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Ec onomia neoclá ss ic a e ec on omia marxista: dois campos te ór ic os e as possibilidades das análises de gênero * Gustavo Codas Est e texto é uma int rod uçã o ao es tud o e de bat e sobre o tema. Nec es sariam ent e esquemático, abordará apenas alguns aspectos de dois grandes campos teóricos econômicos para discutir como eles incluem ou podem incluir o conceito de gênero. Não pretende esgotar a análise de toas as dimensões que obrigatoriamente estariam enolidas em tal debate, mas se deter naquilo que podemos considerar o n!cleo explicatio de cada um. DOIS CAMPOS E!"ICOS "s dois campos em estudo são a economia neoclássica e a economia marxista. # economia neoclássica é a que está na base de todos os principais liros de texto das uniersidades no $rasil e no mundo. %ode assumir outras denominações &teoria marginalista, escola austr'aca, etc.( porque, se possui um n!cleo interior comum, que amos discutir mais adiante, apresenta uma relatia diersidade de origens e abordagens Embora ten)a antecedentes no começo do século *+* passou a dominar no inal desse século. Está intimamente ligada -s tentatias de se aer da economia uma ciência positiva &que reelasse o mundo econômico como ele é(, separada das tentações de uma ciência normativa &o mundo como gostar'amos que ele osse(. %ressupun)a, assim, estar isenta de valorações por parte do economista. +sso icaa mais marcado ainda porque,  para tal ertente, tin)a grande import/ncia a ormaliação matemática de todo o racioc'nio econômico 0 toda explicação deeria ser traduida em equações matemáticas. # economia marxista tem por base as análises de 1arx sobre o capitalismo no século *+*. Essas análises eram totalizantes e não estritamente econômicas, da' que tentar estabelecer uma teoria econômica marxista representa uma certa redução do pensamento desse autor. &1ais adiante oltaremos a esse problema.(. %or outro lado, ele era contrário - separação entre ciência e ação  política. 2esde 3oem deendera que até então os pensadores 4apenas interpretaram o mundo de orma dierente, porém o que importa é mudá-lo5. 6  %ara tanto, a análise marxista assumia um ponto de vista de classe, o dos trabal)adores 7 . 8 essa perspecti a que l)e dá o caráter de cr'tica da socied ad e capitalista, de an álise apr ou nda da da rea lid ade e de pro grama pol 'tico pa ra sua superação. %or !ltimo, deemos risar que é mais apropriado alar, no plural, de marxismos, 3á que a )erança desse autor tee tra3etórias m!ltiplas desde sua morte em 699:, em muitos casos resultantes de tensionamentos internos existentes em sua própria obra. ; <e xto originalmente publicado no caderno 4Economia =eminista5 &7>>7(, da ?empreia "rganiação =eminista 0 ?"=.

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Economia neoclássica e economia marxista: dois campos teóricos e as

possibilidades das análises de gênero*

Gustavo Codas

Este texto é uma introdução ao estudo e debate sobre o tema. Necessariamenteesquemático, abordará apenas alguns aspectos de dois grandes campos teóricos econômicos para

discutir como eles incluem ou podem incluir o conceito de gênero. Não pretende esgotar a análise

de toas as dimensões que obrigatoriamente estariam enolidas em tal debate, mas se deter naquilo

que podemos considerar o n!cleo explicatio de cada um.

DOIS CAMPOS E!"ICOS

"s dois campos em estudo são a economia neoclássica e a economia marxista.# economia neoclássica é a que está na base de todos os principais liros de texto das

uniersidades no $rasil e no mundo. %ode assumir outras denominações &teoria marginalista, escola

austr'aca, etc.( porque, se possui um n!cleo interior comum, que amos discutir mais adiante,

apresenta uma relatia diersidade de origens e abordagens Embora ten)a antecedentes no começo

do século *+* passou a dominar no inal desse século. Está intimamente ligada -s tentatias de se

aer da economia uma ciência positiva &que reelasse o mundo econômico como ele é(, separada

das tentações de uma ciência normativa &o mundo como gostar'amos que ele osse(. %ressupun)a,

assim, estar isenta de valorações por parte do economista. +sso icaa mais marcado ainda porque,

 para tal ertente, tin)a grande import/ncia a ormaliação matemática de todo o racioc'nio

econômico 0 toda explicação deeria ser traduida em equações matemáticas.

