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EBIONISMO Os ebionistas surgiram no começo do segundo século. Seu nome, derivado do grego “ebionaioi”, tem seu correspondente no idioma hebráico ebionim”, que significa “os pobres”. Os ebionitas eram judeus crentes que não deixaram os preceitos judaicos e também aceitavam Jesus apenas como Homem. Essa seita tinha um ensino exagerado sobre pobreza; rejeitava os escritos do apostolo Paulo, porque nas epistolas ele reconhecia os gentios convertidos como cristãos. Eles acreditavam que a lei mosaica era a maior expressão da vontade de Deus e continuava válida para o homem. O maior ataque ao cristianismo primitivo estava relacionado à interpretação que tinham a respeito da divindade de Jesus e de seu nascimento virginal. Para eles, Jesus era o filho de José e Maria, que observou a Lei de forma especial, sendo assim escolhido por Deus para ser o Messias; assim logicamente Jesus não era eterno, logo não era Deus. Aprovavam os ensinos do evangelho de Mateus. Eles insistiam que os cristãos, tanto gentios como judeus, ainda continuavam sob o domínio da Lei de Moisés e que não havia salvação fora da circuncisão e do cumprimento da Lei. Os ebionitas eram considerados apóstatas pelos judeus não-cristãos, e também não contavam com a simpatia dos cristãos-gentios, os quais depois do ano 70 constituíam a maior parte da Igreja. Nenhum concílio condenou oficialmente o ebionismo, mas Tertuliano, Irineu, Eusébio e Orígenes foram opositores de grande peso a essa heresia. Os ebionitas diminuíram gradualmente, no segundo século. Origens As origens do ebionismo ainda são obscuras. Crê-se no entanto que o ebionismo é o cristianismo original, ou uma das ramificações primitivas do cristianismo. Em oposição à doutrina paulina, o ebionismo deve ter surgido entre os seguidores de Jesus e Tiago, o Justo, que buscavam conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis da Torá. O choque entre os dois grupos : judaizantes e antijudaizantes já é aparente no livro de Atos, onde a discussão entre os dois grupos obriga à convocação da assembléia dos apóstolos (Atos 15 ), e em Atos 21:17-26, onde consta que havia na Terra de Israel dezenas de milhares de judeus que criam em Jesus Cristo e eram zelosos observadores da Lei (Atos 21:20), e que houve uma situação de confronto entre eles e Paulo, pois eles haviam sido informados de que Paulo pregava a desobediência a alguns mandamentos da Lei. Embora os judeus cristãos mencionados em Atos 15:1 e 21:20 não fossem ainda chamados ebionitas, pois esta denominação somente começou a ser usada mais tarde, eles eram ebionitas, pois sua crença e prática era igual à dos ebionitas. O confronto entre os judaizantes e os antijudaizantes aparece também em Gálatas 2:11-21, onde consta que Cefas (Pedro), seguindo orientação de Tiago, obrigava os gentios a judaizarem, e Paulo não concordava com isso.

EBIONISMO

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EBIONISMOOs ebionistas surgiram no começo do segundo século. Seu nome, derivado do grego “ebionaioi”,

tem seu correspondente no idioma hebráico “ebionim”, que significa “os pobres”. Os ebionitas eram judeus crentes que não deixaram os preceitos judaicos e também aceitavam Jesus apenas como Homem. Essa seita tinha um ensino exagerado sobre pobreza; rejeitava os escritos do apostolo Paulo, porque nas epistolas ele reconhecia os gentios convertidos como cristãos. Eles acreditavam que a lei mosaica era a maior expressão da vontade de Deus e continuava válida para o homem. O maior ataque ao cristianismo primitivo estava relacionado à interpretação que tinham a respeito da divindade de Jesus e de seu nascimento virginal. Para eles, Jesus era o filho de José e Maria, que observou a Lei de forma especial, sendo assim escolhido por Deus para ser o Messias; assim logicamente Jesus não era eterno, logo não era Deus. Aprovavam os ensinos do evangelho de Mateus. Eles insistiam que os cristãos, tanto gentios como judeus, ainda continuavam sob o domínio da Lei de Moisés e que não havia salvação fora da circuncisão e do cumprimento da Lei.

