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Edição 152

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Elas confundem suas vidas com as dos patrões, convivem com os problemas de uma classe desvalorizada, conhecem como ninguém os dramas e comédias da vida privada. E contam quase tudo

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2Fotos: 5, 6 e 16: Paulo Pasa/O Caxiense

Vespas, charme italiano em duas rodas

O lucro de quem procura emprego na temporada de férias

Um carinhopreventivo noseu bicho deestimação

Políticos sem cargo: os planos de quem perdeu a vaga na Câmara

Um caxiense na casa de Mona Lisa

Achados e Perdidos Visate:documentos,dentaduras esutiãs

Um bate-papo com doismestres do blues

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carros e motos

Domésticas: histórias das mulheres da casa

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

Diretor executivo - PublisherFelipe Boff

Paula Sperb

Diretor administrativoLuiz Antônio Boff

editor-chefe | revista Marcelo Aramis

editora-chefe | site Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela Bittencourt

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

DesignerLuciana Lain

comercIaL

executivas de contasPita Loss

assINatUras

atendimentoEloisa Hoffmann

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

foto De caPa

Paulo Pasa/O Caxiense

tIraGem

5.000 exemplares

Juntar diferentes pontos de vista e unir informações para construir a própria ideia da realidade pode ser uma das funções práticas do que entendemos como jornalismo trans-mídia. Desde a cobertura especial das eleições 2012, O CAXIENSE está praticando de forma consciente esse tipo de narrativa. A edição 151, que estampou em sua capa o aniversário de 30 anos do Cio da Terra, é mais um exem-plo. Trabalhamos com o princípio de que o leitor irá construir sua própria versão dos fatos. Para isso oferecemos diferentes conteú-dos, em diferentes plataformas, que podem se cruzar ou não. Depende de uma leitura ativa, que acaba resultando no fenômeno que en-tendemos como engajamento. A construção individual da realidade acaba engajando os leitores sobre determinado assunto. A repor-tagem exclusiva da versão impressa resultou em um conteúdo online complementar, mas que também pode ser lido isoladamente. No nosso site, publicamos a história de Severino Boeira Fonseca Filho, de 44 anos (foto), que foi ao Cio da Terra com seus irmãos. Para ler as memórias do Bira, acesse www.ocaxiense.com.br. Nas redes sociais, o engajamento se deu através de outros relatos de quem esteve no Cio da Terra:

“Eu estava no Exército na época. A “Era dos generais”, ditadura, barra pesada. Lembro bem da formatu-ra no Quartel, quando o comandante nos alertou que quem fosse ao Cio da Terra, corria o risco de ser expulso... Bah! Cheio de S2 (polícia secreta do Exército para caça de subversivos... risos). Eu e vários colegas

fomos disfarçados, uns com perucas e outros com toucas, vários S2 passaram por mim e não me reconhe-ceram... Lembro da galera tomando banho pelado; show do grupo Saracura, do Ednardo, lembro que tinha muito debate, grupos de dis-cussão. Aliás, nunca vi tanto cabelo reunido num lugar só...risos. Nenhuma briga, todo mundo numa boa, muita curtição, sem falso moralismo e hipocrisia. Sem dúvida, um dos maiores eventos do Brasil. Inesquecí-vel! Ah! Lembro que quando a galera percebia que nós éramos do Exército ficavam desconfiados. Aí, nós, os “milicos”, os deixavam tran-quilos. Nós somos contra o Sistema e somos subversivos também”. Paulo Reis

No Facebook, o leitor Ernesto Pauletti contou que foi um dos jovens presentes nos Pavilhões da Festa da Uva na primavera de 1982 e fez uma brincadeira com a capa:

“Como estará essa bunda 30 anos depois? Risos. Eu estive lá e garanto que não é minha.”

As duas reportagens da edição 152 contam as versões de quem normalmente não é procurado pela imprensa tradicional. Como veículo de comunicação alternativo, O CA-XIENSE dá voz às empregadas domésticas e aos derrotados das últimas eleições.

Boa leitura!

Paula Sperb, diretora de Redação

Erramos: Na edição 151, o crédito da foto de capa saiu errado. O registro é de Rogério Amaral Ribeiro, que também é autor das fotos que ilustram a reportagem, onde ele assina RAR.

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Resgate da memóRia | engajamento online | joRnalismo tRansmídia

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BastIDoresos achados e peRdidos da Visate | do oRdoVás paRa o museu do louVRe | castRaR paRa pReVeniR o cânceR

Férias, um boa chance para conseguir emprego

Paulo Pasa/O Caxiense

por Leonardo Portella

Enquanto a maioria das pessoas pensa nas férias e no que lhe aguarda no lito-ral, o comércio caxiense carece de pro-fissionais dispostos a atender à deman-da de final de ano. Para os segmentos de comércio e serviços, os meses que ante-cedem o Natal e o Réveillon represen-tam a maior parcela de vendas do ano todo. Na contramão, a indústria apre-senta um recesso nas atividades, con-tratando e produzindo menos. “Pelo seu perfil econômico, Caxias não registra grandes contratações temporárias de fi-nal de ano na indústria, ao contrário do comércio e de serviços, que aumentam a sua demanda”, explica Mauro Corset-ti, coordenador de Economia, Estatísti-ca e Finanças da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Segundo ele, a temporada de fé-rias, que é bem-vinda na indústria, pela mudança no ritmo de trabalho, causa prejuízos no comércio. “As nossas gran-des indústrias diminuem as suas ativi-dades e chegam a fazer férias coletivas por esse motivo. Só voltam ao normal após o tradicional balanço de resulta-dos. Já os benefícios dos trabalhadores,

como o 13º salário e férias, ajudam a impulsionar as vendas no comércio”, analisa Corsetti. Por isso, o foco é na contratação temporária. “Nenhum es-tabelecimento quer perder clientes por falta de mão de obra.”

A professora Lodonha Maria Portela Coimbra Soares, do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), afirma que não há estudos que indicam a representatividade do mercado temporário em Caxias, mas diz que as contratações nesta época chegam a ser as maiores do ano no co-mércio. “Talvez essa seja a melhor épo-ca para o comércio e para o trabalhador, que encontra uma chance de ocupação”, comenta.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) estima um crescimento de 800 novas vagas no comércio, entre outubro e dezembro deste ano. Conforme o pre-sidente da CDL, Paulo Magnani, cerca de 200 novos trabalhadores deverão ser efetivados. Para ele, o grande problema no comércio, que emprega jovens, adul-tos e idosos, não é a falta de profissionais qualificados, já que a exigência do setor é menor do que na indústria. Magnani aponta a rotatividade, às vezes motivada

pelo próprio local de trabalho, como a maior causa da falta de mão de obra no setor. Segundo Magnani, as lojas de cal-çados e vestuário são as que mais neces-sitam de mão de obra neste período. “E não são somente vendedores. Nesta par-cela, entram também profissionais para estoque, conferência e caixa. É um ciclo bastante generoso”, avalia. Para ele, essa será a temporada em que o comércio mais sentirá a força da internet como concorrência. “Desta vez, mais do que nunca, vamos ter a internet competindo com o comércio. Com isso, o trabalho dos comerciantes e funcionários será pelo bom atendimento”, destaca Paulo.

Conforme a agência caxiense do Sis-tema Nacional de Emprego (Sine), qual-quer empresa pode contratar um fun-cionário temporário. O empresário deve ter atenção quanto às regras de contra-tação. “O contrato deve ser de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Seja direto ou por meio de uma agência de empregos, ele deve especificar a ativi-dade do empregado. O registro na Car-teira de Trabalho garante os benefícios proporcionais ao período trabalhado”, explica o coordenador do Sine, Antônio Carlos Pescador.

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Acharam um bagulho no banco de trásFotos: Paulo Pasa/O Caxiense

por Daniela Bittencourt

Se Éverton Luiz Borges não se apres-sar, terá somente duas opções: não di-rigir ou fazê-lo fora das normas de trânsito. Até o último dia do mês de outubro, sua Carteira Nacional de Habi-litação ainda estará disponível no setor de Achados e Perdidos da Visate, junto com outros 47 objetos perdidos no mês de setembro. Depois desta data, a CNH de Éverton será enviada para a agência dos Correios na rua Sinimbu, onde irá aguardar mais 60 dias a busca do dono. Se, mesmo assim, Éverton não se apre-sentar como portador do documento, ela volta para o Detran/RS.

O documento que Éverton perdeu em um dia que não precisou da CNH, divi-de espaço com RGs, cartões de crédito, crachás, exames médicos, roupas, car-teiras profissionais, cadernos, uma dú-zia de sombrinhas, óculos de sol, óculos de grau, uma sacola plástica com potes vazios, uma sacola de roupas, outra com produtos de higiene (sabonete, escova de dentes, creme dental e um sutiã), uma térmica e uma mochila azul que, a julgar pelo tamanho, pertence a uma

criança. Estão todos no número 2.019 da rua Bento Gonçalves, bem na esqui-na com a Visconde de Pelotas, reunidos dentro de um armário de ferro com duas portas, lacrado por uma chave em posse de Fabiana da Silva Nagildo. A mulher sorridente trabalha há 10 anos no setor comercial da Visate, onde atualmente é supervisora e, entre outras atribuições, coordena o serviço que pode ser a últi-ma esperança para os desatentos. Pelo armário cinza passam, mensalmente, em média 70 objetos, entregues por motoristas ou operadores que os encon-tram abandonados sobre os bancos, ou caídos no chão dos coletivos. Em setem-bro, foram 53 no total. Somente 6 foram recuperados: uma carteira profissional, uma carteira de portador de marcapas-so, um celular, duas carteiras com docu-mentos e um controle de portão eletrô-nico. Os demais devem possuir pouco valor – financeiro ou sentimental –, já que seus donos ainda não deram por sua falta. Ou não estão procurando no lugar certo.

À medida que a etiqueta colada nos objetos acusar que os 30 dias a partir da data em que foram encontrados está

expirando, as chances de eles voltarem a seus donos também diminui. Com exceção dos documentos, que são en-viados ao Correio depois do prazo, os demais pertences são encaminhados à coleta seletiva. Alguns, porém, podem contar com a sorte, se cativarem a pes-soa certa. Foi o caso de um quadro de fotografia. Esquecido em um dos ônibus da empresa, passou um mês aguardan-do o resgate. Como ninguém apareceu, Elieter Gobbi, que trabalha no caixa do setor gerenciado por Fabiana, telefonou para a Studio 7, agência que assinava o pôster. “Fiquei com pena. Era a fotogra-fia de uma gestante. Alguém da Studio 7 veio buscar. Eles provavelmente tinham o contato da cliente”, conta. Outros, com menos sorte, mas não necessariamente menos utilidade, acabaram indo para o lixo mesmo.

