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IEGISTRA ADE TODA FOL ÚA fl c Nossa próxima edição cfrcu1ari no dia 1 Ode naïrc Cr$ 50,00 FOZ DO IGUAÇU, 26/02/1982 - ANO 2, NP 43 e U1 14 v L Policial assassino está solto O agente da Polícia Federal Antônio Carlos Pissolatto, vulgo "Serra Pelada", assasinou a sangue frio e por motivos triviais o jovem Luiz Gonçalves, 20 anos, funcionário da Itamon. Além deste crime, Serra Pelada tem outros antecedentes criminosos, mas ainda assim continuou em liberdade e está tentando convencer a Justiça de que matou por lig(tima desefa. A família da vítima, entre conster- nada e revoltada, enviou carta a este jornal denunciando e cobrando justiça. Cassinos para Foz do Iguaçu Entre as poucas idéias surgidas cm luz do Iguaçu para que o término das obras de Itaipu não significassem também o fim do progresso do municí- PIO está a pretensão de implantar cassi- nos na cidade. Os mais ardorosos defen- sores da idéia são os empresários e as autoridades ligadas ao turismo, mas to- dos esbarram no fato de que os cassi- nos continuam proibidos no Brasil, embora exista no Congresso Nacional o projeto do deputado Erasmo Dias, do PDS de São Paulo, propondo sua lega- lização. Junto ao projeto do deputado Erasmo Dias desenvolveu-se em muitas partes do país, especialmente nos pon- tos turísticos mais destacados, insisten- te luta no sentido de que a emenda constitucional seja aprovada e a aber- tura de cassinos seja possível. Em Foz do Iguaçu a causa foi assumida pela Com- panhia de Melhoramentos Cataratas, apoiada pelo Sindicato de Hotéis e Si- milares, pelo prefeito Clóvis Cunha Vianna e pelo governador Ney Braga, entre outros. Dentro da luta nacional que se desenvolve em torno da questão, acon- tecerá em Foz do Iguaçu a 3 Jornada Brasileira Pró-Legalização de Cassinos no Brasil, nos dias 12 a 14 de março. O tema é bastante polémico e encontra resistência em vários setores da sociedade, notadamente a Igreja, mas os que defendem a legalização dos cassinos acenam com o grande incenti- vo turístico que eles trariam e prome- tem ainda que, com os rendimentos abundantes que só um cassino pode trazer, poderão ser destinadas gordas assistência social. Ii

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Nossa próxima ediçãocfrcu1ari no dia 1 Ode naïrc

Cr$ 50,00

FOZ DO IGUAÇU, 26/02/1982 - ANO 2, NP 43

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Policial assassinoestá solto

O agente da Polícia Federal Antônio Carlos Pissolatto, vulgo "Serra Pelada", assasinou a sangue frio

e por motivos triviais o jovem Luiz Gonçalves, 20 anos, funcionário da Itamon. Além deste crime,

Serra Pelada tem outros antecedentes criminosos, mas ainda assim continuou em liberdade e está

tentando convencer a Justiça de que matou por lig(tima desefa. A família da vítima, entre conster-

nada e revoltada, enviou carta a este jornal denunciando e cobrando justiça.

Cassinos paraFoz do Iguaçu

Entre as poucas idéias surgidascm luz do Iguaçu para que o términodas obras de Itaipu não significassemtambém o fim do progresso do municí-PIO está a pretensão de implantar cassi-nos na cidade. Os mais ardorosos defen-sores da idéia são os empresários e asautoridades ligadas ao turismo, mas to-dos esbarram no fato de que os cassi-nos continuam proibidos no Brasil,embora exista no Congresso Nacional oprojeto do deputado Erasmo Dias, doPDS de São Paulo, propondo sua lega-lização.

Junto ao projeto do deputadoErasmo Dias desenvolveu-se em muitaspartes do país, especialmente nos pon-tos turísticos mais destacados, insisten-te luta no sentido de que a emendaconstitucional seja aprovada e a aber-tura de cassinos seja possível. Em Foz doIguaçu a causa foi assumida pela Com-panhia de Melhoramentos Cataratas,apoiada pelo Sindicato de Hotéis e Si-milares, pelo prefeito Clóvis CunhaVianna e pelo governador Ney Braga,entre outros.

Dentro da luta nacional que sedesenvolve em torno da questão, acon-tecerá em Foz do Iguaçu a 3 JornadaBrasileira Pró-Legalização de Cassinosno Brasil, nos dias 12 a 14 de março.

O tema é bastante polémico eencontra resistência em vários setoresda sociedade, notadamente a Igreja,mas os que defendem a legalização doscassinos acenam com o grande incenti-vo turístico que eles trariam e prome-tem ainda que, com os rendimentosabundantes que só um cassino podetrazer, poderão ser destinadas gordas

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Nosso Tempo" é umayublicação daEditora Liberação Ltda.

Rua Edmundo de Barros, 830Bairro M'Boicy

(85890)- Foz do Iguaçu- PRTelefone: 74- 2344Caixa Posta]: 412

Representante em Curitiba:G. Cadamuro, Praça Zacarias, 80

79 andar, conj. 708Fone: 223-9524

Impressão:Editora Valério Ltda.Fone: (0452) 64-1366

Medianeira . Paraná

itorFábioFábto Campana

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Há precisamente dois meses, em 23 de de-zembro de 81, lançávamos a ediçio de número42 e anunciávamos, timidamente, que este jor-nal náo circularia em janeiro, deixando no ar aimpressao de que voltaríamos em fevereiro. Naverdade, nâ'o tínhamos qualquer previsâb devoltar um dia. O ano terminava num mar de di-ficuldades e o que restava era apenas uma von-tade forte de continuar nesta luta que semprepareceu digna de todos os sacrifícios.

A maneria como conseguimos fazer NossoTempo circular durante um ano foi mais oumenos milagrosa. Durante o 19 semestre de81 imprimimos o jornal em Cascavel. Entre asdificuldades da distância e os preços proibi-tivos cobrados pela gráfica, chegou o momen-to em que nâo dava mais para suportar. Para-mos entao por dois meses (julho e agosto) efomos em busca de soluções.

Foi feito um projeto que, se tivesse sidoposto em prática, teria sido uma grande solu-çao. O jornal precisava montar seu parque grá-fico para reduzir os custos e para que a empre-sa tivesse uma fonte de lucros através de con-fecçâb de impressos de natureza puramentecomercial. Um grupo de empresários assumiua idéia e decidiu realizá-la.

Nffo deu certo. O projeto estava correto,mas nffo foi posto em prática em sua totalida-de. Primeiramente, o parque gráfico estava in-completo e mesmo assim foi posto em funcio-namento. A falta de algumas máquinas, a faltade capital de giro e de um estoque mínimode material, mais a sobrecarga dos custos ad-ministrativos, de mio de obra e manutenção,em poucos meses deixaram Nosso Tempo no-vamente em situaç3o extremamente crítica.N3o dava para continuar.

Lamentavelmente, os empresários nio ti-veram toda coragem necessária para executaro projeto. O grupo que se uniu em torno daidéia teria todas as condições para tornar o em-preendimento vitorioso, nio só do ponto devista empresarial como também do ponto devista editorial.Havia deficiência, mas Nosso Tempo era umjornal muito lido, discutido e com o nomefeito. Apenas um restrito setor reacionário dacidade quereria que o jornal fechasse de umavez e assim deixasse de incomodar os inimigosdo povo. Era justamente o grupo de empresá-rios que se uniu em torno de Nosso Tempo oúnico que poderia, através de jornal como es-te, levantar-se perante o despotismo conserva•dor de 1-oz do Iguaçu e impor-se como fatorde mudança na sociedade. Mas, nio. Aindanio foi desta vez que apareceu em Foz do Igua-çu quem poderia rachar com os padrões desubmissão a que a populaçio local vive amar-rada desde sempre.

Às vezes tem-se a impressio de que niohá dinheiro em Foz do Iguaçu para manterum jornal local. Alio é isso. Existe, sim, umaprofunda falta de interesse cultural aliada a ob-jetivos puramente econômicos, por ondequem conseguiu fortunas só admite aumentá-las. O dinheiro, efetivamente, nio se dá muitobem com idéias.

A rigor, pode-se dizer que Nosso Tempo

é o único jornal essencia/metne iguaçuense. Omunicípio precisa de um jornal, custe o quecustar. Precisa de um jornal feito aqui, sobreos problemas daqui. Mas de nada adiantaria,porém, fazer um jornal que cantasse no coroda submissio. Tem cue ser independente, livre.crítico. Noso Tempo surgiu assim. Assim seportou sempre, por isso é o jornal de vocaçiopara se constituir no órgào definitivo de im-prensa escrita em Foz do Iguaçu. Se já foramvencidas tantas dificuldades e se o jornal é tioimportante, por que abandoná-lo? Parar comeste trabalho seria frustrante demais.

