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Edição nº 43 - Novembro 2010 - FPO · longa Inverno adentro até ao final da Primavera. ... esta estratégia de internacionalização que hoje já se v ... No tocante ao resto

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II ORIENTAÇÃO em REVISTA EDITORIAL

PROPRIEDADE: Federação Portuguesa de Orientação I DIRECTOR: Alexandre Guedes da Silva I REDACÇÃO: Joaquim Margarido I REDACÇÃO, ADMINIS-TRAÇÃO E PUBLICIDADE: Rua José Valentim Mangens, lote 3 r/c A. 2640-498 MAFRA - Tel. / Fax: 261819171 - [email protected] - www.fpo.pt I ENDEREÇOPOSTAL: Federação Portuguesa de Orientação - “ORIENTAÇÃO em revista” - EC Mafra – Apartado 2 – 2641-909 MAFRA I PAGINAÇÃO E MONTAGEM:REVISTA ATLETISMO - António Manuel Fernandes - Olinka Nájera Cisneros Sampaio I IMPRESSÃO: RBM – Artes Gráficas, Lda. Alto da Bela Vista, 68, Pav.8- r/c. 2735 CACÉM - Tel.: 214264611 I TIRAGEM - 5000 exemplares I DISTRIBUIÇÃO GRATUITA I Os artigos publicados e assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores e não traduzem necessariamente as opiniões da direcção da publicação.

VENHAM DE LÁ ESSES ORIENTISTAS !!!

Quando por essa Europa fora se aproximam do fimas épocas desportivas, nós temos o Verão de S.Martinho, muito sol, vinho novo, castanhas e uma flo-resta convidativa para oferecer a quem nos visita.

É a nossa época alta para a Orientação, que nas flo-restas da orla costeira e no montado alentejano se pro-longa Inverno adentro até ao final da Primavera.

Este é um elemento diferenciador que temos sabidoexpor positivamente no exterior e que em tempo decrise há que saber tirar o justo partido dele. O PortugalO’ Meeting tem sido um instrumento precioso paraesta estratégia de internacionalização que hoje já se vêcomplementada anualmente com mais oito eventosinternacionais nas três disciplinas.

A parceria Ibérica é outra ferramenta que temos deaproveitar em pleno, pois se Espanha está identificadacomo o Principal Mercado para a nossa oferta turísticatambém é verdade que os nossos eventos agradam deuma forma particular aos orientistas espanhóis.

Então que devemos fazer para nos tornarmos aindamais atractivos e consequentes?

Bastam só duas medidas: Criar condições e activi-dades mais atractivas para quem nos visita e captarpara a modalidade as devidas contrapartidas dariqueza económica gerada pelo fluxo de visitas origi-nadas pela Orientação.

Na primeira, é fundamental a coordenação da FPOe dos clubes nacionais com os seus congéneres inter-nacionais e para a segunda é imprescindível que aFPO e os Clubes se coordenem com os agenteseconómicos locais e com a Administração Central nosentido de, em conjunto, potenciarem as actividades –uns no papel de promotores/executores e os outros nopapel de beneficiários/financiadores.

Bem hajam com muita saúde e esperança,

Alexandre Guedes da SilvaPresidente da Federação Portuguesa de Orientação

Orientação em Revista (O.R.) – Eagora, senhor Presidente?

Alexandre Guedes da Silva (A.G.S.) –Agora… Bom, agora há muito trabalho.Conseguirmos materializar aquilo que são asnossas propostas só vai ser possível com muitoesforço e empenho de toda a Orientação, quenão apenas da Direcção da Federação. Não sepense que, sozinha, a Direcção vai fazer ummilagre, porque não vai. Consegue trabalhar,propor directivas, dirigir todas as energias queandam dispersas e criar condições para queaquilo que constitui a força da Orientaçãocumpra os desígnios que todos nós ansiamos.Mas isso será um trabalho de todos.

