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Pub. Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA SEGUNDA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2013 ANO: 44.º NÚMERO: 12.172 Pub. NO HOSPITAL DO ESPÍRITO SANTO, ÉVORA PÁG. 8 À SEGUNDA-FEIRA Suplemento Literário PÁG. 13 Clube de Badminton de Évora divulga modalidade DESPORTO APCE recebe Certificação Europeia PÁG. 2 PÁG. 7 Doutores Palhaços ‘levam’ crianças para um mundo imaginário “Remé dio do Ris o” “Tlim…tlim”…chuiuuuuu… O que é? De repente, ouve-se bater à porta, dois doutores palhaços pedem licença para entrar no quarto das crianças que estão internadas no Hospital do Espírito de Santo de Évora e, a partir daí, é a festa total. Chega o “Remédio do Riso” que não cura, mas ajuda a libertar o lado saudável da criança, aquele que nada nem ninguém consegue prender e que é a imaginação.

Edicao ds dia 23 12 2013

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Page 1: Edicao ds dia 23 12 2013

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SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIASEGUNDA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2013

ANO: 44.ºNÚMERO: 12.172

SULPub.

NO HOSPITAL DO ESPÍRITO SANTO, ÉVORA

PÁG. 8

À SEGUNDA-FEIRA

SuplementoLiterário

PÁG. 13

Clubede Badmintonde Évoradivulgamodalidade

DESPORTO

APCE recebe Certifi cação Europeia PÁG.

2

PÁG. 7

Doutores Palhaços‘levam’ criançaspara um mundoimaginário

“Remédiodo Riso” “Tlim…tlim”…chuiuuuuu… O que é? De repente, ouve-se bater à porta, dois doutores palhaços pedem licença para entrar no quarto das crianças que estão internadas no Hospital do Espírito de Santo de Évora e, a partir daí, é a festa total. Chega o “Remédio do Riso” que não cura, mas ajuda a libertar o lado saudável da criança, aquele que nada nem ninguém consegue prender e que é a imaginação.

Page 2: Edicao ds dia 23 12 2013

a passada sexta feira, dia 13 de Dezembro, a APCE organizou um jantar que estava

incluído no Programa da nossa cidade que escolheu o mês de Dezembro para agregar activi-dades diversas das várias Institu-ições num programa único, para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Este dia comemora-se a 3 de Dezembro, data que as Nações Unidas proc-lamaram como data internacional para promover uma maior com-preensão dos assuntos relativos à deficiência, mobilizar para a defesa da dignidade, dos direitos

2 SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013 diário do SUL

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APCE recebe Certificação Europeiae do bem-estar destas pessoas. Portanto, a APCE não quis deixar de assinalar os princípios e os valores que a data escolhida simboliza, para chamar a atenção para a problemática e para os direitos das pessoas portadoras de deficiência. Aproveitamos esse jantar para divulgar a certificação da Associação como uma Institu-ição prestadora de servicos com certificação de Excelência de acordo com o referencial euro-peu EQUASS. Esta certificação credibiliza os servicos que presta-mos e simultaneamente consti-tui-se como um desafio constante numa cultura de melhoria con-

tínua dos mesmos, tendo em vista a qualidade de vida e autodeter-minação de todas as pessoas, com paralisia cerebral e situações neurológicas afins que recorrem à Associação. Foi neste contexto que se juntaram a nós cerca de trezentas pessoas, para partilhar-mos um serão de convívio.

Um leque de fadistas e músi-cos, juntou-se a nós para nos animar, os amigos que nos ofer-eceram produtos, contribuiram para um interessante leilão. O restaurante com a qualidade da refeição e os senhores que nos serviram o jantar, oferecendo o seu trabalho, permitiram-nos

desfrutar de um bom jantar.Tratou-se de um movimento

solidário digno de referência, pelo que não podemos deixar de agradecer a todos os presentes e a todos que mesmo ausentes, contribuiram para o sucesso do nosso jantar. Os fundos angaria-dos, serão usados no apetrecha-mento das respostas sociais, com o objectivo de promover a quali-dade das mesmas. Em nome de todos os Associados e das crian-çaas e jovens que apoiamos, o nosso muito obrigada.

A Presidente da AssociaçãoMaria Teresa Godinho

N

Page 3: Edicao ds dia 23 12 2013

3Tema de AberturaSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SULDIRECTOR

MADEIRA PIÇARRANOTA DO DIANOTA DO DIA

Oiça também na

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diário

do SU

L

DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

ADMINISTRAÇÃO / e-mail: [email protected] EXECUTIVOS:PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214);JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216);

FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL e LUSA

COORDENADORES PUBLICITÁRIOS:ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZ

DISTRIBUIÇÃO(porta a porta)

ADMINISTRAÇÃO e PUBLICIDADE:

• Tel: 266 730 410• Fax: 266 730 [email protected]

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REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO:Trav.ª de St.º André, 6-8 - Apart.: 2037 - 7001-951 ÉVORA CodexTel.: 266 744 444 - FAX: 266 741 252REDACÇÃO DE PORTALEGRE: TELEF. e FAX: 245 207465

REDACÇÃO / e-mail: [email protected]ÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva (Cart. Prof. N.º 4479); Gabriel Raimundo (Cart. Prof. N.º 8642).Colaboradores Especializados: Marina Pardal (TP1082); Maria Luisa Silva (CO 899)COLABORADORES: A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; Dr. Ana Paula Fitas; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Dr. Afonso de Carvalho; Monarca Pinheiro; Mário Simões; António Candeias; João Aranha; J. Correia; Francisco Pandega; Sampaio da Silva; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; José Eliseu, Dr. Bravo Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Pe. Senra Coelho; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Nelson Lage; Dr. Henrique Lopes; Dr. Francisco Costa; Dr. José Nascimento; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; Dr. Manuel Caldeira Pais; José Palma Rita.

IMPRESSÃO ROTATIVAPiçarra - Distribuição de Jornais, Lda.ÉVORATIRAGEM: 5.000/DiaN.º Registo: 100262 NIPC: 123 329 019ISSN 1647-6816

Todos os direitos reservados.Interdita a reprodução, mesmo que parcial,

de textos, fotografias ou ilustraçõessob quaisquer meios, e para quaisquer fins,

mesmo que comerciais.

MEMBRO: NOTÍCIAS DE PORTUGAL

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Ai de nós alentejanos se metessemos a cabeça na areia e não reagissemos aos efeitos da crise que atinge todos os sectores da região.

Várias vezes através dos tempos o Alentejo sofreu muito não recuando no tempo para lembrar as agruras de quem muito trabalhou e criou fi lhos e netos.

Hoje tudo é diferente até porque as exigências dos tempos modernos são felizmente mais largas para dar dignidade à vida das pessoas. É daí dessa forte vontade dos alentejanos que vem a certeza de que não irão virar a cara às difi culdades que os atingem.

É preciso reagir com mais vontade em tudo que signifi que imaginação em projectos novos ou nos que serão mais amadurecidos.

Há espaço físico; há água, sol e turismo; há os grandes valores regionais com produtos de alta qualidade para uma gastronomia apetecível; há zonas de rara beleza natural para atrair os visitantes.

Mas tudo isto requer cabeças pensantes que impulsionem as iniciativas.

E acima de tudo que o Poder aplauda e não levante tanta burocracia e obstáculos às inovações.

Essa burocracia é uma das causas primeiras do desânimo dos empreendedores. É contra ela que se deve lutar reclamando o apoio decisivo do Poder Local derradeira esperança dos alentejanos.

Se assim for eles não desistem.

(...)É preciso reagir

com mais vontade em tudo

que signifi que imaginação em projectos novos

ou nos queserão mais

amadurecidos. (...)

Page 4: Edicao ds dia 23 12 2013

diário do SUL4 OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

n Patrícia Silva

CRÓNICA DA SEMANA

Dr. CARLOSZORRINHO

Visto do Alentejo N.º 1.076

MO Beijo

aria do Céu R a m o s , Secretária Geral da Fundação

Eugénio de Almeida (FEA), numa interessante entrevista ao suplemento cultural do Jornal Público (Ipsilon), usou uma analogia de enorme significado metafórico.

Disse ela, e cito de me-mória, que Évora é como uma princesa adormecida à espera dum beijo que a consiga despertar.

A FEA é uma prestimosa Fundação que cumpriu recentemente 50 anos e foi meritoriamente agraciada com a ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República. O seu traba-lho em prol da cultura e da economia regional é notá-vel e merece ser sublinha-do. A equipa que a lidera merece o reconhecimento de todos nós.

Podemos dizer que não tem sido por falta de beijos da FEA que Évora continua adormecida. Nem por falta de beijos da FEA nem por falta de reconhecimento de outros agentes. Ainda recentemente a Associação Internacional de Agências de Viagens a considerou como o melhor destino turístico em Portugal.

Évora tem hoje todas as condições para acordar como uma princesa de desenvolvi-mento e futuro. Além da sua história, cultura e identidade, tem vindo a ser escolhida por empresas de referência para nela se instalarem.

A Embraer e as 16 empresas que já confirmaram a sua instalação no Parque de Ciência e Tecnologia são bem a prova de que esta cidade e esta região têm futuro, independentemente dos governantes de agora terem feito do Tejo uma versão moderna do rio do

esquecimento, para além do qual nada é para fazer ou apoiar.

Devemos ter orgulho da nossa terra e procurar de forma activa fazer das opor-tunidades pontos de não recuo, para que os nossos jovens aqui se possam fixar e as nossas instituições, com a centenária Universi-dade de Évora à cabeça se possam robustecer.

A Universidade de Évora terá em breve mais um pro-cesso de escolha dos seus corpos dirigentes. A Univer-sidade tem que ser o pólo dinamizador e aglutinador das múltiplas oportunida-des com que Évora se depa-ra, para que as acções criem raízes e não aconteçam sem deixar rasto.

