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1 JUN 2010

Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

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Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

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A , registrada no IPNI, éuma publicação mensal da

, com distribuição gratuita a produtoresrurais, empresários e profissionais do setor deagronegócios, atingindo 85 municípios das regiões daAlta Mogiana, Triângulo e Sudoeste Mineiro

Revista Attalea AgronegóciosEditora Attalea Revista de

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FERNANDO HERKERCafeicultor. Franca (SP). “Trabalho no meio cafeicultor e estou me tornando este ano também cafeicultor. Tenho lido a re-vista todo mês e gosto muito. Gostaria de recebê-la em minha casa”.

OSCAR KENJI TSUCHIDAFATEC. Guararema (SP). “Olá, gostei muito da revista publicada por vocês. Gos-taria de recebê-la”.

JOSÉ HUMBERTO LOPES3M BRASIL. Ribeirão Preto (SP). “Estive no estande da revista na Agrishow e gostei do trabalho de vocês. Trabalho com pes-quisas e tenho projetos na área agrícola. Gostaria de assinar a revista”.

JOÃO BATISTA DE OLIVEIRAPATRO-AGRO. Patrocínio (MG). “Gostei muito da revista. Gostaria de assinar a re-vista e, em especial, a edição de nº 40, de novembro de 2009”.

LUCAS ANTONIO QUINTANILHAEmpresários Máquinas Agrícolas. Varginha (MG). “Visitei a Agrishow e estive no estande da Revista Attalea Agronegó-cios. Gostaria de assinar a revista”.

CARLOS BUENOEngº Agrônomo. Ituverava (SP). “Conhe-ci a Revista Attalea Agronegócios através de um amigo. Gostaria de receber a re-vista em minha residência.”.

ANDERSON RODRIGO DA SILVAEngº Agrônomo. Brodówski (SP). “Tra-balho em duas empresas de defensivos agrícolas nas cidades de Altinópolis e Batatais, com vendas e assistência técni-ca, principalmente com a cultura do café. Gostaria de receber a revista.”

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EDITORIAL

Parece que foi ontem. Mas já se vão 48 meses de trabalho ex-

austivo, mas prazeroso na divulga-ção de notícias e tecnologia sobre o agronegócio regional.

Neste mês de junho a Revista Revista Attalea AgronegóciosAttalea Agronegócios comemora quatro anos de existência. Foram várias conquistas, novas parcerias comerciais e ainda muita energia para trilharmos juntos este ano que se inicia.

Queremos agradecer às empresas parceiras pela participação em nossa revista, divulgando marcas e produ-tos. E também ao público leitor que, através de suas sugestões e críticas con-tribuiram para que façamos a melhor revista de informação agropecuária de toda a região.

Nesta edição, temos a atividade leiteira como tema principal. Na ma-téria “A Importância da Alimentação no Pré-Parto gera até 1.500 litros de leite”, o criador percebe a importância dos cuidados nutricionais necessários à vaca no período de gestação. Já no preparo da silagem, mostramos a im-portância de uma silagem bem feita na matéria “A Importância do Dispositivo de Romper o Milho”. Na questão ge-rencial, o criador recebe orientações sobre o percentual de vacas necessários para manter os custos de produção.

Na questão contabilidade rural, entrevista com o advogado Luiz Car-los Lanzoni Júnior orienta o agricultor

sobre o resgate do valor pago para o FUNRURAL.

Na cafeicultura, destaque para dois artigos. O Dr. Hélio Casale mostra o quanto de nutrientes são necessários para a produção de café e o quanto é retirado na colheita de grãos. Já Fer-nando Souza Barros Jr, diretor do SINCAL, mostra as discrepâncias de valores na Bolsa de Nova York com relação ao café brasileiro.

Aguardado com ansiedade máxi-ma por toda a classe agrícola nacional, a aprovação do Novo Código Florestal é abordado pelo deputado Aldo Rebe-lo, relator da nova lei.

Em artigo de Sérgio Novita Es-teves, pesquisador da Embrapa Su-deste, apresentamos os resultados obti-dos com a raça Morada Nova na região de Franca (SP).

Entre os eventos, destaque para os resultados da 41ª EXPOAGRO de Franca (SP).

Boa leitura a todos...

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5JUN 2010

Cliente da Sami Máquinas recebe colhedeira de café Jacto na linha de montagem

MÁQUINAS

No dia 07 de maio de 2010, a Jacto recebeu em sua matriz, na cidade

de Pompéia (SP), o cliente José Lourenço Bolonha e sua esposa, dona Joana Bolonha, para fazer a entrega pessoal da chave da sua colhedeira de café K-3 Millenium 4x4, adquirida no revendedor ex-clusivo da região de Franca, Sami Máquinas AgrícolasSami Máquinas Agrícolas.

Para recebê-los, foi or-ganizada uma visita às várias unidades fabris do grupo Jacto, em es-pecial à linha de montagem das colhe-deiras de café, onde ele recebeu, em solenidade preparada pela diretoria, a chave da máquina. Ali mesmo, teve a oportunidade de subir e testar o motor de sua mais nova aquisição.

Por se tratar de um evento de grande importância, não apenas para o nosso cliente, mas principalmente para

toda a empresa, estavam presentes to-dos os funcionários envolvidos no pro-cesso de montagem da máquina, bem como os senhores o diretor presidente da empresa Máquinas Agrícolas Jacto, Martin Mundstock, o diretor comer-cial Robson Zofoli e o gerente regional de vendas, Armando Carlos Maran, além do diretor comercial da Sami Má-quinas Agrícolas, Sami El Jurdi, e sua

esposa.Após a solenidade,

o senhor José Bolonha e dona Joana tiveram ainda a oportunidade de conhe-cer a Fundação Shunji Nishimura, nacionamen-te conhecida pelos bene-fícios que traz à comu-nidade pela formação profi ssional de jovens, através das três escolas que congrega.

Foi um grande prazer para toda a família

Jacto receber nas dependências da fá-brica mais um cafeicultor que acredita no país, tornando-se mais um parceiro no alcance dos ideais de nosso Funda-dor, Sr. Shunji Nishimura, que sempre acreditou, com muito entusiasmo, no estreito relacionamento com nossos AMIGOS. “Ninguém Cresce Sozinho” (Shunji Nishimura).

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6JUN 2010

EVENTOS

41ª EXPOAGRO supera expectativase se torna uma das maiores feiras do país

Acima, a raça Gir Leiteiro foi o maior destaque da 41ª EXPOAGRO, segundo avaliação da ABCGIL. Já a raça Girolando o destaque fi cou com a vaca “Juma”, campeã do 1º Torneio Leiteiro.

A PREMIX e a PEUGEOT foram as patrocinadoras de todas as exposições de animais, que contou pela primeira vez com uma Copa de Marcha de Muares e com a maior exposição de Girolando da história.

Realizada pela Associação dos Produtores Rurais do Paiolz-inho e com o apoio da Prefei-tura de Franca (SP), através

da Secretaria de Desenvolvimento, a 41ª edição da EXPOAGRO - Ex-41ª edição da EXPOAGRO - Ex-posição Agropecuária de Francaposição Agropecuária de Franca foi um sucesso. Com mais de 1.200 animais em exposição, 8 raças em julgamentos ofi cializados pelas respectivas Associa-ções Nacionais de Criadores, o evento superou todas as expectativas e colocou Franca no cenário brasileiro das maio-res e melhores exposições de animais.

O Parque de Exposições “Fernan-do Costa” foi pequeno para o número de animais e criadores participantes da edição deste ano. De acordo com Ale-xandre Ferreira, secretário municipal de Desenvolvimento, “o planejamento para a edição 2011 já foi iniciado, com a desejo de ampliação e reformas nos pavilhões e baias, necessários para melhor abrigar os animais, bem como recepcionar um número superior de animais do que temos atualmente”.

No evento, merece destaque duas raças. Primeiro, com a raça Gir Lei-teiro, pela participação dos melhores expoentes genéticos da raça no país e pela realização do 2º Torneio Leiteiro da raça no evento.

Já a raça Girolando mereceu des-taque pelo número de animais em jul-gamento (acima de 260), superando inclusive categorias e campeonatos de exposições nacionais, como Mega-leite e Expozebu. Além disto, destaque para a vaca “Juma”, do criador João Roberto Boleli (Fazenda Gordura, em

Rifaina/SP) e fornecedor exclusivo do Laticínios Jussara, que conquistou o 1º Torneio Leiteiro da raça com médias superiores a 70kg de leite/dia. Juma, inclusive, bateu o recorde de produção nacional no Torneio Leiteiro de Carmo do Rio Claro (MG), com média de 77,8 kg (o recorde anterior era de 76kg).

Além das exposições de animais, julgamentos e torneios leiteiros, a 41ª EXPOAGRO realizou ainda o 3º Con-3º Con-gresso Francano do Agronegóciogresso Francano do Agronegócio, uma parceria com o Escritório Regional do SEBRAE de Franca. O congresso

abordou cinco temas específi cos, com palestrantes de renome no cenário do agronegócio, contabilizando mais de 150 participantes.

A EXPOAGRO 2010 contou com o patrocínio master do BANCO DO BRASIL e da PREMIX e com o apoio do SEBRAE, do SENAR, da PEUGEOT-Orleans (que apresentou a pick-up Hoggar, lançamento 2010 da montadora francesa no Brasil), do Shopping do Calçado de Franca, do La-ticínios Jussara, da Lagoa da Serra, da LWS-Eurolatte e do Café La Santé.

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8JUN 2010

Rebanho produtor de leite idealtem 55% das vacas prenhas

LEITE

Um bom número de vacas em reprodução é a chave para uma boa quantidade na produção de leite. Isto

porque a vaca tem o seu pico produ-tivo no período inicial da lactação, o que signifi ca que quanto mais vezes a vaca parir maior será a quantidade de litros de leite produzidos por ela. Para chegar a um equilíbrio satisfatório dentro do rebanho, o ideal é que os produtores tenham 55% de vacas pre-nhas dentro o total de animais.

O impacto da reprodução é di-reto porque vaca precisa reproduzir para depois começar a produzir, então se não houver a prenhez a produção de leite fi ca inexistente. A efi ciência reprodutiva está ligada diretamente à quantidade de leite produzido. A prenhez afeta a produtividade de

leite porque a vaca tem o seu pico de produção no período inicial da lac-tação, então quanto mais vezes essa vaca parir na sua vida mais tempo ela vai passar no seu pico de produção. O ideal é ter entre 50% e 55% da popu-lação de vacas adultas prenhas — en-sina o médico veterinário Hélio Vaz Rezende, gerente do departamento técnico de leite da ABS Pecplan.

Hélio Rezende foi um dos pa-lestrantes da Ma Shou Tao Pecuária Ma Shou Tao Pecuária 20102010, realizado entre os dias 9 e 10 de junho, na Fazenda Boa Fé, município de Conquista (MG). No evento, Hélio falou sobre este balanço entre o núme-ro de vacas do rebanho e a porcenta-gem que deve estar prenha, explicando como é possível aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela vaca. Segundo ele, geralmente uma vaca tem

de 4 a 5 parições durante a sua vida, mas esse número pode variar de acor-do com a raça e saúde do animal.

A cada 21 dias uma vaca que não está prenha oferece uma opor-tunidade da gente produzir uma pre-nhez nela. A cada 21 dias temos que saber o quanto estamos aproveitando dessas oportunidades que as vacas es-tão nos oferecendo. Emprenhar uma vaca é simples, são dois aspectos bási-cos. O primeiro é inseminar essa vaca e o segundo é essa vaca conceber. Com algumas técnicas hormonais e medicamentosas a gente consegue alterar esse ciclo de 21 dias pra con-seguir fazer essa vaca retornar mais rapidamente ao cio pra que possamos inseminar esse animal que não está prenha e atingir uma maior produção de leite — explica.

