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Domus Apostila 01 PORTUGUeS II Modulo 35 Exercicio 03

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escapulárioOswald de Andrade

No Pão de Açúcar De Cada DiaDai-nos SenhorA PoesiaDe Cada Dia

(in: "Poesias reunidas". 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1971, p. 75)

Nota: ESCAPULÁRIO: objeto de devoção formado por doisquadrados de pano bento, com orações ou uma relíquia, que osdevotos trazem ao pescoço.

A crítica literária considera que a poesia de Oswaldde Andrade apresenta duas vertentes: uma 'destrutiva'e uma 'construtiva'. Explique de que modo esses doistraços aparecem na intertextualidade realizada porOswald no poema.

Zefa, chegou o inverno!Formigas de asas e tanajuras!Chegou o inverno!Lama e mais lama!Chuva e mais chuva, Zefa!Vai nascer tudo, Zefa!Vai haver verde,verde do bom;verde nos galhos,verde na terra,verde em ti, Zefa!Que eu quero bem!Formigas de asas e tanajuras!O rio cheio,barrigas cheias,mulheres cheias, Zefa!..................................trovão, coriscoterras caídas,corgos [córregos] gemendo,os caborés piando, Zefa!Os cururus [sapos] cantando, Zefa!Dentro da nossacasa de palha:carne de solchia nas brasas,farinha d'água,café, cigarro,cachaça, Zefa...... rede gemendo...Tempo gostoso!Vai nascer tudo!

Pela interpretação do poema, é correto afirmar que:

a) o vocativo "Zefa" prova que há intimidade entre aspersonagens, embora não haja parentesco entre elas. b) os elementos desse cenário: carne seca, café, cigarro,cachaça caracterizam os vilarejos em fase deurbanização. c) o emprego constante dos pontos de exclamaçãoreforça os sentimentos de euforia e esperança do eu-lírico. d) há uma preocupação com a chegada de formigas deasas e tanajuras, tradicionais pragas da agricultura. e) existe a consciência dos aspectos negativos dessanova paisagem: muita lama e terras caídas.

TEXTOJACÓ ENCONTRA-SSE COM RAQUEL

Depois disse Labão a Jacó: Acaso, por seres meuparente, irás servir-me de graça? Dize-me, qual será oteu salário? Ora Labão tinha duas filhas: Lia, a maisvelha, e Raquel, a mais moça. Lia tinha olhos baços,porém Raquel era formosa de porte e de semblante. Jacóamava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por tuafilha mais moça, Raquel. Respondeu Labão: Melhor é queeu te dê, em vez de dá-la a outro homem; fica, pois,comigo.

Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; eestes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito quea amava. Disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, poisjá venceu o prazo, para que me case com ela. Reuniu,pois, Labão todos os homens do lugar, e deu umbanquete. À noite, conduziu a Lia, sua filha, e a entregoua Jacó. E coabitaram. (...) Ao amanhecer, viu que era Lia,por isso disse Jacó a Labão: Que é isso que me fizeste?Não te servi por amor a Raquel? Por que, pois, meenganaste? Respondeu Labão: Não se faz assim emnossa terra, dar-se a mais nova antes da primogênita.Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra,pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás.

Concordou Jacó, e se passou a semana desta; entãoLabão lhe deu por mulher Raquel, sua filha. (...) Ecoabitaram. Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia;e continuou servindo a Labão por outros sete anos.(Gênesis, 29,15-30 BÍBLIA SAGRADA Trad. João Ferreira de Almeida. Rio

de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1962.)

TEXTOSONETO 88

Sete anos de pastor Jacó serviaLabão, pai de Raquel, serrana bela;Mas não servia ao pai, servia a ela,Que a ela só por prêmio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,Passava, contentando-se com vê-la;Porém o pai, usando de cautela,Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganosLhe fora assi[m] negada a sua pastora,Como se a não tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos,Dizendo: -Mais servira, se não foraPera tão longo amor tão curta a vida!

(CAMÕES. OBRA COMPLETA. Rio de Janeiro: Aguilar, 1963, p. 298.)

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Em certos contextos, a anteposição do adjetivo aosubstantivo costuma revelar traços de afetividade doemissor em relação aos objetivos e seres referidos.Damos como exemplo o título de um famoso romance deLima Barreto TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA.

Com base nestes comentários,a) localize no poema de Camões um procedimento quese relacione ao mencionado fato estilístico;b) interprete o efeito semântico dado pela antecipaçãodo adjetivo, no exemplo que você localizou no item a.

