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ÍA IV AXNO DOMING-O, 14 DE AGOSTO DE 1904: A'.'1i Gi SEMANARIO NOTICIOSO. LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, 1S000 réis; semestre, 5oó réia. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda forte;. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. -José Augusto Saloio 19, 1/ — RUA DIREITA—19, i.° A LD EG A LLEG A Publicações ÍJ Annuncios— i\» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes 0 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp?cial. Os auto ^ graphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPR IETÁR IO— José Augusto Saloio EXPEDIENTE Rogamos aos bbossos estim áveis assigaBantes a fineza de nos participa' rem qualquer f a l t a beíí re messa do jornal. para dc p ro m p to p r o v i d e n c i a-r- mos. Aceeitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam dc interesse (!> .:!)Ííí‘0. Em Portugal dá-se um caso curioso comtodos os logares, rendosos ou não rendosos; chovem cartas de empenho para se obter um empregopublicoemui tas vezes, mercêdessesem- penhos, são despachados para certos empregos indi víduos que não possuem nenhuma das habilitações neçessarias para os exer cer. O verdadeiro talento, a mais reconhecida intelli gencia, ficam sempre es magados; teemde se cur var humildemente perante as nullidades que nada pro duzem , que nada valem , mas que, pela alta mercê de qualquer elevada perso nagem , são investidas n’a- quelles cargos. Dahi o desleixo emque se encontramcertos servi ços; o publico paga a essa gente e ainda temde ir, de chapéo na mão, implorar, como uma esmola, o que taesem pregadosteem obri gação cie fazer. E o que se dá com as re partições publicas dá-se tambem noutras partes. No theatro, por exemplo, quantos brilhantes talentos são postos de parte só pa ra cederemo logar ás me- diocridades que vão muni das de cartas de recom- men dação! Os jornaes estão inçados d’essa gente e dahi pro vêemos frequentes ponta pés á grammaticaque nel- les se notam . Qualquer creança sahida do collegio quer ser redactor de um jornal e, como tempadri nho, lá se anicha ecomeca fazendonoticias eivadas de tolices e de gallicísimosque fazem arripiar os cabellos. E’realmente triste e de primente 0 que estamos vendo. Quando se fará uma se tecção completa, pondo fei ra de todos os logares de responsabilidade os igno rantes, quasi analphabetos, e substituindo-os por ho mens de reconhecida com- petencia? Quando será? JOAQUIM DOS ANJOS. A tourada Conforme noticiámos ef- fectuou-se no pretérito do m ingo, na praça desta vil la, a tourada promovida pela commissão dos feste jos do Espirito Santo, pre cedida de vistosas cavalha das por rapazes desta vil la. Abriu a corrida um gar raio que foi lidadopor dois amadores epegadodecara por Gabriel de Jesus Relo gio que, depois de sahir da cabeça do animal viu que tinha uma farpa espetada no peito. Acudiramimme diatamente os nossos ami gos, srs. Francisco Maria de Jesus Relogio, JoaquimPe dro de Jesus Relogio, seus irmãos, e José Paulo Relo gio, seu primo, que o con duziram á pharmacia Ma neira, onde foi pensado pe lo sr. dr. Julio Vellez Ca roço, auxiliado pelos nos sos amigos, srs. Antonio Duarte Maneira, muito há bil pharmaceutico, e por seuprimoAntonio Mendes Freire Maneira, intelligente praticante de pharmacia. A farpa espetara-se-lhe no mam illo direito fazendo umgolpe profundo a pon tode romper apleura, ten do de ser cosido a pontos naturaes Felizmente opobre rapaz encontra-se quasi curado, tencionando o medico cor- tar-lhe hoje os pontos. O resto.da corrida não prestou; osamadores esta vampouco atrevidos eaté o touro que quempegasse de cara ganhava umpré m io. ninguém aisso seatre veu, comquanto o animai não merecesse grande res peito. Já aqui ternos visto pegar touros maiores e mais mal intencionados. O premio é que tez o medo está vi-to. Abrilhantou este espe ctáculo, sob a regencia do seu ensaiador, sr. Baltha zar'Manuel Valente, aphy larmonica i.