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EDIÇÃO 2014 3.750 QUESTÕES COMENTADAS Autores: Wander Garcia, Alexandre Gialluca, Ana Paula Garcia, Bruna Vieira, Eduardo Dompieri, Hermes Arrais Alencar, Luiz Fabre, Murilo Sechieri, Renan Flumian, Robinson Sakiyama Barreirinhas, Teresa Melo e Tiago Queiroz Contém as seguintes disciplinas: Direito Individual do Trabalho Direito Coletivo do Trabalho Processo do Trabalho Direito Constitucional Direito Administrativo Processo Civil Direito Civil Direito Empresarial Direito do Consumidor Outros Interesses Difusos e Coletivos Direito Internacional Direitos Humanos Direito Penal Direito Previdenciário Coordenadores EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT 3 a Edição Na compra deste livro, GANHE, por sete dias, acesso ao curso de Direito Administrativo do IEDI, com o Prof. Wander Garcia Siga os autores no twitter para dicas e revisões *Os comentários das questões são de responsábilidade da Editora Foco. CARTÃO PROMOCIONAL GRÁTIS Curso de Direito Administrativo para Concursos, do IEDI Cursos On-line Direito Administrativo (Disciplina Isolada) Acesso por 7 dias durante a vigência desta edição GABARITOS NA MESMA PÁGINA DA QUESTÃO, FACILITANDO O MANUSEIO AUTORES ALTAMENTE ESPECIALIZADOS COMENTÁRIOS ALTERNATIVA POR ALTERNATIVA* QUESTÕES ALTAMENTE CLASSIFICADAS PROVAS DE TODO O PAÍS WANDER GARCIA ALEXANDRE GIALLUCA LUIZ FABRE

EDIÇÃO 2014 DA EM QUESTÕES COMENTADAS · 2019-07-10 · EDIÇÃO 2014 3.750 QUESTÕES COMENTADAS 3.750 QUESTÕES COMENTADAS SOBRE OS COORDENADORES: Alexandre Gialluca – @alegialluca

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EDIÇÃO 2014

3.750 QUESTÕES COMENTADAS

3.750QUESTÕES

COMENTADAS

SOBRE OS COORDENADORES:

Alexandre Gialluca – @alegialluca Especialista em Direito Notarial e Registral. Professor de direito empresarial exclusivo da Rede LFG. Coordenador dos cursos de Carreiras Jurídicas da Rede LFG. Advogado e Consultor Jurídico.

Luiz Fabre Procurador do Trabalho. Professor de Cursos Preparatórios para Concursos.

Wander Garcia – @wander_garcia Procurador do Município de São Paulo. Professor e coordenador do IEDI. Doutor e Mestre em Direito pela PUC/SP.

SOBRE OS AUTORES:Ana Paula Garcia – Procuradora do Estado de São Paulo. Professora do IEDI. Pós-graduada em Direito.

Bruna Vieira– @profa_bruna – Advogada. Professora do IEDI, PROORDEM, LEGALE, ROBORTELLA e ÊXITO. Palestrante e professora de Pós-Graduação em Instituições de Ensino Superior. Autora de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e Exame de Ordem. Pós-graduada em Direito.

Eduardo Dompieri – @eduardodompieri – Professor do IEDI. Autor de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e Exame de Ordem. Pós-graduado em Direito.

Hermes Arrais Alencar – Advogado. Professor do Complexo Damásio de Jesus e do IEDI. Pós-Graduado em Direito.

Murilo Sechieri – Advogado. Ex-Procurador do Estado de São Paulo. Professor do Complexo Damásio de Jesus. Mestre em Direito pela PUC/SP.

Renan Flumian – @renanflumian – Advogado. Professor e Coordenador Acadêmico do IEDI. Mestre em Filosofia do Direito pela Universidad de Alicante, cursou a Session Annuelle D’enseignement do Institut International des Droits de L’Homme, a Escola de Governo da USP e a Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público. Autor e coordenador de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e o Exame de Ordem.

Robinson S. Barreirinhas – [email protected] – Procurador do Município de São Paulo. Professor do IEDI. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Autor e coautor de mais de 20 obras de preparação para concursos e OAB.

Teresa Melo – Procuradora Federal. Assessora de Ministro do STJ. Professora do IEDI.

Tiago Queiroz – Diretor de Cartório Judicial. Pós-Graduado em Direito.

Autores:Wander Garcia, Alexandre Gialluca, Ana Paula Garcia, Bruna Vieira, Eduardo Dompieri, Hermes Arrais Alencar, Luiz Fabre, Murilo Sechieri, Renan Flumian, Robinson Sakiyama Barreirinhas, Teresa Melo e Tiago Queiroz

SOBRE O COORDENADOR DA COLEÇÃO:WANDER GARCIA – É um dos maiores especialistas em Concursos Jurídicos do País. Confira seu currículo:

• Professor e Coordenador do IEDI, Curso Preparatório 100% online, para Concursos e OAB – www.iedi.com.br.

• Professor do Complexo DAMÁSIO, nos Cursos Preparatórios para Concursos. Nessa instituição, além de professor, foi Diretor Geral Acadêmico.

• Professor da Rede LFG, nos Cursos Preparatórios e na Pós-Graduação.• Doutor e Mestre em Direito pela PUC/SP.• Autor de mais de 20 obras de preparação para Concursos Jurídicos e OAB.• Advogado e Procurador do Município de São Paulo.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA COLEÇÃO COMO PASSAR:

A Coleção COMO PASSAR! é, hoje, líder no segmento de preparação para concursos públicos por meio da resolução de questões de provas anteriores.

Somente no último ano, foram publicadas mais de vinte tiragens dos títulos da coleção e milha-res de examinandos que estudaram pelas obras obtiveram aprovação e atingiram seus objetivos.

Esses resultados decorrem do esforço e da experiência dos coordenadores e dos demais au-tores, bem como das características especiais de nossas obras, as únicas no mercado que trazem tamanho número de disciplinas e questões comentadas, que, além de classificadas ao máximo, são comentadas alternativa por alternativa, sempre que necessário.

Tudo, sem contar o enorme custo-benefício de juntar tanto conteúdo num volume apenas, reduzindo custos e gasto de papel, de modo a gerar para o consumidor economia, respeito ao meio ambiente e praticidade.

É por isso que os estudantes vêm chamando nosso livro de “O Melhor Amigo do Concurseiro”, num reconhecimento claro da indispensabilidade da obra para quem deseja ser aprovado em concursos da Magistratura do Trabalho e MPT.

SOBRE COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT:

A experiência diz que aquele que quer ser aprovado deve fazer três coisas: a) entender a teoria; b) ler a letra da lei, e c) treinar. A teoria é vista em cursos e livros à disposição no mercado. O problema é que ela, sozinha, não é suficiente. É fundamental “ler a letra da lei” e “treinar”. E a presente obra possibilita que você faça esses dois tipos de estudo. Aliás, você sabia que mais de 90% das questões de Concursos Trabalhistas são resolvidas apenas com o conhecimento da lei, e que as questões das provas se repetem muito?

Cada questão deste livro vem comentada com o dispositivo legal em que você encontrará a resposta. E isso é feito não só em relação à alternativa correta. Todas as alternativas são comen-tadas, sempre que necessário. Com isso você terá acesso aos principais dispositivos legais que aparecem nas provas e também às orientações doutrinárias e jurisprudenciais.

Estudando pelo livro você começará a perceber as técnicas dos examinadores e as “pegadinhas” típicas de prova, e ganhará bastante segurança para o momento decisivo, que é o dia do seu exame.

É por isso que podemos afirmar, com uma exclamação, que esta obra vai lhe demonstrar COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT!

Contém as seguintes disciplinas:

Direito Individual do Trabalho Direito Coletivo do Trabalho Processo do Trabalho Direito Constitucional Direito Administrativo Processo Civil Direito Civil Direito Empresarial Direito do Consumidor Outros Interesses Difusos e Coletivos Direito Internacional Direitos Humanos Direito Penal Direito Previdenciário

Coordenadores

Coordenadores ALEXANDRE GIALLUCA

LUIZ FABRE WANDER GARCIA

EM

ISBN 978-85-8242-054-6

CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO

TRABALHO E MPT

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Edição

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CURS

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Edição

2014

www.fabrecursos.com.br

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2014 © Wander Garcia

Coordenadores: Alexandre Gialluca, Luiz Fabre e Wander GarciaAutores: Wander Garcia, Alexandre Gialluca, Ana Paula Garcia, Bruna Vieira, Eduardo Dompieri, Hermes Arrais

Alencar, Luiz Fabre, Murilo Sechieri, Renan Flumian, Robinson Sakiyama Barreirinhas, Teresa Melo e Tiago QueirozEditor: Márcio Dompieri

Gerente Editorial: Paula TsengEquipe Editora Foco: Érica Coutinho, Georgia Dias e Ivo Shigueru TomitaCapa: Wilton Carvalho Garcia (WCG Propaganda & Design) e R2 Editorial

Projeto Gráfico e diagramação: R2 Editorial

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

2014Todos os direitos reservados à

Editora Foco Jurídico LtdaAl. Júpiter 578 - Galpão 01 – American Park Distrito Industrial

CEP 13347-653 – Indaiatuba – SPE-mail: [email protected]

www.editorafoco.com.br

Índices para Catálogo Sistemático:1. Concursos : Questões comentadas : Magistratura trabalhista : Direito : Brasil 347.962:347.963:331(81)(079)

2. Concursos : Questões comentadas : Ministério Público do Trabalho : Direito : Brasil 347.962:347.963:331(81)(079)

Como passar em concursos da Magistratura do Trabalho e MPT / Wander Garcia, coordenador. -- 3. ed. -- Indaiatuba, SP : Editora Foco Jurídico, 2014. -- (Coleção como passar)

Bibliografia.

ISBN: 978-85-8242-054-6

1. Juízes trabalhistas - Concursos - Exames, questões etc. - Comentários 2. Justiça do trabalho - Brasil 3. Magistratura - Concursos - Exames, questões etc. - Comentários 4. Ministério Público - Concursos - Exames, questões etc. - Comentários I. Garcia, Wander. II. Série.

13-10645 CDU-347.962:347.963:331(81)(079)

Direitos autorais: É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação, por qualquer forma ou meio, sem a prévia autorizaçãodaEditoraFoco,comexceçãodoteordasquestõesdeconcursospúblicosque,porserematosoficiais,nãosão protegidas como direitos autorais, na forma do Artigo 8º, IV, da Lei 9.610/1998. Referida vedação se estende às caracte-rísticasgráficasdaobraesuaeditoração.ApuniçãoparaaviolaçãodosDireitosAutoraisécrimeprevistonoArtigo184doCódigo Penal e as sanções civis às violações dos Direitos Autorais estão previstas nos Artigos 101 a 110 da Lei 9.610/1998.