# economia marxista tem por base as análises de 1arx sobre o capitalismo no século

*+*. Essas análises eram totalizantes e não estritamente econômicas, da' que tentar estabelecer uma

teoria econômica marxista representa uma certa redução do pensamento desse autor. &1ais adiante

oltaremos a esse problema.(. %or outro lado, ele era contrário - separação entre ciência  e ação

 política. 2esde 3oem deendera que até então os pensadores 4apenas interpretaram o mundo de

orma dierente, porém o que importa é mudá-lo5.6 %ara tanto, a análise marxista assumia um ponto

de vista de classe, o dos trabal)adores7. 8 essa perspectia que l)e dá o caráter de cr'tica da

sociedade capitalista, de análise aproundada da realidade e de programa pol'tico para sua

superação. %or !ltimo, deemos risar que é mais apropriado alar, no plural, de marxismos, 3á que a

)erança desse autor tee tra3etórias m!ltiplas desde sua morte em 699:, em muitos casos resultantes

de tensionamentos internos existentes em sua própria obra.

; <exto originalmente publicado no caderno 4Economia =eminista5 &7>>7(, da ?empreia "rganiação =eminista 0?"=.

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#m problema com$m

# economia di respeito -s explicações sobre como uma sociedade decide produir o

quê e sobre como ela distribui os bens e seriços para satisaer as necessidades de seus membros,

dada uma certa quantidade de recursos materiais e )umanos. "s campos teóricos se diidem quando

tentam organiar as respostas.

A A%O"DA&EM 'EOC()SSICA

#té o surgimento da economia neoclássica, as abordagens dominantes nas análises,

mesmo dos principais economistas burgueses:, começaam pelo trabal)o &a diisão do trabal)o e

sua relação com o uncionamento do mercado@ o trabal)o como onte do alor das mercadorias( e

tin)am uma perspectia )istórica.

# economia neoclássica estabeleceu um noo ponto de partida anal'tico. # c)ae passoua ser o indi'duo e sua conduta no mercado. 1as qual indivíduoA "s neoclássicos desenoleram

uma simpliicação para descreer o que seria o indivíduo padrão. Em 6996, =rancis B. EdgeCort)

 publicou o liro Psicologia matemática, no qual

 baseouDse na suposição de que cada omem ! uma máquina de prazer . Essa concepção eraoriginal de eremF $ent)am, em princ'pios do século *+* GHI, uma interpretação ilosóicada )umanidade como um con3unto de calculistas de lucros e perdas, cada qual dispondo desua ida para ter o máximo de praer de sua máquina de somar psicológica.J

# esse indivíduo  padrão deuDse a denominação omo economicus"# 

2e ato, esse conceito neoclássico retoma um aspecto da economia clássica burguesaK

em uma passagem de seu principal liro, #dam ?mit)L airmaa que era a busca dos ob3etios

mesquin)os de cada um que aia com que se promoesse o bemDestar geral da sociedade. Muando

cada indi'duo tenta obter o máximo de antagens e de gastar o m'nimo de recursos, a soma total

dessas atitudes na sociedade é um resultado mel)or do que se todos tentassem coletiamente o bemD

estar social. ?mit) airmaa existir uma 4mão inis'el5 que conduiria a esse resultadoindependentemente da ontade de cada indi'duo.

om o omo economicus a economia neoclássica quer deinir aquilo que considera

undamental na caracteriação dos indi'duos enquanto autores econômicosK

•   Em primeiro lugar, a sociedade aparece como uma somatória de indi'duos

indierenciados. Não )á classes sociais, gênero, etnia etc. +sso no campo do conceito. 8 claro que os

autores neoclássicos percebiam dierenças dentro da sociedade. 1as situações mel)ores ou piores

eram resultado do quanto de omo economicus que cada grupo )umano tin)aK

GHI embora todos os )omens ossem máquinas de praer, alguns eram máquinas mel)ores