O.R. - A captação de novos prati-cantes tem sido, nos últimos tempos, ogrande "calcanhar de Aquiles" daOrientação. Que medidas preconizapara inverter esta tendência?

A.G.S. – Uma das medidas tem a ver com aatitude a ter na forma de receber quem nos visi-ta. Vamos mudar radicalmente a postura utiliza-da até aqui e criar condições para que as pes-soas que procuram a modalidade pelaprimeira vez consigam ter uma experiênciagratificante, que vá ao encontro das suasexpectativas e que crie nelas a necessidade devoltar. E voltar com amigos, com a família, compessoas com as quais desfrutem a naturezaem conjunto. A outra medida encerra umaaposta nas áreas onde pensamos conseguircaptar praticantes para a Orientação. Estou afalar do Desporto Escolar, dos estudantes doEnsino Básico e Secundário que praticamdesporto, dum sub-grupo importante que sãoos Escuteiros, das pessoas portadoras de defi-ciência. Aqui vamos ser mais agressivos, nobom sentido, e vamos dedicar a estas áreasuma particular atenção, criando condiçõespara que a modalidade se torne atractiva juntodessas populações.

O.R. - De que forma termos uma‘Vanessa Fernandes da Orientação’seria importante para mediatizar umpouco mais a modalidade?

A.G.S. – Dá sempre jeito a qualquer moda-lidade ter um atleta de excepção e, portanto,ele que apareça. Não é algo que seja umobjectivo mas sabemos que atletas ‘fora-de-série’ aparecem, só temos de agarrá-los, acari-nhá-los e saber ‘polir o diamante’. É óbvio quese tivéssemos uma ‘Vanessa Fernandes daOrientação’, teríamos hoje muito mais noto-riedade do que tem o Triatlo. Pelas suaspróprias características – e apesar de toda anotoriedade que tem – o Triatlo é um desportoextraordinariamente selectivo, ao contrário da

Orientação, que acolhe no seu seio todo o tipode praticantes. Com uma ‘VanessaFernandes’, se calhar triplicávamos aquilo queela potenciou no Triatlo.

O.R. - Das medidas a implementar,quais aquelas que são, no seu enten-der, uma prioridade?

A.G.S. – Há uma medida que é, claramente,uma prioridade absoluta e que tem a ver coma correcção daquilo que tem sido o reporte daOrientação junto das entidades públicas. Éuma necessidade que sentimos, a de mostraraos nossos parceiros a real dimensão damodalidade e que não está, de modo algum,reflectida nos números que temos apresenta-do ao longo destes últimos anos. Outro dosproblemas que vamos tentar resolver tem a vercom as propostas de financiamento daOrientação junto das várias entidades com asquais possamos estabelecer parcerias. Vamoster uma atitude extraordinariamente pro-activa,lançando a Orientação a concurso nos váriosprogramas de incentivos que se apresentem.

O.R. - Com um programa ambicio-so – quiçá inexequível na íntegra -,que objectivos gostaria de ver total-mente cumpridos no final do seumandato?

A.G.S. – São dois. A regularização daOrientação no panorama desportivo nacionalé aquele que seguramente irei cumprir. Nãopodemos continuar a ser um parente pobredo sistema desportivo nacional, quando narealidade não o somos. Temos andado avestir uma pele que não é a nossa. Somosuma modalidade que hoje atrai já, segura-mente, duas dezenas de milhar de prati-cantes e não nos mostramos com essadimensão. Associado a este, há um segundoobjectivo que consiste em chamar a atençãopara aquilo que a Orientação representa hojepara a economia nacional. Queremosdemonstrar o verdadeiro impacto da riquezaproduzida pela Orientação, não apenas pelonúmero de estrangeiros que nos visitamanualmente e que contribuem para as nos-sas receitas, mas também por aquilo que é oturismo interno e que é a movimentação doPaís de centenas ou milhares de pessoassemanalmente. Se mais não for, pelo menosestes dois objectivos faremos questão de vercumpridos. Que não se ignore mais aOrientação e que se passe a entender amodalidade com uma dimensão de quetodos nos possamos orgulhar. Não há razãonenhuma para que isso não aconteça.

