dos Santos, F. Conservaçao e restauro. 2010

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    1Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    NMERO ESPECIAL COEDITADO CON EL CENTRO LUSO-ESPAOL DE PATRIMONIO

    Nmero 1

    Ge-conservacin/conservaoAproximacin de criterios y tcnicas de conservacin entre Portugal y Espaa

    2010 ISSN: 1989-8568

    http://ge-iic.com/index.php
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    Aproximacin de criterios y tcnicas de conservacin entre Portugal y Espaa

    2Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    DIRECCIN: Ana Calvo Manuel y Roco Bruquetas Galn

    CONSEJO DE REDACCIN: Emma Garca Alonso, Marisa Gmez Gonzlez, Ana Laborde

    Marqueze, Emilio Ruiz de Arcaute Martnez, Margarita SanAndrs Moya, Mara Aguiar

    SECRETARA DE EDICIN: Christhiam Fiorentino Vsquez

    SECRETARA TCNICA: Ana Laborde Marqueze

    COMIT CIENTFICO: Mara Jos Alonso Lpez, Isabel Argerich, Joaqun Barrio Martn,Maite Barrio Olano, Antnio Candeias, Concha CirujanoGutierrez, Concepcin Domingo Maroto, Rosa Mara Esbert Alemany, Araceli Gabaldn Garca, Teresa Gmez Espinosa,Corinna Gramatke, Agns Le Gac, Silvia Montero, AntonioMartn Costea, Maite Martnez Lpez, Eduarda Moreira da Silva Vieira, Carmen Muro Garca, Anna Nualart Torroja, CristinaOrdez Goded, Carmen Rallo Gruss, Jos Manuel de la Roja,Gabriela Siracusano, Nieves Valentn Rodrigo, Gonalo deVasconcelos e Sousa, Sandra Zetina Ocaa,

    WEB MASTER: Emma Garca Alonso

    DIAGRAMACIN: Christhiam Fiorentino Vsquez

    TRADUCCIN: Mara Aguiar, Ana Calvo Manuel

    FOTO PORTADA: Emma Garca Alonso. Microfotografa de cristales de sulfato decobre.

    ISSN: 1989-8568

    ENTIDADES COEDITORAS:

    Centro Luso Espaol de Patrimonio CLEP

    Este Centro es una iniciativa del Ministerio deCultura de Espaa y est gestionado por laFundacin Duques de Soria.

    La Fundacin, con NIF G-42104109 y domicilio en Soria, en el Convento de la Merced, calle Santo Tom n 6 (42004), es una entidad de inters general si nimo de lucro constituida en 1989 einscrita con el n 1 en el Registro de Fundaciones Culturales de Castilla y Len.

    Grupo Espaol del International Institute for Conservation GEIIC

    Asociacin Declarada de Utilidad Pblica por Orden del Ministerio delInterior 3404/2009 (BOE 18-12-2009)

    Sede: I.P.C.E. C/Greco, 4 28040 Madrid. Envos postales: E-mail: [email protected]

    La propiedad intelectual de los artculos pertenece a los autores y los derechos de edicin y publicacin de estenmero son de las dos entidades coeditoras. Rogamos que en la difusin libre de los contenidos queden patentes loscrditos de los autores.Geconservacin/conservao no se responsabiliza de la informacin contenida en los artculos ni se identificanecesariamente con ella.

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    Aproximacin de criterios y tcnicas de conservacin entre Portugal y Espaa

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    Conservao e restauro: sector da actividade econmicaversus domnio cientfico-tecnolgico uma realidade, umafico ou uma utopia?

    Fernando dos Santos Antunes

    Resumen: En este artculo se abordan cuestiones relacionadas con la conservacin y restauracin, medianteel anlisis de sus dos principales campos de accin. Por un lado, el mbito del mercado de trabajo como unsector de actividad econmica y, por otra parte, el mbito de la educacin/formacin (slo de nivel superior)como dominio cientfico-tecnolgico. Al abordar estos dos aspectos, se trata de leer la realidad, identificandolos aspectos positivos y negativos de los sistemas de clasificacin y de marco jurdico que se aplican a las dos

    reas identificadas (sector y dominio de actividad), derivados por las disposiciones legales y reglamentarias delas organizaciones internacionales y nacionales. Al mismo tiempo, se incluye una recopilacin de la ofertaformativa en Conservacin y Restauracin de las Instituciones de Educacin Superior Portuguesas, queresulta de la reforma del Sistema de Educacin Europeo prevista en la Declaracin de Bolonia, que prev lacreacin de un Espacio Europeo de Educacin Superior.

    Palabras clave: conservacin y restauracin, oferta de formacin, sistema de cualificacin, actividadeconmica, clasificacin de dominios cientficos y tecnolgicos, educacin superior.

    Abstract: This article discusses issues related to Conservation and Restoration, by analyzing its two majorfields. In one hand, the field of the labour market, as a sector of economic activity, and on the other hand, thefield of the education/formation (concerning higher education only) as a scientific-technological field. Inaddressing these two aspects, we seek for their reality, identifying the positives and negatives of the

    classification and legal context systems, that applies to both identified areas (sector and field of activity), madeby the normative and legislative production of the international and national (Portuguese) organisms. At thesame time, is carried out a survey about the education offer in Conservation and Restoration of thePortuguese Higher Education, resulting from the change of the European Education System, provided by theBologna Declaration, which foresees the creation of a European Higher Education Area.

    Keywords: conservation and restoration, educational offer, professional qualification system, economicactivity classification system, science and technology classification system, higher education

    Resumo: Neste artigo abordam-se questes relacionadas com a Conservao e Restauro, analisando os seusdois grandes campos de aco. Por um lado, pela vertente do mercado de trabalho, como sector de actividadeeconmica, e, por outro lado, pela vertente do ensino/formao (tratando o ensino superior), como domniocientfico-tecnolgico. Na abordagem destas duas vertentes, procura ler-se a sua realidade, identificando os

    aspectos positivos e negativos dos sistemas de classificao e de enquadramento legal, que se aplicam s duasvertentes identificadas (sector e domnio de actividade), decorrentes da produo normativa e legislativa dosorganismos internacionais e nacionais. Paralelamente, inclui-se um levantamento da oferta formativa emConservao e Restauro das Instituies de Ensino Superior Portugus que resulta da reforma do Sistema deEnsino Europeu previsto na Declarao de Bolonha e que prev a criao de um Espao Europeu de EnsinoSuperior.

    Palavras-chave: conservao e restauro, oferta formativa, sistema de qualificao profissional, classificaode actividades econmicas, classificao de domnios cientficos e tecnolgicos, ensino superior

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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

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    Introduo

    Neste artigo propomo-nos reflectir sobre a dicotomia da actividade da Conservao e Restauro(CR) entre sector de actividade econmica e domnio cientfico-tecnolgico, comeando porabordar um contributo dado em Portugal para delimitao desta actividade. Na primeira parteabordaremos os problemas levantados ao sector pelo sistema de Classificao de Actividades EconmicasReviso 3 (CAE-Rev.3). Na segunda parte, os problemas levantados ao domnio com o sistema deClassificao de Domnios Cientficos e Tecnolgicos (CDCT) Fields of Science and Technology (FOS),apresentaremos a oferta formativa de nvel superior em CR que decorre da reforma de Bolonha eos problemas levantados com o respectivo Sistema de Qualificao Profissionais (SQP) que resulta daaplicao das suas determinaes e que fixa os Nveis de Qualificao Profissional (NQP) dos vriosnveis e graus de ensino/formao.

    Para tornar a leitura mais fcil, dada a limitao de palavras definida e porque o tema desenvolvido

    conduz a uma sistemtica referncia a organizaes, documentos legais e sistemas de classificao,decidimos utilizar as respectivas siglas j convencionadas pelo que sugerimos ao leitor consultar, nofim deste artigo, a lista de abreviaturas e siglas ordenada alfabeticamente.

    1. Um contributo para a delimitao do sector de actividade e o seu sucesso ou insucesso.

    Completados 11 anos que os Ministros da Educao Europeus, subscreveram a Declarao de Bolonha[19/06/1999], cujos alicerces tinham sido lanados um ano antes [25/05/1998] pela Declarao daSorbonne, que criou as bases da constituio de uma Europa do Saber. Estando, tambm, a decorrero ano (de 2010), fixado como data limite para o estabelecimento do Espao Europeu de EnsinoSuperior (EEES)European Higher Education Area(EHEA)1, o grande desgnio de Bolonha, e quefixou como principal objectivo deste espao ou sistema de ensino superior, caracterizadamente,

    multinacional, multiformativo e educativo, e multicultural (caractersticas que aparentamanter, acrescentamos ns), o estabelecimento dos princpios da coerncia, da compatibilidadeda competitividade, e da atractividade para estudantes do espao europeu e de outros espaos oupases (curiosamente, princpios fundamentais para o sector da actividade profissional e para odomnio cientifico e tecnolgico da conservao e restauro). E quando se aproximam os cinco anosdo momento que foi dado incio pelo Governo da Repblica Portuguesa (GRP) do processopoltico e legislativo de reforma do Sistema de Ensino Superior Portugus (SESP) e das Instituiesde Ensino Superior Portugus (IESP),para permitir a aplicao da reforma prevista no esprito eclausulado da Declarao de Bolonha2, com a publicao de um pacote legislativo que tem a encim-loa alterao da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei N. 49/2005, de 30 de Agosto) esubsequentes diplomas legais de regulamentao s alteraes desta lei, assumidos comoestruturantes do SESP, dos quais se destaca o Decreto-Lei n 74/2006, de 24 de Maro, sobre

    Graus Acadmicos e Diplomas do Ensino Superior, preconizando j o novo modelo deorganizao do SESP no que respeita aos ciclos de estudos. Tendo sido fixado pelo GRP s IESP Politcnico e Universitrio um perodo de dois anos (entre os anos lectivos de 2006/2007 e2007/2008) para adequao das suas formaes a este novo enquadramento normativo queestabelece como principal paradigma a transio de um modelo de ensino passivo, baseado na aquisio deconhecimentos, para um modelo baseado no desenvolvimento de competncias, onde se incluem, quer as de natureza

    genricainstrumentais, interpessoais e sistmicasquer as de natureza especfica, associadas rea de formao, eonde a componente experimental e de projecto desempenhariam um papel importante. (cit.)3.

