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JUNDIAÍ 2012 UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia (ICET) ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA Fábio FRANCO LIMA Felipe TANURE BERNARDO Rafael LAURINDO LOPES Rodrigo MARTINS Thiago COSTA NOGUEIRA Thiago MENEGHIM Vagner ZAFFANI ECOSEVEN: Prensa Manual de Tijolos Modulares solo-cimento TC I – PROJETO DO PRODUTO

Ecoseven Monografia Mta

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Page 1: Ecoseven Monografia Mta

JUNDIAÍ 2012

UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia (ICET)

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

Fábio FRANCO LIMA

Felipe TANURE BERNARDO

Rafael LAURINDO LOPES

Rodrigo MARTINS

Thiago COSTA NOGUEIRA

Thiago MENEGHIM

Vagner ZAFFANI

ECOSEVEN:

Prensa Manual de Tijolos Modulares solo-cimento

TC I – PROJETO DO PRODUTO

Page 2: Ecoseven Monografia Mta

JUNDIAÍ 2012

Projeto do produto para obtenção da

aprovação na disciplina TC I - Projeto do

Produto apresentado à Universidade

Paulista – UNIP.

UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia (ICET)

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

Fábio FRANCO LIMA

Felipe TANURE BERNARDO

Rafael LAURINDO LOPES

Rodrigo MARTINS

Thiago COSTA NOGUEIRA

Thiago MENEGHIM

Vagner ZAFFANI

ECOSEVEN:

Prensa Manual de Tijolos Modulares solo-cimento

Orientador: (Prof. Mario Bonifácio)

Page 3: Ecoseven Monografia Mta

Projeto do produto para obtenção da

aprovação na disciplina TC I - Projeto do

Produto apresentado à Universidade

Paulista – UNIP.

Fábio FRANCO LIMA

Felipe TANURE BERNARDO

Rafael LAURINDO LOPES

Rodrigo MARTINS

Thiago COSTA NOGUEIRA

Thiago MENEGHIM

Vagner ZAFFANI

ECOSEVEN:

Prensa Manual de Tijolos Modulares solo-cimento

Aprovado em:

________________________________/___/___.

Prof. Mario Bonifácio

Universidade Paulista - UNIP

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RESUMO

O principal objetivo deste trabalho será realizar uma engenharia reversa em uma

prensa manual de tijolo modular solo-cimento efetuando melhorias para aumentar a

sua vida útil, com a possibilidade de troca de peças de desgastes sem comprometer

sua estrutura e visando um baixo custo. Apresentará uma revisão bibliográfica sobre

a utilização do tijolo solo-cimento e seus ganhos na construção civil.

Palavras-chave: prensa manual, tijolo modular, solo-cimento, construção civil.

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ABSTRACT

The main objective of this study will perform a reverse engineering on a hand press

brick modular soil-cement making improvements to enhance your life with the

possibility of exchange of wear parts without compromising its structure and aiming at

a low cost. Submit are view on the use of soil-cement brick and earnings in

construction.

Keywords: hand press, modular brick, soil-cement, construction.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................. ................................................... 8

2.1 Tijolo Solo-cimento ......................................................................................... 8

2.2 Perdas na Construção Civil ............................................................................ 9

2.2.1 Conceito de Perda ................................................................................... 9

2.3 Sustentabilidade ........................................................................................... 13

3. PROJETO DO PRODUTO ................................................................................. 14

3.1 Cálculos ....................................................................................................... 17

4. CONCLUSÃO ......................................... ............................................................ 23

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 24

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1. INTRODUÇÃO

O grupo Ecoseven se originou da união de sete alunos, onde todos

percebendo a tendência atual do país e do mundo em relação a ecologia, reciclagem

e sustentabilidade, decidiram focar em produtos ligados a estas tendências, isso

explica o nome dado à empresa que iremos desenvolver e ampliar conhecimentos

adquiridos na universidade.

A sustentabilidade faz parte da rotina diária de empresas, comércios e até

mesmo em nossas residências. A sociedade investe cada vez mais em novas

tecnologias, demonstrando um enorme interesse em responsabilidade

socioambiental, onde devemos estar ampliando este tipo de negócio.

