 2006 2007 2008 2009

Papel Comercial Eurobonds Obrigações Permutáveis 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

12 

  

O Papel Comercial é o  instrumento que  apresenta maior decréscimo na  taxa média 

que  passa  de  4,44%  para  2,51%,  como  consequência  da  descida  das  taxas  Euribor 

verificada ao longo de todo o ano de 2009. 

As Obrigações Permutáveis mantiveram sensivelmente a mesma taxa média. 

Relativamente aos Eurobonds verificou‐se uma descida de 4,05% para 3,64%, não só 

pela  influência que a descida das taxas de  juro teve na dívida emitida a taxa variável, 

mas também pelo efeito do empréstimo obrigacionista de 800 milhões € contraído a 

meio  do  ano,  e  que  apresenta  uma  taxa  de  juro  mais  baixa  que  os  restantes 

financiamentos emitidos a taxa fixa, e da evolução favorável dos fluxos associados aos 

swaps. 

Os  swaps de  taxa de  juro em vigor no  final de 2009  representam  somente cerca de 

14,75% do total da dívida e foram contratados com o objectivo de diversificar o risco 

de taxa de juro. Os cash flow dos swaps atingiram no ano de 2009 o montante de 4,6 

milhões €, o que se traduziu na melhoria da Taxa Média da dívida total em cerca de 

0,12%. 

De referir também que os swaps apresentaram no exercício uma evolução positiva no 

respectivo justo valor que se traduziu num ganho de 7,6 milhões €. 

A  aplicação  dos  excedentes  de  tesouraria  originou  um  proveito  de  1,08 milhões  € 

(cerca de 0,24% do passivo de curto prazo médio ponderado). 

Evolução dos Fluxos associados na óptica financeira 

Os  juros  pagos  e  corridos  no  exercício  de  2009,  incluindo  a  anualização  de  outras 

despesas  ocorridas  na montagem  das  operações  de  financiamento  e  os  fluxos  dos 

swaps  associados,  ascenderam,  em  termos  absolutos,  a  cerca  de  123  milhões  €, 

quando  no  exercício  de  2008  se  tinham  situado  em  cerca  de  109 milhões  €.  Este 

acréscimo, que se situa percentualmente em cerca de 13%, é o reflexo do aumento da 

dívida ponderada média da Parpública, que registou entre os dois anos um acréscimo 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

13 

  

de aproximadamente 703 milhões €, equivalente a 23%, passando de 3.059 para 3.762 

milhões €. 

A evolução do Passivo Médio Ponderado de Financiamento e os respectivos encargos 

totais  foram  os  seguintes,  nos  últimos  cinco  anos  (montantes  em milhões  €  e  em 

percentagem – base 2005):  

2005 2006 2007 2008 2009Passivo Médio de Financiamento (valor) 1.289,63 1.990,91 2.077,58 3.058,65 3.762,12Passivo Médio de Financiamento (evolução) 100,00% 154,38% 161,10% 237,17% 291,72%Encargos (valor) 43,30 68,74 75,60 108,77 123,42

Encargos (evolução) 100,00% 158,77% 174,61% 251,22% 285,05% 

 

Verifica‐se que entre 2006 e 2008 o acréscimo acumulado da variação percentual dos 

encargos  é  superior  à  variação  percentual  acumulada  do  acréscimo  da  dívida, 

invertendo‐se a situação no ano de 2009. 

Sendo a Parpública uma sociedade gestora de participações sociais, a  fonte principal 

dos  seus  rendimentos  é  os  dividendos  recebidos  das  participadas  e  os  juros  dos 

suprimentos  que  concede  às mesmas. A  origem marginal  de  proveitos  consiste  nos 

juros de aplicações de excedentes de tesouraria, quando ocorrem. 

Tendo em conta esta realidade, a Parpública, na assunção de nova dívida, tem que ter 

sempre  em  conta,  para  além  da  racionalidade  e  rentabilidade  da  aplicação  dos 

respectivos  fundos,  o  nível  dos  proveitos  obtidos  por  estas  actividades,  sendo 

imperativo que as novas responsabilidades se mantenham em níveis sustentáveis face 

aos proveitos previsionais. 

Entre  2008  e  2009  foi  a  seguinte  a  evolução  dos  fluxos  financeiros  associados  ao 

financiamento e à carteira de participações (em milhares €): 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

14 

  

2008 2009Dividendos Recebidos 164,72 202,96Juros Recebidos de Suprimentos concedidos 23,54 25,01Juros de Aplicações 8,88 1,08

Total 197,14 229,05Juros e Despesas Similares (1) 108,77 123,42Saldo 88,37 105,63

(1) - Juros pagos e corridos e outros encargos suportados anualizados  

 

Verifica‐se,  assim,  que  a  Parpública  gera  fluxos  financeiros  significativos mantendo 

saldos  confortáveis  face  às  responsabilidades  existentes,  sendo  imperativo  que 

continue a monitorizar a relação entre Juros Suportados e Dividendos a Receber. 

Custo Líquido dos Instrumentos de Dívida e Subjacentes 

No ponto de  vista económico, para  além dos  fluxos  financeiros, o  custo  líquido dos 

Instrumentos Financeiros de Dívida e Subjacentes contempla as suas variações de justo 

valor, nomeadamente as associadas às Obrigações Permutáveis em circulação. 

 

Assim, a evolução do custo líquido do financiamento da Parpública foi o seguinte (em 

milhões €): 

2005 2006 2007 2008 2009

Juros e Encargos Similares -43,30 -68,74 -75,60 -108,77 -123,42Variação do Valor dos Swaps -4,12 -5,11 1,09 4,53 7,64Variação do Valor das Opções (Obrigações Permutáveis) -2,32 -117,71 -60,48 147,11 64,79Variação do Valor do Activo Subjacente (Obrigações Permutáveis) 12,80 198,40 100,80 -134,22 124,04Imputação por Mensuração ao Custo Amortizado (1) -3,54 -1,80 -1,62 -10,11 10,22

Custo/Proveito Total Líquido -40,48 5,04 -35,81 -101,46 83,28

(1) - Amortização da diferença entreos fluxos de caixa actualizados dos empréstimos e o seu justo valor inicial  

O  custo  total  líquido  da  dívida  apurado  na  óptica  económica  apresenta  uma 

componente  importante de variáveis que não são controladas pela Parpública e que 

estão relacionadas com a cotação das acções EDP, que constituem o Activo Subjacente 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

15 

  

das duas  emissões de Obrigações Permutáveis,  com  reflexo no  respectivo  valor  das 

Opções e dos Activos Subjacentes. Em 2009, a evolução favorável destas duas variáveis 

proporcionou um proveito de cerca de 189 milhões € donde resultou um proveito total 

de cerca de 83 milhões €. 

 

GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 

No exercício da sua actividade a Parpública  identifica seis áreas de risco  financeiro e 

que são: risco de crédito, risco de liquidez, risco de margem dos investidores, risco de 

taxa  de  juro,  risco  de  capital  e  risco  associado  às  obrigações  permutáveis  em 

circulação. 

Risco de crédito 

O Risco de Crédito a que a Parpública está exposta está relacionado com as aplicações 

financeiras dos  seus  excedentes  de  tesouraria  e  com  os  suprimentos  concedidos  às 

suas participadas.  

Relativamente às aplicações dos excedentes, a Parpública, para minimizar este  risco, 

coloca‐as apenas em instituições financeiras de primeira linha. 

Quanto aos suprimentos, são sempre concedidos a favor de participadas cuja gestão é 

por si controlada e em que a aplicação dos fundos é orientada para investimentos que 

demonstrem  um  retorno  adequado.  A  remuneração  dos  suprimentos  é  igual  ou 

ligeiramente  superior  ao  custo  médio  da  dívida  da  Parpública.  A  aprovação  dos 

suprimentos é da responsabilidade da Comissão Executiva da Parpública. 

Risco de Liquidez 

O Risco de Liquidez da Parpública está confortavelmente coberto com a existência de 

quatro programas de Papel Comercial no montante total de 2.200 milhões €, 1.150 dos 

quais  com  subscrição  garantida,  qualquer  deles  contratados  com  instituições 

financeiras de reconhecida solidez. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

16 

  

A  Parpública  dispõe  também  de  um  descoberto  em  conta  corrente  negociado  com 

instituição financeira sólida, no montante de 30 milhões €. 

Estes instrumentos permitem à Parpública um confortável acesso imediato à liquidez. 

Risco de Margem dos Investidores 

Para minimizar o Risco de Margem dos  Investidores com o consequente aumento de 

spreads,  os  Contratos  de  Papel  Comercial  contratados  têm  fixado,  até  ao  limite  de 

1.150 milhões  €,  um  spread  fixo  que  vigorará  durante  o  ano  de  2010.  O mesmo 

acontece com o descoberto em conta corrente. 

Risco de Taxa de Juro 

A dívida de médio e longo prazos da Parpública, no que respeita ao tipo de taxa de juro 

contratada, tem a seguinte distribuição, no final dos anos de 2008 e de 2009: 

 2008  2009 

Dívida a Taxa Fixa  94,9%  96,0% 

Dívida a Taxa Variável  5,1%  4,0% 

Dívida a Médio e Longo Prazos  100,0%  100,0% 

Com uma tão elevada percentagem de dívida emitida a taxa fixa a Parpública tem, em 

termos de cash flow, uma reduzida exposição à flutuação de taxa de juro. Em termos 

de justo valor existe exposição da Parpública às alterações da taxa de juro do mercado, 

quer em termos positivos quando se verifica um aumento, quer em termos negativos 

quando se verifica uma redução das mesmas. 

A Parpública tem também contratadas três estruturas de swaps de taxa de  juro, com 

vista à dispersão do risco de  taxa de  juro. O montante  total das estruturas é de 550 

milhões €, o que  representa cerca de 14,75% da dívida de médio e  longo prazos da 

Parpública. Duas das estruturas contratadas estão embebidas nas condições de duas 

emissões particulares estruturadas, no montante global de 400 milhões €. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

17 

  

O  conjunto  das  três  estruturas  teve,  nos  anos  de  2008  e  2009,  os  impactos  que 

seguidamente  se  indicam, em  termos de cash  flow e de variação do  justo valor, em 

milhares €: 

  2008 2009 

Cash flow do exercício  ‐926,53  4.643,8 

Variação do justo valor no exercício  4.533,85  7.638,0 

 

Os fluxos previsionais, não descontados, dos  juros da dívida de médio e  longo prazos 

existente, são os seguintes, em milhares €: 

 

  Menos de 1 ano 

Entre 1 e 5 anos 

Mais de 5 anos 

Total 

Juros a pagar  128.619,69  436.239,1  271.878,3  836.737,1 

 

Os fluxos previsionais, não descontados, dos swaps contratados são os seguintes, em 

milhares €: 

 

  Menos de 1 ano 

Entre 1 e 5 anos 

Mais de 5 anos 

Total 

Fluxos dos swaps  4.352,2  6.842,5  5.966,5  16.008,3 

Gestão do Risco de Capital 

A decisão sobre contratação de dívida por parte de Parpública é tomada pela Comissão 

Executiva  e  apresentada  para  aprovação  aos  órgãos  competentes  (Conselho  de 

Administração e Accionista). 

Esta decisão tem por base as políticas e decisões de  investimento e desinvestimento 

adoptadas, as previsões de dividendos a receber, a política de dividendos a pagar e a 

optimização do custo do capital. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

18 

  

O  peso  do  capital  alheio  no  total  do  capital  utilizado  pela  Parpública  no 

desenvolvimento  da  sua  actividade  deverá  manter‐se  em  níveis  adequados  de 

exposição da empresa ao  risco  financeiro, de  forma a não  comprometer nem o  seu 

desenvolvimento,  nem  a  capacidade  de  cumprimento  do  serviço  da  dívida  e  a 

manutenção das notações de rating. 

O gearing ratio, utilizado para monitorizar o peso do envolvimento dos capitais alheios 

no  capital  total  utilizado, mantém‐se  em  níveis  adequados,  tendo‐se  verificado,  de 

2008 para 2009, uma redução do peso dos capitais alheios remunerados no  total do 

capital  utilizado  pela  sociedade,  conforme  quadro  que  seguidamente  se  apresenta 

(montantes em milhões €): 

2008 2009

Divida Remunerada (Balanço) 3.749,25 3.713,66Caixa e Equivalentes -36,81 -255,12Passivo de Financiamento Líquido 3.712,44 3.458,54

Capitais Próprios (Balanço) 2.908,72 3.246,81

Capital Total 6.621,16 6.705,35

Gearing Ratio 56,07% 51,58%  

Gestão do Risco da Dívida Titulada por Obrigações Permutáveis 

No  âmbito  da  6ª  e  da  7ª  fases  de  reprivatização  da  EDP,  foram  emitidas  pela 

Parpública Obrigações Permutáveis em Acções daquela Empresa, as quais dão aos seus 

detentores o direito de serem reembolsados pelo valor nominal da emissão se na data 

da  respectiva maturidade  o  preço  das  acções  da  EDP  forem  inferiores  ao  preço  de 

conversão  de  cada  emissão,  ou,  se  superior,  de  serem  reembolsados  com  base  na 

cotação das acções que se verificar na data de maturidade. 

Apresenta‐se,  seguidamente,  a  evolução  do  valor  da  paridade  de  cada  uma  das 

emissões das Obrigações Permutáveis  (Parity Value), determinado pela evolução das 

cotações  da  acção  EDP,  comparativamente  com  o  valor  nominal  dessas  emissões 

(Strike Price) e com o preço das obrigações no mercado (valores médios anuais). 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

19 

  

Emissão 2005/2010 (6ª fase da EDP) 

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

110,00

120,00

130,00

2005 2006 2007 2008 2009

Parity Value Strike Price Bond Price 

Emissão 2007/2014 (7ª fase da EDP) 

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

110,00

2007 2008 2009

Parity Value Strike Price Bond Price  

As duas emissões estão no final de 2009 out‐of‐the‐money (cotação das acções da EDP 

abaixo do Strike Price), tendo estado a emissão de 2005 in‐the‐money no final dos anos 

de 2006 e 2007. A emissão de 2007 tem estado sempre out‐of‐the‐money. 

Em  virtude  da  maior  proximidade  da  sua  maturidade  (Dezembro  de  2010),  as 

obrigações da emissão de 2005 apresentam maior sensibilidade à cotação das acções 

da  EDP,  enquanto  as  obrigações  da  emissão  de  2007  (com maturidade  apenas  em 

2014) têm um comportamento mais estável, próximo do de uma obrigação pura. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

20 

  

De  acordo  com  as  normas  contabilísticas  em  vigor,  a  opção  embutida  nestes 

empréstimos e os respectivos activos subjacentes são mensurados ao seu justo valor, 

assegurando‐se o matching na mensuração. 

A  evolução  conjugada  do  Justo  Valor  das  Opções  e  do  Justo  Valor  dos  Activos 

Subjacentes determina os ganhos ou perdas reconhecidos no final de cada exercício. O 

aumento  do  valor  da  opção  representa  uma  perda  para  a  Parpública,  enquanto  o 

aumento do valor do activo subjacente representa um ganho. 

No quadro  seguinte  surge quantificado o efeito das  referidas  variações no  final dos 

últimos 5 exercícios (valores em milhões €): 

2005 2006 2007 2008 2009

Variação do Valor das Opções 2,32 117,71 60,48 -147,11 -64,79Variação do Valor do Activo Subjacente 12,80 198,40 100,80 -134,22 124,04Efeito Líquido 10,48 80,69 40,32 12,89 188,83

 

SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DA SGPS 

 

 ESTRUTURA DO BALANÇO  

Em 2009  a Parpública  reforçou  a  sua estrutura patrimonial,  financiando os Capitais 

Permanentes a  totalidade do Activo, não obstante este  ter  tido um crescimento de 

5%, no montante de 350 milhões €, ascendendo a 7.324 milhões €.  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

21 

  

5% 4% 5% Legenda :

11% 7% Outros Passivos

Passivo de Financ. CP

Passivo de Financ.M/LP

Capital Próprio

Disponibilidades

Circulante

Imobilizado

Total Activo Líquido: 31‐12‐08 = 6.974 Mil € 31‐12‐09 = 7.324 Mil €

43%

44%

2008 2009

21%

43%

Estrutura do Balanço em 2008 e 2009 (POC)

25%

75% 75%

42%

 

O  acréscimo  no  Activo  justifica‐se  pelo  reforço  das  participações  em  carteira, 

designadamente  pelo  ajustamento  de  justo  valor  das  acções  EDP  associadas  às 

Obrigações permutáveis e pela aquisição de acções da REN à CGD, representativas de 

3,9%  do  capital  daquela  sociedade.  As  participações  na  HCB  –  Hidroeléctrica  de 

Cahora  Bassa,  SA,  correspondente  a  15%  do  capital  social,  e  na  SPE  –  Sociedade 

Portuguesas  de  Empreendimentos,  SA,  representando  81,1%  do  seu  capital  foram 

adquiridas ao Tesouro, reduzindo assim a dívida do Estado para com a Parpública em 

180  milhões  €.  Para  o  aumento  do  Activo  contribui  igualmente  o  acréscimo  nas 

disponibilidades  em  mais  de  200  milhões  €,  como  consequência  da  decisão  de 

aumentar disponibilidades para garantir a cobertura das necessidades previstas para 

2010  decorrentes  do  resgate  que  ocorrerá  até  Dezembro  de  2010  das  obrigações 

permutáveis  por  acções  EDP,  emitidas  em  2005  no  âmbito  da  6ª  fase  de 

reprivatização. 

Relativamente ao Passivo de Financiamento houve uma consolidação durante o ano 

de 2009, passando o mesmo a ser constituído essencialmente por dívida de médio e 

longo prazo, tendo sido emitido em Julho de 2009, ao abrigo de um Programa EMTN, 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

22 

  

um  empréstimo obrigacionista no  valor de  800 milhões  €, para  refinanciar o papel 

comercial (780milhões €) existente no final de 2008. 

Este  ano  verificou‐se  ainda  um  crescimento  do  peso  Capital  Próprio  (de  42%  para 

44%) associado ao aumento do Resultado Líquido em 151 milhões €, à  redução dos 

ajustamentos  de  partes  de  capital  em  filiais  e  associadas  em  81  milhões  €  e  ao 

acréscimo nos Resultados Transitados em 106 milhões €. 

 

ANÁLISE DO EBITDA E DO RESULTADO LÍQUIDO 

O resultado líquido em referencial POC registou um acréscimo significativo em 2009, tendo 

ascendido a 402.222.018 €, 60% superior ao de 2008, com a seguinte origem: 

 

Unid: euros

Formação do Resultado Líquido 2009 2008 Var 09/08 (%)

EBITDA 566.834.972 433.997.953 31%

Amortizações ‐28.540.010 ‐64.207.837 ‐56%

Custo do Financiamento (s/ variações em derivados) ‐136.062.487 ‐118.882.821 14%

Imposto sobre o rendimento ‐10.458 ‐14.449 ‐28%

Resultado Líquido 402.222.018 250.892.847 60%  

 

Em 2009 a Parpública alcançou um EBITDA de 566.834.972 euros, 31% superior ao de 

2008, tendo contribuído essencialmente para a sua formação os resultados com gestão 

de participadas  incorporadas pela equivalência patrimonial e os dividendos recebidos 

das outras participações  financeiras, que ascenderam a 327 milhões € e as variações 

pelo justo valor, relacionadas com as emissões dos permutáveis, que atingiram os 196 

milhões € de ganhos escriturais no exercício. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

23 

  

Unid: euros

Formação do EBITDA 2009 2008 Var 09/08 (%)

Rendimento da Gestão de Participadas 565.029.039 429.860.810 31%Resultado de Alienações e Transferências 16.835.334 452.307.511 ‐96%

Ganhos em Empresas do Grupo e Associadas 290.947.614 219.345.025 33%Perdas em Empresas do Grupo e Associadas ‐6.997.386 ‐321.550.638 ‐98%Dividendos Recebidos e Resultados Incorporados 42.751.979 38.796.810 10%

Juros de Empréstimos a Participadas  25.017.050 23.542.135 6%Variações de Justo Valor 196.474.448 17.419.967 1028%

Rendimento de Aplicações Financeiras 5.723.314 9.543.782 ‐40%

Rendimento por Serviços Prestados 3.190.716 1.110.833 187%Total Rendimento 573.943.068 440.515.425 30%

Custos de Serviços e Comissões Financeiras ‐1.834.579 ‐504.804 263%Custos de Funcionamento e dos Serviços Prestados ‐7.316.346 ‐4.366.166 68%Encargos com Pessoal ‐2.323.615 ‐1.982.260 17%

Fornecimentos e Serviços Externos ‐4.885.914 ‐2.298.205 113%Impostos Indirectos ‐106.817 ‐85.701 25%

Redução de Provisões 138.219 275.424 ‐50%Ganhos e Perdas Diversos 1.904.609 ‐1.921.926 199%

Total Custos ‐7.108.096 ‐6.517.472 ‐9%

EBITDA 566.834.972 433.997.953 31%  

 

Resultados de Alienações e Transferências 

Relativamente  a  alienações  de  participações  em  2009  apenas  se  concretizou  a 

reprivatização dos 10% remanescentes da SN Longos, ocorrida no 1º semestre do ano, 

a  qual  gerou  uma  receita  de  32 milhões  €  e  proporcionou  uma mais  valia  de  14,1 

milhões €. 

Resultados em Empresas do Grupo, Associadas e Outras 

O  Resultado  obtido  com  Empresas  do  Grupo,  Associadas  e  Outras  neste  ano, 

fundamentais para a Parpública enquanto Sociedade Gestora de Participações Sociais, 

foi de 327 milhões €, tendo para o mesmo contribuído essencialmente os lucros da sua 

participação  na  Capitalpor,  nomeadamente  pelos  resultados  desta  derivados  das 

participações na EDP e na REN. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

24 

  

Unid: euros

Resultados em Empresas do Grupo, Associadas e Outras

2009 2008 Var 09/08 (%)

Ganhos em empresas do grupo e associadasCapitalpor 138.250.414 ‐ ‐ANA 37.379.052 30.181.553 24%ADP ‐ Águas  de Portugal 33.137.925 44.589.281 ‐26%GALP Energia 19.964.980 33.108.110 ‐40%Sagesecur 18.288.319 2.636.150 594%TAP SGPS 13.845.117 ‐ ‐Imprensa Nacional, Casa da Moeda 11.403.661 4.701.037 143%Parcaixa 6.908.872 ‐ ‐REN 5.635.266 ‐ ‐EDP    * 4.998.275 65.970.048 ‐92%CVP‐SGH 556.548 706.100 ‐21%Inapa 351.512 ‐ ‐Companhia das  Lezírias 139.698 405.678 ‐66%Credip 85.087 92.229 ‐8%Margueira 2.348 2.395 ‐2%Isotal 539 ‐ ‐Sagestamo ‐ 16.076.453 ‐Lazer e Floresta ‐ 9.426.344 ‐Urbindústria *** ‐ 5.675.675 ‐SN ‐ Serviços ‐ 4.601.342 ‐Quimiparque  *** ‐ 1.124.320 ‐Circuito do Estoril ‐ 48.310 ‐Total 290.947.614 219.345.025 33%

Perdas em empresas do grupo e associadasENVC ‐ Imo ‐80.271 ‐80.590 0%SPE ‐619.070 ‐ ‐Circuito do Estoril ‐1.518.740 ‐ ‐Sagestamo ‐4.779.305 ‐ ‐Isotal ‐ ‐2.341 ‐Capitalpor ‐ ‐14.427 ‐Inapa  ‐ ‐31.451 ‐REN ‐ ‐469.030 ‐TAP SGPS ‐ ‐320.952.800 ‐Total ‐6.997.386 ‐321.550.638 98%

Dividendos RecebidosEDP     ** 42.174.112 38.139.625 11%Portugal  Telecom 460.766 460.766 0%INH 99.042 138.357 ‐28%ZON 18.059 56.435 ‐68%Transmotor (Salvador Caetano) ‐ 1.627 ‐Total 42.751.979 38.796.810 10%

Resultado em Empresas do Grupo, Associadas e Outras 326.702.207 ‐63.408.804 615%

* Relativo a  11,97% do capita l  em 2008 mas  apenas  a  0,79% em 2009 devido à  venda  à  Parca ixa**Relativo às  acções  associadas  às  Obrigações  permutáveis  de  2005 e  2007 ‐ 8,52% em 2008 e  8,08% em 2009*** Integrada  em 2009 na  Baía  do Tejo  

Rendimentos de Aplicações Financeiras 

À semelhança do que se tem verificado em anos anteriores, esta rubrica reflecte 

essencialmente os juros recebidos de aplicações financeiras. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

25 

  

Rendimentos por Serviços Prestados 

A  Parpública  em  2009  prestou  serviços  à  Tutela  e  às  suas  Participadas  obtendo 

rendimentos  no  valor  de  3.192 milhares  €,  dos  quais  a maioria  (1.800 milhares  €) 

respeita  a  encargos  ambientais  suportados  com  limpeza  de  terrenos  da  SN  Longos, 

acordados aquando da reprivatização da empresa. Pelo apoio prestado ao Ministério 

das Finanças, pela equipa técnica existente na Parpública na preparação e negociação 

de  parcerias  e  por  estudos  realizados,  a  Parpública  recebeu  974  milhares  €  e  os 

restantes  418  milhares  €  referem‐se  a  reembolsos  pelas  participadas  e  entidades 

públicas de custos com cedência de administradores e quadros. 

Custos de Funcionamento e Serviços Prestados 

Neste  ano  verificou‐se  um  acréscimo  dos  custos  de  funcionamento  e  serviços 

prestados, devido essencialmente a uma alteração do método de contabilização das 

despesas  com  serviços  relacionados  com  actividades  de  apoio  ao  Estado  ou  com 

avaliações para aquisições ou  reprivatizações  futuras de participações  financeiras, as 

quais até 2008 eram reconhecidas como custos diferidos até reembolso pelo Estado ou 

inclusão no custo de aquisição das participações ou, ainda, inclusão no custo de venda 

das participações. Em 2009 estas despesas passaram a ser reconhecidas como custo, 

reconhecendo‐se  como  proveito,  por  contrapartida  em  proveitos  antecipados,  as 

quantias de que se esperam benefícios económicos futuros.  

Se a nova prática tivesse sido adoptada em 2008 na rubrica Fornecimentos e Serviços 

Externos  desse  exercício  ter‐se‐ia  reconhecido,  adicionalmente,  a  quantia  de  920 

milhares  €,  com  reconhecimento  de  477  milhares  €  na  rubrica  Proveitos 

suplementares. Para além deste  facto a diferença nos  custos dos  serviços prestados 

justifica‐se  pelos  estudos  realizados  em  2009  com  o  PRISF,  com  os  benefícios  pós‐

reforma  nas  empresas  do Grupo  e  do  SEE,  e  pelos  débitos  relativos  à  limpeza  dos 

terrenos da SN Longos (1.800 milhares €). 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

26 

  

Os custos com pessoal apresentam um crescimento face a 2008, de 17%, ascendendo a 

2,3 milhões €, essencialmente por  incidência e  contabilização em 2009 de encargos 

relativos aos exercícios de 2007 e 2008 só pagos e reconhecidos neste exercício. 

 

BALANÇO E RESULTADOS EM POC E IFRS 

A  partir  de  2010  a  Parpública  irá  adoptar  nas  suas  contas  separadas  o  normativo 

contabilístico  IFRS, considerando que desde 2005 a empresa prepara demonstrações 

financeiras  consolidadas de  acordo  com  as Normas  Internacionais de Contabilidade, 

recorrendo  à  opção  permitida  pelo  Decreto  Lei  n.º  158/2008,  de  13  de  Julho,  que 

aprovou o Sistema de Normalização Contabilística.  

Assim,  nas  contas  separadas  os  investimentos  em  subsidiárias,  associadas  e  em 

entidades  conjuntamente  controladas,  passarão  a  ser mensurados  pelo método  do 

custo,  e  não  pelo  método  da  equivalência  patrimonial,  sendo  os  dividendos 

reconhecidos apenas quando houver direito sobre eles, geralmente após deliberação 

da Assembleia Geral, o que tem como efeito uma redução do Resultado Líquido, face 

àquele  que  resulta  quando  se  aplica  o  normativo  POC.  Em  sentido  contrário,  a 

amortização do Goodwill é contemplada nas contas POC e não nas  IFRS o que reduz 

nestas  os  custos  em  cerca  de  28 milhões  €. Nos  restantes  domínios  em  que  pode 

existir uma diferença para o POC,  a empresa  vinha  já  adoptando  supletivamente  as 

Normas  Internacionais de Contabilidade, por  se  tratarem de  temas  sem previsão no 

normativo nacional. 

Como termo de comparação, apresentamos para o ano de 2009 uma análise entre o 

normativo contabilístico ainda em vigor em 2009 (POC) e aquele que será adoptado a 

partir de 2010 nas  contas  separadas da empresa  (IFRS). Conforme  se pode  verificar 

pelo  seguinte  quadro,  em  termos  de  estrutura  de  balanço  não  existe  um  impacto 

significativo nas contas da Parpública.  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

27 

  

Unid: milhares  euros

Balanço POC IFRSActivo 7.323.648 7.428.996

Participações  Financeiras 5.515.769 5.054.232

Dívidas  a receber 1.538.104 2.100.310

Outros  activos 14.658 19.338

Disponibilidades 255.116 255.116

Capital Próprio 3.246.809 3.416.293

Passivo 4.076.839 4.012.703

Financiamento 3.713.657 3.741.565

Outros  passivos 363.183 271.138  

De salientar que o Capital Próprio aumenta, passando a ser aproximadamente igual ao 

Passivo de Financiamento líquido de Disponibilidades.  

Unid: milhares  euros

Resultado Líquido e EBITDA POC IFRS

Rendimentos da Carteira 326.702 202.958

Variações  de Justo Valor 196.474 199.287

Resultado de Alienações 16.835 14.159

Imparidades  de Activos ‐16.639

Juros Recebidos de Suprimentos   25.017 23.900

Custos  de Funcionamento ‐9.131 ‐9.044

Outros  Ganhos  e Perdas 10.937 20.114

EBITDA 566.835 420.576

Amortizações ‐28.540 ‐166

Custo do Financiamento (s/ variações  nos  derivados) ‐136.062 ‐136.062

Imposto sobre o rendimento ‐10 ‐10

Resultado Líquido 402.222 298.497  

Quanto  ao  Resultado  Líquido,  este  reduz‐se  em  cerca  de  100 milhões  €  em  IFRS, 

essencialmente por se contabilizar em ganhos nas participadas somente os dividendos 

recebidos e por não se amortizar o goodwill, sem prejuízo do teste e registo anual das 

imparidades que se verifiquem. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

28 

  

2008 2009 2008 2009 2008 2009

Parpública, SGPS, SA (IFRS) 15,4 8,3 0,8 0,6 2,0 3,1

Parpública, SGPS, SA (POC) 8,6 6,1 0,6 0,6 3,7 4,2* inclui Dívida do Tesouro

** EBITDA / Custo do financiamento (sem variações em derivados)

Dívida Liquida / EBITDAPerfil Risco Financeiro

Dívida Liquida / Activos  do Negócio *

Cobertura do Serviço da Dívida **

 

A capacidade da Parpública honrar os compromissos para com os credores melhorou 

significativamente,  em  ambos  os  normativos  contabilísticos,  devido  à  contenção  do 

endividamento e à melhoria do EBITDA. 

 

SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO 

GRUPO 

 

SITUAÇÃO FINANCEIRA 

Em 2009, o Grupo Parpública reforçou o Activo Consolidado em 7%, ascendendo este a 

17.225 milhões  €,  sendo  os  dois  segmentos mais  representativos  o  da  Gestão  de 

Outras  Participações  e  Diversos,  que  inclui  essencialmente  a  Parpública  SGPS,  a 

Capitalpor,  SGPS  e  a  participação  na  Parcaixa,  SGPS,  e  o  segmento  das  Águas  e 

Resíduos integrando o Grupo Águas de Portugal. 

9% 9% Legenda :

Passivo Diversos

Passivo de Financiamento

Capital Próprio e Subsidios para Activos

Activos diversos

Activos dos Negócios

SA = 12% SA = 12% Total Activo Líquido:

31‐12‐08 = 16.158 Milhões €

31‐12‐09 = 17.225 Milhões €

Estrutura do Balanço Consolidado do Grupo em 2008 e 2009 (IFRS)

CP = 23% CP = 24%

2008 2009

87%

13% 14%

86%

56% 55%

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

29 

  

O capital próprio registou um crescimento de 13%, assegurando 36% das necessidades 

de  financiamento,  considerando  nesta  análise  que  algumas  empresas  do  Grupo, 

nomeadamente a ADP e a ANA, recebem subsídios ao investimento, no total de 2.023 

milhões  €, que  são  equiparados para  esta  análise  a  fundos próprios  por não  serem 

exigíveis. Quanto ao Passivo de Financiamento verificou‐se igualmente um acréscimo, 

de 5% desde 2008,  justificado exclusivamente pelo financiamento pelo Grupo AdP do 

programa de investimento em curso apoiado pela U.E.. 

 

RESULTADOS CONSOLIDADOS 

O  resultado  consolidado  do  Grupo  Parpública  em  2009  foi  de  557.734 milhares  €, 

francamente melhor  que  no  ano  anterior,  tendo  todos  os  segmentos  apresentado 

lucros com excepção do Segmento de Exploração Agrícola. 

 

Valores em milhares de euros

Gestão de O. Particip. e Diversos

Gestão e Promoção Imobiliária

Explor. Agrícola, Pecuária e Florestal

Produção de Moeda e 

Publicações

Actividades Aeronáuticas

Águas e Resíduos

R esultadoC o nso lidado

2009

557.734

390.958

84.62871.363

13.055

240

‐2.510

Resultado Líquido Consolidado de 2009

 

Relativamente ao EBITDA Consolidado, em 2009, verifica‐se igualmente um acréscimo 

significativo desde 2008 (108%), totalizando 1.348.331 milhares €, tendo os segmentos 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

30 

  

mantido  a  sua  posição  relativa  no  Grupo.  Em  termos  de  crescimento  destaca‐se  o 

sector  das  Actividades  Aeronáuticas,  pelo  facto  do  Grupo  TAP  ter  reduzido 

substancialmente  os  prejuízos  face  a  2008,  e  da  Gestão  de  Outras  Participações, 

devido aos ganhos escriturais nas obrigações permutáveis e no valor das participações 

da Parpública. 

 

Gestão de O. Participa. e Diversos523.366

Actividades Aeronáuticas415.423

Águas e Resíduos379.890

Produção de Moeda e Publicações29.948 Gestão e 

Promoção Imobiliária16.142

Exploração Agrícola,Pecuária e Florestal ‐2.232

EBITDA Consolidado em  2009

Total = 1.348.331 milhares €  

 

 

2008 2009 2008 2009 2008 2009

Grupo Parpública  (IFRS) 10,2 5,3 0,5 0,5 1,6 4,2

* inclui Dívida do Tesouro

** EBITDA / Custo do financiamento (sem variações em derivados)

Dívida Liquida / EBITDAPerfil Risco Financeiro

Dívida Liquida / Activos  do Negócio *

Cobertura do Serviço da Dívida **

 

 

Mantém‐se  num  nível  relativamente  conservador  a  estrutura  de  financiamento  dos 

activos  dos  negócios  e  foi  possível  em  2009 melhorar  significativamente  a  relação 

entre os meios libertos anuais e o total do financiamento. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

31 

  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

32 

  

 

ANÁLISE POR SEGMENTOS 

 

GESTÃO DE OUTRAS PARTICIPAÇÕES E DIVERSOS 

No Grupo da Parpública este tem sido o segmento mais significativo, não só em termos 

de  estrutura  patrimonial  como  também  em  termos  de  contributo  para  o  resultado 

gerado. O exercício de 2009 não é excepção,  tendo mesmo ocorrido um expressivo 

reforço da sua posição no Grupo relativamente ao contributo para o resultado que, em 

70% provém deste segmento. 

Este  segmento  é  constituído  essencialmente  pela  actividade  e  activos  líquidos  da 

própria Parpública e da Capitalpor, de onde se destacam as participações na EDP, REN 

e GALP, as  restantes participações  financeiras da  carteira do Grupo  com actividades 

diversas, como a INAPA, Circuito Estoril, a SPE, a HCB, entre outras, e os suprimentos 

concedidos, nomeadamente à Sagestamo e à Sagesecur. 

Relativamente a 2008 a principal alteração verificada neste  segmento  foi a  saída da 

participação na SN Longos, cuja reprivatização foi concretizada no início de 2009. Para 

além  desta  alteração  são  ainda  de  referir  as  entradas  das  participações  na  HCB  – 

Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SA, correspondente a 15% do capital social, e na SPE – 

Sociedade Portuguesas de Empreendimentos, SA, representando 81,1% do seu capital, 

ambas adquiridas ao Tesouro e ainda o reforço da participação na REN decorrente da 

aquisição à CGD de um lote de 20.826.000 acções, não reprivatizadas, representativas 

de 3,9% do capital daquela sociedade.  

Situação Financeira 

A estrutura patrimonial do segmento, tradicionalmente sólida, evoluiu favoravelmente 

sendo o activo  total  financiado em mais de 38% por  capitais próprios, percentagem 

superior à registada em 2008 que havia sido de 34%, sendo de salientar que mais de 

metade dos activos  líquidos dos negócios é financiada por capitais próprios. A solidez 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

33 

  

financeira  deste  segmento  é  ainda  reforçada  pelo  facto  das  participações  estarem 

registadas  pelo método  da  equivalência  patrimonial  pelo  que,  face  aos  valores  de 

mercado, existe um potencial de ganho de centenas de milhões €. 

Em 2009 este segmento utiliza quase 60% do capital próprio do grupo, percentagem 

superior à verificada em 2008,  (que havia sido de 55%). Por outro  lado o passivo de 

financiamento  registou uma  redução  superior  a 90 milhões €,  sendo este  segmento 

agora responsável por 39% do endividamento consolidado do grupo, percentagem que 

em 2008 era de 42%. 

O  crescimento do  activo,  cerca de 435 milhões €,  traduz os  investimentos  feitos na 

ampliação da  carteira de participações da Parpública  (superior a 230 milhões €) e o 

efeito da equivalência patrimonial nas participações, que proporcionou um aumento 

do valor destas em cerca de 200 milhões €. 

Resultados da Actividade 

Suportando o reforço da estrutura patrimonial os resultados deste segmento em 2009 

registam uma evolução positiva, tendo‐se aproximado dos 400 milhões €, quando no 

ano  anterior  foram  de  27  milhões  €.  O  resultado  de  2009  representa  uma 

rentabilidade do activo muito elevada, só explicável pelo expressivo ganho escritural 

apurado com a valorização das obrigações permutáveis e respectivo activo subjacente, 

e pelo ganho de 14,1 milhões € gerado com a alienação da participação na SN Longos e 

pelos  resultados  positivos  verificados  na  generalidade  das  participações  que 

aumentaram 173 milhões € no exercício, tendo ultrapassado os 230 milhões €. 

O comportamento do resultado reflecte‐se num EBITA do segmento de 523 milhões €, 

que  representa  cerca  de  15%  do  endividamento  ou  seja,  permite  reembolsar  o 

financiamento em 7 anos. 

Para 2010 é expectável um impacto do programa de privatizações no segmento.  

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

34 

  

GESTÃO IMOBILIÁRIA 

O segmento imobiliário dá resposta a uma das missões atribuídas ao grupo Parpública 

pelo Decreto‐Lei que o constitui, sendo instrumental para a colocação no mercado de 

património  público  excedentário  e  para  requalificação  de  áreas  industriais 

desactivadas  para  uso misto,  devolvendo  às  pessoais,  à  actividade  económica  e  às 

colectividades espaços de excelência potencial hoje desaproveitados. 

Em 2009, o mercado  imobiliário português  atravessou  aquela que parece  ser  a pior 

crise económica de sempre, tendo a maioria dos segmentos deste mercado terminado 

o ano com performances relativamente baixas. A crise no sector imobiliário é explicada 

pela economia recessiva, pela falta de financiamento a novos projectos de promoção e 

pela contracção do mercado quer de investimento quer de ocupação. 

Em 2010, é possível que venha a ocorrer uma leve reanimação do mercado imobiliário, 

com o  regresso de alguns  investidores estrangeiros e uma maior procura de  fundos 

imobiliários nacionais, porém  tal, previsivelmente, não será suficiente para se atingir 

os níveis pré‐crise financeira ou para animar os preços de promoção imobiliária.  

Situação Financeira 

O  segmento  de  negócio Gestão  e  Promoção  Imobiliária  abrange  9%  dos  activos  do 

Grupo  Parpública  e  o  seu  financiamento  utiliza  13%  do  capital  do  grupo,  a  que 

acrescem mais 432 milhões € de suprimentos concedidos, o que possibilita cobrir com 

fundos do accionista cerca de 2/3 das necessidades do segmento. 

Em 2009, apesar da conjuntura global e nacional, o grupo continuou a  investir neste 

segmento, respondendo às oportunidades criadas pela reestruturação do património 

público,  tendo‐se  ainda  verificado  um  ligeiro  acréscimo  líquido,  do  justo  valor  do 

conjunto das propriedades de  investimento, no montante de 4,7 milhões €, que mais 

do que compensou a imparidade verificada em alguns imóveis detidos para venda face 

aos preços actuais do mercado. Manter o valor dos activos  imobiliários num ano de 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

35 

  

crise e queda de preços  só é possível devido  às  acções  realizadas  tendo em  vista  a 

aprovação de novos usos para bens, a qualidade do património e a sua boa localização. 

M€

2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009

Grupo Sagestamo (1) 251,30   123,80   174,40   239,60   404,70   734,40   15,60     1,30       846,00       1.099,10  

Baía do Tejo (2) 9,00        8,00        103,40   124,80   91,60      76,40      8,10        8,10       212,10       217,30      

Lazer e Floresta 32,60      19,92      41,30      43,74      ‐           12,29     73,90          75,95        

TOTAL 292,90   151,72   277,80   364,40   537,60   854,54   23,70     21,69     1.132,00    1.392,35  

(1) ‐ Inclui o Fundo Estamo(2) ‐ Sociedade resultante da fusão  da Quimiparque Snesges e Urbindústria ocorrida no final de 2009

Evolução do Património Imobiliário

TOTALPara Venda Arrendado\Para Arrendamento

Reconversão Urbanística

Outras Situações

 

Apesar de em 2009 se ter verificado um aumento do peso deste segmento no total dos 

activos do Grupo de 8% para 9%, ainda assim pode considerar‐se como moderada a 

exposição do Grupo Parpública ao risco imobiliário. 

Resultados da Actividade 

Como grande operador  imobiliário, o grupo não ficou  imune às oscilações verificadas 

no mercado, registando uma quebra de 58% na venda de imóveis e um incremento de 

42% nos arrendamentos, comparativamente ao período homólogo de 2008. A redução 

das  vendas  ficou  a  dever‐se  quer  à  celebração  de  um  menor  número  de  novos 

negócios  (contratos  promessa),  quer  ao  adiamento  de  escrituras  ou  à  anulação  de 

negócios  por motivos  diversos,  nomeadamente  a  falta  de  condições  por  parte  do 

cliente. 

M€

2008 2009 2008 2009

Grupo Sagestamo (1) 54,64                27,87                10,12                14,90               

Baía do Tejo (2) 7,54                  1,17                  10,30                14,11               

Lazer e Floresta 15,50                3,63                 

TOTAL 77,68                32,67                20,42                29,01               

(1) ‐ Inclui o Fundo Estamo(2) ‐ Sociedade resultante da fusão  da Quimiparque Snesges e Urbindústria ocorrida no final de 2009

Venda de Imóveis e Arrendamentos

Venda de Imóveis * Arrendamento

(*) ‐ As vendas apresentadas  referem‐se  exclusivamente a escrituras realizadas e incluem,  nomea‐ damente, venda  de   imóveis  registados  como  activo  imobilizado  e  cujo  proveito  líquido  é  con‐  tabilizado  em   Outros Rendimentos e Ganhos e não na rubrica de Vendas e Serviços Prestados.

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

36 

  

Concretizando um modelo que vinha sendo estudado desde Outubro de 2008, no 4º 

trimestre de 2009 e com o objectivo de se potenciar as condições para a criação de 

valor, formalizou‐se a reestruturação empresarial que visava a concentração da gestão 

dos  activos  imobiliários  da  Urbindústria,  SNESGES  e  Quimiparque  numa  única 

entidade.  Neste  processo  de  fusão  por  incorporação,  a  Quimiparque  passou  a 

denominar‐se Baía do Tejo. 

Assim, o segmento Gestão e Promoção  Imobiliária do grupo Parpública  ficou assente 

em três pilares operacionais, Grupo Sagestamo, Baía do Tejo e Lazer e Floresta. 

O Grupo Sagestamo, constituído pela SGPS e por três empresas subsidiárias Estamo, 

Consest e Fundiestamo, tem como principal objectivo a aquisição de imóveis ao Estado 

e a outros entes públicos para revenda ou promoção e desenvolvimento urbanístico, e 

o arrendamento de imóveis para instalação de serviços públicos. Em 2009, este grupo 

procurou  desenvolver  as  actividades  de  arrendamento,  segmento  do  negócio 

imobiliário onde previsivelmente  continuarão  a  surgir oportunidades e necessidades 

que possibilitem rentabilizar o património mas que exige hoje obras de remodelação e 

de conservação dos edifícios arrendados ou por arrendar para os tornar mais eficientes 

e operacionais. 

Os  objectivos  definidos  para  o  corrente  ano  para  o  Grupo  Sagestamo  foram 

alcançados,  com  excepção  para  o  volume  de  vendas  contratadas  no  período,  que 

foram  afectadas  pela  incapacidade  financeira  de  alguns  clientes  que  solicitaram  o 

adiamento  das  escrituras  para  2010  e  por  alguns  negócios  que  tiveram  de  ser 

cancelados por esse motivo ou por dificuldades com a documentação dos imóveis. 

As margens empresariais  são muito  sensíveis a variações no volume das vendas. No 

ano 2009, a quebra das vendas provocou uma situação económica deficitária, sendo o 

Resultado  Líquido do  grupo de  ‐5,6 milhões €, o que  reflecte uma quebra de 118% 

comparativamente  ao  período  homólogo.  Para  esta  evolução  contribuiu  o  efeito 

conjugado  de  uma  redução  do  justo  valor  das  propriedades  de  investimento,  ‐3,1 

milhões €  à data do balanço quando em 2008  tinha  sido 18,6 milhões €, e de uma 

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diminuição de 25,9 milhões € nas vendas de imóveis, correspondendo a menos 48% do 

que o registado no mesmo período em 2008. No entanto, se as escrituras que foram 

adiadas tivessem sido realizadas, o Resultado Líquido do Grupo seria na ordem dos 5,4 

milhões €.  

A  actual  conjuntura não permite perspectivar  grandes desenvolvimentos para 2010. 

Todavia,  para  contornar  esta  situação,  o  grupo  Sagestamo  desenvolverá,  na  área 

comercial, acções  inovadoras que  visam a alienação de  imóveis. A primeira  consiste 

em desenvolver e executar modelos de parcerias com privados para a implementação 

conjunta de projectos imobiliários em terrenos pertencentes à Estamo. A segunda, visa 

chegar directamente a  investidores  internacionais, que não estão ainda presentes no 

mercado nacional, propondo‐lhes a venda de imóveis do grupo já arrendados ou para 

promoção.  

Além do referido, no ano 2010, prevêem‐se também novas aquisições de  imóveis ao 

Estado  e  a  outros  entes  públicos  num montante  superior  a  300 milhões  €.  Para  o 

efeito,  a  Sagestamo  recorrerá,  tal  como  já  o  fez  em  2009,  a  financiamentos  no 

mercado,  o  que  é  possível  devido  ao  valor  do  património  e  ao  peso  do  capital 

accionista na estrutura de financiamento. 

A Baía do Tejo, SA, empresa constituída, em 13 de Outubro de 2009, através de um 

processo  de  fusão  por  incorporação  da  SNESGES, Urbindústria  e Quimiparque,  tem 

como missão continuar a valorização e o desenvolvimento dos  territórios  localizados 

nos Concelhos do Barreiro, Seixal e Estarreja, agora com uma gestão coordenada de 

modo a contribuir para o sucesso do Projecto do Arco Ribeirinho Sul anunciado pelo 

Governo  em  Julho  de  2009  que  para  o  efeito  criou  uma  empresa  de  projecto 

denominada  “Arco  Ribeirinho  Sul”.  Paralelamente  a  apoiar  a  valorização  e 

desenvolvimento  dos  territórios  referidos  anteriormente,  a  Baía  do  Tejo,  deverá 

sobretudo  assegurar  o  desenvolvimento  da  actividade  nos  parques  empresariais  do 

Barreiro, Seixal e Estarreja.  

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O projecto Arco Ribeirinho Sul, que resulta das acções urbanísticas promovidas até à 

data  pelas  empresas  do  grupo  Parpública  em  articulação  com  as  autarquias,  visa  a 

requalificação urbanística de  importantes  áreas da margem  sul do estuário do Tejo, 

bem como contribuir para a valorização e competitividade da Área Metropolitana de 

Lisboa.  Com  este  projecto,  pretende‐se  desenvolver  de  forma  integrada  um  vasto 

território da margem sul de Lisboa, nomeadamente os 536 hectares da ex‐Siderurgia 

Nacional  e  do  Estado  no  concelho  do  Seixal,  e  os  290  hectares,  no  concelho  do 

Barreiro, em grande parte propriedade da empresa. 

A  Baía  do  Tejo  detém  participações  noutras  empresas,  nomeadamente  100  %  da 

Ambisider, S.A. e 51% da Ecodetra, S.A.. No decorrer do exercício foram desenvolvidos, 

embora  sem  sucesso,  diversas  acções,  que  continuam,  para  a  alienar  a  Ambisider, 

estando também em preparação a venda da participação na Ecodetra. 

A  Baía  do  Tejo  financia‐se  essencialmente  com  Capitais  Próprios,  situação  que  é 

possível  que  se  venha  a  alterar  caso  surjam  oportunidades  ou  necessidades  de 

investimento que o justifiquem e remunerem. 

No  que  se  refere  à  situação  económica  da  empresa,  em  2009,  é  de  se  salientar  a 

obtenção  de  um  resultado  líquido  positivo  no  montante  de  3,9  M€  alcançado 

essencialmente  através  do  rendimento  no  montante  de  14,11M€  das  rendas  de 

propriedades de  investimento  correspondentes à  cedência de espaços de armazéns, 

escritórios e terrenos nos parques do Barreiro, Seixal, Estarreja e Vendas Novas. 

 Em  2010,  a  Baía  do  Tejo  vai  continuar  a  acompanhar  os  diversos  projectos  de 

desenvolvimento e promoção dos territórios detidos pela empresa, quer no Concelho 

do Barreiro quer no Concelho do Seixal, e a desenvolver a articulação com a sociedade 

do Arco Ribeirinho Sul. 

A  Lazer  e  Floresta,  SA  tem  como  objecto  social  o  planeamento,  promoção  e 

desenvolvimento  de  projectos  no  âmbito  das  actividades  agrícolas,  pecuárias, 

florestais, imobiliárias, turísticas e cinegéticas. 

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39 

  

Ao  longo  dos  últimos  anos,  esta  empresa  tem‐se  focalizado mais  na  valorização  do 

potencial de algumas das suas propriedades e na realização do restante património e 

menos na exploração  florestal, que aliás não corresponde ao melhor uso económico 

das propriedades que detém. Sendo de destacar, no corrente ano, a aprovação, pela 

Câmara Municipal  de Alcácer  do  Sal  do  Pedido  de  Informação  Prévia  relativo  a  um 

grande empreendimento  turístico na propriedade de Vale dos Reis, concretizando‐se 

assim  a  1ª  fase  dos  trabalhos  que  vêm  sendo  desenvolvidos  desde  2007.  Para  as 

restantes  propriedades  com  potencial  imobiliário  e  turístico,  a  Lazer  e  Floresta 

continuará a desenvolver os esforços necessários para a obtenção da aprovação dos 

instrumentos de ordenamento necessários e que possam vir a gerar valor. 

No  ano  2009,  a  Lazer  e  Floresta  manteve  a  tendência  de  evolução  económico‐

financeira  favorável  apresentando  um  Resultado  Líquido  positivo  de  2,1 milhões  €, 

bastante  influenciado pelo  ajustamento positivo do  justo  valor das propriedades de 

investimento no valor de 4,5 milhões €. Para além do referido, e considerando a actual 

crise económico‐financeira mundial, é de enfatizar o elevado nível de solidez financeira 

que a empresa tem apresentado nos últimos exercícios, incluindo o ano em referência, 

financiando‐se por capitais próprios e não capitais alheios. 

Em 2010, e apesar da contracção dos mercados, perspectiva‐se para a Lazer e Floresta 

um  resultado  líquido positivo através do  contributo da valorização esperada para as 

propriedades de investimento. 

 

ACTIVIDADES  AERONÁUTICAS 

O  segmento das Actividade Aeronáuticas é  composto pelo Grupo TAP e pelo Grupo 

ANA – Aeroportos de Portugal,  S.A. à  semelhança do que  se  vem  verificando desde 

2007. 

O transporte aéreo manteve em 2009 a tendência iniciada em 2008. O ano de 2009 foi 

mesmo considerado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) como o 

pior ano de  sempre em  termos de  redução da procura, essencialmente no mercado 

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europeu e norte‐americano, devido essencialmente à crise económica, com prejuízos 

globais  que  ascenderam  aos  6,7  mil  milhões  €.  Para  2010  as  previsões  da  IATA 

apontam  para  uma  recuperação  lenta  nos  mercados  europeu  e  norte  americano 

devido  à manutenção  de  factores  de  contenção  da  procura.  A  nível mundial  esta 

Associação espera que o  transporte de carga possa aumentar 12% em 2010  (após a 

queda  de  11%  registada  em  2009)  e  o  tráfego  de  passageiros,  que  em  2009  terá 

reduzido  uns  2,9%,  poderá  crescer  cerca  de  5,6%.  Ainda  assim  para  2010  são 

estimadas perdas globais na ordem dos 2 mil milhões €. 

A  nível  nacional  o  sector  registou  igualmente  uma  significativa  perda  ao  nível  da 

procura. Os dados  referentes a 2009 apontam para uma queda do número  total de 

passageiros nos aeroportos nacionais na ordem dos 3,2%, apesar do aumento muito 

expressivo (superiores a 30%) dos movimentos originados pelas empresas low cost. Já 

quanto ao transporte aéreo em particular, o aspecto mais relevante terá sido o retorno 

do  preço  dos  combustíveis  a  níveis  significativamente  inferiores  aos  praticados  em 

grande parte do ano de 2008, que atingiram  valores historicamente elevados e que 

estiveram  na  origem  da  deterioração  da  situação  económica  e  financeira  da 

generalidade das companhias, incluído a TAP, e do encerramento de algumas. 

Situação Financeira 

No Grupo Parpública, este segmento tem tido um peso relativo significativo em termos 

de activos e passivos totais, mas diminuto ou mesmo negativo no que se refere à sua 

contribuição para o capital próprio consolidado do grupo.  

Após um exercício particularmente negativo como foi o de 2008, a situação em 2009 é 

ligeiramente  mais  favorável  já  que  este  segmento  apresenta  capitais  próprios 

positivos, embora ainda relativamente pouco expressivos representando apenas 2,6% 

do  total  consolidado  do  grupo.  Em  termos  da  sua  estrutura  financeira  podemos 

concluir que o  segmento  continua  fortemente descapitalizado,  já que apenas 3% do 

activo se encontra financiado por capitais próprios resultado que reflecte a situação do 

Grupo  TAP  que  se  depara  há  anos  com  uma  clara  insuficiência  de  capital,  que  os 

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resultados  dos  últimos  anos  tem  agravado.  Se  atendermos  ao  facto  de  que  este 

segmento,  através  do Grupo ANA,  apresenta  no  passivo  um montante  significativo, 

cerca  de  250  milhões  €,  associado  a  subsídios  ao  investimento  os  quais  não  são 

exigíveis e por  isso equiparados a fundos próprios, podemos concluir que a estrutura 

financeira efectiva deste segmento pode ser vista como  ligeiramente mais  favorável, 

assegurando os  fundos próprios e equiparados  cerca de 10,6% do  financiamento do 

activo.  

Verifica‐se uma  redução do activo e  também do passivo,  traduzindo essencialmente 

uma  contenção  no  nível  de  investimento  do  Grupo  TAP.  O  Balanço  do  segmento 

representa em 2009 cerca de 20% dos activos consolidados. O passivo deste segmento 

continua  a  representar  uma  parte  importante,  cerca  de  25%,  do  total  consolidado, 

percentagem no entanto inferior à verificada em 2008 que chegou aos 27%. 

A  fragilidade  do  segmento  resulta  assim  integralmente  dos  fortes  desequilíbrios 

patrimoniais e dos frágeis resultados, em média negativos que se têm vindo a registar 

no Grupo TAP, já que o grupo ANA tem mantido uma situação estável e consolidada. 

O  Grupo  TAP,  em  virtude  dos  prejuízos  acumulados,  apresenta  Capitais  Próprios 

negativos na ordem dos 205 milhões €  só  sustentáveis em virtude da  situação e do 

capital  da  empresa mãe  do  Grupo,  já  que  subsiste  uma  degradação  dos  principais 

rácios financeiros e de rentabilidade, mantendo‐se contudo fluxos de tesouraria e de 

exploração positivos. Neste cenário é real a necessidade de recapitalização do Grupo, 

caso  este  deixe  de  pertencer  integralmente  à  Parpública  e  em  articulação  com  a 

privatização. O Passivo  Financeiro do Grupo  registou uma melhoria,  tendo  reduzido 

aproximadamente 30 milhões €, ascendendo a 622 milhões € em 2009, dos quais 486 

milhões € correspondem a dívida de médio e longo prazo e 136 milhões € a dívida de 

curto prazo que representa 28% do Passivo. 

O Grupo ANA, à semelhança de anos anteriores, apresenta uma situação patrimonial 

estável  com  crescimento  do  Activo,  reflectindo  o  investimento  realizado  nas  infra‐

estruturas, e do Passivo, devido ao aumento da dívida por emissão de um empréstimo 

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obrigacionista  de  100 milhões  €  pela ANA  para  financiar  os  investimentos,  sendo  a 

cobertura dos Activos por Capitais Próprios e fundos equiparados na ordem dos 41%, 

percentagem semelhante à verificada em 2008. 

Resultados da Actividade 

Deve referir‐se que, uma vez que os resultados de 2009 apresentados pelo Grupo TAP 

(‐3,5 milhões €)  incorporam o  reconhecimento em perda do valor correspondente à 

participação na SPdH – Serviços Portugueses de Handling, SA, aspecto que a Parpública 

havia já considerado na consolidação efectuada em 2008, os resultados do Grupo TAP 

objecto de consolidação desconsideram aquela situação, pelo que o seu contributo em 

termos de resultado é de aproximadamente 28,5 milhões €. 

Assim,  e  ao  contrário  do  verificado  em  2008,  o  contributo  deste  segmento  para  o 

resultado do grupo apresenta‐se claramente positivo, representando cerca de 11% do 

resultado consolidado, já que o Grupo ANA gerado um lucro de 43 milhões €. 

No  que  respeita  ao  volume  de  negócios  o  segmento mantém‐se  como  o  principal 

responsável pelas vendas e prestações de serviços do Grupo Parpública embora o seu 

peso  relativo  se  tenha  reduzido.  Em  2009  cerca  de  74%  das  vendas  e  serviços 

prestados pelo Grupo tiveram origem neste segmento de actividade, percentagem que 

em  2008  havia  sido  superior  a  80%.  No  que  se  refere  ao  EBITDA,  este  segmento 

representa 30% do Grupo Parpública em 2009, o dobro do que representava em 2008.  

No Grupo TAP, a aérea de negócio que apresentou melhor resultado foi o transporte 

aéreo, com um lucro de 57,4 milhões € valor significativamente superior ao prejuízo de 

209  milhões  €  ocorrido  em  2008.  Esta  melhoria  traduz  o  aumento  do  resultado 

operacional,  não  só  por  via  de  um  ligeiro  aumento  da  procura  e  das  tarifas, mas 

essencialmente  pela  redução  dos  custos  operacionais,  nomeadamente  dos 

combustíveis, os quais dos 704 milhões € verificados em 2008 reduziram‐se para cerca 

de metade (359 milhões €). Na área da manutenção verifica‐se também uma evolução 

positiva  dos  resultados  traduzida  numa  redução  do  prejuízo  verificado  em  2009  na 

VEM,  actual  Manutenção  e  Engenharia  Brasil,  SA,  evolução  que  no  entanto  foi 

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fortemente  influenciada  pelo  perdão  de  dívidas  fiscais  e  pela  revalorização  de 

materiais em armazém. 

Das empresas do Grupo TAP é de salientar como preocupante a  situação da SPdH – 

Serviços Portugueses de Handling, SA a qual, depois de em 2008 ter apresentado um 

prejuízo  de  38,2  milhões  €,  em  2009  não  conseguiu  inverter  a  situação  tendo 

acumulado  um  prejuízo  de  28,2  milhões  €,  o  que  põe  claramente  em  causa  a 

viabilidade  e  continuidade  da  empresa.  Esta  situação  é  insustentável  atendendo  à 

decisão da Autoridade da Concorrência de Novembro de 2009, que  impede o Grupo 

TAP  de manter  esta  participação  integral  no  seu  seio,  impondo‐lhe  a  obrigação  de 

proceder à alienação da maioria do capital da SPdH. 

No  que  se  refere  aos  custos  com  pessoal  do Grupo,  estes mantêm  ainda  um  peso 

expressivo  nos  custos  do Grupo  (25%  dos  custos  de  exploração,  equivalente  a  505 

milhões €). No final de 2009 o Grupo TAP contava com 13.397 colaboradores activos, 

dos quais 52% afectos à TAP S.A. e 18% à empresa de handling do Grupo, sendo de 

referir  que  para  além  da  dimensão  do  quadro  de  efectivos,  a  rigidez  associada  aos 

acordos  de  empresa  vigentes  em  algumas  das  participadas  do  Grupo  continua  a 

condicionar  de  forma  negativa  a  sua  performance  e  competitividade,  considerando 

que os  concorrentes que  ganham quota de mercado e  são  lucrativos não  suportam 

este tipo de condicionalismos. 

Não obstante a melhoria dos resultados de 2009, que se prevê continuar para 2010, a 

garantia da sustentabilidade económica e financeira do Grupo impõem um continuado 

esforço  de  reestruturação  e  racionalização,  de modo  a  que  seja  possível  responder 

com eficácia à evolução das condições dos mercados, que, apesar dos sinais de alguma 

recuperação,  continuam  a  ser  pouco  favoráveis,  até  pelas  ameaças  que  se mantêm 

decorrentes da forte concorrência, nomeadamente por parte das companhias low cost 

ou da possível  retoma da  trajectória  crescente dos preços dos  combustíveis, o que, 

como se viu no passado recente, é absolutamente crítico para a TAP, já que os preços 

do serviço pouco ou nenhuma correlação apresentam com os preços do jet fuel. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

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O Grupo ANA,  constituído essencialmente pela ANA – Aeroportos de Portugal, pela 

ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, Portway – Handling de Portugal e 

NAER  –  Novo  Aeroporto,  centra  a  sua  actividade  na  gestão  aeroportuária  e  tem 

desenvolvido  competências  na  exploração  de  espaços  comerciais,  publicitários  e  de 

estacionamento nos aeroportos e zonas circundantes. 

Em 2009 o Grupo ANA registou um aumento de 43% dos seus resultados, totalizando 

43 milhões € (dos quais 54 milhões € de lucros da ANA, que foram influenciados pelos 

prejuízos das  restantes empresas do Grupo, ainda que em menor escala do que em 

2008), e de 1,6% no Volume de Negócios, que ascende a 382 milhões €. Esta evolução 

resulta de um controlo de custos operacionais (‐14,3 milhões €) e da cobrança de taxas 

pela  Assistência  a  Passageiros  de  Mobilidade  Reduzida  iniciada  no  final  de  2008, 

apesar de se ter verificado uma redução do tráfego de passageiros (‐3,3% face a 2008), 

ainda  que  inferior  às  suas  congéneres  (‐6,3%),  e  do  tráfego  de  carga  (‐8,3%  desde 

2008), devido à conjuntura económica. 

Releva que o tráfego no segmento low cost foi decisivo para o tráfego nos aeroportos 

nacionais, com crescimento de 35,1% ao ano,  tendo sido abertas 15 novas  rotas em 

Lisboa,  26  no  Porto  e  14  em  Faro  apenas  entre  2007  e  2009,  o  que  aumenta  as 

exigências em termos de custos e obriga a uma maior eficiência para reter este tipo de 

companhias e de passageiros. 

A área de negócio da Aviação representa 62% dos negócios de Grupo, tendo reduzido 

ligeiramente  desde  2008  e  2007  (63%),  sendo  as  suas  receitas  originadas 

essencialmente pelas taxas cobradas às transportadoras aéreas e aos passageiros pela 

utilização de  infra‐estruturas aeroportuárias que reduziram a procura em 2009, e por 

as  taxas  reguladas  (tráfego e assistência em escala) manterem os valores aprovados 

em 2008. A área da Não Aviação continua a representar 26% da actividade do Grupo, 

sendo  contudo  cada  vez mais difícil  a  captação de  investimento nesta  área, dada  a 

aposta de congéneres europeias neste tipo de receitas, aliada a uma menor propensão 

ao  consumo  por  parte  dos  clientes  sentida  em  2009,  apesar  de  no  Grupo  se  ter 

verificado um aumento de 2,9% nas receitas por passageiro.  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

45 

  

O Grupo tem em curso desde 2007 um programa de investimento na modernização e 

ampliação  das  suas  infra‐estruturas,  com  vista  a  reforçar  a  sua  competitividade, 

atingindo os  investimentos de 2009 os 153,7 milhões €, dos quais 68% respeitam ao 

aeroporto de Lisboa, o que compara com os 137 milhões € do ano anterior. Para 2010, 

com as expectativas do crescimento do tráfego de passageiros e de carga, o Grupo irá 

manter o seu plano de investimentos, prevendo que estes ascendem a 166 milhões €. 

Ainda em 2010 é esperado que a ANA venha a ser parcialmente privatizada no quadro 

da construção do novo aeroporto de Lisboa, o que definirá um novo enquadramento 

para a actuação da empresa. 

Assim, o futuro imediato das empresas integradas neste segmento deverá ser marcado 

pela perspectiva de privatização, a qual, no caso do Grupo TAP e muito em particular 

em  algumas  das  suas  participadas,  pressupõe  alianças  que  permitam  o  reforço  dos 

níveis de competitividade e prosseguir uma trajectória consistente de criação de valor, 

condição necessária para que a privatização e a capitalização sejam viáveis. 

 

PRODUÇÃO  DE  MOEDA,  PUBLICAÇÕES  E  PRODUTOS  DE 

SEGURANÇA 

A Imprensa Nacional, Casa da Moeda, S.A., única empresa que continua a integrar este 

segmento,  registou  em  2009  um  ano  de  viragem  estratégica  apresentando  os 

melhores  resultados desde 2004,  fruto do  importante processo de modernização da 

sua estrutura produtiva dos últimos anos, determinada pela mudança do seu modelo 

de negócio. 

A empresa mantém, à  semelhança dos últimos anos, o  seu enfoque nas actividades 

ligadas aos produtos e serviços que apostam na segurança e incorporação de suportes 

electrónicos, nomeadamente o Passaporte Electrónico Português, o Cartão do Cidadão 

e  emissão de  cartões bancários,  tendo procedido  a uma  reorganização  interna  com 

vista a responder mais eficazmente às exigências do mercado, dando origem a cinco 

unidades  de  negócio  (gráfica,  moeda  e  produtos  metálicos,  editorial,  publicações 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

46 

  

oficiais  e  contrastarias).  Para  o  biénio  2010‐2011  a  INCM  tem  previsto  o 

desenvolvimento  de  um  projecto  de  modernização  a  nível  organizacional  para 

aumentar  a  produtividade  das  áreas  gráfica  e  de  produtos  metálicos,  de  modo  a 

potenciar  a  sua  actividade  no  mercado  internacional,  oportunidade  que  deve  ser 

explorada para garantir a  sustentabilidade da empresa e  reduzir a dependência  face 

aos serviços prestados ao Estado Português. 

Situação Financeira 

No Grupo da Parpública este segmento representa apenas, relativamente aos valores 

consolidados,  cerca  de  1%  do  Activo  e  0,5%  do  Passivo,  percentagens  ligeiramente 

inferiores às verificadas em 2008.  

Ao  nível  de  empresa  é  de  referir  que  os  resultados  obtidos  em  2009  permitiram  o 

reforço da sua estrutura financeira, tendo o peso dos Capitais Próprios sobre o Activo 

passado de 54% em 2008 para 66% em 2009, e o rácio de solvabilidade, que em 2008 

foi  de  117%,  passou  para  194%  em  2009.  Estes  resultados  estão  associados  a  uma 

redução  do  Activo,  traduzindo  a  conclusão  do  expressivo  esforço  de  investimento, 

dado  que  já  foram  realizados  os  grandes  investimentos  nos  produtos  centrais  da 

empresa,  e  também  a  redução  do  Passivo,  nomeadamente  por  ter  sido  paga 

antecipadamente a dívida à Caixa Geral de Aposentações resultante da transferência 

do  seu  Fundo  de  Pensões  em  2004,  no  valor  de  30,5  milhões  e  (31,6  milhões  € 

incluindo  juros),  permitindo  assim  no  futuro  libertar  um  importante  fluxo  anual, 

associado ao serviço daquela dívida, para a actividade produtiva e para a remuneração 

do capital. 