Silagem de milho: A importância dodispositivo para romper os grãos

Thiago Fernandes BernardesThiago Fernandes Bernardes(1)

Rafael Camargo do AmaralRafael Camargo do Amaral (2)

Nesta sessão, que nos é dedicada mensalmente sobre o assunto conser-vação de forragens, muito já se foi dis-cutido sobre a importância do tamanho de partícula da forragem na produção e utilização da silagem. Porém, recente-mente tem havido grande interesse da classe produtora e do meio científi co sobre a importância do rompimento dos grãos de milho no desempenho animal.

A colhedora utilizada para cap-tação das plantas no campo tem papel fundamental no processo de ensila-gem, pois a sua função não é somente separar os seguimentos planta-solo, mas também o de promover a picagem da planta e o rompimento dos grãos num determinado tamanho que seja satisfatório para que haja fermenta-

ção de qualidade e posteriormente seja favorável ao consumo e desempenho animal.

No Brasil, nós temos dois tipos básicos de máquinas para a colheita da planta de milho, as que são acopladas ao trator (colhem uma ou duas linhas) e as automotrizes (colhem de quatro a oito linhas), que vêm ganhando espaço no mercado nacional, por serem uti-

(1) Engenheiro agrônomo, PhD, Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Fe-deral Rural da Amazônia, Belém - PA.(2) - M.Sc., zootecnista e doutorando em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ/USP.

lizadas na terceirização de serviços.A regulagem “teórica” do taman-

ho de partícula da forragem nestes dois modelos de colhedoras pode variar de 0,8 a 3 cm. Porém, é importante ressal-tar que em algumas fazendas o taman-ho de partícula observado ultrapassa os 10 cm, devido a falta de manutenção (afi amento das facas e ajuste de facas e contra facas) nos equipamentos e

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O criador não pode esquecer que a silagem continua sendo uma das melhores opções em custo-benefício na alimentação de vacas leiteiras

LEITEtambém é muito comum a observação de grãos inteiros nas fezes de animais alimentados com silagem de milho, sendo que parte deste pro-blema pode estar ligado ao estágio de matu-ração dos grãos, mas o tipo de colhedora e o cuidado que é dedicado a ela são os grandes responsáveis por este tipo de perda.

As automotrizes, além de possuírem dis-positivo para romper os grãos também apre-sentam um sistema de regulagem (grão mais ou menos quebrado), contudo, nas colhedoras nacionais de menor porte este dispositivo nem sempre está presente.

Trabalhos americanos (Bal et al., 2000; Kuehn et al. 1997) mostraram que não houve efeito do tamanho de partícula entre 0,95 e 1,9 cm sobre a produção de leite. Esses estudos também indicaram que o tempo de ingestão, mastigação e ruminação não foi afetado pela diferença do tamanho de partícula quando a silagem de milho foi inserida como parte da dieta total.

Contudo, é extremamente importante recordarmos que o tamanho de partícula in-fl uencia na compactação da silagem. Taman-hos superiores a 1,5 cm podem resultar em silagem com baixa densidade, sobretudo nas camadas periféricas do silo e quando a forra-gem apresenta concentração de matéria seca superior aos 35%.

Em relação a ação do dispositivo para romper os grãos, os efeitos sobre a ingestão e produção de leite foram bastante evidentes. Bal et al. (2000) observaram efeito positivo so-bre o consumo (25,9 vs. 25,3 kg de MS/dia) e sobre a produção das vacas (46,0 vs. 44,8 kg/dia) quando estas foram alimentadas com sila-gem de milho (linha do leite a 50%) que apre-sentavam ou não os grãos quebrados.

O efeito do rompimento dos grãos pa-rece ser devido ao aumento na digestibilidade do amido que passou de 95,1 para 99,3% nas silagens com grãos quebrados. Johnson et al. (1999), confrontando diversos estudos sobre a presença de grãos quebrados, mostraram que o aumento na produção pode variar de 0,2 a 2,0 kg de leite/vaca/dia. Portanto, a aplicação de tratamentos à forragem no momento da ensi-lagem tem como objetivo melhorar as carac-terísticas do processo de conservação, visando não só diminuir as perdas, mas também obter um produto de valor nutritivo elevado que permita maior consumo e conseqüente des-empenho animal favorável.

A colhedora de forragem que está sendo utilizada e a manutenção que é direcionada a ela será essencial para o desempenho do re-banho. Lembre-se, que durante a ensilagem de milho, a maioria dos grãos deverá sofrer pelo menos uma fragmentação, decorrente da ação mecânica do equipamento e, que o ajuste de máquinas dentro da propriedade não custa dinheiro, apenas um pouco de tempo e paciên-cia (FONTE: MilkPointFONTE: MilkPoint)

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LEITE

As vacas no período periparto são o se-gundo grupo mais importante das fa-

zendas leiteiras, só perdem para as vacas em lactação. Muitos produtores não sabem, mas durante este período que vai do 1 mês antes até o mês após o parto as necessidades nutricionais da vaca são muito grandes e a alimentação que elas recebem neste período pode determinar a quanti-dade de leite que elas vão pro-duzir durante toda a lactação. Uma vaca bem cuidada e que

Boa alimentação no pré-parto geraganho de 1.500 litros de leite

recebe dieta especial durante o peri-parto pode produzir até 1.500 litros de leite a mais do que uma vaca que tenha se alimentado normalmente. O proble-ma é que a maioria das vacas de alta produção leiteira tem hipocalcemia subclínica no periparto o que faz com que ela produza menos leite durante a lactação. Para evitar que as vacas não sofram com a hipocalcemia, os produ-tores precisam dar o melhor alimento e acrescentar sais amiônicos na dieta delas.

O período periparto hoje é o principal desafi o para as propriedades leiteiras de alta produção. É quando a vaca está extremamente sensível, ela não consegue comer o que precisa, está imunologicamente debilitada e os avanços tecnológicos consistem na melhora da nutrição destes animais com estratégias de nutrição antes e após o parto. Antes do parto o principal avanço que nós temos disponível hoje são as dietas amiônicas, que são dietas para serem utilizadas somente um mês antes do parto. O objetivo dessa dieta é evitar a hipocalcemia subclínica. Prati-camente toda vaca de alta produção tem esse problema no período peripar-to — explica Rodrigo de Souza Costa, gerente técnico da Tortuga e um dos palestrantes da Ma Shou Tao Pecuária 2010, que aconteceu no município de Conquista, em Minas Gerais, nos dias 9 e 10 de junho.

A hipocalcemia subclínica faz com que a vaca consuma menos ali-mentos, com isso ela vai mobilizar

mais gordura, provocar uma disfun-ção metabólica, diminuir o seu peso e com isso, produzir menos leite na fase de pico, que é a mais importante. Cada litro produzido durante a fase de pico signifi ca que ela vai ter cerca de 200 a 250 litros durante toda a lactação. O que a dieta a base de sais amiônicos faz é impedir a hipocalcemia e garantir 5 litros de leite a mais durante a fase de pico, ou seja, até 1.500 litros durante a lactação. Além de reduzir a produção, a hipocalcemia também atrapalha a re-produção. Uma vaca com este proble-ma fi ca muito debilitada, não come o que precisa e acaba perdendo muito peso. Dessa forma, ela demora mais tempo para voltar ao cio e para entrar em um cio fértil, com prenhez.

Mesmo se a gente der o melhor alimento para ela, a gente não vai con-seguir atingir as necessidades nutricio-nais dessa vaca, então ela vai acabar perdendo peso. Então, nós temos que dar para ela os melhores ingredientes e associado a isso, a gente coloca uma suplementação mineral específi ca para essa fase que são os sais amiônicos.

Mas estes sais sozinhos não fa-zem milagre, precisam estar associados a uma dieta bem balanceada e como essa vaca está muito suscetível imuno-logicamente ela precisa estar em uma situação de conforto. Ela tem que fi car em um piquete sombreado, com espaço para que ela possa andar, com espaço para que ela não precise disputar ali-mento com outras vacas. Além dos sais amiônicos o produtor precisa prover

a essa vaca todo o conforto que é adequado nesse mo-mento — alerta Rodrigo.

O que os sais amiôni-cos fazem é mobilizar cálcio dos ossos nesta fase, eles garantem cálcio para a vaca nesta época complicada para o metabolismo do ani-mal. O que ela estaria per-dendo de cálcio pelo esforço que está fazendo e pelo que está sendo sugado pelo feto dentro da vaca é compen-sado pelos sais amiônicos, evitando a hipocalcemia subclínica. Além disso, essa

dieta diferenciada vai promover uma melhor recuperação no pós-parto. A vaca vai comer melhor, não vai ter re-tenção de placenta que poderia levar a uma infecção e prejudicar a produção de leite. Por isso, os especialistas mo-dernos chamam a atenção dos produ-tores e dizem que estas vacas precisam dos melhores cuidados que o produtor puder oferecer, por estarem em um período muito crítico e frágil que pode comprometer toda a produção.

Uma coisa muito interessante nesse sentido é que nós temos que tratar a vaca no pré-parto como se ela tivesse em lactação. Muitos produtores colocam ela no pior lote, dão pra ela o pior alimento que está na fazenda e ela é uma vaca extremamente exi-gente porque ela está com um feto em crescimento exponencial praticamente levando todos os nutrientes que essa vaca ingere e por ter um animal com-primindo o intestino dela, ela não dá conta de comer o que precisa e chega ao que a gente chama de balança ener-gética negativa.

O grupo de animais mais impor-tante da fazenda são os animais em lactação porque é o grupo responsável por toda a receita da propriedade. Em seguida, a gente pode colocar que o grupo pré-parto é o mais importante. O que eu vou falar para os produtores na minha palestra é 'cuidem bem das suas vacas no pré-parto porque elas vão retribuir muito bem durante a lac-tação' — ressalta. (FONTE: Portal Dia (FONTE: Portal Dia de Campo)de Campo)

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11JUN 2010

Os caminhos jurídicos que o produtor deve fazer para reaver o Funrural

O que o produtor rural deve fazer para reaver os valores pagos ao Funrural? Muitos questionamentos ainda e-

xistem, mesmo encerrado o prazo para ajuizar ação solicitando restituição de tudo o que foi recolhido nos últimos 10 anos, que foi dia 09 de junho. A partir de agora, somente poderá ser solicitada devolução do que foi pago nos últimos cinco anos. Enumeramos, abaixo, uma série de orientações sobre o assunto, contando com a colaboração do advogado e especialista no assunto, Luiz Carlos Lanzoni Júnior, de Campo Grande (MS).

1) O que é aconselhável como prioridade: dar entrada com uma ação para a suspensão do pagamento do Funrural ou solicitar a restituição dos valores já pagos?

LanzoniLanzoni - Existe a possibilidade de se requerer, em um mesmo processo, tanto a desobrigação do pagamento do FUNRURAL quanto à restituição dos valores pagos a título da contribuição social. Diferentemente, também há a possibilidade de se ajuizar uma ação para cada pedido, ou seja, uma para pleitear a suspensão do pagamento e outra para postular a indenização dos valores recolhidos aos cofres públicos. Contudo, se fosse necessário escolher entre uma ou outra ação a ajuizar, a prioridade recairia sobre o pedido de restituição dos valores, uma vez que o prazo prescricional decenal está pres-tes a se exaurir, o que não invalida a importância do pedido de suspensão dos pagamentos.

2) Como o produtor pode agilizar sua ação de restituição do Funrural? Quais os documentos ele deve separar?

LanzoniLanzoni - O produtor deve pro-curar imediatamente um advogado es-pecializado para suprimir suas dúvidas e ajuizar a ação pertinente. Os docu-mentos imprescindíveis, além de pro-curação e documentos pessoais, são to-das as notas fi scais com relação às quais se pretende reclamar a devolução dos valores. Nelas deverá estar especifi cado o valor pago a título de Funrural.

3) Caso o produtor não tenha

documentos que comprovem todos os seus recolhimentos, o que ele deve fazer?

LanzoniLanzoni - Caso existam docu-mentos onde o valor do recolhimento do imposto não esteja destacado, deve-se procurar o adquirente para que ele possa detalhar documentalmente ou mesmo informar se houve ou não o recolhimento da contribuição. Sem prova documental não há como ajui-zar ação solicitando a restituição do tributo.