Os empresários sócios do jornal, descon-solados com os problemas financeiros que aprecária estrutura montada vinha trazendo,decidiram fechá-lo, desfazer a sociedade e colo-car tudo à venda. Pois bem, vendam-se as má-quinas e desfaça-se a sociedade. Mas, e o vexa-me do fechamento do jornal ficaria por contade quem senio dos que o fizeram durante umano?

Nio. O jornal Nosso Tempo nio podemorrer. Nio se jogam no lixo coisas devalor. Por isso, aqui estamos novamente paraalegria de muitos e tristeza de uns poucos in-trigados com este trabalho. Esta nossa cora-gem e disposiçio está sendo compartilhadapor muitas pessoas dispostas a colaborar.Nosso Tempo será feito agora pelo método domutirio. Por enquanto circularemos a cada 15dias, nio mais semana/mente, mas o objetivo évoltar o quanto antes com o jornal semanal. Otítulo permanece, a linha editorial continua amesma e os que fazem sio os mesmos de antes,com alguns colaboradores auxiliando.

Fique claro, porém, que a antiga socieda-de - a Editora Nosso Tempo Ltda. - nadamais tem de responsábiliade quanto ao jornal,que passará a ser mantido por nova firma.

Nós, que somos pobres, temos que mos-trar aos ricos que podemos fazer o que eles po-deriam fazer com grande facilidade mas niofazem por medo ou por falta de objetivos umpouco mais sadios.

Dizer que precisaremos de colabora çio écair no lugar comum. Mas é impossível fugirdesse pedido. Há muito entusiasmo em tornodeste jornal. Sua volta às bancas é motivo deorgulho para nós e para todos os que se habi-tuaram a esta leitura semanal (que agora seráquinzenal). Se fechássemos definitivamente apublicaçio, haveria queixas e lamúrias. Ora, atarefa de manter Nosso Tempo é de todos osque acham o trabalho bom e nescessário. Fa-zer jornal é algo extremamente oneroso. Comum pouco mais de desprendimento, todos po-dem dar sua parcela de contribuiçio para quenossa luta continue e seja vitoriosa Seja inse-rindo publicidade no jornal, seja adqui-rindo e lendo Nosso Tempo, ou ainda mandan-do alguma coisa. Só suportaremos a tarefa seencontrarmos bastante generosidade entre osque podem (e devem) ajudar.

Temos a certeza de que há uma multidãode gente que comunga do nosso idealismo.Nisso está a esperança de consolidar NossoTempo como o grande, corajoso e intrépidojornal de Foz do Iguaçu.

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A FOLIA NO FOZ DO IGUAÇU COUNTRY CLUBE

Na sequência Fotográfica destasduas páginas está não só o melhor docarnaval do Foz do Iguaçu CountryClube; ai também estão as imagens docarnaval mais arrumadinho da cidade.O Country ofereceu mais conforto,maior número de atrações, mais luxo eoriginalidade à festa.

A começar pelo som trazido deCaxias do Sul, RS., pelo Grupo Musi-cal ltamoni, de 12 componentes dirigi-dos por Eduino Menegat, o carnaval/82do Country foi incrementadissimo. Oconjunto musical animou 4 bailes ànoite e três matinés(no domingo e naterça para as crianças e na segunda-feirapara a promoção inédita - o "matinêda brotolândia").

O country Clube é presidido pe-lo dr. José Caetano Ferreira Neto des-

de o dia 4 de fevereiro deste ano quan-do substituiu Narciso Valiatti, quecumpriu dois mandatos de 2 anos nu-ma administração brilhante. O dr. Cae-taro assumiu num momento de desa-fio - organizar e realizar o carnaval.E o fez de maneira impecável.

Mais ou menos mil pessoas pornoite compareceram ao Country parapular, sambar, se dhiertir. O "be,utitulpeople" de Foz. A sede social do clubeestava belissimarnente decorada; os fo-liões apresentaram-se com vestes e fan-tasias muito criativas, mas nada foimais belo do que a presença de lindís-simas meninas. Entre tantas beleza, odestaque especial ficou com AndréiaDonadel, merecidamente eleita a Rai-nha do Carnaval/82 do Country.

Uma das glórias do Clube foi a

conquista do 29 lugar nos desfiles do19 carnaval de rua realizado em Foz.

PREMIAÇÕES

Como acontece todos os anos, oCountry ofereceu troféus e medalhasaos melhores do carnaval no Clube. Umregulamento estabeleceu ps critérios euma comissão julgadora atribuiu os se-guintes prémios:

19 lugar geral entre os blocos: "OsBatutas";

29 lugar geral entre os blocos:"Nem que Tussa";

Bloco Animação: "Nem que Tus-sa'

Bloco Originalidade: "Os Batutas"Bloco Luxo: "Os Batutas";Casal mais animado: Cristina e

Aníbal Abate Soley;Melhor Folião: Anibal Abate So-

ley;Melhor Foliona: Amale Kambour;Luxo individual feminino: San-

dra Brito;Luxo individual masculino: Eval-

doSeeling;Originalidade feminina: Josiete

Holier Santos;Originalidade masculina: Hassen

Kam boi ir.Também receberam medalhas

Por relevantes serviços prestados aoClube o sr. Narciso Valiatti e sua espo-sa Maeli; Emerson Wagner recebeu amedalha de "o maior confetista", e odr. Caetano recebeu uma medalha co-mo presidente do Clube.

A premiacão foi conferida pelacomissão julgadora, composta por Dir-ceu Affornal!i, presidente, Vaidrez Gu-ri, Ana Bordin, João Maria Baptista eOneide Bortolotto.

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O caos da colonização

Em vista da total falta de escrú-pulos de colonizadoras que vendem ter-ras em Mato Grosso, Rondônia, etc., osecretário da Comissão Pastora, da Ter-ra no Oeste do paraná, pastor WernerFuchs, distribuiu nestes dias a seguintenota à imprensa:

O Paraná é palco privilegiado deatuação de inumeras colonizadoras deterras no Mato Grosso. Além da políti-ca de colonização dificilmente satisfa-zer os interesses dos pequenos lavrado-res, várias colonizadoras agem de modoirregular ou se utilizam de mecanismos.duvidosos na venda, ocupação e docu-mentação das terras.

A CPT do Paraná vem a públicopara denunciar a Colonizadora Maiká,com base nos seguintes fatos e aconte-cimentos, entre outros:

a) O Projeto de Colonização daColonizadora Maiká está ape-nas registrado e não aprovadono INCRA de Brasília.

b) O INCRA de Brasília, atravésde telegrama enviado à:FETAEP (Federação dos Tra-balhadores na Agricultura doEstado do Paraná), assegurahaver duvidas quanto 'a titula-ridade das terras da supra cita-da Colonizadora.

c) A Colonizadora Maiká exerceatividade ilegal ao praticaramplas campanhas publicitá-rias e a venda de terras, cujosprojetos de colonização nãocontam com a aprovação ofi-cial.

d) O líder sindical João Paulodos Santos Oliveira, presiden-te do Sindicato dos Trabalha-dores Rurais de Tapira, foiameaçado, coagido e insulta-do por corretores locais (Ta-pira) e regional (Maringá) daColonizadora Maiká, e agredi-do por dono de terras na áreado Projeto Maiká, a partir domomento em que esclareceuaos associados do - Sindicatosobre artigo do Boletim Poei-ra, órgão interno da CPT doParaná, que denuncia irregu-laridades da colonizadora.

e) Agentes de Pastoral foramameaçados por outros corre-tores da Colonizadora Maikáem várias áreas do Estado.

f) Se a Colonizadora Maiká nada

tivesse a temer, nao recorreriaá formas ilegais e de coação,mas simplesmente apelaria àjustiça; Pelo contrário, o re-curso da força e da pressãoconfirma que as denúncias deirregularidade da Colonizado-ra são verdadeiras.

g) A FETAEP obteve e divulgounos jornais de Curitiba a atua-ção irregular e violenta da Co-lonizadora Maiká.

Por isso, a CPT do Paraná reafir-ma que continuará denunciando a si-tuação, atuação e as pressões da Colo-nizadora Maiká e das demais Coloniza-doras irregulares, e dará todo apoio eassistência aos agen tesde pastoral caoslíderes sindicais ameaçados, bem comodefenderá sempre os interesses dos pe-quenos lavradores que sofrem a sanhadas Colonizadoras de terras.

Esperamos, em razão de tais fa-tos, merecer o apoio da opinião públi-ca, das entidades de defesa dos direitoscivis e dos organismos governamentais,pois um dos objetivos da CPT é o deesclarecer os lavradores sobre seus di-reitos e o de denunciar as situações emque os mesmos sejam lesados.