Relativamente  à  rentabilidade  dos  Capitais  Próprios  verifica‐se  um  crescimento  de 

5,8%  para  12,5%  em  2009,  resultado  da  consolidação  do  novo modelo  de  negócio 

adoptado  nos  últimos  anos.  Para  que  esta  evolução  positiva  seja  consolidada  a 

empresa deverá prosseguir o esforço de racionalização e promoção da eficiência, bem 

como a adopção de estratégias comerciais, que permitam aproveitar as oportunidades 

de  negócio  não  só  no  mercado  nacional,  onde  a  empresa  actua  em  regime  de 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

47 

  

concorrência, mas também no mercado internacional onde algumas oportunidades de 

negócio  poderão  revelar‐se  de  interesse  para  a  plena  utilização  da  capacidade 

produtiva  instalada  e da  reconhecida  competência da  empresa  em diversas  áreas  e 

para a consolidação dos resultados. 

Resultados da Actividade 

Em  conformidade  com  o  previsto  no  primeiro  semestre  de  2009,  este  ano  o 

desempenho da empresa  foi bastante  superior  ao de 2008,  tendo o  seu  volume de 

vendas  de  84 milhões  €,  aumentado  aproximadamente  21%  face  ao  ano  anterior, 

determinado  essencialmente  pelas  vendas  do  Cartão  de  Cidadão,  Impressos, 

Passaporte Electrónico, e a produção de Moeda Nacional para disposição ao público. 

Acresce  que  no  exercício,  os  produtos  com  maior  taxa  de  crescimento  foram  os 

Cartões de Identificação (114%) e os Passaportes (4%), o que demonstra mais uma vez 

o sucesso de produtos que apostam na segurança e nas novas tecnologias. Verificou‐se 

também um crescimento de 68% da produção de moeda, mas essencialmente devido a 

um pedido circunstancial de mais moeda por parte do Banco de Portugal. Quanto aos 

cartões bancários estes têm ainda um potencial por explorar, estando dependentes do 

processo de certificação da VISA e da Mastercard. 

Em 2009 a empresa recebeu do Estado uma indemnização compensatória no valor de 

5,5 milhões €  (menos  385 mil € do que em 2008), que  visa  compensar o défice de 

exploração decorrente da prestação de serviços públicos, não só para a actividade das 

Contrastarias,  mas  também  associados  ao  acesso  gratuito  ao  Diário  da  República 

Electrónico. Relativamente à actividade de Contrastarias verifica‐se a manutenção dos 

desequilíbrios  assinalados  em  anos  anteriores,  uma  vez  que  permanecem  por 

actualizar  as  taxas desta  actividade,  cuja última  actualização ocorreu há mais de 20 

anos,  a  que  acresce  ainda  um  aumento  no  mercado  de  artigos  marcados  em 

Contrastarias reconhecidas na U.E., nomeadamente em Espanha. 

Desde 2007 a empresa tem vindo a reduzir o seu número de efectivos e os seus gastos 

com  pessoal,  na  sequência  da  implementação  do  seu  novo modelo  de  organização 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

48 

  

interna. Em 2009 a INCM reduziu os gastos com pessoal em 2,1% face a 2008 e reduziu 

em  3,8%  o  número  de  efectivos,  continuando  a  sua  aposta  no  investimento  na 

formação de recursos humanos, tendo em vista criar as competências necessárias para 

fazer face à sua nova estrutura produtiva. 

Assim,  em  2009  o  EBITDA  e  o  Resultado  Líquido  da  actividade  foram  bastante 

superiores  aos  verificados  em  2008  e  nos  últimos  anos,  tendo  ascendido  a  29,9 

milhões € e a 13 milhões €, respectivamente, (em 2008 foram de 21,4 e de 5,4 milhões 

€), o que parece reflectir a adequação do actual modelo de negócio assente nos novos 

produtos de segurança. 

As perspectivas para 2010 apontam para a consolidação do actual modelo de negócio 

e da sua estrutura financeira, o que pressupõe a necessidade de prosseguir o esforço 

de racionalização da estrutura produtiva e o desenvolvimento da actividade não só no 

mercado interno, privilegiando clientes privados, mas também no mercado externo. 

 

GESTÃO AGRÍCOLA 

O  segmento  continua  a  integrar  apenas  a  Companhia  das  Lezírias,  S.A.,  sendo  o 

segmento com menos peso ao nível do Grupo Parpública. Em 2009 representa apenas 

0,6% do Activo total e 1,4% do capital próprio ajustado (que considera os subsídios ao 

investimento como recursos equiparados a  fundos próprios) do Grupo, percentagens 

ligeiramente  inferiores às  verificadas em 2008,  já que o  seu próprio Balanço  regista 

uma diminuição daquelas grandezas essencialmente devida ao efeito da utilização do 

justo valor na contabilização de alguns activos. 

Durante  o  ano  de  2009,  a  Administração  promoveu  diversas  actividades  para 

implementar a estratégia definida no  início do mandato, nomeadamente através do 

processo  de  Certificação  da  Gestão  Sustentável  da  Floresta  para  reforçar  a  sua 

sustentabilidade,  da  promoção  dos  seus  produtos,  como  o  vinho  regional,  a  carne 

ómega‐3 e o arroz, em grandes superfícies comerciais o que tem vindo a aumentar as 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

49 

  

vendas desses produtos, e ainda através do investimento na adega de Catapereiro de 

forma a melhorar a produção de produtos vinícolas. 

Situação Financeira 

A estrutura financeira da Companhia das Lezírias, SA mantém a sua robustez, com um 

Activo de 106 milhões €, Capital Próprio de 83 milhões € e um  rácio de  autonomia 

financeira na ordem dos 78%, tendo reduzido ligeiramente desde o ano anterior a sua 

rentabilidade,  essencialmente  pelo  reconhecimento  da  redução  do  valor  de  alguns 

activos,  no montante  aproximado  de  3 milhões  €.  Relativamente  ao  Passivo,  este 

manteve o nível do ano anterior na ordem dos 23 milhões €, não tendo relevância na 

empresa os financiamentos bancários. 

Resultados da Actividade 

Na sequência do que se verificou em 2008, o exercício em análise foi bastante negativo 

para  a  Companhia  das  Lezírias,  tendo‐se  reduzindo  a  rentabilidade  das  principais 

produções  agrícolas  (cortiça,  arroz),  afectadas  não  só  pela  diminuição  do  preço  de 

venda (arroz) mas também pelo efeito das condições meteorológicas desfavoráveis, da 

redução  da  procura  (cortiça)  e,  sobretudo,  da  redução  de  apoios  estatais  e 

comunitários. 

Apesar  de  tudo  os  resultados  operacionais  mantiveram‐se  ao  nível  de  2008,  com 

volume de negócios na ordem dos 4,4 milhões €. Porém a reavaliação dos activos de 

investimento  (propriedades não agrícolas) deu origem a uma perda na ordem dos 3 

milhões €, o que  reduziu o EBITDA da empresa de 1,9 milhões € em 2008 para  ‐2,2 

milhões €, passando consequentemente a Companhia a registar em 2009 um prejuízo 

de 2,5 milhões €, que contrasta com o lucro de 233 milhares € obtido no ano anterior.  

Em  2009  os  subsídios  à  exploração  foram  reduzidos  em  20%,  ascendo  agora  a  1,9 

milhões  €,  por  oposição  aos  2,3 milhões  €  de  2008. No  referente  aos  custos,  estes 

reduziram  ligeiramente desde 2008, nomeadamente os custos das mercadorias e das 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

50 

  

matérias consumidas e os FSE, que, em conjunto, diminuíram 500 milhares €, ou seja, 

quase 10%. 

Continuando  a política  seguida  em  anos  anteriores  em que  a  empresa  tem  vindo  a 

investir para melhorar a produtividade e a competitividade, em 2009 o  investimento 

realizado foi de 1,2 milhões €. Este investimento foi aplicado, em particular na adega, 

na instalação de prados e também na aquisição de gado e na promoção da floresta. Em 

2009 para a realização do Plano de Gestão Florestal foi implementado um Sistema de 

Informação  Geográfica,  que  para  além  de  permitir  a  produção  da  informação 

cartográfica e quantitativa para o Plano de Gestão, possibilita a gestão quotidiana da 

área florestal, sendo um  instrumento fundamental na gestão sustentável de recursos 

naturais. 

Em  2010  a  empresa  irá  continuar  a  implementação  da  sua  estratégia  com  vista  a 

promover a competitividade e a produtividade, concentrando‐se nas actividades com 

maior  potencial  para  acrescentar  valor,  como  seja  a  produção  de  carne  sob marca 

própria,  a  certificação  da  produção  florestal  sustentável  para  criar  vantagem 

competitiva  à  colocação da  cortiça no mercado,  e  a promoção dos  seus  vinhos. No 

sentido de diversificar as suas actividades, a Companhia prevê em 2010 a criação de 

um parque de biomassa associado a uma central de produção de energia eléctrica para 

fornecimento à rede. 

 

ÁGUAS E RESÍDUOS 

Em 2009, na sequência do trabalho desenvolvido pela AdP junto dos Municípios para a 

organização  dos  sistemas municipais,  foram  criadas  as  primeiras  parcerias  Estado‐

Autarquias  no  âmbito  da  exploração  e  gestão  de  sistemas  municipais  de 

abastecimento  público  de  água,  de  saneamento  de  águas  residuais  urbanas  e  de 

gestão de resíduos e celebrados os contratos através da constituição de sociedade com 

os  Municípios,  empresas  nas  quais  a  AdP  SGPS  detém  51%  do  capital  social,  e 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

51 

  

assinados diversos protocolos para o estabelecimento das bases de parcerias públicas 

com a mesma finalidade.  

A AdP em 2009, na sequência da alteração do regime jurídico dos serviços de âmbito 

multimunicipal de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais 

e  de  gestão  de  resíduos  urbanos,  continuou  com  a  análise  e  renegociação  dos 

contratos de concessão dos  sistemas e  reformulação de alguns  sistemas,  já  iniciada 

em 2008.  

No final de 2009, a AdP SGPS procedeu à assinatura dos contratos de financiamento do 

BEI no montante de 525 milhões € e de 127 milhões € com emissão de Aval do Estado. 

Este financiamento destina‐se a apoiar os investimentos, tendo sido aplicados cerca de 

390 milhões € em  investimentos nas  infra‐estruturas dos sistemas multimunicipais de 

abastecimento  de  água  e  de  saneamento  de  águas  residuais,  estando  disponível 

financiamento para parte do programa de investimentos de 2010. 

Entre  as  medidas  adoptadas  pela  empresa  holding  foram  reforçadas  medidas  no 

sentido de reduzir os prazos de recebimentos junto dos clientes municipais. 

Na  área  internacional, o Grupo AdP manteve  a  sua  posição  em Moçambique  e  foi 

constituída uma sucursal em Angola com vista à prestação de serviços às empresas 

locais de saneamento, sobretudo nas áreas Comercial, de Produção e de Sistemas de 

Informação. 

Situação financeira  

O segmento Águas e Resíduos representou no balanço consolidado da Parpública em 

2009, 36% dos activos, uma percentagem de 34% do passivo de financiamento, tendo 

utilizado  22%  do  capital  próprio  do  Grupo,  percentagem  que  sobe  para  43,3% 

considerando  também  os  subsídios  para  activos  não  exigíveis  de  que  o  Grupo, 

essencialmente através da AdP, beneficia. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

52 

  

2009 2008

 Activos Totais 6.209.321   5.785.885  

Passivos Totais 5.315.482   4.957.315  

     dos quais

     Passivos de Financiamento 3.232.827   2.915.867  

     Subsídios para Activos  1.768.251   1.712.109  

Capital Próprio  893.839      828.570     

Capital Próprio Ajustado 2.662.090  2.540.679 

Estrutura Patrimonial do Segmento  2008‐2009

unid: milhares  €

 

No exercício em análise, os financiamentos obtidos atingiram 2,548 mil milhões de €, 

12,3% acima do verificado em 2008. Do total de empréstimos 1,3 mil milhões € (895,4 

milhões € em 2008) são financiamentos do Banco Europeu de Investimento. 

Para o exercício da actividade e para orientação da gestão da holding AdP, SGPS, SA, os 

accionistas  definiram  um  conjunto  de  orientações  estratégicas  específicas  para 

mandato 2008‐2011, nomeadamente em  relação à contratualização da prestação de 

serviço  público  e  cumprimento  do  plano  de  investimento,  prevendo‐se  para  2010 

realizar  500  milhões  €  em  investimentos.  De  destacar  a  aposta  nas  energias 

renováveis, nomeadamente aproveitando os aterros e ETAR’s do grupo, sem prejuízo 

do volume significativo de investimentos se orientar para as infraestruturas de serviço 

público que constituem a missão do grupo. 

Resultado da actividade  

Este segmento consolida as suas contas no Grupo Parpública, que detém a maioria do 

seu  capital  social,  com uma posição  accionista que  representa 72,18% do  capital. A 

parte  restante é detida directamente pela PARCAIXA SGPS, SA  (19,00%) e pela Caixa 

Geral de Depósitos (8,82%). 

No exercício de 2009, as contas consolidadas do Grupo AdP não são comparáveis com 

o exercício de 2008, pelo facto de se terem verificado diversas alterações no perímetro 

de consolidação associadas à alteração da política contabilística aplicada nos exercícios 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

53 

  

anteriores, que consistia em considerar como  investimentos financeiros os  interesses 

de  capital  nas  concessionárias  que  neste  ano  passaram  a  ser  considerados  pelo 

método da consolidação integral, o que conduziu ao aumento substancial dos valores 

das demonstrações financeiras de 2008 (reexpressos). 

A AdP SGPS é directamente responsável pelo desenvolvimento e gestão dos sistemas 

multimunicipais  de  captação,  tratamento  e  distribuição  de  água  e  ainda  pelo 

tratamento  de  águas  residuais  urbanas  e  de  resíduos  sólidos,  que  constituem  o 

essencial das actividades do Grupo, entre outras actividades. 

Este mesmo segmento, em 2009 representou em termos relativos cerca de 20,5% do 

valor global de vendas e serviços e contribuiu positivamente para o resultado  líquido 

alcançado pelo Grupo. Em 2009, a actividade económica do Grupo Águas de Portugal 

gerou em termos consolidados, um resultado líquido de 84,6 milhões €, valor superior 

ao verificado em 2008. Este resultado do exercício reflecte o aumento do volume de 

negócios, ganhos nos swaps e outros ganhos e perdas financeiros. 

unid: milhares  €

2009Águas 

ReguladoResíduos Regulado

EPAL Outros Total

Vendas Totais 355.020 148.037 149.068 6.962 659.087

Depreciações Líquidas de Imputação de Subsídios ‐85.968 ‐38.737 ‐16.762 ‐2.249 ‐143.716

Outros Rendimentos e Gastos das Actividades ‐166.043 ‐102.763 ‐74.748 ‐36.660 ‐380.214

Resultados Financeiros

Com Entidades Externas ‐42.498 ‐2.338 ‐4.601 25.989 ‐23.448

Inter Segmentos 18.142 422 ‐335 ‐18.229 0

Resultados Antes de Impostos 42.370 3.777 53.292 12.272 111.712

Impostos S/ Rendimento ‐11.322 ‐1.195 ‐14.649 82 ‐27.084

Resultado Líquido 31.048 2.582 38.643 12.354 84.628

EBITDA 188.977 45.274 74.320 ‐29.698 278.873

Demonstração dos Resultados Consolidados  por Segmento de Negócio

 

 

Em  2010  a  AdP  prosseguirá  com  a  execução  do  seu  plano  de  investimento  que  visa  dar 

satisfação  às necessidades do país em  termos de  abastecimento de  água e  tratamento dos 

resíduos,  através  do  reforço  da  rede  de  infra‐estruturas  a  par  da  renovação  das  redes  dos 

municípios cuja gestão é feita no âmbito do Grupo. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

54 

  

SÍNTESE E AGRADECIMENTOS 

Os resultados de 385 milhões € provenientes das operações recorrentes (excluindo os 

16,8 milhões € de mais valias obtidos na venda de participações) foram os melhores da 

história da Parpública. 

unid: milhões  €

Resultado Líquido 402,2   

do qual

   ‐  Efeitos de operações não recorrentes 16,8      

    ‐   Efeitos do justo valor em convertíveis e activos subjacentes 188,8      

   ‐  Efeitos do justo valor nos swaps 7,6             

Somente em anos em que se realizaram privatizações com mais valias significativas foi 

possível  apresentar um melhor  resultado  global, mas  à  conta dessas operações não 

recorrentes. 

Este  resultado  incorpora ganhos de valorização de 196 milhões €, associados  com a 

valorização ao  justo valor dos empréstimos permutáveis e acções  subjacentes e dos 

swaps,  cujos  bons  resultados  traduzem  a  justeza  dos  riscos  assumidos  quando  se 

contrataram  as  operações.  Paralelamente,  todas  as  imparidades  potenciais  estão 

avaliadas  e  consideradas  nos  custos,  sem  prejuízo  do  valor  real  da  carteira  de 

participações ser superior em muitas centenas de milhões € ao valor contabilístico, por 

virtude do essencial da carteira estar valorizado ao custo, corrigido pela equivalência 

patrimonial,  não  se  registando  o  ganho  para  o  valor  de mercado,  somente  a  perda 

(imparidade) quando e se ocorrer.  

Conclui‐se  assim  a  década  da  melhor  forma  possível,  traduzindo  a  justeza  das 

orientações estratégicas definidas pelo Estado em 2007 para o mandato e a motivação 

que  a  contratualização  dos  objectivos  de  gestão  trouxe  à  equipa  executiva,  que 

desenvolveu  a  sua  actuação  para  criar  valor,  traduzido  em  resultados  anuais  e  no 

crescimento  da  situação  líquida  consolidada  (capital)  do  grupo,  em  paralelo  com  a 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

55 

  

contenção do crescimento do endividamento, antecipando este objectivo,  fixado em 

2007, o que após a  crise de 2008  se  tornou no paradigma que  se  impõe a  todas as 

empresas. 

Em documento separado apresentar‐se‐á o balanço da década e do mandato. 

O  rating  da  empresa mantém‐se  em  nível  compatível  com  o  do  país,  situando‐se 

actualmente em A negative na S&P, em Aa2 negative na Moody’s e em AA negative na 

CPR o que traduz uma avaliação positiva por parte destas entidades do risco que recai 

sobre os  financiamentos  à Parpública, que manteve no exercício  a boa  imagem e  a 

facilidade  de  acesso  ao mercado  financeiro  que  sempre  a  caracterizaram  e  que  se 

materializou  em  2009  com  o  programa MTN  (Medium  Term  Notes)  lançado  neste 

exercício, que possibilitou diversificar o financiamento do grupo. 

No momento em que termina o seu mandato o Conselho de Administração manifesta 

o  seu  agradecimento  à  colaboração  obtida  de  todas  as  entidades  com  as  quais  se 

relacionou  durante  o  triénio  em  que  exerceu  as  suas  funções,  nomeadamente  os 

gabinetes ministeriais e serviços públicos com que tal relacionamento é mais directo, 

como sejam os do Ministério das Finanças, em particular da Secretaria de Estado do 

Tesouro e Finanças, e a Direcção‐Geral do Tesouro e Finanças. 

Especial  referência  também  às  entidades  de  supervisão  e  controlo,  ao  ROC  e  ao 

Auditor  Externo  pelo  acompanhamento  profissional  e  colaborante  que  realizaram  à 

actividade desenvolvida na sociedade. 

O  Conselho  de  Administração  realça,  finalmente,  o  empenho,  dedicação  e 

profissionalismo  que  todos  os  colaboradores  demonstraram  no  exercício  das  suas 

funções e a respectiva contribuição para os resultados alcançados. 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

56 

  

APLICAÇÃO DE RESULTADOS 

O resultado líquido contabilístico da Parpública, (SGPS), SA ascendeu a 402.222.018 €, 

assumindo  especial  relevância  na  sua  composição  um  conjunto  de  movimentos 

contabilísticos que não estão associados a fluxos financeiros efectivos. 

Estes movimentos resultam essencialmente: 

o da aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização dos seus 

activos,  originando  ganhos  ou  perdas  apenas  contabilísticos,  excepto 

quando se traduzem no pagamento de dividendos efectivamente recebidos 

pela Parpública; 

o da valorização pelo método do justo valor dos instrumentos financeiros; 

o das variações do valor da carteira de activos. 

Para  apuramento  do  resultado  distribuível,  resultante  de  fluxos  financeiros 

efectivamente  ocorridos,  é  necessário  expurgar  o  resultado  líquido  contabilístico 

daqueles movimentos  contabilísticos  sem  contrapartida  financeira.  Apresenta‐se  no 

quadro seguinte esse apuramento: 

unid: €

Resultado Líquido 402.222.018  

  ‐  Efeitos da equivalência patrimonial face ao método do custo 125.531.183      

  ‐  Efeitos do justo valor em itens de reprivatizações 178.228.515      

  ‐ Alterações de valor em instrumentos de gestão de risco financeiro  4.643.799           

  ‐  Mais valias incluídas em receitas de reprivatização afectas 14.158.673         

Resultado Líquido Disponível para Distribuição  79.659.848     

Os  ganhos  anuais da Parpública  efectivamente materializados por  fluxos  financeiros 

ascendem a 79.659.848 €. 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

57 

  

 

Nos  termos da alínea  f) do nº 5 do artigo 66º e para efeitos da alínea b) do nº 1 do 

artigo  376º  do  Código  das  Sociedades  Comerciais  propõe‐se  que  aos  resultados  do 

exercício no montante de  402.222.018 € seja dada a seguinte aplicação: 

 

• Para Resultados Transitados,    323.222.018 € 

• Para Dividendos,    79.000.000 € 

   Lisboa, 14 de Abril de 2010  

 O Conselho de Administração 

   

João Manuel de Castro Plácido Pires Presidente  

   

António José Gomes da Silva Albuquerque                    José Emílio Garrido Castel‐Branco Administrador                                                     Administrador 

   

       Mário Alberto Duarte Donas                                     Fernanda Maria Mouro Pereira                     Administrador                                                                  Administradora    

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição Administradora 

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CADERNO  II 

 

 

 

RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MANDATO  

MISSÃO 

A criação da PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA, ocorrida em 2000 através 

do Decreto‐Lei nº 209/2000, de 2 de Setembro, visou dotar o Estado de um veículo 

empresarial  capaz de apoiar a  realização do programa de  reprivatizações,  contribuir 

para  a  modernização  da  gestão  das  empresas  do  sector  empresarial  do  Estado  e 

dinamizar  a  gestão  do  património  imobiliário  público.  Adicionalmente  a  criação  da 

Parpública  permitiu  ainda  a  constituição  de  uma  entidade  com  capacidade  e 

competência  para  a  prestação  de  apoio  técnico  complementar  ao  Ministério  das 

Finanças  nas  matérias  relacionadas  com  o  lançamento  e  acompanhamento  das 

concessões. 

A sua principal missão consiste, assim, no apoio ao Estado na gestão das participações 

públicas  em  geral,  mas  em  particular  das  que  se  encontram  em  processo  de 

privatização nos termos da Lei 11\90. 

Uma  segunda  vertente  da  sua  actividade  central  incide  na  gestão  de  património 

imobiliário público, segmento de actividade que maior crescimento tem apresentado 

nos  últimos  anos.  Esta  área  de  negócio,  de  acordo  com  o modelo  estabelecido  no 

próprio diploma que  criou a Parpública,  tem  sido desenvolvida através de empresas 

subsidiárias de objecto especializado  centradas na Sagestamo e nas empresas agora 

integradas na Capitalpor, SGPS, SA, a  Lazer e Floresta, SA e a Baía do Tejo, SA, esta 

resultante da fusão da Quimiparque, da Snesges e da Urbindústria.  

 

Orientações Estratégicas 

A definição de orientações estratégicas por parte do accionista Estado está prevista no 

próprio regime jurídico do sector empresarial do Estado, cuja base é o Decreto‐Lei nº 

558/99,  de  17  de  Dezembro,  com  as  alterações  que  lhe  foram  introduzidas  pelo 

Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. Complementarmente, também as regras de 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

bom governo das empresas do Estado, aprovadas pela RCM nº 49/2007, e o próprio 

Estatuto  do Gestor  Público,  aprovado  através  do Decreto‐Lei  nº  71/2007,  fazem  da 

definição de orientações estratégicas o ponto central do exercício do poder accionista 

e da avaliação da performance da gestão. 

As  orientações  estratégicas  em  vigor  foram  aprovadas  em  2007,  juntamente  com  a 

definição de objectivos de gestão e com a eleição da equipe de gestão para o mandato 

2007 – 2009. A gestão da  sociedade  foi portanto enquadrada ao  longo do mandato 

que agora termina por aquelas orientações, que de forma sintética são as seguintes: 

 

o Enquadramento 

Os  negócios  do  Grupo  Parpública  são  conduzidos  de  acordo  com  metodologias 

baseadas em  instrumentos de planeamento, execução e  controlo que  se encontram 

devidamente explicitados, sendo o objectivo primordial garantir a preservação da sua 

sustentabilidade  económica,  seguindo  uma  estratégia  baseada  em  objectivos 

previamente definidos. 

O estrito respeito pela regulamentação e pela lei, nomeadamente em matérias fiscais, 

de  defesa  da  concorrência  e  de  garantia  da  transparência,  constituem  a  principal 

referência da gestão cuja actividade é ainda enquadrada pelas regras de bom governo 

das empresas públicas em particular e pelas boas práticas aceites pelos mercados em 

geral. 

As  questões  relacionadas  com  a  identificação  e  o  controlo  dos  riscos  constituem 

matéria particularmente  relevante dadas as  características da  sociedade – enquanto 

SGPS  e  dada  a  natureza  pública  do  seu  capital  ‐  tendo  em  vista  a  necessidade  de 

garantir a  salvaguarda do valor dos  investimentos  financeiros e outros activos como 

forma  indirecta  de  protecção  do  interesse  do  accionista,  no  caso  o  Estado,  e  dos 

credores. 

Desde  a  sua  criação,  a  intervenção  da  Parpública  no  quadro  do  programa  de 

reprivatizações do Governo tem constituído o eixo de actuação com maior impacto na 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

estrutura  financeira  e  patrimonial.  Mas  com  o  progressivo  aprofundamento  do 

programa  de  reprivatizações  tem  vindo  a  verificar‐se  o  surgimento  de  um  novo 

enfoque  da  sua  missão  e  estratégia  de  actuação.  Esta  alteração  traduziu‐se 

naturalmente  em  evoluções  dos  modelos  de  actuação  e  de  organização,  visando 

adequá‐los às novas necessidades e desafios e assim garantir a  sua  sustentabilidade 

económica, aspecto que é condição necessária para que a empresa possa continuar a 

ser  útil  no  apoio  ao Governo  na  prossecução  de  objectivos  de  interesse  público  no 

quadro da gestão de activos. 

Esta evolução estratégica  tem vindo a concretizar‐se numa gradual diversificação do 

eixo central dos negócios, principalmente através do crescimento do peso relativo do 

investimento no  imobiliário, mas  também em  resultado do  reforço das participações 

em  empresas  que  prestam  serviços  de  interesse  económico  geral  e  ainda  na 

constituição  de  parcerias  com  a  CGD,  traduzidas  na  criação  conjunta  de  empresas 

financeiras. 

Em  termos  organizacionais,  a  evolução  registada  traduz  igualmente  uma  maior 

segregação das  áreas  de  negócio,  traduzindo‐se  na  constituição  de  novas  SGPS  que 

visam  concentrar  as  participações  ainda  ao  abrigo  da  Lei  11/90,  separando‐as  das 

restantes participações e, entre estas,  segregando ainda as participações na área do 

imobiliário. 

 

o Orientações Relativamente aos Negócios 

A  criação  de  valor  tem  sido  o  objectivo  central  da  sociedade,  o  qual  tem  sido 

prosseguido  através de uma estratégia  assente na preservação da estabilidade e da 

solidez financeira da empresa. Em sintonia com estes objectivos, o modelo de negócio 

adoptado visa o crescimento sustentado do lucro e dos capitais próprios e a contenção 

do endividamento em níveis compatíveis com a rentabilidade e a  liquidez da carteira 

de participações, numa perspectiva de médio e longo prazo. 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

Gestão de Activos Financeiros 

Sendo a Parpública uma SGPS com um papel essencial na execução do programa de 

privatizações do Governo, a gestão da  sua carteira  tem que  ser  feita no quadro dos 

objectivos  daquele  programa,  quer  em  temos  das  participações  que  são  alienadas, 

quer  quanto  à  forma  adoptada  para  essas  transacções  cuja  definição  é  igualmente 

competência do Governo, nos termos da  legislação vigente, em especial na Lei 11/90 

que define o regime  jurídico a que estão sujeitas as participações que  foram objecto 

de nacionalização. 

Relativamente  às  restantes  participações  a  gestão  da  carteira  tem  sido  feita  em 

respeito  por  critérios  estritamente  empresariais.  No  que  se  refere  a  alienações  a 

orientação geral que tem sido adoptada é a de que deverão ser privatizadas todas as 

participações minoritárias  em  empresas  cuja  detenção  não  seja  justificada  por  um 

efectivo interesse estratégico ou cujo contributo para a criação de valor não se afigure 

relevante no quadro do grupo. Por outro  lado, o reforço da carteira tem ocorrido ou 

por  integração de participações detidas pelo Tesouro  (como  foi o caso em 2009 das 

participações na Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SA e na SPE – Sociedade Portuguesa 

de  Empreendimentos,  SA)  ou  na  sequência  da  constituição  de  novas  sociedades 

visando  o  desenvolvimento  de  novos  oportunidades  de  negócio,  preferencialmente 

em parceria com outros entes públicos.   

Actividade Imobiliária 

A actividade  imobiliária assumiu nos últimos anos uma  importância relativa crescente 

no  âmbito  do  Grupo  Parpública,  estruturando‐se  em  torno  de  duas  vertentes 

autónomas:  por  um  lado,  através  da  SAGESTAMO  –  Sociedade  Gestora  de 

Participações  Sociais  Imobiliárias,  SGPS,  SA  é  assegurado  o  apoio  à  gestão  do 

património imobiliário do Estado, enquanto as sociedades integradas na CAPITALPOR, 

SGPS,  SA,  a  Baía  do  Tejo,  SA  e  a  Lazer  e  Floresta,  SA,  prosseguem  a  gestão  e 

desenvolvimento  de  activos  imobiliários  previamente  destacados  do  património  de 

empresas  que  entretanto  foram  reprivatizadas,  grande  parte  dos  quais  tinham 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

associados expressivos passivos ambientais cuja regularização tem vindo a ser gerida 

principalmente pela Baía do Tejo, SA e sociedades que lhe deram origem. 

No que  respeita  à  actividade da  SAGESTAMO,  apesar da  conjuntura do mercado  se 

manter  ainda  depressiva,  deverão  manter‐se  as  principais  linhas  de  actuação.  As 

aquisições  ao  Estado  deverão  prosseguir  ao  ritmo  ditado  pelas  necessidades  do 

próprio Estado, que há que compatibilizar com a evolução das vendas dos activos em 

carteira. Também o modelo de financiamento da actividade deverá manter‐se assente 

no recurso a capitais exteriores ao Grupo, de acordo com a estratégia que vem sendo 

seguida  nos  últimos  anos,  preferencialmente  através  da  utilização  de  instrumentos 

financeiros capazes de captar recursos como seja o caso da constituição de fundos de 

investimento  com  a  posterior  alienação  das  respectivas  UP’s,  recorrendo‐se  ao 

mercado financeiro para as necessidades remanescentes. 

No que se refere à vertente de gestão de patrimónios, o objectivo continua a ser o de 

garantir uma adequada valorização dos activos tendo em vista a sua alienação. Neste 

âmbito, procedeu‐se no passado recente a uma profunda reestruturação empresarial 

que  levou à concentração numa única entidade empresarial, a Baía do Tejo, SA, das 

sociedades  Quimiparque,  Snesges  e  Urbindústria,  as  quais  eram  proprietárias  de 

significativos  territórios na margem sul do Tejo, entretanto abrangidos pelo projecto 

Arco Ribeirinho Sul. Este projecto foi lançado pela Resolução do Conselho de Ministros 

nº  137/2008,  publicada  em  12  de  Setembro,  tendo  o  seu  Plano  Estratégico  sido 

aprovado pela RCM 66/2009, publicada em 7 de Agosto. De acordo com este Plano os 

territórios hoje património da Baía do Tejo são reconhecidos como espaços prioritários 

de  intervenção, constituindo assim a âncora de desenvolvimento do próprio projecto 

que visa objectivos de ordenamento e desenvolvimento regional. Paralelamente, este 

projecto,  que  deverá  ser  levado  a  cabo  através  da  “promoção  financeiramente 

sustentada  de  todas  as  medidas  consideradas  necessárias  à  implementação  do 

Projecto  do Arco  Ribeirinho  Sul”,  constitui  também  um  enquadramento  favorável  à 

valorização  dos  patrimónios  da  Baía  do  Tejo,  SA  em  termos  que  permitam  a 

recuperação do capital investido e que sejam compatíveis com os diferentes interesses 

públicos em presença.  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

Ainda  no  plano  de  reorganização  empresarial,  continua  presente  o  objectivo  de 

proceder à  separação das actividades de desenvolvimento  imobiliário das de gestão 

dos parques empresariais existentes no Barreiro, no Seixal e em Estarreja, objectivo 

que será concretizado uma vez consolidada a fusão e a alteração societária entretanto 

ocorridas. 

Também  a  Lazer  e  Floresta  vem  prosseguindo  a  sua  estratégia  de  valorização  dos 

activos  em  carteira,  quer  através  da  alienação  de  propriedades  com  potencial  de 

realização  de mais  valias,  quer mediante  o  estudo  e  desenvolvimento  de  projectos 

visando concretizar as possibilidades de valorização de outras,  identificando em cada 

caso eventuais situações de interesse turístico, cinegético ou outros. 

Apoio ao Investimento Público 

A CREDIP –  Instituição Financeira de Crédito, SA, criada em 2007 em parceria com a 

Caixa  Geral  de  Depósitos,  SA  com  o  objectivo  de  contribuir  para  a  construção  de 

soluções  de  financiamento  de  projectos  de  investimento  público  crescentemente 

eficientes, prosseguiu a sua actividade ao  longo de 2009 enfrentando novos desafios 

ditados  pela  evolução  dos mercados  financeiros,  ao mesmo  tempo  que  houve  que 

reajustar os seus objectivos e prioridades, em sintonia com a evolução dos programas 

de investimento público.  

Apoio Técnico ao Ministério das Finanças 

Para além do apoio técnico específico no quadro das operações de reprivatização que 

constitui missão da Parpública, mas que em 2009 não teve expressão dado que face ás 

condições de mercado não foi considerado oportuno concretizar qualquer operação de 

relevo, a vertente essencial no plano do apoio  técnico ao Ministério das Finanças, o 

qual  nos  termos  estatutários  é  sempre  objecto  de  solicitação  expressa  através  de 

Despacho  governamental,  esteve  essencialmente  ligada  às  questões  associadas  ao 

sector empresarial do Estado e ao acompanhamento dos assuntos relacionados com as 

parcerias público‐privadas. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

No primeiro caso é de destacar em 2009 o envolvimento da Parpública na realização 

de  um  diagnóstico  da  situação  actual  no  Sector  Empresarial  do  Estado  quanto  ao 

tratamento de encargos com pensões e outros encargos sociais, e à definição de regras 

orientadoras  para  o  seu  enquadramento  consistente,  eficiente  e  sustentável.  Este 

estudo,  entregue  ao  Governo  ainda  em  2009  teve  já  como  reflexo  a  emissão  de 

algumas  orientações  concretas,  nomeadamente  sobre  a  natureza  dos  fundos  de 

pensões,  através  do  PEC  2010  –  2013,  prevendo‐se  que  estas  questões  venham  a 

evoluir no futuro próximo no sentido de uma maior racionalização e uniformização. 

No  âmbito  das  PPP´s,  para  além  do  apoio  específico  dado  no  quadro  das  diversas 

operações  em  curso,  a  Parpública  participou  igualmente  na  reflexão  sobre  a 

necessidade de aprofundar o modelo  institucional de acompanhamento por parte do 

Ministério  das  Finanças  desta  matéria,  tendo  apresentado  propostas  concretas, 

algumas  das  quais  se  espera  ver  concretizadas  em  cumprimento  das  acções  já 

anunciadas quer nas Grandes Opções para 2010 quer no já referido PEC 2010 – 2013. 

É ainda de  referir que ao  longo de 2009 a Parpública prosseguiu a coordenação das 

acções visando a consolidação e evolução do SIRIEF, que constitui um portal através do 

qual  as  empresas  públicas  cumprem  as  suas  obrigações  de  reporte,  sendo  a 

informação  recolhida  de  utilização  comum  pela  Parpública,  DGTF  e  IGF.  Aqui  se 

concentra  a  informação  referente  às  empresas  do  sector  empresarial  do  Estado 

necessária ao adequado exercício da função accionista e de controlo. 

 

POLÍTICAS DA EMPRESA 

 

Código de Ética 

O Código de Ética constitui a expressão pública dos princípios e valores fundamentais 

que  caracterizam  a  actuação  da  Parpública  que  procura  seguir  em  todas  as 

circunstâncias  as  boas  práticas  existentes  ao  nível  da  administração  pública,  e  do 

Ministério  das  Finanças  em  particular,  bem  como  ao  nível  dos mercados  em  geral. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

Assumem  particular  relevo  neste  contexto  princípios  como  a  igualdade  de 

oportunidades, a transparência, rigor e integridade das decisões e comportamentos, a 

confidencialidade  e  segurança  da  informação.  Estes  princípios  básicos  são  ainda 

enquadrados por preocupações no  sentido de  garantir a eficiência na utilização dos 

recursos, a protecção do ambiente e o desenvolvimento do capital humano. 

O Código de Ética funciona como meio de explicitação e sistematização dos princípios 

básicos  que  caracterizam  a  actividade  da  empresa,  dos  gestores,  quadros  e  demais 

colaboradores  no  desempenho  das  suas  funções  e  no  relacionamento  com  o 

accionista,  com  as  empresas  participadas,  com  os  fornecedores  e  com  quaisquer 

outras entidades sejam elas públicas ou privadas. 

Em  2009  a  sociedade  procedeu  a uma  actualização  do  seu Código  de  Ética  visando 

assegurar  a  sua  permanente  sintonia  com  o  conjunto  de  normas  que  vêm  sendo 

divulgadas,  nomeadamente  sobre  matérias  relacionadas  com  os  riscos  de  fraude, 

corrupção e infracções conexas. A este propósito refira‐se que no âmbito desta revisão 

foi criado um mecanismo de reporte, directo e anónimo, à Comissão de Auditoria de 

qualquer prática irregular que seja detectada por parte dos colaboradores. 

O  Código  de  Ética  da  sociedade  é  formalmente  divulgado  junto  de  todos  os 

colaboradores e encontra‐se igualmente disponível no site da empresa. 

 

Política de Gestão do Risco, designadamente do Risco de Fraude 

e Corrupção 

Acompanhando  as  recomendações  nesta  matéria  e  em  particular  as  orientações 

definidas  pelo  accionista,  a  sociedade  tem  vindo  a  promover  a  análise  dos  seus 

processos de actuação no sentido de manter claramente identificados os diversos tipos 

de  risco  a  que  a  empresa  está  sujeita,  procedendo  à  revisão  da  sua  estratégia  de 

gestão dos diversos riscos de modo a que esta se mantenha alinhada com as melhores 

práticas. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

 

Com especial  relevo  são  identificados os  riscos associados à exposição da  sociedade 

aos mercados  financeiros  por  via  da  sua  actividade  e  os  riscos  relacionados  com  a 

preservação  do  valor  dos  activos. A  gestão  destes  riscos  é  efectuada  no  quadro  da 

administração dos negócios, quer através da correcta estruturação e diversificação das 

fontes de financiamento, como mais adiante se apresentará com maior detalhe, quer 

através  do  acompanhamento  das  participadas,  para  o  que  em  muito  contribui  a 

utilização  do  novo  instrumento  constituído  pelo  SIRIEF,  que  em  2009  entrou  em 

utilização  plena,  esperando‐se  que  a  criação  da  Direcção  de  Auditoria  Interna  no 

âmbito da Parpública  venha  igualmente  a  constituir um  relevante  instrumento para 

aumentar o nível de  supervisão das actividades da empresa e das  suas participadas. 

Acresce que nesta matéria em anos anteriores foram dados passos significativos tendo 

a  Parpública  adoptado  regulamentos  específicos  para  diversos  processos  da  sua 

actividade  que,  ao  formalizarem  o  desenho  dos  fluxos  e  a  afectação  de 

responsabilidades,  criaram  as  condições necessárias  a um  efectivo  controlo  interno. 

Neste  âmbito  será  de  referir,  para  além  do  Código  de  Ética  já  mencionado,  o 

Regulamento para a aquisição de bens e  serviços,  locação de bens e contratação de 

empreitadas  pela  Parpública,  bem  como  os  Procedimentos  sobre  a  documentação 

Contabilística e de Tesouraria e o Manual do GESTDOC, este referente ao tratamento, 

circulação e arquivo da documentação em geral. 

A  Parpública,  como  qualquer  outra  sociedade,  enfrenta  ainda  outro  tipo  de  riscos 

decorrentes  de  eventuais  fraudes,  corrupção  ou  infracções  conexas.  Apesar  da 

empresa  nunca  ter  vivido  qualquer  situação  que  possa  estar  ligada  com  essas 

eventualidades,  aconselham  as  boas  práticas  que  os  potenciais  riscos  sejam 

identificados e que a empresa disponha de um conjunto claro de mecanismos, que não 

só  previnam  a  ocorrência  de  tais  situações  através  da minimização  do  potencial  de 

risco, como permitam, no caso de aquelas virem a ocorrer, uma detecção  imediata e 

uma eficaz actuação de correcção de forma a remediar eventuais danos causados. 

Nesse  sentido  o  Conselho  de  Administração  decidiu  promover,  através  de  uma 

entidade  externa  especializada,  uma  profunda  análise  dos  riscos  de  corrupção  e 

respectivas  infracções anexas, conforme a Recomendação do Conselho de Prevenção 

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da Corrupção, entidade criada pelo Decreto‐Lei nº 54/2008, de 4 de Setembro, e que 

funciona junto do Tribunal de Contas, tendo ainda determinado que essa análise fosse 

alargada aos riscos de fraude e infracções conexas. O objectivo deste estudo foi assim, 

para  além  da  avaliação  da  situação  actual,  dotar  a  Parpública  de  um  conjunto  de 

políticas,  formalmente  explicitadas,  e  de  instrumentos  que  lhe  permitam  um 

comportamento proactivo face a potenciais situações de fraude e de má conduta. 

O trabalho desenvolvido assentou nos seguintes procedimentos principais: 

  ‐ Avaliação da estratégia de gestão do  risco de  fraude que  teve por base a 

comparação  das  políticas  e  procedimentos  de  prevenção  já  existentes  dentro  da 

Parpública  com  as melhores  práticas  internacionais,  visando  não  só  a  avaliação  da 

situação actual mas também a identificação de potenciais oportunidades de melhoria; 

  ‐  Identificação  e  avaliação  dos  potenciais  riscos  de  fraude,  corrupção  e 

infracções  conexas  ao  nível  dos  processos,  cuja  análise  teve  por  base  uma 

identificação  dos  potenciais  riscos,  ao  nível  das  áreas  operacionais  bem  como  a 

identificação e avaliação dos mecanismos de controlo existentes, de forma a avaliar o 

risco residual e identificar as potenciais melhorias capazes de o mitigar. 

Os  resultados  alcançados  permitiram  concluir  que  os mecanismos  já  anteriormente 

implementados  se  afiguram  adequados,  justificando‐se  no  entanto  a  adopção  de 

algumas melhorias essencialmente ao nível da  formalização e explicitação da política 

de gestão do risco de fraude e dos processos de prevenção, detalhando procedimentos 

e criando uma auditoria interna. 

Neste  sentido,  foi  adoptada,  tendo  entrado  em  vigor  em  31  de Março  de  2010,  a 

“Política de Gestão de Riscos de Fraude”. Neste documento é estabelecida a posição 

da Parpública em  relação à  fraude, assim  como os procedimentos a  serem  seguidos 

relativamente  a  este  assunto. Anteriormente havia  sido  aprovado pelo Conselho de 

Administração o  “Plano de Prevenção de Riscos de  Fraude, Corrupção  e  Infracções 

Conexas”, documento que visa definir os instrumentos e mecanismos complementares 

a  implementar  para  prevenir  e  combater  qualquer  potencial  situação  de  fraude  ou 

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corrupção, os quais passam essencialmente pela criação de uma Auditoria Interna sob 

a orientação e supervisão da comissão de Auditoria. 

Estes documentos constituem as peças basilares da Estratégia de Gestão do Risco de 

Fraude e Corrupção da Parpública, a qual deverá ser sujeita e avaliação regular tendo 

sido objecto de ampla divulgação junto dos colaboradores, encontrando‐se disponível 

no site da empresa. 

A  aprovação  do  “Plano  de  Prevenção  de  Riscos  de  Fraude,  Corrupção  e  Infracções 

Conexas”  dá  também  cumprimento  à Recomendação  do Conselho  de  Prevenção da 

Corrupção aprovada em 1 de Julho de 2009, nos termos da qual “os órgãos máximos 

das  entidades  gestoras  de  dinheiros,  valores  ou  patrimónios  públicos”  deveriam 

elaborar  planos  de  gestão  de  riscos  de  corrupção  e  infracções  conexas,  tendo  o 

documento  sido  enviado  àquele  conselho  conforme  determinado  na  recomendação 

acima referida. 

 

Política e Modelo de Governance 

A evolução registada no modelo de governo adoptado a na estrutura de organização 

interna da sociedade traduz a preocupação em seguir as boas práticas em termos de 

governance. Numa sociedade como a Parpública o enquadramento  legal em matéria 

de modelo de governo é definido pela RCM nº 49/2007, publicada em 28 de Março, 

que  estabelece  as  regras  de  bom  governo  das  empresas  do  sector  empresarial  do 

Estado,  complementado  com  as  normas  emanadas  da  Comissão  do  Mercado  de 

Valores Mobiliários, dado que a Sociedade é emitente de valores mobiliários cotados. 

Tendo  por  base  estes  princípios,  e  ainda  o  conjunto  de  alterações  entretanto 

introduzido no Código das Sociedades Comerciais, o modelo de governo da sociedade 

constante do Decreto‐Lei nº 209/2000, de 2 de Setembro, que procedeu à criação da 

Parpública,  em  2007  foram  introduzidas  profundas  alterações  no  face  ao  que  havia 

sido definido aquando da constituição da sociedade e que havia vigorado até essa data 

sem alterações. Com as alterações ocorridas em 2007 o modelo de governo evoluiu no 

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sentido do  alargamento do órgão de  administração,  traduzindo não  só  a expressiva 

ampliação  da  dimensão,  diversificação  e  complexidade  do  Grupo  Parpública  desde 

2000, mas  também  a  clara  evolução  do  que  se  considera  serem  as  boas  práticas, 

evolução que sublinhou a necessidade de segregar as funções executivas das funções 

de controlo e fiscalização. 

Desde então a sociedade dispõe, para além da Assembleia Geral, de um Conselho de 

Administração  e  de  um  ROC,  eleitos  pela  em  Assembleia  Geral.  Os membros  dos 

órgãos sociais são eleitos para mandatos renováveis de 3 anos, pelo que 2009 marca o 

termo do primeiro mandato exercido na vigência do novo modelo de governo. 

O Conselho de Administração é composto por cinco a sete membros, integrando uma 

Comissão de Auditoria a quem cabe a fiscalização da administração, sem prejuízo das 

competências  específicas  do  ROC.  É  a  Assembleia  Geral  que  designa,  de  entre  os 

administradores  eleitos,  o  Presidente  e  os  demais  administradores  com  funções 

executivas, e ainda, pelo menos, três administradores que constituirão a Comissão de 

Auditoria. É também a Assembleia Geral que, por proposta da Comissão de Auditoria, 

designa o Revisor Oficial de Contas. 

Este modelo, na  linha das boas práticas sancionadas pelos mercados e acolhidas nos 

normativos de referência, assegura a separação efectiva das funções executivas das de 

controlo  e  fiscalização,  mediante  a  existência  de  um  órgão  estatutário  próprio,  a 

Comissão de Auditoria, a quem são atribuídas competências específicas nesta matéria 

e que dispõe de adequados instrumentos de actuação. 

Conselho de Administração 

O  Conselho  de  Administração  dispõe  de  um  Regulamento  de  funcionamento  nos 

termos  do  qual,  para  além  da  Comissão  de  Auditoria  prevista  nos  Estatutos  da 

sociedade desde a alteração de 2007, foi criada uma Comissão Executiva composta por 

todos  os  vogais  executivos,  a  qual  dispõe  de  poderes  delegados  pelo  Conselho  de 

Administração para assegurar a gestão corrente da sociedade. 

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13 

 

O  Regulamento  de  funcionamento  do  conselho  de Administração  procedeu  ainda  à 

criação de uma Comissão de Avaliação designada pelos vogais não executivos, a qual 

assegura  a  avaliação  de  desempenho  dos  administradores  executivos  prevista  na 

legislação sobre a matéria. 

Assim, a estrutura do Conselho de Administração eleito para o mandato 2007  ‐ 2009 

pode ser apresentada como se segue: 

 

De  acordo  com os  Estatutos  as  competências do Conselho de Administração  são  as 

seguintes: 

1.  Gerir, com os mais amplos poderes, todos os negócios sociais e efectuar todas as 

operações relativas ao objecto social, que não caibam na competência atribuída a 

outros órgãos da sociedade; 

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14 

 

2.  Aprovar os projectos de planos de  actividade  anuais  e plurianuais  a  submeter  à 

tutela; 

3.  A cooptação dos administradores; 

4.  O pedido de convocação da assembleia‐geral; 

5.  A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis; 

6.  Aprovar os documentos de prestação de contas a submeter à assembleia‐geral; 

7.  A prestação de cauções e a prestação de garantias pessoais e reais pela sociedade, 

nos termos permitidos pelo nº2 do artigo 13º do Decreto‐Lei nº 558/99, de 17 de 

Dezembro, na redacção do Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto; 

8.  A mudança de sede social; 

9.  Representar  a  sociedade  em  juízo  e  fora  dele,  activa  e  passivamente,  podendo 

desistir,  transigir  e  confessar  em  quaisquer  pleitos  e,  bem  assim,  celebrar 

convenções de arbitragem; 

10. A  contratação  de  programas  de  papel  comercial  e  financiamentos  previstos  no 

orçamento ou plano de investimentos; 

11. Propor  à  assembleia‐geral  a  contracção  de  empréstimos  e  a  emissão  de 

empréstimos  obrigacionistas  não  previstos  no  orçamento  ou  plano  de 

investimentos; 

12. Propor  à  assembleia‐geral  a  aquisição,  alienação  ou  oneração  de  participações 

sociais; 

13. Delegar numa comissão executiva a gestão corrente da sociedade. 

Durante o ano de 2009, o Conselho de Administração reuniu 9 vezes, com a presença 

de todos os seus membros em funções. O administrador não executivo Dr. Sérgio Trigo 

Tavares Vasques cessou as suas  funções em Outubro na sequência da sua nomeação 

como membro do Governo. 

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15 

 

Comissão Executiva 

Conforme  deliberação  do  Conselho  de  Administração,  e  nos  termos  da  lei  e  dos 

Estatutos, a gestão corrente dos negócios da sociedade foi atribuída a uma Comissão 

Executiva. Esta comissão, composta pelos três administradores executivos, assumiu os 

poderes e as competências que lhe foram delegadas pelo Conselho de Administração, 

que são genericamente as seguintes: 

1.  A gestão, com os mais amplos poderes, de todos os negócios sociais, efectuando todas  as  operações  relativas  ao  objecto  social  que  não  caibam  na  competência atribuída a outro órgão ou ao conselho de administração, pela lei, pelos estatutos ou pelo Regulamento de Conselho de Administração; 

2.  A definição de objectivos e da estratégia da sociedade e do grupo, para aprovação em conselho de administração; 

3.  A preparação dos planos de actividade anuais e plurianuais; 

4.  A preparação dos documentos de prestação de contas anuais; 

5.  A designação de mandatários para as assembleias‐gerais das empresas controladas ou participadas; 

6.  A  contratação  de  programas  de  papel  comercial  e  financiamentos  previstos  no orçamento ou planos aprovados; 

7.  A verificação da execução orçamental da sociedade e a elaboração dos relatórios trimestrais de execução orçamental a submeter à tutela;  

8.  A aprovação, para submissão à assembleia‐geral, de contratos de financiamento da sociedade e do grupo bem como da emissão de empréstimos obrigacionistas não previstos no orçamento ou planos aprovados; 

9.  A aprovação, para submissão à tutela, de aquisições, alienações ou onerações de participações noutras sociedades. 

10. A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis. 

11. A  representação  da  sociedade  em  juízo  e  fora  dele,  activa  e  passivamente, podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem. 

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16 

 

Por  seu  lado  a  Comissão  Executiva  decidiu  proceder  a  uma  afectação  específica  de 

responsabilidades  entre  os  seus membros  tendo  procedido  à  seguintes  definição  e 

distribuição de pelouros: 

João Plácido Pires, Presidente  Coordenação  Geral,  Relação  com  a Tutela,  Parcerias  Público‐Privadas; Sistemas de Gestão Administrativa. 

António Albuquerque, Vogal  Finanças,  Tesouraria,  Contabilidade, Fiscalidade e Privatizações 

José Castel‐Branco, Vogal  Empresas  Participadas  e  Recursos Humanos 

Ao  longo  do  exercício  a  Comissão  Executiva  realizou  29  reuniões.  Os  principais 

assuntos  tratados  e  decisões  adoptadas  encontram‐se  reflectidos  no  presente 

Relatório, em particular no caderno financeiro. 

A organização interna da sociedade encontra‐se estruturada em função da partilha de 

responsabilidades entre os membros da Comissão Executiva podendo apresentar‐se do 

seguinte modo: 

C o m i s s ã o E x e c u t i v a

António AlbuquerqueVogal

João Plácido PiresPresidente

José Emílio Castel-BrancoVogal

Privatizações,Financiamento

e Tesouraria(Ramos Marques)

Orçamento, Contabilidade

e Controlo(Gervásio Lérias)

Equipa PPP’s(Ernesto Ribeiro, Ana Leal,

Cláudia T. Silva

Acompanhamentode Negócios

(Amália Almeida)

Gabinete Jurídico(Ana Paula Ribeiro

e José Teles)

Gestão Documental(Catarina Marques)

Apoio à CE(Alice Santos) Acompanhamento

das Participadas(Alice Santos, Ana Gaspar

e Marina Coelho)

Apoio Administrativo(Isabel Amorim, Ana Botelho

e Alexandrina Marques)

 

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17 

 

Já  em  2010  esta  estrutura  organizativa  sofreu  algumas  adaptações  reflectindo 

essencialmente  a  preocupação  de  acolher  nos  processos  e  fluxos  de  trabalho  o 

resultado  das  reflexões  desenvolvidas  em  torno  das  questões  relacionadas  com  os 

sistemas de controlo interno. 

Comissão de Auditoria 

Nos termos da deliberação da Assembleia Geral a Comissão de Auditoria é constituída 

pelos  administradores  não  executivos  Fernanda  Mouro  Pereira,  que  foi  designada 

Presidente,  Isabel Ressurreição e Sérgio Vasques,  tendo este último  cessado as  suas 

funções em Outubro de 2009. 

Nos  termos  do  artigo  423º‐F  do  Código  das  Sociedades  Comerciais  e  conforme 

estabelecido  nas  Estatutos  da  sociedade,  compete‐lhe  em  especial  proceder  à 

fiscalização da sociedade, verificar o cumprimento dos Estatutos e dos regulamentos 

internos e apreciar as estruturas e mecanismos de governo adoptados pela sociedade. 

Compete‐lhe dirigir à Assembleia Geral o seu parecer sobre o Relatório e as contas, e 

sobre  qualquer  proposta  apresentada  pelo  Conselho  de  Administração,  bem  como 

propor a nomeação do ROC. 

No ano de 2009 a Comissão de Auditoria reuniu por 12 vezes. Para além das reuniões 

realizadas a Comissão prosseguiu com a metodologia adoptada no passado no sentido 

de manter contactos directos com cada um dos administradores executivos e com os 

principais quadros dirigentes no  sentido de  aprofundar o  seu  acompanhamento  em 

áreas  operacionais  específicas.  Também  tal  como  em  anos  anteriores  a  Comissão 

reuniu  ainda  com  algumas  das  empresas  participadas  que  integram  o  perímetro  de 

consolidação do Grupo Parpública. 

Comissão de Avaliação 

Na linha das regras de bom governo estabelecidas para o sector empresarial do Estado 

pela  RCM  nº  49/2006,  o  Conselho  de  Administração  decidiu  criar  no  seu  seio  uma 

Comissão  de  Avaliação.  Esta  Comissão,  presidida  pelo  administrador Mário  Donas, 

integra  todos  os  administradores  sem  funções  executivas,  tendo  como  principal 

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atribuição  proceder  à  avaliação  do  grau  e  das  condições  de  cumprimento  das 

orientações estratégicas definidas pelo accionista bem como proceder à avaliação do 

desempenho dos administradores executivos. 

No decurso do exercício em análise a Comissão de Avaliação realizou 3 reuniões. 

Revisor Oficial de Contas 

Nos  termos estatutários a  fiscalização da sociedade compete a um Revisor Oficial de 

Contas  tendo  a Assembleia Geral designado  em  2007 para  esta  função  a  sociedade 

Grant Thornton & Associados, SROC representada pelo Prof. Doutor Vítor Franco (ROC 

432). 

O Prof. Vítor Franco para além das funções de ROC da sociedade não exerce quaisquer 

outras funções de consultoria ou aconselhamento fiscal em outras empresas do Grupo 

Parpública. 

 

Política de Qualificação dos Recursos Humanos 

A actividade da sociedade é caracterizada por incidir sobre áreas muito diversificadas e 

algumas  de  grande  complexidade  técnica  pelo  que  a  qualificação  dos  recursos 

humanos  constitui  um  factor  determinante,  até  porque  a  estrutura  operacional 

assentam num número muito restrito de colaboradores. No final de 2009 a Parpública 

dispunha  de  um  total  de  17  colaboradores  efectivos,  dos  quais  15  dispunham  de 

habilitação académica de nível superior.  

A  qualificação  técnica  dos  efectivos  tem  estado  na  base  de  todos  os  processos  de 

recrutamento e continuará a ser uma questão central atendendo a que os mercados se 

encontram em fase de profundas alterações. O novo enquadramento externo que se 

vai desenhando tem dado origem a mais dificuldades, acrescidos desafios mas também 

novas oportunidades, exigindo por  isso que as organizações disponham de estruturas 

operacionais  tecnicamente  competentes  e  especializadas  para  em  tempo  oportuno 

poderem formular novas respostas adequadas ao novo enquadramento.  

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Depois  de  em  2008  terem  sido  recrutadas  três  pessoas  com  formação  superior  e 

experiência  diversificada,  em  2009  verificou‐se  uma  estabilidade  na  estrutura  de 

recursos  humanos.  Actualmente  está  em  curso  um  processo  de  selecção  visando  o 

recrutamento de profissionais para  integrar a nova Direcção de Auditoria  Interna, o 

qual  é  particularmente  exigente  quer  em  termos  de  habilitações  técnicas  quer  em 

termos de experiência. 

A exigência com a capacidade técnica dos seus colaboradores não se esgota na fase de 

recrutamento  sendo atribuída uma grande  importância à permanente actualização e 

evolução  dos  quadros  ao  serviço  da  empresa.  Esta  preocupação  é  no  entanto 

fortemente  condicionada pelo  facto das estruturas operacionais  serem de  tal  forma 

limitadas  em  número  de  efectivos,  que  as  possibilidades  de  afectação  de  tempo  a 

actividades de formação resultam inferiores ao desejável. 

 

Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está Sujeita 

Sendo a Parpública uma  sociedade gestora de participações  sociais a  sua actividade 

está  desde  logo  sujeita  ao  regime  definido  pelo  Decreto‐Lei  nº  495/88,  de  30  de 

Dezembro e  legislação suplementar, estando por esta via também sujeita ao controlo 

específico por parte da Inspecção Geral de Finanças. 

Para além daquele enquadramento, a natureza pública do seu capital implica coloca a 

empresa no âmbito do sector empresarial do Estado estando por isso sujeita ao regime 

jurídico  estabelecido  pelo  Decreto‐Lei  nº  558/99,  de  17  de  Dezembro,  com  as 

alterações introduzidas pelo Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. De igual modo, 

o  facto  do  seu  capital  ser  público,  coloca  a  Parpública  no  universo  das  empresas 

sujeitas ao controlo financeiro do Tribunal de Contas de acordo com o estabelecido na 

Lei 98/87, de 26 de Agosto, com as alterações decorrentes da Lei 48/2006, de 29 de 

Agosto. 

Como  empresa  pública  que  é  a  sua  gestão  está  submetida  aos  princípios  de  bom 

governo definidos na Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, publicada em 

28  de Março.  Em  termos  de  orientação  estratégica  a  gestão  da  Parpública  deverá 

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20 

 

seguir,  para  além  das  orientações  globais  para  o  sector  empresarial  do  Estado 

aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros nº 70/2008, publicada em 22 de 

Abril, as orientações específicas aprovadas pelo accionista em Assembleia Geral. 

Quanto  aos  gestores  da  Parpública,  sendo  gestores  públicos  estão  abrangidos  pelo 

Estatuto do Gestor Público aprovado pelo Decreto‐Lei nº 71/2007, de 27 de Março. 

Ainda no plano da regulamentação externa é de referir que, pelo facto da Parpública 

ser emitente de valores transaccionáveis em mercado regulamentado, a sua actividade 

está  sujeita ao  cumprimento de Regulamentos específicos da CMVM e do Banco de 

Portugal,  em  especial  no  que  respeita  a  questões  relacionadas  com  divulgação  de 

informação e transparência da gestão 

No plano  interno a  regulamentação existente assenta no princípio da  segregação de 

funções,  e  definindo  de  forma  clara  e  expressa  a  afectação  de  funções  aos  vários 

intervenientes  e  os  circuitos  administrativos  e  contabilísticos  de  acordo  com  os 

princípios de rigor, segurança, transparência e formalismo que devem ser inerentes ao 

desempenho de funções públicas. 

Neste  âmbito  são  de  destacar  os  regulamentos  que  estabelecem  as  normas  de 

funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, que incorpora 

a  definição  e  distribuição  de  áreas  de  responsabilidade,  e  os  regulamentos  que 

definem  os  processos  e  fluxos  de  funcionamento  de  diferentes  áreas  operacionais, 

todos estes enquadrados pelo Código de Ética, aprovado em 2008 e actualizado em 

2009, e ainda pela Política de Gestão do Risco de Fraude e pelo Plano de Prevenção de 

Riscos  de  Fraude,  Corrupção  e  Infracções  Conexas,  estes  últimos  aprovados  já  em 

2010. 

No  que  se  refere  aos  regulamentos  directamente  relacionados  com  as  actividades 

operacionais são de referir, pela sua  importância o Regulamento para a aquisição de 

bens e serviços, locação de bens e contratação de empreitadas pela Parpública, o qual 

detalha  os  procedimentos  obrigatórios  associados  ao  processo  de  decisão  e 

contratação das compras de bens e serviços. Este Regulamento, privilegia a aquisição 

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de  bens  móveis  por  um  sistema  de  benchmarking  com  as  compras  públicas  e  a 

contratação  de  serviços  especializados  pela  experiência  colhida  com  contratações 

anteriores pela empresa ou por empresas do grupo, considerando‐se a via da consulta 

a entidades indiferenciadas adequada apenas para outros tipos de aquisições de bens 

e  serviços. Os  princípios  básicos  subjacentes  ao  Regulamento  em  vigor  são  assim  a 

salvaguarda  da  transparência,  rigor  e  equidade  na  condução  dos  processos  tendo 

sempre  como  objectivo  a  selecção  de  propostas  compatíveis  com  o  benchmarking 

disponível. 

Em relação à gestão documental é de referir que a implementação e desenvolvimento 

de  uma  ferramenta  informática  destinada  a  controlar  todo  o  processo  de  emissão, 

recepção  e  a  organização  e  gestão  do  arquivo,  permitiu  um  assinalável  nível  de 

desmaterialização de todos estes processos. Talvez mais relevante seja o facto de que 

estes novos meios de  tratamento da  informação, que  impõem  a necessidade de  se 

estabelecerem  formalmente  as  normas  que  definem  os  principais  circuitos 

documentais  e  os  diferentes  níveis  de  acesso,  acabam  por  constituir  um  muito 

relevante instrumento no quadro dos sistemas de controlo interno. Em particular, uma 

vez que o sistema abrange a totalidade da documentação contabilística, o sistema de 

gestão  documental  tornou‐se  igualmente  uma  ferramenta  de  grande  utilidade  na 

gestão do processo de recepção, validação, autorização e pagamento de facturas. 

Estes  regulamentos  internos  são  aplicáveis  a  todos  os  colaboradores  da  empresa 

estando disponíveis para consulta no sítio da empresa na internet. 

 

Política de remuneração dos órgãos sociais  

A  remuneração  dos  membros  dos  órgãos  sociais  da  Parpública  é  fixada  pela 

Assembleia  Geral  em  termos  compatíveis  com  as  boas  práticas  existentes  em 

empresas de dimensão e  complexidade  semelhante,  tendo em  conta os princípios e 

orientações estabelecidas pelo accionista público e a situação do mercado, com vista a 

desencorajar  uma  excessiva  exposição  a  riscos  de  curto  prazo  e  a  fomentar  a 

prossecução de um desenvolvimento sustentável.  

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22 

 

No actual enquadramento e em conformidade com o Decreto‐Lei n.º 71/2007, de 27 

de  Março,  que  altera  o  Estatuto  do  Gestor  Público,  a  Resolução  de  Conselho  de 

Ministros nº 49/2007 de 28 de Março, que aprova os princípios de bom governo das 

empresas do sector empresarial do Estado, e o Despacho nº 11420, de 30 de Abril de 

2009, do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, assume particular relevo 

a  necessidade  de  adoptar  regimes  remuneratórios  que  traduzam  uma  efectiva 

moderação salarial, ajustada às efectivas possibilidades das empresas, promovendo‐se 

igualmente  a  sustentabilidade  dos  resultados  alcançados  através  do  diferimento  do 

pagamento de parte da remuneração variável. Um terceiro vector essencial passa por 

assegurar  a  total  transparência  no  que  se  refere  à  definição  das  políticas 

remuneratórios e à sua aplicação efectiva. 

Assim a definição da política remuneratória dos órgãos sociais da Parpública assenta 

nas seguintes orientações básicas:  

Política Remuneratória 

A  política  remuneratória  dos membros  dos  órgãos  sociais  em  vigor  na  empresa  é 

objecto de  apreciação por parte da  assembleia‐geral  anual de  accionistas,  incluindo 

critérios e parâmetros de avaliação de desempenho dos administradores. 

A  política  remuneratória  deve  ser  consistente  com  a  natureza  da  actividade  e  a 

estratégia dos negócios, permitindo uma eficiente gestão dos riscos e promovendo o 

crescimento sustentado da empresa a par da salvaguarda dos legítimos interesses dos 

trabalhadores, clientes e investidores. 

Para o exercício de 2010, mantém‐se a remuneração fixa dos membros do Conselho de 

Administração,  considerando  as  orientações  transmitidas  pelo  accionista  através  da 

Circular 1730 de 25 de Fevereiro da Direcção Geral do Tesouro e Finanças.  

Para os  exercícios de  2010  e  2011 o despacho de  25 de Março de  2010 do  senhor 

Ministro  de  Estado  e  das  Finanças  estabelece  que,  a  título  excepcional,  não  haverá 

lugar à atribuição de qualquer componente variável da remuneração.  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

23 

 

Regime Remuneratório 

Remuneração da Mesa da Assembleia Geral 

A  remuneração  dos membros  da mesa  da  Assembleia Geral  é  realizada  através  da 

atribuição  de  senhas  de  presença  conforma  foi  deliberado  pelo  accionista  em 

Assembleia Geral 

Remuneração do Conselho de Administração 

O  regime  remuneratório  dos  membros  dos  órgãos  de  administração  com  funções 

executivas prevê  a existência de uma  componente  fixa,  a que poderá  acrescer uma 

outra variável, esta directamente dependente da avaliação de desempenho. 

As componentes  fixa e variável  respeitam  limites máximos anuais, estabelecidos nos 

respectivos contratos de gestão tendo em conta a relação e proporção existentes face 

à  estrutura  remuneratória  praticada  em  outras  empresas  do  sector  empresarial  do 

Estado. 

A  componente  variável  da  remuneração,  é  objecto  de  ponderação  de  modo  a 

assegurar  uma  efectiva  correspondência  entre  o  seu  valor  e  o  nível  de  ambição 

constante  nos  objectivos  de  gestão,  sem  prejuízo  da  componente  variável  da 

remuneração ser fixada em percentagem da remuneração fixa anual. 

O  pagamento  de  parte  significativa,  correspondente  pelo  menos  a  50%,  da 

componente  variável  da  remuneração,  deverá  ser  objecto  de  diferimento  por  um 

período  de  tempo  adequado,  que  permita  garantir  a  consistência  dos  resultados 

alcançados e a validade da avaliação de desempenho que a  justifica, considerando‐se 

como tempo mínimo, o final do ano subsequente ao termo formal do mandato.  

Deve ser implementada uma política de retribuição que não permita a constituição do 

direito ao recebimento de eventual remuneração variável caso ocorram prejuízos. 

A  remuneração  dos membros  do  órgão  de  administração  sem  funções  executivas  é 

exclusivamente constituída pela componente fixa. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

24 

 

Os administradores da Parpública não auferem qualquer remuneração adicional pelo 

desempenho de funções de administração em outras empresas do Grupo Parpública.  

