D618c DIVERIO, Tmara S. M.

Caderno de Economia Aplicada ao Direito Dom Alberto / Tmara S. M. Diverio. Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010.

Inclui bibliografia.

1. Direito Teoria 2. Economia Aplicada ao Direito Teoria I. DIVERIO, Tmara S. M. Faculdade Dom Alberto III. Coordenao de Direito IV. Ttulo

CDU 340.12(072)

Catalogao na publicao: Roberto Carlos Cardoso Bibliotecrio CRB10 010/10

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APRESENTAO

O Curso de Direito da Faculdade Dom Alberto teve sua semente lanada no ano de 2002. Iniciamos nossa caminhada acadmica em 2006, aps a construo de um projeto sustentado nos valores da qualidade, seriedade e acessibilidade. E so estes valores, que prezam pelo acesso livre a todos os cidados, tratam com seriedade todos processos, atividades e aes que envolvem o servio educacional e viabilizam a qualidade acadmica e pedaggica que geram efetivo aprendizado que permitem consolidar um projeto de curso de Direito.

Cinco anos se passaram e um ciclo se encerra. A fase de crescimento, de amadurecimento e de consolidao alcana seu pice com a formatura de nossa primeira turma, com a concluso do primeiro movimento completo do projeto pedaggico.

Entendemos ser este o momento de no apenas celebrar, mas de devolver, sob a forma de publicao, o produto do trabalho intelectual, pedaggico e instrutivo desenvolvido por nossos professores durante este perodo. Este material servir de guia e de apoio para o estudo atento e srio, para a organizao da pesquisa e para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso de Direito.

Felicitamos a todos os nossos professores que com competncia nos brindam com os Cadernos Dom Alberto, veculo de publicao oficial da produo didtico-pedaggica do corpo docente da Faculdade Dom Alberto.

Lucas Aurlio Jost Assis Diretor Geral

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PREFCIO

Toda ao humana est condicionada a uma estrutura prpria, a uma natureza especfica que a descreve, a explica e ao mesmo tempo a constitui. Mais ainda, toda ao humana aquela praticada por um indivduo, no limite de sua identidade e, preponderantemente, no exerccio de sua conscincia. Outra caracterstica da ao humana sua estrutura formal permanente. Existe um agente titular da ao (aquele que inicia, que executa a ao), um caminho (a ao propriamente dita), um resultado (a finalidade da ao praticada) e um destinatrio (aquele que recebe os efeitos da ao praticada). Existem aes humanas que, ao serem executadas, geram um resultado e este resultado observado exclusivamente na esfera do prprio indivduo que agiu. Ou seja, nas aes internas, titular e destinatrio da ao so a mesma pessoa. O conhecimento, por excelncia, uma ao interna. Como bem descreve Olavo de Carvalho, somente a conscincia individual do agente d testemunho dos atos sem testemunha, e no h ato mais desprovido de testemunha externa que o ato de conhecer. Por outro lado, existem aes humanas que, uma vez executadas, atingem potencialmente a esfera de outrem, isto , os resultados sero observados em pessoas distintas daquele que agiu. Titular e destinatrio da ao so distintos.

Qualquer ao, desde o ato de estudar, de conhecer, de sentir medo ou alegria, temor ou abandono, satisfao ou decepo, at os atos de trabalhar, comprar, vender, rezar ou votar so sempre aes humanas e com tal esto sujeitas estrutura acima identificada. No acidental que a linguagem humana, e toda a sua gramtica, destinem aos verbos a funo de indicar a ao. Sempre que existir uma ao, teremos como identificar seu titular, sua natureza, seus fins e seus destinatrios.

Consciente disto, o mdico e psiclogo Viktor E. Frankl, que no curso de uma carreira brilhante (trocava correspondncias com o Dr. Freud desde os seus dezessete anos e deste recebia elogios em diversas publicaes) desenvolvia tcnicas de compreenso da ao humana e, consequentemente, mecanismos e instrumentos de diagnstico e cura para os eventuais problemas detectados, destacou-se como um dos principais estudiosos da sanidade humana, do equilbrio fsico-mental e da medicina como cincia do homem em sua dimenso integral, no apenas fsico-corporal. Com o advento da Segunda Grande Guerra, Viktor Frankl e toda a sua famlia foram capturados e aprisionados em campos de concentrao do regime nacional-socialista de Hitler. Durante anos sofreu todos os flagelos que eram ininterruptamente aplicados em campos de concentrao espalhados por todo territrio ocupado. Foi neste ambiente, sob estas circunstncias, em que a vida sente sua fragilidade extrema e enxerga seus limites com uma claridade nica,

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que Frankl consegue, ao olhar seu semelhante, identificar aquilo que nos faz diferentes, que nos faz livres.

Durante todo o perodo de confinamento em campos de concentrao (inclusive Auschwitz) Frankl observou que os indivduos confinados respondiam aos castigos, s privaes, de forma distinta. Alguns, perante a menor restrio, desmoronavam interiormente, perdiam o controle, sucumbiam frente dura realidade e no conseguiam suportar a dificuldade da vida. Outros, porm, experimentando a mesma realidade externa dos castigos e das privaes, reagiam de forma absolutamente contrria. Mantinham-se ntegros em sua estrutura interna, entregavam-se como que em sacrifcio, esperavam e precisavam viver, resistiam e mantinham a vida.

Observando isto, Frankl percebe que a diferena entre o primeiro tipo de indivduo, aquele que no suporta a dureza de seu ambiente, e o segundo tipo, que se mantm interiormente forte, que supera a dureza do ambiente, est no fato de que os primeiros j no tm razo para viver, nada os toca, desistiram. Ou segundos, por sua vez, trazem consigo uma vontade de viver que os mantm acima do sofrimento, trazem consigo um sentido para sua vida. Ao atribuir um sentido para sua vida, o indivduo supera-se a si mesmo, transcende sua prpria existncia, conquista sua autonomia, torna-se livre.

Ao sair do campo de concentrao, com o fim do regime nacional-socialista, Frankl, imediatamente e sob a forma de reconstruo narrativa de sua experincia, publica um livreto com o ttulo Em busca de sentido: um psiclogo no campo de concentrao, descrevendo sua vida e a de seus companheiros, identificando uma constante que permitiu que no apenas ele, mas muitos outros, suportassem o terror dos campos de concentrao sem sucumbir ou desistir, todos eles tinham um sentido para a vida.

Neste mesmo momento, Frankl apresenta os fundamentos daquilo que viria a se tornar a terceira escola de Viena, a Anlise Existencial, a psicologia clnica de maior xito at hoje aplicada. Nenhum mtodo ou teoria foi capaz de conseguir o nmero de resultados positivos atingidos pela psicologia de Frankl, pela anlise que apresenta ao indivduo a estrutura prpria de sua ao e que consegue com isto explicitar a necessidade constitutiva do sentido (da finalidade) para toda e qualquer ao humana.

Sentido de vida aquilo que somente o indivduo pode fazer e ningum mais. Aquilo que se no for feito pelo indivduo no ser feito sob hiptese alguma. Aquilo que somente a conscincia de cada indivduo conhece. Aquilo que a realidade de cada um apresenta e exige uma tomada de deciso.

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No existe nenhuma educao se no for para ensinar a superar-se a si mesmo, a transcender-se, a descobrir o sentido da vida. Tudo o mais morno, sem luz, , literalmente, desumano.

Educar , pois, descobrir o sentido, viv-lo, aceit-lo, execut-lo. Educar no treinar habilidades, no condicionar comportamentos, no alcanar tcnicas, no impor uma profisso. Educar ensinar a viver, a no desistir, a descobrir o sentido e, descobrindo-o, realiz-lo. Numa palavra, educar ensinar a ser livre.

O Direito um dos caminhos que o ser humano desenvolve para garantir esta liberdade. Que os Cadernos Dom Alberto sejam veculos de expresso desta prtica diria do corpo docente, que fazem da vida um exemplo e do exemplo sua maior lio.

Felicitaes so devidas a Faculdade Dom Alberto, pelo apoio na publicao e pela adoo desta metodologia sria e de qualidade. Cumprimentos festivos aos professores, autores deste belo trabalho. Homenagens aos leitores, estudantes desta arte da Justia, o Direito.

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Luiz Vergilio Dalla-Rosa Coordenador Titular do Curso de Direito

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Sumrio

Apresentao..................................................................................................

Prefcio...........................................................................................................

Plano de Ensino..............................................................................................

Aula 1 A Economia e o Direito..................................................................................

Aula 2 Aspectos da Evoluo da cincia Econmica...............................................

Aula 3 Globalizao e as Transformaes na dcada de 90....................................

Aula 4 O Desequilbrio do Setor Externo..................................................................

Aula 5 Os Desequilbrios das Contas Pblicas.........................................................

Aula 6 As fases da integrao econmica................................................................

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Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional.

Centro de Ensino Superior Dom Alberto

Plano de Ensino

Identificao Curso: Direito Disciplina: Economia Aplicada ao Direito Carga Horria (horas): 30 Crditos: 2 Semestre: 1

Ementa Economia: conceito e evoluo terica. Noes de teorias econmicas: clssicos, neoclssicos, keynesianos, marxistas. Formao do valor na economia. Funcionamento do sistema econmico. Pressupostos da escola clssica e neoclssica. Sistema de preos em diferentes sistemas econmicos. Caractersticas da Economia de mercado. Repartio do produto. Formao do produto da atividade econmica. Funes do Governo: interveno do Estado na economia de mercado. Relaes econmicas, polticas, sociais, culturais e religiosas no comrcio internacional. Relaes Sociais no Capitalismo. Questo do poder nas relaes econmicas. Modos de planejar, controlar e dirigir a atividade econmica.

Objetivos Geral: Relacionar a evoluo da sociedade e do Estado com a economia.

Especficos: Apresentar as diferentes teorias econmicas e suas principais prerrogativas. Apresentar a formao do valor da economia, o sistema de preos e as caractersticas da economia de mercado. Expor as formas de interveno do Estado na economia, as relaes sociais no capitalismo e a questo do poder nas relaes econmicas.

Inter-relao da Disciplina Horizontal: Histria aplicada ao Direito, Economia aplicada ao Direito, Introduo Cincia do Direito.

Vertical: Sociologia aplicada ao Direito, Filosofia aplicada ao Direito, Teoria da Constituio, Direito Constitucional e Direito Internacional Pblico.