O tijolo que certa vez apareceu den-tro de uma sacola plástica deve ter sido substituído por outro, ou não fez falta na construção, já que, mesmo após 30 dias, ninguém foi reclamar sua perda. Nem da dentadura, que um dia caiu de algu-ma boca e ficou guardada em vão no ar-mário cinza – impossível não especular

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quem foi que, além da falta de dentes, também não tinha boa memória. Um carrinho de bebê, já surrado, conforme lembra Fabiana, também nunca foi re-querido e acabou sendo doado. Assim como um enxada e uma sacola “enorme, cheia de roupas”, recorda. Já o violão, novinho, foi resgatado no dia seguinte, por um jovem sortudo que contou com a honestidade de algum desconhecido. “Incrível o que as pessoas esquecem nos ônibus. Mas a maioria mesmo são guar-da-chuvas, carteiras e celulares. Com um dia destes – aponta para a chuva de segunda (23) – com certeza vamos receber um monte de guarda-chuvas”, brinca. Não é à toa que junho e julho

são campeões de perdas, com cerca de 80 objetos cada mês.

E há também os que procuram algo que não esqueceram. “Há uns 4 meses, uma senhorinha tinha ido na feira e dis-se que esqueceu uma sacola com frutas e pastéis dentro do ônibus. Ligou para cá, todos os dias, querendo a sacola dela. Não houve, no setor, quem não conver-sou com ela. E para fazer entender que a sacola não tinha chegado até nós?”, se diverte a supervisora. No cadastro que reúne todos os objetos perdidos não constava nenhuma sacola de frutas. Se constasse, a mulher teria que lembrar que frutas continham na sacola, já que os pertences achados só são devolvidos

mediante confirmação das característi-cas e apresentação de algum documen-to. “Se é um aparelho de celular, pedi-mos inclusive o número”, diz Fabiana. Se for algum documento, o usuário pode ter a sorte de encontrá-lo listado no site da Visate, na seção Achados e Perdidos, que é atualizada mensalmente.

Mas, para qualquer que seja a perda, sempre é preciso torcer para o pertence caia na mão de alguém honesto, acre-dita Fabiana. “Se é um objeto de valor encontrado por um usuário, é difícil de ser devolvido. Hoje mesmo, ligou al-guém perguntando sobre um notebook. Como se ele fosse encontrar...”, comen-tou, incrédula.

GIGIA BANDERA 2012Através de entrevista coletiva com a imprensa, o

SIMECS fará oficialmente no dia 30 de outubro, a divulgação dos três agraciados com o Mérito Gigia Bandera 2012. Recentemente, a entidade concluiu a fase de indicações para a 20ª edição do evento. Os nomes indicados foram avaliados e escolhidos por uma Comissão Especial da entidade. Desde 1987, o SIMECS faz de Gigia Bandera a síntese do Mérito Met-alúrgico. Anualmente, reconhece com o Troféu Gigia Bandera personalidades que, com sua visão estraté-gica, representação institucional, empresária e de de-fesa da livre iniciativa, conseguem projetar suas orga-nizações. Durante a solenidade será lançada a edição 2012 do Balanço Social do SIMECS, evidenciando os investimentos feitos pelas das empresas do segmento metalmecânico aos seus funcionários. Entre os benefí-cios sociais constam: Saúde, Educação, Transporte e Alimentação. A solenidade de entrega da outorga está marcada para o dia 23 de novembro.

SIMECS EM CUBAO SIMECS marcará presença na Feira Internacional

de Havana – FIHAV, República de Cuba, de 02 a 09 de novembro de 2012. O SIMECS aproveitará o evento para divulgar as potencialidades do polo metalmecâni-co da serra gaúcha e a iniciativa da entidade que visa aumentar a participação das empresas metalúrgicas de Caxias e região no mercado exportador. A FIHAV é o principal evento multissetorial de Cuba. Participam cerca de 30 países (incluindo Brasil, China, Espanha, Canadá e Alemanha) representados por mais de mil expositores, que ocupam uma área de 17,3 mil metros quadrados. A Feira é um importante meio de introdução de produtos e serviços no mercado cubano. São 25 pavilhões e os expositores divididos conforme seus países. A FIHAV é uma feira comercial multissetorial. O convite ao SIMECS foi formulado pelo Governo do Es-tado que também estará presente na feira, bem como pela APEX, que tem escritório naquele país.

COMISSÃO / EUROPAVisando conhecer as mudanças no campo técnico-

comercial, nas Relações de Trabalho e Sindical na Eu-ropa, um grupo liderado pelo presidente do SIMECS, Getulio Fonseca, retornou de viagem à Alemanha e Itália. Integraram a delegação, o diretor executivo Odacir Conte e membros da Comissão de Relações do Trabalho da entidade. Na Associação das Indústrias de Schio, Getulio Fonseca e Odacir Conte fizeram uma apresentação sobre o polo metalmecânico de Caxias e região. Já em Belluno, a comitiva foi recebida na Asso-ciação Bellunesi Nel Mondo pela diretoria da entidade, onde o SIMECS tem grande prestígio. Os represent-antes do SIMECS também aproveitaram a viagem para

fazer um acompanhamento da realidade das empresas e dos sindicatos europeus, com ênfase nos contratos coletivos, legislação trabalhista e nas relações entre capital x emprego. Na Alemanha foram feitas visitas à Fábrica da Mercedes – Mainheim, ao Sindicato dos Trabalhadores de Frankfurt – IG Metall e à Associação das Empresas do Setor Metalmecânico do Estado de Hessen – Frankfurt. Enquanto isso, na Itália, o roteiro incluiu visita à Associação das Indústrias de Vicenza; Associação das Indústrias de Schio; empresa Sinteco Impianti Srl – Longarone; FIAMM - Fábrica Italiana de Acumuladores de Energia Motocarros de Montecchio; CONFAPI - Associação de Pequenas e Médias Empre-sas – Milão e ao IMQ - Instituto Italiano del Marquio di Qualità – Marcas e Certificação.

PARCERIA MILÃO / SIMECSCom a assinatura de uma Carta de Intenções, a

CONFAPI - Associação de Pequenas e Médias Empre-sas de Milão, entidade que representa mais de 120.000 empresas manufatureiras da Itália e o SIMECS firma-ram parceria técnico-comercial. A parceria prevê en-tre outras ações, suporte de informação mútua e da prestação de consultoria e serviços para a cooperação empresarial, para identificar oportunidades de negócios nas regiões de origem da Itália e Brasil. Também está contemplada a organização e intercâmbio de delega-ções empresariais e instituições para o apoio e desen-volvimento de oportunidades de negócios entre as em-presas representadas pelas duas entidades. O acordo estabelece ainda, a realização de cursos de formação para os profissionais das empresas representadas. Esta parceria tem ainda como objetivo, possibilitar no-vas oportunidades de negócios para as empresas do segmento metalmecânico de Caxias do Sul e região. “O que sempre defendemos é que as nossas empre-sas sejam fortalecidas em acordos técnico-comerciais, fomentando a economia local, atraindo novos investi-mentos, além do surgimento de novas indústrias que certamente irão gerar mais empregos,” enfatizou o presidente do SIMECS, Getulio Fonseca.

MEIO AMBIENTE / SEMINÁRIO“Líderes sustentáveis sabem respeitar as pessoas

e o meio ambiente.” Foi o que afirmou o jornalista e consultor Ricardo Voltolini, ao abrir o 3º Seminário Ambiental do SIMECS: Porque a Sustentabilidade é Importante para o seu Negócio. Voltolini salientou que o líder sustentável não olha somente para números, planilhas e toma decisões importantes. Ele tem va-lores consistentes sobre sustentabilidade. O segundo painelista do evento foi o engenheiro de segurança do trabalho Mauro Machado Júnior. Trabalhando na Braskem, o técnico apresentou um case de sucesso desta empresa, com uma abordagem empresarial fo-cada na ética, no sucesso do desempenho econômico atrelado a responsabilidade social, aos cuidados com o meio ambiente. Por sua vez, o vice-presidente do SIMECS, Reomar Slaviero afirmou o tema sobre sus-tentabilidade tornou-se voz corrente em trempos de globalização, especialmente no segmento industrial. O evento foi alusivo aos 10 anos da Comissão de Meio Ambiente do SIMECS.

TRABALHO EM ALTURA NR 35 – Trabalho em Altura. Este foi o tema do

evento organizado pela Comissão de Segurança e Saúde Ocupacional do SIMECS. Participaram o Presi-dente da SOGAMT – Sociedade Gaúcha de Medicina do Trabalho, Ricardo Moreira Martins, médicos peritos do INSS, médicos do trabalho que atendem às empre-sas da base do SIMECS, Engenheiros e Técnicos de Segurança, bem como pessoas que atuam no suporte das clinicas de atendimento a Saúde Ocupacional. Na oportunidade, o médico Marcos Rutsatz, que também coordenou o evento, comentou sobre o importante pa-pel que os médicos do trabalho deverão executar no processo de liberação de trabalhadores para executa-rem atividades em altura, com risco de queda. Por sua vez o médico Ricardo Martins falou da importância do evento no SIMECS, por ser o primeiro a ser realizado este ano fora da capital, através da Sociedade Gaúcha de Medicina do Trabalho.

FOCEM AUT0O SIMECS sediou a apresentação do Projeto de

Adensamento e Complementação Automotiva do Mer-cosul (Focem Auto). Conforme Alexandre Amissi, es-pecialista em projetos da Agência Brasileira de Desen-volvimento Industrial – ABDI, o programa se estende para 15 empresas fornecedoras de autopeças da Serra Gaúcha, com no mínimo cinco anos de funcionamento, faturamento bruto anual entre R$ 2 milhões e 40 mil-hões, as quais poderão participar de atividades de treinamento, oficinas, estudo de mercado, desenvolvi-mento de manuais e rodadas tecnológicas. Empresas da cadeia produtiva, como fundições, estamparias, forjarias, ferramentarias e fabricantes de peças têxteis, borracha e componentes eletroeletrônicos, localizadas na Serra Gaúcha podem se inscrever no processo de seleção dos beneficiados. O projeto é realizado no em parceria com o Governo do Estado com o SIMECS.

VISITA GRUPO COREANONo dia 22 de novembro o SIMECS estará receben-

do uma delegação de 17 empresas Coreanas lidera-das pela KITA (Korean International Trade Association). Os empresários coreanos estarão em Caxias do Sul, a convite do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção de Investimento – SDPI. Na oportunidade, o grupo irá conhecer de perto o potencial metalmecânico de Caxias e região, rep-resentado pelas 2.900 empresas do segmento. Será uma oportunidade importante para estreitar a relação técnico-comercial do polo metalmecânico da serra gaú-cha com a Coréia do Sul.

SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul - Rio Grande do Sul. Web Site: www.simecs.com.br -

E - Mail: [email protected]

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CastrarA castração diminui as chances de desenvolvimento do câncer de mama. O ideal, segundo a veterinária, é

castrar gatas e cachorras antes do primeiro cio. A castração feita após o primeiro cio aumenta em 8% a vulnerabilidade ao câncer. Após 5 cios, o número sobe para 26%. Em cães, 50% dos casos são de tumores malignos, em gatos, são 90%.