Transparência e divulgação de informação 

Em  cumprimento dos princípios de bom  governo  estabelecidos  e  em  respeito pelas 

boas práticas sancionadas pelos mercados, a empresa procede à divulgação no seu site 

e em outros suportes adequados da política de remunerações estabelecida. 

A  empresa  assegura,  designadamente  no  seu  Relatório  anual,  a  disponibilização  de 

informação  individualizada sobre a remuneração auferida pelos membros dos órgãos 

de  fiscalização  e  administração,  discriminando,  quando  é  o  caso,  os  montantes 

relativos às componentes  fixa e variável, bem como  informação referente a todos os 

demais benefícios e regalias. 

 

SUSTENTABILIDADE  E  CUMPRIMENTO  DOS  OBJECTIVOS  E 

METAS FIXADOS 

 

A solidez financeira da sociedade é a garantia da sua sustentabilidade. 

A  definição  de  estratégias  de  médio  e  longo  prazo  que  permitam  assegurar  a 

manutenção  da  solidez  financeira  da  sociedade  no  quadro  do  desenvolvimento  dos 

negócios compatível com os objectivos da política económica do accionista estado é 

portanto  essencial  à  preservação  da  sustentabilidade  e  viabilidade  da  sociedade  no 

médio e no longo prazo. 

A gestão da sociedade está assim vinculada às orientações estratégicas estabelecidas 

pelo  accionista  e  ao  cumprimento  dos  objectivos  definidos  em  função  daquelas 

orientações. No caso dos administradores executivos esta vinculação ao cumprimento 

dos objectivos, decorre da  lei e dos contratos de gestão estabelecidos entre cada um 

deles  e  o  accionista,  nos  termos  previstos  do  Estatuto  do Gestor  Público,  aprovado 

pelo Decreto‐Lei nº 71/2007, de 2 7 de Março. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

25 

 

Para o mandato terminado em 2009 o accionista definiu com principais objectivos os 

seguintes: 

Criação de  valor, no quadro da natureza específica dos objectivos da empresa, que 

deverá conduzir a sua actuação em articulação com as opções políticas do Governo no 

âmbito da gestão da carteira de activos do Estado. 

Redefinição da Missão e da Estratégia, no contexto criado pelo aprofundamento do 

programa de privatizações que obriga neste mandato a ajustar a missão e objectivos 

da  empresa,  definindo  novas  soluções  e  estratégias  que  assegurem  a  sua 

sustentabilidade e equilíbrio económico e financeiro e que salvaguardem o seu papel 

de empresa instrumental para a prossecução dos interesses públicos. 

Programa  de  Privatizações  e  alienação  de  participações  não  estratégicas, 

assegurando  a  realização  das  acções  necessárias  à  concretização  da  operações 

definidas pelo Governo, e aproveitando ou criando as oportunidade de alienação das 

participações não estratégicas. 

Gestão dos activos do Grupo, tendo em vista o objectivo de criação de valor pelo que 

deverão  ser  encetados  os  processos  de  reestruturação  empresarial  que  melhor 

assegurem  esse  objectivo,  e  adequadamente  dinamizados  os  processos  em  curso 

visando  a  promoção  e  desenvolvimento  dos  activos  imobiliários,  cujo  resultado  se 

assume importante para a manutenção da solidez financeira do grupo. 

Como  aprofundamento  destes  objectivos  foram  igualmente  estabelecidas  pelo 

accionista metas  anuais  relativamente  à  evolução  do  resultado  líquido,  dos  capitais 

próprios  e  do  endividamento  compatíveis,  metas  consideradas  necessárias  à 

consolidação  dos  principais  equilíbrios  da  situação  patrimonial  da  sociedade  e  à 

preservação da solidez financeira da empresa. 

 

 

 

 

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26 

 

Grau de Cumprimento dos Objectivos Fixados 

Tal como em 2007 e 2008, também em 2009 a actividade desenvolvida e os resultados 

alcançados  permitiram  dar  cumprimento  aos  objectivos  estratégicos  definidos  pelo 

accionista. 

Dos  objectivos  fixados  aquele  que  teve  implicações  mais  profundas  ao  longo  do 

mandato foi o que se relaciona com a redefinição da missão e da estratégia. 

Na sequência de diversos estudos realizados de forma articulada com o accionista, em 

2008  foi dado  início a um processo  tendente a alterar a estrutura e a estratégia do 

Grupo,  adaptando‐as  às  novas  circunstâncias  decorrentes  do  aprofundamento  do 

programa  de  reprivatizações  e  das  novas  oportunidades  decorrentes  de  novas 

necessidades  do  Estado.  Estas  acções  traduziram‐se  numa  significativa  alteração  da 

estrutura da carteira da Parpública, com a constituição da CAPITALPOR, SGPS, SA e da 

PARCAIXA, SGPS, SA, cuja actividade se viria a consolidar e desenvolver em 2009. 

A CAPITALPOR, SGPS, SA, concentra as participações que eram directamente detidas 

pela Parpública e que ainda estão sujeitas ao regime de reprivatização definido pela Lei 

11\90.  A  vantagem  de  concentrar  estas  participações  numa  nova  sociedade  com 

natureza de SGPS decorreu da especificidade do regime legal a que estão sujeitas estas 

participações, permitindo abrir novas perspectivas para a continuação do processo de 

reprivatização. 

A  PARCAIXA,  SGPS,  SA  foi  criada  em  parceria  com  a  Caixa Geral  de Depósitos  que 

detém  a maioria  do  capital,  e  constituiu  um  reforço  da  cooperação  entre  os  dois 

grupos públicos que, por esta via, se alargou à área de gestão de participações. Com a 

constituição da PARCAIXA, que tem a natureza de instituição financeira e dispõe de um 

capital  social  de  mil  milhões  €,  resultou  assim  significativamente  ampliada  a 

capacidade de intervenção nesta área. 

No âmbito das novas possibilidades de articulação da criação da PARCAIXA em 2009 

esta  entidade  adquiriu  à Parpública  16.173.184  acções  representativas de  0,44% do 

capital  social  da  EDP,  acções  que  inicialmente  estavam  afectas  ao  empréstimo 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

27 

 

obrigacionista emitido pela Parpública no âmbito da 6ªfase de reprivatização daquela 

empresa, mas que entretanto haviam  sido  libertas porque as  respectivas obrigações 

foram antecipadamente amortizadas. 

O  apoio  ao Governo na  execução do programa de  reprivatização,  que  em  2008  já 

havia registado um significativo abrandamento motivado pela conjuntura desfavorável 

dos  mercados,  em  2009  praticamente  não  foi  solicitado  uma  vez  que  o  Governo 

decidiu  adiar  as  operações  inicialmente  previstas.  Durante  o  exercício  a  Parpública 

apenas deu conclusão à operação de reprivatização de 10% do capital da SN Longos, 

SA, a qual havia sido realizada ainda em 2008 nos  termos definidos pelo Decreto‐Lei 

168/2008, de 26 de Agosto e de acordo  com as  condições estabelecidas na RCM nº 

198‐A/2008,  publicada  em  31  de  Dezembro.  Com  esta  transacção  concluiu‐se  o 

processo de reprivatização da ex‐Siderurgia Nacional iniciado em 1995. 

Relativamente  à  alienação  das  participações  não  estratégicas  é  de  referir  que  a 

conjuntura  vivida  em  2009  também  não  proporcionou  qualquer  oportunidade  de 

venda de qualquer das participações consideradas não estratégicas ainda detidas pela 

Parpública,  não  tendo  tido  sucesso  o  concurso  lançado  para  venda  de  uma 

participação tal como não se revelaram frutuosos os contacto mantidos relativamente 

a outras. Ainda em  relação  às participações não estratégicas é de  referir que neste 

exercício  foi possível dar por  concluído o processo de  liquidação das  sociedades Ria 

Mãe e Fabricas Mendes Godinho, os quais haviam sido iniciados em anos anteriores. 

Também na área imobiliária o enfoque principal continua a ser o da criação de valor. 

Em  2009  deu‐se  concretização  a  alguns  passos  no  sentido  de  introduzir  uma maior 

racionalidade empresarial na estrutura empresarial,  tendo‐se dado  concretização  ao 

projecto  de  fusão  das  sociedades Urbindústria,  Senesges  e Quimiparque,  empresas 

detentoras  de  extensos  territórios  na  margem  sul  do  Tejo,  e  do  qual  resultou  a 

sociedade Baía do Tejo, SA. Com esta fusão saiu claramente reforçada a capacidade de 

assegurar  uma  gestão  integrada  dos  parques  empresariais  do  grupo  e  daqueles 

territórios,  os  quais  constituem  a  ancora  de  desenvolvimento  do  projecto  do  Arco 

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28 

 

Ribeirinho Sul, a desenvolver por decisão do governo com o apoio de uma empresa 

pública constituída por Lei para o efeito. 

No  grupo  Sagestamo  verificou‐se  um  crescimento  dos  activos,  decorrente  do 

expressivo volume de aquisições efectuadas, com o inerente aumento das actividades 

de gestão, o qual  justificou um reforço da estrutura operacional. Assim, em 2009  foi 

criado na Sagestamo um Departamento de Avaliações e na sua empresa operacional 

departamentos  técnicos  de  apoio  à  gestão  corrente  dos  imóveis  e  à  realização  de 

obras. 

 

Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios 

Económico, Social e Ambiental 

A actividade desenvolvida nos últimos anos e os resultados alcançados têm permitido 

preservar  a  solidez  financeira  da  empresa  e  suportar  as  estratégias  de 

desenvolvimento  sustentado  que  a  gestão  vem  delineando  em  sintonia  com  o 

accionista. 

Apesar  do  aumento  do  passivo  financeiro  verificado  nos  últimos  anos,  o  facto  da 

carteira  de  participações  registar  um  ainda mais  significativo  crescimento,  permite 

assegurar  a  sustentabilidade  da  empresa  visto  que  o  rendimento  gerado  pelas 

participações detidas assegura o serviço da dívida, sendo o valor dessas participações 

mais do que suficiente para amortizar os valores em dívida, relação que demonstra a 

sustentabilidade financeira da empresa. 

Mesmo  na  actual  conjuntura  dos  mercados  a  Parpública  não  tem  registado 

imparidades  que  comprometam  os  fundamentos  da  sua  solidez  financeira  nem  o 

equilíbrio das suas contas, o que demonstra a adequação das políticas adoptadas na 

valorização dos activos  financeiros e  imobiliários as quais, podendo ser consideradas 

conservadoras, privilegiam a razoabilidade, o rigor e a prevalência dos valores de longo 

prazo. 

 

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29 

 

A solidez financeira da empresa associada à sua demonstrada capacidade de solver os 

seus compromissos tem permitido que a Parpública continue a merecer dos mercados 

uma avaliação muito positiva. Em particular, a avaliação que tem sido feita por parte 

das  entidades  especializadas  na  avaliação  de  risco,  tem mantido  a  Parpública  num 

nível  de  rating  correspondente  ao mais  elevado  de  qualquer  empresa  nacional.  E 

mesmo no actual contexto em que a notação de risco da Parpública passou a estar sob 

“outlook negativo”, essa situação decorre mais do enquadramento macroeconómico e 

do  inerente  risco‐país, e não  tanto de  considerações  sobre a evolução específica da 

situação  financeira  e  das  perspectivas  futuras  da  empresa,  sem  prejuízo  de  hoje  as 

metodologias  utilizadas  para  o  efeito  darem  muito  maior  ponderação  do  que  no 

passado à estrutura do financiamento e aos resultados da empresa. 

Num  contexto  de  grande  incerteza  dos mercados  os mecanismos  de  controlo  dos 

riscos  assumem  particular  relevância,  tendo  a  empresa  dado  grande  importância  à 

reanálise dos seus mecanismos de controlo interno e à definição de políticas de gestão 

do risco, no caso financeiro mas também dos riscos derivados de potenciais situações 

de fraude ou corrupção, pelo que, também neste campo a sustentabilidade futura da 

sociedade  tem  sido  acautelada  já  que  as  medidas  adoptadas  têm  sempre  como 

principal preocupação a preservação do valor dos activos. Neste campo é de destacar 

o aperfeiçoamento do Código de Ética com a introdução de um mecanismo de reporte 

de  eventuais  queixas,  a  explicitação  e  divulgação  da  Política  de Gestão  do Risco  de 

Fraude e  Infracções Conexas, a adopção do Plano de Prevenção de Riscos de Fraude, 

Corrupção e Infracções Conexas, e ainda a criação, actualmente em curso, da Direcção 

de Auditoria Interna, que irá funcionar em articulação directa e sob a dependência da 

Comissão de Auditoria, conforme recomendam as melhores práticas.  

A  existência  de  objectivos  de  gestão  claramente  definidos  e  cujo  cumprimento  é 

avaliado,  veio  também  aumentar  o  nível  e  o  rigor  do  acompanhamento  efectuado, 

quer pelo accionista à Parpública, quer desta em  relação às suas participadas, o que 

reforçou  os  mecanismos  de  análise  e  gestão  do  risco,  e  complementou  outros 

mecanismos  de  controlo  assentes  no  acompanhamento  dos  planos  de  actividade  e 

orçamentos feitos em base trimestral e anual 

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30 

 

As  preocupações  relacionadas  com  a  necessidade  de  assegurar  a  transparência  e  o 

rigor traduzem‐se na adopção de políticas de divulgação de informação que asseguram 

uma difusão dos  factos e  informações  relevantes de  forma segura, consistente e em 

tempo real, utilizando os mais modernos suportes. Neste particular será de referir que, 

procurando garantir uma cada vez maior qualidade na disponibilização de informação, 

e  apesar de em 2008 o  site da empresa  ter  sido objecto de uma  reformulação, em 

2009  procedeu‐se  a  uma  actualização  do mesmo  no  sentido  de  disponibilizar mais 

informação de forma mais acessível e imediata. 

Ainda neste âmbito  justifica‐se uma referência ao Sistema de Recolha de  Informação 

das Empresas Participadas pelo Estado  (SIRIEP),  lançado em 2008 mas que em 2009 

entrou em utilização  sistemática.  Este  sistema,  cujo  concepção e  lançamento  foram 

dinamizados  pela  Parpública  em  estreita  articulação  com  as  entidades  que 

acompanham  o  universo  das  empresas  públicas  ‐  a  Direcção  Geral  do  Tesouro  e 

Finanças e a Inspecção Geral de Finanças – veio permitir a recolha, disponibilização e a 

análise  de  informação  institucional,  económica  e  financeira  relativa  às  empresas do 

Estado através de meios  informáticos. O facto deste sistema se basear em modernos 

meios  de  comunicação  e  permitir  que  a mesma  plataforma  sirva  os  interesses  das 

várias entidades envolvidas no acompanhamento e controlo do sector empresarial do 

Estado, torna o SIRIEF um  instrumento de grande utilidade e gerador de significativas 

sinergias.  Tendo  sido  o  primeiro  ano  de  utilização  plena  do  SIRIEF  por  parte  das 

empresas  fornecedoras  de  informação  e  das  entidades  utilizadoras  dessa  mesma 

informação, 2009 foi um ano de consolidação e aperfeiçoamento do sistema. 

Refira‐se  por  último  que,  apesar  da  Parpública  não  se  deparar  directamente  com 

questões  de  natureza  ambiental,  acompanha  com  atenção  e  interesse  todas  estas 

questões ao nível das suas participadas, principalmente aquelas onde estas matérias 

assumem maior importância, como sejam as do segmento aeronáutico e imobiliário. 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

31 

 

Avaliação sobre o Cumprimento dos Princípios de Bom Governo 

Sendo a Parpública uma sociedade de capitais públicos a sua gestão está vinculada ao 

cumprimento dos princípios de boa gestão definidos na RCM nº 49/2007, publicada 

em 28 de Março. A forma como a actividade foi desenvolvida ao longo do ano de 2009 

permite afirmar que aqueles princípios foram integralmente cumpridos, conclusão que 

se encontra suportada através do seguinte mapa síntese: 

Principios de Bom Governo 

 

Recomendações 

Grau de 

Cumprimento 

 

Missão, Objectivos e Princípios Gerais de 

Actuação  

 

 

• Cumprimento,  enunciação  e  divulgação,  da  missão,  objectivos  e  politicas  que tenham sido determinados para si e para as participadas que controla, de forma económica,  financeira,  social  e  ambientalmente  eficiente,  atendendo  a parâmetros  exigentes  de  qualidade,  procurando  salvaguardar  e  expandir  a  sua competitividade, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e satisfação das necessidades da colectividade;  

• Elaborar planos de actividade e orçamentos adequados aos recursos e  fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e aos objectivos fixados; 

• Definir estratégias de sustentabilidade no domínio económico ,social e ambiental identificando objectivos e  instrumentos de planeamento, execução e  controlo a utilizar; 

• Reporte  de  informação  anual  à  tutela  e  ao  público  em  geral,  de  como  foi prosseguida  a  missão,  grau  de  cumprimento  dos  objectivos,  forma  de cumprimento  da  política  de  responsabilidade  social  e  de  desenvolvimento sustentável e forma de salvaguarda da sua competitividade; 

• Cumprimento  de  legislação  e  regulamentação,  adoptando  um  comportamento eticamente  irrepreensível  na  aplicação  de  normas  de  natureza  fiscal,  de branqueamento  de  capitais,  de  concorrência,  de  protecção  do  consumidor,  de natureza  ambiental  e  de  índole  laboral,  nomeadamente  relativas  à  não discriminação e à promoção da igualdade entre homens e mulheres e permitindo a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;  

• Tratamento  com  respeito  e  integridade  de  todos  os  trabalhadores  e  contribuir para a sua valorização pessoal; 

• Conduzir  com  integridade  todos  os  negócios  da  empresa.  Ter  ou  aderir  a  um código de ética que contemple exigentes comportamentos éticos e deontológicos e proceder à sua divulgação.  

• Tratamento com equidade de clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos, estabelecendo e divulgando procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços, adoptando critérios de adjudicação orientados por princípios  de  economia  e  eficácia,  que  assegurem  a  eficiência  das  transacções realizadas  e  que  garantem  a  igualdade  de  oportunidades  para  todos  os interessados. Divulgação anual de todas as transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado e a lista dos fornecedores que representem mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos (se a % ultrapassar 1M€); 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

32 

 

 

Estruturas de Administração e Fiscalização  

 

 

• Órgãos de administração e  fiscalização ajustados à dimensão e complexidade da empresa,  comparáveis  com  empresas  privadas  de  dimensão  semelhante  e  do mesmo sector;  

• O  modelo  de  governo  deve  assegurar  a  efectiva  segregação  de  funções  de administração e fiscalização;  

• Emissão de relatório de avaliação de desempenho anual dos gestores executivos e de  avaliação  global  das  estruturas  e  mecanismos  de  governo  em  vigor  pela empresa, efectuado pelos membros não executivos ou comissão especializada;  

• Contas  auditadas  por  entidades  independentes  com  padrões  idênticos  aos praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados;  

• Implementação do sistema de controlo, que proteja os investimentos e activos da empresa e que abarque todos os riscos relevantes assumidos pela empresa;  

• Promover  a  rotação  e  limitação  dos  mandatos  dos  membros  dos  órgãos  de fiscalização.  

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

Remuneração e Outros Direitos  

 

 

• Divulgação  anual das  remunerações  totais  (fixas  e  variáveis)  auferidas por  cada membro do órgão de administração, executivos e não executivos e do órgão de fiscalização; 

• Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde, utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela empresa).  

 

 

 

 

 

Prevenção de conflitos de interesses e divulgação de informação relevante  

 

 

• Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse;  

• Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer participações patrimoniais  importantes  que  detenham  na  empresa  e  relações  relevantes  que mantenham  com  fornecedores,  clientes,  IC’s  ou  outros,  susceptíveis  de  gerar conflito de interesse; 

• Divulgar  publicamente,  de  imediato,  todas  as  informações  de  que  tenham conhecimento, susceptíveis de afectar de modo relevante a situação económica, financeira e patrimonial da empresa;  

 

 

 

 

 

 

 

 

Princípios relativos à divulgação de informação 

 

• Disponibilizar à DGTF para divulgação no sítio das empresas do Estado e divulgar no  sítio  da  própria  empresa,  de  forma  clara,  relevante  e  actualizada,  toda  a informação  antes  enunciada,  a  informação  financeira  histórica  e  actual  da empresa e a  identidade e elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;  

• Nomeação do provedor do cliente, quando se justificar. 

• Incluir no Relatório de Gestão ponto relativo ao governo da sociedade referindo; regulamentos  internos  e  externos  a  que  está  sujeita,  informações  sobre transacções relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos membros dos  órgãos,  análise  de  sustentabilidade  e,  em  geral,  avaliação  do  grau  de cumprimento dos PBG); 

 

 

 

 

N.A. 

 

 

 

 

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33 

 

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO DE GESTÃO 

 

IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 

O exercício de 2008 constituiu o primeiro ano completo dos órgãos sociais eleitos para 

o  mandato  em  curso.  Conforme  a  deliberação  da  Assembleia  Geral  adoptada  em 

Agosto de 2007 os órgãos sociais da Parpública têm a seguinte composição 

Assembleia Geral

Presidente Carlos Manuel Durães da ConceiçãoVice-Presidente José Clemente Gomes

Secretário Maria Luisa da Silva Rilho

Conselho de Administração

Presidente João Manuel de Castro Plácido PiresVogais Executivos António José Gomes da Silva Albuquerque

José Emílio Coutinho Garrido Castel-BrancoVogais não Executivos Fernanda Maria Mouro Pereira

Maria Isabel R. Medeiros Silva RessurreiçãoSérgio Trigo Tavares VasquesMário Alberto Duarte Donas

Revisor Oficial de Contas

Efectivo: Grant Thornton & Associados, SROC, representada pelo Prof. Doutor Vítor Franco (ROC 432)

Suplente: Leopoldo Alves & Associados, SROC, representada pelo Dr. Leopoldo Assunção Dias (ROC 319)

 

É de referir que, tendo o administrador eleito Dr. Sérgio Trigo Tavares Vasques sido designado 

membro do actual Governo em Outubro de 2009, solicitou nessa ocasião o termo do exercício 

das funções para que tinha sido designado, não tendo ocorrido a sua substituição pelo que o 

lugar ficou vago. 

 

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INFORMAÇÃO  OBRIGATÓRIA  ‐  ACUMULAÇÃO  DE  FUNÇÕES, CURRICULA  E  REMUNERAÇÕES  DOS  ADMINISTRADORES  E ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO 

As  funções  exercidas  pelos  membros  do  Conselho  de  Administração  noutras 

sociedades durante o ano de 2009 são, ou foram, as seguintes: 

João Manuel de Castro Plácido Pires 

‐  Presidente  do  Conselho  de  Administração  da  CAPITALPOR  – 

Participações Portuguesas, SGPS, SA (empresa participada a 100%); 

‐  Presidente do Conselho de Administração da SAGESTAMO – Sociedade 

Gestora de Participações Sociais  Imobiliárias, S.A. (empresa participada 

a 100%); 

‐  Presidente  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  Lazer  e 

Floresta, SA (empresa participada a 100%), até Abril 2009; 

‐  Vogal do Conselho de Administração da PARCAIXA, SGPS, SA; 

‐  Vogal não executivo do Conselho de Administração da AdP – Águas de 

Portugal, SGPS, S.A. em representação da PARPÚBLICA; 

‐  Vogal  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  Sociedade  de 

Gestão Hospitalar CVP, SA, em representação da PARPÚBLICA. 

 

António José Gomes da Silva Albuquerque 

‐  Presidente não executivo do Conselho de Administração da SAGESECUR 

– Estudo, Desenvolvimento e Participação em Projectos de Investimento 

em Valores Mobiliários, S.A. (empresa participada a 100%); 

‐  Voga  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  CAPITALPOR  – 

Participações Portuguesas, SGPS, SA (empresa participada a 100%); 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

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José Emílio Garrido Castel‐Branco 

‐  Vogal não  executivo do Conselho de Administração da CAPITALPOR  – 

Participações Portuguesas, SGPS, SA (empresa participada a 100%) 

‐  Vogal do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos, SA 

 

Fernanda Maria Mouro Pereira 

‐  Membro  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  Ciencinvest, 

Valorização Económica da Ciência, SA, em representação da Aicep Capital 

Global, SCR, SA. 

 

Maria Isabel R. Medeira Silva Ressurreição 

‐  Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Transtejo, Transportes Tejo, 

SA 

‐  Vogal  do  Conselho  Fiscal  da  PME  Investimentos  –  Sociedade  de 

Investimento, S.A. 

 

Mário Alberto Duarte Donas 

‐  Presidente do Conselho de Administração da MARGUEIRA – Sociedade 

Gestora  de  Fundos  de  Investimento  Imobiliário,  S.A.  (empresa 

controlada); 

‐  Presidente  do  Conselho  de  Administração  da  CONSEST  –  Promoção 

Imobiliária, S.A. (empresa participada a 100%); 

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‐  Vogal não executivo do Conselho de Administração da URBINDÚSTRIA – 

Sociedade  de  Urbanização  e  Infraestruturação  de  Imóveis,  S.A. 

(empresa participada a 100%), até Outubro de 2009; 

‐  Vogal  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  SNESGES  – 

Administração  e  Gestão  de  Imóveis  e  Prestação  de  Serviços,  S.A. 

(empresa participada a 100%), até Outubro de 2009; 

‐  Vogal não executivo do Conselho de Administração da Baía do Tejo, SA, 

desde Outubro de 2009 

‐  Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ECODETRA – Sociedade de 

Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A. 

De  acordo  com  os  princípios  de  bom  governo  das  empresas  do  Estado  deve  ser 

incluído  no  Relatório  anual  do  Conselho  de  Administração  os  curricula  dos  seus 

membros e do órgão de fiscalização, orientação a que aqui se dá cumprimento. 

  Membros do Conselho de Administração 

 

João Manuel de Castro Plácido Pires 

Habilitações Académicas 

‐  Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia, concluída em 1973 

‐ Mestrado  em  Gestão  (MBA)  pela  HEC  da  Universidade  de  Lausanne,  na  Suíça, concluído em 1981. 

Actividade Profissional 

‐  Desde  Fevereiro  de  1974  Inspector  da  Inspecção  Geral  de  Finanças,  tendo  sido nomeado Inspector Superior (Assessor Principal) em 1980. 

‐  Assistente da  cadeira da Contabilidade Analítica e Gestão Orçamental do  Instituto Superior de Economia de 1974 a 1989. 

‐  Sub‐inspector Geral de Finanças desde 1982 a Janeiro de 1987. 

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‐ Membro da Comissão Executiva da Comissão de Normalização Contabilística, de 1983 a 1986, em representação da Inspecção Geral de Finanças. 

‐  Administrador executivo da EDP de Fevereiro de 1987 a Janeiro de 1991 

‐  Administrador  não  executivo  do  B.E.S.C.L.  de  Dezembro  de  1990  a  Setembro  de 1991. 

‐  De  Janeiro  de  1991  até Março  de  1992,  Vogal  da  Comissão  para  a  Reforma  do Tesouro. 

‐  De  Março  de  1992  até  à  data,  Presidente  do  Conselho  de  Administração  da PARTEST,S.A., PARPÚBLICA, S.A. a partir de 11 de Setembro de 2000. 

‐  Coordenação  de  diversas  equipas  no  âmbito  do  Ministério  das  Finanças, nomeadamente de Maio de 1994  a Outubro de 1995 o Programa Qualidade e de Junho  de  1994  a  Dezembro  de  2001  a  COMTAPRE  –  Comissão  Técnica  de Acompanhamento das Receitas do Estado. 

‐  Presidente  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  de  diversas  empresas instrumentais da PARPÚBLICA, nomeadamente a SAGESTAMO, desde Setembro de 2000 e a CAPITALPOR desde 2008. 

‐  Administrador não executivo da AdP, SGPS, SA desde Junho de 2004 

‐  Administrador não executivo da PARCAIXA, SGPS, SA desde 2008 

 

António José Gomes da Silva Albuquerque 

Habilitações Académicas 

Licenciado  em  Finanças  pelo  I.S.C.E.F.,  Instituto  Superior  de  Ciências  Económicas  e Financeiras  (actual  I.S.E.G.,  Instituto  Superior  de  Economia  e  Gestão)  –  curso 1970/1975. 

Actividade Profissional 

1974‐1978  Técnico  da  ex‐Direcção  Geral  de  Preços  (Ministério  do  Comércio  e Turismo). 

1978‐1980  Adjunto  do  Director  de  Gestão  de  Investimentos  e  Património  da  ex‐Rodoviária Nacional, E.P. 

1980‐1993  Representante em Portugal do CIC Union Européenne (4º Grupo Bancário Francês, com sede em Paris). 

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1989‐1993  Administrador  da  Sociedade  de  Investimentos  IPFinanceira,  S.A. transformada em Banco Nacional de Investimento em 1991. 

1994‐1998  Administrador‐delegado da Império Segurança e Assistência, SGPS, S.A., 

Presidente do Conselho de Administração da Impergesto, S.A. 

Presidente do Conselho de Administração da Império Segurança, S.A. 

    1998  Director  Coordenador  da  Comp.  de  Seguros  Império,  S.A.,  Área Internacional. 

1999‐2002  Director  Coordenador  da  Companhia  de  Seguros  Império  Bonança,  S.A. Vice‐Presidente do Conselho de Administração da  IMPAR, Companhia de Seguros  de Moçambique,  S.A.R.L.,  em  representação  da  Companhia  de Seguros Império  

Desde 2004  Vogal executivo do Conselho de Administração da Parpública, SGPS, SA 

2004‐2008  Vogal não executivo do Conselho de Administração da Sagesecur, SA 

Desde 2008  Presidente não executivo do Conselho de Administração da Sagesecur, SA e Vogal não executivo do Conselho de Administração da Capitalpor, SGPS, SA, empresas do Grupo 

 

José Emílio Coutinho Garrido Castel‐Branco 

Habilitações Académicas 

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de  Lisboa,  na  área  de  Técnicas Quantitativas  e Métodos  de  Planeamento  curso  de 1979/84. 

Actividade Profissional  

Director da Tesouraria Central do Estado, de 1991 até 2000. 

Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças do XIV Governo Constitucional, de Agosto de 2000 a Abril de 2001. 

Subdirector‐geral do Tesouro, de 2001 a 2005. 

Director Geral do Tesouro e Finanças  2005 a 2007 

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Vogal do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos  

Administrador da PARPÚBLICA – Participações do Estado (SGPS), S.A. desde Agosto de 2007 

Administrador não executivo da Capitalpor, SGPS, SA desde 2008 

Administrador não executivo da Sagesecur, SA 2007 e 2008 

Outros cargos exercidos: 

Coordenador  da  COMACC  –  Comissão  do  Acordo  de  Cooperação  Cambial  com  a República de Cabo Verde. 

Vogal  da  comissão  de  fiscalização  do  Fundo  para  as  Relações  Internacionais  do Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

Responsável pela integração do Tesouro nos sistemas de compensação interbancários e  dos  sistemas  de  controlo  de  cobranças  no  âmbito  da  Reforma  da  Administração Financeira do Estado. 

Coordenador do projecto “Homebanking do Tesouro”. 

Membro  do  grupo  de  acompanhamento  do  FEOGA  –  Garantia,  durante  a  primeira Presidência Portuguesa do Conselho das Comunidades Europeias. 

Membro  do  júri  do  Concurso  Público  para  Alienação  dos  Créditos  do  Estado  sobre Moçambique para efeitos de conversão em investimento. 

Coordenador do  grupo de  trabalho para  a produção,  armazenamento e distribuição das moedas euro. 

Presidente  da  mesa  da  Assembleia  Geral  da  PARPÚBLICA  –  Participações  Públicas (SGPS), S.A. 

 

Fernanda Maria Mouro Pereira 

Habilitações Académicas 

PADE – Programa de Alta Direcção de Empresas (XXI) na AESE em 1996 

Master of Business Administration pela William E. Simon Graduate School of Business Administration, University of Rochester (U.S.A), em 1986. 

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Licenciatura  em  Economia  pela  Faculdade  de  Economia  da  Universidade  do  Porto (1975). 

Actividade Profissional  

Membro não executivo do Conselho de Administração da Ciencinvest, Valorização Económica da Ciência, SA, em representação da Aicep Capital Global, SCR, SA, desde Outubro de 2005.” 

Membro não executivo do Conselho de Administração da Investvar Comercial, SGPS, SA, em representação da Aicep Capital Global, SCR, SA, de Abril de 2005 a Fevereiro de 2008. “ 

Membro  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  Logoplast  –  Gestão  e Consultoria Financeira, SA, em  representação da API Capital, de Dezembro de 2004 a Janeiro de 2006. 

Membro do Conselho de Administração da API Capital, Sociedade de Capital de Risco, SA, de Outubro de 2004 a Dezembro de 2006. 

“Business manager”  de  uma  equipa  de  projecto multinacional  para  reconversão  das operações,  processos  e  sistemas  informáticos  de  seguros  de  vida  e  pensões  das Companhias de Seguros do Banco Comercial Português e da Eureko (Setembro de 2002 a Março de 2004). 

Membro  do  Conselho  de  Administração  da  Ocidental  –  Companhia  Portuguesa  de Seguros de Vida, S.A., de 2000 a 2002. 

Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros Vida, S.A., de 1991 a 2000. 

Membro  do  Conselho  de  Administração  da  Ocidental  –  Companhia  Portuguesa  de Seguros, S.A., de 2001 a 2002. 

Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros, S.A., e da BPA Seguros Gest, SGPS, S.A., de 1995 a 2000. 

Membro do Conselho de Administração da Vanguarda – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., de 1997 a 1999. 

Membro do Conselho de Administração da Præmium – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A, de 1991 a 1999. 

Membro  não  executivo  do  Conselho  de  Administração  da  Gestiprimus  –  Gestão  de Fundos Imobiliários, S.A, de 1995 a 1996. 

Membro não executivo do Conselho de Administração da Primogest – Gestão de Fundos Mobiliários, S.A, de 1995 a 1996. 

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41 

 

Membro não executivo do Conselho de Administração da Bolsa de Valores do Porto, em 1994 e 1995, em representação dos Investidores Institucionais. 

Desde 1995, Directora Central do Banco Comercial Português. 

Desde Janeiro de 1980, quadro do Banco Português do Atlântico, e posteriormente do Banco Comercial Português, tendo exercido as seguintes funções: 

Técnica no Departamento de Estudos Económicos de 1980 a 1982; 

Responsável da Central de Balanços do mesmo Departamento de 1982 a 1984; 

De  1987  a  1990,  Directora  da  Direcção  Financeira,  responsável  pelas  actividades  no mercado de capitais; 

Assessora  do  Secretário  de  Estado  do  Planeamento  no  VI Governo  Constitucional  de Janeiro de 1980 a Janeiro de 1981. 

Assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, de 1978 a 1982. 

Docente convidada da Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional do Porto), de 1981 a 1991. 

 

Maria Isabel R. Medeira Silva Ressurreição 

Habilitações Académicas 

Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1989. 

Pós Graduação em Estudos Europeus, pelo  Instituto Europeu da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1990. 

Actividade Profissional 

Subdirectora‐Geral da Direcção‐Geral do Tesouro desde Dezembro de 2005. 

Directora do Gabinete de Apoio Jurídico da Direcção‐Geral do Tesouro entre Abril de 1998 e Dezembro de 2005. 

Inspectora de finanças superior do quadro de pessoal da Inspecção‐Geral de Finanças, organismo  onde  ingressou  em  1991  e  no  qual  desempenhou  funções  na  área  de controlo da receita tributária e do direito disciplinar, até 1997. 

Representante  da  Direcção‐Geral  do  Tesouro  na  Comissão  Euro  do Ministério  das Finanças e no grupo de trabalho que preparou a fase final de  introdução do Euro nos serviços do Ministério. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

42 

 

Membro de júris de concursos de pessoal e de aquisição de bens e serviços. 

Consultora em missões de curta duração, no âmbito do Projecto de Assistência Técnica à Direcção Nacional do Tesouro de Moçambique, financiado pela União Europeia. 

Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Transtejo, Transportes Tejo, S.A. 

Vogal do Conselho Fiscal da PME Investimentos – Sociedade de Investimento, S.A. 

 

Sérgio Trigo Tavares Vasques 

Habilitações Académicas 

Licenciatura em Direito pela Universidade Católica Portuguesa em 1994 Concluiu  mestrado  em  Ciências  Jurídico‐Económicas  pela  Universidade  Católica Portuguesa no ano de 1999  Doutoramento na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na especialidade de Direito Fiscal, em 2007  

Actividade Profissional  

Exerce  funções  docentes  na  Faculdade  de  Direito  da  Universidade  de  Lisboa  como Professor Auxiliar e secretaria a Pós‐Graduação em Direito Fiscal. Exerceu  funções  nos  últimos  anos  como  jurista  do  Centro  de  Estudos  Fiscais  da Direcção‐Geral dos Impostos  Adjunto  do  Secretário  de  Estado  dos  Assuntos  Fiscais,  assessor  do  Ministro  das Finanças assessor do Ministro do Ambiente,  tendo participado de diversos  trabalhos de  concepção  e  reforma  de  tributos  públicos,  nomeadamente  na  reforma  dos impostos  especiais  sobre  o  consumo  e  da  tributação  automóvel,  bem  como  na concepção de taxas ambientais sobre as águas e resíduos.  Integra a equipa de redacção do periódico Fiscalidade,  Correspondente português do periódico EC Tax Review e Faz parte do conselho editorial da revista Fórum de Direito Tributário (Brasil).  Possui diversos  títulos publicados na  área da  fiscalidade, entre os quais Regime das Taxas  Locais:  Introdução  e  Comentário  (Almedina,  2008),  Os  Impostos  Especiais  de Consumo  (Almedina,  2001),  Eça  e  os  Impostos  (Almedina,  2000)  e  Os  Impostos  do Pecado: O Álcool, o Tabaco, o Jogo e o Fisco (Almedina, 1999). 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

43 

 

Mário Alberto Duarte Donas 

Habilitações Académicas 

Licenciatura em Ciências Matemáticas (1963); 

Licenciatura em engenharia Geográfica (1972); 

Licenciatura em Direito (1978); 

Pós‐Graduação em Jurídico‐Económicas (1981): 

Professor  auxiliar  de  Finanças  Públicas  e  Direito  Económico  na  Universidade Internacional desde 1987; 

Actividade Profissional 

Administrador de empresas desde 1983 até 1995; 

Advogado; 

Vogal do Comissariado da EXPO 98; 

Administrador não executivo da PARQUE EXPO até 2000; 

Administrador não executivo da PARPÚBLICA – Participações Públicas  (S.G.P.S.),  S.A. desde 2001. 

Presidente  do  Conselho  de  Administração  da MARGUEIRA  –  Sociedade  Gestora  de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. desde 2002. 

 

Revisor Oficial de Contas 

Vítor Franco 

Habilitações Académicas 

Doutor em Ciências Empresariais (Universidade Autónoma de Madrid) 

Catedrático do Departamento de Contabilidade do ISCTE 

Professor de Contabilidade Financeira e de Contabilidade de Gestão do ISCTE 

Presidente do Departamento de Contabilidade e da Assembleia do ISCTE 

Actividade Profissional 

Revisor Oficial de Contas e Advogado 

Partner de Grant Thorton & Associados, SROC, Lda. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

44 

 

Ainda em cumprimento dos princípios de bom governo inclui‐se aqui informação sobre 

o Estatuto remuneratório definido para os membros dos órgãos sociais, com excepção 

do  ROC  cuja  remuneração  é  estabelecida  contratualmente,  bem  como  o  quadro 

relativo às remunerações auferidas pelos membros dos órgãos sociais, durante o ano 

de 2008. 

Mesa da Assembleia Geral (Senhas de Presença)

Presidente 654,77           Vice‐Presidente 511,49           

Secretário 387,97           

Conselho de Administração(Remuneração mensal abonada 14 vezes por ano)

Administradores ExecutivosPresidente 9.980,78       Vogais 7.984,68       

Administradores não executivosPresidente da Comissão de Auditoria 2.750,00       Vogais da Comissão de Auditoria 2.400,00       Vogais que não integram a Comissão de Auditoria 2.000,00       

Estatuto Remuneratório dos Membros dos Órgãos Sociais

 

 

Nos termos do Estatuto do Gestor Público os administradores executivos celebraram 

com o  accionista um Contrato de Gestão para o mandato 2007  ‐ 2009 que prevê a 

possibilidade de virem a ser atribuídos prémios anuais de gestão em função do grau de 

cumprimento  dos  objectivos  fixados.  A  avaliação  do  cumprimento  dos  objectivos  é 

feita  subsequentemente  à  aprovação  do  Relatório  e  das  Contas.  Refira‐se  que 

relativamente a 2007 a decisão sobre a atribuição do prémio de gestão só foi tomada 

em 2009 pelo que a  informação referente ao ano de 2009 contempla a atribuição do 

prémio relativo ao exercício de 2007 e ainda a atribuição do prémio relativo a 2008, o 

qual foi pago apenas parcialmente em conformidade com as orientações estabelecidas 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

45 

 

quanto  a  esta  matéria  que  apontam  para  o  diferimento  do  pagamento  da  parte 

remanescente para o final do mandato. 

Ainda  nos  termos  do  Estatuto  do Gestor  Público  a  Comissão  Executiva  estabeleceu 

limites  anuais  para  os  encargos  a  suportar  pela  empresa  referentes  a  telemóveis  e 

combustíveis  consumidos  pelas  viaturas  de  serviço  afectas  aos  administradores 

executivos de, respectivamente, 2.000€ e 6.000€, viaturas cujo encargo mensal com o 

renting tem um limite máximo de 1.050 € para o Presidente ou de 840 € para cada um 

dos administradores executivos, limites estabelecidos em sede de contrato de gestão. 

No  que  se  refere  ao  ROC,  para  além  da  remuneração  contratualmente  fixada  de 

75.000  €,  acrescida  de  IVA,  correspondente  à  certificação  das  contas  individuais  e 

consolidadas, os  trabalhos  adicionais exigidos no  âmbito dos processos de  fecho de 

contas intercalares e de rating são objecto de pagamento adicional de acordo com as 

recomendações da Ordem dos ROC. 

Em 15 de Março de 2010 o Presidente do Conselho de Administração, a seu pedido e 

por decisão do Conselho, passou a não executivo sem remuneração, devido a ter sido 

nomeado administrador executivo de empresa participada (REN, SGPS, SA). 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

46 

 

Unid: €

João Plácido Pires

(Presidente)

António Albuquerque

(Vogal Executivo)

José Castel-Branco

(Vogal Executivo)

Fernanda Mouro Pereira

(Vogal não Executivo)

(a)

Isabel Ressureição (Vogal não Executivo)

Sérgio Vasques

(Vogal não Executivo)

(c)

Mário Donas

(Vogal não Executivo)

(b)

1. Remunerações1.1 Remuneração base/fixa 137.480,68 109.984,52 109.984,52 38.500,00 33.600,00 26.400,00 0,001.2 Acumulação de funções de gestão - - - - - - -1.3 Prémios de gestão (2007) 67.896,50 54.317,20 54.317,20 - - - -

Prémios de gestão (2008) 29.942,34 23.953,86 23.953,861.4 Outras - - - - - - -2. Outras regalias e compensações2.1 Gastos de utilização de telefones 1.178,07 356,76 1.233,16 - - - -2.2 Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço - - - - - - -2.3 Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 3.497,88 1.918,75 3.043,17 - - - -2.4 Subsídio de deslocação - - - - - - -2.5 Subsídio de refeição - - - - - - -2.6 Outros - - - - - - -

2.6.1 Renting de viatura de uso pessoal 8.045,00 10.353,53 9.787,29 - - - -3. Encargos com Benefícios Socias3.1 Segurança social obrigatório 6.164,62 14.935,92 4.387,77 8.181,25 7.140,00 5.610,00 0,003.2 Seguros de saúde 1.027,51 1.027,51 1.027,51 - - - -3.3 Seguros de vida - - - - - - -3.4 Outros (seguro acidentes pessoais e trabalho) 828,20 941,75 662,60 263,72 230,16 230,16 0,004. Informações Adicionais4.1 Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não Não4.2 Regime Segurança Social CGA S SOCIAL CGA S SOCIAL S SOCIAL S SOCIAL -4.3 Ano de aquisição de viatura pela empresa Nov-07 Maio-08 Set-2007 - - - -4.4 Exercício de funções remuneradas fora grupo Não Não Sim Sim Sim Sim Não4.5 Outras (identificar detalhadamente) - - - - - - -

Mesa da Assembleia Geral

Senhas de Presença 0 511,49 387,97

Revisor Oficial de Contas

Remuneração contratual (líquida de IVA) 75.000,00

Conselho de Administração

a) Presidente da Comissão de Auditoriab) Presidente da Comissão de Avaliação. Não remunerado na Parpública já que recebe como Presidente Executivo da Margueira, SGFII, SA, sociedade do Grupo

Presidente Vice - Presidente Secretário

c) Remuneração até Outubro/09, inclusivé, altura em que cessou funções por ter integrado o Governo

 

Tendo  em  conta  o  estabelecido  nos  contratos  de  gestão  e  face  aos  resultados 

alcançados  pela  sociedade  em  2007  e  2008  e  à  avaliação  de  desempenho  dos 

administradores,  efectuada  nos  termos  da  lei,  os  administradores  tiveram  direito  a 

receber  um  prémio  próximo  do  máximo  contratualmente  definido  para  cada  um 

destes exercícios. Dado que a atribuição do prémio referente a 2007 só foi deliberada 

em  2009,  verifica‐se  que  neste  exercício  foram  pagos  os  prémios  devidos  aos 

administradores relativamente a dois exercícios, 2007 e 2008, sendo que em relação a 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

47 

 

2008 foi determinado o diferimento para momento posterior à aprovação das Contas 

de 2009 de metade do valor devido, para além do diferimento para a mesma altura do 

prémio do mandato. 

 

Informações sobre Transacções Relevantes 

Dado que a Parpública é uma empresa  instrumental  com natureza de SGPS existem 

naturalmente  transacções envolvendo por um  lado o Estado,  seu accionista único, e 

por outro lado a Parpública e o conjunto das empresas suas participadas. 

As transacções com o Estado enquadram‐se essencialmente no âmbito da intervenção 

da Parpública na execução do programa de privatizações definido pelo Governo, área 

de actuação que me 2009 não teve expressão. 

Quanto  ao  relacionamento  da  Parpública  com  as  suas  participadas  as  transacções 

existentes  estão  normalmente  associadas  à  prestação  de  apoio  técnico  à  gestão, 

designadamente  através  da  cedência  de  gestores,  mas,  principalmente,  do 

financiamento  dessas  participadas  através  da  holding  mediante  a  concessão  de 

suprimentos,  os  quais  em  31  de  Dezembro  de  2009  atingiam  o montante  de  566 

milhões €. 

Em  cumprimento  do  estabelecido  na  RCM  49/2007,  deve  referir‐se  que  todas  as 

transacções efectuadas para  aquisição de bens e  serviços o  foram em  condições de 

mercado  e  com  respeito  de  todos  os  procedimentos  sistematizados  no  Código  de 

Contratação  em  vigor  na  sociedade,  sendo  a  lista  dos  fornecedores  cuja  facturação 

global ultrapassou o montante estabelecido no nº 13 daquela Resolução a seguinte: 

Standard & Poors 

Merrill Linch 

NOVABASE 

Baía do Tejo, SA 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

48 

 

Refira‐se por último a inexistência de quaisquer transacções entre a empresa e os seus 

gestores e pessoas ou entidades  relacionadas  (Informação  constante da Nota 47 do 

Anexo às Demonstrações Financeiras). 

  Lisboa, 14 de Abril de 2010    

O Conselho de Administração     

João Manuel de Castro Plácido Pires Presidente  

    

António José Gomes da Silva Albuquerque                    José Emílio Garrido Castel‐Branco Administrador                                                     Administrador 

    

       Mário Alberto Duarte Donas                                     Fernanda Maria Mouro Pereira                     Administrador                                                                  Administradora     

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição Administradora 

 

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CADERNO  III 

 

 

 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 

(POC) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Activo Exercícios2009 2008

AB AA AL ALImobilizadoImobilizações Incorpóreas

Despesas de instalaçãoDespesas de investigação e de desenvolvimentoPropriedade industrial e outros direitosTrespasses 2.599,07 € 2.599,07 €Imobilizações em cursoAdiantamentos p/ conta Imob. incorpóreas

2.599,07 € 2.599,07 €Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construções 2.569,99 € 2.569,99 €Equipamento básicoEquipamento de transporte 184.968,77 € 184.968,77 €Ferramentas e utensílios 600,33 € 600,33 €Equipamento administrativo 889.345,63 € 633.212,03 € 256.133,60 € 308.248,25 €Taras e vasilhameOutras imobilizações corpóreas 4.202,85 € 3.648,80 € 554,05 € 705,99 €Imobilizações em cursoAdiantamentos p/ conta Imob. corpóreas

1.081.687,57 € 822.429,93 € 259.257,64 € 308.954,24 €Investimentos Financeiros

Partes de capital em empresas do grupo 3.109.279.439,07 € 33.305.915,23 € 3.075.973.523,84 € 2.994.286.331,83 €Empréstimos a empresas do grupo 565.136.899,66 € 565.136.899,66 € 644.672.798,43 €Partes de capital em empresas associadas 820.931.354,62 € 17.528.224,47 € 803.403.130,15 € 755.411.708,15 €Empréstimos a empresas assoc.Títulos e outras aplicações financeiras 1.125.573.458,36 € 54.317.270,80 € 1.071.256.187,56 € 825.448.782,99 €Outros empréstimos concedidosImobilizações em cursoAdiantamento por conta de inv. financeiros

5.620.921.151,71 € 105.151.410,50 € 5.515.769.741,21 € 5.219.819.621,40 €CirculanteExistências

Matérias primas, subsidiárias e de consumoProdutos e trabalhos em cursoSubprodutos, desperdícios, resíduos e refugosProdutos acabados e intermédiosMercadoriasAdiantamento por conta de compras

Dívidas de terceiros Médio e longo prazosClientes c/c 725.814,97 € 725.814,97 € 725.814,97 €Clientes - Títulos a receberClientes cobrança duvidosa Empresas do grupoEmpresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamentos a fornecedoresAdiantamento a fornecedores de imobilizadoEstado e Outros entes públicosOutros devedores 176.212,73 € 176.212,73 € 260.840,36 €Subscritores de capital 972.848.968,52 € 972.848.968,52 € 972.848.968,52 €

973.750.996,22 € 973.750.996,22 € 973.835.623,85 €Dívidas de terceiros Curto Prazo

Clientes c/c 2.003.683,00 € 2.003.683,00 € 957.481,06 €Clientes - Títulos a receberClientes cobrança duvidosa 198.143,62 € 198.143,62 €Empresas do grupo 17.782.464,42 € 17.782.464,42 € 9.997.383,16 €Empresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamentos a fornecedoresAdiantamento a fornecedores de imobilizadoEstado e Outros entes públicos 2.931.778,12 € 2.931.778,12 € 3.508.268,07 €Outros devedores 541.635.362,98 € 541.635.362,98 € 721.481.656,24 €Subscritores de capital

564.551.432,14 € 198.143,62 € 564.353.288,52 € 735.944.788,53 €Títulos Negociáveis

Acções empresas do grupoObrigações e títulos de part. empresas do grupoAcções empresas associadasObrigações e títulos de part. empresas associadasOutros títulos negociáveis 1.707.701,13 € 1.707.701,13 €Outras aplicações de tesouraria

1.707.701,13 € 1.707.701,13 €Depósitos bancários 255.115.774,88 € 255.115.774,88 € 36.814.181,47 €Caixa 382,04 € 382,04 € 191,96 €

255.116.156,92 € 255.116.156,92 € 36.814.373,43 €Acréscimos de proveitos 10.541.196,28 € 10.541.196,28 € 985.642,17 €Custos diferidos 2.146.990,10 € 2.146.990,10 € 6.009.510,29 €Ajustes diários diferidos em contratos de futurosActivos por imposto diferidos

12.688.186,38 € 12.688.186,38 € 6.995.152,46 €Total Amortizações 822.429,93 €Total de Ajustamentos 105.349.554,12 €Total do Activo 7.429.819.911,14 € 106.171.984,05 € 7.323.647.927,09 € 6.973.718.513,91 €

BALANÇOPARPUBLICA - PARTICIPAÇÕES PUBLICAS (SGPS), S.A.

Administração/gerência:

______________________________

31-12-2009 Técnico de Contas Nº15589:

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Exercícios2009 2008Capital Próprio e Passivo

Capitais PrópriosCapital 2.000.000.000,00 € 2.000.000.000,00 €Acções próprias - Valor nominalAcções próprias - Descontos e prémiosPrestações suplementaresPrémios de emissão de acçõesAjust de partes de cap. em filiais e associadas (139.892.074,21)€ (220.664.649,26)€Reservas de reavaliação

ReservasReservas legais 695.688.928,89 € 695.688.928,89 €Reservas estatutáriasReservas contratuaisOutras Reservas

Resultados transitados 288.789.819,01 € 182.805.001,77 €SubTotal 2.844.586.673,69 € 2.657.829.281,40 €

Resultado líquido do exercício 402.222.017,76 € 250.892.846,50 €Dividendos antecipados

Total do Capital Próprio 3.246.808.691,45 € 2.908.722.127,90 €

PassivoProvisões

Provisões para pensõesProvisões para impostosOutras provisões 269.261.415,69 € 294.377.155,88 €

269.261.415,69 € 294.377.155,88 €

Dívidas a terceiros Médio e longo prazosEmpréstimos por obrigações

Convertíveis 980.816.488,26 € 1.571.573.243,23 €Não convertíveis 2.194.829.162,66 € 1.397.673.273,56 €

Empréstimos por títulos de participaçãoDívidas a instituições de créditoAdiantamento por conta de vendasFornecedores c/c 244.395,03 €Fornecedores - facturas em recepção/conferênciaFornecedores - títulos a pagarFornecedores de imobilizado - titulos a pagarEmpresas do grupoEmpresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamento de clientesOutros empréstimos obtidosFornecedores de imob. c/c Estado e Outros entes públicosOutros credores 268.984,33 € 291.319,13 €

3.175.914.635,25 € 2.969.782.230,95 €

Dívidas a terceiros Curto PrazoEmpréstimos por obrigaçõesConvertíveis 538.010.910,84 €Não convertíveisEmpréstimos por títulos de participaçãoDívidas a instituições de créditoAdiantamento por conta de vendasFornecedores c/c 88.387,18 € 145.319,48 €Fornecedores - facturas em recepção/conferência 1.819,84 € 142.937,34 €Fornecedores - títulos a pagarFornecedores de imobilizado - titulos a pagarEmpresas do grupo 1.523,22 € 3.214.923,95 €Empresas participadas e participantesOutros accionistas (sócios)Adiantamento de clientesOutros empréstimos obtidos 780.000.000,00 €Fornecedores de imob. c/c 64.560.600,00 €Estado e Outros entes públicos 574.561,71 € 156.290,24 €Outros credores 190.880,48 € 3.341,15 €

603.428.683,27 € 783.662.812,16 €Acréscimos de custos 28.234.501,43 € 17.174.187,02 €Proveitos diferidos Passivos por impostos diferidos

28.234.501,43 € 17.174.187,02 €Total do Passivo 4.076.839.235,64 € 4.064.996.386,01 €Total (Capital Próprio + Passivo) 7.323.647.927,09 € 6.973.718.513,91 €

BALANÇO

PARPUBLICA - PARTICIPAÇOES PUBLICAS (SGPS), S.A.

Administração/gerência:

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Exercícios2009 2008CUSTOS E PERDAS

CMVMCMercadorias

Matérias

Fornec. e serviços externos 4.885.914,01 € 2.298.205,35 €

Custos com o pessoal

Remunerações 2.052.345,63 € 1.732.865,15 €

Encargos sociais:

Pensões

Outros 271.269,59 € 2.323.615,22 € 249.394,70 € 1.982.259,85 €

Amortizações do imob. corpóreo e incorpóreo 165.569,80 € 164.936,16 €

Ajustamentos 539.969,60 € 28.545,70 €

Provisões 77.850,06 € 783.389,46 € 193.481,86 €

Impostos

Indirectos 106.816,66 € 85.700,59 €

Directos

Outros custos e perdas operac. 106.816,66 € 1.750,00 € 87.450,59 €

(A) 8.099.735,35 € 4.561.397,65 €

Perdas em empresas do grupo e associadas 6.997.386,03 € 321.550.638,14 €

Amortizações/ajust. aplic. e invest. fin. 28.374.439,93 € 64.042.900,65 €

Juros e custos similares

Relativos a empresas do grupo

Outros 137.897.065,13 € 166.271.505,06 € 253.609.675,84 € 317.652.576,49 €

(C) 181.368.626,44 € 643.764.612,28 €

Custos e perdas extraordinários 1.814.647,15 € 3.840.337,97 €

(E) 183.183.273,59 € 647.604.950,25 €

Imposto sobre o rendimento do exercício 10.458,36 € 14.448,67 €

(G) 183.193.731,95 € 647.619.398,92 €

Resultado líquido do exercício 402.222.017,76 € 250.892.846,50 €

585.415.749,71 € 898.512.245,42 €

Resumo:

Resultados Operacionais: (B) - (A) (4.880.473,99)€ (3.291.449,92)€

Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) 387.645.513,34 € (196.333.457,57)€

Resultados correntes: (D) - (C) 382.765.039,35 € (199.624.907,49)€

Resultados antes de impostos: (F)-(E) 402.232.476,12 € 250.907.295,17 €

Resultado líquido do exercício:(F)-(G) 402.222.017,76 € 250.892.846,50 €

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

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Exercícios2009 2008Proveitos e ganhos

Vendas:

Mercadorias

Produtos

Prestações de serviços 414.855,25 € 414.855,25 € 436.176,78 € 436.176,78 €

Variação da produção

Trabalhos para própria empresa

Proveitos suplementares 2.775.860,41 € 674.656,25 €

Subsídios à exploração

Outros proveitos e ganhos operacionais

Reversões amort. e ajustamentos 28.545,70 € 2.804.406,11 € 159.114,70 € 833.770,95 €

(B) 3.219.261,36 € 1.269.947,73 €

Ganhos em empresas do grupo e associadas 290.947.613,88 € 219.345.025,13 €

Rendimentos de participações de capital 42.751.978,79 € 38.796.809,59 €

Rendimentos de tít. neg./outras aplic. fin.:

Relativos a empresas do grupo

Outros

Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo 25.017.050,40 € 23.542.134,58 €

Outros 202.197.761,36 € 560.914.404,43 € 161.185.787,76 € 442.869.757,06 €

(D) 564.133.665,79 € 444.139.704,79 €

Proveitos e ganhos extraordinários 21.282.083,92 € 454.372.540,63 €

(F) 585.415.749,71 € 898.512.245,42 €

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

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(Euros)

Descrição 2009 2008

Vendas e prestações de serviços 414.855,25 436.176,78Custo das vendas e das prestações de serviços -414.855,25 -436.176,78Resultados Brutos 0,00 0,00Outros proveitos e ganhos operacionais 25.925.882,52 (1) 452.543.383,73 (1)Custos administrativos -4.020.932,77 -3.844.288,42Outros custos e perdas operacionais -4.508.719,48 (2) -2.538.034,29 (2)Resultados Operacionais 17.396.230,27 446.161.061,02Custo liquido de financiamento -136.062.534,02 (3) -117.645.584,20 (3)Ganhos (perdas) em filiais e associadas 255.575.787,92 (4) -166.248.513,66 (4)Ganhos (perdas) em outros investimentos 68.848.544,29 (5) 71.220.365,08 (5)Variações de justos valor em instrumentos financeiros 196.474.447,66 (6) 17.419.966,93 (6)Resultados Correntes 402.232.476,12 250.907.295,17Impostos sobre os resultados correntes -10.458,36 -14.448,67Resultados Correntes após impostos 402.222.017,76 250.892.846,50Resultados Extraordinários 0,00 0,00Impostos sobre os resultados extraordinários 0,00 0,00RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 402.222.017,76 250.892.846,50Resultados por acção 1,01 0,63

(1) Outros proveitos e ganhos operacionais: 16.843.833,95 452.329.275,94 Ganhos na alienação de investimentos financeiros/corpóreos 16.843.833,95 24.082,29 Ganhos na transferência de investimentos financeiros 0,00 452.305.193,65

Diversos 9.082.048,57 214.107,79

(2) Outros custos e perdas operacionais: -4.508.719,48 -2.538.034,29 Perdas na alienação de investimentos financeiros 0,00 Diversos -4.508.719,48 -2.538.034,29

(3) Custo líquido de financiamento: -136.062.534,02 -117.645.584,20 Juros dos empréstimos por obrigações -126.333.038,34 -114.329.381,42 Juros de papel comercial -9.721.480,24 -2.941.599,44 Outros custos líquidos de financiamento -8.015,44 -374.603,34

(4) Ganhos/perdas em filiais e associadas (equivalência patrimonial): 255.575.787,92 -166.248.513,66 Perdas em empresas do grupo e associadas -6.997.386,03 -321.550.638,14 Ganhos em empresas do grupo e associadas 290.947.613,88 219.345.025,13 Amortização dos trespasses /goodwill -28.374.439,93 -64.042.900,65

(5) Ganhos/perdas em outros investimentos: 68.848.544,29 71.220.365,08 Juros obtidos 26.096.565,50 32.423.555,49 Dividendos em base de caixa 42.751.978,79 38.796.809,59

(6) Variações de justos valor em instrumentos financeiros: 196.474.447,66 17.419.966,93 Perdas de mensuração ao justo valor 0,00 -134.222.038,81 Ganhos de mensuração ao justo valor 188.836.443,51 147.108.151,72 Ganhos/perdas no justo valor de swaps 7.638.004,15 4.533.854,02

O Técnico de Contas O Conselho de Administração

PARPUBLICA - PARTICIPAÇÕES PUBLICAS (SGPS), S. A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

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ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 1.487.417,05 1.346.789,94Pagamentos a fornecedores -5.515.260,22 -3.644.514,31Pagamentos ao pessoal -2.299.933,85 -2.013.338,78

Fluxo gerado pelas operações -6.327.777,02 -4.311.063,15

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 2.231.216,56 1.217.018,11Outros receb./pag. relativos à actividade operacional -1.219.809,01 -2.495.718,96

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias -5.316.369,47 -5.589.764,00

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 94.337,34 55.763,97Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -133.251,22 -1.702.744,97

Fluxos das actividades operacionais ( 1 ) -5.355.283,35 -7.236.745,00

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 439.080.391,18 94.061.216,73Imobilizações corpóreas 8.500,00 21.764,47Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00Juros e proveitos similares 15.185.636,55 12.777.424,24Dividendos 202.957.943,45 163.919.331,50Subsidios de investimento 0,00 657.232.471,18 0,00 270.779.736,94

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros -266.264.901,69 -962.803.958,21Imobilizações corpóreas -115.873,20 -270.630,69Imobilizações incorpóreas 0,00 -266.380.774,89 0,00 -963.074.588,90

Fluxos das actividades de investimento ( 2 ) 390.851.696,29 -692.294.851,96

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 826.145.018,57 793.625.091,88Aumento de capital e Prest suplementares 0,00 0,00Subsidios e doações 0,00 0,00Venda de acções próprias 0,00 0,00Cobertura de prejuízos 0,00 826.145.018,57 0,00 793.625.091,88

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos -809.681.018,57 -13.625.091,88Amortizações de contratos financeiros 0,00 0,00Juros e custos similares -115.347.254,85 -104.846.064,51Dividendos -65.000.000,00 -65.000.000,00Reduções de capital e Prest suplementares 0,00 0,00Aquisição de acções próprias 0,00 -990.028.273,42 0,00 -183.471.156,39

Fluxos das actividades de financiamento ( 3 ) -163.883.254,85 610.153.935,49

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4=1+2+3) 221.613.158,09 -89.377.661,47

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INICIO DO PERIODO 33.625.126,20 123.002.787,67CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERIODO 255.238.284,29 33.625.126,20

O Técnico Oficial de Contas A Administração

31-12-2009 31-12-2008

PARPUBLICA - PARTICIPAÇOES PUBLICAS SGPS, SA.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

1

PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

0 - NOTA INTRODUTÓRIA A PARPÚBLICA - Participações Públicas (SGPS), S.A. tem a sua sede em Lisboa e por objecto social a gestão das participações sociais públicas que integrem o seu património; a gestão do património imobiliário que lhes esteja afecto, através de empresas participadas de objecto especializado; a prestação de apoio técnico ao exercício, pelo Ministro das Finanças, da tutela financeira prevista no Decreto-Lei 558/99 de 17 de Dezembro e o apoio à gestão de activos financeiros do Estado, incluindo a prestação de serviços, designadamente no domínio do acompanhamento das parcerias público-privadas. As notas que se seguem respeitam a sequência definida no Plano Oficial de Contabilidade, significando a omissão que o tema respectivo não é aplicável à PARPÚBLICA ou que a sua inclusão não é relevante para a leitura das Demonstrações Financeiras. Os valores indicados são expressos em euros, salvo menção em contrário, e quanto feita referência a uma “Nota”, esta respeita ao presente Anexo. 1 – REFERENCIAL DO RELATO FINANCEIRO As demonstrações financeiras foram preparadas na perspectiva da continuidade das operações e de acordo com o regime do acréscimo e os outros princípios fundamentais da contabilidade, seguindo o Plano Oficial de Contabilidade (POC) e demais normas contabilísticas aplicáveis em Portugal. Ao abrigo da Directriz Contabilística nº 18, foi aplicada a Norma Internacional de Contabilidade nº 39 (IAS 39) no reconhecimento e mensuração ao justo valor de instrumentos financeiros derivados ou com derivado embutido. A IAS 39 foi também adoptada na designação e mensuração pelo justo valor de activos financeiros (acções) que serão utilizados para reembolso de obrigações emitidas ao abrigo de contrato onde essa opção está embutida, tendo em consideração o disposto no ponto 1. do capítulo 8 do POC que prevê a derrogação excepcional de disposições nele previstas quando isso concorrer para dar imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da empresa. Com efeito:

− A totalidade do instrumento financeiro constitui uma unidade do ponto de vista económico-financeiro a tratar coerentemente;

− A utilidade/qualidade da informação financeira vem melhorada se for adoptado o justo valor para

mensuração dos activos subjacentes à opção, por o justo valor utilizado na mensuração desta estar fortemente correlacionado positivamente com o daqueles activos.

− A emissão de obrigações foi uma via instrumental para concretização de uma reprivatização das

acções subjacentes com disponibilização diferida dos títulos, não sendo economicamente justificável que resultados acumulados como efeito das sucessivas conjunturas até à data de entrega sejam apurados somente nessa altura.

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

2

2 – COMPARABILIDADE COM O EXERCICIO ANTERIOR Até 2008 as despesas com serviços relacionados com actividades de apoio ao Estado ou com avaliações para aquisições ou reprivatizações futuras de participações financeiras eram reconhecidas como custos diferidos até, respectivamente, reembolso pelo Estado, inclusão no custo de aquisição das participações ou inclusão no custo de venda das participações. Em 2009 tais despesas passaram a ser reconhecidas como custo na demonstração dos resultados, reconhecendo-se como proveito, por contrapartida em proveitos antecipados, as quantias de que se esperem benefícios económicos futuros controlados pela empresa. A alteração na prática contabilística levou a desreconhecimento de 1.196.111,11 euros na rubrica Custos diferidos, com contrapartida em rubricas de resultados extraordinários (846.111,11 euros) e no custo participações financeiras adquiridas (350.000 euros). Se a nova prática tivesse sido adoptada em 2008, na rubrica Fornecimentos e serviços externos desse exercício ter-se-ia reconhecido, adicionalmente, a quantia de 920.361,11 euros, com reconhecimento de 477.250,00 euros na rubrica Proveitos suplementares. 3 - CRITÉRIOS E MÉTODOS UTILIZADOS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Os principais critérios e métodos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações corpóreas

As imobilizações adquiridas encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, utilizando os períodos de vida útil esperada subjacentes às taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro, alterado pelos Decretos Regulamentares nºs. 24/92, de 9 de Outubro, 16/94, de 12 de Julho, 221/2001, de 7 de Agosto, 221/2005, de 7 de Dezembro e Lei nº 60-A/2005, de 31 de Dezembro.

b) Imobilizações financeiras – Partes de capital

As partes de capital em empresas são inicialmente mensuradas pelo custo de aquisição. Os trespasses implícitos nas aquisições até 2001 foram anulados no exercício da transacção por contrapartida de rubrica do capital próprio (Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas); os trespasses implícitos positivos nas aquisições posteriores passaram a ser amortizados num período de 5 anos, em conformidade com o disposto na Directriz Contabilística nº 9. O trespasse implícito na aquisição de participações financeiras tem sido determinado tendo por referência o montante contabilístico do capital próprio da sociedade investida, na falta de informação (i) sobre eventuais ajustamentos a esses capitais decorrentes de divergências entre o valor contabilístico e o justo valor dos activos e passivos que o determinam e/ou (ii) itens patrimoniais adicionalmente identificáveis para este efeito. As partes de capital em participadas em que haja influência significativa ou dominante, desde que não constituam activos não correntes detidos para venda ou não sejam mensuradas pelo justo valor (acções subjacentes a opções em empréstimos), após a aquisição são mensuradas ao custo modificado pela aplicação do método da equivalência patrimonial, ajustando-se, anualmente, o valor da participação pela fracção dos resultados relatados pelas empresas participadas e pela fracção de outras variações nos capitais próprios que não correspondam a entregas de fundos ou bens pela detentora.