ALEXANDRE GUEDES DA SILVA, NOVO PRESIDENTE DA FPO

TEXTO E FOTOS DE JOAQUIM MARGARIDO ORIENTAÇÃO em REVISTA III

“TEMOS ANDADO A VESTIR UMA PELE QUE NÃO É A NOSSA”

Encabeçou uma lista candi-data à Presidência daFederação Portuguesa deOrientação e apresentou-sea sufrágio sozinho. Mais doque a necessária legitimi-dade, os resultadoseleitorais trouxeram-lhe acerteza de que a grandemaioria dos orientistas por-tugueses está com ele.Sobre os ombros deAlexandre Guedes da Silvapesa agora a responsabili-dade de inverter uma certatendência recessiva e defazer da Orientação “oDesporto do Século XXI”. Etem dois anos para o fazer.

IV ORIENTAÇÃO em REVISTA TEXTO E FOTOS DE JOAQUIM MARGARIDO

XII MEETING DE ORIENTAÇÃO DO CENTRO

Dois anos volvidos sobre as emoções do Campeonato doMundo de Veteranos WMOC 2008, Leiria voltou a receberum grande evento internacional de Orientação Pedestre.Organizado pelo COC – Clube de Orientação do Centro,

o XII Meeting de Orientação do Centro atraiu perto de oito centenasde participantes de oito nacionalidades, para um evento pontuávelpara a Taça de Portugal 2009/2010 e para a Liga Espanhola 2010.

Mas houve mais: No âmbito do Meeting, teve ainda lugar a XVITaça dos Países Latinos e, em simultâneo, o XVIII CampeonatoIbérico, com esse muito apreciado Portugal – Espanha de desfechosempre imprevisível. Seis escalões de competição no primeirocaso, doze no segundo e um total de 65 atletas em representaçãode cinco selecções para 54 títulos em disputa, foram estes emtraços gerais os números destas duas particulares competições.

Uma vitória que fica para a históriaA Taça dos Países Latinos regressou a Portugal, depois de aqui ter estado nos idos de 2004, nas serranias do Alvão, pela

mão do Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos. Portugal, Espanha, Itália, Roménia e Uruguai dirimiram entre si os títulosem disputa, com o nosso País a arrecadar a “fatia de leão”, sucedendo ao ausente Brasil e inscrevendo pela vez primeira oseu nome no quadro de vencedores da prova. A competição arrancou no mapa de Pedrógão para uma prova de DistânciaMédia encerrando enormes desafios, tanto do ponto de vista físico como técnico. A familiaridade com este tipo de terrenosnão foi suficiente para vermos os nossos atletas levarem a melhor nos escalões de Elite, cabendo a Ionut Zinca (Roménia)e Ona Rafols (Espanha) os primeiros títulos do certame.

A tarde desse dia primeiro viu a Orientação mergulhar no coração dacidade do Lis, para um espectacular Sprint urbano. Por entre as ruas epraças de Leiria, as coisas correram de feição às nossas cores e tanto DiogoMiguel como Raquel Costa acabaram por rectificar os resultados da manhã,sagrando-se Campeões Latinos de Sprint. No regresso ao Pedrógão, o últi-mo dia pôs à prova a resistência física dos competidores numa prova deDistância Longa rijamente disputada. Ionut Zinca voltou a vincar a suasupremacia, a ele se juntando Raquel Costa no lugar mais alto do pódio. Odestaque vai, todavia, para Joana Costa e Mariana Moreira, duas atletas por-tuguesas que, nos escalões de Cadetes Femininos e Juniores Femininos,respectivamente, fizeram o pleno de títulos latinos. Contas feitas, Portugal foium digno vencedor com um total de 85 pontos, contra os 70 da Roménia eos 57 da Espanha, que ocuparam os lugares imediatos.

