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8960 Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008
Descrio do servio Preo
para 2008 (euros)
E Cdigo Internacional para a Protecode Navios e Instalaes Porturias
(Cdigo ISPS) Instalaes Porturias (IP) e Portos (P)
(Decreto -Lei n. 226/2006, de 15 de Novembro)
1 Certificao de oficiais de proteco: OPIP e OPP:1.1 Apreciao do processo de candidatura . . . . . . . . 2001.2 Emisso de certificado e emisso de carto . . . . . 1101.3 Actualizao de dados ou cancelamento. . . . . . . . 401.4 Emisso de segunda via do carto . . . . . . . . . . . . 202 Avaliaes de proteco:2.1 Apreciao e anlise de avaliao de proteco e
reviso para aprovao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3602.2 Execuo de avaliao de proteco (visita inicial e
relatrio) (IP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4103 Planos de proteco:3.1 Apreciao e anlise de plano de proteco e reviso
para aprovao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7903.2 Auditoria/verificao (por dia) . . . . . . . . . . . . . . . 8203.3 Aprovao de alteraes (cada alterao) . . . . . . . 203.4 Emisso de declarao de conformidade . . . . . . . 804 Organizaes de proteco reconhecidas para IP:4.1 Auditoria/por dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8204.2 Actualizao de dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
F Planos de meios porturios de recolhade resduos
(Directiva n. 2000/59/CE Decreto -Lei n. 165/2003, de 24 de Dezembro)
1 Apreciao e aprovao do plano . . . . . . . . . . . . . . 3602 Reviso do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3603 Auditoria/verificao no terreno (por dia) . . . . . . . . 820
G Terminais graneleiros Seguranadas operaes de carga e descarga
slida a granel de navios graneleiros
(Directiva n. 2000/59/CE Decreto -Lei n. 323/2003, de 24 de Dezembro)
1 Verificao dos requisitos de aptido operacional dos navios graneleiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
2 Verificao dos requisitos de aptido dos terminais para a carga e descarga de cargas slidas a granel. . . . 100
3 Verificao das informaes a fornecer pelo coman-dante ao terminal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
4 Verificao das obrigaes do comandante antes e durante as operaes de carga/descarga. . . . . . . . . . . . 150
5 Verificao das informaes a fornecer pelo terminal ao comandante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
6 Verificao da responsabilidade do representante do terminal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
7 Verificao/auditoria ao sistema de gesto da qualidade implementado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
QUADRO N. 3
Infra -estruturas e ambiente
Descrio do servioPreo
para 2008 (euros)
A Autorizao para imersode materiais dragados
1 Classe I (por cada milhar de metro cbico) . . . . . . . 102 Classe II (por cada milhar de metro cbico) . . . . . . 303 Classe III (escales em milhares de metro cbico):3.1 Escalo A At 25 (por cada milhar de metro c-
bico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1503.2 Escalo B De 26 at 100 (por cada milhar de
metro cbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Descrio do servioPreo
para 2008 (euros)
3.3 Escalo C De 101 at 300 (por cada milhar de metro cbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.4 Escalo D De 301 at 500 (por cada milhar de metro cbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.5 Escalo E Superior a 500 (por cada milhar de metro cbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4 Outros (por dia de trabalho). . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140,80
MINISTRIOS DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL E DA EDUCAO
Portaria n. 1497/2008de 19 de Dezembro
O Sistema Nacional de Qualificaes tem por objecti-vos, nomeadamente, promover a generalizao do nvel secundrio como qualificao mnima da populao e ga-rantir que os cursos profissionalizantes de jovens confiram dupla certificao, escolar e profissional, contribuindo, tambm, para a resoluo do abandono precoce do sistema de ensino. Os cursos de aprendizagem so uma das mo-dalidades de formao de dupla certificao e conferem simultaneamente o nvel 3 de formao profissional e uma habilitao escolar de nvel secundrio.
Estes cursos promovem a formao inicial de jovens tendo em vista aumentar a sua empregabilidade face s necessidades do mercado de trabalho e, alm disso, pos-sibilitam a progresso escolar e profissional.
A estrutura curricular e a carga horria dos cursos de aprendizagem foram revistas, de forma a conferir uma maior flexibilidade na sua organizao, mantendo -se o regime de alternncia entre os contextos de formao e de trabalho, que se constitui como um elemento caracterizador desta modalidade de formao, e no qual assume particular relevncia o papel das empresas enquanto parceiras da formao.