Atualizações e erratas: a presente obra é vendida como está, sem garantia de atualização futura. Porém, atualizações voluntárias e erratas são disponibilizadas no site www.editorafoco.com.br, na seção Atualizações. Esforçamo-nos ao máximo para entregar ao leitor uma obra com a melhor qualidade possível e sem erros técnicos ou de conteúdo. No entanto, nem sempre isso ocorre, seja por motivo de alteração de software, interpretação ou falhas de diagramação e revisão. Sendo assim, disponibilizamos em nosso site a seção mencionada (Atualizações), na qual relataremos, com a devida correção, os erros encontrados na obra. Solicitamos, outrossim, que o leitor faça a gentiliza de colaborar com a perfeição da obra, comunicando eventual erro encontrado por meio de mensagem para [email protected].

Impresso no Brasil (03.2014)Data de Fechamento (03.2014)

A experiência diz que aquele que quer ser aprovado deve fazer três coisas: a)

entender a teoria; b) ler a letra da lei, e c) treinar. A teoria é vista em cursos e livros

à disposição no mercado. O problema é que ela, sozinha, não é suficiente. É funda-

mental “ler a letra da lei” e “treinar”. A presente obra possibilita que você faça esses

dois tipos de estudo. Aliás, você sabia que mais de 90% das questões de Concursos

Trabalhistas são resolvidas apenas com o conhecimento da lei, e que as questões das

provas se repetem muito?

Cada questão deste livro vem comentada com o dispositivo legal em que você

encontrará a resposta. E isso é feito não só em relação à alternativa correta. Todas as

alternativas são comentadas.1 Com isso você terá acesso aos principais dispositivos le-

gais que aparecem nas provas e também às orientações doutrinárias e jurisprudenciais.

Estudando pelo livro você começará a perceber as técnicas dos examinadores

e as “pegadinhas” típicas de prova, e ganhará bastante segurança para o momento

decisivo, que é o dia do seu exame.

É por isso que podemos afirmar, com uma exclamação, que esta obra vai lhe de-

monstrar COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT!

1 Eventualmente, algumas questões respondem "de per si" a pergunta, não ensejando comentários adicionais.

APRESENTAÇÃO

7

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT SUMÁRIO

SUMÁRIO

1. DIREITO INDIvIDUAL DO TRABALHO 21

1. TEORIA GERAl dO dIREITO dO TRAbAlhO ...................................................................................................................................... 21

1.1. FORMAÇÃO hISTóRICA E TEORIA dO dIREITO dO TRAbAlhO ............................................................................................. 21

1.2. PRINCíPIOS ............................................................................................................................................................................. 25

1.3. FONTES dO dIREITO dO TRAbAlhO ...................................................................................................................................... 32

1.4. APlICAÇÃO dO dIREITO dO TRAbAlhO ................................................................................................................................ 38

1.5. QUESTõES COMbINAdAS SObRE TEORIA GERAl dO dIREITO dO TRAbAlhO ................................................................... 42

2. VíNCUlO EMPREGATíCIO ................................................................................................................................................................... 45

2.1. RElAÇÃO dE EMPREGO .......................................................................................................................................................... 45

2.2 GRUPO ECONôMICO ............................................................................................................................................................... 57

2.3. SUCESSÃO TRAbAlhISTA ....................................................................................................................................................... 59

2.4. QUESTõES COMbINAdAS SObRE VíNCUlO EMPREGATíCIO ................................................................................................ 61

3. FlExIbIlIzAÇÃO dO VíNCUlO TRAbAlhISTA, FRAUdES ................................................................................................................. 64

3.1. TRAbAlhO TEMPORÁRIO ....................................................................................................................................................... 64

3.2. TERCEIRIzAÇÃO E COOPERATIVAS ........................................................................................................................................ 67

3.3. QUESTõES COMbINAdAS SObRE FlExIbIlIzAÇÃO dO VíNCUlO dE EMPREGO ................................................................ 73

4. MEIO AMbIENTE dO TRAbAlhO ........................................................................................................................................................ 74

4.1. SST: SAÚdE E SEGURANÇA NO TRAbAlhO .......................................................................................................................... 74

4.2. AdICIONAIS dE INSAlUbRIdAdE E PERICUlOSIdAdE ......................................................................................................... 78

4.3. ACIdENTE dO TRAbAlhO....................................................................................................................................................... 84

5. RElAÇõES ESPECIAIS dE TRAbAlhO .............................................................................................................................................. 85

5.1. REPRESENTANTE COMERCIAl AUTôNOMO .......................................................................................................................... 85

5.2. VOlUNTÁRIO E MÃE SOCIAl .................................................................................................................................................. 85

5.3. TRAbAlhAdOR AVUlSO (PORTUÁRIO E NÃO PORTUÁRIO) E AQUAVIÁRIO ......................................................................... 88

5.4. SERVIdORES TITUlARES dE CARGOS OU EMPREGOS PÚblICOS ....................................................................................... 96

5.5. EMPREGAdO dIRETOR E dIRETOR NÃO EMPREGAdO.......................................................................................................... 98

5.6. EMPREGAdO EM FUNÇõES dE CONFIANÇA ......................................................................................................................... 99

5.7. EMPREGAdO bANCÁRIO ....................................................................................................................................................... 100

5.8. PROFESSORES ...................................................................................................................................................................... 103

5.9. EMPREGAdO AEROVIÁRIO E AERONAUTA ........................................................................................................................... 103

8

CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

5.10. ATlETAS E ARTISTAS ............................................................................................................................................................ 104

5.11. EMPREGAdO dOMÉSTICO .................................................................................................................................................... 105

5.12. TRAbAlhO RURAl ................................................................................................................................................................ 110

5.13. TRANSPORTAdORES E MOTORISTAS .................................................................................................................................. 118

5.14. OUTRAS RElAÇõES ESPECIAIS dE TRAbAlhO E QUESTõES COMbINAdAS SObRE RElAÇõES

ESPECIAIS dE TRAbAlhO .................................................................................................................................................... 118

6. TRAbAlhO INFANTIl E TRAbAlhO dE JOVENS ............................................................................................................................. 124

6.1. TRAbAlhO INFANTIl EM GERAl ......................................................................................................................................... 124

6.2. ESTÁGIO ................................................................................................................................................................................. 128

6.3. APRENdIzAGEM .................................................................................................................................................................... 130

6.4. QUESTõES COMbINAdAS SObRE TRAbAlhO INFANTIl .................................................................................................... 132

7. TRAbAlhO dA MUlhER .................................................................................................................................................................. 135

8. CONTRATO INdIVIdUAl dE TRAbAlhO .......................................................................................................................................... 138

8.1. ElEMENTOS JURídICO-FORMAIS: VAlIdAdE, TRAbAlhO IlíCITO E TRAbAlhO PROIbIdO ............................................ 138

8.2. ElEMENTOS ACIdENTAIS dO CONTRATO: CONTRATOS A TERMO ..................................................................................... 140

8.3 CARTEIRA dE TRAbAlhO E PREVIdÊNCIA SOCIAl............................................................................................................. 144

9. REMUNERAÇÃO, SAlÁRIO, bENEFíCIOS (INClUI INVENÇõES E PATENTES; SObRE AdICIONAl dE

INSAlUbRIdAdE E PERICUlOSIdAdE, VER CAPíTUlO SObRE MEIO AMbIENTE dO TRAbAlhO) .............................................. 144

10. dURAÇÃO dO TRAbAlhO ................................................................................................................................................................ 171

10.1. JORNAdA dE TRAbAlhO ...................................................................................................................................................... 171

10.2. TRAbAlhO NOTURNO........................................................................................................................................................... 187

10.3. INTERVAlOS INTRAJORNAdA, INTERJORNAdAS, SEMANAl E TRAbAlhO EM dOMINGOS E FERIAdOS ....................... 188

10.4. FÉRIAS ................................................................................................................................................................................... 191

10.5. QUESTõES COMbINAdAS SObRE dURAÇÃO dO TRAbAlhO ............................................................................................. 197

11. POdER dIRETIVO (INClUSIVE, AlTERAÇÃO CONTRATUAl E AdICIONAl dE TRANSFERÊNCIA) ................................................. 200

12. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO dO CONTRATO dE TRAbAlhO....................................................................................................... 206

13. ExTINÇÃO dO CONTRATO dE TRAbAlhO ....................................................................................................................................... 210

13.1. AVISO-PRÉVIO ....................................................................................................................................................................... 210

13.2. JUSTA CAUSA ........................................................................................................................................................................ 213

13.3. EFEITOS dA ExTINÇÃO CONTRATUAl E VERbAS RESCISóRIAS ........................................................................................ 215

13.4. GARANTIA NO EMPREGO E FGTS ......................................................................................................................................... 222

13.5. QUESTõES COMbINAdAS SObRE ExTINÇÃO dO CONTRATO dE TRAbAlhO .................................................................... 236

14. PRESCRIÇÃO E dECAdÊNCIA .......................................................................................................................................................... 239

15. NOVOS TEMAS dE dIREITO dO TRAbAlhO ..................................................................................................................................... 244

15.1. dISCRIMINAÇÃO, AÇõES AFIRMATIVAS E ASSÉdIO MORAl E SExUAl .............................................................................. 244

15.2. TRAbAlhO EM CONdIÇõES ANÁlOGAS àS dE ESCRAVO .................................................................................................. 249

16. QUESTõES PlURITEMÁTICAS .......................................................................................................................................................... 251

2. DIREITO COLETIvO DO TRABALHO 277

1. TEORIA GERAl dO dIREITO COlETIVO dO TRAbAlhO ................................................................................................................... 277

1.1. CONTEÚdO dO dIREITO COlETIVO dO TRAbAlhO E SINdICAlISMO ................................................................................ 277

1.2. PRINCíPIOS dO dIREITO COlETIVO dO TRAbAlhO E lIbERdAdE SINdICAl ................................................................... 279

1.3. PRÁTICAS ANTISSINdICAIS .................................................................................................................................................. 286

1.4. CONVENÇõES 87, 98 E 135 dA OIT ....................................................................................................................................... 287

9

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT SUMÁRIO

2. ORGANIzAÇÃO SINdICAl ................................................................................................................................................................. 290

2.1. ATRIbUIÇõES SINdICAIS E ASSOCIAÇÃO EM SINdICATO ................................................................................................... 290

2.2. dIREÇÃO SINdICAl: PRERROGATIVAS E ElEIÇõES ............................................................................................................ 294

2.3. ESTRUTURA SINdICAl ......................................................................................................................................................... 298

2.4. CATEGORIAS E ENQUAdRAMENTO ...................................................................................................................................... 299

2.5. GESTÃO FINANCEIRA dO SINdICATO E CONTRIbUIÇÃO SINdICAl .................................................................................... 301

3. NEGOCIAÇÃO E INSTRUMENTOS COlETIVOS ................................................................................................................................ 304

4. COMISSõES dE CONCIlIAÇÃO PRÉVIA ........................................................................................................................................... 312

5. dIREITO dE GREVE ........................................................................................................................................................................... 314

6. SOlUÇÃO dE CONFlITOS COlETIVOS ............................................................................................................................................. 322