Domínio também no Cam-peonato Ibérico

Disputado em simultâneo, o XVIII Campeo-nato Ibérico conheceu um domínio quase abso-luto da selecção das quinas. Com efeito,Portugal suplantou a Espanha em qualqueruma das três provas disputadas, alcançandoum total de 25 títulos ibéricos contra apenas 11

Com a temporada 2009/2010 de Orientação Pedestrea aproximar-se do fim, Leiria foi palco duma jornada tri-partida de altíssima intensidade. Disputados nas MatasNacionais do Pedrógão e no coração da cidade do Lis,os embates Ibérico e Latino tiveram um denominadorcomum no tocante ao vencedor: Portugal!

PORTUGAL ARRECADA TÍTULOS

da Espanha. Doze dos vinte e cinco títulos, ou seja,quase metade, ficaram nas mãos dos nossos quatrorepresentantes no escalão de Veteranos – JoaquimSousa, Susana Pontes, Armando Santos Sousa eLuísa Mateus -, que desta forma foram determinantesno tocante ao desfecho final e alcançaram, em con-junto, um resultado histórico e pleno de significado.Colectivamente, os portugueses venceram em ambosos sectores com parciais de 155 – 135 em masculinose de 157 – 137 em femininos.

No tocante ao resto da competição, uma palavra deapreço pela qualidade e capacidade organizativa doClube de Orientação do Centro, brindando os pre-sentes com mais uma grande jornada de Orientação.Numa floresta das mais belas do Mundo, o “desportoda floresta” foi rei. Jorge Silva, o Director da Prova, afir-maria no final: “Valeu a pena todo o empenho paralevar por diante este evento. Mesmo na situação difícilem que vivemos, tivemos uma participação efectiva danossa equipa, um apoio muito grande de várias enti-dades – não vou mencioná-las todas porque sãomuitas, felizmente – e conseguimos ter aqui uma festabem animada e com muitos atletas.” A título pessoal,adiantaria ainda: “O que me emociona é ver que asexpectativas dos participantes não saíram defrau-dadas. Toda a gente terminou a sua prova com muitaalegria e satisfação, extravasando isso na Arena.” E aconcluir: “Agora que a época está no fim, a prioridadeé descansar. Mas vamos continuar a trabalhar no dia-a-dia, em termos locais e a bem da Orientação.”

LATINO E IBÉRICO

Mais vale tarde…! Apresentando con-dições naturais ímpares para a práti-ca da modalidade, é no mínimo es-tranho que só agora se tenha assisti-

do à estreia da Orientação na região da Serrada Estrela. Excelentes terrenos numa paisagemde cortar a respiração, infra-estruturas e equi-pamentos de enorme valor e potencial e umaelevada consciência ambiental são ingredien-tes que concorrem para que uma prova deOrientação seja aqui, em qualquer circunstân-cia, um momento de inegável magia e de puroprazer. E quando a organização apresenta oselo de qualidade do Grupo Desportivo dosQuatro Caminhos e o bom do S. Pedro tem abondade de nos brindar com um tempo magní-fico de sol, céu azul e temperaturas amenas,como foi o caso, então o prazer multiplica-sepor mil, tornando a jornada memorável.

Foi este o caso do Troféu de Orientação deManteigas, prova pontuável para a Taça FPOContinente e cujo saldo se traduz num fim-de-semana de grande qualidade em termos com-petitivos, na (re) descoberta duma natureza deencantos mil e - não menos importante - naimplantação dum equipamento que permitirá,no futuro, promover e dinamizar a modalidadeem toda esta vasta região.