Os cursos de aprendizagem so desenvolvidos pelos centros de formao profissional da rede do Instituto do Emprego e Formao Profissional, I. P., por outras enti-dades tuteladas pelo ministrio responsvel pela rea da formao profissional, bem como por outras entidades formadoras, pblicas e privadas, certificadas no mbito sistema de certificao de entidades formadoras e so organizados tendo por base referenciais de competncias e de formao que integram o Catlogo Nacional de Qua-lificaes.
A reviso, no imediato, dos planos curriculares dos cursos de aprendizagem, com base na estrutura definida pelo presente diploma, dar lugar revogao da regula-mentao especfica aplicvel a estes cursos.
Dado que os cursos de aprendizagem conferem dupla certificao e beneficiam de financiamento pblico, de-pendem de autorizao administrativa que aprecia a con-formidade com os referenciais de formao estabelecidos e, num plano mais geral, a adequao e racionalizao da formao, tendo em conta as necessidades do indivduo e das empresas.
Assim:Ao abrigo do n. 3 do artigo 9. do Decreto -Lei
n. 396/2007, de 31 de Dezembro, manda o Governo, pe-
Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008 8961
los Secretrios de Estado do Emprego e da Formao Profissional e da Educao, o seguinte:
CAPTULO I
Disposies gerais
Artigo 1.Objecto e mbito
1 A presente portaria regula as condies de acesso, a organizao, a gesto e o funcionamento dos cursos de aprendizagem, bem como a avaliao e a certificao das aprendizagens.
2 Os cursos de aprendizagem obedecem aos refe-renciais de competncias e de formao associados s respectivas qualificaes constantes no Catlogo Nacional de Qualificaes (CNQ) e so agrupados por reas de edu-cao e formao, de acordo com a Classificao Nacional de reas de Educao e Formao.
3 Quando estes cursos forem dirigidos a pblicos com necessidades educativas especiais devidamente com-provadas, as metodologias de aprendizagem, os referen-ciais de formao, os contedos, as duraes de referncia e a avaliao podero ser adaptados s respectivas neces-sidades, mediante autorizao do Instituto do Emprego e Formao Profissional, I. P. (IEFP, I. P.)
Artigo 2.Conceito
1 Os cursos de aprendizagem so cursos de formao profissional inicial, em alternncia, dirigidos a jovens, privilegiando a sua insero no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos.
2 Para efeitos do nmero anterior, entende -se por alternncia a interaco entre a formao terica e a for-mao prtica e os contextos em que as mesmas decorrem, sendo a formao prtica distribuda, de forma progressiva, ao longo do curso.
3 Os cursos de aprendizagem conferem o nvel 3 de formao, de acordo com a estrutura dos nveis de forma-o profissional definidos pela Deciso n. 85/368/CEE, do Conselho, de 16 de Julho, publicada no Jornal Oficial das Comunidades Europeias, n. L 199, de 31 de Julho de 1985, e o nvel ensino secundrio de educao.
Artigo 3.Condies de acesso
1 Tm acesso aos cursos de aprendizagem os jovens com idade inferior a 25 anos, que concluram com aprovei-tamento o 3. ciclo do ensino bsico ou equivalente e que no detenham uma habilitao escolar de nvel secundrio ou equivalente.
2 A ttulo excepcional, podem ter acesso aos cursos de aprendizagem jovens com idade superior a 25 anos, em funo de caractersticas dos candidatos a determinar pelo regulamento especfico referido no artigo 21.
3 Podem ser dispensados da frequncia de uma ou mais unidades de formao os jovens detentores do nvel 2 de formao obtido em percurso de dupla cer-tificao que integre unidades de formao iguais ou
equivalentes s do curso de aprendizagem que pretendem frequentar.
4 Podem, ainda, ter acesso aos cursos de aprendiza-gem os jovens que tenham frequentado, um ou mais anos de qualquer curso de nvel secundrio, devendo, nestes casos, ser estabelecido um percurso de formao a realizar em funo dos conhecimentos e competncias certificados.
CAPTULO II
Autorizao dos cursos
Artigo 4.Candidaturas
1 Podem realizar cursos de aprendizagem os cen-tros de formao profissional da rede do IEFP, I. P., outras entidades tuteladas pelo ministrio responsvel pela rea da formao profissional e entidades forma-doras pblicas e privadas devidamente certificadas no mbito do sistema de certificao de entidades forma-doras, excepo das escolas bsicas, secundrias e profissionais.
