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Ano 24 · Edição 190 · Janeiro-Fevereiro 2016 www.ascoferj.com.br ASCOFERJ • Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro • Rua do Carmo, nº 9, sala 501, Centro - Rio de Janeiro/RJ - CEP 20011-020 Imune à crise, varejo farmacêutico segue com excelente desempenho e, apesar da cautela, espera um ano de bons resultados De todos, o que vai melhor ENTREVISTA Roberto Heleno, do Instituto Aquila, fala sobre gestão na crise PLANEJAMENTO FINANCEIRO Dicas para controlar gastos e planejar a aposentadoria INSTITUCIONAL Ascoferj muda de endereço e apresenta nova sede

Edição janeiro/fevereiro 2016

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O que você espera para o setor em 2016? Apesar da crise, as expectativas para o Canal Farma são positivas. Veja reportagem de capa.

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Page 1: Edição janeiro/fevereiro 2016

Ano 24 · Edição 190 · Janeiro-Fevereiro 2016www.ascoferj.com.br

ASCOFERJ • Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro • Rua do Carmo, nº 9, sala 501, Centro - Rio de Janeiro/RJ - CEP 20011-020

Imune à crise, varejo farmacêutico segue com excelente desempenho e, apesar da cautela, espera um ano de bons resultados

De todos,o que vai melhor

ENTREVISTARoberto Heleno, do Instituto Aquila, fala sobre gestão na crise

PLANEJAMENTO FINANCEIRODicas para controlargastos e planejara aposentadoria

INSTITUCIONALAscoferj muda de endereço e apresenta nova sede

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opinião

É tempo de mudanças

IIniciamos o ano de 2016 com uma ex-

pectativa bastante sombria em função das

crises econômica, política e ética que viven-

ciamos atualmente no País. Diante desse

quadro, é necessário que a Ascoferj este-

ja atenta e preparada para o novo cenário

nacional. Tanto é que estamos passando

também por mudanças significativas, com

o objetivo de atender a nossos associados

de maneira cada vez mais eficiente.

Estamos de mudança para um novo

endereço. Após 14 anos, a sede se transfe-

re para outro local, deixando uma das vis-

tas mais privilegiadas do Rio de Janeiro, que

enquadra a Marina da Glória, o Pão de Açú-

car e o Parque do Flamengo. Fazemos isso

por entender que nosso maior investimen-

to não pode ser na estrutura física, mas em

benefícios e serviços para os nossos associa-

dos. O novo endereço, na Rua do Carmo nº

9/5º andar, fica, igualmente, no Centro da

cidade, com facilidade de acesso por meio

de metrô, barcas e corredores de transpor-

te público, contando ainda com estaciona-

mentos muito próximos.

Além da localização privilegiada, con-

tinuaremos investindo em ferramentas de

tecnologia, na equipe de colaboradores in-

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ERTO

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ternos e terceirizados e na ampliação do relacionamento no cam-

po, com os associados, por meio de consultores. Reafirmamos a

missão de atender efetivamente às expectativas e necessidades

do quadro associativo.

Estamos buscando novos parceiros, como a Fundação Getú-

lio Vargas (FGV) e a Close-Up Internacional, ambas para realização

de projetos que visam capacitar o varejo farmacêutico e fortalecer

nossa relação comercial com as empresas do segmento, amplian-

do os relacionamentos institucionais. Durante o ano, apresentare-

mos novos projetos e desafios, buscando estimular, cada vez mais,

o profissionalismo em nosso setor.

Vamos incentivar os profissionais a buscarem conhecimen-

to e informação para manterem um bom nível de empregabi-

lidade em um mercado extremamente competitivo. É preciso

abandonar a zona de conforto, estudar o adversário e se prepa-

rar para superá-lo.

A Ascoferj se alegra em possuir, neste início de ano, mais de 1,8

mil CNPJs ativos, representados por empresas de pequeno porte

independentes, redes associativas, empresas de franquias e gran-

des redes, as maiores do País. Isso demonstra nossa legitimidade

para representar um dos setores mais pujantes da economia bra-

sileira. Temos como meta incrementar nossa base de associados

e, consequentemente, nos manter como a maior associação re-

gional do varejo farmacêutico do Brasil.

Portanto, como afirmou o professor Fernando Teixeira de Andra-

de, “é tempo de mudanças: e, se não ousarmos fazê-las, ficaremos,

para sempre, à margem de nós mesmos”. Desejo que 2016 seja um

ano abençoado por Deus em nossas vidas e repleto de sucesso.

Luis Carlos MarinsPresidente da Ascoferj

3Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 4: Edição janeiro/fevereiro 2016

NNão tem jeito: a crise política e econô-

mica continua em pauta. Só se fala disso.

Profissionais e empresários estão temero-

sos com os rumos da economia em 2016

e se perguntam: “como ficarão as vendas

durante o ano?”. A Revista da Farmácia

foi a campo para tentar responder a essa

pergunta e conversou com alguns econo-

mistas sobre o assunto. Descobrimos que,

enquanto o comércio em geral recuou em

vendas de agosto de 2014 a agosto de 2015

(- 5,2%), o varejo farmacêutico, nesse mes-

mo período, apresentou um crescimento

no volume de vendas de 5,6%. Portanto,

farmácias e drogarias seguem na contra-

mão de outros setores do varejo. Primeira

boa notícia do ano.

FUNDADOR

Ruy de Campos Marins

PRESIDÊNCIA

Luis Carlos Marins

JORNALISTA RESPONSÁVEL E EDITORA

Viviane Massi MTB 7149/MG

COMISSÃO EDITORIAL

Ana Lucia Caldas | Fernanda Ramos

Fernando Gaspar | Henrique Tavares

Lucia Gadelha | Mauro Pacanowski

Marcos Assumpção

COLABORAÇÃO

Ana Paula Silva

REVISÃO

Agnes Rissardo

ARTE

Quadratta Comunicação & Design

PERIODICIDADE

Bimestral

FALE COM A REDAÇÃO

[email protected]

Rua do Carmo, nº 9, sala 501

Centro - Rio de Janeiro/RJ

CEP 20011-020

TELEFAX

(21) 2220-9530

(21) 2220-9390

ascoferj.com.br

DESDE MAIO DE 1991

carta da editora

Viviane [email protected]

Editora

Para complementar essa discussão, a entrevista com o eco-

nomista e sócio consultor do Instituto Aquila, Roberto Heleno de

Oliveira Junior, é uma aula sobre gestão em períodos de crise. Se-

gundo ele, o mais importante é proteger o caixa cortando custos,

de forma que a empresa se mantenha forte e segura para quando

as oportunidades surgirem, porque sim, esse momento vai pas-

sar e o mar ficará calmo novamente. Segunda boa notícia do ano.

No entanto, cortar custos requer disciplina e controle absoluto

dos gastos. Quanto mais organizado for, mais chances o empresá-

rio tem de pagar as contas em dia e ainda reservar recursos para ga-

rantir a aposentadoria. Além disso, existe uma gama de aplicativos

para smartphone que ajuda nesse controle. Para explicar em detalhes,

preparamos uma matéria com a GSM Financial, empresa que auxilia

pessoas na organização da vida financeira. Portanto, sair do verme-

lho é mais simples do que se imagina. Terceira boa notícia do ano.

Estamos otimistas quanto a 2016. E esperamos que você es-

teja também. Feliz Ano Novo e boa leitura!

Três boas notícias para você

4 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

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52

Prazo da licença sanitária passa a ter validade de cinco anos

Roberto Heleno de Oliveira Junior fala sobre os desafios da gestão na crise

Especialista dá dicas para manter as contas em dia e garantir a aposentadoria

Visite o site da Ascoferj

Nele, você encontra os benefícios e

os serviços oferecidos pela entidade,

além de informações sobre cursos,

palestras e eventos de sua área. Acesse:

www.ascoferj.com.br

Siga a Ascoferj nas redes sociaisSaiba todas as novidades do setor em tempo real.

sumário

O bom desempenho do varejo farmacêutico em meio à crise econômica

38

Planejamento Financeiro

6 agenda7 lançamentos8 cartas

14 panorama16 boa leitura18 práticas corporativas22 recursos humanos24 institucional33 farmácia legal34 consultor tributário36 pequeno varejo44 nosso negócio46 profissão48 ponto de vista50 consultora farmacêutica

32

10

RegulaçãoEntrevista

Capa

5Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 6: Edição janeiro/fevereiro 2016

Programe-se

agenda

Inscrições em cursos, palestras e eventos da Ascoferj: www.ascoferj.com.brInformações e inscrições de grupos: [email protected] sua inscrição com PagSeguro.

12ª edição da Feira Internacional de Beleza Profissional Nos dias 10, 11, 12 e 13 de setembro, São Paulo recebe a 12ª edição da Beauty Fair – Feira

Internacional de Beleza Profissional. O evento será realizado no Expo Center e é direcio-

nado a profissionais, comerciantes e distribuidores do setor de beleza. Mais informações:

www.beautyfair.com.br.

Expo Pharma 2016A Expo Pharma, evento que reúne indústrias, distribuidoras e prestadoras de serviço para

farmácias e drogarias, será realizado nos dias 21 e 22 de set embro, no Hotel Windsor Bar-

ra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Mais informações: www.expopharma.com.br.

São Paulo recebe a FCE Pharma A Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica (FCE Pharma)

será realizada nos dias 10, 11 e 12 de maio, no Transamerica Expo Center, em São Paulo,

das 13h às 20h. O encontro é palco de importantes negócios da indústria farmacêutica

e lançamentos de inovações em produtos, equipamentos e serviços. Mais informações:

www.fcepharma.com.br.

Abradilan Farma acontece em marçoEntre os dias 16 e 18 de março, será realizada a 12ª edição da Abradilan Farma. O local es-

colhido para promover o encontro entre empresas e profissionais foi o Expotrade Con-

vention Center, na região metropolitana de Curitiba.

Mais informações: www.abradilan.com.br.

6 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 7: Edição janeiro/fevereiro 2016

A Sanofi e o laboratório Herbarium firmaram um acordo para fabricar, distribuir e promover no

Brasil o Cognitus, fitomedicamento para o tratamento de distúrbios de memória. O produto

é indicado para melhora do desempenho cognitivo, como atenção e retenção da memória

auditiva e verbal. O Cognitus é aconselhado em bula para adultos acima de 50 anos.

SAC: 0800 703 0014

A Boiron inova e traz ao Brazil o Homéoptic, medicamento homeopático indicado para irritações

oftalmológicas. O objetivo é proporcionar conforto e praticidade para quem sofre com irritações

oftalmológicas causadas principalmente por poluição, ar condicionado e tempo prolongado frente a

telas de computadores e celulares. O Homéoptic pode ser usado a partir do primeiro ano de idade.

SAC: 0800 724 5858

lançamentos

Fitomedicamento para distúrbios da memória

Medicamento homeopático

Proteção solar

A nova linha de proteção solar da Galderma, a Cetaphil Daylong, traz para o mercado a Loção Facial

FPS30, que protege a pele delicada do rosto contra os danos causados pelos raios infravermelhos.

Ainda possui vitaminas A, C e E, que nutrem a pele, neutralizam os radicais livres e previnem o

envelhecimento precoce; e também o Dexpantenol, ideal para peles maduras.

SAC: 0800 015 5552

A Libbs Farmacêutica lançou o Plenance, medicamento indicado para a

redução do colesterol LDL. A novidade é a apresentação de 10 e 20 mg com

90 comprimidos, auxiliando na relação custo-benefício para os pacientes e

mais facilidade na adesão ao tratamento.

SAC: 0800 013 5044

A Sensodyne lança o novo Sensodyne True White, uma inovação em branqueamento,

especializado em dentes sensíveis, sendo dez vezes menos abrasivo que outros cremes

dentais branqueadores de uso diário. A novidade também ajuda a remover e prevenir a

formação de manchas por meio de uma fórmula clinicamente aprovada.

SAC: 0800 021 1529

Redução do colesterol

Dentes brancos

7Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 8: Edição janeiro/fevereiro 2016

opinião do leitor

EmpreendedorismoEstou cursando Farmácia e tenho a intenção de adquirir um estabelecimento já em funcionamento. Creio que assim seja mais fácil analisar e entrar no negócio. Mas tenho muitas dúvidas e gostaria de ver uma matéria so-bre esse tema, tratando de benefícios e riscos na aqui-sição de uma empresa em funcionamento.

JulianoBonsucesso/RJ

Crise na saúdeÉ lamentável pensar que o Farmácia Po-

pular poderá sofrer os cortes anuncia-

dos pela matéria “Crise afeta o progra-

ma Aqui Tem Farmácia Popular”. O que

nosso País mais precisa é de saúde, mas

só se vê retrocesso.

AmandaBotafogo/RJ

BalconistasObrigado, Ascoferj, por lembrar de nós.

Muito pertinente a pauta sobre o Dia do

Balconista, reconhecendo nosso papel e

importância.

SebastiãoNova Friburgo/RJ

Gestão de pessoasQuero sugerir uma matéria sobre como fazer corretamente o

processo de recrutamento e seleção. Nós, aqui na farmácia, fa-

zemos do nosso jeito, por conta própria, mas temos dúvidas. E

nossa rotatividade de profissionais é muito alta.

CarlosCentro/RJ

InformaçãoDe vez em quando, meu patrão deixa a Revista

da Farmácia em cima do balcão e tenho chan-

ce de ler alguns artigos. Eu não sei se ele lê, mas

acho legal aprender e conhecer o que se passa

nas farmácias. Por isso, leio sempre que posso.