    Pareceu-nos interessante, aproveitando o convite do Grupo Espanhol do International Institute forConservation of Historic and Artistic Works (GE-IIC), voltar a este tema, sem a pretenso de fazer umqualquer balano, at porque no seria possvel faz-lo no tempo deste artigo e o tema

    demasiado importante para todos, para que seja tratado sem um estudo (obrigatrio que j seimpe) mais minucioso e demorado desta realidade, assente em metodologia cientfica

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    esse percurso de valorizao profissional que se espera assente em matriz conceptual, filosfica epoltica, adequada ao novo contexto sociocultural, educativo/formativo e, sobretudo, que se pautepor modernidade e equilbrio na distribuio dos contedos funcionais para os vrios autoresProfissionais, quer na perspectiva restrita, de preservao da nossa memria histrica, e portanto da

    nossa identidade cultural, quer em sentido mais amplo, quando associada defesa e conservao danatureza e do equilbrio ecolgico e ambiental e, portanto, inserida na problemtica dos modos dedesenvolvimento sustentvel.

    1.1. O Sector da Conservao e Restauro e o Sistema de Classificao de ActividadesEconmicasReviso 3 (CAE-Rev.3)

    Na poca em que foi desenvolvido o estudo sobre PCVPC, e dadas as dificuldades que a equipa doconsrcio, constitudo para o efeito, sentiu em encontrar dados estatsticos, disponibilizados demodo claro e conclusivo pelas entidades nacionais, comunitrias e, at, internacionais, relacionadascom o levantamento e anlise estatstica da sociedade e economia, como , no caso portugus, oInstituto Nacional de Estatstica (INE), j que o sector em estudo encontrava-se (e, ao que parece,

    ainda se encontra) disperso por mltiplas reas de actividade, muitas das quais no faziam parte doobjecto de estudo; e dado que era imprescindvel reunir dados que contivessem elementosinformativos de modo a permitir caracterizar este sector de actividade, recorreu-se, para o efeito, aoquadro central de organizao da informao estatstica nacional, CAE (IQF - Estudo Sectorial31, 2006: 19).

    Aps a delimitao do sector de actividade, considerou esta equipa, poder circunscrever-se comoobjecto de estudo o enquadramento das actividades e funes especficas relacionadas com agesto, a salvaguarda, a preservao, a conservao e restauro, e a valorizao do patrimnio(histrico, artstico e cultural), em geral, e, em particular, dos bens culturais que o configuram, ouseja, lhe do materialidade, e as profisses nele intervenientes.

    Finalmente, e aps a realizao, concluso e publicao do estudo sobre o patrimnio cultural(Abril, 2006) sobre o qual nos temos vindo a debruar neste ponto, surge a reviso mais recentecom a CAE-Rev.3, constante do Decreto-lei n 381/2007, de 14 de Novembro (INE, 2007: 37-38)4. De acordo com Artigo 8, ponto 2, do o Regulamento (CE) n 1893/2006, do Parlamento eConselho Europeus, de 20 de Dezembro de 2006, "as estatsticas relativas s actividades econmicas,realizadas a partir de 1 de Janeiro de 2008 sero produzidas, pelos Estados-membros, usando aNomenclaturaGeral das Actividades Econmicas das Comunidades Europeias (NACE-Rev.2) ou uma nomenclatura nacionaldela derivada". Para dar cumprimento ao plano de implementao da NACE-Rev.2 em todos osestados membros, o Ficheiro de Unidades Estatsticas do INE foi reclassificado em CAE-Rev.3 nodecorrer do ano de 2007, de modo a ser disponibilizado aos utilizadores a partir de Janeiro de 2008em: [http://webinq.ine.pt/public/files/consultacae.aspx].

    De acordo com este normativo em vigor evidente que os prximos Recenseamentos daPopulao e Habitao (Censos), j programados (e que tem ocorrido nas ltimas dcadas, emPortugal, em intervalos de 10 anos), com as operaes estatsticas a arrancarem no prximo ano de2011, j iro fazer uso deste quadro normativo legal. Contudo, quando procuramos fazer umapesquisa to simples, e bvia (para todos os profissionais da CR), como procurar a designao dasua actividade (conservao e restauro), eis que se esbarra, ora em aparentes e incompreensveislapsos (?), ora em incongruncias normativas ou classificativas (?).

    Constata-se que a ltima dcada de organizao (mesmo considerando as suas debilidades, massobretudo, no esquecendo as suas virtudes, ou seja, o que de positivo alcanou em termos deafirmao social, empresarial, profissional, econmica e cultural) e de estruturao deste sector deactividade econmicaPCVPCchamemos-lhe do patrimnio cultural, para simplificar (e onde

    poderia ser considerado um, de entre vrios subsectores, o sector da CR), e dos respectivos

    http://webinq.ine.pt/public/files/consultacae.aspxhttp://webinq.ine.pt/public/files/consultacae.aspx
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    profissionais, no est minimamente espelhado neste sistema de classificaoCAEpois, pareceostensiva e incompreensivelmente arcaico e distante da realidade econmica, socioprofissional eempresarial que pode, muito facilmente, observar-se andando no terreno.

    Objectivamente, se tentarmos listar o descritivo das actividades ligadas ao sector da CR no ndice dasActividades da CAE-Rev.3 [], antesde mais, verifica-se que, na sua ordenao alfabtica , se tentarmos listar por conservao oupreservao, no encontramos nenhuma entrada com indicao de categoria CAE; s mesmolistando por restauro (termo que at seria bom ir -se, progressivamente abandonando), e aaparecem-nos, paradoxalmente, as seguintes entradas com a indicao das respectivas categoriasCAE [tabela 1]

    Tabela 1.A actividade de [Conservao e] Restauro e as vrias categorias funcionais.

    Designao da Actividade [a]Categoria

    | CAE-Rev.3 |

    RESTAURO: DE ALTARES, ARTE SACRA, ETC DE EDIFCIOS DE FOTOGRAFIAS ANTIGAS DE LIVROS

    90030412007420090030

    [a] Fonte: INE (Instituto Nacional de Estatstica -Portugal)[Consultado: 21/07/2010]

    Seguindo a consulta, e medida que se escrutinam as vrias categorias relacionadas, verifica-se queos respectivos descritores no espelham a realidade funcional deste sector de actividadeeconmica, e, muito menos, servem os (bons ) interesses dos seus agentes: empresrios,trabalhadores e at dos clientes (que, certamente, gostariam de ter empresas certificveis e certificadas a oferecer e

    prestar bons servios, em ambiente de s concorrncia, com garantias de qualidade, transparncia, e responsabilidadecivil, includa)pois, tal como esta classificao se apresenta, e impe pela sua regulamentao (quetem implicaes em termos estatsticos e em termos fiscais), presta-se a equvocos e, quem sabe,no potenciar injustias no acesso aos procedimentos concursais para obras publicas (deintervenes no patrimnio do Estado) que esto, naturalmente, vinculados a legislao nacional.

    A ttulo ilustrativo do que atrs foi dito, a seguir na [figura 1], propomos a observao da FichaCAE-Rev.3, do INE, da primeira categoria elencada na [tabela 1]. Restauro de altares, arte sacra,

    etc., por ser aquela que mais especialidades e sub-especialidades abrange.

    Figura 1. Ficha da Classificao Portuguesa de ActividadesEconmicas - CAE-Rev.3[a][a] Disponvel em:http://metaweb.ine.pt/SINE/UInterfaces/SineCat.aspx[consultado: 23/7/2010]

    http://metaweb.ine.pt/sine/UInterfaces/SineInd_Ent.aspxhttp://metaweb.ine.pt/sine/UInterfaces/SineInd_ent.aspx?innerSysrid=0007085760http://metaweb.ine.pt/SINE/UInterfaces/SineCat.aspxhttp://metaweb.ine.pt/SINE/UInterfaces/SineCat.aspxhttp://metaweb.ine.pt/sine/UInterfaces/SineInd_ent.aspx?innerSysrid=0007085760http://metaweb.ine.pt/sine/UInterfaces/SineInd_Ent.aspx
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    Tabela 2. Repertrio de Actividades Artesanais em Portugal [a]

    [a] Pgina oficial do Programa de Promoo dos Ofcios e das Microempresas Artesanais (PPART) uma iniciativagovernamental aprovada pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 136/97, de 14 de Agosto, e o desenvolvimento destePrograma compete ao IEFP, I.P., de acordo com a Resoluo do Conselho de Ministros n. 39/2006, de 21 de Abril. Disponvelem: http://www.ppart.gov.pt/principal.aspx?pagina=reportorio&tipo=1[consultado em 25/07/2010]

    Por outro lado, se tentarmos listar uma qualquer empresa ligada com o sector da CR, no seencontra nenhuma referncia relacionada. Encontra-se, a custo, listando com a designao social dealguma das empresas que conhecemos deste mercado, no entanto, o espanto vir quandoobservarmos as designaes/classificaes que lhes so conferidas (onde patente esse

    desfasamento com a realidade), que esto direccionadas para o fabrico de, produo de,

    Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado

    Nmero Nome CAE

    10.01 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Txteis 95290

    10.02 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Cermica 95290

    10.03 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Peles e Couros 95230

    10.04 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Madeira 95240

    10.05 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Metais 9529010.06 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Pedra 95290

    10.07 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Papel 95290

    10.08 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Instrumentos Musicais 95290

    10.09 Restauro de Patrimnio, Mvel e Integrado - Pintura 90030

    Restauro de Bens Comuns

    11.01 Restauro de Bens ComunsTxteis 95290

    11.02 Restauro de Bens Comuns - Cermica 95290

    11.03 Restauro de Bens Comuns - Peles e Couros 95230

    11.04 Restauro de Bens Comuns - Madeira 95240

    11.05 Restauro de Bens Comuns - Metais 95290

    11.06 Restauro de Bens Comuns - Pedra 95290

    11.07 Restauro de Bens Comuns - Papel 95290

    11.08 Restauro de Bens Comuns - Instrumentos Musicais 952

    11.09 Restauro de Bens Comuns - Pintura 90030

    http://www.ppart.gov.pt/principal.aspx?pagina=reportorio&tipo=1http://www.ppart.gov.pt/principal.aspx?pagina=reportorio&tipo=1http://www.ppart.gov.pt/principal.aspx?pagina=reportorio&tipo=1
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    construo de, comrcio de, reparao de, manuteno de, actividades artsticas,revestimentos, engenharia, outras actividades de associaes de, etc.

