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Pág. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Janeiro de 2013 - Ano III - Nº 41 - Distribuição Gratuita

Edição 41 - Janeiro 2013

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Vargem Grande do Sul e Região - Janeiro de 2013 - Ano III - Nº 41 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

O Jornal do Produtor é uma publicação mensal, editadoà rua Quinzinho Otávio, 64, Centro, Vargem Grande doSul - SP. E-mail: [email protected]: (19) 3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700Eduardo Manzini - (19) 9856-5661

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas daPrata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal -Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São João daBoa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastiãoda Grama - Tambaú - Tapiratiba – Porto Ferreira -Ribeirão Preto - Tapiratiba - Em Minas Gerais

Poços de Caldas - Sacramento e Araxá.

EXPEDIENTE

Crescimento doPIB agropecuário

Estimativas da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil(CNA) apontam que o Produto In-terno Bruto (PIB) agropecuáriodeve crescer entre 3,5% e 4% em2013. O cenário de crise mundiale os baixos resultados doagronegócio brasileiro este anoainda não comprometeram o oti-mismo do setor em relação ao anoque vem. A projeção, segundotécnicos do órgão, foi calculadaa partir da expectativa do mer-cado interno e mundial. Os espe-cialistas acreditam que, em 2013,os produtores rurais Brasileirosvão colher até 180,1 milhões detoneladas.

Segundo a CNA, o volume é su-ficiente para abastecer o mercadointerno, que, pelas projeções daentidade, deve manter o patamardeste ano, e atender à expectati-va de uma demanda mundial cres-cente.

Além da expectativa de aumen-to da demanda por alimentos, im-pulsionada pelos asiáticos, o anomarcado por significativas perdasagrícolas nas principais regiõesprodutoras do mundo, que sofre-ram, principalmente, com proble-mas climáticos, pode ser uma si-nalização de bons resultados em2013, pelo menos, para oagronegócio Brasileiro.

Pelas contas da CNA, o ValorBruto da Produção (VBP), que con-sidera o faturamento obtido coma venda dos 25 principais produ-tos do setor, pode atingir a marcados R$ 382,8 bilhões em 2013. Aprojeção foi calculada a partir dasestimativas de supersafras degrãos e fibras, com destaque paraa soja, milho e outras cadeias queestão retomando o crescimento epelas mudanças nos preços dascommodities impulsionados pelosprejuízos mundiais do setor.

Com as perdas que fizeram comque os produtores americanos re-gistrassem queda de mais de 10%na produção de soja e milho, porexemplo, o cenário de menor ofer-ta fez com que os preços subis-sem, compensando, no mercadonacional, parte das perdas.

A soja, por exemplo, ficou 38%mais cara em relação ao ano an-terior. O trigo teve alta de maisde 10%. O valor do milho aindanão foi recuperado no mercadomundial.

Lançada a Guia de Trânsito Animal Eletrônica

O governador GeraldoAlckmin e a secretária de Agri-cultura e Abastecimento, MônikaBergamaschi, acompanharam olançamento da Guia de TrânsitoAnimal Eletrônica. O eventoocorreu em dezembro, em Cam-pinas. Além disso, Alckmin en-tregou 165 veículos para aCoordenadoria de DefesaAgropecuária, 23 tratores eimplementos para a AgênciaPaulista de Tecnologia dosAgronegócios e anunciou a en-trega de mais 130 veículos paraa Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (CATI) em ja-neiro de 2013.

Durante o evento, o governa-dor simulou a primeira Guia deTrânsito Animal e falou da facili-dade que os pecuaristas vão terpara transportar suas criações.Ele destacou que o Brasil é omaior produtor de carne bovinae que o trabalho da Secretariade Agricultura e Abastecimentoé absolutamente importantepara a obtenção da qualidadedos produtos disponibilizadosaos consumidores brasileiros. “Aideia é informatizar ao máximoo trabalho do governo paraagilizar os serviços prestados.

Inovação facilitará a vida do pecuarista e dará maior rastreabilidade ao produto

Mas junto com isso precisamosfortalecer também os recursoshumanos”. Alckmin concluiu di-zendo que quando a agriculturavai bem tudo vai bem. “A agri-cultura é a base da atividadeeconômica brasileira. Não temosespaço para amadorismo. É poresse motivo que apoiamos oagronegócio em benefício dapopulação”, disse.

Mônika Bergamaschi afirmouque é papel da Secretaria deAgricultura concentrar esforçosno sentido de apoiar o setor agrí-cola, já que essa atividade temgrande potencial de gerar ren-da e emprego para o país. Eladestacou que a Guia de TrânsitoEletrônica vai facilitar a vida dopecuarista e dar rastreabilidadeao produto.

Alckimin e a secretária Monika Bergamaschi participaram do evento

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Missão do Banco Mundial visitaAssociação de Produtores de Tambaú

Grupo já está em fase de instalação do Complexo Agroindustrial dos Produtores de Tambaúe Região, que envolverá pecuária leiteira, horticultura e fruticultura

Grupo já está em fasede instalação do Comple-xo Agroindustrial dos Pro-dutores de Tambaú e Re-gião, que envolverá pecu-ária leiteira, horticultura efruticultura

Representantes do Ban-co Mundial estiveram nasede da Coordenadoria deAssistência Técnica Inte-gral (CATI), em Campinas,entre os dias 3 e 7 de de-zembro, para avaliar o Pro-jeto Desenvolvimento Ru-ral Sustentável –Microbacias II – acesso aomercado. Na oportunida-de, os integrantes da mis-são e a gerencia técnicavisitaram o município deTambaú para conhecer otrabalho realizado pela As-sociação de Produtores em con-junto com a prefeitura local e aCATI Regional de São João daBoa Vista.