2 O IEFP, I. P., define, anualmente, as reas de forma-o a privilegiar em funo das dinmicas do mercado de emprego e o perodo de apresentao de candidaturas.
3 O IEFP, I. P., aprova as candidaturas tendo em conta os seguintes aspectos:
a) A conformidade do curso estrutura curricular re-ferida no artigo seguinte e ao respectivo referencial de formao;
b) Os recursos humanos, pedaggicos e materiais as-segurados pela entidade formadora, designadamente ins-talaes e equipamentos adequados, necessrios para que seja garantida a qualidade da formao;
c) A adequao da formao s necessidades do tecido scio-econmico;
d) A racionalizao da oferta de formao de dupla certificao de acordo com os critrios de ordenamento da rede de oferta de formao inicial estabelecidos pela Agncia Nacional para a Qualificao, I. P., garantindo -se a complementaridade desta oferta a nvel territorial.
4 Na aprovao das candidaturas, o IEFP, I. P., deve privilegiar as candidaturas das entidades que assumam, em simultneo, a qualidade de entidade formadora e de entidade de apoio alternncia.
5 As entidades formadoras apresentam as candida-turas, em formulrio prprio, ao IEFP, I. P.
CAPTULO III
Organizao, gesto e funcionamento da formao
Artigo 5.Estrutura curricular
1 A estrutura curricular dos cursos de aprendizagem, que consta do anexo I a esta portaria, integra as seguintes componentes de formao:
a) Scio -cultural, que contribui para o desenvolvimento da identidade pessoal e de competncias sociais, culturais e de utilizao das novas tecnologias;
8962 Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008
b) Cientfica, que visa a aquisio de saberes cientficos e de competncias estruturantes para o respectivo curso;
c) Tecnolgica, que visa a aquisio de saberes e com-petncias especficos e necessrios ao desenvolvimento das actividades inerentes profisso;
d) Prtica, realizada em contexto de trabalho, que visa o desenvolvimento e a aquisio de conhecimentos e com-petncias tcnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o exerccio da actividade profissional.
2 A planificao da formao deve articular as dife-rentes componentes de modo a garantir que as aprendiza-gens se processam de forma integrada e interdisciplinar.
Artigo 6.Durao da formao e carga horria
1 A durao total da formao varia entre as duas mil e oitocentas e as trs mil e setecentas horas, em funo das aprendizagens exigidas pelas diferentes qualificaes.
2 A esta durao podem acrescer at noventa horas, sendo trinta horas destinadas a actividades de apoio aos formandos, nomeadamente para o desenvolvimento dos planos de recuperao, e as restantes sessenta horas para o desenvolvimento de projectos transdisciplinares, de-signadamente, de interveno comunitria, a definir no regulamento especfico referido no artigo 21.
3 A carga horria semanal deve ser fixada entre as trinta e as trinta e cinco horas, no podendo exceder as seis ou sete horas dirias respectivamente.
4 O horrio fixado entre as 8 e as 20 horas, salvo situao excepcional aprovada pelo IEFP, I. P.
5 O desenvolvimento das aces de formao deve respeitar as cargas horrias definidas na respectiva estru-tura curricular.
6 Considerando o disposto no nmero anterior, a utilizao dos referenciais de formao constantes no Catlogo Nacional de Qualificaes deve fazer -se num quadro de flexibilidade adequado s especificidades de organizao de cada curso de aprendizagem.
Artigo 7.Constituio de grupos
1 Os grupos de formao so constitudos por um nmero mnimo de 15 e mximo de 20 formandos.
2 Em circunstncias especficas, devidamente fun-damentadas, o IEFP, I. P., pode autorizar a abertura ou funcionamento de turmas com um nmero diferente do estabelecido no nmero anterior.
Artigo 8.Orientaes metodolgicas
1 Os formadores devem aplicar os mtodos e as tcnicas que melhor se adeqem s caractersticas dos destinatrios e aos contedos da formao, com base nos contextos, nos recursos disponveis e nos resultados de aprendizagem a alcanar.
2 A seleco dos mtodos e tcnicas pedaggicos deve permitir o desenvolvimento de um processo forma-tivo adaptado ao ritmo individual e ao acompanhamento personalizado do formando, incluindo o desenvolvimento de planos de recuperao a concretizar nas condies esta-belecidas nos artigos 6. e 15., visando sempre o sucesso
na aquisio das competncias necessrias ao desempenho da profisso.
