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Mensário da Junta de Freguesia JULHO#2011 Ano VII Edição N.º 79 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com Olhares vencedores Últ. É da freguesia e tem muito jeito para a fotografia. Registe: Mónica Garcia. Época da caça ao coelho começa a 15 de Setembro P3 Homenagem à ex-professora Maria Augusta Sousa P4 Jovens de 93 chamados ao Dia da Defesa Nacional P5 Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição P7 Várzeas fica com o “caneco” Últ. Direitos Reservados Pedro Jerónimo Junta de Freguesia encerra para férias P2

Edição de JULHO

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Edição de Julho do jornal NOTÍCIAS DA FREGUESIA - SOUTO DA CARPALHOSA.

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Page 1: Edição de JULHO

Mensário da Junta de Freguesia JULHO#2011 Ano VII Edição N.º 79 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Distribuição gratuita noticiasdafreguesia.blogspot.com

Olhares vencedores Últ.

É da freguesia e tem muito jeito para a fotografia. Registe: Mónica Garcia.

Época da caça ao coelho começa a 15 de Setembro P3

Homenagem à ex-professora Maria Augusta Sousa P4

Jovens de 93 chamados ao Dia da Defesa Nacional P5

Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição P7

Várzeas fica com o “caneco” Últ.

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Junta de Freguesia encerra para férias P2

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2 necrologia, opinião

JUL2011

As palavras do senhor prior

Padre José Baptista

Abertura

José Carlos Gomes

Mais golosDurante os três últimos

fins-de-semana, em ter-mos desportivos, a nossa freguesia viveu mais uma vez momentos altos com a realização do VI Torneio Inter-Associações de Futsal, que teve como pal-co o Pavilhão Desportivo Municipal de Souto da Carpalhosa.

As equipas e os seus atletas deram mostras de grande maturidade des-portiva e de civismo, so-bretudo pela forma como se souberam respeitar em campo e fora dele.

Não posso também dei-xar de realçar o excelente ambiente vivido nas ban-cadas, com as claques a apoiarem as suas equipas até à exaustão, aceitando com desportivismo e fair-play os resultados alcan-çados.

Este torneio mostrou-nos a grande quantidade de jovens talentosos para a prática de futsal que temos na freguesia.

Com tantos bons jo-gadores na freguesia, e aproveitando o trabalho que tem vindo a ser de-senvolvido no campo da formação, não posso deixar de lançar o desafio às nossas colectividades no sentido de termos pelo menos uma equipa sénior a disputar os campeo-natos regionais de futsal. Pelo que vimos, jogadores e apoio do público não lhes faltaria. Instalações desportivas de qualidade para o efeito, também já temos, e com um bom projecto, estou convicto que os apoios monetários também acabariam por surgir.

Um pouco, quase nada, é muito

Frases e momentos há que, sabe-se lá porquê!, se nos gravam interiormente e nos assaltam à memória quando menos esperamos. Quantas vezes o perfume de alguém que passa, ain-da que rapidamente, por nós, nos atira para muitos anos lá atrás e para uma pessoa e situação muito concreta! Lembranças adormecidas e aparen-temente esquecidas que em fracções de segundo nos catapultam para um passado mais ou menos recente.

Ao ouvir, muito recen-temente, uma música, passou-me pela ideia uma frase que, há bem mais tempo, li e que me fez parar um pouco para pensar no quanto tem de verdade e é oportuna para a grande maioria de nós, membros da socieda-de em que vivemos, e tão ciosos em alcançar uma perfeita imagem física que nos não envergonhe dentro dos fatos de banho que al-bergamos.

O sedentarismo que carregamos na vida que vivemos e as frequentes oportunidades de petiscos com que somos assediados encarregam-se de nos en-volver o corpo com uma camada de problemas de estética e saúde. Não são poucos nem os esforços, nem as economias, nem mesmo as preocupações, exigidos para recuperar o passado, que se vem de-teriorando também sob o peso da idade.

“Se queres ter uma ima-gem elegante e esbelta re-parte os teus alimentos com os que os não têm”. Modo prático, barato e bom, de esbater uma data de inquietações: a fome dos que nada têm para comer, a necessidade de beleza e a saúde dos que comem demais.

Partilhar com os outros, que podemos identificar com os lá de longe do denominado Corno de África, países como a Etiópia, a Eritreia, o Djibuti e a Somália, de que tanto

ouvimos falar nos últimos dias, graças a uma dramá-tica reportagem que nos abanou um pedaço, mas que, como tantas outras situações, nos não impede de continuarmos a viver na nossa tranquila e assustado-ra paz. Partilhar com os ou-tros, que vivem mais perto de nós, envergonhados uns, e desavergonhados tantos outros que realmente não precisam e tentam fazer imagem do contrário.

As dúvidas do saber se o que se dá “lá chega ou não” e do saber se deve-ras há necessidades ou não, ocupam-nos o tempo de reflexão e a ocasião passa sem que tenhamos, por vezes, “tido tempo” de fazer alguma coisa. Torna-se inquietante o facto de o tempo que levamos a co-gitar no que fazer nos dei-xe de consciência lavada, depois de não termos feito nada.

Deixando que as ideias vão escorregando umas atrás das outras, será que já nos aflorou à mente a ideia de que se poupar-mos um pedaço de car-ne de vaca ao almoço porque, do outro lado do mundo, uma criança está a morrer de fome, a criança não deixa de morrer, mas nós pensámos na fome, tornámo-nos mais sensíveis ao sofrimento alheio, em todas as suas dimensões; poupámos uns cêntimos, diminuímos o consumo, baixámos a procura, que traz redução de preços… Uma vez é bem, menos

que uma quase gota de nevoeiro na imensidão do oceano, mas muitas vezes transformam-se numa gota, e muitas delas juntas fazem um copo de água… E a gordura que se não acu-mula à volta do coração ou nos, mais que finos, va-sos sanguíneos, evitando subida do colesterol e da tensão arterial, evitando o uso de medicamentos que intoxicam logo a começar pelo custo… E por aí além! Uma criança morreu de fome lá longe, mas pode ter provocado em nós um ínfimo sentimento que, con-jugado com os de muitos outros, fermentam a trans-formação da sociedade e da humanidade.

