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duas décadas de trajetória bem · gir do que diz a lei nacional. De acordo com a Lei das Con-travenções Penais (LCP), em seu artigo 42, é uma infração penal “perturbar alguém,

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Chegamos ao mês de junhoe com ele metade do ano de2018 já se passou. Como cami-nhamos até agora? O que podeser reavaliado e ajustado paramelhorar no segundo semes-tre? O meio do ano é períodode troca de mandato para al-guns condomínios. É genteexperiente saindo, gente novachegando...

O importante é ter o sensode compartilhamento e cola-boração. O condomínio é umpatrimônio de todos e, porisso, interessante que haja di-álogo entre síndicos antigos enovos, no sentido de transmi-tir experiências, dicas. Quemganha com tudo isso é a cole-tividade!

Para ajudar na missão deadministrar o condomínio éque nós existimos. O Jornal doSíndico consolida mais de

duas décadas de trajetória bemsucedida como um guia fun-damental para síndicos e tam-bém condôminos que desejemobter maiores informações so-bre as dinâmicas desse univer-so.

Nosso veículo é uma vitri-ne de bons serviços, aproxi-mando prestadores de serviçosdas pessoas que necessitam de-les. Aqui você encontra dicase alertas importantes para nãofalhas na função para a qual foieleito, a de síndico.

Nesta edição, trazemos ma-térias pertinentes à adminis-tração como a Especial sobreseguros do patrimônio. O quevocê sabe a respeito disso? Sai-ba que o síndico tem grandesresponsabilidades nesse que-sito e precisa estar a par dissoquando assume o cargo. Alémdisso, em nossa editoria de

Administração listamos todasas situações em que um funci-onário pode se ausentar do tra-balho sem ser penalizado: in-formação útil para quemgerencia equipes.

Na seção de Manutençãoum assunto que diz respeito àsaúde de todos e não apenasda estrutura do condomínio:a instalação e conservação dascaixas d’água. Você sabe quecritérios devem ser levados em

consideração para a escolha?Que materiais existem nomercado e as vantagens e des-vantagens de cada um você en-contrará no texto que prepa-ramos.

A todos os nossos fiéis lei-tores, desejamos um segundosemestre rico e produtivo. Te-nham todos uma excelente lei-tura!

Os Editores

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Dúvida comum entre sín-dicos de primeira viagem quepassam a gerenciar a equipe decolaboradores do condomínio:quantas vezes e em quais cir-cunstâncias o funcionário temamparo da legislação traba-lhista para faltar ao serviçosem ser penalizado, ou seja,sem sofrer prejuízo na sua re-muneração?

Há basicamente doze situ-ações em que isso pode ocor-rer. Para que a falta sejajustificada, o empregado devedispor, obviamente, de meiosque comprovem a legítimamotivação para a ausência notrabalho. O funcionário oufuncionária poderá faltar aoserviço sem sofrer descontoem seu salário nos seguintestermos:1) Por motivo de saúde, por até15 dias. Acima disso, deveráreceber benefício do Instituto

Nacional do Seguro Social(INSS).2) Para se casar. Nesse caso,tem o direito a três dias longede suas atividades laborais.3) Para cumprir serviço mili-tar obrigatório.4) Para comparecer a serviço

de doação de sangue (umaúnica falta ao ano). Se doarmais vezes não tem direito.5) Para tirar o documento detítulo de eleitor tem direito adois dias de falta sem prejuí-zos financeiros.6) O funcionário tem direito a

Em que situações o funcionáriopode faltar sem ser penalizado?

até dois dias para acompanharparceira gestante em consultamédica e um dia por ano paraacompanhar filho de até seisanos no médico.7) Licença-paternidade: dá aoempregado o direito a nãocomparecer ao seu serviço du-

rante cinco dias.8) Licença-maternidade: dá àmulher gestante de quatro a atéseis meses de distanciamentode duas atividades.9) O funcionário deve ter suafalta justificada, sem prejuízos,nos dias em que comprova-damente estiver prestandoexame vestibular.10) Trabalho como mesárionas eleições concede abono dodobro de dias requisitados.11) O período de luto apósfalecimento de cônjuge ou fa-miliares de primeiro grau as-cendentes (pais) ou descen-dentes (filhos), irmãos ou de-pendentes concede direito aduas faltas.12) O empregado pode, porfim, ausentar-se pelo tempoque for necessário para com-parecer a audiências judiciais,desde que comprove.*Jornalist e colaboradora do JS

Para que a falta seja justificada, o empregado deve dispor,obviamente, de meios que comprovem a legítimamotivação para a ausência no trabalho.