°dc Dezembro desta villa. descanço sloani3tica l Os officií cabellein es de barbeiro e caoeiieireiro do Porto, acabam de distribuis- profu samente por todo o paiz um manifesto em que fa zem constar uma reunião importante para 28do cor rente e fazem umappeilo. a todas as associações do paiz e ao publico em gerai, para 0descançodom inical, e pedem-nos a publicação do seguinte: «Convite— C 0 n v i d a m - se por este meio todas as’cóR lectividades existentes no paiz, bem assim todos os cidadãos, que concordem como movimento iniciado por esta collectividade, em prol do descanço, a faze rem-se representar na reu nião que se effectuará no dia 28 de agosto, pelas seis horas da tarde, na rua dos Lavadouros, 12, i.°, ou a enviarem a sua adhesão. Emlogares aonde seja im possível obter-se aadhesão por assoeiação, lembràmos aremessa d’um officio, tim brado pelaestaçãopostal.» ‘VvaiLle Por ter realisado, nodo mingo passado, a suasexta excursão, 0 Grémio Ex cursionista Civil do Monte, publicou um numero uni co subordinado á nossa epigraphe, saudando0pro letariado manual e intelle- ctual e protestando contra todas as seitas religiosas, na esperança do dia gran de e bello em que os ho mens de sciencia e de co ração conjunctamente com o povo, façam desappare cer a actual 'o-rganisaçãp so:ial, outra onde toda ahumani dade seja feliz. Traz artigos muito bem escriptos de Heliodoro Sal gado, Pedro Muralha, Au gusto José Vieira, M igue Bakounine, M . Bernardcs Branco, Sebastian Faure, Raul Pires, Oliveira Mar tins, João Ferreira, etc. e duas poesias, intituladas Falsos apostolas, de Ange lina V idal e Pela estrada de Cesar Porto. Agradecemos o exem plar offerecido. AGRICULTURA •As lavra» profasudas O segredo das grandes colheitas não reside exclu sivamente num judicioso emprego de matérias fer- tiiisantes. ÉT tambem pre ciso que por meio de pa lavras bemfeitas, se facili te não só a aereação e sa neamento dosólo, mas ain da a penetração das rai zesatravéz de todas as par tículas de terra, afim de permittir ás radiculas, ás raizes mais finas, uma ab- sorpção continua e facil da agua e dos princípios indispensáveis a uma boa vegetação. E’ que na verdade uma terra revolvida por uma lavra profunda desaggre- ga-se, augmenta de volu me, adquire a propriedade de se embeber de agua da chuva e de- a conservar. Essaaguapermanecerátan to menos á superfície, quanto a terra fòr mais profundamente cavada, e de tal sorte não póde pre judicar a vegetação, mes mo no caso de abundantes chuvas. A agua assim filtrada nas camadas inferiores constitue, além d’isso, du rante muito tempo, se o sub-sólo fòr impermeável Quando o sub-sólo é per meável, as suas proprieda des retentivas são eviden temente menos accentua- das; mas nempor isso as lavras profnndas deixam de ter sempre a vantagem de augmentar 0 poder ab- substituindo-a porjsorvente das terras. Portanto,, essas lavras sãovantajosissimasparare- gularisar a humidade do sólo em todos os climas. Nas regiões do s-ul, a mas sad aguaaccumuladacons titue uma reserva, para o verão; emquanto que nas regiões do norte»abaixan do onivel d-essamassada- * gua, as lavras profundas preparam uma espessura mais importante do sólo, bemsemeada-e mais favo ravel á vida efuncçÕes das raizes. Estas lavras mobilisam , portanto, o sub-sólo, tor- nam-o mais permeável ao ar, áagua eás raizes, ecor rigem defeitos- das-terras, especialmente das compa ctas. E’ evidente- que,, revol vendo o sólo,. não apenas uns vinte centímetros, co mo ordinariamente sefaz, mas no dobro- da profun didade, se põe- as raizes emeondiçõesdemeiosmui- to vantajosos»s©b'o tripli- ponto de vista phvsico, him ico ephysiologico. AVISO Rogamos aos nossos es timáveis assignantes que ainda se achamem . divida, o favor de nos enviarem as suas importancias emcar ta registrada, quando se não queiram dar aoincom- modo de vir á nossaadmi nistraçãoou pedir aalguem que se encarregue dasso. Egual pedido fazemos aos cavalheiros que nos deram a honra da sua assignatu- ra, o que muito agradece mos. Congresso de escrivães ajudantes Vae realisar-se, nos pri meiros dias do mez de se tembro proximo, na cida de doPorto, um congresso dos escrivães ajudantes do paiz e ilhas, para represen tarem aosr. ministro dajus tiça sobre assumptos d in teresse da classe. Para esse fim foi nomea da uma commissão para convidar os coliegas de todas as comarcas para se representarem ou faze rem-se representar nocon gresso.