As palavras que escre-vo avivaram-me a memória para o que há já bastante tempo tinha lido sobre água virtual. Vamos resu-mir este conceito dizendo que é a água necessária para produzir o que usa-mos habitualmente, desde um simples café à peça de roupa de algodão que costumamos vestir. Levado pela curiosidade fui rever os dados publicados e, uma vez mais, pasmei, ao recordar que para criar um único quilo de carne de vaca são precisos, em média, 15.500 (quinze mil e quinhentos) litros de água. Aquela que nós poupámos há pouco, imaginando que eram 100 gramas, evitou o consumo de 1.550 litros de água. Uma simples maçã precisa de cerca de 70 litros. Pode ser uma teoria onde encontramos muita piada, mas parece que as coisas são assim mesmo. Se o tema causar interes-se, usemos a internet para fazer uma pesquisa sobre o assunto e ver tantas outras curiosidades que o tema da água aporta. Uma dica mais: se nessa busca usarmos o Google, também podemos apro-veitar para dar uma vista de olhos pelo mapa de Portugal e perceber, pelas imagens, como o deserto se vai apoderando, tam-bém deste nosso Portugal, de sul para norte. Ficarmos indiferentes? Como?

O problema não é dos outros, é nosso. As mãos amigas que a todo o custo andamos a mendigar da Europa, aquelas que mais podem fazer por nós e pelos outros, estão a uma distância bem curta. Está uma na ponta de cada um dos teus braços.

Partilhar com os outros, que vivem mais perto de nós, envergonhados uns, e desavergonhados tantos outros que realmente não precisam e tentam fazer imagem do contrário.

Torna-se inquietante o facto de o tempo que levamos a cogitar no que fazer nos deixe de consciência lavada, depois de não termos feito nada.

(...) não posso deixar de lançar o desafio às nossas colectividades no sentido de termos pelo menos uma equipa sénior a disputar os campeonatos regionais de futsal

Necrologia

Joaquina Cordeiro, 83 anos, faleceu dia 12 de Julho. Residia na Chã da Laranjeira e era viúva de Manuel Caetano. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Emília de Jesus, 86 anos, faleceu no dia 15 de Julho. Residia em Chã da Laranjeira e era casada com Joaquim Caetano. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

FériasA Junta de Freguesia informa que se encontra encerrada no período de 16 a 26 de Agosto.

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3lazer, opinião

JUL2011

Época de caçaInforma-se que a época de caça ao coelho abre dia 11 de

Setembro de 2011 e finaliza a 20 de Novembro de 2011.A Associação de Caça e Pesca da freguesia informa ainda

que irão realizar-se dois dias de caça às perdizes, nos dias 27 de Novembro e 4 de Dezembro, onde haverá ainda um almoço convívio com o custo de 10 euros por pessoa. Os interessados devem fazer a sua marcação até ao último dia de caça ao coelho (20 de Novembro).

Este ano, ao contrário do que tem acontecido, a época venatória termina no dia 4 de Dezembro de 2011 para todas as espécies cinegéticas, exceptuando a raposa.

As batidas às raposas serão nos dias 8 de Janeiro e 5 de Fevereiro de 2012, e irão decorrer dentro dos parâmetros dos anos anteriores.

Queres aprender?

O Centro Equestre Francisco Alcaide e o seu Poney Club Estribo Curto proporcionam a prática de equitação para os mais pequenos.

Desde a fase de ini-ciação até um nível mais elevado, a equitação é uma actividade que promove o respeito pelos animais, a auto-estima, a auto-con-fiança, a disciplina e o contacto com a natureza.

Este centro fica em Mato d’Eira, Ortigosa. Para mais informações, contactar: 914592363 ou 917610827.

Arroteia Encontro João dos Opeis

No próximo dia 28 de Agosto decorrerá, na Arroteia, o 3.º encontro de viaturas da marca Opel.

O encontro promete um dia repleto de actividades. Veja o programa:

09h00 – Encontro na capela da Arroteia;11h00 – Visita às Termas de Monte Real;13h00 – Almoço no Parque de Merendas do Pisão

(porco no espeto)16h00 – Parqueamento das viaturas no Largo dos

1316h15 – Visita à Olaria da Belita17h45 – Saída para parque fechado em Monte Re-

dondo18h00 – Lanche com “diversões” A inscrição tem o custo de 18 euros por pessoa, e

para mais informações deve entrar em contacto com a organização (969084411/917090333) ou aceder a www.joaodosopeis.com.

Serão atribuídas lembranças para a viatura mais anti-ga; viatura mais moderna; viatura vinda de mais longe; condutor mais velho; condutor mais novo (encartado).

CalorNa última edição referi

alguns dos cuidados a to-mar nesta época do ano, em que o calor começa a apertar, para prevenir os efeitos graves do calor intenso sobre a saúde. Desta vez irei falar em situações nefastas que po-derão afectar o organismo e a forma de actuar para diminuir o risco de conse-quências prejudiciais ao nosso corpo.

O nosso corpo esforça-se por manter uma tem-peratura corporal interna constante de 37ºC ao lon-go do tempo. Durante os períodos de calor intenso, o corpo produz suor, sendo esta a principal forma que permite o arrefecimento do corpo à medida que o suor produzido se eva-pora. Quando os níveis de humidade do ar aumen-tam, o suor não consegue evaporar tão depressa como seria aconselhável. Nestas circunstâncias, a temperatura do corpo aumenta e o consequente aumento da produção do suor pode levar à desidra-

tação excessiva, podendo provocar danos irreversíveis no organismo.

Em situações extremas de exposição ao calor intenso, particularmente durante vários dias conse-cutivos, podem surgir do-enças relacionadas com o calor, como as cãibras por calor, esgotamento devido ao calor e golpes de calor, situações que pela sua gravidade podem obrigar a cuidados médicos de emergência.

Golpe de CalorEsta situação ocorre

quando o sistema de con-trolo da temperatura do corpo do indivíduo deixa de trabalhar deixando de produzir suor para propor-cionar o arrefecimento do corpo. A temperatura corporal pode, em 10-15 minutos, atingir os 39ºC provocando deficiências cerebrais ou até mesmo a morte se o indivíduo não for socorrido de forma rápida.