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O relógio ainda não bateu8h e já se escutam os ruídosdo apartamento de cima: mó-veis sendo arrastados, pesso-as caminhando com salto alto,crianças correndo, conversasem tom de voz elevado. Outrasituação: já é tarde da noite esegue havendo festa no salãode festas do prédio e o som altose irradia para várias unidades.Inúmeros são os exemplos deruídos provocados por vizi-nhos que, com frequência, ge-ram atritos dentro do condo-mínio.

O barulho é, sem dúvidas,uma das principais – se não asoberana – queixas apresenta-das por quem vive nesse tipode moradia. Viver em condo-mínio requer sociabilidade e

empatia, no tocante a compre-ender as limitações impostaspela convivência em um espa-ço coletivo, o que exige bomsenso antes de tudo. No entan-to, essa é uma qualidade daqual infelizmente muitas pes-soas carecem e assim os ex-cessos são cometidos, causan-do os transtornos.

No que diz respeito aos ru-ídos provocados por seus re-sidentes, a legislação permiteaos condomínios liberdadepara arbitrarem sobre suas re-gras e condutas a serem cons-tadas no Regimento Interno.Horários com tolerância pararuídos, proibição de realizaçãode mudanças e comemoraçõesa partir de certas horas, bemcomo as penalidades previstas,

desde advertência até multa,são detalhes que precisam es-tar bem escritos no documen-to oficial do condomínio paraque não haja justificativas pos-teriores de “eu não sabia des-sa norma” por parte de algummorador.

Outro ponto a ser ressalta-do é a necessidade de que esseRegimento Interno traga emseu texto as orientações sobrecomo deve proceder ocondômino que se sentir inco-modado com o barulho produ-zido por outrem. Ele deve re-gistrar a queixa no livro deocorrências? Há um livro es-pecífico para esse tipo de rela-to? Ele deve levar a queixa di-retamente ao síndico por viaescrita ou oral?

Esse protocolo deve ser

explicitado e documentadopara que todos saibam comoproceder para serem ouvidos.Isso evita que o síndico sejasobrecarregado com reclama-ções, por exemplo chamadasde interfone ou visitas de ma-drugada, tendo seu própriosossego perturbado.

As regras internas do con-domínio só não podem diver-gir do que diz a lei nacional.De acordo com a Lei das Con-travenções Penais (LCP), emseu artigo 42, é uma infraçãopenal “perturbar alguém, o tra-balho ou o sossego alheios”passível de até três meses deprisão.

A lei brasileira traz os se-guintes exemplos de incômo-dos: a) gritaria ou algazarra; b)exercício de profissão incômo-

Perturbação do sossegoalheio é contravenção penal

da ou ruidosa, em desacordocom as prescrições legais; c)abuso de instrumentos sono-ros ou sinais acústicos; d) pro-vocar ou não procurar impe-dir barulho produzido por ani-mal de que tem a guarda.

Você se identifica pratican-do ou sofrendo alguma dessassituações? Se disse sim para aprimeira opção, já é hora de sermais consciente e – sobretudorespeitoso – em relação aosdireitos do próximo. Se vocêse identificou com a segundaopção, deve buscar primeira-mente as vias internas do seucondomínio para resolver talproblema e, não obtendo su-cesso, em segunda via recor-rer à Justiça.

*Jorbalista e colaboradora do JS

Viver em condomínio requer sociabilidade eempatia, no tocante a compreender as limitaçõesimpostas pela convivência em um espaço coletivo

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Em muitas ocasiões,abordamos nesseveículo de informa-

ção a responsabilidade docondômino no que diz respei-to a ações praticadas por seusvisitantes, sejam elas intencio-nais ou não. O mesmo se apli-ca aos prestadores de serviçoque porventura venham a cau-sar algum dando ao patrimôniodo condomínio no decorrer daatividade para o qual foramcontratados para desempenhar.

Na maioria dos casos, o pro-prietário do imóvel tenta se jus-tificar alegando não ter conhe-cimento de tal prática ou nãoter como controlar como asoutras pessoas procedem. Po-rém, pela lei, fica sob sua res-ponsabilidade responder pelasações desses e, sim, é seu deverorientar sobre as regras do con-domínio sobre ruídos, horári-os permitidos para realizaçãode serviços, regras sobre comoutilizar equipamentos coletivos

como os elevadores e garagens,enfim, fiscalizar a execução dosserviços contratados a fim degarantir que não haja avarias oudescumprimentos ao regimen-to interno.