Também para a Univer-sidade de Évora um beijo retemperador vinha mesmo a calhar.

s Ciclistas devem estar muito contentes. Refiro-me aos Ciclistas

Lusitanos, naturalmente… Dos Ciclistas doutros países não sei nada, não faço ideia do seu estado de espírito – agora os nossos, os que circulam pelas nossas ruas e pelas nossas estradas, esses devem estar completamente eufóricos – até me admira ainda não ter visto notícia de manifestações de regozijo nos sítios do costume, isto é, diante da Assembleia da República, da residência oficial do senhor Primeiro-Ministro e daquele Palácio que fica ali mesmo ao lado dos Pastéis de Belém – locais onde os nossos compatriotas sempre resolvem os problemas mais ingentes do País… Ora bem, e porque é que os nossos Ciclistas estão assim tão felizes? Porque, finalmente, vários séculos após a invenção da Bicicleta, é-lhes dada a importância que eles e esse popular veículo merecem. Tal

BICICLETAS,CICLISTAS

& REGULAMENTOScomo muitos outros objectos que fazem parte da nossa vida moderna, a Bicicleta (do latim bi a juntar ao grego kyklos , um bocadinho de erudição não faz mal a ninguém) foi primeiramente inventada, não sei se sabiam, pelo genial Leonardo da Vinci, aí por 1490, embora a sua utilização mais corrente só se verificasse quando o barão alemão Karl von Drais mostrou ao mundo, em 1817, o seu celerífero, uma geringonça de madeira, com duas rodas e guiador, que seria depois sucessivamente melhorada, mudando da madeira para o metal, acrescentando-se-lhe os pedais, o selim, etc., e passando por vários modelos, como a pesadona pasteleira, até se transformar nas modernas Bicicletas de corrida, levezinhas que é uma beleza… Ah, é claro que há quem diga que os Chineses já teriam inventado uma Bicicleta há mais de dois mil e quinhentos anos, mas deve ser mentira, porque o que

eles costumam fazer é palmar as ideias aos americanos para vender as coisas mais baratinhas nas suas lojas – enfim, não vou entrar nessa discussão, para não ficar com os olhos em bico, desculpem lá a piada, que não é de muito bom gosto…

Bem, mas vamos então ao que importa. Agora, os Ciclistas nacionais têm a felicidade de dispor de um Regulamento, um código de utilização das suas Bicicletas. E têm de empinar uma data de regras, como, por exemplo, a da circulação nas rotundas, em que têm de peda-lar sempre à direita, mas tendo de dar passagem aos popós que queiram sair do redondel; ou a prioridade que passam a ter, nos cruzamentos, equiparada à dos automóveis; e a obrigação, que os automobilistas passam a ter, de levarem consigo uma fita métrica, a fim de medirem rigorosamente o metro-e-meio de distância a que devem ultra-passar um Ciclista; e a possibili-dade que este adquiriu, com as novas regras, de circular lado a lado com a sua namorada, igualmente Ciclista, trocando frases ternas na estrada, de Bicicleta para Bicicleta, sem que isso constitua infracção… Enfim, recomendo que leiam estes Regulamentos, que estão aí publicados em toda a parte, e que precisam agora de ter bem presentes (na cabeça) enquanto conduzem as suas Bicicletas (com os pés).

[email protected]

O

quase véspera de Natal. É quase noite de consoada. De estar com a família à volta

de uma mesa, farta, a celebrar.O Natal é quase sempre

sinónimo disso mesmo, de cele-bração de algo bom. De doces e comidas que se repetem apenas nesta época do ano. De ter a família, mesmo a mais impro-vável, junta em torno da mesma mesa. Que é como quem diz, do mesmo propósito. E é também, quase sempre, sinónimo de alegria, de tempo de festa e de celebração.

Claro que há quem passe por esta quadra natalícia indiferente. Mas são poucos, espero eu!

Também há aqueles que, infe-lizmente, tiveram de partir e que ao longe continuam, em vão, a dizer Quero voltar para os bra-ços da minha mãe, como diz a letra de uma música bonita.

O Natal deve ser alegre.

Tempo de Celebrar!Mesmo que não nos apeteça. Mesmo que pareça ser incon-veniente. Mesmo que aparente-mente não haja motivo. Porque há um motivo, Natal! E há uma justificação, é tempo de fazer Bem aos outros.

Com mais ou menos consu-mismo, que seja pretexto para sermos bons para com os outros e fazermos agrados e mimos. E respeitarmos diferenças. E gos-tarmos dos outros.

Este Natal será o primeiro em que não vejo o Marão. E não estarei com a minha família de sangue. Mas estarei em família. E, dei por mim a reflectir nisto de ser família. E na verdade, é fa-mília quem queremos que seja. As pessoas de quem gostamos. Aqueles que estão sempre, ao longo da nossa vida.

Eu, por exemplo, tenho uns amigos que costumo dizer que são família. Crescemos juntos. Conhecemo-nos desde sempre. E nem sequer estamos juntos muitas vezes. Mas ao longo da minha vida, desde que me co-nheço, tem estado presentes. Fazem parte das minhas me-mórias de toda a vida. E temos momentos de festa e alegria. E temos momentos menos bons, em que estivemos lado a lado.

Não são só amigos. São família.A família existe para lá dos

laços de sangue. Existe nos que nos querem bem, nos que nos têm amizade. Nos que nos acompanham pela vida. Nos que, gostando de nós, nos respeitam nas diferenças e nos defeitos!.

E a família, não se questiona. Tem-se! Tem-se no sangue e tem-se no coração!

Este Natal, não estarei com a minha família de sangue. Pas-sarei todos estes dias com eles no pensamento. No coração. Desejando que estejam bem e que saibam estar felizes. Mas es-tarei em família. Criando novos laços invisíveis. Acrescentando elementos ao meu círculo. Au-mentando o número de pessoas a quem quero bem. E com quem quero celebrar. E tenho pena de não poder ter mais gente ao meu lado. Um dia, tentarei sentar todos à mesma mesa. A minha família e a dos outros. E as ramificações de amigos de todos os lados. Mesmo aqueles que não conheço, mas que estão sozinhos. Para que não estejam.

Porque dentro do coração, cabe o mundo quase todo!

Feliz Natal para todos!

É

Os meus avós sempre foram agri-cultores, talvez por isso, certamente, tive sempre uma certa admiração, ou melhor, uma certa paixão pela agricultura...

Talvez, o que é certo, é que tinha um grande apego, por tudo o que era campo e animais. Comecei logo de pequenino, andava eu na escola primária, no tempo em que as ervas nasciam e cresciam, íamos, eu e os meus amigos, para junto das mura-lhas do castelo, ver as nossas searas e tratar delas. As nossas searas, eram as ervas bravias que nasciam ao redor das muralhas, do castelo de Terena, onde então eu vivia, com os meus pais, que eram professores do ensino primário e, onde nós tínha-mos nascido.

Íamos para ali delimitar as nossas “herdades” e lavrá-las, com arados feitos de cana..., mas para nós era mesmo a sério... Ainda nesse tempo, comecei a dedicar-me também às abelhas. Nas minhas folgas, na pri-mavera, levava horas sentado junto dos cortiços a observar as abelhas com as patinhas cheias de rolinhos de pólen, de várias cores. Eram ho-ras de grande observação.

Mais tarde, como andávamos a estudar, pouco tempo ficava para a minha paixão. Só depois mais tarde, muito depois, já formado e a dar aulas, comecei a aproveitar os bo-cadinhos que tinha livre para tentar praticar naquilo que eu realmente mais gostava.

E foi assim que em pleno agosto, com um calor tórrido, andava eu com um dos meus filhos, que na altura tinha uns doze anos, que aconteceu um episódio estranho, que embora na altura, não me ocor-resse isso. Só muito mais tarde, me apercebi, verdadeiramente do que tinha acontecido.

Episódios da minha vidaAndava eu, com aquele meu filho

a debulhar um pouco de trigo na eira, em pleno agosto, com um calor tórrido, já à tardinha quando a brisa começava a soprar separando as se-mentes ds palha, senti fraqueza, von-tade de comer e sede. Pedi ao gaiato, meu filho, que fosse ao “monte” buscar qualquer coisa para comer e um pouco de água, para eu não dei-xar o trabalho de limpeza, pois o dia estava a terminar e eu tinha vontade de deixar o trabalho pronto.

Estava já à pádejar para a limpeza final do trigo que estava praticamen-te separado da palha, limpo, estava já a tirar algumas sujidades mais grossas, que não saíram com o ven-to, quando se deu o episódio, a que me estou a referir.

Era já noitinha, assim se pode dizer, quando ouvi um certo ruído como que um som gutural, e olhei nessa direcção e vi naquela altura, naquele momento, um maltezão de capote de burel, capote alentejano, e de chapéu todo desabado. Fiquei um pouco assustado e respondi ao que para mim foi aquele som, seria uma boa tarde? E respondi, boa tarde, mas, para não mostrar medo, continuei na minha tarefa de limpe-za do trigo e fingi não ligar muito.

Passados, talvez, uns segundos, ouvi o mesmo som, que eu deduzi que seria a despedir-se, olhei na-quela direcção e já não vi ninguém. Pensei, foi-se embora.

Tinha ali connosco, um cão, um pastor alemão, o Filó, que não la-drou, mas emitiu uns sons que mais pareceram um ganir.

Passaram, talvez uns vinte anos, e, nunca mais me tinha lembrado de tal coisa, quando um dia na escola, a dar aulas, e, não sei porquê, veio-me à lembrança o dito episódio e come-cei a matutar no assunto passado na

eira, ao anoitecer. Um maltezão de capote, em pleno agosto, de chapéu todo desabado e, comecei a pensar como é que apareceu um tão estra-nho caso àquela hora? Um maltezão de capote e de chapéu desabado por ali... Não sei porquê, veio-me à ideia, o que a minha avó nos contava acer-ca daquela nossa propriedade, onde estava localizada a dita eira, onde estava a debulhar e a limpar o trigo. Dizia a minha avó, que o pai dela ou o avô, já não tenho a certeza, é que tinha feito e desbravado aquela pro-priedade, baseando a sua aquisição nas leis das “Sesmarias”, promulga-da pelo nosso rei D. Fernando, no sentido de que quem se dedicasse a desbravar terrenos, as terras seriam suas, para a agricultura. Já nesse tempo, não havia muito apetite pela agricultura. Ainda hoje há quem diga, que ser agricultor é cultivar a arte de empobrecer alegremente, e então, o avô, ou pai da minha avó, dizia ela, que andava sempre, de verão ou de inverno, de capote e com aquele chapéu todo desabado na faina de tratar das terras.

Já se vê, comecei a formar uma ideia, mais ou menos, do que se tinha passado na eira, naquela tarde de agosto, quase à noitinha, e em que eu nunca mais tinha pensado.

O que naquele dia na escola me veio à lembrança, é que eu tinha tido uma visão e aquele que eu tinha vis-to como maltezão, não era mais nem menos, que o primeiro dono daque-la propriedade, o meu antepassado, que tinha criado com muito esforço, trabalho e carinho e dedicação àque-la quinta, e que veio naquela tarde à noitinha observar um dos seus netos naquela faina e constatar que ainda havia alguém, que como ele, ainda se dedicava à agricultura, continu-ando assim a arte de empobrecer alegremente.