Competncias Gerais Capacidade de raciocnio jurdico, argumentao, persuaso e reflexo crtica acerca da relao entre a Histria, o Estado e a Economia.

Competncias Especficas - Capacidade de expresso verbal e escrita na anlise de problemas econmicos e sociais; - Capacidade interpretativa de textos econmicos para discernimento dos principais fatos econmicos apresentados no cenrio mundial e nacional. - Capacidade de relacionar problemas de natureza econmica/social no mundo/Brasil com os fundamentos sobre crescimento, desenvolvimento e distribuio da riqueza social. - Capacidade de deciso a partir da anlise dos dados atravs de leituras grficas e indicadores econmicos.

Habilidades Gerais Utilizar raciocnio jurdico, argumentao, persuaso e reflexo crtica acerca da relao entre a Histria, o Estado e a Economia.

Habilidades Especficas - Estar apto expresso verbal e escrita na anlise de problemas econmicos e sociais; - Interpretar textos econmicos para discernimento dos principais fatos econmicos apresentados no cenrio mundial e nacional. - Estar apto a relacionar problemas de natureza econmica/social no mundo/Brasil com os fundamentos

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Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional.

sobre crescimento, desenvolvimento e distribuio da riqueza social. - Decidir a partir da anlise dos dados atravs de leituras grficas e indicadores econmicos.

Contedo Programtico 1. Premissas da Economia 1.1Cincia Econmica e suas relaes com o direito; 1.2 Principais conceitos; 1.3 Economia de mercado e economia planificada; 1.4. Sistema Financeiro Nacional

2. Aspectos da evoluo da Cincia Econmica 2.1 O Mercantilismo e a Fisiocracia; 2.2 Os Clssicos; 2.3 Os Neoclssicos; 2.4 A evoluo do pensamento socialista; 2.5 O Keynesianismo; 2.6 O perodo recente.

3. Teoria elementar do funcionamento do mercado; 3.1 Estruturas de mercado (concorrncia pura ou perfeita, monoplio, oligoplio, cartis, etc.); 3.2 Regulamentao dos mercados; 3.3 Produo e repartio do produto no sistema econmico;

4. O governo e a economia 4.1. O crescimento da participao do setor pblico na atividade econmica; 4.2. Os objetivos e funes econmicas do Setor Pblico; 4.3. Dficit Pblico: conceitos e formas de financiamento.

5. Relaes econmicas internacionais 5.1. As relaes externas e o funcionamento das economias; 5.2. Relaes econmicas, polticas, sociais, culturais e religiosas no comrcio internacional (A globalizao); 5.3 Formao dos blocos econmicos: UE, NAFTA, MERCOSUL, O Projeto ALCA.

Estratgias de Ensino e Aprendizagem (metodologias de sala de aula) Aulas expositivas dialgico-dialticas. Trabalhos individuais e em grupo e preparao de seminrios. Leituras e fichamentos dirigidos. Elaborao de dissertaes, resenhas e notas de sntese. Utilizao de recurso udio-Visual.

Avaliao do Processo de Ensino e Aprendizagem A avaliao do processo de ensino e aprendizagem deve ser realizada de forma contnua, cumulativa e sistemtica com o objetivo de diagnosticar a situao da aprendizagem de cada aluno, em relao programao curricular. Funes bsicas: informar sobre o domnio da aprendizagem, indicar os efeitos da metodologia utilizada, revelar conseqncias da atuao docente, informar sobre a adequabilidade de currculos e programas, realizar feedback dos objetivos e planejamentos elaborados, etc.

Para cada avaliao o professor determinar a(s) formas de avaliao podendo ser de duas formas:

1 Avaliao trabalho em sala de aula com peso 10,0 (dez); 2 Avaliao:

- Peso 8,0 (oito): Prova; - Peso 2,0 (dois): referente ao Sistema de Provas Eletrnicas SPE (mdia ponderada das trs

provas do SPE)

Avaliao Somativa A aferio do rendimento escolar de cada disciplina feita atravs de notas inteiras de zero a dez, permitindo-se a frao de 5 dcimos. O aproveitamento escolar avaliado pelo acompanhamento contnuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas, trabalhos, exerccios escolares e outros, e caso necessrio, nas provas substitutivas. Dentre os trabalhos escolares de aplicao, h pelo menos uma avaliao escrita em cada disciplina no bimestre. O professor pode submeter os alunos a diversas formas de avaliaes, tais como: projetos, seminrios,

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Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional.

pesquisas bibliogrficas e de campo, relatrios, cujos resultados podem culminar com atribuio de uma nota representativa de cada avaliao bimestral. Em qualquer disciplina, os alunos que obtiverem mdia semestral de aprovao igual ou superior a sete (7,0) e freqncia igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%) so considerados aprovados. Aps cada semestre, e nos termos do calendrio escolar, o aluno poder requerer junto Secretaria-Geral, no prazo fixado e a ttulo de recuperao, a realizao de uma prova substitutiva, por disciplina, a fim de substituir uma das mdias mensais anteriores, ou a que no tenha sido avaliado, e no qual obtiverem como mdia final de aprovao igual ou superior a cinco (5,0).

Sistema de Acompanhamento para a Recuperao da Aprendizagem Sero utilizados como Sistema de Acompanhamento e Nivelamento da turma os Plantes Tira-Dvidas que so realizados sempre antes de iniciar a disciplina, das 18h00min s 18h50min, na sala de aula.

Recursos Necessrios Humanos

Professor. Fsicos

Laboratrios, visitas tcnicas, etc. Materiais

Recursos Multimdia.

Bibliografia Bsica

HUBERMAN, Leo. Histria da riqueza do homem. Rio de Janeiro: LTC, 1986 FURTADO, Celso. O capitalismo global. So Paulo: Paz e Terra, 2001. BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Econmico Brasileiro. Contraponto, 2000. ROSSETTI, Jos Paschoal. Introduo Economia. So Paulo: Atlas, 2002. HUGON, Paul. Histrias das Doutrinas Econmicas. So Paulo: Atlas, 1995.

Complementar

IANNI, Octavio. Teorias da globalizao. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2003. ARRIGHI, Giovanni. O Longo Seculo XX. Rio de Janeiro: UNESP, 2003. CHESNAIS, Franois. A Mundializao do Capital. So Paulo: Xam, 1996. MARX, Karl. O Capital. So Paulo: Abril Cultural, 1999. BAUMANN, Renato. Economia internacional: Teoria e Experincia Brasileira. So Paulo: Elsevier, 2004.

Peridicos Jornais: Zero Hora, Folha de So Paulo, Gazeta do Sul, entre outros. Jornais eletrnicos: Clarn (Argentina); El Pas (Espanha); El Pas (Uruguai); Le Monde (Frana); Le Monde Diplomatique (Frana). Revistas: Achegas - Revista de Cincia Poltica.

Sites para Consulta www.achegas.net www.tj.rs.gov.br www.trf4.gov.br www.senado.gov.br www.stf.gov.br www.stj.gov.br www.ihj.org.br www.oab-rs.org.br

Outras Informaes Endereo eletrnico de acesso pgina do PHL para consulta ao acervo da biblioteca: http://192.168.1.201/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl8.cip&lang=por

Cronograma de Atividades

Aula Consolidao Avaliao Contedo Procedimentos Recursos

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Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional.

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4 Primeira: Trabalho

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7 1

8 Segunda

9 Substitutiva

Legenda Procedimentos Recursos Procedimentos Recursos Procedimentos Recursos Cdigo Descrio Cdigo Descrio Cdigo Descrio AE Aula expositiva AE Aula expositiva AE Aula expositiva TG Trabalho em

grupo TG Trabalho em grupo TG Trabalho em grupo

TI Trabalho individual

TI Trabalho individual TI Trabalho individual

SE Seminrio SE Seminrio SE Seminrio

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Aula 1

A ECONOMIA E O DIREITO

Quando se analisa a teoria dos mercados, que parte da microeconomia, dois enfoques so encontrados: de um lado, estuda-se o comportamento dos produtores e dos consumidores quanto a suas decises de produzir e de consumir; de outro, alm de se conceituarem os agentes das relaes de consumo consumidor e fornecedor, do ponto de vista do Cdigo de Defesa do Consumidor -, colocam-se os direitos do consumidor frente aos deveres do fornecedor de bens e servios.

Por sua vez, quando se estuda o estabelecimento comercial e o papel do empresrio, novamente duas vises emergem da anlise: a econmica e a jurdica. A viso econmica enfatiza o papel do administrador na organizao dos fatores de produo capital, trabalho, terra e tecnologia - combinado-os de modo a minimizar seus custos ou maximizar seu lucro. A jurdica, extrada de Direito Comercial, apresenta vrias concepes, que enfatizam que o estabelecimento comercial um sujeito de direito distinto do comerciante, com seu patrimnio elevado categoria de pessoa jurdica, com a capacidade de adquirir e exercer direitos e obrigaes.

DEFINIO DE ECONOMIA

A economia fundamentalmente a cincia da escassez. No fossem os bens escassos, no se depararia a humanidade com os problemas que envolvem sua produo e distribuio. As pessoas tm necessidades e desejos. As necessidades so de carter mais geral, como: alimentar-se, abrigar-se, locomover-se, reproduzir, ter segurana e aceitao social. Os desejos so a forma como as pessoas buscam satisfazer suas necessidades. A necessidade de vestir-se de carter universal, mas a forma como as pessoas se vestem depende de fatores como fantasias, idade, sexo, cultura, religio e preconceitos, por exemplo.

Da mesma maneira, as pessoas podem satisfazer as mesmas necessidades e desejos de modos diferentes: atravs da aquisio de bens ou atravs da prestao de servios. Uma pessoa pode satisfazer sua necessidade de abrigar-se atravs da aquisio ou do aluguel de um imvel. A pessoa pode comprar uma tesoura ou utilizar os servios de um cabeleireiro para ter seus cabelos aparados. Outros fatores que influenciam decisivamente na forma como as pessoas satisfazem suas necessidades e desejos so a disponibilidade de recursos naturais, clima, grau de conhecimento tcnico acumulado e as relaes de produo.

A Teoria Econmica analisa, de forma simplificada, o funcionamento de um sistema econmico, utilizando um conjunto de suposies e hipteses acerca do mundo real, procurando obter as leis que o regulam. Ela divide-se em dois grandes grupos:

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1. Microeconomia: que trata do comportamento das firmas e dos indivduos ou famlias, preocupando-se com a formao dos preos e o funcionamento do mercado de cada produto individual;

2. Macroeconomia: que diz respeito aos grandes agregados nacionais, estuda o funcionamento do conjunto da economia de um pas, envolvendo o nvel geral dos preos, formao da renda nacional, mudanas na taxa de desemprego, taxa de cmbio, balano de pagamentos etc.