    Verificam-se, realmente, incluses, omisses e excluses de sectores e subsectores, sem grande

    nexo organizacional e funcional. Constata-se, ainda, que colocam a CR (e sem qualquermenosprezo pelas actividades a seguir mencionadas, que, naturalmente, tambm tem o seu perfil,ou cunho prprio, sendo que, algumas delas at tm, ou podem ter, estreita ligao ao sector deactividade da CR, sem que umas e outras percam a sua identidade) num universo ligado ,aleatoriamente, produo ou s artes, tecnologia ou cincia, j para no falar das conexesinusitadas com o mundo do desporto, do jornalismo independente, e com o mundo doartesanato que se apropria em fora, na sua regulamentao, das actividades da CR, conforme sepode observar a seguir [tabela 2].

    Contudo, ao invs dos vrios nveis de formao tcnico-profissional, intermdia e at superiorexistente em Portugal, a criada actividade artesanal dedicada CR(?), necessita de ter, entre outrosrequisitos, fixados na Portaria n 1193/2003, de 13 de Outubro de 2003) 5, frequncia de formao

    profissional (de aco de qualificao com durao igual ou superior a mil e duzentas horas ), comaproveitamento, assegurada por entidade formadora acreditada; obtendo desse modo uma carta dearteso, cuja regulamentao estabelecida na portaria atrs mencionada, e que tem por objecto:regular a comprovao do domnio dos saberes e tcnicas inerentes ao exerccio da actividade artesanal; definir orepertrio das actividades artesanais; regular o processo de reconhecimento dos artesos e das unidades produtivasartesanais; e a organizao e funcionamento do Registo Nacional do Artesanato6. Curiosamente, e de acordocom a mesma portaria, no seu artigo 7., ponto 5, da Seco III, relativa Apreciao e deciso dos

    pedidos de reconhecimento, os processos relativos a artesos ou unidades produtivas artesanais da rea do restaurode patrimnio cultural, mvel e integrado, so obrigatoriamente remetidos pelo presidente da Comisso [ComissoNacional para a Promoo dos Ofcios e das Microempresas Artesanais] ao Instituto Portugus daConservao e Restauro (IPCR) [actualmente: Instituto dos Museus e da Conservao (IMC)] para, no

    prazo de 20 dias, emitir parecer vinculativo, nos termos do disposto no n. 3 do artigo 16. do Decreto-Lei n.

    41/2001, de 9 de Fevereiro, com a redaco que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 110/2002, de 16 deAbril.(cit.), j que a Comisso tem que designar um grupo de trabalho que tenha pelo menos doismembros do sector. Portanto, uma situao que, pelo menos legalmente, vincula o organismomximo de tutela dos museus, e os responsveis envolvidos funcionalmente no processo, de acordocom os pareceres que elaborarem para a referida Comisso responsvel pela emisso das cartas dearteso.

    Para terminar este ponto no poderamos deixar de destacar dois aspectos que em nosso entenderdemonstram a necessidade de articulao e integrao da produo legislativa entre os vriosservios do Estado Portugus, mas tambm das produes legislativas comunitria e internacional,que, ao serem transpostas para a o direito nacional, podem gerar dificuldades de funcionamento dosorganismos e dos cidados, ao estabelecerem linhas de orientao e de regularo divergentes ou,

    mesmo situaes de conflito.O primeiro, pela negativa, a omisso, ou incongruente articulao, que a CAE-Rev.3 faz da ligaoumbilical entre os subsectores da CR, e dos arquivos e bibliotecas e dos museus, naquilo que podeser considerado o sector do patrimnio cultural. Portanto, verifica -se que a CAE no considerada melhor forma um sistema de desdobramento de tipologias funcionais de empresas por reas,especialidades, e sub-especialidades, e que nem sequer do a importncia ou a melhor interpretaoao estudo sectorial encomendado e publicado pelo Estado Portugus que, aparentemente, aindano colheu os melhores frutos.

    O segundo, pela positiva, embora ajude ainda a comprovar as debilidades e contradieslegislativas, corresponde a um notvel avano neste campo pelo facto de ser exigida, a um tcnico

    de CR, para poder apresentar relatrio prvio a obras ou intervenes de CR em bens culturais

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    mveis, formao acadmica com durao de 5 anos, somados aos quais, mais cinco anos deexperincia profissional, aps a obteno do grau acadmico (e, consequentemente, o ttuloprofissional de Conservador-Restaurador). Trata-se de um aspecto determinante que pode serobservado nos pontos 1 e 2 do Artigo 18, do Decreto-Lei n. 140/2009, de 15 de Junho, apesar de

    o legislador ter deixado uma excepo neste mesmo artigo, no seu ponto trs, que serve apenas paraos bacharis em CR, do regime pr-Bolonha, ou paraos licenciados em CR, do regime ps-Bolonha, desde que fundamentada e desde que uns e outros tenham os cinco anos de experinciaprofissional na rea da especialidade7. Portanto, neste caso, os interesses do patrimnio cultural edaqueles que nele intervm para o conservar e restaurar, foram bem acautelados.

    2. O Domnio da Conservao e Restauro e o Sistema de Classificao de DomniosCientficos e Tecnolgicos (CDCT)Fields of Science and Technology(FOS)

    Neste ponto, na mesma linha de abordagem anterior, relativamente ao sector de actividadeeconmica da CR e o respectivo sistema de classificao de actividades, pareceu-nos, tambm,

    importante analisar o modo como o Domnio da CR surge referenciado no sistema de CDCTnasua reviso de 2007.

    Em primeiro lugar, porque estamos a atingir as trs dcadas do lanamento dos alicerces, ou sequisermos os primrdios, da formao de nvel superior em CR em Portugal, com as aces deensino-formao especializadas, reconhecidas como equiparadas a um nvel superior, promovidas,pela ento Secretaria de Estado da Cultura, no Instituto Jos de Figueiredo, em Lisboa, e no MuseuMonogrfico de Conmbriga, em Condeixa; e h cerca de um quarto de sculo que essa formao seinicia em IESP, nomeadamente: na Escola Superior de Tecnologia de Tomar, que ainda existecomo unidade orgnica do Instituto Politcnico de Tomar, e onde, desde 1987, se tm leccionadocursos em conservao e restauro de 1. e 2. ciclo, conferindo os graus acadmicos de bacharel(extinto com a reforma do sistema decorrente do Processo de Bolonha), licenciado e,

    actualmente, de mestre; na Escola Superior de Conservao e Restauro de Lisboa, criada, no finaldos anos oitenta, na sequncia das aces do incio dessa dcada, sob na tutela da Secretaria deEstado da Cultura e associada estrutura do Instituto Jos de Figueiredo. Mais tarde em 1999 viriaa ser encerrada e integrada na Universidade Nova de Lisboa e onde hoje so leccionados cursos deCR nos trs ciclos de formao superior: Entretanto, foi em 1996 que surgiu a Escola das Artes, daUniversidade Catlica do Porto, que comeou por leccionar o 2. ciclo de ento, com curso deLicenciatura em Arte Sacra que integrava vertente de conservao e que, actualmente, assegura ostrs ciclos de estudos em CR. Estas trs instituies, tm-se mantido na linha da frente doensino/formao neste domnio, mas desde ento para c, e sobretudo com a adequao do sistemade ensino ao modelo de Bolonha, que tem surgido vrias IESP a concorrerem com a sua ofertaformativa no mesmo domnio (IQF, Estudo Sectorial 31, 2006: 158-159).

    Em segundo lugar, porque consideramos que, passadas as trs dcadas referidas, a CR, comodomnio cientfico e tecnolgico, tempo de ser reconhecida como cincia dotada de identidadeprpria e no uma actividade artesanalno compaginvel com a realidade existente e com aque se prospectiva nacional e internacionalmente. Podemos mesmo, com forte convico, arriscar oprognstico de que, na prxima dcada, a CR atingir a maturidade cientfica (ainda que seja,comparativamente, uma jovem cincia), considerando que, com a abertura do 3. ciclo e respectivosprogramas doutorais, quer no ensino pblico, quer privado, de antecipar a chegada de um novagerao de especialistas doutorados em CR. Especialistas esses, que comearam por fazer a suaformao inicial em CR, e, paralelamente, os seus percursos profissionais, no correspondente sectorde actividade econmica, conjugando experincia profissional com todo um percurso de ensinosuperior (do 1. ao 3. ciclo) tendente especializao neste domnio cientfico, o que, naturalmente,constitui uma mais-valia para o contexto do patrimnio cultural portugus e mesmo europeu, pelo

    nvel de maturidade cientfica e profissional que de prever atingirem.

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    Fernando dos Santos Antunes

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    Citando o qumico (da conservao) Joo Antunes (IPCR, Actas 2. Encontros Cientficos, 2003:76) () a cincia da conservao [pode vir a ser] uma disciplina autnoma, basta-se por si e tem valorsuficiente para no necessitar da adio de disciplinas clssicas para obter credibilidade. Existe uma certa tendncia

    para se pensar que a Conservao tem de estar associada Histria, ou Matemtica, ou Qumica que o

    conhecimento clssico, para ter validade e ser credvel. Isso no assim, a Conservao vale como tal, a Conservaoutiliza a cincia clssica para atingir os seus objectivos.

    Claro que uma disciplina que, apesar de se bastar a si prpria, necessita da concorrnciapartilhada e integrada de outros domnios cientficos, aos quais J. Antunes designou de clssicos,sem que se verifiquem sobreposies ou anulaes de uns em relao a outros em funo dos seuspesos (sempre) relativos.