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

3

O método de equivalência patrimonial é aplicado a participações que confiram pelo menos 20% dos direitos de voto ou que envolvam direitos especiais sobre as politicas financeiras e operacionais, usando as demonstrações financeiras preparadas de acordo com o POC ou baseadas nas NIC/UE, para as participadas que já não utilizem o normativo de origem nacional, como sejam a ANA – Aeroportos de Portugal, EDP – Energias de Portugal e REN – Redes Energéticas Nacionais. A informação das demonstrações financeiras das empresas participadas pode ser ajustada para harmonização de políticas contabilísticas. As restantes participações financeiras encontram-se mensuradas pelo custo de aquisição ou pela quantia escriturada à data em que tenha cessado a aplicação do método da equivalência patrimonial. Como custo das participações no âmbito de alienações ou reclassificações é considerada a quantia escriturada específica quando exista um lote claramente associado à operação e a quantia escriturada dos lotes mais antigos nas restantes circunstâncias. No final de cada exercício, para as participações cuja quantia recuperável estimada seja materialmente inferior à quantia escriturada é reconhecida perda por imparidade. Nas participações em sociedades cujas responsabilidades não possam ser satisfeitas pelos activos evidenciados no balanço é reconhecida provisão para riscos e encargos, quando seja provável que a falta de excedentes futuros dos negócios existentes leve a PARPÚBLICA a intervir financeiramente. Pela alienação das participações financeiras, a dedução da quantia escriturada ao activo e o reconhecimento do proveito e das despesas de venda são movimentados em rubricas dos Resultados Extraordinários. Simultaneamente, são desreconhecidas, por contrapartida de Resultados Transitados, as quantias que lhes respeitem existentes na rubrica Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas.

c) Imobilizações financeiras – Acções subjacentes a emissões de obrigações permutáveis

Tendo em conta que a opção de liquidação com acções da carteira da Empresa embutida em contratos de emissão de obrigações é mensurada pelo justo valor (ver alínea f) e que este está fortemente correlacionado positivamente com o justo valor das acções subjacentes, para assegurar o balanceamento temporal dos efeitos valorimétricos na demonstração dos resultados, recorre-se à IAS 39 para os activos subjacentes mensurando-os pela cotação.

d) Imobilizações financeiras - Empréstimos a empresas do grupo Os montantes resultantes de entregas de fundos ou de outras relações financeiras com as filiais que tenham cariz de suprimentos e que não tenham reembolso previsto a menos de um ano são reconhecidos como empréstimos a empresas do grupo a médio e longo prazo.

Sobre estes empréstimos, são calculados juros a taxas que têm em atenção as condições de mercado.

e) Ajustamentos pela adopção do método do juro efectivo nos empréstimos Os custos de emissão dos empréstimos são deduzidos ao montante da emissão no passivo, respeitando-se o método do juro efectivo para a sua imputação a resultados.

f) Instrumentos financeiros derivados

Os contratos de swap existentes estão mensurados pelo justo valor via resultados, recorrendo supletivamente à IAS 39.

g) Rédito e especialização de exercícios

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Os custos e proveitos são reconhecidos em conformidade com as regras de reconhecimento do rédito e de balanceamento dos custos previstas na Directriz Contabilística nº 26. O detalhe das rubricas de acréscimos e diferimentos decorrentes da especialização dos exercidos consta na Nota 48.

h) Impostos diferidos

Pelas particularidades do regime fiscal das sociedades gestoras de participações sociais, dificilmente se verificarão situações relevantes para o reconhecimento de impostos diferidos, não resultando efeitos da aplicação das normas contabilísticas sobre a matéria (Nota 6.).

i) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

O reconhecimento e mensuração associados aos complementos de pensões de pessoal transitado da Portucel, SGPS são efectuados de acordo com a Directriz Contabilística n.º 19.

6 - IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO De acordo com a legislação em vigor as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social). Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2006 a 2009 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora a PARPÚBLICA considere que eventuais correcções resultantes das revisões fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009. 7 - NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO SERVIÇO A PARPÚBLICA tinha 22 colaboradores ao serviço efectivo, à data de 31 de Dezembro.

Natureza do vinculo Estrutura da SGPS Apoio a

Parcerias Apoio à DGTF

Gestão de participadas Total Tempo

inteiro Tempo parcial

Contrato de trabalho 7 1 2 2 1 13

Contrato de mandato 1 1

Cedência/comissão de serviço 6 2 8

Total 13 1 4 2 2 22 10 - MOVIMENTOS NO ACTIVO IMOBILIZADO 10.1. - Saldos e movimentos em geral Os saldos iniciais e finais e os movimentos do exercício relativos às diferentes rubricas das imobilizações e respectivas amortizações e provisões são os seguintes:

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a) Activo Bruto

Saldo Inicial Aumentos JV Emp Obrig MEP Diminuições Saldo FinalImobilizações corpóreas Edificios e outras construções 2.569,99 2.569,99 Equipamento de transporte 237.342,54 -52.373,77 184.968,77 Equipamento administrativo 776.665,70 112.679,93 889.345,63 Ferramentas e utensilios 600,33 600,33 Outras imobilizaçöes 6.773,75 623,28 -3.194,18 4.202,85

1.021.382,32 115.873,20 0,00 0,00 -55.567,95 1.081.687,57Investimentos financeiros Partes de capital- empresas grupo 2.994.286.331,83 28.187.883,58 86.842.733,52 -37.509,86 3.109.279.439,07 Partes de capital - empreas associadas 788.508.022,62 64.560.600,00 15.322.941,19 -47.460.209,19 820.931.354,62 Partes de capital - outras empresas 879.011.816,08 140.244.517,03 124.044.402,51 -17.727.277,26 1.125.573.458,36 Empréstimos a empresas do grupo 648.274.781,59 266.226.610,00 -349.364.491,93 565.136.899,66 Adiant por conta de invest. financeiros 0,00 0,00

5.310.080.952,12 499.219.610,61 124.044.402,51 102.165.674,71 -414.589.488,24 5.620.921.151,71TOTAIS 5.311.102.334,44 499.335.483,81 124.044.402,51 102.165.674,71 -414.645.056,19 5.622.002.839,28

Rubricas

As alterações nas rubricas do activo relativas a participações financeiras foram as seguintes:

Alterações nas Entradas Saidas Reclassificação

partes de capital Débito Crédito Saldo

AdP 41.232.261,23 -32.480.345,00 8.751.916,23

ANA 37.434.295,46 -15.342.701,34 22.091.594,12

C Estoril -2.125.773,41 -2.125.773,41

Cª Lezirias 223.643,74 -202.839,00 20.804,74

Capitalpor 152.575.590,63 -106.925.324,00 45.650.266,63

ENVC -80.535,28 -80.535,28

FMG -1,00 0,00

INCM 11.403.661,00 -3.760.829,00 7.642.832,00

Margueira 2.348,04 2.348,04

Sagestamo -12.779.304,67 -12.779.304,67

Sagesecur 18.288.319,33 -664,08 18.287.655,25

Ria-mãe -37.409,84 0,00

SGA -99,03 0,00

SPE 28.187.883,58 -619.070,12 -619.070,12

TAP 13.845.117,00 -13.845.117,00 0,00

Sub-total das filiais 28.187.883,58 -37.509,87 0,00 275.005.236,43 -188.162.502,90 86.842.733,52

Credip 85.087,20 85.087,20

CVP 556.548,26 -277.968,45 278.579,81

EDP -47.460.209,19 2.296.214,95 -7.035.075,86 -4.738.860,91

Galp Energia 19.964.980,00 -14.039.900,00 5.925.080,00

Inapa 390.705,03 390.705,03

Isotal 539,26 539,26

Parcaixa 7.746.544,80 7.746.544,80

REN 64.560.600,00 5.635.266,00 5.635.266,00

Sub-total das associadas 64.560.600,00 -47.460.209,19 0,00 36.675.885,50 -21.352.944,31 15.322.941,19

HCB 140.242.272,44 0,00

SN Longos -17.727.277,26 0,00

Várias (ex-FMG) 2.244,59 0,00

Sub-total das outras empre 140.244.517,03 -17.727.277,26 0,00 0,00 0,00 0,00

TOTAL GERAL 232.993.000,61 -65.224.996,32 0,00 311.681.121,93 -209.515.447,21 102.165.674,71

Mensuração do ano a)

(a) Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial no exercício, excepto nas acções da EDP subjacentes à opção embutida em empréstimos obrigacionistas convertíveis, em que decorre da alteração do justo valor.

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b) Amortizações e ajustamentos R ubr ica s Sa ldo Inicia l A um ento s D im inuiçö es S aldo F ina l

Im ob il iza çõ es co rp ór ea s E qu ip amen to d e t ran spo rte 2 3 7. 3 42 , 54 5 2. 3 73 , 77 1 8 4. 9 68 , 77 Ferram en ta s e u tens i lio s 6 00 , 33 6 00 , 33 E qu ip amen tos a dm inis tra tiv os 4 6 8. 4 17 , 45 16 4 .7 9 4 ,5 8 6 3 3. 2 12 , 03 O utras imo b i lizaçö es 6. 0 67 , 76 7 7 5 ,2 2 3. 1 94 , 18 3. 6 48 , 80

7 1 2. 4 28 , 08 16 5 .5 6 9 ,8 0 5 5. 5 67 , 95 8 2 2. 4 29 , 93A jus ta m ento s Ac çõ es da IN AP A 3 2 .8 4 4. 6 36 , 52 1 5 .3 1 6. 4 12 , 05 1 7 .5 2 8. 2 24 , 47 Ac çõ es Ria-M ã e 3 7. 4 09 , 84 3 7. 4 09 , 84 0 , 00 Ac çõ es SPE 18 . 40 0 .0 0 0 ,0 0 1 8 .4 0 0. 0 00 , 00 Ac çõ es EN V C 14 . 90 5 .9 1 5 ,2 3 1 4 .9 0 5. 9 15 , 23 D iv ersas emp resas d a ex : P ortu cel 2 1 4. 2 68 , 11 2 1 4. 2 68 , 11 Pres taçõ es su p lemen tares à LISN A VE 5 3 .5 6 3. 0 33 , 09 5 3 .5 6 3. 0 33 , 09 E mp rés timo à s Fáb ric as M e nd es G o din h o 3 .0 6 0. 0 00 , 00 3 .0 6 0. 0 00 , 00 0 , 00 E mp rés timo à Ria-M ãe 5 4 1. 9 83 , 16 5 4 1. 9 83 , 16 0 , 00 Ac çõ es ZO N 53 9 .9 6 9 ,6 0 5 3 9. 9 69 , 60

9 0 .2 6 1. 3 30 , 72 33 . 84 5 .8 8 4 ,8 3 1 8 .9 5 5. 8 05 , 05 1 0 5 .1 5 1. 4 10 , 50

10.2. - Detalhe dos investimentos financeiros O detalhe das participações e empréstimos brutos, reportados a 31 de Dezembro de 2009 é o seguinte:

Notas Nº acções Valor unit. Quantia

Participações em empresasdo grupo e associadas 3.930.210.793,69AdP 62.722.718 7,35 460.746.629,23ANA 27.422.096 10,53 288.640.069,61Cª DAS LEZIRIAS 1.000.000 34,97 34.973.296,74CAPITALPOR 380.000.000 5,12 1.945.635.839,89CE - Circuito Estoril 12.260.000 0,94 11.582.061,53CREDIP 400.000 5,52 2.208.727,40CVP 225.000 19,72 4.436.994,93EDP 29.009.161 1,06 30.829.111,64ENVC-I 2.595.000 5,89 15.294.417,17GALP 58.079.514 2,85 165.488.120,00INAPA (a) 49.084.738 1,02 49.924.152,47INCM 5.500.000 17,57 96.659.870,00ISOTAL 18.632 5,47 101.837,38MARGUEIRA 51.000 5,13 261.661,33PARCAIXA 490.000.000 1,02 497.746.544,80REN 20.826.000 3,37 70.195.866,00SAGESECUR 3.622.500 7,48 27.082.736,62SAGESTAMO 36.800.000 5,46 200.834.043,49SPE 8.113.415 3,40 27.568.813,46TAP, SGPS 1.500.000 0,00 0,00Empréstimos a Empresas do Grupo 565.136.899,66CAPITALPOR 9.310.995,50CE ESTORIL 58.000,00CELTEJO (b) 22.500.000,00SAGESECUR 109.809.479,22SAGESTAMO 423.458.424,94Outras participações financeiras 1.125.573.458,36EDP - Acções subjacentes (c) 295.343.816 3,11 918.519.267,76HCB 4.121.323.887 0,03 140.242.272,44INH 377.590.008 0,03 11.467.500,00LISNAVE 106.000 4,99 528.725,78LISNAVE - Prestações suplementares 53.563.033,08PORTUGAL TELECOM (d) 801.332 0,00 0,00ZON 112.870 9,18 1.036.146,60OUTRAS 216.512,70

TOTAL 5.620.921.151,71

(a) Participação incorporada por fusão da Portucel SGPS.

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(b) A empresa foi privatizada, tendo-se mantido o empréstimo. (c) Acções subjacentes à opção de permuta no reembolso de dois empréstimos obrigacionistas, reconhecidas

inicialmente pelo custo de aquisição (386,9 milhões de euros), e no outro, pela anterior quantia escriturada pelo método da equivalência patrimonial (260,9 milhões de euros), em ambos se reconhecendo as variações subsequentes no justo valor através de resultados. Ver Nota 29.

(d) Acções sobrantes da privatização, sem expressão contabilística por terem custo nulo e cujo valor de cotação em 31-12-2009 era de 6.827 milhares de euros.

16 – EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS As designações das sociedades do grupo e associadas, as respectivas moradas, as percentagens de interesse e os valores, em milhares de euros, relativos aos capitais próprios e resultados são:

Empresas Sede % do

capital detida

Capitais próprios

2009

Resultado líquido

2009

% Capital. Próprio

AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA. Av. da Liberdade, 110 - 5º Lisboa 72,18% 534.758 45.911 385.978

ANA- Aeroportos de Portugal, SA. Aeroporto de Lisboa – Ed 120 Lisboa 68,56% 423.056 54.524 290.027

CAPITALPOR, SA. R. Laura Alves, 4 Lisboa

100,00% 1.945.650 138.250 1.945.650

CE – Circuito do Estoril E. N. 9, Km 6 Alcabideche

100,00% 21.904 -1.519 21.904

Companhia das Lezírias, SA Lg. 25 de Abril, 17 Samora Correia

100,00% 34.973 140 34.973

CREDIP – Instituição Financeira de Credito, SA Rua Barata Salgueiro, 33 Lisboa 20,00% 11.044 425 2.209

CVP – Sociedade de Gestão Hospitalar, SA. Rua Duarte Galvão, 54 Lisboa 45,00% 9.860 1.237 4.437

EDP Energias de Portugal, SA (a) Praça Marques de Pombal, 12 Lisboa 8,87% 6.542.869 630.021 55.886

ENVC – Sociedade Imobiliária, SA. Av. da Praia Norte V. Castelo 99,80% 15.325 -80 15.294

GALP ENERGIA SGPS, SA. Torres de Lisboa Lisboa 7,00% 2.364.116 285.214 165.488

INAPA – Investimentos de Participação e Gestão, SA. Rua do Salitre, 142 Lisboa 32,72% 152.565 1.074 49.924

INCM – Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA Av. António José Almeida Lisboa

100,00% 96.660 11.404 96.660

ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, SA. Rua Rebelo da Silva, 3-2º Faro 31,05% 328 2 101

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento Imobiliário, SA.

Av. Aliança Povo-MFA Almada 51,00% 513 5 262

PARCAIXA, SA. R. Laura Alves, 4 Lisboa 49,00% 1.015.809 14.100 497.746

REN – Redes Eléctricas Nacionais, SA. Avenida E.U.A., 55 Lisboa 3,90% 901.299 144.494

35.151

SPE – Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA

R. dos Fanqueiros, 12 – 2.º Lisboa 81,13% 8.169 -763 6.628

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações de Sociais Imobiliárias., SA

R. Laura Alves, 4 1º esq Lisboa

100,00% 200.834 -4.779 200.834

SAGESECUR – Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projectos, SA.

R. Laura Alves, 4 - 1º dt Lisboa 80,50% 33.642 22.718 27.082

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. Aeroporto de Lisboa - Ed 25-8º Lisboa

100,00% -258.202 13.845 -258.202

(a) Inclui as 295.343.816 acções afectas a opções de troca ou reembolso embutidas em dois empréstimos obrigacionistas. A PARPÚBLICA deixou de intervir na centralização de tesouraria - envolvendo os recebimentos e pagamentos e a custódia e gestão das disponibilidades - das filiais SAGESECUR e CAPITALPOR, o que justifica a redução na rubrica de Empresas do Grupo no passivo circulante.

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

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Os saldos com filiais e associadas tinham a seguinte composição no final do exercício:

Empresa Clientes Fornecedores Accionistas Outros Dev/Credores

Suprimentos

Aguas de Portugal 8.444,80Baia do Tejo (ex-Quimi+Urbind+SNESGES) -1.523,22 112,00Capitalpor 340.944,95 9.310.995,50CE - Circuito Estoril 998.290,64 58.000,00Companhia das Lezirias 725.814,97 -112,00CVP 448.434,71Estamo (fusão Locacest) -464,78Ex-FMG - Liquidação 29.660,12Fundiestamo 15.970,17Lazer e Floresta 113.163,35

Ria-MãeSagesecur 2.054.013,46 109.809.479,22Sagestamo 14.757,52 13.993.384,20 423.458.424,94Totais 1.356.245,64 -576,78 17.385.110,03 112,00 542.636.899,66 28 – DISCRIMINAÇÃO DAS DÍVIDAS INCLUÍDAS NA RUBRICA ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS A rubrica Estado e Outros Entes Públicos apresenta a seguinte decomposição, não havendo dívidas da PARPÚBLICA em mora:

Os saldos respeitam a movimentos em situação corrente, todos gerados no exercício excepto os créditos sobre o Estado de 745.869,35 euros de IRC e uma parte do crédito (69.466,06 euros) relativo a IVA, cuja recuperação se aguarda. Além destes saldos existem processos a aguardar decisão judicial, cujos montantes estão provisionados – ver Nota 34. 29 – DÍVIDAS A TERCEIROS CONTRAÍDAS A PELO MENOS CINCO ANOS 29.1. Empréstimos obrigacionistas stand alone Os empréstimos obrigacionistas em 31-12-2009 eram as seguintes, com mensuração das obrigações pelo custo amortizado pelo método do juro efectivo e das opções pelo justo valor:

Saldo devedor Saldo credor

IRC - Pag por conta + IRC pagar 203.872,29IRC - Imposto a recuperar 745.869,35IVA - Imposto s/valor acresc. 381.662,79 511.002,02Retenções: Efectuadas por terceiros 1.516.273,69 Efectuadas a terceiros 84.100,00 63.559,69

2.931.778,12 574.561,71

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- Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2004 Obrigação base 500.000.000,00 Despesas não amortizadas - 1.079.696,20 498.920.303,80 - Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2005 Obrigação base 500.000.000,00 Despesas não amortizadas - 973.847,26 499.026.152,74 - Empréstimo de 150,0 M€ emitido em 2005 Obrigação base 150.000.000,00 Despesas não amortizadas 0,00 150.000.000,00 - Empréstimo de 250,0 M€ emitido em 2006 Obrigação base 250.000.000,00 Despesas não amortizadas 0,00 250.000.000,00 - Empréstimo de 572,8 M€ emitido em 2005 (a) Obrigação base 511.756.188,68 Opção embutida 24.097.320,00 Acréscimo por direito a dividendos 2.157.402,16 538.010.910,84 - Empréstimo de 1.015,2 M€ emitido em 2007 Obrigação base 975.177.256,00 Opção embutida 7.816.655,00 Despesas não amortizadas - 2.177.422,74 980.816.488,26 2.916.773.855,64 (a) No final de 2009, o valor nominal das obrigações em circulação era de 514.900.000 euros.

Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas de 500,0, o de 150,0 e o de 250,0 milhões de euros, emitidos em 14 de Outubro de 2004, 22 de Setembro de 2005, 28 de Dezembro de 2005 e 16 de Novembro de 2006, respectivamente, prevêem entre outras cláusulas, a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou indirecto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afectem os activos e os réditos. O empréstimo de 572,8 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 186-A/2005, de 09-12, sobre a 6.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das acções da EDP, se superior, e de reembolso antecipado caso ocorra um evento de mudança de controlo da EDP. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das acções subjacentes, os obrigacionistas têm a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia em dinheiro correspondente. Em Outubro de 2008 foram recompradas 57.900.000 obrigações, extintas em Dezembro, o que reduziu o valor nominal das obrigações em circulação para 514.900.000 euros. Essa recompra reduziu a quantia escriturada do empréstimo (mensurada ao custo amortizado) em 61.627.426,2 euros, dos quais 57.104.632,95 euros na parte da obrigação e 4.441.927,28 na parte da opção. Os efeitos deste empréstimo passaram a ser apresentados no curto prazo no exercício de 2009 tendo em conta que o vencimento ocorrerá em 2010. O empréstimo de 1.015,2 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de 15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das acções da EDP, se superior, e de reembolso antecipado caso ocorra um evento de mudança de

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controlo da EDP. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das acções subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia em dinheiro correspondente. Seguindo as disposições sobre reconhecimento e mensuração da IAS 39, a opção embutida nestes empréstimos está mensurada pelo justo valor através de resultados. Por outro lado, para matching de mensuração ao abrigo da mesma norma, as acções subjacentes ao primeiro empréstimo foram adquiridas na altura da emissão, tendo sido reconhecidas pelo custo de aquisição, e as acções subjacentes ao segundo empréstimo existiam em carteira, tendo sido afectas à emissão com base no FIFO, pela sua quantia escriturada pelo método da equivalência patrimonial. Na mensuração subsequente, são incluídas as variações no justo valor, reconhecidas através de resultados. Os efeitos nos resultados ao longo dos anos das alterações no justo valor de opções e subjacentes dos dois empréstimos são:

2009 2008 Até 2007 AcumuladoVariação do valor das opções (a) -64.792.041 -147.108.152 180.508.432 -31.391.761Variação do valor das acções subjacentes (b) 124.044.403 -134.222.039 312.000.000 301.822.364Ganho líquido/Perda líquida 188.836.444 12.886.113 131.491.568 333.214.124

a) A partir de 01-10-2008 as variações de justo valor deixaram de incidir sobre a opção relativa a 1.158 obrigações emitidas em 2005 devido a amortização antecipada.

b) A partir de 01-10-2008 as variações de justo valor deixaram de incidir sobre 16.173.184 acções libertas pela amortização antecipada de obrigações emitidas em 2005.

Reconhecidas estas variações no valor, têm-se as seguintes quantias escrituradas:

Emprest de 572.800 m€ 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissãoObrigações no passivo: 538.010.911 573.405.510 569.696.645 Base (bond floor) 511.756.189 508.589.591 555.751.932 Opção 24.097.320 64.096.785 13.944.713 Direitos a dividendos 2.157.402 719.134 0Acções no activo 447.301.398 386.894.135 403.200.000Passivo - Activo 90.709.513 186.511.375 166.496.645

Emprest de 1.015.150 m€ 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissãoObrigações no passivo: 980.816.488 998.167.733 1.015.404.381 Base (bond floor) 972.999.833 965.558.502 961.601.431 Opção 7.816.655 32.609.231 53.802.950Acções no activo 471.217.870 407.580.730 260.957.113Passivo - Activo 509.598.618 590.587.003 754.447.268

29.2. Programa de papel comercial a médio prazo Ao abrigo de um Programa EMTN, no montante global de 1.500 milhões de euros, foi efectuada uma emissão em Julho de 2009 no montante de 800 milhões de euros, bullet, pelo prazo de quatro anos, com vencimento em 2013, e com um cupão de 3,5% ao ano, tendo a seguinte expressão contabilística em 31-12-2009: - Empréstimo de 800,0 M€ emitido em 2009 Quantia da emissão 800.000.000,00 Despesas não amortizadas - 3.177.293,88 796.882.706,12 31 – COMPLEMENTO DE PENSÕES DE REFORMA E SOBREVIVÊNCIA

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Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente que transitaram para a PARPÚBLICA por fusão da Portucel, SGPS que tenham mais de cinco anos de serviço, têm direito após passagem à reforma ou à situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir esta responsabilidade existe um fundo de pensões autónomo, gerido por entidade externa. Os estudos actuariais realizados por entidade independente, com referência a 31-12-2009 e 31-12-2008, para efeitos de apuramento das responsabilidades acumuladas nessas datas tiveram por base os seguintes pressupostos: 2009 2008

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 Tábua de invalidez EKV-80 EKV-80 Taxa de crescimento salarial 0,0% 0,0% Taxa de crescimento das pensões 0,5% 0,5% Taxa de rendimento 4,5% 4,5% Taxa de desconto 4,5% 4,5%

A cobertura pelos activos do Fundo das responsabilidades com base nos pressupostos em cada uma das datas era a seguinte, em milhares de euros: 2009 2008

Responsabilidades por serviços passados 11.961 11.360 Valor do Fundo afecto 14.089 13.820 Excesso de cobertura 2.128 2.460

O excedente da cobertura financeira sobre as responsabilidades está reconhecido no activo e as variações são reconhecidas nos ganhos e perdas extraordinários, tal como os restantes efeitos de situações provenientes da ex-Portucel. 32. GARANTIAS PRESTADAS E OUTRAS RESPONSABILIDADES CONTINGENTES A LOCACEST, empresa fusionada na ESTAMO em 01-01-2007, em relação de domínio total, contraiu em 2000 um empréstimo sindicado, cuja dívida actual é de 29.152.897 euros, através de um contrato de mútuo com fiança e penhor de créditos. Em garantia do cumprimento pela LOCACEST das obrigações emergentes do referido contrato, incluindo capital e juros, a PARPÚBLICA constitui-se como fiadora perante os bancos, com expressa renúncia ao benefício da excussão prévia. A filial SAGESTAMO contratou em 2009 um Programa de Papel Comercial de 300 milhões de euros, com validade de dois anos e tendo a PARPÚBLICA assumido responsabilidade solidária no reembolso das emissões que em 31-12-2009 eram de 300 milhões de euros. A IMOCAPITAL moveu uma acção ordinária contra o Estado e a Portucel SGPS (entretanto incorporada na PARPÚBLICA) onde pediu a condenação solidária de ambas no pagamento da indemnização mínima de 46.765.399,62 euros, acrescida de juros, por alegados prejuízos derivados da reprivatização da Gescartão, SGPS, SA, a qual está em recurso no Tribunal Central Administrativo Sul que corre os seus termos. Por estar subjacente um processo de reprivatização, qualquer eventual indemnização não seria da responsabilidade da PARPÚBLICA.

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34 - MOVIMENTO OCORRIDO NOS AJUSTAMENTOS E NAS PROVISÕES

As provisões acumuladas apresentam o seguinte desdobramento e movimentos no exercício:

Saldo Inicial Aumentos Diminuiçöes Saldo Final

28.545,70 198.143,62 28.545,70 198.143,62Clientes cobrança duvidosa 0,00 0,00Outros clientes 0,00 198.143,62 198.143,62 g)Outros devedores 28.545,70 28.545,70 0,00 b)

90.261.330,72 33.845.884,83 18.955.805,05 105.151.410,50 c)Partes de capital: 32.882.046,36 33.305.915,23 15.353.821,89 50.834.139,70 INAPA (a) 32.844.636,52 15.316.412,05 17.528.224,47 RIA-MÃE 37.409,84 37.409,84 0,00 SPE 18.400.000,00 18.400.000,00 h) ENVC 14.905.915,23 14.905.915,23 i)Outras participações: 53.777.301,20 539.969,60 0,00 54.317.270,80 Prest suplementares LISNAVE 53.563.033,09 53.563.033,09 Zon Multimédia 539.969,60 539.969,60 Diversos (a) 214.268,11 214.268,11

3.601.983,16 0,00 3.601.983,16 0,00Empréstimos à FMG 3.060.000,00 3.060.000,00 0,00Empréstimos à RIA-MAE (a) 541.983,16 541.983,16 0,00

294.377.155,88 2.236.541,69 27.352.281,88 269.261.415,69Processos adminstrativos ou judiciais 714.069,51 2.158.691,63 216.069,51 2.656.691,63 d)Perdas em justo valor - swaps 5.930.303,02 5.930.303,02 0,00 e)Prémio aos gestores (50%) 77.850,06 77.850,06Patrimónios negativos de filiais 287.732.783,35 0,00 21.205.909,35 266.526.874,00 f) FMG 3.670.784,33 3.670.784,33 0,00 TAP 280.371.991,00 13.845.117,00 266.526.874,00 SGA 3.690.008,02 3.690.008,02 0,00

0,00

3. Provisões

Rubricas

2. Ajustamentos - Participações

1. Ajustamentos - Créditos

3. Ajustamentos - Empréstimos

a) Empresas que integraram o património da PARPÚBLICA por fusão da ex-Portucel SGPS. b) Saldos antigos provenientes da ex-Portucel, ajustados por incobrabilidade na totalidade. c) Ajustamentos de participações financeiras e financiamentos concedidos relativos a empresas participadas d) Processos sobre imposto de selo (fase administrativa) e segurança social (fase judicial) por situações

provenientes da ex-Portucel e processos fiscais em fase administrativa provenientes da liquidação da ex-Sociedade Gestora do Autodrómo.

e) Variação acumulada do justo valor indicado por entidade independente de swaps, por aplicação supletiva da IAS 39 (ver Nota 3.).

f) Quantia negativa do capital próprio reportado nos balanços em 31-12-2009 de empresas relativamente às quais a PARPÚBLICA tem a perspectiva de assumir responsabilidade.

g) Quantia proveniente da rubrica de clientes de cobrança duvidosa, totalmente ajustados, quando do processo de liquidação da Sociedade Gestora do Autódromo.

h) Quantia da perda por imparidade total do goodwill na aquisição da participação. i) Quantia da perda por imparidade calculada sobre os activos imobilizados da filial. 35 - REALIZAÇÃO PARCIAL DO CAPITAL Encontra-se por realizar a quantia de 972.848.968,52 euros relativa ao capital (48,6%), apresentada na rubrica Subscritores de capital do balanço. Considerando a dimensão do activo, a solidez da posição financeira e o desempenho da PARPÚBLICA, que lhe permitem boa capacidade de desenvolvimento das suas actividades no quadro do financiamento existente, não está calendarizada a realização do restante capital subscrito pelo accionista.

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36 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2009, o capital social da PARPÚBLICA era composto por 400.000.000 acções nominativas de 5 euros cada, totalizando 2.000.000.000 euros. 37 - DETENTOR DO CAPITAL O capital, em 31 de Dezembro de 2009, encontrava-se totalmente subscrito pelo Estado Português e parcialmente realizado conforme referido na Nota 35. 40 – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO As rubricas do capital próprio tiveram os seguintes movimentos durante o exercício:

Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Capital social 2.000.000.000,00 2.000.000.000,00

Ajustamentos de partes de capital -220.664.649,26 118.660.009,29 37.887.434,24 -139.892.074,21

Ajustamentos de transição -38.700.905,35 -38.700.905,35

Lucros não atribuídos 231.262.689,08 79.908.029,26 311.170.718,34

Outras var.capitais próprios -384.324.150,76 23.435.567,98 4.581.519,01 -365.470.101,79

Depreciações (INAPA+SPE+ENVC) -28.902.282,23 15.316.412,05 33.305.915,23 -46.891.785,41

Reservas legais 695.688.928,89 695.688.928,89

Resultados transitados 182.805.001,77 185.892.846,50 79.908.029,26 288.789.819,01

Resultado de 2008 não distribuído 185.892.846,50 185.892.846,50

Lucros de participadas de 2008 não atribuídos 79.908.029,26 -79.908.029,26

Resultado líquido exercício 2008 250.892.846,50 250.892.846,50 0,00

Resultado líquido exercício 2009 402.222.017,76 402.222.017,76

TOTAL 2.908.722.127,90 706.774.873,55 368.688.310,00 3.246.808.691,45

Rubricas

Os movimentos na rubrica Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas foram os seguintes:

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EmpresasDimimuição Aumento Dimimuição Aumento Dimimuição Aumento

ANA 15.090.776,70 55.243,92AdP 36.649.696,71 8.094.336,46CVP-SGH 706.099,57 277.968,45CAPITALPOR 14.325.176,58CE ESTORIL 48.309,58Cª LEZIRIAS 202.839,00 83.945,56CREDIP 92.229,20ENVC 14.905.915,23EDP 2.702.059,93GALP 14.522.665,53 661.283,96INCM 1.880.414,67 940.206,67INAPA 15.316.412,05 39.192,86ISOTALLAZER FLORESTAMARGUEIRA 2.395,47PARCAIXA 837.672,60RENSAGESTAMO 8.076.452,67SAGESECUR 2.636.150,16SPE 18.400.000,00URBINDUSTRIATAP SGPS

33.305.915,23 15.316.412,05 0,00 79.908.029,26 4.581.519,01 23.435.567,98

Imparidades Lucros não atribuidos Outras variações nos capitais próprios

A parte dos lucros das participadas cuja participação é contabilizada pelo método da equivalência patrimonial reconhecida como ganhos num exercício que não sejam distribuídos no ano seguinte é transferida da rubrica de Resultados Transitados para a rubrica de Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas. As transferências em 2009 foram as seguintes:

Empresas Fracção dos lucros de 2008

Dividendos brutos em 2009

Lucros de 2008 não distribuídos

ANA 30.181.553,40 15.090.776,70 15.090.776,70 AdP 44.589.281,27 7.939.584,56 36.649.696,71 Cª DAS LEZIRIAS 405.678,00 202.839,00 202.839,00 CVP – SGH 706.099,57 0,00 706.099,57 CREDIP 92.229,20 0,00 92.229,20 CE ESTORIL 48.309,58 0,00 48.309,58 GALP ENERGIA 33.108.110,00 9.893.845,20 14.522.665,53 INCM 4.701.037,00 2.820.622,33 1.880.414,67 MARGUEIRA 2.395,47 0,00 2.395,47 SAGESTAMO 16.076.452,67 8.000.000,00 8.076.452,67 SAGESECUR 2.636.150,16 0,00 2.636.150,16

TOTAL 132.547.296,32 43.947.667,79 79.908.029,26 43 - REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS As retribuições atribuídas aos membros dos órgãos sociais em 2009, foram, em euros:

Mesa da Assembleia Geral: 899,46 Conselho de Administração: 722.690,68 a) Revisor Oficial de Contas: 75.000,00

a) Inclui os prémios de 2007 e parte dos prémios de 2008

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44 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS, ACTIVOS E PASSIVOS SEGMENTAIS A informação sobre segmentos é apresentada nas demonstrações financeiras consolidadas, dispensando-se aqui qualquer divulgação de produtos e mercados, tanto mais que numa SGPS não teriam nem relevância nem significado económicos. 45 - RESULTADOS FINANCEIROS (POR NATUREZAS) Os resultados financeiros às datas de 31 de Dezembro têm a seguinte composição:

Custos e Perdas 2009 2008 Proveitos e Ganhos 2009 2008

Juros suportados 136.062.486,50 118.882.820,32 Juros obtidos 30.740.364,10 33.085.916,60

Perdas em filiais e associadas 6.997.386,03 321.550.638,14 Ganhos em filiais e associadas 290.947.613,88 219.345.025,13

Amortização de trespasses implicitos 28.374.439,93 64.042.900,65 Rendimento participações financeiras 42.751.978,79 38.796.809,59

Variação justo valor (opções e acções) 134.222.038,81 Variação justo valor (opções e acções) 188.836.443,51 147.108.151,72

Diferenças cambiais desfavoráveis 47,52 12,38 Variação do valor dos swaps 7.638.004,15 4.533.854,02

Outras perdas financeiras 1.834.531,11 504.804,33

Resultados financeiros 387.645.513,34 -196.333.457,57

560.914.404,43 442.869.757,06 560.914.404,43 442.869.757,06

Os ganhos e perdas por aplicação do método de equivalência patrimonial, no montante líquido positivo de 283.950.227,85 euros, têm a seguinte origem:

Perdas Ganhos ENVC 80.270,79 ADP 33.137.924,77 CE ESTORIL 1.518.740,45 ANA 37.379.051,54 SAGESTAMO 4.779.304,67 Cª DAS LEZIRIAS 139.698,18 SPE 619.070,12 CVP 556.548,26 CREDIP 85.087.20 CAPITALPOR 138.250.414,05 EDP 4.998.274,88 GALP ENERGIA 19.964.980,00 INCM 11.403.661,00 INAPA 351.512,17 ISOTAL 539.26 MARGUEIRA 2.348,04 PARCAIXA 6.908.872,20 REN 5.635.266,00 SAGESECUR 18.288.319,33 TAP SGPS 13.845.117,00

TOTAL 6.997.386,03 TOTAL 290.947.613,88 Estima-se que dos ganhos reconhecidos por aplicação do método da equivalência patrimonial, somente 170 milhões de euros constituam dividendos. Os restantes 121 milhões de euros traduzem ganhos que ficarão retidos nas participadas. Os dividendos e rendimentos de participações obtidos no exercício, de 201.171.023,96 euros, têm a seguinte origem:

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

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Participações mensuradas pelo custo ou pelo justo valor (a)

Participações mensuradas por equivalência patrimonial (b)

EDP (acções subjacentes a opção) (c) 42.174.111,84 ANA 15.090.776,70 INH 99.041,85 AdP 7.939.584,56 PT 460.765,90 CAPITALPOR 106.925.324,00 ZON 18.059,20 Cª DAS LEZIRIAS 202.839,00 EDP 4.061.282,54 GALP ENERGIA (d) 13.378.616,04 INCM 2.820.622,33 SAGESTAMO 8.000.000,00

TOTAL 42.751.978,79 TOTAL 158.419.045,17 (a) Dividendos reconhecidos em resultados em 2009. (b) Dividendos respeitantes a ganhos em filiais e associadas reconhecidos no resultado de 2008. (c) Quantia líquida dos 1.438.268,16 euros reservados a obrigacionistas. (d) Inclui dividendos antecipados de 3.484.770,84 euros. 46 - RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS (POR NATUREZAS) Os resultados extraordinários à data de 31 de Dezembro têm a seguinte composição:

Custos e perdas 2008 Proveitos e ganhos 2008

Donativos 2.500,00 1.345.500,00 Alienação de imob. corpóreas 8.500,00 21.764,47Multas e penalidades 550,00 0,00 Alienação de participações 16.835.333,95 2.317,82Correções de exerc anter.(b) 1.712.790,95 209.733,51 EDP 2.676.661,21Outros custos extraord. 98.806,20 2.285.104,46 SN Longos 14.158.672,74 2.317,82

Realização de capital (a) 0,00 452.305.193,65 Aguas de Portugal 353,64 EDP 286.430.876,24 Lazer e Floresta 15.267.030,29 Quimiparque 76.139.186,05 REN 64.913.428,80 Sagesecur 19.677,79 SNESGES 3.216.982,44 Urbindustria 6.317.658,40Amortização de obrigações 1.237.236,12Reduções de provisões (c) 216.069,51 275.424,36Correcções de exerc. Ant. 375.445,09 294.627,72Outros ganhos extraord. (d) 3.846.735,37 235.976,49

Resultados extraordinários 19.467.436,77 450.532.202,6621.282.083,92 454.372.540,63 21.282.083,92 454.372.540,63

2009 2009

a) Diferença entre o valor de avaliação e a quantia escriturada das participações entregues para realização do

capital da CAPITALPOR e da PARCAIXA. b) Inclui a redução de 331.388,85 euros no excedente de cobertura das responsabilidades com complementos de

pensões da ex-Portucel reconhecido no activo (Custos diferidos), bem como efeitos de ajustes na rubrica Custos diferidos por alteração no procedimento de reconhecimento de despesas recuperáveis(ver Nota 2.).

c) Reversão total das provisões de “processos judiciais em curso” provenientes da ex-Portucel.. d) Inclui os ganhos obtidos com a liquidação das FMG e SGA, nomeadamente por reversão de ajustamentos e

provisões

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

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47 – INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS A sociedade:

− Não é devedora em mora relativamente a impostos e a contribuições ou descontos para a segurança social (art.º 21 do Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de Dezembro);

− Não detém acções próprias nem efectuou qualquer negócio que as envolvesse (art.º 324.º, n.º 2,

do Código das Sociedades Comerciais). Os membros dos órgãos sociais:

− Não efectuaram quaisquer negócios com a sociedade (art.º 397.º do Código das Sociedades Comerciais);

− Não são, nem foram, titulares de acções ou obrigações da sociedade ou de outras com as quais

esta mantenha relação de domínio, por si ou através de quaisquer outras pessoas ou sociedades, não sendo relevante a apresentação em anexo ao relatório do órgão de administração das listas de títulos e accionistas referidas nos art.ºs 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais.

48 – OUTRAS INFORMAÇÕES Não referida nas notas anteriores, considera-se de interesse divulgar a seguinte informação sobre rubricas do balanço e da demonstração dos resultados: a) Clientes:

Nas rubricas de clientes, totalizando 2.729.497,97 euros, estão incluídos saldos relacionados com débito de despesas e/ou prestação de serviços a empresas participadas, montando a 1.326.585,62 euros.

b) Empresas do grupo:

O saldo devedor de 17.782.464,42 euros respeita a juros de suprimentos debitados no final de 2009, no valor de 16.288.815,17 e a diversos outros movimentos com participadas. O saldo credor de 1.523,22 euros respeita a um acerto de débito com a Baia do Tejo, S. A. (ex-SNESGES).

c) Outros devedores: As rubricas de outros devedores, totalizando 541.811.575,71 euros, incluem, designadamente: − Créditos correspondentes à entrega ao Estado do remanescente da receita resultante da 7ª fase da

privatização da EDP (531.999.658,98 euros) e a transacções de acções no âmbito da liquidação da IPE em 2002 (9.396.008,56 euros).

− Saldos provenientes da ex-Portucel (146.971,34 euros).

d) Acréscimos e diferimentos:

Como efeitos da especialização entre exercícios têm-se:

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

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Acréscimos de proveitos Acréscimos de custosJuros 7.742.455,07 Remunerações a liquidar ao pessoal 195.599,33Débitos a efectuar ao Estado (a) 2.773.741,21 Juros a liquidar a obrigacionistas 27.908.611,35Diversos 25.000,00 Outros acréscimos de custos 130.290,75

10.541.196,28 28.234.501,43Custos diferidos

Seguros 13.187,44Pensões (actuariais p/ contab.) 2.128.351,66Outros custos diferidos 5.451,00

2.146.990,1012.688.186,38 28.234.501,43

(a) Despesas realizadas no âmbito das actividades de apoio técnico à função accionista e concedente, cuja recuperação ocorrerá em exercício futuro.

e) Disponibilidades

As disponibilidades correspondem à soma dos saldos de caixa, de disponibilidades à vista sobre instituições de crédito e ao saldo da conta de centralização de tesouraria de filiais:

2009 2008

Numerário 382,04 191,96Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 355.115.774,88 186.814.181,47Emissão de papel comercial ligado a depósito bancário -100.000.000,00 -150.000.000,00Saldos de tesouraria de filiais 122.127,37 -3.189.247,23Caixa e equivalentes 255.238.284,29 33.625.126,20

f) Recursos de liquidez Para além dos depósitos bancários a PARPÚBLICA dispõe de:

− Quatro programas de papel comercial, no montante global de 2.200 milhões de euros, um dos quais ‘grupado’ com a filial SAGESTAMO, no montante de 300 milhões de euros. No final do exercício, estavam utilizados 400 milhões de euros, dos quais 300 milhões de euros emitidos pela SAGESTAMO no âmbito do programa ‘grupado’ e 100 milhões de euros compensados com igual aplicação em instituição financeira;

− Um contrato de utilização de crédito de 30 milhões de euros, em conta corrente;

− Um programa de EMTN, no montante global de 1.500 milhões de euros, do qual estão utilizados

800 milhões de euros, num financiamento a quatro anos.

g) Factos subsequentes O Plano de Estabilidade e Crescimento incluiu no programa de reprivatizações as seguintes empresas em que a PARPÚBLICA detém participação no capital: ANA, EDP, GALP, HCB, INAPA, REN, SPE e TAP. Devido a baixa na cotação das acções da EDP, em 31-03-2010 o justo valor das opções em empréstimos obrigacionistas e as acções subjacentes tinham reduções, respectivamente de 30,3 e 49,1 milhões de euros face à posição no balanço de 31-12-2009, traduzindo perda líquida de 18,8 milhões de euros no 1.º trimestre de 2010.

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PARPÚBLICA PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS, SGPS, S. A. DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS – Anexo

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Lisboa, 14 de Abril de 2010 Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Vítor Manuel Saraiva João Plácido Pires António Albuquerque José Castel-Branco Fernanda Mouro Pereira Isabel Ressurreição Silva Mário Donas

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

(IFRS) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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      DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

GRUPO PARPÚBLICA

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

2  

ÍNDICE BALANÇO (CONSOLIDADO) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 ............................................................................. 4 DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA ) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ........................................................ 5 DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA ) DO RENDIMENTO INTEGRAL .................................................................... 6 DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO EM 2009 ................................... 7 DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA ................................................................................. 8 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................................................... 8

1 ‐ Actividade económica do Grupo PARPÚBLICA ........................................................................................ 9 2 ‐ Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos ................................................................................. 12 3 ‐ Políticas de gestão do risco financeiro ................................................................................................... 40 4 ‐ Trabalhadores ao serviço ....................................................................................................................... 54 5 ‐ Activos fixos tangíveis ............................................................................................................................ 54 6 ‐ Propriedades de investimento ............................................................................................................... 57 7 ‐ Trespasse (Goodwill) .............................................................................................................................. 58 8 ‐ Outros activos intangíveis ...................................................................................................................... 58 9 ‐ Activos biológicos ................................................................................................................................... 59 10 ‐ Participações financeiras ‐ método da equivalência patrimonial ........................................................ 61 11 ‐ Participações financeiras – outros métodos ........................................................................................ 62 12 ‐ Accionistas / Sócios .............................................................................................................................. 62 13 ‐ Outros activos financeiros ................................................................................................................... 63 14 ‐ Activos e Passivos por impostos diferidos ........................................................................................... 64 15 ‐ Adiantamentos a fornecedores ........................................................................................................... 65 16 ‐ Estado e outros entes públicos ............................................................................................................ 65 17 ‐ Outras contas a receber ....................................................................................................................... 66 18 – Acréscimos e Diferimentos.................................................................................................................. 67 19 ‐ Inventários ........................................................................................................................................... 70 20 ‐ Clientes ................................................................................................................................................. 71 21 ‐ Caixa e depósitos bancários ................................................................................................................. 72 22 ‐ Activos não correntes detidos para venda e passivos relacionados .................................................... 72 23 ‐ Demonstração consolidada de alterações no capital próprio ............................................................. 72 24 ‐ Interesses Minoritários – Balanço ........................................................................................................ 73 25 ‐ Provisões .............................................................................................................................................. 73 26 ‐ Financiamentos obtidos ....................................................................................................................... 75 27 ‐ Responsabilidades por benefícios pós‐emprego ................................................................................. 78 28 ‐ Adiantamentos de clientes .................................................................................................................. 81 29 ‐ Fornecedores ....................................................................................................................................... 81 30 ‐ Outras contas a pagar .......................................................................................................................... 82 31 ‐ Outros passivos financeiros ................................................................................................................. 84 32 ‐ Vendas e serviços prestados ................................................................................................................ 84 33 ‐ Subsídios à exploração ......................................................................................................................... 85 34 ‐ Ganhos e perdas imputados de associadas ......................................................................................... 86 35 ‐ Variação nos inventários da produção ................................................................................................. 86 36 ‐ Trabalhos para a própria entidade ....................................................................................................... 87 37 ‐ Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ............................................................. 87 38 ‐ Fornecimentos e serviços externos ..................................................................................................... 88 39 ‐ Gastos com o pessoal ........................................................................................................................... 88 40 ‐ Ajustamentos de inventários (perdas / reversões) .............................................................................. 89 41 ‐ Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) ........................................................................ 90 42 ‐ Provisões (aumentos / reduções) ........................................................................................................ 90 43 ‐ Imparidade de activos .......................................................................................................................... 91

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      DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

44 ‐ Aumentos / reduções de justo valor .................................................................................................... 91 45 ‐ Outros rendimentos e ganhos ............................................................................................................. 92 46 ‐ Outros gastos e perdas ........................................................................................................................ 93 47 ‐ Gastos/reversões de depreciação e de amortização ........................................................................... 94 48 ‐ Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados ............................................................. 94 49 ‐ Imposto sobre o rendimento do período ............................................................................................ 95 50 ‐ Interesses minoritários – Resultado Líquido ........................................................................................ 96 51 ‐ Demonstração consolidada dos fluxos de caixa .................................................................................. 96 52 ‐ Entidades Relacionadas ....................................................................................................................... 96 53 ‐ Activos e passivos contingentes ........................................................................................................... 97 54 ‐ Eventos subsequentes relevantes ...................................................................................................... 116

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

4  

BALANÇO (CONSOLIDADO) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital 2 000 000 2 000 000 Reservas legais 711 169 706 516 Outras reservas 77 780 71 093 Excedentes de revalorização 85 264 83 594 Ajustamentos em activos financeiros (517 944) (551 591) Resultados transitados 739 325 1 014 349 Resultado líquido do período atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 506 643 (179 725) Total do capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 23 3 602 238 3 144 236 Interesses minoritários 23; 24 516 870 487 880 Total do capital próprio 23 4 119 108 3 632 116

Passivo não correnteProvisões 25 185 118 151 450 Financiamentos obtidos 26 6 360 255 5 702 188 Responsabilidades por benefícios pós-emprego 27 104 597 118 075 Passivos por impostos diferidos 14 206 829 200 519 Estado e outros entes públicos 16 - 475 Accionistas / sócios 12 28 078 27 431 Outras contas a pagar 30 715 928 867 252 Outros passivos financeiros 31 9 686 18 863 Acréscimos e Diferimentos 18 2 393 126 2 308 009

10 003 616 9 394 262

Passivo correnteFornecedores 29 182 280 219 325 Adiantamentos de Clientes 28 3 711 1 352 Estado e outros entes públicos 16 169 948 153 218 Accionistas / sócios 12 - 20 Financiamentos obtidos 26 1 578 762 1 613 560 Outras contas a pagar 30 864 988 793 666 Acréscimos e Diferimentos 18 302 142 350 555

3 101 832 3 131 695

Total do passivo 13 105 448 12 525 957

Total do capital próprio e do passivo 17 224 557 16 158 074

Valores em Milhares Euros

ACTIVO

Activo não correnteActivos fixos tangíveis 5 3 264 202 3 321 034 Propriedades de investimento 6 465 594 536 996 Goodwill 7 330 817 319 593 Outros activos intangíveis 8 4 108 593 3 803 884 Activos biológicos 9 23 407 26 741 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 10 2 630 579 2 437 161 Participações financeiras - outros métodos 11 152 820 13 714 Accionistas / sócios 12 7 756 - Outros activos financeiros 13 1 135 647 964 911 Activos por impostos diferidos 14 100 803 89 703 Outras contas a receber 17 1 091 611 1 133 685 Acréscimos e Diferimentos 18 265 014 211 165 Responsabilidades por benefícios pós-emprego 27 2 296 2 460

13 579 140 12 861 046

Activo correnteInventários 19 1 083 581 733 948 Activos biológicos 9 2 139 546 Clientes 20 500 455 488 328 Adiantamentos a fornecedores 15 2 265 4 069 Estado e outros entes públicos 16 51 517 61 021 Accionistas / sócios 12 - 252 Outras contas a receber 17 1 139 979 1 309 790 Acréscimos e Diferimentos 18 40 269 26 501 Outros activos financeiros 13 2 647 1 309 Caixa e depósitos bancários 21 822 567 653 538 Activos não correntes detidos para venda 22 - 17 727

3 645 418 3 297 028

Total do activo 17 224 557 16 158 074

RUBRICAS 31-Dez-09 31-Dez-08Notas

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      DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA ) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

Valores em M ilhares Euros

RUBRIC AS N otas 2009 2008

Vendas e serviços p restados 32 3 215 633 3 384 996 Subsídios à exp loração 33 13 793 20 148 G anhos/p erdas imp utados de associadas 34 205 262 39 669 Variação nos inventários da p rodução 35 (14 209) (4 387)T rabalhos p ara a p róp ria ent idade 36 5 633 5 091 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 37 (257 549) (312 816)Fornecimentos e serviços externos 38 (1 505 219) (1 905 463)G astos com o p essoal 39 (803 457) (797 669)A justamentos de inventários (gastos/reversões) 40 (11 717) (2 281)Imp aridade de dívidas a receber (gastos/reversões) 41 (25 027) (34 027)Provisões (gastos/reversões) 42 (13 588) (35 675)Imp aridade de act ivos não dep reciáveis / amort iz áveis (gastos/reversões) 43 7 762 (682)A umentos / reduções de justo valor 44 188 236 48 203 O utros rendimentos e ganhos 45 424 235 357 865 O utros gastos e p erdas 46 (81 457) (111 418)

Re sultado ante s de de pre ciaçõe s, gastos de financiame nto e impostos 1 348 331 651 556

G astos/reversões de dep reciação e de amort iz ação 47 (462 989) (435 474)Imp aridade de act ivos dep reciáveis / amort iz áveis (gastos/reversões) 43 (337) (7 429)

Re sultado ope racional (ante s de gastos de financiame nto e im postos) 885 004 208 652

Juros e rendimentos relacionados com financiamentos 48 3 443 - Juros e gastos similares de financiamentos 48 (286 022) (347 665)

Re sultado ante s de impostos 602 426 (139 013)

Imp osto sobre o rendimento do p eríodo 49 (58 851) (51 041)

Re sultado l íquido do pe ríodo das actividade s e m continuação 543 575 (190 053)

Resultado das act ividades descont inuadas (líquido de imp ostos) incluído no resultado líquido do p eríodo

14 159 34 281

Re sultado l íquido do pe ríodo 557 734 (155 772)

Resultado líquido dos Interesses minoritários 50 51 091 23 952

Re sultado l íquido dos de tentore s do capital da e mpre sa-mãe 506 643 (179 725)

Resultado básico e diluído p or acção (euros) 1,27 -0,45

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DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA ) DO RENDIMENTO INTEGRAL PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

Valores em Milhares Euros

Resultado líquido 557.734 (155.772)

Outro rendimento integral

Ganhos e p erdas com conversão de balanços exp ressos em moeda diferente (18.801) 12.692 Ganhos e p erdas da remensuração de activos financeiros disp oníveis p ara venda 80 6 Ganhos e p erdas em instrumentos de cobertura (de fluxo de caixa) 6.815 - Alterações no excedente de revalorização 504 - Outro rendimento integral imp utado de associadas e empreendimentos conjuntos 24.435 (114.388) Outros ganhos e p erdas 1.893 5.699

Total 14.925 (95.990)

Rendimento integral 572.659 (251.763)

Rendimento integralAtribuível aos detentores de cap ital 533.003 (254.232) Atribuível aos interesses minoritários 39.656 2.470

2009 2008RUBRICAS

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DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO EM 2009

Valores em Milhares Euros

Posição financeira em 01-01-2008 3.594.594 2.000.000 696.802 23.493 83.099 (541.590) 851.328 374.861 3.487.994 106.600

Ajustamentos e correcções com efeitos retrospectivos (16.915) - (4.410) 22.579 - (35.084) (16.915)

Posição em 01-01-2008 após ajustamentos e correcções 3.577.679 2.000.000 692.392 46.072 83.099 (541.590) 816.244 374.861 3.471.079 106.600

Transacções com proprietários de capital em 2008 306.200 - 10.398 19.400 - - 272.453 (374.861) (72.610) 378.810 Constituição e aumento de cap ital 857 - - - - - - - - 857 Ap licação de resultados e distribuição de lucros e reservas (72.647) - 10.397 19.400 - - 272.453 (374.861) (72.611) (36) Variações de interesses minoritários 377.990 - 1 - - - - - 1 377.989 ...

Rendimento integral em 2008 (251.763) - 3.726 5.621 495 (10.001) (74.349) (179.725) (254.232) 2.470 Resultado líquido do p eríodo (155.773) - - - - - - (179.725) (179.725) 23.952 Outro rendimento integral (95.990) - 3.726 5.621 495 (10.001) (74.349) - (74.507) (21.483)

Posição em 01-01-2008 após ajustamentos e correcções 3.632.116 2.000.000 706.516 71.093 83.594 (551.591) 1.014.349 (179.725) 3.144.236 487.880

Transacções com proprietários de capital em 2009 (85.667) - 7.198 20.913 - - (282.837) 179.725 (75.001) (10.666) Ap licação de resultados e distribuição de lucros e reservas (85.690) - 7.198 20.913 - - (282.860) 179.725 (75.024) (10.666) Outras transacções - - - - - - - - - - Variações de interesses minoritários 22 - - - - - 22 - 22 -

... - -

Rendimento integral em 2009 572.659 - (2.545) (14.225) 1.670 33.647 7.813 506.643 533.003 39.656 Resultado líquido do p eríodo 557.734 - - - - - - 506.643 506.643 51.091 Outro rendimento integral 14.925 - (2.545) (14.225) 1.670 33.647 7.813 - 26.360 (11.435)

Posição financeira em 31-12-2009 4.119.108 2.000.000 711.169 77.780 85.264 (517.944) 739.325 506.643 3.602.238 516.870

Dividendos distribuídos em 2009 (a accionistas da empresa-mãe 65.000 - - - - - - - - - N.º de acções do capital 400.000.000 - - - - - - - - - Dividendos por acção 0,16 - - - - - - - - -

DEMONS TRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Excedentes de revalorização

Outras reservas

Reservas legais

Cap italTOTALInteresses

M inoritários

Resultado Líquido do

Periodo

Resultados transitados

Ajustamentos em activos financeiros

Subtotal (antes de I.M .)

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DEMONSTRAÇÃO (CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

Valores em Milhares Euros

Actividades operacionais :Recebimentos de clientes 3 013 718 3 388 598 Pagamentos a fornecedores (1 800 402) (2 459 966) Pagamentos ao pessoal (666 786) (704 460)

Caixa gerada pelas operações 546 529 224 172 Pagamento / recebimento de impos to sobre o rendimento (46 952) (51 189) Outros recebimentos / pagamentos relativos à act. operacional 98 461 (49 707)

Fluxos de caixa das actividades operacionais 598 038 123 276

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Outros activos fixos tangíveis 8 756 68 060 Propriedades de investimento 83 5 051 Activos fixos intangíveis 1 219 Inves timentos financeiros 2 491 144 131 Subsídios ao investimento 193 824 152 415 Juros e rendimentos s imilares 26 692 48 949 Emprés timos concedidos 96 830 715 Dividendos 160 137 142 244

488 812 561 782 Pagamentos respeitantes a:

Outros activos fixos tangíveis (1 028 411) (709 992) Propriedades de investimento (0) (1 181) Outros activos intangíveis (6 623) (6 913) Inves timentos financeiros (534 100) (808 168) Juros e gas tos s imilares (3) (2 760) Emprés timos concedidos (35 000) - Outros activos (60) -

(1 604 198) (1 529 014)

Fluxos de caixa das actividades de investimento (1 115 385) (967 232)

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Venda de acções (quotas) próprias - 2 338 Realizações de capital e de outros ins trumentos de capital próprio 3 020 857 Financiamentos obtidos 2 554 014 3 345 918 Subsídios e doações 2 185 - Juros e rendimentos s imilares 3 349 8 439 Outras operações de financiamento - 26 723

2 562 568 3 384 275 Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (1 335 081) (2 208 996) Contratos de locação financeira (90 382) (71 965) Juros e gas tos s imilares (292 731) (312 740) Dividendos (87 538) (80 514) Outras operações de financiamento (30 018) (13 718)

(1 835 750) (2 687 933)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento 726 818 696 342

Variações de caixa e seus equivalentes 209 471 (147 614) Efeito das diferenças de câmbio 11 943 227 Caixa e seus equivalentes no início do período 432 832 546 157 Caixa e seus equivalentes no fim do período 654 246 398 690

RUBRICAS

Caixa e seus equivalentes no fim do período 654 246 398 690Descobertos bancários 165 534 220 624 Variações de caixa por concentrações 2 910 34 142 Outros (122) 2 Caixa e seus equivalentes constantes do balanço 822 568 653 538

2009 2008RUBRICAS

2009 2008

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1 - Actividade económica do Grupo PARPÚBLICA A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA (abreviadamente designada por Empresa ou PARPÚBLICA), tem por objecto social a gestão de participações sociais de entidades com capitais públicos, situando-se a respectiva sede social em Lisboa. O conjunto constituído pela PARPÚBLICA e pelas suas subsidiárias é designado por Grupo PARPÚBLICA ou Grupo. A Empresa foi constituída pelo Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro, com o objectivo de ser uma ferramenta fundamental do Estado, flexível e polivalente, para intervenção nas seguintes áreas: • Gestão de participações em empresas em processo de privatização ou possíveis de privatizar a prazo; • Desenvolvimento dos processos de privatização, no âmbito da Lei n.º 11/90, de 5 de Abril; • Reestruturação de empresas transferidas para a sua carteira; • Acompanhamento de participações em empresas privatizadas que conferem direitos especiais ao Estado; • Apoio ao exercício pelo Ministro das Finanças da tutela financeira sobre empresas do Estado e empresas

concessionárias de serviços de interesse económico geral; e • Gestão de património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de objecto

especializado.

A PARPÚBLICA concentra a sua actividade na gestão da sua carteira de participações, bem como na prestação de serviços ao Ministério das Finanças, missão que tem assumido cada vez maior relevância, em especial após a publicação do Decreto-Lei n.º 86/2003, de 26 de Abril, que criou o novo regime de parcerias público privadas. Considerando as actividades desenvolvidas pelas entidades cujas demonstrações financeiras foram incluídas na consolidação do Grupo PARPÚBLICA e a forma de reporte da informação, foram identificados seis segmentos de negócio:

(i) Gestão de Outras Participações e Diversos; (ii) Gestão e Promoção Imobiliária; (iii) Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal; (iv) Produção de Moeda e Publicações; (v) Actividades Aeronáuticas; e (vi) Águas e Resíduos

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Relato por segmentos

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2 - Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos 2a - Bases de apresentação As principais políticas contabilísticas adoptadas pelo Grupo PARPÚBLICA na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são expostas nos pontos seguintes da Nota 2. Exceptuando as situações descritas na Nota 2.b, estas políticas foram aplicadas de forma consistente para todos os exercícios apresentados. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), Normas Internacionais de Contabilidade e Interpretações (International Accounting Standards and Interpretations), colectivamente denominadas IFRS, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), tal como adoptadas na União Europeia (UE). A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso, pelo conjunto das entidades do Grupo PARPÚBLICA, de determinadas estimativas contabilísticas críticas. Requer igualmente que a Administração exerça juízos de valor ao aplicar as políticas contabilísticas do Grupo PARPÚBLICA da forma mais apropriada. As áreas onde foram feitas as estimativas e os juízos de valor mais significativos encontram-se apresentadas na Nota 2ac. Todas as quantias são apresentadas em milhares de euros, arredondados ao milhar mais próximo, excepto quando indicado de forma diferente. 2b – Alterações nas políticas contabilísticas 2bi Novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 1 de Janeiro de 2009 2bi.1 Com impacte nas demonstrações financeiras

• Adopção antecipada da IFRIC 12 Acordos de concessão de serviços (a aplicar, na UE, o mais tardar para os exercícios que se iniciem após 1 de Janeiro de 2010): A IFRIC 12 define as regras a observar na contabilização dos contratos de concessão, atendendo aos serviços prestados pelo operador e ao poder de controlo sobre os activos da concessão. Nos termos desta interpretação, os operadores de serviços de concessão devem reconhecer e mensurar o rédito dos serviços que presta de acordo com o disposto na IAS 11 e na IAS 18. Se o operador prestar mais do que um serviço ao abrigo de um só contrato de concessão, o valor a receber deve ser distribuído de acordo com os seus justos valores, quando estes forem individualmente identificáveis. O operador deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com a construção ou modernização das infra-estruturas de acordo com a IAS 11. O operador deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com a operação de acordo com a IAS 18. Adicionalmente, no âmbito da IFRIC 12, a infra-estrutura concessionada não deve ser reconhecida como um activo fixo tangível do operador porque o contrato de concessão não lhe dá o direito de a controlar. Se o operador construir ou

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modernizar as infra-estruturas, a retribuição recebida ou a receber pelo operador deve ser reconhecida pelo seu justo valor e materializa-se num direito sobre um activo financeiro ou um activo intangível.

O concessionário deve reconhecer um activo financeiro na medida em que tenha um direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro activo financeiro relativamente aos serviços de construção, da parte da entidade concedente, ou segundo as instruções desta. A entidade concedente dispõe de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente vinculativo. O concessionário tem um direito incondicional de receber dinheiro, caso a entidade concedente garanta contratualmente o pagamento ao concessionário do seguinte: (a) quantias especificadas ou determináveis ou (b) a diferença que subsista entre as quantias recebidas dos utentes do serviço público e as quantias especificadas ou determináveis, mesmo que o pagamento dependa do facto de o concessionário assegurar que as infra-estruturas respeitem requisitos especificados em matéria de qualidade ou eficiência.

O concessionário deve reconhecer um activo intangível na medida em que lhe seja conferido o direito (licença) de cobrar um preço aos utentes do serviço público. O direito de impor um pagamento aos utentes do serviço público não é um direito incondicional de receber dinheiro, dado que as quantias dependem da medida em que o público utiliza o serviço.

Esta interpretação tem impactos no Grupo ANA e no Grupo AdP. Grupo ANA: O Decreto-Lei n.º 404/98, de 18 de Dezembro, atribuiu à ANA, SA a exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil. Este diploma legal constitui o suporte base para a empresa explorar os bens dos domínio público, uma vez que não existe um contrato de concessão que estabeleça os termos em que é exercida a referida exploração e o respectivo prazo. Apenas no caso da ANAM existe um contrato de concessão para o desenvolvimento das infra-estruturas aeroportuárias, bem como o planeamento e a exploração do serviço público de apoio à aviação civil na Região Autónoma da Madeira pelo período de 25 anos. Considerando as características dos contratos de concessão existentes no Grupo ANA, foram reconhecidos activos intangíveis em 2008 pelos direitos de utilização das infra-estruturas, no montante de 378 749 milhares de euros. Grupo AdP: As empresas do Grupo AdP que exploram Sistemas Multimunicipais de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e tratamento e valorização de resíduos fazem-no em sistema de concessão por períodos que podem ir dos 25 aos 50 anos. Estas empresas têm como missão conceber, construir e gerir os sistemas que lhe são atribuídos em concessão via Decreto-Lei.

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As empresas do Grupo AdP que gerem parcerias públicas–públicas para a prestação de serviços de abastecimento, saneamento ou tratamento e valorização de resíduos por períodos que poderão atingir os 50 anos, fazem-no num modelo de negócio em que os municípios delegam no Estado a responsabilidade de prosseguir as suas atribuições.

Em ambos os modelos as infra-estruturas afectas aos sistemas serão devolvidas no final do prazo da concessão / parceria aos municípios utilizadores do sistema (individualmente ou para uma associação destes) ou para o Estado. Tendo em conta as características dos contratos de concessão do Grupo AdP, foram reconhecidos activos intangíveis em 2008 pelos direitos de utilização das infra-estruturas, no montante de 3 370 520 milhares de euros. O Conselho de Administração considera que a adopção da IFRIC 12 transmite uma imagem mais verdadeira e apropriada, pelo que o Grupo PARPÚBLICA optou pela adopção antecipada desta interpretação. • Actividades Reguladas: Por outro lado, tendo em conta a hierarquia definida no IAS 8, as empresas do Grupo com actividades reguladas adoptaram as regras na linha das previstas para a normalização internacional. Assim, são definidos um conjunto de critérios para o reconhecimento de activos e passivos relacionados com regras regulatórias. Essas regras prescrevem que uma empresa deva reconhecer nas suas demonstrações financeiras os efeitos da sua actividade operacional, desde que preste serviços cujos preços estejam sujeitos a regulação. Até 31 de Dezembro de 2008, foi entendimento do Grupo AdP que as participações financeiras nas empresas concessionárias com actividade regulada e rendimento garantido deveriam ser apresentadas no balanço como investimentos financeiros valorizados ao custo de aquisição acrescido dos valores de remuneração acumulada ainda não recebidos, mensurados ao custo amortizado, de acordo com o “IAS 39 – Instrumentos financeiros”, ao invés da sua inclusão no perímetro de consolidação. A emissão do IFRIC 12 (concessões), bem como do projecto do IASB (em curso) sobre actividades reguladas, veio alterar este paradigma, pelo que a partir de 1 de Janeiro de 2009, a Administração do Grupo Águas de Portugal decidiu passar a incluir no seu perímetro de consolidação todas as empresas concessionárias do universo UNA-PD (água) e UNR (resíduos), cuja actividade é regulada. Para este efeito foram reexpressos todos os valores de 2008 por forma a incluírem os activos, passivos, resultados e fluxos de caixa, daquelas empresas nas demonstrações financeiras consolidadas.

• Adopção da IFRIC 13 Programas de fidelização de clientes: A IFRIC 13 clarifica que quando os

bens ou serviços são vendidos, com associação a programas de fidelização de clientes, as transacções de venda são consideradas como “multi-elementos” pelo que o produto da venda tem de ser alocado aos diferentes componentes com base no seu justo valor. Esta interpretação aplica-se às actividades desenvolvidas pelo Grupo TAP, nomeadamente no que diz respeito ao Programa TAP Victoria e TAP|Corporate Fly. Até ao presente exercício o Grupo TAP valorizava as milhas e pontos atribuídos aos

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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clientes aderentes de acordo com a estimativa de custos a incorrer com base na adesão aos referidos programas. A referida alteração de política contabilística originou um aumento do passivo no montante de 16 369 milhares de euros, uma redução nas rubricas resultados transitados e resultado líquido do exercício referentes a 2008, nos montantes de 13 450 milhares de euros e 2 919 milhares de euros.