Exemplo disso é ilustradopor uma decisão recente da Ter-ceira Turma do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ) a qual ne-gou recurso de proprietária deapartamento obrigada a inde-nizar o condomínio por danos

causados durante procedimen-to de mudança. De acordo comos autos, o condomínio ajuizouação de reparação dos danoscausados ao elevador por fun-cionários de empresa de mu-dança que forçaram o transpor-te de uma cama tamanho queensize cujo tamanho era incom-patível com o compartimento.

A primeira instância conde-nou a proprietária ao pagamen-to de R$ 16,4 mil por danos

materiais, levando em contaque havia previsão expressa naconvenção do condomínio so-bre a responsabilidade do pro-prietário do imóvel por danoscausados por seus empregados.A proprietária apelou, justa-mente sustentando, entre ou-tros pontos, que a culpa peloestrago seria exclusiva da em-presa transportadora.

Não obstante o argumento,o Tribunal de Justiça do Dis-

Condômino é responsável por avariascausadas por seus prestadores de serviço

trito Federal (TJDF) concluiuque a proprietária seria respon-sável, de forma objetiva, pelosatos dos empregados contrata-dos, conforme previsto no ar-tigo 932, inciso III do CódigoCivil.

No recurso ao STJ, a pro-prietária alegou ter havido cer-ceamento de defesa, por não tersido permitida a produção deprova oral. O ministro relatorMarco Aurélio Bellizze rejeitoua tese, porque o magistrado res-ponsável pela sentença consi-derou suficientes as provas do-cumentais contidas nos autos.“O Tribunal de origem, sobe-rano no exame nos fatos e pro-vas, confirmou a conclusão dojuízo de origem e consideroudispensável a produção da pro-va requerida, em acórdão devi-damente fundamentado”, des-tacou.

*Jornalista e colaboradora do JS(Redação com STJ)

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O armazenamento de águaé um ponto importante a serconsiderado na dinâmica docondomínio. Mesmo em cida-des com abastecimento regularde água tratada, é necessário terum reservatório que garanta acontinuidade da oferta de água,mesmo que a entrega externaseja suspensa por algum moti-vo.

Por isso, a caixa d’água é umequipamento fundamental no

prédio, o qual deve seguir cer-tos padrões recomendados paraque desempenhe sua funçãocom eficácia. Para escolher aideal é preciso considerar al-guns fatores, dentre eles: o vo-lume demandado pelos usuári-os e o material da estrutura dacaixa.

Primeiramente, para fazer aescolha da capacidadevolumétrica de cada caixa equantas serão instaladas, é es-

sencial fazer um cálculo estima-do da população que compõe ocondomínio e a necessidadeaproximada desses moradores.Deve-se considerar que a refe-rência usada pela construçãocivil é de um consumo médiopor pessoa é de 200L por diaem apartamento. Outra variá-vel é o tempo: você quer que aágua dure por quantos dias?Faça o cálculo de número depessoas total multiplicado pelonúmero de dias x 200L por pes-soa e ache o resultado.

O material do qual é consti-tuída a caixa d’água é outroponto a ser considerado, vistoque ele impacta não apenas nadurabilidade do produto, quan-to na qualidade da água em si.Prédios mais antigos costuma-vam possui caixas de amianto,entretanto esse material vemsendo alvo de críticas que o afir-mam ser prejudicial à saúde epor isso sua manutenção tem

sido contraindicada.Atualmente, o mercado dis-

põe de outras opções e os pre-ços são variáveis. O inox pos-sui um preço mais elevado emcomparação aos outros materi-ais. No entanto, é apontado porespecialistas como a melhor es-colha para garantir uma águamais limpa, fresca e tratada pormais tempo.

Outro modelo bastante po-pular em todo o país é o de fi-bra de vidro, cuja tampa é fixa-da com parafusos, garantindoum encaixe firme, oferecendoproteção contra a entrada deinsetos, animais e sujeira, evi-tando a contaminação do con-teúdo. Além disso, sua superfí-cie também conta com prote-ção contra raios UV, aumentan-do a vida útil do material.

