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DROPS – Revista Diária – Agosto_24_26 – VARGAS_HÁ 59 ANOS Editor : Paulo Timm – www.paulotimm.com.br BOAS LEITURAS – Com cumprimentos do Paulo Timm COALIZÃO CONTRA USINAS NUCLEARES http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br

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DROPS – Revista Diária – Agosto_24_26 – VARGAS_HÁ 59 ANOS

Editor : Paulo Timm – www.paulotimm.com.br

BOAS LEITURAS – Com cumprimentos do Paulo Timm –

COALIZÃO CONTRA USINAS NUCLEARES http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br

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CAMPANHA MUNDIAL MALALA PREMIO NOBEL DA PAZ. ELA MERECE.

NÓS "TAMBÉM" PODEMOS...!

ENTRE NESSA! COMPARTILHE ! VAMOS AO MILHÃO DE

COMPARTILHAMENTOS !!!

É nossa maneira de repudiar não a religião nem as ideologia, mas os

fundamentalismos a ...Ver mais

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IMAGENS REVOLUCIONÁRIAS

Nada tenho a dizer, só a mostrar – W.Benjamin

http://www.facebook.com/ImagensRevolucionarias?directed_target_id=0

COLUNA DO TIMM

HÁ 59 ANOS SUICIDAVA-SE VARGAS E EU QUASE

LEVO A CULPA

Paulo Timm – Torres 24 ago 1954 - copyleft

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Paulo Timm , lobinho , lenço vermelho no pescoço – 1954

Alcatéia de Lobinhos ROQUE GONZALEZ – Ginásio Sta. Maria - 1955

Há 59 anos, eu tinha nove anos de idade, morava em Santa Maria RS e saí à rua, devidamente paramentado com minha farda de lobinho (escoteiro infantil) , sem saber o que estava ocorrendo. Enrolado no pescoço eu tinha um lenço vermelho, com listras brancas em volta, símbolo do meu grupo , denominado ROQUE GOZALEZ. Saí , lépido e faceiro, " a caminho de mim" , como sempre fazia. Não me lembro bem que dia da semana era. Tinha

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um jeito de sábado de manhã, mas não tenho certeza. Quando cheguei na Rua do Comércio , centro da cidade, me deparei com um grupo de manifestantes raivosos. Eram ferroviários. Eles haviam subido a Rio Branco, vindos da Estação Ferroviário, então pululante, e estavam exaltados pela morte do Getúlio. Quando me viram com o lenço vermelho, símbolo " maragato" , contrário ao Getúlio , que era " chimango " , foi um horror. Me acusavam de assassino, ma amaldiçoavam, me xingavam e eu, não entendia nada... Por sorte era muito pequeno e alguém me protegeu dizendo-me pra correr pra casa, duas quadras abaixo, na descida da Cel. Niederauer, na mesma casa que ainda hoje lá está e que visitei recentemente. Fiquei assustado. Esbaforido. E me tranquei em casa. No almoço contei pro meu pai, um severo Major do Exército, anti-getulista ferrenho, o ocorrido e ele me repreendeu: - Poderias ter morrido, guri! Aí expliquei-lhe tudo e disse que eles apontavam, rancorosos, para meu lenço vermelho. Meu pai, então, me explicou: - Esse lenço aí é símbolo maragato. Te salvaste por

pouco. Quebraram muita vidraça lá na Rio Branco. São adeptos do

Getúlio que culpam os maragatos pelo seu suicídio.

Ficou o registro. Aquietei-me. Muitos anos depois, me perguntei, já ao lado do Brizola, junto de quem e sob cuja liderança fundei o PDT ainda no exílio dele, em Lisboa - 1979: - " Ué, mas o lenço vermelho

não é maragato? " Brizola então me explicou que o lenço branco como símbolo chimango já estava enterrado em S. Borja com a História. Desde 1930 , maragatos e chimangos se uniram em torno a Vargas para a Revolução de 30. E nos anos 50 e 60 o vermelho era mais adequado a um partido popular como o PTB. Adotei-o. Tempos depois descobri, também, que o pai de Brizola era maragato e fora morto pelos chimangos na Revolução de 1923... Enfim. Um pouco de História neste dia em que , há 60 anos Vargas saía da Presidencia para entrar na HISTORIA. E que assim registrei nas minhas “Lembranças”, dedicada aos meus amigos daquela época J.A. Pratini de Moraes, Jorge Marino e Jorge Chagas.

1955-1960

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Ia adiantada a década dourada dos cinquenta

Mas ainda pipocavam no meu cotidiano as escaramuças de 54.

Aquele agosto amargo de ressentimentos:

O suicídio do Pai-dos-Pobres.

-“Getúlio Morreu... ! Getúlio Morreu...!”

Retratos dele ainda por todos os lados.

Nas barbearias – Ah ! ... A da General Câmara ...! -

Meu cabelo começando a transgredir onduladamente,

à James Dean, que brilhara em “Juventude Transviada”.

O pente , companheiro inseparável da carteira,

Ambos cuidadosamente guardados no bolso de trás das calças.

Calças rigorosamente frisadas, folgadas, ternos de casemira.

Alfaiates elegantes, com sotaque italiano.

Onde andará o Silvio, o mais elegante, o mais exímio?

Será que lhe fiquei devendo alguma grana?

Sapatos rigorosamente cuidados:

Engraxate era uma profissão digna, indispensável.

Pelé brilhara , em 58, na Copa da Suécia, no meio do mandato JK .

Nós o acompanhamos, grudados num “SPICA”, radinho de pilha ,amostra do milagre japonês que se anunciava.Eu, Jorge Chagas, e Arnaldo,

No stand de vendas de um prédio em construção defronte o Sevigné,

Onde este já trabalhava e víamos a saída das gurias de saias plissadas

(Éramos todos duros, filhos de uma classe média vinda do interior;

Coisas da vida: doença de um irmão, uma mãe viúva, um pai meio torto,

um olhar adiante ...)

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E “Pelé” virara, já naquele tempo ,alcunha dos tiziús marcados pela pobreza

Mas o Pelé da Praça Daltro Filho, junto do Cine Capítólio, seria imbatível malabarista do ofício, mestre do brilho, prestidigitador da escova.

“Pelés” engraxates por todas as praças, nos cafés , pelas artérias do Centro,

O mesmo Centro onde pontificava o Cinema Imperial, ao lado do “Ghilosso”,

Sucedendo-se em telas de cinemascope cada vez mais impressionantes

E onde as madrugadas acalentavam a fome boêmia nos balcões do “Matheus”

O salário-mínimo pagava a dignidade dos que dele viviam.

Quantos “baurus” não o teria comprado, às vésperas das eleições de 60?

Ou quantas “ média com pão e manteiga ”, o mata-fome da época?

Herança getulista que faria a caricatura do seu opositor vitorioso em 60: Janio Quadros.

-“Mataram Getúlio! Mataram Getúlio!...”

Não fazia ainda um ano da tragédia:

...“E desta forma saio da vida para entrar na História...”

Eu ia com minha mãe no bonde “Duque” sobre o Viaduto da Borges,

A mais simpática linha jamais inventada,

junto com “Um Bonde Chamado Desejo”.

E que brindava os usuários com os campeões da gentileza no seu comando.

Ela me mostra as ruinas , à esquerda:

- “Parece que era a Farroupilha, diz .Ou um Jornal. Não sei bem...”

Ainda morávamos em Santa Maria no fatídico dia de agosto

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Mês em que os ventos gelados soprados do pampa arrastam consigo,

Como uma ventania de almas escorrendo dos Andes,

os “sôbolos rios que vão...”

Como se foi meu avô Afonso , filósofo de camisola, para quem

“-A vida era um manancial inesgotável de ilusões”

E se foi , também , meu sizudo e tossilento vô Alvaro,

Um atrás do outro, a marcar-me duplamente a impressão das primeiras perdas.

Ela , minha mãe , pouco sabia de Politica.

Menos de Porto Alegre, onde chegamos no início de 55.

Mas nunca perdoaria o “Velho” de ter morrido justo no dia do seu aniversário.

-“Desgraçado!”, bradava. E me mostrava os escombros ,acima do Viaduto.

O mesmo viaduto que eu mal sabia fosse atravessar tantas vezes na vida.

Onde as ruinas dos “Associados” ficariam anos a fio:

um amontoado retorcido de ferros e esperanças enterradas com Getulio testemunhando a dor incontida dos deserdados,

Inconformados com a brutal agressão,

Ao símbolo nacional que “ele ”se convertera .

Mas ainda não seria daquela vez...

A década chegaria impávidamente dourada até o seu ultimo suspiro.

Os tempos comprovariam.

Quem viveu, viu.

A História registrou

A firmeza da “espada de ouro” brandindo em novembro a posse de Juscelino

Cortando com precisão as dores do momento,

Tormento de todas cores:: saudades de Santa Maria que ficara atrás,

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Misturadas com as “Dores” da Paróquia e do Colégio que me acolhiam,

Na enxaqueca da minha mãe, na brotoeja da irmã caçula que tossia.

Tudo um imenso rastro de dor...

Getúlio não morreu.

Virou mito.

Superou o tempo cronológico dos mortais para entrar na eternidade e,

Dos bustos de bronze espalhados por toda parte comanda as eleições de 55, faz seus sucessores:

Juscelino é Presidente.,

Jango Vice.

A cautela mineira abrigando o ímpeto missioneiro

(Todo o cuidado era pouco numa a conjuntura entupida de conspiradores)

Com as mesmas bandeiras chamuscadas pelo ódio oligarca

Que pretendia sufocar o ímpeto desenvolvimentista

Da afirmação :

Da cidade sobre o campo,

Da industria sobre a agricultura,

Do investimento sobre as exportações ,

Do engenheiro, agora revestido de geólogo e economista ,sobre os bacharéis.

A inversão do vapor elegante pelas boléias desconfortáveis que já singravam o interior,

Pioneiras nas “baratas”, como a do Velho Chico Timm, meu primo,

Depois, aos solavancos do “Bye Bye Brasil”,

A história resgatada,

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A esperança abrindo caminho., estendida sobre um novo horizonte.

A dignidade mortalmente ferida recuperada,

As trinta metas começando a ser celeremente providenciadas

A meta-síntese de sua ideologia – Brasília – começando a ser erigida

Do alto do Planalto Central, vertente de muitas águas

De onde jorraria leite e mel de uma nova civilização sonhada por Dom Bosco. Cinquenta anos em cinco.

O gigante desperta.

O Brasil se agita:

Os “reacionários” resistem à mudança. Reagem.

Estimulam levantes militares: Aragarças ,Arapongas e outros , mais velados.

Mas 60 milhões de brasileiros, mais da metade no campo,

Aventura-se no salto da modernidade idealizada.

O Rio Grande lhe respalda,

Porto Alegre honra a tradição federalista, secular, progressista: racha o PSD,

Consagra Loureiro da Silva, Pasqualini e Fernando Ferrari no PTB,

E se prepara para fazer Prefeito um fogoso engenheiro da Pensão da Densinha

Pôrto Alegre agiganta-se. Se excita: Exulta..