Segundo Marianne Grosclaude,do Banco Mundial, o encontroteve como objetivo avaliar o an-damento do projeto, os avançose as dificuldades. “Há ainda al-guns ajustes a serem feitos. Aimplantação do Projeto demorouum pouco e ainda necessita pro-mover alguns treinamentos, prin-cipalmente com relação àcapacitação das organizações deprodutores rurais integrantes doMicrobacias II”, afirma.

João Brunelli, gerente técnicodo Microbacias II, destacou queo objetivo das missões do BancoMundial é adequar para melhoratender as organizações de pro-dutores que venham a participardo Projeto. Ele afirma que asações foram efetivamentedisponibilizadas no início de agos-to do ano passado, quando foiaberta a primeira Chamada Pú-

blica para que as associações ecooperativas apresentassem ma-nifestação de interesse para par-ticiparem do Projeto. A segundaChamada finalizou em setembrodeste ano. “Acreditamos estar nocaminho, porque os resultadosestão sendo atingidos e estamosconseguindo administrar as açõesdentro das expectativas”.

Durante a visita, o grupo podeconhecer o trabalho da Associa-ção de Produtores de Tambaú,uma das 38 propostas de negó-cios aprovadas pelo MicrobaciasII na primeira chamada pública.Essa associação já está em fasede instalação do ComplexoAgroindustrial dos Produtores deTambaú e Região, envolvendopecuária leiteira, horticultura efruticultura.

O presidente da Associaçãode Produtores Rurais deTambaú, Ivan José Quaglio, des-tacou que o objetivo do Com-plexo é dar sustentabilidade ecompetitividade às atividades

econômicas do município, alémde contribuir para valorizar aagricultura familiar da região epromover o bem estar econômi-co e social dos envolvidos. Comrelação à comercialização da pol-pa de frutas a produção inicialserá de 450 quilos por dia atéatingir uma produção diária de1200 quilos. O ganho será de14% no primeiro ano, compa-rando ao preço da fruta innatura. As principais frutas aserem processadas aão acerola,abacate, laranja, limão, mara-cujá, manga e tangerina.

O consumo de hortaliças mi-nimamente processadas vemcrescendo muito nos últimostempos por atenderem os requi-sitos de uma alimentação sau-dável, prática e segura. Paraagregar valor também na produ-ção dos legumes e verduras pro-duzidos na região a unidade con-tará com uma produção inicial de600 quilos por dia com uma am-pliação para 1500 quilos, tam-

bém em três anos. Essatecnologia reduz desperdí-cio e perdas, além de pro-porcionar a redução dolixo urbano e melhor apro-veitamento dos produtos:alface, abobrinha, beter-raba, brócolis, cenoura,chicória, chuchu, couveflor, mandioca, milho ver-de e repolho.

A associaçãoA Associação dos Produ-

tores de Tambaú foi criadaem dezembro de 2005para participação do Pro-grama de Doação de Ali-mentos – Doação Simultâ-nea, do Governo Federal.Com seu crescimento eamadurecimento, um gru-po de 33 agricultores as-

sociados, sentindo a necessida-de de buscar novos canais decomercialização, apresentou aproposta de negócio do Com-plexo Agroindustrial, aprovadapelo Microbacias II na primeirachamada pública, solicitandoapoio financeiro do Projeto,tanto coletivo quando individu-al, para viabilizar a produçãode iogurte, polpa de frutas ehortaliças minimamente pro-cessadas. A Associação come-çou com 26 pessoas e hoje são80 associados.

O agricultor e associado JoséMilton Ferracini, do sitio Recan-to Cachoeira, acredita que oMicrobacias II dá oportunidadeao pequeno produtor de inves-tir na sua atividade e, com isso,agregar valor à sua produção,gerando emprego e renda nocampo. Em cerca de seis hec-tares Ferracini produz arroz, fei-jão, milho verde e olerícolas deacordo com a necessidade domercado local.

Representantes do Banco Mundial e da CATI estiveram em Tambaú conhecendo a associação

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Doenças aumentam até 82% e controle caberá a citricultor

A Secretaria de Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento do Esta-do de São Paulo planeja delegara responsabilidade pelo controledessas doenças à base produti-va. “O produtor tem que assumira responsabilidade”, afirma o di-retor do Escritório de DefesaAgropecuária, vinculado à pastaestadual, Paulo Fernando de Brito.O engenheiro agrônomo reconhe-ce, no entanto, que os citricultorespassam por “problemas econômi-cos” e devem ter dificuldade paracontrolar as pragas. “O produtornão tem remuneração para evi-tar o agravamento das doenças”,diz o presidente da AssociaçãoNacional de Citricultores(Associtrus), Flávio Viegas. Se-gundo ele, o custo de produçãoda laranja subiu de R$ 15 paraR$ 19 por caixa entre 2005 e2012, e a remuneração atual éde R$ 6.

O greening é considerado porespecialistas “a doença mais sé-ria da agricultura mundial”. Estápresente, hoje, em 14 milhões depés de laranja, num total de 200milhões, no cinturão citrícola deSão Paulo, de acordo com o Fun-

Incidência de greening aumentou 82,2% nos pomares paulistas, neste ano,enquanto a ocorrência de cancro cítrico cresceu 36%

do de Defesa daC i t r i c u l t u r a(Fundecitrus).“Ainda é perfei-tamente possí-vel controlar adoença. Mas elaestá crescendo,e isso preocu-pa”, alerta o ge-rente da entida-de privada,Juliano Ayres.

“Quando sevê o greening, tem que arrancaro pé”, diz o presidente do Sindi-cato Rural de Araraquara, onde apraga já ocorre em 100% dospomares, Nicolau de SouzaFreitas. Proprietário de 90 hecta-res plantados com laranja, o pro-dutor estima perda de 15% dalavoura e do lucro para a doençanesta safra de 2012/2013.

No caso do cancro cítrico, a in-cidência é calculada em 2,8 mi-lhões de pés. A praga vinha sen-do controlada desde 1999, pormeio de um convênio entre oFundecitrus e a Secretaria deAgricultura cuja renovação foisuspensa, entretanto, em 2009.