Por fim, o polietileno é ava-liado como uma opção combom parâmetro custo-benefí-cio, em vista das vantagens que

Escolha da caixa d’água impactana qualidade hídrica oferecida

oferece por um preço acessível:a parte interna é completamen-te lisa, o que facilita a manu-tenção e a limpeza e dificulta oacúmulo de sujeira naslaterais. A parte exterior con-ta com proteção ultravioleta,impedindo a alteração da su-perfície mesmo sob condiçõesclimáticas muito quentes.

Além dos cuidados na esco-lha da caixa d’água, bem comona sua instalação, é válido lem-brar que o condomínio tem aobrigação de proceder com asmanutenções periódicas damesma, a fim de garantir a qua-lidade da água ali armazenada.Se a água estiver contaminada,os usuários podem contrairdoenças e posteriormente atéresponsabilizar legalmente ocondomínio por negligência.Prevenir é sempre o melhorcaminho!

*Jornalista e colaboradora do JS(Redação com Assessoria)

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Atualmente, são várias as fon-tes de conflito em condomíniose resolver esses problemas nemsempre é fácil.

Inúmeras são as situações queapesar de simples podem trans-formar-se em um grande proble-ma, ameaçando assim a boa con-vivência entre os condôminos.

Administrar um condomínionão é fácil, tendo em vista as pe-culiaridades de cada prédio.

Problemas aparentemente fá-ceis de serem resolvidos muitasvezes acabam tornando-se casosde Justiça.

Por isso a necessidade de ha-ver regras específicas, visandosempre a boa convivência entreos moradores.

Vejamos então 05 problemascomuns em condomínios e suaspossíveis soluções:

Sabemos que o surgimento debrigas e conflitos são comuns emcondomínios.

Não é fácil conviver com mui-tas pessoas, mas é preciso sabercomo agir quando os problemasacontecerem.

Conforme nossa legislação,todo condômino tem direitos,porém também tem deveres eresponsabilidades.

Além disso, é importante co-nhecer a convenção e o regimen-to interno do seu condomínio.

Vejamos então 5 problemascomuns em condomínios e suaspossíveis soluções:

- InadimplênciaA inadimplência é uma das

principais dificuldades enfrenta-das pelos condomínios.

Em alguns condomínios ainadimplência chega atingir me-tade das unidades, trazendo pre-juízo a todos e, principalmente,ao pagamento de contas, realiza-

ção de benfeitorias, e outros.Nestes casos, uma boa comu-

nicação com os condôminos poderesolver e até eliminar o proble-ma, dependeno do tamanho doprédio.

É importante informar a to-dos os condôminos sobre o pra-zo de pagamento e as formascomo o dinheiro será utilizado,pois com uma gestão financeiraclara a inadimplência tende a di-minuir.

Assim, uma boa alternativa éo condomínio dispor da opção dedébito em conta para seuscondôminos, como também terserviço online de segunda via doboleto.

- InfiltraçõesOs problemas com infiltra-

ções sempre geram muita dor decabeça e conflito entre aos mora-dores, assim como também en-tre os síndicos e administradoras.

Por isso, é importante a reali-zação de manutenções e vistori-as constantes na estrutura do pré-dio, porém sabemos que isso nãoé prática comum.

Quando a infiltração tiver ori-gem em uma área comum do con-

domínio, o síndico ou a adminis-tradora deverá ser comunicadosobre o problema, para que en-tão tome as providências.

Já quando tratar-se de imóvellocalizado em um condomínio“novo”, e a obra ainda estiverdentro do prazo dado em garan-tia pela construtora, será desta aresponsabilidade pelas providên-cias.

- SegurançaImóveis localizados em con-

domínios traziam a idéia de op-ção segura de moradia, porém,nos dias atuais, os assaltos e ar-rastões têm sido cada vez maisfrequentes.

Desse modo, é necessáriocada vez mais ter cuidado preven-tivo, seja na contratação de fun-cionários próprios ou de empre-sa terceirizada, como a empresade segurança do prédio.

Essencial também usar a es-trutura física do condomínio aseu favor, principalmente quan-to aos portões, cercas, muros,bem como ter cautela quanto aocontrole acesso, sempre regis-trando informações relevantesdos visitantes.

É crescente o desenvolvimen-to de novas tecnologias como so-luções alternativas a fim de ofe-recer maior segurança, porém énecessária a conscientização doscondôminos para que os objeti-vos sejam atingidos.

- Reservas de EspaçosO gerenciamento destes espa-

ços, na maioria das vezes, geramuita confusão nos condomíni-os.