Os ebionitas eram considerados apóstatas pelos judeus não-cristãos, e também não contavam com a simpatia dos cristãos-gentios, os quais depois do ano 70 constituíam a maior parte da Igreja.

Nenhum concílio condenou oficialmente o ebionismo, mas Tertuliano, Irineu, Eusébio e Orígenes foram opositores de grande peso a essa heresia. Os ebionitas diminuíram gradualmente, no segundo século.

Origens As origens do ebionismo ainda são obscuras. Crê-se no entanto que o ebionismo é o cristianismo

original, ou uma das ramificações primitivas do cristianismo. Em oposição à doutrina paulina, o ebionismo deve ter surgido entre os seguidores de Jesus e Tiago, o Justo, que buscavam conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis da Torá. O choque entre os dois grupos : judaizantes e antijudaizantes já é aparente no livro de Atos, onde a discussão entre os dois grupos obriga à convocação da assembléia dos apóstolos (Atos 15 ), e em Atos 21:17-26, onde consta que havia na Terra de Israel dezenas de milhares de judeus que criam em Jesus Cristo e eram zelosos observadores da Lei (Atos 21:20), e que houve uma situação de confronto entre eles e Paulo, pois eles haviam sido informados de que Paulo pregava a desobediência a alguns mandamentos da Lei. Embora os judeus cristãos mencionados em Atos 15:1 e 21:20 não fossem ainda chamados ebionitas, pois esta denominação somente começou a ser usada mais tarde, eles eram ebionitas, pois sua crença e prática era igual à dos ebionitas.

O confronto entre os judaizantes e os antijudaizantes aparece também em Gálatas 2:11-21, onde consta que Cefas (Pedro), seguindo orientação de Tiago, obrigava os gentios a judaizarem, e Paulo não concordava com isso.

O movimento ebionita enfatizaria a natureza humana de Jesus, como filho carnal de Maria e José, que teria se tornado Filho de Deus quando de seu batismo, e sendo descendente de Davi, tornar-se-ia o rei do povo de Israel e seu último grande profeta.

Desprezado por cristãos e judeus, o ebionismo constituiu uma ramificação separada e organizou sua própria literatura religiosa.

Literatura ebionita Evangelho dos hebreus Consta nos escritos dos pais da igreja que os ebionitas usavam somente um evangelho, o qual era

escrito em hebráico, e era considerado como sendo o Evangelho segundo Mateus, mas era menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego, que é usado pelos católicos, pois os católicos o consideravam como sendo incompleto e truncado, e que este evangelho era também chamado de "O Evangelho segundo os Hebreus".

No entanto, é necessário distinguir entre o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos ebionitas e o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos nazarenos, pois, embora ambos fossem considerados como sendo o Evangelho segundo Mateus em hebráico, o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos nazarenos era uma versão expandida, que continha todos os trechos que são encontrados no

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Evangelho segundo Mateus em grego usado pelos católicos, e continha mais alguns trechos que não são encontrados no Evangelho segundo Mateus em grego usado pelos católicos, enquanto que o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos ebionitas, ao contrário, era menor do que o evangelho segundo Mateus em grego usado pelos católicos.

O Evangelho segundo os Hebreus usado pelos nazarenos é citado várias vezes por Jerônimo.O Evangelho segundo Mateus contém a doutrina ebionita, principalmente em Mateus 5:17-19,

onde consta que Jesus Cristo disse que não veio abolir a Lei nem os Profetas, mas sim cumprir, e que a Lei nunca será abolida, e que devemos obedecer a todos os mandamentos da Lei, e em Mateus 7:21-23, onde consta que Jesus Cristo disse que nem todos os que crêem nele entrarão no reino de Deus, mas sim somente aqueles que fazem a vontade de Deus, e que muitos que pregam o evangelho e fazem milagres em nome dele não entrarão no reino de Deus, porque praticam a iniqüidade.