SintomasOs sintomas incluem

febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produ-ção de suor, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náu-seas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência.

O que fazer?

Chamar por ajuda e ligar para o número de emergência 112, seguindo os seguintes procedimentos até à sua chegada.

- Mover o indivíduo para um local fresco ou para uma sala com ar condi-cionado;

- Refrescar o indivíduo aplicando toalhas húmidas ou pulverizando com água fria o seu corpo;

- Se não estiver cons-ciente, não dar líquidos.

- O golpe de calor requer ajuda médica ime-diata uma vez que o tra-tamento demorado pode resultar em complicações a nível do cérebro, rins e coração.

Esgotamento devido ao calor

Resulta da alteração do metabolismo hidro-elec-trolítico provocada pela perda excessiva de água e de electrólitos pela suda-ção. Esta situação pode ser especialmente grave nas pessoas idosas e nas pessoas com hipertensão arterial.

SintomasOs sintomas incluem

sede intensa, grande su-dação, palidez, cãibras musculares, cansaço e fraqueza, dor de cabeça, náuseas e vómitos e des-maio. A temperatura do

corpo pode estar normal, abaixo do normal ou ligeira-mente acima do normal. O pulso fica filiforme alteran-do entre fraco e rápido e a respiração torna-se rápida e superficial.

O que fazer?Chamar de imediato

o médico ou ligar para o número de emergência 112, seguindo os seguintes procedimentos até à sua chegada.

- Mover o indivíduo para um local fresco ou para uma sala com ar condi-cionado;

- Refrescar o indivíduo aplicando toalhas húmidas ou pulverizando com água fria o seu corpo;

- Deitar o indivíduo e levantar-lhe as pernas;

- Dar a beber sumos de fruta natural sem açúcar e/ou bebidas contendo electrólitos (bebidas para desportistas), se estiver consciente.

Cãibras por calorAs cãibras podem re-

sultar da simples exposição a calor intenso, quando se transpira muito após pe-ríodos de exercício físico intenso e de uma hidrata-ção inadequada só com água sem substituição dos electrólitos perdidos na transpiração. Embora menos grave que as ante-

riores, esta situação pode também necessitar de tratamento médico.

Sintomas

Manifestam-se por es-pasmos musculares dolo-rosos do abdómen e das extremidades do corpo (pernas e braços), provo-cados pela perda de sais e electrólitos.

O que fazer?- Parar o exercício, se for

o caso, e descansar num lo-cal fresco e calmo;

- Esticar os músculos e massajar suavemente;

- Beber sumos de fruta natural sem adição de açúcar e/ou bebidas con-tendo electrólitos (bebidas para desportistas);

- Procurar ajuda médica se as cãibras persistirem.

Para evitar todas estas situações provocadas pela exposição ao calor intenso proteja-se da exposição so-lar e procure locais frescos, ou com ar condicionado, durante o período de maior calor, em especial se estiver acompanhado de crianças pequenas, pessoas idosas ou pessoas com doenças crónicas.

Espaço Saúde

Enf.º Márcio Santos

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Após o sucesso do convívio no ano passa-do, e na continuidade incessante na construção da árvore genealógica da família da Casa do Rocio, a família Ginja, como são mais conheci-dos os descendentes de Joaquim da Silva Ginja e Maria de Jesus, voltam a reunir no parque da Charneca do Nicho.

Programa10h30 – Concen-

tração no Parque de Merendas da Mata do Nicho

11h00 – Missa So-lene

13h00 – Almoço partilhado

15h00 – Tarde de convívio, com concerto da Banda Filarmónica das Chãs, com jogos

tradicionais e espaço para a revelação dos valores da família

20h00 – Encerra-mento oficial do con-vívio

Neste mesmo dia haverá uma pequena exposição histórica e a apresentação da árvore genealógica da Casa do Rocio

Em 2010, foram mais de 800 pessoas que se reuniram para re-cordar as origens desta família, sendo que, con-tando com matrimónios, esta família ascenderá a mais de 1.200 membros, muitos deles emigrados mundo fora. Espera-se que seja um encontro, no mínimo, semelhante ao do ano passado.

No dia 31 de Julho cerca de vinte ex-alunos que frequentaram a es-cola primária do Souto da Carpalhosa nos anos 70, encontraram-se e prestaram homenagem à sua ex-professora Ma-ria Augusta da Fonseca e Sousa.

Hoje com 76 anos, e a residir em Lisboa, Maria Augusta começou a dar aulas no Souto da Carpalhosa em 1972, tendo leccionado, em dois anos lectivos, a 5.ª e 6.ª classes. Após to-dos estes anos, e alunos e professora voltaram a reunir-se na escola, hoje muito diferente, mas que um dia os uniu.

Segundo um dos seus ex-alunos, e um

dos mentores deste en-contro, Elísio Clemente, “o encontro teve como objectivo uma confra-ternização entre os ex-alunos e a pessoa que lhes leccionou os dois anos já referidos”.

“Foi um encontro em que a professora

estava bastante emo-cionada e em muito fez emocionar”, relatou Elísio, frisando ainda o facto de Maria Augus-ta, apesar de manter o contacto com alguns alunos, muitos outros não via desde a época em que os instruiu.

Esta surpresa contou ainda com ajuda das fi-lhas da homenageada, que foram colaborado-ras para que se concre-tizasse este encontro.

Ângela Duarte

Mais de 800 pessoas no encontro de 2010Casa do Rocio volta a reunir

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Espaço do leitor

Um país falido?Parece andar pela “rua da amargura” os

800 anos de história deste rectângulo à beira do Atlântico a que damos o nome de Portugal. Vivemos um tempo de mudanças profundas, não só ao nível económico mas também do pensamento, da comunicação e do saber. O Povo é muitas vezes a vítima, apanhada entre jogos de interesses de grupos e organizações.