4) Para dar entrada com ação de restituição do Funrural, o produtor pode tomar esta iniciativa sozinho ou deve ter uma orientação jurídica?

LanzoniLanzoni - Sem dúvidas, deve es-tar acompanhado de um advogado que entenda do assunto, não só porque o produtor não possui capacidade postu-latória, ou seja, não pode ajuizar ação autonomamente (salvo em alguns ca-sos excepcionais), mas também porque a matéria é bastante técnica e suplica o conhecimento de um profi ssional atento e atualizado.

5) Em caso de alguma divergên-cia no cálculo, a ação para restituição fi ca emperrada?

LanzoniLanzoni - Não. Os valores devidos ao produtor são calculados adotando-se como parâmetro o montante efeti-

vamente recolhido ao Fisco (descon-tado do produtor pelo adquirente no momento da comercialização), devida-mente atualizado pela SELIC. Ou seja, refere-se a 2,1% (e não a totalidade, de 2,3%) da cifra comercializada, com a atualização legal. Importante escla-recer que o Poder Judiciário não está adstrito ao reconhecimento dos valores apontados pelo autor na ação. Caso haja impugnação do Estado e/ou indícios de que o cálculo foi elaborado em desali-nho com os parâmetros legais, o juiz determinará a liquidação dos valores, seja por cálculos particulares, seja por perícia. Contudo, uma base bastante confi ável é atualizar os valores efeti-vamente recolhidos pela SELIC, cujo resultado será, senão idêntico, bem aproximado do montante devido. Por isso a necessidade da atuação de um profi ssional gabaritado.

6) Qual a melhor solução: uma ação individual ou coletiva?

LanzoniLanzoni -Ao que parece, via de regra, a melhor solução é o ajuizamen-to de ações autônomas, principalmente se entre vários possíveis autores hou-ver defi ciência de documentos, como, por exemplo, se um possuir todas as notas fi scais com especifi ca-ção das cifras recolhidas e outro não. Porém, mesmo não sendo a melhor al-ternativa, em tese nada impede

CONTABILIDADE RURAL

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o ajuizamento de uma só ação para reclamar a restituição dos tributos recolhidos por mais de um produtor rural.

7) Quais são as chances de uma ação de restituição sair vitoriosa?

LanzoniLanzoni - As chances são enormes, para não dizer que são cer-tas. O STF já reconheceu a inconstitu-cionalidade da cobrança do Funrural, o que equivale a dizer que certamente este deverá ser o entendimento adota-do país afora. Com isso, após a decla-ração de inconstitucionalidade, a res-tituição é mera conseqüência, até com o objetivo de evitar o enriquecimento ilícito do Fisco.

8) Caso a ação de restituição saia vitoriosa, a obrigatoriedade de recolhi-mento do Funrural é imediatamente suspensa?

LanzoniLanzoni - Como já dito, a op-

ção adequada, por ser mais prática e abrangente, é o ajuizamento de ação judicial que contemple os dois pedidos: de restituição e de desobrigação do re-colhimento. Contudo, considerando uma ação em que o produtor pretende apenas a repetição do indébito tribu-tário, a procedência do pedido não implica em suspensão do recolhimento do Funrural, de modo que continuará sendo descontado o valor correspon-dente de 2,3% do total da comerciali-zação de seus produtos.

9) O que o produtor pode perder se der entrada com a ação de pedido de restituição após o dia 09 de junho?

LanzoniLanzoni - Até o dia 09 de julho pode-se cobrar a restituição dos valores pagos durante os últimos dez anos. Após esta data, apenas o período pre-térito de cinco anos poderá ser objeto de ação judicial, o que signifi ca que o produtor perderá o direito de receber

CONTABILIDADE RURALos valores pagos de cinco anos de re-colhimento.

10) Há alguma possibilidade do produtor vislumbrar o valor que ele pode receber caso sua ação de resti-tuição seja vitoriosa? Se existe, como calcular?

LanzoniLanzoni - O mais seguro é pro-curar a orientação de um advogado da área, porque o profi ssional possui maiores elementos técnicos para calcu-lar os valores devidos de acordo com as balizas legais. Caso o produtor queira mensurar superfi cialmente o montante a que tem direito de receber do Fisco, poderá somar os valores efetivamente descontados quando da comercializa-ção dos seus produtos (descontado do produtor pelo adquirente no momen-to da venda) e atualizá-los pela taxa básica de juros, a SELIC, a partir das respectivas datas da emissão das notas fi scais. (FONTE: Só NotíciasFONTE: Só Notícias).

20º Encontro de Engenheiros Agrônomos será dia 23 de outubro

Os engº agrônomos Saulo Faleiros (Cocapec), Iran Fran-cisconi (homenageado 2009) e sua esposa Maria do Car-mo, Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec) e o esposo An-tônio José de Almeida (Bunge-Serrana).

AComissão Organizadora do 20º Encontro de Engenheiros 20º Encontro de Engenheiros

Agrônomos da Região de FrancaAgrônomos da Região de Franca intensifi cou este mês as ações de or-ganização para o evento 2010, que acontecerá este ano no dia 23 de outubro, sábado, mais uma vez no Salão do Agabê, em parceria com o Buffet Companhia da Folia.

O evento acontece desde 1983, graças ao idealismo de vários agrônomos ilustres e ao apoio fi -nanceiro de empresas do setor do agronegócio, que trabalham e re-conhecem o papel do agrônomo na sociedade francana e região.

Segundo Carlos Arantes Corrêa, diretor da Revista Atta-Revista Atta-lea Agronegócioslea Agronegócios e membro da Comissão Organizadora, várias empresas já confi rmaram a partici-

pação neste ano. “O Encontro de En-Encontro de En-genheiros Agrônomos da Região de genheiros Agrônomos da Região de FrancaFranca é mais que um evento de con-fraternização entre os profi ssionais e empresas patrocinadoras. É um evento de reencontro, de lembranças, de apre-

sentações e, por que não falar, tam-bém de trabalho”, afi rmou.

Todos os anos, várias empresas do setor contribuem para a realiza-ção do evento. “Mesmo assim, gos-taríamos de convidar outras empre-sas que ainda não foram contactadas para ser parceria do Eng. Agrônomo. Além de mostrar o nome da empresa a todos os leitores da revista, bem como no dia do jantar, a empresa ai-nda poderá participar de outras peças publicitárias, como outdoors esp-alhados pela cidade. Para isto, basta entrar em contato com a Revista Revista Attalea AgronegóciosAttalea Agronegócios ( (revista@re-revista@re-vistadeagronegocios.com.brvistadeagronegocios.com.br) que é ) que é patrocinadora master do evento há 5 patrocinadora master do evento há 5 anos. A empresa receberá uma visita anos. A empresa receberá uma visita e serão apresentadas as cotas de pa-e serão apresentadas as cotas de pa-trocínio”, fi nalizou.trocínio”, fi nalizou.

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13JUN 2010

Um ilustre professor da ESALQ - Escola de Agronomia de Pi-

racicaba (SP), José de Mello Moraes, o Dr. Melinho como era mais conhecido, dizia a seus alunos mais dedicados: “café foi, é e sempre será uma das mais importantes culturas para o Brasil”. Dados ofi ciais sobre a participação do café nas exportações do agronegó-cio brasileiro revelam que, em apenas 12 anos, houve um de-créscimo de 54% e nos últimos 4 anos, de 4,4%, conforme se pode ver na Tabela 1Tabela 1.

A contribuição do cultivo do café para o País não fi ca apenas na sua participação nas pautas de exporta-ção. Quantas pessoas empregadas para o cultivo, a colheita, no transporte, na armazenagem, na industrialização, na comercialização, nos bares, restauran-tes e cafeterias, até chegar às mãos dos consumidores fi nais. É, inegavelmente, uma cultura grande distribuidora de renda.

Outro lado positivo para a cultura do cafeeiro é que seus frutos podem ser guardados por muitos e muitos anos, com pequena perda na qualidade.

O cafeeiro foi introduzido no Brasil pelo Pará e de lá foi seguindo em busca das terras ricas da Mata Atlânti-

ca, andando de Estado por Estado, pas-sando por Pernambuco, Alagoas, Ba-hia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, e nos últimos anos está amoitado nas Minas Gerais, sempre em busca de terras boas em fertilidade ou em topografi a.

Nesse trajeto, deixou um rastro de destruição e riqueza. A mata origi-nal foi suprimida e em seu lugar foram criadas áreas para o plantio de cereais,

(1) - Engenheiro Agrônomo pela ESALQ desde 1961

ANOSPART (%)

199812

199911,9

20008,6

20035,0

20025,5

20015,9

20045,2

20056,6

20066,8

20076,6

20086,6

20096,5

Tabela 1

PeríodoMédia Móvel

98-0130,9

Tabela 2

FONTE: MAPA

FONTE: CONAB, ABIC, OIC, CEPEA/Esalq e BM&F

99-0234,5

00-0334,9

01-0435,4

02-0538,1

03-0635,1

04-0739,4

05-0941,0

“Café: quanto entra e quanto sai”ARTIGO

Hélio Casale - Engenheiro Agrônomo

pastagens, estradas de ferro, rodovias, casas para os colo-nos, escolas, cidades, portos, escolas, ofi cinas de marcenei-ro, ferreiro, eletricista, sem falar nos pedreiros de mão cheia que foram importados. Os imigrantes que vieram para cultivá-lo trouxeram uma cultura de amor ao traba-lho, à educação, organização para o trabalho que não co-nhecíamos.

Não há como apagar o rastro do café neste nosso País.

Ainda somos os maio-res produtores mundiais, com a média móvel de produção

no período de 1998 a 2009, 12 anos se aproximando das 40 milhões de sacas como se pode ver na Tabela 2Tabela 2.

Cafeeiro para produzir é culti-vado a céu aberto e está ao sabor de cerca de 52 fatores de produção ligados à área física, química e biológica e não deixa por menos, precisa de solo fundo, fofo, fresco e fértil. Se lhe forem ofe-recidas essas características mínimas, se deixa cultivar nas mais remotas

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Nutrientes

nitrogênio - Nfósforo - Pfósforo - P2O5

potássio - Kpotássio - K2Ocálcio - Cacálcio - CaOmagnésio - Mgmagnésio - MgOenxofre - Sboro - Bcobre - Cuferro - Femanganês - Mnmolibdênio - Mozinco - Zn

102660

137,4918

1101,6162

226,890

149,472

0,960,903,601,20

0,0030,72

quant. em gramas contida

em 1 saco de 60kg

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.

quant. em ton. contida nas 18,5 M

sacasconsumi-

das no mercado

interno em 2009

quant. em toneladas

contida nas 27,8 M sacas ex-portadas no ano de

2009

quant. equiva-

lente em produto

que fi couno merca-do interno no ano de

2009

quant. equiva-

lente em produto que foi

exportado durante

2009

produtos

uréia

supersimples

cloreto potássio

calcário 25%CaO

calcário 12%MgOgesso

ácido bórico 17%sulf. cobre 13%

sulf. ferroso 19% sulf. manganês 26%molibdato sódio 39%

sulf. zinco 22%

18.9811.1102.542

16.98320.049

2.9974.1951.6652.7631.33217,7616,6566,6022,200,05513,32

28.5231.6683.819

25.52030.624

4.5036.3052.5024.1532.00126,6825,02

100,0833,360,08320,02

42.180

14.122

33.415

16.780

23.0259.514

104128350

850,141

63,4

51.300

17.175

41.310

20.412

28.01211.571

127156426104

0,17277

áreas deste imenso País.Depois de colhido e seco, é leva-

do ao benefício para tirar a casca que envolve os grãos. No fi nal, pratica-mente metade é grão e metade é casca. Os grãos vão para o mercado interno ou para exportação, de onde entram as divisas. Nos grãos e na casca tam-bém são levados os nutrientes que o cafeeiro retirou do solo para crescer, se manter, desenvolver, reproduzir, produzir.