Sem anticoncepcionaisAna Claudia orienta a não usar anti-concepcionais nos animais. Seguindo ela, tanto os injetados quanto os em

comprimido aumentam a propensão ao câncer.

Alimentação e genéticaAlimentação não própria para animais, como chocolate e outras co-midas de pessoas, excesso de gordura,

de carboidratos e de carnes em geral podem proporcionar surgimento de câncer. A cruza entre animais da mesma família também é um fator de risco.

Sim, eles também estão suscetíveis ao câncer de mama. A doença que as-susta os humanos pode acontecer em gatos e cachorros, principalmente nas fêmeas, pela quantidade de hormô-nios liberada durante os cios, quando glândulas mamárias se preparam para receber as crias. A veteriná-ria especialista em oncologia, Ana Claudia Tourrucôo, explica como prevenir e tratar a doença.

Apalpar“Um carinho às vezes pode salvar uma vida”, orienta Ana Claudia. Isso porque

o exame de apalpação, pelo qual se pode descobrir nódulos, nada mais é do que um carinho. Os cães devem ser colocados de barriga para cima e apalpados desde a parte de baixo do braço, tentando pegar 2 ou 3 cen-tímetros dos mamilos, até a perna. Nos gatos, a forma é a mesma, com

a diferença que podem ser colocados de pé, já que são mais arredios. Deve-se acarinhar toda a região da barriga.

ExaminarAo notar algum nódulo – bolinha que pode ter o tamanho de uma ervilha,

por exemplo – deve-se procurar um veterinário e exigir que ele faça uma análise no animal. “Muitos colegas mandam esperar o nódulo crescer para saber se não é uma bolinha de gordura, mas essa conduta está errada”. Ana Claudia recomenda fazer uma biópsia, exame simples que em 24 horas vai avaliar se as células do nódulo são benignas ou malignas. “50% dos tumores de mama iniciam como benignos e, quanto menor ele for, menor a chance de chegar em estágio avançado e maior a sobrevi-da do animal”, conta. Dependendo da gravidade, pode ser necessária quimioterapia.

camPUs

Um debate pela justiça

Imigrantes históricose contemporâneos

Mestrado em EducaçãoNos últimos anos, a justiça restaurativa, um pro-

cesso colaborativo em que as partes afetadas direta-mente por um crime determinam a melhor forma de reparar o dano causado pela transgressão, vem ganhando adeptos. Na próxima quinta (1º), às 10:00, ocorre o III Simpósio Internacional de Justiça Res-taurativa, na UCS. O professor João Salm mostrará problemas e soluções na aplicação da justiça restau-rativa no Canadá. A consultora e profissional da área, Catharine Bargen apresentará o Programa de Res-ponsabilidade Comunitária, criado na província de Britsh Columbia, em 1998.

O workshop Traços da Imigração, que ocorre de 6 a 10 de novembro, no Campus 8, irá analisar o patri-mônio e discutir estratégias de preservação da histó-ria da Imigração Italiana na região. Para participar, os acadêmicos da UCS podem se inscrever pelo site até segunda (29). O investimento é de R$ 498.

Na Faculdade Anglo-Americano, o debate é sobre os novos imigrantes. No sábado (27), com o tema Convívio e Condições do Estrangeiro no Brasil, funcio-nários de recursos humanos do Círculo Saúde con-versam com alunos do Comércio Exterior e Relações Internacionais da faculdade.

Estão abertas, até o dia 16 de novembro, as inscrições para o processo seletivo de ingresso no programa de Pós-graduação em Educação, na UCS. O programa abriga o curso de Mestra-do Acadêmico, criado em 2008. Com um corpo docente composto por 14 professores, o mestra-do desenvolve dissertações nas linhas História e Filosofia da Educação e Educação, Linguagens e Tecnologia. Inscrições pelo site da UCS.

Universidade de Caxias do SulAcuracidade das In-formações. 10 e 24/11. Inscrições até 3 de no-vembro. R$ 190. Nova Ortografia da Língua Portuguesa. 10/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 70.Estratégias para Falar em Público. 10 e 17/11. Inscrições até 3 de no-vembro. R$ 90.

Anglo-AmericanoCriatividade. 27/10 e 10/11. R$ 25

+ VESTIBULARUCS. Prova: 9 de dezembro. Inscrições até 23 de novem-bro. R$ 50

FSG. Prova: 11 de dezembro. Inscrições até 10 de dezembro. R$ 40

FAL. Prova: 12 de dezembro. Inscrições até 11 de dezembro. R$ 25

FTSG. Prova: 6 de dezembro. Inscrições até 5 de dezembro. R$ 25

Faculdade Inovação. Prova: 4 de dezembro. Inscrições até 3 de dezembro. R$ 20

Dicas para prevenir o câncer em animaisTOP5

WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 3536-4404 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700

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No último final de semana, os franceses puderam conhecer as obras de um novo artista caxien-se. Após ser descoberto pela in-ternet, Gelson Soares, de 42 anos, que é estofador, é um dos estrean-tes na Feira Internacional de Arte Contemporânea – Carrousel Du Louvre, localizada no subsolo do Museu do Louvre, em Paris. Na exposição, que reúne artistas de diversos países, Gelson mostra duas telas inspiradas em uma le-tra de Chico Buarque e Edu Lobo.

Palhaço I e II são crítica social e homenagem aos meninos da rua. “Um morador de rua, por exem-plo, ilustra um grande problema nas grandes cidades e é esse olhar que permeia a obra”, conta. Em 2005, Gelson participou pela pri-meira vez de uma exposição, no Ordovás, feito que o deixou orgu-lhoso a ponto de acreditar ainda mais no próprio talento. Porém, a falta de uma graduação o impe-diu de expor em um dos princi-pais pontos culturais da cidade.

“Um dos requisitos para expor na Casa da Cultura era ter uma graduação em Artes, e eu queria muito expor lá”, conta. Para reali-zar o sonho, Gelson entrou para o curso de Artes, em 2009. Premia-do no 6° Salão Campus 8, com o 3° lugar pelo desenho tríptico Mortalha (foto), ele acredita que a cultura esteja melhorando em Caxias. “A arte deixou de ser de elite e passou a ser mais aberta.” Gelson também vive um grande momento.

BOAGENTE

Um caxiense no Museu do Louvre

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Após 20 anos como vereador, o radialista Alaor de Oliveira (PMDB), conhecido pelo jargão “amigo vota em amigo”, não se ree-legeu. Alaor foi enfático ao dizer que não quer falar sobre o assunto. O político foi procurado para a reportagem da página 12, que escu-tou os que concorreram à reeleição, mas ficaram de fora da Câma-ra. As razões apontadas por Ana Corso (PT), Guiovane Maria (PT) Francisco Spiandorello (PSDB) e Pedro Incerti (PDT) vão de exces-so de confiança até falta de mobilização de militantes. Vale a leitura.

Odir Ferronatto, que depois do episódio da representação foi exonerado de sua função de diretor comercial pelo Conselho da Festa da Uva, não quer falar sobre o assunto. O presidente do Con-selho que o demitiu é também o procurador do Município, Lauri Romário da Silva, que falou a O CAXIENSE, mas não explicou o ocorrido. “Do mesmo modo que o Conselho nomeia, também pode exonerar sem dar explicações”, disse Lauri. Fazem parte do Conselho da Festa da Uva o chefe de gabinete do prefeito Sarto-ri, Edson Néspolo (PDT), a presidente da Câmara de Vereadores, Geni Peteffi (PMDB), o advogado e patrão do CTG Campo dos Bugres, Guerino Pisoni Neto (PMDB), o vice-presidente da Fes-ta da Uva, Milton Corlatti (DEM), o reitor da UCS, Isidoro Zorzi (PMDB), o secretário municipal de Gestão e Finanças, Carlos Bú-rigo (PMDB), o empresário Ricardo Golin (ex-PP), os vereadores Vinícius Ribeiro (PDT) e Edio Elói Frizzo (PSB). Pisoni e Corlatti não estavam na reunião do dia 10 de outubro, que decidiu pela exoneração. Odir Ferronato é presidente municipal do DEM.

Sérgio Augustin, juiz da 16ª Zona Eleitoral, julgou improceden-te a ação da coligação do prefeito eleito Alceu Barbosa Velho (PDT) contra o candidato a prefeito Mil-ton Corlatti (DEM). A coligação Caxias para Todos acusava Odir Ferronatto, ex-diretor comercial da Festa da Uva, de trabalhar na campanha durante o expediente. A defesa alegou que Odir estava em horário de almoço. “Quando foram apresentadas alegações, eles sequer pediram que houvesse procedência do pedido. Talvez porque o Sartori estava envolvido. Isso demonstra que não houve finalidade de con-sertar algo que estava errado. Só queriam ajuizar por ajuizar”, disse Augustin a O CAXIENSE. Além disso, para o juiz, houve má-fé na representação e a coligação terá que pagar uma multa de 1% sobre o valor da alçada, além dos gastos da parte acusada. Ainda cabem re-cursos ao TRE, TSE e STF.

Elogiável a iniciativa do Blue Tree Towers Caxias do Sul, que oferece opção de hospedagem especial durante o 5º Mississippi Delta Blues Festival, de 22 a 24 de novembro. Sinal de que o evento começa a ter seu potencial turísti-co reconhecido pelo setor hoteleiro. Serão diárias de R$ 238 (mais taxas) com direito a café da manhã e ingresso para as atrações. A proximidade entre o evento e o hotel não está apenas no nome, o Blue Tree Towers fica a 850 metros da Estação Férrea, onde ocorre o Blues Festi-val. Para contagiar os hós-pedes, a tradicional músi-ca ambiente do hotel será substituída por blues.

A cinquentenária Agrale planeja a expansão de duas unidades e o lan-çamento de um novo produto para o primeiro trimestre de 2013. A novidade é um chassi de 17 tone-ladas, uma das apostas da empresa para impulsionar o crescimento no próximo ano. Único no mercado, o chassi é o modelo com maior ca-pacidade de carga produzido pela marca e foi planejado com atenção às necessidades do segmento de transporte urbano, especialmente. “Perguntamos às encarroçadoras e clientes o que tem disponível hoje no mercado e qual é sua necessida-de. Com isso, fizemos um chassi do zero, não é um recovery. Estamos otimistas”, conta Edson Martins, diretor de suprimentos da Agrale, sobre o projeto que começou em 2009.

Reconhecidos pela sólida atu-ação dos sindicatos trabalhistas, Alemanha e Itália receberam o grupo do Simecs liderado pelo presidente da entidade, Getulio Fonseca. Nos dois países, além de empresas, foram visitados o Sindicato dos Trabalhadores de Frankfurt e a Associação de Pequenas e Médias Empresas (Confapi), de Milão, com quem o Simecs assinou carta de inten-ções para cooperação.

