7
DR. JOÃO BÀTISTA DE LACERDA MINHA HOMENÀGEM ÀO BÀNDEIRÀNTE CIÊNCIA DE LABORÀTÓRIO A.|. Sananero Contemporâneo do ilustre homenageado, mas especialista que sou em outros assuntos científicos, que fregüentemente me puseram em contacto com o Dr. JoÃo BarrsrÀ DE Lecenoa, tenho prazer ,em realçar o precursor da ciência de laboratório, por brasileiros, em nosso país. Era entáo o tempo em que as pesquisas científicas não nos despertavam interêsse, pelo que guase perlustradas por ilustres cientistas estrangeiros, salvo um ou outro patrício abnegado gue reagia contra a nossa indiferença- Havia o pressuposto errôneo de que biologia, botânica, zoologia, antro- pologia, química, física e outras ciências não eram para o nosso temperamento, mais afeiçoado à instrução livresca, como ponderavam vários de nossos pensa- dores, de tal forma que, ao se dedicar algum brasileiro a pesquisas científicas, de antemão se adr:ritia ter de trabalhar muito, para obter apenas um pouco, no horizonte de suas perspectivas. Creio bem que a idêia genial de Pedro II, montando'o Instituto Pasteur do Rio de |aneiro, dlrig;do por brasileiro gue mandou à Europa para especia- lizar-se, bem como a vinda de Coury para estudos de fisiologia experimental, Íoram como gue a alvorada de uma era nova, como terraplenagem inicial dos estudos biológicos no país. Devo lembrar que nessa época a medicina ainda usava, em muitos casos, o emprêgo fregüentes de <<bichas», aplicadas então por barbeiros; por sua vez, as confeitarias eram em geral francesas; e os afinadores de piano eram, de regra, patrícios de WacNrn. Tudo isso que refletia atrazo, justifica a afirmação humorística, muito recente, do Prof. ArnÂNio Peixoto, de gue, no terreno cultural, <<o sertão começava ao lado da Avenida». (No prefácio do livro de IveN LrNs - As Cruzadas, 1944). Fisiologia, biologia e antropologia foram então os campos de ciência a gue se teve de dedicar |orio BerrsrA DE LÀcERDÀ, atendendo sem dúvida que o ambiente da época não podia ainda compreender que cada um dêsses setores científicos dava e sobrava, guanto iàs pesquisâs a empreender.

DR. BÀTISTA LACERDA - museunacional.ufrj.br · organização e recursos de êxito, ao passo que, com elementos escassos, os trabalhos não se podem desenvolver, senão em escala

Embed Size (px)

Citation preview

DR. JOÃO BÀTISTA DE LACERDA

MINHA HOMENÀGEM ÀO BÀNDEIRÀNTE DÀ CIÊNCIA DE LABORÀTÓRIO

A.|. Sananero

Contemporâneo do ilustre homenageado, mas especialista que sou em

outros assuntos científicos, que fregüentemente me puseram em contacto com

o Dr. JoÃo BarrsrÀ DE Lecenoa, tenho prazer ,em realçar o precursor daciência de laboratório, por brasileiros, em nosso país.

Era entáo o tempo em que as pesquisas científicas não nos despertavaminterêsse, pelo que guase só perlustradas por ilustres cientistas estrangeiros,salvo um ou outro patrício abnegado gue reagia contra a nossa indiferença-

Havia o pressuposto errôneo de que biologia, botânica, zoologia, antro-pologia, química, física e outras ciências não eram para o nosso temperamento,mais afeiçoado à instrução livresca, como ponderavam vários de nossos pensa-dores, de tal forma que, ao se dedicar algum brasileiro a pesquisas científicas,de antemão se adr:ritia ter de trabalhar muito, para obter apenas um pouco,

no horizonte de suas perspectivas.

Creio bem que a idêia genial de Pedro II, montando'o Instituto Pasteur

do Rio de |aneiro, dlrig;do por brasileiro gue mandou à Europa para especia-

lizar-se, bem como a vinda de Coury para estudos de fisiologia experimental,Íoram como gue a alvorada de uma era nova, como terraplenagem inicialdos estudos biológicos no país.