Isto explica por que este evangelho era o único que era aceito pelos ebionitas.Os pais da igreja escreveram que Mateus escreveu o seu evangelho em hebráico, e que cada um

o traduzia como podia. Ebionismo moderno Há atualmente diversos movimentos religiosos que em maior ou menor grau compartilham a

visão ebionita. Dentre elas, podemos mencionar o movimento criado por Shemayah Phillips,que em 1985 fundou o movimento conhecido como a Ebionite Jewish Community. Esta comunidade, estritamente monoteísta, reconhece Jesus como um profeta justo, e defende uma interpretação judaica do Tanakh e que tal sirva como meio de união entre judeus e gentios para implantação de uma sociedade justa, e podemos também mencionar o movimento da Congregação dos Servos de Javé, que prega que Jesus o Nazareno é o Messias, mas não é Deus, e que ele foi gerado por José, movimento este que restaurou o texto hebráico do Evangelho segundo Mateus que era usado pelos ebionitas.

O QUE É O EBIONISMO? A definição de ebionismo no Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis é a seguinte:

“Doutrina herética do século II, que, posto reconhecesse Jesus por Messias, lhe negava a divindade, aceitava o Velho Testamento e rejeitava o Novo, que substituía por outro, chamado o Evangelho dos Ebionitas”.

A definição de ebionita no Dicionário Aurélio é a seguinte:  “ebionita” [Do lat. med. ebionita < hebr. ebyon, ?pobre?.]   Os escritores católicos (cristãos) antigos, chamados pais da igreja, escreveram a respeito dos

ebionitas, e descreveram as crenças e as práticas dos ebionitas. Pelos escritos dos pais da igreja, vemos que os ebionitas diziam o seguinte: 1) É necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Deus, inclusive ao mandamento de

fazer a circuncisão. 2) Os gentios que se convertem a Deus devem fazer a circuncisão, e devem obedecer a todos os

mandamentos da Lei de Deus. 3) Jesus Cristo não é Deus. 4) Jesus Cristo foi gerado por José. 5) Paulo de Tarso foi um apóstata da Lei e um herege, e não foi um verdadeiro apóstolo de Jesus

Cristo ( ebionismo). 6) As Escrituras Sagradas são somente o Tanach (Antigo Testamento) e o texto autêntico do

Evangelho segundo Mateus. 

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ANALISE O SEGUINTE TEXTO E FAÇA UM RESUMO CRÍTICO DO PONTO DE VISTA BÍBLICO:(...) As pessoas que pregam a doutrina falsa da divindade de Jesus Cristo usam como argumento o versículo

Isaías 9:5 (em algumas Bíblias é 9:6).

No referido versículo está escrito o seguinte: IS 9.5 PORQUE UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO SE NOS DEU, E O PRINCIPADO ESTARÁ SOBRE O SEU

OMBRO, E SE CHAMARÁ O SEU NOME PELE-JOEZ-EL-GUIBOR-ABIADE-SAR-SALOM. O referido nome significa “Milagre do Conselheiro Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Com base no significado deste nome, aquelas pessoas dizem que Jesus Cristo é Deus. No entanto, o fato de Deus ter dito que o Messias teria este nome não significa que o Messias seja Deus, pois

este nome significa apenas que quando o Messias vier, Deus, que é o Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, fará um milagre.

Além disso, os versículos Isaías 8:3-4 mostram que Deus mandou que se pusesse em um menino o nome de Maer-Salal-Hás-Baz, que significa “Apressando-se o despojo apressou-se o saque”, e que Deus disse que isto significava que antes que aquele menino soubesse chamar meu pai ou minha mãe, Damasco e Samaria seriam despojadas e saqueadas, o que mostra que estes nomes que Deus dá a certos meninos nas profecias às vezes significam algo que vai acontecer após o nascimento daquele menino, e não o que aquele menino será.