Na terça-feira (30), às 10:00, na CIC, serão anunciados os empresários que receberão o Mérito Metalúrgico Gigia Ban-dera 2012, concedido pelo Si-mecs.

Silêncio“Só queriam ajuizar por ajuizar”

Amigo vota em amigo

Blues no BlueUma aposta de 17 toneladas

Agenda

Relações de trabalho na Europa

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Como os vereadores não reeleitos encaram a perda do cargo e o que farão a partir de janeiro para dar continuidade à vida política

por Daniela Bittencourt

POLÍTICA PÓS-DERROTA

Paulo Pasa/O Caxiense

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“Hoje, a gente já consegue assimi-lar a derrota – e não podemos dizer que não foi uma derrota, porque foi”. Dos 5 vereadores não reeleitos para a próxima legislatura, Guiovane Ma-ria (PT), o que teve menos tempo de mandato, foi o único a usar o termo derrota com a dor de quem sente o peso do seu significado exato. Além dele, Ana Corso (PT), também re-correu à palavra para falar do seu desempenho nas urnas, mas muito mais como sinônimo de decepção do que de fracasso. Os demais que ten-taram a reeleição – Alaor de Olivei-ra (PMDB), Francisco Spiandorello (PSDB) e Pedro Incerti (PDT) – não amargaram sentimento do tipo ou preferiram traduzi-lo em palavras mais amenas. À exceção de Alaor de Oliveira, que foi enfático ao vetar o assunto (em janeiro, ele perde o car-go após 5 mandatos consecutivos, ou seja: 20 anos de Câmara), os outros conversaram com a reportagem de O CAXIENSE sobre o sentimento de perda e os projetos futuros.

Ao saber que foram abertas as urnas do bairro Desvio Rizzo, onde mora há quase 30 anos, e deduzir que o resultado não lhe daria a reeleição, o vereador Guiovane Maria preferiu igno-rar a contagem de seus 2.004 vo-tos. “Parei de acompanhar. Não quis passar por aqueles momen-tos de angústia”, conta. Após seu segundo mandato na Câ-mara de Vereadores de Caxias do Sul, Guiovane deve voltar a se dedicar ao que, segundo ele, é de fato a fonte de sustento da família – uma empresa no ramo de plásticos, da qual se ausentou durante os dois últimos anos, quando assumiu, em fevereiro de 2011, a vaga deixada com a morte do vereador Clauri Flo-res (PT). “Não tenho nada pla-nejado na área política. Tenho planejado na área empresarial. Preciso continuar cuidando da minha vida, tocando minha em-presa. O ano que vem deverá ser um ano bom para os negócios”, projeta.

A derrota nas urnas deverá ser vantajosa para as finanças da família. Longe da fábrica, o vereador teve prejuízos. “Tem coisas que acontecem para so-mar e não para diminuir. Mas nada impede, de verdade, que eu continue fazendo meus tra-balhos comunitários”, defende Guiovane, que tem a política “no sangue”.

Passados 20 dias do pleito,

ele consegue analisar de for-ma mais racional os motivos que impediram sua reeleição. “A cada dia que passa você en-contra novos motivos”, avalia, sem lamentações: excesso de confiança; necessidade de reno-var as lideranças – o que avalia como positivo – ou até o fato de não ter conseguido transmitir à sociedade seu desempenho na Câmara. E é aí que Guiova-ne se mostra menos resignado. “Talvez, confiar em pessoas que não corresponderam como de-veriam corresponder. Me refiro a companheiros, militantes... As pessoas criam um clima de euforia em torno do candida-to durante a campanha e, no meu caso, durante o mandato também. Por ter uma empresa, não consigo me dedicar 100% ao mandato, então ficam alguns pontos falhos. O fato de dizer sempre o que penso também me faz pagar um preço grande, no mandato e fora dele”, acredita.

Sem a Câmara como fer-ramenta, Guiovane pretende buscar outras formas de fazer política. “Não me ausento da política nem um minuto. Temos muitas lutas pela frente, inclusi-ve sobre esta eleição, que, na mi-nha opinião, ainda não acabou: a candidatura do Alceu Barbosa Velho continua na Justiça e va-mos trabalhar para que sejam minimamente esclarecidos os fatos”, garante.

“Não me ausento da política nem um minuto”

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“ Nunca fui candidata de mim

mesma, sempre representei um

coletivo”Ana Corso (PT)

“Fui o 8° mais votado, somente não tive o quociente eleitoral

para assumir” Francisco Spiandorello

(PSDB)

Embora seus 3.334 votos não tenham sido suficientes para lhe manter na Câmara de Vereadores, Francisco Spiandorello (PSDB) se considera eleito pelo povo. “Fui o 8° mais votado, somente não tive o quociente eleitoral para assumir dentro dos critérios adotados”, conclui. O vereador, que cumpre seu 4° mandato, está satisfeito com o apoio popular – que des-tacou em agradecimento aos elei-tores 3 ou 4 vezes durante a con-versa por telefone – e confirma que vai continuar atuando como militante do PSDB. “Me conside-ro vitorioso e muito agradecido à população pelas manifestações”, discursa. Além das atividades so-ciais que desenvolve e das quais continuará participando, como ações do Lions Club e atividades comunitárias, Chico afirma que irá analisar outras formas de con-tribuir socialmente, mas ainda não sabe quais. O escritório de advocacia que ele fundou e pre-

cisou largar pela incompatibili-dade com o cargo de vereador é administrado pela filha. Bacharel de Direito, ele não pretende vol-tar a advogar, mas não descarta a possibilidade de ser consultor em algumas causas.

Com menos de um mês do resultado do pleito, Chico ainda não faz planos concretos. “Tem tempo para eu analisar o que pode ser feito. Não defini efeti-vamente, é muito cedo ainda.” Sem querer se comprometer, ele diz que vai aguardar para “ver qual é o chamamento que pode-mos atender”. Mas deixa clara a vontade de atuar junto a Alceu Barbosa Velho (PDT). “O PSDB deu uma grande contribuição de lealdade ao prefeito eleito, então também deveremos atuar junto à administração de forma partidá-ria”, acredita, referindo-se mais diretamente ao partido do que a si mesmo. A certeza é uma só: “Quero me manter ativo”.

Após 16 anos de licença, a funcioná-ria Ana Maria Corso deve se apresentar à indústria têxtil Pettenati, com a qual ainda mantém vínculo empregatício. Mas a designer de moda não pretende voltar a atuar no ramo. “O partido pre-cisa mais de mim do que a Pettenati”, brinca, esclarecendo que a decisão não é por falta de consideração à empresa. Foram 4 mandatos consecutivos na Câmara, uma marca inédita no Partido dos Trabalhadores, que Ana, a mulher mais votada do Legislativo, ostenta como privilégio. A representatividade de Ana Corso e os 2.383 votos conquis-tados, porém, não lhe garantiram o 5° mandato. Talvez, tenha sido justamen-te a trajetória sólida que, ironicamen-te, tenha puxado sua cadeira. “Várias pessoas me diziam: ‘Tu não precisas de votos, vais para casa’. E verbalizavam que iriam ajudar ao fulano porque eu já estava eleita”.

Ana é categórica ao afirmar que sentiu-se triste e decepcionada no momento da apuração dos votos, que acompanhou em Ana Rech, com a fa-mília. “Tu vais para uma disputa pre-tendendo ganhar. Mas não é a primeira derrota que tenho na minha vida polí-

tica”, diz, embora encare a não reelei-ção como o fim de uma etapa. Depois de dezembro, a vereadora continuará sendo secretária de organização do PT, cargo que se alegra em poder de-senvolver com mais doação. “Nunca pude, em fase do mandato, me dedicar integralmente a esta função, que exige muito”, conta. A militância, aliás, é o que lhe move na vida política. “Fiquei triste, mas isso não me abate, não me desmotiva, muito antes pelo contrário. Nunca fui candidata de mim mesma, sempre representei um coletivo. A gen-te não milita por uma questão de inte-resse pessoal.”

Além da falsa segurança de seu elei-torado, Ana acredita que o grande número de candidatos tenha sido um obstáculo à reeleição. Mas garante que o sentimento é mais de ‘até logo’ do que de ‘adeus’: “Me sinto muito vitoriosa nestes 16 anos, tenho marca de uma vereadora sempre atuante, combativa, respeitada. Não me sinto derrotada. Saio de cabeça erguida, com a satisfa-ção do dever cumprido. Se o partido achar que eu deva novamente concor-rer, para que cargo for, vamos lá. Não fujo de desafios”.

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“Ajudei um pouquinho a construir o que está aí,

a ideia é continuar”Pedro Incerti (PDT)

Quem está no jogo pode ganhar ou pode perder. Foi consciente desta premissa que o vereador Pedro Incerti (PDT) se preparou para a apuração das urnas nestas elei-ções. Com 1.714 votos, ele não se sente frustrado por não ter sido reeleito para o 5° mandato, fato que atribui à difi-culdade da campanha, à grande quantidade de candidatos e à baixa visibilidade que obteve durante sua atuação como secretário municipal. “Eu baixei 1.200 votos (precisamente, 1.238 em comparação à campanha de 2008, quando ficou como suplente). A perspectiva do trabalho foi feita. Mas foi uma campanha cara e tinha pouca gente trabalhando, isso também repercute no resultado”, acredita.

Para Incerti, o período em que ficou fora da Câmara de Vereadores, em 2010, quando o vereador Vinicius Ribeiro (PDT) voltou ao cargo após concorrer a deputado, prejudi-cou sua carreira política e uma possível reeleição. “Fiquei fora 9 meses. Quando retornei, a Secretaria que assumi não tinha tanta visibilidade. E muito menos tive ali, digamos assim, uma secretaria em mãos, diferentemente de outras secretarias: Transporte, Obras, Meio Ambiente. Talvez te-nha sido um dos fatores que afetaram...”, afirma, com certa insatisfação, e reitera: “mas não podemos reclamar, eleição é assim, sempre tive dificuldade nas minhas. É natural isso”.

Agora, ele aguarda uma definição e expressa vontade de contribuir com a administração que assumirá a partir de janeiro. “Vamos aguardar os desdobramentos, não sei como vai ficar minha situação. Fica difícil até projetar al-guma coisa. A princípio, sim, vou me manter na política. Inclusive, sobre o prefeito que vai assumir em janeiro, aju-dei um pouquinho a construir o que está aí. A ideia é con-tinuar...”, diz, esperando colher os frutos de uma “modesta colaboração” feita com “compromisso, comprometimen-to e lealdade”. Primeiro suplente da coligação Juntos por Caxias, Incerti também pode assumir a vaga de Vinicius Ribeiro, caso ele assuma na Assembleia Legislativa. Se Ri-beiro dispensar a vaga como deputado, Incerti pretende se candidatar no próximo pleito: “Se quem venceu não assu-mir, vou colocar meu nome à disposição do partido para a próxima eleição”, enfatiza.

