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INTENSIVO II – Direito Tributário – Tathiane Piscitelli– 02.07.2012 Material elaborado pela Fayola INTENSIVO II Disciplina: Direito Tributário Profª. Tathiane Piscitelli Data: 02.07.2012 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA Índice 1. Conteúdo digitado durante a aula 2. Jurisprudência correlata 2.1. RE 116.121 2.2. RE 547.245 2.3. Resp 1.125.133/SP. 2.4. RE 594.996 2.5. RE 540.829 3. Simulados 1. CONTEÚDO DIGITADO DURANTE A AULA 1) Aspectos constitucionais do ISS Serviços de qualquer natureza: - fora competência ICMS; - definidos em LC. A LC deve trazer uma lista de serviços. Essa lista deve ser exemplificativa ou taxativa? A lista é taxativa. Se o serviço não estiver previsto na lista não poderá haver a tributação. A lista apesar de ser taxativa, comporta interpretação ampla de seus tópicos. Destaque: Alíquotas do ISS Nos termos da CF é delegada a competência para a LC estabelecer a alíquota máxima e alíquota mínima para o ISS. Guerra fiscal representa uma disputa entre os entes da federação cuja arma é o tributo. A LC 116/2003 não define a alíquota mínima, apenas a máxima de 5% no art. 8º. Diante disso, tivemos a inclusão no art. 88, I, do ADCT. Essa foi a forma encontrada para minimizar a guerra fiscal. Problema específico: incidência do ISS nos contratos de leasing Contratos de arrendamento mercantil a) Histórico legislativo DL 406/68: lista de serviços.

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  • INTENSIVO II Direito Tributrio Tathiane Piscitelli 02.07.2012 Material elaborado pela Fayola

    INTENSIVO II Disciplina: Direito Tributrio Prof. Tathiane Piscitelli Data: 02.07.2012

    MATERIAL DE APOIO MONITORIA

    ndice

    1. Contedo digitado durante a aula 2. Jurisprudncia correlata 2.1. RE 116.121 2.2. RE 547.245 2.3. Resp 1.125.133/SP. 2.4. RE 594.996 2.5. RE 540.829 3. Simulados

    1. CONTEDO DIGITADO DURANTE A AULA 1) Aspectos constitucionais do ISS

    Servios de qualquer natureza: - fora competncia ICMS; - definidos em LC. A LC deve trazer uma lista de servios. Essa lista deve ser exemplificativa ou taxativa? A lista taxativa. Se o servio no estiver previsto na lista no poder haver a tributao. A lista apesar de ser taxativa, comporta interpretao ampla de seus tpicos.

    Destaque: Alquotas do ISS

    Nos termos da CF delegada a competncia para a LC estabelecer a alquota mxima e alquota mnima para o ISS. Guerra fiscal representa uma disputa entre os entes da federao cuja arma o tributo. A LC 116/2003 no define a alquota mnima, apenas a mxima de 5% no art. 8. Diante disso, tivemos a incluso no art. 88, I, do ADCT. Essa foi a forma encontrada para minimizar a guerra fiscal.

    Problema especfico: incidncia do ISS nos contratos de leasing

    Contratos de arrendamento mercantil

    a) Histrico legislativo DL 406/68: lista de servios.

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    Item 79: locao de bens mveis, INCLUSIVE arrendamento mercantil. Esse foi um objeto de questionamento no STF (essa obrigao equivale a uma obrigao de dar e no deve ser visto como um servio). O STF reconhece a inconstitucionalidade do item 79. RE 116.121 (out de 2000). LC 116: lista. - Item 301: locao de bens mveis. (Esse item foi vetado pelo Presidente da Repblica). - Item 1509: arrendamento mercantil. O arrendamento mercantil trata-se ou no de modalidade de locao?

    b) Postura do STF: RE 547.245 (dez/2009) Temos 3 modalidades de leasing: - operacional; - financeiro; - lease-back. Dessas 3 modalidades, apenas o leasing operacional se confunde com locao os outros dois so modalidades de financiamento (equivale a servio). RE 592.905 Smula vinculante n. 31: inconstitucionalidade do ISS sobre locao* de bens mveis que no se confunde com o leasing (exceto o operacional).