Algumas pessoas usam como argumento para dizer que Jesus é Deus o fato de Deus ter falado na primeira pessoa do plural em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8.

No entanto, este argumento não é correto, pelas seguintes razões: O fato de em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8 Deus ter falado na primeira pessoa do plural não significa

que Ele seja dois ou três, significa apenas que Ele usou o plural majestático, que é uma maneira de falar que é usada por reis ou pessoas muito importantes, somente para indicar a majestade de quem está falando.

Em hebráico, e em muitas línguas, inclusive em português, o plural é às vezes usado com o sentido de grandeza ou de importância.

Por isso é que em português nós usamos o pronome da segunda pessoa do plural, “vós”, para nos dirigirmos a uma pessoa importante, ou simplesmente para demonstrar respeito pela pessoa com quem estamos falando.

Por exemplo: alguém diz para o rei: “Majestade, vós sois um bom rei”, usando o pronome e o verbo na segunda pessoa do plural, para demonstrar respeito pelo rei, mas isto não significa que o rei seja dois, ou três.

Outro exemplo: usamos os tratamentos respeitosos “Vossa Excelência”, “Vossa Majestade”, “Vossa Senhoria”, “Vossa Mercê”, etc., em que a palavra “Vossa” é plural, mas isto não significa que a pessoa com quem estamos falando seja uma pessoa dupla ou tripla.

Inclusive, o tratamento “Vossa Mercê” se tornou tão comum, que foi abreviado primeiramente para “Vosmicê”, ou “Vassuncê”, e depois foi abreviado para “você”, e hoje em dia todo mundo trata os outros por “você”, que nada mais é que uma forma abreviada de “Vossa Mercê”, que é um tratamento respeitoso que usa o pronome no plural (segunda pessoa do plural), mas isto não significa que todos nós sejamos duplos ou triplos.

Isto explica por que Deus falou na primeira pessoa do plural em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8. (...)

Texto retirado de: http://www.servosdejave.org.br/jesus_cristo_e_deus.htm

COMO RESPONDER: Rebata os argumentos apresentados, de forma a demonstrar que Jesus é Deus e de provar também 

a existência da triunidade.

