Durkheim_e_educacao

8/7/2019 Durkheim_e_educacao

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Durkheim e a Educao


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mile Durkheim (1858-1917)

Educao e sociologia

(1922) A educao moral

(1925)

Aevoluo pedaggica

(1938)

Aulas e conferncias


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Dentre os clssicos da sociologia, Durkheim foi

o que mais sistematicamente tratou da

problemtica educacional

Incentivo institucional (deu aulas de pedagogia

tanto em Bordeaux quanto na Sorbonne) Educao conceito crucial para teoria sociolgica

positiva de Durkheim

Institucionalizao da sociologia diretamente

ligada aos estudos educacionais (FR e BR)


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Educao: educador (ao prtica)

Pedagogia: dotada de contedo programtico(princpios e direo da educao)

Ideais so realidades (pedagogias revolucionrias

expressam necessidades sociais)

Cincia da educao: pesquisa objetiva (conhecer

e compreender realidade: psicologia e sociologia)

Histria da educao X histria da pedagogia

Objetividade positiva Dimenso normativa

Batalhas polticas


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Cincia = Razo

No h nenhuma categoria de fatos irredutvel

ao pensamento cientfico

No h nada irracional em sua essncia Cincia est sempre avanando os limites do

no-saber


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Metodologia

1 passo de toda pesquisa durkheiminiana?


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Metodologia

1 passo de toda pesquisa durkheiminiana?

Definio do objeto

O que a educao? Fato social (geral, coercitivo e exterior)

Caractersticas externas

O que a educao no


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Educao perfeita ou ideal no constitui

interesse da sociologia (reflexo especulativa)

Educao no mero desenvolvimento

pessoal: elevar seu humano ao seu mais alto

grau de perfeio (Kant)

...cada tipo de povo possui uma educao que

lhe prpria e que pode defini-lo ao mesmottulo que a sua organizao moral, poltica e

religiosa: DETERMINADA SOCIEDADE


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Educao

A educao a ao exercida pelas geraes

adultas sobre aquelas que ainda no esto

maduras para a vida social. Ela tem como

objetivo suscitar e desenvolver na criana um

certo nmero de estados fsicos, intelectuais e

morais exigidos tanto pelo conjunto da

sociedade poltica quanto pelo meioespecfico ao qual ela est destinada em

particular.


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Causa/origem

Funo

Histria do ensino

Fins do ensino


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Simultaneamente

Una

Mltipla


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Una

Fornece uma base comum de idias,

sentimentos e prticas

Aprendizado que todas as crianas devem ter

Sociedade exige uma certa homogeneidade


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Mltipla

Ideais igualitrios so iluso histrica

Solidariedade orgnica

Diviso do trabalho intelectual e manual comouma necessidade

Especializao aspecto positivo da sociedade


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Escola

Instituio responsvel pela socializao

metdica na sociedade capitalista

A educao prepara as condies essenciais

da prpria existncia humana

Categorias (noes chave de inteligibilidade) Crebro como vaso a ser modelado pelos

contedos da educao


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Tabula QUASE rasa

Cada nova gerao precisa ser socializada para

internalizar as regras e condutas do convvio

social

ser individual (essencialmente egosta e incapaz

de solidariedade)

ser social, que uma criao e o objetivo principal

da educao


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Ao entrar na vida, a criana traz apenas a sua

natureza de indivduo. Portanto, a cada nova

gerao, a sociedade se encontra em presena

de uma tbula quase rasa sobre a qual ela

deve construir novamente. preciso que,pelos meios mais rpidos, ela substitua o ser

egosta e associal que acaba de nascer por um

outro capaz de levar uma vida moral e social.Esta a obra da educao.


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O sucesso do processo educacional aconstruo de um ser social totalmente

identificado com os valores societrios

Indivduo e sociedade so duas faces damesma realidade

Educao era uma das principais chaves para

proporcionar harmonia social


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Moral

A internalizao das regras morais no arbitrria ou impositiva, mas uma etapacivilizatria em direo liberdade

F na coerncia entre valores institucionais eindividuais, f no aprendizado da cincia comocapaz de proporcionar uma vida melhor ao serhumano

Defesa fervorosa da educao laica e domonoplio estatal da educao


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A vida social no outra coisa que o meio

moral, ou melhor, o conjunto dos diversos

meios morais que cercam o indivduo.

Fatos morais: Qualificando-os de morais,

queremos dizer que se trata de meios

constitudos pelas idias; eles so, portanto,

face s conscincias individuais, como osmeios fsicos com relao aos organismos

vivos.


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Definio de moral

A moral um sistema de regras de ao que

predeterminam a conduta. Elas dizem como

se deve agir em determinados casos; e agir

bem obedecer bem.

A moral um vasto sistema de interdies.

Relao entre marido e esposa

Conduta pais e filhos/as

Civilidade com desconhecidos/as

GERAL


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Papel da moral: antes de tudo,

determinar/fixar a conduta

Subtrair da conduta o arbitrrio individual Funo da moral: regularizar a conduta

Moralidade pressupe aptido a repetir os

mesmos atos nas mesmas circunstncias Contrair hbitos


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Se nem todos os hbitos coletivos so morais,todas as prticas morais so hbitos coletivos

EXTERIOR

Trata-se de uma regra que no simplesmenteuma maneira de agir habitual, uma maneira

de agir sobre a qual no nos sentimos livres

para modificar

COERCITIVO


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Autoridade

Obedincia consentida

Imperativos de submisso

No tem a ver com a punio, por mais que elaexista

Consequencias do ato no determinam respeito

s regras morais


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preciso obedecer ao preceito moral por

respeito a ele mesmo, e por essa razo

apenas.