Nos últimostrês anos, apraga saltou de0,14% para1,39% dos ta-lhões (dois milpés por unida-de, em média)de laranjapaulistas.

PolíticapreventivaO diretor do

Escritório de Defesa Agropecuáriadiz que o governo se orienta arecomendar “medidas sanitárias”e “controle sistemático” das pra-gas. Em 2013, a secretaria res-ponsável deve lançar novos con-vênios para o monitoramento daspragas.

Hoje, os citricultores são obri-gados a encaminhar à pasta, pelomenos quatro vezes ao ano, re-latórios sobre a incidência degreening no pomar. A mesmamedida deve ser aplicada ao con-trole do cancro cítrico. “São do-enças que precisam ser tratadasde maneira integrada”, afirmaBrito.

Segundo ele, a política adota-da pelo governo em relação aogreening, nos últimos oito anos,foi de retardar sua proliferaçãopara estudar meios de combatê-la. “Os conhecimentos adquiridostrouxeram alternativas para queos produtores pudessem convivercom a doença.”

A política paulista é diferente,segundo os especialistas consul-tados pela reportagem, da “polí-tica voluntária” adotada em ou-tras regiões citrícolas, como noscasos do Paraná, da Argentina eFlórida, onde os produtores lidamcom as pragas por conta própria,à base de agrotóxicos.

O Estado de São Paulo gastouR$ 500 milhões, nos últimos dezanos, com a prevenção de doen-ças da laranja, estima oFundecitrus. A partir de 2013,contudo, citricultores deverão es-tar por conta e risco no combateàs doenças. O apoio público, queantes se traduzia na atuação inloco de quadros técnicos, deveficar restrito à formação de lide-ranças locais, campanhasinstitucionais e treinamentos ecapacitação técnica.

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Fundada em 2005, a Uni-dade Armazenadora (Silo),filial da Cooperbatata, foi cri-ada para armazenamento ebeneficiamento de grãos doscooperados com uma capa-cidade estática de 26.400 to-neladas. Localizado na rodo-via SP-215, km 44,41, nazona rural de Casa Branca, oSilo conta hoje com nove fun-cionários e oferece, além doarmazenamento de grãos,prestação de serviços (rece-bimento, limpeza, secagem ecarregamento), pesagem deveículos e venda de resíduosde milho para cooperados e não-coope-rados cadastrados.

Recentemente, conseguiu ocredenciamento junto ao MAPA (Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento), onde pode agora prestar servi-ços com padrão de qualidade e requisi-tos técnicos estabelecidos na certificaçãoda Unidade, aumentando oprofissionalismo e reduzindo perdas queocorrem durante o processo de armaze-nagem com padronização de processos,maximização dos recursos humanos e deprodução e diferenciação frente aos con-correntes. Com isso associamos a ima-gem de nossos produtos e serviços pres-tados à conformidade das normas e re-gulamentos estabelecidos pelacertificação, conseguindo assim umamaior facilidade de acesso ao mercado.

Além disso, em 2013, o Silo investiráem novos sistemas para modernizar ostrabalhos, como o Sistema de Secagema Gás, conseguindo maior agilidade nasecagem e melhor qualidade do produtofinal; o Secador de 30 toneladas, que per-mitirá receber volumes menores no ini-cio e término de safra; a Captação dePó, que além de ajudar na limpeza detúneis, poços de elevadores e ambienteem torno das máquinas de pré-limpezas,é uma exigência do Corpo de Bombeirosem Unidades Armazenadoras; e umaMáquina de Pré Limpeza, melhorandoainda mais a qualidade de nosso produ-

to final.De acordo com MAPA, as

exportações doagronegócio no acumuladode janeiro a novembro de2012 somaram US$ 88,65bilhões, o que representouincremento de 1% em re-lação ao mesmo período doano anterior. As importa-ções foram de US$ 15,09bilhões, ou seja, 5% inferi-ores a 2011. Desta forma,o saldo da balança comer-cial do agronegócio foi po-sitivo, atingindo US$ 73,56bilhões.

O principal setor, em termos de valorexportado foi o complexo soja (US$ 25,50bilhões), cujas exportações aumentaram11,1% em relação ao mesmo período doano anterior. As vendas externas de sojaem grãos corresponderam a 68,1% des-se montante alcançando US$ 17,36 bi-lhões.

Já em novembro, as exportações atin-giram a cifra de US$ 7,77 bilhões para omês, o que correspondeu a um recuo de6,5% (US$ 538,07 milhões) em relaçãoao mesmo mês de 2011, mas as impor-tações também diminuíram (10,0%),atingindo US$ 1,49 bilhão. Como resul-tado, o saldo comercial dos produtos doagronegócio foi superavitário em US$6,28 bilhões.

Mesmo com a retração, o milho tevebom desempenho, o incremento foi de315,2% nas vendas externas (de US$258,09 milhões em 2011 para US$ 1,07bilhão em 2012). A quantidade embarcadafoi determinante para esse aumento dereceita passando de 907,36 mil toneladasem 2011 para 3,92 milhões de toneladasem 2012, ou seja, aumento de 331,4%.

Por isso, a armazenagem de grãos etodos os serviços que um silo oferece sãotão importantes na receita final de ex-portações, e o credenciamento e os no-vos investimentos da UnidadeArmazenadora da Cooperbatata vão con-tribuir ainda mais para o sucesso de seuscooperados.

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Reportagem: Bruno de Souza

Fotos: Falcão Foto & Arte

Importante ferramenta de auxílio ao produtor, aCasa da Agricultura de Vargem Grande do Sul com-pleta 51 anos de atividades mostrando uma forte atu-ação no município. Para se ter ideia, somente anopassado, o órgão realizou mais de 1.300 atendimen-tos. Entre os serviços prestados está a emissão daGuia de Transporte Animal (GTA), auxílio à obtençãode crédito rural, conservação de solo, projetos de fi-nanciamento rural, políticas públicas, recomendaçãode adubação e aplicação de defensivos agrícolas eoutras atividades.