Leonardo

Pavuna/RJ

Rua do Carmo, nº 9, sala 501, CentroRio de Janeiro/RJ - CEP 20011-020

facebook.com/ascoferj

twitter.com/ascoferj

linkedin.com/company/ascoferj

[email protected]

Fale com aAscoferj

8 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

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entrevista

HU

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RTO

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Roberto Heleno de Oliveira JuniorEconomista e consultor

10 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

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R

Gestão na crise

Revista da Farmácia: Roberto, ficou mais difícil administrar em-

presas com a crise atual?

Roberto Heleno de Oliveira Júnior: Eu diria que ficou mais urgen-

te. O Brasil, historicamente, nunca foi um país de muitas facilida-

des para o empresário. Em momentos como o que estamos atra-

vessando, claro, tudo se torna ainda mais latente e sensível. Mas

os elementos críticos da gestão são os mesmos. Portanto, para

aqueles que já vêm se dedicando fortemente a qualificar sua ges-

tão, medindo resultados, priorizando indicadores críticos, definin-

do desafios e treinando a equipe, a crise se configura apenas como

um momento de maior atenção, urgência e cuidados. Ou seja: para

quem já sabe pilotar a máquina e compreende com rigor todos

os comandos do painel, a crise é como trafegar, por um período,

em um trecho sinuoso, de pista muito ruim e bastantes intempé-

ries naturais. Já, para aquele que não domina esses aspectos, mui-

to mais que difícil, a crise poderá ser perigosa ou até mesmo fatal.

Finalmente, estará em posição celebrável aquele que conseguir

ultrapassar esse momento de contração da economia protegen-

do e fortalecendo o caixa.

RF: Adquirir um negócio já constituído é mais fácil do que come-

çar do zero num momento como este?

Roberto: Em se tratando de gestão, é difícil definir um único ca-

minho, líquido e certo. Pode haver vantagens e desvantagens nas

duas escolhas e, via de regra, serão três os

elementos críticos que farão a diferença: a

qualificação da mão de obra técnica, ge-

rencial e de liderança; a tecnologia instala-

da; e a força da marca, incluindo a carteira

de clientes, o posicionamento de mercado

e a localização do ponto. Não é impossível

que se encontrem disponíveis, no merca-

do, grandes “pepitas de ouro”: empresas que

tenham esses três fatores bem desenvolvi-

dos e combinados favoravelmente. No en-

tanto, o mais provável é que sejam, em sua

maioria, empresas que tenham sucumbido

a este momento e que estejam, claramen-

te, contaminadas por potenciais distúrbios

daqueles mesmos fatores. Assim, até mes-

mo a hipótese de aquisição trará duas novas

situações, ambas significando sacrifícios ao

caixa do empreendedor: na primeira, porque,

obviamente, serão empresas mais valoriza-

das. Na segunda, pelo tempo que elas irão

requerer para ajustar os distúrbios e passar

a gerar resultados positivos. Somente um

bom plano de negócio ajudará o empreen-

Importante proteger o caixa cortando custos, para aproveitar as oportunidades depois que a turbulência passar

entrevista

Roberto Heleno de Oliveira Júnior é economista e sócio consultor do Instituto Aquila, consultoria multina-

cional de gestão com origem brasileira presente no ranking FDC e mapeada pelo relatório Source for Consulting,

instituição britânica de referência em pesquisas no segmento. Nesta edição, Roberto conversa com a Revista da

Farmácia sobre os desafios da gestão em momentos de crise, inclusive sobre a aquisição de negócios já consti-

tuídos. Segundo ele, “em momentos como o que estamos atravessando, tudo se torna ainda mais latente e sen-

sível. Mas os elementos críticos da gestão são os mesmos”. Leia a seguir.

11Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

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Que outros fatores costumam comprometer o caixa das empresas?

Roberto: Em quaisquer das situações avaliadas, seja da decisão

pela compra de um negócio já constituído, seja pelo início a partir

da estaca zero, haverá sempre, impreterivelmente, sacrifícios sig-

nficativos para o caixa do empreendedor. Portanto, ainda que te-

nha feito a melhor escolha possível, o empreendedor se encon-

trará em uma situação de maior exposição a riscos financeiros e à

falta de liquidez para honrar seus compromissos.

A partir daí, todo fator que, adicionalmente, comprometer mais e

mais essa sua posição de liquidez em caixa merecerá atenção es-

pecial e a proporcional atuação do gestor. Assim, por exemplo,

um turnover elevado – taxa de substituição da equipe, seja por ini-

ciativa do empregado, seja por iniciativa do empregador – sempre

será um dos mais críticos fatores ofensores do caixa, já que o fará

em três frentes: custo de rescisão, custo de seleção e treinamen-

to, e perda de produtividade.

RF: E quais outros fatores você ressaltaria como críticos para o

caixa da empresa?

Roberto: A capacidade de gerir, de forma integrada, os processos

de compra e venda. Isso porque a ausência desse alinhamento tem

como principais consequências o aumento descontrolado de esto-

ques ou a falta de produtos. No primeiro caso, um estoque muito

além das necessidades de venda mantém o dinheiro parado, e di-

nheiro parado é aquele que não está no caixa da empresa. E dinhei-

ro que não está no caixa vira necessidade de exposição da empre-

sa a endividamentos. Ainda é muito comum confundir-se grandes

níveis de estoque com saúde financeira, quando, na verdade, os

estoques estarão mais saudáveis quanto mais justos e mais ade-

rentes aos volumes de vendas eles estiverem. No extremo opos-

to, a falta de estoques corretos acarretará em uma consequência

também gravíssima para a empresa: a ruptura ou quebra de ven-

da, ou seja, deixar de vender por não ter o produto em prateleira.

E aqui temos a óbvia e gravíssima consequência adicional do não

atendimento aos clientes.

RF: Em que medida a atual situação econômica do país agrava

todas essas questões?

Roberto: Em quase todos os indicadores há esse agravamento.

Se nos orientarmos a partir do fim último, o caixa, para os meios,

os três fatores que citamos no início da conversa, poderemos nos

situar melhor. Por diversas razões, entre elas o aumento do risco

dedor a ponderar os fatores que pesarão

mais e a tomar a melhor decisão entre par-

tir do zero ou comprar um negócio pronto.

RF: Qual o peso da qualificação da mão de

obra neste contexto?

Roberto: Em um setor que envolve mais

que um simples varejo, como é o de farmá-

cias e drogarias, a prestação de um serviço

qualificado pode ser determinante para o

sucesso. Lembrando que estamos falando

de um segmento em que os clientes podem

se sentir mais seguros nas escolhas quando

recebem o devido acompanhamento e as-

sessoramento de um atendente ou farma-

cêutico. Portanto, sob essa ótica, começar

do zero será sempre um enorme desafio,

principalmente quando o empreendedor

tem a oportunidade de absorver, já pron-

tos, determinados níveis de evolução do

fator humano, como as técnicas de venda,

por exemplo.

RF: E qual o valor de uma carteira de clien-

tes já constituída?

Roberto: As incertezas diminuem, pois os

clientes já estão fidelizados, com hábitos de

compras bem definidos. E esse mesmo ra-

ciocínio vale para fornecedores, que, via de

regra, neste mercado, detêm fortíssimo po-

der de barganha. Mas, detendo-me à per-

gunta, a carteira de clientes, como princi-

pal ativo de uma empresa, tem relevância

suficiente para, dessa forma, configurar-se

como enorme vantagem competitiva ao

se adquirir um negócio maduro. Desde que

também mão de obra e tecnologia estejam

bem desenvolvidos.

RF: Administrar e reduzir os custos têm se

apresentado como a melhor opção, prin-

cipalmente com a inflação e os juros altos.

entrevista

12 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 13: Edição janeiro/fevereiro 2016

entrevista

percebido pelo sistema financeiro, concretizado no aumento dos

indicadores de endividamento e inadimplência de toda a socie-

dade brasileira, inclusive as empresas, o acesso ao crédito ban-

cário tornou-se mais difícil, senão pela falta, com certeza pelo

custo. Portanto, não é um bom momento tomar empréstimos,

especialmente os de curto prazo. Mas é momento de muita de-

dicação e proteção ao caixa, à liquidez da empresa. Dessa forma,

cortar custos têm sido uma tônica muito forte em todos os seto-

res. Mas os ajustes nos ciclos de pagamentos a fornecedores, de

recebimentos de clientes e a precisão na formação de estoques

tornam-se também medidas essenciais. Sempre, mas especial-

mente para este momento.

RF: E quanto ao comportamento do consumidor?

Roberto: Não bastasse essa condição de “seca” nos créditos, o

comportamento do consumidor, naturalmente, vem se revelando

cada vez mais conservador, zeloso com o seu orçamento domés-

tico, cortando tudo aquilo que se revele supérfluo em seus gastos,

dedicando parcela considerável de seu tempo à pesquisa de pre-

ços e buscando sempre a possibilidade da substituição de produ-

tos similares e de menor custo. Sendo a carteira de clientes o maior

ativo de uma empresa, eis um excelente momento para trabalhá-

la da melhor forma possível, compreendendo suas necessidades

e oferecendo as melhores condições – preço e prazo – e o melhor

serviço. Mas não há uma forma de fazê-lo senão tendo um mix de

produtos adequado na prateleira e uma equipe de compras e ven-

das muito bem preparada.

RF: Como o mercado de trabalho vem se reorganizando nes-

se contexto?

Roberto: Na contramão de tantos efeitos dificultadores da ges-

tão do caixa, o mercado de trabalho, de forma bastante geral, mas

principalmente nos principais centros econômicos, vem promo-

vendo uma adequação do custo da mão de obra às condições do

próprio mercado. Enquanto o setor de bens de consumo, no Bra-

sil, esteve extremamente aquecido, os salários somente fizeram

expandir. Atualmente, como seria de se esperar, aqueles primei-

ros indivíduos que ficaram desempregrados já começam a aceitar

patamares menores de salários para as mesmas ocupações e fun-

ções anteriores. Esse é um processo natural e esperado, que deve

ser absorvido pelas empresas, readequando suas equações entre

receitas e custos e ajustando os custos à produtividade.

RF: Mas haverá oportunidades? Quem es-

tará apto a capturá-las?

Roberto: Sim, haverá um mundo de opor-

tunidades ao fim desse processo. Na ver-

dade, elas já estão por aí, porém o em-

preendedor tem sido muito precavido em

suas ações, especialmente em função do

processo político, que não para de retroa-

limentar o processo de contração econô-

mica, aumentando as incertezas. Portan-

to, sim. Já há muitas oportunidades, mas

elas se tornarão mais translúcidas quando

toda essa turbulência terminar. E, além de

claras, serão também de mais fácil captu-

ra, pois um cenário de maiores certezas di-

minui os riscos para todos os agentes, e as

coisas fluem com maior facilidade. Se nos

perguntarmos sobre que tipos de oportu-

nidades estarão à disposição, creio que en-

contraremos respostas desde o mundo das

variáveis internas de cada empresa, como

a adequação dos custos, inclusive os de

folha, melhores negociações com forne-

cedores e maior produtividade por capa-

citação das equipes, até as variáveis mais

externas, como as oportunidades de aqui-

sições e consolidação de empresas. Esta-

rão habilitados e em posição privilegiada

para abocanhar as oportunidades de no-

vas aquisições, por exemplo, justamente

aqueles que, quase que condicionalmen-

te, terão feito o dever de casa e absorvido

as oportunidades internas. Ou seja, aque-

le que estiver preparado para escolher os

melhores caminhos, de forma mais ágil e

em condições de tomar as decisões mais

robustas para gerar melhores e maiores

resultados, além de proteger as posições

de liquidez, será o mesmo que não ape-

nas sobreviverá, mas também obterá di-

ferencial na concorrência com os demais

players do mercado.

13Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 14: Edição janeiro/fevereiro 2016

Resultado das eleições do CRF-RJNo fim do ano passado, ocorreram eleições no Conselho Regio-

nal de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ). A chapa

Compromisso Farmacêutico foi eleita com 4.699 votos (50,98%

dos votos válidos) contra 4.519 votos (49,02%) da chapa União

Farmacêutica. A chapa vencedora é composta por Marcus Athi-

la, presidente reeleito; Robson Bernardo, vice-presidente; Talita

Barbosa Gomes, tesoureira; e José Roberto Lannes Abib, secretá-

rio-geral. Na disputa por cargos de conselheiro federal, venceram

Alex Baiense, conselheiro titular, e Nylza Maria Gonçalves como

suplente, ambos da chapa Compromisso Farmacêutico. Eles ti-

veram 4.281 votos (46,59% dos válidos). Para as quatro vagas

de conselheiros regionais, os eleitos foram Maria Eline Matheus

(4.893 votos), Talita Barbosa Gomes (4.627 votos), Marcus Athila

(4.518 votos) e Silvania Maria França (3.552 votos). A suplente é

Niára Nazareno (3.052 votos).

CRF-RJ

Resistência aos antibióticos ameaça a todos, diz OMSO aumento da resistência aos antibióticos representa “um

imenso perigo para a saúde mundial”, informou a diretora-ge-

ral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan,

em novembro de 2015, apresentando a primeira pesquisa da

organização sobre o tema. O estudo revela que qualquer pes-

soa pode um dia ser infectada por uma bactéria resistente aos

medicamentos. Esse problema global está principalmente re-

lacionado ao uso excessivo de antibióticos, bem como ao seu

mau uso. Mas quase metade (44%) das pessoas que participou

da pesquisa acredita que a resistência aos antibióticos é um

problema apenas para as pessoas que abusam desse tipo de

medicamento. Dois terços dos entrevistados também pensam

que não há riscos de infecção resistente nos indivíduos que to-

mam corretamente o tratamento antibiótico que foi prescrito.