6.1. ARbITRAGEM, MEdIAÇÃO E dISSídIO COlETIVO ................................................................................................................ 322

6.2. AÇÃO dE CUMPRIMENTO ..................................................................................................................................................... 328

7. dIREITOS dIFUSOS, COlETIVOS E INdIVIdUAIS hOMOGÊNEOS .................................................................................................... 329

8. QUESTõES COMbINAdAS ..................................................................................................................................................... 329

3. PROCESSO DO TRABALHO 339

1. TEORIA GERAl dO dIREITO PROCESSUAl dO TRAbAlhO ............................................................................................................ 339

1.1. PRINCíPIOS dA JURISdIÇÃO E dO PROCESSO .................................................................................................................... 339

1.2. FONTES, APlICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO dO dIREITO PROCESSUAl dO TRAbAlhO ...................................................... 343

1.3. MEIOS dE SOlUÇÃO dE CONFlITOS: CONCIlIAÇÃO, COMISSõES dE CONCIlIAÇÃO PRÉVIA E ARbITRAGEM ............... 345

1.4. PROCESSO E AÇÃO: PROVIMENTOS JURISdICIONAIS, PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONdIÇõES dA AÇÃO .......... 347

2. JUSTIÇA dO TRAbAlhO: ORGANIzAÇÃO E COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 348

2.1. ORGANIzAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 348

2.2. COMPETÊNCIA ...................................................................................................................................................................... 350

2.3. QUESTõES COMbINAdAS SObRE JUSTIÇA dO TRAbAlhO ................................................................................................ 361

3. REGIME JURídICO dO MINISTÉRIO PÚblICO ................................................................................................................................. 362

4. SUJEITOS dO PROCESSO, dEVERES dAS PARTES E PROCURAdORES, INTERVENÇÃO dE TERCEIROS ..................................... 377

5. PROCEdIMENTO ............................................................................................................................................................................... 385

5.1. ATOS E TERMOS PROCESSUAIS. CERTIdÃO NEGATIVA dE dÉbITOS TRAbAlhISTAS ....................................................... 385

5.2. CUSTAS E EMOlUMENTOS ................................................................................................................................................... 388

5.3. NUlIdAdES ........................................................................................................................................................................... 392

5.4. PETIÇÃO INICIAl ................................................................................................................................................................... 397

5.5. AUdIÊNCIA TRAbAlhISTA .................................................................................................................................................... 397

5.6 RESPOSTA dO RÉU ............................................................................................................................................................... 402

5.7. PROVAS .................................................................................................................................................................................. 404

5.8. RITOS SUMÁRIO E SUMARíSSIMO ........................................................................................................................................ 411

5.9 SENTENÇA E COISA JUlGAdA ............................................................................................................................................. 417

5.10. QUESTõES COMbINAdAS SObRE PROCEdIMENTO ............................................................................................................ 419

6. PRESCRIÇÃO E dECAdÊNCIA .......................................................................................................................................................... 422

7. RECURSOS ........................................................................................................................................................................................ 423

7.1. PRINCíPIOS RECURSAIS, PRESSUPOSTOS GERAIS E EFEITOS .......................................................................................... 423

7.2. REMESSA dE OFíCIO ............................................................................................................................................................. 431

7.3. RECURSOS EM ESPÉCIE ....................................................................................................................................................... 431

7.4. CORREIÇÃO PARCIAl ............................................................................................................................................................ 442

7.5. QUESTõES COMbINAdAS SObRE RECURSOS TRAbAlhISTAS .......................................................................................... 443

10

CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

8. lIQUIdAÇÃO dE SENTENÇA E ExECUÇÃO ...................................................................................................................................... 443

9. PROCEdIMENTOS ESPECIAIS E TUTElAS dE URGÊNCIA .............................................................................................................. 462

9.1. INQUÉRITO PARA APURAÇÃO dE FAlTA GRAVE .................................................................................................................. 462

9.2. dISSídIO COlETIVO, AÇÃO dE CUMPRIMENTO E AÇÃO ANUlATóRIA dE ClÁUSUlA CONVENCIONAl .......................... 463

9.3. MANdAdO dE SEGURANÇA ................................................................................................................................................. 471

9.4. AÇÃO CIVIl PÚblICA ............................................................................................................................................................ 473

9.5. AÇÃO RESCISóRIA ................................................................................................................................................................ 484

9.6. AÇÃO dE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO .......................................................................................................................... 491

9.7. TUTElAS dE URGÊNCIA ....................................................................................................................................................... 491

9.8. QUESTõES COMbINAdAS SObRE AÇõES ESPECIAIS ......................................................................................................... 495

10. FAlÊNCIA, RECUPERAÇÃO E EFEITOS NO PROCESSO dO TRAbAlhO ......................................................................................... 496

11. QUESTõES COMbINAdAS ................................................................................................................................................................ 496

4. DIREITO CONSTITUCIONAL 509

1. TEORIA GERAl dA CONSTITUIÇÃO .................................................................................................................................................. 509

1.1. CONSTITUCIONAlISMO ........................................................................................................................................................ 509

1.2. FORMAS dE ESTAdO ............................................................................................................................................................. 512

1.3. ClASSIFICAÇÃO dAS CONSTITUIÇõES ................................................................................................................................ 513

1.4. POdER CONSTITUINTE ......................................................................................................................................................... 514

1.5. EFICÁCIA dAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ........................................................................................................................ 516

1.6. hERMENÊUTICA CONSTITUCIONAl .................................................................................................................................... 518

1.7. QUESTõES COMbINAdAS SObRE TEORIA GERAl dA CONSTITUIÇÃO ............................................................................... 520

2. PRINCíPIOS FUNdAMENTAIS .......................................................................................................................................................... 522

3. dIREITOS E GARANTIAS FUNdAMENTAIS ....................................................................................................................................... 525

3.1 dIREITOS E dEVERES INdIVIdUAIS E COlETIVOS ............................................................................................................... 525

3.2. dIREITOS SOCIAIS ................................................................................................................................................................. 551

3.3. NACIONAlIdAdE ................................................................................................................................................................... 556

3.4. dIREITOS POlíTICOS............................................................................................................................................................. 557

4. ORGANIzAÇÃO dO ESTAdO .............................................................................................................................................................. 557

4.1. FEdERAlISMO ....................................................................................................................................................................... 557

4.2. COMPETÊNCIAS dOS ENTES FEdERATIVOS ........................................................................................................................ 559

4.3. INTERVENÇÃO ....................................................................................................................................................................... 562

4.4. AdMINISTRAÇÃO PÚblICA ................................................................................................................................................... 563

4.5. SERVIdORES PÚblICOS ....................................................................................................................................................... 565

4.6. QUESTõES COMbINAdAS SObRE ORGANIzAÇÃO dO ESTAdO ........................................................................................... 569

5. ORGANIzAÇÃO dOS POdERES ......................................................................................................................................................... 570

5.1. SEPARAÇÃO dE POdERES .................................................................................................................................................... 570

5.2. POdER lEGISlATIVO E PROCESSO lEGISlATIVO ................................................................................................................ 571

5.3. FISCAlIzAÇÃO CONTÁbIl, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA .............................................................................................. 587

5.4. POdER ExECUTIVO................................................................................................................................................................ 587

5.5. POdER JUdICIÁRIO EM GERAl: ORGANIzAÇÃO, PRINCíPIOS REGENTES E SÚMUlAS VINCUlANTES ........................... 589

5.6. POdER JUdICIÁRIO: COMPETÊNCIAS .................................................................................................................................. 602

5.7. POdER JUdICIÁRIO: SISTEMÁTICA dE PRECATóRIOS ........................................................................................................ 608

5.8. POdER JUdICIÁRIO: CONTROlE dE CONSTITUCIONAlIdAdE ........................................................................................... 611

5.9. QUESTõES COMbINAdAS SObRE O POdER JUdICIÁRIO ................................................................................................... 627

11

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT SUMÁRIO

5.10. FUNÇõES ESSENCIAIS à JUSTIÇA ....................................................................................................................................... 633

5.11. QUESTõES COMbINAdAS SObRE ORGANIzAÇÃO dOS POdERES ...................................................................................... 636

6. dEFESA dO ESTAdO E dAS INSTITUIÇõES dEMOCRÁTICAS ......................................................................................................... 639

7. TRIbUTAÇÃO E ORÇAMENTO ........................................................................................................................................................... 639

8. ORdEM ECONôMICA E FINANCEIRA ............................................................................................................................................... 641

9. ORdEM SOCIAl ................................................................................................................................................................................. 646

9.1. SEGURIdAdE SOCIAl ............................................................................................................................................................ 646

9.2. EdUCAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 648

9.3. MEIO AMbIENTE .................................................................................................................................................................... 649

9.4. FAMílIA, CRIANÇA, AdOlESCENTE E IdOSO ...................................................................................................................... 649

9.5. íNdIOS ................................................................................................................................................................................... 650

9.6. QUESTõES COMbINAdAS SObRE A ORdEM ECONôMICA E SOCIAl.................................................................................. 651

10. QUESTõES COMbINAdAS ................................................................................................................................................................ 654

5. DIREITO ADMINISTRATIvO 663

1. INTROdUÇÃO E PRINCíPIOS ............................................................................................................................................................ 663

2. POdERES AdMINISTRATIVOS .......................................................................................................................................................... 667

3. ATO AdMINISTRATIVO ...................................................................................................................................................................... 673

3.1. CONCEITO, FORMAÇÃO, EFEITOS E ATRIbUTOS dO ATO AdMINISTRATIVO ....................................................................... 673

3.2. REQUISITOS dO ATO AdMINISTRATIVO ................................................................................................................................ 675

3.3. ClASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES dE ATO AdMINISTRATIVO ..................................................................................................... 678

3.4. dISCRICIONARIEdAdE, VINCUlAÇÃO E CONTROlE JURISdICIONAl ................................................................................ 682

3.5. ExTINÇÃO ............................................................................................................................................................................. 684

3.6. TEMAS COMbINAdOS dE ATO AdMINISTRATIVO ................................................................................................................. 690

4. ORGANIzAÇÃO dA AdMINISTRAÇÃO PÚblICA ............................................................................................................................... 691

4.1. AdMINISTRAÇÃO PÚblICA EM GERAl ................................................................................................................................ 693

4.2. PESSOAS JURídICAS dE dIREITO PÚblICO ........................................................................................................................ 694

4.3. PESSOAS JURídICAS dE dIREITO PRIVAdO ESTATAIS ........................................................................................................ 698

4.4. ENTES dE COOPERAÇÃO ...................................................................................................................................................... 700

4.5. TEMAS COMbINAdOS dE ORGANIzAÇÃO dA AdMINISTRAÇÃO PÚblICA ......................................................................... 701

5. AGENTES PÚblICOS ........................................................................................................................................................................ 702

5.1. ClASSIFICAÇÃO dOS AGENTES PÚblICOS ......................................................................................................................... 702

5.2. REGIMES JURídICOS E VíNCUlOS ....................................................................................................................................... 703