E X PE D IE N TE - Câmara Municipal do Montijo

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ÍA

I V A X N O D O M IN G -O , 14 D E A G O S T O D E 1904: A'.'1 i Gi

SEMANARIO NOTICIOSO. LITTERÀRIO E AGRÍCOLA

AssignaturaAnno, 1S000 réis; semestre, 5oó réia. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda forte;.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

-José Augusto Saloio 19, 1/ — RUA DIREITA — 19, i.°A L D E G A L L E G A

fé P u b l i c a ç õ e sÍJ Annuncios— i\» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes 0 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, con trac to esp?cial. Os auto g raphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO—José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

R o g a m o s a o s b b o s s o s e s t i m á v e i s a s s ig a B a n t e s a f in e z a d e n o s p a r t i c i p a ' r e m q u a l q u e r f a l t a beíí r e ­m e s s a d o j o r n a l . p a r a dc p r o m p t o p r o v i d e n c i a-r- m o s .

A c e e i t a m - s e c o m g r a t i ­d ã o q u a e s q u e r n o t i c i a s q u e s e j a m d c i n t e r e s s e (!>.:!)Ííí‘0.

Em Portugal dá-se um caso curioso com todos os logares, rendosos ou não rendosos; chovem cartas de empenho para se obter um emprego publico e mui­tas vezes, mercê d esses em- penhos, são despachados para certos empregos indi­víduos que não possuem nenhuma das habilitações neçessarias para os exer­cer.

O verdadeiro talento, a mais reconhecida intelli­gencia, ficam sempre es­magados; teem de se cur­var humildemente perante as nullidades que nada pro­duzem, que nada valem, mas que, pela alta mercê de qualquer elevada perso­nagem, são investidas n’a- quelles cargos.

Dahi o desleixo em que se encontram certos servi­ços; o publico paga a essa gente e ainda tem de ir, de chapéo na mão, implorar, como uma esmola, o que taes em pregados teem obri­gação cie fazer.

E o que se dá com as re­partições publicas dá-se tambem noutras partes. No theatro, por exemplo, quantos brilhantes talentos são postos de parte só pa­ra cederem o logar ás me- diocridades que vão muni­das de cartas de recom- men dação!

Os jornaes estão inçados d’essa gente e dahi pro­vêem os frequentes ponta­pés á grammaticaque nel- les se notam. Qualquer creança sahida do collegio quer ser redactor de um jornal e, como tem padri­nho, lá se anicha e comeca

fazendo noticias eivadas de tolices e de gallicísimos que fazem arripiar os cabellos.

E’ realmente triste e de­primente 0 que estamos vendo.

Quando se fará uma se tecção completa, pondo fei­ra de todos os logares de responsabilidade os igno­rantes, quasi analphabetos, e substituindo-os por ho­mens de reconhecida com- petencia?

Quando será?JOAQUIM DOS ANJOS.

A t o u r a d a

Conforme noticiámos ef- fectuou-se no pretérito do­mingo, na praça desta vil­la, a tourada promovida pela commissão dos feste­jos do Espirito Santo, pre­cedida de vistosas cavalha­das por rapazes desta vil­la.

Abriu a corrida um gar­raio que foi lidado por dois amadores e pegado de cara por Gabriel de Jesus Relo­gio que, depois de sahir da cabeça do animal viu que tinha uma farpa espetada no peito. Acudiram imme­diatamente os nossos ami­gos, srs. Francisco Maria de Jesus Relogio, Joaquim Pe­dro de Jesus Relogio, seus irmãos, e José Paulo Relo­gio, seu primo, que o con­duziram á pharmacia Ma­neira, onde foi pensado pe­lo sr. dr. Julio Vellez Ca­roço, auxiliado pelos nos­sos amigos, srs. Antonio Duarte Maneira, muito há­bil pharmaceutico, e por seu primo Antonio Mendes Freire Maneira, intelligente praticante de pharmacia.

A farpa espetara-se-lhe no mamillo direito fazendo um golpe profundo a pon­to de romper a pleura, ten­do de ser cosido a pontos naturaes

Felizmente o pobre rapaz encontra-se quasi curado, tencionando o medico cor- tar-lhe hoje os pontos.

O resto.da corrida não prestou; os amadores esta­vam pouco atrevidos e até o touro que quem pegasse de cara ganhava um pré­mio. ninguém a isso se atre­

veu, comquanto o animai não merecesse grande res­peito. Já aqui ternos visto pegar touros maiores e mais mal intencionados. O premio é que tez o medo está vi- to.

Abrilhantou este espe­ctáculo, sob a regencia do seu ensaiador, sr. Baltha­zar'Manuel Valente, a phy­larmonica i.° dc Dezembro d esta villa.

d e s c a n ç o s lo a n i3 t ic a l

Os officií cabellein

es de barbeiro e caoeiieireiro do Porto, acabam de distribuis- profu­samente por todo o paiz um manifesto em que fa­zem constar uma reunião importante para 28 do cor­rente e fazem um appeilo. a todas as associações do paiz e ao publico em gerai, para 0 descanço dominical, e pedem-nos a publicação do seguinte:

«Convite — C 0 n v i d a m - se por este meio todas as’cóR lectividades existentes no paiz, bem assim todos os cidadãos, que concordem com o movimento iniciado por esta collectividade, em prol do descanço, a faze­rem-se representar na reu­nião que se effectuará no dia 28 de agosto, pelas seis horas da tarde, na rua dos Lavadouros, 12, i.°, ou a enviarem a sua adhesão. Em logares aonde seja im­possível obter-se a adhesão por assoeiação, lembràmos a remessa d’um officio, tim­brado pela estação postal.»

‘VvaiLlePor ter realisado, no do­

mingo passado, a sua sexta excursão, 0 Grémio Ex­cursionista Civil do Monte, publicou um numero uni­co subordinado á nossa epigraphe, saudando 0 pro­letariado manual e intelle- ctual e protestando contra todas as seitas religiosas, na esperança do dia gran­de e bello em que os ho­mens de sciencia e de co­ração conjunctamente com o povo, façam desappare­cer a actual ' o-rganisaçãp so:ial,

outra onde toda a humani­dade seja feliz.