Por todos os seus poros

Principalmente na sua juventude que somava o esmero dos “anchietanos”,

de formação religiosa e melhor preparo,

sob o olhar amigo do Velho Padre Walter,

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com a ousadia republicana dos “julianos”,

onde proliferaria o populismo de boa vertente positivista,

inspirado naquele gigante da Primeira República que lhe legara o nome:

Julio de Castilhos.

O discurso veemente substituindo-se às letras da “Província de São Pedro”,

O Rio Grande seguindo seu curso cívico:

a rima cedendo lugar às palavras de ordem.

O pêlo duro , o filho de colonos, o recém-chegado,

todos plebeus,

impondo-se, gradualmente, nos salões da época

Massa e velocidade sociais num novo ritmo:

De “Guerra Fria”: Famílias divididas

“Átomos para a Paz”: Somos todos irmãos

Brizola Prefeito seria apenas um signo destas mudanças.

Suas palestras , mais tarde, um rito na casa da Dona Eloá, mãe do Sotero,

- Ali na Rua da Praia, defronte o Majestic , reduto do Quintana -

Embora eu as assistisse mais pelo prazer da companhia da filha Carmem,

Cujos cabelos de fogo , inteligência matreira e corpo escultural

Me empolgavam : Caí de amores.

Ahh! Rua da Praia...!,

“Que não tem praia, que não tem rio ,”

e onde as “sereias” começavam a usar apertados “slacks”

para espanto de seus escandalizados pais:

“-Isto é coisa de meretrizes “, enfatizavam, contrafeitos.

Mas já era tarde. A liberação das mulheres estava acontecendo..

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Rua da Praia: um monte de gente indo e vindo, parando pro cafezinho,

aglomerando-se no canto da Praça da Alfândega

em torno das rifas de irresistíveis “rabos de peixe”

(cinematográficos carros importados que incitavam o “american way of life”)

destinadas a construir o Estádio Olimpico ou outros sonhos.

A década seguia seu destino. Usava-se smocking ,

(Ainda o guardo em algum lugar, vi-o no armário de minha mãe pouco antes de ela ir-se )

Claro , nos grandes bailes , como o de debutantes,

Nos grandes clubes:

o do Comercio, o mais disputado

O do Leopoldina Juvenil, nem pensar, era outro mundo,

O do Petrópole e da Sogipa, aí sim, se podia ousar...

Desde que se fosse “sócio-atleta”, com a vantagem de usufruir a pisicina .

Mas eram as reuniões dançantes ,nos bairros , as mais disputadas

Coincidindo , às vezes, com um aniversário de 15 anos

Ao qual jamais se levava qualquer presente. Um Chanel nº 5? Estôjo ?

Ainda assim ,era-se bem recebido, mais ainda se bem vestido,

Quando não flagrado “penetra”.

Os primeiros olhares maliciosos, rostos colados, um aperto na cintura,

A porção do paraíso no bate-coxa de um autêntico bolero, um compassado samba canção- “Você se lembra...?” – Lupicínio impera,

E pequenas vitrolas entoando vozes vibrantes de uma época estonteante

Como a de Cauby ,reverberando C – o – n – c – e – i – ç – aaa – uuu..!

Só superado pela eletrização provocada pelos primeiros acordes do Rock

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Então chamado literalmente rock-and-roll .(Viemos ao mundo com Elvis).

E que nos transformava de pés-de-valsa consumados em malabaristas de pistas

As meninas balançando loucamente as pernas ainda pudicamente cobertas por vestidos abaixo dos joelhos

esvoaçando-as a ponto de nos tirar o fôlego.

Então redobrávamos os esforços ,

Ficávamos mais malabaristas,

.Mais ousados.

Sem saber , ficávamos também mais republicanos,

Mais urbanos.

Mais eufóricos com a liberdade.

Animados por doses redobradas de Cuba-Libre,

às vezes intercaladas por um desajeitado conhaque ,

que só não nos levava à nocaute pelo ardor da idade

que a tudo se sobrepõe.

Só não se sobrepondo

Às incursões clandestinas aos casarões da Sete de Setembro

Às vezes espichadas aos segredos gardelianos da Voluntários da Pátria

Na Casa dos Barbantes, ou na Velha Botafogo...

De onde sobrevinham incômodos ...

Mas não havia nenhuma maldade nisto,

nem verdadeiro pecado.

Apenas um processo de iniciação numa cultura em transição.

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Começo da vida,

Os primeiros amores frustrados na embriaguês da noite espêssa

Que ainda não chegava a empedrar-se em solidão,

Nem produzir fantasmas sombrios e ameaçadores,

Nem destilar-se em sofrimento.

Qual tormento?

Só promessas, ilusões, a vida fertilizando-se a cada instante.

Não raro uma incoerência, até uma maldade

(Apesar dos esforços do Fulvio Petracco, o“geninho”,em fazer-nos escoteiros, levando-nos a descobrir o Hampel, em São Francisco de Paula)

Quando uma “revoada” de meninos juntava-se todas as tardes

No Bar “Rio de Janeiro”, os mais aprumados:Camilo,Goldoni,irmãos Krieger

Os mais moleques no Bar do Seu Armando português para passar o tempo:

Brandão, Zé Nogueira, os gêmeos Seadi, o Leopoldo, o Sansão

Incomodando os transeuntes,

Dando “nó de biscoito” nos fios do bonde na subida da Duque

“Enturmando” nas meninas dos colégios:o Paula Soares, o Ernesto Dornelles.

O maior prazer nos passeios matinais de Domingo, no carro dos pais

Uns , como meu pai ,compreensivos desta ansiedade, generosos,

Outros francamente permissivos,

A maioria intransigente.

O meu Velho Austin –A 40, saudade pungente

Sobre o qual me fiz destro desde os tenros 13 anos

Sem que tal se constituísse em escândalo

Nem eu em desvairado vândalo.

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O Nash do Madeira (!) , no alto da Bronze , que eu tanto invejava

Como pouco tempo antes embasbacava diante da vizinha genial no “Clube do Guri”, no Auditório da Farroupilha. : A notável Eliz....No mesmo dia em que o apresentador sobressaltado dizia que os russos tinham lançado o “sputnik”.

Mas acima de tudo o flamante Bel-Air do meu verdadeiro irmão destes 57,58

O Jorge Marino, do “Vista Alegre”, na subida da Duque,

Um verdadeiro primor da tecnologia em azul e branco anunciando-se pelo tilintar de uma sininho de lambreta, então na moda.

Todos condenando-me , pela paixão pelos carros antigos:Meu Landau....!

Como se desta forma pudesse recuperar um tempo mágico,

De incontida alegria.

Chegamos a 58.

Júbilo por toda parte:Cinema Novo, Bossa Nova, Manchetes ,Marta Rocha...

Mas nem tudo são flores .Há inflação.O clamor contra a seca.Denúncias.

Acometem-me as primeiras preocupações,

Ainda mais sociais do que existenciais:

Para onde vamos?

Como acelerar o progresso, administrar a pobreza,

Acabar com as filas,

As vezes do leite, às vezes da carne.

A roubalheira é mesmo assim tão grande?

A idéia de que existe uma alternativa,

Uma verdade histórica inarredável

Para onde tendem os povos começa a me dominar.

Mas ainda não tenho este certeza.

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Pai militar, familia pequeno-burguesa pouco ilustrada,

Eu tinha pouco instrumental

Para situar-me neste turbilhão de acontecimentos

Que me rodeavam, tonteavam, martelavam,

Fazendo-me e a meus contemporâneos matérias primas do tempo.

Os jornais “apelam”,

Juca Chaves não perdoa,

E , acidamente, reverbera em Porto Alegre sua toada crítica

As marchinhas dos carnavais de 40 dão lugar à Nara Leão e João Gilberto

Os ânimos se acirram:

A classe média porto-alegrense se refugia no conservadorismo.

O espectro da massa suburbana avulta

Numa dimensão que me era até então estranha.

Eu,

Que vinha de Santa Maria, onde a pobreza tinha um lugar definido,

Que vivia no Alto da Bronze,

Circundado pela pobreza do Cadeião do Gasômetro, da 7 de setembro,

O Pôrto.

Onde filhos de apenados , prostitutas e algumas famílias miseráveis

Coloriam, apenas, o primado da classe média.

Eram meus amigos: “Jornaleiro”, o “Zé-da-Ilha” e outros.

Mas eu , agora, via a cidade toda.

Crescendo, pulsando... Ameaçando....

Com discursos inflamados

E expectativas crescentes. Que fazer...?

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O “Julio de Castilhos” era o melhor colégio

“-É para lá que eu vou, disse a meu pai.,

Lá a gente se prepara melhor”.

Era o que se ouvia, se dizia, se acreditava.

“Você se lembra? Foi isso mesmo que se deu comigo...” E não me arrependo.

Como o Colégio, pegou fogo.

Eu me inauguraria com o novo prédio , na Azenha, em 1958.

Amplo, aberto, como se nunca fosse envelhecer

Eu fazendo-me definitivamente homem ,definitivamente público,

Graças às figuras mais fantásticas desta transição

Que me iriam ensinar as letras de um novo tempo

Regando minha sociabilidade com os temperos da percepção política:

Aqui uma mãozinha na campanha para deputado do pai do meu melhor amigo, João: o austero Adail Morais, para mim , então, um monumento.

Ali ,uma discussão acalorada sobre a “Revolução” comandada pelo Marco Aurélio G., já notório “comunista” e com quem iria reencontrar-me tantas vezes vida afora,

mundo adentro: No Chile, Em Paris...No Paraíso....?

Lembram do acampamento em solidariedade à Cuba...?

Ah ! O Trajano, O Tabajara, o velho Marcão, os nomes me escapam...

Outras vezes, uma rodada de discussões sobre o futuro de cada um de nós...

E tudo acabava em excursão.

Pois os sonhos já não cabiam nas fronteiras da cidade, cada vez menor

para todos nós,

Chegavam ao Uruguai, ali do lado, mas além da linha do horizonte...

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À própria Argentinha.

Então reacendiam nossos humores mais adultos, sem temores,

Na organização de tamanhas façanhas

Na montagem de estrito planejamento de viagem

(Planejamento, aliás, era uma palavra revolucionária) :

- A cobrança de longas e penosas mensalidades para custear os passeios -

Na fruição das novidades que se sucediam na viagem

Ainda guardo algumas fotos para certificar-me de que não foram devaneios

Nos sabores das noites escondidas nas dobras de Rivera e Montevideo,

A surpresa diante do discurso de uma autoridade enaltecendo o contrabando...

Tudo seguido com atenção por um camarada de outro mundo,

Para nos aguentar nestas aventuras: Ah! O Professor Roussigno

Pudesse um dia – nem que fosse na eternidade – encontrá-lo,

Abraçá-lo, agradecer-lhe,

Por nos ter ajudado nesta vivência coletiva da liberdade...