"Converteram o-direito em a bsin-to e lançaram por terra a justiça. Elesaborrecem os que os reprendem à por-ta e detestam o homem de palavras ín-tegras. Por isso, porque oprimis o po-bre e lhe extorquis tributos em trigo,não habitareis esses palácios de pedraque construístes. Porque conheço o nú-mero de vossos crimes e a gravidade devossos pecados, opressores do justo,exatores de dádivas, violadores do di-reito aos pobres em juízo.. - diz o Se-nhor" (Amós, 5,7-15).

Foz do Iguaçu, 04 de Fevereirode 1982.

Pela CPT

PASTOR WERNER FUCHS

Nao faça seu pé-de-meiacom o pé dos Outros.

1No próximo dia 26, sexta-feira,

o lutador de box Vitor Aguerro, noesporte conhecido Vitor Dinamite, es-tará desafiando o campeão uruguaioourenço Soto. A luta acontecerá no

L3ail go do Trevão e, além de ser um es-petáculo raro em Foz do Iguaçu, a lutadeverá ser empolgante.

Vitor Dinamite é argentino eatualmente trabalha como massagistada Sauna Aquarius de Foz do Iguaçu.Começou a lutar box em 1973, no Clu-be Atlético de Merlo, em Buenos Aires,em 1975, quando foi campeão nocau-teando o lutador Feverito Vilablancano primeiro round. Em 76 venceu oCampeonato Novisio, de Buenos Aires,derrubando Oscar Vargas no terceiroround. Ainda em Buenos Aires,o Cam-peonato de Veteranos, em 77, nocau-teando Oscar Ramano no quarto round.Recebeu medalha de ouro no Campeo-nato Panamericano realizado na CostaRica em 78, quando lutou contra o fa-moso boxeador cubano Massaci Cudo,nocauteado no sétimo round. NasOlimpiadas de Montreal, no Canadá,perdeu a final para Roga Ronal (atualcampeão do mundo). Perdeu por de-cisão do árbitro após receber um cortena testa. Vitor Dinamite ficou com amedalha de prata. Em 1980 passou aser boxeador profissional, lutando nocampeonato argentino e sagrando-secampeão, por nocaute no segundoround, em 24 de fevereiro. No mesmoano, ficou com o título do Campeona-to Sulamericano, vencendo o chilenoFeverito Vilablanca por nocaute noterceiro roud. No dia 16 de outubrorenunciou ao titulo nacional argentinoe Sulamericano. Sua última luta acon-teceu em Assunção em 1981, numamistoso em que lutou contra Sebas-tião Moquefro, ganhando a luta noquinto round, por nocaut.

Vitor Dinamite pretende lutarainda neste ano em Assunção, depoisem São Paulo, para então entrar noraiking lati noamericano.

A luta da próxima sexta-feira noTrevão será a 75? de que participa. Se-rá certamente uma luta emocionante.Vitor Dinamite Venceu 69 por nocau-te, 4 por pontos e perdeu apenas uma.

MúsicaNotíciasRADIO

CULTURAAM82OKHZFM 97.7MHZ

Canja naMadrugada

Aberta aia e noite e comestacionamento próprio, aLanchonete e Frut&ra AChoupana está servindo,

além de frutas, sucos,saladas de frutas

e sorvetes, uma deliciosacanja na madrugada.

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EscritórioJuridico

Dr. Alvaro W. AlbuquerqueDr. Agenor de Paula Marins

Dr. Antonio V. MoreiraDr. Ademir Flor

Dr. José Cláudio RoratoDr. Santo Rafagnin

R Benjamin Constant, 45Fone 74-1900Foz do Iquaçu

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O pessoal do Nosso Tempo émesmo perigoso. Este, pelo menos,deve ser o raciocínio de Francisco deAlencar, chefe da sucursal do "Esta-do do Paraná" em Foz do Iguaçu.

A história é esta: Há mais oumenos 8 meses, Chico contratou Sakai,um jornalista de Curitiba, para traba-lhar na sucursal de Foz. Tudo correubem até que, na semana passada, Sakaicometeu o "crime" de morar juntocom o pessoal de Nosso Tempo.

Logo que soube, Chico ficoufurioso, telefonou a Curitiba e disseque teria de "mandar o japonês embo-ra porque está se ligando ao pessoaldo Nosso Tempo".

Disse e fez. Na últina quinta-fei-ra Chico disse a Sakai que "infelizmen-te você no está se encaixando noesquema".

O bom (inclusive profissional-mente) Sakai está desempregado. Es-pera-se, agora, que o mesmo no venhaa acontecer com Cley Andre . quetar.-ibém está compartilhando do nossoteto.

PREFEITOO Prefeito de Cascavel, Jacy

Scanagatta, deverá ser o próximo a in-tegrar na Academia Brasileira de letras,após descobrir o novo feminino deherói. Foi durante um discurso que oprefeito proferiu num jantar realizadocom as professoras municipais. A certaaltura do seu inflamado discurso,Scanagatta bradou: "As professoras,verdadeiras heroas do ensino

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OPDSestáperdido

O presiddente Figueiredo estárosnando como governador Ney Braga,a divindade do PDS no Paraná. Acon-tece que Ney Braga lançou Saul Raiz pa-ra o governo do Estado e com isso oPDS está literalmente derrotado. SaulRaiz mais parece um egresso dos coman-dos nazistas e a cada vez que mostra acara ou diz alguma coisa só perdepontos.O maior erro do PDS no Paraná foiconduzir Paulo Pimentel ao rompimen-to com o partido e levá-lo a decidir-sepor um partido que se diz de oposiç5o,mas no é. Agora que Raiz não temmais o emprego de distribuir chequesàs prefeituras falidas do interior, restaesperar pela eficiência do dinheiro pú-blico gasto em sua campanha. Por falarnisso, o dinheiro que os governos dosEstados e da República estio gastandoem propaganda de suas irrisórias reali-zações, mas que na verdade faz parte dacaripanha eleitoral, so indicativo se-guro de que o pleito de 15 de novem-bro próximo baterao recorci históricode corrupção eleitoral.

O lagode Itaipu

O reservatório de ltaipu será for-mado lá pelo dia 5 de novembro pró-ximo. Os homens vo fazer uma festamuito barulhenta. Já prometeram que ofechamento das comportas será oca-siso para uma festa latinoamericana. Oque intriga um pouco é a data escolhi-da para o acontecimento. Por que justoem novembro? Dizem os técnicos deItaipu que a época é a mais propícia aofechamento das comportas porque no-vembro é de muita chuva e isso permi-tirá que os rios lguau (Brasil) e Mon-day (Paraguai) mantenham o curso dorio Paraná num nível que no crie pro-blemas à jusante da obra, Argentina a-dentro. Outra explicação diz que a épo-ca de represamento é essa porque oscronogramas da obra e sua consecussoassim determinam. Pode até ser, masninguém tira da cabeça de ninguémque misturadas às condições meteoro-lógicas e aos cronogramas estão as elei-ções de 15 de novembro.

Aí está, pois: Entre seus tantosmalefícios, Itaipu servirá também decabo eleitoral do PDS. Um abismo cha-ma outro abismo, diziam os latinos.

Políticaem Foz

Em vista das eleições (será queacontecerão?) de 15 de novembro, Fozdo Iguaçu está uma vergonha total, tan-to no partido da situaç5o como entreos das oposições, se é que se pode falarem oposição quando se fala dos polí-ticos que andam por aí. . . Começa pe-los candidatos que estio pintando. Dosque se propõem a disputar algum pos-to eletivo no há mais que meia dúziade pessoas que merecem votos. Genteboa que existe na comunidade noquer nada com isso. O espaço fica aber-to para todo tipo de burrice, incompe-tência, ambições podres e por aí afora.

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MUNDO DOS ESPORTESRebouças, 748, ao lado da SAUNA AQUARIUS.

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Atenção,leitores

Nosso TempoemRecife

Nestes dias hospedamos na sedede nosso jornal um grupinho de muchi-leiros vindos do Recife. Eles percorre-ram vários países lati noamericanos e vá-rios estados brasileiros. Aqui em Foz,por coincidência, nos encontramos eoferecemos a eles hospedagem. Quan-do dissemos que éramos do jornal NossoTempo, um rapaz ficou apatetado:"Corno é que pode!? Eu já li mais deurna vez este jornal lá no Recife. Quecoincidência vir parar logo aqui!" Porfim, disse que achou o jornal ótimo.Tá aí. Depois vem o Kopvtowski ediz que estamos fazendo um trabalhode baixo nível... No cornments.

Itaipu é inútil

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Os guias turísticos que acompa-nham as visitas às obras de Itaipu fo-ram ensinados a dizer aos turistas quesem a energia dessa usina, já em 83 S.Paulo teria que ficar duas horas por diasem energia elétrica. Uma grossa men-tira.

Aí está: O brasil está gastandomais de 12 bilhões de dólares para pro-duzir um tipo de energia que já tem desobra, donde se conclui que Itaipu eAngra dos Reis elevam ao absurdo to-tal a política energética nacional.

Possivelmente, os milhões dequilowatts que começarão a ser gera-dos por ltaipu já em 83 poderão vir aser descarregados nas águas do própriorio Paraná ou na terra.