Estremoz, 8 de dezembro de 2013O Professor

(Cláudio Gromicho Pereira Marques)

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5RegionalSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

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ALCÁCER DO SAL

Lixo recolhidodas margensdo rio Sado

Mais de 300 quilos de lixo, constituído por diversos materiais, foram recolhidos das margens do rio Sado, no concelho de Alcácer do Sal, numa iniciativa de limpeza ambiental promovida pelo município.

Garrafas de plástico, cadeiras ou papeleiras foram alguns dos objetos recolhidos pelos trabalhadores camarários, os quais, esta semana, na segunda fase da operação, procederam à limpeza de vegetação e caniços das margens do rio.

“Há mais de um ano que as margens do Sado não eram limpas, situação que levou à acumulação de vários materiais que prejudicavam o habitat natural do rio”, disse a vereadora Ana Luísa Soares.

Irmãos acusados de matar homemno Alentejo

condenados a 19 anos de prisãoO Tribunal de Ferreira do

Alentejo condenou sexta-feira a 19 anos de prisão cada um dos dois irmãos que mataram um homem naquele concelho, pelos crimes de homicídio qualificado agravado e de detenção de arma proibida.

No acórdão, lido hoje, o coletivo de juízes condenou, em coautoria, António, de 28 anos, e João Rosário, de 20, a 18 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado agravado e a dois anos de prisão pelo crime de detenção de arma proibida, num cúmulo jurídico de pena única de 19 anos de prisão para cada um.

Segundo o acórdão, o crime ocorreu em Canhestros, no concelho de Ferreira do Alentejo, a 10 de janeiro deste ano, quando os arguidos, mediante “um plano previamente idealizado em conjunto” e com “frieza de ânimo”, mataram o homem a tiro e dispararam contra a viatura, onde estavam a mulher e o filho da vítima, na altura com quase dois anos.

O coletivo absolveu António e João de dois crimes de homicídio na forma tentada, de que eram acusados, considerando que, pelas circunstâncias, ou seja, era noite e a viatura tinha vidros traseiros fumados, não seria possível aos arguidos perceberem se havia mais alguém no carro.

Segundo o acórdão, a prova produzida não foi suficiente para apurar o motivo do homicídio, tendo o coletivo de juízes afastado a versão apresentada pelos arguidos, os quais alegaram que o crime foi cometido porque a vítima teria assaltado o monte dos seus pais.

O coletivo condenou também os arguidos a pagarem uma indemnização de quase 186 mil euros à família da vítima.

Na alocução final, o presidente do coletivo de juízes dirigiu-se aos arguidos e disse-lhes que o crime que cometeram foi um “ato ignóbil, cobarde mesmo”.

Em declarações à agência Lusa, o advogado assistente da família da vítima considerou a pena “justa”, enquanto a defesa de António disse que, “em princípio”, vai recorrer e a advogada de João indicou que vai recorrer da decisão do coletivo.

Devido à pena aplicada e por considerar que os arguidos planearem o crime e “distribuíram tarefas” para o conseguirem cometer, o coletivo alterou a medida de coação (permanência na habitação) que tinha sido aplicada a João, que, tal como já acontecia como o irmão, António, vai passar a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.

Universidade de Évora “fecha portas”entre sábado e dia 31para reduzir custos

s instalações da Universidade de Évora (UÉ) vão estar

encerradas a partir de sábado e até dia 31 deste mês para poupar nos custos de funcionamento, embora alguns serviços “essenciais” continuem abertos, revelou a instituição.

“No sábado, apesar de ainda decorrerem aulas de mestrado, alguns edifícios já vão estar fechados”, explicou à agência Lusa o reitor da academia, Carlos Braumann.

Apesar do encerramento das instalações, durante as épocas festivas do Natal e Ano Novo, coincidindo com os dias de pausa letiva, os “serviços essenciais” da UÉ “vão continuar a trabalhar”, afirmou.

“Há serviços que têm de manter-se em atividade, como é o caso dos serviços administrativos, que estão a fazer o fecho de contas”, indicou.

O reitor afiançou ainda que, “o acesso está garantido a quem

precisar de trabalhar”, nomeadamente “em projetos de investigação que não possam ser interrompidos”.

O “fecho de portas” nesta altura do ano, à semelhança do que já aconteceu em igual período de 2012 e no passado mês de agosto, tem como objetivo a poupança financeira.

“O encerramento visa uma mais eficaz gestão dos edifícios da universidade nos períodos de pausa letiva” e justifica-se “pela necessidade de redução de custos de funcionamento, nomeadamente com energia,

segurança e limpeza”, explicou a UÉ, em comunicado enviado à Lusa.

Carlos Braumann sublinhou que, além de permitir poupar “algumas dezenas e milhares de euros”, a medida permite também à instituição concentrar, nestas alturas de pausa letiva, as férias dos funcionários.

“Assim, quando as pessoas estão a trabalhar, estão mesmo todas, evitando que os serviços estejam a ‘meio-gás’. Concentramos as férias nestes períodos, em que a procura é bastante pequena e não se justifica que os serviços estejam abertos”, explicou.

Durante este período, informou a academia, o acesso aos espaços da universidade é feito “em regime equivalente ao estabelecido para o dia de domingo”, com exceção das “instalações necessárias para assegurar as condições indispensáveis ao atendimento público”.

A

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diário do SUL6 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

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AGRADECIMENTO À DIANACONTA, Lda., seus colaboradores e clientes

A Associação “Pão e Paz – Associação de Solidariedade Social”, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, que surgiu para colmatar carências humanas, sociais e económicas dos seus utentes.

Vive da generosidade dos que contribuem, quer com dádivas, quer com trabalho voluntário, de forma a poder cumprir um dos seus principais objetivos, que é dar uma refeição quente diária a carenciados.

Nesse sentido, a Associação foi contactada pela DIANACONTA, Lda., que com a ajuda dos seus colaboradores e clientes realizou uma campanha de solidariedade com o intuito de angariar alimentos, entretanto já entregues.

A Associação Pão e Paz agradece publicamente este gesto da DIANACONTA, Lda., em particular dos seus colaboradores e clientes (Recicloteca, Fundação Luís Molina, A Grelha, Congregação das Servas, Évorareia), bem como a todos os particulares que nesse âmbito se associaram à causa.

Obrigado a todos pela partilha, e participação nesta iniciativa de carácter solidário.

P’la Direção da Associação Pão e PazA Presidente,

Maria Teresa Caetano

VIDA RELIGIOSA

Festa de Natalda Catequese

No passado dia 15 de Dezembro, a Catequese Paroquial da Cidade de Montemor-o-Novo celebrou a Festa de Natal, na igreja do Calvário, que se tornou pequena para acolher a multidão que quis participar.

Catequistas e catequizandos convidaram os pais e toda a comunidade para a celebração da Eucaristia, que foi antecedida de uma encenação do nascimento de Jesus e que foi interpretada por alguns grupos de catequese.

No final da celebração, o pároco, cóng. José Morais Palos e o vigário-paroquial, Pe. Luís Santos, entregaram a todas as crianças, adolescentes e jovens uma medalhinha de Nossa Senhora da Visitação, como prenda de Natal.

com «a Defesa»

JANTAR DE NATAL e PRÉMIOS 2013do Grupo de Forcados

Amadores de Beja

ecorreu no último Sábado, dia 14, no Restaurante Sabores

da Carne em Beja, o já tradicional encontro festivo alusivo à quadra e bem assim ao fim de temporada do Grupo de Forcados Amadores de Beja.

Em ambiente alegre e de franco convívio que se prolongou pela noite fora, encontraram-se actuais e antigos forcados, suas famílias, numerosos amigos, gente ligada à festa brava, tal como da imprensa e rádio.

Como é hábito, o GFAB, aproveitou este jantar de Natal que contou com a presença de cerca de duzentas pessoas, para fazer a entrega de prémios e distinções, para aqueles que se evidenciaram no grupo em 2013.

Quatro prémios foram entregues, sendo eles: Entrega, juventude, revelação e forcado do ano. O prémio entrega foi atribuído ao forcado Gonçalo Valente Henrique, pela sua atitude sempre empenhada em prol do grupo, dentro ou fora da praça. O prémio juventude, como o próprio nome indica foi atribuído ao promissor jovem Manuel Correia. No prémio revelação, Rui Tareco foi o justo vencedor pela forma como evoluiu ao longo da temporada. O mais aguardado, o forcado do ano, foi atribuído a dois forcados em simultâneo, um pela prestação à cara e outro como 1.º ajuda: Guilherme Santos e João Graça.

O juri do grupo entendeu, distinguir duas pessoas, que não forcados, pela sua participação

activa no GFAB: Prémio amizade para o empresário Miguel Sampaio, o qual tem no grupo e no activo, para além do filho, vários sobrinhos.

Foi ainda entregue o prémio Prestígio, à Dr.ª Isabel Graça, pelo incansável apoio prestado ao longo da vida do grupo. Esta ferverosa apoiante do grupo, e esposa dum antigo forcado, Fernando Graça é mãe do actual forcado Tiago Graça.

Seguiram-se alguns discursos de circunstância, quer relativos à quadra quer inerentes aos prémios e distinções. Usaram da palavra, os homenageados e para além de outros, a madrinha Helena Cavaco Lança, o aficionado e cronista do grupo Joaquim Estevens, o cabo fundador João Marujo Caixinha e obviamente o cabo actual José Maria Charraz, que encerrou com uma esplanação dos momentos vividos em 2013 e bem assim com aquilo que na sua prespectiva deverá ser a vida e postura do grupo na próxima época.

Trocaram-se abraços e votos de Boas Festas e o agrádavel convívio que para alguns não se esgotou noite dentro, reforçou a amizade que é apanagio das gentes da festa de toiros.

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7RegionalSGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

Pub.

Fotos Exclusivas

n Maria Antónia Zacarias

Tlim…tlim”…chuiuuuuu… O que é? De repente, ouve-se bater à porta, dois doutores palhaços pedem licença para entrar no

quarto das crianças que estão internadas no Hospital do Espírito de Santo de Évora e, a partir daí, é a festa total. Chega o “Remédio do Riso” que não cura, mas ajuda a libertar o lado saudável da criança, aquele que nada nem ninguém consegue prender e que é a imaginação.

Uma vez por mês, os palhaços profissio-nais vêm a Évora para ajudar os mais peque-nos a suplantar medos, a esquecer anseios e a brincarem e a divertirem-se. Este projecto “Remédios do Riso”, promovido pela Asso-ciação de Doutores Palhaços, vem a este hospital desde o dia 7 de Julho de 2011, sempre com uma dupla de profissionais com formação específica na área da saúde, para exercer uma abordagem adequada às neces-sidades físicas e emocionais da criança hos-pitalizada e familiares.