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do que outros. "s )omens estaam, por exemplo, mel)or preparados para administrar suaconta bancária psicológica do que as mul)eres, e a sensibilidade delicada da 4aristocracia da)abilidade e do talento5 reagia mel)or aos praeres da boa ida do que as máquians de praer r!sticas das classes trabal)adoras. GHI GEdgeCort)I 3ustiicaa positiamente as diisões desexo e situação que se podiam obserar no mundoO.

• <rataDse de um conceito a-ist$rico. Em todo lugar e circunst/ncia, o conceito a ser aplicado é o mesmo. %odeDse estar estudando sociedades ind'genas na #maônia ou especuladores

da bolsa de alores de Noa BorP, nos dias de )o3e ou séculos atrás. Qaeria um padrão de

comportamento comum, deinido pela conduta do omo economicus#

 No entanto, esse omo economicus  tem reminiscências )istóricas do processo de

constituição da burguesia no interior da ordem eudal. ?uas caracter'sticas são uma idealiação dos

traços do comportamento que o burguês teria tido dentro da sociedade eudal9.

• # abordagem neoclássica prioria o indi'duo enquanto consumidor. +sso constituiuma prounda mudança diante das abordagens anteriores &clássicas ou marxista( que prioriaam a

dimensão da produção, dos produtores, do trabal)o.

• # sociedade é uma somatória de indi'duos@ os enômenos sociais são uma somatória

de atitudes indiiduais. %rimeiro, estudaDse o caso de um indi'duo &comprando ou endendo um

 produto etc.(@ depois disso, somaDse a conduta desse indi'duo -s dos outros e temDse assim o que

seria a conduta social global.

•  No esquema neoclássico, os indi'duos são tratados de orma indierenciada, mesmoquando )á claras dierenças de classe. 8 isso que aparece em um dos esquemas que tentam

sintetiar o uncionamento geral da economia con)ecida como  %luxo circular   da renda e do

 produto.R

 Nesse esquema )á %amílias e empresas# #s am'lias são proprietárias de capital, terra ou

mãoDdeDobra &os três %atores de produção( que oerecem -s empresas. Estas contratam esses atores

de produção para produir bens ou seriços e, em retribuição, remuneram as am'lias com

 pagamentos de lucros, renda da terra ou salários, respectiamente. om essa remuneração asam'lias compram bens ou seriços das empresas, completando o luxo circular.

$al + o l$gar do gênero nos conceitos neoclássicos,

" pressuposto da economia neoclássica é o indi'duo indierenciado. 8 o estudo do que

)á de igual mesmo entre desiguais. <odosSas somos consumidores da mesma maneiraK buscamos

maximiar o prazer# Não importa que um indi'duo ten)a muito din)eiro para gastar e outro pouco.

8 o comportamento comum entre aquele que é proprietário de capital &e quer tirar o máximo de

lucro desse capital( e aquele proprietário do ator de produção mãoDdeDobra &e quer tirar o máximo

de salário(. #mbos buscam maximiar seus praeres obtendo o máximo de remuneração de seus

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respectios atores de produção, para assim terem o máximo de bens e seriços.

# economia neoclássica não se interessa pelo problema do acesso desigual aos recursos.

+sso está dado. # partir da' os indi'duos aem suas escol)as de consumo e de aplicação dos atores

de produção que possuam, tentando maximiar o praer do usuruto de bens e seriços e maximiar 

a remuneração de um determinado ator.#ssim como as dierenças de classe não são releantes nessa abordagem da economia,

tampouco o serão as dierenças de gênero.