Após uma tempestade de ideias o grupo identificou algumas necessidades e

possíveis oportunidades principalmente no mercado da construção civil que tem

crescido no país. Com todos atentos ao mercado da construção civil e com a

sustentabilidade focada, encontramos as prensas de tijolo solo-cimento (tijolo

ecológico), com alguns pontos fortes:

• Não exige queima de madeira para produção dos tijolos;

• Redução de desperdício de material na construção civil;

• Oportunidades para microempresários e famílias de baixa renda.

Diante desses fatores iniciamos um estudo de mercado na região e

identificamos alguns futuros concorrentes e suas máquinas disponíveis no mercado,

analisamos alguns riscos, como uma máquina manual de baixa produção em

relação às hidráulicas, diante desse risco o grupo se compromete a aprofundar seus

conhecimentos em novas tecnologias, a fim de diferenciar seu produto dos

concorrentes.

O objetivo principal da Ecoseven é ter um produto com um custo-benefício

melhor que seus concorrentes, diante disso tem-se os seguintes objetivos

secundários:

• Colocação de pontos de lubrificação;

• Movimentação da gaveta com auxílio de guias ou rolamentos;

• Possibilidade de troca de peças de desgastes sem comprometer sua

estrutura.

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Estamos desenvolvendo conceitos a partir de experiências relatadas por

pessoas que já trabalharam ou trabalham diretamente com este produto, analisando

deficiência, necessidade, tendência, risco, enfim transformando estas informações

em possíveis pontos fortes na nossa máquina.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Uma revisão bibliográfica foi desenvolvida com a finalidade de fundamentar o

tijolo solo-cimento e sua importância na construção civil, e aprimorar os

conhecimentos sobre o mesmo para um melhor desenvolvimento da prensa.

2.1 Tijolo Solo-cimento

GRANDE (2003) fala sobre os tipos de solo possíveis, suas estruturas, o

cimento e a mistura solo-cimento em si, e o início de sua utilização no Brasil, que

segundo MERCADO (1990) a partir da década de 1970.

Os fatores que afetam a qualidade do tijolo são: solo, cimento, compactação,

cura, sendo o mais importante o tipo do solo e a cura utilizada.

É mostrado outro ponto forte do tijolo ecológico que é possibilidade de

utilização de outros materiais além do solo-cimento, como exemplo entulhos de

construções antigas e muitos estudos surgindo com novas matérias-primas, sendo

adicionadas ao tijolo, como cinza de casca de arroz sem atividade pozolânica

segundo MILANI, FREIRE (2008).

O processo de fabricação do tijolo solo-cimento tem os seguintes passos:

preparação do solo, preparo da mistura, prensagem dos tijolos, cura e

armazenagem, todos importantes para ter um tijolo de qualidade.

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2.2 Perdas na Construção Civil

Muitas empresas do segmento de construção de máquinas tipo prensa tijolo

solo- cimento e até mesmo os fabricantes de tijolos consideram a baixa perda de

materiais um ponto forte em suas propagandas como forma de agregar valor a seus

produtos.

No entanto, o assunto é direcionado mais para o marketing do que para o

próprio conceito de perda. Com essa dúvida segue um exemplo que parece muito

simples, porém deve ser muito analisado.

O QUE É PERDA PARA VOCÊ?

Diante desse problema a Ecoseven se propôs a desenvolver um estudo

tratando com mais cautela o uso do conceito “perda”.

Com esse estudo a Ecoseven pretende esclarecer várias informações

deixando mais claras e objetivas e para isso estará sendo utilizado como referência

um estudo do (NORIE) Núcleo Orientado para Inovação da Edificação da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

2.2.1 Conceito de Perda

A maioria das pessoas associam as perdas ao desperdício de materiais,

insumos, mas o conceito vai muito além de desperdícios materiais englobando uma

série de ineficiências refletindo o uso de equipamentos, materiais, mão de obra e

capital em quantidades além das necessárias à produção gerando um custo

desnecessário que não agregam valor, consequentemente um produto com baixa

qualidade.