O Prof. Malavolta, que Deus o tenha, analisou amostras de café Catu-aí, Mundo Novo e Bourbon, mostran-do o conteúdo de nutrientes na casca e nos grãos. Esses números permitem que se conheça o quanto de nutrientes está contido nas 18,5 milhões de sacas absorvidas pelo mercado interno e nas 27,8 milhões de sacas que foram ex-portadas em 2009.

Os números são em quilos de nu-triente por toneladas de grãos verdes consumidos no mercado interno e na quantidade exportada. Com base nesses números é fácil estimarmos a quantidade de nutrientes contida na quantidade consumida no mercado in-terno e na exportada. Daí, quantifi car em produto comercial foi o próximo passo. Indo em frente nesse exercício, pode-se multiplicar a quantidade de produtos pelos respectivos valores no comércio, quando se chega a valores de arrepiar – R$ 205.889 milhões de reais ou U$ 120.218 milhões de dólares.

A exportação de 2009 deu 3,9 bilhões de dólares em divisas das quais devemos subtrair US$104.077 milh-ões referentes ao quanto de nutrien-tes foram exportados. Esses nutrientes serão ingeridos por consumidores de outros países, transformando-se em mais saúde para os bebedores contu-

mazes do cafezinho, mais fertilidade nas hortas onde for aplicada a borra ou, certamente, enriquecendo os lixões ricos que fi carão mais ricos ain-da. Fertilidade transferida.

A riqueza em nutrientes que fi -cou no País também servirá para dar mais saúde aos que bebem café regu-larmente. O pó residual bem que pode-ria ser desviados pelas donas de casa, donos de bares, restaurantes e cafete-rias, para ser aplicado (como adubo, rico em potássio) em parques, jardins, canteiros espalhados pelas chácaras, sítios e fazendas. Certamente, pela quantidade de cafeína disponível no resíduo contribuiria para reduzir subs-tancialmente os focos do mosquito da Dengue, por não tolerá-la, além de nu-trir as plantas de mais folhas, de fl ores, frutas e árvores de sombra.

É só enxergar esse lado bom para se dizer: que café abençoado!

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Atentos ao risco de disseminação do nematóide formador de galhas Meloidogyne paranaensisMeloidogyne paranaensis em lavouras cafeeiras do Estado de Minas Gerais, nematologistas e representantes de importantes ins-tituições de pesquisa, ensino e extensão do Estado se reuniram, no fi nal de maio, na sede do Polo de Excelência do Café (PEC/Café), no setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), para delineamento de ações de pesquisa em levantamento e distri-buição de espécies de nematóides mais nocivas ao cafeeiro.

O encontro ressaltou a importância de se iniciar um programa de cooperação técnica envolvendo instituições e profi ssionais de diferentes áreas para o levantamento dos focos de infestação visan-do subsidiar medidas de prevenção e controle da praga em todas as regiões produtoras do Estado. A proposta será encaminhada à Se-cretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES), por meio do PEC/Café, sob a coordenação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG).

Na avaliação da pesquisadora da EPAMIG e coordenadora da proposta, Sônia Salgado, o levantamento conjunto e a busca por soluções são necessidades urgentes. O projeto deverá incluir o le-vantamento de todas as regiões cafeeiras para averiguar a extensão e distribuição dos focos, com o mapeamento de áreas de risco de disseminação, sobretudo da espécie M. paranaensis, por meio dos

sistemas de informações geográfi cas (SIG’s). O pro-jeto também deverá englobar estratégias de consci-entização dos produtores. “As informações deverão ser repassadas aos cafeicultores buscando nivelar os conhecimentos sobre a doença e os prejuízos advin-dos com o avanço da infestação”, destaca a pesqui-sadora.

AtençãoAtenção - A identifi cação da presença de nematóides no campo é difi cultada pelo seu tama-nho microscópio associado ao parasitismo interno nas raízes das plantas. O produtor deve fi car atento à presença de reboleiras de plantas com sintomas de defi ciência mineral e desfolha, mesmo em condições adequadas de adubação, pois podem ser resultado do ataque de nematóides nas raízes. Em caso de sus-peita, deve ser realizada amostragem periódica de solo e de raízes para exame em laboratório especia-lizado. Devem ser coletadas amostras de raízes e solo na projeção da saia do cafeeiro. A amostra deve ser colocada em saco plástico, mantida à sombra e en-caminhada o mais rápido possível para análise. Em Minas, esta análise pode ser feita no laboratório do Instituto Mineiro Agropecuário (IMA) e nos labo-ratórios das Universidades Federais de Lavras, Viço-sa e Uberlândia (UFLA, UFV e UFU).

Especialistas de MG fazem mapeamento de nematóide na cafeicultura

As condições mais favoráveis ao plantio de café, safra 2010, estão expressas nos zonea-

mentos agrícolas de risco climático publicados no Diário Ofi cial da União. As Portarias nº 129 a 136 incluem Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo.

O volume e chuvas e a temperatura são os fatores climáticos que mais impactam no desen-volvimento da planta. O intervalo entre 19ºC e 21ºC são os ideais para a cultura, mas o cafeeiro tolera temperaturas de 18ºC a 23ºC. A planta também necessita de umidade adequada durante os períodos de vegetação e frutifi cação. A falta de chuva pode causar ressecamento dos ramos, morte das raízes e defi ciência de nutrientes no cafeeiro. Os melhores períodos para o plantio do café no caso de Goiás, Distrito Federal e Rondô-nia vai de 1º de outubro a 31 de dezembro. De 11 de setembro a 20 de novembro, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De 11 de setembro a 31 de maio, no Paraná. De 1º de outubro a 31 de ja-neiro, em São Paulo. E de 1º de novembro a 31 de dezembro, no Espírito Santo. (FONTE: Monitor FONTE: Monitor MercantilMercantil)

s condições mais fa orá eis ao plantio d

Aprovado zoneamentoagrícola em 8 estados

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“Não somos brasileiros insensatos”

Prezados Companheiros, é natural que al-guns Brasileiros impatriotas sejam contra a transparência na venda de nossos cafés para

o Mercado Externo. Quando alertamos que a cotação do café

(Contrato “C”) de N.York não está refl etindo a reali-dade não entendemos por que determinadas pessoas ainda insistem neste assunto. Mas para enriquecer o raciocínio vamos mais uma vez mostrar a forma como ela se dá!

O nosso café natural é vendido antecipada-mente por um diferencial que no ano passado, para a safra 2010/11 chegou até U$ 0,28 abaixo da cota-ção de NY senão mais! Para os leigos meus senhores, o derivativo (Contrato Futuro) é a cotação de uma mercadoria para um vencimento futuro que deriva da cotação a vista, ou seja, no presente.

Ocorre que infelizmente este contrato “C” de NY não é de nosso café e sim de café colombiano lavado, que tem que ser consumido em um curto espaço de tempo se não perde as qualidades iniciais nele contidas, e por incrível que pareça os certifi -cados (cafés classifi cados lá) estão sendo renovados sem deságio.

ARTIGO

Ora meus amigos, vender nossos melhores cafés a preços infe-riores só para ir atrás da cotação de NY não me parece uma atitude inteligente, pois a Colômbia está vendendo muito acima cerca de U$95 por saca!! Para ajudar a deteriorar mais a transparência usamos o PIS E COFINS (9,25%) que as Cooperativas não recolhem e repas-sam para os exportadores que recuperam este dinheiro em suas tor-refações ou engavetam para receber do governo, criando esqueleto hoje de mais de 1 bilhão de reais. Um autêntico dumping, subsidi-ado pelo governo e de grande prejuízo para o contribuinte e para o produtor de café.

Queremos sim dizer não a obscuridade e queremos a transpar-ência em nossas vendas, levando o nosso contrato de café para ser negociado na CME (Chicago Mercantile Exchange) e aqui, onde ele não dependerá de concorrente para ter sua cotação (o que hoje é uma piada). Quando você tiver um ágio ou deságio sobre esta cotação será sobre o seu padrão.

Finalmente com isto você poderá fazer o Marketing do café brasileiro e se desvincular de que o bom é o colombiano, pois o ótimo será o Café Natural Brasileiro.

Fernando Souza Barros Jr. - Diretor do SINCAL

No fi nal de maio, o SINCAL realizou reu-nião no auditório da Cooxupé em Guaxupé (MG) para apresentar o Planejamento Estratégico da Cafeicultura Brasileira às Cooperativas, repre-sentantes do Governo e produção.

O Presidente do SINCAL, Sr. Lenilton Soares, fez a abertura da reunião, que contou com a presença de: Carlos Alberto Paulino da Costa (Pres. Cooxupé); Gilson Ximenes (Pres. CNC e representante das Cooperativas); Jerôni-mo Giacchetta (Representando Breno Mesquita [CNA e FAEMG]); Dimas Jacob (Representando a ASSUL); Armando Matielli (Pres. Executivo do SINCAL); João Abraão Filho (Assessor do Ministro Wagner Rossi); Fernando Camargo S. Barros Jr. (Diretor do SINCAL ); Antonio José Ernesto Coelho (Engº Agrônomo do MAPA); e Francisco Sergio Lange (Pres. Sindicato Rural de Divinolândia/SP, representando a FAESP).

Armando Matielli apresentou o Planeja-mento Estratégico do SINCAL, sendo que várias colocações e sugestões foram feiras, fi cando acor-dado que serão feitas algumas alterações.

Na Cooxupé, Sincal tem aprovação de Planejamento Estratégico

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Fernando Jardine Fernando Jardine (1)(1)

A prática da adubação foliar é bem difundida entre os produtores e a busca por produtos cada vez mais confi áveis e de boa aplicabilidade,

tornam esta modalidade de aplicação mais promissora quanto aos resultados esperados. Porém, o alinhamento de produto, pesquisa acadêmica e recomendação técnica através de profi ssionais especializados são de fundamen-tal importância para a difusão da nutrição fo-liar.

Sem uma boa orientação técnica pode-se errar por excesso ou inanição de algum nutriente, tendo como consequência quedas de produtividades e eventuais prejuízos. As análises de solo e folhas, assim como a diagnose visual, são extremamente importantes quando da recomendação de adubações, sejam elas via solo ou via foliar. Outra informação impor-

Adubação foliar na lavoura cafeeira

tante quando do uso de adubos foliares é ater-se a compatibilidade com outros produtos e o pH da calda de pulverização.

É um erro usar adubações foliares NPK em substituição à adubação NPK via solo, pois é inefi ciente, pois as quantidades exigi-

das desses nutrientes pelo cafe-eiro são muito elevadas (Matie-lo, Garcia e Almeida, 2008).

Casos como em plantas jovens, em plantios tardios, ou em lavouras adultas em condições adversas, onde não é efetiva a absorção radicular, o suprimento de NPK via foliar pode ser admitido.

Segundo os mesmos au-tores, para os micronutrientes, segundo a pesquisa, 2 a 4 apli-cações/ano, torna-se a aduba-ção foliar viável economica-mente, pois as exigências do cafeeiro são pequenas. Deste modo a aplicação foliar deve ser encarada como uma prática auxiliar, complementando a adubação via solo, só devendo

Fernando Jardine (engº agrônomo Nutriplant) e Mateus F. Carreras (técnico administrativo).

CAFEICULTURA

ser empregada em condições específi cas, como o suprimento temporário em cafeeiros. A adubação foliar em associação com defensivos, torna-se mais econômica, obviamente respeitando as compatibili-dades de misturas de cada produto.

É comum o uso de formulações multi-nutri-entes para aplicação foliar e destes com defensivos. Certos radicais químicos, como sulfatos e fosfatos podem prejudicar a compatibilidade destes produtos, pois certos compostos infl uem, uns sobre os outros, no processo de adubação foliar, o chamado efeito antagônico, onde um elemento inibe a absorção de outro. Como têm-se o contrário, o efeito sinérgico, onde a presença de um elemento favorece a absorção de outro. Atenta a estes fatores, a Nutriplant, em-presa pioneira em micronutrientes, disponibiliza aos cafeicultores o seu fertilizante foliar FLASH, con-tendo macro (Mg e S) e micronutrientes (B, Zn, Fe, Mn e Mo).