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O que contam as mulheres que conhecem como ninguém a casa e a intimidade dos patrões e confundem

suas próprias vidas com as das famílias a que servem

por Andrei Andrade

CASAS DE FAMÍLIA

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segunda a sexta, no bairro Exposição. Após substituir a camisa e a blusa que usou no ônibus pelo guarda-pó branco e de vestir o gorro também branco, ela passa toda a roupa que lavou no dia an-terior. Quando os patrões, um casal de médicos, e seus dois filhos adolescentes acordam, ela ajuda a servir o café da manhã. Por volta das 8:30, Rosa, como é mais conhecida, já desejou bom tra-balho para o casal e boa aula para os filhos. Sozinha, ela arruma todas as ca-mas e lava os 6 banheiros do espaçoso apartamento. Em seguida, tira o pó dos móveis da sala, organiza as almofadas que estão fora do lugar, varre o chão, deixa tudo bem limpo. Às 10:00, Rosa volta à cozinha, de onde só sai ao meio-dia, com o almoço pronto para ser ser-vido. Na última terça (22), o cardápio teve feijão, arroz branco e integral, cou-ve refogada com bacon, saladas e bife à milanesa e morangos com creme para sobremesa. Após almoçar, Rosa recolhe toda a louça, lava, seca e guarda. Depois de limpar o chão da cozinha e pôr as roupas sujas na máquina de lavar, tira o guarda-pó, veste a camisa e a blusa de encarar o ônibus e volta para sua casa, no bairro Serrano. Há 17 anos, Rosa faz tudo sempre igual. E não gostaria que nada fosse diferente.

Rosalvina Marques Varela, de 55 anos, é empregada doméstica à moda antiga. Um tipo de profissional cada vez mais difícil de encontrar, que se dedica em tempo integral a uma mesma famí-lia, ajuda na criação dos filhos, além de lavar, passar, cozinhar e conhecer cada canto da casa do patrão como se fosse a sua. Até suas alegrias se confundem com as alegrias da família a que serve. Quando chega em casa, Rosalvina às vezes confunde os nomes dos seus dois filhos com o das crianças com quem di-vide a mesa no almoço.

Todo dia, Rosalvina faz tudo sempre igual. Às 7:00, a empregada doméstica já pe-gou o elevador e subiu os 7 andares que levam ao apar-tamento onde trabalha de

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As empregadas domésticas são se-nhoras de seus 30 a 60 anos, em geral bastante falantes e bem articuladas. É fácil e agradável conversar com elas so-bre qualquer assunto. Ao mesmo tempo em que encantam pelo dom da pratici-dade, são mulheres que se emocionam facilmente, que se perdem em recorda-ções das casas por onde passaram e que compartilham uma forma otimista de ver as coisas. Um elogio é a melhor re-compensa que esperam ter: “O que me deixa mais feliz é quando falam bem da minha comida”, comenta Rosalvina. A empregada doméstica pode ser tão ou mais mãe do que as próprias mães. Se não dão vida aos filhos que ajudam a criar, oferecem o carinho e atenção que, às vezes, as mães biológicas não têm tempo para oferecer. É uma rela-ção assim, de dupla maternidade, que o menino Eduardo Stuani, de 10 anos, vive com as mães Lenara Stuani, de 50 anos, que o trouxe ao mundo, e Hilda Camargo, de 49, que ajudou a criá-lo enquanto os pais trabalhavam. O amor entre os dois é tão grande, que o me-nino pediu para Hilda antecipar a en-trevista em uma hora, só para que ele pudesse estar presente (ele estaria na escola no horário em que marcamos). Quando fomos à casa de Lenara entre-vistar a empregada, que por 5 anos foi doméstica e há outros 5 segue na casa

como diarista, duas vezes por semana – ou sempre que Eduardo precisa – o me-nino não desgrudou de Hilda. O apego nasceu à primeira vista, quando a em-pregada, que acumula a função de babá, soube o porquê de Lenara tê-la procu-rado. Queria alguém de confiança após uma experiência traumática, quando teve uma babá que maltratou Eduar-do quando ele era bebê. Na época, a mãe descobriu, através dos vizinhos, que o menino gritava além do normal quando ela não estava junto. Descon-fiada, deixou um gravador escondido em casa e flagrou os gritos ofensivos da empregada, que obrigava o menino a mamar sem a sua ajuda. Aos 3 meses. “Nos meus primeiros dias aqui, perce-bi que ele mamava muito rápido, quase se afogava. Foi quando a mãe dele me contou o que tinha acontecido. Fi-quei com muita pena e ali surgiu esse amor que temos até hoje”, conta Hilda. A mãe biológica não fica com ciúme e acha bonito o amor verdadeiro entre os dois. “Na escola, quando pedem para desenhar a família, ele sempre desenha a Hilda junto. Porque ela é da família mesmo”, se emociona Lenara, que viu o filho adoecer quando a “Tata”, como ele se refere à segunda mãe, saiu para tra-balhar em outra casa, quando Lenara, que é contabilista, parou de trabalhar fora e não precisava mais de alguém

“O que me deixa mais feliz é quando

falam bem da minha comida”,

comenta Rosalvina, que às 7:00 já

está na casa onde trabalha, no

bairro Exposição. Rosalvina, de 55

anos, mora no bairro Serrano

Rosalvina Marques Varela |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

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para tomar conta do menino.

Responsável pela colocação de boa parte das empregadas domésticas que atuam nos lares mais privilegiados de Caxias, a agenciadora Margarida Inez Susin, de 65 anos, comenta que as em-pregadas estão em falta no mercado. Em 1984, quando abriu a agência, era bem diferente. Havia um número mui-to grande de mulheres procurando ser-viço como doméstica. Quase duas dé-cadas depois, o cenário é bem diferente. “Antigamente não tinha tanta empresa quanto tem hoje em dia. As mais jovens preferem ir trabalhar nas fábricas, mes-mo ganhando menos”, avalia a agencia-dora, que a cada mês administra cerca de 150 novas contratações. Não chega a ser uma escassez, mas em nada lembra a fartura de mulheres dispostas a fazer o serviço em épocas passadas, quando moças apareciam de todo canto do e aceitavam emprego até em outros es-tados, quando famílias com origem em Caxias pediam indicações na agência de Margarida.

A remuneração média de uma em-pregada que trabalha em turno integral gira entre R$ 1.000 e R$ 1.200. As que trabalham meio turno recebem um sa-lário mínimo (R$ 622). Diaristas costu-

mam cobrar R$ 65 por meio turno. O mais comum, atualmente, é que as em-pregadas optem por trabalhos de meio turno, que permitam conciliar a ativi-dade de diarista. Parece ser a fórmula que melhor alia segurança e alguma rentabilidade. Além de domésticas, a agência de Inez oferece babás, copeiras, camareiras, governantas e cuidadoras de idosos, que são as mais difíceis de encontrar. Segundo ela, pode demorar até 3 meses para a família interessada encontrar alguém para esse serviço.

Apesar do salário médio superior ao que é pago pela indústria, o grande complicador da vida das empregadas domésticas é a falta de direitos traba-lhistas, que no Brasil quase inexistem para a classe de Hilda e Rosalvina. Tan-to parece ser que, no primeiro contato para combinar as entrevistas para esta reportagem, a maioria das emprega-das questionou se a pauta seria sobre os direitos que elas não têm. Rosalvina confidencia que a falta de direitos é o assunto mais comum quando as empre-gadas se encontram nos elevadores do prédio (em que a maioria dos aparta-mentos tem uma funcionária domésti-ca). “É uma pena, porque é um trabalho honesto e digno como qualquer outro”, lamenta. Como o trabalho das empre-

gadas não é regulamentado pela Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT), elas não têm os direitos assegurados aos demais trabalhadores do Brasil, como 13º salário, férias, aviso prévio, recolhi-mento de FGTS, seguro-desemprego, recebimento de hora extra e adicional por trabalho noturno. São benefícios opcionais, oferecidos de acordo com o bom senso dos empregadores.

Talvez tão grave quanto estar aquém de quase todas as classes de trabalha-dores em direitos e valorização do tra-balho seja a necessidade de aturar as vicissitudes de alguns patrões. Uma profissional que preferimos não iden-tificar, relata que há cerca de um ano passou por uma experiência que jamais imaginou existir fora das novelas. “Era uma das famílias mais ricas de Caxias. Aí, um dia, a patroa me viu pela câmera de vigilância comendo uma banana. E disse que eu não podia comer a comida da casa deles, tinha que levar lanche de casa. Vê se pode! Fiquei tão traumati-zada que fui no mercado e gastei uns R$ 200 em comida”, recorda a empre-gada, que hoje vive em harmonia com os novos empregadores e também com a profissão. Trabalhando há 27 anos como doméstica, se orgulha de ter ad-quirido o terreno onde construiu sua

Zelair Brustolin |Paulo Pasa/O Caxiense

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casa e mais outras duas, que aluga, além de um carro. “Se eu trabalhas-se em empresa, ganhando R$ 600 ou 700 por mês, nunca ia conseguir jun-tar nada. Hoje eu ganho o triplo disso, não gasto com refeições e ainda recebo gasolina para ir trabalhar”, analisa.

O trauma de uma relação conturba-da com um empregador também faz com que Zelair Brustolin, de 31 anos, 10 deles como doméstica, comemore o fato de estar agora em uma residên-cia tranquila, com patrões que a veem como alguém que ajuda a organizar a casa e cuidar dos filhos quando eles não estão na escola. A experiência ruim, que durou 15 dias – o máximo que conseguiu suportar – foi traba-lhando na casa de uma psicóloga com dois filhos, de 9 e 4 anos. Ela só não sabe dizer quem a perturbava mais. “A patroa era histérica, daquelas que passam o dedo por cima dos móveis pra ver se ficou algum pó. Também pedia coisas sem cabimento. Todo dia eu tinha que tirar toda a louça dos ar-mários para limpar e depois colocar de volta, sem que tivesse nada sujo. Sem contar que ficava jogando na mi-

nha cara o quanto eu ganhava, que era ela que pagava, que eu tinha que fazer o que ela mandasse”, conta. Sobre a filha, Zelair também não guarda as melhores recordações. “Era ela quem mandava na casa, quem escolhia o que ia ter de almoço, a hora que eu tinha que servir. Uma vez perguntou até se eu era ladra ‘que nem uma preta que tinha passado por lá’. Pode isso? Eu só pensava: meu Deus, essa menina pre-cisa de um psicólogo”, ironiza. Para Zelair e tantas outras, o prazer da pro-fissão está em sentir-se útil para a or-ganização de uma família e ver crian-ças se desenvolverem, participando de sua formação. Na casa em que passa 8 horas dos dias de semana, Zelair aju-da a cuidar de um menino de 3 anos e adora quando ele a surpreende com sua inteligência. “Ele tem 3 anos, mas já sai com cada uma... Esses dias, eu tentei ensinar que ele precisava me ajudar a manter o quarto organizado, que tinha que guardar os brinquedos depois de brincar. Olha o que ele res-pondeu: ‘Mas a profe disse que a gente não deve se meter na vida dos outros.’ É muito esperto”. Histórias assim, não há empregada que não goste de contar.