• Adopção da IFRS 8 Segmentos operacionais: A IFRS 8 substitui a IAS 14 e converge no relato por

segmento com os US GAAP SFAS 131. Esta nova norma determina a utilização “da visão da gestão”, de acordo com a qual a informação por segmentos é apresentada na mesma base da informação reportada internamente pela gestão. • Adopção de versão revista da IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (revista em

2007): Em resultado da aplicação desta nova versão da IAS 1, o Grupo PARPÚBLICA optou por apresentar duas demonstrações separadas, a demonstração consolidada dos resultados (por naturezas) e a demonstração consolidada do rendimento integral. Em exercícios anteriores o Grupo apresentava uma demonstração consolidada dos resultados (por naturezas), não existindo a demonstração consolidada do rendimento integral. Estas alterações, não modificaram o reconhecimento ou a mensuração das transacções e dos balanços nas demonstrações financeiras.

Os impactos nas Demonstrações Financeiras de 2008, resultantes: (i) da adopção antecipada da IFRIC 12; (ii) da alteração de política contabilística relativamente às actividades reguladas; e (iii) da adopção da IFRIC 13, encontram-se evidenciados na Nota 2c – Reexpressões e Reclassificações. 2bi.2 Sem impacte significativo nas demonstrações financeiras

• Alterações à IAS 23 Custos de empréstimos obtidos (revista em 2007). • Alterações à IFRS 2 Pagamento com base em acções, relacionadas com condições de “vesting”. • Adopção da IFRIC 14, IAS 19 - O limite sobre um activo de benefícios definidos, requisitos de financiamento mínimo e respectiva interacção. • Alterações à IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e à IAS 27 Demonstrações financeiras e consolidadas, relacionadas com o custo de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada. • Melhoramentos diversos às IFRS (Maio de 2008) visando diversas melhorias introduzidas nas Normas, as quais entraram parcialmente em vigor no exercício de 2009, entrando as restantes em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2010. • Alterações na IFRIC 9 Reavaliação dos derivados embutidos e IAS 39 Instrumentos financeiros, reconhecimento e mensuração, permitindo que determinadas entidades reclassifiquem instrumentos financeiros reconhecidos na categoria de justo valor através de resultados em circunstâncias específicas. • Alterações na IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras e na IAS 32 Instrumentos financeiros: apresentação, relacionadas com instrumentos financeiros com uma opção “put” e obrigações decorrentes de uma liquidação. • Alterações na IFRS 4 Contratos de seguros e IFRS 7 Instrumentos financeiros sobre: divulgações, relacionadas com a divulgação de justos valores e divulgações acerca da natureza e extensão do risco de liquidez.

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

16  

• Alterações à IFRS 7 melhorando as divulgações sobre o justo valor e o risco de liquidez no domínio dos instrumentos financeiros.

2bii Novas normas, interpretações e alterações que ainda não entraram em vigor À data de autorização para emissão das presentes demonstrações financeiras consolidadas, dada pelo Conselho de Administração em 14 de Abril de 2010, estão adoptadas pela União Europeia, através de Regulamentos Comunitários, algumas normas, interpretações e alterações que o Grupo PARPÚBLICA ainda não aplicou nas presentes demonstrações financeiras consolidadas, pelo facto de ainda não ser obrigatória a respectiva aplicação, como segue: 2bii.1 Com potencial impacte em demonstrações financeiras futuras

• Alterações na IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas, relacionadas com o modo como as entidades-mãe têm de contabilizar as alterações do interesse de propriedade nas subsidiárias e como as perdas de uma subsidiária devem ser repartidas entre o interesse que controla e o interesse que não controla, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. • Adopção de versão revista da IFRS 3 Concentrações de actividades empresariais, relacionadas com a determinação do valor da compra, relativas às componentes compreendidas e a sua valorização. A norma revista prevê ainda relativamente à mensuração dos “interesses não controlados”, a opção de aplicar a cada concentração per si, a proporção dos activos líquidos da entidade adquirida ou ao justo valor dos activos e passivos adquiridos (full goodwil). Esta revisão terá impactos nas futuras concentrações de actividades a efectuar pelo Grupo PARPÚBLICA, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010.

2bii.2 Sem potencial impacte em demonstrações financeiras futuras

• Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros: divulgações, relacionadas com a forma como devem ser contabilizados certos direitos quando os instrumentos emitidos são denominados numa moeda diferente da moeda funcional do emitente, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2011. • Adopção da IFRIC 16 Coberturas de um investimento líquido numa Unidade Operacional Estrangeira, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010: Esta interpretação aplica-se aos grupos que fazem a cobertura do risco cambial resultante dos investimentos efectuados em operações estrangeiras e refere as condições que se devem verificar para que qualifique como cobertura contabilística. Esta interpretação define ainda quais os montantes que devem ser reclassificados da reserva cambial registada no capital próprio para resultados do exercício, quando uma operação estrangeira é alienada. • IFRIC 17 Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. O objectivo desta interpretação é clarificar como é que uma entidade deve valorizar a distribuição de activos, que não dinheiro, como um dividendo aos accionistas. • IFRIC 18 Transferências de activos provenientes de clientes, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. • Adopção da versão reestruturada da IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010.

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

17 

• Melhoramentos às IFRS: IFRS 1 e IFRS 5, aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. • Melhoramentos às IFRS: IFRS2, IFRS 5, IFRS 8, IAS 1, IAS 7, IAS 17, IAS 36, IAS 38, IAS 39, IFRIC 9 e IFRIC 16, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. • Alterações à IFRS 2 Pagamento com base em acções, clarificando o tratamento contabilístico de transacções com base em acções nas quais o fornecedor de bens ou o prestador de serviços é pago em numerário e a obrigação é tomada a cargo por uma outra entidade do grupo (transacções de pagamento intragrupo com base em acções e liquidadas financeiramente). • Adopção da IFRIC 15 Acordos para a construção de imóveis, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010. A IFRIC 15 vem clarificar como reconhecer o rédito de contratos de serviços de construção, considerando se, em substância, se referem à venda de activos ou à prestação de serviços, no âmbito da IAS 18, Rédito ou a contratos de construção no âmbito da IAS 11, Contratos de construção. • Alterações à IAS 39 Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, relacionadas com os itens cobertos elegíveis (para contabilidade de cobertura), a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010.

2c - Reexpressões e reclassificações Foram reexpressas e reclassificadas quantias comparativas, tendo em conta as seguintes situações principais:

Valores em Milhares Euros

ACTIVO

Activo não corrente 12 861 046 3 459 871 (57 572) 9 458 747

Activo corrente 3 297 028 511 920 (2 066) 2 787 174

Total do activo 16 158 074 3 971 791 (59 638) 12 245 921

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital 2 000 000 - - 2 000 000 Reservas legais 706 516 - (4 410) 710 926 Outras reservas 71 093 - 22 579 48 513 Excedentes de revalorização 83 594 - - 83 594 Ajustamentos em activos financeiros (551 591) - 108 617 (660 208) Resultados transitados 1 014 349 (3 465) (140 236) 1 158 050 Resultado líquido do período atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe (179 725) (803) (45 829) (133 093)

Total do capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 3 144 236 (4 268) (59 279) 3 207 784 Interesses minoritários 487 880 211 030 - 276 850 Total do capital próprio 3 632 116 206 762 (59 279) 3 484 634

Pass ivo não corrente 9 394 262 2 888 545 (21 312) 6 527 029

Pass ivo corrente 3 131 696 876 484 20 953 2 234 258

Total do passivo 12 525 958 3 765 029 (359) 8 761 287

Total do capital próprio e do pass ivo 16 158 074 3 971 791 (59 638) 12 245 921

Grupo AdP

31-Dez-08 Antes ReexpressãoRUBRICAS

31-Dez-08Impacto Reexpressão

Outras Entidades

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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• Adopção da IFRIC 13 - Programas de fidelização de clientes

Em virtude da adopção da IFRIC 13, foram reexpressos e reclassificados valores comparativos (a 31 de Dezembro de 2008), originando uma diminuição de 16 369 milhares de euros nos capitais próprios. Assim: (i) o saldo final das provisões do Programa TAP Victoria foi anulado na totalidade (6 832 milhares de euros); (ii) o saldo da rubrica de proveitos diferidos aumentou 23 201 milhares de euros; e (iii) as prestações de serviços de transporte aéreo e os proveitos suplementares diminuíram em 1 466 milhares de euros e em 1 453 milhares de euros, respectivamente.

Valores em Milhares Euros

RUBRICAS

Grupo AdP Outras Entidades

Vendas e serviços p restados 3 384 996 363 587 (1 466) 3 022 875 Subsídios à exp loração 20 148 496 - 19 652 Ganhos/perdas imputados de associadas 39 669 317 (42 910) 82 262 Variação nos inventários da p rodução (4 387) 497 - (4 884)Trabalhos para a p róp ria entidade 5 091 - - 5 091 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (312 816) (14 199) - (298 617)Fornecimentos e serviços externos (1 905 463) (119 425) - (1 786 038)Gastos com o pessoal (797 669) (72 616) - (725 053)Ajustamentos de inventários (gastos/reversões) (2 281) - - (2 281)Imparidade de dívidas a receber (gastos/reversões) (34 027) (878) - (33 149)Provisões (gastos/reversões) (35 675) 2 305 - (37 980)Imparidade de activos não dep reciáveis / amortizáveis (gastos/reversões) (682) - - (682)Aumentos / reduções de justo valor 48 203 - - 48 203 Outros rendimentos e ganhos 177 092 37 760 (1 453) 140 785 Outros gastos e perdas (59 389) (8 128) - (51 261)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 522 811 189 716 (45 829) 378 924

Gastos/reversões de dep reciação e de amortização (435 474) (162 849) - (272 625)Imparidade de activos dep reciáveis / amortizáveis (gastos/reversões) (7 429) - - (7 429)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 79 908 26 867 (45 829) 98 870

Juros e rendimentos similares 180 773 - - 180 773 Juros e gastos similares (399 694) (27 714) - (371 980)

Resultado antes de impostos (139 013) (847) (45 829) (92 337)

Imposto sobre o rendimento do período (51 041) 2 049 - (53 090)

Resultado líquido do período das actividades em continuação (190 053) 1 202 (45 829) (145 426)

Resultado das actividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período

34 281 - - 34 281

Resultado líquido do período (155 772) 1 202 (45 829) (111 145)

Resultado líquido dos Interesses minoritários 23 952 2 005 - 21 947

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (179 725) (803) (45 829) (133 093)

Resultado básico e diluído p or acção (euros) -0,45 -0,33

Impacto Reexpressão2008

2008 Antes Reexpressão

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

19 

• Aplicação da IFRIC 12 e alteração da política contabilística para as actividades reguladas

Em relação ao Grupo AdP: Na sequência da alteração do entendimento quanto ao tratamento das participações financeiras nas empresas concessionárias com actividade regulada e rendimento garantido, a Administração do Grupo Águas de Portugal incluiu, a partir de 1 de Janeiro de 2009, no seu perímetro de consolidação todas as empresas concessionárias do universo UNA-PD (água) e UNR (resíduos), cuja actividade é regulada, as quais anteriormente eram apresentadas no balanço como investimentos financeiros (vide Nota 2.bi.1).

Para este efeito foram reexpressos todos os valores de 2008, o que se traduziu num acréscimo do activo de 3 971 791 milhares de euros, um decréscimo nos capitais próprios atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe de 4 268 milhares de euros e um decréscimo do resultado líquido atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe de 803 milhares de euros.

Em relação ao Grupo ANA: A aplicação da IFRIC 12 à ANAM resultou, essencialmente, nos seguintes impactes: (i) reconhecimento de um activo intangível global em 2008 no montante de 378 749 milhares de euros; (ii) desreconhecimento na rubrica de activos tangíveis num total de 393 411 milhares de euros; e (iii) decréscimo de 14 662 milhares de euros nos acréscimos e diferimentos - passivo.

• Reclassificações/ Transferências e Rectificações

- Reclassificação no montante de 2 460 milhares de euros de acréscimos e diferimentos - activo para

responsabilidades por benefícios pós-emprego; - Reclassificação dos saldos credores de clientes (pré-pagamentos) do activo corrente para o passivo

corrente no valor de 1 046 milhares de euros; - Rectificação do valor de um subsídio a receber, após confirmação obtida da POAVT. O valor de 3 536

milhares de euros foi abatido à rubrica de acréscimos e diferimentos (passivo corrente), por contrapartida da rubrica de outras contas a receber (activo corrente);

- Reclassificação dos saldos devedores de fornecedores c/c (216 milhares de euros) e fornecedores de imobilizado (208 milhares de euros) do passivo corrente para o activo corrente.

• Erros

Foi efectuada uma correcção no montante de 42,9 milhões de euros relacionada com a aplicação do método de equivalência patrimonial em anos anteriores, tendo o mesmo sido corrigido de forma retrospectiva.

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20  

2d - Princípios de consolidação As presentes demonstrações financeiras consolidadas da PARPÚBLICA são apresentadas como as de uma única entidade económica. As transacções e saldos intra-grupo são eliminados integralmente. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido. As subsidiárias incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se listadas na Nota 2f. 2e – Concentrações de actividades empresariais As presentes demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de actividades empresariais usando o método de compra. 2f - Subsidiárias Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo PARPÚBLICA, considerando-se controlo como o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de forma a obter benefícios das suas actividades. Presumiu-se a existência de controlo quando a Entidade-mãe do Grupo PARPÚBLICA é titular, directa ou indirectamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma entidade. As entidades que se qualificam como subsidiárias são as seguintes:

Firma Sede

Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008

PARPÚBLICA - Participações Públicas (SGPS), S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais ESTADO PORTUGUÊS

100,00% 100,00%

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

72,17% 72,17%

ANA - Aeroportos de Portugal, S.A.

Lisboa Exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil em Portugal

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

68,56% 68,56%

Capitalpor - Participações Portuguesas, SGPS, SA

Lisboa Gestão de participações sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

CE – Circuito do Estoril, SA Alcabideche Organização de eventos desportivos PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Companhia das Lezírias, S.A. Samora Correia

Produção agrícola e animal PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

ENVC – Sociedade Imobiliária, S.A.

Viana do Castelo

Desenvolvimento e projectos imobiliários

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

99,80% 99,80%

Fábricas Mendes Godinho, SA (a) Santarém Liquidada em 2009 PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

- 75,00%

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, S.A.

Lisboa Produção de moeda, impressos e publicações

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

MARGUEIRA - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Almada Gestora do fundo de investimento imobiliário Margueira Capital

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Ria Mãe, Lda. (a) Setúbal Liquidada em 2009 PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

- 100,00%

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projectos, S.A.

Lisboa Est., desenv. E participação em investimentos mobiliários

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

80,50%

80,50%

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21 

Firma Sede

Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008

SAGESTAMO - Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais e prestação de serviços

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Sociedade Gestora do Autódromo Fernanda Pires da Silva, SA. (a)

Lisboa Liquidada em 2009 PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

- 100,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.

Lisboa Gestão das participações sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A.

Lisboa Prestação de serviços técnicos AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Aquasis, S.A. Lisboa Sistemas de Informação Geográfica AdP - Águas de Portugal Serviços, S.A.

54,98% 54,98%

Águas de Santo André, S.A. V.N. Santo André

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

Lisboa Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Empresa Geral do Fomento, SA Lisboa Gestão de participações sociais AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AdP - Formação e Valorização Profissional, S.A. (a)

Lisboa Actividades de Formação AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

- 100,00%

Reciclamas – Multigestão Ambiental, S.A.

Lisboa Gestão ambiental AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Internacional, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Aquatec, Lda Maputo Prestação de serviços técnicos AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A.

100,00% 100,00%

Águas de Moçambique, SARL Maputo Exploração de serviço de abastecimento de água

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A.

73,00% 73,00%

AdP Timor-Leste Maputo Exploração de serviço de abastecimento de água

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A.

Sem actividade

100,00%

Águas do Brasil, S.A. Rio de Janeiro

Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Aquapor (d) Lisboa Distribuição e recolha de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

- 100,00%

Águas do Algarve, S.A. (f) Faro Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

54,44% 54,44%

Águas do Ave, S.A. (f) Guimarães Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Cávado, S.A. (f) Barcelos Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Centro Alentejo, S.A. (f) Évora Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Centro, S.A. (f) Castelo Branco

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,00% 70,00%

Águas do Douro e Paiva, S.A. (f) Porto Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

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22  

Firma Sede

Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008

Águas do Minho e Lima, S.A. (f) Viana o Castelo

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

75,00% 75,00%

Águas do Mondego, S.A. (f) Taveiro Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Norte Alentejano, S.A. (f)

Portalegre Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Oeste, S.A. (f) Óbidos Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas de Trás-os-Montes, S.A. (f) Vila Real Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,54% 70,54%

Águas do Zêzere e Côa, S.A. (f) Guarda Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

75,48% 75,48%

Sanest, S,A (f) Cascais Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Simarsul, S.A. (f) Setúbal Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Simlis, S.A. (f) Leria Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,16% 70,16%

Simria, S.A. (f) Aveiro Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

67,72% 67,72%

Simtejo S.A. (f) Lisboa Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

50,50% 50,50%

Luságua (d) Lisboa Distribuição e recolha de água Aquapor - 100,00%

Luságua Ambiente (d) Lisboa

Distribuição e recolha de água Aquapor - 100,00%

Tratave (d) Serzedelo

Distribuição e recolha de água Aquapor - 60,00%

Águas do Vouga (d) Albergaria

Distribuição e recolha de água Aquapor

- 100,00%

Águas do Planalto (d) Tondela

Distribuição e recolha de água Aquapor

- 100,00%

Águas do Tejo (d) Trancoso

Distribuição e recolha de água Aquapor

- 100,00%

Águas do Lena (d) Batalha

Distribuição e recolha de água Aquapor

- 100,00%

Águas do Sado (d) Setúbal

Distribuição e recolha de água Aquapor - 60,00%

Recigroup (d) Sines Resíduos Empresa Geral do Fomento, SA

- 100,00%

Recipav (d) Sines Resíduos Empresa Geral do Fomento, SA

- 100,00%

Recipneu (d) Sines Resíduos Empresa Geral do Fomento, SA

- 100,00%

Algar, S.A. (f) Faro

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

56,00% 56,00%

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

23 

Firma Sede

Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008

Amarsul, S.A. (f) Palmela Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Ersuc, S.A. (f) Coimbra Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,46% 51,46%

Resiestrela, S.A. (g) Serra da Estrela

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

62,95% 62,95%

Resinorte, S.A. (e) Celorico de Basto

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

65,00% -

Resioeste, S.A (f). Cadaval Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Rebat, S.A. (f) Celorico de Basto

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

Fusionada em

Resinorte

51,00%

Resat, S.A. (f) Boticas Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

Fusionada em

Resinorte

51,00%

Residouro, S.A. (f) Lamego Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

Fusionada em

Resinorte

51,00%

Resulima, S.A. (f) Viana do Castelo

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Suldouro, S.A. (f) Sermonde

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

60,00% 60,00%

Valnor, S.A. (f) Avis

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Valorlis, S.A. (f) Leria

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Valorminho, S.A. (f) Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Valorsul, S.A. (f) Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

56,79% 56,79%

Netdouro, S.A. Porto Gestão de Infra-estruturas de Telecomunicações

Águas do Douro e Paiva, S.A

100% 100%

ANAM – Aerop. Navegação Aérea da Madeira, SA

Funchal Gestão de infra-estruturas aeroportuárias

ANA, SA 70,00% 70,00%

NAER- Novo Aeroporto, SA Lisboa Desenvolvimento de estudos para a construção de um novo aeroporto

ANA, S.A. 84,41% 84,41%

Portway- Handling de Portugal, SA.

Lisboa Handling ANA, S.A. 100,00% 100,00%

Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário Turístico e Cinegético,SA

Lisboa Desenvolvimento agro-florestal Capitalpor 100,00% 100,00%

SPE – Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, S.A.

Lisboa Minas / minérios PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

81,13% -

BAÍA DO TEJO, S.A. (ex-QUIMIPARQUE – Parques Empresariais, S.A. (b)

Barreiro Desenv. e gestão de parques empresariais

Capitalpor 100,00% 100,00%

SNES GES – Adm. e Gestão de imóveis e P.S. (b)

Paio Pires Prestação de serviços Capitalpor Fusionda em BAÍA do

TEJO

100,00%

URBINDÚSTRIA - Sociedade de Urbanização de Infra-estruturas Imóveis, S.A. (b)

Paio Pires Desenvolvimento e administração de imóveis próprios ou da APIS.

Capitalpor Fusionda em BAÍA do

TEJO

100,00%

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24  

Firma Sede

Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008

AMBISIDER - Recuperações Ambientais, S.A.

Paio Pires Desmantelamento de inst. industriais e recup. Ambiental

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008 SNESGES, S.A.)

100,00% 100,00%

SIDERMAR - Gestão de Actividades Portuárias, S.A.

Paio Pires Gestão de actividades portuárias Liquidada em 2009 (em 2008 SNESGES, S.A.)

- 60,00%

ECODETRA - Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A.

Paio Pires Aterro de resíduos industriais especiais

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008) URBINDÚSTRIA, S.A.

51,00% 51,00%

APIS – Associação Parque Industrial do Seixal

Lisboa Parques tecnológicos e industriais BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008 URBINDÚSTRIA, S.A. e SNESGES, S.A.)

93,77% 91,00% 2,77%

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Estamo

Lisboa Fundo Imobiliário SAGESECUR, S.A. SAGESTAMO, SGPS, S.A.

99,97% 0,03%

100,00%

CONSEST – Promoção Imobiliária, S.A.

Lisboa Compra, venda e administração de imóveis

SAGESTAMO, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

ESTAMO – Participações Imobiliárias, S.A.

Lisboa Compra, venda e administração de imóveis

SAGESTAMO, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

FUNDIESTAMO - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Lisboa Administração de Fundos de Investimento Imobiliário

SAGESTAMO, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Reaching Force, SGPS, S.A. (“REACHING FORCE”)

Lisboa Gestão e administração de participações sociais

TAP SGPS, SA 100,00% 100,00%

SEAP - Serviços, Administração e Participações Lda.

Macau Gestão e administração de participações sociais

TAP, SGPS, S.A. 75,00% 75,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, S.A.

Lisboa Actividades Aeronáuticas TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAPGER - Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.

Lisboa Prestação de serviços de gestão TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

CARAVELA TOURS, Ltd. (a) Londres Operador turístico TAP, S.A. - 100,00%

AIR PORTUGAL TOURS - Programações Turísticas, S.A.

Lisboa Operador turístico TAP, S.A. 100,00% 100,00%

CATERINGPOR - Catering de Portugal, S.A.

Lisboa Catering TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

L.F.P. - Lojas Francas de Portugal, S.A.

Lisboa Exploração de “free shop” TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

MEGASIS - Soc. de Serviços e Engenharia Informática, S.A.

Lisboa Engenharia e prestação de serviços informáticos

TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

U.C.S. - Cuidados Integrados de Saúde, S.A.

Lisboa Prestação de cuidados de saúde TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

PORTUGÁLIA – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PORTUGÁLIA”)

Lisboa Actividades Aeronáuticas TAP, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AERO-LB, Participações, S.A. (“AERO-LB”)

Brasil Gestão e administração de participações sociais

REACHING FORCE PORTUGÁLIA

99,00% 1,00%

99,00% 1,00%

TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)

Brasil Manutenção e engenharia aeronáutica

AERO-LB 98,64% 98,64%

(a) Estas entidades foram extintas em 2009. (b) Esta entidade resultou da fusão da Urbindústria e a Snesges na Quimiparque adoptando a designação para Baía do Tejo, S.A.. (c) Esta entidade foi constituída em 2009. (d) Estas entidades foram alienadas em Dezembro de 2008. (e) Esta entidade resultou da fusão da Rebat, da Resat e da Residouro. (f) Estas entidades são consolidadas em resultado da aplicação da IFRIC 12. Em 2008, eram classificadas como Investimentos Financeiros de Rendimento

Garantido. (g) Esta entidade foi constituída em 2008, mas não tinha no final desse exercício actividade relevante. Em 2009, passou a ser consolidada.

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25 

2g - Associadas Foram consideradas associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo PARPÚBLICA tenha influência significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa foi considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Considerou-se a existência de influência significativa quando a Entidade-mãe do Grupo PARPÚBLICA detém, directa ou indirectamente, 20% ou mais do poder de voto da investida, ou quando detém direitos especiais de voto. As entidades que se qualificam como associadas são as seguintes:

Firma Sede Social Actividade principal Detentores de capital % do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008 CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A.

Lisboa Administrações de unidades de cuidados de saúde

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

45,00% 45,00%

Parcaixa, SGPS, SA Lisboa Gestão de participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

49,00% 49,00%

GALP Lisboa Comercialização e distribuição de energia de combustíveis

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

7,00% 7,00%

INAPA – Investimentos Participações e Gestão, SA

Lisboa Gestão de participações PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

32,72% 32,72%

ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, S.A.

Faro Desenvolvimento de empreendimentos turísticos

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

31,05% 31,05%

CREDIP - Instituição Financeira de Crédito, SA

Lisboa Exercício de actividade bancário

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

20,00% 20,00%

ADA – Administração de Aeroportos, Lda.

Macau Administração de aeroportos

ANA, S.A. 49,00% 49,00%

EDP - Energias de Portugal, S.A. Lisboa Comercialização e distribuição de energia eléctrica

Capitalpor PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

11,17%

0,79%

11,18%

1,24%

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A.

Lisboa Gestão global do sistema eléctrico de abastecimento público

Capitalpor PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

46,00% 3,90%

46,00%

ORIVÁRZEA, S.A. Benavente Produção e comercialização de arroz

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A.

26,55% 26,55%

CRL – Companhia das Lezírias e Associados Renováveis, Lda (b)

Benavente Recepção, triagem e primeira transformação de madeira, biomassa e produtos e subprodutos florestais

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A.

20,00% -

PORTOSIDER Paio Pires Gestão de actividades portuárias

2009: BAÍA DO TEJO, S.A. 2008: SNESGES, S.A.

40,00% 40,00%

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica

Lisboa Serviços de Certificação Electrónica

INCM 20,00% 20,00%

AIR MACAU, Cº Lda. Macau Actividades Aeronáuticas SEAP, Lda. 0,001% 20,00% SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“SPdH”)

Lisboa Handling TAP SGPS PORTUGÁLIA TAP, S.A.

43,90% 6,00%

50,10%

43,90% 6,00%

Trevoeste Alcobaça Saneamento de águas residuais.

AdP, SGPS 35,00% 35,00%

AdRA - Águas da Região de Aveiro, S.A. (a)

Aveiro Gestão integrada dos serviços municipais de abastecimento de água para consumo público e de saneamento de águas residuais urbanas

AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA

51% -

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26  

Firma Sede Social Actividade principal Detentores de capital % do capital detido

31 Dez 2009

% do capital detido

31 Dez 2008 AGDA - Águas Públicas do Alentejo, S.A. (a)

Beja Exploração e gestão Concessionária do Sistema de exploração e gestão dos serviços de água “em alta”

AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA

51% -

SML – Sociedade Mineira do Lucapa, Lda

Angola Exploração, prospecção e extracção de diamantes.

SPE, S.A. 49% -

(a) Estas entidades foram constituídas no final do exercício, pelo que não têm actividade em 2009. (b) Esta entidade foi constituída em 2009.

Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do Grupo no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na quantia escriturada do investimento. As associadas foram contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para reconhecer a parte da investidora nos lucros ou prejuízos da investida depois da data da aquisição. A parte da investidora nos lucros ou prejuízos da investida é reconhecida nos lucros ou prejuízos da investidora. As distribuições recebidas de uma investida reduzem a quantia escriturada do investimento. Podem também ser necessários ajustamentos na quantia escriturada para alterações no interesse proporcional da investidora na investida resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham sido reconhecidas nos lucros ou prejuízos da investida. A parte da investidora nessas alterações é reconhecida directamente no capital próprio da investidora. Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado o reconhecimento de perdas adicionais. Depois do interesse ser reduzido a zero, é reconhecido um passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas. Após a aplicação do método da equivalência patrimonial são aplicados os requisitos da IAS 39 para determinar a necessidade de reconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao interesse do Grupo em cada uma das associadas. Em Março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a TAP, S.A. a participação detida na SPDH - Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“SPdH”) (50,1%) por 31,6 milhões de euros. Na mesma data e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência(“AdC”) , a TAP S.A. transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto accionista maioritária da SPdH, para uma entidade independente do Grupo TAP. A AdC deliberou, em 19 de Novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adoptar uma decisão de proibição relativamente à operação de concentração que consistia na aquisição, pela TAP S.A., do controlo exclusivo da SPdH, mediante a aquisição de uma participação de 50,1% do capital social da SPdH. A AdC impôs assim a obrigação de separação da SPdH mediante a alienação, por parte do Grupo TAP, das acções referentes a pelo menos 50,1% do capital social da SPdH. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH seja efectuada por um mandatário de gestão, que age em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo TAP.

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27 

Em 4 de Dezembro de 2009, o Grupo decidiu não acompanhar o aumento de capital realizado na Air Macau Cª Lda., pelo que a percentagem de participação ficou reduzida a 0,001%. 2h - Goodwill O goodwill representa o excesso do custo de uma concentração de actividades empresariais sobre os interesses no justo valor de activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida. O custo da concentração inclui os justos valores, à data de aquisição, dos activos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo sobre a adquirida, mais quaisquer custos directamente atribuíveis à concentração de actividades empresariais. Após o reconhecimento inicial, o goodwill adquirido numa concentração de actividades empresariais é mensurado pelo custo menos qualquer perda por imparidade acumulada. 2i - Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data da transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As demonstrações financeiras do Grupo PARPÚBLICA são preparadas em euros, que é a moeda funcional. As demonstrações financeiras das subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas cuja moeda funcional difere do euro são transpostas para euros da seguinte forma: • Os activos e passivos de cada balanço são transpostos à taxa de câmbio na data desse balanço; • Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa evidenciados em cada demonstração financeira são transpostos

às taxas de câmbio nas datas das transacções; e • Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas no capital próprio. 2j - Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. No reconhecimento inicial de um activo, o Grupo PARPÚBLICA considera no respectivo custo: (i) o seu preço de compra; (ii) quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; e (iii) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado, quando determináveis.

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28  

Os gastos directos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de activos do Grupo PARPÚBLICA são capitalizados no activo tangível. Esta capitalização é efectuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos dispendidos. Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos como tal apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo PARPÚBLICA. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos activos são reconhecidas como gasto, de acordo com o princípio do acréscimo. O Grupo PARPÚBLICA calcula as depreciações dos seus activos tangíveis de acordo com o método de linha recta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Activos fixos tangíveis Vida útil

Edifícios e outras construções 5 a 50

Equipamento básico 3 a 25

Equipamento de transporte 4 a 10

Equipamento administrativo 4 a 16

Ferramentas e utensílios 4 a 16

Outros activos tangíveis 4 a 10

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, é estimado o seu valor recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. O Grupo PARPÚBLICA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos os custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. A quantia escriturada de um item do activo fixo tangível é desreconhecida pelo Grupo PARPÚBLICA no momento da alienação ou quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do activo fixo tangível é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, sendo determinado como a diferença entre o produto líquido da alienação, se o houver, e a quantia escriturada do item. 2k - Propriedades de investimento As propriedades de investimento do Grupo PARPÚBLICA provêm dos imóveis detidos com o objectivo de obter rendas, de valorização do capital ou de ambas. As propriedades de investimento são mensuradas inicialmente pelo seu custo, incluindo os custos de transacção que lhes sejam directamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor, o qual reflecte as condições de mercado à data de balanço. As mensurações do justo valor têm por base avaliações independentes realizadas no final de cada exercício.

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Os ganhos ou perdas provenientes de alterações no justo valor de propriedades de investimento são reconhecidos nos resultados do período em que ocorram. As propriedades de investimento são desreconhecidas na alienação ou quando forem permanentemente retiradas de uso e nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua alienação. 2l – Outros activos intangíveis Os activos intangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se escriturados ao custo de aquisição deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. O Grupo PARPÚBLICA calcula as amortizações dos seus activos intangíveis de acordo com o método de linha recta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Outros activos intangíveis Vida útil

Despesas de desenvolvimento 3

Propriedade Industrial e Outros Direitos 3 a 10

Software 3

Direitos de utilização de infraestruturas (Concessões) Pelo prazo estabelecido no contrato de concessão

2m - Imparidade de activos Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas são objecto de testes de imparidade anuais a exemplo do que acontece com o goodwill e os activos intangíveis em curso. Os activos sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras consolidadas possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia contabilística do activo face à sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Na impossibilidade de atribuir uma quantia recuperável a um determinado activo, o mesmo é agregado com outros activos, de forma que conjuntamente gerem fluxos de caixa independentes e, dessa forma, constituam uma UGC (unidade geradora de caixa). Sempre que se verifique uma perda por imparidade numa UGC à qual tenha sido alocado goodwill, a perda é alocada em primeiro lugar ao goodwill sendo o remanescente rateado por entre os activos que a compõem com base no valor líquido de balanço dos mesmos. Nesta repartição pelos activos, o valor ajustado de cada um não poderá ficar inferior ao maior de entre o valor de um activo deduzido dos gastos para venda, o seu valor de uso e 0 (zero). A perda por imparidade é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados, para activos registados ao custo histórico e prioritariamente como um decréscimo da reavaliação para os que se encontram reconhecidos pela quantia revalorizada. Neste último caso, qualquer excesso remanescente é reconhecido na demonstração consolidada dos resultados.

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30  

2n - Activos biológicos e produtos agrícolas Os activos biológicos são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de venda. Nas situações em que não é possível este tratamento, os mesmos são valorizados ao custo depreciado. Os produtos agrícolas são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de venda no momento da colheita. A quantia escriturada na data da colheita, constitui o valor a registar em inventários. Um ganho ou uma perda proveniente do reconhecimento inicial de um activo biológico pelo justo valor menos os custos estimados no ponto-de-venda e de uma alteração de justo valor menos os custos estimados no ponto-de-venda de um activo biológico são incluídos no resultado líquido do exercício do período em que surgem. Um ganho ou perda que surja no reconhecimento inicial do produto agrícola pelo justo valor menos custos estimados no ponto-de-venda são incluídos no resultado líquido do período em que surgem. Um subsídio do Governo não condicional que se relacione com um activo biológico ou produto agrícola mensurado pelo seu justo valor menos custos no ponto-de-venda estimados é reconhecido como rendimento quando o subsídio do Governo se torne recebível. Se um subsídio do Governo relacionado com um activo biológico mensurado pelo seu justo valor menos custos no ponto-de-venda estimados for condicional, o Grupo PARPÚBLICA reconhece o subsídio como rendimento apenas quando sejam satisfeitas as condições a ele associadas. 2o - Outros activos financeiros Reconhecimento, mensuração e desreconhecimento Os activos financeiros são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo do objectivo para o qual esse activo foi adquirido: • Activos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são activos financeiros que foram designados

como tal ou estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos pela do Grupo PARPÚBLICA com o objectivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designados como instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente no balanço pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados.

• Investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que o do Grupo PARPÚBLICA tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efectivo.

• Empréstimos concedidos e contas a receber são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado activo. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efectivo.

• Activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou que não sejam classificados em cada uma das categorias anteriores. São

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mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente no capital próprio, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais, até que o activo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou perda cumulativa anteriormente reconhecido no capital próprio deverá ser reconhecido nos resultados. Os dividendos resultantes de um instrumento de capital próprio disponível para venda são reconhecidos nos resultados quando o direito da entidade de receber pagamento for estabelecido.

Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não tenham um preço de mercado cotado num mercado activo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado (bem como os derivados que estejam ligados a esses instrumentos de capital próprio e que devam ser liquidados pela entrega dos mesmos), são mensurados pelo custo. Um activo financeiro é desreconhecido quando (i) os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes desse activo expiram, (ii) tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção desse activo; ou (iii) apesar dos riscos e benefícios não terem sido substancialmente transferidos, o Grupo não reteve o controlo sobre esse activo. Imparidade O Grupo PARPÚBLICA avalia regularmente se existem sinais de imparidade para os activos financeiros, ou grupos de activos financeiros que não sejam mensurados pelo justo valor via resultados, e em caso afirmativo, determina os fluxos de caixa futuros descontados e reconhece a perda. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada registada no capital próprio (correspondente às variações negativas no justo valor) é transferida para resultados. Para as categorias de activos financeiros mensurados pelo custo ou custo amortizado (incluindo investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo), as perdas por imparidade reconhecidas são registadas directamente nos resultados. Reversão da imparidade Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e tal facto for objectivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo contudo o custo amortizado que resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a mesma foi revertida. No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio que sejam mensurados pelo custo, as perdas de imparidade reconhecidas não são reversíveis.

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2p - Outras contas a receber As contas a receber são mensuradas inicialmente pelo seu justo valor e mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo. As perdas por imparidade verificadas são reconhecidas nos resultados. O ajustamento para imparidade das contas a receber é estabelecido quando há evidência objectiva de que o Grupo PARPÚBLICA não receberá parte ou a totalidade dos montantes em dívida, nos termos acordados. Dificuldades financeiras significativas por parte do devedor, probabilidade de o devedor se tornar insolvente ou a falha sucessiva de pagamentos por parte do devedor, são considerados indicadores de que a conta a receber está numa situação de imparidade. 2q – Inventários Os Inventários são valorizados ao menor entre o seu custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actual. O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso normal da actividade deduzido dos respectivos custos de venda. As diferenças entre o valor de custo e o valor realizável liquido, quando mais baixo, bem como o valor dos materiais potencialmente obsoletos, encontram-se registadas na rubrica perdas de imparidade em existências. O método de custeio adoptado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado. Os inventários relativos aos activos biológicos relacionados com a actividade agrícola e os produtos agrícolas na altura das colheitas são tratados pelo disposto na IAS 41, conforme referido na Nota 2n. 2r - Caixa e depósitos bancários Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa consistem em investimentos a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. 2s - Activos não correntes detidos para venda e passivos relacionados O Grupo PARPÚBLICA classifica um activo não corrente ou um grupo para alienação como detido para venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transacção de venda em vez de através de uso continuado. Os activos ou grupos para alienação assim classificados estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente e a venda desses activos ou grupos para alienação é altamente provável. Espera-se que as vendas dos activos ou dos grupos para alienação sejam concluídas até um ano a partir da data da respectiva classificação como detidos para venda. Existem com frequência acontecimentos e circunstâncias fora do controlo do Grupo PARPÚBLICA que obrigam a estender o período para concluir as vendas para lá de um ano, apesar de se manter comprometimento com a venda dos activos ou dos grupos para alienação. Nestes casos, é mantida a classificação como detidos para venda.

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Os activos ou grupos para alienação, classificados como detidos para venda, são mensurados pelo menor valor entre as respectivas quantias escrituradas e os respectivos justos valores menos os custos de vender. Antes da classificação inicial dos activos ou grupos para alienação como detidos para venda, as respectivas quantias escrituradas foram mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são reconhecidas perdas por imparidade relativamente a reduções do activo ou grupo do activo para alienação para o justo valor menos os custos de vender e são reconhecidos ganhos para qualquer aumento no justo valor menos os custos de vender dos activos até à quantia inicial. 2t - Instrumentos de capital próprio emitidos Um instrumento financeiro é classificado como sendo um instrumento de capital próprio, quando o mesmo evidencia um interesse residual nos activos de uma entidade após dedução de todos os seus passivos. Os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital próprio são registados como uma dedução ao valor da emissão. As distribuições aos detentores dos instrumentos de capital próprio da PARPÚBLICA apenas são reconhecidas como um passivo e debitadas directamente no capital próprio da entidade, no exercício em que essas distribuições são aprovadas pelo accionista da PARPÚBLICA. 2u - Provisões, activos contingentes e passivos contingentes Provisões As provisões são reconhecidas para passivos de tempestividade ou quantia incerta como resultado de acontecimentos passados e são reconhecidas pela melhor estimativa e pelo valor descontado quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material. Activos e passivos contingentes Os activos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota, ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respectivos passivos contingentes ou activos contingentes não são divulgados. 2v - Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é apurado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura, em resultados do período, depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou na

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sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa e modelos de avaliação de opções conforme seja apropriado. Contabilidade de cobertura O Grupo PARPÚBLICA utiliza instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos. Os derivados que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação. Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo com o modelo de contabilidade de cobertura adoptado pelo Grupo PARPÚBLICA. Um relacionamento de cobertura qualifica-se para contabilidade de cobertura quando forem satisfeitas todas as seguintes condições: • No início da cobertura, existir designação e documentação formais do relacionamento de cobertura e do

objectivo e estratégia da gestão de risco para levar a efeito a cobertura. Essa documentação inclui a identificação do instrumento de cobertura, o item ou transacção coberto, a natureza do risco a ser coberto e a forma como vai ser avaliada a eficácia do instrumento de cobertura na compensação da exposição a alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao risco coberto.

• Existir a expectativa que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir alterações de compensação no justo valor ou fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para esse relacionamento de cobertura em particular.

• Quanto a coberturas de fluxos de caixa, uma transacção prevista que seja o objecto da cobertura tem de ser altamente provável e tem de apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última análise afectar os resultados.

• A eficácia da cobertura poder ser fiavelmente mensurada, isto é, o justo valor ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao justo valor do instrumento de cobertura poderem ser fiavelmente mensurados.

• A cobertura ser avaliada numa base contínua e efectivamente determinada como sendo altamente eficaz durante todo o período de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.

Cobertura de justo valor Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo, o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos e passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente e o activo ou passivo coberto passam a ser mensurados em conformidade com a categoria onde se enquadram. Cobertura de fluxos de caixa Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade, a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida no capital próprio, sendo transferida para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afecta resultados. A

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parte não efectiva da cobertura é registada em resultados do período. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afectar resultados. No caso de a cobertura estar associada a uma operação futura e se for previsível que esta não se concretizará, os montantes registados no capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados no período. Cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira As operações de cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira, incluindo uma cobertura de um item monetário que seja contabilizada como parte do investimento líquido, é contabilizado de forma semelhante às coberturas de fluxo de caixa, ou seja: (i) a porção do ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura que seja determinada como uma cobertura eficaz é reconhecida directamente no capital próprio; e (ii) a porção ineficaz é reconhecida nos resultados. O ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura relacionado com a porção eficaz da cobertura que tenha sido reconhecida directamente no capital próprio é reconhecido nos resultados aquando da alienação da unidade operacional estrangeira. Derivados embutidos Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal, desde que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados embutidos são registados ao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício. 2x - Outros passivos financeiros Um instrumento é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Estes passivos financeiros são mensurados inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção directamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo. 2y - Benefícios dos empregados O Grupo PARPÚBLICA atribui benefícios pós-emprego a parte dos seus colaboradores, através de planos de benefícios definidos, nomeadamente planos de pensões que garantem complementos de reforma por idade, invalidez e sobrevivência, pensões de reforma antecipada e cuidados de saúde durante o período de reforma e de reforma antecipada. Porém, além de um plano de benefício definido que abrange apenas pensionistas à data da reconversão do plano (Janeiro de 2004), o Grupo ANA atribui benefícios pós-emprego aos seus colaboradores, através de planos de contribuição definida.

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Planos de benefícios definidos Os planos de benefícios definidos são financiados através de fundos de pensões complementados por provisões específicas quando necessário. Neste contexto, o Grupo PARPÚBLICA reconhece como um passivo a diferença entre o valor presente da obrigação de benefícios definidos à data do balanço e o justo valor dos activos do plano (quando existentes) à custa dos quais vão ser liquidadas as obrigações. Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto no período em que ocorrem. Anualmente, na data de fecho de contas, as responsabilidades do Grupo PARPÚBLICA são calculadas por peritos independentes, individualmente para cada plano, com base no método da Unidade de Crédito Projectada, sendo assim determinado o valor presente das suas obrigações de benefícios definidos e respectivo custo do serviço corrente. Para esse efeito, são usados determinados pressupostos actuariais. Os pressupostos actuariais são as melhores estimativas da entidade das variáveis que determinarão o custo final de proporcionar benefícios pós-emprego. Os pressupostos actuariais compreendem: • pressupostos demográficos acerca das características futuras de empregados (e seus dependentes)

correntes e antigos que sejam elegíveis para os benefícios. Os pressupostos demográficos tratam matérias tais como: (i) mortalidade, tanto durante como após o emprego; (ii) taxas de rotação, de incapacidade e de reforma antecipada dos empregados; (iii) a proporção dos membros do plano quando dependentes que sejam elegíveis para os benefícios; e (iv) taxas de reivindicação segundo os planos médicos.

• pressupostos financeiros, tratando de itens tais como:

(i) a taxa de desconto; (ii) níveis de ordenados futuros e de benefícios; (iii) no caso de benefícios médicos, custos médicos futuros incluindo, quando material, o custo de

administrar reivindicações e pagamentos de benefícios; e (iv) taxa esperada de retorno dos activos do plano.

2z – Locações O Grupo PARPÚBLICA classifica as operações de locações como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17. Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locatário – Locação financeira Os contratos de locação financeira são registados, na data do seu início, no activo e no passivo, pelo justo valor da propriedade locada ou pelo valor actual das rendas de locação vincendas, se menor. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como gastos ao longo do período de

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locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período. Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locatário – Locação operacional Os pagamentos de locação ao abrigo de contratos de locação operacional, são registadas como um gasto no período em que ocorrem, numa base de linha recta durante o período de locação. Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locador – Locação operacional O Grupo PARPÚBLICA apresenta os activos sujeitos a locação operacional no seu balanço de acordo com a natureza do activo. Os rendimentos provenientes de contratos de locação operacional, são reconhecidos no rendimento numa base de linha recta durante o prazo da locação. Os custos directos iniciais incorridos são adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação, na mesma base do rendimento da locação. Por forma a determinar se o activo locado ficou em imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36. 2aa - Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respectivos gastos e rendimentos são registados no passivo e no activo respectivamente. Vendas de bens O rédito proveniente das vendas de bens é reconhecido quando forem satisfeitas todas as condições seguintes: • O Grupo PARPÚBLICA tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da

propriedade dos bens; • O Grupo PARPÚBLICA não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado

com a posse nem o controlo efectivo dos bens vendidos; • A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada; • Seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo; e • Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. Prestação de Serviços O rédito associado com uma transacção que envolva prestação de serviços é reconhecido quando o desfecho dessa transacção possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando: • A quantia de rédito seja fiavelmente mensurada; • Seja provável que benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo; • A fase de acabamento da transacção à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e

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• Os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção sejam fiavelmente mensurados.

Juros, Royalties e Dividendos O rédito proveniente do uso de activos do Grupo PARPÚBLICA que produzam juros, royalties e dividendos é reconhecido quando seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. O rédito proveniente do uso desses activos é reconhecido nas seguintes bases: • Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efectivo; • Os royalties são reconhecidos num regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo relevante;

e • Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito do Grupo PARPÚBLICA (enquanto

accionista) de receber o pagamento, excepto nas associadas em que o rédito corresponde ao resultado atribuível à participação.

Contratos de construção Os rendimentos e gastos dos contratos de construção são reconhecidos de acordo com o método da percentagem de acabamento. Trabalhos para a própria entidade Os trabalhos para a própria entidade correspondem essencialmente aos gastos associados à execução e reparação de equipamentos próprios e incluem gastos com materiais, mão-de-obra directa e gastos gerais. Custos de empréstimos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos capitalizáveis nos termos da IAS 23 são reconhecidos como um gasto do período em que sejam incorridos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e em conformidade com o método da taxa de juro efectiva. Os custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um activo que se qualifica como parte do custo desse activo são objecto de capitalização. Os outros custos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Subsídios do Governo Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe segurança razoável de que será recebido e que o Grupo PARPÚBLICA cumprirá as condições inerentes aos mesmos. Os subsídios do Governo recebidos para financiamento de aquisições de activos são registados como um rendimento diferido no passivo e reconhecidos em resultados, proporcionalmente às amortizações dos activos subsidiados. Os subsídios do Governo relacionados com rendimentos, são reconhecidos como créditos na demonstração dos

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resultados pelo período necessário para os balancear com os gastos que se destinem a compensar. Os subsídios do Governo relacionados com activos biológicos têm o tratamento descrito na Nota 2n. 2ab - Imposto sobre o rendimento Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período. Os impostos diferidos são calculados para as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Activos por impostos diferidos São reconhecidos para todas as diferenças temporárias e reportes fiscais dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o activo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresarias e no momento da transacção não afecte o lucro contabilístico nem o lucro tributável. Passivos por impostos diferidos São reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis excepto quando esse imposto diferido resultar de reconhecimento inicial do goodwill ou reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresariais e não afecte, no momento dessa transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável. 2ac - Juízos de valor, estimativas e pressupostos críticos A preparação de demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS requer que o Grupo PARPÚBLICA efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento e complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são as seguintes: Estimativas e pressupostos a) Mensuração de propriedades de investimento e activos biológicos: As propriedades de investimento e os activos biológicos mensurados pelo justo valor, são objecto de avaliações independentes realizadas de forma regular. As referidas avaliações foram realizadas com base no método dos fluxos de caixa descontados.

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b) Imparidade do Goodwill: O Grupo testa anualmente a imparidade do goodwill, que regista no seu Balanço, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 2h. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas. c) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis: A determinação das vidas úteis dos activos, bem como o método de amortização, é essencial para determinar o montante de amortizações a reconhecer na demonstração dos resultados consolidados. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento da Administração para os activos e negócios em questão, podendo, no entanto, virem a ser alterados se a prática internacional do sector, para situações idênticas, apontar para um benchmark diferente. d) Justo valor dos instrumentos financeiros: O justo valor dos instrumentos financeiros que não têm mercado activo é determinado com base em avaliações que reflectem o “mark-to-market” desses instrumentos. O Grupo utiliza o julgamento para a selecção das técnicas de avaliação e os pressupostos a utilizar para a avaliação dos derivados contratados à data do reporte financeiro. e) Pensões: A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por actuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projectada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida. f) Reconhecimento de provisões e ajustamentos: O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências. 3 - Políticas de gestão do risco financeiro

Os riscos a que as organizações se encontram expostas podem ter origem em factores externos e internos. A identificação dos riscos relevantes assenta num conhecimento profundo da organização, da actividade e do mercado onde essa actividade é desenvolvida. Os riscos materialmente relevantes a que o Grupo está exposto, com base na perspectiva de perda que cada um deles pode representar, são os seguintes: • Risco de Mercado, o qual inclui três tipos de risco: (i) risco cambial – é o risco de que o valor de um

instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de cambio; (ii) risco de taxa de juro – é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado; e (iii) risco de preço – é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por factores específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por factores que afectem todos os instrumentos negociados no mercado.

• Risco de crédito – é o risco de que um participante de um instrumento financeiro não venha a cumprir

uma obrigação e faça com que o outro participante incorra numa perda financeira. O Grupo PARPÚBLICA encontra-se sujeita ao risco de crédito que concede aos seus clientes. Contudo, as vendas

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a crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente.

• Risco de liquidez (também referido como risco de financiamento) – é o risco de que a Empresa venha a

encontrar dificuldades na obtenção de fundos para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender rapidamente um activo financeiro no fecho do mercado pelo seu justo valor.

Pela sua expressão no Grupo PARPÚBLICA, merecem referência as seguintes entidades: PARPÚBLICA, Grupo AdP, Grupo ANA e Grupo TAP. 3a PARPÚBLICA Análise de sensibilidade i) Juros dos Financiamentos Dos sete financiamentos a médio e longo prazo emitidos pela PARPÚBLICA só um está contratado a taxa variável, estando o pagamento dos respectivos juros sujeito às flutuações de mercado. O financiamento em causa é no montante de 150 milhões de euros e paga juros anuais iguais a Euro Mid Swap a 10 anos - 0,48%. Desta forma, uma variação de 1% na taxa do indexante traduz-se numa alteração no montante anual de juros a pagar de 1,5 milhares de euros. Este financiamento tem associado um swap no qual a PARPÚBLICA recebe anualmente taxa Euro Mid Swap a 10 anos – 0,48% e paga trimestralmente Euribor a três meses + 0,02%, com um limite de 8%, o qual apresenta um comportamento bastante favorável para a PARPÚBLICA. Nos restantes seis financiamentos contratados a taxa fixa não existe risco de alteração do montante anual dos juros a pagar. ii) Reembolso dos Financiamentos Existem dois financiamentos representados por obrigações permutáveis em acções EDP, nos montantes de 514,9 milhões de euros e de 1 015,15 milhões de euros. O financiamento no montante de 514,9 milhões de euros tem vencimento em 16/12/2010, tendo os investidores a faculdade de pedir o reembolso das obrigações desde o passado dia 16/12/2009. Se na data de reembolso das obrigações o valor das acções que constituem o activo subjacente for superior ao preço de conversão (3,58 euros por acção), os investidores têm o direito ao valor correspondente à cotação dessas acções, em dinheiro ou em títulos. À cotação actual, a opção não é exercível. Cada variação de 1% no valor das acções da EDP acima do preço de conversão pode ter um impacto no valor da amortização de 5 149 milhares de euros.

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O financiamento de 1 015,15 milhões de euros tem vencimento em 18/12/2014, com a possibilidade de os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 18/12/2012. Se na data de reembolso das obrigações o valor das acções que constituem o activo subjacente for superior ao preço de conversão (6,70 euros por acção), os investidores têm o direito ao valor correspondente à cotação dessas acções, podendo a PARPÚBLICA pagar em dinheiro ou em títulos. À cotação actual, a opção não seria exercida. Cada variação de 1% no respectivo valor acima do preço de conversão pode ter um impacto no valor da amortização de 10 152 milhares de euros. iii) Fluxos dos Swaps A PARPÚBLICA tem presentemente três instrumentos de cobertura de Taxa de Juro. Uma das estruturas foi negociada posteriormente ao financiamento subjacente à cobertura e duas foram negociadas simultaneamente com as operações de financiamento cobertas, e que se detalham: - Swap de taxa fixa para taxa variável Cobertura: parte do financiamento de 500 milhões de euros 2004; Montante: 150 milhões de euros; Recebimentos da PARPÚBLICA: taxa fixa de 4,191% (anual); Pagamentos da PARPÚBLICA: 4,82% - (taxa EUR SR 10 anos - taxa EUR SR 2 anos), considerando

(taxa EUR SR 10 anos - taxa EUR SR 2 anos) => 0 (anual). A variação de 1% no diferencial “taxa EUR SR 10anos – taxa EUR SR 2 anos” tem um impacto nos

fluxos anuais do swap de cerca de 1,5 milhões de euros (valor não descontado). - Swap de taxa variável para taxa variável Cobertura: totalidade do financiamento de 150 milhões de euros 2005; Montante: 150 milhões de euros; Recebimentos da PARPÚBLICA: (taxa EUR SR 10 anos – 0,48%) (anual); Pagamentos da PARPÚBLICA: (Euribor 3 meses + 0,02%) (trimestral), com uma taxa máxima de 8%. A variação de 1% no diferencial de taxa de juro entre os dois indexantes (taxa EUR SR 10 anos e

Euribor 3 meses), tem um impacto nos fluxos anuais do Swap de 1,5 milhões de euros (valor não descontado).

-Swap de taxa fixa para taxa fixa Cobertura: totalidade do financiamento de 250 milhões de euros 2006; Montante: 250 milhões de euros; Recebimentos da PARPÚBLICA: taxa fixa de 4,2% (anual); Pagamentos da PARPÚBLICA: taxa fixa de 3,86%, se Euribor 12 meses =>7,0% em determinado

período, nesse período paga (Euribor 12 meses - 0,15%) (anual); No caso de a Euribor atingir os 7% o fluxo anual do Swap (só para esse período) a pagar pela

PARPÚBLICA seria cerca de 7 milhões de euros. Por cada variação de 1% acima dos 7% o valor a pagar pela PARPÚBLICA teria um acréscimo de cerca de 2,5 milhões de euros.

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iv) Papel Comercial A PARPÚLICA tem em vigor quatro Programas de Papel Comercial, com as seguintes características principais: - Programa de 1 700 milhões de euros: Montante máximo do Programa de 1.700 milhões de euros; Prazo do Programa até Dezembro de 2014; Representado por valores mobiliários nominativos, escriturais, com valor nominal unitário mínimo de

50 mil euros; Colocação por subscrição particular através de colocação directa; Montante de cada emissão não inferior a 2,5 milhões de euros e múltiplos de 500 milhares de euros; Prazos de cada emissão entre 7 e 181 dias. - Programa de 100 milhões de euros: Montante máximo do Programa de 100 milhões de euros; Prazo do Programa até Junho de 2010; Representado por valores mobiliários nominativos, escriturais, com valor nominal unitário mínimo de

50 mil euros; Colocação por subscrição particular através de colocação directa; Montante de cada emissão não inferior a 500 mil euros e múltiplos de 50 milhares de euros; Prazos de cada emissão entre 1 e 360 dias. - Programa de 100 milhões de euros: Montante máximo do Programa de 100 milhões de euros; Prazo do Programa até Novembro de 2010; Representado por valores mobiliários nominativos, escriturais, com valor nominal unitário mínimo de

50 milhares de euros; Colocação por subscrição particular através de colocação directa; Montante de cada emissão não inferior a 500 milhares de euros e múltiplos de 50 milhares de euros; Prazos de cada emissão entre 1 e 360 dias. - Programa de 300 milhões de euros, agrupado com a SAGESTAMO: Montante máximo do Programa de 300 milhões de euros; Prazo do Programa até Novembro de 2011; Representado por valores mobiliários nominativos, escriturais, com valor nominal unitário mínimo de

50 mil euros; Colocação por subscrição particular através de colocação directa; Montante de cada emissão não inferior a 500 milhares de euros e múltiplos de 50 milhares de euros; Prazos de cada emissão entre 7 e 360 dias.

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3b Grupo ADP Factores de Risco É prática corrente no Grupo AdP, entre outros instrumentos, a contratação de instrumentos financeiros derivados para minimizar alguns dos riscos a que se encontra exposto. O Grupo AdP desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira da AdP e suas participadas. A gestão do risco é conduzida pelo departamento central de tesouraria com base em políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros, em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo AdP. O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração, que define os parâmetros de cada operação e aprova documentos formais descritivos dos objectivos das mesmas. i) Risco de taxa de câmbio A exposição ao risco de câmbio do Grupo AdP não é relevante. Ainda assim, e tendo em conta o investimento em Moçambique, o Grupo está exposto de algum modo ao risco de taxa de câmbio. Este risco consubstancia-se em futuras transacções comerciais, activos e passivos reconhecidos, bem como investimentos líquidos em operações estrangeiras que não foram incorridas ou expressas na moeda funcional do Grupo AdP. A Tesouraria Central do Grupo AdP é responsável pela gestão da exposição líquida do Grupo AdP em cada divisa, contratando swaps centralmente, com vista a minimizar os riscos comerciais, activos e passivos reconhecidos. O Grupo AdP possui investimentos denominados em moeda estrangeira, cujos activos líquidos estão expostos ao risco de taxa de câmbio pela conversão, bem como financiamentos em moeda estrangeira expostos ao risco de taxa de câmbio. A exposição cambial inerente aos activos líquidos em moeda estrangeira é gerida através da contratação de empréstimos na mesma moeda, e dos empréstimos com swaps de cobertura de taxa de câmbio. ii) Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para o Grupo AdP. O Grupo está sujeito ao risco de crédito nas suas actividades operacionais, de investimento e de tesouraria. O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes (fornecimento de água). Este risco é reduzido dadas as características do serviço prestado, não existindo um risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes.

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Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente residencial ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente. Dada a dispersão de clientes não é necessário considerar um ajustamento adicional de risco de crédito, para além da imparidade já registada nas contas a receber – clientes. iii) Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria do Grupo AdP pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo para o efeito as linhas de crédito disponíveis. O Grupo AdP efectua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com compromisso de tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos. A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo AdP por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais, não descontados a pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser remunerados estes passivos). iv) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

31-dez-2009 < 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Financiamentos bancários 543 742 307 969 1 697 057Locações financeiras 3 518 11 716 13 551Fornecedores e outros passivos 170 957 137 285 -

31-dez-2008 < 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Financiamentos bancários 687 400 235 141 1 346 704Locações financeiras 3 755 12 683 15 174Fornecedores e outros passivos 194 416 148 034 -

O risco da taxa de juro do Grupo AdP advém, essencialmente, da contratação de empréstimos de longo prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a taxas variáveis expõem o Grupo AdP ao risco de fluxos de caixa e empréstimos obtidos com juros à taxa fixa expõem o Grupo AdP ao risco do justo valor associado à taxa de juro. O Grupo AdP gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, mediante a contratação de swaps que permitam a conversão de empréstimos com juros calculados à taxa variável em empréstimos com juros calculados à taxa fixa. Igualmente associado à volatilidade das taxas de juro está remuneração garantida dos contratos de concessão, e consequentemente o desvio tarifário.

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Análise de sensibilidade (i) Análise de sensibilidade aos financiamentos (empréstimos bancários e derivados associados)

31-Dez-2009 31-Dez-2009Juros suportados Real 79 473 107 244Juros suportados taxa média +1% 99 628 119 914Juros suportados taxa média -1% 56 905 84 268

(ii) Análise de sensibilidade ao desvio tarifário Caso as taxas de juro tivessem variado 1% (nos dois sentidos) o impacto em resultados seria o seguinte: REAL 2009 UNA-PD UNR TOTAL Desvio tarifário bruto 43 937 (10 266) 33 671Imposto (4 821) 2 789 (2 032)Minoritários (12 347) 3 343 (9 004)Efeito líquido em resultados 26 769 (4 134) 22 635X

+1% UNA-PD UNR TOTALDesvio tarifário bruto 46 223 (9 444) 36 779Imposto (5 427) 2 599 (2 828)Minoritários (12 903) 3 058 (9 845)Efeito líquido em resultados 27 893 (3 786) 24 107X -1% UNA-PD UNR TOTAL Desvio tarifário bruto 34 665 (11 413) 23 251Imposto (2 364) 5 427 3 063Minoritários (9 515) 4 058 (5 457)Efeito líquido em resultados 22 786 (1 928) 20 858

iii) Risco de capital O objectivo do Grupo AdP em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face balanço é manter uma estrutura de capital óptima, através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital. O objectivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do grupo, com uma remuneração adequada aos accionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados. A política do Grupo AdP é contratar empréstimos com entidades financeiras, ao nível da empresa-mãe, a AdP, SGPS, S.A. (excepção feita à EPAL e aos empréstimos ao investimento), que por sua vez fará empréstimos às suas filiais. Esta política visa a optimização da estrutura de capital com vista a uma maior eficiência fiscal e redução do custo médio de capital.

31-Dez-2009 31-Dez-2008 Empréstimos não correntes 2 005 026 1 581 845Empréstimos correntes 543 742 687 400Disponibilidades (299 236) (289 650)Dívida 2 249 532 1 979 596Subsídios ao investimento 1 768 251 1 712 109Total do capital próprio 893 839 828 570Capital 4 911 622 4 520 274Dívida/Capital 46% 44%

 

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iv) Risco regulatório Como prestador de um serviço público, o Grupo AdP opera num ambiente altamente regulado. O regulador - ERSAR - mandatado pelo Governo, regula, entre outros aspectos, a tarifa a cobrar pelos serviços prestados. Na tentativa de balancear o interesse público no que concerne ao adequado acesso aos serviços prestados e o próprio interesse em gerar resultados que satisfaçam e remunerem o capital investido dos nossos accionistas, o regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam. 3c Grupo ANA i) Risco de crédito O Grupo ANA encontra-se sujeita(o) a risco de crédito que concede aos seus clientes. Contudo, as vendas a crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente. ii) Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez implica a manutenção, a um nível suficiente, das disponibilidades de caixa e seus equivalentes, da consolidação da dívida flutuante, através de um montante adequado de facilidades de crédito, e da habilidade de liquidar posições de mercado. Em função da dinâmica dos negócios subjacentes, o Grupo pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo linhas de crédito de curto prazo estáveis. iii) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro Como o Grupo ANA não tem activos significativos remunerados, o lucro e os fluxos de caixa operacionais são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado. O risco da taxa de juro do grupo ANA advém de empréstimos de longo prazo, obtidos. Sendo que os emitidos com taxas variáveis expõem-no ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro e os emitidos com taxas fixas expõem-no ao risco do justo valor da dívida. O Grupo ANA gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, contratando instrumentos derivados que permitam a transformação de taxas de juro variáveis em taxas de juro fixas. A análise de sensibilidade a variações de taxa de juro permite obter os seguintes impactos em resultados:

Natureza Cenário c/ Taxa actual* Cenário + 1% Cenário – 1%

Financiamentos à Tx. Variável (4 345 484,42) (3 002 262,10) 2 936 815,39 Financiamento à Tx. Fixa (15 842 219,76) - -

Juros s/ Locação Financeira (202 678,68) (44 325,18) 44 338,77 Juros obtidos D.P 696 137,74 - - Impacto Aproximado em Resultados/Cenário Taxa actual

(3 046 587,28)

2 981 154,16

* Custo dos juros em 2010

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iv) Gestão do risco de capital

O objectivo da empresa em relação à gestão do capital, que é um conceito mais lato do que o capital próprio relevado na face do balanço, é:

- Salvaguardar a capacidade do Grupo ANA continuar a sua actividade e efectuar os investimentos necessários à prossecução do objecto da concessão;

- Manter uma estrutura de capital óptima que lhe permita reduzir o custo de capital; e - Criar valor a longo prazo para os accionistas.

Esta gestão é efectuada através de medidas como: a emissão de instrumentos de dívida (empréstimo obrigacionista); e a negociação e reescalonamento da dívida e entradas de capital dos accionistas. 3d Grupo TAP

A gestão de risco do Grupo TAP visa estruturar e acompanhar, os mecanismos de protecção face aos múltiplos riscos a que o Grupo está exposto. Desde o comportamento dos mercados externos e interno, onde vende os seus serviços, até a variáveis decisivas como as cotações de combustível, com impacto determinante na estrutura de custos, passando pelos custos salariais e financeiros ou pelas oscilações cambiais, existe uma necessidade constante de prevenir e reagir a movimentos adversos que afectam a performance e a rentabilidade do Grupo. Os riscos materialmente relevantes a que o Grupo está exposto, com base na perspectiva de perda que cada um deles pode representar, são os seguintes: i) Risco de preço O risco de mercado do Grupo TAP, sobretudo relacionado com a actividade de transporte aéreo, tem vindo a acentuar-se, traduzindo-se numa quebra tendencial dos preços ao cliente, que estão dependentes quer da evolução do poder de compra dos consumidores, quer da evolução global das economias, e ainda da intensidade da concorrência nas diversas rotas operadas e destinos comercializados. A procura de passagens aéreas, incluindo o tráfego de negócios e de carga, está muito dependente da dinâmica económica dos mercados geradores de tráfego que se ressentiram fortemente com a crise económica de 2009. Por outro lado, a proliferação das companhias low cost a voar para Portugal tem vindo a forçar a empresa a ajustar o próprio modelo de gestão para fazer face a este tipo de concorrente cujo foco é centrado no baixo preço e em níveis de serviço reduzidos, obrigando a um grande esforço na gestão da oferta e apertado controle de custos. O novo ambiente concorrencial tem provocado uma tendência de redução nos preços de passagens das companhias regulares principalmente nas rotas europeias, procurando a empresa obter aumentos de receita, não através do preço mas antes através de volumes crescentes de tráfego, uma vez que as low costs geram elas próprias um alargamento do próprio mercado. A política de preços, e o seu reflexo nas receitas, é naturalmente condicionada a nível de custos pelo comportamento do combustível, para o qual se activa o mecanismo de sobretaxas em caso de subida acentuada do combustível, o que não sucedeu em 2009, dado que a subida do preço do combustível foi limitada. As variações cambiais repercutiram-se limitadamente em 2009 na receita, tendo tido algum impacto

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negativo nas fases do ano em que o Euro se valorizou de forma generalizada face ao espectro de divisas, europeias e não europeias, a que a empresa está exposta. Muitos outros factores se repercutem na receita e na rentabilidade das linhas, como sejam as conexões oferecidas, a integração da rede, a qualidade do serviço a bordo, o número de frequências, a imagem de marca, a maior ou menor apetência pelos destinos disponíveis, o desenvolvimento de fluxos turísticos, étnicos e de negócios, a abertura de novos destinos. Por fim, um elemento significativo na capacidade de reacção da empresa ao risco de mercado, em 2009, foi a capacidade de ajustar a oferta, quer em número de voos, quer de frequências ou tipo de equipamento, de forma a minimizar o impacto muito forte que a quebra económica de 2009 teve no transporte aéreo e em particular na procura dirigida à empresa. Esse elemento revelou-se decisivo ao permitir compensar a baixa da receita com uma redução significativa dos custos variáveis, como combustíveis, por exemplo, cujo consumo reduziu cerca de 7% face a 2008. ii) Risco cambial Embora o Eurodólar, em final de 2008 e final de 2009, se tenha situado em níveis relativamente próximos (câmbios de referência do BCE em 31 de Dezembro respectivamente de 1,3917 e 1,4406) e embora a média anual se tenha situado também próxima desses valores (em 1,395), ao longo do ano registou-se, contudo, uma volatilidade significativa num intervalo entre 1,25 e 1,50. O perfil de evolução do Eurodólar registado ao longo do ano acabou por ter um impacto negativo correspondente a um agravamento de 6% na facturação com combustíveis face ao ano anterior, o que contrariou, embora de forma muito limitada, os ganhos muito significativos resultantes da baixa das cotações e do hedging. No plano das receitas de passagens e de manutenção, o comportamento médio do Eurodólar terá tido pouco impacto no respectivo resultado. Da mesma forma, a evolução específica de divisas como a libra, que desvalorizou ligeiramente, e do franco suíço, que se apreciou ligeiramente, terão tido um impacto reduzido nas receitas do Grupo. O Real brasileiro apresentou uma forte subida ao longo do ano (cerca de 30%), quer face ao Euro, quer face ao dólar, partindo de um nível muito desvalorizado, em final de 2008, em plena tempestade financeira internacional, e beneficiando progressivamente, quer pela estabilização ocorrida nos mercados financeiros, quer em virtude da boa performance relativa da economia brasileira no contexto da recessão mundial. Dada a exposição crescente ao mercado brasileiro, quer na actividade de transporte aéreo, quer em virtude dos investimentos na TAP Manutenção e Engenharia Brasil, a valorização cambial do Real e a crescente afirmação económica do Brasil deverão trazer benefícios de longo prazo à empresa. De referir ainda, que, em 2009 não foram levadas a cabo operações de cobertura cambial e que, relativamente à exposição cambial da dívida, esta se manteve quase totalmente denominada em euros (96.8% do total no fecho do exercício).