A Casa da Agricultura foi criada em 24 de janeirode 1962, durante a gestão do prefeito dr. GabrielMesquita, época em que a Câmara Municipal era pre-sidida pelo professor Henrique de Brito Novaes e osecretário da agricultura era José Bonifácio C. No-gueira. O órgão é vinculado à Coordenadoria de As-sistência Técnica Integral (CATI) e tem como chefe oengenheiro agrônomo Ciro Staino Manzoni, contan-do ainda com o técnico de apoio agropecuário Antô-nio Marcos Cossolin e o auxiliar administrativo LuizRoberto da Cunha.

Cursos de capacitaçãoNos últimos três anos, Antônio Marcos Cossolin as-

sumiu a coordenadoria do Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar). Em parceria com a prefeitu-ra, mais de 50 cursos de capacitação foram realiza-dos no município, abordando temas como inseminaçãoartificial de bovinos, produção de silagem, aplicaçãode agrotóxico, casqueamento e ferrageamento, ré-deas e doma racional, por exemplo. Entre estes, des-taca-se o curso de Turismo Rural, constituído de novemódulos e inédito no município. Sem o empenho deCossolin, este e outros cursos não teriam sido reali-zados. Com este trabalho exemplar, mais de 600 pes-soas foram capacitadas e certificadas pelo Senar.

O engenheiro agrônomo Ciro Manzoni durante visita em umadas propriedades atendidas pela Casa da Agricultura

O engenheiro agrônomo Ciro Manzoni durante visita em umadas propriedades atendidas pela Casa da Agricultura

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Casa da Agricultura tem ajudado produtores a obter veículos, tratores,gado de corte e leite, implementos agrícolas e equipamentos de irrigação

A Casa da Agricultura deVargem Grande do Sul tem sedestacado no auxilio aos produ-tores em obter linhas de crédi-tos. Um exemplo disso é o Pro-grama Nacional de Fortalecimen-to da Agricultura Familiar(Pronaf). A Casa da Agriculturaé o único órgão do município queemite a Declaração de Aptidão aoPronaf (DAP). O produtor inte-ressado precisa se enquadrar emalguns requisitos, como ter a ren-da bruta de R$ 130 mil, possuirpelo menos 50% da renda fami-liar de atividade rural, por exem-plo. Além disso, sua propriedadedeve estar enquadrada nosmódulos fiscais exigidos pelo pro-grama e possuir a documenta-ção necessária.

De acordo com o engenheiroagrônomo Ciro Staino Manzoni,

muitos produtores vargen-grandenses utilizam o programa,tanto para custeio quanto para in-vestimentos. “O produtor podecomprar tratores, gado de corte eleite, veículos, equipamentos deordenha e irrigação, desde quepossua outorga, entre outros maiscom valores financiáveis até R$ 200mil, juros de 2% ao ano e um pra-zo de até 10 anos para pagar, comcarência de 1 a 3 anos”, explica.

Somente em 2011, foramrealizados em Vargem Grandedo Sul mais R$ 3.092.522,00em projetos de investimentos.Já em 2012 foram realizadosR$ 1.930.071,60 em projetosde investimentos para a aqui-sição de veículos, tratores,gado de corte e le i te,implementos agrícolas e equi-pamentos de irrigação.

Fundo de Expansão doAgronegócio Paulista

A Casa da Agricultura tambémtrabalha com o Fundo de Expan-são do Agronegócio Paulista(Feap), uma linha de créditos doGoverno Estadual. Entre as linhasoferecidas pelo programa, des-taca-se o Programa Pró Trator ePró implementos, que são volta-dos para que médios produtorespossam adquirir tratores de até125 cv e implementos a juroszero, com prazo de até cinco anospara pagar. “Muitos produtoresno município já financiaram tra-tores a juros zero, desde 50 cvaté a 125 cavalos”, destaca Ciro.

Para se enquadrar no Feap, osprodutores devem ter a rendaagropecuária anual de até R$ 600mil, que deverá representar nomínimo 50% do total de sua ren-

da bruta anual. Já os produtoresorganizados como empresas ju-rídicas (micro e pequenas empre-sas) devem possuir a renda bru-ta anual de até R$ 2.400.000,00.O fundo ainda pode ser utilizadopor associações, constituídasmojoritariamente de pequenosprodutores, com renda brutaanual de até 3,0 milhões. Tam-bém podem ser beneficiadas co-operativas, constituídas majori-tariamente de pequenos produ-tores rurais, com renda brutaanual de até R$ 3 milhões, de-pois de descontados os valoresrepassados aos cooperados, eapresentem a Declaração de Re-gularidade emitida pelo Institu-to de Cooperativismo eAssociativismo (ICA), da Secre-taria de Agricultura e Abasteci-mento.

Casa da Agricultura tem ajudado produtores a obter linhas de créditos para financiar desde tratores a gado de corte e leiteCasa da Agricultura tem ajudado produtores a obter linhas de créditos para financiar desde tratores a gado de corte e leite

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Dentre os serviços prestadospela Casa da Agricultura está avenda de sementes para peque-nos produtores de Vargem Gran-de do Sul. De acordo com o en-genheiro agrônomo Ciro StainoManzoni a procura por este ma-terial é intensa. “Vendemos emmédia 3 toneladas de sementespor ano para pequenos produ-tores”, relata.

Ele explica que as principaissementes comercializadas sãode milho e feijão, porém, atra-vés do Núcleo de Sementes eMudas da CATI, os produtorespodem ter acesso a mudas dediversas árvores frutíferas etambém a sementes de outrasespécies, como sorgo e aveia.

LUPAA Casa da Agricultura é res-

ponsável pelo Levantamento deUnidades de ProduçãoAgropecuária (LUPA), que é um

cadastro de todas as proprieda-des produtivas. Entre 2011 e2012, o órgão atualizou 50% daspropriedades de Vargem Gran-de do Sul.