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EM QUE CREMOSAs crenças da Congregação dos Servos de Javé são as seguintes: I – Os verdadeiros seguidores de Jesus o Nazareno são os judeus ebionitas ortodoxos, os quais crêem que Jesus o Nazareno é o Messias, e que ele não é Deus, e que ele não nasceu de uma virgem, mas sim foi gerado por José, e não crêem nos livros do Novo Testamento, e observam todos os mandamentos da Lei de Deus (Torá). II - Os judeus que crêem que Jesus o Nazareno é o Messias, e que ele não é Deus, e que ele não nasceu de uma virgem, mas sim foi gerado por José, e que não crêem nos livros do Novo Testamento, não deixam de ser judeus, e devem circuncidar seus filhos e observar todos os mandamentos da Lei de Deus (Torá). III - Os gentios que se convertem ao Deus de Israel, e que também crêem que Jesus o Nazareno é o Messias, e que ele não é Deus, e que também observam todos o mandamentos da Lei de Deus, passam a pertencer ao povo de Israel, na condição de estrangeiros, pois o povo de Israel é constituído de naturais e estrangeiros (Êxodo 12:19 e Josué 8:33). IV - O mandamento da circuncisão deve ser praticado por todos, tanto israelitas quanto gentios (Gênesis 17:9-14 e Êxodo 12:47-48 e Levítico 12:3 e Isaías 52:1 e Ezequiel 44:9). V - A Congregação de Israel é composta pelos naturais da terra, que são os israelitas, e pelos estrangeiros, que são os que não são israelitas, mas se converteram ao Deus de Israel e fizeram a circuncisão e obedecem a todos os mandamentos de Deus, que estão na Lei de Deus (Êxodo 12:19). VI - Deve haver uma mesma Lei para os naturais em Israel (judeus) e para os estrangeiros (não judeus) (Êxodo 12:49 e Números 15:15-16). VII - A Torá oral não existe. Somente a Torá escrita é que é a Lei de Deus. (Deuteronômio 4:2 e 31:24 e Provérbios 30:5-6). VIII - Deus criou todas as coisas, inclusive o homem (Gênesis 1). IX - Os livros da Bíblia foram inspirados pelo Deus Criador. X - A Bíblia é a única regra de fé e prática que devemos seguir. XI - A verdadeira Bíblia é a Bíblia dos ebionitas, que é composta somente pelos livros do Tanach (que alguns chamam de Antigo Testamento), que são os seguintes: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. XII – A verdadeira história de Jesus Cristo está no evangelho que é utilizado pelos ebionitas, que é o texto autêntico do Evangelho segundo Mateus, o qual foi escrito em hebráico, e não contém todos os trechos que estão no Evangelho segundo Mateus que é usado pelos católicos e pelos protestantes, ou evangélicos. O referido evangelho é um livro histórico importante, mas não faz parte do cânon da Bíblia. XIII - Deus não é o universo, nem a natureza, mas sim o Criador do universo e da natureza (Gênesis, capítulo 1). XIV - É pecado adorar ou servir a outros deuses além do Deus Criador (Êxodo 20:3). XV - Os santos católicos são deuses para aqueles que lhes fazem pedidos e os servem. XVI - É pecado ser devoto de algum santo (Êxodo 20:3). XVII - É pecado fazer pedidos aos mortos (Deuteronômio 18:10-12). XVIII - É pecado fazer pedidos aos santos, pois eles são pessoas que já morreram (Êxodo 20:3 e Deuteronômio 18:10-12). XIX - É pecado fazer pedidos aos tsadikim, pois eles são pessoas que já morreram (Êxodo 20:3 e Deuteronômio 18:10-12). XX - É pecado fazer pedidos aos anjos (Êxodo 20:3 e Deuteronômio 18:10-12). XXI - É pecado praticar qualquer forma de adivinhação, ou de agouro, ou de magia, ou de feitiçaria, ou de encantamento, ou de consulta aos mortos ( Deuteronômio 18:10-12). 