Gosto de estar a teu lado.Sem brilho.Tua presença é uma carne de peixe,De resistência mansa e um brancoEcoando azuis profundos.

Eu tenho liberdade em ti.Anoiteço feito um bairroSem brilho algum.

Estamos no interior duma asaQue fechou.

Mário de Andrade

I - Os versos 2 e 8 desqualificam a ideia da relação adois, antecipando esse significado, definitivamenteconstruído nos dois versos finais.II - A métrica retifica o desejo de liberdade, já queapresenta versos brancos e assimétricos.III - Trata-se de um hino de consagração à liberdade,cantado pela musa inspiradora do motivo erótico-amoroso.IV- A metáfora CARNE DE PEIXE resvala no cotidianoantipoético, com os traços semânticos de mau cheiro,que constituem um segundo significado subjacente.V - A metáfora CARNE DE PEIXE resgata, única eexclusivamente por si mesma, as figuras da beleza e daprofundeza do mar.

Quanto a essas afirmações sobre o poema, afirma-seque: a) todas estão corretas. b) nenhuma está correta. c) apenas a II e a IV estão corretas. d) apenas a I e a III estão corretas. e) apenas a V está correta.

TEXTOChão de Estrelas

(Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)

Minha vida era um palco iluminado Eu vivia vestido de douradoPalhaço das perdidas ilusões...Cheio dos guizos falsos da alegriaAndei cantando a minha fantasiaEntre as palmas febris dos corações.

Meu barracão no morro do SalgueiroTinha o cantar alegre de um viveiroFoste a sonoridade que acabou...

E, hoje, quando do sol a claridade Forra o meu barracão, sinto saudadeDa mulher - pomba-rola que voou.

Nossas roupas comuns dependuradas Na corda, qual bandeiras agitadas, Pareciam um estranho festival:Festa dos nossos trapos coloridos,A mostrar que nos morros mal vestidosÉ sempre feriado nacional!

A porta do barraco era sem trincoMas a lua, furando o nosso zinco,Salpicava de estrelas nosso chão...Tu pisavas nos astros distraídaSem saber que a ventura desta vida É a cabrocha, o luar e o violão...

(in SÍLVIO CALDAS - Disco Sinter 78 rpm, 1951.)

TEXTOHoras de Saudade

(Castro Alves)

Tudo vem me lembrar que tu fugiste,Tudo, que me rodeia, de ti fala.Inda a almofada, em que pousaste a fronte,O teu perfume predileto exala.

No piano saudoso, à tua espera,Dormem sono de morte as harmonias:E a valsa entreaberta mostra a frase,A doce frase qu'inda há pouco lias.

...........................................................................

No ramo curvo o ninho abandonadoRelembra o pipilar do passarinho.Foi-se a festa de amores e de afagos...Eras - ave do céu... minh'alma - o ninho!

Por onde trilhas - um perfume expande-se Há ritmo e cadência no teu passo!És como a estrela, que transpondo as sombras,Deixa um rastro de luz no azul do espaço...

E teu rastro de amor guarda minh'alma,Estrela, que fugiste a meus anelos,Que levaste-me a vida entrelaçadaNa sombra sideral de teus cabelos!...

(in HINO DO EQUADOR. POESIAS COMPLETAS, 2Þ ed. São Paulo: Saraiva1960, pp. 298-9.)

TEXTOVou Retratar a Marília

(Tomás Antônio Gonzaga.)

Vou retratar a Marília,a Marília, meus amores;porém como? se eu não vejoquem me empreste as finas cores:dar-mas a terra não pode;não, que a sua cor mimosavence o lírio, vence a rosa,o jasmim e as outras flores.

Ah! socorre, Amor, socorreao mais grato empenho meu!Voa sempre os astros, voa,traze-me as tintas do céu.

.....................................................................

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Só no céu acha-se podemtais belezas como aquelas,que Marília tem nos olhos,e que tem nas faces belas;mas às faces graciosas,aos negros olhos, que matam,não imitam, não retratamnem auroras nem estrelas.

Ah! socorre, Amor, socorreao mais grato empenho meu!Voa sobre os astros, voa,traze-me as tintas do céu

(in MARÍLIA DE DIRCEU E MAIS POESIAS. Lisboa: Sá de Costa, 1982, p.17-8.)