Para o cobre, as pulverizações normais com fungicidas cúpricos, usados contra ferrugem, con-trolam também eventuais carências desse micro-nutriente. No mercado, há formulações com altos teores de cobre, as chamadas caldas, que além de corrigir a defi ciência deste nutriente, tem ainda, ação protetora fungicida/bactericida, auxiliando na proteção dos cafeeiros.

Dentro dessa demanda de mercado a Nutri-plant, apresenta o Original Café, que além de cobre, possui K e outros micronutrientes.

O uso de fosfi tos à base de cobre tem contribuí-do pela melhora fi tossanitária da cultura do café. (FONTE: “Adubação Racional na Lavoura Cafeeira” (FONTE: “Adubação Racional na Lavoura Cafeeira” [Matiello, Garcia e Almeida, 2008]).[Matiello, Garcia e Almeida, 2008]).

(1) - Engenheiro Agrônomo, supervisor de Vendas da Nutriplant Ind. e Com. S/A. Tel. (19) 9842-6762. www.nutriplant.com.brwww.nutriplant.com.br

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Page 21: Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

21JUN 2010Cerca de 160 pessoas, entre

produtores, técnicos, lideran-ças e pesquisadores dos mu-nicípios de Campestre (MG),

Machado (MG) e Poço Fundo (MG) participaram, no fi nal do mês de maio, do Seminário sobre Indicação Geográ-fi ca (IG). O evento foi realizado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), campus de Macha-do (MG).

A segunda parte da programação foi dedicada para a criação de uma As-sociação dos Produtores de Café, com a formação de uma diretoria provisória, sob a presidência de Maria Selma Mag-alhães Paiva. A Assembléia consti-tuída reconheceu que a integração dos produtores dos três municípios era re-quisito fundamental para a formulação do pedido de IG.

O seminário foi motivo para ex-posição e ampliação do debate acerca dos desafi os e oportunidades que en-volvem o processo de reconhecimento de IG.

Neste sentido, o pesquisador

d

Associação de MG busca Indicação Geográfi caMiguel Ângelo da Silveira enfatizou a existência nestes municípios de um território onde se manifesta uma iden-tidade própria, fruto de uma cons-trução social dinâmica e coletiva. “Por meio desta constatação, aliada aos es-tudos de geoprocessamento que identi-fi caram similaridades ambientais, com notoriedade do café produzido e pelo histórico de sua tradição e saber fazer, é que foi detectado o potencial para o reconhecimento de Indicação de Pro-cedência (IP) do café produzido neste território”, destaca.

Detentor da única IP já conce-dida para o café brasileiro, o Café do Cerrado Mineiro (produção em torno de cinco milhões de sacas) é um caso de sucesso que exemplifi ca os benefí-cios que o reconhecimento pode gerar para o desenvolvimento da região. De maneira clara e transparente, o su-perintendente da Federação dos Ca-feicultores do Cerrado, José Augusto Rizental, apresentou a experiência de diferenciação do café e os benefícios que os cafeicultores já estão colhendo, como um preço superior em média de 30 a 50 reais por saca comercializada.

Em média a região comercializa 250 mil sacas de café com indicação de pro-cedência.

A mensagem deixada por ele foi otimista: “Não somos concorren-tes. Não há Café do Cerrado, do Sul de Minas ou da Bahia. Nós somos to-dos brasileiros e devemos mostrar ao mundo nossas diversas regiões e ca-racterísticas. Devemos nos unir para desenvolver um marketing conjunto, tendo a IG como garantia de que temos excelentes cafés puros de origem”, res-saltou ele.

Rizental destacou também a van-tagem do café do Sul de Minas já ter uma imagem de produtora de cafés de qualidade aliada ao predomínio do sistema familiar de produção, caracte-rística valorizada pelo comércio inter-nacional.

Os procedimentos de registro e o passo-a-passo para o encaminhamento do processo foram apresentados pela analista de IG do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Lu-cia Regina Rangel de Moraes Valente Fernandes. (FONTE: Embrapa Meio FONTE: Embrapa Meio Ambiente, e CaféPointAmbiente, e CaféPoint).

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Page 22: Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

22JUN 2010

MEIO AMBIENTE

Formada por milhares de normas e decretos que modifi -cam e mutilam o Código Florestal Brasileiro, a legislação ambiental e fl orestal tornou-se um pesadelo para milhões

de agricultores. A barafunda de dispositivos afeta desde os as-sentados pela reforma agrária até os grandes empreendimen-tos da agricultura e da pecuária, vitais para o abastecimento da população, para as exportações e para a indústria.

Nem o assentado nem o grande produtor agrícola conse-guem cumprir as determinações do Código Florestal, uma boa lei que virou um labirinto normativo. Como exemplos absur-dos, quase toda a produção de banana do Vale do Ribeira (SP) viola as leis ambientais vigentes, assim como todo o gado do Pantanal, que come apenas capim nativo e não provocou des-matamento, está classifi cado como agressor do bioma. Há, por-tanto, algo muito errado com a lei.

A agricultura brasileira está numa encruzilhada: é com-petitiva internacionalmente, mas vive à mercê de normas e decretos que não se enquadram na realidade nacional, embora

“A Agricultura e o Código Florestal”ARTIGO

Aldo Rebelo - Jornalista e Deputado Federal/SP

expedidos sob o manto do Código Florestal. A maioria desses dispositivos não tem razoabilidade alguma, mesmo considerando que o Brasil precisa ter atividades agro-pecuárias ambientalmente sustentáveis.

O pequeno agricultor é o mais vulnerável à legis-lação. A agricultura familiar cumpre função social rele-vante ? fi xação do homem no campo e provimento lo-cal de alimentos de subsistência, entre outros aspectos ?, mesmo sem ser economicamente signifi cativa. Principal-mente no Nordeste, é semicapitalista ou pré-capitalista e não usa tecnologia intensiva. Mas tem outros valores fundamentais: quem vive ali fez uma clara opção existen-cial e espiritual, que surgiu ainda nas origens deste país, há 510 anos. Não tem sentido expulsá-lo de sua terra.

Por sua vez, o grande produtor agrícola usa intensi-vamente o capital, a tecnologia e a infraestrutura viária e portuária. Tornou-se responsável pelo êxito do Brasil na oferta mundial de alimentos, fazendo os preços interna-cionais se tornarem menos proibitivos, até para os países mais pobres. Mas é acossado pelos falsos ecologistas. A pergunta é: a quem interessa agravar essa agricultura al-tamente competitiva, por meio da contenção a qualquer custo da fronteira agrícola?

Os fatos respondem muito bem a essa questão. Com pouco mais de 30 mil habitantes, a cidade de Colíder, em Mato Grosso, é capaz de atrair 500 ONGs, muitas delas fi nanciadas por produtores estrangeiros de grãos, concor-rentes dos brasileiros, para obstruir a rodovia Cuiabá-Santarém. Simplesmente para impedir o transporte de grãos. A articulação ambientalista, em muitos casos, é só a face lamentável de práticas comerciais pouco reco-mendáveis, a serviço de interesses externos.

A Comissão Especial de Reforma do Código Flores-tal Brasileiro, da qual sou relator, deteve-se demorada-mente no exame dessas questões. Em mais de 60 audiên-cias públicas, foram ouvidas quase 400 pessoas.

Alguns depoimentos foram mesmo comoventes. Mas não foi isso que guiou os membros da comissão. Per-cebemos que o emaranhado normativo que envolve o velho Código Florestal inviabiliza atividades vitais para o Brasil: alimentação da população, controle dos preços internos de alimentos, geração de milhões de empregos e criação de renda de cerca de R$ 850 bilhões, conside-rando o PIB agrícola e das demais áreas interligadas.

A agricultura é basilar para os setores secundário (indústria) e terciário (comércio) e deve ser vista como uma das prioridades nacionais. E apresenta como saudá-vel característica a rapidez com que reage a preços e a mercados. Ajudou o País a sentir menos os efeitos da crise internacional e deu celeridade à saída da turbulência fi -nanceira, ainda que também tenha sido afetada

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23JUN 2010

MEIO AMBIENTEcom a depressão dos preços. Mas está aí, de novo liderando nossas exportações de merca-dorias não industria-lizadas ou semi-indus-trializadas.

Ao me debruçar na análise dos 11 pro-jetos que tratam das modifi cações do Código Florestal, ponderei to-das essas questões. É vital manter a competi-tividade da agricultura nacional sem ofender os pressupostos da susten-tabilidade ambiental. O meio ambiente precisa ser protegido, mas sem o exage-ro e sem as paranóias que desfi guraram essa boa lei.

O código editado durante o go-verno militar foi concebido por pes-soas de elevada capacidade jurídica e intelectual, entre as quais o desem-bargador Osny Duarte Pereira. Ele era um estudioso das questões nacionais e relatou minuciosamente as preocupa-ções com as fl orestas desde o tempo do Brasil colônia até o que havia de con-

temporâneo nas leis fl orestais de vários países. Malgrado o arsenal crítico con-tra as origens dessa legislação, o código está apoiado na melhor tradição jurídi-ca nacional, inclusive do patriarca da Independência, José Bonifácio de An-drada, que criou o conceito de reserva legal - um sexto das propriedades des-tinado à preservação de fl orestas.

A lei oferecerá aos Estados, res-peitada a norma geral, a possibilidade de acomodar a reserva legal no âmbito da propriedade, nas bacias hidrográfi -

cas e nos biomas, manten-do a essência da proteção ao meio ambiente sem o desnecessário sacrifício de áreas aptas para a a-gricultura e o pastoreio. O recurso à reserva legal co-letiva combinará a dupla proteção: a do meio am-biente e a do esforço pelo desenvolvimento e pela produção.

Em todos os casos será possível enfrentar a ilegalidade de boa parte da atividade agrícola e da pecuária em razão das res-

trições impostas, com um mínimo de criatividade, que permita aos Estados, dentro das exigências atuais, preservar os porcentuais mínimos de cada bioma, adaptando-se às condições locais, ao modelo de ocupação do território e à estrutura da propriedade da terra.

O objetivo central do novo Có-digo Florestal é deixar o agricultor tra-balhar em paz e em harmonia com o meio ambiente. O Brasil precisa muito disso. (FONTE: Portal do Agronegócio)(FONTE: Portal do Agronegócio)

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24JUN 2010

Piumhi (MG) festeja o sucesso da 8ª Roda de Agronegócios

EVENTOS

São José da Bela Vista (SP) premia os vencedores do 21º Torneio Leiteiro

Em noite de festa, a Comissão Organizadora do 21º 21º Torneio Leiteiro de São José da Bela Vista (SP) “José Torneio Leiteiro de São José da Bela Vista (SP) “José

Mauro da Silva Panício”Mauro da Silva Panício” premiou os seis vencedores nas categorias novilha e vaca. Participaram do torneio 25 criadores, num total de 25 vacas e 12 novilhas.

Contando com os patrocínios da Prefeitura Munici-pal, da Lagoa da Serra, Agroserv, JA Medicamentos, CATI, Conselho de Desenvolvimento Rural e outras empresas, o Torneio Leiteiro de São José da Bela Vista vem se fi r-mando como um dos principais da Alta Mogiana.

Mais uma vez, o criador José Laércio Cavalheiro (Fazenda São José) conquistou o prêmio máximo na ca-tegoria vaca. Com uma média de 70,0 kg de leite/dia, a vaca “Gaivota” superou com folga suas oponentes. Nesta categoria, destacamos ainda os criadores Antônio Faciroli Caramori (2º colocado) e Oripes Gomes Prior (3º lugar).

Já na categoria Novilha, Lair Bianco (Sítio Santa Tereza) faturou o primeiro lugar com a novilha “Marina”, com média diária de 30,5 kg. Destaque para Selma Caires Ribeiro (2ª colocada) e Antonio Faciroli Caramori (3º co-locado).