Hilda Camargo |Paulo Pasa/O Caxiense

“Na escola, quando pedem

para desenhar a família, ele sempre

desenha a Hilda junto. Porque ela é

da família mesmo”, se emociona a

patroa Lenara, que viu o filho adoecer

quando a Hilda saiu para trabalhar

em outra casa

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PLateIao mais misteRioso 007 | cida moReiRa, a dama indigna | a gRaça de eRi johnson | helenas de amanda

Fernando Noronha e Black Soul. Kenny Brown (guitarra e voz) e Deacon Jones (órgão hammond B3). Mestres nacionais e interna-cionais do blues, que poderiam tranquilamente ser atrações de uma das noites do Mississippi Delta Blues Festival. Mas não. Eles são os convidados do 9° Mississippi In Concert (veja o serviço na página 25), um aquecimento e tanto para os 3 dias que vão transformar Caxias na cidade do blues. As entrevistas a seguir, esperamos, farão o leitor blueseiro entrar na contagem regressiva para o festival.

por Carol De Barba

Como será o show?A gente vai revisitar os 7 dis-

cos antigos, tocar clássicos do blues e uma que outra do disco novo. Vamos gravá-lo prova-velmente em fevereiro, para terminar até o final do primei-ro semestre.

Já dá para adiantar algu-mas informações sobre ele?

A gente tem 25 músicas novas, originais, e vamos tra-balhar para tirar umas 14, 15. Gravaremos na minha casa, em Santa Catarina (Praia da Silveira). Acho que vai se cha-mar Silveira Sessions.

Qual é a dose certa para misturar o blues a outros esti-los sem perder a identidade? O segredo é o tal feeling?

Isso é bem pessoal. Cada artista tem que saber a sua dosagem. Mas fazendo músi-ca do coração, e se a música é verdadeira, tu tocas a alma das pessoas. Essa é a essência do blues, tocar a alma das pesso-as. É por isso que o blues não vai morrer. Já está com mais de

100 anos, é um dos estilos mu-sicais mais antigos. Enquanto as pessoas tiveram alma, elas vão estar escutando o blues.

Nas tuas experiências de turnês europeias, como o pú-blico gringo reage ao ver bra-sileiros tocando blues ?

É muito legal, porque, na verdade, eles estão acostuma-dos com bandas americanas, e uma banda brasileira tocando blues acaba sendo uma coisa exótica. Quando começamos a ir para a Europa, acho que muitas pessoas iam para ver de curiosidade. Depois que conheceram, começaram a aparecer nos shows, e a gente criou um grupo de fãs mui-to forte nessa região (Bélgica, França, Holanda).

Ainda é ou cada vez mais é difícil viver de música no Brasil?

Olha, continua sendo difícil. Tem mais maneiras de divul-gar, mas é mais difícil ser pago pelo teu trabalho. Essa é a po-lêmica.

Como será o show?Diga a eles (leitores) que se

vierem ao show não serão os mesmos ao ir sair. Eles verão um show inesquecível.

Tenho certeza! Você tocará músicas do álbum Legacy of the Hammond Blues?

Sim, sim, e eu vou acabar agindo como um completo pateta, um louco. Eu amo o Brasil, é a minha segunda casa. Eu já estive aqui 8 ou 9 vezes. Estou no terceiro passaporte.

Os fãs brasileiros são mais calorosos?

Muito, muito mais caloro-sos. Os fãs daqui são sensíveis, gratos. Nos Estados Unidos, eles se aborrecem, olham para o relógio e dizem “aaah, eu te-nho que ir trabalhar amanhã”. Aqui, o laço com a plateia é completamente diferente.

Em uma das vezes que veio ao Brasil, você participou de oficinas com crianças.

Sim, sim. Meu lema é este: o que você prefere ver nas mãos

de um jovem, uma guitarra ou uma arma? Pense nisso, porque se você der uma guitarra a um adolescente, ela pode guiá-lo a uma direção completamente oposta a do crime. E existem muitas crianças que têm talento natural para algum instrumen-to, mas não têm dinheiro para comprar o equipamento e ex-pressar esse talento. Eles podem passar a vida inteira sem nunca pegar um instrumento na mão só porque não havia ninguém para comprá-lo.

Você acha importante compartilhar a experiência?

Sim, eu acho importante. Eu ensino em Los Angeles. Agora, eu ensino órgão hammond, mas eu também ensino às pes-soas o que elas devem e não devem fazer. Porque não havia ninguém para me dizer o que fazer e o que não fazer quando eu estava começando, alguém mais velho e experiente. Então, como eu senti falta disso, para todos que quiserem me ouvir, eu vou recomendar o que eles devem fazer.

“Essa é a essência do blues: tocar a alma das pessoas”

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ferNaNDo NoroNHa DeacoN JoNes

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2326.OUT.2012

InTOCáVEISA amizade de um tetraplégico rico, Phillippe, com seu assistente, Driss,

um problemático jovem imigrante, renderam ao filme o título de o francês mais visto no mundo e à França uma forte tendência em levar o Oscar de Melhor Estrangeiro. Aos dois envolvidos na história real, rendeu best sel-lers: O Último Suspiro, de Phillippe Pozzo di Borgo e Você mudou a minha vida, do imigrante argelino que na vida real se cham Abdel Sellou e não é negro, como Driss, sua versão no cinema. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★CINÉPOLIS 21:50GNC 14:30-19:20 14 1:52

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Daniel CRAIG. Judi DENCH. Javier BARDEm. De Sam mENDES007 – OPERAçãO SkyFALL

É tudo muito secreto na nova empreitada do agente secreto James Bond. Inclusive o trailer, que diz quase nada sobre o enredo. O que se sabe sobre o 23° filme da série, o 3° protagonizado por Craig: 007 é dado como morto, os nomes dos agentes vazam na internet e eles estão em perigo, M se torna alvo de uma investigação e sua credibilidade é posta em jogo, inclusive por Bond. Além disso, Javier Bardem, agora loiro, será o grande vilão. E Adele é autora da disputada canção tema do filme. Estreia.

CINÉPOLIS 12:00 (SÁB. e DOm.) 15:00-18:00-21:15 13:00-16:00-19:00-22:00 GNC 15:00-18:20-21:10-18:50-21:40 13:10-16:00 14 2:25

OS InFRATORESNos anos 30, durante o período da Lei Seca nos Estados Unidos, os

irmãos Bondurant – Forrest, o mais velho, líder, imortal; Jack, o caçula, ambicioso, covarde; e Howard, só o irmão do meio – crescem na clandesti-nidade, vendendo bebidas. Inspirado no livro de um descendente da máfia familiar, Matt Bondurant, o filme mostra a violência daquele tempo, quan-do um agente do governo encontra a família que fabrica whisky. Estreia.

CINÉPOLIS 17:00-19:40-22:15GNC 16:40-19:10-21:30 16 1:56

DIA InTERnACIOnAL DA AnIMAçãO

O Dia Internacional da Anima-ção, que será celebrado em 30 pa-íses, é o maior evento simultâneo de cinema no Brasil. No domin-go (28), às 19:30, serão exibidos filmes do gênero em 200 cidades brasileiras. Em Caxias, a festa da animação ocorre no cinema do Ordovás e terá 5 sessões: às 14:00 (infantil), às 15:00 (deficientes Vi-suais, livre), 16:00 (deficientes au-ditivos, livre), às 17:00 (sessão na-cional, 14 anos) e às 18:00 (sessão – internacional, 16 anos). Entre os filmes estão O Grande Evento, de Thomate; Cabeça de Papelão, de Quiá Rodrigues; e Linear, de Amir Admoni, entre outros. O evento é promovido pela Associação Bra-sileira de Cinema de Animação. Confira as sinopses dos filmes e a programação completa do evento em www.ocaxiense.com.br.

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O DIáRIO DE TATIDepois de saber que o filme foi rodado no

longínquo ano de 2006, tudo o que se pode falar sobre ele parece velho. No longa, uma adoles-cente vive todos os conflitos próprios da idade. E é interpretada por Heloísa Pérrisé, aos 40 anos. Mas isso é velho também. Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias. 2ª semana.

CINÉPOLIS 13:10-15:20-17:20-19:30 L 1:30

OS CAnDIDATOSJay Roach faz uma crítica aos bastidores da

campanha eleitoral americana. O veterano Cam Brady, favorito nas eleições, é ameaçado pelo inexperiente Marty Huggins, cujo carisma ameaça as certezas daquele que se considerava eleito. E haverá uma guerra de insultos e falsas acusações. Porque só carisma não elege nin-guém. Com Will Ferrell e Zach Galifianakis. De Jay Roach. 2ª semana.

GNC 14:40 12 1:25

TEDDepois de criar Family Guy, ainda sobrou

ironia para Seth MacFarlane estrear no cinema. Ted é um urso de pelúcia que ganhou vida a pe-dido do seu dono. Agora adultos, a relação dos dois entra em conflito pelo mau comportamen-to do brinquedo. Com Mark Wahlberg. Mila Kunis. Seth MacFarlane. 5ª semana.

GNC 17:00-21:50 16 1:46

ATIVIDADE PARAnORMAL 4Os espíritos continuam em plena ativida-

de na franquia paranormal: 5 sessões diárias . Vultos assustam criancinhas (que também são assustadoras) e arrastam pessoas durante o sono (porque, absurdamente, os personagens não sofrem de insônia). Você é daqueles que conversa com a tela e avisa a mocinha que ela está correndo para o lado errado? Pois então, faça um favor: sugira que, na próxima sequen-cia, experimentem desligar a câmera. Talvez seja um santo remédio. É que esses espíritos são muito aparecidos. Com Katie Featherston. Matt Shively. De Henry Joost e Ariel Schul-man. 2ª semana.

CINÉPOLIS 13:20-15:30-17:40-20:00-22:30GNC 15:45-18:00-20:00-22:00

16 1:35

HOTEL TRAnSILVânIAConde Drácula construiu um resort para

abrigar monstros perseguidas pela raça hu-mana ou que precisam descansar da dura ro-tina de assustar as pessoas. É o aniversário de Mavis, a filha do vampiro, motivo de festa no hotel 5 estacas. Eis que aparece um hóspede indesejado: um humano (buu!). O mochileiro se apaixona por Mavis. E Drácula, que é ótimo pai, não quer ser sogro de jeito nenhum. Mui-to menos de uma criatura horripilante como aquele humano. De Genndy Tartakovsky. 4ª semana.

CINÉPOLIS 3D 12:30 (SÁB. e DOm) 14:40GNC 3D 13:45 L 1:33

TOMBOyNo longa francês, Laure tem 10 anos, gosta dos

seus cabelos curtos e de roupas de menino. Assim que se muda com a família para um vilarejo, co-nhece Lisa, a quem se apresenta como Mikaël. E passa a assumir para a nova vizinhança a identi-dade de menino, uma farsa que parece ser a única maneira de levar adiante a sua paixão pela amiga.