A Europa parece caminhar para a implosão. Portugal, país periférico, é apenas uma mario-nete agitada aos ventos que sopram de uma Europa que nunca funcionou como “Nação” mas como nações que jogam os seus interesses particulares, com falta de líderes, com falta de ideias e de projectos que alavanquem a Europa para novo patamar. Esta “velha Europa” pare-ce definhar com os seus “medos” e faz “tábua rasa” da sua “memória colectiva” e do seu “pa-trimónio religioso” e um povo sem memória está condenado ao declínio.

Acreditamos ingenuamente nas doutrinas económicas dominantes, num “liberalismo monetário desenfreado” que nos arrastou para uma “espécie de embriaguez colectiva”. Somos “bombardeados” com a promessa do paraíso na terra e criamos a ilusão que po-díamos adquirir tudo, comprar tudo e pagar

depois. Culpados? Uns mais que outros, como é evi-

dente, mas nesta história não há inocentes. O mais

confrangedor no meio de tudo isto é “a demissão ina-ceitável da parte de quem tinha a obrigação, pelo me-

nos, de zelar pelos interesses dos mais incautos”. Incapazes de resistir à onda avassaladora do consumo e às campanhas agressivas com que constan-temente fomos e continuamos

a ser “agredidos”, estamos agora a receber uma factura enorme

para pagar. Como sair daqui? É a pergunta que cada um de nós faz. E aqueles que outrora nos disseram que era preciso con-sumir, mesmo que acima das nossas possibili-dades para alimentar e fazer “funcionar a sua máquina de construção de riqueza à custa da pobreza alheia” são aqueles que “conseguem navegar acima das dificuldades do comum dos mortais”.

Convêm interrogarmo-nos se o impasse a que chegamos é apenas económico e finan-ceiro ou se é uma questão bem mais profunda. Somos seres insaciáveis, com um desejo enorme de possuir sem olhar para o outro e sem pensar na co-responsabilidade social. Ouvem-se já muitas vozes que alertam para a necessidade de uma mudança de paradigma, mas essa mudança só pode acontecer se ela partir de dentro de cada um de nós e nunca pela impo-sição de leis, tratados ou normas.

Alimentou-se o modelo do ter em detrimen-to do ser, do possuir em detrimento do partilhar. Vivemos as últimas décadas num “ciclo de es-banjamento”, um ciclo que não se “pautou pela produção real de riqueza, repartível para todos, mas pela especulação, pela virtualidade do dinheiro fácil”, num ciclo em que os valores éticos e morais ficaram na prateleira.

Parece que vivemos num fim de “império” a todos os níveis e quando vemos terminar algu-ma coisa sem vislumbrarmos ainda o que vem a seguir é sempre um processo doloroso e muitas vezes não isento de convulsões.

Luíz Ginja (MR, 18 de Julho de 2011)

Ex-alunos da escola do Souto Homenagem a professora

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JUL2011

Desta vez, a chamada de apresentação ao Dia da Defesa Nacional (DDN) é destinada aos jovens nascidos em 1993.

Para os cidadãos residen-tes em território nacional, a comparência ao DDN, na 8.ª edição (2011/2012), ocorre nas datas para os quais os jovens de ambos os sexos, nascidos em 1993, serão notificados através dos editais de convocação, pu-blicados no concelho, freguesia, website do Ministério da Defesa Nacional e na lista aqui publi-cada, para o caso dos jovens da freguesia.

À semelhança das duas últimas edições, os jovens da freguesia de Souto da Carpa-lhosa estão convocados para apresentação na Base Aérea n.º5, Monte Real. Na última edição, a comparência dos jo-vens passou a obrigatória para ambos os sexos, algo que, até então, apenas se destinava aos

jovens do sexo masculino. A presença no DDN é de

carácter obrigatório e visa ser um dia em que os jovens têm a oportunidade de ter noções sobre a Defesa Nacional e ci-dadania, as missões das Forças Armadas, conhecer o modelo do Serviço Militar, entre muitas outras actividades.

Informações mais detalhadas em http://www.mdn.gov.pt.

ProgramaManhã

- As razões porque existe o Dia da Defesa Nacional;

- O significado da Defesa Nacional;

- O que é ser cidadão;- As missões das Forças Ar-

madas, a sua organização e os recursos que lhe estão afectos.Tarde

- O actual modelo de Servi-ço Militar;

- Como ingressar nas Forças

Armadas;- O que é possível ser e fazer

nas Forças Armadas;- Quais os incentivos de que

beneficiam aqueles que ingres-sam nos Regimes de Voluntaria-do (RV) e de Contrato (RC).

Os cidadãos terão ainda a oportunidade de:

- Assistir às cerimónias do Içar e Arriar da Bandeira Nacional;

- Visitar a Unidade Militar onde está sedeado o Centro de Divulgação da Defesa Nacio-nal (ficando a conhecer as suas principais actividades, meios e equipamentos militares);

- Colaborar com o Ministé-rio da Defesa Nacional, através de preenchimento de um Inqué-rito Sociológico, manifestando a sua opinião relativamente ao Dia da Defesa Nacional e às Forças Armadas.