No ano passado, a Eletrobrás ha-via calculado que o crescimento doconsumo aumentaria em 10,5 por cen-to, mas ele cresceu apenas 3,3 por cen-to. Na região Sul - Sudeste existe hojeuma capacidade hidrelétrica ociosa de1,5 milhão de quilowatts, excesso queem 86 deverá ser de 6 a 8 -nilhões dequilowatts - precisamente na regiãodo pais a que se destinará a energia deItaipu.

No ano passado, o crescimentono consumo cheqou a ser negativo emregiões mais industrializarias do pais.A Eletrobrás obteve unia receita de 20bilhões de cruzeiros abaixo do pevisto - - - E a recessão, indesmentível crifim.

Ainda há tempo, portanto, deparar com Itaipu preservar as SeteQuedas e deixar os agricultores nas ter-ras que lhes foiam confiscadas.

JogodoBicho

Os &gãos de segurança - se éque ainda resta algum que mereça estenome - moveram nova guerra ao jogodo bicho. Pura pantomina. Ninguém seiluda, que é tudo farsa. Trata-se apenasde uma luta para acomodar as coisasentre os que lutam com contraven-ção, entre os quais estão precisamenteas autoridades policiais. As caçadas aosbicheiros servem só para afastar con-correntes daqui e dali ou para penali-zar os que não repartem os lucros comas autoridades. Ou vocês acham que apolícia de Foz do Iguaçu, por exem-plo, está disposta a eliminar o jogo dobicho e assim perder seu soldo maisgeneroso?

Além do mais, por que o jogo dobicho é a contravenção penal e a loteriaesportiva não? A ladroeira é a mesma.A diferença está em que a ladroeira daloteria está legalizada.

Dr. AlvaroW. AlbuquerqueDr. Agenorde Paula MarinaDr. JoséClaudio RoratoDr. AntonioVanderti MoreiraDr. AdemirFlorDr. SantoRafagnin

R. benjamimConsta flt, 45Foz do Iguaçu

Ora, vejam esta: Dia desses umcara que conta piadas de uma maneirarealmente artística perguntou por quenão contamos anedotas neste jornal.Pois é, por que esse cara não escreve emanda suas anedotas? O espaço estáaí. Aproveitem.

Loteriase Miséria

O faturaménto das loterias e dojogo do bicho está sendo um termôme-tro de crise por que passa a populaçãobrasileira. Os números do Delfim sãosempre falsos. Para saber a quantas an-da a economia no lugar onde ela maisdói (o bolso do povo), basta observaras somas astronômicas que as loterias esimilares arrecadam. No caos em quevivemos, aos olhos do povo existe ape-nas um binômio válido: Sorte e azar.Nada mais merece crédito, nada des-perta esperanças. Não adianta traba-lhar, não adianta planejar, empreender.Entre todos os riscos, o menor é o jogo,é tentar as sortes das loterias - que naverdade contêm 99,9 por cento desorte e o resto é azar puro. Quando aalternativa que sobra ao povo é apostarnessa fagulha de esperança é porque acoisa tá negra. As cifras das loterias sãotarnbé. is cifras do desespero de causa.E desse modo, como forma de últimatraição, as loterias são a maneira queencontraram para tomar do povo os úl-timos restos do orçamento falido de

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O jornas quer manter uma pági-na por semana com cartas ou trabalhosenviados pelos leitores. Além de aliviarnosso trabalho, os leitores têm um es-paço para dizerem o que quiserem. Epreciso haver este diálogo entre o jor-nal e o leitor. O leitor às vezes se quei-xa disso e daquilo; Quereria que o jor-nal fosse assim ou assado; Às vezes per-cebe que damos mancada; Outras vezestem uma sugestão, um incentivo; umanotícia, uma idéia, urna charge, umafotografia - tanta coisa! Entãu é preci-so tomar a iniciativa e mandar pra gen-te. Como dissemos, precisamos de umapágina feita com colaboração dos leito-res.

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Lentaoch Rua Almirante Barroso, 763 - Fone: 74-3058 -I Foz do Iguaçu - Paranáo

Dando prosseguimento ao ridí-culo processo movido pelos militaresContra os resporissáveis por este jornal,houve no úlitmo dia 16 uma audiênciano 340 Batalhão de Infantaria Motori-zada, de Foz do Iguaçu, quando foramouvidas as testemunhas de acusação deJuvêncio Mazzarollo, Aluízio FerreiraPalmar e João Adelino de Souza. Assessões anteriores se realizaram na Au-ditoria Militar, em Curitiba. Para lá jáforam depor os acusados e algumastestemunhas de defesa. Os passos se-guintes do processo deverão se desen-volver também em Curitiba porquesó os acusadores podem ter o privilé-gio de serem ouvidos na cidade ondev i vem? E por que o local designado foio quartel militar, pricisamente o localde trabalho do principal acusador eprincipal culpado de toda esta encren-ca? É que não se esqueceram e não que-rem abandonar de todos os métodosconsagrados pelo golpe militar de 1964,isto é, levando civis aos quartéis paraserem submetidos ao julgamento e àspenas por eles mesmos inventadas.

Em todo caso, a realização dessaaudiência em Foz do Iguaçu foi maiscômoda também para os acusados, queprecisaram amargar quase 10 horas decadeira para ouvirem o que os acusado-res tinham a dizer.

A sessão foi marcada para as 8h30do dia 16. Acompanhados do advoga-do Antônio Vanderli Moreira, os acu-sados se dirigiram ao quartel e foramlevados até um auditório onde estavainstalado o tribunal militar, presididopela juíza Para Alcântara Dani, o pro-motor e procurador de Justiça MilitarBertino Ramos, autor da denúncia,mais 4 militares fardados.

JORNALISTA FOI BARRADOEra permitida a entrada de pes-

soas estranhas ao caso, pois, por lei, asessão é pública. No entanto, na parteda tarde, um jornalista do jornal O Es-tado do Paraná foi impedido de entrar.

O jornalista foi impedido de entrarna mesma hora em que o Major Du-tra, sub-comandante da guarni-ção, entrou na sala da audiência e pre-senciou o depoimento do coronel Labrecom indisfarçável cinismo em ralaçãoaos acusados.

Um fato que também causou es-tranheza foi o procedimento do tribu-nal improvisado em relação à presençados depoentes na sala de audiência.Ouando os acusados e suas testemunhasderam depoimento em Curitiba, entra-va um por vez, rigorosamente na horamarcada, e o que terminava o depoi-mento aguardava na mesma sala o de-poimento dos demais, só podendo sairquando tudo estivesse encerrado. Masaqui foi diferente. Basta ser da panelapara merecer regalias. Antes do mais,pela manhã, na hora da abertura dostrabalhos, só estavam presentes os acu-sadores José Bento Vidal e o tenenteJosé Zimmermann. Os coronéis JoãoGuilherme da Costa Labre e Clóvis Cu-nha Vianna só compareceram à tarde,e atrasados. Mais: O que terminava odepoimento era liberado, podendo as-sim comunicar aos que deporiam de-pois o teor das perguntas e das respos-tas. Por exemplo, quando saiu da au-diência o coronel Vianna, o seguinte,coronel Labre, demorou em se apresen-tar. O advogado dos acusados percebeua trama e saiu da sala. O que viu? Oscoronéis conversando no corredor -

Certamente para que os acusadosnão saíssem de lá dizendo que não fo-i ari bem tratados, o cafezinho e a águamineral eram oferecidos insistentemen-te a toda hora, por um gentil militar doquartel. E não faltava o condicionadorde ar para anular o sofrimeino dos 40graus de calor desta época em Foz doIguaçu. -

O JORNAL NAO MENTIUNa parte da manhã foram ouvi-

dos Bento Vidal e Zimmermann. Co-

meçou às 8h40, com a leitura da denún-cia 1 e terminou às 12h45, tendo sidomarcado o reínicio dos trabalhos paraas 14h30. Os acusados chegaram ao lo-cal na hora marcada, mas o tribunalsó foi instalado às 1 5h, sendo que oscoronéis Labree Vianna chegaram atra-sados - sem prejuízo para seus depoi-mentos, ao contrário do aue Seria justoe legal. Foi lida novamente a denúnciarepleta de citações, estas sim truncadase deturpadas pelo promotor, tiradas doJornal Nosso Tempo e que contém cri-ticas e denúncias contra o governo, asforças armadas e a polícia de Foz doIquaçu. Todas as citações são de tre-chos fachados de serem mentiras, ra-zão pela qual os acusados estão enqua-drados no artigo 14 da Lei de Seguran-ça Nacional.