Orestes Barbosa, Castro Alves e Tomás AntônioGonzaga adotam em seus textos o princípio daisometria, segundo o qual todos os versos do poemadevem apresentar o mesmo número de sílabas métricas.Levando este fato em consideração, indique o númerode sílabas métricas que apresentam os versos de cadaum dos três poemas.

TEXTOMeu sonho

EuCavaleiro das armas escuras,Onde vais pelas trevas impurasCom a espada sanguenta na mão?Por que brilham teus olhos ardentesE gemidos nos lábios frementesVertem fogo do teu coração?

Cavaleiro, quem és? o remorso?Do corcel te debruças no dorso...E galopas do vale através...Oh! da estrada acordando as poeirasNão escutas gritar as caveirasE morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,Cavaleiro das armas escuras,Macilento qual morto na tumba?...Tu escutas... Na longa montanhaUm tropel teu galope acompanha?E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro, quem és? - que mistério,Quem te força da morte no impérioPela noite assombrada a vagar?

TEXTOO Fantasma

Sou o sonho de tua esperança,Tua febre que nunca descansa,O delírio que te há de matar!...AZEVEDO, A. de. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994. p. 209.

(Coleção Grandes Leituras)

O ritmo de um poema é determinado pelo número epela acentuação de suas sílabas poéticas; já as rimasimplicam igualdade sonora, especialmente ao final dosversos.

Por isso, é correto afirmar sobre "Meu sonho" que: a) o ritmo e as rimas irregulares figuram o mistério aenvolver o cavaleiro dentro daquele clima sombrio. b) o ritmo regular e as rimas irregulares mostram asalternâncias entre visões da vida e da morte. c) o ritmo e as rimas regulares assemelham-se ao galopedo cavaleiro na sua aventura misteriosa. d) o ritmo irregular e as rimas regulares apontam asdiferenças de postura entre o "Eu" e o "Fantasma".

INSTRUÇÃO: As questões seguintes baseiam-sse emduas tirinhas de quadrinhos, de Maurício de Sousa (1935-)), e na Canção do exxíílio, de Gonçalves Dias (1823-1864).

Canção do Exílio(...)Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar - sozinho, à noite -Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.

(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros Cantos)

Os versos da "Canção do exílio" são construídos nosmoldes da redondilha maior, com predominância dosacentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabasmétricas. Um verso que não segue esse padrão detonicidade é: a) Minha terra tem palmeiras;. b) As aves, que aqui gorjeiam,. c) Nosso céu tem mais estrelas. d) Em cismar, sozinho, à noite. e) Onde canta o Sabiá.

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TEXTO

Os bons vi sempre passarNo Mundo graves tormentos;E pera mais me espantarOs maus vi sempre nadarEm mar de contentamentos.Cuidando alcançar assimO bem tão mal ordenado,Fui mau, mas fui castigado,Assim que só pera mimAnda o Mundo concertado.

(Luís de Camões: Ao desconcerto do Mundo. In: RIMAS. OBRACOMPLETA. Rio de Janeiro: Aguilar Editora, 1963, p. 475-6.)

O poema está composto com versos de sete sílabas ena forma conhecida como "esparsa" que, junto comoutras, constituía o estoque de formas medievais quemuitos poetas clássicos de Portugal, dentre os quaisCamões, continuaram usando no século XVI e que sedenominavam de "medida velha". Além dessas formas,Camões usou as italianizantes ou clássicas, que sedenominavam de "medida nova".

Cite outra forma de "medida velha" usada porCamões.

TEXTO AVIDA DIET

Pato Fu / composição: John

A gente se acostuma com tudoA tudo a gente se habituaE até não ter um lugarDormir na ruaA tudo a gente se habitua

Me habituei ao pão lightÀ vida sem gásO meu café tomo sem açúcarE até ficar sem comerSem te verA gente custa mas se habitua

Sem giz, sem águaSem paz, sem nada

Não vai ser diferenteSe eu me for de repenteSe o céu cair sobre o mundoE o mar se abrirEm um inferno profundo

Se acostumou sem quererAo salto altoSalário baixo, à vida duraE até ficar sem tvÉ bom pra vocêTelevisão ninguém mais atura

FONTE: Pato Fu. "Toda cura para todo mal", 2005.