3 Devem privilegiar -se os mtodos activos que pro-movam a participao e o desenvolvimento global do for-mando, bem como a capacidade de transferir conhecimen-tos para novos contextos de aprendizagem e de trabalho.
Artigo 9.Formao prtica
1 As entidades que assegurem a componente de for-mao prtica, em articulao com a entidade formadora, adiante designadas por entidades de apoio alternncia, podem ser pessoas singulares ou colectivas.
2 As entidades de apoio alternncia so avalia-das pela entidade formadora relativamente s condies de higiene e segurana, bem como aos meios tcnicos, humanos e materiais capazes de assegurar a formao profissional necessria e adequada qualificao para uma profisso.
3 As actividades a desenvolver pelo formando du-rante a formao prtica so acompanhadas e avaliadas por um tutor e devem reger -se por um plano individual de actividades, acordado entre a entidade formadora e a entidade de apoio alternncia, devendo o plano ser do conhecimento do formando ou, quando menor, do seu representante legal.
4 O tutor designado pela entidade de apoio al-ternncia de entre os seus colaboradores com experincia profissional adequada e pode acompanhar at cinco for-mandos.
5 A formao prtica deve realizar -se em regime de alternncia ao longo do processo formativo, podendo, eventualmente, ser ministrada em blocos coincidentes com o final de cada perodo de formao.
6 A carga horria da formao prtica no deve ex-ceder a durao do perodo normal de trabalho praticado na entidade de apoio alternncia e o horrio deve cor-responder ao praticado na mesma entidade.
7 assegurado ao formando um descanso dirio de onze horas consecutivas entre o termo da actividade de um dia e o incio da actividade do dia seguinte.
8 A formao prtica pode ser realizada em dias de descanso semanal nas situaes em que tal se revele vantajoso para a aprendizagem do formando, desde que se verifique a prestao de trabalho, nesses dias, por parte de trabalhadores da entidade de apoio alternncia e com a concordncia do formando ou do seu representante legal.
9 No caso do formando ser menor, o nmero de horas de formao e a sua realizao em perodo nocturno regem -se pelas normas previstas na legislao de trabalho de menores.
Artigo 10.Contrato de aprendizagem
1 Entende -se por contrato de aprendizagem o con-trato celebrado entre um formando ou, quando este seja menor de idade, o seu representante legal, e a entidade formadora, em que esta se obriga a ministrar -lhe formao e aquele se obriga a frequentar essa formao, executando todas as actividades que constam da estrutura curricular do curso.
2 As obrigaes referidas no nmero anterior aplicam--se de igual forma entidade de apoio alternncia que assegura a formao prtica em contexto de trabalho.
Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008 8963
3 O contrato de aprendizagem no gera nem titula relaes de trabalho subordinado e caduca com a concluso da aco de formao para que foi celebrado.
4 O contrato de aprendizagem est sujeito a forma escrita, de acordo com modelo nico a disponibilizar pelo IEFP, I. P., devendo cada uma das partes ficar com um exemplar.
5 A entidade formadora deve apresentar o contrato de aprendizagem ao IEFP, I. P., para registo.
6 O contrato de aprendizagem cessa por acordo das partes ou denncia por parte do formando, resciso pela entidade formadora ou caducidade, devendo esta comuni-car, por escrito, no prazo de 10 dias, a cessao do contrato e do seu fundamento ao IEFP, I. P.
7 O formando, ou o seu representante legal, pode denunciar o contrato mediante comunicao por escrito entidade formadora com uma antecedncia mnima de oito dias.
8 A entidade formadora pode rescindir o contrato com os seguintes fundamentos:
a) Desobedincia ilegtima a ordens ou instrues;b) Leso culposa de interesses patrimoniais srios da
entidade formadora ou da entidade de apoio alternncia;c) Faltas injustificadas pelo perodo definido em regu-
lamentao especfica;d) Falta de aproveitamento no final de cada perodo de
formao que impea a progresso.