A A%O"DA&EM MA"-ISA

 Na análise marxista da economia, amos destacar alguns aspectos que consideramos

undamentaisK

%ara 1arx, se qualquer sociedade tem uma certa quantidade de recursos &naturais,)umanos, tecnológicos etc.(, o decisio para entender sua din/mica, no entanto, é er como

organia sua utiliação e, para tanto, a orma de acesso da população a esses recursos é c)ae. Qá

diersos modos de produção por meio dos quais a )umanidade tem respondido a essa questão ao

longo dos séculos. " capitalismo é uma dessas ormas. %or isso a abordagem marxista é

istoricista#&'

• %or outro lado, as sociedades, a partir de um certo patamar de eolução da técnica,

 produem mais do que necessitam para sobreier. ?ão sociedades que produem excedenteseconômicos. # questão éK quem e como irão se apropriar desses excedentesA

• Tm dos elementos undamentais na caracteriação do capitalismo como orma de

organiação da produção é que uma reduida minoria &burguesia, capitalistas( tem a propriedade

legal dos meios de produção &capital(, enquanto a maioria &proletariado, classe trabal)adora( não

 possui mais do que sua orça de trabal)o para vender . Essa assimetria, essa dierença de classe, está

na base da explicação marxista da din/mica do capitalismo. "utro elementoDc)ae é que a

 burguesia tem por ob3etio não a satisação de suas necessidades, mas a acumulação de capitalK

transormar seus lucros em mais capital para obter mais lucros, e assim sucessiamente.

• 8 essa orma de organiação social que permite -quela minoria se apropriar do

excedente produido pela classe trabal)adora, ou se3a, obter lucros de seu capital. +sso acontece em

um contexto de luta, de disputa entre as classes sociais em torno da apropriação do excedente.

Essa disputa tem dierentes )istórias nacionais. Em um pa's ou em um per'odo )istórico,

a classe trabal)adora encontraDse mais bem posicionada &ou não( em relação a outro pa's ou

 per'odo. +sto é, ela se constitui enquanto su3eito em um processo )istórico concreto. %or isso não )á

 para o marxismo análise econômica sem análise da luta de classes concreta.66

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$al + o l$gar do gênero nos conceitos marxistas,

2ierentemente da economia neoclássica, a teoria marxista tem no estudo das di%erenças

um de seus elementos undamentais. Mue um indi'duo se3a proprietário de capital e outro se3a

 proprietário de sua orça de trabal)o são dados explicatios para seus comportamentos

dierenciados na economia.%ara 1arx, as di%erenças de classe eram undamentais para explicar os atos nas eseras

da pol'tica e da economia, mas ele não ignoraa que outras di%erenças também tin)am um papel

releante na organiação econômica das sociedades.67

 No entanto, 1arx prioriou uma dimensão da economia capitalista. " oco de seu

estudo estee nas relações econômicas mediadas pelas relações mercantis &compra e enda, em

din)eiro( e orientadas - acumulação de capital &realiação de lucros e seu reinestimento na

 produção capitalista(.2e ato, o trabal)o realiado ora dos circuitos mercantis &dentro da unidade amiliar(

não l)e era descon)ecido. Em algumas passagens de duas de suas principais obras de análise

econômica6: menciona como o trabal)o doméstico &realiado por mul)eres( incide sobre a esera

mercantil. " trabal)o  gratuito  realiado dentro da am'lia, garantindo o cuidado dos il)os, a

alimentação, a estimenta etc., permite que o alor do salário do trabal)ador se3a menor do que

seria necessário para ela &a am'lia( comprar esses bens e seriços no mercado.

1as essas são obserações eitas de passagem, detales  dentro de uma análise

econômica mais geral, orientada toda ela a entender a din/mica da acumulação de capital e das

trocas de mercadorias.

%or outro lado, ao analisar a esera pol'tica, o marxismo clássico buscaa identiicar os

interesses da classe tra(aladora, sem dierenciações em seu interior. Noamente, a 1arx &e

Engels( não escapaa a existência de contradições entre )omens e mul)eres no interior das classes 0 

inclusa a' a classe trabal)adora. 1as eles nem aproundaram nesse sentido nem iram o potencial

 pol'tico das reiindicações espec'icas de gênero nem as conseqUências negatias que a recusa -s

especiicidades da luta das mul)eres teria para a luta socialista.