Por trás destes doutores palhaços Nano Sirene e Mo Caracol estão José Torres e Pedro Charneca, respectivamente, que contam ao “Diário do Sul”, que a missão da sua vinda é “desdramatizar o ambiente hospitalar, ofere-cendo momentos de alegria e distracção,

O riso como remédio no Hospital do Espírito de Santo em Évora

Doutores Palhaços transportam as crianças para um mundo imaginário

através do humor, do riso e da fantasia”. E explicam que a Organização Mundial de Saúde considera que o riso é um estímulo importante para a criança hospitalizada já que diminui a ansiedade e aliviando o ambiente hospitalar através da promoção da boa disposição, da brincadeira e do afecto.

Contudo, antes de cada intervenção “reunimo-nos com os enfermeiros de serviço, que nos fornecem toda a informação necessária sobre o estado das crianças internadas, de forma a realizarmos as visitas de uma forma personalizada”, salienta o doutor Nano Sirene. As intervenções em cada quarto são únicas e individualizadas, à medida de cada criança e com o seu consentimento. “Nunca entramos sem autorização da criança, não impomos nada a ninguém e temos que saber

se a criança pode rir, pois se ela foi operada a uma apendicite, por exemplo, não pode rir por correr o risco de rebentar a

sutura”, frisa. Improv isações , canções, jogos de

magia, mimos, marionetas e

malabares, são algumas das técnicas usadas durante a visita. Por norma, a receptividade é boa, mas há casos que marcam. O doutor Nano Sirene lembra o menino Lúcio. É uma criança cigana, com nove anos, portadora de uma patologia muscular, que está muitas vezes internada. “Via-nos e parecia que via um fantasma, nunca entrámos. Ao fim de termos contactado com ele várias vezes, o Lúcio

surpreendeu-nos e disse que podíamos entrar. A partir daí, tudo foi especial. Numa cadeira de rodas fiz uma corrida pelo corredor do hospital e as gargalhadas dele encheram-me do remédio do riso”, recorda emocionado, sim porque os palhaços também choram…

E fazem chorar a rir, como aconteceu a Marlene, a quem decidiram chamar Shakira. Pediram autógrafos, dançaram e saíram de mansinho, deixando um sorriso rasgado no

rosto da jovem loura. “Foi divertido, não os conhecia, mas penso que é importante a presença deles aqui para nos ajudar a ani-mar”, sublinha. Também a mãe do pequeno Miguel, Carla Pinto, que estava no mesmo quarto, alinhou na brincadeira e até colocou a música para que a dança começasse. “Não tinha conhecimento dos doutores palhaços,

mas achei muito interessante porque quando as crianças estão no hospital têm que ter alguma coisa que os entusiasme”, frisa. Ângela Saragoça, mãe de uma outra menina, por sua vez, já sabia da existência destes doutores palhaços. “Eu e a minha filha gos-támos muito, sobretudo porque quando as crianças estão internadas precisam de alguém que as faça sentirem-se crianças”, salienta.

Periodicidade das visitas vai aumentar

Os doutores palhaços vêm ao hospital de Évora e durante umas horas animam os familiares das crianças, a equipa médica e o pessoal da limpeza que também são chama-dos a participar. As visitas realizam-se na neonatologia, no internamento, nas consul-tas externas e, por fim, na urgência pediá-trica. “Começamos pela neonatologia para trabalhar com os pais e colocamos música para os recém-nascidos ouvirem. Depois vamos para os internamentos, de seguida para as consultas externas e terminamos nas urgências pediátricas para não transmitirmos possíveis bactérias que possam existir neste espaço. Assim levamo-las para casa”, brinca o doutor Mo Caracol.

O sucesso do “Remédios do Riso” é tanto que o objectivo da associação, sem fins lucrativos, é que as visitas passem a ter uma periodicidade de duas vezes semanais. Nunca é

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8 domQuixoteSEGUNDA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2013

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

Cinco Dias, Cinco Histórias

VIDAS CRUZADAS…

(A ANUNCIAÇÃO)

Ah se eu pudesseSe eu pudesse explicar tudo que sintoO que antevejo e sonho que aconteceSe eu pudesse quebrar as leves asasDeste pensar constante que entontece

AH! Se eu pudesse!

Se eu pudesse mandar que não sentisseSe eu pudesse ordenar maquinalmenteOrientar meu coração ardenteEm direcção ao nada...

Se eu pudesse varrer do meu sentirEsta forma de pensar que faz sofrerAH! Se eu pudesse...Caminhar em direcção ao nada!

Maria Tereza Grave

Mais uma vez… é NatalMais uma vez o Natal aconteceMais uma vez se fala de amor e de esperançaMais uma vez o Homem lança uma precePedindo a Paz, mas ela não se alcança.

Mais uma vez surge a estrela brilhanteQue anuncia o nascimento do SalvadorMais uma vez, um Homem frio e distanteSurge com palavras, demonstrando calor.

Mais uma vez parece surgir o perdãoMais uma vez parece também banido o malMais uma vez se anseia pla razãoSó porque é Natal, é Natal, é Natal!

Mais uma vez há lugares com mais luzPorventura alguns toques de alegriaNa Terra surge um Menino que é JesusE um velhinho de barbas por magia.

E as crianças, algumas com olhares de espantoSorriem!... Tanta, tanta ingenuidade!Perante as prendas que são o seu encantoMas estão longe, muito longe da triste realidade.

Não sabem que muitas estão morrendo sem pão Que não sabem sequer o que é Natal…Que sofrem, estendendo a muito fria mãoQue vazia, vai limpar lágrimas de sal.

Não é este o Natal por mim muito ansiadoNão é não! Este é o Natal do fingimentoO Natal impuro, mui falseadoO Natal da amargura e do tormento.

O Natal autêntico verdadeiroÉ feito de Amor, candura, razãoÉ aquele que afaga o mundo inteiroAquele que para todos traz o Pão…

Profundo desgosto o meu! Não surge esse NatalSaboreio a volúpia da amarguraQue Deus me perdoe, mas por ver tanto MALO meu Natal é como a noite muito escura…

Velez Correia

A NoiteAcendem-se estrelas no céu...Onde eu moro é noite escura,Rasga-se o celeste véu,Lua de prata e candura.

Não sei se para as almas,A noite é doce refrigério...Nas longas noites calmas,Cada ser é um mistério.

Já as mentes cansadas,Em pesadelos enclamurados...Distorcem vivências sofridas.

As mentes deambulam esvaicidas.Factos, reflexos de vidas,Tantas situações recordadas.

José A. Banha

Natal, Natal, NatalMais um Natal a chegarBrilhante, cheio de luzNas ruas tudo a brilharNinguém pára p’ra pensarOnde está o Menino Jesus?

Chega o velhinho das prendasSobe e desce a chaminéPensando nas encomendasVive só p’rás suas lendasE o Menino Jesus?... Quem é?

É um Menino adoradoQue lá longe, com seus paisNumas palhinhas deitadoEsse Menino SagradoTem as Estrelas naturais.

Essas Estrelas de brilho sem igualAnunciam Salvação e EsperançaA força que vence todo o malNasceu Jesus... É noite de NatalIgual aos homens feito uma criança.

Esta Família unida em BelémPobre, mas rica em AmorEssa riqueza que nos manda do AlémÉ a paz que sentimos tambémA rezar ao Nosso Criador.

Confiantes, vamos amar JesusSempre Natal, é mais uma chamadaA Paz e Amor que ele traduzEnchemos a nossa casa de luzMas uma luz para ser amada.

Celeste Avó Charneca

Natal...Tinha um ar zaragateiroOs cabelos desgrenhadosNum tom bonito...Tinha os olhos esverdeadosNuma carinha redondaO pequenino.Ainda não andava à escola,E se usava uma sacola- Trazia pãoAndava pedindo esmolaEste botão.Sonhava...Com uma bola de cristalQue se abriaCom os brinquedos de Natal,Com o Menino JesusQue vem sempre neste diaEle sabia... E sorria.- Neste mundo conturbadoPorquê tu sacrificado?A fazer lembrar Jesus!

Natividade Coelho

A Visita guiada, propriamente dita está prestes, a começar. Perante uma vasta assistência, mais de setenta pes-soas, a jovem ESTELA, da organização deste ROTEIRO DAS IGREJAS, começa por dar as boas vindas a todos congra-tulando-se pelo elevado nível de parti-cipação, dando alguns conselhos sobre a forma como a assistência se deve or-ganizar para desfrutar e acompanhar as explicações e informações prestadas.

Passa então a apresentar os guias que são nem mais nem menos do que os peritos em arte sacra o cónego FERNANDES e o ARTUR GOULART que se mostram acompanhados da ISABEL GOULART e do FRANCISCO BILOU, o que desde logo faz antever um pro-grama interessante e enriquecedor. Ficamos também a saber que esta visita tem como temática e está circunscrita à ANUNCIAÇÃO e ao MENINO JESUS, e as obras quer de pintura quer de escul-tura a “visitar” são afetas a tal desígnio.

Nesta visita guiada, está incluída não só a revisitação das obras e imagens da Sé, sobre o “mistério” da ANUNCIAÇÃO como das que se encontram no riquís-simo MUSEU DA SÉ DE ÉVORA, que acabarei por visitar pela primeira vez. São quase onze horas e começo a ficar atormentado com os “convidados” que devem estar quase a chegar a Portel.

O Cónego FERNANDES começa a vi-sita por uma imagem de Nossa Senhora da Anunciação ou Senhora do Ó ou será do OH ???!!!, que se encontra num altar lateral da nave central da imponente Sé Catedral de Évora. Fico a saber que a nave central estava revestida com outros altares, de que só restou este, que em meados do século passado por iniciativa dos monumentos nacionais foram retirados da igreja.

A imagem representa uma virgem já grávida, “pormenor” de que nunca me tinha apercebido a receber a notícia do anjo sobre a sua condição de futura mãe de DEUS e da resposta desta a tão insó-lito ANÚNCIO. Fico a saber finalmente, porque existem tantas senhoras do Ó espalhadas pelo país e nomeadamente ali para os lados de Ericeira. Quando por aqui passo acompanhado da ALDA, e por se tratar uma pessoa com alguns conhecimentos sobre a matéria, por mais de uma vez a questionei porquê SENHORA DO Ó. Qual o significado desta designação, chegando até a pedir os bons ofícios da ADELAIDE, uma especialista em assuntos de sacristia, para esclarecer tão ingente, para mim, mistério.