Miguel Silva e Raquel Costatomam a dianteira

Abrindo com uma prova de Distância Longanas Penhas Douradas, a mais de 1500 metros

de altitude, o programa competitivo levou asquase três centenas de participantes ao encon-tro dum mapa exigente tanto do ponto de vistafísico como técnico, surpreendendo pelaenorme diversidade de elementos e pelas tran-sições constantes entre os vários tipos de ter-reno. Floresta nórdica ou áreas abertas, relevosuave ou declinações abruptas, imponentesafloramentos rochosos ou vastas clareiras, detudo um pouco se fez uma prova que mereceurasgados elogios da generalidade dos partici-pantes.

No escalão Seniores M A, Miguel Silva(CPOC) soube impor-se, após ardoroso despi-que, ao sempiterno Joaquim Sousa (COC). Nosector feminino assistiu-se a um interessanteduelo “a três mãos”, com Raquel Costa(GafanhOri) a superiorizar-se a Catarina Ruivo(COC) e a Susana Pontes (CPOC) por escassamargem.

Um 'sprint' muito especialO segundo dia de provas fez os orientistas

mergulharem na intrincada malha urbana deManteigas, ao encontro dum Sprint urbano quesurpreendeu tudo e todos pela sua qualidade e“carácter”. Apesar das diferenças inerentes às

distâncias e às escalas, a verdade é que estemapa não desmereceu em nada do davéspera, revelando-se igualmente desgastanteem termos físicos e, surpreendentemente, de

superior nível técnico. Com as suas casas qua-se encavalitadas umas sobre as outras, os per-cursos no casco nobre da vila constituíram umverdadeiro desafio para todos os participantes,levando-os através dum labiríntico emaranhadode ruas e vielas, becos e recantos, num muitosuado quebra-cabeças com tanto de inespera-do como de desafiante. Tiago Aires (GafanhOri)e Catarina Ruivo foram desta feita os maisfortes, embora a vantagem alcançada se reve-lasse insuficiente para dar a volta ao resultado.Posto isto, Miguel Silva e Raquel Costa segu-raram o resultado da véspera e arrebataramesta primeira edição do Troféu.

Para Fernando Costa, Presidente do GD4C eDirector da Prova, “os objectivos principais fo-ram cumpridos. Realmente Manteigas temcondições excelentes para um Sprint urbano equanto ao mapa das Penhas Douradas nem sefala. Penso que este espaço deve ser rentabi-lizado no futuro para o bem da Orientação.”Mas deixa um alerta: “É bom que todos, emconjunto, possamos aproveitar esta ferramentae atrair pessoas a Manteigas. As coisas porvezes fazem-se e depois morrem por falta deinteresse, por não haver ninguém que asrentabilize.”

VI ORIENTAÇÃO em REVISTA TEXTO E FOTOS DE JOAQUIM MARGARIDO

TROFÉU DE ORIENTAÇÃO DE MANTEIGAS

NO PONTO MAIS ALTO

A Serra da Estrela e algumasdas suas imensas belezasnaturais abriram-se em todoo esplendor a gente de mapae de bússola na mão. Umaestreia absoluta da Orienta-ção no ponto mais alto doContinente, um momentoalto para a modalidade peloseu significado e interesse.

Um ano e meio após a primeiraedição, a Secção de Orienta-ção do Ginásio Clube Figuei-rense elegeu de novo a “Ca-

pital da Chanfana” como palco para a2ª edição do Ori-BTT Vila Nova dePoiares. O evento contou com a parti-cipação de 186 atletas, 167 dos quaisdistribuídos pelos escalões de forma-ção e competição e os restantes mar-cando presença nos escalões abertos.Ausências notadas as de Daniel Mar-ques, Davide Machado e Rita Mada-leno, todos eles representando Portu-gal em terras italianas e participandona etapa final da Taça do Mundo 2010.