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Em conclusão, pode referir-se que a exposição ao dólar do lado dos custos reside sobretudo na facturação de combustíveis e que, desde que o montante total desta rubrica não sofra agravamentos significativos como os verificados em 2008, essa mesma exposição estará em parte compensada pela exposição de sentido contrário a receitas em dólares verificadas em diversos mercados, entre os quais as próprias receitas no Brasil, onde o tarifário é baseado no dólar e onde a evolução do real não tem, portanto, impacto directo , linear e integral no total de receitas. A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2009, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros do Grupo convertidos para eros aos câmbios em vigor à data de balanço, apresenta-se como segue

iii) Risco de taxa de juro As taxas de mercado acompanharam, em baixa, as taxas directoras: as Euribor de prazos intermédios (a 3 e 6 meses) passaram de um valor médio em 2008 de 4,6% para uma média em 2009 de 1,3%, e as Libor do Dólar baixaram em média de 3% em 2008 para 0,9% em 2009. Também as taxas de longo prazo bateram recordes em baixa, tendo as taxas de swap a 5 anos do Euro caído de um pico de 5% em meados de 2008 e níveis de 3% em final de 2008 para cerca de 2,5% em final de 2009.

Activos e passivos em divisas USD BRL Outras Total

Activos

Caixa e equivalentes de caixa 18.899                   6.064                     33.556               58.519                    

Contas a receber ‐ clientes 41.779                   76.114                   15.489               133.382                  

Contas a receber ‐ outros 2.545                     18.251                   86                      20.882                    

Estado e outros entes públicos ‐                              54.644                   ‐                         54.644                    

Diferimentos ‐                              558                         ‐                         558                         

63.223                   155.631                 49.131               267.985 

Passivos

Passivos remunerados 41.689                   ‐                              ‐                         41.689                    

Contas a pagar ‐ fornecedores 2.935                     12.527                   565                    16.027                    

Contas a pagar ‐ outros 24.454                   5.380                     349                    30.183                    

Estado e outros entes públicos ‐                              137.377                 ‐                         137.377                  

Diferimentos 12.851                   10.538                   179                    23.568                    

81.929                   165.822                 1.093                  248.844 

Activos e passivos em divisas USD BRL Outras Total

Activos

Caixa e equivalentes de caixa 6.031                     32.122                   15.149               53.302                    

Contas a receber ‐ clientes 62.421                   49.140                   18.194               129.755                  

Contas a receber ‐ outros 125                         1.104                     35                      1.264                      

Estado e outros entes públicos ‐                              6.953                     ‐                         6.953                      

68.577                   89.319                   33.378               191.274 

Passivos

Passivos remunerados 52.016                   ‐                              ‐                         52.016                    

Contas a pagar ‐ fornecedores 14.359                   20.693                   2.804                 37.856                    

Contas a pagar ‐ outros 17.343                   4.669                     157                    22.169                    

Estado e outros entes públicos ‐                              97.026                   ‐                         97.026                    

Acréscimo de custos 275                         5.161                     40                      5.476                      

83.993                   127.549                 3.001                  214.543 

31‐12‐2008

31‐12‐2009

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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A despeito da redução de taxas e da progressiva estabilização dos mercados monetários, traduzida nomeadamente na redução do spread entre as taxas directoras dos bancos centrais e as taxas interbancárias, as dificuldades de financiamento às empresas mantiveram-se ao longo de 2009 e a restrição ao crédito reflectiu-se, quer na dificuldade de negociação de operações novas, quer no agravamento de margens em linhas de curto prazo que foram sendo renovadas em condições progressivamente mais desfavoráveis. Dada a percentagem relativamente diminuta de créditos de curto prazo na dívida global do Grupo TAP, cerca de 5% do total, a subida de preço dos financiamentos não teve, em 2009, um impacto significativo nos custos financeiros globais. Contudo, à medida que for sendo necessário refinanciar a dívida de longo prazo, com spreads significativamente mais altos que os existentes, os custos financeiros poderão subir. A exposição ao risco de taxa de juro foi objecto de diversas actuações durante o ano, na sequência da baixa continuada das taxas de juro de longo prazo. Assim, foi decidido realizar a fixação de taxa de juro a longo prazo nos contratos de leasing das novas aeronaves A330, utilizando concorrencialmente os dispositivos contratuais existentes nos contratos e a contratação em mercado. Como consequência das conversões de taxa flutuante para taxa fixa, verificou-se uma subida do rácio de cobertura de taxa fixa, que atingiu, em final de 2009, 60% do total da dívida, contra 45% em final de 2008. O custo adicional de protecção a movimentos futuros das taxas de juro consistiu em abdicar da indexação à Euribor, com taxas de, aproximadamente, 1% em final do ano, e em assumir níveis de taxas fixas entre 2,5 e 3% durante os 10 anos de vida remanescente destes leasings. No quadro do Passivo Remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro de mercado e câmbio do Eurodólar, como segue: 3% para a Euribor, 1,75% para a Libor do Dólar, e 1,4377 no Eurodólar. Note-se que para o indexante da generalidade dos passivos a taxa variável é a Euribor, a 3 ou a 6 meses. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

Nota: tendo o quadro acima sido construído com base nos pressupostos referidos, para a Euribor, nomeadamente, e considerando os níveis médios de 2009 das taxas de longo prazo, também próximos do

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos > 10 anos Total

Empréstimos 156.509             84.609                250.879              220.505              ‐                           712.502             Locações financeiras 143.418             112.310              274.676              245.097              6.399                  781.900             

Total 299.927             196.919              525.555              465.602              6.399                  1.494.402         

Empréstimos taxa fixa 59.472                49.243                147.551              147.262              ‐                           403.528             Locações financeiras taxa fixa 93.785                78.471                167.173              162.372              6.399                  508.200             

Total taxa fixa 153.257             127.714              314.724              309.634              6.399                  911.728             

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos > 10 anos Total

Empréstimos 130.336             89.852                251.292              304.702              ‐                           776.182             

Locações financeiras 116.897             142.848              306.906              304.627              28.140                899.418             Total 247.233             232.700              558.198              609.329              28.140                1.675.600         Empréstimos taxa fixa 49.343                49.270                147.623              196.433              ‐                           442.669             

Locações financeiras taxa fixa 60.415                66.350                92.900                70.287                ‐                           289.952             Total taxa fixa 109.758             115.620              240.523              266.720              ‐                           732.621             

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pressuposto da Euribor, o valor descontado dos passivos financeiros considerados deverá assumir valores aproximados aos valores contabilísticos dos activos e passivos financeiros. iv) Risco de preço de combustível As cotações do crude iniciaram o ano em 40 Usd/barril e terminaram o ano em 80 Usd/barril. Por seu lado, as cotações de jet fuel, que apresentaram uma volatilidade ligeiramente inferior, subiram de 500 Usd/tonelada, em início de 2009, para 700 Usd/tonelada no final do ano. A média anual do preço do combustível situou-se em 546 Usd/ton, um valor que não se verificava desde 2005. Recorde-se que a média do jet fuel (referência CIF NWE do Platts) foi de 650 Usd/ton em 2006, 712 Usd/ton em 2007 e 1.007 Usd/ton em 2008. Em termos de gestão de risco, reduziu-se o mais possível a contratação de operações de hedging no 1º semestre do ano. Em contrapartida, no 2º semestre foram contratadas múltiplas operações de fixação do preço, quer destinadas ao semestre em curso, quer para o 1º semestre de 2010. A quase totalidade das operações vieram a gerar resultado positivo aquando da sua liquidação ou ainda um mark-to-market favorável em 31/12/2009 no que diz respeito a operações que transitaram para 2010. O grau de cobertura atingido foi de aproximadamente 55% face ao consumo efectivamente realizado no 2º semestre de 2009, enquanto que o volume de combustível contratado para 2010 se aproximou de 2/3 do consumo previsto para o 1º semestre de 2010. O efeito da enorme queda das cotações médias de 2008 para 2009 traduziu-se numa redução histórica dos custos com combustíveis em 2009 para praticamente metade do seu valor de 2008, de 703 493 milhares de euros para 358 641 milhares de euros e para esse resultado, terá sido decisivo o montante quase nulo de hedging da primeira metade do ano, bem como o timing das operações realizadas na 2ª metade do ano. A exposição ao preço do combustível é um dos factores mais importantes geradores de exposição cambial líquida do Grupo (especialmente quando as cotações do combustível estão elevadas) dado que o mercado de jet fuel é denominado em dólares e o combustível é a principal rubrica de custos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a exposição líquida do Grupo ao Dólar. A análise de sensibilidade para o custo com combustíveis da empresa foi elaborada com bases nos pressupostos abaixo: Consumo padrão: 900 mil toneladas Variação: 100 Usd/tonelada Câmbio Eur/Usd: 1,40 Impacto anual na Exploração: 90 milhões de Usd, 64,3 milhões de euros

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v) Risco de liquidez A posição de tesouraria é uma variável crítica e determinante da estabilidade do Grupo TAP. Esta variável requer uma atenção especial dada a susceptibilidade da liquidez às flutuações da economia em geral e também a oscilações em mercados determinantes como o mercado petrolífero. Por outro lado, a forte recessão verificada em 2009 implicou uma atenção redobrada à regulação da oferta num contexto de retracção da procura, de forma a minimizar o risco económico e o risco de tesouraria. A agravar o contexto económico global desfavorável, também a contracção significativa dos mercados de crédito tornou a gestão da liquidez um factor chave de estabilidade. Por outro lado, o choque petrolífero de 2008 causou uma destruição de liquidez sem precedentes que só foi possível recuperar, parcialmente, na sequência do contra-choque de baixa de cotações verificado em finais de 2008 e inícios de 2009. A descida dos preços dos combustíveis registou-se em simultâneo com uma recessão também sem precedentes, o que originou uma quebra de receitas significativa, inviabilizando a recuperação total em 2009 das perdas de 2008. A conjuntura verificada em 2008 e 2009 é um exemplo de como a gestão de tesouraria e da dívida, englobando a estrutura de financiamentos e escalonamento de amortizações, o montante de linhas disponíveis de curto prazo e respectivos custos, as margens médias e indexantes de taxas de juro, se torna valiosa em contexto de restrições financeiras e de crédito e de agravamento sem precedentes de custos de cedência de liquidez. Em 2009 a tesouraria estabilizou mas foi considerado conveniente preparar o seu reforço para o futuro através do lançamento de um Request for Proposals, em final do ano, aos mercados financeiros, de forma a que o Grupo disponha em inícios de 2010 de novos capitais que garantam a normal substituição de dívida resultante de amortizações programadas e termo previsto de algumas operações de leasing de longo prazo de aeronaves. vi) Risco de crédito O risco de crédito do Grupo reside na possibilidade de incumprimento de obrigações contratuais por parte de determinados clientes, por exemplo a nível de serviços de manutenção e engenharia. Contudo são, consistentemente, accionados mecanismos de salvaguarda e de protecção do risco de crédito (por exemplo, garantias bancárias) que permitem minimizar os riscos em questão. Dada a natureza das transacções a nível da actividade de transporte aéreo, o montante de risco incorporado nos valores a receber de clientes é significativamente mitigado, existindo aliás um valor elevado em saldo, de forma recorrente, de adiantamento de clientes, montantes pagos antes da concretização do voo. De referir que os bilhetes vendidos através de agentes de viagens são liquidados à empresa através de um sistema de clearing específico da indústria, coordenado pela IATA (International Air Transport Association), o qual salvaguarda o risco de crédito das companhias aéreas através de avaliação contínua da posição financeira das agências e da solicitação, sempre que justificado, de instrumentos de protecção ao risco, como garantias bancárias ou de accionistas.

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O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez do Grupo TAP a 31 de Dezembro de 2009 e 2008, bem como saldos de contas a receber, que reflectem o risco de crédito nessas mesmas datas: De referir que uma percentagem superior a 2/3 do total da rubrica “contas a receber – clientes” correspondia em 2009 a créditos ainda não vencidos. Quanto a créditos já vencidos, a parcela de antiguidade inferior a 6 meses representava em 2009 cerca de 1/5 do total. Quanto aos créditos com antiguidade superior a 1 ano referem-se, essencialmente, a valores a receber de diversas entidades públicas, a dívidas da SPdH e ainda a valores em dívida de clientes à TAP Manutenção e Engenharia Brasil em 31 de Dezembro de 2009. 4 - Trabalhadores ao serviço Durante os exercícios de 2009 e 2008 o número médio de trabalhadores ao serviço (da empresa e de todas as subsidiárias) foi de 19 913 e de 22 075, respectivamente. 5 - Activos fixos tangíveis Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis, bem como as respectivas depreciações acumuladas foi o seguinte:

31‐12‐2009 31‐12‐2008

Activos

Caixa e equivalentes de caixa 131.077          182.298       

Contas a receber ‐ clientes 192.590          234.747       

Contas a receber ‐ outros 79.453             85.059          

 403.120   502.104 

T errenos e recursos naturais

Edifícios e out ras

const ruções

Equip. básico Equip. de t ransporte

Ferram. e utensílios

Equip. administ .

Out ras imobiliz.

corpóreas

Imobiliz. em curso

Adiantamentos por contas de imobilizações

corpóreas

T otal

Activo Bru toSaldo inicial 329 025 1 565 745 3 613 751 45 017 39 145 177 090 124 422 138 332 31 479 6 064 007

Variação do perímet ro de consolidação - - - - - - - - - - Adições 129 5 067 27 948 995 1 364 4 203 667 194 317 4 043 238 733 Perdas Imparidade reconhecidas (1 000) - - - - - - - - (1 000)Revalorizações - 1 737 1 026 - 4 94 - - - 2 861 Alienações (1 564) (1 882) (20 968) (1 250) (6) (668) (16) - - (26 354)Out ras T ransferências/ abates (6 117) 64 521 49 482 (2 099) (4 815) (21 044) (2 142) (149 854) (18 339) (90 408)Diferenças Câmbio 271 265 19 396 (185) 969 5 735 (8) 1 330 - 27 773

Saldo final 320 745 1 635 453 3 690 635 42 478 36 661 165 410 122 924 184 124 17 183 6 215 613

De pre ciaçõe s Acu m u ladasSaldo inicial 474 759 235 1 724 802 35 613 28 919 143 490 33 429 - - 2 725 962

Variação do perímet ro de consolidação - - - - - - - - - - Adições 129 46 413 179 115 3 129 1 715 11 820 5 217 - - 247 538 Alienações - (1 256) (18 743) (826) (3) (641) (16) - - (21 484)Out ras T ransferências/ abates (160) (3 476) 1 957 (6 459) (2 684) (20 467) (1 147) - - (32 435)Diferenças Câmbio - 84 5 589 (154) 363 5 658 (8) - - 11 532

Saldo final 444 801 000 1 892 721 31 303 28 311 139 861 37 475 - - 2 931 114

Pe rdas de Im paridade Acu m u ladasSaldo inicial 17 011 - - - - - - - - 17 011

Perdas Imparidade reconhecidas 4 211 - - - - - - - - 4 211 Perdas Imparidade revert idas (924) - - - - - - - - (924)

Saldo final 20 298 - - - - - - - - 20 298

Valor Liqu ido (IFRS ) 300 004 834 453 1 797 914 11 176 8 350 25 549 85 448 184 124 17 183 3 264 202

2009

Activos fixos tan gíve i s

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Os terrenos e edifícios a 31 de Dezembro de 2009 incluem: • 234 milhões de euros (31DEZ08: 235 milhões de euros) relativos a infra-estruturas de produção,

transporte e distribuição de água; • 556 milhões de euros (31DEZ08: 514 milhões de euros) relativos a terrenos utilizados na actividade

aeroportuária e os edifícios e outras construções implantadas nesses terrenos, nomeadamente, pistas, placas de estacionamento e vias de circulação; e

• 176 milhões de euros (31DEZ08: 181 milhões de euros) essencialmente relativos aos terrenos e edifícios do reduto TAP no aeroporto de Lisboa.

Importa salientar que a Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal Administrativo, um recurso que se encontra pendente da decisão do Governo Português, consubstanciado no Decreto-Lei n.º 351/89, de 13 de Outubro, ao abrigo do qual se processou a transferência para a propriedade do Grupo TAP dos terrenos, edifícios e outras construções utilizados pela Empresa, e localizados junto do Aeroporto de Lisboa, desafectando-os do domínio público. Paralelamente, foi colocada uma acção cível cuja tramitação depende do desfecho do processo atrás referido. É entendimento do Grupo TAP que do desfecho destes processos judiciais não resultarão impactos materiais para a Empresa. O equipamento básico inclui essencialmente: • 989 milhões de euros (31DEZ08: 1 084 milhões de euros) de equipamento de voo, dos quais 657 milhões

de euros (31DEZ08: 726 milhões de euros) em regime de locação financeira; e • 621 milhões de euros (31DEZ08: 611 milhões de euros) respeitante a equipamento de produção,

transporte e distribuição de água. Em 31 de Dezembro de 2009, a frota aérea do Grupo TAP é composta por quatro aviões Airbus A340, onze aviões Airbus A330 e quinze aviões Airbus A319, cinco aviões Airbus A320, dois aviões Airbus A321, seis aviões Fokker 100 e oito aviões Embraer 145. Desta frota apenas quatro aviões Airbus A340, três aviões

T erren o s e recurso s n at urais

Edifício s e o ut ras

co n st ruçõ es

E quip . básico Equip . de t ran sp o rt e

Ferram . e ut en sílio s

Equip . adm in ist .

Out ras im o biliz.

co rp ó reas

Im o biliz. em curso

Adian t am en t o s p o r co n t as de im o bilizaçõ es

co rp ó reas

T o t al

Acti vo B ru toSaldo in icial 2 2 1 0 4 3 1 3 2 3 3 0 9 2 4 6 5 5 0 6 3 3 6 4 8 2 4 8 6 4 1 3 8 9 3 6 1 1 0 2 8 9 1 0 2 5 0 3 6 6 5 5 5 4 4 8 6 6 5 3

Variação do p erím et ro de co n so lidação 1 1 4 2 5 6 1 9 4 5 5 6 1 0 4 3 8 2 6 4 3 4 2 1 4 0 2 7 3 8 7 9 7 1 0 6 1 9 3 6 6 8 9 1 1 5 5 1 4 5 8 2 6 7

Adiçõ es 1 2 1 6 2 7 7 5 3 1 5 1 6 2 1 8 2 3 1 1 4 2 3 4 2 7 1 2 9 8 1 6 5 1 2 3 2 3 5 6 5 5 1 5 5 3 0

Rev alo rizaçõ es 4 9 7 - - - - - - - - 4 9 7

Alien açõ es (5 0 1 4 ) (4 2 1 2 ) (2 5 4 5 3 3 ) (1 1 1 8 ) (9 ) (2 2 2 ) (7 ) (1 6 0 ) - (2 6 5 2 7 5 )Out ras T ran sferên cias/ abat es (2 9 7 3 ) 4 9 5 5 2 4 8 7 3 5 6 3 5 0 (1 5 6 ) (7 3 2 ) 2 2 2 4 (1 6 4 9 8 6 ) (5 9 7 9 6 ) (1 2 1 7 8 1 )

Diferen ças Câm bio - (2 3 6 ) (4 9 4 4 ) (2 7 ) (7 2 2 ) (3 1 1 7 ) (1 ) (8 3 7 ) - (9 8 8 4 )

Saldo fin al 3 2 9 0 2 5 1 5 6 5 7 4 5 3 6 1 3 7 5 1 4 5 0 1 7 3 9 1 4 5 1 7 7 0 9 0 1 2 4 4 2 2 1 3 8 3 3 2 3 1 4 7 9 6 0 6 4 0 0 7

De pre ci a çõ e s Acu m u l a da sSaldo In icial (8 3 3 ) 6 3 1 1 8 2 1 4 1 9 0 1 3 2 8 4 8 6 1 7 2 6 9 1 1 4 0 1 4 1 9 1 7 7 - - 2 2 2 8 3 0 8

Variação do p erím et ro de co n so lidação - 7 2 4 7 2 3 8 4 5 4 8 3 7 3 5 1 0 8 8 5 2 9 5 3 1 8 6 4 2 - - 5 0 9 8 1 3

Adiçõ es 1 3 0 7 6 3 2 1 2 1 8 0 3 4 3 5 5 9 9 1 3 1 1 9 3 5 9 1 2 3 5 9 - - 2 7 3 4 9 1

Alien açõ es - (4 1 1 9 ) (2 3 1 5 3 6 ) (6 1 5 ) - (1 4 1 ) (5 ) - - (2 3 6 4 1 7 )

Out ras T ran sferên cias/ abat es - (3 4 4 1 ) (2 4 8 7 0 ) (1 5 7 6 ) (2 3 4 ) (7 4 7 9 ) (6 7 4 4 ) - - (4 4 3 4 5 )

Diferen ças Câm bio - (7 1 ) (2 6 9 6 ) (1 6 ) (3 1 1 ) (1 7 9 4 ) - - - (4 8 8 8 )

Saldo fin al 4 7 4 7 5 9 2 3 5 1 7 2 4 8 0 2 3 5 6 1 3 2 8 9 2 0 1 4 3 4 8 9 3 3 4 2 9 - - 2 7 2 5 9 6 3

P e rda s de Im pa ri da de Acu m u l a da sSaldo In icial 1 7 0 1 1 - - - - - - - - 1 7 0 1 1 Saldo fin al 1 7 0 1 1 - - - - - - - - 1 7 0 1 1

Va l o r Li qu i do 3 1 1 5 4 0 8 0 6 5 1 0 1 8 8 8 9 4 9 9 4 0 5 1 0 2 2 5 3 3 6 0 1 9 0 9 9 4 1 3 8 3 3 2 3 1 4 7 9 3 3 2 1 0 3 4

2 0 0 8

Acti vo s fi x o s ta n g í ve i s

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Airbus A330 e quatro aviões Airbus A319, não se encontram em regime de locação financeira. Adicionalmente, importa salientar que o Grupo TAP operava em 31 de Dezembro de 2009, em regime de locação operacional, quatro aviões Airbus A319, quinze aviões Airbus A320, um avião Airbus A321 e um avião Airbus A330 e um avião Airbus A310, não reconhecidos no activo. O aumento da rubrica equipamento básico, refere-se essencialmente, à aquisição, pela TAP, de um reactor no montante de 13 405 milhares de euros, de sobressalentes em cerca de 6 000 milhares de euros e de diverso equipamento no montante de cerca de 4 250 milhares de euros. As alienações do equipamento básico, resultam, essencialmente, da alienação pela TAP SA de dois reactores no montante de 17 098 milhares de euros. As diferenças de câmbio ocorridas em equipamento básico e equipamento administrativo referem-se essencialmente aos activos da TAP. Na rubrica “imobilizações em curso” salienta-se as adições realizadas pelas Águas de Portugal no montante de 41 milhões de euros, bem como as adições verificadas na empresa ANA, no montante de cerca de 105 milhões de euros, que respeitam ao Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa. A redução nesta rubrica no montante de cerca de 22 milhões de euros advém do Grupo AdP, correspondendo essencialmente, à conclusão, no decurso do exercício de 2009, de parte das obras relacionadas com a ampliação do Sistema de Castelo de Bode, à renovação das condutas adutoras e de distribuição da rede de Lisboa, ao projecto de macro medição da área de Negócio de Produção, a grandes obras de reabilitação do Aqueduto Tejo, implementação de Zonas de Monitorização e Controlo (ZMC’s) na rede de Lisboa e optimização do consumo energético. No que respeita aos investimentos do Grupo ANA que entraram em exploração no exercício de 2009, destacam-se também os relativos ao Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa, no montante de 56,6 milhões de euros. A rubrica “adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas” refere-se, essencialmente, a: (i) adiantamentos efectuados para a aquisição futura de aeronaves por parte da TAP, no montante de 6 321 milhares de euros); (ii) adiantamentos efectuados pela empresa Lazer e Floresta, relacionados com a aquisição de propriedades, aguardando-se a efectivação da escritura (5 014 milhares de euros). De salientar que, uma vez que presta um serviço público, a ANA, SA tem no seu activo, e administra, bens do domínio público do Estado, licenciando a respectiva ocupação e o exercício de quaisquer actividades e cobrando, em conformidade, as taxas conforme definido no Decreto-Lei n.º 404/98 – artigo 14º - e nos Decreto-Lei n.º 102/90, de 21 de Março e Decreto Regulamentar n.º 12/99, de 30 de Julho. Por sua vez, a ANAM, SA, tem no seu activo, e administra, bens do domínio público da Região Autónoma da Madeira, licenciando a respectiva ocupação e o exercício de quaisquer actividades e cobrando, em conformidade, as respectivas taxas, conforme definido, no Decreto Legislativo Regional 7/2000/M, de 01 de Março e a

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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aplicação supletiva dos Dec-Lei 102/90, de 21 de Março e 275/99, de 23 de Julho, consoante o tipo e natureza. O activo fixo tangível do Grupo ANA, no montante líquido de 873 milhões de euros (31DEZ08: 787 milhões de euros) compreende: • Bens dominiais adquiridos – Inclui todos os bens adquiridos pela ANA que se encontram implantados em

terrenos e bens de domínio público, sendo estes bens reversíveis para o Estado. Estes bens estão registados pelo valor da contrapartida inicial liquidada pelas empresas e foram objecto de reavaliações legais, estando a ser amortizados pelas respectivas vidas úteis estimadas. Estão sujeitos ao regime de domínio público e afectos à actividade das empresas que os administram livremente, não os podendo alienar;

• Bens dominiais cedidos – Inclui os bens cedidos pelo Estado à ANA sem qualquer contrapartida (essencialmente terrenos utilizados na actividade aeroportuária e os edifícios e outras construções implantadas nesses terrenos, nomeadamente, pistas, placas de estacionamento e vias de circulação);

• Bens patrimoniais – Inclui todos os restantes bens registados como activos fixos tangíveis que tenham sido adquiridos pelas empresas do Grupo ANA.

A perda por imparidade acumulada está na totalidade relacionada com activos da Companhia das Lezírias (vide Nota 43). 6 - Propriedades de investimento As principais tipologias de propriedades de investimento em 2009 e 2008 são activos imobilizados alugados ou passíveis de serem arrendados. Tiveram a seguinte variação no exercício de 2009:

As propriedades de investimento respeitam às seguintes entidades: Os ajustamentos positivos de justo valor incluem: • 2 445 milhares de euros relativos a propriedades da Lazer e Floresta; • 2 800 milhares de euros relativos a imóveis do Grupo SAGESTAMO; • 3 283 milhares de euros relativos a terrenos, armazéns e escritórios do Grupo Baía do Tejo. Os ajustamentos negativos de justo valor respeitam ao montante de 15 406 milhares de euros que advêm da perda reconhecida nos terrenos e instalações detidos pela ENVC Imobiliária. Estes imóveis estão ocupados pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, SA sem que exista certeza sobre benefícios económicos futuros.

Propriedades de Investimento Ao Justo Valor Ao custo Ao Justo Valor Ao custo

S aldo inicial 536 974 22 351 770 22 Ajustamentos de Justo Valor - ganhos e perdas líquidos (6 896) 36 006 - Aumentos - aquisições 2 152 - 5 262 - Alienações - - (4 425) - Transferências para e de inventários e p rop riedade ocupada p (68 195) - 147 074 - Depreciações - (1) - - Outras variações 1 538 - 1 287 -

S aldo final 465 573 21 536 974 22 Total 465 594 536 996

2009 2008

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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As transferências para inventários referem-se inteiramente a imóveis detidos pelo Grupo SAGESTAMO. 7 - Trespasse (Goodwill)

Em resultado dos testes de imparidade efectuados às diferentes UGC’s apenas foram identificadas perdas por imparidade no goodwill na SPE que contempla o valor dos recursos diamantíferos prováveis e potenciais. As “outras variações” incluem o montante de 11 227 milhares de euros referente à variação cambial do goodwill da Aero-LB, na TAP, que se encontra denominado em Reais (124 880 960 BRL). 8 - Outros activos intangíveis

Os activos intangíveis advêm maioritariamente do Grupo AdP, sendo que 3,7 milhões de euros (31DEZ08: 3,4 milhões de euros) , correspondem a direitos de utilização de infra-estruturas (IFRIC 12) das unidades de negócio UNA-PD (água) e UNR (resíduos).

Com vida util indefinida

Com vida util finita

Total Com vida util indefinida

Com vida util finita

Total

VALORES LÍQUIDOSSaldo inicial 308 3 803 577 3 803 885 9 3 809 898 3 809 907

Variação do perímetro de consolidação - - - - 9 497 9 497 Perdas Imparidade reconhecidas - - - - (7 225) (7 225) Adições 3 517 625 517 628 299 1 761 2 060 Alienações - (1 894) (1 894) - - - Outras Transferências/ abates (308) 4 327 4 019 - (433) (433) Amortizações - Op erações em Continuação - (215 045) (215 045) - (9 922) (9 922)

Saldo final 3 4 108 590 4 108 593 308 3 803 577 3 803 885

Activos intangíveisOutros activos fixos intangíveis

2009 2008

Outros activos fixos intangíveis

Goodwill Saldo Inicial Aumentos Perdas de

imp aridade Outras

Variações Saldo Final

Saldo Inicial

Aumentos Outras

Variações Saldo Final

Comp anhia das Lezírias, S.A. 424 - - - 424 424 - 424 Lazer e Floresta, S.A. 4 515 - - - 4 515 4 515 - 4 515 SNES-ES 91 - - - 91 91 - - 91 PIS - Parque Industrial do Seixal 64 - - (3) 61 68 - (4) 64 Ecodetra 167 - - - 167 144 - 23 167 AdP 99 510 - - - 99 510 - 99 510 99 510 ANA 15 850 - - - 15 850 15 850 - - 15 850 PORTUGÁLIA / Gestiserv 63 099 - - - 63 099 63 099 - - 63 099 NAER - Novo Aerop orto 690 - - - 690 690 - - 690 Portway Handling de Portugal 1 430 - - - 1 430 1 430 - - 1 430 Valorsul 3 307 - - - 3 307 3 307 3 307 Algar 130 - - - 130 130 130 Aquasis 210 - - - 210 - - 210 210 SPE - 18 426 (18 426) - - - - Reaching Force 91 605 - - - 91 605 - - 91 605 91 605 Aero -LB 38 501 - - 11 227 49 728 - - 38 501 38 501

319 593 18 426 (18 426) 11 224 330 817 89 749 99 510 130 335 319 593

20082009

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As variações do exercício resultam, essencialmente, do contínuo plano de investimentos em infra-estruturas das empresas concessionárias. Destacam-se os investimentos da Águas do Algarve, SA. com a conclusão da barragem de Odelouca e a construção de 2 grandes ETAR (no montante aproximado de 55 373 milhares de euros), o investimento da ERSUC, SA. na unidade de tratamento biomecânico e biológico em Aveiro e Coimbra (no montante de 13 432 milhares de euros), a integração do património da AMAV e Associação de Municípios do Norte na Resinorte (no montante de 16 315 milhares de euros) e o investimento da Simtejo na ETAR de Alcântara (no montante aproximado de 47 730 milhares de euros). Os activos intangíveis incluem ainda o montante de 2 115 milhares de euros do Grupo TAP (31DEZ08: 4 095 milhares de euros) respeitante essencialmente a: • Licença válida durante um período de 10 anos, concedida pela CFM International, S.A. (“CFMI”), que

garante a possibilidade ao Grupo de prestar a terceiros informação e suporte técnicos relacionados com reactores que a Empresa não opera actualmente. Esta licença é amortizada em quotas constantes durante aquele período e o seu valor líquido ascende em 31 de Dezembro de 2009 a 1 851 milhares de euros (31DEZ08: 2 255 milhares de euros);

• Entrance fee pago à Star Alliance amortizado em quotas constantes durante um período de 5 anos, cujo valor liquido actual é de 264 milhares de euros (31DEZ08: 1 846 milhares de euros).

O remanescente valor de activos intangíveis, correspondem em grande parte a licenças de software (ANA, INCM). 9 - Activos biológicos

31-Dez-09

Activos biológicos não correntes

Saldo inicial

Aumentos derivados

de aquisições

Diminuições devidas a colheit as

Variações do exercício derivadas de alterações no JV menos

custos est imados no ponto de venda

Alienações Depreciações Outras variações

Saldo final

ACTIVOS - Registados ao JVFloresta - - - - - - -

Pinhal 10 751 - (2 450) 48 (42) (819) 7 487 Eucalip tal 14 073 - (392) 1 649 (552) (837) 13 940

24 823 - (2 843) 1 697 (594) - 21 428 ACTIVOS - Registados ao Custo

Olival 205 6 - - (3) (27) 180 Vinha 775 36 - - (32) 27 807 Bovinos rep rodutores 925 222 (32) (7) (128) - 979 Animais de trabalho 13 5 - - (4) - 14

1 917 269 (32) - (7) (167) - 1 980

Total 26 741 269 (2 875) 1 697 (601) (167) - 23 407

Activos biológicos correntes

Saldo inicial

Aumentos derivados

de aquisições

Diminuições devidas a colheit as

Variações do exercício derivadas de alterações no justo valor menos custos est imados no

ponto de venda

Alienações Depreciações Outras variações

Saldo final

ACTIVOS - Registados ao JVFloresta - - - - - - -

Pinhal 546 - - - - 819 1 364 Eucalip tal - - - - - 774 774

Total 546 - - - - - 1 593 2 139

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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Considerando as actividades desenvolvidas pelo Grupo PARPÚBLICA, distinguem-se como principais activos biológicos a “floresta” (sobretudo pinhal e eucaliptal), “olival e vinha” e ainda “animais de trabalho e bovinos reprodutores”. As florestas encontram-se registadas ao justo valor calculado através do método do valor actual dos cash flows descontados conforme previsto na IAS 41. A área afecta é: (i) 3 027 hectares de pinheiro e outras resinosas (3 879 hectares em 2008); (ii) 9 461 hectares de eucalipto (10 190 hectares em 2008) e (iii) 9 269 hectares de sobreiros (9 777 hectares em 2008). Em virtude do montado de sobro ser um activo sujeito a regime condicionante, o mesmo encontra-se classificado como um activo fixo tangível. Os activos biológicos “olival” e “vinha” encontram-se valorizados ao custo depreciado, considerando uma vida útil de 20 e 25 anos, respectivamente, dado não ser possível estimar com fiabilidade o respectivo justo valor. No que diz respeito aos animais de trabalho e bovinos reprodutores estes encontram-se valorizados ao custo depreciado, com uma vida útil estimada entre 4 a 15 anos, dado também não ser possível estimar com fiabilidade o respectivo justo valor. As principais variações registadas resultam de diminuições devidas a colheitas no montante de 2 875 milhares de euros e das variações de justo valor, o qual é determinado conforme descrito na Nota 2n. Para o exercício de 2009, considerando a avaliação efectuada, foi estimada uma variação positiva de justo valor de 1 697 milhares de euros (31DEZ08: variação negativa de 1 553 milhares de euros).

Activos biológicos não correntes

Saldo inicial

Aumentos derivados de

aquisições

Diminuições devidas a colheitas

Variações do exercício derivadas de alterações no justo valor menos custos

est imados no ponto de venda

Alienações Depreciações Outras variações

Saldo final

ACTIVOS - Registados ao JV

Floresta - - Pinhal 9 521 - - (1 841) (404) - 3 474 10 751 Eucalip tal 15 627 - (193) 288 (1 650) - - 14 073 M ontado de sobro - - - - - - - -

25 148 - (193) (1 553) (2 054) - 3 474 24 823

ACTIVOS - Registados ao Custo

Olival 151 57 - - - (3) - 205 Vinha 734 73 - - - (32) - 775 Bovinos rep rodutores 963 176 - - (33) (181) - 925 Animais de trabalho 13 3 - - - (3) - 13

1 861 309 - - (33) (220) - 1 917

Total 27 009 309 (193) (1 553) (2 087) (220) 3 474 26 741

Activos biológicos correntes

Saldo inicial

Aumentos derivados de

aquisições

Diminuições devidas a colheitas

Variações do exercício derivadas de alterações no justo valor menos custos

est imados no ponto de venda

Alienações Depreciações Outras variações

Saldo final

ACTIVOS - Registados ao JV

Floresta - - - - - - - Pinhal 4 925 - (905) - - (3 475) 546

- 4 925 - (905) - - - (3 475) 546

Total 4 925 - (905) - - - (3 475) 546

31-Dez-08

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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Os activos biológicos correntes existentes a 31 de Dezembro de 2009 correspondem às colheitas previstas para 2010, que se resumem ao pinhal e ao eucaliptal. 10 - Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

Das principais variações ocorridas destacam-se:

• A Resistrela constituída em 2008, não tinha no final do exercício passado actividade relevante. Em

2009 passou a ser consolidada;

Entidade:Parcaixa, SGPS, SA 490 000 - - - - - - - CVP - Sociedade de Gestão Hosp italar, S.A. 8 000 4 919 (3 550) 9 369 8 000 4 919 (3 618) 9 301 Credip - Instituição Financeira de Crédito 2 000 209 2 209 2 000 124 2 124 EDP - Energias de Portugal, S.A. 1 038 489 138 740 (165 517) 1 011 712 1 038 489 143 865 (248 215) 934 139 ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, S.A. 144 (44) 101 144 (44) 101 ORIVÁRZEA, S.A. 1 201 117 1 318 875 875 PORTOSIDER 399 (125) 274 399 (125) 274 REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 556 164 39 650 25 523 621 336 556 164 13 946 (6 427) 563 682 GALP 402 656 65 214 (41 200) 426 671 402 656 65 214 (52 897) 414 974 INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 49 023 553 (18 161) 31 414 49 023 (195) (32 139) 16 689 Parcaixa, SGPS, SA 490 000 10 071 500 071 490 000 - 490 000 ADA - Administração Aerop ortos, Lda 24 1 317 1 341 24 1 210 1 234 Águas da Região de Aveiro 7 650 118 7 768 - - Águas Públicas do Alentejo 255 1 256 - - M ieses 40 - 40 - - CLR - Comp . Lezírias e Associados Renováveis, Lda 1 - 1 - - Sociedade M inieira do Lucap a 15 388 - 15 388 - - Outras p articip ações - - - - 1 312 - - - - 3 769

2 630 581 2 437 160

Saldo final

Efeito do método de

equivalência

2009Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

Valor de aquisição Goodwill

Imp aridade acumulada

2008

Valor de aquisição Goodwill

Efeito do método de

equivalência Imp aridade acumulada Saldo final

Entidade:CVP - Sociedade de Gestão Hosp italar, S.A. 9 301 - - - 68 - - 9 369 9 301 Credip - Instituição Financeira de Crédito 2 124 - - - 85 - - 2 209 2 124 EDP - Energias de Portugal, S.A. 934 139 - - (47 460) 125 033 - - 1 011 712 934 139 ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, S.A. 101 - - - - - - 101 101 M ulticert - Serviços de Certificação Electrónica 359 - - - 61 - - 420 359 ORIVÁRZEA, S.A. 875 - - - 443 - - 1 318 875 PORTOSIDER 274 - - - - - - 274 274 REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 563 682 - 64 561 - (6 907) - - 621 336 563 682 SPdH - Serviços Portugueses de Handling, S.A. - - - - - - - - - GALP 414 974 - - - 11 696 - - 426 671 414 974 INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 16 689 - - - 748 13 978 - 31 414 16 689 Parcaixa, SGPS, SA 490 000 - - - 10 071 - - 500 071 490 000 ADA - Administração Aerop ortos, Lda 1 234 - - - 103 - 4 1 341 1 234 Trevoeste, S.A. 573 - - - (23) - - 550 573 Águas de Timor 5 - - - - - - 6 5 Águas da Região de Aveiro - - 7 650 - 118 - - 7 768 - Águas Públicas do Alentejo - - 255 - 1 - - 256 - M ieses - - 40 - - - - 40 - Clube Golf das Amoreiras 250 - - - - - - 250 250 Netdouro 84 - - - 2 - - 86 84 Resiestrela 2 498 (2 498) - - - - - - 2 498 CLR - Comp . Lezírias e Associados Renováveis, Lda - - 1 - - - - 1 - Sociedade M inieira do Lucap a - - 15 388 - - - - 15 388 -

2 437 160 (2 498) 87 895 (47 460) 141 500 13 978 4 2 630 581 2 437 160

31-Dez-08

Saldo final

Perdas Imp aridade revertidas

Diferenças de câmbio

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

2009

Saldo inicial Reclassificações Adições Alienações

M ovimentos de equivalência p atrimonial

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

62  

• Durante o exercício de 2009 o Grupo aumentou a sua participação na REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., passando de 46% para 49,9%;

• Através da SPE o Grupo PARPÚBLICA passou a participar em 49% da SML – Sociedade Mineira do Lucapa (vide Nota 7);

• A participação na EDP registada pelo método de equivalência patrimonial decresceu 0,44%, pela venda à Parcaixa;

• Foi revertida a perda por imparidade da INAPA de forma que o valor da participação corresponda à cotação a 31 de Dezembro de 2009 (49 084 738 acções x 0,64 euros) (vide Nota 34).

O teste de imparidade das participadas EDP, GALP, INAPA e REN foi realizado considerando as respectivas cotações bolsistas em 31 de Dezembro de 2009. O valor de aquisição da Sociedade Mineira do Lucapa corresponde ao justo valor atribuído a esta participada na aquisição da SPE (vide Nota 7). 11 - Participações financeiras – outros métodos

No decorrer do exercício de 2009, a PARPÚBLICA adquiriu uma participação (15%) na Hidroeléctrica Cabora Bassa, SA no valor de 140 242 milhares de euros. 12 - Accionistas / Sócios

A rubrica accionistas/sócios pertencente ao passivo refere-se essencialmente a empréstimos de tesouraria e suprimentos concedidos pelos accionistas para financiamento das operações da SAGESECUR com aquisição de activos financeiros e material circulante à Fertagus, permanecendo nas demonstrações financeiras consolidadas os que respeitam ao accionista minoritário Parcaixa SGPS, SA.

Corrente Não Corrente

ActivoAccionistas / Sócios - 7 756 252 -

PassivoAccionistas / Sócios - 28 078 20 27431

Não Corrente31-Dez-09

Accionistas / S óciosCorrente

31-Dez-08

Participações financeiras - outros métodos 31-Dez-09 31-Dez-08

Soc. Parque Industrial de Vendas Novas 98 98 Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana 11 468 11 468

Lisnave – Infraestruturas Navais 529 529

Futuro, SGFP 480 399 HCP-Hidroeléctrica Cahora Bassa 140 242 - Portosider - (1) P.I.S. - 110 AM ESEIXAL 1 - Lispolis - Associação Polo Tec. Seixal 3 - Outros - 1 111

152 820 13 714

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

63 

13 - Outros activos financeiros

As variações ocorridas nos investimentos classificados como investimentos financeiros pelo justo valor por via dos resultados, resultam da respectiva mensuração pelo justo valor, estando os correspondentes ganhos e/ou perdas registados na rubrica ajustamentos e mais e menos valias de instrumentos financeiros (vide Nota 44). A estimativa utilizada para o cálculo do justo valor das participações financeiras foi baseada na quantia obtenível por venda por referência ao mercado (sempre que disponível cotação desses activos), a transacções recentes ou a avaliações técnicas. As acções da EDP encontram-se subjacentes à opção de permuta no reembolso de dois empréstimos obrigacionistas. (vide Nota 26) Os fundos de renovação e reconstituição são constituídos ao abrigo dos contratos de concessão. Correspondem a aplicações financeiras de médio e longo prazo. Os activos financeiros disponíveis para venda relativos a “Notes” de securitização de créditos do Estado são constituídos pela totalidade da classe T das Notes Explorer 2004 Series 1 de securitização de créditos do Estado adquiridas à CGD em Junho de 2004. Existindo em 31 de Dezembro de 2009 a intenção e capacidade de deter estas “Notes” até à maturidade, procedeu-se à respectiva reclassificação de 53 199 milhares de euros acrescidos de 21 500 milhares de euros de juros, passando este instrumento a ser mensurado pelo custo amortizado.

Outros activos financeiros Corrente Não Corrente

Investimentos financeiros p elo justo valor por via dos resultadosDetido p ara negociação - -

Swap s de taxa de juro - 2 477 - 4 099 Outros - - 174 -

Designado pelo justo valor através dos resultados no reconhecimento inicial - - EDP - Energias de Portugal, S.A. - 916 819 - 794 475 Portugal Telecom e ZON M ultimédia - 7 317 - 4 504 Swap s de taxa de juro 1 708 - - - UP's do FEIIF Fundiestamo I 939 - - 95 Outros - 100 - -

Empréstimos correntes e contas a receber - - Fundo de renovação - 32 471 - 34 881 Fundo de reconstituição - 97 731 - 85 048 Outros - 565 - 592 “Notes” de securitização de créditos do Estado - 74 699 - -

Disp oníveis p ara venda - - “Notes” de securitização de créditos do Estado - - - 41 150 Outros - 3 468 1 135 67

2 647 1 135 647 1 309 964 911

Corrente Não Corrente

31-Dez-0831-Dez-09

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14 - Activos e Passivos por impostos diferidos  

Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço podem ser analisados como segue:

Os activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos. Os activos por impostos diferidos incluem 14 598 milhares de euros (31DEZ08: 17 933 milhares de euros) relativos ao reconhecimento de responsabilidades com benefícios de reforma não aceites fiscalmente, sendo que a variação ano está directamente relacionada com a utilização/redução verificada no exercício das respectivas responsabilidades. Os outros activos por impostos diferidos incluem (i) 40 877 milhares de euros (31DEZ08: 35 274 milhares de euros) resultante do reconhecimento dos desvios tarifários e (ii) 13 960 milhares de euros relativos a estudos e projectos que ainda não reúnem condições para se qualificarem como activo no grupo ANA. Em outros passivos por impostos diferidos também se encontram incluídos 48 303 milhares de euros (31DEZ08: 40 668 milhares de euros) resultante do reconhecimento dos desvios tarifários (vide Nota 18). As variações de outros activos e passivos por impostos diferidos resulta, essencialmente, do reconhecimento dos desvios tarifários. Os passivos por impostos diferidos indicados na linha de reavaliações efectuadas respeitam: (i) às diferenças temporárias tributáveis dos activos biológicos, que estão reconhecidos pelo justo valor, quando o seu valor tributável é medido pelo custo de aquisição deduzido de ajustamentos (aceites fiscalmente); e (ii) às diferenças temporárias tributáveis das propriedades de investimento e activos fixos tangíveis (reavaliados na data de transição) que estão reconhecidas pelo justo valor, quando o seu valor tributável é medido pelo custo de aquisição corrigido pelos coeficientes de desvalorização de moeda considerados para efeitos fiscais.

Impostos Diferidos S Inicial Variações com Efeitos em Resultados

Variações com Efeitos no Capital

Próprio

Saldo Final S Inicial Variações com Efeitos em Resultados

Variações com Efeitos no Capital

Próprio

Saldo Final

Activos por Impostos Diferidos

Não CorrentesPrejuízos fiscais reportáveis 2 582 5 144 - 7 726 3 811 (1 229) - 2 582 Responsab. com benefícios de reforma 17 933 (3 335) - 14 598 15 193 2 740 - 17 933 Perdas de imparidade em exis tências 9 887 1 019 - 10 906 9 078 809 - 9 887 Reavaliações efectuadas 618 23 - 641 - 618 - 618 Outras provisões e ajus tamentos não aceites fiscalmente 1 249 599 - 1 849 (7 761) 9 010 - 1 249 Alteração de perímetro - - - - - - - - Outros 57 433 7 650 - 65 084 34 407 22 994 32 57 433

89 703 11 101 - 100 803 54 728 34 943 32 89 703

Passivos por Impostos Diferidos

Não CorrentesReavaliações efectuadas 137 881 632 171 138 684 64 693 73 188 - 137 881 Diferença da base fiscal derivada da alteração do período de vida útil dos edifícios 3 288 775 - 4 063 2 522 766 - 3 288 Diferenças de câmbio diferidas - - - - 837 (837) - - Reinves timento de valores de realização 206 (31) - 175 244 (38) - 206 Subs ídios ao inves timento 2 475 (12) - 2 463 2 481 (6) - 2 475 Alteração de perímetro - - - - - - - - Outros 56 668 6 745 (1 970) 61 443 38 864 17 804 - 56 668

200 519 8 109 (1 799) 206 829 109 641 90 878 - 200 519

2009 2008

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Os activos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, o Grupo PARPÚBLICA possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto. 15 - Adiantamentos a fornecedores

O montante registado em 31 de Dezembro de 2009 refere-se essencialmente à TAP, com as seguintes entidades:

16 - Estado e outros entes públicos

O valor registado no activo na rubrica estado – outros inclui: • 12 402 milhares de euros referentes a pedidos de reembolso de IVA do Grupo AdP (31DEZ08: 7 740

milhares de euros); • 14 566 milhares de euros (31DEZ08: 21 737 milhares de erros) relativo a indemnizações compensatórias

referentes ao exercício de 2008 e 2009, a receber pela TAP, relativos a: - 8 681 milhares de euros das rotas para a Região Autónoma dos Açores e Madeira (31DEZ08: 17 575

milhares de erros); e - 5 885 milhares de euros relativo a encaminhamento entre ilhas na Região Autónoma dos Açores

(31DEZ08: 4 161 milhares de erros).

31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

SITA 471 579SR Technics - 257Axiam - 241Unibanco S.A. 316 -FRB Serviços Alimentação Lda. 250 -Chapman Freedom Airchatering 136 227Vale Transporte ‐ Brasil - 305SAP Brasil 92 340Outros 917 1.925

2.182 3.874

Corrente Não Corrente

ActivoImp osto sobre o rendimento a p agar 9 698 - 8 119 - Outro 41 819 - 52 902 -

51 517 - 61 021 -

PassivoImp osto sobre o rendimento a p agar 27 522 - 10 190 - Outro 142 426 - 143 029 475

169 948 - 153 218 475

31-Dez-09 Estado e outros entes públicos

Corrente Não Corrente

31-Dez-08

Corrente

31-Dez-09 31-Dez-08

Conta corrente 2 262 4 063 De Imobilizado 3 5

2 265 4 069

Adiantamentos a fornecedoresCorrente

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66  

Adicionalmente, a TAP registou no activo e no passivo na rubrica estado – outros, os montantes de 5 352 milhares de euros referentes a dívidas entre TAP Manutenção e Engenharia Brasil (31DEZ08: 6 953 milhares de euros) e 88 602 milhares de euros do Estado Brasileiro (31DEZ08: 97 026 milhares de euros). A TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. aderiu em 2009 ao programa de refinanciamento fiscal, denominado “REFIS”, pelo que compensou parte dos juros e multas de contingências com imposto de renda e contribuição social diferidos, sobre a totalidade dos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, tendo reduzido à sua dívida o montante de 49 448 milhares de euros. Adicionalmente, esta empresa apresenta na rubrica provisões um passivo, no montante de 21 523 milhares de euros (vide Nota 25) também relacionado com o programa “REFIS.” A adesão a este programa de refinanciamento fiscal teve um impacto favorável de 55 734 milhares de euros no resultado do exercício, que se encontra registado na rubrica outros rendimentos e ganhos (vide Nota 45). A rubrica outros – passivo inclui 26 385 milhares de euros do Grupo AdP (31DEZ08: 18 198 milhares de euros), correspondente na sua quase totalidade à taxa de recursos hídricos (TRH) e à taxa de gestão de resíduos (TGR), as quais serão apenas pagas no ano seguinte. 17 - Outras contas a receber

 

O valor de 532 milhões de euros (31DEZ08: 700 milhões de euros) em outras contas a receber correntes, respeita a créditos correspondentes à entrega ao Estado da receita resultante da 7ª fase da privatização da EDP a compensar nos termos do artigo 9º do Decreto-Lei n.º209/2000, de 2 de Setembro. A rubrica de entidades participadas e participantes em outras contas a receber correntes corresponde, essencialmente, ao contrato de empréstimo celebrado com a SPdH, no valor de 35 milhões de euros, com prazo de reembolso inferior a 1 ano e remunerado a taxas nominais de mercado. A rubrica de outros em outras contas a receber correntes inclui 271,7 milhões de euros (31DEZ08: 325,1 milhões de euros ) a receber pelo Grupo AdP do Fundo de Coesão.

Outras contas a receber Corrente Não Corrente

Estado 532 000 - 700 009 - Entidades do grup o (0) 22 500 9 997 14 470 Entidades participadas e particip antes 36 914 3 700 1 353 4 772 Pessoal 10 130 - 6 107 - Consultores, assessores e intermediários 179 - 133 - Subscritores de Cap ital - 972 849 - 972 849 Clientes 34 694 (726) - 36 568 Fornecedores C/C 2 385 - 3 610 - Contratos Promessa Comp ra e Venda de Imóveis 29 066 - - - Seguros pagos e diferidos 2 189 - 1 723 - Outros 414 960 95 209 525 877 105 026 Outras desp esas antecip adas 88 375 - 63 228 - Ajustamentos p or imparidade de outros devedores (10 913) (1 921) (2 247) -

1 139 979 1 091 611 1 309 790 1 133 685

31-Dez-09

Corrente Não Corrente

31-Dez-08

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As outras despesas antecipadas inclui encargos com as concessões do Grupo AdP no montante de 88,4 milhões de euros (31DEZ08: 63,2 milhões de euros). A rubrica de outros em outras contas a receber não correntes corresponde, essencialmente, às seguintes situações:

• Depósitos de garantia constituídos pela TAP SA no âmbito dos contratos de locação operacional para aviões e reactores, no montante global de 3 805 milhares de euros (31DEZ08: 5 666 milhares de euros) que serão devolvidos à TAP SA, sem juros, à medida que esses aviões forem sendo restituídos aos locadores;

• 14 749 milhares de euros (31DEZ08: 7 816 milhares de euros) de cauções para processos judiciais em curso no Brasil;

• Depósitos cativos da TAP, como garantia da prestação futura de serviços de manutenção aos aviões da FAF (“Força Aérea Francesa”), no montante de 3 533 milhares de euros;

• Subsídios ao investimento atribuídos à ANA, mas ainda não recebidos, no montante de 6 707 milhares de euros;

• Valores em dívida por venda de imóveis (6 869 milhares de euros) e Fundo Estamo (11 567 milhares de euros) relativos ao Grupo SAGESTAMO.

18 – Acréscimos e Diferimentos

A rubrica de acréscimos de rendimentos correntes inclui:

• 8 927 milhares de euros relacionados com “swaps de jet fuel” em aberto no grupo TAP em 31 de Dezembro de 2009;

• O valor de 4 473 milhares de euros (31DEZ08: 3 735 milhares de euros) da ANA referente à especialização dos proveitos aeroportuários não facturados/recebidos no exercício e a ele respeitantes, incluindo essencialmente a taxa de segurança a receber do INAC (3 372 milhares de euros);

• 6 611 milhares de euros relativos ao Grupo SAGESTAMO, os quais se referem a juros e rendas a receber de diversos imóveis.

Acréscimos e Diferimentos - Activo

Acréscimos de rendimentos 29 169 - 11 942 - Custos diferidos 10 698 1 316 14 559 1 265 Outros custos diferidos 402 - - - Activo regulatório - Desvio tarifário - 263 698 - 209 900

40 269 265 014 26 501 211 165

31-Dez-09

Corrente Não CorrenteNão CorrenteCorrente

31-Dez-08

Acréscimos e Diferimentos - Passivo

Acréscimos de gastos 205.071 261.435 242.358 240.492 Rendimentos diferidos 97.072 2.006.815 108.178 1.962.753 Passivo Regulatório - Desvio Tarifário - 124.876 - 104.749 Outros - - 19 15

302.142 2.393.126 350.555 2.308.009

31-Dez-09

Corrente Não Corrente

31-Dez-08

Corrente Não Corrente

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68  

A rubrica de custos diferidos correntes inclui: • Comissões pagas a agentes por bilhetes vendidos mas ainda não voados e não caducados até 31 de

Dezembro de 2009 no montante de 3 523 milhares de euros (31DEZ08: 4 310 milhares de euros) e de rendas de locação financeira pagas antecipadamente no montante de 2 066 milhares de euros (31DEZ08: 1 797 milhares de euros);

• 2 042 milhares de euros respeitantes essencialmente a fornecimentos e serviços externos cujo pagamento já ocorreu, mas o gasto ainda não se efectivou por respeitar a períodos subsequentes.

As rubricas de activo regulatório – desvio tarifário e passivo regulatório – desvio tarifário, advém na totalidade do Grupo AdP e detalham-se como se segue:

ACTIVO ACTIVO PASSIVO PASSIVO Efeito deficit imposto diferido superavit imposto diferido Liquido

UNA-PD Águas do Algarve, S.A. 13 282 - - (3 833) 9 448Águas do Ave, S.A. 11 082 - - (2 585) 8 496Águas do Cávado, S.A. 13 229 - - (4 554) 8 675Águas do Centro Alentejo, S.A. 4 420 - - (410) 4 010Águas do Centro, S.A. 28 130 - - (7 235) 20 895Águas do Douro e Paiva, S.A. - 1 562 (3 397) - (1 835)Águas do Minho e Lima, S.A. 30 106 - - (4 937) 25 169Águas do Mondego, S.A. 3 980 - - (804) 3 175Águas do Norte Alentejano, S.A. 16 318 - - (1 862) 14 456Águas do Oeste, S.A. 18 524 - - (3 043) 15 481Águas de Trás-os-Montes, S.A. 43 279 - - (5 119) 38 160Águas do Zêzere e Côa, S.A. 32 541 - - (3 422) 29 118Sanest, S.A. - 10 168 (31 588) - (21 420)Simarsul, S.A. 12 923 - - (3 184) 9 739Simlis, S.A. 11 511 - - (1 643) 9 868Simria, S.A. 23 811 - - (5 525) 18 286Simtejo, S.A. - 5 006 (18 092) - (13 086)

Total UNA-PD 2009 263 136 16 736 (53 078) (48 158) 178 637Total UNA-PD 2008 209 511 13 981 (43 389) (40 581) 139 522UNR

Algar, S.A. - 835 (4 453) - (3 618)Amarsul, S.A. - 963 (3 153) - (2 190)Ersuc, S.A. - 1 934 (5 236) - (3 303)Resiestrela, S.A - 46 (665) - (619)Resinorte, S. A - 371 (2 547) - (2 176)Resioeste, S.A. - 947 (3 831) - (2 883)Resulima, S.A. 562 - - (146) 417Suldouro, S.A. - 940 (3 438) - (2 498)Valnor, S.A. - 842 (3 362) - (2 521)Valorlis, S.A. - 374 (1 279) - (905)Valorminho, S.A. - 34 (287) - (254)Valorsul, S.A. - 16 855 (43 547) - (26 692)

Total UNR 2009 562 24 141 (71 799) (146) (47 241)Total UNR 2008 389 21 293 (61 360) (87) (39 765)Total global 2009 263 698 40 877 (124 876) (48 303) 131 396Total global 2008 209 900 35 274 (104 749) (40 668) 99 757

A rubrica de acréscimos de gastos correntes inclui:

• o montante de 138 milhões de euros do Grupo TAP (31DEZ08: 151 milhões de euros) relativo essencialmente a remunerações (63 milhões de euros), a taxas de navegação (10 milhões de euros), a encargos especiais da actividade de venda (10 milhões de euros), a remunerações de pessoal navegante (8 milhões de euros), a combustíveis (3,4 milhões de euros), a assistência por terceiros (2,9 milhões de euros) e a seguros (3,8 milhões de euros), a conservação e reparação de material (2,4 milhões de euros), a seguros (2,3 milhões de euros) e a booking fees (2,2 milhares de euros);

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• a quantia do grupo ANA relativo essencialmente a: (i) 13 556 milhares de euros relativos a custos com pessoal; (ii) 5 163 milhares de euros relativos a juros a liquidar; e (iii) 6 401 milhares de euros relativos a fornecimentos e serviços externos;

• A quantia de 4 586 milhares de euros relativa a encargos com férias e outras remunerações dos trabalhadores da INCM.

A rubrica de rendimentos diferidos correntes inclui:

• o valor de 54 243 milhares de euros relativo ao Grupo TAP, referente a: (i) justo valor das milhas e pontos atribuídos aos clientes aderentes aos programas de fidelização denominados por TAP Victoria e TAP|Corporate Fly, não utilizados nem caducados em 31 de Dezembro de 2009, com expectativa de utilização (28,8 milhões de euros); (ii) trabalhos para companhias de aviação ( 20,9 milhões de euros); (iii) fornecimento de combustíveis (2,6 milhões de euros); (iv) reservas de overhaul (267 milhares de euros); e (v) outras situações (1,6 milhões de euros);

• Montantes relativos ao Grupo ANA que consistem em recebimentos antecipados (4 658 milhares de euros) e subsídios atribuídos ao investimento (15 306 milhares de euros).

Os acréscimos de gastos não correntes correspondem quase na totalidade ao Grupo AdP e estão relacionados com o passivo regulatório (amortizações de investimento futuro), conforme o quadro seguinte:

31-Dez-2009 31-Dez-2008 Produção, Tratamento e Transporte

Águas do Algarve, S.A. 17 026 18 180 Águas do Ave, S.A. 3 313 1 683 Águas do Centro Alentejo, S.A. 1 503 1 613 Águas do Douro e Paiva, S.A. 22 758 24 425 Águas do Minho e Lima, S.A. 8 364 7 126 Águas do Mondego, S.A. 8 264 6 370 Águas do Norte Alentejano, S.A. 6 159 5 680 Águas do Oeste, S.A. - 884 Águas de Santo André, S.A. 7 058 6 061 Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A. 1 328 1 211 Águas do Zêzere e Côa, S.A. 15 936 14 513 Sanest, S.A. 39 521 33 945 Simarsul, S.A. 461 1 755 Simlis, S.A. - 1 854 Simtejo, S.A. 28 505 27 569

Sub-total 1 160 197 152 869

31-Dez-2009 31-Dez-2008 Resíduos Sólidos

Algar, S.A. 17 355 14 613 Amarsul, S.A. 15 044 12 770 Ersuc, S.A. 19 852 18 112 Rebat, S.A. - 762 Residouro, S.A. - 238 Resiestrela, S. A. 1 977 - Resioeste, S.A. 1 511 1 439 Resulima, S.A. 4 850 3 596 Suldouro, S.A. 16 857 13 602 Valnor, S.A. 910 949 Valorlis, S.A. 6 188 5 205 Valorminho, S.A. 1 581 1 268 Valorsul 15 097 15 070

Subtotal 2 101 223 87 624 Total (1+2) 261 420 240 492

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70  

Os rendimentos diferidos não correntes correspondem na sua maioria a subsídios de investimento registados pelo Grupo AdP, conforme se segue:

31-Dez-2009 31-Dez-2008 Subsídios ao investimento - Fundo Coesão 1 497 814 1 417 003 Subsídios ao investimento - Outros 270 437 295 106

1 768 251 1 712 109

Subsídios ao investimento - Fundo Coesão 31-Dez-2009 31-Dez-2008 Dezembro de 2008 1 417 003 1 274 926 Reconhecimento de direito a fundo 156 402 148 534 Reconhecimento de proveito (56 638) (52 614) Correcções a reconhecimentos e outros ajustamentos (18 953) 46 157

Dezembro de 2009 1 497 814 1 417 003 Recebimentos 184 915 149 381

Estão ainda incluídos nos rendimentos diferidos montantes relativos ao Grupo ANA que consistem em recebimentos antecipados (3 476 milhares de euros) e subsídios atribuídos ao investimento (249 385 milhares de euros). 19 - Inventários Os inventários (líquidos de perda por imparidade quando aplicável) são compostos da seguinte forma:

As mercadorias incluem o montante de 351 949 milhares euros de imóveis de propriedade da Estamo (187.322 milhares de euros em 2008). Estão também incluídas em mercadorias, as propriedades da Lazer e Floresta no montante global de 12 293 milhares de euros que correspondem aos adiantamentos por conta de imobilizações que foram transferidos para inventários durante o ano de 2009 após a sua aquisição, por estes se destinarem à revenda. As matérias-primas, subsidiárias e de consumo incluem o material técnico para utilização na reparação de aeronaves próprias e nas obras realizadas para outras companhias de aviação, bem como moedas e outros bens relativos à INCM. A rubrica de produtos e trabalhos em curso compreende essencialmente:

Inventários

Inventários (Balanço)

M ercadorias 376 150 209 894 Produtos acabados e intermédios 8 605 9 962 Subp rodutos, desperdícios. resíduos e refugos 768 226 Produtos e trabalhos em curso 25 779 40 694 M atérias-p rimas, subsidiárias e de consumo 123 091 85 203 Adiantamentos p or conta de compras 549 657 388 455 Perdas por imp aridade de existências (468) (486)

TOTAL 1 083 581 733 948

31-Dez-0831-Dez-09

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• o valor dos materiais e horas aplicados em obras de manutenção de aeronaves que se encontram em curso (8 131 milhares de euros);

• projectos de loteamento (4 940 milhares de euros de terrenos e 11 878 milhares de euros de Projectos de Loteamento).

Os adiantamentos por conta de compras correspondem na sua totalidade a imóveis para a Estamo. A rubrica adiantamentos incluia ainda, em 2008, 26 838 milhares de euros respeitante a pagamentos efectuados ao Estado pela SAGESTAMO, no âmbito de contratos promessa de compra e venda de alguns imóveis, cuja transmissão de propriedade para o Grupo está condicionada por regularização de diversas situações específicas dos imóveis (como por exemplo, regularização da situação registral e/ou desocupação do imóvel por actuais inquilinos), que foram transferidos para devedores no decurso do exercício de 2009. 20 - Clientes

O valor registado pelo Grupo AdP em clientes c/c (229 276 milhares de euros) está maioritariamente relacionado com dívidas de municípios. O valor de clientes registado pelo Grupo TAP na rubrica clientes c/c corresponde essencialmente a saldos activos com agências de viagens e companhias de aviação que são regularizados através do sistema IATA Clearing House. Em 31 de Dezembro de 2009 o montante global a registado pelo Grupo TAP a receber de agências de viagens e companhias de aviação ascende a 75 938 milhares de euros e 35 526 milhares de euros, respectivamente. A rubrica de “clientes c/c” inclui ainda dívidas de:

• Direcção Geral do Tesouro (5 449 milhares de euros), Instituto dos Registos e Notariado (1 160 milhares de euros) e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (4 171 milhares de euros) à INCM;

• Clientes do grupo ANA com um valor global de 24 905 milhares de euros. O saldo de clientes de cobrança duvidosa advém essencialmente da TAP, da ANA e da AdP. A água em contador por facturar corresponde à estimativa de água a 31 de Dezembro que só será facturada no primeiro mês de 2010.

Clientes

Clientes c/c 515 967 488 071 Clientes - t ítulos a receber - 13 Clientes de cobrança duvidosa 73 777 62 412 "Água em contador" por facturar 14 564 12 758 P erdas de imparidade acumuladas (103 853) (74 926)

500 455 488 328

31-Dez-09 31-Dez-08

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21 - Caixa e depósitos bancários

As disponibilidades apresentadas pelo Grupo correspondem essencialmente a aplicações efectuadas em depósitos a prazo e depósitos bancários imediatamente mobilizáveis, destacando-se os saldos da TAP (131 077 milhares de euros), da PARPÚBLICA (255 116 milhares de euros), da ANA (67 872 milhares de euros), da AdP (299 236 milhares de euros) e da INCM (50 663 milhares de euros). Estas aplicações vencem juros a taxas normais de mercado. 22 - Activos não correntes detidos para venda e passivos relacionados A participação de 10% na Siderurgia Nacional – Empresas de Produtos Longos SA foi alienada no decorrer de 2009. 23 - Demonstração consolidada de alterações no capital próprio O capital nominal da Grupo PÁRPUBLICA, no valor de 2 000 000 000 de euros é composto por 400 000 000 de acções nominativas de 5 euros cada e é detido pelo Estado Português. A rubrica reservas não distribuíveis é composta essencialmente pela reserva legal constituída em conformidade com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do período até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Nesta rubrica são também registados os ajustamentos ao justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura de fluxos de caixa, bem como as diferenças de câmbio resultantes da transposição de unidades operacionais em moeda estrangeira. As rubricas excedentes de valorização de activos fixos correspondem às revalorizações nos activos fixos efectuadas na data de transição para as IFRS. A rubrica ajustamentos ao valor de activos financeiros corresponde essencialmente a:

• Ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial previsto na IAS 28; • Ajustamentos ao justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda previstos na IAS 39.