Pensando em atividades temos duas situações:

- Atividades de conversão;

- Atividades de fluxo.

Sendo a primeira que normalmente agrega valor ao produto, ou seja,

transforma as matérias primas ou componentes nos produtos. Como toda regra

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possui exceção, nem toda atividade de conversão agrega valor ao produto conforme

exemplo abaixo:

“A necessidade de retrabalho não agrega valor ao pr oduto, no entanto

não deixa de ser uma atividade de conversão”.

Já as atividades de fluxo relacionam-se às tarefas de inspeção, movimento e

espera dos materiais.

Em que pese a sua importância, as atividades de fluxo são frequentemente

negligenciadas no processo de produção de edificações. Em geral, não são

devidamente analisadas nas tarefas de orçamento e planejamento e nas iniciativas

de melhorias de processo. O esforço para melhoria do desempenho na construção

civil deve considerar o conceito mais amplo de perdas, isto é, visar à minimização do

desperdício de qualquer recurso que não agrega valor ao produto, sejam eles

vinculados às atividades de conversão ou fluxo.

Mesmo se tratando de perda existe um nível aceitável, seriam as perdas

inevitáveis que só podem ser trabalhadas com mudanças significativas no patamar

de desenvolvimento tecnológico e gerencial da empresa. Considerando esse

pressuposto, as perdas podem ser classificadas da seguinte forma:

I – Perdas Inevitáveis (ou perda natural) acontece quando o investimento para

redução da mesma se torna maior do que a economia alcançada.

II – Perdas Evitáveis ocorrem quando os custos de ocorrência são

substancialmente maiores que os custos de prevenção. São consequências de um

processo de baixa qualidade, no qual os recursos são empregados

inadequadamente.

A competitividade de uma empresa é percebida claramente quando a

organização busca a todo o momento a redução de perdas em um processo

contínuo.

Segundo SHINGO (1981) existem nove perdas que adaptadas à construção

civil podem ser identificadas a seguir:

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I – Perdas por superprodução: refere-se às perdas que ocorrem devido à

produção em quantidades superiores às necessárias. Exemplo: excesso de

espessura em lajes de concreto.

II – Perdas por substituição: Ocorre quando é utilizado um material de valor

elevado ou característica superior ao especificado. Exemplo: argamassas “piso

sobre piso” utilizadas diretamente em contra piso de concreto.

III – Perdas por espera: Este tipo de perda inclui também a mão de obra sendo um

mau dimensionamento em um fluxo produtivo. Exemplo: máquinas de uma mesma

linha trabalham em tempos diferentes gerando sempre um gargalo e

consequentemente operadores ociosos.

IV – Perdas por transporte: Essas perdas estão relacionadas ao manuseio

excessivo ou inadequado dos materiais e componentes. Exemplos: tempo excessivo

de deslocamento, quebras de materiais devido ao manuseio de forma incorreta e

despreparada.·.

V – Perdas no processamento: Falta de preparo na confecção de produtos, falta

de treinamento, falta de procedimentos. Exemplo: quebra de bloco devido a falta do

“meio bloco” usado em amarrações.

VI – Perdas no estoque: Excesso de mercadorias estocadas gerando uma

degradação natural, estocagem inadequada. Exemplo: estocar cimento além da

quantidade a ser utilizada.

VII – Perdas no movimento: Ocorrem geralmente quando há pouco espaço para

estocagem ou manuseio dos mesmos gerando possibilidades de degradação ou até

mesmo a movimentação dos colaboradores que ao executar suas tarefas executam

movimentos desnecessários comprometendo sua funcionalidade. Exemplo:

condições ergonômicas desfavoráveis, postos de trabalhos afastados da linha de

execução.

VIII – Perdas pela elaboração de produtos defeituos os: Ocorrem através da

fabricação de produtos que não atendem aos requisitos de qualidade especificados.

Geralmente, originam-se da ausência de integração entre o projeto e a execução,

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das deficiências do planejamento e controle do processo produtivo, da utilização de

materiais defeituosos e da falta de treinamento dos operários, resultando em

retrabalhos.