Contrariamente ao frio e à chuvaque marcou a edição inaugural, a ver-são 2010 da prova de Poiares trouxeum fim de semana de calor abrasador,pedra solta quanto baste e muita areiaa dificultar a progressão dos atletas. Assubidas íngremes e as descidas verti-ginosas por lá continuaram, desta feitapontuadas pelas árvores queimadas,pelo cheiro acre a cinza e pelo cenário“lunar” correspondente aos incêndiosque não pouparam a região e quedeixaram uma nota de tristeza numajornada dupla de grande qualidade.

Mário Guterres entra a ven-cer

Ainda que algo desrotinado e a acusar naspernas (e nalgumas barriguinhas) os efeitosdumas merecidas férias, foi um pelotão cheiode alegria e determinado em dar o seu melhoraquele que respondeu à chamada nas florestasdo interior centro de Portugal. Dividida em duasetapas - Distância Intermédia no primeiro dia eDistância Longa no segundo – a prova desen-rolou-se no mesmo mapa de 2009, pese embo-ra o cuidado do traçador de percursos em criar

opções bastante distintas das do ano passado.A simples mudança do local das chegadas foisuficiente para puxar os finais de prova parapernadas completamente novas.

Fazendo valer a sua condição de favorito àvitória final, Mário Guterres (ADFA) entrou como “pé direito” no Troféu, tendo vencido aprimeira etapa com uma vantagem superior aquatro minutos em relação ao segundo classifi-cado, Paulo Palhinha (Casa Povo Abrunheira).Na Elite feminina Susana Pontes (CPOC / Lojadas Bicicletas) esteve praticamente só na lutapela vitória, terminando com mais de 27 minu-

tos de vantagem sobre a sua mais direc-ta adversária, Joana Frazão (CIMO).

Paulo Palhinha riu no fimNa derradeira e decisiva prova as

posições inverteram-se no que ao sectormasculino diz respeito, com essa novi-dade de Paulo Palhinha se ter estreado avencer numa prova da Taça de Portugal,juntando a vitória na etapa à vitória noTroféu. Um justo prémio à tenacidade eao empenho dum atleta que, apesar deter chegado muito tardiamente àOrientação em BTT, se vem afirmandocomo um dos seus bons valores e é sem-pre um nome a ter em conta. No sectorfeminino, Susana Pontes voltou a sermais forte, fazendo a “dobradinha”naquela que foi a sua 9ª vitória em provasda Taça de Portugal nesta temporada.

Em relação ao evento, a opinião daequipa organizativa, na pessoa de RuiMora, é a de que o resultado final é posi-tivo e “agradou à família orientista, nestecaso na vertente de BTT”. Para aqueledirigente, “um clube ainda jovem na

modalidade consegue, de uma forma calma esem grandes aparatos, realizar eventos de bomnível técnico”. Considerando que “a Orientaçãovive neste momento tempos difíceis, porque seenveredou pela vertente do espectáculo fora daparte técnica”, Rui Mora considera que “é naparte técnica que teremos de nos aplicar mais”,sobretudo “com a crise que se faz sentir”. Afinalizar “um agradecimento ao nosso patroci-nador – Casino Figueira -, mas este evento sófoi possível devido ao apoio exemplar daCâmara Municipal de Vila Nova de Poiares.”

TEXTO DE JOAQUIM MARGARIDO - FOTOS GENTILMENTE CEDIDAS POR RICARDO FREITAS ORIENTAÇÃO em REVISTA VII

II ORI-BTT VILA NOVA DE POIARES

TRIUNFO HISTÓRICO DE PAULO PALHINHA

Após um longo interregno marcado pela época estival, a Taça dePortugal de Orientação em BTT 2009/1010 fez o seu regresso em VilaNova de Poiares. Um fim-de-semana repleto de emoções e que viuPaulo Palhinha subir, pela vez primeira, ao lugar mais alto do pódio.