Devo lembrar que nessa época a medicina ainda usava, em muitos casos,

o emprêgo fregüentes de <<bichas», aplicadas então por barbeiros; por sua

vez, as confeitarias eram em geral francesas; e os afinadores de piano eram,

de regra, patrícios de WacNrn.

Tudo isso que refletia atrazo, justifica a afirmação humorística, muitorecente, do Prof. ArnÂNio Peixoto, de gue, no terreno cultural, <<o sertãocomeçava ao lado da Avenida». (No prefácio do livro de IveN LrNs

- As

Cruzadas, 1944).

Fisiologia, biologia e antropologia foram então os campos de ciência ague se teve de dedicar |orio BerrsrA DE LÀcERDÀ, atendendo sem dúvida que

o ambiente da época não podia ainda compreender que cada um dêsses setorescientíficos dava e sobrava, guanto iàs pesquisâs a empreender.

-85-A soroterapia estava ainda na infância, com as grandes decobertas de

PÀsteun, e a fisiologia era mais guímica dq que biológica; mesmo a bioquímicaainda engatinhava-

Dai orientar-se |oÃo Betsre pr LacrnpA, como fisiologista, para apesguisa do antidoto químico, da peçonha ofidica; e estudar também o curare,na ação Íisiológica, que deixava perplexos os cientistas de então, quanto àinteligência dos índios, na descoberta e na aplicação dêsse recurso paralisante,às suas artimanhas de caça; como tambéro a aplicação dos timbós à pesca.

Mas, Iogo ficou evidenciado gue o número de plantas usadas pelos nossosíndios, no preparo do curare, eram muitas e de familias botânicas diferentes,cm especial loganiáceas e menispermáceas, das florestas brasileiras.

|oÃo BeusrÀ DE Lecenoe porfiou em obtê-las tôdas, para experimentá-las, uma a uma em seu laboratório; e à proporção gue conseguia o materialde estudo e as fazia identiÍicar por botânico-taxinomista, mandava colocarem um quadro um exemplar sêco e convenientemente etiquetado.

Ào cabo de algum tempo. tínha conseguido instalar, em seu laboratório,uma exposição de quadros con os ramos das plantas brasileiras de curare;e dêsse modo não só focalizava aos estranhos a extcnsão dos estudos a que

se entregava, quanto ao número e diversidade das plantas, mas tambémpossibilitava a imediata ideotificação botânica, por comparação do novomaterial que lhe chegava às mãos, a cada passo, sempre que não se tratassede planta ainda não conhecida, como curaüzante. Recurso técnico êsse

interessante, sem dúvida, pois evitava as delongas das identificações, exemplarpor exemplar, cada veE que recebido.

Nos seus estudos, chegara êle à conclusão de gue o curare, de váriastribos, eÍa um complexo de extratos de plantas diversas, mas poderia serobtido de uma só espécie de menispermáceas: Anomospermum grandifolium,

Pois, na minha viagem à Serra Tumucumaque, na Expedição RoNooN,foi-me entregue o material botânico de uma planta, com que os índios dorio Cachorro, na região do Trombetas, preparavam seu curare, sem outrosingredientes; tratava-se entáo de curare colhido de uma planta única; e logoà primeira vista, verifiquei que se tiatava da menispermácea Anomospermuntgrandifolium (Elissarhena grandifolia, no Das Pfanzenreich). planta cujanervação das fôlhas é sobremodo característica. Confirmava-se assim a

assertiva de )oÃo Bettsra nn Lacenol de que o curare, ou pelo menos umamodalidade de curare, pode ser extrato de uma planta única.

Em geral, o curare de nossos índios é um complexo de extratos deplantas paralisantes, o gue está à Íeição do curandeirismo dos pagés aborí-genes; o uso de uma planta única vale como indício ou prova da inteligênciado índio, à maneira da Medicina gue, da teríaga, sobremodo complexa,passou aos comprimidos de substâncias guímicas isoladas.