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Regra

+

regularidade

+

obedincia autoridade

=

??


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Regra

+

regularidade

+

obedincia autoridade

=

DISCIPLINA


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Disciplinar no limitar?

Limites no so ruins? Impedem a

humanidade de se desenvolver livremente? Impacincia contra limitao

Apetite do infinito

Disciplina ruim?


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Falta de conteno no natural

Biologia: rgos tm funo especfica

Energia limitada dos seres humanos exigelimitao das metas

Mal do infinito


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somente atravs da disciplina que podemosensinar criana a moderar seus desejos, arestringir os apetites de todos os tipos e,

limitando-se, a definir os objetos e objetivosde sua atividade.

Esta limitao a condio da felicidade e dasade moral

Quem no controla os prprios desejos estsujeito a eles


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Disciplina um dos principais aspectos do

nosso carter


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Moralidade estabelece fora de vontade

individual

Moral o que domina o desejo

Moral condio para felicidade e satisfao


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1882

Jules Ferry: Ministro da Instruo Pblica

A escola se tornou gratuita para todos,obrigatria dos 6 aos 13 anos

Proibido formalmente o ensino da religio O vazio correspondente ausncia do ensino

de religio na escola pblica tenta-sepreencher com uma pregao patriticarepresentada pela que ficou conhecida comoinstruo moral e cvica


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Moral

Famlia ensina regras morais restritas

Escola tem responsabilidade por moral civil

Fonte da moral pblica Ameaa tremendamente sria


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Moral sagrada

Dignidade particular das regras morais

Desrespeito das regras morais mais do que

um simples erro Profanadores tem sua prpria humanidade

colocada em dvida

Incesto


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Moral laica

Combatia hegemonia da igreja catlica na

educao

possvel uma educao moral afastada daidia de Deus?

Qual entidade deve embasar essa moral laica?

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Maior, acima dos indivduos?

Maior no espao, no tempo e em riqueza moral

Melhor parte de ns mesm@s?


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Sim, existe uma potncia da qual a divindade no mais doque uma expresso simblica; sim, existe uma potncia queest ao nosso redor, dentro de ns mesmos. tomisteriosa quanto a outra, porm, podemos mostr-la, fazercom que seja compreendida, que seja percebida com osnossos olhos, da mesma forma como podemos perceber omundo exterior. Essa potncia moral, to real como apotncia fsica, porm, no to visvel, a sociedade, asociedade da qual fazemos parte. E, com efeito, uma

sociedade para os seus membros aquilo que um deus para seus fiis. Um deus um poder superior ao homem,que lhe d ordens, da qual o homem depende. Pois bem, asociedade tem, com relao a cada um de ns, a mesmasuperioridade; e essa superioridade no existiria para ns se

no a sentssemos. A sociedade, tal como a divindade,ultrapassa infinitamente o indivduo, tanto no espaoquanto no tempo. O indivduo , pois, um ponto no infinitosocial. Est perdido nessa imensido.


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Sociedade o verdadeiro poder legislador e ofundamento ltimo para as regras morais

Sociedade a verdadeira origem da idia de

Deus, pois o poder da coletividade que est

na base da divindade

Lio mais importante

Contrape-se ao culto do individualismo, um

dos maiores problemas sociais da poca

possvel individualizar socializando


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Fortalecimento dos laos sociais (e a

valorizao da ptria enquanto nico espao

social de desenvolvimento dos indivduos)

como o principal fator para a superao do

perodo de anomia

Reforo sistemtico solidariedade orgnica


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Disciplina

Abnegao

Autonomia

Totalidade da instruo (p.36)

TTota


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Autonomia

Formao do esprito de autonomia

Autonomia conscincia que aceita as regras

Racionalmente fundamentadas Aplicao da inteligncia

Fundamento da moral

Educao moral inclui ensino da moral Sociedade em que a criana vive: compreenso

das instituies


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Sociedade: matria resistente

No se deixa manipular arbitrariamente

Suicdio no se resolveria pela educao

Sociologia base para escolhas da Pedagogia

Ao racionalista

Pg.324


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Se atualmente grande parte das noes

defendidas por Durkheim nos parecemexcessivamente ingnuas ou limitadas por no

considerarem apropriadamente os conflitos

intrnsecos s sociedades, ainda assim

Durkheim foi, dentre os clssicos dasociologia, aquele que articulou com maior

sutileza e refinamento as bases sociais para

sustentar a legitimidade da promessa daeducao iluminista.


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As idias de Durkheim esto implcitas em

todos os discursos de defesa da educao

como um direito humano

Capaz de promover a igualdade e o

desenvolvimento social


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Marcel Mauss

[...] o primeiro e mais natural objeto tcnico, e

ao mesmo tempo meio tcnico do homem

seu corpo

Tcnicas corporais: as maneiras como os

homens, sociedade por sociedade e de

maneira tradicional sabem servir-se de seus

corpos Educao

Dor, beleza, uso, disposio

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