É interessante observar que oprocurador Citou os trechos do jornalque lhe pareceram conter inverdades,fatos deturbados ou truncados, masnão disse uma palavra para provaro que afirmou na denúncia, e os quedepuseram também foram incapazesde provar o contrario do que foi escri-to por Nosso Tempo. De fato, os depoi-mentos dessas testemunhas servirampara comprovar a verdade contida nasmatérias.divulgadas pelo jornal. Só umexemplo: Tanto o coronel Labre comoo coronel Vianna admitiram perante otribunal que o relato feito por Juvên-cio a respeito da conhecida palhaçadada "reunião comunitária" foi fiel aosfatos. No entanto, o texto está na de-núncia e continuará sendo levado naconta de um crime até a provávável condenação de quem escreveu.

É incrível, mas isto acontece nes-te país. O coronel Labre tramou a em-boscada da "reunião comunitária", ojornal contou como foi, ele mesmo afir-ma que o jornal contou a verdade, mas,como sua imagem perante os coman-

dados e a comunidade ficou desgastada,precisou tirar a teima e culpar quempassou o vexame naquela "reunião".Quem está acusando é que deveria es-tar sendo acusado, mas.

Ainda sobre as regalias concedi-das aos acusadores, note-se que o juizJoão Kopytowski não compareceu àaudiência do quartel e por issofoi ouvido no dia 18em Curitiba, tendosido dispensada a presença dos acusa-dos na ocasião, mas o advogado Wag-ner Rocha D'Angelis esteve presentecomo defensor.

SEM DIREITO DE FALARLogo após o depoimento da pri-

meira testemunha, a juíza lara Alcân-tara Dani observou que o escrivão nãoutilizara o verso do papel em que dati-lografava os depoimentos e o advertiudizendo que é preciso economizar pa-pel porque o Judiciário não tem verba.Descoberto enfim um método de eco-nomizar: Mandar de Curitiba (certa-mente de avião) uma juíza, um promo-tor, 4 militares membros do conselhode sentença e um escrivão para fica-rem em Foz do Iguaçu durante um diafazendo mais 5 pessoas perderem tem-po e enfrentarem a injustiça, e, depoisdisso pensar que o escrivão deve utili-zar a frente e o verso do papel para eco-nomizar, ora, é dose'

Quando depõem as testemunhasde acusação, os acusados não têm direi-to de dizer absolutamente nada. Squem pode falar por eles é seu advoga-do, apenas através de perguntas dirigi-das ao juiz, que por sua vez as repeteao depoente. Algo tão formal que bei-ra à comédia.

Ouvidas as testemunhas , os acu-sados têm 5 dias para apresentar as tes-temunhas de defesa. Cada acuado temdireito a apresentar três. Feito isso, ascoisas deverão se encaminhar para apre-sentação da defesa prévia e depois ha-verá o julgamento, que poderá absolver,ou condenar a uma pena entre 6 me-ses a dois anos de prisão.

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Depoimentosde Uionna

Lubre Ue lioltda*

O coronel João Guilherme Labrechegou atrasado e se apresentou farda-do. Inicialmente portou-se como sefosse a autoridade máxima no ato, sóse colocando na condição de simplestestemunha quando foi advertido pelajuíza de que ele era obrigado a respon-der a todas as perguntas que lhe eramformuladas. O advogado dos acusadoshavia perguntado se ele sabia de algu-ma mentira divulgada pelo jornal Nos-so Temoo contra a administração mu-nicipal do coronel Cunha Vianna. Lãbre disse que preferia não responder,ao que a juíza o alertou sobre a neces-sidade de uma resposta.

Enquanto depunha, um soldadoentrou com água mineral e cafezinho,permaneceu de pé, estático, esperandodo coronel a ordem para servir os lí-quidos.

A certa altura, o depoente quisfumar. Pediu licença à juíza e serrouum cigarro de um oficial que compu-nha o conselho de sentença. Não só ocoronel como também a juíza estavamsem cigarro. O major Dutia prontifi-cou-se a ir comprar os cigarros que vi-riam de graça para a juíza, mas ela cor-rigiu em tempo e deu o dinheiro. Já seimaginou uma testemunha de acusaçãodando presentinhos ao juiz que estáinterrogando?

POSIÇÃO DE SENTIDOÀs 6 horas da tarde o coronel

ainda estava depondo,quando no pátiodo quartel soou um toque de pistãoanunciando o arriamento da Bandeira.Mal ouviu o toque, o coronel pediu li-cença e, sem esperar a licença, levan-tou-se abruptamente, deu as costas aotribunal e colocou-se em posição desentido - gesto que foi acompanhadopor todos.

Em seu depoimento, Labre foi omais agressivo e arrogante. Revelou-secheio de empáfia, encarniçado e clara-ramente interessado em ver os acusa-dos no fundo das grades. Como os de-mais, não se arriscou a dizer que osacusados são comunistas, mas faltouapenas pronunciar a palavra.

Entre tudo o que ele disse, nadapodia ser mais revelador de suas inten-ções de que quando confessou à juízaque conhecia o passado político deAluízio e Juvêncio. Disse que no S-2do quartel estão fichas dos dois con-tendo o dossiê de seu envolvimentoem atividades subversivas, e a juíza re-quereu cópia das fichas para anexá-lasao processo - o que já deve ter aconte-cido.

Nisso está uma escandalosa, imo-ral apelação. Aluízio esteve preso porsubversão nos anos negros da ditaduraMédici, viveu no exílio mas foi anistia-do; Juvêncio esteve preso em S. Paulo,em 1968. oor ter participado do Con-gresso da UNE, mas sequer houve pro-cesso ou decisão judicial que o desse co-mo culpado de qualquer crime. Dessemodo, recorrer a fatos tão antigos,absolvidos pelo tempo ou pela an.stia,

é um gesto revanchista, rancorososcontrário à justiça e aos próprios pro-pósitos do governo e dos ministros mi-litares, que o coronel cultua comosemi-deuses da democracia esfarrapadaem que o Brasil está. -

NOSSO TEMPO NÃO MENTIUOutro lance revoltanta resposta

que deu quando lhe foi perguntado sepodia apontar notícias falsas divulga-das por Nosso Tempo. Respondeu ocoronel que sabia de muitas mentirasdo jornal, mas que apontaria apenasduas: a primeira, aquela em que foichamado de mentiroso; a segunda,quando refutou a notícia, dada pelojornal, de que no quartel militar deFoz do Iguaçu já houve torturas de ci-vis presos por "crimes" políticos emanos passados.

Pois bem, o jornal efetivamentechamou o coronel Labre de mentiroso,mas explicou por quê. Quem convidaum cidadão para uma reunião comuni-tária no quartel, pintando um quadrode cortesia e, de fato, tem plano derealizar uma sessão de insultos contrao convidado, é o que então?

Sobre a questão das torturas ha-vidas no quartel e que Labre refutaenergicamente , basta dizer que umdos acusados que estavam às suas cos-tas durante a audiência foi uma das ví-timas de inomináveis torturas no então19 Batalhão de Fronteira. E não é oúnico caso.

Lamentamos profundamente terque voltar a um tema tão torpe, revol-tante e indigno da honra que as ForçasArmadas devem prezar e manter. Masestão nos acusando de, através de men-tiras, indispor a população contra asinstituições e autoridades. Quem lem-brou do caso foi o próprio coronel Lã-bre. Nós jamais iríamos nos pendurarnisso de torturas, mas, como ele semostrou desinformado sobre a históriada guarnição que comanda e como pre-tende fazer disso em recurso para nosincriminar, teremos que revelar essadesonra para o quartel e para tantossoldados e oficiais que não merecem ovexame.

CORONEL É PARA QUARTELFinalmente, tanto o depoimento

do coronel Labre como das demais tes-temunhas, a rigor só serviu para provarque Nosso Tempo não merece as acu-sações que lhe estão sendo feitas. Sóem exemplo: O texto do Jornal que re-latou a história da "reunião comunitá-ria" foi considerado por eles como fielaos fatos. No entanto, o texto conti-nuara depondo contra os acusados atéo fim desta escaramuça iglória. Porque?Porque o jornal contou a verdade e averdade os envergonhou. Ora, quem éculpado nessa história?

Confessou ainda o coronel quequando da denúncia sobre a "reuniãocomunitária" houve exaltação de âni-mos no quartel e em sua família. Disseque teve que aconselhar seus subalter-rios e seu filho de 22 anos a não parti-

rem para a desforra, atos de violência erevides - sinal de que havia pessoasdispostas a ações terroristas contraNosso Tempo e seus responsáveis.

A prepotência foi outra caracte-rística revelada pelo depoente. Aoabordar a "reunião comunitária", La-bre disse que realizou o ato num do-mingo porque quis, e que poderia tê-lofeito em qualquer outro dia - comoquem estava no exercício de sua auto-ridade. Pois, ele precisa que alguém lhediga que a autoridade dele se limita aoâmbito do quartel e que seus súditossão os militares menos graduados queele, não os civis. Juvêncio não é mili-tar, nem o país está em guerra, em es-tado de sítio ou qualquer situação emque o civil perde seus direitos e garan-tias individuais. Juvêncio é reservistade terceira categoria e não se recordade haver sido convocado para prestarserviços ao país dentro das instituiçõesmilitares. Se não há algum engano, emFoz do Iguaçu existe um fórum comjuízes e promotores para julgar o com-portamento dos civis dentro da coleti-,idade. Só mesmo num país esdrúxulocomo o nosso pode permitir que umcoronel se decida pela prepotência deseu arbítrio e passe a chamar cidadãosaos quartéis para receberem admoesta-ções e insultos.