O prefeito Zé Dito premia o criador José Laércio Cavalheiro, ao lado de Carlos Roberto Lemes Costa (retireiro) e Aparecida de Fátima Cavalheiro (esposa do criador)

Lair Bianco (ao centro) conquistou o 1º Lugar na categoria Novilha.

De 20 a 22 de maio último aconteceu a 8ª Roda de 8ª Roda de Agronegócios na cidade de Piumhi (MG)Agronegócios na cidade de Piumhi (MG). Real-

izado desde 2003, no Parque de Exposições “Tonico Ga-briel”, pelo Sindicato Rural de Piumhi (MG), a Roda de Roda de AgronegóciosAgronegócios se tornou mais do que um evento comercial. Já faz parte da cultura da região do Oeste de Minas Gerais. As maiores negociações giram em torno do café, grão e pecuária, tanto de corte quanto leite, produtos fortes na economia da região. De acordo com Rafael Alves Tomé (o Juninho Tomé), presidente do sindicato rural, “o princi-pal objetivo da Roda de AgronegóciosRoda de Agronegócios é o de fortalecer a agricultura regional, gerando oportunidades de compra e venda de produtos e o de relacionamento entre produtor e fornecedor”.

Neste ano, da Roda de AgronegóciosRoda de Agronegócios disponibi-lizou R$ 40 milhões para investimentos e custeio através dos parceiros fi nanceiros: Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Sicoob. Contou ainda com várias atividades importantes, como a 14ª Etapa do Circuito Mineiro de Cafeicultura, inúmeras rodadas de negócios e, em seu fechamento, do 9º Leilão de Gado Leiteiro, realizado no Tatersal “Nhô Carvalho”.

Flávio Garbin (presidente da COOPIUMHI), Armando Matielli (presi-dente SINCAL) e Fernando Souza Barros Jr. (diretor SINCAL)

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25JUN 2010

EVENTOS

Keuly Vianney - Especial para Keuly Vianney - Especial para Revista Attalea AgronegóciosRevista Attalea Agronegócios

O Sul e Sudoeste de Minas são considera-dos grandes regiões produtoras de peixes, principalmente nas cidades próximas ao Lago de Furnas. O SENAR MINAS (Ser-

viço Nacional de Aprendizagem Rural) tem atendido regularmente um público de criadores e piscicultores com cursos gratuitos de “Abate, Filetamento e Pro-cessamento da Tilápia”, melhorando seu poder de venda devido à maior variedade de produtos.

Conforme Cyro Daniel de Campos, tecnólogo de alimentos e instrutor do curso, o SENAR já capacitou mais de 100 produtores e criadores de peixes desde o início deste ano, em municípios como Guapé (MG), Cássia (MG), Delfi nópolis (MG), São José da Barra (MG) e Alpinópolis (MG).

Os cursos são realizados pelos Sindicatos dos Produtores Rurais dos municípios, cooperativas ou associações. “A maioria já cria peixes e são donos de restaurantes ou pousadas na região”, disse.

O gerente regional do escritório do SENAR em Passos (MG), Rodrigo de Castro Diniz, informou que a procura pelo treinamento vem crescendo nos últi-mos meses. “O criador faz o abate sem técnicas, o que

O 7º SIMCORTE - Simpósio de Produção de Gado de Corte e o 3º Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte aconteceu de 3 a 5 de junho, no campus da Universidade Federal de Viçosa (MG) e, mais uma vez, promoveu o encon-tro das diversas áreas da bovinocultura de corte na-cional e internacional, tratando de assuntos como produção, melhoria da qualidade, desenvolvimen-to sustentável e legislação. A programação contou com 19 palestras, sendo cinco delas ministradas por especialistas estrangeiros.

O evento recebeu participantes de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, além de representantes da Bolívia, Chile e Estados Uni-dos. Entre os participantes, haviam estudantes de Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia, professores e produtores rurais.

A importância do evento, reafi rmada nesta edição, está no debate de temas atuais da pecuária de corte e na aproximação de estudantes, profi s-sionais e empresas que atuam no setor, contribuin-do para o seu desenvolvimento. A oitava edição do SIMCORTE acontecerá em 2012.

Produtores de peixes do Sul e SudoesteMineiro aumentam poder de venda

causa prejuízo. O curso vem contribuir para que ocorra um tra-balho de qualidade com maior aproveitamento e higiene, até que se tenha frigorífi co para se abater os animais dentro das normas sanitárias específi cas”, afi rmou.

No início deste mês de junho, quem participou do curso foram 11 produtores de Delfi nópolis (MG), com realização da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços do município. O instrutor Cyro contou que dentre os temas do treinamento es-tão a higiene na manipulação dos peixes, forma correta de abate, técnicas de fi letagem, aproveitamento da carne da carcaça para fabricação de subprodutos como linguiças, nuggets e steaks. “A maioria dos produtores não têm técnicas de fi letamento e vende o peixe inteiro, causando prejuízo fi nal. Com o curso, eles chegam a tirar 10% a mais de carne que seria descartada. Isso aumentou o poder de venda do produtor que apresenta mais tipos de produtos e abrange maior mercado”, considerou Cyro. “São produtos 100% sem espinhos. É o que consumidor gosta por ser prático e embala-do”, disse o tecnólogo. “É um curso considerado muito proveitoso e que atende às necessidades dos produtores de peixe”, completou.

InformaçõesInformações - SENAR em Passos: (35) 3521-6695 / 3521-6695 e Cyro Daniel de Campos – (37) 9909-0600 / 9909-0600

7º SIMCORTE reafi rma sua importância para a pecuária nacional

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26JUN 2010

Sergio Novita Esteves¹Sergio Novita Esteves¹Sergio Berteli Garcia²Sergio Berteli Garcia²

Rui Machado¹Rui Machado¹Manoel Jacinto¹Manoel Jacinto¹

A Raça Morada Nova é uma das principais raças nativas de ovinos deslanados do Nordeste do Brasil. Explo-

rados para produção de carne e pele, os ovinos Morada Nova apresentam boa adaptação às condições climáticas adversas, como as de semi-árido, e-xistentes no nordeste do Brasil. Além disso, a raça apresenta elevada proli-fi cidade (nº de cordeiros por parto), pequeno porte à idade adulta e boa habilidade materna, constituindo-se em importante material genético para os sistemas de produção de carne ovina em todo o Brasil.

O rebanho ovino na região Su-deste do Brasil cresceu cerca de 75% no período de 1995 a 2006, entretanto os rebanhos de ovinos da raça Morada Nova vêm reduzindo em número e em tamanho a cada ano, pois os criadores têm optado pela criação de outras raças de maior porte, inclusive conduzindo o cruzamento indiscriminado com animais de raças exóticas. Esse cenário põe em risco a existência e a preserva-ção da raça Morada Nova.

Cientes do risco de desapareci-mento ou de descaracterização da raça, pesquisadores da Embrapa e de outras instituições de ensino e pesquisa ar-ticularam uma rede de ações em torno da raça ovina Morada Nova, que cul-minou com a implantação do projeto “Características e Bases para o Melho-Características e Bases para o Melho-ramento Genético de Ovinos da Raça ramento Genético de Ovinos da Raça Morada NovaMorada Nova”.

Esse projeto conta com a partici-pação da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos (SP) e da Embrapa Caprinos e Ovinos localizada em Sobral/CE. Em 2009 o projeto foi

iniciado com o auxílio do zootecnista Márcio Armando Gomes de Oliveira, Diretor Técnico da ASPACO (Associa-ção Paulista dos Criadores de Ovinos) e do zootecnista Sérgio Berteli Garcia (consultor do IBS), da região de Franca (SP), que fi zeram a aproximação en-tre os pesquisadores da Embrapa e os produtores de ovinos da raça Morada Nova da região, facilidando a sua inte-ração.

O projeto está sendo conduzido com a participação dos produtores Él-bio Rodrigues Alves Filho (Fazenda Monte Belo), Emílio Augusto Mon-teiro (Fazenda São Carlos), José Fran-cisco Jacinto (Fazenda Santa Virgí-nia) e Roberto Franco (Fazenda Santa Luzia), bem como com os produtores recém ingressos: Sebastião Carlos de Figueiredo (Fazenda São Miguel) e Umberto Franklim de Figueiredo (Fa-zenda Alvorada).

O projeto tem como objetivo pro-mover ações de pesquisa e desenvolvi-mento de forma a melhor caracterizar a raça Morada Nova e seus produtos e fundar as bases para um amplo pro-grama de conservação e melhoramento genético, dando valor de uso à raça e minimizando os riscos de desapareci-mento e/ou descaracterização.

Como a maior parte dos traba-lhos será conduzida nos rebanhos comerciais, em cooperação com os produtores, foi realizado inicialmente um questionário para a caracterização do produtor e do rabanho e em seguida a implantação de rotina de escrituração zootécnica dos rebanhos, que é uma prática simples e de grande importân-cia.

A escrituração está relacionada à identifi cação dos animais através de brincos, colares, juntamente com a-notações individuais de controle do rebanho de maneira a descrever todas as informações sobre a vida produtiva e sanitária da criação, como por e-xemplo: data de nascimento, pais, sexo, pesagem, cios, parto, alimentação, en-fermidades, descarte, morte etc.

Esses dados serão inseridos no Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENE-COC), da Embrapa Caprinos e Ovinos, e juntamente com os testes de des-empenho (Provas de Ganho de Peso), que serão realizadas a partir do mês de julho/2010, os rebanhos poderão ser avaliados e identifi cados os reprodu-tores jovens, que serão então posteri-ormente avaliados.

Participação do Grupo de Produtores de Ovinos da Raça Morada Nova da região de Franca (SP) em projeto da Embrapa

1 - Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Cx.P.339, CEP: 13560-970 São Carlos – SP.2 - Zootecnista, consultor do IBS, Franca – SP, [email protected]

Fernando Farhat (Cajuru/SP), tradicional cria-dor da raça Santa Inês, que se rendeu à raça Mo-rada Nova.

Élbio Rodrigues Alves (Restinga/SP) conquista campeonato durante a EXPOAGRO de Franca das mãos de Sérgio Berteli Garcia.

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A organização dos criadores da raça em torno das ações de melhora-mento genético participativo e a divul-gação dos resultados das pesquisas de caracterização zootécnica, genética e de produtos agregará valor à raça, pro-movendo maior interesse dos produ-tores em utilizá-la, minimizando os riscos de perda deste importante recur-so genético para a produção de carne ovina no Brasil.

No próximo artigo estaremos descrevendo o programa da Prova de Ganho de Peso que será executado com os ovinos dos produtores parceiros da Embrapa neste projeto de Conservação e Melhoramento Genético de Ovinos da Raça Morada Nova.

Origem da raça Morada NovaOrigem da raça Morada Nova - Os primeiros relatos sobre a carac-terização da raça foram apresentados pelo zootecnista Otávio Domingues em 1941 em nota intitulada “Carneiro Carneiro Deslanado de Morada NovaDeslanado de Morada Nova” como nesse trecho: “Viajando em 1937, em missão ofi cial do Departamento Na-cional de Produção Animal/Ministério da Agricultura, verifi quei a ocorrência de um tipo étnico interessante, entre os ovinos nativos do Nordeste, e que se caracteriza pela ausência de lã, de modo que os animais, ao contrário dos de sua espécie, apresentam a pele co-berta de pêlo cabrum – grosseiro e cur-to. Assim são criados para a produção de pele (exportada largamente) e para carne, in loco consumida”.

Seguindo em sua descrição,

Otávio Domingues caracteriza os “Car-neiros Deslanados de Morada Nova” como animais com peso médio de 30 kg, destacando que tal observação se dera na época seca, com 65-78 cm de perímetro torácico, altura de 60-65 cm e coloração predominantemente vermelha lisa, podendo ocorrer ainda a branca e a pintada, sendo as fêmeas mochas e os machos com ou sem chi-fres. Destacou ainda que, antes dele, os carneiros deslanados do Nordeste já haviam sido mencionados por H. An-drade e N. Athanassof em 1927, porém, sem maiores detalhes.