ORDOVÁS SEX. (26). 19:30 SÁB. (27) e DOm. (28). 20:00. 10 1:22

CInE HALLOwEEnVista sua fantasia e vá ao cinema na madrugada

de sexta. Entre distribuição de guloseimas e sorteio de brindes, o Ordovás exibe 3 sessões temáticas: A Invasora, de Alexandre Bustillo e Julien Maury, Battle Royale, de Kinji Fukasaku e a terceira com um filme surpresa.

ORDOVÁS SEX. (26). 23:59. R$ 10 e R$ 5.

ATé QUE A SORTE nOS SEPAREUm homem, que passou anos esbanjando um

prêmio de loteria ao lado da esposa, fica pobre. E precisa esconder a tragédia da mulher. Para a crí-tica, o filme tem humor exagerado, cenas clichês e atores despreparados para o cinema. Será por sorte que continua pela 4ª semana em cartaz, em 8 salas, enquanto o elogiado Intocáveis perdeu 5 na semana após a estreia? Azar o seu. Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. 3ª semana.

CINÉPOLIS 14:00-16:30-18:50-21:20GNC 14:00-16:30-19:00-21:20 12 1:44

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2526.OUT.2012

+ SHOWS

MUSICASEXTA-FEIRA (26)

Pietro Ferretti e Ana Jardim 23:00. R$ 5. Chaçaria SarauIzzi e Louise 22:00. R$ 10. Bier HausMarcelo Duani e Banda 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Constelação 23:00. R$ 15 a R$ 25. Havana Festa Meninas Más – DJ’s 23:00. R$ 10. LevelThe Juke Joint Band 22:30. R$ 15 e R$ 20. MississippiMaurício e Daniel 22:00 R$ 8 e R$ 6. PaiolDeclarações 22:00. R$ 20. Portal BowlingThe Trial - Tributo a Pink Floyd 00:30. R$ 15 e R$ 12. VagãoBlack and Dog 20:00. Gratuito. Zarabatana

SáBADO (27)

Carol Soul 23:00. R$ 8 e R$ 12. AristosMarcelo & Fabiano 23:30. R$ 20 e R$ 30. ArenaEdu e Rapha 23:30. R$ 25 e R$ 45. Bulls

Blues de aniversárioA comemoração dos 11 anos do Centro de Cultura Ordovás fica a cargo de

um dos mais requisitados guitarristas de blues do Brasil, o carioca Big Gilson. Influenciado por Eric Clapton, Johnny Winter e Roy Buchanan, Big Gilson tem 14 álbuns lançados e foi o fundador da Big Allambik, uma das primeiras bandas de blues brasileiras.

SÁB. (27). 21:00. R$ 5. Ordovás

Personalidade no cabaréA cantora e pianista Cida Moreira põe sua voz rouca e seu gênio temperamen-

tal a serviço dos diversos gêneros musicais que compõem o espetáculo A Dama Indigna. Do blues de Tom Waits à MPB de Caetano Veloso, passando pelo rock dos Rolling Stones e o soul de Amy Winehouse, Cida prefere as fases marginais dos artistas que interpreta. A sós com seu piano, a cantora se porta em cena como uma atriz que encarna a velha e mundana dama do cabaré.

SEX. (26). 20:00. R$10 a R$30 . Teatro municipal

Farofada no HalloweenOs roqueiros da banda gaúcha Maria do Relento animam o Halloween com

seus clássicos lançados em quase duas décadas, como Conhece o Mário?, O Vaga-bundo e Corcel 72. A festa terá o lançamento do novo clipe dos porto-alegrenses, Farofada Rock ‘n’ Roll, lançado em agosto deste ano. Quem for fantasiado sob o tema da festa ganha desconto no ingresso.

SÁB. (27). 00:30. R$ 20 e R$ 15. Vagão

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A vez das trilhas sonoras

Quando a gaita dá o tom

Depois do sucesso do concerto Playing Video Game, apresentado pela Orques-tra de Sopros de Caxias do Sul, a Orquestra da Unisinos traz à cidade o espe-táculo Clássicos do Cinema. Como o nome sugere, o show terá trilha trilhas de filmes de todos os tempos, de Harry Potter a O Fantasma da Ópera. A regência é de Evandro Matté e os vocais serão dos caxienses Rafa Gubert e Tita Sachet, com interpretação de Fernanda Carvalho Leite. Os ingressos podem ser reti-rados gratuitamente na sede da Unisinos em Caxias (Feijó Júnior, 1.132. São Pelegrino).

QUA. (31). 20:30. Gratuito. Teatro São Carlos

O compositor e acordeonista Oscar dos Reis apresenta suas composições in-fluenciadas pelo argentino Astor Piazzolla. O espetáculo conta com a participa-ção de Gleison Wojciekowski ao piano, Zoca Jungs na guitarra, Tiago Daiello no contrabaixo e Gean Veiga no violino.

SEG. (29). R$ 20 e R$ 10. Teatro municipal

Tribale + Banda Disco 23:00. R$ 15 e R$ 20. Buku’s Anexonatália Gauer 23:30. R$ 5. Cachaçaria SarauDJ’s Federico Barco e Ro-drigo Ayala 23:00. R$ 15 a R$ 40 HavanaGeek U – Villains Edition 23:00. R$ 15. LevelMercedes Blues Band 22:30. R$ 15 e R$ 20. MississippiPátria e Querência 22:00 R$ 8 e R$ 6. Paiol H5n1 22:00. R$ 20. Portal BowlingTira Onda e Carlos Lumens e Thiago 23:00. R$ 40 e R$ 20. Place des Sens

DOMInGO (28)

Sextaneja 22:00. R$ 20. Portal BowlingDomingueira – Set com Dj’s 16:00. Entrada franca. Zarabatana

TERçA-FEIRA (30)

Fran Duarte e Banda 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUARTA-FEIRA (31)

Bier Haus “E” 16th Edition 22:00. R$ 10. Bier HausJhonathan e Carlos 21:00. Gratuito. PaiolRafa Gubert e Tita Sachet 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUInTA-FEIRA (1º)

Five kicks (Tributo kings of Leon) 22:00. R$ 10. Bier HausGrupo Macuco 22:00. R$ 15 e R$ 5. Paiol

+ SHOWS

Blues de volta ao teatroA 9ª edição do Mississippi in Concert, que leva nomes conhecidos do blues

nacional e internacional ao palco do Teatro Municipal, chega com 4 nomes de peso. O guitarrista gaúcho Fernando Noronha, sempre acompanhado do trio Black Soul, abre a noite. Um novo baixista Edu Meirelles, que toca com eles há 6 meses, já vai gravar o disco novo. A formação tem ainda Luciano Leaes (pianos), Roni Martines (bateria). O show terá o tecladista de Indiana (EUA) Deacon Jones, mestre do órgão Hammond B3, e o guitarrista Kenny Brown, direto de Louisiana, que irão tocar acompanhados da banda do organista Flavio Naves, referência nacional no instrumento.

TER. (30). 20:30. R$ 16 e R$ 8. Teatro municipal

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HUMOR CLáSSICOA clássica história de amor

que você conhece, com um hu-mor que você nunca viu. Em Romeu e Julieta – Jamais vós vereis algo semelhante, Raulino Prezzi e Ana Fuchs dão vida a 10 personagens. Com figu-rinos divididos ao meio, eles interpretam dois personagens ao mesmo tempo. Ou mais. São, acima de tudo, Raulino e Ana o tempo inteiro e intera-gem com os seus personagens. Também sobram papéis para a plateia.

SÁB. (27). e DOm. (28). 20:00. R$ 20, R$ 10 (meia-entrada)

e R$ 5 (comerciários). Teatro do Sesc 16 1:20

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PALCO

Se Maomé não vai à Montanha

Sob nova direção

Em Cadê o Circo - Cia Garagem, dois funcionários de circo, que trabalhavam na faxina e na organização, ficaram sem emprego assim que o Circo partiu para outra cidade. E viram na crise uma oportunidade de ganhar dinheiro e re-alizar um sonho: ser palhaço. Zoinho e Montanha improvisaram seu próprio picadeiro. Com supervisão de Davi de Souza, Janio Nunes e Paulo Mace-do montaram o espetáculo com verba própria e vão apresentar gratuitamen-te. Querem chamar atenção do poder público, de empresários e da sociedade para o investimento em cultura. No dia da peça, passarão o chapéu, mas já fi-cam satisfeitos com sorrisos e aplausos.

SÁB. (27). 17:00. Gratuito. Parque dos macaquinhos. L 0:40

Casar pra quê? foi escrita a partir de diálogos roubados de mesas de bar e corredores por Alessandro Anes, que também atua ao lado de Michelle Martins. Ele criou um casal que se ama, mas apresenta os conflitos de todos os outros. Até o ano passado, sob direção de Anja Bittencourt, a peça, que está em cartaz há 4 anos, tinha um cenário pobre, atuação mediana e texto clichê. Neste ano, o espetáculo ganhou a direção de Eri Johnson e dizem que tudo mudou. Além da assinatura de Eri Johnson, mais conhecida que a de Anja, que fez vários papéis em novelas dos quais poucos lembram o nome da personagem (algumas nem tinham), são pouco significativas as mudanças.

SÁB. (27). 21:00 DOm. (28). 20:00. R$ 60, R$ 40 (antecipado) e R$ 30 (meia-entrada).Teatro São Carlos. 14 1:10

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ARTE

Quando a fotógrafa Amanda Zanette recebeu um convite para expor na Atena Incorporações, no Shopping Iguatemi, procurou unir o útil – a sua especialidade em ensaios femininos – ao agradável – a referência ao nome da loja. Helenas, a primeira exposição individual de Amanda, é inspirada na música Mulheres de Atenas, de Augusto Boal e Chico Buarque. Na letra, Chico ironiza a beleza da fragilidade e a força da submissão. As Helenas de Chico se perfumam para maridos que fedem à bebida, são delicadas sob violência, temem e rezam pelos seus heróis. Calam a traição, engolem o choro e imploram perdão sem ter culpa. Em cada estrofe da música, Aman-da buscou a doçura, a sensualidade e a beleza de um sofrimento condenado a permanecer sob a máscara da graça e da força feminina.

Helenas Amanda Zanette. SEG.-SÁB. 10:00-22:00 DOM. 14:00-20:00.

Shopping Iguatemi (Atena)

Helena que era mulher de verdade

Em 7 dias de programação, o Anima Caxias terá 18 ses-sões de cinema e 4 oficinas. Tudo gratuito. O festival ofe-rece 3 oficinas para o público infantil e uma para os adultos. Interessados em participar – as escolas podem agendar grupos para as exibições de filmes – devem se inscrever pelo fone 9181-6944, com Bruna Gianni.