Traz artigos muito bem escriptos de Heliodoro Sal­gado, Pedro Muralha, Au­gusto José Vieira, Migue Bakounine, M. Bernardcs Branco, Sebastian Faure, Raul Pires, Oliveira Mar­tins, João Ferreira, etc. e duas poesias, intituladas Falsos apostolas, de Ange­lina Vidal e Pela estrada de Cesar Porto.

Agradecemos o exem­plar offerecido.

AGRICULTURA

•As lavra» profasudas

O segredo das grandes colheitas não reside exclu­sivamente num judicioso emprego de matérias fer- tiiisantes. ÉT tambem pre­ciso que por meio de pa­lavras bem feitas, se facili­te não só a aereação e sa­neamento do sólo, mas ain­da a penetração das rai­zes atravéz de todas as par­tículas de terra, afim de permittir ás radiculas, ás raizes mais finas, uma ab- sorpção continua e facil da agua e dos princípios indispensáveis a uma boa vegetação.

E’ que na verdade uma terra revolvida por uma lavra profunda desaggre- ga-se, augmenta de volu­me, adquire a propriedade de se embeber de agua da chuva e de- a conservar. Essa agua permanecerá tan­to menos á superfície, quanto a terra fòr mais profundamente cavada, e de tal sorte não póde pre­judicar a vegetação, mes­mo no caso de abundantes chuvas.

A agua assim filtrada nas camadas inferiores constitue, além d’isso, du­rante muito tempo, se o sub-sólo fòr impermeável Quando o sub-sólo é per­meável, as suas proprieda­des retentivas são eviden­temente menos accentua- das; mas nem por isso as lavras profnndas deixam de ter sempre a vantagem de augmentar 0 poder ab-

substituindo-a por jsorvente das terras.

Portanto,, essas lavras são vantajosissimasparare- gularisar a humidade do sólo em todos os climas. Nas regiões do s-ul, a mas­sa d agua accumulada cons­titue uma reserva, para o verão; emquanto que nas regiões do norte» abaixan­do o nivel d-essa massa da- * gua, as lavras profundas preparam uma espessura mais importante do sólo, bem semeada-e mais favo­ravel á vida e funcçÕes das raizes.

Estas lavras mobilisam, portanto, o sub-sólo, tor- nam-o mais permeável ao ar, á agua e ás raizes, e cor ­rigem defeitos- das-terras, especialmente das compa­ctas.

E’ evidente- que,, revol­vendo o sólo,. não apenas uns vinte centímetros, co­mo ordinariamente se faz, mas no dobro- da profun­didade, se põe- as raizes emeondições de meios mui- to vantajosos»s©b'o tripli- ponto de vista phvsico, himico e physiologico.

AVISORogamos aos nossos es­

timáveis assignantes que ainda se acham em. divida, o favor de nos enviarem as suas importancias em car­ta registrada, quando se não queiram dar ao incom- modo de vir á nossa admi­nistração ou pedir a alguem que se encarregue dasso. Egual pedido fazemos aos cavalheiros que nos deram a honra da sua assignatu- ra, o que muito agradece­mos.

C o n g r e s s o d e e s c r i v ã e s a j u d a n t e s

Vae realisar-se, nos pri­meiros dias do mez de se­tembro proximo, na cida­de do Porto, um congresso dos escrivães ajudantes do paiz e ilhas, para represen­tarem ao sr. ministro da jus­tiça sobre assumptos d in­teresse da classe.

Para esse fim foi nomea­da uma commissão para convidar os coliegas de todas as comarcas para se representarem ou faze­rem-se representar no con­gresso.

O DOMINGO

COFRE BE PÉROLAS

CANÇÃO DO OUTONONo campo alegre e perfumado,Por sob as folhas do arvoredo,O nosso amor abençoado Todo era festas e folguedo.Agora foi-se a estação bella,E ' tildo fúnebre e sombrio.

< JSão mais amor no peito d'ella. ..Como o inverno é triste e fr io ! . . .

O vento aspérrimo nordeste Leva os perfumes do outono;Foi-se-me d"alma a luz celeste,Deixando as trevas do abandono.Julgo inda vêr aqui a ingrata.Julgo aspirar o seu perfume. . .Só tenho a magua que me mata. . .O espinho agudo do ciume!

*Como uma pomba busca o par,Nas a;as brancas da illusão,No quarto errando, o meu olhar Sempre a procura mas em vão.. .Pensando tel-a de mim perto,Eu verto la gr imas em fio.Minlialma c tumulo deserto. ..Como o inverno é triste efrio!

JOAQUIM DOS .ANJOS.

(Da Mãe e Rival, romance em publicação pela Antiga Casa Bertrand, rua Garrett, j 3 e y5, Lisboa).

PENS AMEMTOS

Um dos meus amigos, muito madraço, difa : a E' inútil aprender durante a vida, pois que se ha de

saber tudo depois da morte.»—Alexandre Dumas.Um amigo á uma alma que vive em dois corpos. —

Aristoteles.No mundo, e entre os homens, isto que vulgarmente

se chama amor, não é amor, é ignorancia.—P. Anto­nio Vieira.