A Justiça Militar é para julgarcrimes dos militares. Para os civis o di-reito brasileiro tem seus tribunais.

Resta dizer que os dois processosque correm contra Nosso Tempo com

base na Lei de Segurança Nacional éinjusto. Os processados não fugirão atodos os passos desses processos, e osenfrentarão até mesmo se forem con-denados, mas tornam público que nãoreconhecem, nesta questão, autoridadealguma no tribunal que os está proces-sando e que os julgará.

VIANNA, ZIMMENMANN, VIDALE KOPYTOWSKI

Acredita-se que o depoimentodo juiz João Kopytowski, dedo em Cu-ritiba dois dias depois, tenha sido alta-mente agressivo. O juiz é um radicaladversário de Nosso Tempo. Seu mora-lismo equivocado, seu autoritarismo esua mentalidade militarizada não lhepermitem outro posicionamento. Ko-pytowski tem uma grande vontade deacertar. Mas não consegue.

O tenente José Zimmermann,que entrou na fria por culpa do coro-nel Labre, seu comandante, tambémprestou depoimento fardado. Foi oprimeiro a ser ouvido. Revelou-se aba-tido e apreensivo por ver-se em tão de-plorável processo, movido por milita-res, porque militares se sentiram ofen-didos, e que será também julgado poreles. O tenente Zimmermarin revelouter mais ou menos decorado as respos-tas que ia dar. Ele oi inocentementetransmitir um convite para uma "reunião" ao Juvéncio e, fazendo isto da

meneira mais cortês possível, estavacumprindo uma ordem de seu superior.

Desse modo, o tenente está en-volvido na questão injustamente. Elenão deve explicações a ninguém. Masele também não tinha motivos para seposicionar contra os acusados e o jor-nal da maneira que o fez em seu depoi-mento.

DEFENSOR DE STROESSNERO prefeito Clóvis Cunha Vianna

teve o comportametno mais digno en-tre todos. Limitou-se a "dizer a verda-de, tão sómente a verdade" - comotodos prometeram e nem todos cum-priram. Revelou bastante amargura pe-las constantes criticas e insistentes de-núncias de corrupção em sua adminis-tação feitas por Nosso Tempo.

Vianna foi incapaz de acusaruma inverdade sequer nas denúnciasfeitas por Nosso Tempo contra a admi-nistração. Esforçou-se para citar o no-me de sócios da Editora Nosso TempoLtda., incluindo erroneamente na rela-ção o advogado dos acusados, AntônioV. Moreira. Disse mais que o relato fei-to pelo jornal sobre a "reunião comu-nitária" foi fiel ao fatos.

(Havia sido esquecido que o co-ronel Labre acusou no depoimentoque o jornal Nosso Tempo fez matériasofensivas a autoridades do governo pa-raguaio do ditador Alfredo Stroessner.É a segurança nacional brasileira preo-culpada com a "honra" de uma figuratão trágica como a do último remanes-cente das ditaduras históricas e sangui-nárias da América Central e do Sul.Fecha o parênteses).

José bento Vidal foi apenas maisuma das tristes figuras que estiveramnessa situação vexatória, especialmentepara eles - os acusadores. Vidal sim-plesmente não sabe de nada, não viucoisa alguma, não conhece ninguém -nem está - . . Pura hiprocrisia 1 Revelouuma mentalidade que deve ter sido vá-lida há alguns séculos. Em determina-da altura, apontou escandalizado paraa medida que Juvêncio tomaria se fos-se prefeito de Foz, medida que consis-tia em nivelar os vencimentos do pes-soal da Prefeitura. "O prefeito ganha-ria igual um gari" - explicou Vidal,como quem estava acusando um gravecrime (de opinião).

Mas aí a discussão começou emtorno do critério que seria utilizado: seo prefeito desceria ao nível salarial dogari, ou se o gari pass-ria a ganhar omesmo que o prefeito (de agora) ganha.Vejam a que nível desceram! Eviden-teinente, no projeto do Juvêncio, oprefeito passaria a receber bem menose os garis iriam receber bem mais doque estão recebendo hoje - nessa in-justiça toda que corrói tudo.

PS. O clima da audiência foi nessenível durante 10 horas. Perce-bem os leitores, por certo, queestá impossível suportar o poderque domina o povo brasileiro.

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As Polônias Latinoainericanasr

Será que o leitor ainda aguenta falar e lersobre a Polônia? Faz dois anos que esse paísnão deixa os noticiários da imprensa mundial.Ninguém mais consegue falar da situação mun-dial sem se referir à Polônia. Neste artigo, em-bora o ponto de referência seja a Polônia, nãovamos aborrecer mais o leitor com o tema tãop isado e reoisado pela imprensa. Melhor é nosatermos às polon ias que se espalham por todaesta nossa infeliz América Latina.

Na Polônia o movimento sindical estavasacudindo o país com uma luta que pareciauma das coisas mais saudáveis ensaiadas nomundo atual. O movimento não venceu aindaporque foi sufocado pela força das armas, masdeverá vencer um dia.

Em geral, a impressão que se tem é que oproblema polonês é o mais sério do mundo nopresente. Lembram os leitores que há algumassemanas diversos chefes de estado do blococapitalista, socorrendo-se de artistas e intelec-tuais, promoveram o dia internacional de soli-dariedade à Polônia e de condenação ao regi-me militar que suplantou a luta do povo polo-nês e instalou uma ditadura, em substituiçãoà anterior. A pantomina foi organizada pelopresidente Ronald Reagan e recebeu surpreen-dentes adesões. Manifestações de protesto fo-ram feitas em inúmeros países. Nos EstadosUnidos, artistas de cinema também entraram

:tem cena realizando um programa de televisão- dos mais estranhos. O Papa não ficou de fora.

Na ltalia, na Inglaterra, enfim, pelo mundoafora ribombaram os mais patéticos protestoscontra o regime militar polonês e sua lei mar-cial.

Evidentemente, é impossivel colocar-se afavor de um golpe militar como o desferidonaquele país. Mas há uma constatação intri-grante: Como podemos, de uma hora para ou-tra, carregar uma bandeira juntamente com

w um Ronald Reagan, uma Margareth Thatchere tantos ditadores espalhados pelo bloco capi-talista? O Papa também vive berrando contra

o o que acontece na Polônia. Todos berram. E éz preciso berrar. Mas há no mundo países e mais

Juvêncio Mazzarollo

países com motivos de sobra para terem inve-ja da Polônia. Apesar de toda sua desgraça, aPolônia não é nem de longe o inferno damaioria dos países do III Mundo.

Os militares poloneses tomaram o poderbem ao estilo de todos os militares do planeta:castrando os movimentos populares, prenden-do lideranças, ditanto leis injustas e absurdas,colocando armas apontando contra os adversá-rios e possíveis adversários, censurando a im-prensa, atrofiando a cultura, etc., etc.

Mesmo assim, há diferenças muito sensí-veis entre o que se pasou e se passa na Polô-nia com o que se passa pelos países do IIIMundo. A opressão e repressão montadas na-quele pais não chegam aos pés das conhecidasna América Latina, na Ásia e na África.

O que se passou na Nicarágua para der-rubar a ditadura de AnastaciO Somoza e o queestá se passando em El Salvador é uma dose debarbárie muitíssimo maior que a verificada naPolônia. E o governo de Ronald Reagan, prin-cipal responsável pelo mar de sangue que estásendo derramado pelo povo salvadorenho,continua ajudando os carrascos desse minús-culo país e não sente o menor constrangimen-to em aparecer perante a opinião pública mun-dial como o baluarte da luta pela liberdade naPolônia.

O mesmo Reagan que promoveu festivaisna televisão para protestar contra os militarespoleneses, é responsável pelo massacre de mul-tidões de civis indefesos e inocentes eI El Sal-vador. Por este sangue poucos choram, comonão choram pelas vítimas das ditaduras quecorroem países como o Chile, o Paraguai, aArgentina, o Brasil, o Uruguai, a Bolívia e poraí afora.

Quando militares escrotos dão golpes deestado aqui pelo continente sulamericano einstalam regimes de terror, imediatamentetêm seus governos reconhecidos e apoiadospelos mesmos estadistas que se encheram deindignação com o golpe militar polonês. Emnossos miserentos paíse, a violência é sempre

aceita pelas potências capitalista desde que se-ja para preservar os seus interesses de domina-ção.