    Neste campo a verdadeira questo que todos os agentes intervenientes, desde a regulao doensino, s IES, aos alunos, de modo integrado e partilhado, devem, depois de reconhecerem osperfis profissionais desejados/desejveis para o sector, identificar verdadeiramente as necessidadesformativas para, consequentemente, ajustarem as estruturas dos cursos e respectivos contedos,

    sem perda da sua identidade, autonomia e independncia cientifica, s verdadeiras necessidades dosprofissionais e do mercado, e s assim, em nosso entender, estaremos em condies de caminharpara plena certificao e acreditao dos intervenientes estabelecimentos de ensino/formao,profissionais e empresas do sector.

    Mas, por outro lado, tambm importante que os instrumentos de anlise estatstica, empreguespara avaliar a realidade, tomem em linha de conta este segmento do ensino, o reconheam, em si e sua identidade, para que as concluses possam ser representativas da realidade e no apareamsempre maquilhadas por resultados de outros domnios afins ou relacionados, para onde,sistematicamente, a CR remetida aleatoriamente. Neste caso, o instrumento utilizado para fins deaproveitamento estatstico, de acordo com o Gabinete de Planeamento, Estratgia, Avaliao eRelaes Internacionais (GPEARI) do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    (MCTES), a CDCT 2007, cuja actualizao foi aprovada em Dirio da Repblica, D.R. n65/2008, de 2 de Abril, II Srie, na sequncia da reviso da classificao FOS no Manual de Frascatide 2006, pelo National Experts on Science and Technology Indicators (NESTI) Grupo de PeritosNacionais em Indicadores de Cincia e Tecnologia8.

    A actualizao da CDCT2007 (FOS) permitiu adequar a classificao dos domnios cientficos etecnolgicos em uso no SEN, classificao vigente em termos comunitrios e internacionais(utilizada pela OCDEOrganizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico e EUROSTATEuropean Statistics). O domnio cientfico utilizado ainda para efeitos de caracterizao dos recursoshumanos altamente qualificados no mbito do Inqurito aos Doutorados (CDH) e dosDoutoramentos realizados e reconhecidos em universidades portuguesas9.

    Da anlise da oferta formativa em CR, em Portugal, verifica-se que, nos seus programas de estudos,de uma maneira geral e de forma mais ou menos equitativa, tm representadas, nas respectivasunidades curriculares, as reas relacionadas com as cincias exactas, da terra e da natureza; ascincias sociais; as cincias humanas; e, naturalmente, a rea cientifica (e tecnolgica) da CR, que,desde a sua fundao acadmica, como domnio cientifico, se mantm rf de qualquer sistema declassificao (nacional ou internacional, nos quais o nacional inspirado). A rea cientfica da CRno consta descrita na lista de CDCT 2007 (FOS), em nenhuma das suas seis Grandes reas, nemsequer na Grande rea das Humanidades, e, portanto, face sua omisso neste descritivo o que se temverificado que os responsveis dos mais diversos organismos nacionais de estatstica (INE),governamentais (MCTES: Direco-Geral do Ensino Superior (DGES) e GPEARI), das IESP(Universidades e Politcnicos) - e os responsveis pela coordenao dos ciclos de estudos, quandosolicitados a atribuir classificao FOS a este tipo de cursos limitam-se modo forosamente

    alternativo, mais ou menos reflectido, mais ou menos aleatrio, a indexar os cursos de CR a um

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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

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    domnio relacionado com qualquer uma das Grande reas, Subgrandesreas e reasque aparecemlistadas e definidas neste sistema de classificao nacional, como so os casos da Histria eArqueologia; das Artes; ou Outras Humanidades (sendo que esta rea nem sequer tem qualquernota explicativa que inclua ou exclua qualquer das outras reas das humanidades, mas que,

    segundo a Classificao Internacional Tipo da Educao de 1997 (CITE), da UNESCO, inclui:interpretao e traduo, lingustica, literatura comparada, histria, arqueologia, filosofia, tica).

    Face ao exposto, no seria til a todos os agentes intervenientes, ponderar a indexao ao sistemade classificao FOS, na sua Grande rea das Humanidades, ou, em alternativa, a criao de umaGrande rea das Cincias e Tecnologias (?) e a criao de uma nova Subgrande rea adesignar de Cincias e Tecnologias do Patrimnio Cultural (?) e a respectiva rea deConservao e Restauro(?) podendo, ainda, eventualmente, juntarem-se-lhe asreasde: Cinciada Conservao (?); Gesto do Patrimnio Cultural (?); Documentalistica: Arquivstica e Biblioteconomia (?);

    Museologia(?). Enfim, ficam estas sugestes para quem de direito e entendido no assunto as julgue e,quem sabe, um dia, as vejamos a ocupar um lugar nas listas de CDCT, que, em nosso entender,bem o merecem, na medida em que, na maioria dos casos, a oferta formativa inicial de nvel

    superior (quer em Portugal, quer em outros pases do mundo) j as contempla.Foi-nos ainda possvel coligir outro sistema de classificao, publicado pelo Ministrio dasActividades Econmicas e do Trabalho, na sua Portaria n. 256/2005, de 16 de Maro, que regula aaplicao da Classificao Nacional de reas de Educao e Formao(CNAEF) e que rev a CNAEFpublicada na Portaria n. 316/2001, de 2 de Abril, introduzindo as alteraes previstas pela CITE-199710, aprovada pela Conferncia Geral da UNESCO Organizao das Naes Unidas para aEducao, a Cincia e a Cultura, na sua 29. sesso, em Novembro de 1997, para constituir uminstrumento de classificao que permita compilar e avaliar as estatsticas educativas, tanto a nvel nacional como anvel internacional. Incide, principalmente sobre duas variveis de classificao cruzada: nveis deeducao e reas de estudo (UNESCO, 2006: iii).

    Um aspecto que nos merece destaque o facto de os responsveis pela reedio desta versoportuguesa da CITE, no seu prefcio, reconhecerem a necessidade de proceder sua reviso eactualizao de modo a facilitar a recolha e comparao das estatsticas da educao a nvel internacional, tendoem conta as mudanas e a evoluo da educao e ainda antecipando futuras tendncias nas vrias regies do mundo,tais como: a multiplicao e o desenvolvimento das diferentes formas de educao e de formao profissional; adiversidade crescente dos prestadores de educao; a crescente utilizao do ensino a distncia e outras modalidadesbaseadas nas novas tecnologias. (UNESCO, 2006: iii).

    Merece, tambm, destaque e reflexo o facto de o texto da CITE reconhecer, no captulo relativoao seu mbito e aplicao, que no pretende dar uma definio completa, muito menos impor uma concepoharmonizada a nvel internacional da filosofia, dos objectivos ou do contedo da educao, ou reflectir os seus aspectosculturais. (UNESCO, 2006: 9) Reconhece que pode ser improdutiva uma qualquer imposio

    normativa ou conceptual comum a todas as realidades nacionais, uma vez que os respectivoscontextos culturais, sociais e econmicos, produziro, pelo menos, uma concepo de educaocaracterstica (ento impem-se as perguntas: porque razo a grande maioria dos estados seguem omesmo guio (?); e ser que todos o transpem directamente sem adaptao s respectivasrealidades nacionais (?)). O que implicar, por parte dos responsveis nacionais, o conhecimentoprofundo do seu universo educativo/formativo e depois, se for do seu interesse, verificar o modocomo ele pode ser ajustado realidade preconizada pelos sistemas multinacionais (reconhecendo-oscomo viveis e potenciadores de avano), ou, ao invs, procurem produzir doutrina e agenciamentojunto das autoridades internacionais, de modo a ajustarem os seus sistemas a essa doutrina assimessas autoridades lhe reconheam o mrito potencial. de referir ainda que a UNESCO poderinserir novas reas sempre que seja necessrio.

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    A CITE, aps modificaes, tem actualmente 25 reas de estudo e 21 na verso original. Uma outrainovao consiste no estabelecimento de grandes grupos compostos por reas de estudo queapresentam semelhanas. No nosso caso interessa referir em particular os cdigos que descrevemcom preciso como se afectam os programas de educao/grupos de matrias s diferentes reas de

    estudo. Relativamente ao grande grupo das Artes e Humanidades(cdigo 2), que se subdivide emduas reas de estudo, por um lado, a das Artes(cdigo 21) e, por outro, a das Humanidades(cdigo22), mais uma vez no encontramos nenhuma referncia CR,.

    De volta aplicao da CNAEF, e classificao que estabelece para os cursos das IESP(Politcnicos e Universidades), consideramos tratar-se de uma realidade bizarra, ficcionada eincompreensvel para um qualquer profissional da CR, ou at mesmo para um qualquer formandodo 1. ciclo de estudos, no fim do seu 1. ano, dada a sua estranha originalidade, no verificvel naprtica, seno veja-se como possvel encontrar os 1.s, 2.s e 3.s ciclos de estudos emconservao e restauro nas vrias IESP (com excepo dos Programas de Estudos do 2. ciclo emCincias da Conservao, da Universidade Nova de Lisboa, e em Qumica aplicada ao PatrimnioCultural, da Universidade de Lisboa/Instituto Politcnico de Tomar, que tm atribuda a

    classificao de Tcnicas dos Processos Qumicos ) classificados, sem qualquer justificao plausvel ano ser a existncia de um autentico espartilho legal, que no reconhece e no inova, mas impeclassificaes de: Artesanato (cdigo 215); de Histria e Arqueologia (cdigo 225); de Belas-Artes Escultura, Filosofia da arte, Gravura e estampagem, Histria da arte, Pintura, Teoria daarte (cdigo 211)11.

    Para melhor se compreender esta realidade, apresentamos o enquadramento de Artesanato,constante na Portaria n. 256/2005, de 16 de Maro, j citada atrs: Os programas de formao emartesanato dizem respeito s tcnicas e s competncias associadas a determinados ofcios manuais, tais como

    joalharia, cermica, tecelagem, escultura em madeira, etc. O Artesanato, neste quadro legal, entendido emoposio produo industrial

    Da anlise dos programas contidos no artesanato verifica-se que incidem sobre vrias formaese no encontramos a mais pequena referncia a CR, o que serve, em nosso entender, parademonstrar a falta de coerncia do sistema da CNAEF e, sobretudo, a falta de representatividade darealidade profissional e da realidade formativa em Portugal. Como se fosse razovel considerar oartesanato um domnio cientfico, pois, se o , porque no existe formao de 1., 2. e 3.ciclo com programas de estudos em artesanato, semelhana do que acontece, p. e. , com aHistria e com a prpria CR?