ANECDOTAS

Logica de um bebedo:N 'esie mundo é conveniente beber, porque o bom vi­

nho produ; bom sangue; bom sangue e bom humor origina os bons pensamentos e dos bons pensamentos nascem as boas obras.

Ora. . . muito bem: como as boas obras nos abrem as portas do céo, fóra de duvida que para alcançar a gloria é preciso beber. . . e beber-lhe muitissimo bem.

______ivOv-TíVíVirí

— Então entraste para o theatro?—E' verdade.—E j á debutaste—Já. Nj Triste Viuvinha.. .—Bravo! que papel fizeste?— Cantei de grillo, no segundo acto.

-V niusicipaiLembrámos á ex.ma ca­

mara a conveniencia de ordenar para que sejam fei­tas nas ruas Direita e do Caes duas regas, pelo me­nos, por semana. São estas ruas as que melhores esta­belecimentos têem e por conseguinte as que mais at­tenção merecem. O pó não só incommoda como tam­bem estraga a fazenda a cada um.

1

Toca hoje no coreto, na Praça Serpa Pinto,-das 9 e meia á meia noite, a distin- cta phylarmonica 1.° de De­zembro, desta villa.

■-----------------— «*—---------------------------------

Em cumprimento do dis­posto no artigo 14.0 do re­gulamento de 2(8 de março de 1895, o administrador d’este concelho, sr. José Maria Madeira Abranches, fez constar, por meio de editaes, que na secretaria da administração está pa­tente, por espaço de i5 dias, a relação dos devedo­res das contribuições do Estado, referentes a esta freguezia.

A camara municipal man­dou annuneiar para 0 dm2 1 do corrente o produeto das taxas pelo aluguer de terrenos para estabeleci­mentos, por occasião da feira da Senhora da Ata­laya.

■-— 0»— — ----------------------------

MACHINA SINGER

Vende-se por 10S000 rs de pedal, como nova e afi­ançada; outra por 6$ooo rs., de mão. R. de José Ma­ria dos Santos, i5o, maehi- nista.

T o a i r a d a

P romovida pela Socieda­de Phylarmonica 1.? de De­zembro, desta villa, deverá realisar-se no proximo do­mingo, 21 do corrente, pe­las 4 horas e meia da tarde,

FOLHETIM

Traducção de J. DOS AN.IOS

D E P O I S dT p í C C I í OIiivr© Segtmdío

111

«Então, pensando nas longas horas que se tinham perd ido , senti o dese­jo ardente de realisar sem demora a minha felicidade e íi sua. Foi então q u e me viu form ando projectos .ie que o P edro era o inspira .’or, proje­ctos a que está assoc iado . . . .Mas que tem po que levou, a com prebender, meu pobre Pedro!

Acabando estas palavras, elia sor- j riu-se a o meio das lígiirnas que a ale i

na praça d’esta villa, uma grandiosa corrida em que tomam parte os distinctos amadores: cavallèiro, José Pedro Franco, da Porca- lhota; bandarilheiros: Eu­gênio Sacòto, Manuel Mira, Joaquim d’A!meida,o a Chis­pa» da Moita, Berardo So­eiro, do Barreiro, Francis- Gervasio e J. A. Peixinho. Hàver.á um valente grupo de moços de forcado sen­do cabo o arrojado Augus­to Gervasio.

O gado pertence ao ex.1,,u sr. José Maria dos Santos, que.generosamente o o.ffe- rece para esta corrida.

Lembrámos aos nossos leitores que não se descui­dem com a encommenda dos bilhetes de camarote, se quizerem, com suas fa­milias, gosar de um excel­lente espectáculo.

AOS AGRICULTORES

A Nova Empreza d'Adu­bos Artificiaes, tendo em vista satisfazer o pedido de alguns lavradores, seus cli­entes, que usam empregar a farinha d ‘ tremoço como fertiiisante,'resolveu iniciar a moagem deste legume na sua fabrica do Alto da Barrosa, em Aldjgallega do Ribatejo, para 0 que fez compras importantes, a fim de poder servir todas as re­quisições, que lhe sejam di­rigidas, do mesmo genero.

■Por egual se encarrega da moagem de tremoço, por conta alheia, ao preço de 240 réis a saeça.

Muito brevemente de­vem chegar novos guanos, d'uma riqueza apreciavel em Azote e Acido phos- phorico, assim como se es­pera um carregamento de sulphato de potassium, vin­do directamente da A1!e- manha para esta fabrica.

Opportunamente se an- nunciarão os competentes preços em relação ásdosa- gens respectivas.

Escriplorios — em Lis­boa, largo de S. Paulo, 12, i.°; em Aldegallega, rua Conde Paçô Vieira, 24.

g r a qu ; a alegria lhe punha nas pal pebras. emquanto que elle, deitando a cabeça ardente nos joelhos da ado­rada. murmuror:

—Oh meu Deus! não será um so- sonho?