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XXII - É pecado praticar numerologia, astrologia, e outras práticas da Cabalá que sejam formas de adivinhação ou agouro, ou encantamento ou magia, ou feitiçaria (Deuteronômio 18:10-12). XXIII - Devemos dirigir nossas orações somente a Deus (Êxodo 20:3 e Mateus 6:9). XXIV - Maria não subiu para o céu. XXV - Maria morreu. XXVI - É pecado fazer pedidos a Maria, pois ela é uma pessoa que já morreu, e Deus disse para não fazermos pedidos aos mortos (Deuteronômio 18:10-12). XXVII - É pecado rezar ave maria, pois a ave maria é uma oração para uma outra deusa, e não para o verdadeiro Deus, que é Javé, o Criador de todas as coisas, e porque a referida oração contém pedido a uma morta (Êxodo 20:3 e Deuteronômio 18:10-12). XXVIII - Não existe a deusa que os católicos chamam de Nossa Senhora, Mãe de Deus, Rainha do Céu, Virgem Santíssima, etc. Esta deusa é uma figura mitológica, que nunca existiu. Existiu Maria mãe de Jesus, mas ela era uma mulher comum, como qualquer outra. E como ela já morreu, é pecado fazer pedidos a ela, pois Deus ordenou que não façamos pedidos aos mortos (Deuteronômio 18:10-12). XXIX - Maria não é mãe de Deus, pois Deus é o Criador de todas as coisas, e por isso Ele não pode ter mãe (Gênesis 1:1). XXX - Deus perdoa os pecados das pessoas que se convertem de todos os seus pecados, que cometeram, e passam a guardar todos os mandamentos de Deus (Ezequiel 18:21-22). XXXI - Jesus Cristo não é Deus. XXXII - Jesus Cristo é um homem. XXXIII - Jesus Cristo não nasceu de uma virgem. XXXIV - Jesus Cristo foi gerado por José, conforme consta em Mateus 1:16, na forma em que aparece no manuscrito Syrus Sinaiticus, da versão siríaca antiga. XXXV - Jesus Cristo não tem nenhum poder sobrenatural. Mesmo após a sua ressurreição ele continua não tendo nenhum poder sobrenatural. Jesus Cristo não fez nenhum milagre. Deus fez milagres através de Jesus Cristo, depois que o Espírito de Deus desceu sobre ele (Mateus 3:16-17). XXXVI - Jesus Cristo não cometeu violência e não houve engano na sua boca (Isaías 53:9). XXXVII - Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados (Isaías 53:11). XXXVIII - Jesus Cristo ressuscitou no terceiro dia após a sua morte (Isaías 53:8-12 e Mateus 12:40 e 28:1-7). XXXIX - Jesus Cristo foi elevado ao céu, e está assentado à direita de Deus, aguardando o momento em que Deus irá ordenar que ele volte para a Terra, para derrotar todos os inimigos de Israel (Salmos 110:1). XL - Jesus Cristo virá do céu, e se tornará o rei de Israel, e o rei dos reis de todas as nações da terra, e instaurará o reino de Deus na terra, e reinará eternamente (Daniel 7:13-14 e Mateus 26:64), sendo que o próprio Javé virá, juntamente com todos os Seus santos, inclusive o Seu ungido Jesus o Nazareno, e Javé será rei em toda a terra, sendo que Javé exercerá o Seu reino através do Seu ungido Jesus o Nazareno (Zacarias 14:5, parte final, e Isaías 35:4, e Isaías 66:15 e Zacarias 14:9). XLI - Jesus Cristo não pode ouvir o que nós falamos, pois ele está longe de nós, e ele não tem o poder de ouvir de longe, pois somente Deus tem o poder sobrenatural de ouvir de longe. XLII - Deus é um. Deus não é dois, nem três (Deuteronômio 6:4). XLIII - Devemos prestar culto religioso somente a Javé, o Criador (Êxodo 20:3 e Mateus 6:9). XLIV - É pecado prestar culto religioso a Jesus Cristo (Êxodo 20:3). XLV - É pecado fazer pedidos a Jesus Cristo, pois quando alguém faz pedidos a Jesus Cristo o está endeusando, pois está atribuindo a ele o poder de ouvir de longe, que é um poder sobrenatural (Êxodo 20:3). 