    ICMS: pontos centrais

    1) Previso normativa do ICMS

    Art. 155, II, CF + art. 155, 2 a 4, CF. LC 87/96: normas gerais. As alquotas so estabelecidas pelo Senado Federal por meio de resoluo. O objetivo a uniformizao do ICMS, com base nisso vem a lei estadual e cria o imposto.

    2) Art. 155, II, CF: ICMS

    O ICMS incide sobre operaes de circulao de mercadorias e prestao de servios. A prestao de servio restringe ao transporte interestadual, intermunicipal e prestao de servio de comunicao. 2.1. ICMS comunicao A ----------------------------------------- B (emissor) (receptor) Entre o emissor e o receptor h uma troca de mensagens. Essa troca caracteriza a comunicao. O ICMS incide sobre a prestao do servio de comunicao. Isso pressupe a existncia de um terceiro que faa a intermediao da mensagem. Esse terceiro o prestador do servio de comunicao e deve ser essencial para que haja a devida prestao.

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    Debates: STJ a) Provedores de acesso internet

    b) Servios de habilitao

    - telefone fixo; - telefone celular; - aparelho de TV a cabo.

    a) Provedores de acesso internet

    Para que haja servio de comunicao necessrio um terceiro que realize a intermediao da mensagem. Esse terceiro absolutamente essencial para que haja a troca de mensagens. STJ: o provedor de acesso no presta servio de comunicao em razo de ser essencial a troca de mensagens. O provedor de acesso internet presta servio de valor agregado ( um servio que melhora a comunicao). A lista da LC 116/2003 omissa. Smula 334, STJ.

    b) Servios de habilitao - Telefone fixo; - telefone celular; - aparelho de TV a cabo. So prvios comunicao. So servios necessrios para que a comunicao ocorra. STJ: servios so preparatrios comunicao, mas com esta no se confundem. Smula 350, STJ.

    3.2. ICMS operaes de circulao de mercadorias necessrio todos os itens seguintes para a incidncia do ICMS:

    - Operao: negcio jurdico. - Circulao: transferncia jurdica = de propriedade. - Mercadoria: a mercadoria um bem mvel, destinado ao comrcio, de forma habitual e com intuito de lucro.

    a) Transferncia entre estabelecimentos de mesmo titular

    STJ: No incide ICMS porque no h circulao de mercadoria. Smula 166, STJ. Vlida, inclusive, para operaes interestaduais. Resp 1.125.133/SP.

    b) ICMS importao

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    Art. 155, 2, IX, a, CF. Esse dispositivo foi alterado pela EC 33/2001. b.1. Histrico do ICMS importao Antes da EC 33/2001 Aps a EC 33/2001 Incidncia na importao de mercadoria, feita por contribuinte do imposto.

    Incidncia na entrada de bem ou mercadoria, feita por contribuinte ou no do imposto e independentemente da finalidade

    Smula 660, STF: afasta ICMS importao das PPs ou PJs no contribuintes.

    Ampliao da base econmica de incidncia do ICMS.

    STF Importao Importao PF ou PJ no contribuinte em regime de leasing

    b.2. Primeira discusso: importao por PF ou PJ no contribuinte Problema: ausncia de mercadoria. No STF: precedente smula 660. RE RG 594.996 (junho/2009) ainda no h deciso de mrito. b.3. Segunda discusso: importao em regime de leasing Problema: ausncia de transferncia de propriedade/circulao. Aqui estamos falando basicamente do leasing operacional (locao). No STF: 2005: 206.069 2007: 461.968 Min. Ellen Gracie Min. Eros Grau Leasing internacional de forno. Leasing internacional de aeronave. O forno era destinado a compor o ativo fixo da empresa. Era mais parecido com o leasing financeiro.

    Leasing operacional.