Durante o levantamento, foipossível verificar as principaisculturas plantadas no município.A cana-de-açúcar é a que ocupaa maior área plantada. Logo emseguida aparecem às pastagensde braquiárias, o milho, o feijãoe a batata respectivamente.

AtendimentoA Casa da Agricultura está lo-

calizada na rua José Bonifácio, nº813, Centro. Para saber mais so-bre os serviços prestados peloórgão, basta contatá-lo através dotelefone (19) 3641-1077 ou peloe-mail [email protected]á para conhecer mais sobre aCATI é só acessar o sitewww.cati.sp.gov.br.Casa da Agricultura está há 51 anos prestando serviços aos produtores de Vargem

O produtor José Luis de Freitas e seu genro Celso são atendidos pela Casa da Agricultura. Eles trabalham com pecuária de leite no Sítio Cidreirinha eestão obtendo bons resultados com o rotacionamento de pastagem orientado por Ciro.

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Como recomendação geral desuplementos na pecuária extensi-va – considerando que o criadorestá fazendo a parte dele, com ocorreto manejo das pastagens –o zootecnista Lauro CordeiroCilento faz as seguintes indicaçõespara todas as categorias de ani-mais de campo:

- Início das águas: elevadosníveis de fósforo, acompanhandoa alta disponibilidade das pasta-gens neste período de quantida-de e qualidade. Com o declínio daoferta e da qualidade das pasta-gens é possível reduzir os níveisde fósforos, pois neste momentoo fator limitante da produção nãoé mais o fósforo e sim o própriopasto (energia e proteína) que jásemeou e está maduro, com me-nor valor nutritivo.

- Final das águas: suplemen-tos minerais ureados como tran-sição para uso do proteinado.

- Início da seca: para opecuarista que dispor de reservade pastagens ainda que maduras,utilizar um suplementoproteinado, com elevado valor deproteína bruta, e diminuindo estealto teor acompanhando o declínio

Recomendações de suplementos para os animais

das pastagens.

- Fim da seca: é possível utili-zar o proteinado, mas se o pastoacabou de vez, uma mistura mi-neral com baixo teor de fósforodará um bom resultado com maiseconomia. Respostas produtivas

com o uso de suplementosproteinados somente podem ocor-rer com sobras de pastos. Na fal-ta deste, nenhum produto dispo-nível no mercado pode trazer re-sultados. Se o pasto acabou, orecurso técnico é a suplementaçãode volumosos como capineiras,

silos, fenos etc.Os produtores que dispõe de

cochos cobertos podem fazer ouso o ano todo do proteinado daságuas, principalmente se tratan-do de animais jovens, em cresci-mento, com necessidades maio-res de proteínas.

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Cooperativa busca levar região cafeeiraà rota oficial de turismo rural

No final do ano passado, opresidente da Cooxupé, CarlosAlberto Paulino da Costa, parti-cipou de uma audiência com osecretário de Estado de Turis-mo de Minas Gerais, AgostinhoPatrus Filho, para indicar a re-gião de atuação da cooperati-va, que compreende o Sul deMinas, Cerrado Mineiro e Valedo Rio Pardo, como sugestão derota para o turismo rural.

Recentemente o governo lan-çou o programa Sudeste Inte-gra, que une os estados da re-gião através de roteiros turísti-cos. O foco deste projeto é adiversificação da oferta de pro-dutos turísticos para os merca-dos nacional e internacional. Umdos primeiros roteirosformatados pelo Sudeste Inte-gra foi o “Café do Brasil – Da

Para Carlos Alberto Paulino da Costa, além de divulgar a cultura e a tradição dasregiões produtoras, medida também movimentará a economia

História aos Sabores,” que pas-sa por Rio de Janeiro, São Pau-lo e Minas Gerais, aliando o tu-rismo histórico cultural e aruralidade. Segundo o Secretá-rio, a região produtora de café,que compõe a área de ação daCooxupé, poderia fazer partedeste roteiro.

Para o presidente daCooxupé, incentivar o turismopode ser um importante meionão só de divulgar a cultura e atradição das regiões produtorasdo grão, mas também movi-mentar a economia. “Temos queaproveitar esses grandes even-tos (Copa do Mundo e Olimpía-das) que atrairão milhares deturistas ao Brasil, para mostrartoda a qualidade do nosso café.Eles vêm para participar de reu-niões e assistir os jogos, mas

Cooxupé quer fomentar o turismo rural nas regiões cafeeiras

também querem conhecer asbelezas do país. Acredito queeste seja o momento oportunopara apresentar as nossas re-giões cafeeiras e suas proprie-dades, investindo na recepçãodestes turistas de maneira pro-fissional, com conforto e segu-rança”.

Segundo Paulino da Costa, opróximo passo é conquistar oapoio formal da Secretaria, re-comendando e chancelando aregião como polo para o turis-mo cafeeiro. “Temos aeroportosasfaltados e com balizamentosnoturnos em várias cidades danossa região, além de uma redede hotéis confortáveis. Com arecomendação da Secretaria deTurismo, resta-nos recepcionarmuito bem esses visitantes”,avalia.

Em Guaxupé , opesqueiro Moinho deVento foi cenário demais uma conquistade pescador. Em de-zembro, uma carpacom cerca de 50 kgfoi pega pelo pedrei-ro Claudio AntônioOl iveira, conhecidocomo Cláudio Cabe-ça, de Muzambinho.

Ele levou 45 minu-tos para conseguirre t i ra r o pe ixe daágua usando ummolinete, cuja linhaacabou enrolada nacarpa. Recentemen-te , uma ca rpa deaproximadamente 45kg e uma cachara de7 kg foram pegas nomesmo pesqueiro. (AFolha Regional)

Carpa de 50 kg é pega emGuaxupé

Cláudio Cabeça ao ladoda carpa de 50 kg

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Valor de produção do milho mais doque dobrou nos últimos seis anos

O Valor Bruto da Produção (VBP)de milho em 2012 atingiu o pata-mar recorde de R$ 34,3 bilhões. Oresultado é o melhor da história epraticamente o dobro do resultadoobtido em 2006, de R$ 16,6 bilhões.As informações são da Assessoriade Gestão Estratégica do Ministérioda Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (MAPA).