Por meio do estudo do comportamento dessas variveis macroeconmicas, as autoridades econmicas estabelecem polticas monetrias, fiscais, cambiais, taxa de juro etc., visando influenciar o nvel da atividade econmica. Para que se mantenha em uma situao de equilbrio, ou em direo s metas estabelecidas. As decises do nvel macroeconmico tm suas repercusses no equilbrio microeconmico do mercado. Da mesma forma, o comportamento dos consumidores e das firmas reflete-se no nvel agregado, influenciando variveis macroeconmicas.

OS PROBLEMAS ECONMICOS FUNDAMENTAIS

Constitui-se indubitavelmente o problema central de qualquer economia decidir O que produzir?, Como produzir? e Para quem produzir? Sabe-se que escolher corretamente o investimento to importante quanto a torn-lo operacional. Definiremos a seguir individualmente o que vem a ser cada um deles.

1) O que produzir?

Diz respeito a definio de quanto e do que deve ser produzido. Sabendo-se que h infinitas possibilidades de investimentos, esta questo decisiva para o fracasso ou o sucesso de qualquer economia. A Unio Sovitica, por exemplo, no incio do sculo XX, poca da revoluo socialista, optou por investir a maior parte de seus recursos produtivos nos setores de siderurgia e minerao, as conseqncias vieram no final do mesmo sculo, quando a Unio Sovitica percebeu que no produzia bens de consumo modernos como computadores, celulares, aparelhos de fax e eletro-eletrnicos em geral, ao contrrio possua um parque industrial obsoleto, ao passo que os pases capitalistas desenvolvidos oferecia uma confortvel qualidade de vida, respaldada pela oferta de bens de consumo modernos e de um desenvolvimento tecnolgico em todas as reas da economia. O pas ento, se fragmentou e o sistema comunista perdeu de vez a sua credibilidade.

2) Como produzir?

Refere-se ao tipo de tecnologia implementado na produo. o chamado know-how (como fazer), e ao mesmo tempo uma tarefa complexa, pelo fato de requerer investimentos corretos nas devidas reas de pesquisas cientficas, ou mesmo de demandar do exterior o know-how mais adequado a produo.

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3) Para quem produzir?

Trata de definir a forma como ser repartida a produo, quem sero os consumidores do que ser produzido.

OBS.: As questes o que, como e para quem produzir so equacionadas de formas diferentes e de acordo com o sistema econmico que prevalea. Nos sistemas capitalistas a definio destes questionamentos so dadas pelo prprio mercado. Nos sistemas socialistas ou planificados, o governo quem define o que, como e para quem produzir.

CONCEITOS BSICOS DE ECONOMIA:

Procure entender bem estes conceitos de economia, pois precisar deles para entender outras relaes mais a frente da disciplina. Procure compreender como alguns dos principais temas econmicos tm relaes entre si, influenciam uns aos outros e afetam a vida de todas as pessoas.

O que so os juros? o preo do dinheiro emprestado. Ex.: Se um banco lhe empresta 1000 reais hoje com a condio de que voc

devolva 1150 reais no ms que vm, ento a taxa de juro que ele est cobrando de 15% ao ms.

Aumento das taxas de juros:

O governo gastaria mais com os encargos da dvida pblica; Por conseqncia queda imediata no crescimento econmico (pois inibe os

investimentos); Maior rentabilidade nas aplicaes; Reduzindo a arrecadao do prprio governo; A produo diminui causando desemprego;

Diminuio das taxas de juros:

Crdito torna-se atrativo; Aumento dos gastos por parte dos consumidores; Maiores investimentos por parte das empresas (os recursos financeiros possuem

custos menores);

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O que a Taxa Selic e quem determina?

Existe uma taxa bsica de juros na economia brasileira que se chama Taxa Selic. Ela determinada pelo Comit de Poltica Monetria (Copom), do Banco Central rgo do governo federal que regula a quantidade de dinheiro em circulao no pas e supervisiona o sistema bancrio. A taxa selic so os juros que o Banco Central cobra pelos emprstimos que faz aos bancos. A partir dela, os bancos estipulam os juros que cobraro daqueles que lhes pedem emprstimo (como voc, quando usa o cheque especial, por exemplo). Por isso, ela chamada de taxa bsica. Naturalmente, o banco cobra mais daqueles a quem empresta do que quanto paga ao tomar emprestado do Banco Central. Essa diferena chamada de spread (palavra em ingls para a diferena entre o preo do custo e o de venda).

O que o PIB (Produto Interno Bruto)?

o valor do que produzido pelos trs setores da economia (indstria, agropecuria e servios) em certo perodo em geral, em um ano.

PIB per capita: o PIB dividido pelo nmero de habitantes, ou seja, quanto caberia a cada pessoa se as riquezas produzidas fossem divididas igualmente. Esta medida nos mostra que pouco adianta o PIB crescer se a populao aumenta em ritmo mais rpido, porque o pas acaba ficando mais pobre.

O que INFLAO?

o aumento generalizado dos preos. Se, por exemplo, uma cesta de produtos que custa 100 reais em fevereiro passa a ser vendida por 150 reais em maro, apurou-se uma inflao de 50% no ms. Cabe relembrar que a inflao, j foi o grande drama da economia brasileira. A partir dos anos 1980, vrios planos fracassaram na tentativa de cont-la. Mas, desde 1994, com a implantao do Plano Real, ela est relativamente sob controle. Depois de ter atingido mais de 40% ao ms naquele ano, a inflao est h quase trs anos abaixo de 1,7% ao ms. Houve aumento em 2002 por causa de uma crise cambial, mas desde ento o acumulado do ano encontra-se em queda.

Mas, como o Brasil controla a inflao?

Atravs dos juros altos: aos tornar os financiamentos (como credirio ou carto de crdito) muito caros, eles diminuem a procura (consumo) por bens e servios e freiam a economia. Como conseqncia, os preos sobem menos, o que explicado pela lei da oferta e procura quanto menor a procura por um produto ou servio, menor tende a ficar seu preo, para o comerciante tentar estimular a venda.

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O que taxa de cmbio?

Definio: Taxa Cambial o preo de uma moeda nacional em termos de outra. Taxa Cambial no Brasil: em geral, a taxa cambial de um pas qualquer expressa

como unidades de moeda nacional necessrias para comprar uma unidade de moeda estrangeira.

Valorizao cambial da moeda nacional ocorre quando o poder de compra desta em relao demais cresce; e desvalorizao cambial, quando seu poder de compra cai.

Exemplo: No Brasil, um dlar custa dois reais. Se a taxa cambial varia para um real por dlar, dizemos que se valorizou. Se varia para trs reais por dlar, a moeda se desvalorizou.

Que fatores tem possibilitado a entrada de muitos dlares no nosso Pas?

Um dos fatores so as altas taxas de juros, pois estas atraem investimentos financeiros internacionais, feitos em dlar. Outro o bom desempenho das exportaes, que tm batido recordes.

Mas quais as conseqncias do real valorizado?

Como comum em economia, o real valorizado traz conseqncias boas e ruins. Entre as boas podemos citar duas: como fica mais barato comprar produtos estrangeiros, a indstria se moderniza com a importao de tecnologia. Alm disso, como as matrias-primas importadas tornam-se mais baratas, o preo do produto final tende a cair, o que pressiona a inflao para baixo. Mas, por outro lado, com o real valorizado, as exportaes e a balana comercial tendem a ser prejudicadas.

Crescimento da economia mundial

Eis um bom exemplo de como, em economia, tudo est relacionado e nem sempre o bvio acontece. O real valorizado deveria comprometer o resultado da balana comercial brasileira, mas a taxa de cmbio desfavorvel para exportaes tem sido compensada pelo timo cenrio da economia global nos ltimos anos.

principalmente o crescimento da China e dos EUA que compe esse cenrio, pois os dois pases fazem muitas compras no mercado global. Mas, outros fatores estimulam as naes em desenvolvimento, como o Brasil. O primeiro so os preos recordes da commodities (as matrias-primas de grande importncia econmica, como o petrleo e a soja, em geral exportados por pases emergentes. O segundo so os juros baixos nos pases ricos, que reduzem o custo dos emprstimos e estimulam o investimento nas naes em desenvolvimento, nas quais so pagas taxas mais altas, como no Brasil.

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O SISTEMA FINANCEIRO

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

conjunto de instituies financeiras que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condies satisfatrias para a manuteno de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores.

CLASSIFICAO DAS INSTITUIES FINANCEIRAS

1. Intermedirios financeiros:

captam poupana diretamente do pblico (por sua prpria iniciativa e responsabilidade);

aplicam estes recursos junto a empresas (atravs de emprstimos e financiamentos);

Ex.: bancos comerciais, caixas econmicas e os bancos de investimentos, etc.

2. Instituies auxiliares:

apenas colocam em contato os poupadores e investidores. Ex.: Bolsa de valores, sociedades corretoras e distribuidoras.

3. Instituies financeiras monetrias:

Recebem depsitos vista, criam moeda.

Ex.: bancos comerciais, caixas, bancos mltiplos e cooperativas de crdito;

4. Instituies financeiras no-monetrias:

No recebem depsitos vista;

Operam com ativos no monetrios (aes, CDB, ttulos, etc.)

Ex.: corretoras, bancos de investimento, bndes, etc.

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AUTORIDADES MONETRIAS

1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL (CMN)

o rgo normativo do sistema financeiro. No lhe cabem funes executivas. responsvel por diretrizes de Polticas Monetrias, Cambial e de crditos. Conselho de Poltica Econmica.

COMPETNCIAS DO CMN

Determina a quantidade dos meios de pagamento necessrios ao funcionamento da economia;

regular o valor interno e externo da moeda nacional; Determina as normas de atuao das instituies financeiras; Coordena a poltica monetria.

ATRIBUIES ESPECFICAS DO CMN

Autorizar a emisso de papel-moeda; determinar as taxas do recolhimento compulsrio das instituies financeiras; regular as operaes de redesconto de liquidez; regular o funcionamento e a fiscalizao de todas as instituies financeiras que

operem no pas.

Em 1977, foi criado o COPOM (Comit de Poltica Monetria) canal pelo qual o CMN delibera sobre a poltica monetria.