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XLVI - É pecado ajoelhar-se ou inclinar-se diante de uma imagem de escultura, ou desenhada ou pintada, ou de qualquer tipo de imagem (Êxodo 20:4-5). XLVII - É pecado servir às imagens (Êxodo 20:4-5). XLVIII - É pecado fazer pedidos às imagens (Êxodo 20:3-5). XLIX - Não devemos fazer nenhuma imagem de Deus (Deuteronômio 4:15-18). L - É pecado ser adivinhador, ou prognosticador, ou agoureiro, ou feiticeiro, ou encantador, ou mágico (Deuteronômio 18:10-12). LI - É pecado praticar ou consultar necromancia (Deuteronômio 18:10-12). LII - É pecado fazer pedidos ou prestar qualquer tipo de culto a algum espírito guia ou mentor, ou a algum anjo de guarda ou a qualquer tipo de anjo. LIII - É pecado fazer perguntas ou pedidos aos mortos (Deuteronômio 18:10-12). LIV - Não existe reencarnação (Daniel 12:2). LV - O nome de Deus é Yahvé ou Yahevé (conforme seja pronunciado de forma mais rápida ou mais pausada), e a forma abreviada do Seu nome é Yahe. LVI - O nome Yahvé, ou Yahevé, adaptado para o português, fica Javé, ou Jaevé, e o nome Yahe, adaptado para o português, fica Jae. LVII - Devemos pronunciar o nome de Deus (Salmo 105:1 e Joel 3:5 na Bíblia hebraica, 2:32 na Bíblia cristã). LVIII - Deus não é uma força, ou uma energia. Deus é uma pessoa. Ele fala, tem inteligência e vontade (Gênesis 2:16-17). LIX - Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27). LX - Deus colocou o primeiro homem e a primeira mulher, Adão e Eva, no Jardim do Éden, no qual havia a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal, e Deus ordenou ao homem que não comesse da árvore da ciência do bem e do mal, pois no dia em que dela comesse certamente morreria (Gênesis 2:15-17). LXI - A serpente enganou a mulher, e ela comeu da árvore da ciência do bem e do mal, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela (Gênesis 3:1-6). LXII - Então Deus expulsou o homem do Jardim do Éden, e impediu o seu acesso à árvore da vida (Gênesis 3:22-24). LXIII - Satanás procura enganar os seres humanos para levá-los a desobedecer aos mandamentos de Deus (Gênesis 3:1-5). LXIV - Satanás acusa os seres humanos diante de Deus (Jó 1:6-11). LXV - Qualquer pessoa que se converter dos seus pecados, e passar a guardar todos os mandamentos de Deus, terá os seus pecados perdoados (Salmos 32:5, Isaías 53, Ezequiel 18:21-22). LXVI - O batismo deve ser feito por imersão, e marca o momento em que a pessoa se converte a Deus, ou seja, o momento em que a pessoa se converte de todos os seus pecados, e passa a obedecer a todos os mandamentos de Deus (Mateus 3:1-6 e Isaías 1:16) . LXVII - Somente podem ser batizados os que já têm idade suficiente para compreender o que é pecado e o que é conversão (teshuvah), e que tenham realmente decidido passar a obedecer a todos os mandamentos de Deus. LXVIII - As pessoas que não obedecem a todos os mandamentos de Deus, não devem ser consideradas membros da congregação. LXIX - O dia santo do Senhor é o sétimo dia da semana, que é o Sábado (Êxodo 20:8-11 e Isaías 58:13-14). LXX - O primeiro dia da semana não é o dia do Senhor, e não é um dia santo. 