E lá se ia a década. E com ela nossas primeiras descobertas...

Os mistérios da adolescência misturando-se com o passado e o futuro

O Ser criança e o Ser adulto.

Passar para o “científico”, ou o “classico”, os últimos anos do II ciclo,

Era ultrapassar uma fronteira tênue

Intensificando a transição., prolongando-a mais três anos

No próprio Colégio

Até chegar à Universidade.

Mas para alguns era não o fim, mas um novo caminho

Que abreviaria a própria adolescência,

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Uns se iam porque precisavam trabalhar, ganhar a vida logo, ajudar em casa.

Os que já tinham 18 anos , não muitos, os mais velhos

Pensavam no concurso do Banco do Brasil, ou no Estado.

Ou iam “servir”, ser vendedor (da Olivetti.) ,ou Propagandista Médico.

E , pasmem, até começavam a casar : O “Gatão “ e a Norma....

Havia , também a carreira militar rápida,

Principalmente quando os pais indicavam os caminhos já trilhados.

Elói , Joel, e Wolmer, por exemplo, foram para a Brigada Militar.

Em três ou quatro anos seriam Oficiais.Vida feita.

Eu e alguns poucos, como o Régis, confidente de décadas, fomos para a Escola de Cadetes, na Redenção.

Ficaríamos independentes .

Adultos antes do tempo

Enquanto isto, Fidel no poder prenuncia anos de chumbo grosso ‘

Imagens chocantes: Paredón, fuzilamentos ,

Simpatia de uns, os “politizados”,

Dúvidas da maioria, menos “informados”

Eu, decididamente,indeciso...

Já se vêem na rua os primeiros Volks nacionais, Brasília apronta-se:

Naves de concreto pousando suavemente no sertão impressionam o mundo,

A natureza agredida se vingaria derrubando uma árvore: na Belém-Brasília,

Que ceifa a vida do grande pioneiro Bernardo Sayão.

Imensas represas prevêem o fim dos racionamentos de energia.

Mas também se fala em crise : –“ JK é a sétima fortuna do mundo!...”: Reação, Reforma, Revolução ?Aturdido, curioso ,como um pinto calçudo,

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Aos 15 anos ,vou em busca de mim e brindo, festivo ,a entrada de 1960.

Adeus “Alto da Bronze”! Adeus “ Julinho!”

Adeus formidáveis amigos Chagas, Jorge Marino , João Alberto!

Adeus Carmem! Meu primeiro amor,

Inspirações dos meus melhores sonhos!

Carta-testamento de Getúlio Vargas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Carta Testamento de Getúlio Vargasendereçado ao povo brasileiro escrito porantes de seu suicídio, em

Existe uma nota manuscrita dodatilografado "Carta Testamencópias, que foi lido em seu enterro porpolêmica quanto a autenticidade do texto datilografado.

Cópia da Carta-testamento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de 1954:

Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufimpedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de

domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros

internacionais, fiz

trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social.

Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A

campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou

dos grupos nacion

trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no

Aos 15 anos ,vou em busca de mim e brindo, festivo ,a entrada de 1960.

Adeus “Alto da Bronze”! Adeus “ Julinho!”

Adeus formidáveis amigos Chagas, Jorge Marino , João Alberto!

Adeus Carmem! Meu primeiro amor, minha primeira dor...!Adeus Maribel, Moema!

Inspirações dos meus melhores sonhos!

testamento de Getúlio Vargas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Carta Testamento de Getúlio Vargas é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargasantes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954.

Existe uma nota manuscrita do suicídio, e um documento datilografado "Carta Testamento", da qual se conhecem 3 cópias, que foi lido em seu enterro por João Goulartpolêmica quanto a autenticidade do texto datilografado.

amento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de

Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo se e novamente se desencadeiam sobre mim.

Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de

domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros

ionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o

trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social.

Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A

campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou

dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do

trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no

Aos 15 anos ,vou em busca de mim e brindo, festivo ,a entrada de 1960.

Adeus formidáveis amigos Chagas, Jorge Marino , João Alberto!

minha primeira dor...!Adeus Maribel, Moema!

testamento de Getúlio Vargas

é um documento Getúlio Vargas horas

, e um documento to", da qual se conhecem 3

João Goulart. Existe polêmica quanto a autenticidade do texto datilografado.

amento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de

Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo se e novamente se desencadeiam sobre mim.

Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não ocar a minha voz e

impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de

domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros

me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o

trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social.

Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A

campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à

ais revoltados contra o regime de garantia do

trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no

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Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se

desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na

potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e,

mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.

A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que

o trabalhador seja livre.

Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo

dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do

trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até

500% ao ano. Nas declarações de valores do que

importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100

milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o

nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a

resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a

ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a

uma pressão constante, incessante, tudo suportando em

silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para

defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada

mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de

rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando

o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.

Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos

humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado.

Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a

energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos

vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação.

Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa

bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama

imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada

para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.

E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha

vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida

eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será

escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua

alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a

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espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho

lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não

abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos

ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o

primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para

entrar na História.

NOTICIA EM DESTAQUE

Palestra Era Vargas - Prof. Cássio Moreira parte 1

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Palestra Era Vargas - Prof. Cássio Moreira parte 1

Getúlio Vargas e a luta pela independência do País Adriano Benayon* - 23.08.2004 Publicado em O FAROL, nº 117 – agosto de 2004

Publicado em A NOVA DEMOCRACIA, nº 21, novembro de 2004

Nos anos 50, apesar do retrocesso na política econômica verificado após a primeira deposição de Vargas em 1945, o Brasil ainda progredia, graças ao excelente potencial do País e ao fato de ainda não ser intensa a transferência de recursos ao exterior. Esta se intensificou desde 1954, à medida que os investimentos diretos estrangeiros se foram apossando do essencial da indústria e, depois, dos demais setores da economia. O projeto de Vargas para seu mandato iniciado em 1951 e abortado em 1954, foi completar os passos fundamentais, dados na direção do progresso e da independência do Brasil, de 1930 a 1945. Estes são alguns deles: 1) O País assegurou o controle da União sobre o subsolo e as águas. 2) Recuperou a propriedade de grandes jazidas minerais, como o fabuloso patrimônio da Companhia Vale do Rio Doce. 3) Instalou a primeira siderurgia integrada, a Cia. Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda; 4) Fundou a Fábrica Nacional de Motores. 5) Instituiu a previdência social e a legislação trabalhista, com garantias aos empregados, horário de trabalho, salário mínimo e aposentadoria. 6) Criou o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), passando a admitir os servidores do Estado por meio de concurso, e não pelo apadrinhamento, e a formar e aperfeiçoar os funcionários. 7) Fundou o Instituto de Resseguros do Brasil e criou reserva de mercado nos seguros. 8) Promoveu a nacionalização da grande maioria dos bancos comerciais (até 1932 a maior parte dos depósitos e o mercado de câmbio estavam em mãos de bancos estrangeiros). 9) Liquidou, em 1943, a dívida pública externa, ao resgatar títulos no mercado secundário de Nova York, com reservas acumuladas por exportações, durante a Segunda Guerra Mundial. 10) Fez prosseguir a industrialização, por meio do capital privado nacional, apoiado por crédito e por investimentos públicos. 11) Promulgou uma lei antitruste.

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Certamente houve mais que esses onze feitos libertadores. Mas só um ou dois deles seria o suficiente para fazer com que as potências imperiais anglo-americanas atuassem, sem cessar, aberta e secretamente, para derrubar Vargas em outubro de 1945 e, de novo, em agosto de 1954. O Presidente tinha plena consciência de que a dependência financeira torna inviável a autodeterminação. Por isso era céptico em relação a projetos e programas financiados por empréstimos externos. Percebera também a desproporção entre as remessas de lucros dos investimentos diretos estrangeiros e a efetiva entrada de recursos no País a esse título. Sabia também, com clareza, o que esperar das potências imperiais. Nas suas palavras, em entrevista à Folha da Noite, de julho de 1950, citadas por Mauro Santayana, em artigo recente: “Quero, ao morrer, deixar um nome digno e respeitado. Não me interessa levar para o túmulo uma renegada memória. Procurarei, por isso mesmo, desmanchar alguns erros de minha administração e empenhar-me-ei, a fundo, a fazer um governo eminentemente nacionalista. O Brasil ainda não conquistou a sua independência econômica e farei tudo para consegui-la. Cuidarei de valorizar o café, de resolver o problema da eletricidade e, sobretudo, de atacar a exploração das forças internacionais. Elas poderão, ainda, arrancar-nos alguma coisa, mas com muita dificuldade. Por isso mesmo, serei combatido sem tréguas. Eles, os grupos internacionais, não me atacarão de frente, porque não se arriscam a ferir os sentimentos de honra e civismo de nosso povo. Usarão outra tática, mais eficaz. Unir-se-ão com os descontentes daqui de dentro, os eternos inimigos do povo humilde, os que não desejam a valorização dos assalariados, nem as leis trabalhistas, menos ainda a legislação sobre os lucros extraordinários. Subvencionarão brasileiros inescrupulosos, seduzirão ingênuos inocentes. E, em nome de um falso idealismo e de uma falsa moralização, dizendo atacar sórdido ambiente corrupto que eles mesmos, de longa data, vêm criando, procurarão, atingindo minha pessoa e o meu governo, evitar a libertação nacional. Terei de lutar, se não me matarem”. Apesar de seu poder financeiro e de quase toda a imprensa denegrindo o “ditador”, a oligarquia anglo-americana não conseguiu impedir a eleição de Vargas. Então, comandou a conspiração concluída em agosto de 1954. Vargas havia, criado o BNDES e a Petrobrás, esta em 3 de outubro de 1953, ao sancionar a lei do monopólio estatal do petróleo. Estavam em curso providências para criar a Eletrobrás. Ademais, meses antes da conclusão do golpe, o Presidente assinou decreto que limitava a 10% do capital, por ano, a remessa de lucros para o exterior (5 de janeiro de 1954). No 50º aniversário do golpe de Estado, muito se tem escrito sobre ele. Mas os comentários são, em geral, superficiais. A tônica, em uníssono, é que o presidente foi deposto por uma crise político-militar, que se seguiu ao atentado da rua Toneleros. Não se fala da conspiração comandada do exterior para recolocar o Brasil como satélite das potências imperiais. Essa conspiração teve diversos lances, como, em 1953, a mobilização de coronéis, e de outros segmentos da classe média, para se insurgirem contra o reajuste do salário mínimo em 100%, o qual apenas corrigia e, ainda assim, não de todo, o desgaste de seu valor real pela inflação. O atentado da rua Toneleros foi apenas um dos últimos movimentos do cheque-mate. Nele foi ferido Carlos Lacerda, e, morto o Major Rubens Vaz, da Aeronáutica, o qual, fora de suas obrigações militares, prestava segurança ao político e jornalista. Lacerda não só criticava o presidente de modo sistemático e virulento, como o caluniava e à sua família. Nada mais interessante, pois, para os objetivos da oligarquia estrangeira que um atentado contra o ruidoso detrator de Vargas, culpando-se gente próxima a este pelo ato criminoso.