A resposta de tão simples chega até provocar um sorriso condescente e a explicitação foi feita com a mesma simplicidade pelo ARTUR GOULART. Chama-se senhora do Ó, porque as ladainhas e os louvores que lhe são dirigidos, começam sempre por um Ó. Ó Santa mãe de Deus... Ó Virgem Santís-sima,... Ó virgem Maria... Ó Senhora dos Aflitos etc.., etc., etc.... Daí que com a sua imensa sabedoria e espírito prático a nosso povo tenha inventado esta ou estas SENHORAS DO Ó espalhadas por todo o lado.

Acorre-me à memória a padroeira da minha terra que se chama NOSSA SENHORA D’ENTRE ÁGUAS precisa-

mente porque a ermida que lhe foi o consagrada se situa entre as águas, na confluências das ribeiras de Seda e da Sarrazola. Recordo igualmente um episódio com o padre Francisco na ribeira da Sarrazola... Mas não, não posso ir por aí senão nunca mais acabo esta história, quase interminável. Volto ao roteiro das Igrejas e às explicações e informações prestadas pelo ARTUR que me há-de perdoar esta intimidade mas conheci-o há mais de vinte anos em casa de amigos comuns, detalhando, explici-tando e interpretando os pormenores de cada quadro ou imagem sobre o tema abordado.

Noto na vasta assistência a pre-sença de duas colegas de profissão e manifesto a uma delas o meu júbilo por as encontrar naquele local, pois é raro, muito raro mesmo, encontrar algum profissional forense, em alguma iniciativa de índole cultural ou recre-ativa. E se esta comunidade cresceu nos últimos anos. Reparo então que a Jominha a “patrocinadora” desta visita, que se tinha deixado dormir, chegara entretanto, esbaforida.

Já no museu somos levados pelos olhos e pela palavra do Artur a conhecer uma das obras mais preciosas e valiosas, uma impressionante, não pelo tamanho VIRGEM DE ABERTURA, precisamente porque se ABRE sobre si própria, um precioso trabalho em marfim com pormenores

e detalhes que nos foram paciente-mente explicados pelo nosso guiador.

A visita está para continuar e eu es-tou a atingir os limites para ir para Por-tel, e é então que acontece o momento mais EMOCIONANTE desta visita. Do que se tratava agora era de apreciar e explicar o significado dos vários meninos Jesus expostos numa das alas do museu. É então que o ARTUR nos pede a atenção para o MENINO JESUS CHORÃO e nos explica toda a história associada à feitura e significado desta imagem, que reputa como das mais importantes do museu.

É então que traz à colação e evoca a figura do poeta AUGUSTO GIL (batem leve, levemente...) que passou uma temporada em Évora e ficou tão encan-tado e emocionado com este MENINO CHORÃO que lhe fez uma balada ou HINO, mais propriamente. Noto no Artur, à medida que vai falando uma alegria e uma vivacidade um pouco estranhas, pois a visita estava quase no fim e ele, que já não é novo, deveria ter também algum cansaço, pois falar para um grupo de setenta pessoas durante mais de uma hora não é fácil.

Rapidamente percebo o porquê deste brilho nos olhos quando anuncia que a sua companheira de uma vida, a ISABEL, ali, junto à imagem daquele BÉBÉ CHORÃO, vai recitar o poema de Augusto Gil, o MENINO JESUS DE ÉVORA. E que silêncio e que comoção atravessou a todos quando a ISABEL, com sentimento e VERDADE começou a debitar o poema de Augusto Gil!...e um menino Jesus! de bochechinha brunida/cor de maçã camoesa...gordo, nédio, bem trajado, deveria ser feliz, deveria estar sorrindo...

E como o Menino Jesus Chorão

deve ter ficado comovido por ouvir, porventura pela primeira vez, as pala-vras tão bonitas, mas tão simples, que lhe eram dedicadas.

Olho para o ARTUR e vejo-o inco-modado com um telemóvel levemente perturbador. Olho para a imagem da frente e vejo um MENINO JESUS SOR-RIDENTE e algo gozão e malandreco como que a abençoar esta comunhão entre AUGUSTO GIL, o MENINO JESUS CHORÃO e a ISABEL. Encontro a Cata-rina que me diz ter ficado comovida e toda arrepiada, com o poema e toda a envolvência. A visita está quase a chegar

ao fim e eu estou nos limites.Felizmente que faltam duas peças

que foram levadas para uma exposição nesta época de Natal, para a Igreja do Salvador. É meio dia. Tenho uma mensagem do MANDRAKA a dizer que já chegou para o almoço. Abalo a toda a pressa para Portel, sem me despedir de ninguém. No carro, com o balanço, os vapores da sopa de cação e dos pezinhos de coentrada, levam-me para Portel e ao encontro com os meus com-panheiros da República Prá-Kis-Tão.

(Continua)

Erguidas ao Céu as suas pernadas ressequidas, faziam lembrar os brac-ços de uma estátua plantada naquela imensa solidão, quem sabe, se a pedir algo numa linguagem ininteligível para os homens.

Esfumadas pelo tempo, já se per-diam na memória da velha azinheira algumas lembranças, no entanto, ainda restava algo no velho tronco habitante da planura daquilo que tinha sido o seu passado enquanto jovem.

Esbelta, sua formosa ramada fazia lembrar os longos cabelos de uma prin-cesa moira, que por ali ficara perdida, ou não tivesse desejado regressar à sua terra por estar apaixonada por aquele chão. Sob ela, nas tardes abrasadoras do Estio Alentejano, acolhia ceifeiros e ganhões que nas “aguadas” ao som da “cantarela azoinante” das cigarras, apressadamente devoravam uma falca de marrocate.

Também seus galhos foram pouso, para corna, cantil, bornal ou alforge das gentes que laboravam com enorme sacrifício naqueles plainos em pleno Verão. Fora lugar de “acarro” para re-banhos, o seu tronco servira ainda para descanso do “manganilho” após ser varejada a bolota com que eram alimen-tadas as “varas” na ocasião. E até guarida para “maltês”, se outra não encontrava a feição. Tudo isto a velha azinheira recor-dava com tristeza, sobretudo quando escutava as vozes das gentes que ao pas-sarem junto dela a olhavam com uma certa indiferença dizendo: este velho tronco aqui plantado e sem préstimo até desfeia a paisagem. Também as aves já não se abrigavam nela nem faziam lá os seus ninhos.

Assim foi passando o tempo, até que um dia acordou daquela letargia ao som duma vozearia nada habitual. Expectan-te, ficou olhando como se dirigiam até ela, depois, sentiu-se abanada, içada pelos ares e como em sonhos parecia-

A Azinheiralhe que voava indo por fim pousar num largo junto de uma igreja. Muitos eram os que se aproximavam especialmente crianças pois nunca tinham visto ali algo com aquela dimensão. Chegada a noite, fria e gélida como o são as noites do Alentejo em pleno Inverno, todos se aproximaram e atearam os secos galhos que transmitiram ao seu velho tronco um agradável calor. Os sinos tocavam para a missa do galo, as gentes ao seu redor saboreavam coscorões e azevias com bebidas quentes. Naquele momen-to a velha azinheira sentiu-se alguém, pois apesar de se encontrar já no fim da sua longa vida, estava a contribuir para manter uma tradição numa pequena Vila do nosso Alentejo, e ainda que sem os predicados que tivera na juventude, era um elo de união e confraternização numa noite de Natal, pois ao seu redor com fraternidade todos davam a mão.

Natália Parelho Fernandes

Quando eu tinha seis ou sete anos, recebi o melhor presente de Natal de toda a minha vida.

Naquela altura eu era uma criança muito feliz pois pensava que a vida fosse sempre bonita, com a família toda em meu redor, para me darem os miminhos de que tanto gostava.

Tinha irmãos, pais e avós sempre presente, já não falando da criadagem e dos trabalhadores do campo que me paparicavam. Foi nessa altura que aprendi a montar a cavalo e comecei a conhecer esse animal fabuloso. Andava livremente por onde me apetecia e a minha curiosidade era prontamente satisfeita, havia sempre por perto al-guém pronto a ensinar-me tudo o que eu queria saber.

Era véspera de Natal, a casa estava toda agitada com os preparativos para a ceia. As empregadas andavam numa roda viva e a minha mãe ia da cozinha para a sala com uma pressa pouco habitual.

O tempo esticava e eu cada vez estava mais curiosa porque todos os meus irmãos já tinham assinalado os seus embrulhos e para mim, nada.

Lentamente o dia ia chegando ao fim e o frenesim aumentava, a Lurdes já tinha acendido a lareira e a minha mãe continuava a comandar a agitação. Copos brilhantes, pratos e talheres ali-nhadinhos. Velas à espera de serem acesas, guardanapos postos, dobrados artisticamente, as criadas nos seus ima-culados aventais e eu nervosa por não ter presente.

Chegaram as tias solteironas, vinham sempre mais cedo para aju-darem, mas sentavam-se logo perto da mesinha dos petiscos e só paravam quando iam para a mesa. Traziam embrulhos com laçarotes, mas eram

Natal IImuito pequenos, eu queria um grande como o dos meus irmãos.

Demorou uma eternidade a sentar toda aquela família e ainda faltava o meu avô, sabia que sem ele não seria servido o jantar.

Finalmente chegou, pedindo des-culpa pelo atraso, mas tinha tido que fazer umas coisas.

Começou o jantar e eu só queria que acabasse para ver os presentes, era tradição serem abertos após o jantar, brincava-se um bocadinho e as crianças iam para a cama. Os adultos ficavam até tarde e as tias continuariam a comer...

Impaciente, perguntei à minha mãe onde estava o meu presente, ela respondeu que o meu avô é que sabia.

- Está quase a chegar, o Zé Corvo vem avisar!

Mais nervosa fiquei, não estava a perceber nada. Demorou mas o ho-mem apareceu à porta e fez sinal. O meu avô pegou-me ao colo, embrulho-me no xaile da minha mãe e atravessou o quintal até aos estábulos.

À fraca luz vi a égua Fidelis deitada e, logo ali, um embrulho branco que se começava a romper e apareceram duas patas. Por fim, um cavalinho pequeno tentou pôr-se de pé. Fez várias tentativas e lá conseguiu. Fiz-lhe uma festa e nunca mais esquecerei aquele calor molhado que os sentidos absorveram.

- Aqui está o teu presente deste Natal!

- É meu?Assim o “ÉMEU” foi o meu com-

panheiro de muitos anos, de tempos felizes que recordo com verdadeiro prazer.