Além do município de Morada Nova, Domingues (1941) também constatou a ocorrência de ovinos deslanados em vários pontos do Ceará, nos municípios de Quixadá, Quixe-ramobim, Sobral e Tauá e, no Piauí, no município de Castelo e Campos.

Diante da “descoberta”, Domin-gues em 1950 passou a se questionar quanto à origem daquele tipo de ovino desprovido de lã. Nestes questiona-mentos, o zootecnista listou algumas possibilidades: Introdução de carneiros de fora, já deslanados? Mutação? Re-combinação de fatores genéticos? Ou conseqüência de uma das mais felizes adaptações ao meio?

O autor tinha conhecimento de ovinos deslanados na África. Todavia, a descrição que o mesmo tinha dos ovinos africanos indicava que estes teriam um perfi l cefálico convexo e orelhas grandes, pendentes e caídas. A partir desta descrição, Domingues de-

Olivardo Facó (pesquisador EMBRAPA-Caprinos), Gustavo Rodrigues Alves (engº agrônomo), Élbio Rodrigues Alves Filho (engº agrônomo e criador), Emílio Augusto Monteiro e seu fi lho (criador), Márcio Beretta (criador), Sérgio Bertelli (zootecnista e consultor IBS), Sérgio Novita (pesquisador Embrapa-Sudeste), Márcio Armando Oliveira (ASPACO), Fernando Ubiali Jacintho (criador), Milton Eugênio Jorge Monteiro (criador) e Roberto Franco (criador).

sacreditou na origem africana dos ovi-nos deslanados de Morada Nova. Isto porque os Morada Nova têm perfi l ce-fálico sub-convexo e orelhas pequenas.

Assim, em 1954 o zootecnista Otávio Domingues relatou que a raça Morada Nova descenderia diretamente dos carneiros Bordaleiros de Portugal, trazidos para o Brasil na época da colo-nização e que, desde então, teriam pas-sado por um processo de seleção natu-ral que resultara na ausência de lã.

Já Mason em 1979, acreditava que estes animais teriam vindo da Áfri-ca, provavelmente na época do tráfi co de escravos, enquanto que Figueiredo em 1980, se baseava nas duas possibi-lidades, acreditava que a raça resultou do cruzamento de ovinos Bordaleiros, vindos de Portugal, com ovinos desla-nados africanos, afi rmando: “enquanto pode haver sangue Bordaleiro no Mo-rada Nova, parece muito provável que o sangue africano seja predominante”.

Portanto, a origem da raça Mo-rada Nova permanece incerta até os dias atuais. Levando em consideração a ausência de qualquer maior controle sobre a importação de animais e sobre os acasalamentos/cruzamentos nos re-banhos ovinos do Brasil colonial, não parece prudente descartar qualquer das possibilidades já mencionadas.

Desta forma, é muito provável que a raça Morada Nova tenha con-tribuições tanto de carneiros ibéricos quanto africanos, tendo os descenden-tes destes certamente sofrido a ação seletiva das forças da natureza.

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O MERCADO DO CAFÉ

MÊS1. Produção (milhões/saca) (1)

1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare)2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2)

2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (vilhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca)

3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano)4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas)

5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4)

7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5)

8. Preços do café tipo 6, bebida dura, recebidos pelos produtores, base CEPEA/Esalq (R$/sc)

201047,0

2,122,1

10,01,6

156,27

19,35,90,5

2.8462.673

15,015,0

31,9

7,5

280,33

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

200939,5

2,118,9

30,54,3

140,38

18,45,80,5

2.8442.673

15,015,3

32,2

6,6

263,20

200846,0

2,221,2

29,74,8

160,20

17,75,60,5

2.5612.441

13,012,0

30,4

6,6

263,20

200736,1

2,221,2

29,74,8

160,20

17,75,60,7

2.1472.026

13,012,0

30,4

6,6

252,43

200642,5

2,219,8

28,03,4

137,03

17,15,51,9

1.6801.579

5,67,5

30,3

6,8

250,13

200532,9

2,214,9

26,42,9

110,80

15,55,13,2

1.2821.249

8,412,0

30,2

6,6

281,13

200439,3

2,217,8

26,72,0

76,30

14,95,04,3

1.2261.201

5,08,0

29,3

5,2

217,13

200328,8

2,213,1

25,71,5

59,59

13,74,75,1

5505243,58,0

29,9

5,0

173,84

200248,5

2,321,0

28,41,4

48,17

14,04,85,4

8246931,65,1

32,0

5,5

129,88

200131,3

2,214,4

23,31,4

59,88

13,64,95,6

8988558,0

16,0

25,8

5,9

117,97

200131,3

2,214,4

23,31,4

59,88

13,64,95,6

8988558,0

16,0

25,8

5,9

117,97

Cotação Café Fino/Extra - Mogiana e Minas 1 Cotação Café Cereja Descascado - Fino 1

Cotação Café Boa Qualidade - Duros 1 Fechamento - Bolsa de Nova York 1

FONTE: Escritório Carvalhaes. (1) - Em R$/saca de 60kg. Café da safra 2009/2010, condição porta de armazém, com 7 dias para liquidação.

FONTE: Escritório Carvalhaes. (1) - Em R$/saca de 60kg. Café da safra 2009/2010, condição porta de armazém, com 7 dias para liquidação.

FONTE: Escritório Carvalhaes. (1) - Em R$/saca de 60kg. Café da safra 2009/2010, condição porta de armazém, com 7 dias para liquidação.

FONTE: Escritório Carvalhaes. (1) - Em R$/saca de 60kg. Café da safra 2009/2010, condição porta de armazém, com 7 dias para liquidação.

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29JUN 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

268,41269,34262,48260,10268,02256,64247,50255,34254,29262,20272,55281,57

2009

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro - 1 - Em R$/saca de 60kg

O MERCADO DO CAFÉ

280,75278,68279,70282,18

2010

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. Marfi mNicaráguaEl SalvadorOutros

39.47018.000

9.00010.700

4.5004.8274.2003.5003.7503.8701.8501.4181.115

15.751

PRODUÇÃO MUNDIAL

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

2009Prod

ANO

19961997199819992000200120022003200420052006200720082009

CONSUMO(milhões sc)

Evolução do Consumo Interno

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

3,333,443,613,733,813,913,863,724,014,114,274,424,514,65

4,164,304,514,674,764,884,834,655,015,145,345,535,645,81

11,011,512,212,713,213,614,013,714,915,516,317,117,718,4

inclusivesolúvel

kg caféverde

kg cafétorrado

ARÁBICATipo 6 BC-Duro

(Base Cepea-Esalq)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Varginha-MG)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Vitória-ES)

CONILLONTipo 6-Pen.13

(Base Cepea-Esalq)

CONILLONTipo 7 BC

(Base Vitória-ES)

227,66224,07212,57200,20197,13188,45180,09186,13188,89180,77161,61176,41

2009

173,51168,47173,67158,22

2010

184,25193,33196,77198,30204,75196,43191,04194,52190,95182,62180,00185,75

2009

189,50191,39186,52190,00

2010

230,00233,33233,41230,85235,05228,10225,35230,24221,90226,67229,75232,25

2009

233,75227,78221,52225,50

2010

205,50212,22208,46203,55201,45191,43184,57188,10184,76181,43180,50187,00

2009

185,00172,78166,52174,00

2010

CONSUMO(kg/hab.ano)

torrado emoído

-10,611,012,212,613,013,312,914,114,615,416,116,717,4

(%)

32,3714,76

7,388,773,693,963,442,873,083,171,521,160,91

12,92

2008 2007 2006Prod (%)

45,99218.500

8.6649.3504.3504.3714.6513.7853.8723.4502.3531.6151.547

15.588

35,9114,44

6,767,303,403,413,632,953,022,691,841,261,21

12,17

Prod (%)

36.07016.46712.504

7.7774.9064.4604.1504.1003.0633.8422.5981.7001.621

16.138

30,2113,7910,47

6,514,113,743,483,432,573,222,181,421,36

13,52

Prod (%)

42.51219.34012.541

7.4834.6365.1584.2003.9504.3193.4612.8471.3001.371

16.020

32,9214,98

9,715,793,593,993,253,063,342,682,201,011,06

12,41

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. Marfi mNicaráguaEl SalvadorOutros

18.3901.2081.4003.3331.8331.5732.200

300110460317190230

6.141

CONSUMO MUNDIAL

FONTE: OIC

2009Prod (%)

48,803,213,728,844,864,175,840,800,291,220,840,500,61

16,30

2008 2007 2006Prod (%)

17.6601.0211.4003.3331.8331.5182.200

300110460317190230

6.131

48,422,653,969,075,184,075,800,850,311,300,900,540,65

16,31

Prod (%)

17.125938

1.4003.2081.8331.4382.050

300110460317190230

5.768

48,122,783,819,084,994,145,990,820,301,250,860,520,63

16,70

Prod (%)

16.331829

1.4002.7501.8331.3571.794

300150230317190222

5.797

48,752,474,188,215,474,055,360,900,450,690,950,570,66

17,30

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. Marfi mNicaráguaEl SalvadorOutros

30.48117.090

7.8946.5191.8513.1082.8383.5083.0743.0841.8841.3711.307

10.749

EXPORTAÇÃO MUNDIAL2009

Prod (%)

32,1718,04

8,336,881,953,282,993,703,243,251,991,451,38

11,34

2008 2007 2006Prod (%)

29.72816.10111.0855.7412.8523.3782.4483.7783.7333.2591.5851.6251.438

10.915

30,4416,4911,355,882,923,462,513,873,823,341,621,661,47

11,18

Prod (%)

28.39817.93611.5572.9453.0732.7181.9503.8002.8433.3821.8331.5101.396

13.232

29,4118,5711,973,053,182,812,023,932,943,501,901,561,45

13,70

Prod (%)

27.97813.90410.936

4.1172.8033.7422.2003.6504.0993.2312.5311.1101.149

10.829

30,3215,0711,854,463,044,062,383,964,443,502,741,201,25

11,74

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

TOTAL 37.685 36.703 35.367 33.500

TOTAL 94.758 97.666 96.573 92.279 TOTAL 121.951 128.088 119.396 129.138

TOTAL 263,20 280,33 229,74 227,14 191,56 189,35 193,67 168,47 194,08 174,58

UF /REGIÃO

MG- Sul/Centro- Cerrado- Z.MataESSPPRBA- Cerrado- Planalto- AtlânticoROOutros

BRASIL - 2º Levantamento de Safra 2010

FONTE: MAPA - (1) Em hectares (2) Em mil covas (3) Em sacas/hectare

em formaçãoárea

(1)

128.83573.80419.76135.27036.30115.97511.40010.464

3.0414.2463.1776.1523.804

TOTAL 212.931 755.877 2.124.930 5.662.805 35.307 11.735 22,14

pés(2)

460.803258.312

79.045123.446119.76161.47255.90038.22016.42114.542

7.25710.323

9.398

área(1)

1.007.400509.634162.217335.549470.380208.012

82.700139.550

12.273103.344

23.933154.335

62.553

pés(2)

em produção

23.69012.094

5.0646.5322.8874.3562.1001.823

5211.301

--451

254--

2548.144

--

499--

4992.192

647

23,7723,7331,2220,2223,4520,9425,3916,6342,4812,5920,8314,2016,91

arábica robusta

PRO-DUTI-

VIDADE(3)

PRODUÇÃO(mil sacas

benefi ciadas)