IX – Outras: Além dos tipos de perdas de natureza diferente dos anteriores como:

roubo, vandalismo, acidentes, etc.

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2.3 Sustentabilidade

O desenvolvimento sustentável vem se tornando um assunto cada vez mais

rotineiro, porém ao avaliar como este está sendo empregado, devemos estabelecer

critérios para saber se realmente atingi uma responsabilidade socioambiental ou

simplesmente uma banalização do termo utilizado.

O princípio básico de um desenvolvimento sustentável para materiais

construtivos propõe um novo estilo de vida, baseado no uso de recursos utilizados

de acordo com as necessidades fundamentais, proporcionando perspectiva futura

ambiental. Podemos afirmar que a busca pelo desenvolvimento sustentável está

diretamente relacionada ao bem estar social e melhoria na qualidade de vida de

todos os continentes. A produção, o consumo deve haver um incentivo de forma

consciente bem como a disponibilidade dos recursos naturais a serem explorados.

Os materiais construtivos são diretamente responsáveis por vários impactos

sociais e ambientais, onde se inicia na extração, transporte e utilização da matéria

prima, assim como durante a demolição e o descarte, causando de certo modo um

dano socioambiental. A questão é analisar diversas opções de material disponível no

mercado, visando o menor impacto possível ao menor custo.

Diante de tal situação podemos argumentar uma questão, Será que estamos

caminhando para um estilo de construção sustentável ou estamos simplesmente nos

rotulando pessoas dotadas de preocupação ambiental na busca de lucro?

Deste modo se torna viável a averiguação das técnicas a serem empregadas

e a especificação do material a ser utilizado, assim propondo uma dita obra limpa.

O que se deve buscar hoje são ferramentas que auxiliam a ampliação do

conhecimento e práticas educativas para que o indivíduo construa novos valores,

conhecimentos, habilidades visando um requesito socioambiental em

desenvolvimento sustentável para materiais construtivos.

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3. PROJETO DO PRODUTO

A Prensa manual de tijolos modulares de solo- cimento é dividido em grupos e

subgrupos em níveis de famílias com o objetivo de facilitar a montagem da prensa.

Com os respectivos códigos/peça (ex.: Des. Nº: 1000_702_P01) e denominação de

peça (ex.: CAIXA DA MATRIZ - REFIL DE DESGASTE). Portanto desta forma

teremos um estudo visando rastreabilidade futura.

A prensa consiste de um sistema de alimentação com silo e gaveta, que

abastece uma matriz com uma determinada mistura (solo-cimento). A prensagem é

feita através de uma força aplicada pelo operador via alavanca, e aproveitando o

movimento da alavanca, o tijolo é sacado e liberado para a cura.

O projeto, prototipagem e estruturação de processo fabril da Prensa Manual

de Tijolos de solo cimento (ecológicos - sem queima) se resumem conforme descrito

abaixo:

• Estrutura, parte 1:

A estrutura parte 1, consiste em tubos quadrado (metalon) soldadas em forma

estrutural a fim de suportar as tensões de prensagem juntamente com o peso do silo

em carga total.

Essa estrutura proporciona cálculos da Disciplina de Estática nas Estruturas,

cálculos estes que comprova a eficácia da estrutura, ou seja, a Estrutura, parte 1

suportará as cargas disposta na prensagem. Isto justifica a forma na qual a estrutura

foi projetada e montada (soldada), contemplando os requisitos da disciplina.

• Refil para desgaste:

O refil de desgaste é um perfil metálico, com os dimensionais exatos do tijolo.

Ele atuará juntamente com as matrizes (inferior e superior) na prensagem do tijolo,

modelando a matéria-prima umedecida em tijolos prontos (apenas restando o

processo de cura).

Para a fabricação deste refil, é utilizado aço carbono (SAE 1045), que depois

de dobrada é fixada na estrutura da máquina (facilitando a troca), fazendo jus ao seu

nome, o refil para desgaste, é o elemento da máquina que precisa sofrer e assumir

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para si todo o dano causado pelo desgaste natural da prensa em sua atividade de

prensar tijolos de solo cimento.

