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ECONOMIA INSTITUCIONAL E REGULAÇÃO
GÍLSON DE LIMA GARÓFALOPUC-SP
SIGNIFICADO DE ECONOMIA INSTITUCIONAL
Escola econômica que propõe que as instituições desempenham um papel fundamental na evolução da sociedade
Agenda de pesquisa multidisciplinar (Filosofia, Psicologia, Antropologia, Sociologia e Biologia)
Descrição do comportamento dos seres humanos incorporando à economia conceitos derivados de outras ciências
Introdução da importância das instituições como elemento fundamental para entender a dinâmica do sistema e o desenvolvimento econômico
DEFINIÇÃO DE INSTITUIÇÕES
Instituição: qualquer padrão organizado de comportamento coletivo constitutivo do universo cultural e respectiva evolução
Entidades (universidades, bancos, família, etc.), leis, códigos, regras, conjunto de usos e costumes, hábitos, modos de pensar e de agir, culturalmente sedimentadas
Padrões de ação coletiva com o tempo tornam-se uma instituição
Papel fundamental na evolução dos sistemas econômico, político, social, jurídico e material
O que esta geração tem pensado, falado, ensinado, vivido, escrito e agido habitualmente vai passar de geração a geração
DEFININDO E CARACTERIZANDO
Resumindo.....
INSTITUIÇÕES: representam conjuntos de regras e normas que modelam ou conformam as ações humanas
Características:
Reduzem a incerteza fornecendo estrutura para atender a uma necessidade básica da sociedade na vivência diária desta
Incluem formas de restrição imaginadas pelas pessoas que possuem um conjunto de crenças, valores, idéias e comportamentos comuns para orientar a interação humana
DEFININDO E CARACTERIZANDO
ORGANIZAÇÕES são conjuntos de pessoas trabalhando coordenadamente com um objetivo comum
Características:
Função de produzir bens, prestar serviços à sociedade e atender necessidades dos participantes que a constituem ou integram
Contam com estrutura formada por pessoas que se relacionam, colaborando e dividindo o trabalho para transformar insumos em produtos e serviços
Buscam a perenidade
INSTITUIÇÕES x ORGANIZAÇÕESREGRAS x TIME
INSTITUIÇÕES e ORGANIZAÇÕES são criações dos seres humanos, de modo que:
Evoluem e são alteradas pelas pessoas que as constituem
Restrições impostas pelas Organizações são, ao mesmo tempo, responsáveis por mudanças nas Instituições
Resumindo... Uma Organização pode se tornar Instituição, pois, na qualidade desta, a primeira consolida funções e papéis sociais
em torno das necessidades básicas da sociedade
INSTITUIÇÕES versus ORGANIZAÇÕES
s
OrganizaçõesInstituições
Leis
Costumes
Contratos
Regulamentos
Códigos religiosos
Firmas
Clubes
Associações
Sindicatos
Estruturas burocráticas
AMBIENTE INSTITUCIONAL
AMBIENTE INSTITUCIONAL = regras - formais / informais - que direcionam o ambiente em que as transações ocorrem, formando a estrutura de incentivos e controles que induzem a cooperação individual
• Regras formais são colocadas por algum poder legítimo e coercitivas para manter a ordem e o desenvolvimento da sociedade, como, a constituição de um país ou os estatutos das organizações
• Regras informais são parte da herança cultural, do conjunto de valores transmitidos socialmente, como os costumes e códigos tácitos de conduta.