Dia da Defesa NacionalJovens de 1993 convocados

Nome ApresentaçãoAlexandre Duarte Sobreira 09-02-2012Ana Vitória Gomes Morgado 09-02-2012Anabela Vicêncio Parreiras 09-02-2012André Clemente Sobreira 16-12-2011André Ferreira Silva 09-02-2012Andrea Filipa Caetano de Pinho 09-02-2012Andreia Filipa Domingues Santos 09-02-2012Bruno Lopes Carvalho 09-02-2012Carina Isabel Gomes Mendes 09-02-2012Carolina Alexandra Sobreira António 09-02-2012Carolina dos Reis Lopes 09-02-2012Catarina Isabel Lopes Heleno 09-02-2012Catarina Maria Medeiros 16-12-2011Celso Filipe Mendes Fernandes 09-02-2012Cindy de Oliveira 16-12-2011Cindy Domingues Fonseca 09-02-2012Cristofe José Oliveira Brites 16-12-2011Daniela Marques Patrício 09-02-2012Diana Cordeiro Coelho 09-02-2012Diogo Rafael Ribeiro Rainho 09-02-2012Dulce Margarida Sobreira Domingues 09-02-2012Eduardo Filipe da Silva Pereira 09-02-2012Eduardo Filipe Ferreira Gaspar 09-02-2012Elsa dos Santos Cordeiro 09-02-2012Fábio Cordeiro da Fonte 09-02-2012Fábio Filipe Silva Remigio 09-02-2012Flávio Cardoso Relva 09-02-2012Inês Antunes Cordeiro 09-02-2012Inês Catarino de Sousa 09-02-2012Ivo Pedrosa Cardoso 09-02-2012Joana Carreira Caetano 16-12-2011Joana Rodrigues Lopes dos Santos 16-12-2011Jorge Filipe Alves dos Santos 09-02-2012Luís Carlos Ferreira Alves 09-02-2012Mara Filipa Lopes Parreiras 16-12-2011Mariana do Vale Pontes 16-12-2011Mariana Duarte dos Santos 09-02-2012Marlene Crespo dos Santos 09-02-2012Mauro José Costa Pereira 16-12-2011Miguel Coelho 09-02-2012Patrícia Parreiras Roque 09-02-2012Paulo Jorge Sobreira Serrano 16-12-2011Rafael Antunes Rodrigues 09-02-2012Remi Louis Ferreira 09-02-2012Ricardo André Ribeiro Rainho 09-02-2012Ruben Carlos Duque Domingues 16-12-2011Rute Jael dos Santos Caetano 16-12-2011Samuel Morgado Serrano 09-02-2012Tânia de Jesus Évora 09-02-2012Telmo Jorge Santos 16-12-2011Tiago Miguel Gonçalves Casimiro 09-02-2012Vera Lucia da silva Santos 16-12-2011Vera Lucia Ferreira 09-02-2012Vera Mónica Ramos da Silva Rainho 16-12-2011

O cidadão pode ser dispensado da comparên-cia ao DDN nos seguintes casos:

- Padecer de doença prolongada comprovada pela autoridade pública competente;

- Residir legalmente no estrangeiro com carácter permanente e contínuo (no mínimo há seis meses contados da data fixada para a sua apresentação ao DDN).

Para ser dispensado, o cidadão deve apresen-tar um requerimento, dirigido ao Director-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar, até 30 dias antes da data marcada para comparência ao DDN, acompanhado de:

- No caso de doença prolongada, atestado médico passado ou confirmado pelo delegado ou subdelegado de saúde da área de residência, ou documento emitido pelo estabelecimento hospitalar onde o cidadão se encontre internado, devendo em qualquer dos casos mencionar o carácter prolongado da doença, ou atestado de incapacidade multiusos autenticado com selo

branco ou carimbo;- No caso de residência no estrangeiro com

carácter permanente e contínuo, documento emi-tido pelo posto consular da área de residência, do qual deve obrigatoriamente constar a data a partir da qual ali passou a residir; o direito à dispensa caduca se o cidadão permanecer no território nacional por mais de 90 dias no ano em que completa 18 anos.

Falta não JustificadaA falta não justificada implica:- Aplicação de coima de 249,40€ a 1247€;- Inibição para o exercício de funções pú-

blicas;- Fixação de novo prazo para o dever de

comparência ao Dia da Defesa Nacional.Acresce ainda que, em caso de necessidade de

convocação, por falta de efectivos para a satis-fação das necessidades fundamentais das Forças Armadas, o cidadão que faltou é, preferencial-mente, chamado.

Dispensa de comparência

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6 opinião

JUL2011

Uma crónica de vez em quando...

Orlando Cardoso

Opinião

Gastão Crespo c/ Simão João (ilus.)

DaTerra

Carlos Duarte

Opinião

Albino de Jesus Silva

O Velho, o Rapaz e o Burro

O título que escolhi remete para uma história antiga que já todos ouvimos contar, alguns mais vezes que outros, e des-perta-nos para a sabedoria popular que nos ensinou e for-mou - a nós, que crescemos rodeados de analfabetos.

Cada uma destas histórias trazia-nos um ensinamento e, nesta em particular, o ensi-namento é que não se pode agradar a todos. Lembraram-me disto na última Assembleia Municipal de Leiria em relação à decisão da privatização da distribuição da água. Mas so-bre isso prefiro falar mais tarde, quando a poeira assentar.

Lembro-me desta história muitas vezes, quando tenho de escolher entre dois bens, ou entre dois males – processo de tomada de decisão. A escola sistematiza o conhecimento e transmite-o aos alunos segundo uma ordem – que os professo-res consideram apropriada.

Também eu, na escola, estudei o processo de tomada de decisão – na altura apren-di lendo livros de gestores que ganharam fama por terem sido

os primeiros a sistematizar esse conhecimento, no caso recor-do Idalberto Chiavenato, e recordo também que a fase final do processo de tomada de decisão consistia no con-trolo das consequências da decisão tomada, para even-tual correcção dos efeitos indesejados.

Já no caso da privatização da água, duvido que se consi-gam corrigir… mas, de volta à história em assunto.

Agora, que já não há anal-fabetos para nos ensinar, há a escola. No entanto, pergunto: Ensina o quê? Ensina a ler e escrever em diversas línguas. Ensina a contar e técnicas de resolver problemas. Ensina o passado, o presente, a ciên-cia, a arte, os ofícios. Repete o treino, obriga a memorizar, sistematiza o raciocínio, esti-mula o talento.

O que escrevi neste último parágrafo podia ser a política do ensino de qualquer gover-no, basta empenhar-se mais numa daquelas palavras, e temos uma política de educa-ção completamente diferente, com resultados diferentes. Não se pode agradar a todos.

Apesar de termos massi-ficado a educação à custa da diminuição da exigência, alguns alunos conseguem agora melhores resultados, porque agora o ensino é mais diversificado e os actuais bons alunos juntam o mais abran-gente conhecimento actual com novas ferramentas que valorizam as suas próprias qualidades, e superam a fraca exigência da escola.

Miguel Martins dos Santos tem 16 anos, estuda numa es-cola em Alcanena e é hoje um herói, trouxe para Portugal a primeira das medalhas de Ouro atribuídas pelas olimpíadas in-

ternacionais de matemática. Este ano as olimpíadas foram organizadas na Holanda, com a participação de 564 jovens de 101 países, tendo sido atri-buídas 54 medalhas de ouro.