Hoje, como teria de ser o laboratório, se nos tempos atuais ]oÃo Barrsrepa Lacenpa tivesse de estudar o êurare e prepará-lo, para aplicação comoeditivo de anestésico para operações cirúrgicas, em que se f.az convenientea imobilidade muscutar ? E para os estudos de antídotos anti-ofídicos ?

-86-Teriam de ser nos moldes de Manguinhos e de Butantan, algo muitíssimo

dlferente da peguena sala, uma mesa e uma seringa de Pravaz, de que seservia JoÃo BarrsrÀ DE Lecr,noa, limitado ao mínimo possível nessa época,no nosso meio, ainda pouco propício a grandes laboratórios cie pesquisas einstitutos biológicos espeiializados.

Mas, por ser de fato veridico gue «isso de comer e coçar, a questão écorneçar», a pequena sala de Biologia, de ]oÃo Beusre oe LacrRDa, no MuseuNacional, foi a ante-câmara dos laboratórios e institutos de Biologia noBrasil.

O mérito maior dos precursores, na penúria de meios de ação com quelidavam e as agruras do ambiente, é justamente o de evidenciar possibili-dades insuspeitas até então, da mesma Íorma gue a Avenida Rio Branco,no Rio de Janeiro, deixa prever o gue serão capazes de realizar os nossosurbanistas, quando tiverem chances de urbanizar nossos imensos sertõesna devida escala.

E eu, que sou naturalista dos sertões brasileiros, cuja humanizaçáo, nostêrmos de Gtrennro FnBnE, é o objetivo dominante de meus estudos botâ-nicos, fito e biogeográficos, não posso deixar de ver nesses precursotes gueconsidero benemêritos, senão outros tantos faróis no caminho da soluçãodo nosso complexo sertanejo, com a <<mirÍade de fatos geográficos» e dedificuldades técnicas e financeiras que são de cada setor geográfico, ensinaEvenaRDo Bacxrusen.

Então aí precisa-se procurar a cada propósito a simplificação de métodosde ação, para vencer uma a uma cada dificuldade, gue não é apenas de umsó, mas de muitos sertanejos, em cada região; os elementos simplificadoresde trabalho, em especial as máquinas agrícolas e o financiamento, precisamser estudados, no sentido das providências mais eficientes e mais econômicas,qual seja, por exemplo, uú serviço organizado, de máguinas agrícolas, poderatender a muitog interessados sucessivamente, com as despesas divididaspelos beneficiados.

Tive essa impressão, relativamente à maquinaria a ser aplicada dora em

diante na agricultura brasileira, em especial nas pequenas propriedades, quandovi trabalharem, na Quinta da Boa Vista, para as obras finais, os compressores

da Prefeitura do Distrito Federal, logo gue, por deliberação do então presi-dente da República, Dr. Nrro PeçaNne, a Quinta passou para essa Prefeitura.

De fato, seria muito mais difícil gue o Museu realizasse as obras, pois

teria de adguirir, para isso, compressor e outro aparelhamentó, quando no

entanto, para a Prefeitura, tendo esta o seu serviço organizado, de Pargues e

fardins, o caso não seria mais do que o de mais um patque a ser cuidado,

pelo método de rotação de serviços e máquinas, hoje aqui num pargue, amanhã

noutro, da mesma forma que, na agricultura moderna, pelo sistema cooperativo,

êsse mesmo método de rotação permite que um só trator sirva sucessivamente

a várias propriedades agrícolas, dispensando cada uma destas dos ônus

de maguinaria própria e respectivo custeio.

- E7 :--

Tive aÍ oportunidade de verificar gue a questão cle eficiência e ampü-tude do trabalho técnicc, como do científico, ê preliminarmente guestão deorganização e recursos de êxito, ao passo que, com elementos escassos, ostrabalhos não se podem desenvolver, senão em escala muito peguena e deforma rudimentar.