TEXTO BEU SEI, MAS NÃO DEVIA

Eu sei que a gente se acostuma.Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamento de

fundos e a não ter outra vista que não as janelas aoredor. E porque não tem vista, logo se acostuma a nãoolhar para fora. E porque não olha para fora, logo seacostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque nãoabre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedoa luz. E porque à medida que se acostuma, esquece osol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã,sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A lerjornal no ônibus porque não pode perder o tempo daviagem. A comer sanduíches porque já é noite. Acochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo edormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostumaa abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando aguerra, aceita os mortos e que haja números para osmortos. E aceitando os números, aceita não acreditarnas negociações de paz. E aceitando as negociações depaz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longaduração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro eouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para aspessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignoradoquando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma apagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutarpara ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menosdo que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar maisdo que as coisas valem. E a saber que cada vez pagarámais. E a procurar mais trabalho, para ganhar maisdinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que secobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, aabrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão eassistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolirpublicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado,lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial deligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luznatural. Às besteiras das músicas, às bactérias da águapotável. À contaminação da água do mar. À luta. À lentamorte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos,a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.Em doses pequenas, tentando não perceber, vaiafastando uma dor aqui, um ressentimento ali, umarevolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta naprimeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia estácontaminada, a gente só molha os pés e sua no resto docorpo. Se o trabalho está duro, a gente se consolapensando no fim de semana. E se no fim de semana nãohá muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e aindasatisfeito porque tem sono atrasado. A gente seacostuma para não se ralar na aspereza, para preservara pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, paraesquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aospoucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde desi mesma.COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

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São características formais do Texto A:I. rima;II. métrica regular;III. tema atual;IV. versos curtos;V. divisão em estrofes;VI. prosa literária.

São CORRETOS apenas os itens: a) I, II e V. b) I, IV e V. c) II, III e VI. d) III, IV e VI.

TEXTO

Cessem do sábio Grego e do TroianoAs navegações grandes que fizeram;Cale-se de Alexandre e de TrajanoA fama das vitórias que tiveram;Que eu canto o peito ilustre Lusitano,A quem Neptuno e Marte obedeceram.Cesse tudo o que a Musa antiga canta,Que outro valor mais alto se alevanta.

A oitava anterior constitui a terceira estrofe de OSLUSÍADAS, de Luís de Camões, poema épico publicadoem 1572, obra máxima do Classicismo português. O tipode verso que Camões empregou é de origem italiana efora introduzido na Literatura Portuguesa algumasdécadas antes, por Sá de Miranda. Quanto ao conteúdo,o poema OS LUSÍADAS toma como ponto de referênciaum episódio da História de Portugal. Baseado nestescomentários e em seus próprios conhecimentos, releia aestrofe citada e indique:a) o tipo de verso utilizado (pode mencionarsimplesmente o número de sílabas métricas);b) o episódio da História de Portugal que serve de núcleonarrativo ao poema.

Leia o fragmento do poema "Ofertas de Aninha (Aosmoços)", de Cora Coralina.

Eu sou aquela mulhera quem o tempomuito ensinou.Ensinou a amar a vida.Não desistir da luta.Recomeçar na derrota.Renunciar a palavras e pensamentos negativos.Acreditar nos valores humanos.Ser otimista.[...]Acredito nos moços.Exalto sua confiança,generosidade e idealismo.Creio nos milagres da ciênciae na descoberta de uma profilaxiafutura dos erros e violênciasdo presente.

Aprendi que mais vale lutardo que recolher dinheiro fácil.Antes acreditar do que duvidar.

(CORALINA, Cora. "Melhores poemas." Seleção de DarcyFrança Denófrio. São Paulo: Global, 2004. p. 132-133. (Coleção

Melhores poemas).

Somam-se a esse texto poético outros poemas, taiscomo "Lembranças de Aninha (Colhe dos velhosplantadores)", "Normas de educação", "Pai e filho","Cora Coralina, quem é você?" e "Mestra Silvina", quesão unidos por uma temática central que trata da: a) condição intergeracional que funciona como basepara a educação humana. b) situação física precária que exemplifica o universoescolar da Cidade de Goiás. c) idealização dos professores antigos que valorizavam apedagogia humanista. d) crença nos avanços da ciência que cumpre o papel degerar bem-estar social. e) arte literária engajada que deve ser usada comoinstrumento de ensino formal.

Leia os versos abaixo, do poema "Chama e Fumo" deManuel Bandeira.

"Amor - chama, e, depois, fumaça...Medita no que vais fazer:O fumo vem, a chama passa...