FOLHA DE PERNAMBUCO

panorama

O autoteste para detecção do vírus HIV deverá estar à venda nas farmácias do País neste primeiro semes-

tre, informou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em dezembro de 2015. A Agência Nacional de Vigilân-

cia Sanitária (Anvisa) já publicou as regras para o registro do autoteste no Diário Oficial da União. O Brasil

será um dos poucos países a adotar a estratégia. A Resolução n° 52, da Anvisa, determina que os produtos

apresentem informações claras sobre o uso eficaz e seguro e para a correta interpretação dos dados, in-

cluindo ilustrações. Prevê também que os produtores devem colocar à disposição dos usuários um telefone

de suporte 24h por dia durante toda a semana, além de ter na embalagem a indicação do Disque Saúde

(136), do Ministério da Saúde. De acordo com a resolução, os autotestes poderão ser disponibilizados por

farmácias, drogarias, postos de medicamentos e serviços de saúde ou em programas de saúde pública.

AGÊNCIA BRASIL

Mesmo com o orçamento das famílias mais enxuto, produtos de marcas pró-

prias, conhecidos como mais acessíveis economicamente, ainda têm muito es-

paço para avançar. Segundo Jonathas Rosa, analista de Mercado da Nielsen, a

principal fonte de consumo são as classes A e B, pois possuem poder de com-

pra maior em relação às demais. A venda desses produtos no Canal Farma foi

a que mais cresceu: 28% a mais no faturamento no período de agosto de 2014

a agosto de 2015, chegando a R$ 73 milhões. O tíquete médio de compra de

um produto de marca própria na farmácia chega a ser de R$ 17,20.

NIELSEN

Autoteste do HIV deve estar à venda no primeiro semestre

Marca própria se torna opção para consumidoresIS

TOC

KPH

OTO

14 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 15: Edição janeiro/fevereiro 2016

Pfizer e Allergan criam maior farmacêutica do mundoA Pfizer, fabricante do Viagra, e a Allergan, que produz o Botox, afir-

maram, no fim do ano passado, que realizarão uma fusão por meio

de acordo de investimento de cerca de US$ 155 bilhões. O negócio

criará a maior farmacêutica do mundo em vendas. A fusão também

mudará um dos principais nomes das corporações dos Estados Uni-

dos para um país estrangeiro. Acordos como esse permitem que

uma companhia norte-americana se mude para o exterior, pagando

impostos mais baixos em outro país. As iniciativas do tipo perma-

necem populares, mesmo diante de esforços dos Estados Unidos

para contê-las. Para ajudar a garantir impostos mais baixos, o acor-

do será estruturado tecnicamente como uma fusão reversa, com a

Allergan, sediada em Dublin, que é menor, comprando a Pfizer, se-

diada em Nova York. As empresas disseram que a nova companhia

terá o nome de Pfizer PLC e será negociada na bolsa sob o símbo-

lo PFE, que é usado atualmente pela Pfizer na New York Stock Ex-

change (Nyse). Pelos termos do acordo, as companhias trocarão 11,3

ações da Pfizer por cada ação da Allergan. O negócio envolve ainda

entre US$ 6 bilhões e US$ 12 bilhões em dinheiro.

O ESTADO DE SÃO PAULO

panorama

Neste ano, o Brasil deverá registrar 596.070 novos ca-

sos de câncer. Entre os homens, são esperados 295.200

novos casos, e, entre as mulheres, 300.870, segundo

o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O tipo mais inci-

dente em ambos os sexos será o de pele não melano-

ma (175.760 casos novos a cada ano, sendo 80.850

em homens e 94.910 em mulheres), que corresponde

a 29% do total estimado, porém com baixa mortalida-

de. Para os homens, os tumores mais incidentes serão

os de próstata, pulmão e cólon e reto. Entre as mulhe-

res, as maiores incidências da doença serão de mama,

cólon e reto e colo do útero.

O GLOBO

Hypermarcas vende negóciode cosméticos e se volta paramercado farmacêuticoNo fim do ano passado, a Hypermarcas celebrou contrato de

compra e venda de ações e marcas com a Coty Inc. para a ven-

da do negócio de fabricação e comercialização de cosméticos

por R$ 3,8 bilhões. Os recursos, segundo a empresa, serão uti-

lizados preponderantemente para redução do endividamento

líquido da companhia. O negócio de cosméticos da Hypermar-

cas inclui marcas como Bozzano, Biocolor, Monange, Risqué,

Paixão e Cenoura & Bronze, entre outras. A empresa informa

que não fazem parte do negócio de cosméticos e, portanto, não

são objetos da transação os produtos descartáveis e de cuida-

dos infantis da companhia, composto por fraldas infantis e para

incontinência, das marcas Pom Pom, Cremer Disney, Sapeka e

Bigfral, assim como preservativos (Jontex, Olla e Lovetex), ado-

çantes (Zero-Cal, Finn e Adocyl) e dermocosméticos (Episol,

Epidrat, Hydraporin, entre outras). Conforme a Hypermarcas,

quando finalizada, a transação marcará um “passo transforma-

dor” para a empresa, cujo foco estratégico estará voltado para o

mercado farmacêutico, que oferece potencial atrativo de cres-

cimento e rentabilidade em longo prazo.

HYPERMARCAS

Câncer deve ter quase 600 mil novos casos em 2016

Profarma registra aumento de 13,2% na receita brutaA Profarma divulgou, em novembro do ano passado, os resulta-

dos do terceiro trimestre de 2015. A companhia vem apresentan-

do uma visão consolidada “proforma” (considerando 100% de to-

das as empresas – Profarma Distribuição Farma, Varejo com 100%

de Drogasmil / Farmalife e Tamoio e Especialidades com 100%

da joint venture), para melhor entendimento dos resultados dos in-

vestimentos. Pelo terceiro trimestre consecutivo, todas as divisões

da companhia apresentaram aumento das vendas, apesar de o País

atravessar um momento de recessão técnica. A receita bruta con-

solidada “proforma” da Empresa teve aumento de 13,2% em com-

paração com o 3T14 e 11,3% em comparação ao 2T15, registran-

do R$ 1.311,2 milhão no trimestre. Contribuiu para esse resultado

o crescimento na receita bruta de todas as divisões da Profarma.

O Ebitda consolidado “proforma” registrado no 3T15 foi de R$ 29,1

milhões, 9,2% maior do que no 3T14, principalmente em função

do aumento de 22,8% no Ebitda da divisão Distribuição Farma.

PROFARMA

15Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 16: Edição janeiro/fevereiro 2016

A ascensão do dinheiroNiall Ferguson – Editora Planeta

Professor de Harvard e principal referência em história econômica atual, o autor examina a história financei-

ra do mundo e defende o desenvolvimento da moeda e do sistema bancário como sintoma do processo ci-

vilizatório. Com uma narrativa clara, abrangente e enriquecida por exemplos corriqueiros, Ferguson apon-

ta uma transformação econômica pautada no rápido crescimento de países como China e Índia. Adequado

tanto para leigos quanto para especialistas, o livro mostra como a crise atual se encaixa no cenário histórico

e lamenta o fato de a humanidade não ter aprendido com erros do passado. Best-seller nos Estados Unidos

e na Inglaterra, o livro foi adaptado para documentário televisivo pela rede BBC.

House Keeping: 5S’sCinco pontos-chaves para o ambiente da qualidade totalTakashi Osada – Editora Imam

Nesse livro, o autor explora a filosofia básica que fundamenta a campanha dos 5S’s (em português: organi-

zação, classificação, limpeza, saúde e disciplina), explica como todos os ambientes de trabalho podem obter

vantagens com sua utilização, mostra como uma empresa pode desenvolver com sucesso os cinco pontos-

chaves e explora detalhadamente cada um deles. A adoção dos 5S’s, em qualquer empresa, pode promover

resultados extraordinários, como evitar acidentes, reduzir o tempo de manutenção, aprimorar os processos

de controle operacional e gerar um clima mais saudável.

O cérebro de alta performanceComo orientar seu cérebro para resultados e aproveitar todo o potencial de realizaçãoLuiz Fernando Garcia – Editora Gente

Apesar de o título perecer remeter a um livro do segmento de autoajuda, a obra aborda de forma clara e com

diversos exercícios como cada um de nós pode melhorar os vários fundamentos da gestão, como a tomada

de decisão consciente. A percepção pode estar alinhada com a realidade de forma que possamos usufruir o

melhor das oportunidades na vida e nos negócios, com planejamento e foco.

Bom chefe, mau chefeComo ser o melhor... e aprender com o que há de piorRobert Sutton – Editora Bookman

Que tipo de chefe você é? Apesar da pergunta, o livro não tem respostas prontas, mas um texto embasado

em pesquisas e repleto de exemplos e casos reais. O título faz alusão à expressão “tira bom, tira mau”. Bom

chefe, mau chefe é uma publicação sobre as boas práticas para quem quer se tornar um chefe melhor. Segun-

do o autor, uma tarefa muitas vezes desagradável, já que cabe ao chefe algumas das tarefas mais delicadas

do ambiente corporativo, como chamar atenção dos colaboradores, promover transferências e fazer demis-

sões. Um livro leve e divertido.

boa leitura

16 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 17: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 18: Edição janeiro/fevereiro 2016

práticas corporativas

O que a crise dos estudantes paulistas nos ensina?As ordens e a vontade do líder não bastam. Tem que haver diálogo

AAo escrever este texto, vejo o governa-

dor Geraldo Alckmin vindo a público dizer

que ouvira – finalmente – o clamor dos es-

tudantes e voltaria atrás em seu plano de

reestruturação das escolas de ensino mé-

dio de São Paulo: um projeto que pode até

estar cheio de boas intenções, mas que tra-

ria traumáticas mudanças no dia a dia de

alunos e pais.

Subestimar o impacto das mudanças

na rotina das pessoas é um dos maiores

pecados quando se trata de uma reorga-

nização estrutural ambiciosa. Nesse caso,

mães com filhos em idades diferentes pas-

sariam a tê-los estudando em escolas dife-

rentes, o que tornaria o dia a dia delas um

pesadelo logístico.

Segundo pecado: uma mudança de

grande impacto deve ser feita por etapas,

sendo ampliada gradativamente para todas

as unidades pretendidas. Assim, a curva de

aprendizado do processo de mudança vai

gerando ganhos para a implantação até que

esteja plenamente concluída. Em vez disso,

o governo de São Paulo optou por mexer

em dezenas de escolas de uma só vez, em

diversas regiões da metrópole paulistana.

Fernando Gaspar [email protected]

Consultor especializado na construção de indicadores

gerenciais para varejo e serviços, instrutor de liderança e palestrante.

DIV

ULG

AÇÃO

Terceiro pecado: falta de comunicação de ambos os lados,

permitindo-se que ambas as partes expusessem e debatessem o

assunto. Traçando um paralelo com o ambiente corporativo, te-

ríamos mudanças comunicadas de cima para baixo, que afetam

fortemente a vida dos funcionários e que foram decididas em sa-

las fechadas, sem a oportunidade de alguém com visão de “chão

de fábrica” opinar sobre os impactos no dia a dia dos funcionários

ou nas operações diárias.

Como se não bastasse, para completar o show de horror sobre

como não implantar uma mudança, os policiais militares foram

encarregados de negociar com os estudantes e promover a deso-

cupação das escolas. Por mais bem intencionados, os policiais mi-

litares não são talhados para esse tipo de negociação. Resultado:

cenas de policiais apontando armas para alunos dentro de escolas

correram o incontrolável mundo virtual. Paralelo fácil com o mun-

do corporativo: escolher mal seus negociadores na implantação de

mudanças é o caminho certo para o fracasso.

A cereja do bolo foi a disseminação das imagens de violência

contra os estudantes na internet, que serviu também de ferramen-

ta para a organização estudantil por meio do WhatsApp e outras

mídias. Hoje, em qualquer empresa, há grupos exclusivos de fun-

cionários nesse aplicativo. As informações correm num mundo

paralelo, por uma rádio corredor virtual em uma velocidade muito

maior que a do mundo real.

Você pretende fazer mudanças significativas na sua empresa?

Então, tomara que as reflexões deste artigo sejam úteis para dimi-

nuir sua margem de erro.

18 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 19: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 20: Edição janeiro/fevereiro 2016

institucional

AA Ascoferj fechou o ano de 2015 capa-

citando mais de 740 profissionais e envol-

vendo mais de 1,8 mil pessoas em cursos,

treinamentos e encontros de grande alcan-

ce, entre eles, o Dia Nacional da Farmácia e

o Dia Internacional do Farmacêutico. No pri-

meiro, mais de mil pessoas foram atendidas

no Largo da Carioca, em agosto. No total, 15

encontros foram realizados pela entidade

com o objetivo de qualificar e levar infor-

mação ao profissional de farmácia e droga-

ria. O Curso de Aplicação de Injetáveis, um

dos mais procurados e que acontece men-

salmente, teve mais de 300 participantes.

Os núcleos da Ascoferj, localizados no

interior do estado, também receberam pa-

lestrantes ao longo do ano para capacitar

os profissionais locais. Foi o caso da pales-

tra Como pagar corretamente os impostos da

sua empresa, ministrada pelo contador e só-

cio da Avant Consultores, Henrique Avant.

Os encontros aconteceram em Cabo Frio,

Campo dos Goytacazes, Nova Friburgo e

São Gonçalo, e contaram com a presen-

ça de mais de 200 participantes, no total.

O curso Aumente seu faturamento fideli-

zando o paciente diabético, ministrado pela

farmacêutica e educadora em Diabetes, Mô-

nica Lenzi, também aconteceu em um dos

núcleos da Ascoferj, nesse caso, em Cabo

Meta para 2016 é continuar qualificando por meio de cursos e treinamentos

Ascoferj capacita centenas de profissionais de farmácia

Frio. Ao todo, mais de 90 profissionais aprofundaram seus conhe-

cimentos sobre o tema.