Parece pouco, mas não foi. Se pensarmos quantos milhões de alunos existem nesses 101 países, e que os 564 são os melhores de cada país, reconhecemos que a medalha do Miguel é um feito. Antes, só Pedro Manuel Passos de Sousa Vieira tinha conseguido uma medalha de Prata, feito obtido em 2009.

Este resultado individu-al vem também dar maior relevo à melhoria geral dos resultados obtidos nos últimos 6 anos, resultados em http://www.spm.pt/olimpiadas/ e http://official.imo2011.nl/. O que é que este feito tem a ver com a história em assunto? A TSF.

Soube deste feito pela TSF. Mas lamento que essa rádio, que estimo, tenha aproveita-do uma frase do Miguel para enfatizar as dificuldades de Portugal para valorizar os va-lores humanos que produzimos – isto porque ele referiu que talvez tivesse de prosseguir os estudos noutro país em que se apostasse mais na ciência.

Não concordo. Além disso foi só uma suposição, e ainda lhe faltam mais alguns anos com o secundário, com uma licenciatura, e depois, talvez sim, ou talvez não. Preferia que a comunicação social conse-guisse dar as notícias pela po-sitiva, criticar quando o erro é grave, mas valorizar quando os resultados são positivos. Portugal tem que valorizar os seus recursos e realçar os seus pontos fortes.

Continuação de boas fé-rias, ou bom trabalho.

Somos todos noruegueses

Nos inícios da década de 60 do século passado o presidente americano, John Kennedy, visitou a cidade alemã de Berlim, que vivia numa situação nada invejá-vel, encravada na Alemanha Oriental, país dominado pela União Soviética e pelas tropas do Pacto de Varsóvia. Disse Kennedy, reagindo à situação da capital alemã, abastecida de alimentos através de uma ponte aérea, que “somos to-dos berlinenses”. Deste modo, pretendia fazer sentir aos ale-mães a solidariedade dos po-vos democráticos e livres por serem vítimas de uma afronta sem classificação.

O desaparecimento dos regimes políticos dos países do leste europeu, enquadra-dos pelo chamado comunismo soviético, veio aliviar as tensões e choques que existiam a nível mundial, criando-se condições para que uma paz duradoura se instalasse. Contudo, nem tudo correu bem e os erros sucessivamente cometidos pelos países ocidentais e pe-los extremistas religiosos, nome-adamente do Islão, tornaram o planeta inseguro, forçando a adopção de medidas de se-gurança capazes de garantir a circulação de pessoas e mer-cadorias por toda a parte.

É num caldo indefinido de raivas e de ódios cruzados que hoje se movimentam, os terro-ristas que, desde o ataque às torres gémeas de Nova Iorque, fizeram ataques a diversas ci-dades (Londres e Madrid, por exemplo), numa actividade que tem tanto de sinistro como de criminoso.

Todavia, importa ter pre-sente que o terrorismo não é sempre movido pelos mesmos

motivos, embora os mais evi-dentes sejam os religiosos e os políticos. Se na América, em Inglaterra e na Espanha estiveram fundamentalistas muçulmanos fazendo aquilo que chamam “guerra santa”, o mais recente e bem presen-te nos nossos olhos, tem na origem um pretexto político que envolve organizações de direita, com influências nazis.

O terrorismo, que é uma forma de luta cobarde, não pode ser classificado apenas de direita ou de esquerda, de cristão ou islâmico. A sua cor é apenas uma: a da morte.

A tragédia abateu-se sobre um país conhecido pela sua prosperidade, pelo dinamismo do seu povo, pela sua qualida-de de vida, pela sua dignida-de. Nos dias que passam, a Noruega chora os seus mortos para poder continuar a viver. Nós, homens de boa vontade, somos todos noruegueses.

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A Galinha dos Ovos d’Ouro

Segundo reza a lenda, certa manhã, um lavrador des-cobriu que a sua galinha tinha posto um ovo d’ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mos-trou-o à mulher, e disse: “Olha! Estamos ricos!” Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.

Na manhã seguinte, a galinha voltou a pôr outro ovo d’ouro, que o lavrador vendeu ainda mais caro. Isto aconteceu durante vários dias. E, quanto mais rico fica-va o lavrador, mais dinheiro ele queria.

Até que pensou: “Se esta galinha põe ovos d’ouro, dentro dela deve haver um tesouro!” Matou a galinha e ficou admirado pois, por dentro, a galinha era igual a qualquer outra. Ficando deste modo sem o tesouro que ce-gamente ambicionava, assim como sem a sua máquina de ovos d’ouro.

Com esta história quero re-cordar o velho e sábio ditado: Quem tudo quer, tudo perde. Muitas são as pessoas que tive-ram a sorte de encontrar a ga-linha dos ovos d’ouro. Vejam os escritores Fernando Pessoa e José Saramago, bem como os gestores Belmiro de Azevedo e Américo Amorim. No desporto também existem vários, como é o caso do Cristiano Ronaldo e do José Mourinho, entre ou-tros tantos que no anonimato nos rodeiam.

Todos eles tiveram ou têm a sua galinha de ovos d’ouro. E todos eles souberam tirar pro-veito dela de forma astuta. A ideia não é matar a galinha para descobrir o tesouro,

mas sim saber preservá-la. A inteligência, a audácia e a persistência são alguns dos grãos que alimentam uma galinha d’ouro.

Com perseverança todos aqueles que são detentores de uma galinha d’ouro ven-ceram e com ela foram e são uns vencedores. E tu, qual é a tua galinha dos ovos d’ouro? A galinha de cada um está dentro de si próprio. Se pensar-mos bem, todos nós já fizemos coisas espectaculares, coisas inacreditáveis e inimaginá-veis. Cada um desses sucessos é um ovo d’ouro. O sucesso não acontece por acaso, salvo raras excepções. O su-cesso é o resultado da soma do empenho e da motivação que adicionamos a tudo o que nos propusemos fazer.

Todos nós buscamos, in-cessantemente, a excelência. E quando temos êxito num projecto pessoal ou profissio-nal, mais um ovo d’ouro!