5.3. PROVIMENTO, INVESTIdURA, POSSE E ExERCíCIO ............................................................................................................ 704

5.4. VACâNCIA .............................................................................................................................................................................. 707

5.5. ACESSIbIlIdAdE A CARGOS, EMPREGOS E FUNÇõES ....................................................................................................... 709

5.6. ESTAbIlIdAdE ....................................................................................................................................................................... 712

5.7. ACUMUlAÇÃO REMUNERAdA E AFASTAMENTO ................................................................................................................. 713

5.8. SISTEMA REMUNERATóRIO, dIREITOS E VANTAGENS ....................................................................................................... 714

5.9. GREVE E SINdICAlIzAÇÃO ................................................................................................................................................... 716

5.10. PREVIdÊNCIA ........................................................................................................................................................................ 717

5.11. INFRAÇõES E PROCESSO dISCIPlINARES. RESPONSAbIlIdAdE dO SERVIdOR ............................................................. 718

5.12. TEMAS COMbINAdOS dE AGENTES PÚblICOS .................................................................................................................. 721

6. IMPRObIdAdE AdMINISTRATIVA ..................................................................................................................................................... 722

7. INTERVENÇÃO NA PROPRIEdAdE .................................................................................................................................................. 732

12

CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

8. bENS PÚblICOS............................................................................................................................................................................... 732

9. RESPONSAbIlIdAdE dO ESTAdO.................................................................................................................................................... 738

10. lICITAÇõES E CONTRATOS AdMINISTRATIVOS .............................................................................................................................. 744

11. SERVIÇO PÚblICO. CONCESSõES EM GERAl. PPP ....................................................................................................................... 746

12. PROCESSO AdMINISTRATIVO .......................................................................................................................................................... 748

13. MANdAdO dE SEGURANÇA, HABEAS DATA, AÇÃO POPUlAR E AÇÃO CIVIl PÚblICA ................................................................. 749

14. TEMAS COMbINAdOS dE dIREITO AdMINISTRATIVO ..................................................................................................................... 751

6. PROCESSO CIvIL 753

1. PRINCíPIOS dO PROCESSO CIVIl .................................................................................................................................................... 753

2. PARTES, PROCURAdORES, MINISTÉRIO PÚblICO E JUIz ............................................................................................................. 756

3. ATOS PROCESSUAIS ......................................................................................................................................................................... 762

4. lITISCONSóRCIO, ASSISTÊNCIA E INTERVENÇÃO dE TERCEIROS ............................................................................................... 767

5. JURISdIÇÃO E COMPETÊNCIA ......................................................................................................................................................... 771

6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONdIÇõES dA AÇÃO .............................................................................................................. 778

7. FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E ExTINÇÃO dO PROCESSO, NUlIdAdES ............................................................................................ 780

8. TUTElA ANTECIPAdA E lIMINAR EM CAUTElAR ........................................................................................................................... 783

9. PROCESSO dE CONhECIMENTO. RITOS SUMÁRIO E ORdINÁRIO ................................................................................................. 789

10. SENTENÇA, CUMPRIMENTO dE SENTENÇA, COISA JUlGAdA E AÇõES ANUlATóRIA E RESCISóRIA ....................................... 810

11. RECURSOS ........................................................................................................................................................................................ 825

12. ExECUÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 836

13. CAUTElAR ........................................................................................................................................................................................ 848

14. PROCEdIMENTOS ESPECIAIS .......................................................................................................................................................... 852

15. lEGISlAÇÃO ExTRAVAGANTE .......................................................................................................................................................... 853

16. TEMAS VARIAdOS E COMbINAdOS ................................................................................................................................................. 855

7. DIREITO CIvIL 861

1. lINdb – lEI dE INTROdUÇÃO àS NORMAS dO dIREITO bRASIlEIRO .......................................................................................... 861

2. GERAl ............................................................................................................................................................................................... 867

2.1. dAS PESSOAS NATURAIS...................................................................................................................................................... 867

2.2. dOS dIREITOS dA PERSONAlIdAdE .................................................................................................................................... 872

2.3. dAS PESSOAS JURídICAS ..................................................................................................................................................... 875

2.4. dO dOMICílIO ....................................................................................................................................................................... 883

2.5. dOS bENS .............................................................................................................................................................................. 884

2.6. dOS FATOS JURídICOS ......................................................................................................................................................... 889

2.6.1. TEORIA GERAl dOS NEGóCIOS JURídICOS .......................................................................................................... 889

2.6.2. dEFEITOS dOS NEGóCIOS JURídICOS .................................................................................................................. 892

2.6.3. INVAlIdAdE dOS NEGóCIOS JURídICOS .............................................................................................................. 896

2.6.4. dA PRESCRIÇÃO E dA dECAdÊNCIA ..................................................................................................................... 900

3. ObRIGAÇõES .................................................................................................................................................................................... 905

3.1. INTROdUÇÃO, ClASSIFICAÇÃO E MOdAlIdAdES dE ObRIGAÇõES .................................................................................. 905

3.2. TRANSMISSÃO, AdIMPlEMENTO E ExTINÇÃO dAS ObRIGAÇõES ..................................................................................... 912

3.3. INAdIMPlEMENTO dAS ObRIGAÇõES ................................................................................................................................. 916

4. dAS PREFERÊNCIAS E PRIVIlÉGIOS CREdITóRIOS ....................................................................................................................... 921

13

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT SUMÁRIO

5. CONTRATOS ...................................................................................................................................................................................... 922

5.1. CONCEITO, FORMAÇÃO E PRINCíPIOS dOS CONTRATOS ................................................................................................... 922

5.2. ClASSIFICAÇÃO dOS CONTRATOS ....................................................................................................................................... 925

5.3. ONEROSIdAdE ExCESSIVA ................................................................................................................................................... 926

5.4. EVICÇÃO................................................................................................................................................................................. 927

5.5. ExTINÇÃO dOS CONTRATOS ................................................................................................................................................. 927

5.6. COMPRA E VENdA ................................................................................................................................................................. 928

5.7. dOAÇÃO ................................................................................................................................................................................. 930

5.8. MÚTUO, COMOdATO E dEPóSITO ......................................................................................................................................... 931

5.9. lOCAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 932

5.10. PRESTAÇÃO dE SERVIÇO E EMPREITAdA ............................................................................................................................ 933

5.11. MANdATO .............................................................................................................................................................................. 937

5.12. TRANSAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 937

5.13. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA ........................................................................................................................................... 937

5.14. TEMAS COMbINAdOS dE CONTRATOS ................................................................................................................................ 938

6. RESPONSAbIlIdAdE CIVIl .............................................................................................................................................................. 938

6.1. ObRIGAÇÃO dE INdENIzAR .................................................................................................................................................. 938

6.2. INdENIzAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 945

7. FAMílIA ............................................................................................................................................................................................. 946

8. SUCESSõES ...................................................................................................................................................................................... 949

9. dIREITO dE EMPRESA E TíTUlOS dE CRÉdITO .............................................................................................................................. 949

10. TEMAS COMbINAdOS ...................................................................................................................................................................... 954

8. DIREITO EMPRESARIAL 957

1. TEORIA GERAl, EMPRESA, EMPRESÁRIO, CAPACIdAdE, ESTAbElECIMENTO COMERCIAl ....................................................... 957

2. NOME EMPRESARIAl ....................................................................................................................................................................... 959

3. dIREITO SOCIETÁRIO ........................................................................................................................................................................ 960

3.1. RESPONSAbIlIdAdE dOS SóCIOS E AdMINISTRAdORES, dESCONSIdERAÇÃO dA PERSONAlIdAdE .......................... 960

3.2. SOCIEdAdES EM GERAl ....................................................................................................................................................... 962

3.3. SOCIEdAdE ANôNIMA .......................................................................................................................................................... 964

3.4. TEMAS COMbINAdOS dE dIREITO SOCIETÁRIO .................................................................................................................. 970

4. dIREITO CAMbIÁRIO ......................................................................................................................................................................... 971

5. dIREITO CONCURSAl ....................................................................................................................................................................... 975

6. INTERVENÇÃO E lIQUIdAÇÃO ExTRAJUdICIAl.............................................................................................................................. 988

7. CONTRATOS EMPRESARIAIS ........................................................................................................................................................... 989

8. dIREITO dO CONSUMIdOR ............................................................................................................................................................... 998

9. TEMAS COMbINAdOS .................................................................................................................................................................... 1001

9. DIREITO DO CONSUMIDOR 1005

1. PRINCíPIOS E dIREITOS bÁSICOS ................................................................................................................................................. 1005

2. RESPONSAbIlIdAdE PElO FATO dO PROdUTO OU dO SERVIÇO ................................................................................................ 1006

3. dESCONSIdERAÇÃO dA PERSONAlIdAdE JURídICA. RESPONSAbIlIdAdE EM CASO dE GRUPO dE EMPRESAS ................. 1007

4. dEFESA dO CONSUMIdOR EM JUízO ............................................................................................................................................ 1009

5. TEMAS COMbINAdOS dE dIREITO dO CONSUMIdOR .................................................................................................................. 1010

14

CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

10. OUTROS INTERESSES DIfUSOS E COLETIvOS 1013

11. DIREITO INTERNACIONAL 1021

1. dIREITO INTERNACIONAl PÚblICO ............................................................................................................................................. 1021

1.1. TRATAdOS............................................................................................................................................................................ 1021

1.2. ESTAdO – SObERANIA E TERRITóRIO ................................................................................................................................ 1025

1.2.1. RElAÇõES dIPlOMÁTICAS E CONSUlARES ....................................................................................................... 1025

1.2.1.1. IMUNIdAdES......................................................................................................................................... 1027

1.2.2. ExClUSÃO dO ESTRANGEIRO E VISTOS .............................................................................................................. 1029

1.2.2.1. VISTOS ................................................................................................................................................... 1029

1.2.2.2. COMbINAdAS ....................................................................................................................................... 1030

1.3. ORGANIzAÇõES INTERNACIONAIS – TEORIA GERAl ........................................................................................................ 1030

1.3.1. ORGANIzAÇÃO MUNdIAl dO COMÉRCIO ............................................................................................................ 1031

1.3.2. COMbINAdAS ....................................................................................................................................................... 1031

1.4. SER hUMANO ...................................................................................................................................................................... 1031

1.4.1. NACIONAlIdAdE .................................................................................................................................................. 1031

1.4.2. ESTRANGEIRO NO bRASIl ................................................................................................................................... 1032

1.5. dIREITO COMUNITÁRIO ....................................................................................................................................................... 1032

1.5.1. TEORIA GERAl ...................................................................................................................................................... 1032

1.5.2. MERCOSUl ........................................................................................................................................................... 1033

1.5.3. UNIÃO EUROPEIA ................................................................................................................................................. 1036

1.5.4. COMbINAdAS ....................................................................................................................................................... 1037

1.6. COMbINAdAS E OUTROS TEMAS dE dIREITO INTERNACIONAl PÚblICO ...................................................................... 1039

2. dIREITO INTERNACIONAl dO TRAbAlhO .................................................................................................................................... 1045