COPOM Comit de Poltica Monetria

O COPOM composto por diretores do Bacen e o Ministro da Fazenda.

Sua gesto visa:

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Definir meta para a taxa SELIC; Avaliar o relatrio das metas da inflao; Monitorar a inflao e fixar as metas de juros bsicos.

Taxa Selic - Sistema Especial de Liquidao e Custdia O que ? a taxa de negociao de ttulos pblicos; (quanto o governo remunera quem empresta dinheiro a ele)

o Definida pelo Copom e calculada pelo Bacen;

A taxa de juros brasileira a mais alta do mundo. Taxa de juros alta inibe o crescimento econmico. Usada tambm para frear a inflao.

2 BANCO CENTRAL

ATRIBUIES DO BACEN

controle da poltica monetria: emitir papel moeda; executar servios de meio circulante; realizar operaes de open market; depositrio das reservas das instituies financeiras; realizar operaes de redesconto para as instituies financeiras;

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regular a execuo dos servios de compensao de cheques. fazer a regulao do sistema financeiro; autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituies financeiras; guardio do valor da moeda nacional;

OBS.:

O CMN Conselho Monetrio Nacional determina as taxas do recolhimento compulsrio das instituies financeiras.

O Bacen recebe os recolhimentos compulsrios. Quem emite papel-moeda e moeda metlica o Banco Central. Quem autoriza a emisso de papel-moeda e o CMN Conselho Monetrio

Nacional.

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AUTORIDADES DE APOIO

1 COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS (CMV)

OBJETIVOS DA CVM

Fortalecimento do mercado de aes; regular as bolsas de valores e assegurar um funcionamento eficiente; organizao, funcionamento e operaes das bolsas de valores;

2 BANCO DO BRASIL (BB)

um banco comercial que funciona como agente financeiro do governo; o principal agente da poltica de crdito agrcola e industrial.

Ou seja, em alguns casos opera como agente do governo federal executor da poltica oficial de crdito rural; compensao de cheques e outros papis;

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3. BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL (BNDES)

OBJETIVOS BNDES

impulsionar o desenvolvimento econmico e social do pas; fortalecer o setor empresarial nacional; atenuar os desequilbrios regionais (criando plos de produo; promover o desenvolvimento integrado das atividades agrcolas, industriais e de

servios;

4. CAIXA ECONMICA FEDERAL (CEF)

Exercem atividades tpicas de bancos comerciais (recebem depsitos vista em cc e fazem emprstimos);

Tambm atuam no crdito direto ao consumidor, financiando bens de consumo durveis, emprstimos sob garantia de penhor industrial e cauo de ttulos.

Detm a exclusividade das operaes de emprstimo sob penhor de bens pessoais.

Agente do governo federal para a execuo de sua poltica habitacional.

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INSTITUIES FINANCEIRAS

Os Bancos Comerciais

Criam moeda: efeito multiplicador Captao: depsitos vistas Emprstimos

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Aula 2

ASPECTOS DA EVOLUO DA CINCIA ECONMICA

1 MERCANTILISMO

Poltica econmica adotada na Europa do sculo XVI a meados do sculo XVII. Objetivo: O fortalecimento do Estado (RIQUEZA E PODER);

Apogeu do Absolutismo (monarca tem todos os poderes)

CARACTERSTICAS

Metalismo: a riqueza de um pas era medida pela quantidade de metais que ele possua;

Balana comercial favorvel: Quando ocorre mais exportaes e menos importaes, isto , acumula-se riquezas no pas;

Interveno do estado na economia: atravs do Estado Nacional, a economia concentrava-se na interveno estatal;

Protecionismo: H um incentivo no consumo de produtos nacionais, isto , evita-se as importaes para proteger a produo nacional;

Monopolismo: somente o Estado (Metrpole) pode ter exclusividade na explorao colonial;

Para o desenvolvimento do mercantilismo era necessrio a CONQUISTA DE COLNIAS, as quais abasteceriam a Metrpole com seus produtos e seriam consumidores dos produtos metropolitanos.

A isto se d o nome de PACTO COLONIAL

2 FISIOCRATAS

Os fisiocratas consideravam a agricultura como fonte original de toda riqueza, porque somente ela permitia larga margem de lucros sobre um investimento pequeno;SOMENTE A TERRA OU NATUREZA CAPAZ DE PRODUZIR ALGO NOVO;

Transferiram o centro da anlise do mbito do comrcio para o da produo

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3 CLSSICOS

Adam Smith afirma que no a prata ou o ouro que determina a prosperidade de uma nao, mas sim o trabalho humano;

Em conseqncia, qualquer mudana que aprimore as foras produtivas enriquece uma nao

A principal delas - alm da mecanizao - a diviso social do trabalho, amplamente estudada por ele.

Defendem o LIBERALISMO;

Elaboram o conceito de racionalidade econmica, no qual o indivduo deve satisfazer suas necessidades sem se preocupar com o bem-estar coletivo;

A liberdade de todos os comportamentos econmicos (do consumidor, do produtor) assegura, em sua opinio, a maior e a melhor produo possvel ao menor custo estabelecendo que a verdadeira fonte da riqueza o trabalho;

Ao governo compete:

patrocinar a defesa nacional, garantir a livre concorrncia entre as empresas e a proteo propriedade privada.

A iniciativa individual deve ser incentivada.

4 O PENSAMENTO MARXISTA

Criticavam a "ordem natural" e a "harmonia de interesses", pois h concentrao de renda e explorao do trabalho.

Desenvolveu, tambm, a teoria da mais-valia (explorao do trabalho), que a origem do lucro capitalista, de acordo com o pensamento marxista;

(Analisou as crises econmicas, a distribuio de renda e a acumulao de capital);

Marx exerceu grande impacto e provocou importantes transformaes com a publicao:

Manifesto Comunista e O Capital.

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Segundo sua doutrina, a industrializao vinha acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais como:

baixo padro de vida, longa jornada de trabalho, reduzidos salrios e ausncia de legislao trabalhista.

5 NEOCLSSICOS

Amparados pelas idias do filsofo ingls Jeremy Bentham (1748-1832), criador do utilitarismo, eles afirmam que o valor de um produto uma grandeza subjetiva: relaciona-se com a utilidade que ele tem para cada um;

Essa utilidade, por sua vez, depende da quantidade do bem de que o indivduo dispe;

Dessa maneira, o preo das mercadorias e dos servios passa a ser definido pelo equilbrio entre a oferta e a procura. Essa lei do mercado, para os neoclssicos, conduz estabilidade econmica.

6 KEYNESIANOS

Revoluo : A obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936);

Keynes contesta as hipteses neoclssicas de que as foras do mercado conduzem ao equilbrio econmico;

Mostra que possvel, em uma economia de mercado, a permanncia de longas crises, marcadas pela recesso e pelo desemprego;

Segundo o autor, elas ocorrem quando o investimento na economia relativamente reduzido, no sendo suficiente para garantir o pleno emprego da fora de trabalho existente;

o Para super-las, recomenda o aumento do gasto pblico;

As obras estatais, por exemplo, criam novos postos de trabalho, diminuindo o desemprego.

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TEORIA ELEMENTAR DO FUNCIONAMENTO DE MERCADO

O funcionamento do sistema de economia de mercado

mercado famlias empresas

Os mercados e os preos

compradores (demandantes) vendedores (ofertantes)

Livre jogo da oferta e da demanda

n pea-chave no funcionamento de toda a economia de mercado

Mercado Competitivo

A existncia de muitos Demandantes e Ofertantes

A demanda

Quantidade de mercadoria que o consumidor deseja adquirir a determinado preo.

preo gosto preferncia renda disponvel preo dos bens relacionados

O que Curva de demanda?

Ela nos mostra a relao entre a quantidade demandada de um bem por todos os indivduos e seu preo, mantendo constantes outros fatores (gosto, renda, preo de bens relacionados )

A lei da demanda

Mostra que quanto maior o preo de um bem, menor a quantidade desse bem que os consumidores estariam dispostos a comprar. Paralelamente, quanto mais baixo o preo do bem, mais unidades sero demandadas.

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Obs.: Voc deve entender o grfico abaixo e saber que um grfico que expressa a lei da demanda.

A oferta

Quantidade de mercadoria que os produtores esto dispostos a vender a determinado preo.

Depende de um conjunto de fatores: tecnologia os preos dos fatores produtivos o preo do bem que se deseja oferecer

O que a Curva de Oferta

a relao entre o preo e a quantidade ofertada.

A Lei da Oferta

Mostram como a quantidade ofertada aumenta junto com preo, refletindo o comportamento dos produtores.

Obs.: Voc deve entender o grfico abaixo e saber que um grfico que expressa a lei da oferta.

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O Equilbrio de Mercado

Interao entre os agentes produtores consumidores

estudo conjunto de ambas as curvas preo de equilbrio quantidade de equilbrio

O preo de equilbrio

aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores e dos ofertantes ou produtores

O Equilbrio de Mercado

O preo em uma economia de mercado determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preo de equilbrio, a quantidade oferecida igual a quantidade demandada (quantidade de equilbrio).

Relao entre a quantidade demandada e preos de outros bens e servios

(bens substitutos e complementares)

O que so bens substitutos ou concorrentes?

quando o consumo de um bem substitui o consumo do outro.

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Exemplos:

1 - Carne de vaca, frango e peixe. 2- Cerveja: Antarctica e Brahma. 3- Coca-cola e Guaran.

O que so bens complementares?

So bens consumidos em conjunto, ou seja, bens para os quais o aumento no preo de um dos bens leva a uma reduo na demanda pelo outro bem.

Exemplos: camisa social e gravata; Pneu e cmara. Po e manteiga. Sapato e meia. Litro de gasolina e automvel.

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RELAO ENTRE A DEMANDA DE UM BEM E A RENDA DO CONSUMIDOR

Bem Normal = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um Aumento na quantidade demandada do bem.

Bem Inferior = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuio na quantidade demandada do bem.

Ex.: Passagem de nibus, carne de segunda.

ESTRUTURAS DE MERCADO

Introduo Mercado em Concorrncia Perfeita Monoplio Oligoplio Concorrncia Monopolstica

Introduo

As vrias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 caractersticas:

a) nmero de empresas que compem esse mercado;

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b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idnticos ou diferenciados); c) se existem ou no barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

TIPOS DE ESTRUTURAS DE MERCADO

Concorrncia Pura ou Perfeita

Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como tomos), de forma que um agente isolado no tem condies de afetar o preo de mercado.