A gritaria condenando o golpe da Polô-nia fez tanto estardalhaço que provocou co-moções até mesmo entre povos em muito piorsituação que a polonesa. Brasileiros, para-guaios, argentinos, chilenos, bolivianos e ou-tros têm razões infinitas para indignar-se comseus respctivos regimes de governo, mas são le-vados por imposições da propaganda interna-cional a lamentarem o que se passa lá na dis-tante Polônia.

Nós brasileiros, por exemplo, somos leva-dos a preocupações com o frio nos EstadosUnidos e na Europa; nos deixamos distrair denossos problemas com o futebol e carnaval; osmeios de comunicação são capazes de fazerentender que, em dado mbmento, tudo o quehá de importante a discutir e resolver é a ques-tão do jogo do bicho; e, logicamente, se háuma crise na Polônia, em Israel ou na ponteque caiu, para lá se voltam nossas preocupa-ções, não faltando a ingênua sensação de fele-cidade por termos a "sorte" de viver num país"pacífico e ordeiro" como o Brasil.

Se fôssemos capazes de entender a queponto nossos países latino-americanos estãoem desgraça, preferiríamos estar na Polônia,com ou sem General Jaruzelski. Quem teve umMédici e um Geisel, e agora tem Figueiredoconsorciado com Medeiros, Maluf, Ney Bra-ga, Walter Pires e assim por diante, que moti-vos tem para ter dó de quem está sob Jaruzels-ki ? Quem está sob Stroessner. Pinochet ouGaltieri, onde encontra razões para ficar preo-cuado com Jaruzelski? Não lhe basta o jugodesses ditadores sanguinários?

E Ronald Reagan, Margareth Thatcher, oPapa e tantos líderes ou estadistas, por que so-frem tanto com a desgracinha polonesa e cho-ram tão pouco com o inferno social, políticoe econômico a que estamos submetidos inape-lavelvemte sob os poderes totalitários das mú-mias que nos governam?

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Um estampido seco de um Tauruscalibre 38 quebrou osilê'icio na madru-gada do dia 10 de janeiro. A sociedadeiguaçuense dormia enquanto a políciase encarregava de encaminhar maisuma de sua vítimas ao cemitério parasepultamento.

Tudo aconteceu bem ao estilo decomportamento de muitos agentes po-liciais. Quem acionou o gatilho destavez foi o agente da Polícia Federal An-tônio Carlos Pissolatto, vulgo "SerraPelada" (em razão dos vistosos colarese bracaletes de ouro que sempre corre- -ga consigo).

Segundo algumas testemunhas,possivelmente fabricadas, Pissolattoconversava com sua "namorada" naAvenida Brasil, em frente à sede da Ha-bitasul, quando passou por ali um au-tomóvel Brasília de cor bege com doiselementos em seu interior. O veículoteria passado duas ou três vezes pelolocal e os seus ocupantes, a cada vezque passavam. "secavam a mina" dopolicial e proferiam gracejos. Pissolattogarante ainda que os ocupantes da Bra-sília diziam palavras de baixo caldo, oque fez com que o sangue lhe subisseà cabeça de vez. Diz que se dirigiu aosprovocadores e perguntou a razão desuas atitudes, recebendo em troca no-vas descargas de chistes e ofensas. Foiquando "Serra Pelada" teria agarradoo motorista pelo colarinho a fim deministrar-lhe uma aula de pancadaria.A este gesto o caroneiro teria tentadoabrir o porta-luvas da Brasília, gestoque fez o policial suspeitar de que láestaria uma arma e que viria chumbo.Antecipando-se, "Serra Pelada" sacouseu Taurus 38 da capanga para se de-fender, apontando a arma par o rostodo motorista. Este teria posto a mono revólver do policial tentanto dissua-di-lo da agressáo. No meio da confusão,a arma de "Serra Pelada" teria dispara-do acidentalmente atingindo o rostode Luiz Gonçalves, 20 anos, funcioná-rio da Itamon. O disparo foi fatal, e oque surpreende é que quando um polici-al assasina friamente alguém, a culpasempre é das armas, que teimam emdisparar acidentalmente

A versão oficial dá conta de que'Serra Pelada" fugiu do local imedia-

tamente, enquanto outro agente da Po-lícia Federal socorreu a vítima e a le-vou à Santa Casa, onde faleceu algu-mas horas depois, na mesma noite.

Essa é a versáo do assasino e quepretende ser caracterizada como verda-deira pelas autoridades. Colegas da Vi'-tima, porém, garantem que a verdadenão é bem essa. Pelo contrário. Segundoeles, Pissolatto havia ido ao baile dochopp, onde teria se embriagado, indoem seguida à Discoteca Salvatti acres-centar mais algumas doses de whiskyao chopp. De lá teria saído com a garo-ta e se postado nas proximidades daHabitasul, quando passou a Brasília di-rigida por Luiz Gonçalves, que estava

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RMERIR APOPULACflO

Dias após o bárbaro assasit'a-to de Luiz Antonio Gonçalves, o a-gente Antônio Carlos Pissolattoco,tinuava transitando livremen-te pelas ruas de Foz do Iguaçu e,quem sabe, exercendo normal-mente suas funções na PolíciaFederal.

Parentes e amigos da viti-ma, revoltadas com tamanha ver-gonha, redigiram um documentoque seria entrege a um padre paraler durante a missa e mim iografa-do para ser distribuído à popula-ção. A informação vazou. Paren-tes e amigos de Luiz receberamameaças e desistiram da idéia. Odocumento chegou a este jornal.Ei-lo:'Ainda inconformados com a sua per-

da, é que viemos a público dizer que aviolência, arbitrariedade, o desmando eo protenciOflisrno que te assaSiflaram,ainda estão à solta nesta cidade, e care-cem de repressão e justiça.Viemos a público dizer o que todos iasabiam, que você foi um bom funcio-nário, bom filho, bom irmão e bomamigo, pessoa pacata e afável, humanoe manso, não tinha inimigos, era ama-do por todos que o conheceram nestesvinte anos verdes de uma vida promis-sora, que este crime bárbaro colheu pa-ra sempre.Viemos dizer que sabemos pelo amigoque estava contigo na hora da tragédia,sentado ao teu lado no banco dianteiro,da tua Brasília creme, que você aten-deu ao pedido do policial federal, quemandou parar e ia estacionando o veí-culo, quando recebeu o disparo a san-gue frio.Sabemos ainda por este mesmo amigo,que você não teve chance de diálogocom o assasino, pois o tiro de surpresaatravessou o vidro e você realmentenão havia dito nada 'a mulher do poli-

cial federal, e nem falado com ele,muito menos houve tempo de seguraro revólver, como estão dizendo por ai.Nunca houve implicações anteriorescom aquela nem com outras mulheres.Viemos saber que seu amigo foi ime-diatamente retirado do carro, apressa-damente, porque queriam evitar queele fosse testemunha.Soubemos ainda que o policial federalque te chamou estava completamenteembriagado, pois ele valtara do bailedo chopp, no Oeste Paraná Clube, e quea relação que ele mantinha com suamulher estava em pedaços e que istoera motivo de anteriores cenas de ciú-mes.Mas entendemos que você, nem nin-guém, a menos ele, tinha culpa ou res-ponsabilidade pelos problemas particu-lares e pessoas de um funcionário, aquem os cofres da federação assalariamà custa dos nossos impostos, para de-fender os direitos de seus cidadões. eque pela irresponsabilidade no cumpri-mento de seus deveres pisa nos direi-tos humanos como no recente assasina-to do domador do Circo Garcia, numincidente que há pouco mais de umano trouxe um descontentamento derepercussão nacional.Viemos a público te devolver a vida,mas a nossa omissão dos fatos reais

-podem encobrir a tua inocência, e alte-rando a verdade, transformá-lo de viti-ma em agressor, particularmente nestacidade, onde a impunidade e o pro-tecionismo ameaçam a toda hora o in-divíduo e a comunidade.Caro Luiz, nossos corações entristeci-dos. rezam pela tua alma e confiam najustiça de Deus com a esperança que sefaça a justiça dos homens".