2.1. ESTRUTURA ORGANIzACIONAl E FUNCIONAMENTO dA OIT ........................................................................................... 1045

2.1.1. CONFERÊNCIA INTERNACIONAl dO TRAbAlhO ............................................................................................... 1050

2.2. ObJETIVOS, FINS E PRINCíPIOS dA OIT ............................................................................................................................. 1050

2.3. CONVENÇõES dA OIT.......................................................................................................................................................... 1053

2.3.1. CONVENÇÃO 105 .................................................................................................................................................. 1053

2.3.2. CONVENÇÃO 111 .................................................................................................................................................. 1054

2.3.3. CONVENÇÃO 132 .................................................................................................................................................. 1054

2.3.4. CONVENÇÃO 138 .................................................................................................................................................. 1054

2.3.5. CONVENÇÃO 154 .................................................................................................................................................. 1055

2.3.6. CONVENÇÃO 182 .................................................................................................................................................. 1056

2.3.7. CONVENÇõES COMbINAdAS ............................................................................................................................... 1056

2.4. COMbINAdAS dE dIREITO INTERNACIONAl dO TRAbAlhO ........................................................................................... 1061

3. dIREITO INTERNACIONAl PRIVAdO .............................................................................................................................................. 1064

12. DIREITOS HUMANOS 1071

1. TEORIA GERAl E dOCUMENTOS hISTóRICOS .............................................................................................................................. 1071

2. GERAÇõES dOS dIREITOS hUMANOS ........................................................................................................................................... 1071

3. SISTEMA GlObAl dE PROTEÇÃO dOS dIREITOS hUMANOS ....................................................................................................... 1072

3.1. dEClARAÇÃO UNIVERSAl dOS dIREITOS hUMANOS ...................................................................................................... 1072

3.2. PACTOS INTERNACIONAIS – SObRE dIREITOS CIVIS E POlíTICOS E SObRE dIREITOS ECONôMICOS,

SOCIAIS E CUlTURAIS ........................................................................................................................................................ 1072

15

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT SUMÁRIO

4. SISTEMA GlObAl dE PROTEÇÃO ESPECíFICA dOS dIREITOS hUMANOS .................................................................................. 1074

4.1. CONVENÇÃO SObRE OS dIREITOS dA CRIANÇA ............................................................................................................... 1074

5. SISTEMA REGIONAl dE PROTEÇÃO dOS dIREITOS hUMANOS – SISTEMA INTERAMERICANO ................................................ 1074

6. dIREITOS hUMANOS NO bRASIl ................................................................................................................................................... 1076

6.1. CONSTITUIÇÃO CIdAdà dE 1988 ........................................................................................................................................ 1077

6.2. dIREITOS FUNdAMENTAIS ................................................................................................................................................ 1079

6.3. INCORPORAÇÃO dE TRATAdOS NO dIREITO bRASIlEIRO................................................................................................ 1080

7. COMbINAdAS E OUTROS TEMAS ................................................................................................................................................... 1081

8. COMbINAdAS COM dIREITO INTERNACIONAl dO TRAbAlhO.................................................................................................... 1085

13. DIREITO PENAL 1091

1. APlICAÇÃO dA lEI NO TEMPO ...................................................................................................................................................... 1091

2. CONCEITO E ClASSIFICAÇÃO dOS CRIMES .................................................................................................................................. 1091

3. FATO TíPICO E TIPO PENAl............................................................................................................................................................ 1092

4. CRIMES dOlOSOS, CUlPOSOS E PRETERdOlOSOS .................................................................................................................... 1093

5. TENTATIVA, CONSUMAÇÃO E CRIME IMPOSSíVEl........................................................................................................................ 1094

6. ANTIJURIdICIdAdE E CAUSAS ExClUdENTES............................................................................................................................. 1097

7. CUlPAbIlIdAdE E CAUSAS ExClUdENTES ................................................................................................................................. 1098

8. PENA E MEdIdA dE SEGURANÇA ................................................................................................................................................. 1099

9. ExTINÇÃO dA PUNIbIlIdAdE EM GERAl ...................................................................................................................................... 1100

10. CRIMES CONTRA A PESSOA........................................................................................................................................................... 1100

11. CRIMES CONTRA O PATRIMôNIO ................................................................................................................................................... 1105

12. CRIMES CONTRA A ORGANIzAÇÃO dO TRAbAlhO ...................................................................................................................... 1109

13. CRIMES CONTRA A FÉ PÚblICA .................................................................................................................................................... 1114

14. CRIMES CONTRA A AdMINISTRAÇÃO PÚblICA............................................................................................................................ 1118

15. CRIMES dA lEGISlAÇÃO ExTRAVAGANTE .................................................................................................................................... 1125

16. TEMAS COMbINAdOS .................................................................................................................................................................... 1126

14. DIREITO PREvIDENCIáRIO 1131

1. PRINCíPIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................................................................................... 1131

2. ASSISTÊNCIA SOCIAl ..................................................................................................................................................................... 1137

3. PREVIdÊNCIA SOCIAl .................................................................................................................................................................... 1138

4. bENEFíCIOS PREVIdENCIÁRIOS.................................................................................................................................................... 1139

5. ACUMUlAÇÃO dE bENEFíCIOS ..................................................................................................................................................... 1141

6. SEGURAdOS ................................................................................................................................................................................... 1142

7. dEPENdENTES ............................................................................................................................................................................... 1146

8. CARÊNCIA ....................................................................................................................................................................................... 1148

9. APOSENTAdORIA ............................................................................................................................................................................ 1151

10. AUxílIO-dOENÇA ........................................................................................................................................................................... 1153

11. SAlÁRIO-FAMílIA........................................................................................................................................................................... 1154

12. SAlÁRIO-MATERNIdAdE ............................................................................................................................................................... 1156

13. AUxílIO-ACIdENTE ........................................................................................................................................................................ 1158

14. SEGURO-dESEMPREGO ................................................................................................................................................................. 1160

15. CONTRIbUIÇõES SOCIAIS .............................................................................................................................................................. 1163

16

CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

16. CONTRIbUIÇÃO PREVIdENCIÁRIA ................................................................................................................................................. 1167

17. SAlÁRIO dE CONTRIbUIÇÃO ......................................................................................................................................................... 1172

18. dECAdÊNCIA E PRESCRIÇÃO ........................................................................................................................................................ 1175

19. ACIdENTE dO TRAbAlhO .............................................................................................................................................................. 1177

20. TEMAS VARIAdOS ........................................................................................................................................................................... 1180

17

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT COMO USAR O LIVRO

Para que você consiga um ótimo aproveitamento deste livro, atente para as seguintes orientações:

1o Tenha em mãos um vademecum ou um computador no qual você pos-sa acessar os textos de lei citados.

2o Se você estiver estudando a teoria (fazendo um curso preparatório ou lendo resumos, livros ou apostilas), faça as questões correspondentes deste livro na medida em que for avançando no estudo da parte teórica.

3o Se você já avançou bem no estudo da teoria, leia cada capítulo deste livroatéofinal,esópasseparaonovocapítuloquandoacabaroanterior;vaimaisumadica:alternecapítulosdeacordocomsuaspreferências;leiaumca-pítulo de uma disciplina que você gosta e, depois, de uma que você não gosta ou não sabe muito, e assim sucessivamente.

4o Iniciada a resolução das questões, tome o cuidado de ler cada uma delas sem olhar para o gabarito e para os comentários;seacuriosidadeformuitogrande e você não conseguir controlar os olhos, tampe os comentários e os ga-baritoscomumaréguaouumpapel;naprimeiratentativa,éfundamentalquere-solvaaquestãosozinho;sóassimvocêvaiidentificarsuasdeficiênciase“pegarojeito”deresolverasquestões;marquecomumlápisarespostaqueentendercorreta, e só depois olhe o gabarito e os comentários.

5o Leia com muita atenção o enunciado das questões. Ele deve ser lido, no mínimo, duas vezes. Da segunda leitura em diante, começam a aparecer os detalhes, os pontos que não percebemos na primeira leitura.

COMO USAR O lIVRO

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CoordenadoreS aLeXandre GIaLLUCa, LUIZ FaBre e wander GarCIa

6o Grife as palavras-chave, as afirmações e a pergunta formulada. Ao grifar as palavras importantes e as afirmações você fixarámais os pontos-chave e não se perderá no enunciado como um todo. Tenha atenção especial comas palavras “correto”, “incorreto”, “certo”, “errado”, “prescindível” e “im-prescindível”.

7o Leia os comentários e também leia também cada dispositivo legal nelesmencionados;nãotenhapreguiça;abraovademecum e leia os textos de leis citados, tanto os que explicam as alternativas corretas, como os que expli-camoporquêdeserincorretadadaalternativa;vocêtemqueconhecerbemaletradalei,jáquemaisde90%dasrespostasestãonela;mesmoquevocêjátenha entendido determinada questão, reforce sua memória e leia o texto legal indicado nos comentários.

8o Leia também os textos legais que estão em voltadodispositivo;porexemplo, se aparecer, em Direito Penal, uma questão cujo comentário reme-te ao dispositivo que trata da falsidade ideológica, aproveite para ler também osdispositivosquetratamdosoutroscrimesdefalsidade;outroexemplo:seaparecer uma questão, em Direito Constitucional, que trate da composição do Conselho Nacional de Justiça, leia também as outras regras que regulamentam esse conselho.

9o Depois de resolver sozinho a questão e de ler cada comentário, você deve fazer uma anotação ao lado da questão, deixando claro o motivo de eventualerroquevocêtenhacometido;conheçaosmotivosmaiscomunsdeerros na resolução das questões:

DL–“desconhecimentodalei”;quandoaquestãopuderserresolvidaape-nascomoconhecimentodotextodelei;

DD–“desconhecimentodadoutrina”;quandoaquestãosópuderserresol-vidacomoconhecimentodadoutrina;

DJ–“desconhecimentodajurisprudência”;quandoaquestãosópuderserresolvidacomoconhecimentodajurisprudência;

FA–“faltadeatenção”;quandovocêtivererradoaquestãopornãoterlidocomcuidadooenunciadoeasalternativas;

NUT-“nãousodastécnicas”;quandovocêtiverseesquecidodeusarastécnicas de resolução de questões objetivas, tais como as da repetição de

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COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT COMO USAR O LIVRO

elementos(“quantomaiselementosrepetidosexistirem,maiorachancedeaalternativa ser correta”), das afirmações generalizantes(“afirmaçõesgenerali-zantestendemaserincorretas”-reconhece-seafirmaçõesgeneralizantespelaspalavras sempre, nunca, qualquer, absolutamente, apenas, só, somente exclu-

sivamente etc.), dos conceitos compridos(“osconceitosdemaiorextensãotendem a ser corretos”), entre outras.

obs:sevocêtiverinteresseemfazerumCursode“TécnicasdeResoluçãodeQuestões Objetivas”, entre em contato comigo pelo endereço eletrônico [email protected]. Tenho uma excelente recomendação para fazer.