Na série histórica, a produção demilho no Brasil saltou de 42,5 mi-lhões de toneladas de grãos na sa-fra 2005/2006 para 73 milhões detoneladas na temporada 2011/2012,de acordo com levantamentos daCompanhia Nacional de Abasteci-

As exportações brasileiras dealgodão em 2012 foram recor-des, totalizando 942,1 mil tone-ladas embarcadas de janeiro anovembro. A área plantada dealgodão no Brasil na temporada2012/2013 deve ser 28% me-nor em relação à 2011/2012. Acultura deve ocupar 1.002,6 milhectares, segundo o relatório dedezembro da Companhia Naci-onal de Abastecimento (Conab).

As exportações brasileiras em2012 foram recordes,totalizando 942,1 mil toneladas

Área plantada de algodão deveser 28% menor na safra 2012/2013

mento (Conab). O crescimento re-corde deve-se especialmente à re-gião Centro-Oeste, que em seis anosaumentou a quantidade produzidado cereal em 227%.

Para 2013, a perspectiva é queo VBP do grão apresente aumentode 13% sobre este ano, registran-do R$ 39 bilhões. A expectativa épositiva mesmo com a possívelqueda da produção de milho paracerca de 72 milhões de toneladas.Os dados do valor de produção delavouras no Brasil têm base nos le-vantamentos de safra da Conab edo Instituto Brasileiro de Pesquisae Estatística (IBGE). (MAPA)

embarcadas de janeiro a novem-bro. Para 2013 espera-se umaredução nos embarques, princi-palmente devido à redução dascompras chinesas.

Por outro lado, outros paísesda Ásia devem aumentar ascompras, mas isto não deve sersuficiente para que o Brasil man-tenha as exportações nos pata-mares de 2012. Se as previsõesse concretizarem, os preços doalgodão no mercado interno em2013 não devem ser muito dife-rentes dos praticados em 2012.

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1) - A Casa da Agricultura é res-ponsável pela emissão da Decla-ração de Aptidão ao Pronaf (DAP)?Como funciona? Muitos produtoresjá foram beneficiados com esta li-nha de crédito? (Tem números?)O que é necessário para emitir aDAP?

A Casa da Agricultura é o únicoórgão do município que emite aDeclaração de Aptidão ao Pronaf(DAP). O produtor interessado pre-cisa se enquadrar em alguns re-quisitos como renda Bruta deR$130.000,00, pelo menos 50 %da renda familiar ser de atividaderural, a propriedade não pode sermaior que 4 módulos fiscais (nocaso, o módulo fiscal em VargemGrande do Sul é de 22 há) e pos-suir a seguinte documentação:

listas de documentossolicitados

para comprovação deenquadramento como

beneficiário do PRONAF Documentos para emissão de

DAP principal e Declaração de Ap-tidão ao FEAP

DOCUMENTOS DO

CASAL PROPONENTE- CPF e RG- Certidão de casamento ou uniãoestável, se for o caso- Comprovante de Residência- DAP anterior (ou seu extrato), seexistente

Muitos produtores no nosso mu-nicípio utilizam o Pronaf, tanto paracusteio quanto para investimentos.O produtor pode comprar tratores,gado de corte e leite, veículos,equipamentos de ordenha e irri-gação (desde que possua outorga)entre outros com valoresfinanciáveis até 200 mil reais, comjuros de 2% ao ano e um prazo deaté 10 anos para pagar, com ca-rência de 1 a 3 anos.

No ano de 2011 em VargemGrande do Sul foram realizadosmais R$3.092.522,00 em proje-tos de investimento e em 2012 fo-ram realizador R$ 1.930.071,60em projetos de investimento. Para

Quais são os principais serviçosprestados pela Casa da Agricultura?

aquisição de veículos, tratores,gado de corte e leite, implementosagrícolas e equipamentos de irri-gação.

DOCUMENTOS PARA VERIFICA-

ÇÃO DA RENDA- declaração do imposto de ren-

da (relativo à renda obtida dentrodo período

de 12 meses anteriores à emis-são da DAP)

- demonstrativos de pagamen-to (de quaisquer que sejam as fon-tes pagadoras)

- Notas Fiscais de Produtor Rural

2) A Casa da Agricultura traba-lha com o Feap (Fundo de Expan-são do Agronegócio Paulista)?Como funciona esta linha de cré-dito? Muitos produtores já forambeneficiados com esta linha de cré-dito? (Tem números?) O que é ne-cessário para o produtor se enqua-drar nesta linha?

Sim, a Casa da Agricultura deVargem é a responsável para tra-balhar com o FEAP, que é uma li-nha de créditos do governo esta-dual. Entre as linhas, destaca-se oPrograma Pro Trator e Próimplementos, que são para médi-os produtores adquirirem tratoresaté 125 cv e implementos a juroszero com prazo de até cinco anospara pagar. Para se enquadrar noFeap necessita os seguintes pré re-

quisitos:

BENEFICIÁRIOS:º% Produtores Rurais com ren-

da agropecuária anual de até R$600.000,00, que deverá repre-sentar no mínimo 50% do totalde sua renda bruta anual;

º% Produtores Rurais organiza-dos como empresas jurídicas(micro e pequenas empresas), comrenda bruta anual de até R$2.400.000,00;

º% Associações de produtoresrurais constituídasmojoritariamente de pequenosprodutores rurais com renda bru-ta anual de até 3,0 milhões º%Cooperativas de produtores rurais,constituídas majoritariamente depequenos produtores rurais, comrenda bruta anual de até R$3.000.000,00, depois de descon-tados os valores repassados aoscooperados, e apresentem a De-claração de Regularidade emitidapelo Instituto de Cooperativismo eAssociativismo – ICA, da SAA

Muitos produtores no municípiojá financiaram tratores a juroszero, desde 50 cv até a 125 cava-los.