Atentemos para alguns detalhes do crime. 1) A arma que teria ferido um dos pés de Carlos Lacerda era um revólver calibre 38. 2) A distância entre o atirador que o portava e os possíveis alvos era de poucos metros. 3) Um pistoleiro profissional, como o recrutado, não teria como errar seu alvo verdadeiro, a saber, o próprio Major Vaz. 4) Se uma bala daquela arma tivesse realmente atingido o jornalista, o pé da pretensa vítima teria sido estraçalhado e não teria sido engessado, nem a “vítima” ter-se-ia recuperado em pouco tempo. 5) O prontuário desapareceu dos registros do hospital. 6) Na proteção a Lacerda revezavam-se

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oficiais da Aeronáutica, e, no dia do atentado, a escala foi mudada, para que Gustavo Borges, solteiro, fosse substituído por Rubens Vaz, cuja morte suscitaria maior comoção na opinião pública, por ser ele casado e pai de filhos pequenos. 7) O inquérito ficou sob a direção de oficiais da Aeronáutica hostis ao Presidente, os quais formaram rebelião incorretamente consentida pelo governo, instalando a notória “república do Galeão”. 8) Os implicados foram interrogados sob coação e possível administração de droga. 9) Gregório, chefe da guarda pessoal do Presidente, indiciado como mandante, foi assassinado antes do término da pena cominada, com o que deixou de apresentar qualquer versão que não a prestada sob constrangimento. 10) Entre os marginais atuantes no atentado estavam informantes da polícia política (DOPS), dirigida pelo delegado Cecil Bohrer, adepto do nazismo, cooptado, como muitos outros dessa afiliação, por serviços secretos estadunidenses e por companhia transnacional de petróleo.

A literatura costuma omitir isso tudo. Em seu livro “Getúlio Vargas – A Revolução Inacabada”, Bloch Editores 1988, o filho do presidente, Luthero Vargas, anota elementos factuais relevantes, além de incluir depoimentos substanciosos de observadores militares e civis próximos aos eventos. Afora esse, apenas o de Carlos Heitor Cony (“Quem Matou Vargas? - 1954 Uma Tragédia Brasileira”, Bloch Editores 1974) faz aflorar dúvidas quanto aos lugares comuns aceitos, quase sempre, sem questionamento, pela imprensa e pela mídia, e por historiadores, biógrafos e professores universitários.

De 1900 a 1958, período em que a entrada de investimentos estrangeiros no País foi insignificante, o produto interno bruto (PIB) cresceu 5% ao ano em média, tendo chegado a US$ 19 bilhões, o que equivale, em valor de 2004, a US$ 152 bilhões. Se se tivesse, então, implantado o modelo autônomo de desenvolvimento, aplicando em investimentos a poupança nacional, sem deixar vazá-la para o exterior, teria sido fácil fazer crescer o produto a 10% aa., taxa conseguida, durante vários decênios, por países que nem de longe contam com recursos naturais comparáveis aos do Brasil, tais como Japão, Coréia do Sul, Taiwan e China. Isso faria chegar o PIB a US$ 11,1 trilhões, quantia igual ao PIB dos EUA. Melhor, a US$ 16,7 trilhões, computando 50% de elevação do PIB oficial resultantes de alterações no método de cálculo. Esta cifra seria, de longe, a mais alta do Mundo.

Mesmo que apenas se tivesse mantido, nos últimos 45 anos, o ritmo (5% aa.) da 1ª metade do Século XX, o PIB alcançaria US$ 1,37 trilhão. Antes, com aquela correção, seria de 2 trilhões, ou seja, quatro vezes maior do que o PIB atual. Levando-se em conta o crescimento da população, a triplicação do uso do território, em função das exportações agrícolas, bem como o crescimento fantástico da exploração de recursos minerais, o pífio PIB atual deve ser visto como a radiografia de um País cujos recursos lhe são extraídos de forma desbragada.

Quem consentiu nisso, quem até contribuiu para que isso acontecesse? A quase totalidade dos presidentes após G. Vargas, o último a tentar efetivamente defender o País. Eles foram coniventes. Uns, buscando atenuar um pouco a sangria, temerosos, porém, de ser derrubados. Outros, ativamente oferecendo as riquezas do País a troco de nada para este, e certamente em troca de algo para si próprios.

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J. Kubitschek costuma ser louvado em prosa e verso, e mesmo observadores, em geral argutos, iludem-se com as elevadas taxas de crescimento do PIB em seu qüinqüênio. Essas taxas decorrem, em grande parte, do estoque de capital social e privado formado nos 20 a 40 anos anteriores, e só significam progresso, se, a cada ano, se estiver melhorando aquele estoque e, portanto, assegurando a continuidade de taxas altas. Para isso, o que importa é não só a quantidade, mas a qualidade da infra-estrutura e dos demais investimentos produtivos. Importa muito, também, que esses fiquem sob controle nacional. Do contrário, a transferência de renda para o exterior faz, no futuro, encolher o investimento e o consumo e, assim, causar baixo crescimento e até o declínio da economia.

Kubitschek, ao contrário de Vargas, era adepto dos investimentos diretos estrangeiros, pois, presidente-eleito, antes da posse, visitou vários países centrais, fazendo propaganda das vantagens que o País oferecia aos investidores estrangeiros. Deu incentivos e subsídios desmedidos, para que montadoras transnacionais de veículos ganhassem a reserva do mercado brasileiro. Inviabilizou, assim, a médio prazo, as indústrias automotivas de capital nacional, ou misto, que já iniciavam sua produção, e, fez liquidar, a longo prazo, as indústrias nacionais de autopeças. Estas detinham quase 100% do mercado e hoje, um quarto dele. Também a indústria naval de capital estrangeiro foi favorecida pelos grupos executivos criados por JK.

Além disso, este adotou como principal bandeira de política externa a “Operação Pan-americana”, uma aposta, totalmente irrealista, de que investimentos públicos e privados norte-americanos dessem vigoroso impulso ao desenvolvimento do Brasil e de outros países do continente. Ora, por um lado, os que dominam a política dos EUA não têm qualquer interesse nisso – e levaram a “Operação” em banho-maria - e, por outro, se tivessem atendido as expectativas de Augusto F. Schmidt e de JK, não teriam ajudado a América Latina a desenvolver-se. Os países que o conseguiram foram exatamente os menos “beneficiados” pela ajuda estrangeira. No Plano Marshall, o Reino Unido e a França receberam 60% do total dos financiamentos. A Itália e a Alemanha Ocidental, 30%, e tiveram crescimento econômico bem superior ao daqueles países.

* - Adriano Benayon, Doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo, Alemanha. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento” [email protected].

INDICE

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Sapere Aude

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Pessoas

Urbana Idade

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Reforma Política

Copa 2014

TV Sugestões

Ars Gratia Ars

Video

Pérolas da Música Popular Brasileira

Carpe Diem

Boletins de Notícia

***

PENSÃO...DO BEM:Morada do Mal – Dívida Pública

O Brasil não é o país dos

impostos. O Brasil é o país no qual os mais pobres

pagam os impostos que acabam embolsados pelos mais ricos

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PESSOAS

Museu da Pessoa – www.museudapessoa.net

Apadrinhamento de crianças carentes - www.mudeumavida.org.com

La cumbre que definió a América

Bolívar & San Martín

http://www.semana.com/especiales/articulo/la-cumbre-definio-america/355073-3

Un colombiano encontró en el Archivo Nacional del Ecuador una carta que relata el encuentro de Bolívar con San Martín en Guayaquil, y pone fin a dos siglos de mitos y polémicas.

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José de San Martín y Simón Bolívar.

¿Qué sería de la Historia sin el azar? Es la pregunta que hoy se hace Armando Martínez,

profesor de la Universidad Industrial de Santander (UIS), que hace unas semanas encontró en el

Archivo Nacional del Ecuador en Quito una carta que prácticamente pone fin a dos siglos de

polémicas, especulaci

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ones, debates, estudios, tesis, ensayos, cuentos y novelas en torno a lo que se dijeron en su

encuentro secreto en Guayaquil el Libertador Simón Bolívar y el emancipador de Argentina, Chile

y Perú, José de San Martín.

Estos dos gigantes se entrevistaron en Guayaquil el 26 de julio de 1822, y después de tres días

de conversaciones el rumbo de sus vidas cambió y con ellas, una parte de la historia de

Suramérica.

Mucho se especuló acerca de por qué Guayaquil se sumó a Colombia y no se constituyó en una

nueva Nación, como quería la mayoría de sus habitantes; por qué San Martín renunció a seguir

adelante a liberar el Alto Perú, hoy Bolivia y consagrarse así como el gran Libertador y prócer de

América, ni las razones que movieron a Bolívar a asumir esta tarea y a llevar a sus ejércitos

hasta los confines del mundo hispanoamericano, algo que no estaba dentro de sus planes.

Con esto llevó a Colombia a mantener y financiar la guerra contra los españoles dos años más.

Los historiadores consideraron siempre que los dos se llevaron a la tumba los secretos de la

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entrevista de Guayaquil, que con los años se convirtió en el mayor misterio de la historia de la

independencia de esta parte del mundo.

Pues bien, el profesor Martínez acaba de develar ese enigma, pues la carta que encontró era la

pieza que faltaba. El docente, doctor en Historia de la UIS, tiene un historial brillante: ha

replanteado buena parte de la historia de los Santanderes y de la revolución neogranadina de

1810, y descubrió una nueva copia del poema Delirio en el Chimborazo, que ratifica que Bolívar

lo escribió.

Martínez estaba en Ecuador recopilando información para su tesis de postdoctorado sobre el

fracaso de la primera República de Colombia (1819-1830). Al pedir la caja 595 del fondo

Presidencia de Quito, que solo parecía contener las órdenes y documentos de Manuel José

Restrepo, se encontró que en medio de los extensos volúmenes había dos tomos de

documentos del general José Gabriel Pérez, secretario general de Simón Bolívar en la campaña

del sur.

Al examinarlos se encontró con una copia de la carta confidencial fechada el 29 de julio de 1822

en la que este le hace al general Antonio Sucre, entonces intendente de Quito, un resumen del

encuentro por petición de Bolívar.

Como es claro que en esa época no había papel carbón ni imprentas manuales, la única forma

de llevar un control de la correspondencia que se enviaba era transcribirla literalmente en el libro

copiador del secretario, el mismo que se encontraba desde mediados de 1970 guardado pero

mal clasificado en el Archivo del Ecuador.

El hallazgo ha causado tanta sorpresa entre los historiadores que la propia revista ecuatoriana

de historia Procesos decidió detener la impresión de su número semestral, que ya estaba

prácticamente listo, para publicar esta chiva histórica, algo insólito en este tipo de publicaciones.