10aConfienobom-senso. Normalmente, a resposta correta é a que tem mais a ver com o bom-senso e com a ética. Não ache que todas as perguntas contêm uma pegadinha. Se aparecer um instituto que você não conhece, repa-rebemnoseunomeetenteimaginaroseusignificado.

11a Faça um levantamento do percentual de acertos de cada disciplina e dos principais motivos que levaram aos erros cometidos;depossedaprimeirainformação,verifiquequaisdisciplinasmerecemumreforçonoestu-do;edepossedasegundainformação,fiqueatentoaoserrosquevocêmaiscomete, para que eles não se repitam.

12a Uma semana antes da prova, faça uma leitura dinâmica de todas as anotações que você fez e leia de novo os dispositivos legais (e seu entorno) das questõesemquevocêmarcar“DL”,ouseja,desconhecimentodalei.

13a Para que você consiga ler o livro inteiro, faça um bom planejamento. Por exemplo, se você tiver 30 dias para ler a obra, divida o número de páginas do livro pelo número de dias que você tem, e cumpra, diariamente, o número de páginasnecessáriasparachegaratéofim.Setiversonooupreguiça,levanteum pouco, beba água, masque chiclete ou leia em voz alta por algum tempo.

14a Desejo a você, também, muita energia, disposição, foco, organiza-ção, disciplina, perseverança, amor e ética!

Wander GarciaCoordenador

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5. Direito Administrativo

1. INTRODUÇÃO E PRINCÍPIOS

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2004) A Administração Pública Direta ou Indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá, entre outros, aos seguintes princípios:I. moralidade;II. legalidade;III. publicidade;IV. impessoalidade;V. eficiência.

Assinale:(A) setodasasassertivasestiveremcorretas;(B) sesomenteasassertivasIeIIestiveremcorretas;(C) se somente as assertivas I, II, III e IV estiverem

corretas;(D) se somente as assertivas III e IV estiverem

corretas;(E) se todas as assertivas estiverem incorretas.

Art. 37, caput, da CF.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 7ª Região – 2005) A estrutura lógica do Direito Administrativo está toda amparada em um conjunto de princípios que integram o deno-minado regime jurídico-administrativo. Assim, para cada instituto desse ramo do Direito Público, há um ou mais princípios que o regem. Assinale, no rol abaixo,oprincípio identificadopeladoutrinacomoaquele que, fundamentalmente, sustenta a exigên-cia constitucional de prévia aprovação em concurso público para o provimento de cargo público:(A) moralidade;(B) legalidade;(C) impessoalidade;(D) publicidade;(E) razoabilidade.

O princípio da impessoalidade impõe respeito à igualdade, à neu-tralidade do agente e à finalidade. No ponto em que o princípio da impessoalidade determina tratamento isonômico às pessoas está presente a ideia de que não pode haver favorecimento ou perseguição na admissão de pessoas a cargos públicos, impondo-se, assim, a realização de concurso público.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 8ª Região – 2011) Consoante a jurisprudência dominante do STF, é INCORRETO afirmar:(A) Se o ato administrativo regulamentar normativo

ofender diretamente a Constituição da República, sem que haja lei a que deva se subordinar, poderá sofrer controle de constitucionalidade através da ação direta de inconstitucionalidade.

(B) Em homenagem ao princípio da segurança jurí-dica, pode ser convalidado ato administrativo de transposição de carreira, embora baseado em lei inconstitucional, em virtude de já se ter consoli-dado a situação jurídica do destinatário da norma.

(C) É inconstitucional a cobrança de taxa para a extração administrativa de certidões que visem à defesa de direitos e ao esclarecimento de inte-resses pessoais do requerente, pois violadora do princípio da publicidade.

(D) A Resolução n. 7 do CNJ, que veda a prática do nepotismo, com fundamento no princípio da mora-lidade, é aplicável apenas ao Poder Judiciário, sendo necessária lei formal para coibir a prática no âmbito dos demais Poderes.

(E) A criação de milhares de cargos em comissão por estado-membro, comparada com a pequena quantidade de cargos de provimento efetivo, é inconstitucional, por violar os princípios da pro-porcionalidade e da moralidade administrativa.

A: assertiva correta, conforme a seguinte decisão do STF: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONS-TITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA QUE QUESTIONA A CONSTITU-CIONALIDADE DE DECRETO ESTADUAL. FUNÇÃO NORMATIVA, REGULAMENTO E REGIMENTO. ATO NORMATIVO Q UE DESAFIA O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. ARTIGO 102, INCISO I, ALÍNEA “a”, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REFORMA DO ATO QUE NEGOU SEGUIMENTO À ADI. 1. Estão sujeitos ao controle de constitucio-nalidade concentrado os atos normativos, expressões da função normativa, cujas espécies compreendem a função regulamentar (do Executivo), a função regimental (do Judiciário) e a função legislativa (do Legislativo). Os decretos que veiculam ato normativo também devem sujeitar-se ao controle de constitucionalidade exercido pelo Supremo Tribunal Federal. 2. O Poder Legislativo não detém o monopólio da função normativa, mas apenas de uma parcela dela, a função legislativa. 3. Agravo regimental provido.”(ADI

Wander Garcia

WANDER GARCIA

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2950 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acór-dão: Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 06.10.2004, DJ 09.02.2007 PP-00016 EMENT VOL-02263-01 PP-00093); B: assertiva correta; a transposição de carreira é inconstitucional (Súmula 685 do STF: “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”); porém, o princípio da segurança jurídica, pode fazer com que o ato seja convalidado; confira o seguinte acórdão do STF: “EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Ação rescisória. Transposição de cargo. Processo seletivo anterior à CF/1988. Homologação posterior. Ato administrativo controvertido à época. 3. Princípio da segurança jurídica. Aplicabilidade. Precedentes. 4. Recurso extraordinário a que se nega provimento.” (RE 466546, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 14.02.2006, DJ 17.03.2006 PP-00042 EMENT VOL-02225-05 PP-00932 RTJ VOL-00199-03 PP-01248 LEXSTF v. 28, n. 328, 2006, p. 309-314); C: assertiva correta (art. 5º, XXXIV, da CF); D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada; a vedação do nepotismo se aplica a todos os poderes, nos termos da Súmula Vinculante n. 13 do STF, que é fundada no princípio da moralidade administrativa (art. 37, caput, da CF), independentemente da existência de uma lei específica tratando do assunto; E: assertiva correta, valendo salientar que a Constituição, ao dispor que os cargos em comissão só servirão para atribuições de chefia, direção e assessoramento, e que serão preenchidos com percentual mínimo de servidores de carreira, está a indicar a excepcionalidade desse tipo de cargo (art. 37, V, da CF).

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2007) Considere as seguintes proposições:I. São princípios constitucionais da Administração

Pública: moralidade, impessoalidade, discricio-nariedade e legalidade.

II. São princípios da Administração Pública: lega-lidade, eficiência,motivação, supremacia dointeresse público.

III. Nos termos estabelecidos na Constituição Fede-ral,classificam-secomocrimesderesponsabi-lidade os atos do Presidente da República que atentem contra a probidade na administração.

IV. Em face do princípio da continuidade do serviço público, empresas que contratam com a Adminis-tração Pública não podem invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que tenham como objeto a execução de serviço público.

Assinale a alternativa correta:(A) Todas as proposições estão corretas.(B) Apenas as proposições II, III e IV estão corretas.(C) Apenas as proposições I, III e IV estão corretas.(D) Apenas as proposições II e III estão corretas.(E) Apenas a proposição I está correta.

I: incorreta, pois, dentre os princípios constitucionais presentes no art. 37, caput, da CF, não está inclusa a discricionariedade; II: correta, valendo salientar que, mesmo não estando expresso na Constituição, o princípio da supremacia do interesse público é reconhecido como princípio basilar da Administração Pública; III: correta (art. 85, V, da CF); IV: correta, pois a descontinuidade do serviço público é excepcionalíssima (art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/1993), não contemplado a exceção de contrato não cumprido.

Gabarito“B”(Magistratura do Trabalho – 12ª Região – 2006) Assinale a alternativa incorreta:(A) na Emenda Constitucional n. 19, promulgada em

1998econhecidacomo“ReformaAdministrativa”,foi incluído o princípio da eficiência dentre osprincípios expressos que devem nortear a atuação daadministraçãopública;

(B) o novo mandamento que estabelece que a todos é assegurado razoável duração do processo, bem como os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, foi criado pela Emenda Constitucional n.45,de08.12.2004,denominadade“ReformadoJudiciário”, para ser observado no âmbito judicial, nãotendoaplicaçãonoâmbitoadministrativo;

(C) a Constituição de 1988 trouxe expressamente pela primeira vez os princípios que deveriam nortear a atuação da Administração Pública, rompendo uma tradição da adoção de princípios implícitos, como forafeitopelasConstituiçõesanteriores;

(D) a recente resolução regulamentadora de dispositivo constitucional, aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, que veda a prática de nepotismo con-tribui para preservar os padrões de moralidade e de impessoalidade no serviço público, mas tem alcancelimitadoaoPoderJudiciário;

(E) o princípio da impessoalidade se concretiza em várias regras constantes da Constituição, inclu-sive nas que exigem a realização de concurso para provimento de cargos e nas que estabelecem a necessidade das licitações para a celebração de contratos pela Administração Pública.

A: correta, pois o art. 37, caput, da CF foi modificado pela emenda mencionada justamente para incluir o princípio da eficiência; B: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois, apesar do inciso LXXVIII do art. 5º da CF ter sido incluído pela emenda mencionada justamente para estabelecer o princípio da razoável duração do processo, tal princípio aplica-se também ao âmbito administrativo; C: correta (art. 37, caput, da CF); D: correta ao tempo da realização da prova; hoje, com a Súmula Vinculante n. 13, o nepotismo está vedado no âmbito dos três poderes; E: correta, pois uma das face-tas da impessoalidade é a que determina respeito ao princípio da igualdade, exigência que é atendida com a realização de concursos públicos e licitação pública.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 13ª Região – 2006) As medidas provisórias constituem forma excepcional de restrição ao princípio da legalidade na administração pública, as quais não podem ser editadas em relação aos aspectos abaixo nominados, exceto:(A) direitospolíticos,partidospolíticosedireitoeleitoral;(B) direitopenaleprocessualpenal;(C) nacionalidadeecidadania;(D) organização do poder judiciário e do ministério

público;(E) abertura de crédito extraordinário para atender

despesas decorrentes de calamidade pública.

Art. 62, § 1º, I, da CF. O art. 167, § 3º, da CF admite medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para atender despesas decorrentes de calamidade pública.