No ano do seu 30° aniversá-rio, a Casa da Cultura ganhou dois novos personagens. Pedro Parenti, patrono do Teatro, e Gerd Bornhein, que dá nome à Galeria, foram homenageados por artistas caxienses Daniela Antunes, que esculpiu Pedro Parenti em cereâmica, vesti-do de Nanetto Pipetta, e Be-atriz Balen Susin, que pintou o retrato de Gerd Bornhein. As obras serão fixas na Casa. Fazem companhia ao Dr. De-métrio Niederauer, patrono da Biblioteca, que tem um busto assinado por Bruno Segalla.

Anime você

Donos da Casa

CAMARIMMarcelo araMis

6° Salão Campus 8 Coletiva. SEG.-SEX. 8:00-22:30. Campus 8

12º BPM: A força da Comunidade de Caxias do Sul Coletiva. SEG.-SEX. 8:30-18:00. Câmara de Vereadores

A cor da luz no Olhar de Mauro de Blanco Mauro de Blanco. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Apontamentos Coletiva do NAVI. Até QUA. (31). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Da Pureza: uma viagem pelo mundo do simples Douglas Trancoso e Giovana Mazzochi. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Devaneios Digitais Thiago Marcon. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. OrdovásSEG-SEX. 8:00-22:30. Campus 8

Libertando os pensamentos Rodrigo Treviso. Até SÁB. (27). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Farmácia do Ipam

Marias e Madalenas Douglas Trancoso. SEG.-SÁB. 8:00-20:00. Sesc

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

Os Magos da Música Paulo Ricardo Var-gas Pinto. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

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2926.OUT.2012

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carol De BarBa

A foto acima parece fazer par-te de um catálogo profissional de moda praia do Verão 2013, mas é, na verdade, resultado de um trabalho da disciplina de Produ-ção de Moda e Eventos da Ftec. A estilista, pesquisadora, consul-tora e agora professora Lu Vizenci é quem coordena a atividade. O desafio dos alunos era criar uma imagem para despertar no grande público o desejo de consumo, ou seja, tonar o espetáculo da moda comercial. Para isso, contaram com a ajuda da fotógrafa Daiane Daros e direção dos profissionais convidados Pepe Pessoa, Aline Montes e Mauren Gianni.

No verão, é preciso ter um pou-co mais de cuidado com o uso do perfume. Os aromas mais frescos e suaves são os mais indicados. Ain-da assim, a escolha vai muito da personalidade. “Cheiros e perfu-mes nos levam a lugares, memórias e sentimentos”, confirma Verônica Kato, graduada em Farmácia-Bio-química pela UNESP, aluna da Dragoco/Symirise (Alemanha), maior perfumista da América Lati-na e exclusiva da Natura. Ela tam-bém ensina os melhores lugares para se passar perfume: nuca, atrás da orelha, pulsos, pescoço e dobra do braço, que concentram um fluxo sanguíneo maior.

Espetáculo comercial

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LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário.Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

MúsicaBlues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tradicionalista.

DançaClássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

ArtesAcervo. Desenho. Diversas Escultura. Fotografia. Grafite. Gravura. Instalação Pintura.

ENdERE OSCINEMAS:CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. RSC 453 - KM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (IN-TEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ABSOLUT BAR. RUA ENGENHEIRO EUCLIDES DA CUNHA, 355. RIO BRANCO. 9143-8579 | ARENA. BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BATERAS BEAT. JúLIO DE CASTI-LHOS, 1452, CENTRO. 3533-6079 | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BULLS. DR. AUGUSTO PESTANA, 55. ESTAÇÃO FÉR-REA. 3419.5201 | BUkUS ANEXO. RUA OSMAR MELETTI, 275. CINQUENTENáRIO. 3215-3987 | COLVALE. RUA CORONEL FLORES, 172, CENTRO. 3021-1687 | COND. RUA ANGELO MURATORE, 54, BAIRRO DE LAzzER. 3021-1056 | HAVANA. DR. AU-GUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, SÃO LEOPOLDO. 3213-4601 | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRI-NO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS. DARCy zAPAROLI, 111. VILA-GGIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PLACE DES SENS. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOWLING. RST 453, KM 02, 4.140. DESVIO RIzzO. 3220-5758 | SARAU. CORONEL FLORES, 749. ESTA-ÇÃO FÉRREA. 3419-4348 | TAHA’A. RUA MATHEO GIANELLA, 1444, SANTA CATARINA. 3536-7999 | TEATRO MUNICIPAL. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | VAGÃO CLASSIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROS:TEATRO MUNICIPAL. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | TEATRO SÃO CARLOS. R. FEIJó JUNIOR, 778. SÃO PELEGRINO. 3221.6387 | TEATRO DO SESC. RUA MOREIRA CÉSAR, 2462. 3221-5233 |

GALERIAS:CAMPUS 8. ROD. RS 122, KM 69 S/Nº. 3289-9000 | ESPAçO CULTURAL DA CRIS-TIANE MARCANTE DECORAçÃO. FEIJó JUNIO, 1006. VIA DECORATTA | FAR-MÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | INSTITUTO BRUNO SEGALLA. R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAz zOLO. 3901-1316 |

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carros e motos

Fã da Vespa, a publicitária Caroline Mussoi encaixou o tema na monografia do curso de Publicidade e Propaganda (UCS). O resultado foi Vespa: uma Lovemark mo-vida a óleo dois tempos (2010), um estudo das marcas que apaixonam, com foco nas estilosas motocicletas italianas.

Além de muita pesquisa em livros, Caroline conheceu pela internet o Vespa Clube de Dois Irmãos. Na época, o grupo estava prestes a organizar o 1° encontro nacional dos amantes da scooter. Em Curitiba, onde o evento foi realizado, a publicitária conheceu gente do país inteiro e até um alemão, todos comple-tamente loucos pelas italianinhas. Um homem chegou a transformar a motoca do filho pequeno em uma mini Vespa. “Cada um tem uma história profunda e emociante sobre a sua Vespa, que sai do coração”, conta.

Ela explica que a mecânica da Vespa é simples. A maioria dos donos consegue fazer boa parte da manutenção sozinho. Ainda assim, como a fábrica brasileira fa-liu e, por aqui, são raridade, os produtos

necessários costumam sair caro. Além disso, existe todo o universo que a torna uma lovemark, presente no estilo de vida. Souvenires, camisetas com motivos da marca, produtos em parceria com grifes famosas... “Todos eles (os fãs de Vespa) têm e não se importam de pagar o preço que for”, afirma Caroline.

A publicitária lembra também da famosa rivalidade com outra marca de scooters. A Lambretta, conforme o tal alemão – cuja aliança de casamento é uma rebimboca da parafuseta da Vespa – que estava no encontro, tem qualidade superior, mas o magnetismo da Vespa é incomparável. “Cada um acha um motivo específico para gostar e supera os defeitos. Eles desculpam a marca”, diz, referindo-se também às demais lovemarks.

Na Itália e em diversos outros países, as Vespas ainda são muito populares. Existe até modelo retrô, de tecnologia moder-na e design clássico. Para os brasileiros, quanto mais velha e conservada, mais bacana. Dando um Google, tem algumas à venda, em média, de R$ 4 e R$ 11 mil.

O Gerente de Novos Negó-cios do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), Alexandre Xavier, será o palestrante do Falando em Qualidade Auto-motiva, quarta (31), a partir das 19:30, no auditório da Facul-dade de Tecnologia da Serra Gaúcha (FTSG). O tema é Cer-tificação de Produtos Inmetro: Impactos e Exigências para as Empresas do Setor Automotivo Brasileiro. O evento é gratuito e aberto ao público, que pode se inscrever pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 3022-8700.

Apaixonante Vespa

Palestra

DIrIGIr

PILotar

“É o próximo que eu vou colocar no meu Fusca 72, que é um teto solar especial, e fica muito bacana para carros antigos”

“Para o meu carro do dia-a-dia, ouvir um samba, uma música boa, é sempre legal”

por André Costantin, diretor de programação da UCS TV e apreciador de veículos antigos

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Teto solar

Som sofisticado

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3126.OUT.2012

A linha de caminhões Agrale, desenvolvi-da em parceria com a Questto|Nó, recebeu o Prêmio Ouro IDEA/Brasil 2012 - Inter-national Design Excellence Awards, na ca-tegoria transportes. O reconhecimento é o quarto conquistado pela marca e destaca as inovações tecnológicas, o visual marcante e arrojado dos veículos, e o seu interior mais ergonômico e confortável para o motorista. As outras três premiações recebidas em menos de um ano de seu lançamento foram - Prêmio iF Design Award, na Europa, o Prêmio Design MCB, do Museu da Casa Brasileira e Prêmio IDEA internacional.

Notícias animadoras no setor automotivo. Na última quarta (24), a presidente Dilma Rousseff anunciou a prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo. O prazo venceria no próximo dia 31 de outubro e irá vigorar até 31 de dezembro. O corte do IPI depende da potência do motor e do local em que ele é produzido - se nacional ou importado. Para carros novos com motor 1.0 e fabricados no Brasil, a alíquota do imposto continua em 0%. Já para os importados com o mesmo tipo de motor, a alíquota é de 30%. Incentivos não faltam para trocar ou adquirir um carro 0km.

Por um erro no air bag, cerca de 30 mil donos do New Fiesta, da Ford, modelos 2011, 2012 e 2013 estão sendo convocados para um recall. A montadora informa que a falha pode aumentar o risco de lesões aos ocupantes em caso de acidentes. Devem atender ao chamado aqueles com numeração de chassi compreendida entre os intervalos BM100380 a BM240215, para os modelos 2011; CM100037 a CM211821, para os modelos 2012; e DM100027 a DM139548, para os modelos 2013.

Novo, o espelho late-ral cromado, no clássico estilo bullet, foi muito popular entre as décadas de 1950 e 1960. Tem para vender no mais famoso site de compras dos Estados Unidos e o preço está em dólar, mas entrega no Brasil.

Uma solução para distrair as crianças no banco de trás pode ser, sim, a televisão. É só instalar um aparelho automotivo de DVD (preso pela parte de cima no teto do veículo), e deixar os passagei-ros se divertindo.

Tem exemplar da principal concorren-te da Vespa à venda – e em Caxias. O modelo de 1964, segundo o dono, é todo original.

BALA

ENTRETENImENTO

RIVAL

Design

Palestra

IPI reduzido continua

Problemas no air bag

GaraGem

New mG, Cobra | U$ 19,90

Orbe | R$ 250 (média)

Lambretta | R$ 10 mil

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Nada de levar buzinada de mo-toqueiro. O chamado ponto cego, quando o motorista não consegue enxergar quem está vindo atrás, é um dos grandes causadores de acidentes no trânsito. Mas esse apa-rato promete resolver o problema.

ADEUS, PONTO CEGO

R$ 10 (média)

Com um design moderno, o volante da Volkswagen chama a atenção pelo tamanho. A inspi-ração é nos tradicionais volantes de rally. Pode ser usado em Gol, Parati, Saveiro e Santana.

OFF-ROAD

Wolloko | R$ 345 (média)

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