La carta de Pérez ya era conocida desde finales del siglo XIX pues el historiador chileno Diego

Barros Arana la menciona diciendo: “La carta de 29 de agosto de 1822 en que San Martín

anunciando a Bolívar su resolución de abandonar el Perú, se refiere a la reciente conferencia de

Guayaquil, es sin disputa el documento capital que nos queda sobre ella; y si bien no basta para

darla a conocer en todos sus incidentes, suministra bastante luz para formarse una idea clara de

los asuntos que allí se trataron i de su resultado final. Obligado a guardar una reserva absoluta

sobre este negocio, no tanto por el compromiso contraído por Bolívar, cuanto por el interés de la

causa americana, San Martín se abstuvo durante veinte años de hablar de estos negocios”.

Pero como lo manifestó Martínez a SEMANA, la importancia de su logro no radica en haber

descubierto una fuente inédita y nunca antes vista sino en haber hecho un “redescubrimiento de

la fuente original”, que reabre un debate olvidado para la inmensa mayoría, un misterio que les

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sirvió a grandes escritores como Jorge Luis Borges o Ernesto Sábato para escribir sobre este

tema nunca cerrado para la Historia.

La reunión

Tras liberar Venezuela y la Nueva Granada, el general Antonio José de Sucre, comandante en

jefe de la División Sur del Ejército colombiano, llegó en 1821 a Guayaquil, que había declarado

su independencia, con las órdenes expresas de Simón Bolívar de lanzar desde allí la liberación

de Quito.

Tras una primera derrota, en 1822 Sucre recibió el apoyo de 1.200 hombres del Ejército patriota

peruano enviado por San Martín. Luego de casi cuatro meses de travesía, Sucre y su Ejército

llegaron a la falda del volcán Pichincha en donde salieron victoriosos el 24 de mayo de 1822.

Una vez liberada la Real Audiencia de Quito, la única forma de derrotar a los españoles era ir

hasta el alto Perú, pero en Lima estaba el general San Martín, quien había liberado a Argentina y

Chile y, tras armar durante dos años a un Ejército y librar importantes batallas, había entrado

victorioso a la capital del antiguo Virreinato del Perú mientras los españoles huían a Cuzco. El 28

de julio de 1821, ante una multitud en la Plaza de Armas, declaró la Independencia y fue

nombrado Protector del Perú.

Además de este obstáculo había uno mayor: definir la forma de gobierno de Perú, lo que produjo

un desencuentro político. Estos dos asuntos, entre otros, llevaron a los dos grandes generales a

buscar encontrarse personalmente. Hasta ese momento, todos los testigos esperaban que San

Martín terminara su campaña para liberar Perú, pero tras el encuentro con Bolívar en Guayaquil,

decidió dar un paso a un lado, renunciar a todos sus honores y viajar a Europa, donde murió.

Un resultado tan inesperado hizo que los relatos sobre la reunión sirvieran para elaborar perfiles

acomodaticios de las personalidades de Bolívar y San Martín, que varían significativamente

según la nacionalidad del autor. De hecho, en Argentina tanto historiadores como políticos y

literatos construyeron un relato en el que San Martín fue un hombre noble y desinteresado que

dejó en manos de un Bolívar ambicioso y prepotente la independencia de Perú.

Esta versión de la cita de Guayaquil se basa en parte en el relato del edecán del protector del

Perú, el coronel Rufino Guido, quien afirmó haber escuchado al general San Martín decir

después de la entrevista: “¿Qué les parece a ustedescómo nos ha ganado de mano el Libertador

Simón Bolívar?”. Y además, y principalmente, en una carta apócrifa supuestamente enviada por

San Martín a Bolívar y transcrita por el marino francés Gabriel Lafond de Lurcy, —miembro de la

armada peruana durante la independencia—, en su libro Voyages autour du monde et naufrages

célèbres.

El problema es que el original no se ha encontrado en los archivos, ni siquiera en los de Bolívar.

Pero si no existe el manuscrito ¿Cómo fue posible que LaFond lograra transcribirla? Según su

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versión, él le pidió a San Martín documentos para escribir la verdad sobre la reunión de

Guayaquil, y ese sería el origen de la famosa carta.

La misiva, fechada el 29 de agosto de 1822 en Lima, afirma que Bolívar supuestamente se negó

a asumir el comando de las tropas patriotas con la colaboración de San Martín. Ante esta

situación el Protector del Perú en forma altruista le habría dicho al Libertador que una vez

convocado el primer congreso de Perú se retiraría a Chile “convencido de que mi presencia es el

solo obstáculo que le impide a Usted venir al Perú con el ejército de su mando”.

El texto también afirma que lamentó no haber terminado “la guerra de la independencia bajo las

órdenes de un general a quien la América debe su libertad”, lo que le hubiera causado una de las

mayores felicidades de su vida.

A partir de esta carta los historiadores e intelectuales más afamados de la Argentina del siglo XIX

difundieron un relato en el que, con la intención de exaltar la nacionalidad y el patriotismo

propios, se ensalzaba la imagen de San Martín en desmedro de la de Bolívar. El primero de ellos

fue el escritor y presidente argentino Domingo Faustino Sarmiento, quien además de basarse en

unas conversaciones que tuvo con San Martín, utilizó la carta de LaF ond de Lurcy para escribir

el discurso que pronunció en el Instituto Histórico de Francia, el 1 de julio de 1847.

En este retrata a Bolívar como un hombre ambicioso de gloria y de poder frente a un San Martín

noble, capaz de ponerse a las órdenes del Libertador. Afirma que el bonaersense, para

solucionar las dificultades entre ambos, le dijo: “Y bien, general, yo combatiré bajo sus órdenes.

No hay rivales para mí cuando se trata de la independencia americana. Esté usted seguro,

general, venga al Perú; cuente con mi sincera cooperación; seré su segundo”.

En su libro, Historia de San Martín y de la emancipación sudamericana, el historiador y también

presidente argentino Bartolomé Mitre hizo eco de las interpretaciones de LaFond y Sarmiento. Y

así, durante buena parte de la primera mitad del siglo XX, la versión argentina dominó el

panorama cultural latinoamericano, hasta que en 1952 el historiador venezolano Vicente Lacuna

publicó en su libro La entrevista de Guayaquil: El restablecimiento de la verdad histórica en el

que publicaba la carta del secretario Pérez con el propósito de reestablecer la verdad de lo

sucedido y defender la imagen vilipendiada del prócer venezolano.

En vista que Lacuna no pudo mostrar la carta, la Academia de Historia de Argentina se trenzó en

una guerra a muerte con sus colegas venezolanos. Hasta el gran Jorge Luis Borges, apasionado

de los enigmas y documentos perdidos, decidió escribir en El informe de Brodie un cuento

titulado Guayaquil, que recrea, a raíz del descubrimiento ficticio de varias cartas del Libertador,

los pormenores de la entrevista del puerto del Guayas.

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El protagonista, quien ve los documentos, dice sobre la decisión de San Martín de renunciar a la

gloria: “Las explicaciones son tantas… algunos conjeturan que San Martín cayó en una celada;

otros, como Sarmiento, que era un militar europeo extraviado en un continente que nunca

comprendió; otros, por lo general argentinos, le atribuyen un acto de abnegación; otros de fatiga.

Hay quienes hablan de la orden secreta de no sé qué logia masónica”.

Incluso en marzo de este año el periodista colombiano Mauricio Vargas publicó su novela Ahí le

dejo la gloria, en la que recrea lo que se dijeron, en medio de un ambiente de conspiración y

traiciones, los dos grandes libertadores de Suramérica. Una de las virtudes de esta novela es

que incorpora al texto la carta publicada por Lecuna en 1952.

La carta

Al contrario de todo lo dicho, la carta de Pérez muestra que el encuentro entre San Martín y

Bolívar fue cordial. De igual manera la reunión no giró en torno a si Guayaquil debía ser

independiente o anexarse a Colombia, sino al futuro de Perú. De hecho, el viejo general austral

sabía que Bolívar y sus tropas habían ya resuelto esta discusión a su favor.

La otra sorpresa de la carta enviada a Sucre está en que los dos libertadores estuvieron en

desacuerdo sobre el tipo de gobierno que debía regir en el Perú independiente. San Martín,

según Pérez, se quejó “mucho del mando y sobre todo de sus compañeros de armas que

últimamente lo habían abandonado en Lima.

Aseguró que iba a retirarse a Mendoza; que había dejado un pliego anexo para que lo

presentasen al Congreso renunciando al Protectorado (de Lima) y que también renunciaría a la

reelección que contaba se haría en él; que luego de ganar la primera victoria se retiraría del

mando militar sin esperar a ver el término de la guerra; pero añadió que antes de retirarse

pensaba dejar bien puestas las bases del gobierno, que no debía ser democrático porque en el

Perú no conviene y dijo que debería venir de Europa un príncipe solo y aislado a mandar”.

Bolívar se opuso y dijo que ni a América ni a Colombia le convenía introducir príncipes europeos,

que eran ajenos a las masas y que se opondría a ello, salvo que el pueblo decidiera algo así.

Frente a esta oposición y a la defensa que Bolívar hizo de la democracia y del Congreso de

Angostura, San Martín dijo que el principado podría venir después.

San Martín elogió la idea de crear la Federación de los Estados Americanos, que Chile no

tendría problema en entrar pero sí Buenos Aires, y se ofreció a tramitar un arreglo de límites

entre Colombia y Perú. Al final, tras ofrecer toda su ayuda en espera que Colombia hiciera lo

mismo con Perú, el Protector dejó en claro que la reunión fue una visita sin carácter oficial y sin

ningún objeto político y militar.

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Tras su encuentro, a Bolívar le quedó claro que San Martín no tenía ni las fuerzas ni el apoyo

militar para asumir la victoria final sobre los españoles, que tenían una fuerza importante en el

virreinato más rico y contaban con una aristocracia poco afecta a las ideas republicanas. Como

había que neutralizar esta amenaza, Bolívar decidió reclutar 4.000 nuevos hombres que se

unieron al Ejército de 5.000 veteranos que había llevado, para ir al alto Perú. Dos años después,

y tras varias batallas, las de Ayacucho y Tumulsa pusieron fin a la guerra contra los españoles.

“La carta confirma la sospecha que existió siempre acerca de la posición monarquista de San

Martín, algo que no era extraño si se tiene en cuenta el fracaso de los primeros años de la

experiencia democrática en Argentina. Incluso Brasil y México decidieron experimentar el camino

monárquico constitucional”, dice Martínez.

La campaña del sur, al contrario de lo que se podría pensar, dejó más problemas que réditos. La

Nueva Granada, Venezuela y las provincias del actual Ecuador tuvieron que financiarla a un alto

precio para sus economías, lo que tuvo un precio para su estabilidad política. De hecho, la deuda

de guerra causaría tensiones, enemistades y conflictos futuros entre Perú y Ecuador.