Produtos Homogneos: todas as firmas oferecem um produto seme- lhante, homogneo. No h diferenas de embalagem, qualidade nesse mercado.

Mobilidade de firmas: no h barreiras para o ingresso de empresas no mercado.

Monoplio

Caractersticas Bsicas

uma nica empresa produtora do bem ou servio; no h produtos substitutos prximos; existem barreiras entrada de firmas concorrentes.

As barreiras de acesso podem ocorrer de vrias formas:

Monoplio puro ou natural = devido alta escala de produo requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolstica j est estabelecida em grandes dimenses e tem condies de operar com baixos custos. Torna-se muito difcil alguma empresa conseguir oferecer a um preo equivalente firma monopolista;

Patentes = direito nico de produzir o bem.

Controle de matrias-primas bsicas = Exemplo : o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumnio.

Monoplio estatal ou institucional, protegido pela legislao, normalmente em setores estratgicos ou de infra-estrutura. (Energia, Petrleo, comunicaes).

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Oligoplio Definido de duas formas:

pequeno n de empresas no setor. Ex. Indstria automobilstica.

ou um pequeno n de empresas domina um setor com muitas empresas.

Ex.: Indstria de bebidas.

Devido existncia de empresas dominantes, elas tm o poder de fixar os preos de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelsticas, em que os consumidores tm baixo poder de reao a alteraes de preos.

No oligoplio, assim como no monoplio, h barreiras para a entrada de novas empresas no setor.

Tipos de oligoplio:

com produto homogneo (alumnio, cimento); com produto diferenciado (automveis).

Formas de atuao das empresas:

1. concorrem entre si, via guerra de preos ou de promoes (forma de atuao pouco freqente);

2. formam cartis (conluios, trustes). Cartel uma organizao (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a poltica para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preos e a repartio (cota) do mercado entre as empresas.

Concorrncia Monopolstica

muitas empresas, produzindo um dado bem ou servio;

cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos prximos;

cada empresa tem um certo poder sobre os preos, dado que os produtos so diferenciados, e o consumidor tem opes de escolha, de acordo com sua Preferncia.

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Aula 3 (Tema para o trabalho)

GLOBALIZAO E AS TRANSFORMAES NA DCADA DE 90

CRISES ANOS 90

MXICO

Efeito Tequila: Crise Cambial sofrida pelo Mxico; Fortes dficits em transaes correntes de seu Balano de Pagamentos; Crise: enorme fuga de capitais; Peso mexicano intensa desvalorizao; Aumenta suas exportaes para o EUA;

Ganha competitividade devido: Desvalorizao e proximidade fsica EUA; Tailndia, Filipinas, Indonsia e Malsia Perdem mercado para Mxico e China; No conseguiram acompanhar as desvalorizaes (moedas atreladas ao dlar); Aumenta dficit em transaes correntes;

Era preciso algum para financiar os dficits: Quem? Japo: Junta-se a fome com a vontade de comer

Os pases do Sudeste asitico eram considerados estveis, confiveis e de elevada rentabilidade para os investidores;

Ento: Banqueiros japoneses com muito dinheiro em caixa estavam procurando

melhores remuneraes para os seus investimentos; Fugindo de seu prprio mercado interno (taxa de juros muito baixas); Os japoneses queriam reverter a situao de recesso com taxa de juros baixa;

Mas:

Quando esses credores externos se convenceram de que aqueles pases representavam um risco maior do que o que eles estavam dispostos a assumir, recusaram-se a continuar financiando o dficit, fato que gerou a crise cambial nesses quatro pases e os obrigou, a desvalorizar fortemente suas moedas;

TAILNDIA, FILIPINAS, INDONSIA E MALSIA

Desvalorizaram suas moedas em relao ao dlar em 30%;

Essa crise do sudeste asitico foi se espalhando, envolvendo a Coria, Taiwan, Hong Kong at alcanar a Rssia.

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HONG KONG E TAIWAN

Hong Kong

volta para a China em 1997; Coincidiu com a Crise Asitica; Para defender a estabilidade da sua taxa de cmbio: Aumentou taxa juros; Usou todas as suas reservas; Queria se defender do ataque especulativo; Moeda se manteve inalterada.

Taiwan

Antes: China at 2 guerra; Com o apoio EUA, tornou-se um Estado independente; China quer recuperar Taiwan Tambm desvalorizou sua moeda.

E as consequncias para o resto do mundo?

Diminui renda varivel (aes); Aumento ttulos de renda fixa (rendimento previamente conhecido); Receosos de uma crise de grandes propores, os investidores em renda

varivel (na Bolsa de Valores de Hong Kong) iniciaram um deslocamento macio para renda fixa ou compraram ttulos do tesouro norte-americano (mais seguros do mundo);

A crise asitica e recesso japonesa causaram outros estragos:

Com a diminuio do crescimento econmico: Pases dependentes petrleo; Importava da Rssia; Rssia diminui consumo de Petrleo; Crise Rssia (Bolsa de Moscou forte abalo) Repercutiu no mundo todo.

Ou seja, a Rssia, foi afetada pela queda dos preos do petrleo que a reduo da demanda do pases em crise ocasionou.

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O EFEITO MANADA

Se um megainvestidor est saindo de um lugar considerado seguro porque este deixou de s-lo. Ento melhor sair tambm antes que seja tarde.

O pas que sofre esse ataque especulativo no tem como defender sua taxa de cmbio e acaba desvalorizando-a.

E o que o governo brasileiro fez?

Elevou bruscamente as taxas de juros 20% para 39% ao ano; (para manter os investimentos financeiros e evitar a dilapidao das

reservas); Relativo xito No foi preciso desvalorizar o real, mas Os juros aumentou a dvida interna; Aumentou o dficit pblico.

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Aula 4

O DESEQUILBRIO DO SETOR EXTERNO

Notcia de jornal do final de novembro de 1998 dizia o seguinte:

O dficit em transaes correntes chegou a 4,4% do Produto Interno Bruto na srie de doze meses terminada em outubro. o maior saldo negativo registrado desde o incio do Plano Real...Este dado reflete a crise financeira internacional.

A notcia referia-se ao dficit existente nas transaes correntes

O que significa isto?

Quando os jornais se referem ao dficit externo em transaes correntes ou em conta corrente, eles esto indicando que GASTAMOS MAIS DO QUE ARRECADAMOS no COMRCIO, nos SERVIOS e nas TRANSFERNCIAS UNILATERAIS.

So contas que registram as relaes econmicas e financeiras de um pas, com o resto do mundo.

1. Balana Comercial

Dficit: Importaes > Exportaes Supervit: Exportaes > Importaes

Lembrando:

Taxa de cmbio: a relao de valor entre duas moedas.

2. Balana de Servios

(Viagens Internacionais)

1.Balana Comercial 2.Balana de servios 3.Transferncias unilaterais

Transaes correntes

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Dficit: Brasileiros gastaram muito mais no exterior do que turistas estrangeiros gastaram no Brasil;

Despesa com o pagamento de juros da dvida externa; Remessa de lucros e dividendos do capital estrangeiro investido no Brasil.

3. Transferncias Unilaterais

Brasileiros que vivem em outros pases e transferem recursos para o Brasil; Despesas que um pas realiza para a manuteno de embaixadas e

consulados em todo o mundo; Doaes em casos de calamidades.

Balana de transaes correntes

Se essa conta for SUPERAVITRIA:

Significa que o pas est recebendo recursos que podem ser utilizados:

No pagamento de compromissos assumidos anteriormente (diminuio do endividamento externo);

Para aumentar as reservas do pas;

Se essa conta for DEFICITRIA: (implica a necessidade de):

De investimentos de estrangeiros no pas (aumentando o controle de estrangeiros sobre empreendimentos no pas);

De se contrarem emprstimos no exterior (aumentando o endividamento do pas);

De diminuir as reservas nacionais de divisas internacionais.

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Qual a sada?

Estmulo as Exportaes e diminuio das Importaes

(Supervit Comercial)

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para cobrir o dficit de Servios.

EM RESUMO

Um pas que dficits em transaes correntes grandes e crescentes depende muito da entrada de recursos externos;

Como necessita conceder vantagens para quem vier ser prisioneiro da manuteno de ELEVADAS TAXAS DE JUROS e da manuteno de outros benefcios para os investidores.

DFICITS GMEOS E O PERIGO DE UMA ATAQUE ESPECULATIVO

Repetidos dficits em transaes correntes Cobrir o rombo atrair capitais externos (taxas juros elevadas) Plano Real : j sofreu trs ataques especulativos

O que um ataque especulativo?

Ocorre quando existe uma desconfiana dos investidores sobre a solidez dos fundamentos que sustentam a estabilidade de uma moeda. Causa desastres econmicos e financeiros

Formao das Reservas

Quando um pas NO CONSEGUE COBRIR O DFICIT em transaes correntes do BP com A ENTRADA DE CAPITAIS (emprstimos e financiamentos)?

Recorre as RESERVAS

DE ONDE VM ESSAS RESERVAS?

Tm origem em supervits do Balano de Pagamentos obtidos em anos anteriores.

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OBS.: Quanto maiores forem as reservas em moeda forte, maiores sero as garantias para uma economia enfrentar eventuais dficits futuros.

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Relao entre o esgotamento das reservas e a desvalorizao

do cmbioReservas no suficientes para cobrir um

dficit

CRISE CAMBIAL(ESCASSEZ DE MOEDA FORTE NO PAS)

O DFICIT EM TRANSAES CORRENTES DEVE SER REDUZIDO:

Desvalorizao Cambial Transformar um dficit em um Megasupervit Exportaes (AUMENTO) Importaes (DIMINUI)

Ento:

Supervit na Balana Comercial +

Saldo Positivo das transferncias unilaterais =

Reduz ou elimina o dficit em transaes correntes (causou o problema)

Obs.: Compensa o dficit da conta de servios

Desvalorizao Cambial X Inflao

Exportaes estimuladas e importaes reduzidas;

O preo de todos os produtos importados se elevaro;

Inflao.

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Para mudar a balana comercial de dficit para supervit Desvalorizao Cambial

Supervit comercial: mais exportao, menos importao; Ocorre entrada de divisas; Aumenta reservas Aumenta inflao Aumenta preos produtos importados Facilita elevao dos preos internos

Desvalorizao Cambial X

Debandada de Investidores

GLOBALIZAO: Os mercados financeiros internacionais passaram a operar on-line 24 horas.