    2.1. Oferta Formativa de nvel superior em Conservao e Restauro no ps-Bolonha

    Segundo Karen Borchersen (ENCoRE, Maro, 2008 - traduo e adaptao do autor), ao longo dos

    ltimos cinquenta anos, tornou-se cada vez mais evidente que a CR coloca problemas muito complexos para seremresolvidos no mbito dos sistemas existentes da prtica, baseados nas habilidades artesanais [entendam-semanuais - dir-se-ia, antes, nas competncias do saber-fazer], suportada e controlada por outras disciplinasacadmicas das cincias humanas e sociais ou das cincias exactas, da terra e da natureza (e.g. a histria, histriada arte e arqueologia, ou a fsica, qumica, geologia, biologia, etc.). Borchersen, acrescenta ainda que,durante esse perodo, os programas de estudos acadmicos em CR tornaram-se uma realidade,afirmando-se na Europa, e os seus graduados/diplomados foram entrando no mercado destesector/domnio, cunhando, com as suas vises de especialistas, o sentido do progresso daactividade de CR e das instituies respectivas, e que, embora diferentes no nvel e qualidade daoferta, todos estes programas de estudos tiveram como objectivo reunir as necessriascompetncias tcnicas e prticas relacionadas com as cincias humanas e cincias exactas e danatureza. Eles foram concebidos para oferecer uma linha de ensino/formao estruturada onde a

    prtica era apoiada por um alicerce claro do conhecimento, e onde a pesquisa/investigao podia

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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

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    ser apoiada e incentivada. Durante este tempo, os perigos de presses e interesses comerciais, quepoderiam resultar em intervenes de CR de m qualidade, com resultados potencialmentedesastrosos e irreversveis, tambm foram reconhecidos12.

    Em Portugal, felizmente e com algum esforo, tem-se conseguido acompanhar essa linha deevoluo, arriscaramos dizer, no fossem os problemas j identificados, com algum pioneirismo eat vanguardismo relativamente a certos pases da Europa, seno veja-se a actual oferta disponvelno universo das IESP; constante do levantamento da oferta formativa de nvel superior emPortugal para o ano lectivo 2010/2011 [tabelas 3, 4 e 5]13.

    2.2. Nveis de Qualificao Profissional (NQP)

    O Conselho das Comunidades Europeias definiu 5 Nveis de Qualificao Profissional (NQP),(Deciso n 85/368/CEE de 16 de Julho de 1985) que se mantiveram em vigor, em Portugal, at aoano de 2009, com a entrada em vigor da Portaria n. 782/2009, de 23 de Julho, que estabelece, em

    resultado do Processo de Bolonhae da Reforma do Sistema Educativo em Portugal, ao nveldo ensino e formao, o Sistema Nacional de Qualificaes (SNQ)14, do qual resultam doisinstrumentos: o Catlogo Nacional de Qualificaes (CNQ), destinado essencialmente a divulgarofertas de formao contnua; e o Quadro Nacional de Qualificaes (QNQ), onde se definem 8NQP, transpostos do Quadro Europeu de Qualificaes Para a Aprendizagem ao Longo da Vida (QEQ),onde so apresentados os indicadores de definio desses 8 nveis, que, por sua vez, especificam osresultados da aprendizagem correspondentes s qualificaes de cada nvel, em qualquer sistema dequalificaes.

    No caso da formao acadmica (em CR), ela correspondia no anterior sistema de qualificao, ques contemplava a formao inicial, aos dois ltimos nveis de formao: o Nvel IV, correspondenteao grau de bacharel, cujo descritivo era execuo autnoma de um trabalho tcnico implicando

    responsabilidades de concepo e/ou de direco e/ou de gesto; e o Nvel V, correspondente aograu de licenciado, cujo descritivo era execuo autnoma de uma actividade profissionalassalariada ou independente, implicando o domnio dos fundamentos cientficos da profisso.

    Com a reforma do SNQ e a consequente adopo do QNQ, com os seus 8 NQP, verifica-se aexistncia de um quadro mais abrangente em termos de cobertura dos programas deensino/formao de nvel tcnico-profissional e tcnico-cientfico, e, tambm, mais clarorelativamente ao seu enquadramento, definindo resultados da aprendizagem atravs dos seguintesindicadores: conhecimentos (tericos e factuais); aptides (cognitivas e prticas) e competncia(responsabilidade e autonomia). Com esta clarificao conseguimos antever um melhorordenamento das qualificaes e, portanto, um quadro mais representativo dos NQP existentesaps as vrias reformas introduzidas nos sistemas de ensino em Portugal 15.

    Contudo, observando os oito descritores de qualificaes, e assumindo neste contexto apenas osquatro mais altos, os descritores de qualificao para formao de nvel superior, correspondendo,respectivamente, formao especializada intermdia que no confere qualquer grau (Cursos deEspecializao Tecnolgica - CET), Nvel 5 (e que permitem e facilitam o acesso ao nveisseguintes); aos graus de bacharel e licenciado, o Nvel 6; ao grau de mestre, o Nvel 7; e, por fim, aograu de doutor, o Nvel 8; verificamos que subjaz uma omisso, a nosso ver, grave, na medida queno prev nenhum plano de equivalncia entre o anterior sistema de qualificao e o actual, oQNQ, gerando iniquidades entre os profissionais que obtiveram as suas formaes nos sistemaspr-Bolonha e ps-Bolonha, de acordo com os graus acadmicos e tempos de duraoinerentes aos dois sistemas o antigo e o actual, conforme se pode observar e concluir atravsda [tabela 6].

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    Fernando dos Santos Antunes

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    Tabela 3. Programas de estudos em Conservao e Restauro em organizaes de Ensino Pblico.

    Instituio de Ensino SuperiorPortugus (IESP)

    (Politcnico | Universitrio)

    Designao doPrograma

    Ciclo deEstudos

    Tipo dePrograma

    (grau acadmico)

    DuraoAnual

    Semestral

    ECTS[a]

    Coordenao(pedaggica e cientfica)

    Instituto Politcnico de Tomar | IPT |[http://portal.ipt.pt/portal]

    Escola Superior de Tecnologia de TomarDepartamento de Arte Conservao e Restauro

    [http://www.cr.estt.ipt.pt/]

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura [b] 3 Anos6 Semestres 180 Joo Freitas Coroado

    Conservao e RestauroPerfis Opcionais:-Patrimnio Mvel-Patrimnio Integrado

    2. Ciclo Mestrado [c]2 Anos

    4 Semestres 120

    Joo Freitas CoroadoTeresa Cunha MatosAntnio Joo CruzFernando S. Antunes

    Instituto Politcnico de Setbal | IPS |[http://www.ips.pt]

    Escola Superior de Tecnologia de Setbal[http://www.si.ips.pt/ests_si/web

    _page.inicial]Escola Superior de Tecnologia do Barreiro

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura [d] 3 Anos6 Semestres 180No dispe de

    informao

    Conservao eReabilitao do

    Edificado[e]-------- Ps-Graduao 1 ano2 Semestres 31

    No dispe deinformao

    Universidade de Coimbra| UC |

    [http://www.uc.pt/]

    Faculdade de Cincias e TecnologiaDepartamento de Cincias da Terra

    [http://www.uc.pt/fctuc]

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura [e] 3 Anos6 Semestres 180 Francisco Campos Gil

    Conservao e Restauro 2. Ciclo Mestrado [f] 2 Anos4 Semestres 120

    Francisco Campos GilFrancisco Pato Macedo

    Joo Avels NunesLdia CatarinoPedro Redol

    Universidade Nova de Lisboa| UNL |

    [http://www.unl.pt/]

    Faculdade de Cincias e TecnologiaDepartamento de Conservao e Restauro

    [http://www.dcr.fct.unl.pt/]

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura3 Anos

    6 Semestres 180Fernando PinaRita Macedo

    Micaela Sousa

    Conservao e Restauro 2. Ciclo Mestrado [g]2 Anos

    4 Semestres 120Maria Joo Melo

    Ana RamosFernando Pina

    Cincias da Conservao 2. Ciclo Mestrado [h] 2 Anos4 Semestres 120

    Maria Joo Melo

    Ana RamosFtima Arajo

    Conservao e RestauroEspecialidades Opcionais:-Cincias e Teoria-Histria e Tcnicas

    3. Ciclo Doutoramento[i]

    4 Anos8 Semestres 240

    Fernando PinaRita Macedo

    Micaela Sousa

    Universidade de Lisboa | UL |[http://www.unl.pt/]

    Faculdade de CinciasDepartamento de Qumica e Bioqumica

    [http://www.dqb.fc.ul.pt/][http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/p

    cultural/]Instituto Politcnico de Tomar |IPT |

    htt : ortal.i t. t ortal

    Curso de Especializaoem Qumica Aplicada ao

    Patrimnio Cultural-------- Ps-Graduao

    [j]1 Ano

    2 Semestres 60

    Eduarda ArajoAntnio Joo Cruz

    Raquel Gonalves MaiaJos Manuel Nogueira

    Joo Pires da Silva

    Qumica Aplicada ao

    Patrimnio Cultural2. Ciclo Mestrado [l] 2 Anos

    4 Semestres120

    Eduarda ArajoAntnio Joo Cruz

    Raquel Gonalves Maia

    Jos Manuel NogueiraJoo Pires da Silva

    [a] ECTS -European Credit Transfer and Accumulation System (Sistema Europeu de Acumulao e Transferncia de Crditos).

    [b] No 6. semestre, o aluno desenvolve um Projecto em Conservao e Restauro, em rea e especialidade opcionais.

    [c] No 2. ano o aluno opta, de acordo com as Normas Regulamentares do Ciclo de Estudos, por desenvolver a unidade curricular de

    Estgio, em rea e especialidade opcionais (via profissional), ouDissertao (via de investigao aplicada).