Lo paradójico de todo esto es que Bolívar promovería en Bolivia una constitución cesarista y

permitiría que algunos de sus ministros hicieran gestiones preliminares para traer un príncipe

francés para que gobernara a Colombia. Y que la gloria que supuestamente alcanzaría al liberar

a la América hispana no fue mucha, pues al final de sus años terminó rechazado por los países

que liberó.

En medio de todo lo que se ha escrito y especulado sobre lo sucedido en la entrevista de

Guayaquil, la carta deja en claro, para decepción de los argentinos, y posiblemente para alegría

de bolivaristas, que la expulsión de los españoles de Perú era para Bolívar, más que una

cuestión de orgullo y de ansias de poder, un asunto de urgente estrategia militar. Porque la

independencia que había logrado para Caracas, Nueva Granada y Quito estaba menos que

asegurada.

URBANA IDADE

A Cidade Fala : Um projeto

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Projeto Cidade Fala visita o senador Cristovam

O senador Cristovam Buarque recebeu hoje visita dos diretores do portal

Cidade Fala, Benício Viero Schmidt e Cassio Loretti Werneck.

Acesse http://www.cidadefala.com.br/site/home e saiba tudo sobre o projeto.

O que é o projeto Cidade Fala?

Nosso intuito é prospectar as informações sobre as cidades, a percepção

dos cidadãos sobre seus principais problemas, e a maneira como podemos

aproximar a administração pública das questões urbanas.

Oferecemos um espaço de discussão dos problemas urbanos, com a

possibilidade de conectar os moradores de uma mesma área.

Nossa missão é aproximar o conhecimento científico e acadêmico, ações

políticas e a percepção do cidadão aos problemas sociais, promovendo a

discussão e o avanço da democracia no Brasil e na América Latina.

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O DIREITO À MORADIA ADEQUADA :

http://raquelrolnik.wordpress.com

EDUCACIONISMO

http://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br

A escola certa para seu filho

http://epocasaopaulo.globo.com/vida-urbana/a-escola-certa-para-seu-filho/

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Há 4.208 colégios particulares na grande São Paulo. Como avaliar as qualidades de cada um e o que levar em conta na hora da escolha? Época SÃO PAULO cruzou as características das melhores escolas com os perfis dos alunos e criou este guia exclusivoVIDA URBANA - ANA ARANHA • ILUSTRA

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As escolas mais disputadas de São Paulo iniciam seus prnome, tradição ou por liderarem o ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), certos colégios competem não apenas pelas novas matrículas, mas pelo título de “melhor da cidade”. Educadores, no entanto, afirmam que nãodemandas do aluno e da família.

A boa notícia é que o leque de opções é imenso. Ou essa seria a má notícia? Na hora de visitar as instituições de ensino e decidir qual deve receber seu filho, a profusãvezes mais atrapalha que ajuda. Há escolas dereligiosas, com ensino bilíngue ou integral, com décadas de tradição ou “antenadas” no futuro. Cada uma segue um projeto pedagógico coincidir com os perfis do aluno e da família.O primeiro passo, portanto, é fugir da tentação de matricular o filho na mesma escola do sobrinho que “se deu bem”. O que é bom para um pode não ser para o outro. O einvestigar o tipo de formação pretendida e o que cada escola oferece. Em geral, a importância dada ao vestibularfunciona comoprova e outras que focam habilidades para a vida, como autoelas, uma gama de variações tenta conciliar os dois aspectos.

4.208 colégios particulares na grande São Paulo. Como avaliar as qualidades de cada um e o que levar em conta na hora da escolha? Época SÃO PAULO cruzou as características das melhores escolas com os perfis dos alunos e criou este guia exclusivo

ANA ARANHA • ILUSTRAÇÕES SAMUEL RODRIGUES - 09/10/2011

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As escolas mais disputadas de São Paulo iniciam seus processos seletivos em outubro. Por nome, tradição ou por liderarem o ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), certos colégios competem não apenas pelas novas matrículas, mas pelo título de “melhor da cidade”. Educadores, no entanto, afirmam que não existe ensino “top”. Escola ideal é a que responde às demandas do aluno e da família.

A boa notícia é que o leque de opções é imenso. Ou essa seria a má notícia? Na hora de visitar as instituições de ensino e decidir qual deve receber seu filho, a profusão de possibilidades às vezes mais atrapalha que ajuda. Há escolas de todo tipo: linhas-duras ou liberais, leigas ou religiosas, com ensino bilíngue ou integral, com décadas de tradição ou “antenadas” no futuro. Cada uma segue um projeto pedagógico – e a escolha será acertada se a linha educacional coincidir com os perfis do aluno e da família. O primeiro passo, portanto, é fugir da tentação de matricular o filho na mesma escola do sobrinho que “se deu bem”. O que é bom para um pode não ser para o outro. O einvestigar o tipo de formação pretendida e o que cada escola oferece. Em geral, a importância

como divisor de águas. Há escolas que priorizam o preparo para a prova e outras que focam habilidades para a vida, como autonomia e pensamento crítico. Entre elas, uma gama de variações tenta conciliar os dois aspectos.

4.208 colégios particulares na grande São Paulo. Como avaliar as qualidades de cada um e o que levar em conta na hora da escolha? Época SÃO PAULO cruzou as características das

09/10/2011

ocessos seletivos em outubro. Por nome, tradição ou por liderarem o ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), certos colégios competem não apenas pelas novas matrículas, mas pelo título de “melhor da cidade”.

existe ensino “top”. Escola ideal é a que responde às

A boa notícia é que o leque de opções é imenso. Ou essa seria a má notícia? Na hora de visitar o de possibilidades às

duras ou liberais, leigas ou religiosas, com ensino bilíngue ou integral, com décadas de tradição ou “antenadas” no futuro.

colha será acertada se a linha educacional

O primeiro passo, portanto, é fugir da tentação de matricular o filho na mesma escola do sobrinho que “se deu bem”. O que é bom para um pode não ser para o outro. O essencial é investigar o tipo de formação pretendida e o que cada escola oferece. Em geral, a importância

divisor de águas. Há escolas que priorizam o preparo para a nomia e pensamento crítico. Entre

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Tão relevantes quanto a linha pedagógica são as regras de comportamento adotadas. Pode cabular aula? Beijar na boca? Precisa usar uniforme? Também é possível filtrar as escolas de acordo com qualidades específicas que tenham grande significado para determinado aluno. Os muito tímidos, por exemplo, podem ser beneficiados por características que favoreçam seu desenvolvimento, comoclasses enxutas e salas horizontais – nas quais se evita a “turma do fundão”. Escolher a escola é a arte de levar em conta tudo isso, sem fechar os olhos para aspectos como infraestrutura e organização – e atentos para reconhecer quando o discurso não se verifica na prática. Época SÃO PAULO fez mais. Consultou especialistas, selecionou as escolas mais recomendadas, desvendou os métodos de ensino adotados em cada uma e assistiu a aulas em quatro delas para mostrar como elas funcionam no dia a dia.

Meritocracia Entre os mais bem colocados no Enem estão os que priorizam a excelência acadêmica. Muitos também preparam para o mercado de trabalho, estimulando a competição. É assim no Vértice (Campo Belo), líder do ranking, e no Objetivo Integrado (Av. Paulista), criado há dois anos para reunir os melhores alunos da rede Objetivo. No Bandeirantes (Paraíso), sexto colocado no Enem, as turmas são divididas por notas. Os alunos lotam a biblioteca e abdicam de eventos sociais nasemana de provas. Na aula de história do segundo ano do ensino médio, 40 alunos aprendem sobre a dissolução da União Soviética. O professor fala rápido, confere o relógio a cada dez minutos e anota palavras na lousa: Perestroika, Glasnost. A maioria anota. O conteúdo é salpicado com piadas e momentos de descontração. A sala está conectada, o que se comprova quando o professor troca um nome: “Foi assim na Hungria”. “Romêniaaa”, corrige a turma, em coro. À medida que a aula se aproxima do fim, aumenta a frequência com que o professor olha o relógio. Alguns levantam a mão. Ele pede para esperar e faz intervalos curtos para responder. As últimas dúvidas são esclarecidas a caminho da porta. “O Bandeirantes é bom para quem gosta de estudar ou quer passar num vestibular difícil”, diz Thais Sterenberg, de 17 anos, que faz terapia para lidar com a cobrança. Para o diretor Mauro Aguiar, a pressão é consequência do padrão elevado. “A escola é a antessala da vida adulta, onde eles não serão protegidos”, diz. “Temos de prepará-los, e não iludi-los.”

Questionar o mundo Na outra ponta estão escolas com uma formação menos focada no vestibular e no mercado. “Elas ajudam o aluno a conhecer seus pontos fracos e virtudes para que ele saia apto a fazer suas escolhas”, afirma Pedro Sales, professor de história do Colégio Carandá (Vila Clementino). Em geral, valorizam o senso crítico e a habilidade de aprender sem enfatizar o conteúdo tradicional nem estimular a competição. Se encaixam nesse modelo, entre outros, o Oswald de Andrade (Alto da Lapa) e o Equipe (Santa Cecília), um dos primeiros colégios a trabalhar com esse tipo de formação. A escola tem projetos que integram disciplinas e utiliza abordagens menos convencionais na condução do conteúdo. Os alunos do segundo ano do ensino médio, por exemplo, visitam o polo industrial de Cubatão (SP) para estudar a história e a geografia da cidade em associação com temas de química e física. A prática em sala reflete essa dinâmica. Sentados em roda para a aula de história, alunos dosegundo ano recebem um texto do sociólogo José de Souza Martins: 30 páginas em estilo acadêmico sobre as relações trabalhistas na produção do café. Cada aluno lê um parágrafo em voz alta, enquanto a professora destaca os conceitos centrais. Poucos anotam, mas muitos participam – sem levantar a mão – com perguntas e comentários. Eliane Yambanis, a professora, dá respostas longas e faz paralelos com a atualidade. Quando bate o sinal, ela se mostra surpresa: “Já é o nosso?”. No intervalo, afima: “Certos assuntos não estavam previstos. Mas as perguntas foram maravilhosas, e a gente tem flexibilidade para construir a aula com

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eles”. Segundo especialistas, o ensino que abre espaço para a construção coletiva trabalha a capacidade de questionar o mundo, aprender com o outro e se relacionar. “Esse tipo de formação leva o aluno à reflexão”, diz a assessora educacional Celina Fernandes, consultora da Unesco para a elaboração de currículos da rede pública. Autonomia Outro fator importante é o modo como a escola trabalha a autonomia e a participação. É esse o forte da Escola Nossa Senhora das Graças, o Gracinha (Itam Bibi). No dia em que a reportagem visitou a escola, acontecia o debate para a eleição do grêmio. Para abrir espaço na grade, as aulas foram reduzidas de 50 para 40 minutos. Alunos lotavam o pátio, alternando palmas e vaias. O principal embate era sobre como a chapa que está hoje no segundo ano daria conta do grêmio nas vésperas do vestibular. “Essa escola já nos ensinou que vestibular não é tudo”, argumentou um dos mais velhos. Até as meninas do sexto ano usaram o microfone: “Queremos saber o que vocês vão fazer pelo ensino fundamental”. Uma vez por ano, os alunos participam de uma simulação de reunião da ONU. Mais que imitar a realidade, os alunos que representam as delegações defendem suas ideias. Na última edição, a maioria dos países votou pela legalização da maconha.