O primeiro grande sucesso das nossas vidas foi o momen-to da concepção no meio de biliões de espermatozóides que tentaram fecundar o óvulo, tu foste o único que o conseguiu. Parabéns! És um vencedor que tem como missão de vida descobrir e alimentar a galinha d’ouro que tem dentro de si.

Estimar a galinha dos ovos d’ouro que está dentro de nós é fundamental. Se tu estive-res bem ela produzirá muitos ovos d’ouro, que é o mesmo que dizer, muitos sucessos. Conserva e estima bem a tua galinha dos ovos d’ouro. A alimentação saudável e variada, assim como o exercí-cio físico são alguns dos grãos que ela aprecia. Acarinha-a e, sobretudo, dá-lhe vida de qualidade. Se estiveres bem, a tua galinha também está, e produzirá muitos ovos d’ouro, isto é, tu alcançarás muitos sucessos.

Seja Feliz! Faça alguém feliz e já agora, ponha os seus ovos d’ouro também ao serviço dos outros.

Destinos?A situação financeira que

atravessamos a nível nacional, obriga-nos a ponderar. Não está fácil para as classes mo-destas, trabalhadores, pensio-nistas e até comerciantes que vivem do seu dia-a-dia. Os mais favorecidos encontram-se em situações delicadas, obrigados a ver a realidade com os dois

olhos!Uma vez mais a hones-

tidade terá de afrontar a ignomínia!

Talvez, se as medidas de restrição que estão a aplicar hoje tivessem sido adaptadas há vinte anos, metade dos sa-crifícios exigidos seria suficiente para manter o equilíbrio que a balança necessita. Todavia, não é falta de conhecimentos ou ingenuidade dum povo que vive depois dos tempos os tradicionais provérbios “não guardem para amanhã o que podem fazer hoje”, “guardam de comer e não que fazer”, e outros que se assemelham!

Para o caso, as astúcias

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Page 7: Edição de JULHO

7opinião, eclesial

JUL2011

dos banqueiros voaram mais alto, fizeram com que muita gente caísse nas armadilhas dos créditos, e, a imodéstia personalizada de superiorida-de contribuiu para que o caos se instalasse em muitas famílias. Lamentamos que isto aconte-ça pois não traz nada à expan-são que o nosso país necessita, e agora, uns e outros pagamos caras as favas, que, mal seme-adas, não produziram.

Temos constatado, através dos jornais e outros meios de comunicação, do retorno ao recurso que os portugueses exploraram depois de sécu-los, ou seja emigrar. Muitos exclamam desolados: “não

tenho outra solução, vou ter de emigrar!”.

Com certeza, isto leva-nos a pensar, e aqueles que nunca saíram da terra para ganhar a vida torna-se pesadelo. Partir ao encontro de dum empre-go, longe da terra, longe dos seus, ao encontro de novas culturas, porque não se resol-ve a questão do dinheiro assim dum dia para o outro, mudar tudo a que estamos habitua-dos, além disso, contar sempre com a incógnita: poderá ou não resultar?!

Este cenário, é bem fami-liar aos portugueses que não sofrem de Alzheimer, aquela doença que afecta o cérebro

e nos mergulha no esqueci-mento. Digo isto porque leio nos jornais e revistas, oiço às vezes diversas pessoas dizerem com alguma arrogância: “eu nunca precisei de sair para me governar!”.

Eu pergunto se já se es-queceram o fluxo que atingiu milhões de compatriotas nas décadas 60 e 70 do século passado?

Para que muitos portu-gueses pudessem continuar a viver sem sair de Portugal, outros foram obrigados a fugir à fome, à guerra e à miséria. Outros foram expedidos para o estrangeiro pelo governo des-se tempo em troca das armas

utilizadas na guerra colonial. Outros, porque tentavam passar as fronteiras em busca de vida melhor, eram presos, detidos e torturados pela PIDE – acontecimentos esses, ainda bem presentes nas memórias daqueles que as viveram.

Foi graças aos esforços, ao arrojo de todos esses, que melhorou a economia nacio-nal e viveu tempos áureos nas décadas seguintes.

É claro que os mais jovens não conheceram esse tempo, muitos ouviram falar, mas não passa daí!

Aqueles que nasceram nas últimas três décadas acham até que, é um outro modo de

viver, não tem nada de excep-cional, mas tem. O arrojo, a co-ragem, a vontade, e com eles o sofrimento e a saudade.

…Nunca precisei de sair para me governar… é uma expressão pesadíssima para quem saiu, e muito leve para quem não sabe o que isso é!

Miúdos & GraúdosA famosa pastilha elástica “Chiclets” Por MilsorrisJs!

Aquilo a que hoje chamamos pastilha elástica já era conhecida desde as antigas civilizações. Na Grécia era comum mastigar a resina de uma árvore chamada Mastiche para lavar os dentes e melhorar o hálito. Na civilização Maia usavam uma resina chamada Chicle também para mastigar.Nos anos 60, Antonio Lopez de Santa Anna (presidente e general mexicano exilado nos EUA) trouxe para a América do norte uma re-sina cremosa (látex) a que chamavam Chicle. Apresentou-a a Thomas Adams, um fotógrafo e inventor nova-iorquino, que utilizou-a para o fabrico de pastilhas elásticas que se tornaram um sucesso. Mais tarde, melhorou o sabor acres-centando um pouco de licor o que agradou aos seus clientes.

Em finais do século XIX, princípios do século XX, outros fabricantes de pastilhas elásticas sur-giram no mercado. Frank V. Canning (fabricante das pastilhas elásticas Dentyne) e Walter Diemer (que criou com sucesso a pastilha elástica que permitia fazer bolas, a chamada bubble gum). Com o aumento do seu consumo, os fabrican-tes tiveram de procurar novos produtos que substituíssem as resinas naturais. Surgiram muitas variedades, sem açúcar, com novas cores, novos sabores, formatos e novas marcas de pastilhas, como é o caso da Trident.