CAPTULO IV
Intervenientes na formao
Artigo 11.Formandos
1 So direitos dos formandos:a) Participar na formao em harmonia com os referen-
ciais e orientaes metodolgicas aplicveis;b) Receber informao e acompanhamento psicopeda-
ggico no decurso da aco de formao;c) Recusar a realizao de actividades que no se insiram
no objecto do curso;d) Gozar anualmente um perodo de frias, definido no
contrato de aprendizagem;e) Usufruir regularmente dos apoios previstos no res-
pectivo contrato de aprendizagem;f) Beneficiar de um seguro contra acidentes, ocorridos
durante e por causa da formao, na modalidade de aci-dentes pessoais.
2 So deveres dos formandos:a) Manter o empenho individual ao longo de todo o
processo de aprendizagem;b) Frequentar com assiduidade e pontualidade a aco
de formao;c) Tratar com correco todos os intervenientes no pro-
cesso formativo;d) Guardar lealdade entidade formadora e entidade
de apoio alternncia, designadamente no divulgando informaes sobre o equipamento, processos de produo e demais actividades de que tome conhecimento, durante e aps a aco de formao;
e) Utilizar com cuidado e zelar pela conservao dos equipamentos e demais bens que lhes sejam confiados para efeitos de formao;
f) Cumprir os demais deveres legais e contratuais.
Artigo 12.Entidade formadora
1 Compete entidade formadora, nomeadamente:a) Planear, organizar, desenvolver e controlar a quali-
dade tcnico -pedaggica da formao;b) Proceder admisso de formandos, no respeito pelas
normas definidas;c) Constituir as equipas pedaggicas, de acordo com
os requisitos legais exigidos em cada domnio de forma-o, prestando a informao necessria sobre os cursos de aprendizagem e o contexto institucional em que os mesmos decorrem;
d) Acompanhar as actividades formativas desenvolvidas pelas entidades de apoio alternncia;
e) Facultar aos formandos o acesso aos benefcios e equi-pamentos sociais compatveis com a aco frequentada;
f) Respeitar e fazer respeitar as condies de higiene, sade e segurana no trabalho.
2 A entidade formadora deve notificar o IEFP, I. P., por escrito, sempre que ocorram problemas que perturbem, de forma grave e continuada, o normal funcionamento das aces de formao, bem como prestar aquele Instituto, a qualquer momento, toda a informao que lhe seja soli-citada sobre a execuo das aces, no que se refere aos aspectos pedaggicos, administrativos e financeiros.
3 A entidade formadora deve informar periodica-mente o IEFP, I. P., sobre o desenvolvimento da aco, de acordo com o previsto no regulamento especfico referido no artigo 21.
Artigo 13.Equipa pedaggica
1 A equipa pedaggica constituda pelo responsvel pedaggico, pelos formadores e pelos tutores e, sempre que existam recursos disponveis, por um tcnico de orientao profissional e por um tcnico de servio social.
2 O responsvel pedaggico realiza o acompanha-mento tcnico -pedaggico e promove a articulao entre os diferentes elementos da equipa formativa, tendo em vista alcanar os resultados de aprendizagem previstos e o desenvolvimento das capacidades individuais dos for-mandos.
3 Os formadores das componentes scio -cultural e cientfica devem possuir habilitao para a docncia no mbito do domnio de formao do respectivo curso de aprendizagem.
CAPTULO V
Avaliao e certificao das aprendizagens
Artigo 14.Princpios e critrios de avaliao
1 A avaliao constitui um processo integrador da prtica formativa e, enquanto elemento regulador, tem um carcter predominantemente formativo e contnuo.
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2 A avaliao tem como finalidade avaliar os co-nhecimentos, as competncias e as aptides adquiridas e desenvolvidas pelos participantes ao longo da formao.
3 Cabe equipa pedaggica definir os critrios de avaliao a aplicar nos diferentes contextos e situaes de aprendizagem.
Artigo 15.Avaliao formativa e avaliao sumativa
1 A avaliao formativa reveste um carcter con-tnuo, proporcionando um reajustamento do processo ensino -aprendizagem e o estabelecimento de um plano de recuperao que permita a apropriao, pelos formandos, de mtodos de estudo e de trabalho e que proporcione o de-senvolvimento de atitudes e de capacidades que favoream uma maior autonomia na realizao das aprendizagens.
2 A avaliao sumativa corresponde verificao das aprendizagens realizadas pelos formandos, com base numa escala quantitativa de 0 a 20 valores.
Artigo 16.Progresso
1 A progresso do formando depende da obteno, na avaliao sumativa no final de cada perodo de formao, de uma classificao mnima de 10 valores em todas as componentes de formao.