Disciplina Se a família é rígida, a indicação é buscar espaços regrados, como Rio Branco (Higienópolis), Arquidiocesano (Vila Mariana) ou Visconde de Porto Seguro (Morumbi), um dos colégios com maior tradição nesse sentido. “Exigimos que as atitudes sejam condizentes com as normas de convivência”, diz a diretora Celina Cattini, responsável por 10 mil alunos, distribuídos pelas três unidades do Porto Seguro. “Aqui, o respeito é inegociável.” A escola tem um bedel para cada 20 alunos e mantém os pais informados sobre os hábitos dos filhos por meio de um boletim em que se registram faltas, dever de casa e problemas de atitude. Uniforme é obrigatório. E, se um aluno agride outro, recebe suspensão imediata.

Regras de comportamento não têm relação direta com as linhas pedagógicas. O colégio Bandeirantes, que adota métodos de ensino parecidos com os do Porto Seguro, é mais liberal no dia a dia, por exemplo. Lá, os alunos não usam uniforme, podem cabular e até sair da escola no horário de aula. Todos esses aspectos funcionam como ingredientes a ser combinados no preparo de uma receita. Com eles, fica fácil chegar à escola ideal. Para o seu filho, é claro.

Ponto de virada Algumas características de personalidade da criança ou do adolescente exigem um olhar mais apurado na hora da escolha, em especial quando algo não anda bem em sua trajetória educacional. Confira algumas dicas

Meu filho é… Desorganizado O que buscar? Escola que use espaço físico e procedimentos para ajudar o aluno a se regrar. A exigência de uma agenda é importante, assim como o acompanhamento do caderno do aluno.

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Onde encontrar? No Rainha da Paz, os alunos têm agenda, armário e local para guardar mochila e pertences durante a aula. Os professores ensinam métodos de estudo, como fichamento, resumo e como grifar um texto.

Meu filho é… Tímido e sofre bullying O que buscar? Se a agressão é persistente e gera muito sofrimento, a recomendação é mudar de escola. Procure salas largas e não muito fundas, com turmas pequenas, onde o professor possa acompanhar o que acontece com a turma.

Onde encontrar? O Carandá é uma escola pequena, que trabalha com menos de 25 alunos por sala. Como todos se conhecem, os professores conseguem seguir de perto a evolução de cada aluno, o que aumenta as chances de detectar problemas com alunos tímidos.

Meu filho é… Indisciplinado e agressivo O que buscar? O ideal é uma escola grande, onde ele não poderá chamar a atenção de todos para si. O indicado é que a instituição tenha normas de conduta claras e cumpra regras

Onde encontrar? O Porto Seguro, com 10 mil alunos em três unidades, exige uniforme e é rígido em disciplina. O colégio não dá avisos antes de suspender um estudante, o que pode acontecer no primeiro caso de agressão física ou verbal

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Meu filho é… Fechado para lidar com pessoas diferentes O que buscar? Estudos de campo integrados à aula obrigam o aluno a entrar em contato com realidades distantes da que está inserido. Fuja de escolas que selecionam muito na entrada, em especial as que escolhem pelo nome da família

Onde encontrar? A Escola da Vila trabalha com diversos projetos com estudos de campo em que o aluno tem de interagir com pessoas de outros grupos sociais para obter respostas

Meu filho é.. Hiperativo, disléxico ou tem deficit de atenção O que buscar? Escola que o integre à aula regular e ofereça atendimento extrassala. Observe se há um funcionário para isso. Pode ser um professor, tutor ou psico-pedagogo

Onde encontrar? A Escola Viva oferece atendimento individual e integra às aulas regulares. O trabalho em artes facilita a expressão e a integração

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Além da maquiagem Como driblar o marketing feito pelas escolas para encher os olhos dos pais com artifícios que nem sempre revertem em ensino de qualidade High tech Lousas eletrônicas, iPads e laptops impressionam, mas nem sempre são úteis para o ensino. A maior parte dos professores ainda não sabe usar a tecnologia – e ela pode atrapalhar uma boa aula tradicional. Procure saber se a escola dá essa formação aos professores. Não basta saber usar os equipamentos, é preciso saber ensinar com eles Estudo ou passeio? Há cada vez mais agências especializadas em estudos do meio. A escola promove viagens para ensinar mudanças climáticas no Recife ou história na Europa. O problema surge quando todo o serviço é terceirizado – e o trabalho vira turismo com apostila. Verifique se é o professor da disciplina em questão quem organiza a viagem Infraestrutura esportiva Os olhos dos alunos costumam brilhar com ginásio coberto e piscina. Por isso, muitas escolas investem na infraestrutura, mas economizam em itens mais importantes para o ensino. Priorize saber se os professores de educação física são bem remunerados e participam das reuniões pedagógicas Escolas “multiuso” Algumas escolas dizem preparar o aluno para tudo: vestibular, autonomia, disciplina, pensamento crítico e formação para a vida. Balela: não é possível atuar bem em todas as posições. Na visita, ouça e observe antes de dizer o que procura. Pergunte os pontos fortes da escola e cheque com os alunos se o discurso se aplica à prática

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Cartilha da matrícula Escolhida a melhor escola? Saiba onde e como se inscrever para o processo seletivo* Albert Sabin Exige notas altas e oferece aulas de aprofundamento para os alunos com média de aproveitamento superior a 7. Av. Darcy Reis, 1.901, Pq. dos Príncipes, tel. 3712-0713, albertsabin.com.br. Disponibilidade de vagas sob consulta. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 1.555. Arquidiocesano Tradicional, tem investido em tecnologia para se modernizar. Pertence à rede de escolas maristas, ligada à Igreja Católica. R. Domingos de Moraes, 2.565, Vila Mariana, tel. 5081-8444, marista.org.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: avaliação. Mensalidade: R$ 1.740. Bandeirantes Exige dedicação intensa dos alunos. Investe em tecnologia e na formação dos professores. R. Estela, 268, Vila Mariana, tel. 5087-3500, colband.com.br. Inscrições até 18/10. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 2.061. Bialik Famosa na comunidade judaica, concilia formação humanista e currículo tradicional.R. Simão Álvares, 680, Pinheiros, tel. 3093-0830, bialik.g12.br. Inscrições até 14/12. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 2.027. Carandá Pequena, desenvolve habilidades como autonomia e senso crítico por meio de projetos e estudos de campo. R. Doutor Diogo de Faria, 1.338, Vila Clementino, tel. 3562-3644, escolacaranda.com.br. Inscrições até 31/10. Processo seletivo: entrevista e exame. Mensalidade: R$ 2.000. Castanheiras Escola nova, investe em tecnologia e tem um corpo de especialistas para assessorar as disciplinas. Al. Castanheiras, 250, Tamboré, Santana do Parnaíba, tel. 4152-4600, escolacastanheiras.com.br. Informações somente sob consulta. Mensalidade: R$ 2.122. Chapel Segue modelo americano, com a maior parte das aulas em inglês. Os formandos recebem diplomas brasileiro, americano e internacional. R. Vigário João Pontes, 537, Chácara Flora, tel. 2101-7400, chapelschool.com. Informações e mensalidade somente sob consulta. Dante Alighieri Com ensino puxado, exige uniforme e proíbe namoro. Preza a própria tradição, com hino e escudo. Al. Jaú, 1.061, Cerqueira César, tel. 3179-4400, colegiodante.com.br. Inscrições até 17/10. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 1.751. Desembargador Amorim Lima Nesta escola municipal, não há provas. Os alunos se agrupam por área de interesse. Método de ensino inspirado na Escola da Ponte, em Portugal, reconhecida pela ousadia. R. Prof. Vicente Peixoto, 50, Vila Indiana, tel. 3726-1119, amorimlima.org.br. Informações sob consulta. Gratuita. Emilie de Villeneuve Escola de freiras católicas, tem ensino humanista voltado para o desenvolvimento do senso crítico e da ética. R. Madre Emilie de Villeneuve, 331, Vila Mascote,

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tel. 5671-8888, colegioemilie.com.br. Processo seletivo: análise de perfil. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 1.712. Equipe As aulas são flexíveis para incorporar a participação dos alunos. Ênfase em projetos e estímulo ao senso crítico. R. São Vicente de Paula, 374, Santa Cecília, tel. 3814-2188, colegioequipe.g12.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$1.462. A Escola da Vila Conhecida pelos ótimos professores, tem tradição no trabalho com projetos, artes e estudos de campo. R. Alfredo Mendes da Silva, 55, Morumbi, tel. 3751-5255, vila.com.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: prova de competências gerais. Mensalidade: R$ 1.700. Escola Técnica Estadual de SP Ensino médio integrado ao técnico. Laboratórios avançados e profissionais da área como professores. Av. Tiradentes, 615, Bom Retiro, tel. 3326-0993. Inscrições até 18/10. Processo seletivo: exame. Gratuita. Escola Waldorf Rodolf Steiner Alinhada à pedagogia Waldorf, tem por princípio estimular a imaginação e a liberdade. Respeita o ritmo do aluno e trabalha habilidades artísticas, motoras e outras que não só a intelectual. R. Job Lane, 900, Jd. Petrópolis, 5523-6655, ewrs.com.br. Processo seletivo: prova e entrevista. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$1.735. Escola Viva Desenvolvimento acadêmico ligado às artes. Estimula a prática de pesquisas. R. Casa do Ator, 836, Vila Olímpia, tel. 3053-5850, escolaviva.g12.br. Processo seletivo: prova de sondagem. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade sob consulta. Etapa Nasceu como cursinho e segue o modelo de ensino voltado para o vestibular. R. Vergueiro, 1.951, Vila Mariana, tel. 2187-1000, etapa.com.br. Processo seletivo: exame. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 2.015. Graded School Segue modelo de ensino americano e dá diploma brasileiro e internacional. Alta carga horária e exigente. Av. Giovanni Gronchi, 4.710, Morumbi, tel. 3747-4800, graded.br. Inscrições apenas em 2012. Processo seletivo sob consulta. Mensalidade: R$ 5.200. Lourenço Castanho Concilia conteúdo tradicional com o desenvolvimento de habilidades para a vida. R. Fiandeiras, 77, Vila Nova Conceição, tel. 3047-0099, lourencocastanho.com.br. Processo seletivo: entrevista, prova e dinâmica de grupo. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 2.198. Lumiar Os alunos montam a grade junto com tutores. Focado em projetos. Recebeu o Prêmio Microsoft Escolas Inovadoras. Não tem ensino médio. R. Bela Cintra, 561, Consolação, tel. 3256-7092, lumiar.org.br. Processo seletivo sob consulta. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 1.691 (sexto ano do fundamental). Miguel de Cervantes Com formação bilíngue, confere dois diplomas, o brasileiro e o espanhol. Exige bom desempenho e é forte no ensino de exatas. Av. Jorge João Saad, 905, Jardim Leonor, tel. 3501-2293, cmc.com.br. Informações e mensalidade sob consulta. Móbile Ensino puxado. Oferece estudo avançado opcional e aulas de teatro. R. Diogo Jácome, 848, Moema, tel. 5536-4402, escolamobile.com.br. Inscrições até 17/10. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 2.264. Nossa Senhora das Graças Forte em humanas, incentiva a autonomia dos alunos. Investe em atividades extrassala e tem turmas pequenas. R. Tabapuã, 303, Itaim Bibi, tel. 3165-2266, gracinha.g12.br. Inscrições até 14/10. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 2.133. Objetivo A rede nasceu a partir do cursinho e tem um sistema de ensino focado no vestibular. Há dois anos, reuniu os melhores alunos no Objetivo Integrado. Av. Paulista, 900, Bela Vista, tel. 3170-3797, objetivo.br. Há outras unidades na cidade. Inscrições até janeiro de 2012. Processo seletivo: não tem. Mensalidade: R$ 1.330 (tarde) e R$ 1.685 (manhã). Oswald de Andrade Com grade curricular flexível aos interesses dos alunos, estimula a participação e oferece orientação profissional. R. Cerro Corá, 2.375, Alto da Lapa, tel. 3024-