A NOVA ORDEM MUNDIAL E A REGULAÇÃO
Hoje tem-se um mundo globalizado sem bi-polarização
Existem blocos econômicos
É cada vez menor a relevância da discussão entre liberalismo e socialismo
Ênfase nas questões ambientais
A nova ordem mundial prioriza a discussão do grau de intervenção do Estado na economia e na vida dos cidadãos. Se, por um lado, o mercado não é absoluto para se auto-regulamentar - vide a crise financeira internacional - o Estado não pode intervir de uma forma tal que impeça os benefícios trazidos por alguns mecanismos de mercado como a competição
IMPORTÂNCIA AMBIENTE REGULATÓRIO
23%
23%
28%
29%
30%
41%
43%
52%
54%
83%
Acesso ao mercado exportador
Apoio do governo local
Custo e qualificação da mão-…
Repatriação dos lucros
Qualidade da infra-estrutura
Presença de competidores
Estabilidade macroeconômica
Ambiente regulatório
Estabilidade política
Tamanho do mercado
Fatores de Atratividade para o Investimento Direto
Fonte: A. T. Kearney Consultoria de Gestão Empresarial
OBJETIVOS DA REGULAÇÃO
Buscar o justo equilíbrio entre o grau de intervenção do Estado e o funcionamento do mercado
Garantir os privilégios dos usuários e zelar pelo cumprimento das obrigações e direitos dos prestadores de serviço R
Equilibrar os meios, interesses, necessidades, e possibilidades em um dado segmento da vida econômica e social de modo a imprimir, a cada momento, as marcas de política pública democraticamente construída.
PRINCÍPIOS DA REGULAÇÃO
Executada por órgãos autônomos de Estado - Entes Reguladores
Transparência
Isonomia - todos iguais perante às leis e regulamentos
Eqüidade - justiça nas decisões
Regras claras e estáveis
Garantia dos direitos dos usuários e dos investidores
Respeito ao meio ambiente
Participação da sociedade
Contribuição ao desenvolvimento tecnológico
POLÍTICA DE REGULAÇÃO
Objetivo : disseminar ações direcionadas à defesa do livre mercado, da concorrência e, simultaneamente, buscando o bem estar do consumidor, o alcance de maior eficiência, procurando e/ou impedindo excessos que possam inibir o nível de atividade econômica
Consequências de processos de concentração para a sociedade:
Aspectos Positivos = ganhos de eficiência beneficiando a coletividade
Aspectos negativos = advento de riscos referentes ao poder de mercado (preços mais elevados, cartéis e outras formas de concorrência desleal) e desestimulo a novas tecnologias
PAPEL DO REGULADOR
S
Regulador
• Modicidade Tarifária • Qualidade do serviço• Garantia de direitos
•Remuneração adequada•Cumprimento dos contratos de concessão•Regras claras e estáveis
• Interesses Estratégicos• Modelo de
Desenvolvimento• Diretrizes
UsuáriosUsuários
GovernoGovernoPrestadores de serviço
Prestadores de serviço
EquilíbrioEquilíbrio
ÓRGÃOS CONTROLADORES
Órgãos Controladores surgem com a filosofia de constituírem um ente administrativo técnico, altamente especializado, e sobretudo impermeável às injunções e oscilações típicas do
processo político, as quais, como de conhecimento e domínio
público, influenciam sobremaneira as decisões desses órgãos
Objetivam defender a concorrência, atuando na ordenamento e monitoramento das estruturas mercadológicas, prevenção e repreensão de práticas infratoras da ordem econômica como eventual abuso decorrente de posição dominante
Representantes Sistema Brasileiro Defesa Concorrência: SEAE – Secretaria de Acompanhamento Econômico (MF) SDE – Secretaria de Direito Econômico (MJ) CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (MJ)
AGÊNCIAS REGULADORAS
Objetivo: verificar cumprimento de contratos de concessão, metas acordadas, qualidade de serviço prestado/oferecido e aspectos outros por parte de empresas envolvidas nesse universo
Algumas Agências Reguladoras: ANEEL – Agência Nacional de Energia ElétricaANATEL – Agência Nacional de TelecomunicaçõesANP – Agência Nacional de PetróleoANS – Agência Nacional de SaúdeANAC – Agência Nacional da Aviação CivilSUSEP – Superintendência de Seguros PrivadosANTT – Agência Nacional de Transportes TerrestresANTAQ – Agência Nacional de Transporte Aquaviários
DESAFIOS DAS REGULADORAS Afirmação instável do papel frente a sociedade - vulnerabilidade
recorrente
Maior previsibilidade das ações
Melhoria da acessibilidade às informações e regulamentos
Disseminação da cultura e preservação dos princípios da regulação
Contribuir para delimitar as fronteiras entre Reguladores, Governo e Mercado
Marco legal estável
Fortalecimento das mesmas como tais
Subsidiar as políticas setoriais
Ampliar os mecanismos de interação com a sociedade e agentes
Reduzir a assimetria de informações