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IMPUNIDADE

A MATAR

--em companhia de um co:e i U. COfl depois sem que tenha sido registradaforme contam os colegas e amigos de qualquer ocorrência na DPF, sinalLuiz, ele e o colega passaram duas ve- de que Albertino era absolutamentezes pelo local e, realmente, olharam inocente.para a "namorada" do agente da PF. Na ocasião, o delegado Castro,Na terceira vez em que repitiram a vol- ensão diretor da DPF, prometeu à re-ta e os olhares à moça, "Serra Pelada" portagem de Nosso Tempo que toma-fez parar o carro e no disse uma pala- ria as providências necessárias para pu-vra. Sacou o revólver e desferiu um u- nir os torturadores. Mas a "punição"nico tiro para matar. aplicada pelo delegado deve ter sido

TORTURADOR mais ou menos esta: "Olha, rapaz, vêApesar de um repórter policial se no faz mais isso".

ter publicado que "Serra Pelada" e O delegado Castro foi transferi-"pessoa de bem, tem residência fixa, do recentemente. Comenta-se na cida-profissão definida e interesses afetivos de que esse fato pesou na balança quee patrimoniais na cidade" - tudo para indicou a imcompetência dele no cargoque no fosse decretada a prisão pre- que ocupava.ventiva do assasino e para o processo Albertino, no dia seguinte à ses-morrer na casca -' o agente policial são de torturas que sofreu, foi levadoenvolvido em mais este Crime no tem por uma amigo seu ao Fórum para re-bons antecedentes. gistrar queixa junto ao promotor Jony

No dia 12 de novembro do ano de Jesus Campos Marques, que prome-passado, por volta das 21 horas, "Serra teu "enérgicas providências" - no sepelada" prendeu arbitrariamente o co- sabendo se providências foram toma-zinheiro José Albertino Brasil após tê- das e se foram to enérgicas, já que olo espancado violentamente no interior torturador, ou os torturadores, conti-da lanchonete em que trabalhava. Já nuaram em sua senda.nas dependências da DPF, Albertino Hoje, a impunidade de "Serrafoi vitima de uma bárbárie bastante Pelada" deverá continuar, e assim, se ocomum nas repartições policiais de jovem Luiz Gonçalves perdeu a vida eFoz do lguaçu. Vários agentes, lidera- seus familiares operderam para sempre,dos por "Serra Pelada" , praticaram resta esperar que logo mais outros par-uma requintada sessão de torturas na tam deste mundo por vontade de umvítima: pau-de-arara, espancamento, policial qualquer - sempre respalpadosocos e ponta-pés, telefone . . . Com- por atenuantes inerentes à função e pe-pletametne moído pela violência dos la escandalosa falta de honestidade dapoliciais, Albertino foi liberado horas justiça.

LICENÇAO agente da Polícia Federal CarlosPissolattoassassinoua sangue frio umjovem de 20 anos no dia 10 de janeiro,na Avenida Brasil.O assassinotemmaus antecedentes e nem este novocrime fez com que fosse afastado dafunção e perdesse a liberdade.A família enlutada por mais este crimeestá revoltada e clama por justiça.

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BAILE NOTRE VÃO

Na maior casa de festas de Eido lgu.açu, o carnaval/82 foi mais umadas grandes promoções. O Trevão temcapacidade para abrigar mais de duasmil pessoas para brincarem e dançaremà vontade, na maior alegria e descontra-ção. Não aconteceu outra coisa. Aisom carnavalesco do conjunto "Os Co-rujões". o povão pulou e festou anima-dissimo nas 4 noites do reinado de Mo-mo.

Na primeira noite, o Trevão teseo mérito de ter realizado pela primeiravez au Foz do Iguaçu um desfile "gavAs grandes Sensações do desfile "Gayforam as "meninas" que aparecem natrês primeiras fotos da sequência ao lado. "Elas" são de Curitiba, e a K.arinafantasiada em plumas, obteve o 19 lu-gar. O acontecimento despertou muitaatenção na ciadade e fez com que inumeras pessoas fossem presenciar o dcfile "gay" no Trevão antes de irem aseus clubes pular carnaval.

O top-less e os demais trajes simários usados pelas "meninas" anel)tara 111 a todos

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TREVÃOO maior salão de

baile do sul do país.Pista de molas.

Bailes às quartas,Sábados e domingos

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OESTE PARANÁCLUBE

Com um desfile muito animado,o O.P.C. alcançou o 30 lugar no cama-vai de rua, mas certamente deveria fi-car com o 19 em alegria e descontra-ção, se houvesse tal concurso.

Ornar Tosi é o presidente do Clu-be e, junto com seus auxiliares, mante-ve e reforçou a tradição: O carnaval doO.P.C. é o mais popular da cidade epor isso é o que proporcionalmentereúne o maior número de foliões, To-das as noites, entre 1.500 a 2.000 pes-soas pularam o carnaval no Oeste Para-ná Clube.

O MusicalCalipson,deMal. Cân-dido Rondon, animou as 4 noites e osmatinés de domingo e terça-feira.

O Clube teve ainda a honra deter uma de suas frequentadoras eleitaRainha do Carnaval/82 em Foz do Igua-çu - ela, a esfusiante Vasicisa RuizDias, que aparece nas fotos ostentandoo lindo troféu pela honrosa distinção.Vasicisa, após eleita Rainha do Carna-val da cidade percorreu todos os clubes,sendo recebida entusiasticamente.

A empolgação, a alegria, a festa ésempre total no Clube. Sempre foi, e

FLORESTA'Abaixe o supérfalo" - era o

trocadilho que um bloco carnavalescoostentou nos festejos do Rei Momonas 4 noites de folia do Clube Floresta,no conjunto residencial de Itaipu. Oclima no Floresta era precisamente ohumor, misturado à irresistível belezafeminina que inundou aquele vasto econfortável salão de festas.

A Banda do Brejo, de São Paulo,sem dúvida nenhuma trouxe a Foz doIguaçu aquele que foi o melhor somdeste carnaval da cidade.

O Floresta levantou o primeirolugar do carnaval de rua, com um des-file que surpreendeu a todos os quenão acreditavam que aquela promoçãoteria êxito. Graças ao desfile apre-sentado pelo Floresta, pode-se dizerque o carnaval de rua foi excepcional.O Floresta desfilou com uma escola desamba (40 componentes), alegorias,fantasias e sambistas, num total apro-

V! ximado de 200 pessoas, sendo que estrês blocos (das índias, dos campone-ses e das baianas) foram o maior des-taque, juntamente com as 3 fantasiastrazidas do Rio por Ney de Souza.

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1...AdolphoMarianoda Costa_

Advocacia em geralA Minas Gerais, 1699

Fones 64-1206e64-1277Medianeira - PRiïtI I

EXPODOMAIqLft ExportacoraDomareski Ltda

Eletrociomesricos e Derivados ce PetroleoE,'porta cão dp materiais de construção ao Paraguai

Br 277- Jaroim ju p ira, 949- Fone, /.5-415

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A PEDIDO

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em vista das acusações feitas con.tra minha pessoa através do jornal ­Fo-lha do Oeste", à página 21 da ediçãode 19 a 25 de fevereiro de 1982, em

Í1 %N1 v matéria de responsibilidade do

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repór-

4'_ ter Cauby Silva, a bern da verdade que-

-4 - - no tornar público que jamais estive en-

• - - volvida nos atos descritos na referidapublicação e que por isso refuto mie

- ..• ;ralmente aquelas imputações.Não me faltam documentos e

- estem unhas para provar a falsidade de- - -das as calúnias que me foram feitas,

- - provas estão á disposição de quem4 :ujser se inteirar da veracidade de mi-

T :i dia inocência.

,- Assim mesmo, para que sejam re-

,a'ados os danos causados à minha

- - pessoa em virtude da publicação da-- quelas calúnias, e para que o responsá-

- vel pela sua divulgação seja penalizado- na forma da Lei, a questão será entre-

- ue à Justiça.

1 Foz do Iguaçu, 23 de fevereiro de 1982

- ODALIS ELIZABETE GIMENEZ

SALÃO DO BINOO conjunto musical "Carisma

marcou o compasso do carnaval no po-pular Salão do Bino, uma casa de fes-tas muito populares em Foz do Iguaçu.

Cerca de mil pessoas em -cadanoite de carnaval pularam e se diverti-ram como nunca.

O Salão do Bino incentivou oPovo a preparar suas fantasias, a orga-nizar seus blocos, dando troféus e meda-lhas aos primeiros colocados. Houvemuita criatividade e bom gosto na sim-plicidade, num ambiente muito fami-liar.

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CARNAVAL DERUA

As fotos desta pàgi moçrmo alto nível alcançado pelos desfiles docarnaval de rua organizado pela primei-ra vez em Foz do Iguaçu. Como se per-cebe pelas fantasias, alegorias e pelaanimação, esta promoção da Secreta-ria de Esporte e Turismo do municípioobteve sucesso total, muito acima dasexpectativas. A secretaria decorou a Av.JK, onde foram realizados os desfiles,e ajudou inclusive financeiramente aosclubes para que participassem da me-lhor maneira e com grande número desambistas e passistas. Todos os clubesparticiparam com uma média de 200integrantes cada, atraindo a atenção decerca de 15 mil pessoas.

Após os desfiles, aquele trechoda Av. JK. continuava repleto de gentesimples do povo que preferia pular ocarnaval ao ar livre, com muita descon-tração e sem pagar ingresso.

O grande destaque foi a apresen-taço do Clube Floresta, que conquis-tou, merecidamente, o 19 lugar, tendoapresentado inclusive 3 fantasias deNey de Souza, do Rio de Janeiro. O20 lugar ficou com o Foz do IguaçuCountry Clube e o 32 com o OesteParaná Clube.

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