— Náo. meu amigo, ê a realidade; ama-me. eu amo-o, e estamos reuni dos. E ’ para si e para.mim que tra­balho ha duas semanas, que fórtno es­ses projectos a que o Pedro persistiu em me.tter outro homem, e que. a fim de attrahir para elles as santa; b ê n ­çãos. creei . era meu nom e e no seu, este asylo onde as creanças e os ve­lhos hão de sempre, fesar pelo Pedro e pela MrgJalena. Esta casa onde o trouxe hoje, comprei-a p; ra si e para mim: é aqui que havemos de abrigaro nosso amor,

— Esse amor n 'o póde tet e-peran

ça, disse o Pedro de repente; a Ma­gdalena é rica e eu sou pobre.

— G om prehendo esse orgulho, dis­se ella vivamente; mas que importa a sua pobreza? lambem eu me em p o­breci voluntariamente. Fundando um asylo* de caridade, dei aos pobres a maior parte da rainha fortuna.

— Mas quer co m p ra r um pal, cio, objectou o Pedro.

—A gente em alguma parte ha de viver, e eu dei a minha casa.

—E ’ verdade: disse o Pedro , a quem voltava o contentamento.

— Além d isso, tanto n ’este paíacio como na sua casa pobre , não po.de trabalhar? Náo encontrará alguma grande obra para emprehenJer? A re ­generação moral e material d'esta ter­ra tão abandonada não poderá dar ali menio ã sua actividade? Quo importa a minha fortuna-, s t elia uk p e rm u te

participar das boas acções que meu marido fizer?

I em_ razão, di-se ingenuamente o Pedro , a quem a ventura tirara, até a faculdade de fazer á Magdalena as objecções que vinte vezes lhe tinham subido aos labios. quando pensava n ’aquella fortuna que fundava asylos, comprava um palacio e terras, e cuja origem não conhecia.

En tão.atire para longe com os seus escrúpulos e não pense senão no fu­turo! tornou a Magdalena, apressada em vêr desapparecer estas suspeitas que lhe cansavam violentos terrores; não vê como elle nos sorri? Encare- rnol-o com confiança, meu Pedro . S o ­mos novos e amamo-nos. Que mais quer?

E poz n estas ultimas palavras uma doçura nifinita.

O AtalayaConsta-nos que este va­

por, mandado construir pe­la Parceria dos Vapores Lisbonenses com o fim de- fazer as carreiras entre es­ta villa e a capital, que co­meça na próxima terça fei­ra a servir-nos.

Oxalá que venha em boa hora.. .

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DECLARAÇÃO

Constando-me que um dos meus coilegas, com es­tabelecimento n’esta villa, diz abertamente a todas as pessoas, quer sejam ou não seus freguezes, que faz tra­balhos para minha casa e me dá de interesse o des­conto de 20 p. c., declaro publicamente, por este meio, que é falso o que a ta! res­peito esse collega diz, e tanto assim que ainda pos­so, com a pouca pratica que tenho, (como diz o en­tendido collega) dar 5o p. c. de desconto nos meus trabalhos.

Aldegallega do Ribatejo, 6 de agosto de 1904.Avelino M. Contramestre.

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Vindos de Mondariz, on­de estiveram a aguas, che­gam hoje a esta villa, os nossos amigos, exmos srs. Francisco da Silva e Mar­ciano Augusto da Silva. Consta-nOs que veem mais alliviados dos seus soffri- rnentos, com o que muito folgámos.

CalitrtsiiieitíoComeçaram a semana

passada os trabalhos de cal­cetamento no largo da Egreja, achando-se já mui­to adeantados

Na Praça Serpa Pinto trabalha hoje o peão para a rifa de bilhetes para a cor­rida de touros promovida pela Sociedade i.° de De­zembro, que terá logar na tarde de 21 do corrente.

— E ’ para endoidecer! suspirou o Pedro.

E de novo os seus labios ardentes procuraram as mãos da Magdalena e, tendo-as encontrado, cobriram n'as de beijos.

A Magdalena e o Pedro ficaram por muito tempo assim silenciosos e en­laçados. Vinha chegando a noite. De repente ouviu-se bulha de passos. Erao guarda, cuja p esença arrancou os nossos enamorados ao seu divino ex- tase.

-—Ia’ principiava a estar em cuida­dos. dis e elle. temia que se tivessem perdido no parque.

-—Náo. náo. respondeu o Pedro , que foi 0 primeiro a recobrar a p re ­sença de espirito; esta senhora esta­va cançada e parece-me que ado rm e­cemos.

(Continua,,1.

laitaiosaCom a edade de 70 an­

nos, falleceu nesta villa, pe­las 8 hòras da manhã de 11 do corrente, Maria Rita dos Santos Rosa, viuva, natu­ral desta villa. Paz á sua alma.

t»—

l a r i o l a

Esta doença não se ma­nifesta claramente senão depois dama muleza ge­ral que vae augmentando todos os dias e que prece­de a febre: a isto chamam os médicos priodo de in­cubação da doença; quan­to mais curto fòr este prio­do mais grave deve sera do­ença. A invasão da doença annuncia-se por uma febre mais ou menos forte; des­de que ella se declara, de­ve-se chamar immediata- mente o medico, porque esta terrivel doença não enlra no numero das doen­ças do dominio da medi­cina domestica; tratando de a curar unicamente com os meios familiares os que teem a seu cargo o doen.te incorrem na maior das responsabilidades.