Certamente, que nem todos têm este hábi-to, mas num geral quase toda a população de qualquer faixa etária as consome, não só para a higiene bucal assim como para descontrair um pouco. Mas, são tantas as vezes que se faz má figura, mascar de boca aberta ou fazer bolas em locais públicos e, mais grave ainda, considero eu, dentro de um local religioso, é sem dúvida uma grande falta de respeito para consigo mesmo e para com os outros. Deixo aqui uma chamada de atenção para as crianças e adolescentes. Porém, nós adultos, não podemos cair na tenta-ção de dizer: “Faz o que te digo, mas não faças o

que eu faço”.

Várzeas Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição

É no segundo fim-de-semana de Agosto que as Várzeas reali-zam as festividades em honra de Nossa Senhora da Conceição. O cartaz desta localidade junto aos Campos do Vale do Lis apresen-ta-se forte e promete três dias de um Verão muito animado.

Dia 12, Sexta-feira20h00 – Abertura do bar,

restaurante e quermesse20h30 – Missa22h00 – Actuação do Grupo

Musical P.A.324h00 – Actuação da Banda

N’ASA

Dia 13, Sábado08h00 – AlvoradaAo longo da tarde, há músi-

ca com as Produções “Som do Centro”

20h00 – Abertura do bar, restaurante e quermesse

22h00 – Actuação do Grupo Musical Banda Kroll

Dia 14, Domingo08h00 – Alvorada09h00 – Chegada da Filarmó-

nica de Pataias09h30 – Recolha dos Andores

e Ofertas12h00 – Abertura do bar,

restaurante14h30 – Missa em honra de

Nossa Senhora da Conceição, seguida de Procissão

16h30 – Venda de Andores e Ofertas

17h00 – Concerto da Filar-mónica de Pataias

18h00 – Actuação do Rancho Folclórico Estrelas das Várzeas

21h30 – Actuação do trio musical Alta Voltagem

24h00 – Encerramento dos festejos com Fogo-de-artifício

Nossa Senhora da Boa Morte Procissão dia 13 de Agosto, sábado, 19h30, junto ao lugar da capelinha. Foto: Notícias da Freguesia

Page 8: Edição de JULHO

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail [email protected] Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)

A arte de agradar muitas vezes encobre a arte de enganar. Textos Judaicos.JUL’11

Não uma, não duas, não três… mas sim quatro fotografias em primeiro lugar! Foi este o resultado obtido por Mónica João Garcia, do Souto da Carpalhosa, no concurso de fotografia promovido pelo Parque das Nações/Casino de Lisboa 2011.

Mónica sempre teve a paixão pela fotografia. E foi em 2009 que deu uma investida no seu ho-bby, tirando formação na área de fotografia e investindo também em equipamento fotográ-

fico. A partir daí, tem sido dar asas à visão cirúrgica de uma apai-xonada por fotografia. Sim, apaixonada. Só isso se poderá dizer de alguém que colecciona trabalhos publicados em revistas especializadas na área de fotografia e tem obtido um precioso reconhecimento na área.

Alimentar a paixão pela fotografia é algo dispendioso, como refere Mónica. E é aí, nas formações e em equipamento, que esta

jovem administrativa de 34 anos tem canalizado os prémios.

Apesar do gosto pre-ferencial por fotografia urbana, Mónica fez já também dois catálogos de moda. Quanto à ins-piração, surge, segundo diz, em viagens. Por perto, nem tanto.

Conheça um pouco mais do seu trabalho através do portfólio pu-blicado em www.monicajoaogarcia.zenfolio.com e em www.monicajoaogarcia.blogspot.com.

Souto Mónica Garcia vence concurso de fotografia

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Foram três fins-de-semana com muita camisola suada, com muito golo marcado, e também muito convívio, ca-maradagem e boa-disposição.

No fim, as Várzeas arre-cadou mais prémios: a equipa da ACDR das Várzeas con-quistou o primeiro lugar, o Rancho Estrelas das Várzeas o prémio Disciplina, e os pré-mios individuais para melhor jogador e melhor guarda-redes foram também para a mesma

localidade. Na verdade, todos saíram vencedores, pois só assim se justifica o sucesso do torneio.

Esta edição, a sexta, que ficou à responsabilidade de organização da Junta de Freguesia, foi a primeira que se realizou no Pavilhão Des-portivo Municipal do Souto da Carpalhosa, transforman-do-se num torneio um pouco diferente, já que as condições assim o exigiam.

Sem incidentes a registar, este foi um torneio encerrou com um “pró ano há mais” de quem participou e colaborou nesta competição que se está a transformar numa tradição da freguesia. O torneio contou ainda com o toque feminino em campo, pois a equipa do Rancho das Várzeas levou uma (e única em toda a competição) jogadora: Filipa Santos

Fora do campo, as bifanas e as minis também tiveram

sucesso muito sucesso por to-dos os que passavam junto ao pavilhão, já para não falar do ambiente contagiante a que se assistia nas bancadas – quase lotadas no dia 31 Julho, na final – com as claques a pu-xarem entusiasticamente pelas suas equipas.

Também no último dia do torneio, o Presidente da Câma-ra de Leiria, Raul Castro, veio assistir ao torneio e felicitou todos os que se mobilizaram

para o sucesso do torneio, desde jogadores a assistentes, destacando o espírito asso-ciativo que toda a freguesia transmitia.

A par do sucesso do evento, e na mesma linha de continuidade, o presidente da Junta de Freguesia, José Carlos Gomes destacou o ci-vismo e maturidade desportiva demonstrada na competição.

Ângela Duarte

Classificação1.º ACDR Várzeas2.º ARCUSA 92 – Arroteia 3.º CCDR Arroteia4.º Junta de Freguesia5.º Rancho dos Conqueiros6.º ACD Santa Bárbara7.º Associação Caça e Pesca8.º APCRD Picoto9.º ADC Moita da Roda10.º Rancho Estrelas das Vár-zeas

Prémio Disciplina – Rancho Estrelas das VárzeasMelhor Marcador – Micael Domingues (Várzeas)Melhor Guarda-redes – Ezequiel Reis (Várzeas)

Fotos do Torneio Inter-Associações em facebook.com/noticiasdafreguesiaVárzeas conquista o primeiro lugar

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