3) Quais são as principais se-mentes comercializadas na Casada Agricultura? Como tem sido aprocura das sementes pelos pro-dutores?

Vendemos em média 3 tonela-das de sementes de milho e feijãopor ano para pequenos produto-res, possuem ótima procura.

As principais sementes sãocomercializadas são milho e feijão,mas a Cati através do seu Núcleode Sementes e Mudas comercializamudas de diversas frutíferas e se-mentes de outras espécies comosorgo e aveia.

4) A Casa da Agricultura é res-ponsável pelo levantamento daprodução agrícola do município?Quais as principais culturas plan-tadas atualmente em Vargem?

A Casa da Agricultura é respon-sável pelo Levantamento de Uni-dades de Produção Agropecuária,que é um cadastro de todas as pro-priedades produtivas do município.No ano de 2011 e 2012 atualiza-mos 50 por cento das proprieda-des do município de Vargem Gran-de do Sul. As principais culturasdo município são em ordem: Canade Açúcar Pastagem de Brachiária,Milho Feijão e Batata.

- Alguma consideração final?Nos três ultimos anos, o Técni-

co Agrícola, Antonio MarcosCossolin, da Casa da Agricultura deVargem Grande do Sul, assumiu acoordenadoria do Senar, e em Par-ceria com a PREFEITURA MUNICI-PAL realizou mais de 50 cursos decapacitação como Inseminação Ar-tificial de Bovinos, Produção deSilagem, Aplicação de Agrotóxico,Casqueamento e Ferrageamento,Rédes e Doma Racional e por ulti-mo o curso de turismo rural, noqual foram 9 módulos, que foi umcurso inédito para o município deVargem Grande do Sul, no qualsem o empenho de Antonio Mar-cos, este,, como os outros cursosnão teriam sido realizados. Forammais de 600 pessoas capacitadase certificadas.

No ano passada a Casa da Agri-cultura realizou mais de 1300 (mile trezentos) atendimentos, entreGta, crédito rural, conservação desolo, projetos de financiamento ru-ral, políticas públicas, recomenda-ção de adubação e aplicação de de-fensivos agrícolas entre outras ati-vidades.

Eng. Agr. Ciro Staino Manzoni

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Manejo fisiológico da batata sementeCertamente não há

outra espécie botânicacomo a batata quandose fala em fisiologia. Amaioria das plantascultivadas possui umcomportamento previ-sível que facilita muitoo manejo pelos agricul-tores. Um determina-do híbrido de milhopossui uma recomen-dação bem clara sobreo seu comportamento,informação esta que já

faz parte do pacote tecnológico da empresa que ocomercializa. De acordo com a análise das sementes, o pro-dutor sabe quantas deve colocar por metro para obter apopulação ideal e atingir o máximo de rendimento destehíbrido. Dentro deste pacote, também há outras informa-ções sobre o ciclo vegetativo, adubação e tantos outros tra-tos culturais bem definidos. Este conhecimento se aplica atodos os híbridos e variedades de milho que existem hoje no nosso mercado,que não são poucos.

Em batata a tarefa de conseguir uma população ideal fica bem maiscomplicada. Em um campo de batata a população não é determinada pelonúmero de plantas por unidade de área e sim pelo número de hastes destasplantas. Na cultura do milho, cada semente que germinar vai dar origem auma planta, na batata um tubérculo semente que geminar pode ter uma ouvárias hastes. Também a distribuição destas hastes é um dos fatores paraque se tenha uma lavoura que atinja o objetivo esperado.

Antes do plantio é preciso ter bem claro o destino da produção, batatasemente, indústria ou para consumo fresco e, neste caso para qual mercadoserá destinado esta produção, pois cada mercado tem preferência por tama-nhos diferentes. Outro fator para o plano de manejo são as variedades. Cadavariedade deve ter a recomendação própria para o seu plantio. Estas reco-mendações normalmente são sugeridas pelo detentor da cultivar e muitasvezes não são seguidas.

Manejar as sementes é na verdade conhecer bem a variedade que setrabalha e tirar proveito do ponto ideal da idade fisiológica da batata semen-te. O que devemos ter em mente são os princípios básicos da fisiologia dabatata. Não podemos esquecer de que a batata semente passa por fasesbem distintas, dormência, inicio de brotação (dominância apical), quebra dedominância apical e senescencia. O ponto ideal onde obtemos maior produ-ção e alta taxa de multiplicação é na fase de quebra de dominância apical.Nesta fase as gemas laterais estão brotadas, porém sem excessos. Tubércu-

O potencial produtivo de um campo é determinadopor vários fatores, a idade fisiológica da batata

semente é fundamental para se obter altas produções.

los sementes plantadas nesta fase garante umaplanta vigorosa e maior número de hastes porunidade de área.

O comportamento de cada variedadede batata

Devemos sempre lembrar que cada varieda-de de batata tem o seu comportamento. Algu-mas chegam ao ponto ideal de plantio com mui-ta facilidade e outras com muita dificuldade. Va-riedades como Ágata, Asterix brotam com facili-dade e devemos ter o cuidado de não deixar“passar” do ponto, ou seja, plantar com muitosbrotos e ter a dificuldade de conseguir uma la-voura com tubérculos com o tamanho desejado.Do outro lado, a Cupido e Atlantic são as varie-dades que tem a dificuldade de brotar e mantera dominância apical, resultando em campos compoucas hastes, poucos tubérculos por planta e,normalmente com tamanho exagerado, e aindacom vários defeitos fisiológicos, como crescimen-to secundário, tubérculos ocos e baixa produti-

vidade. Para estas variedades podemos utilizar a aplicação de ácido giberélico,com dosagem de acordo com a época de plantio, destino da produção etc.Não podemos esquecer de que a dosagem é muito importante, que vai deótimos resultados até a produção de batatas impróprias para o mercado. Ésempre bom antes de usar, consultar um engenheiro agrônomo com expe-riência na utilização de hormônios e reguladores de crescimento.