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LXXI - A Congregação deve fazer santas convocações nos Sábados, nos primeiro e último dias da Festa dos Pães Asmos, no dia da Festa das Semanas, no Dia de Memória de Júbilo, no Dia das Expiações, e nos primeiro e último dias da Festa dos Tabernáculos (Levítico 23). LXXII - Os crentes devem se abster de comer massa fermentada durante os sete dias da Festa dos Pães Asmos, e devem jejuar durante o Dia das Expiações (Êxodo 12:19 e Levítico 23:29). LXXIII - É pecado comer sangue, ou comer carne com sangue (Gênesis 9:4 e Levítico 17:10-14). LXXIV - É pecado comer animais imundos (Levítico 11:1-31 e Deuteronômio 14:1-21). LXXV - Só deve haver um Santuário de Deus, no lugar que Ele escolheu, no Monte Moriá, em Jerusalém (Êxodo 25:8 e Deuteronômio 12:1-14 e 1 Reis 9:1-3). LXXVI - Os locais de reunião das congregações não devem ser chamados de santuários (Deuteronômio 12:1-14), mas sim de sinagogas. LXXVII - A congregação não pode receber dízimos nem ofertas para Deus, pois Deus ordenou que todos os dízimos e ofertas para Ele sejam levados para o Seu Santuário, em Jerusalém (Deuteronômio 12:1-14 e 1 Reis 9:1-3). LXXVIII - O Santuário de Javé, em Jerusalém, será reconstruído, e nele voltarão a ser oferecidos sacrifícios, inclusive sacrifícios pelo pecado, como está determinado por Javé, na Lei que Ele deu a Israel através de Moisés (Daniel 9:27 e Mateus 24:15 e Ezequiel 40 a 44). LXXIX – No fim dos dias, Javé virá, e todos os santos, inclusive o Seu Ungido, Jesus o Nazareno, virão com Ele (Zacarias 14:5, segunda parte e Daniel 7:13-14). LXXX - Somente Deus sabe o dia e a hora em que Ele e o seu Ungido Jesus o Nazareno virão do céu (Mateus 24:36). LXXXI – Antes da vinda de Javé e do Seu Ungido Jesus o Nazareno, Javé enviará a Israel o profeta Elias, e ele converterá os corações dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos seus pais (Malaquias 3:23-24). LXXXII - Antes da vinda de Javé e do Seu Ungido Jesus o Nazareno, surgirá um príncipe romano, o qual reinará em toda a terra, e fará guerra contra Israel, e invadirá Israel, e fará cessar o sacrifício e a oferenda no Templo de Javé, em Jerusalém (Daniel 7:25 e 9:24-27 e Zacarias 14:2 e Joel 4:2, que em algumas Bíblias é 3:2). LXXXIII - Depois disso, Jesus Ungido virá do céu, e derrotará todos os inimigos de Israel, e se tornará o rei de Israel, e o rei dos reis de todas as nações, e instaurará o reino de Deus na terra, e reinará na terra por algum tempo, sendo que só Deus sabe quanto tempo durará o reino do Ungido (Messias, ou Cristo) na terra (Daniel 7:13-14 e Isaías 2:1-4 e Jeremias 23:5), sendo que o próprio Javé virá, juntamente com todos os Seus santos, inclusive o Seu ungido Jesus o Nazareno, e Javé será rei em toda a terra, sendo que Javé exercerá o Seu reino através do Seu ungido Jesus o Nazareno (Zacarias 14:5, parte final, e Isaías 35:4, e Isaías 66:15 e Zacarias 14:9). LXXXIV - Depois disso, as nações se rebelarão contra Javé e contra o Seu Ungido Jesus o Nazareno, e farão guerra contra Israel e serão derrotadas (Salmos 2:1-3 e Ezequiel 38 e 39). LXXXV- Depois disso, a terra e o céu serão destruídos, e Deus criará um novo céu e uma nova terra, onde haverá a nova Jerusalém (Salmos 102:26-27, que em algumas Bíblias é 25-26, e Isaías 65:17-18 e 66:22). LXXXVI - Então os mortos ressuscitarão e serão julgados por Deus, segundo as suas obras, e de acordo com a Lei de Deus, e os injustos irão para o castigo eterno, e os justos terão a vida eterna com Deus, na nova terra (Daniel 12:2 e Isaías 66:24). 

Publicado em 25 de março de 2005. 

Atualizado em 4 de agosto de 2011.

Retirado de: http://www.servosdejave.org.br/em_que_cremos.htm

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Page 8: EBIONISMO

DOCETISMOO docetismo tem grande ligação com o gnosticismo, para quem o mundo material era mau e corrompido. O nome vem do grego dokeo e significa “parecer”. Os docetistas defendiam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão e sua crucificação teria sido apenas aparente.

Para os adeptos dessa heresia, a matéria é ruim e que o espírito não se envolveria com a matéria, que é o princípio do pecado, por isso Cristo parecia estar numa matéria carnal, mas na verdade não estava, era ilusório.

Na concepção desse movimento herético, sendo Cristo bom e a matéria essencialmente má, não haveria possibilidade de união entre Ele e um corpo terreno. Portanto os docetistas negavam a humanidade de Cristo, dizendo que Ele parecia ser humano, mas era divino. Afirmavam que o corpo de Jesus não passava de um fantasma, que sofrimento e morte eram apenas meras aparências. Se sofria, então não podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia sofrer.

Não houve uma condenação oficial a esse pensamento, mas Irineu e Hipólito foram os opositores dessa idéia filosófica grega e pagã da época.