    [d] O curso obteve parecer positivo e consta na pgina na Internet do DGES | MCTES onde est listada uma Licenciatura em

    Conservao e Restauro. No entanto o MCTES, nunca chegou abrir vagas, mesmo para o prximo ano lectivo 2010/2011. [e] Na pgina na Internet do DGES | MCTES est listada uma Licenciatura em Conservao e Restauro, mas tanto quanto nos foi

    possvel apurar nunca chegou a funcionar e nem sequer consta da lista de oferta de cursos da UC | FCT | DCT.

    [f] No 1. e 2. semestre, o aluno desenvolve, respectivamente, as unidades curriculares de Projecto IeII, e no 2. ano, a

    Dissertao/Estgio e Relatrio/Projecto.

    [g] No 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve as unidades curriculares deEstgio IeEstgio IIassociadas Dissertao.

    [h] No 1., 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve unidades curriculares de Projecto de Investigao 1, 2 e 3, associadas

    Dissertao.

    http://portal.ipt.pt/portalhttp://portal.ipt.pt/portalhttp://portal.ipt.pt/portalhttp://www.cr.estt.ipt.pt/http://www.cr.estt.ipt.pt/http://www.cr.estt.ipt.pt/http://www.ips.pt/http://www.ips.pt/http://www.ips.pt/http://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.estbarreiro.ips.pt/http://www.uc.pt/http://www.uc.pt/http://www.uc.pt/http://www.uc.pt/fctuchttp://www.uc.pt/fctuchttp://www.uc.pt/fctuchttp://www.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.dcr.fct.unl.pt/http://www.dcr.fct.unl.pt/http://www.dcr.fct.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.dqb.fc.ul.pt/http://www.dqb.fc.ul.pt/http://www.dqb.fc.ul.pt/http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://portal.ipt.pt/portalhttp://www.si.ips.pt/ests_si/NOTICIAS_GERAL.VER_NOTICIA?P_NR=5592http://www.si.ips.pt/ests_si/NOTICIAS_GERAL.VER_NOTICIA?P_NR=5592http://portal.ipt.pt/portalhttp://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://www.dqb.fc.ul.pt/2ciclo/pcultural/http://www.dqb.fc.ul.pt/http://www.unl.pt/http://www.dcr.fct.unl.pt/http://www.unl.pt/http://www.uc.pt/fctuchttp://www.uc.pt/http://www.estbarreiro.ips.pt/http://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.si.ips.pt/ests_si/web_page.inicialhttp://www.ips.pt/http://www.cr.estt.ipt.pt/http://portal.ipt.pt/portal
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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

    50Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    [i] No 1. ano o aluno frequenta componente curricular do programa doutoral, e nos trs anos seguintes desenvolve a Tese.

    [j] No 1. ano o aluno frequenta componente curricular do programa do mestrado. Nota: No abriu candidaturas no ano lectivo

    2010/2011.

    [l] No 2. ano o aluno desenvolve uma dissertao subordinada a um tema original. Nota: No abriu candidaturas no ano lectivo

    2010/2011.

    Tabela 4. Programas de estudos em Conservao e Restauro em organizaes de Ensino Privado .

    Instituio de Ensino SuperiorPortugus (IESP)

    Designao doPrograma

    Ciclo deEstudos

    Tipo dePrograma

    Durao

    Anual

    ECTS

    [a]

    Coordenao

    eda ica e cientfica

    Fundao Ricardo Esprito Santo Silva

    | FRESS |

    [www.fress.pt]

    Escola Superior de Artes Decorativas

    | ESAD |

    [http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6]

    Conservao e RestauroEspecialidades Opcionais:-Pintura e Policromias.-RevestimentosArquitectnicos.-Artes da Madeira.-Documentos Grficos e

    Encadernao.

    1. Ciclo Licenciatura3 Anos

    6 Semestres 180Isabel Mendona

    Nazar Tojal

    Conservao e RestauroEspecialidades Opcionais:-RevestimentosArquitectnicos.-Artes da Madeira.-Documentos Grficos eEncadernao.

    2. Ciclo Mestrado [b]2 Anos

    4 Semestres120

    Isabel MendonaNazar Tojal

    Conservao eReabilitao deInteriores

    2. Ciclo Mestrado [c]2 Anos

    4 Semestres120 Hlder Carita

    Escola Superior de Tecnologias e Artesde Lisboa | ESTAL |

    [http://estal.pt/site/]

    Conservao e RestauroVertentes Opcionais:

    -CR em Museus-CR em PatrimnioEdificado

    1. Ciclo Licenciatura [d]

    3 Anos

    6 Semestres 180

    No dispe de

    informao

    Universidade Lusfona deHumanidades e Tecnologias

    | ULH |

    [http://www.ulusofona.pt/]

    Escola de Belas Artes

    htt ://www.ulusofona. t/index.

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura 3 Anos6 Semestres 180Augusto P. Brando

    M. Alexandra Campos

    Conservao e Restaurodo Patrimnio Cultural

    2. Ciclo Mestrado [e]2 Anos

    4 Semestres120 Augusto P. Brando

    M. Alexandra Campos

    Reabilitao Urbana eConservao do

    PatrimnioArquitectnico

    2. Ciclo Mestrado [f]2 Anos

    4 Semestres120

    Augusto P. BrandoFernando Larcher

    M. Alexandra Campos

    Universidade Portucalense Infante

    D. Henrique | UPT |

    [http://www.uportu.pt/site-scripts/]

    Conservao e Restauro 1. Ciclo Licenciatura 3 Anos6 Semestres 180 Ftima Matos Silva

    Patrimnio Artstico,Conservao e Restauro

    2. Ciclo Mestrado [q]2 Anos

    4 Semestres120

    Lusa Reis LimaLus Mariz

    [a] ECTS -European Credit Transferand Accumulation System (Sistema Europeu de Acumulao e Transferncia de Crditos).

    [b] No 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve a unidade curricular de Estgio com Relatrio.

    [c] No 2. ano, o aluno desenvolve as unidades curriculares de Seminrios Oficinais de Conservao e Restauro e Seminrio de

    Acompanhamento Cientfico, no 3. semestre, e, opcionalmente,Dissertao / Projecto / Estgio , nos dois semestres.

    [d] No 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve, respectivamente, as unidades curriculares de Workshop e de Projecto de Interveno.

    [e] No 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve a unidade curricular deDissertao (Cientfica ou Profissional) e projecto de mbitoprofissional (estgio).

    http://www.fress.pt/http://www.fress.pt/http://www.fress.pt/http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://estal.pt/site/http://estal.pt/site/http://estal.pt/site/http://www.ulusofona.pt/http://www.ulusofona.pt/http://www.ulusofona.pt/http://www.ulusofona.pt/index.php/escola-de-belas-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/escola-de-belas-arteshttp://www.uportu.pt/site-scripts/http://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.uportu.pt/site-scripts/http://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/faculdade-de-arquitectura-urbanismo-geografia-e-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/escola-de-belas-arteshttp://www.ulusofona.pt/index.php/escola-de-belas-arteshttp://www.ulusofona.pt/http://estal.pt/site/http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://www.fress.pt/Default.aspx?PageId=6http://www.fress.pt/
  • 8/6/2019 dos Santos, F. Conservaao e restauro. 2010

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    Fernando dos Santos Antunes

    51Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    [f] No 3. e 4. semestre, o aluno desenvolve a unidade curricular de Dissertao, uma investigao original, em rea escolha

    integrada no mbito geral do mestrado,

    [g] No 2. ano, o aluno desenvolve, a unidade curricular de Dissertao.

    Tabela 5. Programas de estudos em Conservao e Restauro em organizaes de Ensino Concordatrio.

    Instituio de Ensino SuperiorPortugus (IESP)

    (Politcnico | Universitrio)Designao do Programa Ciclo deEstudos

    Tipo dePrograma

    (grau acadmico)

    DuraoAnual

    Semestral

    ECTS[a]

    Coordenao(pedaggica e

    cientfica)

    Universidade Catlica Portuguesa| UCP |

    [http://www.ucp.pt/]

    Escola das Artes(Porto - Plo da Foz)

    Departamento de Arte e Restauro[http://www.porto.ucp.pt][http://www.artes.ucp.pt/]

    Arte - Conservao eRestauro

    1. Ciclo Licenciatura 3 Anos6 Semestres 180Gonalo Vasconcelos e

    SousaAna Calvo

    Conservao de BensCulturais

    Especialidades Opcionais:Pintura

    Escultura

    2. Ciclo Mestrado [b]2 Anos

    4 Semestres 120Gonalo Vasconcelos e

    SousaAna Calvo

    Conservao de BensCulturais

    Especialidades Opcionais:Pintura

    Materiais Inorgnicos

    3. Ciclo Doutoramento[c]

    3 Anos6 Semestres 180

    Gonalo Vasconcelos eSousa

    Ana Calvo

    [a] ECTS -European Credit Transfer and Accumulation System (Sistema Europeu de Acumulao e Transferncia de Crditos).

    [b] No 3. semestre, o aluno desenvolve, as unidades curriculares de Colquios de Investigao e Projecto de Dissertao, e no 4.

    semestre, a Dissertao.

    [c] No 1. e 2. semestre, o aluno frequenta componente curricular do programa doutoral, no 3. frequenta as unidades de

    Metodologia Avanada de Investigao e Colquios de Investigao, e nos trs semestres seguintes desenvolve a Tese.

    Tabela 6. Anlise comparativa da atribuio de Nveis de Qualificao Profissional.