No ano passado, a Associação também levou ao conhecimen-

to da população os serviços que podem ser oferecidos pelos es-

tabelecimentos farmacêuticos durante o evento Dia Nacional da

Farmácia, cujo objetivo foi valorizar o papel da farmácia na promo-

ção da saúde. Mais de mil pessoas foram atendidas ao longo do

dia no Largo da Carioca, no dia 5 de agosto, data oficial. Os farma-

cêuticos voluntários prestaram atendimentos de saúde e beleza,

como aferição da pressão arterial, teste da glicemia e maquiagem.

O Dia Internacional do Farmacêutico, comemorado em 25 de

setembro, também foi celebrado pela entidade e reuniu mais de

120 profissionais para festejar a data. Na ocasião, farmacêuticos fo-

ram premiados com o Troféu Ruy de Campos Marins.

“A Ascoferj continuará oferecendo cursos e treinamentos aos

profissionais de farmácias e drogarias em 2016. Eles estarão quali-

ficados para prestar um excelente serviço no ponto de venda”, afir-

ma o presidente da Ascoferj, Luis Carlos Marins.

Todo esse trabalho só é possível graças à parceria com os só-

cios honorários e empresas patrocinadoras e apoiadoras dos cur-

sos. Em 2015, por exemplo, empresas como BD Medical, Sanofi,

Avant, RCA Sistemas, Millenium Comercial e Vult Cosmética pa-

trocinaram diversos treinamentos e palestras.

Parcerias renovadasA Vult e a Embelleze são as duas parceiras mais recentes da

entidade. No fim do ano passado, ambas firmaram acordo com a

Ascoferj para novos cursos em 2016. A coordenadora de Treina-

mentos da Embelleze, Amélia Martins, explica que a empresa está

resgatando uma antiga parceria com a Ascoferj. “Percebemos que

20 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 21: Edição janeiro/fevereiro 2016

2015: EM NÚMEROSQUALIFICAÇÃO

CURSO DE APLICAÇÃODE INJETÁVEISmarço a novembro participantes

280SERVIÇOS CLÍNICOSFARMACÊUTICOSabril participantes

20COMO PAGAR CORRETAMENTEOS IMPOSTOS DA SUA EMPRESAjunho a setembro participantes

150RISCOS E BENEFÍCIOSDA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICAsetembro participantes

36AUMENTE SEU FATURAMENTOFIDELIZANDO O PACIENTE DIABÉTICO outubro participantes

90AVALIAÇÃO DE EXAMESLABORATORIAISoutubro participantes

56WORKSHOP FORMANDOEQUIPES DE ALTO DESEMPENHOoutubro participantes

16SEGURANÇA PARA AINTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOSnovembro participantes

30

institucional

esse elo é importante tanto para a Embelle-

ze como para a Ascoferj. Estamos pensando

no mercado como um todo. Sem conheci-

mento e capacitação, a farmácia não con-

segue vender”, ressalta Amélia.

Ela adianta que os profissionais podem

esperar um tipo de capacitação voltado a

produtos, imagem pessoal, atendimento ao

cliente, argumento de vendas e postura num

mercado cada vez mais competitivo. “Quere-

mos ajudar, principalmente, as farmácias de

pequeno porte a formarem excelentes pro-

fissionais. Essa é a nossa missão”, diz Amélia.

O distribuidor da Vult Cosmética, Pau-

lo Roberto Garcia Freitas, afirma que o ob-

jetivo é capacitar tanto os profissionais do

Rio de Janeiro como de outras cidades em

que existam núcleos da Ascoferj. “Quere-

mos crescer no segmento de farmácias e

firmar a nossa marca nas pequenas, mé-

dias e grandes empresas. O treinamento

será voltado para a qualificação de quem

atua na área de beleza”, acrescenta.

A parceria com a Vult começou em 2015

e tem sido um sucesso. “Participamos do

evento em comemoração ao Dia Nacio-

nal da Farmácia e promovemos um treina-

mento na sede da entidade, que nos trouxe

bons resultados. Este ano, o trabalho con-

tinua com força total”, afirma.

Para quem tem interesse em partici-

par dos cursos e eventos da Ascoferj, bas-

ta acompanhar o calendário no site e nas

mídias sociais da entidade. FR

EEPI

K

21Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 22: Edição janeiro/fevereiro 2016

recursos humanos

Comunicação nas relações humanasProblemas de relacionamento no ambiente corporativo costumam comprometer a imagem profissional

CComunicação é uma palavra derivada

do termo latino communicare, que signifi-

ca “partilhar, participar algo, tornar comum”.

Por meio da comunicação, compartilhamos

diferentes informações, tornando o ato de

comunicar uma atividade essencial para a

vida em sociedade.

Na prática, identificamos profissionais

que possuem o conhecimento referente

ao cargo que ocupam, com total domínio

quanto às informações, mas não conseguem

se expressar. Muitas vezes, a informação a

ser passada é de extrema relevância, mas

falta habilidade para transmiti-la com cre-

dibilidade, clareza e confiança.

Relacionei algumas dicas para gerar uma

reflexão de como está sendo conduzida a

comunicação em sua empresa. Todo esse

processo se inicia com os gestores e líderes,

que devem ser referência e contribuir para

tornar a comunicação mais clara, transpa-

rente e precisa, de forma que os profissio-

nais obtenham sucesso em suas respectivas

carreiras e passem uma imagem adequada

das empresas onde trabalham, evitando

ruídos de comunicação no ambiente inter-

no e no contato com os clientes. São elas:

Postura: Estamos sempre nos relacio-

nando e transmitindo uma imagem positiva

ou negativa. Logo, esteja certo de que somos

avaliados pela percepção que o outro obtém

Lucia [email protected]

Consultora especialista em Gestão de Recursos Humanos e

capacitação de Líderes.

HU

MBE

RTO

TES

KI por meio da imagem que transmitimos. Sendo assim, é fundamen-

tal a credibilidade por meio da apresentação pessoal, de atitudes

éticas e de comportamento adequado ao ambiente corporativo;

Autoconfiança: Demonstrar domínio sobre as informações

transmitidas é essencial para uma comunicação eficaz. Contudo,

a autoconfiança não se demonstra somente pelo conhecimento.

Ela é percebida também pelos gestos, atitudes de acolhimento e

segurança ao compartilhar esse conhecimento;

Empatia: Tente compreender e se colocar no lugar do outro,

demonstrando real interesse em auxiliar e solucionar os proble-

mas, contribuindo e tornando o ambiente favorável para que to-

dos assimilem as informações;

Objetividade: Seja objetivo em sua comunicação. Não fale de-

mais, nem de menos. Em questões polêmicas, evite se alongar para

não desviar o foco do tema principal;

Linguagem: Use um vocabulário condizente com o perfil do

seu colaborador ou cliente e não queira ficar rebuscando a sua fala

com palavras sofisticadas. Dominar a informação a ser repassada

não significa usar termos técnicos ou complexos. Seja claro e sim-

ples na comunicação;

Ritmo: Falar calmamente, com tranquilidade e equilíbrio, é

fundamental para ser compreendido. Busque sempre se atuali-

zar, planejando seu dia e validando as informações, a fim de evi-

tar ansiedade ao repassá-las, o que poderia dificultar a compreen-

são das informações.

Além das dicas sugeridas, oriente sua equipe a demonstrar aco-

lhimento na comunicação, ouvir com atenção e ter concentração

na execução das tarefas. No segmento farmacêutico, os clientes

constroem uma imagem adequada das farmácias e drogarias e são

fidelizados quando ouvidos atentamente e quando têm suas ex-

pectativas atendidas.

22 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 23: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 24: Edição janeiro/fevereiro 2016

OAscoferj tem novo endereço

Entidade muda de local, mas continua sediada no Centro do Rio

O ano se inicia com novos ares para a

Ascoferj, que agora está em novo endere-

ço: Rua do Carmo, nº 9, sala 501, no Centro

do Rio de Janeiro. Após 15 anos na Rua Mé-

xico, a entidade se viu obrigada a mudar de

lugar porque não conseguiu negociar um va-

lor justo com o proprietário do imóvel. “Em

comum acordo com associados, tomamos a

decisão de não renovar o contrato. O moti-

vo foi que a antiga sede passou a ter um va-

lor muito alto. Seria muito difícil para a As-

coferj manter esse custo e sobrecarregar o

orçamento da associação com esse reajus-

te”, explica o presidente Luis Carlos Marins.

Durante as reuniões da Assembleia Ge-

ral Ordinária (AGO), o assunto entrou em

Conheça o que está em volta da Ascoferj

Rua da Assembleia: formada praticamente por edificações comerciais e

bancárias. As obras de implantação do VLT Carioca, com inauguração pre-

vista para este ano, revelaram os trilhos do antigo sistema de bondes da ci-

dade, que foi desativado na década de 1960.

Terminal Garagem Menezes Côrtes: é especializado em linhas de ônibus se-

letivos com destino a vários pontos da Região Metropolitana. Também fica

próximo à estação de metrô Carioca e à estação das barcas, na Praça XV.

Paço Imperial: entrou para a história do Brasil em 1808, quando Dom João

VI transformou o prédio em residência da família real portuguesa. Hoje, o

local é um centro cultural com bibliotecas, salas de exposições, teatro, cine-

ma, restaurantes, cafeterias e lojas de artesanato.

Palácio Tiradentes: reinaugurado em 1975 como sede do Poder Legislativo.

Atualmente, abriga a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

institucional

Prédio nº 9, na Rua do Carmo, é a nova sede da Ascoferj

pauta e, por unanimidade, diretores e associados decidiram que

a mudança seria a opção mais acertada, uma vez que o princi-

pal investimento da Ascoferj deve ser em serviço e capacitação.

“Fizemos uma pesquisa no mercado e conseguimos encontrar

uma nova sala que atende muito bem às nossas expectativas.

Portanto, o que seria gasto no antigo imóvel para pagar o alu-

guel será revertido em cursos, treinamentos, serviços e iniciati-

vas que tenham como principal beneficiário o nosso associado”,

completa Marins.

A nova sede, localizada ao lado do Terminal Garagem Mene-

zes Côrtes e transversal à Rua da Assembleia, além de ter uma es-

trutura que dá conta das atividades realizadas pela Ascoferj, jun-

tamente com seus funcionários, também conta com a facilidade

de ter estacionamento ao lado do prédio. Além disso, a nova sede

está bem próxima à estação de metrô do Largo da Carioca, o que

facilita o acesso dos visitantes.

VIV

IAN

E M

ASS

I

24 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 25: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 26: Edição janeiro/fevereiro 2016

institucional

NNo fim do ano passado, a Ascoferj fir-

mou convênio com a empresa Conquiste

Assessoria e Corretagem de Seguros. A par-

tir de agora, associados da entidade e fun-

cionários poderão contratar seguros e pla-

nos de saúde com valores mais acessíveis.

O convênio firmado possibilita aos be-

neficiários a contratação de diversos tipos

de seguro: saúde, odontológico, veículos,

aluguel, empresa, residência, vida, previdên-

cia privada, viagens, responsabilidade civil

profissional, reformas imobiliárias e equipa-

Entre as áreas abrangidas estão saúde, odontologia, residencial, veículos e previdência privada

Ascoferj firma convênio com empresa de seguros

mentos. Além disso, o convênio dá direito à assessoria, que pode

ser na área de financiamentos, consórcios, capitalização e treina-

mentos na área comercial.

A parceria também permite ao associado a contratação de pla-

nos de saúde com empresas do mercado, como Unimed-Rio, Amil,

Intermédica, todos com descontos. “Também estaremos presen-

tes no pós-venda, sempre que a pessoa necessitar de orientações

ou auxílio no atendimento junto ao plano”, destaca Sérgio Danon,

diretor Técnico da Conquiste.

O presidente da Ascoferj, Luis Carlos Marins, ressalta que a as-

sociação tem buscado parcerias que favoreçam os associados. “Os

planos privados de saúde em nosso País, por exemplo, são caros e

muitas pessoas não têm condições financeiras de pagar por uma

assistência médica particular. Essa parceria vai oferecer seguros e

planos a preços acessíveis, facilitando o acesso”, destaca.

O atendimento ao associado da Ascoferj será personalizado.

“Nosso objetivo é entender as necessidades específicas de cada

um, oferecendo o melhor serviço com preços diferenciados em to-

dos os ramos de seguros e com extensão aos funcionários”, explica

o diretor Comercial da Conquiste, Joseph Danon.

Para se beneficiar do convênio, é necessário que o associado

entre em contato com a Ascoferj. “Logo depois, marcaremos uma

visita. Os documentos necessários para a adesão vão depender

do ramo de seguro escolhido, o que será explicado também nes-

se encontro”, detalha Danon.

Além disso, os associados precisam estar em dia com a contri-

buição associativa da Ascoferj. Importante destacar que a adesão

dos funcionários é vinculada à do associado. Confira todas as in-

formações sobre seguros, planos de saúde e assessoria acessan-

do www.conquisteseguros.com.br.

SHU

TTER

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26 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 27: Edição janeiro/fevereiro 2016

AA partir de janeiro de 2016, o associado da Ascoferj poderá se

beneficiar de mais um benefício, a assinatura do Avant Fiscal, um

sistema online de classificação fiscal dos produtos para farmácias,

disponibilizado pela Avant Consultores. Por meio dele, o empresário

mantém o cadastro atualizado e garante o pagamento correto dos

impostos. “A correta classificação dos produtos confere sustenta-

bilidade ao negócio, pois o Fisco está, cada vez mais, fiscalizando

eletronicamente as empresas e fechando o cerco contra a sone-

gação”, alerta Wagner Tavares, sócio diretor da Avant Consultores.