2 As normas especficas de organizao, funciona-mento e avaliao, nomeadamente as de transio, devem ser estabelecidas no regulamento especfico previsto no artigo 21.
Artigo 17.Prova de avaliao final
1 A prova de avaliao final (PAF) assume o carcter de prova de desempenho profissional e consiste na reali-zao, perante um jri, de um ou mais trabalhos prticos, baseados nas actividades do perfil de competncias visado, devendo avaliar as competncias consideradas nucleares para o cumprimento dos referenciais de formao.
2 A PAF tem uma durao mnima de doze horas e mxima de dezoito horas, determinada em funo do perfil de competncias.
3 O jri da PAF, nomeado pela entidade formadora, composto pelo responsvel pedaggico, que preside, por um formador da componente scio -cultural, por um formador da componente de formao cientfica, pelo for-mador da componente tecnolgica e, sempre que possvel, por um tutor.
4 Nas reas de educao e formao objecto de re-gulamentao especfica, a composio do jri da PAF constitudo de acordo com o estabelecido na respectiva regulamentao.
5 O formando que no tenha obtido aprovao ou no tenha comparecido PAF, por motivos justificados, pode solicitar, por escrito, a realizao de nova prova entidade formadora, no prazo de 15 dias aps a data de divulgao dos resultados, devendo a nova prova ser efectuada no prazo mximo de um ano.
6 A entidade formadora, caso no tenha possibili-dade de realizar nova prova, deve solicitar de imediato ao IEFP, I. P., indicao de outra entidade formadora que possa assegurar a sua realizao.
7 Quando o IEFP, I. P., confirme a impossibilidade de proporcionar a realizao da prova no mbito de outra entidade formadora, cabe prpria entidade formadora do curso criar as condies adequadas para a sua realizao, no estrito cumprimento do disposto nos n.os 1 a 5 deste artigo.
8 A entidade formadora logo que conhea a data de realizao da PAF deve comunic -la ao formando.
Artigo 18.Reclamaes
1 Os formandos podem apresentar reclamao, por escrito, da classificao da PAF, dirigida ao responsvel pela entidade formadora, no prazo de cinco dias teis con-tados a partir do dia de divulgao das pautas de avaliao final.
2 O jri da PAF emite parecer vinculativo sobre a reclamao apresentada, devendo o mesmo constar de acta lavrada para o efeito.
3 A deciso final da reclamao emitida pelo res-ponsvel pela entidade formadora, no prazo de 30 dias con-secutivos contados a partir da recepo da reclamao.
4 As situaes relativas PAF no previstas na pre-sente portaria so definidas no regulamento especfico pre-visto no artigo 21.
Artigo 19.Classificaes e concluso do curso
1 A avaliao realiza -se por unidade, por domnio e por componente de formao.
2 Nas componentes de formao scio -cultural, cien-tfica e tecnolgica as classificaes finais obtm -se pela mdia aritmtica simples das classificaes de cada um dos domnios de formao que as integram.
3 Na componente de formao prtica, a classifi-cao final obtm -se pela mdia aritmtica simples das classificaes obtidas em cada perodo de formao.
4 A classificao final do perodo de formao obtm--se pela mdia das classificaes de cada componente de formao, aplicando a seguinte frmula:
CFp = (FSC + FC + 2FT + FP)/5
sendo:CFp = classificao final do perodo de formao;FSC = classificao da componente de formao scio-
-cultural;FC = classificao da componente de formao cien-
tfica;FT = classificao da componente de formao tecno-
lgica;FP = classificao da componente de formao prtica.
5 A classificao final do curso obtm -se pela mdia das classificaes obtidas em cada perodo de formao, aplicando a seguinte frmula:
CF = (3CFp + PAF)/4
sendo:CF = classificao final do curso;CFp = mdia da classificao final dos perodos de
formao;PAF = classificao da prova de avaliao final.
Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008 8965
6 A concluso do curso com aproveitamento de-pende de:
a) Obteno da avaliao sumativa prevista no artigo 16.;b) Obteno na avaliao sumativa do ltimo perodo
de formao, de classificao mnima de 10 valores em todas as componentes de formao;
c) Classificao mnima de 10 valores na PAF.
7 As classificaes so lanadas em pautas de ava-liao que devem estar disponveis para consulta durante 10 dias teis nas instalaes da entidade formadora.