Gozo cruel, ventura escassa,Dono do meu e do teu ser,Amor - chama, e, depois, fumaça...[...]A cada par que a aurora enlaça,Como é pungente o entardecer!O fumo vem, a chama passa..."

Assinale a alternativa correta sobre os versos citados. a) Através de uma linguagem concisa e metafórica, osversos abordam o tema do amor - em sua intensidade eefemeridade. b) Os versos se apresentam numa linguagem elaboradae explícita, contrariando a tendência à síntese inerenteao gênero lírico. c) As quadras que compõem as estrofes do poema sãoirregulares quanto à métrica e às rimas. d) Os versos 07 e 08 contêm imagens visuais em que opoeta descreve um par amoroso, alternadamente, aoamanhecer e ao crepúsculo. e) O poeta expressa, em versos decassílabos, o desejode que o amor permaneça eternamente vivo.

Cárcere das almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,Soluçando nas trevas, entre as gradesDo calabouço olhando imensidades,Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandezaQuando a alma entre grilhões as liberdadesSonha e, sonhando, as imortalidadesRasga no etéreo o Espaço da Pureza.

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Ó almas presas, mudas e fechadasNas prisões colossais e abandonadas,Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,que chaveiro do Céu possui as chavespara abrir-vos as portas do Mistério?!

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinensede Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

Os elementos formais e temáticos relacionados aocontexto cultural do Simbolismo encontrados no poemaCárcere das almas, de Cruz e Sousa, são: a) a opção pela abordagem, em linguagem simples edireta, de temas filosóficos. b) a prevalência do lirismo amoroso e intimista emrelação à temática nacionalista. c) o refinamento estético da forma poética e otratamento metafísico de temas universais. d) a evidente preocupação do eu lírico com a realidadesocial expressa em imagens poéticas inovadoras. e) a liberdade formal da estrutura poética que dispensaa rima e a métrica tradicionais em favor de temas docotidiano.

TEXTO

Onde estou? Este sítio desconheço:Quem fez diferente aquele prado?Tudo outra natureza tem tomado;E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueçoDe estar a ela um dia reclinado.Ali em vale um monte está mudado:Quanto pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes,Que faziam perpétua a primavera:Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era:Mas que venho a estranhar, se estão presentesMeus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. "Sonetos (VlI)". In: RAMOS, Péricles Eugênioda Silva (Intr., sel. e notas): POESIA DO OUTRO - ANTOLOGIA. São

Paulo: Melhoramentos, 1964, p. 47.)

A crítica literária brasileira tem ressaltado que oterceiro verso do poema é aquele que concentra o temacentral. Essa mesma crítica, por outro lado, anotou compropriedade a importância do décimo segundo verso:este verso exprime uma mudança de atitude, que secorrige nos versos finais graças à descoberta, feita peloeu poemático, da verdadeira causa do fenômenodescrito em todo o poema. Responda:a) Qual o tema que o terceiro verso concentra?Transcreva outros dois versos que o repercutem.b) A que causas o eu poemático atribui o fenômenoobservado na natureza?

GGAABBAARRIITTOO

Os dois traços aparecem na paródia do discursoreligioso. A vertente 'destrutiva' pode ser observada nadesconstrução do "Pai Nosso"; a 'construtiva' ficaevidente na reconstrução poética dessa prece,acrescentando-lhe novos elementos, que garantem adimensão estética do poema.

Letra C.

a) "vendo o triste pastor que com enganos"b) Reforça a ideia de tristeza do pastor.

Letra B.

"Chão de estrelas" e "Horas de saudade": 10 sílabas."Vou retratar a Marília": 7 sílabas.

Letra C.

Letra B.

Camões utiliza-se do "vilancete", cuja modalidadepoética inicia-se por um mote (assunto) e glosa(desenvolvimento do assunto propostos)

Letra B.

a) Decassílabo.b) A viagem de Vasco da Gama às Índias.

Letra A.

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Questão 10

Questão 09

Questão 08

Questão 07

Questão 06

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Letra A.

Letra C.

a) O tema do terceiro verso é sobre a transitoriedade ea mutabilidade da vida e das coisas, próprio da poesianeoclássica. Os versos que o repercutem são:

"Quem fez diferente aquele sítio?""Ali em vale um monte está mudado."

b) O "eu-lírico" atribui ao progresso como o causador dadestruição da natureza. Ainda, o "eu-poético" estáturvado pela dor de seus próprios males e infortúnios.

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