A base de um negócio saudável é a organização como um

todo. Quem compra mal vende mal. E um cadastro de produtos

mal classificado é responsável pelo recolhimento incorreto de im-

postos. Um cadastro de farmácia, em média, pode ter de quatro

mil a dez mil itens, incluindo medicamentos e perfumaria. Não é

raro existirem empresas pagando além do que deviam por causa

de Nomenclatura Comum do Mercado (NCM) errada. A partir de

uma classificação correta, é possível prever acertadamente as alí-

quotas tributadas e os valores a serem recolhidos.

O sistema Avant Fiscal possui três módulos: o básico, que per-

mite consulta online; o intermediário, que faz a manutenção do ca-

dastro em tempo real; e o avançado, que contempla os outros dois

e ainda oferece uma simulação dos tributos a serem pagos com base

nas vendas. Dessa maneira, a empresa fica em dia com o Fisco no

que tange a impostos gerados na comercialização dos produtos.

A parceria da Ascoferj com a Avant Consultores contempla des-

contos na assinatura mensal do sistema para planos com fidelida-

de de 12 meses. Também oferece a revisão de todo o cadastro da

farmácia gratuitamente. Se fosse pagar, o associado teria de de-

sembolsar cerca de mil reais. Os interessados devem enviar um

e-mail para [email protected].

Parceria com a empresa Avant garante descontos em assinatura de sistema para classificação fiscal

Novo benefício também na área tributária

institucional

Benefícios do Avant Fiscal

• Informações fiscais confiáveis e atualizadas sem

custo de mão de obra especializada.

• Correta apuração dos impostos, evitando

penalidades aplicadas pelo Fisco.

• Facilidade de obtenção de informações fiscais para

novos produtos.

• Não pagamento de impostos na venda de produtos

monofásicos, isentos e da cesta básica.

• Manutenção online do seu cadastro.

27Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 28: Edição janeiro/fevereiro 2016

PPara celebrar mais um ano de trabalho,

dedicação e bons resultados, a Ascoferj rea-

lizou um almoço de confraternização para

sócios honorários no dia 19 de novembro,

no RB1, Centro do Rio de Janeiro. Além do

presidente Luis Carlos Marins, diretores e

sócios honorários da entidade, também

estiveram presentes algumas autoridades,

entre elas, o vereador Eliseu Kessler e o Ra-

fael Copolillo, representante do deputado

estadual Edson Albertassi. Ambos têm re-

conhecido as dificuldades que o setor vive

e trabalhado em prol de mudanças.

O presidente da Ascoferj, Luis Carlos

Marins, aproveitou o momento para lem-

Presidente da entidade lembra a importância da parceria e fala de conquistas

Ascoferj confraterniza com sócios honorários

institucionalH

UM

BERT

O T

ESKI

brar o quanto é fundamental para o crescimento do setor o apoio

das empresas que constituem o quadro de sócios honorários. “Em

2015, a entidade realizou dois importantes eventos: Dia Nacional

da Farmácia e Dia Internacional do Farmacêutico. Além disso, cen-

tenas de profissionais foram capacitados por meio dos nossos cur-

sos e treinamentos. E tudo foi possível graças a vocês, que aposta-

ram e confiaram em nosso trabalho”, agradeceu.

Outros pontos destacados por Marins foram o trabalho dos

departamentos da Ascoferj em favor dos associados e a recente

mudança da entidade. “Nosso Departamento Jurídico tem atuado

fortemente para alcançar vitórias coletivas, e os efeitos têm sido

favoráveis. Algumas mudanças significativas também foram reali-

zadas, como a nova sede, que possibilitará uma redução nos gastos

com aluguel e, consequentemente, mais recursos disponíveis em

caixa a serem revertidos em benefícios para os associados. Tudo

isso foi conquistado com a ajuda de vocês e esperamos manter

essa parceria nos próximos anos”, salientou Marins.

Na ocasião, o presidente também fez questão de lembrar o

apoio que o vereador Eliseu Kessler e o deputado Edson Albertas-

si têm concedido ao setor farmacêutico. “Todos nós sabemos dos

problemas que as farmácias e drogarias do nosso estado enfren-

tam devido a burocracias impostas por órgãos governamentais. E,

graças ao trabalho do vereador e do deputado, já obtivemos algu-

mas vitórias, como a ampliação da validade da licença sanitária,

que passou a ser de cinco anos”, destacou.

Em sua fala, Kessler agradeceu o convite e disse estar muito

honrado em poder ajudar nas causas do varejo farmacêutico. “É

nosso papel servir à população e às classes representativas. Política

é fazer algo em prol do outro. E é com orgulho que luto pelas de-

mandas da classe empresarial farmacêutica”, declarou o vereador.

Almoço no RB1 reúne diretoria e empresas parceiras

28 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 29: Edição janeiro/fevereiro 2016

institucional

O representante do deputado Edson Albertassi, Rafael Copo-

lillo, também frisou que Albertassi está à disposição para trabalhar

em benefício do varejo farmacêutico. “As portas do gabinete do

deputado estão sempre abertas ao setor. Em 2015, tivemos im-

portantes avanços, como a possível redução da alíquota do ICMS

e, em 2016, queremos dar continuidade a esse projeto”, garantiu.

Reconhecimento que faz a diferençaPara o gerente regional de Vendas da Medley, Fabio Medici, a

Ascoferj é uma entidade bastante atuante no setor, mostrando-

se essencial na promoção de debates de alto nível para melhorar

o entendimento sobre diversas questões do mercado, que é cada

vez mais competitivo.

Para este ano, Medici sinaliza a importância de empresários e

demais profissionais estarem preparados para eventuais mudan-

ças tributárias. “Devido ao momento atual, é fundamental a parti-

cipação dos empresários nas ações e eventos da Ascoferj. Assim,

estarão capacitados para os desafios e não deixarão de oferecer

qualidade nos serviços”, destacou.

Segundo o diretor das Drogarias Max, Fábio Pinto, a Ascoferj

é um parceira estratégica para a rede. “Temos como objetivo fo-

mentar oportunidades dentro do nosso segmento e unir esforços

para que tenhamos peso político e minimizar os riscos das arbi-

trariedades das quais somos vítimas por parte de órgãos regulado-

res e fiscalizadores”, comentou o diretor. Além disso, acrescentou

que estar junto à Associação é ter a segurança de que o segmento

Sócios honorários: 22 empresas apoiam as iniciativas da Ascoferj

HU

MBE

RTO

TES

KI

possui a liderança necessária para que os

interesses coletivos sejam representados

e defendidos.

Quem também comemorou os resulta-

dos da parceria foi o coordenador de Geren-

ciamento de Categorias da Zamboni, Eduar-

do Teperino. “O mercado farmacêutico é

fundamental para a Zamboni e fazer parte

desse grupo é ter a certeza de que estamos

ajudando e contribuindo para o desenvol-

vimento dos nossos clientes”, afirmou.

Parceiros da Ascoferj

29Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 30: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 31: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 32: Edição janeiro/fevereiro 2016

regulação

E

Licença sanitáriapassa a valer cinco anos

Medida é articulada pela Ascoferj junto à Secretaria de Saúde do Rio

Em outubro de 2015, o varejo farma-

cêutico do município do Rio de Janeiro ob-

teve uma grande vitória: o novo prazo de

validade da licença sanitária, que passou a

ser de cinco anos. A conquista se deu após

uma determinação do secretário munici-

pal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel So-

ranz. A medida foi autorizada por meio da

Resolução SMS nº 2747, publicada no Diá-

rio Oficial do dia 9. Antes, de acordo com

a Lei nº 5.991/73, esse prazo era de ape-

nas um ano.

Essa mudança só foi possível graças às

reuniões da Ascoferj com o secretário de

Saúde, Daniel Soranz, todas elas interme-

diadas pelo vereador Eliseu Kessler, reali-

zadas ao longo de 2015. “Essa é uma luta

antiga do setor farmacêutico e, quando fui

procurado pelo presidente da entidade, en-

tendi de imediato que se tratava de uma burocratização que pre-

cisava ser eliminada”, disse Kessler.

“Nosso objetivo é ajudar o setor. É fato que as farmácias e dro-

garias precisam ser fiscalizadas, mas não podem ser punidas pela

ineficiência do poder público. Se não há fiscais para visitar os es-

tabelecimentos e renovar as licenças, isso não é culpa dos empre-

sários”, afirma o secretário de Saúde do Município do Rio de Janei-

ro, Daniel Soranz.

A extensão da licença em mais quatro anos vai dar fôlego ao

setor até que as autoridades encontrem uma solução. Há anos, o

varejo farmacêutico sofre com problemas relacionados à renova-

ção da licença sanitária pela Vigilância Sanitária local. Com a pu-

blicação da Resolução SMS nº 2747, o varejo farmacêutico terá, a

partir de agora, cinco anos para renovar o documento.

“Para as empresas que já estão com a data da licença sanitária

vencida, a prorrogação desse prazo passa a contar do último licen-

ciamento concedido. A nova validade também é aplicada às empre-

sas que estão abrindo as portas agora”, explica o consultor jurídico

da Ascoferj, Gustavo Semblano. O benefício é extensivo a farmácias

magistrais, importadoras, exportadoras, distribuidoras, armazenado-

ras, transportadoras, estabelecimentos de comércio de aparelhagem

ortopédica e de ortopedia técnica e lojas de aparelhos auditivos.

“Com essa mudança, esperamos que a Vigilância Sanitária passe

a cumprir o papel dela, que é o de fiscalizar. Cinco anos é um bom

período para colocar tudo em ordem na farmácia”, comemora José

Urias Gonçalves, farmacêutico e empresário do setor magistral.

Quem também diz estar satisfeita com o novo prazo é a su-

pervisora Farmacêutica da Drogasmil, Flávia Santos. “A conquista

foi para diversos segmentos e, no caso do varejo, facilita a aquisi-

ção de mercadorias, haja vista que a loja precisa estar legalizada

junto ao município para receber os produtos. Será um problema a

menos para o empresário”, comentou.

ASC

OFE

RJ

A partir da esquerda: o consultor jurídico da Ascoferj, Gustavo Semblano; presidente da Ascoferj, Luis Marins; secretário municipal de Saúde; Daniel Soranz; vereador Eliseu Kessler; diretor da Farma Hall, Wilson Júnior da Cru z; e diretor da Ascoferj e empresário, Ricardo Valdetaro

32 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 33: Edição janeiro/fevereiro 2016

Neste iníciodo ano,

fique atento aos prazos do setor!

Farmácia Legal

31 de março é o prazo que os associados da Ascoferj têm

para solicitar o pedido de isenção de anuidade ao Conselho

Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ).

As empresas devem enviar, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa), o Sistema Nacional de Registro Mercantil (SINREM) no primeiro

trimestre do ano, para comprovação de porte empresarial. O endereço é

SIA Trecho 5 – Área Especial, nº 57 – Brasília/DF, CEP: 71.205-050.

Até o dia 30 de abril, o empresário poderá renovar a Certidão

de Regularidade Técnica da sua farmácia perante o CRF-RJ.

Caso a empresa não cumpra com as exigências do Conselho,

como apresentação do SINREM e de um farmacêutico por

todo o horário de funcionamento, a Certidão não será liberada.

A licença sanitária no município do Rio de Janeiro passou a ter validade de cinco anos. Sendo assim,

os estabelecimentos não precisam pedir renovação em 2016. No entanto, farmácias e drogarias de

outros municípios, já emancipados, deverão enviar cópia do contrato social, do documento dos sócios e

farmacêuticos e do CNPJ para a sede das respectivas vigilâncias, juntamente com o pedido de revalidação,

até o dia 30 de abril. Cada município tem a sua própria taxa de renovação.

33Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 34: Edição janeiro/fevereiro 2016

O papel da contabilidadeH

UM

BERT

O T

ESKI

FFeliz 2016! Começamos um novo ciclo, com novas metas, no-

vos objetivos e novos sonhos pessoais e empresariais. Neste pri-

meiro artigo do ano, quero falar do papel da contabilidade e da op-

ção tributária para 2016. No Brasil, percebe-se um quadro no qual

os procedimentos contábeis são realizados quase que exclusiva-

mente para prestação de contas com o fisco.

Muitas vezes, as informações geradas nem mesmo condizem

com a realidade da empresa, objetivando desonerar ilegalmente

suas obrigações tributárias, em palavras mais simples, sonegar ou

omitir informações fiscais.

Como pode um empresário tomar decisões sem ter conhe-

cimento sobre sua real situação patrimonial, financeira e econô-

mica? Ele não pode, pelo menos, não de forma eficiente. Talvez

a sorte ou até mesmo o perfil empreendedor e um bom feeling

façam com que a empresa consiga sobreviver por algum perío-

do sem essas informações, mas em longo prazo, com a escassez

dos conhecimentos básicos para a tomada de decisão, infeliz-

mente, ela poderá engrossar as estatísticas sobre a mortalida-

de das empresas.

Mesmo que a sua empresa não possua um sistema de con-

tabilidade gerencial para lhe prover de informações para a toma-

da de decisões, não há motivo para se desesperar. Contate o seu

contador e diga a ele que você deseja adotar um modelo contábil

voltado para o suprimento de suas necessidades gerenciais e não

somente para atender ao fisco, contemplando algumas das mais

importantes demonstrações contábeis, como o Demonstrativo de

Resultado do Período (DRE) e o Balanço Patrimonial.

O DRE, por exemplo, irá demonstrar, entre outras informações,

se sua operação comercial gera lucro e qual a representatividade

de cada despesa frente ao faturamento. Já o Balanço Patrimonial

informará a necessidade de capital de giro para manter a ativida-

de das empresas; giro de estoque; prazo

médio de estocagem; recebimento e pa-

gamentos; indicadores de liquidez, neces-

sários para saber se a empresa tem capaci-

dade de arcar com os compromissos sem a

necessidade de recursos de terceiros; entre

outras informações.