    Sistema de Ensino-Formao de Nvel Superiorpr-Bolonha

    Sistema de Ensino-Formao de Nvel Superiorps-Bolonha

    Diferencialde tempo

    entreformaes domesmo grau

    nos 2sistemas

    GrauAcadmico

    Ciclo de Estudos| Durao

    NvelQualificaoProfissional

    (NQP)

    GrauAcadmico

    Ciclo de Estudos| Durao

    NvelQualificaoProfissional

    (NQP)|(QNQ)

    Bacharelato 1. ciclo | 3 anos IV CET[a] 1,5-2 anos 5 1-1,5 anos

    Licenciatura[b] (1.) + 2. ciclo |4 -6 anos; (3)+2 anos V Licenciatura1. ciclo | 3 anos 6 2 anos

    Mestrado 2-4 anos ---------- Mestrado[c] (1.) + 2. ciclo|

    4-5 anos; (3)+2 anos7 0-2 anos

    Doutorado 4-6 anos ---------- Doutorado 3. ciclo | 3 anos 8 1-3 anos

    Durao mdia para obteno do grau de doutor:= 12 Anos de Ensino/Formao

    Durao mdia para obteno do grau de doutor:= 8 Anos de Ensino/Formao --------------

    [a] Curso de Especializao Tecnolgica No confere grau acadmico.

    [b] Podia ser uma licenciatura mono ou bietpica.

    [c] Pode ser mestrado integrado ou no.

    http://www.ucp.pt/http://www.ucp.pt/http://www.ucp.pt/http://www.porto.ucp.pt/http://www.porto.ucp.pt/http://www.porto.ucp.pt/http://www.artes.ucp.pt/http://www.artes.ucp.pt/http://www.artes.ucp.pt/http://www.artes.ucp.pt/http://www.porto.ucp.pt/http://www.ucp.pt/
  • 8/6/2019 dos Santos, F. Conservaao e restauro. 2010

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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

    52Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    Parece-nos que o principal, mais importante e, aparentemente, nico aspecto negativo queidentificamos no QNQ, o facto de ter implcita uma desvalorizao dos profissionais e dasformaes de nvel superior da fase pr-Bolonha, que conferiram os graus de bacharelato,licenciatura (mono e bietpica) e mestrado. Efectivamente, o QNQ nivela por defeito, na

    transposio entre os dois sistemas de qualificao, os antigos graus face aos actuais, que mantm asmesmas designaes, mas, em mdia, tem quase metade do tempo de formao. Sabendo, osagentes do ensino/formao e os pedagogos em geral, que um ano de trabalho faz muita diferenano processo formativo de qualquer individuo e na sedimentao dos seus saberes e competncias.

    A ttulo de exemplo ilustramos o seguinte caso que decorre da aplicao do novo QNQ e que,recorde-se, transposto do QEQ:

    - Um conservador-restaurador licenciado pr-Bolonha, com cinco anos de formao (que incluaum estgio anual no 5. ano) e que tinha o NQP-V, actualmente, com a aplicao do novo QNQ, omesmo profissional v-se com o NQP-6, mas nivelado com o licenciado ps-Bolonha que temapenas trs anos de formao, ou seja, menos dois anos (e sem frequncia de estgio anual,

    realizando apenas um projecto em CR com a durao de um semestre lectivo, e onde, na maioriados casos, desenvolve apenas a componente do saber-saber).

    Como se poder perceber este exemplo estende-se a outros nveis e graus do SNQ, o que lanamuitas interrogaes por parte dos profissionais do sector CR (e de outros), sobretudo quando secolocam questes relacionadas com concursos e carreiras profissionais, campos onde parecemcomear a ocorrer injustias e diferenciaes negativas que no abonam ao equilbrio etranquilidade no sector.

    Concluso:

    Deste nosso contributo, parece ressaltar a seguinte concluso que, em primeiro lugar, apesar deter um longo caminho j percorrido e estando prximo de atingir a maturidade, o sector e osprofissionais da CR, ainda tm muito terreno para desbravar e conquistar no sentido doreconhecimento socioprofissional. Parece-nos que esse reconhecimento, para alm de se conseguirno dia-a-dia, com o esforo directo dos profissionais, pode comear por obter-se atravs daresoluo destes vrios sistemas de enquadramento, classificao e de valorao.

    Mas essa mudana s a vemos concretizvel num futuro mais prximo com um mecanismoinstitucional de influncia positiva que se possa gerar a partir da criao de uma Ordem Profissional dosConservadores Restauradoresque represente efectiva e obrigatoriamente todos os profissionais da CR(com formao inicial de nvel superior com durao de 5 anos), e que, pelo seu enquadramentolegal (semelhante s restantes ordens profissionais existentes), possa ter expresso e peso

    institucionais verdadeiramente mobilizadores de indivduos e de causas que representem uma classeprofissional e no apenas um grupo ou associao, que, por muito meritrios e necessrios sejam osseus contributos, no podem assumir o peso representativo de uma ordem profissional.

    Em segundo lugar, preciso fazer um esforo no sentido de promover a evoluo de uma ofertaformativa ajustada s necessidades de competncias tcnicas e cientficas dos profissionais destesector e, para isso, indispensvel conhecer a realidade, identificar as tendncias, e, por fim,delinear prospectivamente o futuro, atravs de uma estratgia adequada e que seja validada entre osvrios parceiros.

    neste sentido que se nos oferece dizer que o sector/domnio da actividade de CR :

    Uma realidadeconstruda a partir da segunda metade do sculo XX, mas a um ritmo muitomais rpido no ltimo quartel do mesmo sculo; e extremamente intenso, no virar da primeira

  • 8/6/2019 dos Santos, F. Conservaao e restauro. 2010

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    Fernando dos Santos Antunes

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    dcada do sculo XXI, de tal modo, que algum informado j no poder levantar dvidas queconstitui um efectivo, inquestionvel e particular sector de actividade, com mltiplosdesdobramentos em reas funcionais (transversais) e especialidades organizadas por categorias demateriais e de tcnicas de produo dos bens culturais.

    uma fico, na medida em que se olha de fora para esta actividade com perspectivas eenquadramentos assentes em modelos ultrapassados, ou, se actualizados, delineados por autoresexternos actividade, logo, nem sempre a sentem ou interpretam da melhor maneira; e, namedida que a observao interna, por parte dos seus profissionais, tambm, muitas das vezes, sepauta por alguns vcios de forma no modo como se estrutura, por ser errtica, tmida e noconquistar o espao que seu de direito prprio.

    Espera-se que passe de uma utopia, dos seus profissionais e defensores, se todos osintervenientes acreditarem nas suas capacidades, se mobilizarem para conquistarem a suascompetncias e sarem procura do espao que lhes pertence nesse concerto entre as diferentesactividades e profissionais dos vrios sectores e domnios de actividade.

    Notas

    [1] Processo de Bolonha [FicheiroPDF:] [Consulta:17/7/2010].

    [2] The Bologna Declaration of 19 June 1999: Joint declaration of the European Ministers ofEducation [Ficheiro PDF:] [Consulta: 17/7/2010].

    [3] Decreto-Lei N. 74/2006, de 24 de Maro, sobre Graus Acadmicos e Diplomas do EnsinoSuperior do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior [Portugal] [Ficheiro PDF:22422257 (DL_74_2006)]. [Consulta:17/7/2010].

    [4] Classificao Portuguesa das Actividades Econmicas (CAE-Rev.3), Lisboa, INE, 2007, pp. 37-38.[Consulta: 20/7/2010].

    [5] Portaria n 1193/2003, de 13 de Outubro de 2003, DR 237 Srie I-B, que Regula o processo dereconhecimento dos artesos e das unidades produtivas artesanais e ainda a organizao efuncionamento do Registo Nacional do Artesanato, Emitida pelos Ministrios das Finanas, da

    Economia, da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, da Educao, da Cultura e daSegurana Social e do Trabalho. [Consulta:25/7/2010].

    [6] Nos termos previstos no Decreto-Lei n. 41/2001, de 9 de Fevereiro, com a redaco que lhe foidada pelo Decreto-Lei n. 110/2002, de 16 de Abril.

    [7] Decreto-Lei 140/2009, de 15 de Junho, DR 113 Srie I, que estabelece o Regime Jurdico dosestudos, projectos, relatrios, obras ou intervenes sobre bens culturais classificados, ou em vias declassificao, de interesse nacional, de interesse pblico ou de interesse municipal[Consulta: 29/7/2010].

    http://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/processo_bolonha.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/processo_bolonha.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/bologna_declaration.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/bologna_declaration.pdfhttp://dre.pt/pdf1sdip/2006/03/060A00/22422257.pdfhttp://metaweb.ine.pt/sine/.%5Canexos%5Cpdf%5CApresentacaoCAERev3.pdfhttp://www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=2178http://www.portaldacultura.gov.pt/ministeriocultura/Pages/legislacao_cultural.aspxhttp://www.portaldacultura.gov.pt/ministeriocultura/Pages/legislacao_cultural.aspxhttp://www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=2178http://metaweb.ine.pt/sine/.%5Canexos%5Cpdf%5CApresentacaoCAERev3.pdfhttp://dre.pt/pdf1sdip/2006/03/060A00/22422257.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/bologna_declaration.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/bologna_declaration.pdfhttp://www.ccisp.pt/documentos/bolonha/outros/processo_bolonha.pdf
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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

    54Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    [8] Revised Field Of Science And Technology (Fos) Classification In The Frascati Manual.Directorate For Science, Technology And Industry Committee For Scientific And TechnologicalPolicy, Working Party of National Experts on Science and Technology Indicators. Organisation forEconomic Co-operation and Development (OCDE), 26-Feb-2007. [Consulta: 25/7/2010].

    [9] Classificao de Domnios Cientficos e Tecnolgicos, 2007 (FOS), Gabinete de Planeamento,Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais | MCTES. (ficheiro PDF). Disponvel em: [Consulta: 25/07/2010].

    [10] Portaria n. 256/2005, de 16 de Maro. DR 53Srie I-B, que Regula a Aplicao da ClassificaoNacional de reas de Educao e Formao. Emitida pelo Ministrio das Actividades Econmicase doTrabalho. [Consulta: 26/7/2010].

    [11] Aplicao da Classificao Nacional de reas de Educao e Formao (CNAEF) Pesquisa decursos de Ensino Superior de acordo com a CNAEF. Gabinete de Planeamento, Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais | MCTES [Consulta: 25/07/2010].

    [12] A Disciplina de Conservao e Restauro. European Network for Conservation-RestorationEducation (ENCoRE). Edited by: Karen Borchersen, 28 the March 2008. [Consulta: 26/7/2010].