Os investimentos financeiros se movimentam com grande agilidade e em grandes volumes a todo momento.

INVESTIMENTO FINANCEIRO, REQUER:

SEGURANA ESTABILIDADE CAMBIAL

Em grande parte dos pases a moeda estrangeira necessita transformar-se em moeda nacional para ser aplicada internamente e obter a desejada rentabilidade.

Quem utiliza moeda forte e aplica em pases de moeda fraca e duvidosa realiza um salto perigoso: TROCA SEU DINHEIRO BOM POR OUTRO QUE PODE SE DESVALORIZAR.

Obs.: A desconfiana do investidor de que um governo est prestes a desvalorizar a moeda na qual ele tem suas aplicaes pode lev-lo, a troc-las por dlares, e sair rapidamente antes que tal desvalorizao acontea.

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TEXTO COMPLEMENTAR: CERVO. A. L. A. A internacionalizao da economia brasileira. Coleo Divulgao. Fundao Alexandre Gusmo. Diponvel em: http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/o-livro-na-rua-serie-diplomacia. Acesso em 16 de setembro de 2010.

A INTERNACIONALIZAO DA ECONOMIA BRASILEIRA

Nacionalizar a economia internacional

Por volta de 2005, a economia brasileira alcana uma nova etapa rumo a sua maturidade macroeconmica. A transio que se observa ento, bem verdade, lana razes em condies que vinham sendo preparadas h anos. Desde os anos 1930, sob impulso do paradigma desenvolvimentista, a grande estratgia consistia em nacionalizar a economia internacional. Trazer para dentro do pas capitais e empresas estrangeiros, importao procurada para manter o elevado ritmo de crescimento, que era apoiado na produo para o mercado interno e no protecionismo.

O modelo resultava, com efeito, em crescimento industrial de longo prazo, porm criava certos gargalos de longo prazo tambm, como o isolamento do pas, a baixa produtividade sistmica interna e a manuteno de caractersticas de dependncia estrutural. O choque da abertura nos anos 1990 deu continuidade tendncia de importao de insumos, pois que o neoliberalismo conduziu nacionalizao da globalizao, especialmente dos servios. Mas a abertura despertou o empresariado, que no mais poderia manter-se em letargia, isolado no espao nacional e vivendo sombra das tarifas. Como a maturao de uma tendncia lenta, somente no sculo XXI toma impulso a mudana que conduz nova etapa do desenvolvimento, a expanso para fora de empresas brasileiras.

Internacionalizar a economia nacional

Uma nao alcana essa etapa do desenvolvimento quando rene condies adequadas para tal. No Brasil, o caminho para a maturidade econmica foi preparado durante dcadas, porm o conjunto de condies para o salto de qualidade produziu-se apenas na primeira dcada do sculo XXI. A internacionalizao das empresas brasileiras tornou-se, com efeito, possvel e vivel por razes mentais e materiais. Em primeiro lugar, a capitalizao das empresas e a elevao de sua produtividade ao nvel sistmico global, sem o que elas no estariam preparadas para instalar-se e operar fora do pas. Em segundo lugar, o nvel de organizao empresarial, de captao de informao e de apropriao de expertise necessrias para expandir o negcio alm fronteiras. Em terceiro lugar, o apoio do Estado para visualizao e aproveitamento de oportunidades a que se voltam as lideranas sociais.

Essa ltima condio, muito relevante, diz respeito poltica exterior e supe tanto uma mudana da mentalidade empresarial como da funo do Estado. A sociedade

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comprova a mudana em curso da mentalidade empresarial, por exemplo, quando aparece, em 1994, a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalizao Econmica, hoje com centenas de scios no meio empresarial. A mudana da mentalidade pblica se faz na virada do milnio com a transio do paradigma desenvolvimentista para o neoliberal e deste para o Estado logstico. Logstico o Estado que no mais dispe dos meios de produo, tampouco entrega ao mercado seu inteiro domnio, porm repassa aos segmentos organizados da sociedade a responsabilidade pelo desenvolvimento. E lhes presta orientao e apoio, zelando, igualmente, pela harmonia na realizao de interesses setoriais, cuja soma configura o interesse nacional.

A nova funo do Estado pressupe, em nossos dias, apoio poltico e jurdico s empresas, por meio do tratado ou do ordenamento estvel para garantia dos investimentos. Da mesma forma, a bitributao dos lucros apresenta-se como empecilho, por tal razo o governo brasileiro j tem firmado cerca de trs dezenas de acordos para evit-la.

O papel do Estado, por mais que se decante a autonomia do mercado, nunca deixou de ser essencial para a internacionalizao econmica em qualquer das fases histricas de expanso e em qualquer sistema econmico.

Instrumentos e mecanismos

A internacionalizao da economia brasileira se faz por meio de diversos instrumentos e mecanismos, a exemplo do que sucede com outros pases que percorreram esse caminho. A ao mais relevante o investimento direto, dito produtivo, mediante a instalao da filial, a compra total da empresa estrangeira ou a associao com ela. Existem, contudo, investimentos em aes, emprstimos e depsitos diversos, sem considerar os bancrios.

O tempo figura entre os elementos de clculo do investidor, ao qual no interessa a flutuao conjuntural, porm a perspectiva do longo prazo. A capacidade de atrao, entretanto, condiciona os fluxos e o destino dos empreendimentos. Ela determinada por ordenamento jurdico confivel, credibilidade poltica e estabilidade econmica. Nos ltimos anos, os pases emergentes, despertam nova onda de transnacionalizao econmica. Com efeito, no ano 2000, 81% dos investimentos totais realizados no mundo provinham das economias avanadas, apenas 68% em 2007. Por outro lado, quando para eles dirigem-se os fluxos, influem especificamente como fatores de atratividade entre os emergentes o tamanho da economia e do respectivo mercado de consumo e o ritmo de crescimento econmico.

As condies da atratividade existentes na economia brasileira explicam o grande fluxo de investimentos diretos externos para o pas: 22 bilhes de dlares ao ano em mdia desde o plano real de 1994, 45 bilhes apenas em 2008. Explicam, do mesmo modo, o destino dos investimentos diretos brasileiros no exterior.

O Brasil multinacional

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De acordo com relatrios do Banco Central, o estoque de investimento direto brasileiro no exterior atingiu a soma de 129,8 bilhes de dlares em dezembro de 2007, acrescentando-se o investimento de 20,457 bilhes em 2008. O assessor da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp), Embaixador Rubens Barbosa, registra em artigo para o jornal O Globo que o Brasil ocupa ento a dcima quarta posio no ranking dos pases com maior estoque de investimento direto no exterior.

O nmero de empresas que investem no exterior acompanha o aumento desse estoque, a demonstrar que o investimento direto l fora movimenta as grandes como as mdias empresas. Cerca de mil empresas brasileiras operam no exterior. Os setores mais dinmicos so representados pelas instituies financeiras, empresas mineradoras e siderrgicas, produo energtica, servios de engenharia, alimentao e txtil, porm a pulverizao de investimentos ocorre tambm, envolvendo inmeros outros setores e outras empresas.

Um dos objetivos da poltica exterior brasileira do sculo XXI tem em mira a construo da Amrica do Sul como unidade econmica e concebe a integrao produtiva como o caminho mais adequado para promover o progresso e o desenvolvimento. Governo e empresariado embarcaram nessa estratgia, o primeiro preparando o terreno poltico e jurdico por meio do Mercosul e da Unasul, o segundo tomando o caminho dos negcios. A necessidade de prover a regio de ordenamento jurdico favorvel expanso das empresas realizou-se, em boa medida, no Cone Sul, mas no se logrou a assinatura de acordos de garantia de investimentos com os vizinhos. Depois de exercer enorme capacidade de atrao de investimentos diretos brasileiros por alguns anos, especialmente a Argentina, que mantm a atratividade, a vizinhana afugenta investidores aqui e ali. Bolvia e Equador, entre outros, preocupam, ao embargar projetos em curso de grandes empresas como Petrobras e Odebrecht.

A globalizao sugere a diversificao dos destinos, porm as escolhas dependem das condies acima referidas e da afinidade cultural. A sia movimenta poucas empresas, a frica exerce boa atratividade, a Europa e a Rssia pequena. Entretanto, em 2008, os Estados Unidos ficaram com 27,6% dos investimentos brasileiros realizados no exterior. China e ndia, povos e mercados que ostentam tamanho e dinamismo mpares, recebem poucos agentes brasileiros, ainda despreparados para lidar com familiaridades to distintas.

Benefcios da internacionalizao

Acompanhar a tendncia da globalizao econmica significa para uma economia emergente elevar-se ao nvel da maturidade e manter-se nesse nvel. A primeira vantagem advm da penetrao nas cadeias produtivas mundiais. O fenmeno no somente espelha como induz o emparelhamento do processo produtivo, especialmente tecnolgico, s condies sistmicas de operacionalidade. Sabem bem disso as economias avanadas, ascendem a tal patamar as emergentes.

A transnacionalizao de empresas beneficia o pas de origem com exportaes de melhor qualidade. Contribui para aumentar o valor e o quantum das exportaes, elevar sua qualidade intrnseca, diversificar a pauta e mesmo os mercados. A captao de recursos

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que alimentam o cofre das empresas se faz por meio de aes lanadas em outros mercados de capital e de emprstimos contratados no exterior. Por modo a reforar a acumulao de capital e aumentar a disponibilidade para novos investimentos.

As remessas ou repatriaes ocorrem rotineiramente, porm adquirem significado maior quando se destinam a resolver problemas financeiros da matriz. Ademais, compem o balano de pagamentos do pas como nova fonte de recursos.

O reforo do poder nacional para influir, por exemplo, sobre a ordem mundial traada pelas negociaes multilaterais resulta, do mesmo modo, da presena de seus agentes econmicos nos espaos mundiais.

Para um pas como o Brasil, que durante dcadas estendeu o chapu com o fim de recolher capitais, empresas e tecnologias alheias para tocar seu desenvolvimento, a internacionalizao de sua economia equivale passar fase de global player e de superao da dependncia estrutural. Se vivos estiverem, felizes devem estar, pois, os economistas cepalinos dos anos cinqenta e os tericos da dependncia da dcada seguinte, observando que, finalmente, o pas galgou o processo de desenvolvimento em seu ltimo patamar. Bem percebeu o operrio Luiz Incio Lula da Silva, promotor da internacionalizao da economia brasileira como Presidente, ao estimular os empresrios a tomar o caminho do mundo e dizer-lhes: bom para o Brasil.