Se você conseguiu conduzir a sua em-

presa até agora sem essas informações,

imagine o quanto seu negócio irá se de-

senvolver caso comece a utilizar a conta-

bilidade gerencial em prol da sua gestão.

Pense nisso.

Henrique Tavares [email protected]

Consultor em varejo farmacêutico.

Conhecimento real sobre situação patrimonial, financeira e econômica melhora desempenho das empresas

consultor tributário

FATURAMENTO- CMV

- DESPESAS VARIÁVEIS

LUCRO BRUTO

LUCRO BRUTODESPESAS FIXAS

LUCRO LÍQUIDO

-

Fórmula para saber se a empresa está dando lucro

34 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 35: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 36: Edição janeiro/fevereiro 2016

pequeno varejo

Como o independente pode se fortalecerRedes associativas se apresentam como alternativa ao pequeno empresário

OO pequeno varejo, quando isolado, é

sempre frágil e mais vulnerável às dificul-

dades do contexto econômico e do mer-

cado. Uma alternativa que a farmácia in-

dependente deve considerar é o ingresso

em uma rede associativa. Vários empresá-

rios ainda resistem a essa decisão, seja por

questões pessoais de estilo de gestão, seja

pela dificuldade que acreditam ter na relação

corporativa com a rede. Ou ainda pelo mero

desconhecimento dos benefícios que certa-

mente poderão obter na prática associativa.

O associativismo econômico, prati-

cado pelas redes associativas, é uma ini-

ciativa que reúne, de forma organizada,

um conjunto de empresas de um mesmo

segmento com o objetivo de gerar bene-

fícios econômicos para os participantes. A

participação na rede possibilita o acesso a

mercadorias, bens e serviços em melho-

res condições do que seria possível a cada

empresa isoladamente.

Como existem várias redes associati-

vas do segmento varejista farmacêutico no

mercado, cabe ao empresário pretendente

analisar profundamente cada rede que atue

na sua região para a escolha mais adequada.

É importante verificar o que cada rede

oferece e realmente pratica:

Benefícios financeiros: negociação conjunta com fornecedores,

gerando oferta com maior poder de barganha e acesso aos gran-

des fornecedores do mercado farmacêutico e, consequentemen-

te, redução de custos, cartões da rede, convênios com empresas,

redução de taxas de cartões de crédito, entre outros benefícios.

Parcerias: é importante observar a existência de parcerias efe-

tivas, tanto com fornecedores quanto com e entre os integran-

tes da rede.

Suporte e infraestrutura: se possui equipe de suporte, software

e tecnologia da informação.

Apoio à capacitação: acesso facilitado a treinamentos, tanto

para a equipe quanto para os gestores, seja por meios próprios da

rede, seja por meio de convênios.

Comunicação e mercado: ações de fixação da marca da rede,

ações de marketing corporativo, publicidade e campanhas promo-

cionais em veículos de comunicação, materiais de apoio, como en-

cartes, cartazes, folders, entre outros.

Clima: antes de aderir a uma rede associativa, é fundamental

ter contato com participantes e verificar como é o clima de rela-

cionamento entre os gestores da rede e as empresas participan-

tes. Checar se existem conflitos reais ou potenciais.

Organização: outro ponto fundamental é observar o efetivo

nível de organização que a rede mantém nos negócios e no rela-

cionamento com os associados.

Busque informações sobre a rede escolhida na Federação Brasileira

das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).

Finalmente, analise o contrato de adesão com o auxílio de uma

assessoria jurídica, certificando-se e esclarecendo dúvidas sobre os

direitos e deveres do associado e da rede.

HU

MBE

RTO

TES

KI

Marcos Assumpção [email protected]

Consultor em planejamento, gestão por processos e

gerenciamento de projetos.

36 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 37: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 38: Edição janeiro/fevereiro 2016

capa

SHU

TTER

STO

CK

38 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 39: Edição janeiro/fevereiro 2016

capa

CCrise econômica, juros mais altos, desemprego, perda do grau

de investimento, alta do dólar, empresas lucrando menos: todo

esse cenário revela que o País está passando por uma crise que

afeta todos, sem exceção. De acordo com especialistas, o Brasil vai

demorar alguns anos para se recuperar desse baque, o que deve

ocorrer apenas a partir de 2022. Isso se a economia crescer, no mí-

nimo, 2% ao ano de 2017 a 2022, uma previsão bastante otimista.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

revelaram que, no segundo trimestre de 2015, a taxa de desempre-

go subiu e chegou a 8,3%, a maior da série histórica que se iniciou

em 2012. O percentual de famílias endividadas também aumen-

tou, alcançando 63,5% em 2015, revela a Pesquisa do Endivida-

mento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita com 18 mil

consumidores pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo (CNC).

Na comparação mensal, o percentual de famílias com dívidas

ou contas em atraso aumentou de 22,4% para 23,1%. A proporção

de pessoas que relataram não ter condições de pagar suas dívidas

registrou o maior patamar desde junho de 2011, alcançando 8,6%

em setembro de 2015.

A crise foi tanta que chegou a afetar o consumo brasileiro. A

Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela CNC, regis-

trou 78,4 pontos em outubro, o menor valor desde o início da série

Apesar da incerteza, setor farmacêutico fecha 2015com crescimento e perspectiva para 2016 é de otimismo

Imune à crisee com bons resultados

histórica, em 2010, o que se deve à conti-

nuidade do quadro de deterioração do País,

com a aceleração da inflação, o enfraqueci-

mento da atividade econômica e o aumen-

to da incerteza política, segundo a entidade.

Perspectivas para 2016De acordo com a economista da CNC,

Marianne Hanson, a situação não mudará

muito este ano. “Como exemplo, temos a

questão do desemprego. Apesar dos índi-

ces não serem tão ruins quanto do ano pas-

sado, ainda será negativo. Com isso, o po-

der de compras do consumidor continuará

sendo afetado”, afirma.

Marianne acrescenta que o cenário será

de incertezas, e a população pensará duas

vezes antes de fazer dívidas. “O crédito

mais caro e o câmbio, afetando a inflação

e o preço dos produtos importados, fazem

com que o cliente aja com mais cautela na

hora de comprar e pagar seus produtos de

forma parcelada”, destaca a economista.

39Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 40: Edição janeiro/fevereiro 2016

OPORTUNIDADES RISCOS

capa

Até a metade de 2016, o País passará por

ajustes e, em curto e médio prazo, a situação

não será muito diferente de 2015. “Os em-

presários, de maneira geral, precisarão ficar

atentos a esses aspectos para não saírem

no prejuízo. Será preciso um olhar especial

ao estoque e acompanhar as tendências do

novo consumidor”, alerta Marianne.

O gerente de Economia da Federação

do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomér-

cio), Christian Travassos, destaca que o vo-

lume de vendas estava crescendo, em mé-

dia, 15% ao ano, mas que, no ano passado,

houve uma queda. E dados do IBGE afir-

mam que o comércio encolheu suas ven-

das em 10% em todo o País, em 2015. “Este

ainda será um ano de poucas vendas. Será

preciso precaução e não terá muito para onde escapar. O tempo

é fundamental para que tudo se estabeleça e, aos poucos, volte à

normalidade”, completa Travassos.

Setor farmacêutico longe da criseSe, por um lado, o comércio como um todo teve resultados nega-

tivos, por outro, dois setores ficaram estáveis: farmacêutico e tecnolo-

gia. Na maioria dos casos, isso acontece porque as pessoas precisam

dos medicamentos para dar continuidade ao tratamento. Enquanto o

comércio em geral recuou em vendas de agosto de 2014 a agosto de

2015, em - 5,2%, o setor farmacêutico, nesse mesmo período, apre-

sentou um crescimento no volume de vendas de 5,6%. “Farmácias e

drogarias vão na contramão da realidade do restante do comércio, pois

é um segmento essencial para a saúde da população”, destaca Travassos.

O setor de informática também tem desempenho positivo,

com crescimento de 4,7% em 2015. “Nos últimos meses, o mix

de consumo acompanhou o cenário econômico e o consumidor

Medicamentos: produtos de primeira necessidade. Mercado de HPC.

Segmento cresce mais que outros, apesar da crise.

Fidelização com serviços.

Logística reversa de medicamentos;Relacionamento com o cliente.

40 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 41: Edição janeiro/fevereiro 2016

OPORTUNIDADES RISCOSAumento da carga tributária.

Aprovação da Lei do Idoso, que obriga a concessão de descontos para maiores de 60 anos.

capa

Queda nos descontos.

Desabastecimento;Falta de produtos por

causa do dólar alto.Juros elevados;Dificuldade de financiamento.

passou a priorizar as compras relacionadas às novas tecnologias,

por exemplo. Ele deixa de comprar carros, móveis e eletrodomés-

ticos e passa a adquirir itens de informática, entre eles smartphone,

tablet e laptop”, é o que afirma o especialista da Fecomércio.

A título de comparação, o setor de livros, jornais e revistas teve

queda de 9,3%, e o de veículos e motos, recuou 12,9%.

Dados divulgados pela Federação Brasileira das Redes Associa-

tivistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) também confir-

mam o distanciamento do segmento com os efeitos negativos da

crise. Os associados da entidade tiveram um crescimento superior

em vendas, se comparado ao restante do mercado. Entre agosto de

2014 e setembro de 2015, o crescimento das redes associativistas

foi de 14,4%, em unidades, englobando medicamentos isentos de

prescrição (MIPs), com prescrição e não medicamentos. Enquanto

o restante do mercado cresceu 9,7%.

Os MIPs, em unidades, apresentaram o maior crescimento, tanto

na Febrafar como no restante do mercado, 15% e 12,9%, respecti-

vamente. Já os medicamentos com prescri-

ção médica cresceram 14,4% pela Febrafar e

11,9% pelo mercado. Os não medicamentos,

por sua vez, tiveram crescimento de 13,3%

e 3,4%, respectivamente.

O market share, participação de mer-

cado, da Febrafar também foi positivo e se

manteve em crescimento em 2015. Em ju-

lho, foi de 9,06%; em agosto, 9,17%; e se-

tembro, 9,21%. Nesse mesmo período, o

volume de vendas foi de R$ 8,4; 8,5; e 8,6

bilhões, aproximadamente.

Mais crescimento para o setor“O setor farmacêutico está conseguin-

do sobreviver à situação negativa que o País

vive e não será diferente nos próximos me-

41Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 42: Edição janeiro/fevereiro 2016

capa

Mais exigentee seletivo nahora da compra.

Em buscade economia.

Conectado às empresaspelas redes sociais.

Em busca de referênciaspelo boca a boca e naconversa com família,parentes e amigos.

Opta pelo atendimentodiferenciado e escolhe

o que mais lhe agrada.

Cinco tendências donovo consumidor

FREE

PIK

ses. O mercado tende a continuar crescen-

do. Essa crise não é nossa”, sentencia o pre-

sidente da Febrafar, Edison Tamascia.

O presidente executivo da Associação

Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias

(Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, espera para

este ano um avanço tímido no processo de

recuperação da macroeconomia, o que exi-

girá cautela, mas acredita em bons negócios

para o varejo farmacêutico. “Será um período

para se revisar despesas e margens de lucro.

Porém, a expectativa para o setor farmacêu-

tico é a melhor possível e com a manutenção

da curva de crescimento”, destaca.

Para o diretor da Associação Brasileira de

Distribuição e Logística de Produtos Farma-

cêuticos (Abradilan), Geraldo Monteiro, é pre-

ciso ter um olhar positivo e continuar criando

estratégias para que os números permaneçam saudáveis. “Temos a

vantagem de trabalhar com produtos de primeira necessidade, redu-

zindo o impacto da crise em nosso segmento. Porém, é preciso sem-

pre olhar em volta, entender para onde caminha o setor e acompanhar

as novas tendências, tanto do consumidor como do próprio negó-

cio. Assim, continuaremos com os ótimos resultados”, diz Monteiro.

Em 2016, saia na frentePara manter esse cenário de bons resultados e continuar ala-

vancando as vendas, os empresários precisam criar estratégias que

os impeçam de sair da linha de crescimento, destaca o presiden-

te do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos

no Estado de São Paulo (Sincofarma/SP), Natanael Aguiar Costa.

Ele explica que o varejo farmacêutico, principalmente o de pe-

queno porte, precisa começar a criar planos, ter iniciativas e se moti-

var para enfrentar o que está a sua volta. “As grandes empresas já fa-

zem isso e conseguem se destacar, mas o pequeno precisa começar

a ter esse olhar e traçar estratégias para não ficar para trás”, afirma.

42 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 43: Edição janeiro/fevereiro 2016

capa

Crescimento de mercado das redes associadas à Febrafar (ago/2014 e ago/2015)

+15%

Medicamentosisentos de prescrição

+14,4%

Medicamentoscom prescrição

+13,3%

Não medicamentos

FONTE: FEBRAFAR

Setor farmacêutico

+5,6%

Informática

+4,7%

-12,9%

Veículos e motos

-9,3%

Livros, jornais,revistas e papelaria

-8,2%

Móveis eeletrodomésticos

-4,3%

Tecidos,vestuário

e calçados

-3,8%

Material deconstrução

Indicadores do volume de vendas do comércio varejista entre agosto de 2014 e agosto de 2015.

Setor farmacêutico se destaca.

FONTE: IBGE

FREE

PIK

Natanael concorda que hábitos e ações simples ajudam a fi-

delizar o consumidor, mesmo em tempos difíceis. “É fundamen-

tal criar o hábito de falar o nome do cliente, oferecer um atendi-

mento diferenciado, buscar alternativas de fidelização, apresentar

descontos diferenciados, ter uma equipe bem treinada e fazer pro-

moções”, pontua.