Aplicações financeiras 71 429 46 089 Depósitos a p razo 295 292 277 734 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 452 118 325 337 Numerário 3 713 4 167 Equivalentes a caixa 15 211

822 567 653 538

31-Dez-0831-Dez-09Caixa e depósitos bancários

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A rubrica resultados acumulados corresponde aos resultados líquidos dos períodos anteriores, conforme deliberações efectuadas nas assembleias gerais. Encontram-se ainda registadas nesta rubrica as alterações decorrentes da aplicação pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. 24 - Interesses Minoritários – Balanço

25 - Provisões

Provisões (Balanço)Saldo Inicial

Alterações ao p erímetro de consolidação

AumentosDiminuições

p or utilização

M ontantes não utilizados

revertidos

Outros movimentos

Saldo Final

Provisão p ara p rocessos judiciais em curso 20 055 26 268 1 786 (730) (1 178) (342) 45 859 Fianças a associadas 2 132 - - - (1 650) - 482 Processos ambientais 9 016 - - - - - 9 016 Remoção de materiais 499 - - - - - 499 Encargos com desmantelamentos 1 493 - - (1 493) - - - Benefícios de Reforma e Equivalentes / Pensões 627 - 77 - - - 704 Programa TAP Victoria (1 103) - 1 103 - - - - Provisões p ara investimentos financeiros 4 591 - 20 831 - - 7 859 33 281 Acidentes no trabalho e doenças p rofissionais - 255 - (80) - - 175 Outras p rovisões 14 093 39 977 19 241 (9 875) - (2 003) 61 434

51 404 66 500 43 038 (12 178) (2 828) 5 514 151 451

2008

Interesses Minoritários (Balanço) 31-Dez-09 31-Dez-08

SEAP 20 20 Cateringp or 2 551 2 596 LFP 4 134 4 180 APIS 94 136 ENVC Imobiliária 2 32 SAGESECUR 6 639 2 167 ECODETRA 1 025 1 057 M argueira 252 249 Grupo ANA 98 116 91 486 ANAM 736 2 922 NAER 778 1 848 Grupo AdP 400 397 381 346

Aquasis - 128 Águas de M oçambique - 88 Fábrica M endes Godinho - (374) SPE 2 126 -

516 870 487 880

Provisões (Balanço)Saldo Inicial

Alterações ao p erímetro de consolidação

AumentosDiminuições

p or utilização

M ontantes não utilizados

revertidos

Outros movimentos

Saldo Final

Provisão para p rocessos judiciais em curso 45 859 - 11 018 (2 883) (4 236) 7 286 57 044 Fianças a associadas 482 - - - (95) - 387 Processos ambientais 9 016 - - - - - 9 016 Remoção de materiais 499 - - - - - 499 Benefícios de Reforma e Equivalentes / Pensões 704 - 438 (43) - 93 1 193 Provisões para investimentos financeiros 33 281 - 29 596 - (7 361) 22 425 77 941 Imp ostos - - 1 470 - - - 1 470 Acidentes no trabalho e doenças p rofissionais 175 - - (33) - - 142 Outras p rovisões 61 434 - 9 664 (2 797) (7 841) (23 033) 37 426

151 451 - 52 186 (5 756) (19 533) 6 771 185 118

2009

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Processos judiciais em curso As provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco efectuadas pelas empresas do Grupo e pelos seus consultores legais, baseadas em taxas de sucesso históricas por natureza de processo e probabilidade de desfecho desfavorável, destinando-se a provisão existente em 31 de Dezembro de 2009 fazer face essencialmente:

• a diversos processos judiciais intentados contra o Grupo TAP, no país e no estrangeiro, no montante de 10 237 milhares de euros;

• processos laborais a decorrer relativos à subsidiária TAP e Manutenção e Engenharia Brasil com possibilidade de perda provável no montante de 26 121 milhares de euros;

• processos judiciais do Grupo AdP cujas provisões aumentaram quase na totalidade, pela EPAL no montante de 1 764 milhares de euros, para fazer face a diversos processos em que está envolvida, sendo que a utilização desta mesma provisão também foi efectuada pela EPAL, por resolução de diversos processos no montante de 140 milhares de euros;

• a processos judiciais em curso relativos a IRC, no montante de 8 832 milhares de euros, no âmbito da INCM.

Processos ambientais A provisão para responsabilidades ambientais e remoção de materiais advém da Baía do Tejo e destina-se a acautelar os encargos que irão ser suportados pela Sociedade com a recuperação ambiental do território que lhe está afecto, incluindo igualmente os custos com a demolição e desmantelamento de antigas instalações siderúrgicas e remoção de resíduos e escombros, com destino a aterro. Contudo, o processo de quantificação destas responsabilidades ainda não se encontra concluído, pelo que o Conselho de Administração não pode ainda, com segurança, avaliar os encargos futuros que irão advir deste processo. Programa passageiro frequente “TAP Victoria” Até ao presente exercício o Grupo TAP valorizava as milhas e pontos atribuídos aos clientes aderentes de acordo com a estimativa de custos a incorrer com base na adesão aos referidos programas. Com a entrada em vigor da IFRIC 13 estes Programas de Fidelização de Clientes passaram a ser valorizados ao justo valor. Provisões para investimentos financeiros O aumento das provisões para investimentos financeiros, respeita à apropriação da totalidade do prejuízo da SPdH no montante de 29 596 milhares de euros. As provisões para investimentos financeiros foram reduzidas por montantes não utilizados revertidos no valor de 7 361 milhões de euros, sendo que esta reversão resulta essencialmente da PARPUBLICA. Os outros movimentos registados respeitam a: (i) responsabilidades adicionais incorridas pelo Grupo TAP relacionadas com a associada SPdH, que em 2009 foram transferidas para a rubrica de provisões para investimentos financeiros (20 165 milhares de euros); e (ii) reclamações graciosas efectuadas junto da

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Administração Fiscal para reconhecimento de benefícios fiscais em sede de IRC, da associada SPdH, que em anos anteriores se encontrava registado como um activo (2 260 milhares de euros). Outras Provisões A rubrica de outras provisões inclui:

• provisões do Grupo TAP, essencialmente, para contingências tributárias relacionadas com a TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex. VEM);

• provisões do Grupo AdP, oriundas maioritariamente da AdP SGPS, SA para fazer face a obrigações presentes e reclamações, no montante de 5 000 milhares de euros. Adicionalmente a AdP SGPS, S.A também efectuou um reforço da provisão em 365 milhares de euros para fazer face a projectos, que eventualmente não terão continuidade. A EPAL efectuou ainda um reforço das suas provisões no montante de 761 milhares de euros fazer face a indemnizações e outros encargos. A AdP Internacional efectuou uma provisão no montante de 982 milhares de euros para fazer face a encargos com terceiros.

26 - Financiamentos obtidos

Os empréstimos respeitam essencialmente a obrigações e financiamentos junto de instituições de créditos nacionais e estrangeiras. A análise por maturidade da dívida, em 31 de Dezembro de 2009, pode ser efectuada como se segue:

Financiamentos obtidosPassivo Corrente Passivo Não

corrente

Empréstimos por obrigações 565 920 3 925 645 - 3 619 246 Papel comercial 302 144 - 780 000 2 500 Empréstimos bancários 708 298 2 407 376 619 222 2 051 395 Descobertos bancários - - 211 890 - Outros empréstimos obtidos 2 400 27 234 2 448 29 047

1 578 762 6 360 255 1 613 560 5 702 188

Passivo Não corrente

31-Dez-09

Passivo Corrente

31-Dez-08

Financiamentos obtidos 31-Dez-09 31-Dez-08 Reexpressões

Por MaturidadesAté 1 ano 1 578 762 1 613 560 637 813 De 1 ano até 2 anos 3 346 938 125 799 24 716 De 2 anos até 3 anos 152 540 138 205 45 751 De 3 anos até 4 anos 312 796 146 369 5 953 De 4 anos até 5 anos 225 590 199 419 99 497 Superior a 5 anos 2 322 392 5 092 397 590 514

7 939 017 7 315 748 1 404 243 Por Tipo de Taxa de Juro

Taxa VariávelExpira num ano 1 499 514 1 836 653 615 228 Expira entre 1 e 2 anos 3 551 563 54 427 21 832 Expira entre 2 e 3 anos 57 422 52 736 24 209 Mais de 3 anos 1 261 137 4 100 159 634 498

6 369 637 6 043 975 1 295 767 Taxa Fixa

Expira num ano 95 763 50 751 9 906 Expira entre 1 e 2 anos 82 514 83 405 15 562 Expira entre 2 e 3 anos 131 798 86 082 21 542 Mais de 3 anos 1 259 304 1 051 536 61 467

1 569 380 1 271 773 108 476 7 939 017 7 315 748 1 404 243

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Nos empréstimos obrigacionistas, contraídos na sua maioria pela PARPÚBLICA, a base encontra-se mensurada pelo custo amortizado e a opção associada a dois deles está mensurada pelo justo valor. Em 31 de Dezembro de 2009 eram os seguintes:

31-Dez-09 31-Dez-08

PARPÚPLICA

Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2004 498 920 498 721

Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2005 499 026 498 953

Empréstimo de 150,0 M€ emitido em 2005 150 000 150 000

Empréstimo de 250,0 M€ emitido em 2006 250 000 250 000

Empréstimo de 800,0 M€ emitido em 2009 796 883 -

Empréstimo de 572,8 M€ emitido em 2005 (a)

Obrigação base 511756 508 590

Opção embutida 24 097 64 097

Acréscimo por direito a dividendos 2 157 719

Empréstimo de 1 015,2 M€ emitido em 2007

Obrigação base 975 177 968 120

Opção embutida 7 817 32 609

Despesas -2 177 -2 562

Juros decorridos de empréstimos obrigacionistas 27 909 -

Sub-total PARPÚBLICA 3 741 565 2 969 247

Grupo AdP 500 000 500 000

Grupo ANA 250 000 150 000

Total 4 491 565 3 619 246 (a) No final de 2009, o valor nominal das obrigações em circulação é de 514 900 000 euros.

Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas de 500 milhões de euros, o de 150 milhões de euros e o de 250 milhões de euros, emitidos em 14 de Outubro de 2004, 22 de Setembro de 2005, 28 de Dezembro de 2005 e 16 de Novembro de 2006, respectivamente, prevêem entre outras cláusulas, a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou indirecto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afectem os activos e os réditos. O empréstimo de 572,8 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 186-A/2005, de 09-12, sobre a 6.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das acções da EDP, se superior, e de reembolso antecipado caso ocorra um evento de mudança de controlo da EDP. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das acções subjacentes, os obrigacionistas têm a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia em dinheiro correspondente.

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Em Outubro de 2008 foram recompradas de 57 900 000 obrigações, extintas em Dezembro, o que reduziu o valor nominal das obrigações em circulação para 514 900 000 euros. Essa recompra reduziu a quantia escriturada do empréstimo (mensurada ao custo amortizado) em 61 627 milhares de euros, dos quais 57 105 milhares de euros na parte da obrigação e 4 442 milhares de euros na parte da opção. O empréstimo de 1 015,2 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de 15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das acções da EDP, se superior, e de reembolso antecipado caso ocorra um evento de mudança de controlo da EDP. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das acções subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia em dinheiro correspondente. Seguindo as disposições sobre reconhecimento e mensuração da IAS 39, a opção embutida nestes empréstimos está mensurada pelo justo valor através de resultados. Por outro lado, para matching de mensuração ao abrigo da mesma norma, as acções subjacentes ao primeiro empréstimo foram adquiridas na altura da emissão, tendo sido reconhecidas pelo custo de aquisição, e as acções subjacentes ao segundo empréstimo existiam em carteira, tendo sido afectas à emissão com base no FIFO, pela sua quantia escriturada pelo método da equivalência patrimonial. Na mensuração subsequente, são incluídas as variações no justo valor, reconhecidas através de resultados. Os efeitos nos resultados ao longo dos anos das alterações no justo valor de opções e subjacentes dos dois empréstimos são:

2009 2008 Até 2007 Acumulado

Variação do valor das opções - 64 792 041 - 147 108 152 180 508 432 - 31 3191 761

Variação do valor das acções subjacentes 124 044 403 -134 222 039 312 000 000 301 822 364

188 836 444 12 886 113 131 491 568 333 214 124

Reconhecidas estas variações no valor, têm-se as seguintes quantias escrituradas:

Emprest. De 572,8 M€ 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 538 010 911 573 405 510 569 696 645

Base (bond floor) 511 756 189 508 589 591 555 751 932

Opção 24 097 320 64 096 785 13 944 713

Direito a dividendos 2 157 402 719 134

Acções no activo 447 301 398 386 894 135 403 200 000

Passivo - Activo 90 709 513 186 511 375 166 496 645

Emprest. de 1 015 M€ 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 980 816 488 998 167 733 1 015 404 381

Base (bond floor) 972 999 833 965 558 502 961 601 431

Opção 7 816 655 32 609 231 53 802 950

Acções no activo 471 217 870 407 580 730 260 957 113

Passivo - Activo 509 598 618 590 587 003 754 447 268

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A rubrica empréstimos bancários, inclui um montante de 181 646 milhares de euros que corresponde a um passivo gerado no âmbito de uma operação de securitização de créditos futuros, realizada pela TAP em Dezembro de 2006, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de Novembro, na qual o Deutsche Bank actuou como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. Em 29 de Dezembro de 2006 a TAP S.A., celebrou com a Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., um contrato de cessão de créditos futuros no valor de 230 milhões de euros, pelo qual, nessa mesma data, recebeu 228,8 milhões de euros, referente às vendas de títulos de transporte aéreos de passageiros a realizar pela empresa nas suas diversas linhas e rotas em operação, ao longo de todo o período de maturidade da operação, que decorrerá entre 2006 e 2016. Esta operação foi reconhecida como um empréstimo, pelo valor de 228,8 milhões de euros correspondente ao montante inicialmente recebido pela venda dos créditos futuros, líquido de despesas com a operação de 1,2 milhões de euros, sendo o encargo financeiro associado a este passivo calculado com base em taxas normais de mercado. O reembolso far-se-á através da cobrança dos créditos futuros cedidos à sociedade de titularização. Do total de empréstimos não correntes do Grupo AdP no montante de 2 005 026 milhares de euros, 1 300 304 milhares de euros são financiamentos do Banco Europeu de Investimento. A rubrica de papel comercial inclui um programa de papel comercial contratado pela SAGESTAMO, no final de 2009, até ao máximo de 300 milhões de euros com prazo de 2 anos e revolving trimestral. 27 - Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Responsabilidades por benefícios pós-emprego 2009 2008

Resp onsabilidade p or serviços p assados em N-1 162 872 86 455 A lteração ao p erímetro 89 158

- Custo de juros 14 441 13 886 Custo do serviço corrente 3 551 4 633 Contribuições p ara Fundo de Pensões - emp regador (11 041) (6 540) Contribuições p ara Fundo de Pensões - p art icip antes do p lano - (7 539) Ganhos e p erdas actuariais (13 117) (772) A lterações cambiais nos p lanos mensurados numa moeda diferente 6 007 163 Rendimento act ivos do fundo (9 634) (2 661) Benefícios p agos (5 631) (5 958) Reconhecimento custo do serviço p assado - 6 954 Cortes - (35 722) Liquidações 927 - Outros 4 021 21 268

Resp onsabilidade p or serviços p assados no final do p eríodo 152 397 163 324

Excesso de cobertura (EGF)Excesso de cobertura (EGF) (119) (42) Valor no início do p eríodo 47 111 65 497 Corte do p lano - (13 203) Retorno efect ivo 4 304 (3 119) Contribuição ao fundo 2 089 3 025 Benefícios p agos (2 997) (4 448) Outros (292) -

50 096 47 709

Excesso de Cobertura 2 296 2 460

Resp onsabilidades p or benefícios p ós-emp rego 104 597 118 075

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Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo PARPÚBLICA mantém em algumas das empresas (PARPÚBLICA, por via da fusão com a Portucel, TAP, Companhia das Lezirias, Lazer e Floresta e AdP) um conjunto de obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados, que são tratadas nos termos previstos na IAS 19. Os planos de benefícios definidos contemplam não apenas benefícios de reforma mas, na TAP, também: (i) prémios de jubilação que consistem em prémios a serem pagos, de uma só vez, aos pilotos de avião na data da reforma e até aos 60 anos de idade, cuja garantia financeira advém dos capitais acumulados num seguro de capitalização colectiva constituído pelo Grupo; e (ii) cuidados de saúde que o Grupo assegura aos pré-reformados e reformados do segmento de Actividades Aeronáuticas. O Acordo de Empresa da TAP SA celebrado com o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) prevê a garantia, por parte da Empresa, para além de um plano de pensões, de um prémio de jubilação a cada piloto, a ser pago de uma só vez no momento da reforma à data da formação da pensão completa, cuja garantia financeira advém dos capitais acumulados num seguro de capitalização colectiva constituído pela Empresa em nome dos pilotos. Os princípios subjacentes à apólice de reforma colectiva celebrada com a companhia seguradora, que reproduzem este plano de benefícios de reforma dos Pilotos, são como segue:

(i) Condições de admissão: Pilotos que se encontrem em efectividade de serviço; (ii) Idade normal de reforma: 60 anos; (iii) Garantias: Cada participante terá direito, na idade normal de reforma a um capital de 16 vezes o último salário mensal declarado.

O financiamento do plano de benefícios é efectuado através da apólice, que é reforçada pelas contribuições (prémios) efectuadas pela Empresa e pelo rendimento obtido a partir das aplicações financeiras realizadas pela companhia seguradora num Fundo Autónomo que suporta esta modalidade de seguro. Após a alteração do acordo de empresa com o SPAC, em Outubro de 2008:

i) Pilotos admitidos até 31 de Maio de 2007: o jubileu é mantido, mas apenas será devido no caso de reforma à data da formação da pensão completa, podendo o capital ser aumentado por cada ano de prestação de serviço após a formação da pensão completa; ii) Pilotos admitidos a partir de 1 de Junho de 2007: não existe jubileu.

A TAP assegura aos pré-reformados e reformados antecipadamente, que tenham idade inferior a 65 anos, um plano de saúde que lhes dá acesso a serviços médicos a uma taxa reduzida. Por outro lado, a TAP vem facultando aos reformados, a título de liberalidade, a possibilidade de acesso e de utilização dos serviços médicos da UCS, pelos quais pagarão, por cada acto clínico, uma parcela do custo do serviço, sendo a parte restante suportada pela Empresa. A TAP entende que, o facto de permitir aos seus ex-trabalhadores, reformados, a utilização dos serviços de saúde prestados na UCS (uma empresa do Grupo TAP SGPS), não constitui uma obrigação, mas tão somente uma liberalidade em cada momento concedida, pelo que não terá que registar qualquer responsabilidade com a prestação de cuidados de saúde, relativamente aos trabalhadores presentemente no activo, para o período após a cessação da sua actividade laboral na TAP. Desta forma, a esta data, a provisão existente cobre a

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totalidade das responsabilidades com actos médicos com pré-reformados, reformados antecipadamente e reformados, tendo a referida responsabilidade sido determinada com base em estudo actuarial calculado por entidade independente. Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da Lazer e Floresta e alguns colaboradores da PARPÚBLICA com mais de cinco anos de serviço têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir esta responsabilidade foi constituído um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa, tendo sido transferida da Portucel SGPS para a Empresa a parte do valor do fundo de pensões relativa ao funcionário que foi transferido aquando da sua constituição. Contudo, as responsabilidades com benefícios de reforma apresentam em 31 de Dezembro de 2009 um saldo completamente inexpressivo. A EPAL dispõe de um plano de benefícios sociais para os seus trabalhadores, o qual tem inerente o compromisso do pagamento de um complemento da pensão de reforma (por idade e invalidez) atribuída pela Segurança Social. Adicionalmente, suporta ainda as responsabilidades decorrentes de situações de pré-reforma. As responsabilidades decorrentes do Plano de Pensões são financiadas através do Fundo de Pensões EPAL, constituído em Novembro de 1990, sendo as pré-reformas suportadas directamente pela empresa. As responsabilidades globais da empresa são cobertas através dos activos do Fundo de Pensões e de uma provisão específica, registada no passivo da empresa. Em 22 de Março de 2008, a EPAL alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano misto de benefício definido e contribuição definida. Relativamente às pré-reformas, no decurso do primeiro semestre de 2008, a EPAL alterou os critérios/pressupostos relacionados com contabilização das responsabilidades da empresa para com os pré-reformados. Até esse momento, era pressuposto que anualmente passaria à situação de pré-reforma um conjunto de colaboradores representativos de 10% da massa salarial elegível para pré-reforma, contribuindo esse pressuposto para o cálculo das respectivas responsabilidades. Como esta situação se mostra desajustada da realidade, apenas passaram a ser consideradas como provisão, as responsabilidades efectivas de pré-reforma, sendo que quando um colaborador entra em situação de pré-reforma, é reconhecida no ano a totalidade da responsabilidade correspondente. Ainda durante o primeiro semestre do ano, foi alterado o Plano de Pensões, passando de um Plano de Benefício Definido (“BD”), para um Plano Misto de Benefício Definido e Contribuição Definida (“CD”). Nessa sequência, a porção das responsabilidades BD da empresa correspondente aos colaboradores actualmente em CD foi reduzida, bem como o correspondente valor do fundo, pois o mesmo foi transferido para contas individuais dos colaboradores afectos ao Plano CD, conforme acordo firmado entre Empresa e Organizações Representativas do Trabalhadores da EPAL. Na EGF a responsabilidade pelo pagamento de pensões complementares de reforma por velhice ou invalidez a conceder aos antigos empregados da Empresa, na parte que excede as que são garantidas pela segurança

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social, está assegurada pelo Fundo de Pensões EGF, gerido pelo BPI-Pensões, S.A.. Em 1 de Janeiro de 2007, a Administração alterou o fundo de “benefício definido” para “contribuição definida” para os seus actuais colaboradores. As responsabilidades das diversas empresas foram determinadas por estudos actuariais reportados a 31 de Dezembro de 2009, elaborados por entidades independentes, individualmente para cada uma das empresas, utilizando o método “Unidade de Crédito Projectado” e com os seguintes pressupostos predominantes:

28 - Adiantamentos de clientes

O saldo da rubrica de adiantamentos de clientes respeita maioritariamente à TAP e refere-se essencialmente a adiantamentos da SPdH (3 005 milhares de euros). 29 - Fornecedores

O montante em dívida a fornecedores c/c resulta sobretudo de valores a pagar pela TAP (96 018 milhares de euros), pela ANA (17 518 milhares de euros) e pela AdP (52 726 milhares de euros) no desenvolvimento da sua actividade operacional.

Portugal

2009

Brasil

2009

Portugal

2008

Brasil

2008

Tábua de mortalidade TV 88/90 AT 83 TV 88/90 AT 83

Tábua de invalidez EKV80 IAPB - 57 EVK 1980 RRB 1944

Taxa de rendimento 5,50% 10,19% 5,50% 12,34%

Taxa de crescimento

Salários 2,50% 6,28% 2,50% 6,59%

Pensões 1,50% 4,20% 1,50% 4,50%

Fornecedores31-Dez-09 31-Dez-08

Fornecedores c/c 165 121 188 267 Fornecedores - facturas em recep ção e conferência 16 577 30 907 Outros 582 151

182 280 219 325

Adiantamentos de clientes Correntes Não Correntes

Adiantamentos de clientes 3 711 - 1 352 -

3 711 - 1 352 - 3 711 1 352

31-Dez-0831-Dez-09

Correntes Não Correntes

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30 - Outras contas a pagar

Os adiantamentos por conta de vendas relacionam-se essencialmente com a venda de propriedades, incluindo um valor de 26 000 milhares de euros referente ao Imóvel do Pavilhão do Conhecimento. O valor registado em documentos pendentes de voo, que provém da subsidiária TAP, corresponde maioritariamente ao valor de venda do transporte de passageiros e carga, que no momento de venda é registado como um passivo na rubrica “documentos pendentes de voo”. Quando o transporte é efectuado ou a venda é cancelada, o valor de venda é transferido desta rubrica para proveitos do exercício ou para uma conta a pagar consoante o transporte tenha sido: (i) efectuado pela transportadora do Grupo ou a venda cancelada sem direito a reembolso; (ii) efectuado por outra transportadora aérea ou a venda cancelada com direito a reembolso. Periodicamente, são efectuadas análises automáticas do saldo da rubrica de documentos pendentes de voo, de forma a corrigir os saldos dos bilhetes vendidos, no intuito de se verificar os que já foram voados ou reembolsados. São também efectuadas análises parciais e não automáticas do saldo da rubrica, por forma a detectar eventuais incorrecções e situações anómalas. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a responsabilidade do Grupo relativamente a bilhetes emitidos e não utilizados, registado na rubrica “Documentos pendentes de voo”, era a seguinte: Durante os exercícios de 2009 e 2008, com base nas análises parciais e periódicas que são efectuadas a esta rubrica resultaram ajustamentos às receitas de transporte de passageiros e de carga, nos montantes de 59 310 milhares de euros e 54 675 milhares de euros, respectivamente, correspondentes a, aproximadamente, 5% e 2,8% da receita voada, respectivamente, que foram reconhecidos na rubrica “vendas e serviços prestados”. Os passivos por locação financeira, correntes e não correntes, respeitam basicamente à TAP, decorrentes de contratos de locação financeira de oito aviões Airbus A330, onze aviões Airbus A319, cinco aviões Airbus A320, dois aviões Airbus A321, seis aviões Fokker 100, oito aviões Embraer 145 e de outro imobilizado,

31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

Passageiros 206 560 228 375 Carga 424 91

206 984 228 466

Outras Contas a Pagar Corrente Não Corrente

Adiantamentos por conta de vendas 63 752 - 43 695 - Fornecedores de imobilizado 169 402 30 765 190 790 30 226 Entidades do grupo/filiais 2 - 6 955 - Entidades participantes e participadas 5 416 - 510 (0) Pessoal 25 857 - 20 123 - Sindicatos 360 - 28 - Credores por subscrições não liberadas 2 689 - - - Consultores, assessores e intermediários 164 - 85 - Documentos pendentes de voo 206 984 - 228 466 - Passivos por locação financeira 135 223 582 331 91 281 692 781 Fornecedores - - 2 749 7 279 Outros 255 139 102 832 208 984 136 966

864 988 715 928 793 666 867 252 1 580 916 1 660 918

31-Dez-09

Corrente Não Corrente

31-Dez-08

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encontrando-se o capital em dívida incluído no balanço nas rubricas “passivos por locação financeira”, como segue:

Os passivos por locação financeira incluem ainda um montante de 28 786 milhares de euros do Grupo AdP, cujo valor mais significativo (edifícios e outras construções) corresponde ao edifício sede da AdP em Lisboa no montante de 22 109 milhares de euros. As responsabilidades de locação operacional do Grupo TAP não se encontram registadas no Balanço. Estes contratos têm durações variáveis que podem ir desde os 4 até aos 10 anos, podendo ser prorrogados por vontade expressa das partes contraentes. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 existiam compromissos financeiros assumidos pelo Grupo TAP relativos a rendas de locação operacional de aviões, no montante de 259 777 milhares de (383 171 milhares USD) e 98 589 milhares de euros (147 884 milhares de USD), respectivamente. Os planos de reembolso da dívida da TAP, referente a locações operacionais, aos quais se adicionam os respectivos juros a taxas normais de mercado, detalham-se como segue: Nestes contratos existiam depósitos de garantia constituídos no montante global de 3 805 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2009 (vide Nota 17) e 5 666 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2008, que serão devolvidos ao Grupo, sem juros, à medida que os aviões são restituídos aos locadores. A rubrica outros – não correntes, inclui basicamente:

• A quantia de 82 527 milhares de euros pela AdP; • A quantia de 11 052 milhares de euros relativa a uma dívida à Direcção Geral do Tesouro por parte

da BAÍA DO TEJO, que surge na sequência da decisão do Governo de extinguir a SN-SGPS e alienar parte substancial do seu activo à mesma;

• A quantia de 6 370 milhares de euros relacionada com garantias prestadas por terceiros e advém do Grupo ANA.

Passivos por Locação Financeira 31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

Locações Financeiras

Dívidas respeitantes a locação financeiraEdifícios e outras construções ‐                           ‐                           Equipamento básico 678 299              753 472             Outras imobilizações corpóreas 2 617                     ‐                            

680 916                753 472               

Futuros pagamentos mínimosAté 1 ano 129 682                88 217                  De 1 ano até 5 anos 316 612                360 120               Mais de 5 anos 234 622                305 135               

680 916                753 472               

31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

Até 1 ano 50.826        36.111         1 a 2 anos 44.007        28.223         2 a 3 anos 34.462        20.395         3 a 4 anos 25.550        9.641          Mais de 4 anos 104.932      4.219              

259.777      98.589        

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A rubrica outros – correntes, inclui basicamente: • A quantia de 98 778 milhares de euros referente ao Grupo SAGESTAMO, a qual se refere

essencialmente aos imóveis detidos pelas empresas do Grupo; • A quantia de 65 021 milhares de euros registados na PARPÚBLICA, maioritariamente relativos à

aquisição de acções da REN; • A quantia de 46 974 milhares de euros referentes ao Grupo TAP, que inclui essencialmente, taxas e

impostos no montante de 29 751 milhares de euros, saldos a pagar a clientes no montante de 3 661 milhares de euros e saldos a pagar a outros credores no valor de 12 609 milhares de euros;

• A quantia de 40 057 milhares de euros registados no Grupo AdP. O valor de credores por subscrições não deliberadas está relacionado com o Grupo ANA. 31 - Outros passivos financeiros

O valor registado em outros passivos financeiros de 9 686 milhares de euros corresponde aos swaps de taxa de juro não integrados na contabilidade de cobertura valorizados pelo seu justo valor à data de balanço, com base em valorizações indicadas por entidades independentes. 32 - Vendas e serviços prestados

Outros passivos financeiros

Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado - 351 - 18 863 SWAPS - 9 335 - -

- 9 686 - 18 863

CorrentesNão

Correntes

31-Dez-09

CorrentesNão

Correntes

31-Dez-08

Rédito das vendas e dos serviços prestados 2009 2008

O pe raçõe s e m C on ti n u ação

VendasM ercado Interno 481 480 436 602 M ercado Externo 124 664 165 159

606 144 601 761

Prestações de ServiçosM ercado Interno 1 254 912 1 203 104 Rendas de p rop riedade de invest imento 27 459 19 813 Desvio tarifário (regulatório) 8 773 T ransp orte Aéreo e M anutenção (1 466) M ercado Externo 1 327 118 1 553 011

2 609 489 2 783 235

Total 3 215 633 3 384 996

O perações Descontinuadas

VendasM ercado Interno - 19 489

- 19 489

Prestações de ServiçosM ercado Interno - 22 029

- 22 029

Total - 41 518

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Conforme se pode constatar pela análise do relato por segmentos de negócio apresentado na Nota 1, as Actividades Aeronáuticas evidenciam-se como o segmento mais significativo contribuindo com cerca de 2 395 milhões de euros (2 677 milhões de euros em 2008), correspondentes a 74% (2008: 79%) do total de vendas e prestações de serviços. 33 - Subsídios à exploração

Os subsídios à exploração relacionados com activos biológicos dizem respeito à actividade operacional da Companhia das Lezírias. Os outros proveitos e ganhos dizem respeito aos subsídios à exploração provenientes das seguintes empresas:

• TAP – 2 420 milhares de euros de subsídios a receber do Estado relativamente à comparticipação no preço de venda do bilhete para passageiros com destino ou origem nos arquipélagos dos Açores, desde que os passageiros se enquadrem no regime legal aplicável. O montante reconhecido em cada exercício corresponde à estimativa do Grupo do valor a receber por bilhetes voados no próprio exercício por passageiros abrangidos pelo benefício. O decréscimo da rubrica face ao ano anterior deve-se essencialmente do facto dos créditos referentes às indemnizações compensatórias sobre a rota da Madeira terem passado a ser reclamados directamente pelos residentes e/ou estudantes ao Estado desde o segundo trimestre de 2008;

• INCM – 5 500 milhares de euros de subsídios de exploração atribuído pelo Estado a título de compensação indemnizatória relativo acesso ao universal e gratuito do Diário da República Electrónico, bem como pelo serviço público prestado pelas Contrastarias;

• CE – 2 804 milhares de euros de subsídios destinados à realização do evento Moto GP.

S ubsídios à exploração 2009 2008

Relacionados com activos biológicos 1 881 2 453 Outros Proveitos e Ganhos 11 913 17 695

Total 13 793 20 148

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34 - Ganhos e perdas imputados de associadas

35 - Variação nos inventários da produção

Variação nos inve ntários da produ ção (Variação da Produção)

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos

Produtos e trabalhos em

curso

Inventários Iniciais (14 374) (370) (40 695) Regularização de Inventários 1 892 4 20 Inventários Finais 12 766 769 25 779

Variação da Produção 284 402 (14 896)

(14 209)

2009

Ganhos e perdas imputados de associadas 2009 2008

GanhosCVP - Sociedade de Gestão Hosp italar, S.A. 569 675 Credip - Instituição Financeira de Crédito 85 92 EDP - Energias de Portugal, S.A. 136.787 45.108 M ulticert - Serviços de Certificação Electrónica 61 22 ORIVÁRZEA, S.A. 140 155 PORTOSIDER 5 15 REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. 66.921 39.496 GALP 24.303 8.195 INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 708 329 Parcaixa, SGPS, SA 9.234 - ADA - Administração Aerop ortos, Lda 485 358 Águas da Região de Aveiro 118 - Águas Públicas do Alentejo 1 - Netdouro 2 19 Valorsul - 495

S ubtotal 239.420 94.957

Reversão de perdas de imparidadeINAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 13.978 -

S ubtotal 13.978 -

TOTAL 253.398 94.957

Perdas

Perda de imparidadeSPE/SM L (Goodwill) 18.426 - INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA - 32.137

S ubtotal 18.426 32.137

Outras perdasAIR M ACAU, Cº Lda. - 4.582 SPdH - Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Prejuízo anual) 29.596 18.372 Trevoeste 23 10 Resiestrela - 20 Agrup amento Complementar de Empresas 7 - Outros 83 167

S ubtotal 29.709 23.151

TOTAL 205.262 39.669

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36 - Trabalhos para a própria entidade

Os valores registados na rubrica trabalhos para a própria entidade, relativos aos activos fixos tangíveis incluem 2 959 milhares de euros relacionados com a ANA, 558 milhares de euros da INCM e 466 milhares de euros da Companhia das Lezírias. Em relação aos trabalhos para a própria entidade relativos aos inventários no montante de 1 650 milhares de euros dizem respeito a obras realizadas pela unidade de negócios de manutenção e engenharia da TAP S.A., relativas a trabalhos de manutenção para a frota do Grupo. 37 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em 2009 provém, essencialmente, do Grupo TAP com 180 238 milhares de euros, da AdP com 25 360 milhares de euros, da SAGESTAMO com 25 217 milhares de euros e do INCM com 19 044 milhares de euros. Os movimentos respeitantes a regularização de existências de 2009 respeita essencialmente ao Grupo SAGESTAMO e referem-se à transferência em 2009, de imóveis classificados como propriedades de investimento em 2008 e reclassificados para existências em 2009. As mercadorias vendidas e as matérias consumidas respeitam essencialmente a imóveis, combustíveis, material de escritório, peças de substituição/conservação relacionado com os edifícios/equipamentos afectos à actividade.

Trabalhos para a própria entidade 2009 2008

Activo não correnteActivos fixos tangíveis 3 983 4 293

3 983 4 293 Activo corrente

Inventários 1 650 798 1 650 798

TOTAL 5 633 5 091

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidos (CMVMC)

M ercadorias M atérias-p rimas,

subsidiárias e de consumo

M ercadorias M atérias-p rimas,

subsidiárias e de consumo

Inventários Iniciais 209 140 103 577 193 209 29 002 Alterações ao p erímetro de consolidação - - 11 120 39 164 Comp ras 215 161 205 918 268 383 233 478 Regularização de Existências 61 024 6 167 (144 429) (4 393) Existências Finais (375 244) (168 193) (209 140) (103 577)

Inventários Consumidos e Vendidos 110 081 147 469 119 143 193 673

257 549 312 816

20082009

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Na Lazer e Floresta ocorreu uma reclassificação, sendo que parte do montante que se encontrava em 2008 em adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas foi reclassificado como inventários, dado tratarem-se de propriedades destinadas a revenda. 38 - Fornecimentos e serviços externos

O segmento de actividade que mais contribuiu para esta rubrica da demonstração dos resultados foi o sector de actividades aeronáuticas, representando cerca de 84% (88% em 2008) dos custos incorridos. Os combustíveis são o custo mais representativo, cerca de 24% do total de fornecimentos e serviços externos. A diminuição de custos relacionados com fornecimentos e serviços externos deve-se, essencialmente, à diminuição da actividade face ao período homólogo e à redução dos custos com combustíveis, sendo esta redução explicada pela diminuição do preço médio do jet fuel. Os outros materiais e serviços consumidos advêm essencialmente do Grupo TAP (145 780 milhares de euros) e do Grupo AdP (98 698 milhares de euros). 39 - Gastos com o pessoal As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da PARPÚBLICA em 2009, foram:

Mesa da Assembleia Geral: 899 euros Conselho de Administração: 723 milhares de euros (*) Revisor Oficial de Contas: 75 milhares de euros (*) Inclui os prémios de 2007 e parte dos prémios de 2008.

Fornecimentos e serviços externos2009 2008

Combustíveis 360 023 706 321 Assistência por terceiros nos aeroportos 140 292 146 833 Taxas de navegação aérea 124 180 129 977 Trabalhos esp ecializados 129 403 122 054 Comissões 50 304 60 351 Conservação e reparação de equip amento de voo 71 566 94 825 Conservação e reparação de outros activos 73 712 63 282 Locação op eracional de aviões 46 620 38 531 Taxas de aterragem 23 140 23 930 Encargos esp eciais da actividade de venda - actividade de transp orte aereo 30 705 44 119 Desp esas a bordo 35 511 32 974 Subcontratos 59 282 43 072 Rendas e alugueres 30 127 57 374 Seguros 6 782 5 285 Honorários 5 514 3 751 Outros materiais e serviços consumidos 318 057 332 784

1 505 219 1 905 463

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Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo mantém um conjunto de obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados, que são tratadas nos termos previstos na IAS 19.

O movimento ocorrido no ano relativamente aos passivos de benefícios definidos, bem como os principais pressupostos actuariais utilizados na elaboração dos estudos, são apresentados na Nota 27. Os gastos com benefícios de reforma dizem essencialmente respeito à TAP, no que se refere a: (i) retorno esperado dos activos do plano com um valor de - 9 623 milhares de euros; (ii) ganhos e perdas actuariais no valor de – 2 924 milhares de euros; (iii) custos de juros no montante de 11 217 milhares de euros; e (iv) custo do serviço corrente no valor de 3 173 milhares de euros. Outra empresa com relevantes gastos relacionados com benefícios de reforma é a AdP com um montante de 1 837 milhares de euros. 40 - Ajustamentos de inventários (perdas / reversões)

Os valores registados na rubrica de inventários (vide Nota 19) encontram-se líquidos das perdas e ganhos do exercício. As perdas e reversões nos ajustamentos em mercadorias, registados em função do valor realizável líquido, o qual se encontra estimado em 31 de Dezembro de 2009 com base em avaliações efectuadas por peritos avaliadores independentes, estão relacionados com o Grupo SAGESTAMO. As reversões de ajustamentos em mercadorias encontram-se associadas a alguns dos imóveis vendidos no exercício pela Estamo. Os ajustamentos em inventários de matérias-primas, subsidiárias e de consumo e respectivas reversões referem-se maioritariamente a ajustamentos de inventários numa subsidiária do Grupo TAP (TAP Manutenção e Engenharia Brasil). As restantes reversões de ajustamentos referem-se à INCM.

Gastos com Benefícios de Reforma 2009 2008

Custo do serviço corrente 3 473 4 633 Custo de juros 13 740 13 848 Retorno esperado dos activos do p lano (11 322) (5 253) Ganhos e p erdas actuariais (6 475) (4 169) Custo do serviço p assado - 6 954 Efeito de qualquer corte ou liquidação - (17 928) Outros 4 290 212

TOTAL 3 706 (1 704)

Ajustamentos em inventários

M ercadorias 5 195 1 627 3 019 495 Produtos acabados e intermédios - 373 573 - Subprodutos, desp erdícios. resíduos e refugos - 132 145 - M atérias-p rimas, subsidiárias e de consumo 9 619 965 441 1 402

14 814 3 097 4 177 1 897 11 717 2 281

2009

Perdas em inventários

Reversão de ajustamentos em

inventários

2008

Perdas em inventários

Reversão de ajustamentos em

inventários

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41 - Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)

Os valores registados na rubrica de clientes (vide Nota 20) encontram-se líquidos das perdas e ganhos do exercício. O reforço efectuado em ajustamentos de dívidas a receber resulta, essencialmente, de: (i) ajustamentos em 17 820 milhares de euros efectuados em contas da TAP; (ii) ajustamentos em 5 091 milhares de euros efectuados pela AdP; (iii) ajustamentos em 2 840 milhares de euros efectuados pela ANA. Relativamente às reversões de ajustamentos em contas a receber, o reforço existente em 2009 é composto, essencialmente, por: (i) reversão efectuada pela AdP em 777 milhares de euros; (ii) reversão efectuada pelo Grupo TAP em 376 milhares de euros e (iii) reversão realizada pela ANA em 148 milhares de euros. 42 - Provisões (aumentos / reduções) O detalhe do valor apurado na rubrica aumentos e diminuições de provisões, líquidas de dotações e reversões, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

Os principais aumentos encontram-se discriminados na Nota 25 - provisões, destacando-se os montantes mais significativos no Grupo TAP, na ANA e nas AdP, resultantes de processos judiciais em curso e outras provisões.

Imparidade de dívidas a receber (gastos/reversões)

Reversão de ajustamentos em contas a receber

Ajustamentos em contas a receber

Clientes 721 24 470 6 445 20 085 Outras contas a receber - correntes 830 2 091 8 258 (2 955) Outros activos e p assivos financeiros - 16 - 31 600

1 551 26 578 14 704 48 730 (25 027) (34 027)

2009

Ajustamentos em contas a receber

Reversão de ajustamentos em contas a receber

2008

Provisões (gastos / reversões) 31-Dez-09 31-Dez-08

Provisão p ara p rocessos judiciais em curso 2 099 40 Fianças a associadas (95) (1 650) Encargos com desmantelamentos - (1 493) Benefícios de Reforma e Equivalentes / Pensões 125 77 Programa TAP Victoria - 1 103 Provisões para investimentos financeiros - 20 831 Imp ostos 1 470 - Acidentes no trabalho e doenças p rofissionais (33) (80) Outras p rovisões 7 084 16 847 Provisão p ara contingências fiscais - Brasil (1 255) - Provisão p ara contingências laborais - Brasil 4 193 -

13 588 35 675

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43 - Imparidade de activos Não depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)

A imparidade dos terrenos e recursos naturais refere-se essencialmente à Companhia das Lezírias. Conforme referido na Nota 13, considerando que as cobranças acumuladas dos créditos do Estado associadas às “Notes” da operação de titularização estão agora em linha com o cenário esperado e considerando ainda a posição mais favorável por parte da Fitch Ratings quanto a parcelas sujeitas a rating a SAGESECUR procedeu à reversão das perdas por imparidade reconhecidas em anos anteriores, o que representou o reconhecimento de um ganho no montante de 12 049 milhares de euros. Depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)

44 - Aumentos / reduções de justo valor

Imparidade de outros activos não depreciáveis Perdas por imparidade

Reversão das perdas por

imparidade

Terrenos e recursos naturais 5 211 924 606 - Outros activos financeiros - 12 049 (198) -

5 211 12 973 408 - (7 762) 408

2009

Perdas por imparidade

Reversão das perdas por

imparidade

2008

Imparidade de outros activos depreciáveis Perdas por imparidade

Reversão das perdas por

imparidade

Activos fixos tangíveis depreciáveisEdifícios e outras construções 337 - 211 - Equip amento Administrativo - - - 7

337 - 211 7

Activos fixos intangíveis depreciáveisOutros activos fixos intangíveis - - - -

Com vida util finita - - 7 225 - - - 7 225 -

337 - 7 436 7 337 7 429

2009

Perdas por imparidade

Reversão das perdas por

imparidade

2008

Aumentos / reduções de justo valor2009 2008

Ajustamentos PositivosPropriedades de investimento 22 146 36 892 Activos biológicos 1 697 (1 553) Ganhos de Investimentos financeiros pelo justo valor p or via dos resultados 196 479 151 642 Ganhos de Investimentos financeiros Detidos para negociação 49 9 Ganhos de outros investimentos financeiros 2 813 60

223 184 187 051

Ajustamentos NegativosPropriedades de Investimento 34 949 886 Perdas de Investimentos financeiros p elo justo valor p or via dos resultados - 137 962

34 949 138 848

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Os ajustamentos positivos e negativos de justo valor em propriedades de investimento respeitam essencialmente às seguintes entidades (valores líquidos):

• Baía do Tejo (3 283 milhares de euros positivos); • Lazer e Floresta (2 445 milhares de euros positivos); • Companhia das Lezírias (18 milhares de euros negativos); • Grupo SAGESTAMO (3 107 milhares de euros negativos); e • ENVC Imobiliária (15 406 milhares de euros negativos) tal como referido na Nota 6.

Os ganhos de investimentos financeiros pelo justo valor por via dos resultados correspondem essencialmente ao reconhecimento da variação de justo valor nas opções em empréstimos permutáveis emitidos pela PÁRPUBLICA e nas acções da EDP subjacentes, no montante de 188 836 milhares de euros (31DEZ08: ganhos de 147 108 milhares de euros e perdas de 134 222 milhares de euros). 45 - Outros rendimentos e ganhos

Os proveitos suplementares advêm sobretudo, do segmento de actividades aeronáuticas e referem-se, entre outros, a vendas de material de armazém recuperado de 30 912 milhares de euros (31DEZ08: 4 116 milhares de euros), venda de milhas do programa TAP Victoria a parceiros de 17 275 milhares de euros (31DEZ08: 7 433 milhares de euros), proveitos com publicidade de 3 800 milhares de euros (31DEZ08: 7 584 milhares de euros), rendas e sublocações de 3 857 milhares de euros e 6 301 milhares de euros relativos à ANA (31DEZ08: 11 376 milhares de euros). Os rendimentos de juros incluem os juros das “Notes”, detidas pela SAGESECUR. Até 31DEZ08, os jurosfinais destas não eram reconhecidos como rendimento, pela incerteza na realização, nem como activo por dependerem de acontecimento incerto fora do controlo da empresa. Essas condições de incerteza levaram inclusive ao reconhecimento em anos anteriores de uma perda por imparidade no custo de aquisição das “Notes”. Ultrapassada a incerteza, procedeu-se em 2009 ao reconhecimento do respectivo rendimento de juros associado às Notes no montante de 21,6 milhões de euros. O restante montante incluído em rendimento de juros advém essencialmente da AdP (32 517 milhares de euros), da PARPÚBLICA (6 839 milhares de euros), do Grupo SAGESTAMO (6 376 milhares de euros) e do Grupo TAP (7 239 milhares de euros).

Outros rendimentos e ganhos operacionais 2009 2008

Operações em Continuação Proveitos sup lementares 80.053 58.411 Ganhos em existências (não inclui reversão de p erdas de imp aridade) 417 1.114 Ganhos em imobilizações (não inclui reversão de p erdas de imp aridade) 5.835 25.556 Outros Rendimentos e Ganhos de Prop riedades de Investimento 2.545 3.222 Rendimentos de juros 80.648 103.891 Dividendos recebidos de instrumentos de cap ital detidos 43.152 38.857 Comp ensação de dividas fiscais no Brasil (Programa REFIS) 55.734 - Subsídios ao investimento 84.421 58.451 Outros p roveitos e ganhos 71.431 60.771 Reversão de p erdas de imp aridade de contas a receber - Correntes - 217 Recup eração de dívidas - 7.375

Total 424.235 357.865

Operações Descontinuadas

Outros p roveitos e ganhos 14.159 17.356 Total 14.159 17.356

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Os rendimentos de participação de capital incluem essencialmente dividendos recebidos conforme o quadro seguinte:

A rubrica REFIS inclui 55 734 milhares de euros referentes ao impacto favorável da adesão da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. ao programa de refinanciamento fiscal “REFIS” (vide Nota 16). Os subsídios ao investimento advêm maioritariamente das actividades aeronáuticas e das águas e resíduos. Os outros proveitos e ganhos correspondem essencialmente a:

• 6 907 milhares de euros da PÁRPUBLICA; • 24 099 milhares de euros do Grupo AdP, que inclui diferenças de câmbio favoráveis no montante de

9 110 milhares de euros; • 37 603 milhares de euros do Grupo TAP, que se referem essencialmente a diferenças de câmbio

favoráveis; Os proveitos e ganhos de operações descontinuadas resultam da venda da participação da SN Longos e da liquidação da Ria Mãe, da Sociedade Gestora do Autódromo e da Fábrica Mendes Godinho, por parte da PÁRPUBLICA. 46 - Outros gastos e perdas

A rubrica de Impostos inclui 5 059 milhares de euros da TAP (31DEZ08: 7 355 milhares de euros), 4 388 milhares de euros da INCM (31DEZ08: 3 570 milhares de euros), 10 060 milhares de euros da AdP (31DEZ08: 9 984 milhares de euros), 1 828 milhares de euros da Baía do Tejo e 678 milhares de euros da ANA (31DEZ08: 1 828 milhares de euros). As perdas em imobilizações referem-se, essencialmente ao Grupo TAP, com um total de perdas de 4 033 milhares de euros bem como as perdas em existências com um total de 5 919 milhares de euros referentes a perdas da subsidiária da TAP, TAP Manutenção e Engenharia Brasil.

Outros gastos e perdas operacionais 2009 2008

Imp ostos 22 526 24 224 Perdas em imobilizações 4 106 3 925 Utilização fraudulenta de cartões de crédito 151 105 Perdas em existências (não inclui p erdas de imp aridade) 6 447 2 412 M ultas e p enalidades 1 017 1 791 Outros 47 211 78 961

81 457 111 418

Rendimentos de participação de capital 2009 2008

EDP pe rmutá ve i s 42 174 38 140PT ‐ Portuga l  Te l e com, SA 461 461Soci edade  de  Ges tã o  Hospi ta l a r, SA  349 ‐                     INH 99 138Outra s 69 118

43 152 38 857

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A rubrica de outros gastos e perdas inclui: • 23,7 milhões de euros do Grupo TAP, dos quais 18,3 milhões de euros de diferenças de câmbio

desfavoráveis; • 8 milhões de euros do Grupo AdP, que incluem, entre outros, 3,5 milhões de euros de diferenças de

câmbio desfavoráveis e 3,5 milhões de euros relativos a serviços bancários; • 5 milhões de euros dos incentivos atribuídos pelo Grupo ANA e que têm como objectivo a captação

de tráfego, designadamente, formação de novas rotas e/ou frequências e a optimização da capacidade oferecida nos aeroportos do Grupo ANA;

• 1,8 milhões de euros relativos à PARPÚBLICA; e • 1,1 milhões de euros do Grupo SAGESTAMO.

47 - Gastos/reversões de depreciação e de amortização O valor desta rubrica é composto por:

48 - Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados

As diferenças de câmbios favoráveis respeitam integralmente ao Grupo TAP. Os juros suportados incluem 45 806 milhares de euros de juros de financiamento e 14 288 milhares de euros de juros do passivo tributário da subsidiária TAP Manutenção e Engenharia Brasil e 18 722 milhares de

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 2009 2008

Activos fixos tangíveisTerrenos e recursos naturais 1 312 1 499 Edifícios e outras construções 66 596 46 690 Equip amento básico 184 680 184 489 Equip amento de transporte 3 377 6 348 Ferramentas e utensílios 1 722 1 440 Equip amento administrativo 12 147 10 749 Outras imobilizações corp óreas 5 212 22 275

275 046 273 492 Outros activos intangíveis

Com vida util indefinida 1 8 Com vida util finita 187 775 161 755

187 776 161 763 Activos Biológicos (método do custo) 167 220

Total 462 989 435 474

Juros e outros rendimentos e gastos de financiamento 2009 2008

Rendimentos e GanhosDiferenças de câmbio favoráveis 3 443 -

3 443 - Gastos e PerdasJuros sup ortados 273 920 299 175 Diferenças de câmbio desfavoráveis 3 304 5 882 Outros custos e perdas financeiros 8 798 42 608

286 022 347 665

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euros relativos a financiamentos bancários do Grupo ANA. Os juros suportados incluem ainda 136 032 milhares de euros referentes à PÁRPUBLICA e 54 271 milhares de euros relativos ao Grupo AdP. As diferenças de câmbio desfavoráveis referem-se ao Grupo AdP (1 470 milhares de euros) e ao Grupo TAP (1 834 milhares de euros). Os outros custos e perdas de financiamento referem-se ao Grupo TAP (4 168 milhares de euros), ao Grupo SAGESTAMO (1 941 milhares de euros) e ao Grupo AdP (2 352 milhares de euros). 49 - Imposto sobre o rendimento do período

Os gastos por impostos correntes correspondem na generalidade à ANA (21 876 milhares de euros), à AdP (22 951 milhares de euros) e à TAP (7 125 milhares de euros). Os gastos provenientes de redução ou reversão de um activo por impostos diferidos advêm essencialmente do Grupo SAGESTAMO (3 232 milhares de euros). O Grupo PARPÚBLICA está sujeito a tributação em sede de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2009 corresponde à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama. A partir do exercício de 2007 a Derrama passou a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, podendo assim o imposto atingir a taxa máxima agregada de 26,5%. O cálculo do imposto diferido de 2009 foi apurado com base na taxa de 26,5%. As declarações de autoliquidação, da Grupo PARPÚBLICA ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.

Impostos sobre o rendimento (DR) 2009 2008

Gasto/rendimento p or impostos correntes 60 813 44 647 Ajustamentos reconhecidos no p eríodo de imp ostos correntes de períodos anteriores (170) (151) Gasto/rendimento relacionado com a origem e reversão de diferenças temp orárias 271 6 367 Gasto/rendimento relacionado com alterações nas taxas de tributação ou com o lançamento de novos imp ostos - 88 Benefícios p rovenientes de diferença temp orária de um período anterior que seja usada para reduzir gasto de impostos correntes

162 78

Gasto p rovenientes de redução ou reversão de um activo p or impostos diferidos (3 225) - Outros 999 11

TOTAL 58 851 51 041

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50 - Interesses minoritários – Resultado Líquido

De 2008 para 2009 registou-se um aumento de cerca de 27 180 milhares de euros nos interesses minoritários sobre o resultado líquido, o qual se deveu maioritariamente às sociedades subsidiárias do Grupo AdP. 51 - Demonstração consolidada dos fluxos de caixa A construção da demonstração consolidada dos fluxos de caixa obedeceu às disposições da IAS 7. Os fluxos de caixa relativos à actividade operacional respeitam essencialmente ao segmento das actividades aeronáuticas, com os recebimentos de clientes com uma proporção de 73% sobre o total. Nos pagamentos a fornecedores e ao pessoal este segmento tem um peso de 82% e 75%, respectivamente. As actividades de financiamento e de investimento respeitam essencialmente a operações da PARPÚBLICA, do Grupo SAGESTAMO e do Grupo AdP. 52 - Entidades Relacionadas Os saldos e transacções entre as empresas do grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transacções das principais empresas do Grupo PARPÚBLICA com entidades relacionadas são:

Interesses Minoritários (Resultado Líquido) 2009 2008

SEAP - (1 182) Cateringpor 546 614 LFP 2 997 3 042 ENVC Imobiliária (30) 6 SAGESECUR 4 472 547 ECODETRA (74) (15) M argueira 2 2 ANA, SA 13 525 9 463 ANAM (2 186) (1 054) NAER (1 070) (3 056) Grupo AdP 33 052 15 577 Fábrica M endes Godinho - 8 SPE (144) -

51 091 23 952

S aldos e transações com Entidades Relacionadas em 31-Dez-09 Total

Entidades com controlo conjunto ou

influência significativa sobre a

entidade

AssociadasOutras partes relacionadas

Saldos e transacções com Entidades Relacionadas a 31dez09

Saldos Activos 276 483 1 149 43 787 231 547 Saldos Passivos 123 519 - 7 071 116 448 Proveitos 405 955 - 12 693 393 262 Custos 143 045 - 78 686 64 359

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Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis. 53 - Activos e passivos contingentes PARPÚBLICA: A empresa Imocapital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA moveu uma acção ordinária contra o Estado e a Portucel SGPS onde pediu a condenação solidária de ambas no pagamento da indemnização mínima de 46 765 399,62 euros, acrescida de juros, por alegados prejuízos derivados da reprivatização da Gescartão, SGPS, SA , a qual está em recurso no Tribunal Central Administrativo Sul que corre os seus termos. Por estar subjacente um processo de reprivatização, qualquer eventual indemnização não seria da responsabilidade da PARPÚBLICA. Grupo AdP: i) Investimentos futuros A estimativa de compromissos financeiros assumidos pelo Grupo AdP não relevados no balanço, decorrentes da celebração dos contratos de concessão relativamente a investimentos iniciais, de substituição, renovação e expansão a efectuar no decorrer do período remanescente de concessão, apresenta-se do seguinte modo:

Investimento

contratual Investimento já efectuado

Investimento em curso

Investimento futuro (N+1)

Investimento futuro (N+2

N+5) Investimento futuro (>N+5)

UNA-PD 5 475 941 2 969 281 991 741 568 975 425 340 636 137UNR 1 001 385 740 232 62 200 238 580 133 982 149 285 6 477 326 3 709 513 1 053 941 807 555 559 322 785 422

Empresas Abastecimento Resíduos e saneamento 2009 2008

Investimento contratual 5 475 941 1 001 385 6 477 326 6 215 405Investimento já efectuado 2 969 281 740 232 3 709 513 3 286 497Investimento em curso 991 741 62 200 1 053 941 1 070 718Investimento futuro Investimento futuro - N - - - - Investimento futuro (N+1) 568 9785 238 580 807 555 821 828 Investimento futuro (N+2 N+5) 425 340 133 982 559 322 799 258 Investimento futuro (>N+5) 636 137 149 285 785 422 620 110

No mapa seguinte encontram-se apresentados os compromissos futuros do Grupo relativos às rendas a pagar aos Municípios, conforme definido nos contratos de concessão têm a seguinte expressão (em milhares de euros):

Rendas já reconhecidas 74 765

Rendas Futuras N 902

Rendas futuras (N+1) 3 542

Rendas futuras Restantes 74 927

2009 154 137

2008 145 817

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Adicionalmente, o Contrato de parceria assinado com a Águas da Região de Aveiro, prevê o pagamento de adiantamentos aos Municípios por conta de rendas no montante de cerca de 56 milhões de euros, sendo 13 milhões de euros em 2009, 26 milhões de euros em 2010 e 17 milhões euros em 2011. ii) Outros activos e passivos contingentes Sanest, S A

A construção e implantação das infra-estruturas correspondentes ao Sistema de Saneamento da Costa do Estoril, foi efectuada ao abrigo de despachos que declaram a utilidade pública dos respectivos estudos, obras e trabalhos, permitindo a imediata realização das obras. No que respeita à 1ª Fase do Sistema, foram transferidos para a Sanest, S.A todos os direitos, designadamente os reais, que decorrem da implantação ou construção do Sistema e incidam sobre prédios em que o mesmo esteja implantado ou construído ou sobre todos aqueles que sejam objecto de quaisquer ónus ou limitações em função de tal implantação ou construção. Por razões decorrentes da falta de registo na Conservatória, dos direitos acima referidos respeitantes à 1.ª Fase, de responsabilidade do INAG, a sua determinação não está ainda totalmente efectuada, ao que corresponde a não consideração do respectivo reflexo na avaliação dos activos e passivos da Empresa. A aquisição de título definitivo sobre as parcelas em que foram implantadas as infra-estruturas da 2ª fase envolve onerações com carácter definitivo, as quais foram determinadas e quase totalmente pagas, no sentido em que de 1 274 milhares de euros faltam pagar 64 milhares de euros . Relativamente à aquisição dos terrenos para implantação das infra-estruturas da 3ª fase, os valores dos processos de indemnizações e de expropriações estão contemplados no investimento global. Simlis, S A

Como factos mais relevantes do ano de 2009 destacam-se: Conclusão da fase de ensaios/testes e recepção provisória das empreitadas: 1ª fase do sistema de Telegestão, Empreitada de Execução dos Emissários E14 2,E14 2 1,E14 2 1 1, Condutas Elevatórias CE1, CE2 e CE3 e Estações Elevatórias EE1, EE2, EE3 do Sistema de Chão de Mendiga e dos Emissários E8 2 e E8 2 7 do Sistema de Ponte das Mestras Sul, Empreitada de Execução dos Emissários de ligação de Casal dos Ledos a Espite do Sistema de Olhalvas e 2ª Fase do Fornecimento, Montagem e Colocação em Serviço do sistema de Telegestão do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis e da Rede de Comunicações Multi-Serviços da Simlis, S A; Prosseguimento dos estudos e projectos das Redes de Saneamento Doméstico em Baixa Efectuou-se o inventário ao imobilizado da concessionária e o mesmo foi auditado; Investimento do ano: 2,5 milhões de euros, dos quais cerca de 1,5 em empreitadas; o restante foi em estudos e projectos das Redes em Baixa Volume de negócios; 5,5 milhões de euros; Volume de efluente tratado; 10,64 milhões de metros cúbicos. Águas do Algarve, S A

A Águas do Algarve, S A tem 2 Acções a decorrer em tribunal já devidamente contestadas. A primeira refere-se ao Sistema do Sotavento, a qual está a decorrer no Tribunal Administrativo do Circulo de Lisboa, no valor de 2 662 milhares de euros. A 2ª acção refere-se ao Sistema de Barlavento e decorre no Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa no valor de 2 004 milhares de euros.

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Em todos os processos, a Águas do Algarve, S A. entendeu que não são devidos nem exigíveis quaisquer quantias referentes a este litígios, pelo que não se constituiu qualquer provisão para o efeito. Águas do Ave, S A

Processo nº. 1636/08 - Acção Administrativa comum; Autor: Alberto Martins de Mesquita & Filhos, S.A. Valor: 3 649 milhares de euros. A Sociedade apresentou a sua contestação a 17 de Dezembro de 2008, tendo a Autora apresentada a sua réplica. Foi realizada Audiência Preliminar a 9 de Setembro e sua continuação para o dia 3 de Dezembro de 2009, não se tendo realizado esta última. Expropriação Judicial: Processos no valor total de 137 milhares de euros. Aguarda-se a conclusão da avaliação obrigatória a efectuar por peritos nomeados pelo tribunal e pelas partes. Águas do Cávado, S A

A Empresa foi citada para duas acções em que o empreiteiro peticiona os valores de 2966 milhares de euros e 3 327 milhares de euros, acrescidos de juros, devido a pretensos sobre custos e trabalhos a mais. Trata-se de acções iguais a outras que o mesmo empreiteiro interpôs contra a Empresa pelas mesmas razões e em que a Empresa foi absolvida das instâncias por Acórdão do Tribunal de Conflitos. A Empresa continua a entender que não são devidos ao empreiteiro aqueles valores, tendo apresentado a sua defesa naquelas acções. A Empresa é interveniente em acção administrativa especial instaurada a um Município, na qual é formulado um pedido de indemnização no valor de 560 milhares de euros, relativamente à qual corre acção em Tribunal. No entanto, a Empresa entende que não são devidas nem exigíveis quaisquer quantias respeitantes a esse pedido. Trata-se dum processo interposto por vizinhos duma infra-estrutura que está a ser construída pela Águas do Cávado, S. A. - na sequência de providências cautelares que não foram atendidas pelo Tribunal - os quais reclamam do Município onde decorre a obra indemnizações por prejuízos especiais e anormais suportados nas suas moradias, originados por essa construção. A Águas do Cávado, S.A. é contra-interessada nesta acção uma vez que é a dona da obra, mas entende que a mesma não implica qualquer prejuízo para os moradores vizinhos da infra-estrutura. Águas do Minho e Lima, S A A Águas do Minho e Lima, S.A. apresentou requerimentos de Injunções contra vários Municípios. O pedido aos Municípios tem como fundamento a falta de pagamento do preço da água fornecida e de recolha e tratamento de efluentes. Em 31 de Dezembro de 2009 mantêm-se em curso os seguintes pedidos de injunção ao Balcão Nacional de Injunções para os quais o Município apresentou oposição. Para estes pedidos foi proferida sentença, que julgou o Tribunal Administrativo incompetente em razão de matéria e competente o Tribunal Tributário. A Sociedade e o Município em acordo reclamaram da decisão, acordando em ordenar a remessa ao tribunal havido por competente. Aguarda-se desenvolvimento destes processos (em milhares de euros):

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Injunção Montante (Eur’000) Estado

Processo 144/09 3BEBRG (1912) 1 073 O município apresentou oposição.