NOVEMBRO

06 Mexa-se comVida Santo Tirso TST

13 Mexa-se Mais 2010 Pç. Maratona - Jamor CPOC

20-21 Raid Transpeninsular Península Setúbal GDU Azoia

27 IV Open Amigos Montanha Mt. Facho - Barcelos A Montanha

DEZEMBRO

3 I Encontro Orientação Adaptada Coruche COAC

18 Vila Real de Orientação Vila Real OriMarão

CALENDÁRIO DE PROVAS

VIII ORIENTAÇÃO em REVISTA POR JOAQUIM MARGARIDO

TROFÉU DE ORIENTAÇÃO DE MANTEIGAS.Manteigas, 11 e 12 de Setembro de 2010.RESULTADOS – Homens Elite – 1º Miguel Silva(CPOC) 1970.3; 2º Joaquim Sousa (COC)1917.6; 3º Gildo Silva (COC) 1745.1; 4º TiagoGingão Leal (GafanhOri) 1727.9; 5º Rafael Miguel(Ori-Estarreja) 1654.3; 6º Nélson Graça (CPOC)1573.1; 7º David Sayanda (GafanhOri) 1562.2; 8ºDaniel Ferreira (ADC) 1520.8; 9º André Cardeira(COC) 1505.4; 10º Eduardo Gonçalves (CPOC)1418.2. Damas Elite – 1º Raquel Costa(GafanhOri) 1987.6; 2º Catarina Ruivo (COC)1973.9; 3º Susana Pontes (CPOC) 1894.7; 4ºTânia Covas Costa (.COM) 1735.5; 5º Inês Pinto(GafanhOri) 1682.2; 6º Lena Coradinho(GafanhOri) 1639.6; 7º Joana Moutela (Ori-Estarreja) 1175.8; 8º Carla Saraiva (Ori-Estarreja)735.1; 9º Patrícia Casalinho (COC) 0.0. Outrosescalões – Infantis M/F – António Horta(GafanhOri) e Vanessa Sayanda (GafanhOri);Iniciados M/F – João Pedro (GafanhOri) e JoanaFernandes (.COM); Juvenis M/F – Rui Oliveira(Ori-Estarreja) e Ana Anjos (GafanhOri); JunioresM/F – Pedro Silva (GafanhOri) e Mariana Moreira(CPOC); Seniores M/F B – André Eusébio(CPOC) e Fátima Saraiva (DA Rercardães);Veteranos M/F I – Alexandre Reis (ADFA) e Hele-na Sousa (OriMarão); Veteranos M/F II – JoséFernandes (.COM) e Teresa Páscoa (Ori-Estarreja); Veteranos M/F III – Acácio Porta-Nova(Individual) e Hermínia Tavares (Ori-Estarreja);Veteranos M IV – Armadino Cramez (Ori-Estar-reja); Veteranos M/F B – Carlos Lobo (ClubeEDP) e Paula Ferreira (COA); Colectiva – 1º Ga-fanhOri 2147.8 p; 2º CPOC 2029,9 p; 3º Ori-Estarreja 1828,6 p; 4º COC 1094,2 p; 5º GinásioCF 1042,0 p.