Ainda segundo ele, são essenciais a coragem e a vontade de ar-

riscar. “Costumo dizer que crise é um bom momento para se aven-

turar. Quem não faz isso não consegue sair

do lugar. Por que não investir positivamente

nos negócios e melhorar a loja, deixando-a

mais bonita? Tudo isso chamará a atenção

dos clientes, e o lucro será consequência”,

frisa o presidente do Sincofarma/SP.

Os empresários do setor precisam es-

tar atentos também ao avanço das tecno-

logias e acompanhar as novas tendências

de consumo, como as compras online e o

relacionamento por meio das redes sociais.

Outro ponto importante é a priorização do

cliente, reconhecendo-o e cativando-o em

datas importantes, como no mês de ani-

versário, por meio de ações promocionais.

Outra dica importante é procurar manter as

contas em dia para evitar o endividamen-

to e evitar as linhas de crédito, já que os ju-

ros estão nas alturas. Com isso, o ano tem

tudo para ser promissor.

43Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 44: Edição janeiro/fevereiro 2016

nosso negócio

O Programa 5SD

IVU

LGAÇ

ÃO

Fernanda [email protected]

Farmacêutica, empresária e diretora da Ascoferj

Veja como ele pode beneficiar sua empresa,criando um ambiente de trabalho mais saudável

HHousekeeping, que significa “arrumar a

casa”, é uma ferramenta utilizada pelas empre-

sas para garantir um ambiente mais agradável,

limpo, organizado, sem desperdícios e produ-

tivo. Tem também a finalidade de assegurar a

implantação da qualidade e da produtivida-

de nos serviços prestados, bem como a me-

lhoria na qualidade de vida dos funcionários.

Essa ferramenta é uma versão ociden-

tal do Programa 5S, consolidado no Japão

na década de 1960, quando se notou que

as fábricas japonesas eram muito sujas e

desorganizadas. Alguns autores citam que

o programa foi sistematizado por Kaoru

Ishikawa, engenheiro químico japonês, no

período pós-guerra.

O Programa 5S objetiva uma mudança

comportamental na organização, por meio

de uma metodologia educacional e consen-

sual, diferente do housekeeping, que é volta-

do para os resultados práticos da empresa,

visando às melhorias no ambiente por de-

terminação de padrões e cultura.

A denominação 5S é devido às cinco

atividades iniciadas pela letra “S” em japo-

nês, que são:

1. Seiri (Sorting): Senso de utilização, se-

leção e organização. Trata da escolha corre-

ta de ferramentas e materiais para estarem

presentes no ambiente de trabalho;

2. Seiton (Systematizing): Senso de or-

denação e classificação. Dá foco à neces-

sidade de manutenção de um ambiente de trabalho organizado;

3. Seiso (Sweeping): Senso de limpeza. Fala sobre manter o

ambiente de trabalho limpo;

4. Seiketsu (Sanitizing): Senso de saúde ou melhoria contí nua.

Trata das ações que visam à manutenção e melhoria da saúde do

trabalhador e das condições sanitárias do ambiente de trabalho.

Como melhoria contínua, aplica-se o princípio do kaizen, melho-

ria e padronização de processos;

5. Shitsuke (Self-disciplinning): Senso de autodisciplina. É im-

portante que seu desenvolvimento seja resultante do exercício da

disciplina inteligente, que é a demonstração de respeito a si próprio

e aos outros. Para satisfazer esse estágio, é necessário ter atendi-

do bem aos quatro princípios anteriores. Trata da revisão e manu-

tenção dos padrões.

Como principais benefícios do programa, podemos destacar:

• Valorização da qualidade de vida;

• Desenvolvimento da responsabilidade pessoal e do grupo;

• Aumento da autoestima por meio da autoaceitação e da acei-

tação do próximo;

• Comunicação interpessoal mais assertiva;

• Maior incentivo ao trabalho em grupo;

• Consciência e valorização em relação à preservação do meio

ambiente;

• Manutenção de um ambiente de trabalho mais limpo e or-

ganizado, com melhor uso e conservação da infraestrutura;

• Redução de retrabalho, melhor produtividade;

• Desenvolvimento de liderança por meio da atuação em posições

democráticas e receptivas em negociações dentro do processo;

• Desenvolvimento de autodisciplina, para que tudo o que foi

aprendido e implantado possa ter continuidade.

Com esses benefícios, a empresa se transforma em um ambien-

te mais saudável para os colaboradores, clientes e fornecedores.

44 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 45: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 46: Edição janeiro/fevereiro 2016

profissão

O

Farmacêutico é peça-chave para indústrias do setor

Empresas desenvolvem iniciativas que auxiliam no trabalho do profissional no ponto de venda

O farmacêutico que atua nas farmácias

e drogarias do País exerce um papel funda-

mental nos cuidados com a saúde da popu-

lação. Não é à toa que sua presença é obri-

gatória nesses estabelecimentos. É ele o

profissional de saúde mais próximo ao pa-

ciente, que auxilia e orienta sobre os medi-

camentos, ajuda na melhor maneira de se-

guir um determinado tratamento e colabora

na redução de riscos durante o uso de dife-

rentes remédios. Por isso, cada vez mais, a

indústria farmacêutica tem depositado total

confiança nesse profissional. A função dele

dentro da farmácia é uma extensão do tra-

balho que as indústrias farmacêuticas rea-

lizam quando produzem medicamentos.

A diretora Comercial da Sandoz, Erica

Sambrano, comenta que o farmacêutico

agrega em suas atribuições o conhecimento

dos medicamentos e das terapias, e a sua

responsabilidade é garantir que eles sejam

utilizados de forma correta. “Reconhece-

mos que o farmacêutico tem esse papel.

E, por isso, é nosso dever, como indústria,

investir na educação dele, munindo-o de

informações que garantam a realização de

um atendimento seguro e eficaz junto ao

paciente que chega à farmácia”, diz Erica. SHU

TTER

STO

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46 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 47: Edição janeiro/fevereiro 2016

profissão

A Sandoz possui diferentes ações com foco no farmacêutico.

“Realizamos treinamentos presenciais e pela internet com o in-

tuito de mantê-lo atualizado, sem dúvidas e capacitados para o

atendimento ao consumidor final. Também oferecemos cursos

de extensão em Farmácia em parceria com a Universidade Esta-

dual de Londrina. E temos publicações orientando sobre atendi-

mento, exigências legais e a correta dispensação de medicamen-

tos”, enumera.

Outra iniciativa destacada pela diretora é o projeto Caravana

Sandoz, que tem a proposta de percorrer vários pontos do Brasil

levando novos conhecimentos às farmácias independentes por

meio de treinamentos. “A ideia desse projeto é qualificar também

balconistas, farmacistas e gestores”, acrescenta.

Impacto nas contas públicasSegundo o diretor de Primary Cary da GlaxoSmithKline (GSK),

Isaac Jarlicht, o maior desafio para a indústria farmacêutica é fazer

com que o paciente tome a medicação no período indicado pelo

médico, especialmente aqueles de uso contínuo. “Existem algumas

doenças em que os sintomas acabam desaparecendo logo após o

início do tratamento, e o paciente entende que está curado, mas

não está. O papel do farmacêutico é exatamente o de contribuir

para a continuidade desse tratamento”, afirma.

A GSK promove capacitação para a classe farmacêutica em al-

gumas redes de farmácia com foco em produtos e doenças. “Con-

sideramos de extrema importância aprofundar os conhecimentos

de determinadas enfermidades e seus respectivos tratamentos

para que os farmacêuticos estejam aptos para o excelente atendi-

mento ao cliente final”, defende.

O papel do farmacêutico que atua em farmácias e drogarias

extrapola os muros do estabelecimento e chega à esfera públi-

ca, pois o seu trabalho permite a redução dos gastos do governo

com o sistema público de saúde. O paciente passa a não buscar

inúmeras vezes pelas unidades de atendimento porque faz uma

boa gestão do medicamento com a orientação do farmacêutico

e, consequentemente, consegue dar continuidade ao tratamento.

“Ele é capaz de fornecer o melhor acompanhamento farmaco-

terapêutico e indicar alternativas mais acessíveis ao bolso e com a

mesma qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos pres-

critos pelo médico, como é o caso dos genéricos. E ainda incenti-

va a adesão ao tratamento até a cura”, diz o diretor Comercial da

Unidade de Genéricos da EMS, Aramis Domont.

Para ele, um dos papéis da indústria é

o de tornar pública a função desse profis-

sional por meio de ações que tornem o far-

macêutico uma referência dentro da farmá-

cia. “Para isso, precisamos capacitá-lo. Uma

de nossas iniciativas é o Academis, proje-

to de consultoria e capacitação presen-

cial, que também é voltado para gestores

e proprietários de drogarias. A iniciativa já

qualificou mais de 54 mil participantes em

todo o Brasil”.

Damont ressalta outra ação da EMS, o

Programa Onda Azul, que acompanha de

perto a rotina nos pontos de vendas. “O

nosso objetivo é entender as necessida-

des dos clientes para que possamos ofere-

cer soluções que auxiliem os farmacêuticos

nos desafios diários”, garante.

A EMS também patrocina, desde o início

de 2015, o aplicativo Kairos EMS, voltado

ao público farmacêutico com informações

sobre os medicamentos comercializados no

Brasil, oferecendo cursos online.

Consideramos de extrema importância

aprofundar os conhecimentos

de determinadas enfermidades e seus

respectivos tratamentos para que os farmacêuticos

estejam aptos para o excelente atendimento

ao cliente final.

Isaac JarlichtDiretor de Primary Cary

da GlaxoSmithKline (GSK)

47Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 48: Edição janeiro/fevereiro 2016

ponto de vista

É isso que queremos?Farmácias independentes devem avaliar o mercado e definir o melhor modelo de negócio para elas

AA discussão do momento refere-se ao

novo modelo de negócios e à abertura e fle-

xibilização da comercialização de diversas

mercadorias nas farmácias e drogarias. Essa

conversa vem se desenrolando nos bastido-

res políticos e empresariais a reboque das

grandes redes de varejo farmacêutico e da

Abrafarma. É evidente que, para as gran-

des, a vantagem de criar e desenvolver um

novo modelo de negócios e abrir o mercado

representa um aumento de faturamento e

uma oportunidade de diversificação, além

de espremer os empresários independen-

tes para uma porta sem saída.

Para as farmácias independentes, re-

presenta a marcha para o abismo. Por quê?

Vamos analisar a posição das maiores redes

sob o aspecto tecnológico, ou seja, maior e

completa automação e informatização per-

mitem conhecer melhor o cliente, o esto-

que, a comercialização, a logística e a gestão.

Representam maior profissionalização da

equipe, maior valorização dos funcionários

e maior credibilidade junto a fornecedores.

As grandes redes estão bem localiza-

das, têm lojas mais amplas e layoutização

diferenciada. Recorrem inúmeras vezes à

consultoria especializada, bem como aos

estudos e pesquisas desenvolvidos por

empresas de grande porte e pelas próprias

indústrias farmacêuticas e de cosméticos,

usufruindo, nesse caso, as melhores técni-

cas de exposição e rentabilidade de mercadorias. Elas têm capa-

cidade financeira para rapidamente fazer mudanças e investir em

treinamento e adequação de mobiliário. Têm poder de barganha

e força publicitária. Negociam diretamente com as maiores com-

panhias farmacêuticas. Podem investir na marca, negociar preço

mais competitivo e mudar o conceito e o modelo de negócios de

farmácia e drogaria. Portanto, podem determinar as regras do jogo.

Em relação aos menores, quais os recursos disponíveis para

fazer frente à nova forma de trabalhar? Terão recursos suficientes

para comprar medicamentos, HPC e ainda novos itens? Dispõem

de espaço suficiente e pessoal qualificado para a prática da aten-

ção e assistência farmacêutica em sua plenitude?

O grande problema está no modelo de negócio que os empre-

sários das grandes corporações, de um lado, e os órgãos de regula-

ção, de outro, pretendem desenvolver. A regulação, cada vez mais

intensa, obriga a uma rigidez de atuação fortemente relacionada

à assistência farmacêutica e aos processos de saúde, afinal a far-

mácia é um estabelecimento de saúde, assim considerado por lei,

o que é frontalmente contestado pelo novo discurso, mais abran-

gente e empresarial.

As independentes ficam ao sabor do vento e, muitas vezes,

aderem ao discurso das grandes redes, acreditando que a saída

para aperfeiçoar os negócios é, de fato, a diversificação. Essa ar-

madilha deve ser combatida e discutida nos sindicatos e associa-

ções, de forma a buscar um modelo de consenso.

Somente aqueles independentes altamente capitalizados ou

reunidos em modelos de cooperação, com parcerias fortes, po-

dem atender ao que está surgindo no mercado. Acredito ser hora

de o empresariado independente, força que representa 70% do

setor, ter a ousadia e o discernimento necessários para avaliar essa

questão de forma mais técnica e pensar qual é melhor modelo de

negócio para o seu caso.

Mauro [email protected]

Professor e consultor da FGV

DIV

ULG

AÇÃO

48 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 49: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 50: Edição janeiro/fevereiro 2016

consultora farmacêutica

Novos desafios da profissãoÉ preciso assumir as responsabilidades de orientar, educar e promover a saúde das pessoas

OOs novos desafios para valorização do farmacêutico come-

çam pelo entendimento de que é preciso reconhecer o momento

pelo qual a profissão atravessa e aceitar as profundas transforma-

ções que as últimas resoluções estabeleceram, contribuindo para

abalar a identidade desse profissional. Atualmente, não é tão fácil

reconhecer quem é o farmacêutico, pois a imagem do profissio-

nal que pesquisa, desenvolve, manipula e dispensa medicamen-

tos ficou defasada.