N. de Carvalho Alberto

diário do SUL

Natal de 2013O dia 24 de DezembroQue não esqueço, jamaisPorque muito me lembroda consoada com meus pais.

Eles estão sempre, sempre!...Dentro do nosso coração.Dou-lhes como presenteA minha simples oração.

Para mim o NatalÉ um dia muito tristeHá muitos a passarem malPorque a pobreza existe.

Existe e existiráPor causa da ganânciaO Povo, unido evitaráEsta grande discrepãncia.

Aqueles que corromperamCá na terra pagarãoPorque nos ofenderamPôr-nos nesta situação.

Não sei como se sentemNuma mesa recheadaEsses que mentiram, e mentemÀqueles que não têm nada.

Estamos solidáriosCom esses que nada têmPor causa desses, váriosQue já não convencem ninguém.

Destruiram o nosso PaísÀ beira-mar plantadoComeram tudo até à raizQue ficou desgraçado.

Foi a Cáritas e Banco da FomeQue se lembraram da pobrezaEvitam muita fomeGraças à sua nobreza.

Resta-nos agradecerAo voluntariadoNão os podemos esquecerCom o nosso muito obrigado.

Manuel Gambôa

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9PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

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diário do SUL12 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

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Promover a gastronomia alentejana foi um dos objectivos do restaurante “O Garfo” ao participar na 30.ª Semana Cultural do Alentejo em Toronto, no Canadá. Leontina e João Marques, proprie-tários deste espaço eborense, foram convidados, mais uma vez, pela Casa do Alentejo em Toronto para estar presentes no evento, reali-zado entre 15 e 20 de Outubro.

Este ano, “O Garfo” teve também a missão de ser embaixador do Grupo Diário do Sul junto da comunidade alentejana a residir no Canadá, dando a conhecer este meio de comunicação, ao mesmo tempo que levou um pouco mais da região para essas terras longín-quas.

Restaurante “O Garfo”foi embaixador

do Diário do Sul em Toronto

Buraco na Rua dos PenedosMorador desta zona da cidade queixa-se de um buraco na via pública

que dificulta o trânsito.

•Atenção ao álcool

Os condutores devem ter cuidado com o álcool. A lei nova diz que os recém encartados e que conduzam mercadorias não podem exceder 0,2 grs por litro no sangue.

“Considera-se sob influência de álcool o condutor em regime pro-batório e o condutor de veículo de socorro ou de serviço urgente, de transporte colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de táxi, de automóvel pesado de passageiros ou de mercadorias ou de transporte de mercadorias perigosas que apresente uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,2 g/l ou que, após exame realizado(...) seja como tal considerado em relatório médico”, define o diploma.

•Ourique: 20 milhões

O orçamento municipal é de 20 milhões de euros e dá prioridade ao social e à Educação.

•Vila N. de Milfontes: Morreu intoxicado

Um homem morreu intoxicado por monóxido de carbono de uma braseira. Tinha 58 anos e era ucraniano.

•Campo Maior: Levaram azeitona

A GNR deteve 6 homens quer furtavam azeitona. Foi apreendida uma tonelada e a viatura que a transportava.

•Reguengos de Monsaraz: Fogo fereEm São Pedro do Corval um fogo causou ferimentos e queimaduras

num homem que foi levado para o Hospital de Évora.

Breves

VIDA RELIGIOSAMissas de Natal

Na Unidade Pastoral Nossa Senhora de Fátima (Bacelo, S. Manços e Igrejinha), os horários das Missas de Natal são os seguintes: dia 24 de Dezembro: 22h - Igreja Paroquial de S. Manços; 22h - Capela do Sr. dos Aflitos; 22h30 - Capela do Frei Aleixo; 23h - Capela de Santa Beatriz da Silva, Granito; 24h - Igreja Paroquial Nossa Senhora de Fátima. No dia 25 de Dezembro: 10h - Igreja Paroquial de S. Man-ços; 11h30 - Igreja Paroquial Nossa Senhora de Fátima; 16h - Igreja Paroquial da Igrejinha.

Agenda PastoralActividades Pastorais do arcebispo de Évora, D. José Francisco

Sanches Alves, para Dezembro de 2013.Dia 24 - 12h00, Almoço dos voluntários e dos beneficiários da

Associação Pão e Paz, Évora.Dia 24 - 24h00 - Missa do Galo, S. Antão, Évora.Dia 25 - 11h30 - Eucaristia da Solenidade do Natal, igreja do

Carmo, em Évora.Dia 31 - 22h00 - Missa da paz, na Sé de Évora.

BENCATEL

Festa NatalíciaSeguindo a tradição o sr. Provedor da Santa Casa da Misericórdia

de Vila Viçosa, Dr. Jorge Rosa, conjuntamente com a Mesa e seus directores e colaboradores, levou a efeito na valência de bencatel, Centro de Dia junto dos utentes e seus familiares, um lanche convívio, tendo a animar o conjunto musical Duo Part Tayme de Redondo.

Um dia diferente, nesta quadra festiva em que os cristãos celebram com amor ao próximo.

Os utentes sentiram-se felizes e acompanhados nos seus pensa-mentos do dia a dia, lembrando por vezes os seus tempos de juventude já distante, sentindo-se hoje confortados pelos cuidados que lhes são dispensados pelos assistentes da Santa Casa da Misericórdia.

O provedor brindou os utentes, distribuindo chocolates, tradicio-nalmente nesta festa de Natal.

Para toda a comunidade, desejos de Felizes e Santas Festas nata-lícias, são os desejos do irmão Correia.

Joaquim Inácio Santos Correia

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13DesportoSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

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Realizou-se em Alcáçovas, numa organização da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Junta de Freguesia de Alcáçovas, Comuni-dade Inter-Municipal do Alentejo Central e Associação de Atletismo de Évora, a 2ª Prova do XV Critério De Corta Mato Paulo Guerra, que teve uma participação de 186 atletas em representação de 11 Clubes e 1 Escola.

As provas tiveram lugar na manhã de sábado (7/12/2013), no local da Feira do Chocalho – Gamita, num percurso plano sem grandes dificuldades, e decorreram de forma bastante animada.

A Escola de Triatlo de s. António, com uma muito expressiva partici-pação ao nível dos escalões etários mais jovens, conseguiu uma vitória folgada, com 195 pontos, contra os 151 do G. D. Diana e 118 do Estrela F. C. Vendas Novas, segundos e terceiros respectivamente.

O Grupo Desportivo Diana, voltou a ser o clube, cujos atletas obtiveram mais vitórias individuais, concretamente 6, os mesmos que na 1ª prova enquanto a Escola de

Triatlo obteve 5, a Escola C Vilalva 2 e o Estrela de Vendas Novas 1. Curiosamente 12 atletas bisaram na conquista dos 1ºs lugares dos res-pectivos escalões, o que é um dado interessante, e que cria alguma expectativa relativamente as próxi-mas provas, com percursos com mais relevo e portanto com um grau de dificuldade maior.

A prova de seniores foi a mais espectacular, com a incerteza das 3 primeiras posições até mesmo á linha da meta, discutida ao sprint

por 3 atletas, os quais, ficaram separados entre si apenas por 1 segundo.

Os Vencedores Individuais foram os seguintes: Benjamins A - (F) – 500M - Inês Santos – Escola de Triatlo de Santo António; Ben-jamins A – (M) – 500M - Rui Tirapi-cos – Escola de Tratlo de Santo António; Benjamins B – (F) – 1000M - Beatriz Calvino – Escola de Tratlo de Santo António; Benjamins B – (M) – 1000M - António Nobre - Escola Triatlo de Santo António;

Infantis (F) – 1000M – Andreia Cabanas – Escola Conde Vilalava; Infantis (M) – 1000M - Tiago Mor-gado – Escola Conde Vilalva; Inicia-das (F) – 2000M - Raquel Haar Grupo Desportivo Diana; Iniciados (M) – 2000M João Alegria - Escola de Triatlo de Santo António; Juvenis (M) – 4000m - Gonçalo Varela - Grupo Desportivo Diana; Juniores (M) – 6000M - Tomas Azevedo– Grupo Desportivo Diana; Absolutas (F) – 4000M - Raquel Cabaço – Grupo Desportivo Diana; Séniores (M) – 6000M - Rui Soares – Grupo Desportivo Diana; Veteranos A (M) – 6000M - Luís Almeida – Estrela Futebol Clube Vendas Novas; Vete-ranos B (M) – 6000M - Paulo Sobral - Grupo Desportivo Diana

No próximo sábado (14/12/2013), dando cumprimento ao calendário da Associação de Atle-tismo de Évora, realiza-se em Ven-das Novas, o torneio de pista Velo-cidade e Lançamentos, com organização da AAE e apoio da C M Vendas Novas.

João Ferrão

2ª. Prova do critério corta mato Paulo Guerra - Alcáçovas

Com o objectivo de promover a competição desta modalidade junto de atletas não federados do Alentejo, o Clube de Badminton de Évora promoveu no passado dia 14 de Dezembro um Torneio de Divulgação (TD), com a com chancela da Federação Portuguesa de Badminton e parte integrante do seu calendário oficial de provas.

Nesta competição, que decor-reu no Pavilhão da Universidade de Évora, participaram cerca de

40 atletas provenientes do Clube de Badminton de Évora (CBE), do Desportivo de Castelo Branco (DCB) e do Movimento Despor-tivo das Caldas da Rainha (MVD), divididos por 4 escalões não séniores. Também decorreu uma prova para Séniores, tendo em vista proporcionar a esta categoria a possibilidade de competir.

Recorde-se que no final da época irá decorrer um Estágio com os melhores classificados dos Torneios de Divulgação no

Centro de Alto Rendimento nas Caldas da Rainha.

Resultados dos primeiros clas-sificados do Torneio por escalão e género:

Sub13 Masculino- 1.º Rafael Barroso (DCB)- 2.º Rafael Riscado (DCB)Sub13 Feminino- 1.º Maria Gama (DCB)- 2.º Leonor Riscado (CBE)Sub15 Masculino- 1.º Pedro Pedroso (DCB)

- 2.º Eduardo Machado (CBE)Sub15 Feminino- 1.º Mariana Martins (DCB)- 2.º Catarina Bispo (DCB)Sub17 Masculino- 1.º José Santos (DCB)- 2.º Guilherme Branco (CBE)

Sub17 Feminino- 1.º Tânia Silva (DCB)- 2.º Adriana Janeca (DCB)Sub19 Masculino- 1.º Tomás Calado (CBE)- 2.º Ricardo Mata (CBE)

Clube de Badminton de Évora organizouTorneio de Divulgação de Badminton

Perto de 40 atletas alentejanos participaram nesta prova

Os intervenientes no TorneioJogo sub15 masculino

No dia 11 de dezembro de 2013 na Câmara Municipal de Évora, na Sala dos Leões, decor-reu uma sessão de apresentação do projeto “Espevitar Mentes”, financiado pelo INR - Instituto Nacional de Reabilitação e pro-movido pela APPACDM de Évora.