    Incide o ICMS. No incide o ICMS. Repercuso geral no RE 540.829 (02/06/2011)

    3) Princpio da no cumulatividade

    Trata-se de um instrumento de reduo da carga tributria sobre o consumo. Funciona pela compensao entre crditos e dbitos do imposto. Art. 155, 2, I, II, CF. Regras:

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    - Teremos crdito quando houver entrada e dbito na sada. - O crdito (na entrada) equivale ao ICMS devido na operao anterior. - O dbito (na sada) equivale ao ICMS devido na operao atual. Apurao mensal: ICMS = D C O ICMS imposto plurifsico, ou seja, incide em todas as etapas de circulao de mercadorias. 3.1. Limitaes ao princpio da no-cumulatividade Art. 155, 2, II, CF. Direito a crdito: condicionado incidncia do imposto nas operaes anterior e posterior.

    a) Primeiro caso de limitao: no incidncia ou iseno do ICMS (operao anterior)

    b) Segundo caso de limitao: no incidncia ou iseno do ICMS depois (operao

    posterior)

    O crdito deve ser anulado/extornado. Isso porque no haver dbito para compensar o crdito. Essa regra comporta a seguinte exceo: as operaes de exportao art. 155, 2, X, a, CF (ou seja, o crdito pode ser mantido).

    JURISPRUDNCIA CORRELATA: 2.1. RE 116.121 TRIBUTO - FIGURINO CONSTITUCIONAL. A supremacia da Carta Federal conducente a glosar-se a cobrana de tributo discrepante daqueles nela previstos. IMPOSTO SOBRE SERVIOS - CONTRATO DE LOCAO. A terminologia constitucional do Imposto sobre Servios revela o objeto da tributao. Conflita com a Lei Maior dispositivo que imponha o tributo considerado contrato de locao de bem mvel. Em Direito, os institutos, as expresses e os vocbulos tm sentido prprio, descabendo confundir a locao de servios com a de mveis, prticas diversas regidas pelo Cdigo Civil, cujas definies so de observncia inafastvel - artigo 110 do Cdigo Tributrio Nacional. (RE 116121, Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI, Relator(a) p/ Acrdo: Min. MARCO AURLIO, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2000, DJ 25-05-2001 PP-00017 EMENT VOL-02032-04 PP-00669) RE 547.245 Quarta-feira, 02 de Dezembro de 2009 Municpios e Distrito Federal podem cobrar ISS nas operaes de leasing A cobrana do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza (ISS), pelos municpios, em operaes de arrendamento mercantil do tipo leasing financeiro constitucional. Por maioria dos votos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deram provimento ao Recurso Extraordinrio (RE) 547245 (com repercusso geral), interposto pelo municpio catarinense de Itaja para cobrar ISS sobre financiamentos de veculos pelo Banco Fiat.