Ora, a biologia, por sua prôpria natureza, de síntese e cúpula das ciênciasnaturais, não podia se.r: atendida plenamente em suas pesquisas num modestogabinete de estudo, como o de gue dispunha o Dr. )oÃo Batsre os Lacrnna,pois exige um vasto instituto especializado, com os laboratórios anexos, deciências subsidiânas.

Chegando, no entanto, mesmo nessa deficiência de recurscs, do gabinetede biologia de que dispunha, a resultados apreciáveis de suas experiências, oDr. |oÃo Banssa DE LACERDÀ venceu a primeira etapa, da integração dabiologia no campo de atividades de nossos cientistas.

Com os tempos, mudam as diretrizes das pesquísas cientificas e se, noseu tempo a orientação era procurar o antídoto da peçonla ofídica naquimioterapia, logo depois passou a ser no terreno, novo, da soroterapia, oque determinou o advento do Instituto de Butantan, sob a direção de VtrlrBneslr.

No campo da Antropologia, por exemplo, desenvolveu interessantes pes-quisas, relativas ao declínio da percentagem demográfica dos pretos no Brasil,estudos estatísticos gue depois RoQuerrr FlNro ampliou e de que resultoua certeza que temos hoje de que êsse problema racial, angustioso nos EstadosUnidos por exemplo, resolveu-se naturalmente no Brasil, do modo o maishumano e inteligente.

O Dr. )oÃo BarrsrÀ DE LecBnoe nasceu em Campos, Estado do Rio,a 12 de julho de 1846. Filho de médico do mesmo nome, Íormou-se em

medicina e clinicou algum tempo na referida cidade fluminense, assiaando-seentão |. B. Lacpnpa Frrno. Informa o diário campista, «A Notícia», de12 de junho de 194.6, que em 1874 redigiu aÍ a revista literária e científica«Lux», com TexelRÀ DE Mero e F. G. Cesrero Bn.rNco. Publicou, noano seguinte, seus «Estudos Clínicos e Terapêuticos», em gue reuniu suas

observaçôes de médico da provincia.

Em 1876, ingressou no Muszu Nacional, onde percorreu a trajetória que

o fêz conhecido no país e no mundo, pelas suas pesquisas.

Umas, no campo da Medicina, sôbre a D;gitalis, o óleo de fígado debacalhau, quina, etiologia e gênesis do beriberi; natureza, causa, proÍilaxiae (ratamento do beriberi. Outras, no setor bacteriológico, admitindo delonga d.ata a natureza microbiana da febre amarela; na cirurgia, ocupou-se depesguisas.

No terreno da fisiologia, tratou dos centros motores encefálicos; açãofisiológica do cloridrato de pereirina; ação do curare; em relação à toxi-cologia, estudou os efeitos tóxicos do suco da mandioca; o veneno oÍídico eseus antidotos, em especial o permanganato de potássio.

os

simo

BSeoca,rsê

toErseu

no

gue

rili-lco,isos

ões

nos

tã-Iue;ãodeina

I

88

Na antropologia: estudo histórico dos crânios encontrados no Largorio Paço; o homem fóssil do Brasil; crânios de Maracás-Guiana Brasileira, etc.

Pelo seus altos méritos, recebeu os títulos de Comendador da Ordemda Rosa, membro da Àcademia Nacional de Medicina, da Sociedade Àntro-pológica de Paris, professor honorário da Faculdade de Medicina de San-tiago do Chile e membro de várias outras associaçóes científicas

A propósito de sambaquis, casqueiros em Santa Catarina, ostreira,berbiqueira, sernambi, etc., e que na Dinamarca se chamam «koekkenmôddin-gen», na Inglaterra «kitchnmiden» (significando resto de cozinha), conchalna costa do Pacifico, segundo Fnots oe ÀcnBu (Boletim Geográfico, no-vembro de l9rÍ4)., Íiliou-se )oÃo BansrÀ DE Lecnnpa à hipótese da formaçãonatural, (teoria dos naturalistas), em oposição à «artificialista», acreditandoos primeiros gue as ostreiras, uma vez que nelas se encontram tantas ostras,são resultaàtes de recuo do mar ou de ação eólia sôbre conchas lançadas àspraias, pelo movimento das águas marinhas; admitem, porém, os artificia-Iistas que se trata de restos de refeições, restos de cozinha, ou monumentosconstruídos intencionalmente. (Fnors Asnru, l. c. pág. 1.139).