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2644, colegiooswald.com.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: prova diagnóstica. Mensalidade sob consulta. Palmares Exigente, tem currículo com muito conteúdo e boa aprovação nos vestibulares de engenharia. Av. Pedroso de Morais, 1.341, Pinheiros, tel. 3037-2555, colegiopalmares.com.br. Processo seletivo: exame. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 2.410. Play Pen Bilíngue, trabalha o desenvolvimento psicomotor dos alunos. Muitos professores são autores de livros didáticos. Praça Professor Américo de Moura, 101, Morumbi, tel. 3812-9122, playpen.com.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo sob consulta. Mensalidade: R$ 3.259. Politéia Alunos participam da gestão e são agrupados por interesse, e não em séries. A equipe pedagógica veio da escola Lumiar. R. Dona Germaine Burchard, 511, Barra Funda, tel. 3803-9805, politeia.org.br. Processo seletivo sob consulta. Sujeito à disponibilidade de vagas. Mensalidade: R$ 1.044. Rainha da Paz Católica, é reconhecida pelo trabalho realizado com alunos com dificuldades. R. Dona Elisa de Moraes Mendes, 39, Alto de Pinheiros, tel. 3021-5711, rainhadapaz.g12.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: entrevista e prova. Mensalidade: R$ 1.480. Rio Branco Tradicional, tem regras rígidas que, se não cumpridas, podem levar à expulsão. Av. Higienópolis, 996, Higienópolis, tel. 3829-2900, crb.g12.br. Há outras unidades na cidade. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: avaliação de perfil. Mensalidade: R$ 1.712. Santa Cruz Concilia muito conteúdo e regras flexíveis. Com tradição humanista, foi um dos primeiros da cidade a ter aulas de filosofia. Av. Arruda Botelho, 255, Alto de Pinheiros, tel. 3024-5199, santacruz.g12.br. Inscrições até 21/10. Processo seletivo: exame. Mensalidade: R$ 2.070. Sidarta Com ensino integral e inspiração na filosofia oriental, tem curso de mandarim e algumas aulas são ministradas em inglês. Estrada Fernando Nobre, 1.332, Cotia, tel. 4612-2711, sidarta.g12.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo: prova de sondagem. Mensalidade: R$ 2.862. Stance Dual Bilíngue em inglês, desenvolve projetos ligados à música e ao meio ambiente e dá ênfase ao raciocínio lógico. R. Avanhandava, 682, Bela Vista, tel. 3017 2780, stance.com.br. Inscrições enquanto houver vagas. Processo seletivo sob consulta. Mensalidade: R$ 3.600. Vera Cruz Estimula o aluno a construir o conhecimento e a interagir em estudos de campo. R. Baumann, 73, Vila Leopoldina, tel. 3838-5990, veracruz.edu.br. Inscrições até 28/10. Processo seletivo: prova e “atividade cooperativa”. Mensalidade: R$ 2.064. Vértice Exige alto desempenho, com avaliação permanente. Há quatro anos entre os dez primeiros no Enem. Av. Princesa Isabel, 1.036, Campo Belo, tel. 5533-5500, verticeespacocultural.com.br. Informações sob consulta. Mensalidade: R$ 2.466. Visconde de Porto Seguro Com regras rígidas, permite a opção entre três currículos: brasileiro, alemão ou técnico. R. Floriano Peixoto Santos, 55, Morumbi, tel. 3749-3250, portoseguro.org.br. Há outras unidades na cidade. Inscrições enquanto houver vagas. Prova diagnóstica. Mensalidade: R$ 1.187. *Colaborou Luís Felipe Orlando

REFORMA POLÍTICA

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de

tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas

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mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra

e a ter vergonha de ser honesto.”

Rui Barbosa

Sinto Vergonha de Mim. Rui Barbosa - YouTube

► 3:11► 3:11

www.youtube.com/watch?v=Lo1gPVsKp5E

o

02/07/2007 - Vídeo enviado por macpig

Texto de Cleide Canton e Rui Barbsa por Rolando Boldrim.

http://www.reformapolitica.org.br/

Democracia e Reformismo Politico

http://gilvanmelo.blogspot.com.br

REFORMA POLÍTICA JÁ!

http://www.reformapolitica.org.br/

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COPA 2014

TV - SUGESTÕES

GLOBONEWS – Programação -http://g1.globo.com/globo-news/

Economia Brasileira

Dólar começa dia em baixa e deve seguir pressionado

Europa em crise

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Especial: Espanha atual é um país de muitos contrastes

CARAVANA DOS LIVROS – QUINTAS 22 H. – TV CULTURA

POR TRÁS DA CANÇÃO – Quintas 22h – TV BIS

CAFÉ FILOSÓFICO – Domingos 22h – TV Cultura

FILME CLÁSSICO – Quintas 22h – TV FUTURA

CANAL CURTA –www.canalcurta.com.br/

! Plural, verdadeiramente Curta contemporâneo, multifacetado como a nossa realidade. Programação

ARS GRATIA ARS

A arte salvará o mundo – Dostoievski - eis que da natureza do homem, como a natureza é a arte de Deus (Baylei)

VIDEO

Filmes e Filosofia – Rejane Xavier recomenda

Não conheço os autores, mas a idéia é boa. Neste site tem o áudio das

palestras (não ouvi ainda)

História da Filosofia em 40 Filmes

www.lavoroproducoes.com.br

CAIXA Cultural RJ – Cinema 2 Curadores e palestrantes: Alexandre Costa e

Patrick Pessoa De 16 de maio de 2009 a 28 de fevereiro de 2010, sábados às

10h30 Entrada franca

CINEMA

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http://www.adorocinema.com

http://cadernodecinema.com.br

Curtas Metragens | a curta metragem independente www.curtasmetragens.com.br/

Porta Curtas | Porta Curtas portacurtas.org.br/

PÉROLAS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

- Ronaldo Conde Aguiar. Prolongamento de "Divas do Rádio Nacional".

CRÔNICAS FOR EVER

CARPE DIEM

http://amigogourmet.webnode.com/news/cozido/?fb_action_ids=10201673040566807&fb_a

ction_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22102016730405

66807%22%3A618937844813628%7D&action_type_map=%7B%2210201673040566807%22%

3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

Juarez de Paula

"Os sabores do palácio" de Christian Vincent me surpreendeu. Um filme

sobre a arte da cozinha com a mesma pegada de "A festa de Babette". Vale

ver! Delicioso!

BOLETINS DE NOTÍCIA

MANCHETES EDUCACIONISTAS

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CLIPPING DE NOTÍCIAS ELABORADO PELO GABINETE DO SENADOR CRISTOVAM BUARQUE

ENVIE AS MANCHETES EDUCACIONISTAS PARA SEUS AMIGOS E AMIGAS E MULTIPLIQUE A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO NA LUTA PELA PRIORIDADE DA EDUCAÇÃO ... MAIS DE 10 MIL PESSOAS RECEBEM DIARIAMENTE AS MANCHETES EDUCACIONISTAS ... AJUDE A MULTIPLICAR

ESSE PÚBLICO ATIVO . Clique para abrir as matérias:

www.educacionista.org.br/jornal - www.educacionista.org.br/manchete - www.cristovam.org.br

Manchetes Educacionistas - 26/8/13 - Edição nº 1161

• CRISTOVAM: Susto e alerta • TECNOLOGIA EDUCACIONAL: Os desafios da educação • SP: Estado vai mapear hábitos alimentares de 13 mil estudantes • Projeto de lei pode punir o gestor que não investe em educação • Creche financiada pelo MEC também está sem funcionar • Para pesquisadora, falta padrão mínimo do que é um bom professor • Florianópolis, a Capital da educação (Artigo) • Mortalidade infantil está diretamente associada à falta de estudo dos pais • Cidade na PB melhora índices com aulas • Moradores de rua custam R$ 1,6 mi ao ano à Prefeitura de Ribeirão Preto • Educadores apontam riscos da reforma paulista • PNE trata de planos de carreira e Piso • Inclusão na marra (Artigo) • BULLYING: Pesquisa aponta que 40% já foram vítimas • Educação paraense sob a ótica dos direitos humanos (Entrevista) • Taubaté realiza inscrições de curso de inclusão educacional para jovens • A educação como paixão e negócio • FAO usa merenda do Brasil como exemplo • EDUCAÇÃO INFANTIL: Cuidar e ensinar são valorizados • Ensino Infantil é desafio (Artigo) • ESTÁGIO: Maturidade e foco são valorizados • Por emprego, mulheres deixam o bolsa família • Ensinar e aprender (Editorial) • ‘Nem nem’ pouco escolarizado preocupa • Cinco grandes terão 33% do mercado de universidades • Ajuda federal a estudantes torna o setor ainda mais atraente • Processos seriados são opções para o aluno ir direto ao ensino superior • GDF inicia regularização do Bolsa Universitária • Expansão do ensino técnico é alternativa adotada pelo MEC • Com emprego em alta, jovens atrasam mais os estudos • Professor de Jundiaí alerta para os perigos do ‘internetês’ • IMPOSTOS …Carga pesada (Editorial) • Envolvimento de toda a escola determina sucesso de Um Computador por Aluno • Reprovando a repetência (Artigo) • Universitários de Ceilândia farão curso para atuar na prevenção da violência • REFORMA EDUCACIONAL DE SP:Lição, notas, reprovação • Negros estudam menos, mesmo nas regiões mais ricas de São Paulo, aponta estudo • A escola certa para seu filho • Senador Inácio recebe representantes cearenses da Campanha Nacional pelo Direito à Educação •

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