Outro recurso importante no manejo fisiológico é a frigorificação da bata-ta semente. Uma vez submetida à baixa temperatura 3ºC a 4 ºC a batatasemente passa por um processo fisiológico, favorecendo a uniformidade debrotação depois que é retirada da câmara fria. O armazenamento a friotambém possibilita a programação de plantio em épocas diferentes, semcomprometer a qualidade da semente, desde que as condições sejam ideaisde temperatura, concentração de gás carbônico e umidade relativa dentroda câmara.

No Brasil por plantar batata o ano todo, é importante o conhecimento defisiologia. Em outros países com apenas um plantio por ano, fica mais sim-ples o plantio, pois, toda batata semente fica armazenada e não há a neces-sidade de forçar a brotação, pois todo material plantado passou por longoperíodo de armazenamento.

Para finalizar, não basta ter uma semente com boa sanidade, condiçõesclimáticas ideais, manejo de pragas e doenças com os melhores produtos domercado, sem o adequado manejo fisiológico das sementes não forem ade-quados as chances de uma boa produção e com qualidade esperada podeser comprometido.

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Lichia busca novos mercados e esperaquebrar estigma de “fruta de natal”

A lichia, frutasemelhante aum morango eque possui cascarugosa, não édas maisconsumidas pelobrasileiro. Este-reotipada no Paíscomo “produtonatal ino”, suacomer-cializaçãoocorre, principal-mente, duranteas festividadesno final do ano.Na tentativa deacabar com esse“selo”, um pro-dutor de São Sebastião do Pa-raíso trabalha para tornar o fru-to mais conhecido. A FazendaBoa Vista, propriedade dos en-genheiros agrônomos, os ir-mãos Mauro Westin e FlávioWestin, situada às margens daBR-265, é uma das três produ-toras de lichia do município. Doscinco mil pés plantados em ter-ras paraisenses, mais de trêsmil estão na Boa Vista.

Há uma década no ramo,Mauro Westin conta que, no úl-timo ano, Paraíso teve a maiorsafra de sua história: cerca de80 toneladas. A caixa da fruta,que pesa em média 3,6 quilos,foi comercializada a R$ 12,00.A safra 2012/2013, no entan-to, não deve ser tão boa quan-to à anterior e os números nãodevem ultrapassar a casa das60 toneladas. Westin explicaque a lichia é muito vulnerávelàs questões climáticas. “Ela pre-cisa de alguns dias de frio emtorno de 10° C e, também, daseca. Em 2012 tivemos umaonde fria antes do previsto, masnão tivemos seca. Aquilo queera para se transformar em floracabou se transformando em

Integrante de grupo responsável por 15% da produção nacional,produtor de São Sebastião do Paraíso aposta na mecanização e exportação

folha. Foi o que aconteceu namaioria dos pomares. O pesso-al que vai colher mais é porquetem muito mais pés”. Com aqueda na produção, o preço dacaixa deve subir nos próximosmeses. São Paulo, Minas Geraise Paraná são os maiores pro-dutores do Brasil.

Popularizando a frutaOs supermercados são pon-

tos de venda estratégicos. Comautonomia de pronta entrega,a Fazenda Boa Vista temganhado a confiança dosrevendedores. Tanto é que seuproduto já faz parte do cader-no de ofertas de uma granderede da região. O plano dos ir-mãos Westin na busca de po-pularizar a lichia ganha forçacom sua participação em umdos maiores grupos de produ-tores da fruta. Juntos, eles eagricultores de São João da BoaVista, Jundiaí e Ouro Fino, sãoresponsáveis por 15% de todaa produção nacional. “Cremosque no Brasil existam de 200 a250 mil pés de lichia planta-dos”, completa.

Além de ganhar espaço no

mercado interno, o grupo pro-jeta exportar a polpa congela-da de parte de sua produção.“Cerca de 20% a 30% deve irpara fora do País”. Neste ano,o produto foi levado para aFrança. Para dar conta do pro-vável aumento na demanda,Westin conta que comprou hápouco tempo uma máquinadescascadora, vinda da China.Assim, a retirada da casca dalichia, um dos processos maistrabalhosos, será otimizada.

Mesmo com a aquisição domaquinário, o engenheiro afir-ma que a mão de obra huma-na continua sendo de suma im-portância na produção da lichiae seus derivados. A colheita,por exemplo, é encarada comum dos desafios dos produto-res. Seu ciclo é rápido, dura 45dias entre dezembro e o iníciodo fevereiro. “Esse trabalho, aclassificação e a embalagemdos produtos são feitos manu-almente por funcionários da fa-

zenda”, conta.O grupo também projeta

uma máquina capaz de emba-lar a lichia. Westin defende amecanização na agricultura,mas garante que seus empre-gados não perderão o empre-go. Regularizados, os 40 fun-cionários da fazenda exercemoutras funções. “As pessoasprecisam se especializar paraoperar essas máquinas e ga-nhar mais”.

Pelo fato da lichia ser umproduto de época, a FazendaBoa Vista também cultiva mi-lho, café e feijão. A próximaaposta do produtor é aatemoia, fruta doce e de pou-cas sementes, da mesma famí-lia da graviola. “Chegamos a terque construir um barracão porcausa da lichia. É um investi-mento caro, então, precisamoster outras culturas. Não pode-mos depender apenas de umacultura”, conclui.

(Jornal do Sudoeste)

Irmãos Westin juntamente com agricultores de São João da Boa Vista,Jundiaí e Ouro Fino são responsáveis por 15% de toda a produção nacional

de lichia