Os botões começam a apparècer no quarto dia, depois do primeiro acces- so de febre; a erupção apparece algumas vezes mais cedo, nunca mais tar­de, sendo pela cara que começa e quasi sempre pe­la testa. Os botões entram em suppuração no fim de dois ou tres dias. E’ n’esta occasião que muitas vezes sobrevem uma inchação da cara e uma ophtalmia que priva o doente da vista por algum tempo.

Se a salivação é abun­dante ao sexto ou sétimo dia, é signal d’uma termi­nação favoravel da doença; a desecação dos botões tem logar ordinariamente aos dez dias.

Esta é a marcha da va­ríola simples, isto é d aquel­la em que os botões estão separados uns dos outros, e em cujo decurso não se manifesta outra doença; n este caso é quasi isenta de perigo e facil de tratar. Não succede isso quando a variola é complicada din- flammação do pulmão ou das vias digestivas; então ha vomitos muito penosos, e não é raro que as crean­ças na vespera do dia em que deve começar a eru­pção sejam acommettidas de convulsões. O medico assistente deve ser minu­ciosamente informado de estes symptomas que po­dem sobrevir na sua ausên­cia.

A variola acompanhada de complicação é qu:vsi sempre confluente, o que

quer dizer que os botões iproximos uns dos outros |acabam por reunir. A cre-jança atacada de variola,| mesmo complicada e con­fluente, raras vezes morre, jse é tratada por um medi­co experiente; ao contra­rio, até a vida das pessoas adultas corre grande peri­go. ■

Foi julgado no dia 11 do corrente, no tribunal judi­cial desta comarca, em au­diência de policia correccio- nal Frederico Marques, sol­teiro, de 18 annos de eda­de, filho de Bernardo Mar­ques e Maria da Silva, na­tural de Santa Comba Dão, accuzado pelo ministério publico por ter furtado a seu patrão Antonio Gon­çalves Tormenta, negoci­ante n’esia villa, na manhã de 29 de maio ultimo, uma porção de chumbo no valor approximada- mente de 2$ooo réis indo depois- yjndel-o a Manuel dos Alhos,' iíèiT»-,,velho) aqui residente, pela quSPr tia de 5oo réis.

O réo foi condemnado em 60 dias de prisão e 8 dias de multa a 100 réis por dia, e bem assim nas custas e sellos do processo.

Tambem foram julga­dos no mesmo dia José Lopes Rosa, João Carlos Sarnico, Prudencio José, exposto, André Chora e Agostinho Maria, todos naturaes da villa de Alco­chete, pertencente a esta comarca, accuzados pelo ministério publico do cri­me de o ff j nsas corporaes.

O meritissimò dr. juiz de direito julgou provada a accusação com referen­cia aos 3 primeiros, con- demnando o Rosa em 20 dias de prisão e 8 de mul­ta a 100 réis; o Sarnico, em i5 dias de prisão e 8 de multa a 100 réis;o Pru­dencio em 8 dias de pri-ão e 8 de multa a 100 réis; ficando absolvidos os dois últimos por não se ter pro­vado a accusação. Não fo­ram condemnados em custas por terem apresen­tado attestados.de pobreza.

Tambem no mesmo dia foi julgado Antonio da Sil­va Pòlas, casado, fazendei­ro, natural desta villa, ac- cusado pelo ministério pu­blico de tentar em 1 de maio do corrente anno, ag- gredir Adolpho José Pan- neiro, tambem d’esta villa

Foi condemnado em i5 dias de prisão e na malta correspondente.

% 3 ;»íd 1? ia c á eN’o domingo passado foi

tocar á missa, percorrendo

em seguida as ruas da vil­la a phylarmonica i5 de Janeiro, e tocando no core­to até ás 7 horas da tarde.

Consta-nos que as festas d i Senhora da Vida são nos dias 10, 11, 12 e i3 de setembro proximo, sendo abrilhantadas por quatro bandas de musica.

Espera-se esta occasião para a inauguração da Es­cola de Tiro e para assen­tar a primeira pedra para a memória que será erigi­da a D. Manuel.

O DOMINGO 3

O administrador do con­celho, sr. José Maria Ma­deira Abranches, requisi­tou ao general çomman- dante da. q.a divisão militar, uma força de i5 praças de cavallaria e outra de 25 de infanteria, a fim de mante­rem a ordem e fazerem serviço de policia nas gran­des festas da Atalaya.

Estas forças devem estar n’esta villa no dia 26 do vi­gente e retiram-se no dia3o.

$aiM4mcoAlguns indivíduos do Sa­

mouco, socios do Club, lembraram-se de formar um grupo de bandolinistas para o que convidaram pa­ra seu professor o nosso amigo, sr. José Cândido Rodrigues d' A n n u n c i a ç ã o.

Achámos competentíssi­mo o sr. Annunciação, e oxalá os bellos rapazes não esmoreçam nesse exceli en­te emprehendimento.