Este momento de partilha e debate entre entidades (PSP, IEFP, GARE, Associação Huma-nitária Bombeiros de Évora, Centro Distrital da Segurança Social, DGESTE Alentejo, Asso-ciação de Comercial do Distrito de Évora, Câmara Municipal de Évora, Universidade de Évora), pessoas com deficiência e seus familiares e colaboradores de várias IPSS relacionadas com a deficiência (APPACDM de Évora, ASCTE, ARASS e APCE) teve como finalidade trabalhar sobre os principais objetivos do pro-jeto: conhecer, refletir e docu-mentar com os agentes locais de decisão as dificuldades e limita-ções enfrentadas diariamente pelas pessoas com deficiências e incapacidades, bem como combater as barreiras sociais e arquitetónicas existentes e consciencializar a comunidade para a temática da deficiência apelando à mudança de atitudes e comportamentos.

Neste encontro começaram por ser apresentadas as diversas barreiras arquitetónicas identi-ficadas pelas pessoas com defi-ciência através de testemunhos reais registados em vídeo. Algu-mas barreiras identificadas foram nomeadamente, a falta de acessos a edifícios públicos (ex: registo civil, finanças), existên-cia de rampas com demasiada inclinação ou piso escorrega-dio, passeios muito altos e irregulares, assim como estacio-namentos inadequados e ocu-pação indevida dos mesmos por pessoas sem incapacidades.

Além de barreiras arquitetó-nicas também foram identifica-das barreiras sociais, tais como: dificuldades no acesso a edifí-cios culturais (ex: teatro, arena, museus, biblioteca, Palácio D. Manuel), dificuldades de comu-nicação, falta de civismo em relação a pessoa com deficiên-cia, nomeadamente em lojas, supermercados, serviços públi-cos, entre outros.

Outro aspeto muito impor-tante referido foi a falta de cumprimento da legislação em vigor que protege a pessoa com mobilidade reduzida, resul-tando na frustração perante a falta de autonomia e desconhe-cimento de informação. Os meios de transporte, tais como o trevo, até dispõem de locais reservados para pessoas com mobilidade reduzida. No entanto, os pontos de acessibi-lidade não permitem os acessos aos mesmos, (passeios altos).

Para além destas barreiras as pessoas com mobilidades redu-zidas também enfrentam dificul-dades ligadas à educação/empregabilidade.

Após identificadas as barrei-ras foram debatidas as melhores soluções para os problemas identificados. Por conseguinte foi agendada a existência de mais iniciativas de sensibiliza-ção junto dos parceiros, assim como a existência de ações na semana europeia sem carros, envolvendo toda a comuni-dade.

Concluindo, é da responsa-bilidades social de todos contri-buir para uma cidade mais acessível e com igualdade de oportunidade para todos.

Abre os olhos, destrói obstá-culos!

Maria Inácia Oliveira Campaniço(Testemunho de uma participante do

projeto “Espevitar Mentes”)

Projecto Espevitar Mentes

Page 14: Edicao ds dia 23 12 2013

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diário do SUL14 PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

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15 PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

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diário do SUL16 PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

Page 17: Edicao ds dia 23 12 2013

17SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

NECROLOGIAANTÓNIO JOAQUIM QUINTAS

Faleceu dia 20/12/2013 em Évora, o sr. António Joaquim Quintas, de 82 anos de idade, natural de São Manços e que residia em São Manços.

Dia 21/12/2013, na Igreja de São Manços, pelas 11h, realizou-se o préstito fúnebre para o Cemitério de São Manços.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

CARLOS MANUEL DO VALE SILVAFaleceu dia 20/12/2013 em Évora, o sr. Carlos Manuel do Vale Silva,

de 45 anos de idade, natural de Sé (Évora) e que residia em Évora.Dia 21/12/2013, na Capela do Hospital pelas 9 h, realizou-se o

préstito fúnebre para o Cemitério do Espinheiro.Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

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Unidade Pastoral Nossa Senhora de Fátima(Bacelo, S. Manços e Igrejinha)Horários das Missas de Natal

• Dia 24 de Dezembro22h – Igreja Paroquial de S. Manços22h – Capela do Sr. dos Aflitos22.30h – Capela do Frei Aleixo 23h – Capela de Santa Beatriz da Silva – Granito24h – Igreja Paroquial Nossa Senhora de Fátima

• Dia 25 de Dezembro10h – Igreja Paroquial de S. Manços11.30h – Igreja Paroquial Nossa Senhora de Fátima16h – Igreja Paroquial da Igrejinha

Page 18: Edicao ds dia 23 12 2013

diário do SUL18 EntretenimentoSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013

07:00 Zig Zag15:04 5 Minutos Com Um Cientista15:05 Dois Homens e Meio15:30 National Geographic (R/) Os Dez Mais do Mundo Animal (R/) 16:25 Iniciativa16:30 Sociedade Civil18:00 A Fé dos Homens18:30 Iniciativa (R/) 18:35 Ler +, Ler Melhor18:45 Zig Zag20:50 Ler +, Ler Melhor (R/) 20:55 5 Minutos Com Um Cientista (R/) 21:00 National GeographicO Leopardo-das-Neves do Afeganistão21:54 A Hora da Sorte22:00 Síntese 24 horas22:24 Agora (Diários)22:30 O Mentalista23:30 Viver é Fácil00:00 Ei-los Que Partem - História da Emigração Portuguesa01:00 Voo Directo - A Vida a 900 à Hora02:00 Agora (Diários) (R/) 02:15 Concerto com Filarmónica de Viena em Pequim03:50 Euronews

06:00 SIC NOTÍCIAS

07:00 EDIÇÃO DA MANHÃ

08:05 Uma Aventura

08:45 A Vida nas Cartas - O DILEMA

10:15 QUERIDA JÚLIA

13:00 PRIMEIRO JORNAL

14:30 Rosa Fogo

15:40 Boa Tarde

18:15 Senhora do Destino

19:15 Sangue Bom

20:00 Jornal da Noite

21:50 Sol de Inverno

23:00 Amor à Vida

00:00 A Guerreira

01:00 Investigação Criminal

01:55 Investigação Criminal Los

Angeles

02:55 Investigação Criminal Los

Angeles

04:00 Televendas

06:30 Bom Dia Portugal10:00 Praça da Alegria12:15 Os Nossos Dias13:00 Jornal da Tarde14:15 Windeck - O Preço da Ambição14:45 Depois do Adeus15:45 O Costa do Castelo (Cinema Português)18:00 Portugal em Direto19:00 O Preço Certo20:00 Telejornal21:00 Bem-vindos a Beirais22:00 Quem Quer Ser MilionárioEspecial Humoristas23:00 5 Para a Meia-Noite00:30 O Triunfo do Espírito01:15 Voz e Guitarra02:15 Adoro-te... À Distância (Filme)04:00 Ler +, Ler Melhor04:15 Televendas06:00 Nós

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266734734

Telefones de Urgência- Estação Caminhos Ferro - 808208208- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

DISTRITO DE ÉVORA

ALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – MisericórdiaBORBA – Carvalho CortesESTREMOZ – GodinhoÉVORA - PaçosMONTEMOR-O-NOVO – SepúlvedaMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Fialho REDONDO – Casa do PovoREGUENGOS MONSARAZ – PaulitosVENDAS NOVAS – RibeiroVIANA DO ALENTEJO – NovaVILA VIÇOSA – Monte

DISTRITO DE BEJA

ALJUSTREL – PereiraALMODÔVAR – RamosALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – SantosCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Singa;

MOURA – Nataniel Pedro;SERPA – Acabado Janeiro; VIDIGUEIRA – Pulido Suc.

DISTRITO DE PORTALEGRE

ALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de AvizCAMPO MAIOR – Campo MaiorCASTELO DE VIDE – RoqueCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – LuxFRONTEIRA – Vaz; GAVIÃO – Mendes; Pimentel; MONFORTE – JardimNISA – Ferreira Pinto; Moderna; PONTE DE SÔR – Cruz Bucho; PORTALEGRE – RombaSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANO

ALCÁCER DO SAL – AlcarenseGRÂNDOLA – Moderna; Silva ÂngeloSANTIAGO DO CACÉM – JerónimoSINES – Atlântico

Farmácia de Serviço

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06:30 Diário da Manhã10:15 Você na TV13:00 Jornal da Uma14:30 A Outra16:00 A tarde é Sua18:00 Doce Fugitiva18:30 I Love It19:30 Casa dos Segredos 4 - Diário da Tarde20:00 Jornal das 821:30 Casa dos Segredos - Diário da Noite Especial22:00 Belmonte23:00 Destinos Cruzados00:00 Casa dos Segredos 4 - Extra01:45 Série - Uma Família muito Moderna II02:45 Filme - As Aventuras de Rocky e Bullwinckle04:15 O Último Beijo05:00 TV Shop

Tempo

ÉvoraP. Nublado Máx.: 12º C Min.: 4º C

Segunda-feira, 23

BejaP. Nublado Máx.: 14º C Min.: 2º C

PortalegreNublado Máx.: 9º C Min.: 5º C

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69º EpisódioManuel tem um ataque de fúria quando

chega a casa e percebe que Laura vendeu à sua revelia, o rádio que ele tinha restaurado. A mulher acusa-o de lhe ter mentido e de ter feito tudo para não se desfazer do aparelho, contrariando a decisão familiar que tinham tomado para fazerem algum dinheiro.

Alice, mãe de Bárbara aparece-lhe em casa de surpresa determinada a resolver as coisas entre ela e o marido. Bárbara faz notar à mãe que não quer que ela se intrometa. O pianista chega entretanto e acusa a mulher de ter engendrado o convite à mãe para os visitar, acreditando que isso o faria sair de casa. Nuno assegura-lhe que não é isso que tenciona fazer e Bárbara muda de opinião, achando agora que até é bom que Alice passe uns dias com ela.

Marta despede-se de Beatriz que vai para o bloco operatório, tentando esconder a sua enorme comoção. A menina fica mais descan-sada porque vai acompanhada por um enfermeiro que fala português. Depois de todos deixarem o quarto, Marta chega-se à janela e permite-se, enfim, chorar um pouco. Rodrigo aproxima-se dela para dizer que tudo vai correr bem com Beatriz, ao mesmo tempo que lhe coloca a mão no ombro. Marta sacode-o com vigor e, antes de sair, pede-lhe que não

trate Beatriz por “nossa filha”.