    [13] Oferta Formativa: Cursos do Ensino Superior que conferem Grau acadmicoLicenciaturas,Mestrados e Doutoramentos. Direco-Geral do Ensino Superior, do Ministrio da CinciaTecnologia e do Ensino Superior.[Consultado: 18/07/2010].

    [14] Sistema Nacional de Qualificaes (SNQ). In: Ponto Nacional Para a Referncia das Qualificaes(PNQ). [Consultado: 26/07/2010].

    [15] O Quadro Europeu de Qualificaes Para a Aprendizagemao Longo da Vida. Direco-Geralpara a Educao e Cultura da Comisso Europeia [Consultado: 26/07/2010].

    Bibliografa

    ANTUNES, Joo F. (2003). Conservao e Restauro; Que formao para que perfis profissionais?(Interveno no Debate). Nos 2.s Encontros Cientficos do IPCR: Lisboa: Instituto Portugus daConservao e Restauro, 76-77.

    INSTITUTO PARA A QUALIDADE NA FORMAOIQF [Coordenao de Sandra Lameira] (2006).Evoluo das Qualificaes e Diagnstico das Necessidades de Formao: Preservao Conservao eValorizao do Patrimnio Cultural. Em Portugal: Estudo que integra uma Separata com os PerfisProfissionais. Coleco de Estudos Sectoriais N. 31. Lisboa: IQF.

    ORGANIZAO DAS NAES UNIDAS PARA A EDUCAO, CINCIA E CULTURA (UNESCO)(2006)Classificao Internacional Tipo da Educao (CITE) 1997. (Reedio da Verso em Portugus).UNESCO.

    http://www.oecd.org/dataoecd/36/44/38235147.pdfhttp://www.gpeari.mctes.pt/?idc=13&idi=213523http://www.dgert.mtss.gov.pt/Emprego%20e%20Formacao%20Profissional/doc_emprego/Portaria256_2005_CNAEF.pdfhttp://www.dgert.mtss.gov.pt/Emprego%20e%20Formacao%20Profissional/doc_emprego/Portaria256_2005_CNAEF.pdfhttp://www.gpeari.mctes.pt/?idc=60&form=1http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspxhttp://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspxhttp://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/OfertaFormativa/CursosConferentesDeGrau/http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,217836&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFPhttp://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,217836&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFPhttp://ec.europa.eu/education/pub/pdf/general/eqf/leaflet_pt.pdfhttp://ec.europa.eu/education/pub/pdf/general/eqf/leaflet_pt.pdfhttp://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,217836&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFPhttp://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=177,217836&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFPhttp://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/OfertaFormativa/CursosConferentesDeGrau/http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspxhttp://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspxhttp://www.gpeari.mctes.pt/?idc=60&form=1http://www.dgert.mtss.gov.pt/Emprego%20e%20Formacao%20Profissional/doc_emprego/Portaria256_2005_CNAEF.pdfhttp://www.dgert.mtss.gov.pt/Emprego%20e%20Formacao%20Profissional/doc_emprego/Portaria256_2005_CNAEF.pdfhttp://www.gpeari.mctes.pt/?idc=13&idi=213523http://www.oecd.org/dataoecd/36/44/38235147.pdf
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    Fernando dos Santos Antunes

    55Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    ENCoREEuropean Network for Conservation-Restoration Education. [Ren Larsen (ed. Lit)] (2008). E-NEWSLETTER 1 [Consultado: 24/07/2010].

    Stios na Internet

    ASSOCIAO PROFISSIONAL DE CONSERVADORES-RESTAURADORES DE PORTUGAL.

    EUROPEAN CONFEDERATION OF CONSERVATOR-RESTORERS' ORGANISATIONS.

    EUROPEAN NETWORK FOR CONSERVATION-RESTORATION EDUCATION

    GRMIO DAS EMPRESAS DE CONSERVAO E RESTAURO DO PATRIMNIOARQUITECTNIVO

    INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL

    PORTAL DA CONSERVASO E RESATURO

    PORTAL DA CULTURAMINISTRIO DA CULTURA DE PORTUGAL

    Siglas e Acrnimos

    CAE Sistema de Classificao das Actividades Econmicas

    CAE-Rev.1-3Classificao das Actividades Econmicas - Reviso 1 a 3

    CDCTSistema de Classificao de Domnios Cientficos e Tecnolgicos (Vide:FOS)

    CEComunidade Econmica | Comisso Europeia

    CEEComunidade Econmica Europeia

    CITAClassificao Internacional Tipo de Todos os Ramos da Actividade Econmica (em francs CITI e emIngls ISIC)

    CITEClassificao Internacional Tipo da Educao

    CNAEFClassificao Nacional de reas de Educao e Formao

    CNBSClassificao Nacional de Bens e Servios

    CNEConselho Nacional de Estatstica

    CNQCatlogo Nacional de Qualificaes

    CRConservao e Restauro

    CSEConselho Superior de Estatstica

    DGESDireco-Geral do Ensino Superior (MCTES)

    EEESEspao Europeu de Ensino Superior

    EHEAEuropean Higher Education Area

    http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=286http://www.arp.org.pt/http://www.ecco-eu.org/http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=1http://www.gecorpa.pt/http://portal.iefp.pt/http://www.prorestauro.com/http://www.portaldacultura.gov.pt/http://www.portaldacultura.gov.pt/http://www.prorestauro.com/http://portal.iefp.pt/http://www.gecorpa.pt/http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=1http://www.ecco-eu.org/http://www.arp.org.pt/http://www.encore-edu.org/encore/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=286
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    Conservao e restauro: sector da actividade econmica versus domnio cientfico-tecnolgicouma realidade, uma fico ou uma utopia?

    56Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    ENCoRE - European Network for Conservation-Restoration Education

    EUROSTATEuropean Statistics(Servios de Estatstica da Comunidade Europeia)

    FOSFields of Science and Technology(Classificao de Domnios Cientficos e Tecnolgicos)

    GE-IICGrupo Espaol - International Institute for Conservation of Historic and Artistic WorksGPEARIGabinete de Planeamento, Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais (MCTES)

    GRPGoverno da Repblica Portuguesa

    IEFPInstituto de emprego e Formao Profissional

    IESInstituies de Ensino Superior

    IESPInstituies de Ensino Superior Portugus

    IICInternational Institute for Conservation of Historic and Artistic Works

    IMC Instituto dos Museus e da Conservao (Antigo Instituto Portugus da Conservao e Restauro IPCR)

    INEInstituto Nacional de EstatsticaIQFInstituto para a Qualidade na Formao

    MCTESMinistrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior

    MTSSMinistrio do Trabalho e da Solidariedade Social

    NACE - Nomenclatura Geral das Actividades Econmicas das Comunidades Europeias

    NESTINational Experts on Science and Technology Indicators

    NQPNveis de Qualificao Profissional

    OCDE (OECD)Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico

    ONU (UN)Organizao das Naes Unidas

    PPARTPrograma de Promoo dos Ofcios e das Microempresas Artesanais

    PCVPCPreservao, Conservao e Valorizao do Patrimnio Cultural em Portugal

    QEQ - Quadro Europeu de Qualificaes para a Aprendizagem ao Longo da Vida

    QNQQuadro Nacional de Qualificaes

    SENSistema Estatstico Nacional

    SNQSistema Nacional de Qualificaes (Portugus)

    SQPSistema de Qualificao Profissional

    SESPSistema de Ensino Superior Portugus

    UNESCOOrganizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    F. dos Santos AntunesInstituto Politcnico de Tomar - IPT | Escola Superior de Tecnologia de Tomar-ESTTDepartamento de Arte, Conservao e Restauro - DACR | Laboratrio deConservao e Restauro de MadeirasAv. Dr. Aurlio Ribeiro | Campus da Quinta do Contador. 2300-313 TOMAR |PORTUGAL. Telefones: (++351) 249 328 100 / 249 328 130 | Telefax: (++351)

    249 328 135

  • 8/6/2019 dos Santos, F. Conservaao e restauro. 2010

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    Fernando dos Santos Antunes

    57Ge-conservacin/conservao n 1 ~2010 ISSN: 1989-8568

    Portal na Internet do IPT: http://portal.ipt.pt/portal . Stio na Internet DACR: http://www.cr.estt.ipt.pt/ E-mail: [email protected]

    Fernando dos Santos Antunes Conservador Restaurador, docente da rea Cientfico-Pedaggica deConservao Restauro (1994-?) e responsvel pelo Laboratrio de Conservao e Restauro de Madeiras do

    DACR (1996-?). Actualmente frequenta o Programa de Doutoramento em Conservao de Bens Culturais, rea deespecializao em Pintura, da Escola das Artes da Universidade Catlica Portuguesa Porto (2009-?). Mestre em Histria da Arte, na rea de especializao em Teorias de Conservao e Restauro doPatrimnio Artstico (2003, pela Universidade Lusada de Lisboa, onde frequentou a ps-graduao emHistria da Arte (2001). Licenciado em Arte Arqueologia e Restauro, na vertente de Arte Lusada (1997), e Bacharel em Tecnologiaem Conservao e Restauro (1993), pela Escola Superior de Tecnologia de Tomar, do Instituto Politcnico deTomar.Tem leccionado (1994-?) nos programas formativos dos vrios ciclos de estudos de Bacharelato, Licenciaturae Mestrado em Conservao e Restauro, do IPT, em unidades curriculares das reas de gesto daconservao, de preservao (de coleces), e de conservao e restauro, nas especialidades de mobilirio,estruturas e artefactos em madeiras, retabulstica, e da rea de tcnicas de produo artstica aplicada (nas

    especialidades mencionadas). Como docente, tem ainda, assegurado orientaes tcnicas e cientficas deprojectos e estgios em conservao e restauro, e servio organizacional destacando-se as funes de membroda Comisso de Coordenao do Curso de Mestrado em Conservao e Restauro e de Coordenador daComisso de Estgios do DACR.

    http://portal.ipt.pt/portalhttp://www.cr.estt.ipt.pt/http://www.cr.estt.ipt.pt/mailto:[email protected]:[email protected]://www.cr.estt.ipt.pt/http://portal.ipt.pt/portal