Ser reconhecido apenas como “o profissional do medicamen-

to” já não cabe mais. É primordial assumir as responsabilidades de

orientar, educar e promover a saúde das pessoas. A atuação clíni-

ca do farmacêutico vai além do âmbito hospitalar e chega às far-

mácias comunitárias, onde, por meio da consulta farmacêutica, o

profissional tem a oportunidade de identificar possíveis problemas

relacionados aos medicamentos, bem como orientar e indicar pro-

dutos e serviços de saúde na intenção de garantir a efetividade dos

tratamentos e a qualidade da atenção farmacêutica. Dessa forma,

o farmacêutico coloca em prática o lado humanístico da profissão,

com foco na atenção primária e com atitudes que requerem uma

maior autonomia e conhecimentos suficientes para tomar impor-

tantes decisões, que cabem ao profissional de saúde, com total

responsabilidade sobre seus pacientes.

Assim, fica fácil entender que a atenção farmacêutica é uma

arma poderosa para transformar e melhorar a qualidade da saú-

de das pessoas, resultando em benefícios, entre eles, atendimen-

to personalizado, melhor controle das doenças e facilidade para

seguir o plano de cuidados planejado.

Para a farmácia, além de aumentar o fluxo de pessoas, esse

atendimento diferenciado pode proporcionar maior fidelização

e retenção de clientes, mostrando-se como o grande diferencial

diante da concorrência e, principalmente, o reflexo de um modelo

de gestão sustentável e inspirador. Essa farmácia não é necessa-

riamente a que mais fatura, porém tem uma performance de qua-

lidade, que serve como referencial de boas

práticas e funciona como base para um pos-

sível processo de expansão.

Talvez, nas capitais e nos grandes cen-

tros, ainda não esteja tão claro o quanto a

farmácia pode contribuir para a saúde da

população, mas, quando pensamos em

locais mais distantes, onde o cuidado em

saúde é um privilégio de poucos, percebe-

mos o quanto o serviço de um farmacêuti-

co pode fazer a diferença para as pessoas,

evidenciando a importância da farmácia co-

munitária como local de saúde.

Falta ainda identificar o modelo ideal a

ser implantado pelos diversos estabeleci-

mentos, tendo em vista a grande dimensão

do nosso território e as diferenças econô-

micas e culturais de cada região. Entender

as peculiaridades locais, os desafios e as

oportunidades de acordo com o perfil do

consumidor e das comorbidades mais pre-

sentes deve ser prioridade para o sucesso

da clínica farmacêutica no estabelecimento.

Talvez seja necessário desconstruir o

modelo que, nos últimos tempos, tentamos

copiar ou adaptar de farmácias estrangeiras.

Somente depois de um profundo estudo,

será possível elaborarmos um modelo de

farmácia e de atendimento farmacêutico que

contemple todos os requisitos necessários,

de forma a garantir a eficiência e a qualida-

de das farmácias e do trabalho dos farma-

cêuticos em prol da saúde da população.

HU

MBE

RTO

TES

KI

Ana Lucia [email protected]

Farmacêutica, gerontólogae especialista em atenção

farmacêutica.

50 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 51: Edição janeiro/fevereiro 2016
Page 52: Edição janeiro/fevereiro 2016

planejamento financeiro

P

Bom para o bolso e para a saúdeEspecialista orienta sobre a melhor maneira de dar o pontapé inicial e se organizar financeiramente

Planejamento financeiro, como o pró-

prio nome já diz, serve para organizar todas

as receitas e despesas, tanto aquelas que já

passaram como as que estão por vir, para

que se tenha um controle rigoroso sobre as

finanças. Assim, evitam-se as compras por

impulso que possam resultar em endivida-

mentos inesperados.

Organizar o dinheiro vai muito além da

contribuição para o sucesso material, pois

ele permite um bom desenvolvimento no

campo profissional e pessoal. Pesquisas

mostram que pessoas com problemas fi-

nanceiros tendem a ser menos produtivas

e têm mais problemas de saúde. Um estu-

do da Northwestern Mutual, de 2014, pesqui-

sa que explora dados sobre planejamento

financeiro nos Estados Unidos, identificou

que quanto mais disciplina a pessoa tem no

campo financeiro, mais segura ela estará, o

que é um ponto a favor para o alcance das

metas pessoais e profissionais.

Outra pesquisa, dessa vez da Price Water

House Coopers (PWC), de 2013, sobre a

relação dos indivíduos com o dinheiro, re-

vela que 23% dos funcionários dedicam

algum tempo durante o expediente pen-

sando sobre os problemas financeiros, o

que diminui a produtividade no trabalho,

comprometendo assim a vida profissional.

Além disso, estudos da Personal Finance

Employee Education Foundation (PFEEF), de 2012, mostram que

29% das pessoas que têm problemas financeiros sofrem de an-

siedade aguda e 23% têm depressão profunda.

Diante desses dados, surge um questionamento: mesmo com

o País em crise, é possível o empresário se organizar e começar um

planejamento financeiro eficaz, de forma que conquiste estabili-

dade em longo prazo? “É perfeitamente possível, mas, para isso,

primeiramente, é fundamental começar a evitar gastos desneces-

sários e dar início a uma reserva financeira”, afirma o diretor Execu-

tivo da GSM Financial, Guido Mello.

A primeira lição é que sempre deve existir no orçamento uma

reserva para ser poupada. Se 100% da renda estiver comprometi-

da, é hora de ligar o alerta vermelho e pensar em maneiras de mu-

dar a situação. Caso contrário, não será possível garantir a tão so-

nhada estabilidade daqui a alguns anos.

O controle das despesas é fundamental. Por isso, Mello suge-

re registrar, semanalmente em uma planilha, gastos diários, des-

pesas futuras, valor do salário e possíveis rendimentos extras, uma

forma de chegar ao fim do mês no azul. É aconselhável também

guardar os registros das compras efetuadas, pesquisar o melhor in-

vestimento para aquele dinheiro que está parado no banco, com-

parar os preços antes de comprar os produtos, adquirir somente

o que for necessário, pagar à vista quando existir vantagem e usar

cartão de crédito em último caso.

De acordo com Guido Mello, para assegurar um bom padrão

de vida e uma boa aposentadoria é preciso iniciar o planejamen-

to financeiro bem cedo. “Costumo dizer que envelhecer é obriga-

tório, mas continuar trabalhando é opcional. Quanto mais cedo a

pessoa iniciar o processo da aposentadoria, mais tempo terá para

contribuir e, logo, o investimento mensal será menor, o que já é

um facilitador para os dias atuais”, explica.

52 Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 53: Edição janeiro/fevereiro 2016

-

-

planejamento financeiro

Cinco opções de investimento para uma aposentadoria tranquila

Os planos individuais Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) são boas

opções para quem tem menos de 30 anos, pois nessa faixa etária é possível fazer aportes menores e construir

uma boa reserva. Mas nada impede que maiores de 30 façam a adesão. Ao contratar o plano, é preciso obser-

var se as taxas cobradas não consomem boa parte dos rendimentos.

São entidades fechadas de previdência, organizadas por empresas ou grupos de empresas, com o objetivo de

realizar investimentos para garantir uma complementação da aposentadoria aos empregados que aderirem ao

plano. O dinheiro investido forma um patrimônio que é aplicado em imóveis, ações e renda fixa, dentro de limi-

tes estabelecidos pelo Banco Central. Quando o empregado se aposenta, passa a receber o benefício mensal-

mente. Se sair da empresa, tem direito de retirar a parte que contribuiu.

Investir em renda variável em longo prazo pode garantir rendimentos mais robustos no futuro, apesar dos riscos

implicados. Nessa categoria, dois mercados são indicados: ações de empresas e fundos imobiliários. Quem não

tem familiaridade com o mercado de capitais pode apostar em empresas que costumam oscilar menos na Bolsa

de Valores. Quando se trata de criar um patrimônio, é preciso levar em conta também o pagamento dos dividen-

dos e a parte do lucro da empresa distribuída entre os acionistas.

É quando você aplica seu dinheiro em um conjunto de investimentos. É o gestor do fundo quem escolhe as aplicações

possíveis de serem feitas, acompanhando o resultado. Todo fundo tem um regulamento e uma política de investimen-

to que estabelece os limites que o gestor deve obedecer, determinando onde pode ou não investir o dinheiro dos cotis-

tas. Algumas das aplicações disponíveis são: ações, CDBs (títulos de crédito emitidos por bancos), títulos públicos, deri-

vativos, debêntures, entre outros.

Os Papéis do Tesouro Direto atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são apon-

tados como alternativa de investimento com bons rendimentos em longo prazo. É o caso das No-

tas do Tesouro Nacional, série B (NTN-B), com títulos que vencem até 2045. Eles remuneram a

variação da inflação no período, mais uma taxa fixa de juros, combinada no momento da com-

pra dos papéis. A liquidez também é alta, significando que o capital pode ser resgatado a qualquer

momento. A maior vantagem desses títulos é que eles não cobram taxa de administração.

Previdência privada aberta

Fundos de pensão coletivos

Renda variável (ações e fundos imobiliários)

Carteira de investimento

Papéis de longo prazo do Tesouro Nacional

FONTE: ECONOMIA.IG

FREE

PIK

53Revista da Farmácia · Janeiro-Fevereiro 2016

Page 54: Edição janeiro/fevereiro 2016

planejamento financeiro

Nesse caso, é preciso pensar em um

horizonte de investimento de, pelo menos,

30 anos. Importante lembrar que o Insti-

tuto Nacional do Seguro Social (INSS) tem

o teto mensal de pouco mais de R$ 4 mil.

Então, os empresários com rendimentos

bem acima disso não podem contar ape-

nas com a aposentadoria do INSS. É pre-

ciso ter uma renda extra. Existem diversos

planos de previdência privada que possibi-

litam estipular o valor complementar que

desejam no futuro. Dependendo do plano

de previdência privada, o empresário con-

segue abater até 12% do Imposto de Ren-

da. “Indiscutivelmente, um bom plano re-

sulta em uma aposentadoria tranquila e com excelente padrão de

vida”, reforço Mello.

Apps que facilitam o controleCom os aplicativos desenvolvidos para celulares ficou mais fá-

cil se organizar financeiramente. São muitas as opções. Para Jorge

Luiz Binow, sócio e diretor da Easyme Tecnologia e Inovação, cria-

dora do aplicativo Meu Dinheiro, ter organização financeira é fun-

damental para o sucesso de qualquer pessoa. “Pensando exata-

mente naqueles que buscam fazer um planejamento financeiro de

maneira prática, desenvolvemos o aplicativo Meu Dinheiro. Além da

facilidade, o sistema pode ser usado em qualquer lugar, bastando

apenas estar conectado à internet”, afirma.

Por meio do aplicativo, é possível cadastrar todas as contas a

serem pagas, sejam elas fixas ou eventuais, definir e acompanhar

metas de orçamento, importar extratos bancários, receber avisos

de vencimentos das próprias contas por e-mail, entre outros re-

cursos. “Para usufruir essas vantagens, é preciso fazer um cadastro

simples, utilizando um e-mail e criando uma senha de acesso. A

partir daí, o cliente tem a opção de utilizar uma versão inteiramen-

te gratuita ou experimentar as versões pagas”, detalha.

Ainda segundo ele, o Meu Dinheiro pode ser usado por qualquer

pessoa e de qualquer idade, já que seu manuseio é muito simples.

“Dessa maneira, uma família inteira pode participar da administra-

ção das finanças, o que é um bom mecanismo de educação finan-

ceira para os filhos”, frisa Binow.

O Easyme conta com mais de 100 mil usuários cadastrados, e

o aplicativo Meu Dinheiro, lançado no fim de 2011, tem mais de cin-

co mil pessoas conectadas. “Elas podem ficar tranquilas quanto à

segurança das informações inseridas. As mesmas trafegam cripto-

grafadas, evitando que esses dados possam ser lidos mesmo que

sejam interceptados por outra pessoa”, acrescenta.

Diversos outros aplicativos estão disponíveis para serem baixa-

dos, cumprindo o papel de ajudar no controle dos gastos, organizar

as economias e dar dicas de como poupar dinheiro. Por exemplo,

o Jimbo Mobile, em que o usuário anota todos os gastos nomean-

do cada um e inserindo a data, a forma de pagamento e o valor;

o Finanças Pessoais, que permite que o usuário faça várias contas,

gerenciando-as; o Minhas Economias, em que os usuários conse-

guem fazer orçamentos, evitando o desperdício; e o Gestor Finan-

ceiro, que mostra, por meio de um gráfico, que tipo de gasto con-

some mais o dinheiro da pessoa.

Entenda as regras da nova aposentadoriaA nova regra de cálculo das aposentadorias por tem-

po de contribuição foi estabelecida pela Lei 13.183 já

está em vigor. Agora, o cálculo levará em consideração

o número de pontos alcançados somando a idade e o

tempo de contribuição do segurado – a chamada Regra

85/95 Progressiva. Além da soma dos pontos é neces-

sário também cumprir a carência, que corresponde ao

quantitativo mínimo de 180 meses de contribuição para

as aposentadorias. Alcançados os pontos necessários,

será possível receber o benefício integral, sem aplicar

o fator previdenciário. A progressividade ajusta os pon-

tos necessários para obter a aposentadoria de acordo

com a expectativa de sobrevida dos brasileiros. Até 30

de dezembro de 2018, para se aposentar por tempo de

contribuição, sem incidência do fator, o segurado terá de

somar 85 pontos, se mulher, e 95 pontos, se homem.

A partir de 31 de dezembro de 2018, para afastar o uso

do fator previdenciário, a soma da idade e do tempo

de contribuição terá de ser 86, se mulher, e 96, se ho-

mem. A lei limita esse escalonamento até 2026, quan-

do a soma para as mulheres deverá ser de 90 pontos

e, para os homens, 100. Mais detalhes no site da Previ-

dência Social: www.previdencia.gov.br.

FONTE: PREVIDÊNCIA SOCIAL

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