Gabarito“E”

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2011) Analise as assertivas seguintes e responda.I. O princípio da autotutela administrativa funda-

menta a diretriz consolidada em súmula do STF segundo a qual a Administração Pública pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tomam ilegais, porque deles não seoriginamdireitos;ourevoga-los,pormotivode conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e, ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

II. A Lei 9.784/1999, que disciplina o processo admi-nistrativo federal indica como um dos princípios que devem nortear a Administração Pública o princípio da segurança jurídica, assim como está mencionado no caput do artigo 5º da Constituição Federal a garantia à segurança, entendida não só no aspecto físico, como no jurídico. Dentre as consequências deste principio estão: a proi-bição, como regra, da retroatividade dos atos administrativos e o impedimento de aplicação de nova interpretação, respeito ao direito adquirido e preservação de efeitos de atos e medidas praticados por servidores de fato.

III. De acordo com o princípio da continuidade as atividades realizadas pela Administração Pública devem ser ininterruptas, para que o atendimento do interesse da coletividade não seja prejudi-cado.Tal princípio informa tambémas figurasda substituição, interinidade, suplência.

IV. Como instrumentos constitucionais para punir a inobservância do princípio da moralidade admi-nistrativa a Constituição Federal aponta a ação popular, a sanção à improbidade administrativa dos agentes públicos em geral. Assim, a Lei 8.429/1992 caracteriza os atos de improbidade administrativa como sendo aqueles que impli-quem, necessariamente, Iocupletamento de caráterfinanceirooumaterial.

(A) Apenas as assertivas I e III são corretas. (B) Apenas a assertiva I é correta.(C) Apenas as assertivas II e IV são corretas. (D) Apenas a assertiva IV é incorreta.(E) Todas as assertivas são corretas.

I: correta (Súmula 473 do STF); II: correta (art. 2º, caput e parágrafo único, XIII, da Lei 9.784/1999); III: correta, pois o princípio em tela, denominado princípio da continuidade do serviço público, tem em mira justamente a exigência de que os serviços públicos não parem e continuem à disposi-ção da própria administração e dos administrados; quando um servidor está em férias, por exemplo, para que o serviço não seja interrompido, a Administração tem à sua disposição as figuras da substituição; já quando um servidor é exonerado de um cargo em comissão, pode-se desde já nomear outro no lugar ou simplesmente nomear alguém interinamente; e quando um membro de uma comissão não puder comparecer a uma reunião, por exemplo, costuma haver um suplente, justamente para que o serviço público correspondente não fique interrompido; IV: incorreta, pois há duas modalidades de improbidade que não requerem o enriquecimento ilícito do agente, quais sejam, a por prejuízo ao erário e a por violação a princípios da Administração (arts. 10 e 11 da Lei 8.429/1992).

Gabarito“D”(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2008) A Constituição Federal prevê expressamente que a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, obedecerá aos princípios de:(A) legalidade, impessoalidade, competência, mora-

lidade,publicidadeeeficiência;(B) proporcionalidade,eficiência,motivação,morali-

dade,publicidadeelegalidade;(C) legalidade, razoabilidade, impessoalidade, mora-

lidade,publicidadeeeficiência;(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-

dadeeeficiência;(E) motivação, legalidade, conveniência, moralidade,

publicidadeeeficiência.

Trata-se do famoso LIMPE (cada letra de LIMPE é a primeira letra dos princípios expressos na CF), previsto no art. 37, caput, da CF.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008) Os princípios da Administração Pública apresentam-se como proposições básicas e fundamentais que informam o Direito Administrativo. A respeito desses princípios assinale a opção incorreta.(A) Os princípios podem ser explícitos ou implícitos.

Entre os princípios de Direito Administrativo expli-citamente estabelecidos na Constituição Federal encontramos o da legalidade, o da publicidade, o da impessoalidade, o da moralidade adminis-trativa,odaeficiênciaeodarazoabilidade.

(B) Toda a razão da Administração é voltada para a satisfação do interesse público. Esse é o princípio da supremacia do interesse público. Daí decorre a posição privilegiada dos órgãos e entes públi-cos encarregados da preservação do interesse público.

(C) O interesse público pode ser dividido em primário e secundário. O interesse público primário é o conjunto de interesses coletivos que prevalecem na sociedade, o interesse público secundário, por sua vez, é integrado pelos interesses que a Administração pode ter como qualquer sujeito de direito.

(D) Pode ser tido como interesse secundário o de pagar o mínimo possível a seus servidores e de elevar ao máximo os impostos.

(E) O princípio da indisponibilidade fundamenta, entre outros, os institutos do provimento dos cargos públicos, das licitações e contratos públicos.

A: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois o princípio da razoabilidade não está expresso na Constituição Federal (art. 37, caput), apesar de estar expresso no art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999; B: correta, valendo salientar que o princípio da supre-macia do interesse público é considerado um princípio basilar da Administração, juntamente com o princípio da indisponibilidade do interesse público; desses dois princípios decorrem todos os outros; C e D: corretas, valendo salientar que, quando houver conflito entre os interesses públicos primário e secundário, prevalece o primeiro; o interesse público secundário é o interesse da pessoa jurídica estatal, abstraindo-se o interesse da coletividade; E: correta, pois o fato do interesse público ser indisponível faz com que seja

WANDER GARCIA

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necessária a realização de concursos públicos para provimento dos cargos públicos, licitação, realização de contratos administrativo, bem como fundamenta que os contratos administrativos tenham regime jurídico diferenciado, de modo a propiciar a promoção do interesse público.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 21ª Região – 2012) Sobre os princípios que regem a administração pública, é incorretoafirmar:(A) o princípio da moralidade exige que o administra-

dorsepauteporconceitoséticos;(B) corolário do princípio da igualdade é a vedação

de se estabelecer diferenças em razão da sede oudomicíliodoslicitantes;

(C) o princípio da supremacia do interesse público decorre da posição privilegiada dos órgãos e entes públicos encarregados da preservação do interessepúblico;

(D) em decorrência do princípio da hierarquia, que é restrito às funções administrativas e não aplicá-veis às funções tipicamente legislativas e judiciais, a Administração Pública possui a prerrogativa de avocar atribuições, e também de rever os atos dossubordinados;

(E) A Constituição Federal prevê, expressamente, os princípios da legalidade, publicidade, impessoali-dade,moralidade,eficiênciaerazoabilidade.

A: assertiva correta, pois o dever de agir conforme a ética, a boa-fé, a lealdade etc., decorre justamente do princípio da moralidade; B: assertiva correta, pois a igualdade não se coaduna com discriminar licitantes em função de sua sede ou domicílio, não podendo um edital de licitação de um município dizer que só pode participar de licitação para fornecer, por exemplo, material de escritório para este, empresas sediadas nele; C: assertiva correta, pois, para que o interesse público seja assegurado, há situações em que é necessário se conceder privilégios aos órgãos públicos, como o privilégio deste de poder usar a força para executar seus atos em determinados casos; D: assertiva correta, pois a hierarquia, de fato, só existe em relações administrativas (não existindo em relações puramente jurisdicionais e legislativas, não sendo correto dizer que um desembargador de uma câmara é superior hierárquico de um juiz) e decorre dela a possibilidade de revisão dos atos dos subordinados e também de avocação de atribuições; E: assertiva incorreta, devendo ser assinalada; o princípio da razoabilidade não está expresso no art. 37, caput, da CF, diferentemente dos outros mencionados, que estão.

Gabarito“E”

(Magistratura do Trabalho – 21ª Região – 2005) De acordo com as assertivas seguintes, indique a alternativa correta: I. Decorre da aplicação do princípio da suprema-

cia do interesse público o reconhecimento da validade de ato praticado por funcionário irre-gularmente investido no cargo ou função, sob fundamento de que os atos são do órgão e não doagentepúblico,comopessoafísica;

II. Emvistadoprincípiodaeficiência,oparticularque pactua com a Administração Pública passou a ter o direito de invocar a exceptio non adimpleti contractus, considerando a responsabilidade e o resultado necessário nas obrigações decorrentes daexecuçãodocontrato;

III. Em decorrência do princípio da hierarquia, que é restrito às funções administrativas e não aplicá-vel às funções tipicamente legislativas e judiciais, a Administração Pública possui a prerrogativa de delegar e avocar atribuições, e também de rever osatosdossubordinados;

IV. Considerando a relevância e o alcance do prin-cípio da legalidade no agir da Administração, a legitimidade e a veracidade atribuídas aos seus atos gozam da presunção juris et de jure;

V. Diante da fundamentalidade do princípio da publi-cidade dos atos administrativos, o ordenamento constitucional garante o amplo direito de todos a receber dos órgãos públicos informações de interesse particular ou coletivo, sem quaisquer restrições.

(A) apenasasalternativasIeVestãocorretas;(B) apenasasalternativasIeIIIestãocorretas;(C) apenasaalternativaIIIestácorreta;(D) apenasasalternativasIeIVestãocorretas;(E) apenas as alternativas II e III estão corretas.

I: incorreta, pois o reconhecimento mencionado na assertiva não expressa uma supremacia estatal, mas uma necessidade decorrente da preservação do princípio da segurança jurídica; II: incorreta, pois a Lei 8.666/1993 (art. 78, XIV e XV) impõe que o contratado continue cumprindo com sua parte, mesmo em caso de atraso no pagamento (até o limite de 90 dias) e de suspensão do contrato (até o limite de 120 dias); III: correta, pois o princípio da hierarquia diz respeito às relações administrativas; no específico âmbito do processo judicial não se fala em hierarquia, apesar de a decisão de tribunal superior prevalecer sobre a de órgão judiciário inferior quando tomadas no mesmo processo; essa circunstância decorre da competência para julgar recursos, não sendo possível, todavia, que o Tribunal avoque um processo de um juiz de 1º grau para julgamento originário naquele; IV: incorreta, pois a presunção de legitimidade dos atos administrativos é relativa (juris tantum), e não absoluta (juris et de jure); V: incorreta, pois o próprio art. 5º da CF, em seu inciso LX, admite o sigilo quando relevante para a defesa da intimidade ou quando ou interesse social o exigir.

Gabarito“C”

(Procurador do Trabalho – 2013 – MPT) Sobre o princípio da transparência na administração pública, analise as seguintes proposições: I. A Constituição da República assegura de forma

expressa o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas.

II. Subordina-se aos ditames da Lei n. 12.527/2011 (Lei de Transparência) a administração pública direta e indireta da União, dos Estados e Municípios.

III. O Ministério Público não se sujeita aos ditames da Lei n. 12.527/2011, uma vez que não integra o Poder Executivo, estando sujeito à normatização própria pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

IV. Aplicam-se as disposições da Lei n. 12.527/2011, noquecouber,àsentidadesprivadassemfinslucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante sub-venções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

COMO PASSAR EM CONCURSOS DA MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

Assinale a alternativa CORRETA: (A) apenasasassertivasIeIIIestãocorretas;(B) apenasasassertivasIIeIVestãocorretas;(C) apenasasassertivasIIIeIVestãocorretas;(D) apenasaassertivaIVestácorreta;(E) não respondida.

I: incorreta, pois a CF não garante de forma expressa o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, havendo apenas normas que permitem o acesso a atos de interesse coletivo em geral (art. 5º, XXXIII, da CF), sem o nível de detalhe que agora está garantido pela Lei 12.527/2011; II: correta (art. 1º, caput, da Lei 12.527/11); III: incorreta, pois o Ministério Público integra o Poder Executivo, além de haver menção expressa acerca da subordinação do Parquet ao regime da Lei 11.527/2011 (art. 1º, parágrafo único, I); IV: correta (art. 2º, caput, da Lei 12.527/2011).