Dr. Lacenoa preferiu a hipótese naturalista, segundo a qual o sambaquié <<um amontoado de carapaças de lamelibrânquios e gastrópodes, acumuladospelos agentes naturais, correntes oceânicas, ação dos ventos, etc.; essa hipó-tese foi também a preferida por HrnnaeNN voN IurntNc, Canros Rerst e

mais recentemente EvnRrtRoo Bec«neusrn; Roouerr Ptwto mostrou-sesimpático, mas declarou-se eclético, admitindo, como voN IHERING, que osambaqui é obra da natureza e o homem a utilizou, seja juntando-lhe restosde comidas, seja usandc-o como sepultura. (F. Asneu, i. c.).

A opinião atual é que uns sambaquis são verdadeiros, ao passo gue

outros são falsos sambaquis (Fn. Àsneu); dai serem admitidos «sambaquis

naturais» e «sambaquis artificiais». (Enciclopédia do Curso Secundário, de

Alv. Monteiroi.Como se processaram de fato os depósitos naturais é muito dificil saber;

embora seja eu leigo no assunto, teria curiosidade de que fôsse verificado o

que acontece, por exemplo, ao fundo de lagoas alagoanas, onde se verifica o

rodopia ou sorvedouro, nos encontros de águas de rios, a que os pescadores

de ostras lacustres chamam aí «calunga», segundo recente artigo de CosreRÊco, no Correio da Manhã de 29 de junho de 1946; o que consta é que oque chega a tal rodopia, inc!,-rsive canoas e canoneirôs, some-se para o fundo eninguém mais vê.

Também os chamados «relheiros» ou «revessas dágua», das costas doPará ao Maranhão, descritas pelo Prof. Rela GenÀGLIÀ, em seu livro«Fronteiras do Brasil», depositam com certeza resíduos em algum ponto,

do fundo do mar ou nas praias; mas então isso faz pensar no imenso

depósito que deve haver, se é gue há, no fundo dos mares de sargaços; os

depósitos de diatoraáceas, aqui e ali, no fundo dos mares, são também outroscasos curiosos.

-89-

'go

:tc.

em

:o-rn-

ca,

.n-ral

:-ao

Co

1S,

às

a-os

uioÍ;

o-lo

h:

Em geral, os problemas científicos, mesmo os aparentemente sirples,vão-se complicando, à proporção gue são analisados; e não raro se desdobramem vários outros, cada gual mais transcendente. E graças a isso, os estudoscientíficos não têm fim.

- Renderido aqui minha sincera homenagem ao vulto eminente de JoãoBensra pr Lacnnoe, focalizo especialmente o duplo fato de se inteoegar Êle

sempre por todos os assuntos que poderiam ser de sua alçada, nos vátbscampos de ciência que perlustrou; e a sinceridade com gue se entregava a taisestudos, sempre na expectativa de êxito, de suas pacientes pesqulsas.

'E por isso, ê de dizer-se: O facho da ciência, em suas mãos, estêve

sempre acêso, no afã de esclarecer os mistérios da Criação t E com êIe,

loÃo BattsrÀ DE Lacrnoe iluminou amplamente os horizontes de seu teÍnpg.

Outros dirão melhor do que eu a seu respeito, pois apenas lhe rendominha homenagem, como seu contelcporâneo no Museu Naciooal, onde tiveocasião de presgnciar s€us incessantes esforços de bi,ologista; mas, Iiroito-meao gue me foi dado apreciar, colxo naturaiista.