PARQUE CAFEEIRO

3.103.3081.528.902

567.7591.006.6471.078.498

462.827292.800320.188

67.499201.521

51.168261.134144.050

Page 30: Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

30JUN 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

0,31520,30280,30890,32170,26320,22990,22430,22680,22610,21740,23700,2418

20070,24020,25290,26280,25380,25060,23850,24930,24980,26850,29200,30150,3116

0,32380,33940,32110,29780,28020,27490,29930,30840,33750,36760,37440,3886

0,43910,47260,43070,38880,3486

2008 2009 2010MENSAL 1

38,2937,9037,6335,1331,6529,3428,0527,3626,9126,4226,3826,46

200726,4626,5526,7427,7127,5326,9326,9727,0227,4128,0228,5428,97

29,4429,9830,3832,5231,4930,8831,3331,8132,7133,8734,7835,67

36,9138,0238,1342,4540,36

2008 2009 2010CAMPO 2

42,7742,3442,0339,2435,3632,7731,3330,5730,0629,5229,4729,55

200729,5529,6629,8730,9530,7530,0830,1330,1930,6131,3031,8832,36

32,8833,4933,9336,3235,1834,4934,9935,5336,5437,8338,8539,85

41,2242,4742,5947,4245,08

2008 2009 2010ESTEIRA 3

CANA-DE-AÇÚCAR

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

74,6174,8576,1977,2480,5291,5392,7992,0588,8290,7988,3982,20

vist75,4175,6077,0278,1181,5292,6193,8993,0089,9492,1589,5783,41

84,0181,5477,5480,0379,4780,8581,3977,9277,2577,1874,3576,64

85,3582,5478,5180,9380,3281,6882,2878,9878,5878,6175,7175,66

praz2008

BOI GORDO / SP 1

vist praz vist praz75,7077,0379,0382,3380,76

76,9778,1279,8883,3481,63

2009 2010 MÊS

JFMAMJJASOND

493,19504,14517,13551,69623,64712,18751,18740,16726,05716,86702,55659,71

vist1 pes2

2008

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1

2009 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LIMA TAHITI 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA POSTA INDÚSTRIA 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA PERA 1

186,40186,20187,01187,22187,11187,44187,03185,83185,61185,55185,28186,17

636,23627,96634,15651,69633,71648,49638,08615,85607,08596,24592,23593,97

vist1 pes2

186,21186,22186,82188,46188,39191,75191,75187,65194,29186,79187,09185,99

601,17608,98649,59705,26721,94

vist1 pes2

182,58190,86190,77190,61190,49

MÊS

JFMAMJJASOND

0,4910,4720,5100,5200,5380,5340,5160,4380,4480,4480,4010,310

2005 2006ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

LEITE C 1

0,3730,3870,440

-0,4760,4730,5050,5080,4760,5080,5000,537

0,5350,5350,5600,5350,5890,5800,6500,7800,7750,7750,6550,640

2007 20080,6350,6150,5850,6700,7600,7390,7330,7030,6960,6060,5770,588

0,5990,5500,5530,5620,6000,6410,6830,6890,6720,6350,6020,532

2009 20100,5240,5230,5190,6550,734

SOJA 1

2006

MILHO 1

17,5516,5214,6214,4415,2516,4716,6916,8617,9421,0922,9324,96

30,9327,7927,1926,6227,4326,8827,7624,5623,7822,3220,5120,75

2007 2008

23,6722,2620,6221,2922,2522,2420,5519,4219,1320,6020,4120,02

2009 2010

19,6618,3518,4718,1618,67

MÊS

JFMAMJJASOND

183,62137,77142,15135,18128,71126,00126,98120,90120,84122,18116,26112,22

vist1 praz2

2008

ALGODÃO 1

2009 2010

140,98142,39146,94139,81133,05130,14131,50125,09124,87126,46120,51116,14

116,56115,17111,87111,39124,70119,79117,10116,21115,22116,94124,43132,71

vist1 praz2

119,75118,12114,73114,24127,88122,86120,10119,22118,22119,99127,67136,16

141,27141,72148,62160,56155,96

vist1 praz2

144,95145,42152,50164,74160,04

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

25,0222,0220,2019,2018,9319,5818,9722,1326,9527,3631,7233,80

2006

29,2527,5325,7024,9126,4627,5927,7327,3028,1130,5433,0631,93

46,2347,7145,8344,3344,7049,9950,5844,7046,0844,6345,1344,61

2007 2008

49,2147,5645,3547,9550,3949,8947,8348,2046,0744,6746,0742,87

2009 2010

39,8035,7334,1434,4935,59

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

32,0032,5831,8030,0130,0830,7131,3434,5638,6739,9142,0743,98

2006

3,092,182,282,825,526,50

11,3828,8735,7644,6026,58

5,78

4,745,157,845,244,775,979,61

20,1038,9551,7846,6416,26

2007 2008

6,195,034,944,224,794,896,62

26,5231,4722,2821,53

9,83

2009

2,922,343,87

10,7016,4918,8517,9714,8219,0320,9914,9210,16

2005

9,139,78

12,6411,669,368,798,979,139,73

11,0412,5113,85

15,0817,1019,0216,6013,8211,2810,9811,0610,4811,4813,4514,10

2006 2007

15,3816,9517,0314,6512,0411,3911,3811,0110,6410,8310,24

9,70

2008 2009

10,009,82

11,1310,46

9,137,666,486,477,047,588,488,94

15,6819,5319,0813,7210,68

9,3810,1211,4712,5112,6012,7613,48

2005

7,086,836,015,856,107,148,718,447,947,869,70

11,53

15,4615,5013,68

8,797,887,97

10,9310,16

9,789,89

11,7712,61

2006 2007

13,4612,39

9,668,388,279,72

10,959,719,339,578,637,27

2008 2009

6,805,924,954,504,053,683,655,045,665,866,416,95

12,139,908,667,587,218,10

10,0610,7611,0411,5212,5114,26

2005

4,762,712,372,153,818,36

17,6421,9516,8611,879,986,41

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/arroba (15kg) FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

FONTE: UDOP - 1 - Em R$/kg ATR // 2 - 109,19 kg ATR // 3 - 121,97 kg ATR

FONTE: FAESP / AEX Consultoria - 1 - Em R$/litro.

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kgFONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kgFONTE: CEPEA/Esalq // 1 - Em centavos de rais por libra-peso algodão pluma

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.

Page 31: Edição 47 - Revista de Agronegócios - Junho/2010

31JUN 2010

LIVROSAGENDA DE EVENTOS

16ª FEICORTE - Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne.Dias: 15 a 19/06. AGROCENTRO. Lo-cal: Centro de Exposições Imigrantes. São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767 . Contato: www.feicorte.com.br.

17ª HORTITEC - Exposição Técnica em Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas.Dias: 16 a 18/06. RBB Feiras e Eventos. Local: Recinto de Exposições. Holam-bra (SP). Tel: (19) 3802-4195 . Contato: www.hortitec.com.br.

13º EXPOCAFÉ – FEIRA NACIONAL DO CAFÉ – Mecanização e a Mudança no Processo ProdutivoDia: 16 a 18/06. EPAMIG. Local: Fazen-da Experimental da EPAMIG, Três Pon-tas (MG). Tel: (31) 3489-5078. Contato: www.expocafe.com.br

1ª WORKSHOP DE GESTÃO AERO-AGRICOLADias: 21 a 22/06. SINDAG. Local: Ri-beirão Preto (SP). Tel: (51) 8182-1716. Contato: www.congressosindag.com. br.

4º WORKSHOP AGROENERGIA - MA-TÉRIAS PRIMASDias: 29 a 30/06. IAC e APTA. Local: IAC Centro de Convenções da Cana-de-Açúcar, Ribeirão Preto (SP). Tel: (19) 3014-0148 . Contato: [email protected].

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MANE-JO DE PRAGAS NO TOMATEIRODia: 30/06. GRAVENA. Local: Gravena, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221 . Contato: [email protected].

36ª EXPOAGRO - Exposição Agro-pecuária, Comercial e Industrial de Guaxupé.Dias: 02 a 11/07. SINDICATO RURAL. Local: Parque de Exposições, Guaxupé (MG). Tel: (35) 3551-1602. Contato: www.expoagroguaxupe.com.br.

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE INS-PETORES DE PRAGAS PARA CITROSDias: 05 a 07/07. GRAVENA. Local: Gravena, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221 . Contato: [email protected].

JUNHOCURSO DE INSEMINAÇÃO ARTIFI-CIAL EM OVINOS E CAPRINOSDias: 07 a 09/07. TOP IN LIFE, CRV-LAGOA e INTERVET. Local: TOP IN LIFE, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-7555. Contato: [email protected].

51ª EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE ARAÇATUBADias: 08 a 18/07. SAFRA EVENTOS. Local: Parque de Exposições, Araçatu-ba (SP). Tel: (18) 3624-9655. Contato: [email protected].

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CA-FEICULTURADias: 13 a 15/07. FUNDAÇÃO PRO-CAFÉ. Local: Fazenda Experimental, Varginha (MG). Tel: (35) 3214-1411. Contato: [email protected].

SIMTEC 2010 - Simpósio Internacio-nal e Mostra de Tecnologia da Agro-indústria SucroalcooleiraDias: 13 a 16/07. ACIPI, SIMESPI, CO-PLANA, CIESP e PREFEITURA. Local: Engenho Central, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-8604. Contato: [email protected].

3º DIA DE MANEJO DE PRAGAS DE TOMATEDia: 15/07. GRAVENA. Local: Hotel Premium Norte, Campinas (SP). Tel: (16) 3203-2221 . Contato: [email protected].

GARDEN FAIR 2010 e ENFLOR 2010 - Encontro Nacional de FloristasDias: 17 a 20/07. RBB FEIRAS E EVENTOS. Local: Recinto da Expofl ora e Pavilhão de Exposições, Holambra (SP). Tel: (19) 3802-4196. Contato: en-fl [email protected].

27º CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHASDias: 19 a 23/07. FUNEP. Local: Centro de Convenções, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1303. Contato: [email protected].

FESTA DO PEÃO DE GUARÁDias: 04 a 08/08. PREFEITURA. Local: Recinto de Exposição, Guará (SP). Tel: (16) 3831-9800.

MANEJO RACIONAL DALAVOURA CAFEEIRA

O livro mostra o cultivo da cultura do café da espécie arábica, relatando de forma didática e conteúdo atualizado todas as fases desta cultura. É um livro prático e com excelente conteúdo técnico. Os assuntos abordados neste livro são: Introdução à Cafeicultura, Cultivares e Linhagens, Escolha do Lo-cal do Viveiro; Produção de Mudas em Saquinhos, Tipos de Mudas, Preparo do Substrato, Desinfecção do Substra-to, Enchimento e Encanteiramento do Substrato, Semeadura, Condução do Viveiro, Coefi cientes Técnicos e Cus-tos de Produção, Produção de Mudas em Tubetes, Vantagens e Desvanta-gens desse Sistema, Substratos para Enchimento dos Tubetes, Construção do Viveiro para Produção de Mudas em Tubete, Enchimento dos Tubetes, Adubação das Mudas em Tubetes, Plan-tio nos Tubetes, Condução do Viveiro, Custo de Produção, Controle de Pragas e Doenças de Mudas em Viveiro, Acli-matação das Mudas, Produção de Mu-das Podadas, Produção de Mudas En-xertadas, Produção de Mudas de Café a Pleno Sol, O Sistema é Viável e apre-senta Vantagens e Desvantagens; Nor-mas e Padrões para a Produção de Mu-das Fiscalizadas de Café, Amostragem de Raízes e Índices de Qualidade, Procedimentos para as Avaliações, Comercialização e Transporte; Car-acterísticas Gerais do Solo e da Área, Topografi a, Altitude; Amostragem de Solo, Análise Foliar/Diagnose Foliar, Calagem, Desequilíbrios Nutricionais, Benefícios e Recomendações da Cala-gem, Gessagem, Adubação Fosfatada; Plantio de Café, Espaçamentos, Aber-tura das Covas, Adubação das Covas, Adubação Orgânica do Cafeeiro, Van-tagens da Adubação Orgânica, Tipos e Composição, Adubação Mineral do Cafeeiro, Adubação para a Formação do Cafezal, Adubações de 1º e 2º Anos Pós-Plantio, Adubação para Lavouras em Produção, Adubação para Lavoura Podada, Adubação de Lavoura Rece-pada, Adubação de Lavouras Atingidas por Geadas ou Granizo, etc.

AUTORC.A. BarbosaEDITORAUniv. Federal de ViçosaCONTATOwww.portaldoagro-negocio.com.br

JULHO

AGOSTO

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