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    O voto-vista apresentado pelo ministro Joaquim Barbosa acompanhou o entendimento do relator, ministro Eros Grau, no sentido de que o leasing financeiro um servio e, portanto, pode incidir o ISS. Barbosa ressaltou que o leasing tem regime jurdico prprio que no se confunde com as normas aplicveis isoladamente ao aluguel compra e venda e as operaes de crdito. Se a operao de arrendamento mercantil no se confunde com negcio jurdico do aluguel ou de financiamento, por suas virtudes intrnsecas, no h bice, nesta perspectiva para a incidncia do Imposto Sobre Servio, disse o ministro Joaquim Barbosa. O ministro votou pelo provimento do recurso, considerando que a operao de leasing constitui servio tributvel pelos municpios e pelo Distrito Federal. Para a maioria dos ministros, a Unio agiu de maneira plenamente compatvel com o texto da Constituio, ao editar a Lei Complementar 116/03 e ao incluir na lista de servios o arrendamento mercantil para efeito de tributabilidade pelos municpios mediante ISS. Abriu divergncia o ministro Marco Aurlio, votando pelo desprovimento do recurso, ao entender que locao, gnero, no servio. O tributo da competncia dos municpios diz respeito a servio prestado, ou seja, a desempenho de atividade, a obrigao de fazer e no de dar, afirmou. RE 592905 No entanto, por maioria dos votos, os ministros negaram provimento ao RE 592905, tendo em vista que, apesar de envolver a mesma matria, foi interposto por um contribuinte, sendo oposto ao RE 547245. Ficou vencido o ministro Marco Aurlio. No julgamento do RE 592905, de autoria do HSBC contra a cobrana do ISS pela prefeitura de Caador (SC), os ministros afastaram a tese dos bancos, segundo a qual o leasing no um servio, mas uma operao de crdito, na qual a empresa de leasing somente ajusta o financiamento de um bem. EMENTA: RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO TRIBUTRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OPERAO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIO DO BRASIL. O arrendamento mercantil compreende trs modalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado lease-back. No primeiro caso h locao, nos outros dois, servio. A lei complementar no define o que servio, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituio. No o inventa, simplesmente descobre o que servio para os efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituio. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), contrato autnomo que no misto, o ncleo o financiamento, no uma prestao de dar. E financiamento servio, sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existncia de uma compra nas hipteses do leasing financeiro e do lease-back. Recurso extraordinrio a que se nega provimento. (RE 592905, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009, REPERCUSSO GERAL - MRITO DJe-040 DIVULG 04-03-2010 PUBLIC 05-03-2010 EMENT VOL-02392-05 PP-00996 LEXSTF v. 32, n. 375, 2010, p. 187-204) 2.2.Resp 1.125.133/SP. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA. ART. 543-C, DO CPC. ICMS. TRANSFERNCIA DE MERCADORIA ENTRE ESTABELECIMENTOS DE UMA MESMA EMPRESA. INOCORRNCIA DO FATO GERADOR PELA INEXISTNCIA DE ATO DE MERCANCIA. SMULA 166/STJ. DESLOCAMENTO DE BENS DO ATIVO FIXO. UBI EADEM RATIO, IBI EADEM LEGIS DISPOSITIO. VIOLAO DO ART. 535 DO CPC NO CONFIGURADA. 1. O deslocamento de bens ou mercadorias entre estabelecimentos de uma mesma empresa, por si, no se subsume hiptese de incidncia do ICMS, porquanto, para a ocorrncia do fato imponvel imprescindvel a circulao jurdica da mercadoria com a transferncia da propriedade. (Precedentes do

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    STF: AI 618947 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 02/03/2010, DJe-055 DIVULG 25-03-2010 PUBLIC 26-03-2010 EMENT VOL-02395-07 PP-01589; AI 693714 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 30/06/2009, DJe-157 DIVULG 20-08-2009 PUBLIC 21-08-2009 EMENT VOL-02370-13 PP-02783. Precedentes do STJ: AgRg nos EDcl no REsp 1127106/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2010, DJe 17/05/2010; AgRg no Ag 1068651/SC, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/03/2009, DJe 02/04/2009; AgRg no AgRg no Ag 992.603/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 04/03/2009; AgRg no REsp 809.752/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2008, DJe 06/10/2008; REsp 919.363/DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/06/2008, DJe 07/08/2008) 2. "No constitui fato gerador de ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte." (Smula 166 do STJ). 3. A regra-matriz do ICMS sobre as operaes mercantis encontra-se insculpida na Constituio Federal de 1988, in verbis: "Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (...) II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior;" 4. A circulao de mercadorias versada no dispositivo constitucional refere-se circulao jurdica, que pressupe efetivo ato de mercancia, para o qual concorrem a finalidade de obteno de lucro e a transferncia de titularidade. 5. "Este tributo, como vemos, incide sobre a realizao de operaes relativas circulao de mercadorias. A lei que veicular sua hiptese de incidncia s ser vlida se descrever uma operao relativa circulao de mercadorias. bom esclarecermos, desde logo, que tal circulao s pode ser jurdica (e no meramente fsica). A circulao jurdica pressupe a transferncia (de uma pessoa para outra) da posse ou da propriedade da mercadoria. Sem mudana de titularidade da mercadoria, no h falar em tributao por meio de ICMS. (...) O ICMS s pode incidir sobre operaes que conduzem mercadorias, mediante sucessivos contratos mercantis, dos produtores originrios aos consumidores finais." (Roque Antonio Carrazza, in ICMS, 10 ed., Ed. Malheiros, p.36/37) 6. In casu, consoante assentado no voto condutor do acrdo recorrido, houve remessa de bens de ativo imobilizado da fbrica da recorrente, em Sumar para outro estabelecimento seu situado em estado diverso, devendo-se-lhe aplicar o mesmo regime jurdico da transferncia de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo titular, porquanto ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio. (Precedentes: REsp 77048/SP, Rel. Ministro MILTON LUIZ PEREIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/12/1995, DJ 11/03/1996; REsp 43057/SP, Rel. Ministro DEMCRITO REINALDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/06/1994, DJ 27/06/1994) 7. O art. 535 do CPC resta inclume se o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questo posta nos autos. Ademais, o magistrado no est obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a deciso. 8. Recurso especial provido. Acrdo submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resoluo STJ 08/2008. (REsp 1125133/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEO, julgado em 25/08/2010, DJe 10/09/2010) 2.3.RE 594.996 EMENTA: RECURSO EXTRAORDINRIO. REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. ICMS. EC 33/2001. O debate travado nos presentes autos diz com a incidncia de ICMS na importao de equipamento mdico por sociedade civil no-contribuinte do imposto, aps a Emenda Constitucional n. 33/2001, que conferiu nova redao ao disposto no artigo 155, 2, IX, alnea a, da Constituio do Brasil. Repercusso Geral reconhecida. 1 (RE 594996 RG, Relator(a): Min. EROS GRAU, julgado em 11/06/2009, DJe-148 DIVULG 06-08-2009 PUBLIC 07-08-2009 EMENT VOL-02368-12 PP-02387 LEXSTF v. 31, n. 368, 2009, p. 341-345 ) 2.4.RE 540.829