• Empurrador:

Acionado através de mecanismos mecânicos, este equipamento da prensa,

tem por finalidade principal efetuar a prensagem, que será efetuada de baixo para

cima distribuindo sua carga em função da área de contato com a matéria-prima

(matriz inferior). A força aplicada pelo operador na alavanca será transformada por

estes mecanismos em carga para prensagem dos tijolos.

• Tampa:

Posicionada de forma oposta à matriz inferior, a tampa, tem a função de dar

apoio (fixo) para auxílio da prensagem, nela é fixada a matriz superior.

A sua movimentação é realizada manualmente pelo operador, e quando

encostada ao refil de desgaste, estará pronta para a conformação da matéria-prima.

• Alavanca:

A alavanca consiste em um funcionamento simples, ou seja, consiste em um

corpo rígido (linear) capaz de girar em volta de um ponto fixo no qual estabelece um

equilíbrio de momentos em relação à forca aplicada na extremidade oposta.

• Gaveta Alimentadora:

Construída em aço carbono (SAE 1020) e disposta horizontalmente com

suaves movimentos lineares a gaveta alimentadora se destina a armazenar a

quantidade mínima necessária para o transporte/abastecimento de matéria-prima

(solo-cimento), do silo às matrizes (inferior e superior).

• Silo Dosador:

Um silo construído em aço carbono, disposto verticalmente, destinada a

armazenar uma quantidade de solo- cimento o para o bom funcionamento do

equipamento.

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Figura 1: Desenho da Prensa.

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3.1 Cálculos

Visando analisar e comprovar o dimensionamento da prensa, realizou-se o

estudo do comportamento das tensões de compressão e tração sofridas na parte

crítica do equipamento. Dessa forma foi possível dimensionar os elementos de

trabalho intermitente e estático, proporcionando maior confiabilidade e durabilidade

ao equipamento.

Para o dimensionamento do equipamento foi necessário ter o conhecimento

de alguns dados iniciais como normas de prensagem do produto final, e de

segurança do equipamento, contamos também com a experiência de terceiros que

nesta fase do projeto veio a contribuir com características importantes para o

desenvolvimento do protótipo.

Tendo essas informações técnicas em mãos, foi dado o inicio ao

dimensionamento.

Com base na literatura, Gere (2003):

Logo, concluímos que a tensão normal na área de prensagem é de aprox.

2,5Mpa, levando em consideração uma força peso de aprox. 6000 kg na área da

forma inferior. Admitimos que essa seja a tensão máxima de trabalho na área da

prensagem do equipamento.

Partindo desta informação e fazendo algumas analises do comportamento da

prensa manual, utilizamos como base de referencia para os cálculos a pior situação

possível do equipamento, conforme figura 2.

Figura 2: Demonstração da pior situação de trabalho da prensa.

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Então foi possível definir com base em alguns conceitos, a formulação do

equilíbrio estático como mostrados a seguir:

Figura 3: Demonstração de considerações de equilíbrio estático.

Para considerações de equilíbrio em planos inclinados utilizamos conceitos

como os que estão descritos abaixo:

Figura 4: Demonstrativo dos cálculos em plano inclinado.

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Para garantir maior confiabilidade e segurança do equipamento utilizamos

fator de segurança de carregamento classificados como:

- Carregamento estático, carga constante ao elemento.

- Carregamento intermitente, carga aplicada gradativamente ao elemento.

- Carregamento alternado, carga com variação entre o máximo e mínimo ao

elemento.

Para definir a constante do fator de segurança, utilizamos a fórmula abaixo:

Onde:

Valores para X: (tipo de material)

X = 2 materiais comum

X= 1,5 para aços de qualidade e aço liga

Valores para Y: (tipo de solicitação)

Y = 1 para carga constante

Y = 2 para carga intermitente

Y = 3 para carga alternada

Valores para Z: (tipo de carga)

Z = 1 para carga gradual

Z = 1,5 para choques leves

Z = 2 para choques bruscos

Valores para W: (falhas de fabricação)

W = 1 a 1,5 para aços

W = 1,5 a 2 para fofo.