II ORI-BTT DE POIARES. Vila Nova dePoiares, 18 e 19 de Setembro de 2010.RESULTADOS – Homens Elite – 1º PauloPalhinha (CPA – Abrunhos) 1948.79; 2º MárioGuterres (ADFA) 1933.83; 3º Joel Morgado(COC) 1822.85; 4º Guilherme Marques (COC)1813.44; 5º José Marques (ADFA) 1781.69; 6ºSamuel de Jesus (CLAC) 1716.90; 7º SérgioSemedo (CPOC / Loja das Bicicletas) 1712.30;8º Eduardo sebastião (Clube TAP) 1702.37; 9ºFernando Henrique (GDU Azóia) 1701.47; 10ºFrancisco Moura (Montes e Vales) 1699.06.Damas Elite – 1º Susana Pontes (CPOC / Lojadas Bicicletas) 2000.00; 2º Joana Frazão (CIMO)1666.64; 3º Alice Silva (GDU Azóia) 1542.08; 4ºAlbertina Sá (ADFA) 1346.08. Outros escalões– H17 – Mac-Mahon Moreira (BTT Loulé); H/D20– Tiago Silva (ATV) e Ana Filipa Silva (CPOC /Loja das Bicicletas); H/D21A – Alex Liberato(BTT Loulé) e Patrícia Serafim (ADFA); H21B –Artur Santos (GDU Azoia); H/D35 – CarlosSimões (COALA) e Ana Gomes (BTT Loulé);H40 – Leandro Silva (CN Alvito); VetMB – AlbertoSabino (Clube Millennium BCP); H/D45 – JoséSilva (ATV) e Luísa Mateus (COC); H50 – LuísSousa (Clube TAP); H55 – Joaquim Patrício (CNAlvito); Formação H/D – Hugo Palhais (CNAlvito) e Ana Margarida Rocha (CIMO). Co-lectiva – 1º BTT Loulé 2004.0 p; 2º COC 1689.1p; 3º ADFA 1614,0 p; 4º COA 1229,8 p; 5º GDUAzoia 1165,6 p.

XII MEETING DE ORIENTAÇÃO DO CENTRO.Leiria, 25 e 26 de Setembro de 2010. RESUL-TADOS – Homens Elite – 1º Manuel Horta (Ga-fanhOri) 2000.00; 2º Sandro Schachner (Uni-

versidad Valencia) 1724.24; 3º Urtzi Iglesias(Cobi) 1688.69; 4º Juan Francisco Sánchez(Totana) 1648.11; 5º Alexandre Alvarez (CPOC)1574.13; 6º Filipe Farinha (CPOC) 1526.66; 7ºLeandro Lima (Amigos Montanha) 1470.34; 8ºJesús Nieto Calvo (CO Navalcán) 1456.30; 9ºSidónio Freitas (CMo Funchal) 1454.81; 10º ZigorGarcia Gorrotxategui (Cobi) 1452.55. DamasElite – 1º Belén Megias Nogales (Veleta) 2000.00;2º Adelindina Lopes(COA) 1902.52; 3º EmíliaSilveira (ADFA) 1857.40; 4º Carla Saraiva (Ori-Estarreja) 1709.71; 5º Albertina Sá (ADFA)1435.65; 6º Débora Silva (CMo Funchal) 805.73;7º Céu Costa (GD4C) 676.45. Outros escalões –H/D13 – Vasco Duarte (ADFA) e YevheniyaChistyakova (OrientaGetafe); H/D15 – DanielCatarino (CLAC) e Ana Anjos (GafanhOri); H/D17– Rafael Ramos (Ori-Estarreja) e Carolina Del-gado (GD4C); H/D20 – Nabil Abderramán Elena(COMA) e Susana Alves (GD4C); H/D21A – NunoPedro (CAOS) e Amanda Pons Pérez (COV);H/D21B – Fábio Coradinho (GafanhOri) e CarlaAmorim (Ginásio CF); H/D35 – Alexandre Reis(ADFA) e Anna Amigo (COC Catalunya); H/D40 –Xavier Vieira (CA Madeira) e Judith Checkley(Totana); Veteranos M/F B – Jerónimo Reto (Ga-fanhOri) e Paula Ferreira (COA); H/D45 – MárioDuarte (ADFA) e Aida Correia (GD4C); H/D50 –Jorge Gonçalves (DA Recardães) e São Morais(AA Mafra); H/D55 – Manuel Dias (Individual) eCatherine Dawson (GafanhOri); H/D60 – RonaldDawson (GafanhOri) e Beatriz Leite (GD4C); H65– Per Oeystein Andersen (Larvik OK); H70 – JoséGrada (Clube TAP). Colectiva – 1º CPOC3170.50 p; 2º GD4C 3076.00 p; 3º Ori-Estarreja2966,60 p; 4º ADFA 2701.00 p; 5º GafanhOri2316.00 p.