Artigo 20.Certificao
1 A concluso com aproveitamento de um curso de aprendizagem d lugar emisso de um diploma e de um certificado de qualificaes, bem como ao registo das competncias adquiridas pelo formando na caderneta individual de competncias, nos termos da legislao aplicvel.
2 A concluso, com aproveitamento, de uma ou mais unidades, domnios ou componentes de formao, que no permita a concluso de um curso de aprendizagem d lugar emisso de um certificado de qualificaes, para alm do registo das competncias adquiridas pelo formando na caderneta individual de competncias, nos termos da legislao aplicvel.
3 A emisso do diploma e do certificado de qualifi-caes so da competncia das entidades formadoras refe-ridas no n. 1 do artigo 4., ficando, no caso das entidades que no integram a rede do IEFP, I. P., sujeitos a posterior homologao por parte deste.
4 Os modelos de diploma e certificado de qualifica-es referidos nos nmeros anteriores constam do anexo II da presente portaria, sendo disponibilizados no Sistema Integrado de Informao e Gesto da Oferta Educativa e Formativa.
5 O diploma referido no n. 1 deve ser impresso em modelo exclusivo da Imprensa Nacional -Casa da Moeda.
CAPTULO VI
Disposies finais
Artigo 21.Regulamento
O IEFP, I. P., elabora o regulamento especfico dos cur-sos de aprendizagem que deve conter, nomeadamente, as normas e procedimentos no que se refere a:
a) Processos de candidatura e de financiamento das entidades formadoras;
b) Processos de admisso dos formandos;c) Caracterizao das entidades de apoio alternncia
que participam nos cursos de aprendizagem;d) Contrato de aprendizagem;e) Assiduidade dos formandos;f) Critrios a observar na definio de percursos for-
mativos adequados s situaes previstas nos n.os 3 e 4 do artigo 3.;
g) Avaliao dos resultados da aprendizagem dos for-mandos;
h) Funcionamento, organizao tcnico -pedaggica e contabilstica da aco de formao.
Artigo 22.Acompanhamento e avaliao
1 criada uma comisso de acompanhamento dos cursos de aprendizagem composta por dois re-presentantes do IEFP, I. P., a designar pelo conselho directivo, pelos representantes dos parceiros sociais com assento na Comisso Permanente de Concertao Social, por um representante do Ministrio da Educa-o, por um representante da Agncia Nacional para a Qualificao, I. P., e por duas personalidades de reconhecido mrito da rea do emprego e da forma-o profissional, a nomear por despacho do membro do Governo responsvel pela rea do emprego e da formao profissional.
2 Cabe comisso acompanhar e avaliar a execuo dos cursos de aprendizagem e promover a divulgao dos resultados e das boas prticas da formao realizada.
3 A comisso de acompanhamento rene trimestral-mente, podendo ser convidados especialistas das temticas a discutir nas reunies, os quais no dispem de direito a voto.
4 O trabalho desenvolvido no mbito da comisso deve ser articulado com os conselhos sectoriais para a qualificao.
5 A comisso de acompanhamento elabora e aprova o seu regulamento interno.
Artigo 23.Norma transitria
1 Sem prejuzo do disposto no n. 2 do artigo 1., nos cursos de aprendizagem a iniciar nos dois anos subsequen-tes data de entrada em vigor da presente portaria podem ser adoptados referenciais de formao no contemplados no CNQ desde que os mesmos respondam a necessidades especficas de mbito sectorial, devidamente fundamen-tadas pela entidade formadora.
2 Os cursos de aprendizagem iniciados durante o ano de 2008 devem ser adaptados estrutura curricular e condies estabelecidas na presente portaria, cabendo ao IEFP, I. P., definir, para cada sada profissional, as condi-es em que se realiza esta adaptao.
3 Sem prejuzo do disposto no n. 1 do artigo 4., os cursos de aprendizagem que se encontrem em funcio-namento nas escolas bsicas, secundrias e profissionais data da entrada em vigor do presente diploma mantm--se at sua concluso.
Artigo 24.Norma revogatria
So revogadas as portarias e os despachos publicados ao abrigo do Decreto -Lei n. 205/96, de 25 de Outubro.
Em 27 de Novembro de 2008.
O Secretrio de Estado do Emprego e da Formao Profis-sional, Fernando Medina Maciel Almeida Correia. O Se-cretrio de Estado da Educao, Valter Victorino Lemos.