Aguarda decisão do Tribunal de conflitos

Processo 363/09 2BEBRG (1917) 36 O município apresentou oposição

Processo 481/09 7BEBRG (1922) 42 O município apresentou oposição

Processo 534/09 1BEBRG (1926) 51 O município apresentou oposição

Processo 856/09 1BEBRG (1932) 32 O município apresentou oposição

Processo 877/09 4BEBRG (1933) 31 O município apresentou oposição

Processo 1014/09 0BEBRG (1940) 25 O município apresentou oposição

Processo 1512/09 6BEBRG (1948) 29 O município apresentou oposição

1 321 Águas do Mondego, S.A. Processo n.º 905 / 09.3TBLSA (Tribunal Judicial da Lousã): os Autores (Fernando Ferreira Araújo e outro) alegando invasão de propriedade, reclamam da Águas do Mondego, SA a reposição do terreno e indemnização a liquidar em execução de sentença. A acção, sob a forma sumária, deu entrada em 06 de Novembro de 2009 e foi contestada em 03 de Dezembro de 2009. Com os mesmos fundamentos poderão surgir outras acções de proprietários lesados com a mesma intervenção (abertura de vala para colocação de conduta - “Empreitada do Complexo da Boavista e Extensão Sector Nascente - Troço de Vale Colmeias”. Encontra-se a aguardar despacho saneador. Não se sabe a Indemnização prevista. Processo n.º 488/07.9PCCBR - 3.º juízo Criminal de Coimbra: crime: art. 277.ºdo CP, agravado com a morte de um trabalhador, por afogamento na EE do loreto. Arguido: Arménio Avelar Gadanha, director de Exploração das infra-estruturas da Águas do Mondego, SA. Arguido apoiado judiciariamente pela Águas do Mondego, SA. Encontra-se em julgamento: 4. Águas do Norte Alentejano, S.A. Foi apresentada queixa à Procuradoria-geral da República contra "alheio" por ocupação de Etars da Águas do Norte Alentejano, SA, situação esta que, põe em causa a qualidade da água à saída das infra-estruturas em causa. Verificou-se evolução no processo de negociação de compensações com o empreiteiro Oliveiras, S.A, podendo este processo negocial levar ao pagamento por parte da AdNA de cerca de 400 milhares de euros. Águas de Santo André, S.A. Recurso de impugnação de coima aplicada pela IGAOT, colocação de processos de injunção e processos de acção administrativa ordinários à Câmara Municipal de Sines e de Santiago do Cacém e processo das lamas. Águas do Zêzere e Côa, S.A. Processo nº 99/08.1 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Construtora Abrantina e Marsilop, relativo ao concurso H, onde é peticionado o pagamento da quantia global de 2 285 milhares de euros, relativo a custos de paragem, diferencial do cálculo de revisão

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de preços, indemnização por danos emergentes e lucros cessantes e custos financeiros, a que acresce o pagamento dos juros comerciais vencidos desde 31 de Março de 2008. O processo aguarda despacho saneador e marcação do julgamento. Processo nº 313/08.3 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Lambelho & Ramos, Constrobi e Ecotécnica, relativo ao concurso M, onde, para alem da prorrogação do prazo da empreitada, é peticionado a revogação da aplicação de multas contratuais no valor 489 milhares de euros e o pagamento de sobrecustos no valor de 322 milhares de euros. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamentos. Processo nº 38/09.2 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Abrantina / Marsilop, relativo ao concurso de Saneamento 10 – Subsistema do Fundão, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 3 255 milhares de euros, relativa a indemnização por agravamento de custos de estaleiro, de encargos de estrutura, gastos gerais e gastos de oportunidade, compensações por alteração ao projecto, actualização e custos e a título de reembolso de custos financeiros incorridos até 31 de Dezembro de 2008, acrescidos dos vincendos até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Processo nº 55/09.2 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Marsilop, Constrope, e Águas em processo, relativo à empreitada de condutas, reservatórios e estações elevatórias do Subsistema Sra. Do desterro – Lote III -, onde estes peticionam, para além da prorrogação legal do prazo da obra, o pagamento da quantia global de 513 milhares de euros, relativo ao ressarcimento dos sobrecustos e prejuízos por eles suportados em consequência da verificação de situações que comprometem o equilíbrio económico e financeiro do contrato de empreitada, acrescida dos juros de mora sobre a quantia que a Águas do Zêzere e Côa, S.A. venha a ser condenada a pagar, contados desde a citação (02.02.09) até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Processo nº 71/09.4 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Marsilop, Constrope, e Águas em processo, relativo à empreitada de condutas, reservatórios e estações elevatórias do Subsistema Sra. Do desterro – Lote II -, onde estes peticionam, para além da prorrogação legal do prazo da obra, o pagamento da quantia global de 539 milhares de euros, relativo ao ressarcimento dos sobrecustos e prejuízos por eles suportados em consequência da verificação de situações que comprometem o equilíbrio económico e financeiro do contrato de empreitada, acrescida dos juros de mora sobre a quantia que a Águas do Zêzere e Côa, S.A. venha a ser condenada a pagar, contados desde a citação (31.02.09) até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Processo nº 225/09.3 - BECTB – Tribunal Administrativo de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Abrantina / Marsilop, relativo ao concurso I, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 6 078 milhares de euros, relativa a indemnização por prejuízo com meios directos parados em obra, custos de estaleiro e de estrutura, gastos gerais, custos financeiros, custos de garantias bancárias, indemnização e juros até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Processo nº 730/09.1 - BECTB – Tribunal Adm de C. Branco: Acção intentada contra a empresa, pelo empreiteiro Lambrelho & Ramos, relativo à empreitada de saneamento14, onde é peticionado o pagamento

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uma indemnização por custos de paralisação no valor 650 milhares de euros, acrescida dos juros vencidos no montante de 159 milhares de uros e dos vincendos até integral pagamento. O processo encontra-se em fase de contestação. Processo de Contra-Ordenação nºJCT-2009-0051, onde foi levantado um auto cuja infracção pode levar a aplicação de uma coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros em caso de negligência e de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento. Processo de Contra-Ordenação nºJCT-2009-129, onde foi levantado um auto cuja infracção pode levar a aplicação de uma coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros euros em caso de negligência e de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento. Processo de Contra-Ordenação nºJCT-2009-642, onde foi levantado um auto cuja infracção pode levar a aplicação de uma coima entre 38,5 milhares de euros a 70 milhares de euros em caso de negligência e de 200 milhares de euros a 2 500 milhares de euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento. Em 20 de Novembro de 2008 a Águas do Zêzere e Côa, S.A., intentou, no Tribunal Adm. e Fiscal de C. Branco, uma acção contra o Município de Belmonte, que corre termos sob o nº 481/08.4 BECTB, onde peticiona a condenação deste no pagamento da quantia de 551.258,19 euros, acrescida dos custos vincendos, à taxa legal, desde a citação até completo e integral pagamento. O processo aguarda decisão sobre o recurso interposto pelo Município, uma vez que este já foi condenado a pagar as quantias peticionadas na acção. Processo de Injunção nº 437520/08.5; nº 17532/09.8; nº 56189/09.9; nº 84340/09.1; nº 121150/09.6 e nº 168098/09.0 YIPRT, instaurado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, contra o Município de Belmonte, onde é peticionado a quantia global de 367 milhares de euros [355 milhares de euros (capital) + 11 milhares de euros (juros de mora) + 0,7 milhares de euros (taxa de justiça)]. O processo corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, onde foi proferida sentença de absolvição de instância do Município por idoneidade do meio utilizado (injunção), encontrando-se a aguardar decisão de recurso da sentença. Processo de Injunção nº 390003/08.9; nº 52541/09.8 e nº 84217/09.0 YIPRT, instaurado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, contra o Município da Mêda, onde é peticionado a quantia global de 404 milhares de euros [318 milhares de euros (capital) + 85 milhares de euros (juros de mora) + 0,6 milhares de euros (taxa de justiça)]. O processo corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, onde foi proferida sentença de absolvição de instância do Município por idoneidade do meio utilizado (injunção), encontrando-se a aguardar decisão de recurso da sentença. Acção nº 608/09.9 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 30.09.09, contra o Município de Almeida, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 215 milhares deeuros (capital) + 3 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

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Acção nº 758/09.1 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 14.12.09, contra o Município de Almeida, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 244 milhares de euros (capital) + 3 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda contestação do Município. Acção nº 763/09.8 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 16.12.09, contra o Município de Penamacor, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 228 milhares de euros (capital) + 3 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda contestação do Município. Acção nº 611/09.9 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 30.09.09, contra o Município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 209 milhares de euros (capital) + 3 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Acção nº 761/09.1 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 16.12.09, contra o Município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 241 milhares de euros (capital) + 3 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda contestação do Município. Acção nº 480/09.9 e nº 612/09.7BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 20.07.09 e 30.09.09, contra o Município de Mêda, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 200 milhares de euros (capital) + 3 milhares de (juros de mora). O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Acção nº 759/09.0 BECTB, instaurada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 06.12.09, contra o Município de Belmonte, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 199 milhares de euros (capital) + 2 milhares de euros (juros de mora). O processo aguarda contestação do Município. Processo de execução nº 702/09.7 BECTB, instaurado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., em 17.11.09, contra o Município de Penamacor, onde é peticionado o pagamento da quantia global de 316 milhares de euros. Acção arbitral proposta por parte do Município do Fundão, onde esta entidade reclama o pagamento de indemnização no montante de 43 395 milhares de euros (quarenta e três milhões trezentos e noventa e quatro mil novecentos e cinquenta e sete euros e setenta e um cêntimos). Paralelamente, a Águas do Zêzere e Côa, S.A., reclama daquele Município do Fundão o pagamento de indemnização no valor de 186 milhares de euros (cento e oitenta e seis mil cento e quarenta e nove euros). A arbitragem encontra-se em fase de inquirição de testemunhas. Acção administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de facturas emitidas entre Maio de 2001 e Agosto de 2008, bem como no pagamento dos respectivos juros vencidos e vincendos, no valor total de 1 202 milhares de euros (um milhão duzentos e dois mil e dezoito euros e setenta cêntimos) – Processo n.º 487/08.3BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco; Acção administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de facturas emitidas entre Setembro e

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Dezembro de 2008, bem como no pagamento dos respectivos juros vencidos e vincendos, no valor total de 592 milhares de euros (quinhentos e noventa e um mil setecentos e onze euros e dezanove cêntimos) – Processo n.º 154/09.0BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco; Acção administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de facturas emitidas entre Janeiro e Abril de 2009, bem como no pagamento dos respectivos juros vencidos e vincendos, no valor total de 551 milhares de euros (quinhentos e cinquenta mil oitocentos e vinte e dois euros e quarenta e seis cêntimos) – Processo n.º 491/09.4BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco; Acção administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de facturas emitidas entre Maio e Julho de 2009, bem como no pagamento dos respectivos juros vencidos e vincendos, no valor total de 487 milhares de euros (quatrocentos e oitenta e seis mil quinhentos e treze euros e cinquenta e dois cêntimos) – Processo n.º 660/09.7BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco; Acção administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa, S.A, onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de facturas emitidas entre Agosto e Outubro de 2009, bem como no pagamento dos respectivos juros vencidos e vincendos, no valor total de 558 milhares de euros (quinhentos e cinquenta e sete mil seiscentos e cinquenta euros e sessenta e dois cêntimos) – Processo n.º 2/10.9BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Águas de Trás-os-Montes Processos n.º 1528/06 e 2705/05 – processos contra ordenacionais em que era A. o IGAOT e R. a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A, nestes processos o N/ escritório só teve intervenção numa fase inicial e graciosa, desconhecendo quem defendeu a ADTMAD em fase contenciosa, e quais os valores e/ou sanções em causa. Processo145/07 - Em que era A. o CCDRN e R. a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A, foi esta última absolvida, após recurso para o Tribunal de Vila Nova de Foz Côa, nesse sentido, não existe multa ou qualquer sanção monetária ou outra. Processo CO12 - Em que a entidade autuante é a Câmara Municipal de Freixo e a arguida a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A, foi a mesma condenada em admoestação. Tal facto aconteceu, em virtude de, e apesar da Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A se encontrar isenta de licença, quando não está isenta de colocar o aviso em que torna pública todas as informações relativas à obra em causa, o que in casu não aconteceu. No entanto, e de que tenhamos conhecimento este foi o único processo em que existiu uma sanção (admoestação) para a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A, em processos contra ordenacionais. Processo CO 23332 – O N/ escritório deu o seu parecer sobre este processo em que está em causa o transporte de resíduos, no entanto, desconhece quem defendeu a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A em fase contenciosa, e quais os valores e/ou sanções em causa.

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Processos-crime - Existem, efectivamente, apenas dois processos-crime, de que tenhamos conhecimento e que envolvem a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A. No processo 90/06 trata-se de uma queixa-crime intentada contra a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A, cujo objecto reporta a invasão de propriedade, referente a um processo expropriativo. No que concerne ao processo 208/07 diz respeito a uma queixa apresentada pela Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A contra a Gumersaúde, porque esta última fez-se passar pela Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A para vender produtos de limpeza e tratamento de água potável. Processos de elevados montantes envolvidos - Apenas se encontra pendente um processo judicial que envolve elevados montantes, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, sob o n.º 280/09. Neste processo pretende a A. reconhecer o direito à prorrogação legal do prazo para execução da empreitada e que a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A seja condenada a pagar à A. o valor de 2.019.888,40 euros, a título de compensação pelos sobrecustos que a A. teve devido às prorrogações legais, invocando a reposição do equilíbrio financeiro do contrato de empreitada, mais juros de mora. Por seu turno a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A. tem a receber do A. o valor da multa contratual aplicada, e ainda uma indemnização por prejuízos causados tudo no valor total de 3 270 milhares de euros Litígios indicando importâncias envolvidas e posição de cada processo - Procedimento de injunção nº 322850/09.3YIPRT onde a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A é Requerente e Requerido o Municio de Bragança. Peticiona-se a quantia de 292 milhares de euros a título de serviços prestados e não pagos. Procedimento de injunção nº 428851/09.8YIPRT onde a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A é Requerente e Requerido o Municio de Bragança. Peticiona-se a quantia de 175 milhares de euros a título de serviços prestados e não pagos. Processos intentados contra a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A e que podem originar responsabilidades financeiras e custos - Processo 23/08.1BEMDL: Resulta da impugnação que a Associação de Municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro apresentou junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela relativa á liquidação, por parte do Município de Boticas, de taxa de ocupação do subsolo relativa a condutas instaladas pela Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A em vias municipais. A liquidação da taxa foi no montante de 166 milhares de euros em 17/12/2007. A impugnação tem por fundamento principal (entre outros) o facto de a taxa ser liquidada com fundamento em licença para obras, de que a Associação de Municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro está isenta por lei. O Tribunal de 1ª Instancia deu como improcedente a impugnação, tendo a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S. A apresentado em 13 de Janeiro o respectivo recurso. Aguarda-se notificação para apresentação de alegações. O risco de sucumbência é razoável, embora se considere haver razão por parte da Associação de Municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro. O valor do risco é do montante da taxa, ou seja 166 milhares de euros. Algar, S.A. Em 2006 foi estabelecido um Contrato com a AGNI referente à Concessão de Exploração do Centro Electroprodutor relativo ao Aproveitamento Energético do Biogás gerado no Aterro Sanitário do Sotavento, pelo prazo de 11 anos, sancionado pelo Concedente (Estado Português) sendo o valor dos investimentos

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repartido em partes iguais pela ALGAR e Cessionária (AGNI), no valor unitário de 1 158 milhares de euros. Em 2009 face ao incumprimento do contrato por parte da AGNI foi interposta uma acção judicial. As dívidas de cobrança duvidosa incluídas na rubrica dívidas de terceiros constantes no balanço totalizam um valor de 1 490 milhares de euros, dos quais 1 441 milhares de euros correspondem a uma dívida da AGNI correspondente às rendas de acordo com a cláusula 4ª do Contrato de Cessão de Exploração celebrado a 12 de Outubro de 2006 e juros de mora, inclui também, parte (652 milhares de euros) do adiantamento efectuado a esta entidade no valor de 1 100 milhares de euros deduzido do justo valor dos activos que haviam sido adquiridos pela AGNI, que em virtude do incumprimento das obrigações contratuais por parte da AGNI e consequente resolução do contrato, tornaram-se propriedade da ALGAR. Fundo Coesão: No exercício 2009, foi contabilizada a devolução de 1 947 milhares de euros à Comunidade Europeia, este reembolso diz respeito a correcções financeiras dos apoios aos investimentos realizados e financiados pelo Fundo de Coesão I – Projecto 1995/PT/16/C/PE/026 (95.10.61.024 – 96.10.61.013 – 96.10.61.013A). Amarsul, S.A. Processo instaurado à empresa Agni, por incumprimento do contrato referente à construção de um Centro Electroprodutor em Palmela que inclui o valor do adiantamento efectuado pela Amarsul, deduzido da avaliação do equipamento fornecido, no montante de 1 425 milhares de euros e a facturação das rendas, ao abrigo do contrato, de 640 milhares de euros; Resiestrela, S.A. Processo nº 297/08 8BECTB, do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco; Réu: Município de Celorico da Beira; Data de entrada: 24/06/2008; Valor da acção: 790 391,00 euros; Taxa de justiça paga: 1 milhares de euros + 1 milhares de euros + 1 milhares de euros; Natureza e estado do processo: Acção administrativa comum sob a forma de processo ordinário, intentada pela Águas do Zêzere e Côa, S.A. , tendo posteriormente havido habilitação da Resiestrela, respeitante às facturas emitidas ao Município entre 31/12/2003 e 31/03/2008, as quais titulam o montante global de 647 983,20 euros. Em 23/04/2009, data da audiência de julgamento, as partes transigiram sobre o objecto da causa, tendo o Réu confessado o pedido, pelo que foi declarada a extinção da instância.. Em 14/09/2009, o Município subscreveu declaração de reconhecimento de dívida relativamente ao valor peticionado, no sentido de o pagamento do mesmo ser negociado com o Município, o qual se encontrava a aguardar a concessão de fundos, nomeadamente ao abrigo do programa do Governo “Pagar a tempo e horas”. No entanto, à data, prevê-se que o Município não venha a pagar voluntariamente tal valor, devendo, consequentemente, vir a ser instaurada a competente acção executiva. Injunção n.º 393286/08.0YIPRT Réu: Município da Guarda; Data da entrada: 19/11/2008; Valor da Acção: 368 milhares de euros; Taxa de Justiça Paga: 0,5 milhares de euros; Natureza e estado do processo: Requerimento de injunção respeitante a diversas facturas. Não houve oposição ao requerimento de injunção, pelo que lhe foi aposta fórmula executória em 28/01/2009.O Município procede regularmente a pagamentos parciais das facturas em dívida.

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Processo n.º 66/09.8BECTB, do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco Réu: ADC – Águas da Covilhã, E.M.; Data da entrada: 19/11/2008; Valor da Acção: 1.028.129,28 euros; Taxa de Justiça Paga: 1 milhares de euros+ 1 milhares de euros + 1 milhares de euros; Natureza e estado do processo: Processo resultante do requerimento de injunção intentado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., tendo posteriormente havido habilitação da Resiestrela (aceite em sentença de 31/03/2009), respeitante às facturas emitidas entre 31/07/2007 e 31/05/2008, no montante global de 950 milhares de euros. A audiência de julgamento esteve marcada para 09/07/2009, mas as partes, a fim de se tentar um acordo, requereram a suspensão da instância, tendo, entretanto, sido marcada nova data para o dia 18/03/2010. No plano das negociações, a Resiestrela encontra-se a aguardar que lhe seja comunicada a proposta da Águas da Covilhã. Caso as partes continuem na senda negocial, foi já avançado que uma das possibilidades de resolução da situação poderá passar pelo recurso à arbitragem. A Resiestrela, S.A. é ainda interessada em alguns processos, que seguidamente se enumeraram, nos quais não se apresenta como parte, uma vez que a parte é a Águas do Zêzere e Côa, S. A., mas cuja decisão final poderá vir a ter repercussão na contabilidade da Resiestrela, face ao disposto no contrato de trespasse da concessão do sistema municipal de triagem, recolha selectiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos da Cova da Beira: Processo nº 1290/07.3TBCVL, do Tribunal Judicial da Covilhã Autor: Novaflex – Técnicas do Ambiente, S.A. Réu: Associação de Municípios da Cova da Beira e Águas do Zêzere e Côa, S.A.; Data da entrada: 07/09/2007; Valor da Acção: 120 milhares de euros. Natureza e estado do processo: Acção Declarativa de Condenação, sob a forma de Processo Ordinário, em que a Autora peticiona a condenação das Rés no pagamento solidário da quantia supra mencionada, com base em prestações de serviço que não lhe teriam sido pagas. Foi realizada audiência no dia 22/07/2009, tendo entretanto sido proferida decisão sobre a matéria de facto, a qual permite antever que a Águas do Zêzere e Côa, S.A. não deverá ser condenada. A sentença foi proferida em 05/11/2009, na qual se condenou a AMCB a pagar à Novaflex 89 milhares de euros (capital em dívida), quantia acrescida dos juros moratórios vencidos até 07/07/2007, no montante de 31 milhares de euros, e de juros vincendos até integral pagamento. A Águas do Zêzere e Côa, S.A. foi absolvida do pedido; no entanto, a AMCB interpôs recurso de tal sentença. Processo nº 686/09.0TBGRD, do Tribunal Judicial da Guarda. Autor: Nova Beira – Gestão de Resíduos, S.A. Réu: Águas do Zêzere e Côa, S.A. Data da entrada do Processo no Tribunal Judicial da Guarda: 19/05/2009. Valor da Acção: 2.177 milhares de euros. Natureza e estado do processo: Acção Declarativa de Condenação, sob a forma de Processo Ordinário, em que a Autora peticiona a condenação da Ré no pagamento da quantia supra mencionada, com base em prestações de serviço que não lhe teriam sido pagas. O processo seguiu os seus trâmites normais em termos de articulados, sendo que em 16/10/2009 foi proferida sentença, absolvendo a Ré da instância com base na incompetência material do tribunal. Processo n.º 889/09.9BECBR, do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra. Autor: Nova Beira – Gestão de Resíduos, S.A.; Réu: Águas do Zêzere e Côa, S.A. ; Data da entrada do Processo no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra: 19/05/2009; Valor da Acção: 3.562 milhares de euros; Natureza e estado do processo: Acção Administrativa Comum, sob a forma de Processo Ordinário, em que a Autora peticiona a condenação da Ré no pagamento da quantia supra mencionada, com base em prestações de serviço que não lhe terão sido pagas. Será requerida a habilitação da Resiestrela como Ré neste processo.

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Resulima, S.A. A Resulima tem um litígio judicial pendente que resulta dum processo instruído no Tribunal Judicial de Viana do Castelo contra a AGNI, em 30 de Setembro de 2009. Sanest, S.A. Tendo presente a entrada em vigor da Lei 12/2008, a Sanest, S.A. propôs aos Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra o pagamento voluntário das dívidas vencidas. Não tendo sido possível a celebração de acordos de pagamento, foram instaurados processos de injunção aos mesmos. No que diz respeito aos Municípios de Cascais e Oeiras, os processos de injunção não foram considerados válidos pelo Tribunal, tendo, nessas circunstâncias, sido instaurados novos processos comuns para cobrança das dívidas dos três Municípios. Simlis, S.A. Processo n º 441 / 06 0BELRA – TAFLeiria: acção administrativa comum, com a forma ordinária, intentada por Construtora Abrantina, S A , reclamando de Simlis, S A. a quantia de 319 967,44 euros, relativamente a diferenças de medições na empreitada “ Execução da Rede de Saneamento de Maceira - 1 ª e 2 ª fases “. Foi paga a taxa de justiça inicial de 1 milhar de euros. Na Contestação, apresentada em 18-05-2006, deduzimos a caducidade do direito à acção e pugnamos pela improcedência do pedido. Aguarda-se desenvolvimento. Processo. 1552/09.5BELRA – TAFLeiria: Acção administrativa comum sob a forma ordinária intentada por Construtora Abrantina, s.a., em 29-09-2009, pedindo a condenação de Simlis, S.A. no pagamento da quantia de 3.099.892,27 euros e juros, relativa a prejuízos c/ perdas de rendimento, permanência em obra, lucros cessantes, encargos financeiros e prejuízos c/ montagem e desmontagem de estaleiro - “ Empreitada de execução da Rede de Saneamento de Maceira- 3.ª,5.ª e 6.ª fases “ Processo. 1553/09.3BELRA – TAFLeiria: Acção administrativa comum sob a forma ordinária intentada por Construtora Abrantina, em 29-09-2009, pedindo a condenação de Simlis, S.A no pagamento da quantia de 389 milhares de euros, relativa a indemnização nos termos do n.º2 do art. 234.º do DL 59/99, por rescisão do contrato - “ Empreitada de Execução da Rede de Saneamento de Maceira - 3.ª,5.ª e 6.ª fases “ Destas acções judiciais não há qualquer expectativa que venham a reverter em custos para a Simlis, S.A. Simria, S.A. Acção administrativa comum na forma ordinária n.º 760/05.2BEVIS, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro – Interceptores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a SIMRIA, S.A. seja condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até Abril de 2003 e a pagar a estas uma indemnização no valor de 8 897 milhares de euros, acrescida dos respectivos juros vencidos e vincendos à taxa legal. Neste processo a SIMRIA, S.A. deduziu pedido reconvencional contra as Autoras, reclamando destas uma indemnização no valor de 7 821 milhares de euros, acrescido de juros, a título de multas aplicadas ao empreiteiro por atraso na execução da obra, lucros cessantes, danos de imagem e outros. Nesta acção, aguarda-se a elaboração do despacho saneador pelo tribunal e respectiva notificação às partes, posto o que prosseguirão os ulteriores termos processuais.

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Acção administrativa comum na forma ordinária n.º 1075/08.0BEVIS, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro – Interceptores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a SIMRIA, S.A. seja condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até 24 de Setembro de 2004 e a pagar a estas a quantia de 4 407 milhares de euros, a título de indemnização por prejuízos alegadamente sofridos pelo empreiteiro na referida empreitada, trabalhos a mais, revisão de preços e juros de mora por alegado desfasamento entre os pagamentos contratualmente esperados e os realmente verificados. Nesta acção, aguarda-se a marcação de audiência preliminar ou a elaboração do despacho saneador pelo Mmo. Juiz, seguindo-se os ulteriores termos processuais. Não foi registada qualquer provisão para estes processos, por se considerar que não resultará daí qualquer responsabilidade para a empresa. Processos em que a Simria, S.A. é Autora: Acção administrativa comum na forma ordinária n.º 337/09.3BEAVR, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, proposta contra o Município de Aveiro, em que se pede a condenação do referido município no pagamento da quantia total de 923 milhares de euros, acrescida de juros, referente a serviços de recolha, tratamento e rejeição de efluente, prestados pela SIMRIA, S.A. e não pagos por aquela autarquia. Neste processo, dado que o Tribunal não aceitou o meio processual utilizado pela SIMRIA, S.A. (processo de injunção), foi, deste despacho, interposto recurso jurisdicional para o Tribunal Central Administrativo Norte, aguardando-se que seja proferido o respectivo acórdão. Acção administrativa comum na forma ordinária n.º 369/09.1BEAVR, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, proposta contra o Município de Aveiro, em que se pede a condenação do referido município no pagamento da quantia total de 849 milhares de euros, acrescida de juros, referente a serviços de recolha, tratamento e rejeição de efluente, prestados pela SIMRIA, S.A. e não pagos por aquela autarquia. Neste processo, tendo terminado a fase dos articulados, aguarda-se a marcação de audiência preliminar ou a elaboração do despacho saneador pelo Mmo. Juiz, seguindo-se os ulteriores termos processuais. Simtejo, S A Os litígios e contingências existentes na Simtejo referem-se sobretudo a acções judiciais intentadas por terceiros e cujos processos se encontram em apreciação pelos Tribunais competentes. Todas as acções cujos montantes sejam quantificáveis encontram-se provisionadas nas contas da Empresa. Águas do Douro e Paiva, S A Processo n.º 583/09.0BEVIS (1916): Injunção n.º 348536/08.8YIPRT; Réu: Município de Oliveira de Azeméis; Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro; Pedido: A Sociedade apresentou a 07 de Novembro de 2008, requerimento de Injunção contra o Município de Oliveira de Azeméis, solicitando o pagamento da quantia de 217 milhares de euros. O Município deduziu oposição, sendo os autos remetidos para o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto e posteriormente para o Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro. O Réu após o envio da injunção, pagou à Sociedade a quantia de 209 milhares de euros, do total de 217 milhares de

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euros, tendo, em consequência, a Sociedade reduzido o pedido para 7 milhares de euros. A 23 de Abril, o Réu apresentou a sua contestação, reclamando do valor em falta para 6 milhares de euros, em vez de 7 milhares de euros como deduziu a Sociedade. A 03 de Setembro de 2009, foi proferida Sentença, que absolveu o Réu da instância, tendo a Sociedade interposto recurso para o Tribunal Central Administrativo Norte. Aguarda-se decisão. Simarsul, SA Processo N.º CO/001132/09 - relativamente à ETAR da Fonte da Prata, sendo imputada à Simarsul, S.A. uma contra-ordenações a que cabe a coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros, em caso de negligência, e de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo. Não existe ainda decisão da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, tendo a Simarsul apresentado a sua defesa no âmbito do processo de contra-ordenação; Processo N.º CO/001142/09 - relativamente à ETAR da ZIA, sendo imputada à Simarsul, S.A. uma contra-ordenações a que cabe a coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros, em caso de negligência, e de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo. Não existe ainda decisão da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território, tendo a Simarsul, S.A. apresentado a sua defesa no âmbito do processo de contra-ordenação; Resioeste, S A Acção da Resioeste contra a Socimur - A Resioeste reclama uma verba de 67 milhares de euros acrescida de juros mora à taxa legal, por existência de defeitos na construção contratada. Por sua vez a Socimur reclama um valor de 241 milhares de referente a trabalhos a mais. No entanto, julga-se improvável que a Socimur venha a ganhar esta acção. iii) Garantias As responsabilidades por garantias bancárias prestadas por unidades de negócio das empresas incluídas no perímetro de consolidação demonstram-se como se segue (em euros):

UN Tribunais Bancos Concedentes Outros Total 2009 Total 2008 UNA-PD 23 589 799 - 5 488 771 17 742 851 46 821 421 43 872 631EPAL 5 433 496 7 488 110 - 29 805 377 42 726 983 35 886 391UNR 1 080 935 - 13 859 255 9 414 908 24 355 098 22 488 677Internacional - - 303 774 - 303 774 893 814Corporativos - - - 199 617 199 617 230 279 30 104 230 7 488 110 19 651 800 57 162 753 114 406 893 103 371 792

iv) Outras responsabilidades não reflectidas no balanço Estão ainda dados em garantia os seguintes valores em “Títulos e outras aplicações financeiras” (em euros):

Títulos 2009 2008

FIP's - - OT's 649 660 Valores à ordem dos tribunais 108 082 108 072 108 731 108 732

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Grupo ANA:

2009 2008

Compromissos assumidos com contratos firmados com realização em curso 127 275 107 623

Garantia Bancária e Seguro Caução 160 217 165 122

O seguro caução e as garantias bancárias prestadas têm por fim cobrir as seguintes situações:

2009 2008

Financiamento BEI 155 593 160 687

IRC 3 152 3 152

Processo Litigiosos de Expropriação Gestão dos entrepostos aduaneiros 491 492

Licenciados 718 648

Outros 261 142

160 217 165 121

Os processos judiciais em curso em 31 de Dezembro de 2009, dos quais não se espera que resultem responsabilidades para o grupo ANA, resumem-se como segue:

Grupo TAP: À data de 31 de Dezembro de 2009, os passivos contingentes referem-se à TAP Manutenção e Engenharia Brasil e são detalhados com o segue:

31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

Processos de natureza laboral 475 545Processos de natureza cível 822 822Processos de expropriação 512 512Processo de indemnização por anulação de adjudicação de contrato 134 134Custas contingentes do processo de propriedade dos terrenos do ALS   movido pela Câmara Municipal de Lisboa contra o Estado, ANA,EP e TAPProcesso de indemnização por rompimento de contrato de prestação de serviços 61 61Processo de indemnização por acidentes de Viação 314 314Acção Administrativa por danos causados pela inviabilização de loteamento 103 103Acções contra a ANAM,no âmbito do Projecto de ampliação do   Aeroporto do FunchalAcções de contestação à aplicação da taxa de tráfego 266 ‐Acções de contestação à revogação de licenças de ocupação 293 ‐Outras responsabilidades 392 162

150 150

299 299

Contingência Descrição Desenvolvimentos actuais 31‐Dez‐09 31‐Dez‐08

(i) LaboralFGTS não depositado entre 2002/2004 e acção pelo Sindicato.

Probabilidade provável de êxito da TAP Manutenção Brasil.

81.973 8.394

(ii) TributáriaExecução Fiscal de obrigação de pagamento de ICMS incidente na importação de mercadorias ou bens para o activo fixo e uso ou consumo.

Probabilidade de perda possível na esfera administrativa e remota na esfera judicial.

61.808 9.402

(iii) Tributária Execução Fiscal de obrigações acessórias de ICMS.Aguarda‐se a suspensão da exigibilidade do crédito. Probabilidade provável de êxito da TAP Manutenção Brasil.

4.913 3.701

(iv) Tributária IRPJ/CSLL ‐ DIPJ do ano de 2002.Aguarda‐se julgamento e impugnação com probabilidade provável de êxito.

60.862 45.283

(v) TributáriaAI POA ‐ insuficiência de recolhimento de tributos sobre importações no período de 08/2002 a 12/2004.

Aguarda‐se julgamento e impugnação com probabilidade provável de êxito.

11.089 8.116

Tributária COFINS ‐ período de apuração 02/2002 a 12/2006.Débito incluído no parcelamento especial ‐ REFIS.

‐ 9.375

Tributária PIS ‐ período de apuração 02/2002 a 12/2006.Débito incluído no parcelamento especial ‐ REFIS.

‐ 2.303

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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(i) As principais acções laborais referem-se ao FGTS não depositado entre 2002 e 2004 e acções do sindicato dos trabalhadores visando adicional de insalubridade e periculosidade. De acordo com os advogados desta subsidiária, o êxito nestas acções é provável e, consequentemente, não foi criada nenhuma provisão; (ii) Em Março de 2009, foi lavrado um auto de infracção contra a TAP Manutenção Brasil sobre a suposta exigência do pagamento de ICMS, incidente na importação de mercadorias ou bens para o activo fixo e uso ou consumo. A subsidiária apresentou impugnação administrativa sobre o auto de infracção que foi julgado procedente. Em Dezembro de 2009, o recurso do Estado foi julgado procedente no Conselho de Contribuintes. De acordo com os advogados desta subsidiária, a probabilidade de perda é possível na esfera administrativa e remota na esfera judicial; (iii) Em Dezembro de 2007, a subsidiária foi notificada em Execução Fiscal, proposta pela Fazenda do Estado de São Paulo (Guarulhos), relativa a obrigações acessórias de ICMS. A subsidiária realizou a penhora de 2% da facturação, bem como a suspensão da execução com as razões para a revisão da Execução Fiscal. Actualmente, a subsidiária está a aguardar a decisão do Juíz em relação à suspensão da execução. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada provável; (iv) Em Abril de 2007, foi instaurado, contra a subsidiária, um auto de infracção através do qual a Receita Federal reclama créditos tributários de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS do exercício de 2002, no qual argumenta: (a) a suposta omissão de receitas; e (b) dedução de custos e despesas não comprovados pela subsidiária e que, portanto, não poderiam ter sido deduzidos pela mesma. Adicionalmente, é cobrada uma multa decorrente de divergências entre os valores constantes dos registos contabilísticos e aqueles declarados pela subsidiária. A subsidiária apresentou a sua defesa administrativa sustentando que não houve omissão de receitas e que os custos e despesas não aceites pela Receita Federal foram efectivamente comprovados durante a fiscalização. Aguarda-se o julgamento, em 1ª instância administrativa, da defesa apresentada pela subsidiária. De acordo com advogados, a probabilidade de êxito por parte da subsidiária é provável; (v) Em Outubro de 2007, a subsidiária foi notificada de auto de infracção no qual a Receita Federal entendeu não serem aplicáveis, nas operações de importação da subsidiária, a isenção de Imposto de Importação e IPI e a aliquota 0% de PIS e COFINS sobre Importação. Aguarda-se o julgamento da defesa apresentada pela subsidiária e a probabilidade de êxito é estimada como sendo provável De referir, ainda, que em 2008, a sociedade gestora do fundo AERUS (fundo de pensões Brasil) alegou que a TAP Manutenção Brasil possuía dívidas não reconhecidas na transferência de responsabilidades com benefícios pós-emprego para o referido fundo de cerca de 16 milhões de euros (R$ 40 milhões), por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores (VARIG e VASP). Segundo a avaliação da Administração da TAP Manutenção Brasil, fundamentada na opinião dos seus assessores jurídicos, a dívida apresentada pela AERUS não possui fundamentação legal. A estimativa de probabilidade de que a TAP Manutenção Brasil venha a pagar essa dívida é remota. Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2009, a subsidiária não registou qualquer provisão para fazer face a esta contingência À data de 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o grupo TAP não possuía activos contingentes

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

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Grupo Baía do Tejo: i) Garantias Em 31 de Dezembro de 2009, as garantias bancárias prestadas a terceiros são as seguintes:

• Garantia bancária prestada a favor da Câmara Municipal do Seixal no montante de 264 milhares de euros;

• Garantias prestadas pela ex-SNESGES para assegurar o pagamento integral de eventual indemnização que a Urbindústria e a antiga Siderurgia Nacional – S G P S , S A. e, por extinção desta, o Estado Português, possam via a ser condenadas a pagar, nas acções interpostas por antigos proprietários de terrenos expropriados;

• A título de garantia prestada perante a Câmara Municipal do Seixal, destinada a assegurar o compromisso de boa execução das infra-estruturas a efectuar no Parque Industrial do Seixal – 3ª fase (PIS III), orçadas em 6 822 milhares de euros, a Sociedade prometeu, em caso de incumprimento, proceder à dação em cumprimento de 14 lotes de terreno sitos no referido parque;

• Para pagamento de metade do valor das taxas camarárias estimadas em 2 200 milhares de euros, relacionadas com o licenciamento para loteamento e execução das obras de infra-estruturação do PIS III, a Câmara Municipal do Seixal aceitou vir a receber, a título de dação em pagamento, dois lotes de terreno, cujo valor global atribuído ascende a 1 097 milhares de euros;

• A favor da BESLEASING - Imobiliária, S A , no valor de 249 milhares de euros, destinada a garantir uma eventual restituição do preço de venda de um dos lotes do Parque Industrial do Seixal (PIS), vendido pela ex-Urbindústria, S A

• Na sequência de um processo de arresto das contas bancárias e das participações financeiras, decretado pelo Tribunal Cível da Comarca do Seixal, foi julgada procedente por aquele Tribunal a proposta da Sociedade em apresentar uma garantia bancária para levantamento do arresto. Assim, em 31 de Dezembro de 2008 a Sociedade celebrou com a Caixa Geral de Depósitos um contrato para a prestação da referida garantia bancária, pelo valor de 1 648 milhares de euros;

• A favor da Administração do Porto de Lisboa (APL), no valor de 68 milhares de euros, para fazer face a despesas relacionadas com a utilização do terminal do Seixal;

• A favor da Administração do Porto de Lisboa (APL) no valor de 42 milhares de euros, por utilização de área de domínio público;

• A favor do Tribunal do Trabalho de Almada no valor de 19 milhares de euros, destinada a caucionar um processo envolvendo um ex-trabalhador;

• A favor da Estradas de Portugal, S A, no valor de 40 milhares de euros, pela boa execução das obras de ligação rodoviária do Parque Empresarial gerido pela Sociedade à EN10-2;

• Adicionalmente, a Sociedade tem outorgado em contratos-promessa de compra e venda de fracções situadas no PIS, celebrados entre a ex-Urbindústria e particulares, garantias solidárias, para assegurar eventuais indemnizações a pagar aos ex-proprietários dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional, S A

ii) Responsabilidades ambientais - Instalações do Seixal Com a transformação da ex-Siderurgia Nacional – Empresa de Serviços, S A , dando origem à SNESGES, operada em 2005, os principais objectivos da gestão centraram-se no desenvolvimento do estudo de

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

114  

Ordenamento Urbano e Paisagístico de reconversão da área afecta à actividade siderúrgica do Seixal, perspectivando-se a criação nesta zona de um Pólo Empresarial, no qual venham a sediar-se novas unidades empresariais destinadas à indústria, comércio e serviços, zonas de habitação, de recreio e de lazer. Em 2007, foi adjudicado a uma empresa qualificada a realização de um estudo de enquadramento estratégico dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional e da Quimiparque, tendo sido definidas como prioridades do estudo a requalificação ambiental dos terrenos, o conjunto de acessibilidades aos referidos parques empresariais e infra-estruturas necessárias às utilizações previstas para os referidos terrenos. Foram já concluídas, no decurso do exercício de 2009, as acções relativas às demolições dos edifícios desactivados e ao desmantelamento dos equipamentos afectos à antiga actividade siderúrgica, bem como à limpeza dos respectivos terrenos. Em Dezembro de 2008, foi constituído um ACE juntamente com a Empresa Geral de Fomento, com o objectivo de coordenar e preparar a candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, com vista à obtenção de financiamento comunitário necessário à realização do programa de requalificação ambiental dos terrenos anteriormente afectos à actividade siderúrgica no Seixal. No âmbito deste ACE foi adjudicado em 2009 o Estudo final de caracterização do estado de contaminação dos solos e águas subterrâneas e definição dos usos futuros do território, avaliação do risco e definição de cenários de descontaminação e respectiva estimativa de custos, bem como a prestação de serviços de fiscalização deste estudo. A candidatura deste Estudo aos apoios do POVT teve decisão favorável, envolvendo um contrato de financiamento de 500 milhares de euros, com uma comparticipação de 350 milhares de euros. O referido Estudo ainda se encontra em execução, pelo que não é ainda possível proceder à quantificação das responsabilidades ambientais envolvidas, bem como aos respectivos custos de descontaminação. Contudo, encontra-se constituída uma provisão no montante de 9 016 milhares de euros, para fazer face às responsabilidades ambientais decorrentes do período pós-privatização nos terrenos do Seixal, desconhecendo-se em que medida a mesma será suficiente para fazer face aos encargos envolvidos, embora se admita que a mesma possa ser insuficiente. Entretanto, já no decurso de 2010, foi apresentada uma segunda candidatura ao POVT, envolvendo já componentes de remoção, transporte e deposição de resíduos existentes, aguardando-se a respectiva decisão por parte desta Entidade iii) Responsabilidades ambientais -Instalações do Barreiro Embora o processo relativo às responsabilidades ambientais decorrentes da actividade industrial desenvolvida nos terrenos do Parque industrial do Barreiro tenha muitas semelhanças com o referido a

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

115 

propósito dos terrenos do Seixal, as responsabilidades ambientais envolvidas são substancialmente mais reduzidas No entanto, e na sequência do referido Despacho Conjunto nº 28 176/2007, de 24 de Agosto, foi igualmente constituído, no final de 2008, um outro ACE, envolvendo também a Empresa Geral de Fomento, com o objectivo de coordenar e preparar a candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, com vista à obtenção de financiamento comunitário necessário à realização do programa de requalificação ambiental da zona industrial do Barreiro pertencente à Baía do Tejo. O trabalho desenvolvido por este ACE, no decurso de 2009, conduziu à adjudicação do estudo final de caracterização do estado de contaminação dos solos e águas subterrâneas e definição dos usos futuros do território, avaliação do risco e definição de denários de descontaminação e respectiva estimativa de custos, bem como a prestação de serviços de fiscalização deste estudo. A candidatura deste Estudo aos apoios do POVT teve decisão favorável, envolvendo um contrato de financiamento de 500 milhares de euros, assinado em Setembro passado, com uma comparticipação de 350 milhares de euros. O referido Estudo ainda se encontra em execução, pelo que não é ainda possível proceder à quantificação das responsabilidades ambientais envolvidas, bem como aos respectivos custos de descontaminação. Encontra-se actualmente em concurso o processo de concurso relativo à remoção de cerca de 58 000 toneladas de lamas de zinco, tendo sido também apresentada uma segunda candidatura ao POVT, para co-financiamento deste projecto. Contudo, ainda não é possível estimar os encargos que resultarão para a Sociedade decorrentes destas responsabilidades ambientais, não se encontrando constituída qualquer provisão específica para esta situação iv) Outras responsabilidades contingentes: Decorrente de processo judicial em curso contra a sociedade existe uma responsabilidade contingente de cerca de 245 milhares de euros, correspondente ao valor do pedido da acção em curso referente a um pedido de reversão de terrenos que haviam sido expropriados pelo Estado para a Siderurgia Nacional e que foram entregues à Urbindústria (actual Baía do Tejo) após o processo de cisão da SN-SGPS, S A. de 1991. Encontra-se em curso uma outra acção de condenação contra a ex-Urbindústria em que a autora peticiona o pagamento de uma indemnização, no montante de 137 milhares de euros, por responsabilidade pré-contratual e incumprimento do contrato promessa de compra e venda de um lote de terreno sito no Parque Industrial do Seixal. Em audiência preliminar de 11 de Abril de 1995 foi decido suspender a instância até decisão do processo acima referido. Apesar de considerar que a possibilidade de a Empresa vir a ser condenada neste processo ser remota, o Conselho de Administração constituiu uma provisão de 15 milhares de euros para fazer face a esta contingência

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        DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

116  

Existe ainda uma outra responsabilidade contingente no valor que pode variar de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, a título de coima correspondente a uma contra-ordenação ambiental que a Inspecção-geral do Ambiente intenciona aplicar, que se encontra reclamada no Ministério do Ambiente. Não foi constituída qualquer provisão para esta acção por se considerar que a mesma não apresenta potenciais responsabilidades para a Empresa Companhia das Lezírias: Existem dois processos dos membros executivos do Conselho de Administração destituído, antes do termo dos mandatos pela Assembleia-geral de 29/03/1996: um pelo Presidente e outro pelos dois Vogais Executivos, contra a Companhia das Lezírias, que não se encontram registados na Contabilidade. O valor das indemnizações quantificadas é de 304 milhares de euros. Não foi efectuada qualquer provisão dado que a destituição foi efectuada com invocação de justa causa. A Companhia das Lezírias possui as seguintes garantias bancárias que lhe foram prestadas:

• Garantias (6) bancárias no valor de 19 milhares de euros, no BCP, destinadas a caucionar consumos de energia eléctrica;

• Garantia (1) bancária no valor de 15 milhares de euros, no BCP, destinada a caucionar o fornecimento de gasóleo pela BP;

• Garantia (1) bancária no valor de 49 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a execução das obras de urbanização do loteamento industrial sito no núcleo fabril de Salvaterra de Magos;

• Garantia (1) bancária no valor de 2 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a exportação de vinhos.

54 - Eventos subsequentes relevantes PARPÚBLICA: O Plano de Estabilidade e Crescimento inclui no programa de reprivatizações as seguintes empresas em que a PARPÚBLICA detém participação, directa ou indirecta, no capital: ANA, EDP, GALP, HCB, INAPA, REN, SPE e TAP. Devido à baixa da cotação das acções da EDP, em 31 de Março de 2010 o justo valor das opções em empréstimos obrigacionistas da PARPÚBLICA e as acções subjacentes tinham reduções, respectivamente de 30,3 e 49,1 milhões de euros face à posição no balanço de 31 de Dezembro de 2009, traduzindo uma perda líquida de 18,8 milhões de euros no 1º trimestre de 2010.

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       DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 

117 

Grupo TAP: O efeito da variação da taxa de câmbio do Bolívar Forte (Venezuela) entre 31 de Dezembro de 2009 e a data da aprovação das contas pelo Conselho de Administração, é desfavorável em 11 762 milhares de euros, que deduzido do impacto favorável relacionado com a transferência de fundo das vendas acima referidas, no montante de 3 611 milhares de euros, resulta num impacto total desfavorável de 8 151 milhares de euros. Lisboa, 14 de Abril de 2010 O Conselho de Administração João Plácido Pires António Albuquerque José Castel-Branco Fernanda Mouro Pereira Isabel Ressurreição Silva Mário Donas

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DECLARAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 

(NOS TERMOS DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA Sede: Rua Laura Alves, nº 4 ‐ 1050 – 138 Lisboa 

NPC e de Matrícula: 502 769 017  

 

 

 

 

Declaração 

nos termos da alínea c) do número 1 do artº 245º do Código dos Valores Mobiliários 

 

 

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do número 1 do artigo 245º do 

Código  dos  Valores  Mobiliários,  os  membros  do  Conselho  de  Administração  da 

Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, abaixo  identificados, na qualidade e no 

âmbito das  funções que  lhes  competem,  tal  como  aí  referidas, declaram que,  tanto 

quanto é do seu conhecimento: 

 

(i) A informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação 

legal de contas e demais documentos de prestação de contas exigidos por  lei 

ou regulamento, relativamente ao exercício social findo em 31 de Dezembro de 

2009,  foram  elaborados  em  conformidade  com  as  normas  contabilísticas 

aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, 

da situação financeira e dos resultados da Parpública – Participações Públicas, 

SGPS, SA e das empresas incluídas no respectivo perímetro de consolidação. 

 

 

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(ii) O  relatório  de  gestão  relativo  àquele  exercício  social  expõe  fielmente  a 

evolução  dos  negócios,  do  desempenho  e  da  posição  da  Parpública  – 

Participações  Públicas,  SGPS,  SA  e  das  empresas  incluídas  no  respectivo 

perímetro  de  consolidação,  contendo  uma  descrição  dos  principais  riscos  e 

incertezas com que se defrontam. 

 

Lisboa, 14 de Abril de 2010 

 

O Conselho de Administração    

João Manuel de Castro Plácido Pires Presidente  

   

António José Gomes da Silva Albuquerque                    José Emílio Garrido Castel‐Branco         Administrador                                                                   Administrador 

   

       Mário Alberto Duarte Donas                                     Fernanda Maria Mouro Pereira                      Administrador                                                                  Administradora    

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição Administradora 

 

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DOCUMENTOS DE CERTIFICAÇÃO E AUDITORIA 

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Edifício Amadeu Sousa Cardoso Alameda António Sérgio, 22,11.º Miraflores – 1495-132 Algés – Portugal T +351 214 123 520 F +351 214 123 539 Avenida Arriaga, 30 – 1.º B – 9000-064 Funchal – Portugal

T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Member firm of Grant Thornton International Ltd Capital Social: 25.000 Euros . Contribuinte / Matricula n.º 502 286 784 . Inscrita na C.R.C. Cascais Inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 67, na C.M.V.M. sob o n.º 314

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Individuais Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira individual do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. contida no Relatório do Conselho de Administração e nas demonstrações financeiras individuais as quais compreendem, o Balanço (que evidencia um total de 7.323.648 milhares de euros e um total de capital próprio de 3.246.809 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 402.222 milhares de euros), as Demonstrações dos Resultados por naturezas, por funções e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras individuais, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b) que a informação financeira seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e

lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

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d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade,

posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras individuais estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras individuais e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras individuais; e - a apreciação sobre se a informação financeira individual é completa, verdadeira,

actual, clara, objectiva e lícita. 5. A nossa auditoria abrangeu ainda a verificação da concordância da informação

financeira individual constante do Relatório do Conselho de Administração com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a

expressão da nossa opinião.

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Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras individuais apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira individual da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2009, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos os seguintes factos:

8.1 A participada TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. apresenta nas suas demonstrações financeiras individuais capitais próprios negativos. No entanto, a participação financeira está reconhecida por valor líquido nulo, tendo sido registada, conforme a nota 34 f) do Anexo, uma provisão de 266.527 milhares de euros para reflectir o valor negativo do capital próprio.

8.2 O Plano de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 inclui no quadro da

programação plurianual das operações de privatização as seguintes empresas em que a Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. detém directa ou indirectamente, participação no capital: ANA - Aeroportos de Portugal, S.A., EDP - Energias de Portugal, S.A., Galp Energia, SGPS, S.A., HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., INAPA – Investimentos Participações e Gestão, S.A., REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SPE, S.A. e TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A..

Lisboa, 19 de Abril de 2010

____________________________________ Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Representada por Victor Domingos Seabra Franco

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Edifício Amadeu Sousa Cardoso Alameda António Sérgio, 22,11.º Miraflores – 1495-132 Algés – Portugal T +351 214 123 520 F +351 214 123 539 Avenida Arriaga, 30 – 1.º B – 9000-064 Funchal – Portugal

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Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Consolidadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A., as quais compreendem, o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2009 (que evidencia um total de 17.224.557 milhares de euros e um total de capital próprio de 4.119.108 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 557.734 milhares euros), as demonstrações consolidadas dos resultados, dos fluxos de caixa, das alterações nos capitais próprios e o rendimento integral do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos de caixa consolidados, as alterações nos capitais próprios e o rendimento integral;

b) que a informação financeira consolidada seja preparada de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

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c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do

conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração Executivo utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da

equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras consolidadas; e - a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação

financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a

expressão da nossa opinião.

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Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2009, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos consolidados de caixa e as alterações nos capitais próprios e o rendimento integral no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para os seguintes factos: 8.1 Conforme indicado nas notas 2 bi.1 e 2c do Anexo, com a adopção antecipada da

“IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços”, a participada AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. (Grupo AdP) alterou, no presente exercício, a política contabilística relativa às participações financeiras nas empresas concessionárias, com actividade regulada e rendimento garantido, que eram apresentadas no balanço como investimentos financeiros valorizados ao custo de aquisição, acrescido dos valores de remuneração acumulada ainda não recebidos, mensurados ao custo amortizado de acordo com o “IAS 39 – Instrumentos Financeiros”. Com a alteração da política, passaram a incluir-se no perímetro de consolidação todos os activos e passivos das empresas concessionárias do universo UNA-PD (água) e UNR (resíduos), o que provocou a reexpressão das demonstrações financeiras de 2008 e originou um aumento no activo de 3.971.791 milhares de euros, no passivo de 3.765.029 milhares de euros, e nos capitais próprios e no resultado líquido, atribuível aos detentores de capital da empresa mãe, de 4.268 milhares de euros e de 803 milhares de euros, respectivamente.

8.2 Conforme também indicado nas notas 2 bi.1 e 2c do Anexo, com a adopção antecipada da “IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços”, a participada ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. (Grupo ANA), manteve, no presente exercício, com excepção para a subsidiária ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A., a política contabilística de reconhecer no balanço como activos tangíveis os bens do domínio público e outros associados às actividades concessionadas por entender não se encontrarem reunidos os requisitos para o seu enquadramento na IFRIC 12. No entanto, pelas condições do contrato de concessão celebrado pela ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A., os activos afectos a esta concessão passaram a ser reconhecidos como activos intangíveis, o que provocou a reexpressão das demonstrações financeiras de 2008 e originou o reconhecimento de um activo intangível de 378.749 milhares de euros, o desreconhecimento de activos tangíveis de 393.411 milhares de euros e de subsídios de 14.662 milhares de euros nos diferimentos do passivo.

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8.3 A participada TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. apresenta capitais próprios negativos, incluindo os interesses minoritários, no montante de 204.626 milhares de euros, segundo as demonstrações financeiras consolidadas da Parpública. No entanto, estas demonstrações financeiras foram preparadas com base na continuidade das operações da referida participada, a qual depende do suporte financeiro do accionista e da rendibilidade futura das operações e, tal como previsto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, por estar perdido metade do capital social, deverão ser tomadas as medidas necessárias para rectificar esta situação.

8.4 Conforme indicado na nota 18 do Anexo, as rubricas de acréscimos e

diferimentos activos e passivos não correntes incluem 263.698 milhares de euros (209.900 milhares de euros em 2008) e 124.876 milhares de euros (104.749 milhares de euros em 2008), respectivamente, referentes ao valor das insuficiências e excessos das tarifas e dos preços praticados pelo Grupo AdP relativamente aos que seriam necessários para permitir a recuperação dos custos inerentes à concessão e remunerar os capitais investidos e, desta forma, assegurar o equilíbrio económico-financeiro das concessões, de acordo com os contratos de concessão existentes. Apesar de ainda não terem sido aprovados pelas entidades competentes os mecanismos tendentes a avaliar os eventuais excessos ou insuficiências das tarifas e dos preços, o Grupo AdP reconheceu aqueles valores nas demonstrações financeiras.

8.5 O Plano de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 inclui no quadro da

programação plurianual das operações de privatização as seguintes empresas em que a Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A. detém, directa ou indirecta, participação no capital: ANA - Aeroportos de Portugal, S.A., EDP - Energias de Portugal, S.A., Galp Energia, SGPS, S.A. , HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., INAPA - Investimentos Participações e Gestão, S.A., REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A., Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SPE, S.A. e TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A..

Lisboa, 19 de Abril de 2010

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RELATÓRIO ANUAL DE 2009

1

Relatório e Parecer da Comissão de Auditoria 

Contas Individuais 

No exercício das  suas  competências,  a Comissão de Auditoria  acompanhou  a 

evolução da actividade da PARPÚBLICA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e empresas 

participadas,  zelou  pela  observância  da  lei,  regulamentos  e  Estatutos  da  sociedade, 

supervisionou  o  cumprimento  das  políticas  e  práticas  contabilísticas  e  fiscalizou  o 

processo  de  preparação  e  divulgação  da  informação  financeira,  a  revisão  legal  de 

contas,  a  eficácia  do  sistema  de  controle  interno  e  gestão  de  riscos,  bem  como  a 

independência e actividade do Revisor Oficial de Contas. 

As acções desenvolvidas pela Comissão durante o ano de 2009, no desempenho 

das suas competências, estão descritas no Relatório de Actividades anexo ao presente 

parecer.  

A Comissão examinou o balanço a 31 de Dezembro de 2009, a demonstração 

dos resultados, os fluxos de caixa e as respectivas notas anexas, bem como o relatório 

preparados pelo Conselho de Administração para o exercício findo naquela data.  

Apreciou,  também,  a  certificação  legal  das  contas  e  relatório  de  auditoria 

elaborado  pelo  Revisor  Oficial  de  Contas  e  tomou  conhecimento  das  ênfases  nele 

expressas, tendo o documento merecido o seu acordo.  

Face ao exposto, a Comissão é de opinião que as demonstrações financeiras e o 

relatório do Conselho de Administração, bem como a proposta nele expressa, estão de 

acordo  com  as  disposições  contabilísticas,  legais  e  estatutárias  aplicáveis,  pelo  que 

recomenda a sua aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.  

Nos termos e para os efeitos da alínea c), do nº1, do artigo 245º do Código dos 

Valores  Mobiliários,  os  membros  da  Comissão  de  Auditoria  da  PARPÚBLICA, 

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RELATÓRIO ANUAL DE 2009

2

Participações Públicas,  SGPS,  S.A.,  abaixo  identificados, declaram, na qualidade e no 

âmbito das funções que  lhes competem, que, tanto quanto é do seu conhecimento e 

tendo  por  base  a  informação  a  que  tiveram  acesso  no  âmbito  da  Comissão  de 

Auditoria, no exercício das suas funções:  

–  A  informação  constante  do  relatório  de  gestão,  das  contas  anuais,  da 

certificação legal das contas e dos demais documentos de prestação de contas exigidos 

por  lei ou regulamento relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 

foi elaborada de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma  imagem 

verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados 

da PARPÚBLICA, Participações Públicas, SGPS, S.A.  

–  O  relatório  de  gestão  expõe  fielmente  a  evolução  dos  negócios,  do 

desempenho e da posição da PARPÚBLICA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e contém 

uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.  

Lisboa, 20 de Abril de 2010 

 

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente  

 

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição, Vogal 

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           RELATÓRIO ANUAL DE 2009

1

Relatório e Parecer da Comissão de Auditoria 

Contas Consolidadas 

No exercício das  suas  competências,  a Comissão de Auditoria  acompanhou  a 

evolução da actividade da PARPÚBLICA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e empresas 

participadas,  zelou  pela  observância  da  lei,  regulamentos  e  Estatutos  da  sociedade, 

supervisionou  o  cumprimento  das  políticas  e  práticas  contabilísticas  e  fiscalizou  o 

processo  de  preparação  e  divulgação  da  informação  financeira,  a  revisão  legal  de 

contas,  a  eficácia  do  sistema  de  controle  interno  e  gestão  de  riscos,  bem  como  a 

independência e actividade do Revisor Oficial de Contas.  

As acções desenvolvidas pela Comissão durante 2009, no desempenho das suas 

competências, estão descritas no Relatório de Actividades anexo ao presente parecer.  

A  Comissão  examinou  o  balanço  consolidado  a  31  de  Dezembro  de  2009,  a 

demonstração  dos  resultados  consolidados,  os  fluxos  de  caixa  consolidados  e  as 

respectivas  notas  anexas,  bem  como  o  relatório  preparados  pelo  Conselho  de 

Administração para o exercício findo naquela data.  

A  Comissão  apreciou  a  certificação  legal  das  contas  e  relatório  de  auditoria 

elaborado  pelo  Revisor  Oficial  de  Contas  e  tomou  conhecimento  das  ênfases  nele 

expressas, tendo o documento merecido o seu acordo.  

Face  ao  exposto,  a Comissão  é  de  opinião  que  as  demonstrações  financeiras 

consolidadas e o relatório do Conselho de Administração, bem como a proposta nele 

expressa,  estão  de  acordo  com  as  disposições  contabilísticas,  legais  e  estatutárias 

aplicáveis, pelo que recomenda a sua aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.  

Nos termos e para os efeitos da alínea c), do nº1, do artigo 245º do Código dos 

Valores  Mobiliários,  os  membros  da  Comissão  de  Auditoria  da  PARPÚBLICA, 

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           RELATÓRIO ANUAL DE 2009

2

Participações Públicas,  SGPS,  S.A.,  abaixo  identificados, declaram, na qualidade e no 

âmbito das funções que  lhes competem, que, tanto quanto é do seu conhecimento e 

tendo  por  base  a  informação  a  que  tiveram  acesso  no  âmbito  da  Comissão  de 

Auditoria, no exercício das suas funções:  

–  A  informação  constante  do  relatório  de  gestão,  das  contas  anuais,  da 

certificação legal das contas e dos demais documentos de prestação de contas exigidos 

por  lei ou regulamento relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 

foi elaborada de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma  imagem 

verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados 

da  PARPÚBLICA,  Participações  Públicas,  SGPS,  S.A.  e  das  empresas  incluídas  no 

respectivo perímetro de consolidação.  

–  O  relatório  de  gestão  expõe  fielmente  a  evolução  dos  negócios,  do 

desempenho  e  da  posição  da  PARPÚBLICA,  Participações  Públicas,  SGPS,  S.A.  e  das 

empresas  incluídas  no  perímetro  de  consolidação,  e  contém  uma  descrição  dos 

principais riscos e incertezas com que se defronta.  

Lisboa, 20 de Abril de 2010  

 

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente 

  

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição, Vogal  

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

 

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 

DA COMISSÃO DE AUDITORIA 

EM 2009 

 

INTRODUÇÃO 

A Comissão de Auditoria da PARPÚBLICA desenvolve a sua actividade de acordo com 

as competências previstas no artigo 423º‐F do Código das Sociedades Comerciais, na 

legislação aplicável ao Sector Empresarial do Estado, nomeadamente o nº1 do artigo 

18º‐E do Decreto‐Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto‐

Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto e no artigo 20º dos Estatutos da Sociedade.  

Nesta conformidade, são as seguintes as competências da Comissão de Auditoria: 

• Fiscalizar a administração da sociedade 

• Vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade 

• Verificar a regularidade dos  livros, registos contabilísticos e documentos 

que lhes servem de suporte 

• Verificar,  quando  o  julgue  conveniente  e  pela  forma  que  entenda 

adequada, a extensão da caixa e as existências de qualquer espécie dos 

bens  ou  valores  pertencentes  à  sociedade  ou  por  ela  recebidos  em 

garantia, depósito ou outro título 

• Verificar a exactidão dos documentos de prestação de contas 

• Verificar  se  as  políticas  contabilísticas  e  os  critérios  valorimétricos 

adoptados  pela  sociedade  conduzem  a  uma  correcta  avaliação  do 

património e dos resultados 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

• Elaborar  anualmente  relatório  sobre  a  sua  acção  fiscalizadora  e  dar 

parecer  sobre  o  relatório,  contas  e  propostas  apresentados  pela 

administração 

• Convocar a assembleia geral, quando o presidente da respectiva mesa o 

não faça, devendo fazê‐lo 

• Fiscalizar  a  eficácia  do  sistema  de  gestão  de  riscos,  do  sistema  de 

controlo interno e do sistema de auditoria interna, se existentes 

• Receber  as  comunicações  de  irregularidades  apresentadas  por 

accionistas, colaboradores da sociedade ou outros 

• Fiscalizar  o  processo  de  preparação  e  de  divulgação  de  informação 

financeira 

• Propor à assembleia geral a nomeação do revisor oficial de contas 

• Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da 

sociedade 

• Fiscalizar a  independência do  revisor oficial de contas, designadamente 

no tocante à prestação de serviços adicionais 

• Contratar a prestação de serviços de peritos que coadjuvem um ou vários 

dos seus membros no exercício das suas funções, devendo a contratação 

e a remuneração dos peritos ter em conta a  importância dos assuntos a 

eles cometidos e a situação económica da sociedade 

• Cumprir  as  demais  atribuições  constantes  da  lei  ou  do  contrato  de 

sociedade 

A  Comissão  de  Auditoria,  inicialmente  composta  por  três  administradores  não‐

executivos,  passou,  no  último  trimestre  de  2009,  a  ser  integrada  por  apenas  dois 

elementos, em virtude da renúncia ao cargo por parte do Prof. Doutor Sérgio Vasques 

que assumiu, então, funções governativas, tendo a Comissão. A Comissão de Auditoria 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

continuou  a  apoiar‐se no  trabalho  cuidado  e  rigoroso do Dr.  José do  Espírito  Santo 

Menezes e Teles. 

 

ACTIVIDADE EM 2009 

Ao  longo  de  2009,  a Comissão  de Auditoria  reuniu  com  regularidade,  num  total  de 

doze sessões. No desempenho das suas  funções, a Comissão contou com o  trabalho 

desenvolvido  pelo  Revisor Oficial  de  Contas  e,  em  geral,  pelos  serviços  internos  da 

Parpública.  

Por  inerência  de  funções,  os membros  da  Comissão  participaram  nas  reuniões  do 

Conselho  de  Administração,  sede  em  que  foram  apreciadas  as  principais  questões 

estratégicas  da  sociedade,  o  que  consubstanciou,  em  parte,  o  exercício  das  suas 

competências  e  respectiva  comunicação  ao  órgão  de  gestão,  permitindo,  assim, 

naturais  ganhos  de  eficiência  e  uma  maior  eficácia  da  sua  acção.  Nesta  sede, 

acompanharam‐se com particular atenção as questões relaccionadas com as empresas 

participadas,  com  a  continuação da  reestruturação do Grupo,  com  as  operações de 

financiamento e com as melhorias organizativas internas e de governo societário.   

A Comissão participou na análise da sustentabilidade das operações e das políticas de 

financiamento da Parpública, designadamente, tendo em conta as alterações sentidas 

ao  nível  dos  mercados  financeiros  e  as  dificuldades  acrescidas  resultantes  das 

alterações  ao  rating  da  Parpública,  sempre  com  o  objectivo  final  de mitigar  o  risco 

financeiro da Sociedade e do Grupo.  

Paralelamente,  ao  longo  do  ano,  desenvolveu‐se  a  reflexão  sobre  aspectos  de 

governance da sociedade que se vieram a materializar na decisão, já em 2010, de criar 

um  órgão  específico  de  Auditoria  Interna  da  sociedade,  mas  que  poderá  prestar 

serviços dessa natureza, mediante adequada contratualização, a outras empresas do 

Grupo. À  luz da experiência entretanto adquirida, a Comissão de Auditoria elaborou 

neste período o seu Regulamento interno autónomo. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

Nesta  conformidade,  no  cumprimento  das  suas  competências,  durante  2009  e 

primeiros meses de 2010 (tendo em conta o termo do mandato entretanto ocorrido), a 

Comissão de Auditoria actuou essencialmente nas seguintes áreas: 

1. Vigiar  pela  observância  da  lei,  do  contrato  de  sociedade  e  das  normas  das 

autoridades de supervisão 

A Comissão de Auditoria  esteve  atenta  ao  cumprimento da  legislação  aplicável, das 

normas das autoridades de supervisão, do contrato de sociedade e dos regulamentos 

internos, designadamente dos deveres de informação para com o Tribunal de Contas, 

a  Comissão  do Mercado  de  Valores Mobiliários,  o  Banco  de  Portugal,  o  Estado  / 

Direcção‐Geral  do  Tesouro  e  Finanças  e  a  Inspecção‐Geral  de  Finanças,  tomando 

conhecimento  da  regularidade  com  que  esta  informação  é  prestada  e  dos  técnicos 

responsáveis pela sua elaboração.  

A  Comissão  acompanhou,  também,  o  cumprimento  dos  princípios  de  bom  governo 

aplicáveis  às  empresas  do  Sector  Empresarial  do  Estado,  e  colaborou  nos  trabalhos 

conducentes  à elaboração da Política de Gestão de Riscos de  Fraude e  ao Plano de 

Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas da Parpública. 

2. Apreciação da qualidade  e  regularidade da  informação  financeira, dos  registos 

contabilísticos  e  documentos  que  lhe  servem  de  suporte,  supervisão  do 

cumprimento das politicas e práticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos 

A  Comissão  de  Auditoria  acompanhou,  com  os  responsáveis  da  sociedade  e  com  o 

Revisor Oficial de Contas os procedimentos e práticas  contabilísticas utilizados, bem 

como  os  critérios  valorimétricos  adoptados.  Analisou,  também,  a  conformidade,  a 

qualidade  e  a  regularidade  da  informação  contabilística  e  financeira  da  sociedade, 

tendo por base as revisões e os relatórios produzidos. Acompanhou o debate  interno 

sobre  a  alteração  do  sistema  contabilístico,  resultante  da  introdução  do  SNC  e  que 

resultou na opção, pela Parpública, da utilização das IFRS para as contas  individuais e 

consolidadas. 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

A Comissão apreciou os relatórios trimestrais de execução orçamental, bem como os 

documentos de prestação de contas do primeiro semestre.  

A  Comissão  de  Auditoria  acompanhou  os  planos  de  trabalho  e  os  procedimentos 

adoptados  para  a  elaboração  das  contas  individuais  e  consolidadas,  bem  como  as 

questões  relativas  aos  principais  critérios  contabilísticos  adoptados.  Apreciou, 

igualmente,  o  cumprimento  dos  normativos  relativos  a  todo  o  processo  de 

encerramento  de  contas  e  reporte,  ao  planeamento  e  afectação  de  recursos  à 

elaboração da informação financeira e à respectiva divulgação.  

Já  no  ano  corrente,  e  no  quadro  das  suas  competências,  a  Comissão  participou  na 

reunião da Comissão Executiva em que foram discutidos e aprovados os documentos 

de  prestação  de  contas  anuais  referentes  a  2009,  tendo,  posteriormente,  emitido 

parecer sobre os mesmo, nas versões de contas individuais e consolidadas, nos termos 

do artigo 423º‐F do Código das Sociedades Comerciais.  

3. Fiscalizar  a  eficácia  do  sistema  de  gestão  de  riscos  e  do  sistema  de  controle 

interno 

A Comissão apreciou o cumprimento das normas e procedimentos internos, bem como 

de princípios de  gestão de  riscos  instituídos na Parpública,  tendo dedicado  especial 

atenção à avaliação da eficácia dos sistemas de controlo  interno dos principais riscos 

da  actividade:  risco  operacional,  risco  legal,  risco  financeiro,  risco  inerente  às 

participadas, risco de compliance.  

Em 2009, a Comissão de Auditoria continuou a tarefa de aprofundar o conhecimento 

da actividade das participadas operacionais mais relevantes, não só do ponto de vista 

do seu impacto nos resultados do Grupo Parpública, mas também do ponto de vista da 

vulnerabilidade ao risco de actividade e ao risco do mercado  financeiro. Nessa  linha, 

reuniu novamente com elementos dos órgãos sociais da TAP, SGPS, SA, das Águas de 

Portugal,  SGPS,  SA,  bem  como  da Quimiparque,  da  Sneges  e  da Urbindústria,  estas 

últimas entretanto objecto de  fusão na Baía do Tejo,  SA, no  âmbito do Projecto do 

Arco Ribeirinho Sul. Nestes contactos procurou‐se, em particular, aquilatar das práticas 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

e normas de controle interno e de gestão de riscos instituídas, ou em preparação, bem 

como discutir a sustentabilidade operacional e a situação económica e financeira das 

empresas e perspectivas de evolução, no actual contexto. 

Apesar de considerar que, regra geral, existem mecanismos adequados à salvaguarda 

dos  riscos  mais  importantes,  a  Comissão,  em  diálogo  com  o  Conselho  de 

Administração, e tendo em atenção as normas  internas e os mecanismos de controle 

já anteriormente  implementados, elaborou uma proposta de criação de uma unidade 

orgânica de Auditoria  Interna que,  funcionando na Parpública, possa  também apoiar 

nesta área as participadas que, por disporem de estruturas orgânicas mais  leves, não 

justifiquem  a  criação  de  órgãos  semelhantes. A  implementação,  já  em  curso,  desta 

unidade orgânica permitirá reforçar o controle  interno da Sociedade e do Grupo para 

patamares  mais  robustos  e  conformes  com  o  actual  nível  de  exigências  e 

recomendações das boas práticas de governance.  

A  Comissão  tomou  parte  no  trabalho  encomendado  a  uma  entidade  externa  no 

sentido de melhorar, designadamente por via de maior formalização e explicitação, a 

política existente de intolerância à fraude e à corrupção, por forma a dotar a empresa 

–  e  o Grupo  –  de  uma  política  formal  de  prevenção  e  gestão  de  riscos  de  fraude, 

estimulando  um  comportamento mais  proactivo  face  a  situações  potenciais  de má 

conduta.  Este  trabalho  resultou  na  adopção  de  algumas melhorias  aos mecanismos 

existentes, explicitadas na elaboração da Política de Gestão de Riscos de Fraude e do 

Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas da Parpública. 

Acompanhou‐se, também, a actualização do Código de Ética implementado em 2008 e 

a  criação de mecanismos de  reporte  à Comissão de Auditoria, de  forma  anónima e 

directa,  de  qualquer  prática  irregular  que  seja  detectada  internamente  ou  por 

entidades ou pessoas externas à Parpública. 

 

 

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             RELATÓRIO ANUAL DE 2009  

  

4. Acompanhamento da revisão de contas aos documentos de prestação de contas 

da sociedade. 

A Comissão de Auditoria tem ainda por missão fiscalizar a execução da revisão oficial 

de contas pelo ROC. Em conformidade com a competência que  lhe está cometida de 

fiscalizar o processo de revisão de contas, a Comissão de Auditoria apreciou e discutiu 

com  o  Revisor  Oficial  de  Contas  o  conteúdo  das  certificações  legais  das  contas, 

individuais e  consolidadas, do exercício de 2009, designadamente das ênfases delas 

constantes, nas quais se revê, não tendo as mesmas suscitado observação de qualquer 

espécie. 

Lisboa, 20 de Abril de 2010  

 

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente  

 

Maria Isabel Rodrigues Medeira Silva Ressurreição, Vogal