Abalo dc íea*r.2Na passada segunda fei­

ra, pelas 10.55 h Ta da noi­te, sentiu-se n’esta villa um ligeiro abalo de terra.

Não causou, felizmente, estragos nem tão pouco al­voroços, como é costume*

A N N U N C I O S

AÍWUNGIO

I1I8ÍI1(Sg.a PasbBicaeão)

Pelo juizo de direito de esta Comarca e cartorio do primeiro officio, se pro­cede a inventario entre maiores por fallecimento de João de Deus Costa Junior, morador que foi na villa de Canha e em que é inventariante a sua viuva Maria Joaquina dAlmeida; e pelo presente correm editos de trinta dias citan­do os crédores e legata- rios desconhecidos ou re­sidentes fora da Comarca,

para no dito praso a con­tar da segunda publicação no «Diario do Governo», deduzirem seus direitos, nos termos do § 4.0 do ar­tigo 496 do codigo de Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo, 16 de julho de 1904.Verifiquei a exactidão.

0 JUIZ DE DIREITO

S. Moita.O ESCRIVÁO

José Maria de Mendonça.

ANruJNCIQ

COMARCA 1)11 ALDEGALLEGAiin in dRUmiuJ

a*Esblicação>

No juizo de Direito de esta comarca correm edi­tos de trinta dias, conta­dos da segunda publicação deste, ei ando o interessa­do Faustino, menor pubre, com sua mãe Cecilia Men­

des, ausentes em parte in­certa. para assistirem a todos os termos até final do inventario orphanologi- co por obito de Gauden- cio Barbosa, residente que foi em Sarilhos Grandes, d’esta comarca e é inven­tariante a viuva Jacintha Domingas, do mesmo lo­gar e freguezia, e sem pre­juizo do andamento do mesmo inventario.

Aldegallega do Ribatejo, 4 de agosto de 1904.

O escrivão do j..° officio,Antonio Julio Pereira

Moutinho.Verifique! a exactidão.

O JUIZ I)E DIREITO

S. Motla.

JOSE A. DA FONSECA YAZ VE! HOSOLICITADOR

Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu­blica nesta comarca. Pre­ços modicos. 183R. da Calçada, Aldegallega

A R M A Z-E M, .P E M O V E I S— DtS — _

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O DOMINGO

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Vende e concerta, toda a qua­lidade de relogios; por preços modicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e gaivanisador.

Fecha ás quintas feiras.

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MERCEARIA RELOGIO(SUCCESSORES;

m w s s s iw m è m r n ^ g m m

COMMERCIO DO POVO>.7:í

Tendo continuado a augmentar o movimento cfesta já bem conhecida casa commercial pela seriedade dc transacções e já tambem pela modicidade de preços por que são vendidos todos os artigos, vem de novo r*commendar ao publico em geral que n’esta casa se en­contra um esplendido sortido de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

AO ALCANCE DE TODAS AS BOLSASDevido á sahida do antigo soei o desta casa, o iil.m0

sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am- plear mais o actual commercio cia casa, dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem.

Tomam, pois, a liberdade de convidar os seusestimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vaniagosos.

A divisa d'esta casa é sempre ganhar pouco para ven­der muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.

V i s i t e m , p o i s . o C o m m e r c i o d o 8® ov« -----------c«r: ———-

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8 5 *4'

Os proprietários d’este novo estabelecimento parti­cipam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papela­ria, louças pó de pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. -Petroleo, sabão e perfumarias.

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(Chronica do remado de Luiz XV]

Romance historico rorE. LADOUCETTE

Os amores trágicos de Manon Les-1 i u i t c o i n o c e i e b r ê c a v i ú i e . r o d e G r i e - . x . - f o r m a m o e n t r e c h o • d’e.;tc r o m a n c e . r i g o r o s a m e n t e h i s t o r i c o , a q o e L i i d o m e t t é i m p r i m i u u n i c u n h o d e o r i g i n a l i d a d e d e v e r a s e n c a n t a d o r .

A corte de Luiz xv. com todos os seus esplendores e misérias, é esc ri- pta na; gistralmente pelo auetor d ‘0 Bastardo cia Rainha nas pagina; do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar ent- e nós exito egual aquelle com que foi receh do em Pa ris. onde se contavam po r milhares os exemplares vendidos.

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™ »» DIA 1110 DE NOTÍCIASGUERRA ANG-LO-BOBR

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers , «illustrada» com numerosas zinco-gravuras de «homens celebres» do Transvaal e do Orange. incidentes notáveis. «cercos e batalhas mais cruentas da

G U ERRA ANGLO-BOER Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas................ 3 o réisTomo de 5 fasciculos..................................... i 5 o »A GUERRA ANGLO BOER é a obra de mais palpitante actualidade.

N’ella são descri; tas, «por uma testemunha presen ial». as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantadoo mundo inteiro.

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Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e i t r e - a poderosa Inglater ra e as duas pequ.-nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras peripecias. por tal maneira dramaticas e pit torescas, que dáo á GUER­RA ANGLO-BOER, conjunctámente com o irresistivel attractivo d’uma nar* rativa h storica dos nossos dias, o encanto da leitura romantisada.

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