8966 Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008
ANEXO I
Estrutura curricular dos cursos de aprendizagem Nvel 3
Componentes de formao reas de competncia Domnios de formao (1)
Durao (horas)
Mnima Mxima
Scio -cultural. . . . . . . . . . . . . . Lnguas, Cultura e Comunica-o.
Viver em Portugus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240 280Comunicar em Lngua Estrangeira . . . . . . . . . . . . 200 200Tecnologias da Informao e Comunicao . . . . . 100 100
540 580
Cidadania e Sociedade . . . . . . Mundo Actual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 110Desenvolvimento Social e Pessoal. . . . . . . . . . . . . 80 110
160 220
Cientfica . . . . . . . . . . . . . . . . . Cincias Bsicas. . . . . . . . . . . Matemtica e Realidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 400
Tecnolgica . . . . . . . . . . . . . . . Tecnologias . . . . . . . . . . . . . . Tecnologias Especficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 1 000
Prtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contexto de Trabalho. . . . . . . 1 100 1 500
Total . . . . . . . . 2 800 3 700
(1) Cada domnio de formao organiza -se em unidades de formao de curta durao.
ANEXO II
Modelo de certificado de qualificaes e diploma
Dirio da Repblica, 1. srie N. 245 19 de Dezembro de 2008 8967
SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
Acrdo do Supremo Tribunal Administrativo n. 3/2008
Processo n. 340/08
Acordam, em conferncia, os juzes da Seco de Con-tencioso Administrativo do Supremo Tribunal Adminis-trativo (STA):
I Relatrio
O municpio de Valongo veio interpor recurso para uniformizao de jurisprudncia, ao abrigo do artigo 152. do (CPTA), do acrdo do Tribunal Central Administrativo Norte (TCAN), com fundamento em que o mesmo se en-contra em contradio, quanto mesma questo fundamen-tal de direito, com o acrdo do mesmo Tribunal, proferido em 22 de Novembro de 2007, no recurso n. 347/05 e j transitado em julgado.
Termina as suas alegaes, formulando as seguintes concluses:
1 Por acrdo datado de 20 de Dezembro de 2007, o Tribunal Central Administrativo do Norte indeferiu o recurso jurisdicional com o n. 348/05.8BEPNF.
2 Nesse acrdo entendeu o tribunal a quo que o artigo 28., n. 3, do Decreto -Lei n. 341/83, de 21 de Ju-nho, no estabelece um prazo de caducidade de direito de aco do credor. O entendimento daquele Tribunal, naquele acrdo, de que o legislador introduziu aquela regra como
forma de flexibilizar a rigidez da execuo oramental e potenciar as liquidaes de dbitos por parte das autarquias locais, de modo voluntrio e extra judicial.
3 Entendeu ainda que o referido artigo 28., n. 3, do citado decreto -lei, conjugado com o ponto 2.3.4.2 do POCAL (Decreto -Lei n. 54 -A/99, de 22 de Fevereiro), no visam introduzir novo quadro legal em sede de prazos do exerccio de direito de aco e de prescrio.
4 E conclui o mesmo acrdo que os aludidos pre-ceitos no podem ter o alcance pretendido pelo recorrente, de prazo prescricional.
5 Este acrdo impugnado contradiz e afronta paten-temente o acrdo do mesmo Tribunal Central Adminis-trativo do Norte proferido em 22 de Novembro de 2007, com as mesmas partes e idntico objecto, j transitado em julgado e que corre termos com o n. 347/05.OBEPNF.
6 A questo apreciada nos aludidos recursos 347/05.OBEPNF e 348/05.8BEPNF exactamente a mesma. Ou seja: qual a natureza do prazo previsto no artigo 28., n. 3, do Decreto -Lei n. 341/83, de 21 de Ju-nho, e qual a natureza do prazo previsto no ponto 2.3.4.2 do POCAL (aprovado pelo Decreto -Lei n. 54 -A/99, de 22 de Fevereiro.)
7 O recorrente entende que se trata de um prazo de caducidade de aco do credor. Quer dizer, o credor deve exercer o seu direito no prazo improrrogvel de trs anos, em obedincia ao aludido artigo 28., n. 3, do citado Decreto -Lei n. 341/83, de 21 de Junho, sob pena de, no o exercendo oportunamente, o direito de aco se extinguir, por caducidade.