# combinação desses dois 4déicits5 da análise marxista em relação -s dierenças de

gênero na sociedade eidentemente despotencialiaram o legado de 1arx enquanto análise da

sociedade capitalista e programa para a ação socialista.

%orém a incorporação da perspectia de gênero na análise econômica marxista e na

construção dos su3eitos pol'ticos da transormação &incorporando a organiação autônoma das

mul)eres no campo dos moimentos que lutam pelo socialismo( pode ser eita sem contrariar os

undamentos e a metodologia dessa teoria. 1encionamos, no in'cio desse documento, que o

marxismo se ê como uma ciência inculada - luta de uma classe social. #ssim, a incorporação da

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 perspectia de gênero depende de uma postura pol'ticaK é necessário que, além de um ponto de

ista de classe, de luta pela emancipação da classe trabal)adora, se parta também de um ponto de

ista de luta pela emancipação das mul)eres.

+sso não é somente poss'el como necessário para a luta socialista. E essa é a

contribuição decisia que o eminismo socialista tem dado ao moimento da classe trabal)adora.

'otas:

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  Essa é a 66V das )eses so(re *euer(ac, texto escrito por 1arx em 69JW. Xer 

Y#$+#, Zeorges. #s +)eses so(re *euer(ac+ de ,arl arx. [io de aneiroK orge \a)ar, 6RR>.7 %ara um estudo aproundado sobre o tema, er Y]^B, 1ic)el. .s aventuras de ,arl 

 arx contra o /arão de 0ncausen# arxismo e positivismo na sociologia do conecimento#

?ão %auloK $usca Xida, 6R9O.:  on)ecidos como os economistas clássicosK #dam ?mit) &6O7:D6OR>( e 2aid

[icardo &6OO7D697:(, ambos ingleses.J QE+Y$["NE[, [obert. 1ntrodução 2 ist$ria das id!ias econômicas. [io de aneiroK

\a)ar, 6RLR. p. 6WW.W  +ndo mais longe, no apão, alguns autores, embalados pelo milagre industrial 

nipônico, deiniram os indi'duos desse pa's como 4animais econômicos5. Xer ?#1TEY?"N,

%aul. 3conomics# Noa BorPK 1cZraCDQill, 6R9>. p. O6O.L ?1+<Q, #. . riqueza das nações# ?ão %auloK Noa ultural, 6RRL. p. OJ.O QE+Y$["NE[, [obert. 1ntrodução 2 ist$ria das id!ias econômicas# [io de aneiroK

\a)ar, 6RLR. p.6WO.9 Xer o clássico maniesto neoliberal de QaFeP, =., 4 camino da servidão, publicado

em 6RJ:.R ?#1TEY?"N, %aul, op. cit., p.J6.

6> 1#[*, _. 4(ras escolidas# ?ão %auloK #laD`mega, s.d., .:, p.7L6.66 Entre os diersos escritos brees de 1arx que trabal)am esses conceitos estãoK o

 ani%esto do Partido Comunista &69J9(, )ra(alo assalariado e capital  &69JR( e 5alário6 preço e

lucro &69LW(, que constam do primeiro olume das 4(ras escolidas, antes mencionadas.67 YembreDse de que =. Engels, o parceiro pol'ticoDintelectual de toda a ida de 1arx,

 publicou . origem da %amília6 da propriedade privada e do 3stado  em 699J, um ano após a morte

do amigo, diendo que o liro era 4a execução de um testamento5, 3á que surgiu de um pro3eto do

 próprio 1arx. #s notas de estudo do 1arx a que Engels a reerêncai oram diulgadas no liroK_[#2E[, YaCrence &org.(. 7os apuntes etnol$gicos de ,arl arx. 1adridK ?iglo **+, 6R99.

6: 4" capital e teorias da maisDalia5, apud #[[#?", . &ed.(.  u8eres 9

econom:a. $arcelonaK +caria, 6RRR. p 9:DJ.