Para a prensa de tijolos consideramos um fator de segurança de 4, que é

referente a considerações relacionadas ao dinamismo do equipamento, a aplicação

da formula é mostrado abaixo:

K = (2 x 2 x 1 x 1) = 4

Após determinação do fator de segurança, pesquisamos qual a tensão de

escoamento do material que iremos utilizar. No caso, aço comum, adotamos que a

tensão de escoamento seria de 340MPa. Aplicando a formula conforme Gere (2003),

Page 21: Ecoseven Monografia Mta

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obtivemos a tensão admissível do material empregado, conforme demonstramos

abaixo:

Com base nos dados obtidos, dimensionamos os eixos que sofrem esforços

no equipamento, as formulas aplicadas para a conclusão do diâmetro dos eixos

estão mostradas a seguir:

Com o intuito de saber o esforço físico do operador para prensar o produto

final, utilizamos o conceito da alavanca de Arquimedes que é dado pela formula

abaixo:

Força x Altura 1 = Peso x Altura 2

Pela aplicação da formula concluímos que a força média que o operador

deverá fazer para prensar o produto final, será de 12 Kg. O que é aceitável.

Para se certificar de que a estrutura da máquina irá suportar o peso sobre a

estrutura, calculamos o volume do silo considerando o peso de suas chapas e o

peso máximo aprox. da matéria prima que o silo suporta. Através dos estudos

obtivemos o peso total desse conjunto, como podemos ver a seguir na figura 5 e

tabela 1:

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Figura 5: Desenho demonstrativo da subdivisão para o calculo do volume.

Tabela 1: Relação dos cálculos de volume e peso das subdivisões.

Levando em consideração que a maquina será construída visando baixo

custo optamos por fazê-la com aço estrutural. Para assegurarmos que a maquina

aguentará este peso projetado, pesquisamos qual a tensão escoamento deste

material e constatamos que esta tensão é em torno de 300MPA, logo baseado em

Gere (2003), concluímos que:

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A tensão admissível do aço estrutura, e com podemos ver abaixo a tensão

admissível na estrutura da prensa.

Como a tensão admissível na estrutura da prensa é menor do que a tensão

admissível do material, podemos assegurar que não corremos riscos de que a

maquina não suporte o carregamento em questão.

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4. CONCLUSÃO

O grupo Ecoseven conclui neste primeiro momento que esta no caminho

certo, aprofundando seus conhecimentos em relação ao produto que será fabricado

por nossas prensas, o mercado da construção civil e suas dificuldades,

principalmente a perda, e a importância da sustentabilidade cada dia maior.

Tem encontrado melhorias na execução da engenharia reversa, buscando

sempre um custo- benefício melhor que os concorrentes.

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5. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1984). NBR 8491 – Tijolo

Maciço de Solo- Cimento. São Paulo.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1984). NBR 8492 – Tijolo

Maciço de Solo- Cimento – Determinação da resistência à compressão e da

absorção d’ água. São Paulo.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1989). NBR 10832 –

Fabricação de Tijolo Maciço de Solo- Cimento com a utilização de prensa manual.

São Paulo.

CAVALCANTE, Lívia G. Materiais Construtivos, sustentabilidade e

complexidade – análise da relação entre especificação de materiais construtivos e

desenvolvimento sustentável. 2011. 247 f. Dissertação (Mestrado em Ciência

Ambiental) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

FORMOSO, Carlos T.et al. As perdas na construção civil: Conceitos,

classificações e seu papel na melhoria do setor. Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, Porto Alegre.

GRANDE, Fernando Mazzeo. Fabricação de tijolos modulares de solo- cimento

por prensagem manual com e sem adição de sílica ati va. 2003. 165 f. Tese

(Mestrado em Arquitetura) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003.

MILANI, Ana Paula da S.; FREIRE, Wesley J. Avaliação física, mecânica e térmica

de misturas de solo- cimento adicionadas de cinzas de casca de arroz sem

atividade pozolânica. 2008 – Universidade Estadual de Campinas, Campinas,

2008.