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    Recurso extraordinrio. Tributrio. ICMS. Importao. Arredamento Mercantil. Fato gerador. Repercusso geral reconhecida. (RE 540829 RG, Relator(a): Min. MIN. GILMAR MENDES, julgado em 26/08/2010, DJe-194 DIVULG 14-10-2010 PUBLIC 15-10-2010 EMENT VOL-02419-03 PP-00588 ) Quarta-feira, 01 de junho de 2011 Suspenso julgamento sobre ICMS em leasing internacional Pedido de vista da ministra Crmen Lcia suspendeu o julgamento do Recurso Extraordinrio (RE) 540829, em que o Supremo Tribunal Federal (STF) discute se incide ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios) na importao de mercadorias por meio de arrendamento mercantil (leasing financeiro). Votaram na sesso desta quarta-feira (1) o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, que se manifestou pelo provimento do recurso e consequente incidncia do imposto, e o ministro Luiz Fux, desprovendo o RE, uma vez que, para ele, o ICMS pressupe uma operao de compra e venda. O governo do Estado de So Paulo, que interps o recurso extraordinrio, pede que seja reconhecida a constitucionalidade da incidncia do ICMS sobre operaes de importao de mercadorias, sob o regime de arrendamento mercantil internacional. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a existncia da repercusso geral da questo constitucional suscitada, que gira em torno do artigo 155, II, e pargrafo 2, IX e XII, "a" e "d", da Constituio Federal. Relator Ao se manifestar sobre o tema, o ministro Gilmar Mendes citou diversas vezes o voto da relatora do RE 206069, ministra Ellen Gracie, que reconheceu a incidncia do ICMS na entrada de bens importados por meio de leasing. Para o ministro Gilmar Mendes, a cobrana de ICMS constitucional. Segundo o relator, permitir incidncia de ICMS na importao mediante arrendamento mercantil internacional e vetar essa incidncia nos contratos de leasing financeiro interno no ofende o princpio da isonomia. que no mbito interno, explicou o ministro, consoante jurisprudncia do STF, incide ISS (Imposto Sobre Servios) sobre operaes de leasing financeiro, ao passo que no h como tributar da mesma forma o arrendador externo, disse o ministro. O ministro Gilmar Mendes apontou hipteses que devem ser analisadas. Uma delas se a mercadoria foi comprada em operao de compra e venda nacional ou internacional, caso em que incide o ICMS, pois h circulao de mercadoria. Se a mercadoria for objeto de operao de arrendamento mercantil ou leasing financeiro interno, incide ISS. Nesses casos a jurisprudncia do STF pacfica. Mas, se o bem for importado por arrendamento mercantil internacional, sem opo de compra, no caberia nem ICMS nem ISS. Para o ministro, isso leva a uma incongruncia. Impedir a incidncia do ICMS a essas operaes causaria vantagens no estendidas ao mbito interno, o que seria, isso sim, ofensivo ao princpio da isonomia, disse o ministro, ao votar pelo provimento do recurso. Divergncia O ministro Luiz Fux disse sentir dificuldade em alterar a jurisprudncia da Corte na matria. Ele lembrou que, depois do advento da Emenda Constitucional 33, de 2001, que alterou o dispositivo constitucional em debate, o Supremo teve vrios precedentes apontando na direo de que o ICMS pressupe operao de compra e venda, o que no acontece no caso do arrendamento. Nesse sentido, ele lembrou o voto do ministro Eros Grau no julgamento do RE 461968. Com esse argumento, entendendo que de outra forma o ICMS estaria transmudado de imposto de importao, o ministro votou pelo desprovimento do recurso. O caso O RE 540829 teve origem em um mandado segurana impetrado pela empresa Hayes Wheels do Brasil Ltda. contra ato do chefe do Posto Fiscal de Fronteira II, da Delegacia Regional Tributria de Santos (SP).