Para saber mais BARROS, Octavio de & Giambiagi, Fabio (orgs.). Brasil globalizado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CERVO, Amado Luiz & Bueno, Clodoaldo. Histria da poltica exterior do Brasil. Braslia: EdUnB, 2008. Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalizao Econmica-Sobeet (site e publicaes diversas).

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Aula 5

Os Desequilbrios das Contas Pblicas

Governo gasta > arrecada

= Dficit pblico Para cobrir diferena entre despesas e receitas

Emitir moeda

Cria inflao

Aumento na quantidade dinheiro > crescimento bens e servios

Inflao dispara

Troca de moeda nacional/estrangeira

Hiperinflao: escambo

Lanar ttulos dvida pblica

Governo captura dinheiro em circulao Para algum comprar

Governo: pagar juros Devolver dinheiro emprestado

Os recursos obtidos com a venda de ttulos tem de ser devolvidos Se no vencimento no tiver como pagar Emite mais ttulos

Aumenta a dvida interna

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Dvida interna alta

Desconfiana dos credores

Governo tem que aumentar taxa de juros e encurtar prazo pg. Altas taxas de juros (corri contas pblicas) Dficit pblico Inibe crescimento vendas e produo

Diminui estmulo de novos investimentos pelas empresas

Consumo e investimento se contraem

Diminui inflao

Quando no se consegue cobrir os dficits em transaes correntes do Balano de pagamentos (emprstimos e financiamentos)

Reservas

De onde vm? Supervits do Balano de pagamentos obtidos em anos anteriores

Para mudar a balana comercial de dficit para supervit

Desvalorizao cambial

Supervit comercial: mais exportao, menos importao

Ocorre entrada de divisas

Aumenta reservas

Aumenta inflao

Aumenta preos produtos importados

Facilita elevao dos preos internos.

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Aula 6 As fases da integrao econmica

1: ZONA DE LIVRE COMRCIO

Criao de uma zona em que as mercadorias provenientes dos pases membros podem circular livremente;

Nesta zona livre, as tarifas alfandegrias so eliminadas e h flexibilidade nos padres de produo, controle sanitrios e de fronteiras;

Esto neste estgio: Nafta e a Apec.

2 UNIO ADUANEIRA

Alm da zona de livre comrcio, essa etapa envolve a negociao de tarifas alfandegrias comuns para o comrcio realizado com outros pases;

O Mercosul encontra-se neste estgio do processo.

3 MERCADO COMUM

Engloba as fases anteriores e acrescenta a livre circulao de pessoas, servios e capitais;

4 UNIO MONETRIA

Essa fase pressupe a existncia de um mercado comum em pleno funcionamento. Consiste na coordenao das polticas econmicas dos pases membros e na criao de um nico banco central para emitir a moeda que ser utilizada por todos eles;

5 ETAPA: UNIO POLTICA

ltima etapa da integrao, a unio poltica engloba todas as anteriores e envolve tambm a unificao das polticas de relaes internacionais, defesa, segurana interna (terrorismo, narcotrfico) e segurana externa (guerras);

Em sua meta de unificao, a EU est voltada para a efetivao dessa etapa;

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Qual a diferena entre Zona de Livre Comrcio, Unio Aduaneira e o Mercado Comum?

Uma Zona de Livre Comrcio a etapa ou tipo de integrao em que so eliminadas todas as barreiras ao comrcio entre os membros do grupo. A Unio Aduaneira a etapa ou tipo de integrao em que, alm do livre comrcio entre os membros do grupo, existe a aplicao de uma Tarifa Externa Comum (TEC) ao comrcio com terceiros pases. No Mercado Comum, alm da TEC e do livre comrcio de bens, existe a livre circulao de fatores de produo (capital e trabalho).

UNIO EUROPIA

Ceca (Comunidade do Carvo e do Ao)

CEE (Comunidade Econmica Europia)

EU (Unio Europia)

Sede: Bruxelas

Em 1993, a EU eliminou todas as restries ainda existentes ao livre fluxo de mercadorias, servios e recursos (incluindo mo-de-obra) entre os seus membros, tornando-se assim um mercado nico unificado;

A unio assim ampliada representa o maior bloco comercial do mundo;

O comrcio intra-EU foi estimado como sendo o dobro do que teria sido caso no houvesse a integrao;

Mais da metade dessa expanso comercial ocorreu atravs do comrcio intra-indstria.

Tratado de Maastricht (pontos principais)

Criada uma moeda nica (EURO);

Criado um banco central nico;

EU ser um mercado sem fronteiras e totalmente integrado;

A EU a grande parceira comercial do Brasil;

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O projeto da Europa unificada foi extremamente arrojado, com a criao de um sistema de defesa comum europeu, independente da Otan, e a criao de uma moeda nica, o EURO;

A adoo do Euro elimina os custos de cmbio, ou seja, o custo da troca de moedas, existente nas transaes comerciais;

O NAFTA (Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte)

Entrou em vigor em 1994;

Foi assinado em 1992 pelos EUA, Canad e Mxico;

Trata-se de um gigantesco mercado de mais de 370 milhes de pessoas e um PNB superior a 7 trilhes de dlares;

Tendo como centro polarizador a economia do EUA, essa zona de livre comrcio deve ser implantada como a gradativa reduo das barreiras alfandegrias entre os trs pases localizados na Amrica do Norte;

Derrubada de todas as tarifas alfandegrias: 2015;

O objetivo do Nafta estabelecer apenas uma Zona de Livre Comrcio;

Portanto, diferente do Mercosul, que uma Unio Aduaneira;

Bancos americanos e canadenses podero operar no Mxico e at comprar bancos mexicanos. Antes do acordo, o sistema bancrio mexicano era protegido por leis especiais;

Empresas americanas e canadenses podero comprar 100% do capital de empresas mexicanas. Antes do acordo, s podiam comprar 49%;

O transporte entre os pases-membros ser desregulamentado. Antes do acordo, s empresas mexicanas podiam atuar no territrio mexicano;

Os executivos de empresas podero morar e trabalhar em qualquer pas-membro, sem maiores exigncias burocrticas. Entretanto, para os trabalhadores, continuam as mesmas normas anteriores da imigrao.

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ALCA (rea de Livre Comrcio das Amricas)

Em 1994, na cidade de Miami, EUA, iniciaram as negociaes para a criao da ALCA, que reunir 34 pases, ou seja, todas as naes do continente americano, exceto Cuba;

Divergncia: relacionada ao destino dos blocos econmicos j existentes (Nafta, Mercosul e Pacto Andino, etc.);

Os EUA queriam a sua extino assim que a Alca estiver criada, e os integrantes do Mercosul, sua manuteno;

Alca causaria maior dependncia americana.

Os EUA so os principais interessados na instalao da ALCA. Sozinhos, eles absorvem 15% das importaes dos pases do Mercosul e 38,5% dos demais pases latino-americanos (exceto o Mxico);

O Brasil e o Mercosul, entretanto, mantm uma posio de precauo, exigindo, numa primeira etapa, a eliminao (total ou substancial) das barreiras no tarifrias impostas pelos EUA s exportaes do Brasil e de outros pases contrrios s normas de livre comrcio da OMC (Organizao Mundial do Comrcio);

A proposta implementar mudanas graduais, o que contraria os interesses norte-americanos, que querem rapidez. As negociaes, j em andamento, devem ser concludas em 2005.

A ALCA no tem entre suas metas o desenvolvimento econmico ou social dos pases do continente. Simplesmente visa propiciar s empresas da regio a possibilidade de atuar em todo o continente com vantagens superiores. Isso beneficiar preponderantemente as grandes empresas e principalmente as norte-americanas, sobretudo, aquelas que ainda no possuem operaes em nosso pas;

A iniciativa do governo brasileiro visa fortalecer o Mercosul e procura assegurar ao Brasil uma posio hegemnica entre os pases da regio;

Estrategicamente, o acordo representa tambm uma resposta dos pases sul-americanos investida dos EUA, que insistem em impor Amrica do Sul, uma rea de livre comrcio, a Alca.

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O MERCOSUL

Com uma rea total de quase 12 milhes de km2, um mercado potencial de 220 milhes de consumidores e um PIB prximo de um trilho de dlares, o Mercosul representa boas perspectivas para o futuro. Se considerarmos que, no desenrolar do sculo XXI, a gua ser um elemento estratgico essencial, a exemplo do petrleo, cabe destacar que dentro do Mercosul esto as duas bacias hidrogrficas mais caudalosas do planeta: a do Prata e da Amaznia.

Tratado de Assuno: 1991 (Mercosul);

1995: grande passo: com a adoo da Tarifa Externa Comum (TEC), o que transforma a regio de zona de livre-comrcio em unio aduaneira.

O Objetivo principal de um mercado comum, alm da livre circulao de bens, pessoas e servios, fazer com que exista uma conduta nica, um bloco coeso, na hora de negociar com quem est do lado de fora.

O Brasil o que demonstra menos dependncia do Mercosul, pois possui mais parceiros comerciais fora do bloco.

Apesar de o Mercosul ser considerado uma instituio fundamental para o crescimento do continente, pouco significa, ainda, diante do peso de outros blocos no comrcio mundial.

Nos ltimos quatro anos, o Brasil amplia suas exportaes para os EUA e para os parceiros do Mercosul em ritmo bem superior ao das importaes.

Assim, cresce o supervit do Brasil na relao com esses pases. Isso se nota quando a linha verde fica acima da azul (supervit comercial com os EUA) e quando a amarela fica acima da vermelha (Supervit ante o Mercosul).

O que o Brasil ganha com o Mercosul?

A criao de blocos comerciais regionais constitui tendncia que vem se consolidando h dcadas. Nesse sentido, o Mercosul representa tanto um esforo de integrao econmica que aproxima seus pases membros dessa tendncia mundial quanto um projeto de aproximao poltica no Cone Sul. Ao integrar-se ao Mercosul, o Brasil ganha peso nas negociaes internacionais, j que passa a negociar no mais

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individualmente, mas como bloco diante de outros blocos econmicos. Seu poder de negociao , portanto, potencializado. O bloco tambm representa um mercado potencial de 200 milhes de habitantes e um PIB acumulado de mais de 1 trilho de dlares, o que o coloca entre as quatro maiores economias do mundo, logo atrs do Nafta, Unio Europia e Japo. Por essa razo, o Mercosul hoje um dos principais plos de atrao de investimentos do mundo. O objetivo de se estabelecer uma moeda nica para o Mercosul ainda remoto. No entanto, tem avanado bastante o exerccio de coordenao macroeconmica entre os quatro pases-membros, que condio indispensvel para qualquer poltica de unificao monetria.