Por isso é fundamental ter re-gras claras quanto aos espaçosque podem ser reservados, comosalão de festas, churrasqueiras,etc, assim como, quanto aos es-paços que NÃO podem ser reser-vados.

E principalmente atentarpara não reservar o espaço paramais de um condômino no mes-mo dia e horário, o que é comum.

Além disso, deve-se tomarcuidado para que o local não sejareservado sempre para únicocondômino, pois todos tem direi-to de utilizar os espaços.

Uma opção é fixar as regrasde utilização dos espaços em lo-cais de fácil acesso, como tambémenviar as regras para o

condômino que solicitar a reser-va.

- Ninguém quer ser SíndicoO síndico é o responsável pela

gestão condominial sendo eleitopela Assembleia Geral, por issopara que haja uma escolha é in-dispensável ter candidatos.

A atual legislação traz que osíndico a ser escolhido pode sercondômino ou não, com manda-to não superior a 2 (dois) anos,sendo possível a reeleição.

No entanto, caso nenhum doscondôminos queira assumir ocargo de síndico, o condomíniopoderá contratar uma adminis-tradora ou síndico profissional.

Porém, se o condomínio nãotiver condições de arcar com umadespesa profissional, poderá bus-car a justiça para resolver, poiscondomínios sem síndico ficamsem representação legal, tornan-do-se irregulares.

Por isso diversos condomíni-os optam por estimular o interes-se pelo cargo de síndico oferecen-do alguns benefícios.

Como vimos, a maioria dosproblemas em condomínios di-zem respeito ao gerenciamento ea dificuldade no atendimento dasnecessidades dos condô-minos.

Todos os condomínios possu-em suas regras internas, logo éindispensável a conscientizaçãode que todos os condôminos de-vem obedecer as regras de boaconvivência, sob pena de multas.

Administrar um condomínionão é tarefa simples, sendo que odiálogo e o bom senso devemsempre prevalecer.

*Advogada e colaboradora do JSEmail:[email protected]

Cinco PROBLEMAS comuns emCONDOMÍNIOS e suas posíveis SOLUÇÕES

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Finalizada a assembleia paraeleição do novo síndico, você foiaclamado pela coletividade comoo novo gestor da edificação. Paraalguns, esse momento é de ex-trema satisfação, enquanto que,para outros, que porventura fo-ram compelidos ou pressionadosa exercer tal encargo, são mo-mentos de angustia, apreensão edúvidas. E agora, o que devo fa-zer?

Realmente, a transição entrea antiga e a nova gestão requeruma boa dose de diligência porparte do síndico eleito, e uma co-laboração efetiva de seuantecessor. A participação da ad-ministradora do condomínio, sehouver, também será de funda-mental relevância para que a tran-sição não se dê de forma traumá-tica.

O primeiro passo a ser dadopelo novo síndico é o registro daata que o elegeu. Tal formalida-de (que pode ser vista como umaexceção à regra da facultativi-dade do registro das atas dasassembleias), se mostra necessá-ria para a prática dos atossubsequentes, como a atualiza-ção da representação condomi-nial perante a Receita Federal doBrasil, atualização da certifica-ção digital nos órgãos municipaise alteração dados cadastrais jun-

to às instituições bancárias.Também é de suma importân-

cia nessa fase inicial do manda-to, a obtenção das certidões ne-gativas de débito em nome docondomínio (INSS, FGTS, tribu-tos federais e municiais), bemcomo a relação de eventuaisações judiciais movida contra (oupelo) condomínio.

A checagem da apólice doseguro obrigatório e a análise detodos os contratos firmados pelocondomínio e ainda vigentes,também são medidas que se im-põem, assim como a realizaçãode uma inspeção de checagem daedificação, a fim de verificar sea manutenção preventiva das par-tes que a integram estão em dia,e se os itens de segurança estãodentro do prazo de validade.

As questões financeiras tam-bém são merecedoras de umaespecial atenção já nessa faseinicial da gestão. Assim compe-te ao síndico recém-eleito verifi-car o saldo existente na conta docondomínio, se os pagamentosde empregados, fornecedores eprestadores de serviços estão re-gulares, bem como o percentualde unidades inadimplentes.

Conhecer o regramento inter-no do condomínio, mediante umaleitura atenta da convenção e doregimento interno, bem como se

familiarizar com a legislação deregência dos condomínios, sãopráticas essenciais e que o auxi-liarão na tomada das futuras de-cisões.