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    O processo buscou o reconhecimento da no incidncia de Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) na importao de mercadoria por meio de arrendamento mercantil. O pedido nesse mandado de segurana foi concedido pelo juiz singular e mantido pelo Tribunal de Justia de So Paulo (TJ-SP). Contra essa deciso, o Estado de So Paulo interps recurso extraordinrio, no qual alega, em sntese, a constitucionalidade da incidncia de ICMS sobre operaes de importao de mercadorias sob o regime de arrendamento mercantil internacional. Simulados 1. Determinado Estado da federao resolveu instituir alquotas progressivas para o imposto de transmisso causa mortis e doao. Nessa nova conjuntura, fixou as seguintes faixas de alquotas: base de clculo de at cinqenta mil reais tero alquota de 2%; de cinqenta mil e um reais at trezentos mil reais tero alquota de 3%; acima de trezentos mil reais tero alquota de 4%. Atendendo-se ao disposto na Constituio federal e considerando o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre progressividade de impostos correto afirmar: a) Esta progressividade extrafiscal e por isso admitida para promover o adequado aproveitamento do solo urbano. b) Trata-se de progressividade fiscal, no prevista na Constituio federal para o imposto de transmisso dos Estados, sendo, portanto, inconstitucional. c) inconstitucional porque a progressividade de alquotas no considerada em relao base de clculo. d) Trata-se de progressividade extrafiscal, prevista na Constituio federal para atendimento dos princpios da capacidade contributiva e isonomia. e) Este tipo de progressividade s admitida para o imposto de transmisso inter vivos, de competncia dos Municpios, sendo, portanto, inconstitucional. 2. Considere as assertivas abaixo: I) A no cumulatividade dos ICMS regra e se mantm mesmo nos casos de iseno no meio da cadeia produtiva. II) A no incidncia do ICMS nunca implicar crdito para compensao do montante devido nas operaes seguintes, j que no houve nelas qualquer pagamento. III) Salvo determinao legal em contrrio, a iseno do ICMS acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores. IV) A iseno do IPI no tem disciplina expressa e explcita sobre seu crdito no texto constitucional. V) O IPI ter reduzido seu impacto sobre a aquisio de bens de capital pelo contribuinte do imposto. Esto CORRETAS: a) Somente as assertivas I, II e III. b) Somente as assertivas I, II e V. c) Somente as assertivas II e V. d) Somente as assertivas III, IV e V. e) Somente as assertivas II, IV e V. 3. Assinale, dentre os impostos abaixo, aquele que no obedece ao princpio da progressividade. a) IPTU

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    b) ITBI c) Imposto de Renda d) IPVA e) ITR GABARITO 1) B 2) D 3) B