70º EpisódioSusana acorda em sobressalto com a cha-

mada de Marta, mas fica aliviada e feliz ao saber que a operação de Beatriz foi um sucesso e que os médicos estão optimistas. Quando a mãe lhe pergunta se Daniela lhe fez companhia, Susana mente e diz que preferiu ficar a estudar sozinha.

Otília recebe a chamada de Rodrigo a informá-la que a filha foi operada com sucesso e que os médicos conseguiram remover o tumor que ela tinha no coração. Otília fica tão feliz que até chora, abraçando-se a Eduardo.

Eduardo confirma que Gabriel chega nesse dia para o funeral do pai e que irá buscar o sobrinho ao aeroporto, lembrando que exige a presença dela no funeral. Otília responde que ele não deve preocupar-se, pois cumprirá a sua obrigação.

Beatriz acorda e, ainda sob o efeito da anestesia, começa a ficar muito agitada. Rodrigo fica preocupado sem saber o que fazer, mas, pouco a pouco, lá consegue acalmar a filha. A menina choraminga com dores e só chama a mãe. Quando Marta chega ao quarto recrimina Rodrigo por não a ter chamado e manda-o embora, pois quer ficar sozinha com Beatriz. Sente-se culpada por não estar presente assim que ela acordou e jura que nunca a deixará sozinha. Os olhos de marta enchem-se de lágrimas.

71º Episódio Carla atira-se a Paulo, pois foi repreendida

pelo editor do jornal que publicou a reporta-gem que ela escreveu, constatando depois que o taxista não foi agredido por qualquer multi-dão, mas apenas por uma velhinha. Carla grita que a sua carreira de jornalista foi posta em

causa mas Paulo acalma-lhe a fúria, convidando-a para ir com ele aos fados.

Assim que ouve a voz de Susana, Beatriz conta como está mas foca-se muito em elogiar Rodrigo que a está a ensinar algumas palavras e lhe ofereceu chocolates. Susana fica em pânico e, depois de desligar o telefone, comenta com Daniela que Rodrigo já começou a comprar a irmã, temendo igualmente que ela fique revoltada com Marta, pelo facto de a mãe lhe ter escondido o pai desde que nasceu. Daniela não tem muitos argumentos para tranquilizar a amiga e diz que pelo menos Beatriz gosta de Rodrigo e que por isso terá maior facilidade em ir viver com ele.

72º EpisódioLaura fica zangada com Manuel porque o

marido prefere ficar em casa a arranjar um rádio em vez de ir aos fados com ela. João insiste com ele para que acompanhe a mãe e até Patrícia o tenta convencer. Laura resigna-se e diz que não vale a pena fazerem com que o marido mude de ideias e convida Patrícia.

Bárbara regressa do trabalho e pergunta à mãe se Nuno e Tatiana se portaram bem durante o ensaio. Alice conta que tiveram sempre um comportamento muito profissional e que, embora tivesse tentado desestabilizá-los, eles não se sentiram afetados com a sua pre-sença.

Rodrigo convida Marta para jantar fora do hospital enquanto Beatriz está a dormir, com o propósito de conversarem calmamente sobre o futuro da menina. Marta recusa e Rodrigo farta-se do seu comportamento e adopta um discurso mais agressivo, querendo estabelecer o momento em que vão contar que ele é o pai da pequena. Marta exige que ele respeite o seu tempo e não a pressione mais. Rodrigo acede mas também deixa claro que ou conta ela a

verdade à filha ou conta ele.Bela conversa com Henrique e fica a saber,

por acaso, que afinal Paulo deixou o filho ali em casa nessa noite, não por querer que o miúdo lhe fizesse companhia, mas para ele poder ir aos fados.

73º EpisódioTatiana aproxima-se do balcão e repara na

atitude do ex-namorado. Paulo elogia-a, pedindo-lhe um autógrafo, deixando Tatiana muito lisonjeada. No entanto, acaba por exa-gerar quando lhe pede para tirar uma fotogra-fia, dizendo que é para dar ao filho. Carla prepara-se para comentar com Tatiana que Paulo só está a galanteá-la por ter feito uma aposta com Valdemar mas o taxista dá-lhe um grito, fazendo com que se detenha.

Quando os fados acabam, Regina decide ir embora e diz que foi uma sorte não ter pedido o livro de reclamações. Elvira repara que a cliente está de saída e censura Júlio por lhe ter oferecido uma imperial, convencido de que ela iria beber muitas mais.

Carla continua a deixar-se enredar na lábia de Ricardo e, já meia tocada, pergunta a Regina se não quer beber uma amêndoa amarga com a sua taxista favorita. A encarregada dos táxis reforça que alguém tem de trabalhar e avisa-a para não chegar atrasada no dia seguinte.

Daniela fica muito esperançada quando David entra no café e Susana e Ana deixam-nos a sós para que possam conversar à-vontade. David troca olhares discretos com Susana, que ficou embaraçada com a sua presença. Daniela não tem a melhor abordagem para saber se ele esteve com a outra rapariga de quem confessou gostar. David fica saturado com as sucessivas intromissões da ex-namorada e vai embora. Ela fica triste e frustrada e diz às amigas que quer ir embora.

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Page 19: Edicao ds dia 23 12 2013

19RegionalSEGUNDA-FEIRA , 23 DE DEZEMBRO DE 2013diário do SUL

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No âmbito do Projecto “Brincar na Pediatria”, de-senvolvido no Serviço dePediatria do HESE EPE, foi inaugurada a Sala de Atividades Lúdicas do Serviço de Pediatria e a nova decoração do corredor do Serviço com o intuito de hu-manizar o espaço e a prestação de cuidados, durante o tempo de permanência das crianças, adolescentes e famílias neste Serviço.

Projecto Brincar na Pediatria aposta na humanização do Serviço

Ao longo de meses procedeu-se à remodelação da sala de atividades lúdicas, que implicou obras e remodelações no ser-viço.

Contamos agora com um espaço mais adaptado e atrativo para as crianças das várias faixas etárias que passam pelo Serviço.

Foram adquiridos novos equi-pamentos, brinquedos e livros, e a decoração da nova sala de atividades lúdicas com pinturas

murais na sala e nas paredes do corredor do Serviço.

Todas as pinturas foram efe-tuadas por adultos voluntários, com a especial coordenação das Professoras Leonor Serpa Bran-co, Ana Teresa Sousa e Luísa Gan-cho da Escola Gabriel Pereira de Évora, que abraçaram este proje-to e deram à Pediatria um novo rosto com uma história fantástica de um menino e de uma menina que vivem numa terra de botões

voadores com castelos maravi-lhosos onde se produz amor e alegria e onde voam pássaros coloridos que transportam me-ninos felizes dentro de sonhos. É neste ambiente que queremos que as nossas crianças sejam re-cebidas e tratadas.

Um projeto desenvolvido pela Educadora de Infância, Joana de Deus, e pela Enfermeira Sílvia Botelheiro, em colaboração com

o Director de Serviço Dr. Hélder Gonçalves e com a Enfermeira-Chefe, Maria da Conceição Antas, que contou com todo o apoio do Conselho de Administração do HESE EPE, do Serviço de Instala-ções e Equipamentos, do Serviço de Tecnologias e Sistemas de Informação do HESE EPE, e com o contributo das empresas Far-macêutica Merck, S.A. de Algés, Delta Cafés Lda de Campo Maior,

e DAC - Desenho Assistido por Computador, Lda de Évora, da Associação de Pediatria do Hospi-tal Distrital de Évora e das Profes-soras Leonor Serpa Branco, Ana Teresa Sousa e LuísaGancho da Escola Gabriel Pereira de Évora, a quem publicamente o Serviço de Pediatria reconhecidamente agradece a disponibilidade e todo a apoio na concretização deste projeto.

Page 20: Edicao ds dia 23 12 2013

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ANO: 44.º NÚMERO: 12.172 PVP: 0,75€ SEGUNDA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2013

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maioria PSD/CDS-PP e o PS aprovaram sexta-feira a reforma do Código do IRC em

votação final global, com os votos contra de PCP, BE e “Os Verdes”.

Depois de avanços e recuos, a maioria e os socialistas chegaram a um entendimento sobre esta matéria na quarta-feira passada.

Em declarações em plenário antes desta votação, PCP, BE e “Os Verdes” consideraram que esta reforma do IRC favorece as grandes empresas, enquanto o PS, PSD e CDS-PP se congratularam pelo acordo alcançado.

Pelo PSD, o deputado Cristóvão Crespo defendeu que o IRC é o imposto com mais impacto nas decisões de investimento e que esta reforma é fundamental para haver crescimento sustentado.

Quanto ao entendimento com os socialistas, reclamou que “sempre a maioria considerou

Maioria PSD/CDS-PP e PS aprovamreforma do IRC em votação final

fundamental ao longo da presente legislatura a participação do PS nas matérias mais relevantes e estruturantes”, como “a matéria fiscal”.

Por sua vez, o deputado do PS Eduardo Cabrita alegou que “esta foi a primeira vez em dois anos e meio que houve cedências significativas da parte do Governo a favor de um verdadeiro consenso para o desenvolvimento e para o futuro de Portugal”.

Também o deputado do CDS-PP João Almeida negou um benefício para as maiores empresas e acentuou o compromisso “de que uma baixa futura do IRC tem de ser ponderada também com baixas futuras das taxas do IVA e do IRS”. No seu entender, isso é necessário, porque “o equilíbrio do sistema fiscal português também está em causa” e existe “uma carga excessiva sobre as famílias”.

Paulo Sá, do PCP, contrapôs que “esta reforma do IRC é feita à

medida das necessidades dos grandes grupos económicos e financeiros” e “mais uma peça na gigantesca operação de transferência de riqueza do trabalho para o capital”.

Também José Luís Ferreira, do partido “Os Verdes”, considerou que a maioria PSD/CDS-PP e o PS deram “mais uma grande prenda às grandes empresas e aos grandes grupos económicos”, acrescentando: “Só com a descida do IRC para 2014 a prenda tem um valor de 70 milhões de euros que certamente o Governo pretende ir buscar ao rendimento do trabalho, como é costume”.

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, defendeu que esta é “uma reforma errada”, que “protege as grandes empresas” e tornará o sistema fiscal português “fiscal ainda mais injusto”, acusando o PS de prestar “um mau serviço” e de “desistência das suas bandeiras”.

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