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TEXTO COMPLEMENTAR: CERVO. A. L. A. O Mercosul. Coleo Divulgao. Fundao Alexandre Gusmo. Diponvel em: http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/o-livro-na-rua-serie-diplomacia. Acesso em 16 de setembro de 2010.

O MERCOSUL Antecedentes e impulsos

A idia da integrao vem dos anos cinqenta. Os presidentes argentinos, Juan Domingo Pern e Arturo Frondizi, e seus colegas brasileiros, Juscelino Kubitschek e Jnio Quadros, queriam a integrao. Os regimes militares plantados nos anos sessenta abalaram inicialmente essa idia, mas no extinguiram o dilogo. Na passagem dos anos setenta para os oitenta, convenceram-se de que o entendimento bilateral era conveniente e mesmo inevitvel, tendo em vista a convivncia necessria entre vizinhos. Depois dos generais, coube aos presidentes civis Jos Sarney e Ral Alfonsn retomar nos anos oitenta a idia da integrao, que Carlos Menem e Fernando Collor de Melo converteram no Mercosul.

Reunidas as condies polticas, avanou se firmemente no caminho do entendimento com dois acordos firmados durante o regime militar, em 1979 e 1980, o primeiro superando o atrito acerca do aproveitamento dos rios da Bacia do Prata, o segundo estabelecendo a cooperao. Depois deles, a Ata de Itaipu de 1985 e os Protocolos de Cooperao do ano seguinte assinados por Sarney e Alfonsn aprofundaram e expandiram mecanismos de ao bilateral.

H, pois, na origem e na evoluo do Mercosul, um lastro histrico que especialistas chamam de relaes em eixo. O eixo se estabelece quando duas potncias regionais decidem unir seu destino por uma boa causa. Dois exemplos ilustram esse argumento. A construo da paz motivou Frana e Alemanha a assinarem o Tratado do Eliseu, em 1963. A promoo do desenvolvimento motivou Brasil e Argentina a assinarem os Acordos de Uruguaiana em 1961 e a Ata de Itaipu em 1985. O eixo se firma mediante cooperao que se situa na gnese dos processos de integrao na Europa e no Cone Sul. Com efeito, ao conjugar foras de dois pases de liderana regional, a relao especial ultrapassa o mbito das relaes bilaterais e suscita reaes na vizinhana, em princpio no sentido da aglutinao, como ocorreu durante a origem e a expanso da Unio Europia e do Mercosul.

Tratatado de Assuno (26 de maro de 1991) Este Mercado Comum implica:

A livre circulao de bens, servios e fatores produtivos... O estabelecimento de uma tarifa externa comum... A coordenao de polticas macroeconmicas....

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Criao e expanso

O Mercosul foi criado em 1991 quando os governos de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado de Assuno. Recebeu, depois, a adeso de Chile, Bolvia, Peru, Equador e Colmbia como membros associados e o pedido de adeso da Venezuela como membro pleno. O Protocolo de Ouro Preto de 1994 conferiu ao bloco o status de sujeito de direito internacional. Desde ento, o Mercosul negocia em bloco acordos com outros pases e com outros blocos de naes.

O Mercosul persegue, com sua ao, dois objetivos essenciais: primeiramente, a expanso do comrcio entre seus membros; em segundo lugar, a expanso do comrcio com seus parceiros externos e a produo de regras favorveis pelos rgos multilaterais, especialmente a Organizao Mundial do Comrcio. A negociao conjunta agrega um suplemento de poder aos pases membros nas negociaes multilaterais. Fez, por exemplo, malograr o projeto para criao da rea de Livre Comrcio das Amricas (Alca), vista como ameaa aos interesses da industrializao dos pases do Cone Sul. Por outro lado, o Mercosul negocia com a Unio Europia a criao de uma zona comum de livre comrcio entre os dois blocos e negocia com a Comunidade Andina a criao da rea de livre comrcio sul-americana. Ademais, exerceu influncia direta para a fundao, em 2008, da Unio das Naes Sul-Americanas (Unasul).

O Parlamento do Mercosul, que desde 2006 substitui as Comisses Interparlamentares, faz aflorar a cidadania e o senso coletivo junto aos rgos intergovernamentais que exercem a direo do bloco.

Comrcio e investimentos

A evoluo do comrcio intrazonal registra crescimento exponencial, passando de cerca de quatro para mais de trinta bilhes de dlares anuais, entre 1991 e 2008. No se trata de desvio de comrcio, mas de expanso natural, em razo das facilidades que o livre comrcio estabelece no interior do bloco.

O crescimento do comrcio no ocorreu sem tropeos. Expandiu-se muito nos anos noventa, no embalo da abertura dos mercados sugerida pelas experincias neoliberais, contraiu-se no incio do sculo XXI, em razo da desvalorizao do Real em 1999 e da crise argentina em 2001-02, e recuperou a tendncia de alta quando as naes restabeleceram o ritmo de crescimento econmico com o avanar do sculo XXI.

O comrcio entre os membros do bloco revelou a existncia de outros problemas. Depois de quebrada pela crise do neoliberalismo, a Argentina busca recuperar no sculo XXI sua vocao industrial e incomoda os exportadores brasileiros de produtos manufaturados com medidas de proteo que ferem o princpio do livre comrcio. Essa contrariedade revela a qualidade assimtrica nas exportaes industriais brasileiras aos parceiros do Mercosul, face a importaes de produtos primrios.

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O fluxo de capitais e empreendimentos no interior do Mercosul, tido como alavanca do desenvolvimento visto que realiza a integrao produtiva, expandiu-se tambm de forma exponencial. A Argentina foi eleita como destino privilegiado dos investimentos diretos brasileiros no exterior. Tradicionais empresas argentinas, como Quilmes, Perez Companc Loma Negra, Alpargatas, Acindar e alguns frigorficos foram adquiridas por capitais brasileiros. O reverso investimentos dos trs outros parceiros no Brasil em grande escala no ocorre. Conclui-se que a assimetria registrada pelo comrcio desigual verifica-se tambm no campo dos investimentos.

Fragilidades

Percebeu-se, no pargrafo anterior, que comrcio e investimentos circulam e irrigam as economias dos pases membros do Mercosul como se fossem a alma do negcio. E que seus fluxos revelam a existncia de assimetrias. Para enfrentar a desigualdade entre os pases membros, instituram-se Fundos de Convergncia Estrutural e outros mecanismos financeiros em favor das economias mais fracas. So, contudo, insuficientes para promover a equalizao dos nveis de produo, produtividade e bem-estar. O Mercosul prossegue assimtrico.

A tarifa externa comum configura o prprio bloco como trao constitutivo e com ele se confunde, de certo modo. Mas a livre circulao de bens, servios e fatores de produo, bem como a coordenao de polticas macroeconmicas, os dois outros traos constitutivos do Mercosul nos termos do Tratado de Assuno, apenas parcialmente esto se realizando.

A fora do Mercosul

Alm das duas foras profundas percebidas acima comrcio e investimentos outros fatores concorrem para a consolidao do bloco.

Em primeiro lugar, extraordinria empatia das inteligncias e da prpria opinio pblica. O conhecimento do outro expandiuse em ritmo exponencial equivalente ao do comrcio. A quantidade de estudos, conferncias e encontros de acadmicos, empresrios e diplomatas resultaram em volume to grande de publicaes que confundem o leitor na hora de escolher o que ler para conhecer o Mercosul. O conhecimento do outro evolui da empatia simpatia e se derrama em avalanches de visitantes que se sentem em casa dentro de todos os pases do Mercosul. Sem os constrangimentos e mesmo a discriminao que sofrem em tantos outros pases.

Alm disso, postos de lado os efeitos das assimetrias e das crises nacionais que sugerem o andar solto dos Estados, a coeso de fundo diante de outros blocos e pases se mantm, mesmo que tropeando. A ao externa comum expressa, pois, uma fora congnita, que os governos no ousam descartar em razo do acrscimo de poder que agrega a cada pas membro e das vantagens que pode canalizar. Por isso, os governos

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zelam pelo entendimento poltico entre si, no esprito de Uruguaiana, como valor de origem e impulso permanente para consolidao interna e sucesso externo.

O espectro de negociaes externas em andamento e os nexos j concretizados fazem do sujeito internacional Mercosul um ente ativo e expressam dinamismo. Tal dinamismo se deve tributar aos avanos institucionais que consolidam internamento o bloco e o dotam de meios de ao na frente externa.

O Mercosul nasceu embrionrio. Em sua evoluo, lida com fragilidades e problemas como qualquer outro bloco de pases que, nas ltimas dcadas, se articulam para evitar efeitos negativos e maximizar oportunidades da era da globalizao. Integrao e globalizao constituem, com efeito, as duas tendncias das relaes internacionais contemporneas. Essas constataes evidenciam a utilidade do Mercosul, levado necessariamente a consolidar-se ao longo do tempo.

Os grandes momentos dessa evoluo foram, entre outros, a deciso de negociar externamente como bloco, a criao de fundos de convergncia estrutural, a constituio do Parlamento do Mercosul, a adeso de novos membros e, enfim, a adoo de moedas prprias em negcios entre os scios.

Para saber mais: BRASIL, Congresso Nacional. Mercosul: legislao e textos bsicos. Braslia: 2005, 4 edio. VIDIGAL, Carlos Eduardo. Relaes Brasil-Argentina: a construo do entendimento (1958-1986). Curitiba: Juru (no prelo). PATRCIO, Raquel Cristina de Carla. As relaes em eixo franco-alems e as relaes em eixo argentinobrasileiras: gnese dos processos de integrao. Lisboa: ISCSP, 2007. CERVO, Amado Luiz e Bueno, Clodoaldo. Histria da poltica exterior do Brasil. Braslia: EdUnB, 2008. RAPOPORT, Mario e Cervo, Amado Luiz (orgs.). El Cono Sur: una historia comn. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econmica, 2001. VAZ, Alcides Costa. Cooperao, integrao e processo negociador: a construo do Mercosul. Braslia: Ibri, 2002. LAVAGNA, Roberto. Argentina, Brasil, Mercosul, - UNA decisin estratgica Buenos Aires. Editorial Ciudad Argentina, 1997.

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