Em síntese, compete ao sín-dico, em um primeiro momento,cuidar das questões burocráticaspara validação de seu nome comorepresentante do condomínio,bem como fazer um raio x daedificação, no âmbito administra-tivo, financeiro e operacional.Deve conhecer e entender a roti-na do prédio, de seus funcionári-os, e as principais demandas doscondôminos.

Essa análise global e prelimi-nar, ainda que insuficiente parase conhecer todos os pormeno-res da sociedade condominial,fornecerá ao novo síndico as di-retrizes iniciais de sua atuação, amedidas que se apresentamemergenciais e as decisões quedevem ser implementadas deimediato. Além disso, o munici-ará de elementos para correçãode eventuais vícios havidos nasgestões anteriores, e para a ela-boração de um plano de ações aser futuramente debatido com acoletividade condomi-nial.

Sócio da Barletta & OliveiraAdvogados AssociadosAutor do ebook GestãoCondominial Eficiente

FUI ELEITO SÍNDICO, E AGORA?

TJ-SP - Apelação APL 00140084120128260590 SP 0014008-41.2012.8.26.0590 (TJ-SP)Data de publicação: 13/02/2014Ementa: CONDOMÍNIO EDILÍCIO - Uso de redes na janela - Me-dida de segurança e de extensão do direito de propriedade que nãoafronta a legislação ou altera a fachada drasticamente - Ofensa à con-venção condominial inexistente - Sentença mantida - Recurso des-provido.

TJ-SP - Apelação APL 00050858120108260562 SP 0005085-81.2010.8.26.0562 (TJ-SP)Data de publicação: 20/05/2014Ementa: CONDOMÍNIO EDILÍCIO. Vazamentos. Ação cominatóriae indenizatória. Incerteza quanto à origem do problema. Falta de águaem banheiro de apartamento residencial durante três meses. Danosmorais não configurados. Apelação não provida.

TJ-SP - Apelação APL 10239621020158260196 SP 1023962-10.2015.8.26.0196 (TJ-SP)Data de publicação: 17/05/2016Ementa: CONDOMÍNIO EDILÍCIO. TAXA DE CONDOMÍNIO.Cerceamento de defesa inocorrente. Cobrança efetuada de acordo coma fração ideal. Ação ajuizada pelo proprietário de uma cobertura, cujafração correspondente é maior do que a dos demais condôminos.Parâmetro adotado em consonância com o art. 1.336 , I , do CC . Pre-cedentes do E. STJ e desta E. Corte. Recurso desprovido.

TJ-SP - Apelação APL 01605395320088260100 SP 0160539-53.2008.8.26.0100 (TJ-SP)Data de publicação: 16/03/2016Ementa: CONDOMÍNIO EDILÍCIO. Ação de prestação de contas.Juízo de procedência, já em segunda fase do procedimento. Inteligên-cia dos artigos 915 , § 2º , e 917 , do Código de Processo Civil . Apelodas rés. Desprovimento.

TJ-SP - Apelação APL 992080155315 SP (TJ-SP)Data de publicação: 29/07/2010Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE PORTARIA DE CON-DOMÍNIO EDILÍCIO - Cobrança - Venda de aparelho televisor pelaprópria prestadora do serviço, para fins de realizar o próprio serviçoprestado, por preço muito acima ao da média de mercado - Práticaabusiva configurada pela excessiva desvantagem em que ficou o con-sumidor - Ação procedente - Recurso desprovido.

TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70064080385 RS (TJ-RS)Data de publicação: 08/04/2015Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDI-CIÁRIA. CONCESSÃO AO CONDOMÍNIO EDILÍCIO. POSSI-BILIDADE. Inexiste óbice à concessão dos benefícios da lei 1.060 /50ao condomínio edilício, sendo imprescindível, no entanto, a compro-vação da impossibilidade de pagamento das custas e demais despesasprocessuais. Na hipótese, os documentos acostados pelo Condomínioagravante demonstram sua hipossuficiência de recursos em face daalta taxa de inadimplência, a ponto de comprometer sua saúde finan-ceira, impondo-se a reforma da decisão do Juízo a quo. AGRAVO DEINSTRUMENTO PROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA.(Agravo de Instrumento Nº 70064080385, Vigésima Câmara Cível,Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgadoem 27/03/2015).*Fonte:www.jusbrasil.com.br

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