Gabarito“B”

(Ministério Público do Trabalho – 14°) Quanto aos poderes e princípios da Administração Pública.I. O poder disciplinar da Administração Pública

autoriza a aplicação de sanções a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração.

II. O princípio da continuidade do serviço público jamais cede em razão de seu caráter absoluto, não comporta a aplicação do princípio da pro-porcionalidade e constitui um verdadeiro super-princípio que orienta todo o ordenamento jurídico administrativo.

III. O princípio da motivação dos atos administrati-vos, embora recomendável em todos os atos que envolvam o exercício de poderes, ao contrário dos atos praticados pelo Judiciário e Ministério Público, não possui previsão nas normas jurídi-cas de direito administrativo brasileiro.

IV. O princípio da segurança jurídica não se aplica à Administração Pública brasileira, uma vez que ela possui poderes para desconstituir situações jurídicas e aplicar retroativamente nova inter-pretação da norma administrativa para garantir oatendimentodofimpúblicoaquesedirige.

Assinale a opção CORRETA:(A) apenasasdenúmerosIeIIIsãocorretas;(B) apenasasdenúmerosIIeIVsãocorretas;(C) apenasadenúmeroIVécorreta;(D) todassãoincorretas;(E) não respondida.

I: está incorreta, pois o poder disciplinar autoriza a aplicação de sanções apenas em face de infrações disciplinares, que só podem ser cometidas por servidores públicos, ou seja, dentro da disciplina interna da Administração; II: está incorreta, pois nenhum princípio é absoluto; III: incorreta, pois o princípio está previsto no art. 2º da Lei 9.784/1999; IV: incorreta; tal princípio se aplica à Administração Pública brasileira, que pode anular atos eivados de ilegalidade ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, mas desde que respeitado o direito adquirido (Súmula 473 do STF). Ademais, a Administração não pode aplicar retroativamente nova interpretação da norma administrativa (art. 2º, parágrafo único, XIII, da Lei 9.784/1999).

Gabarito“D”

2. PODERES ADMINISTRATIVOS

Para resolver as questões deste item, vale citar as definiçõesdecadapoderadministrativoapresenta-dasporHelyLopesMeirelles,definiçõesestasmuitoutilizadasemconcursospúblicos.Confira:

a) poder vinculado –“éaquelequeoDireitoPosi-tivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formali-zação”;b) poder discricionário –“éoqueoDireitoconcede à Administração, de modo explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e con-teúdo”;c) poder hierárquico – “éodequedispõeo Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entreosservidoresdoseuquadrodepessoal”;d) poder disciplinar – “éa faculdadedepunir inter-namente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviçosdaAdministração”;e) poder regulamen-tar –“éafaculdadedequedispõemosChefesdeExecutivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de suacompetênciaaindanãodisciplinadaporlei”; f) poder de polícia–“éafaculdadedequedispõeaAdministração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. (Direito Administrativo Brasileiro, 26ª ed., São Paulo: Malheiros, p. 109 a 123)

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2004) Analisando as alternativas:I. poder vinculado é aquele derivado de delegação

de autoridade administrativa e hierarquicamente superior,esevinculaàsordensdestaautoridade;

II. poder regulamentar é aquele atribuído aos chefes de poder para a interpretação de lei ou no âmbito de suas competências e pode ser delegadoporDecreto;

III. poder discricionário é aquele que o direito concede à administração para a prática de atos administrativos com liberalidade de escolha quantoaconveniência,oportunidadeeconteúdo;

IV. a presunção de legitimidade que milita em favor dos atos administrativos autoriza a sua imediata execução ou operatividade, mesmo que arguidos víciosoudefeitosqueoslevemàinvalidade;

V. pelo princípio da impessoalidade, não são impu-táveis ao funcionário os atos que pratica, mas ao órgão ou entidade que representa, e se reco-nhece validade ao ato praticado por funcionário irregularmente investido na função.

WANDER GARCIA

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Assinale:(A) apenasI,IIeIIIsãocorretas;(B) apenasII,IIIeIVsãocorretas;(C) apenasIII,IVeVsãocorretas;(D) apenasIeIVsãocorretas;(E) apenas II e V são corretas.

I: incorreta, pois a situação narrada decorre do poder hierárquico, e não do poder vinculado; II: incorreta, pois o poder regulamentar é indelegável; III: correta, pois traz definição adequada de poder dis-cricionário; IV: correta, pois a presunção de legitimidade, enquanto não desfeita, permite a imediata execução dos atos administrativos; aquele que entenda haver vício no ato deve, então, buscar, adminis-trativa ou judicialmente, a sua anulação ou suspensão, para que não tenha que obedecê-lo; V: correta, pois a impessoalidade faz com que a pessoa do agente público seja de menor importância, imputando--se sempre os atos praticados por este à Administração (Teoria do Órgão), o que permite, em algumas situações, que mesmo atos praticados por alguém irregularmente investido em função pública possam ser considerados válidos.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2010 – CESPE) Assinale a opção correta acerca dos poderes disciplinar, hie-rárquico, regulamentar e de polícia administrativa.(A) No campo disciplinar, o direito administrativo utiliza,

como regra, o sistema da rígida tipicidade, pre-vendo cada conduta ilícita e a sanção respectiva.

(B) O poder de polícia é atividade discricionária que não envolve competências vinculadas.

(C) Decorre da hierarquia o poder que o órgão admi-nistrativo hierarquicamente superior possui de, em qualquer circunstância e sem necessidade dejustificação,avocartemporariamenteacom-petência atribuída a órgão inferior.

(D) Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, cabe ao Poder Judiciário, com exclusivi-dade, a prerrogativa de controlar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.

(E) Os processos de natureza disciplinar, mesmo que redundem na aplicação de penalidades de advertência e de suspensão de até trinta dias, estão submetidos ao princípio da ampla defesa e do contraditório, sendo inconstitucional qualquer dispositivo legal que dispense essa exigência.

A: incorreta, pois o sistema disciplinar não é tão fechado e casuístico assim; há tipos disciplinares mais abertos, como o que considera infração disciplinar sujeita à demissão a “insu-bordinação grave em serviço” (art. 132, VI, da Lei 8.112/1990), expressão essa bastante vaga e sujeita a múltiplas interpretações; B: incorreta, pois o poder de polícia pode ser discricionário ou vinculado, de acordo com a lei que criar esse condicionamento às pessoas; C: incorreta, pois a avocação de competência, apesar de decorrer da hierarquia, só é permitida em caráter excepcional e por motivos devidamente justificados (art. 15 da Lei 9.784/1999); D: incorreta, pois os atos normativos do Poder Executivo que exorbitam o poder regulamentar também podem ser controlados pelo Poder Legislativo, que tem o poder de sustá-los (art. 49, V, da CF); E: correta, pois a exigência de ampla defesa e de contraditório diz respeito a qualquer processo administrativo (art. 5º, LV, da CF).

Gabarito“E”(Magistratura do Trabalho – 2ª Região – 2012) Analise as assertivaseaofinalresponda.I. Pela aplicação do princípio da impessoalidade,

o ato administrativo praticado por funcionário irregularmente investido no cargo ou função é válido.

II. A presunção de legitimidade dos atos adminis-trativosé“jurisetdejure”.

III. Pela aplicação do princípio da especialidade, a Assembleia Geral de acionistas das sociedades de economia mista não pode alterar os objetivos de sua constituição.

IV. Cabe à Administração Pública, no exercício do poder vinculado, antes da edição do ato, apre-ciar os aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, interesse público e equidade.

V. A concessão de alvará de licença é ato de polícia discricionário.

Estão corretas apenas as assertivas: (A) I e III.(B) II e IV.(C) III e V.(D) II e V.(E) IV e V.

I: correta; trata-se da chamada função de fato, que possibilita a manu-tenção dos atos praticados por esse agente não só pelo princípio da impessoalidade, como também por conta do princípio da segurança jurídica; II: incorreta, pois a presunção de legitimidade não é “juris et de jure” (absoluta), mas sim “juris tantum” (relativa); III: correta, pois, do contrário, haveria violação à autorização legislativa para a criação da sociedade de economia mista (art. 37, XIX, da CF); IV: incorreta, pois, em sendo o ato vinculado, só há uma opção de agir, não se falando em análise da conveniência e oportunidade para a prática do ato, juízo próprio de atos vinculados; V: incorreta, pois a licença é ato unilateral e vinculado, pelo qual se faculta a alguém o exercício de uma atividade.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2013) Relativamente aospoderesadministrativoséincorretoafirmar:(A) O poder discricionário confere ao administrador

público liberdade de escolha da conveniência, oportunidade e conteúdo do ato.

(B) O poder vinculado impõe ao agente público a res-trição rigorosa aos preceitos legais, sem qualquer liberdade de ação.

(C) O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, contro-lar, coordenar e corrigir as atividades administrativas no âmbito interno da Administração pública.

(D) O poder regulamentar é a faculdade de que dis-põem os chefes do Executivo, em todas as esferas, de explicar a lei para a sua correta execução.

(E) O poder de polícia é a faculdade punitiva interna da Administração e só abrange as infrações rela-cionadas com o serviço.

A: assertiva correta, pois traz a exata definição do poder discricio-nário; B: assertiva correta, pois, de fato, no poder vinculado não há margem de liberdade alguma para o agente público, que só tem uma opção de agir; C: assertiva correta, pois traz a exata definição do poder hierárquico; D: assertiva correta, pois traz a exata definição do poder regulamentar; E: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois essa definição é do poder disciplinar.

Gabarito“E”

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(Magistratura do Trabalho – 4ª Região – 2012) No ordena-mento jurídico brasileiro, compete exclusivamente ao Presidente da República, no plano federal, por decreto, praticar ato (A) decorrentedopoderhierárquico,editadoparafiel

execução da lei. (B) decorrente do poder normativo da Administração,

contemplando a edição de restrições ao exercício de direitos e atividades de particulares.

(C) decorrente do exercício do poder de polícia, para instituir limitações de caráter geral à atuação do particular em face do interesse público.

(D) voltado à extinção de cargos vagos. (E) voltado à organização administrativa, incluindo a

criação de órgãos e cargos públicos.

A: incorreta, pois foi trocada a expressão “poder regulamentar” por “poder hierárquico”; B: incorreta, pois o Presidente pratica o poder regulamentar, com vistas à fiel execução da lei (art. 84, IV, da CF); vale lembrar que a edição de restrições a direitos só pode se dar por ato do Chefe do Executivo, se for a título de explicar restrição que a lei tiver previsto, já que, pelo princípio da legalidade, não pode um ato infralegal criar obrigação para as pessoas; por fim, vale dizer que o poder normativo (diferentemente do poder regulamentar) não é exclusivo do Chefe do Executivo; C: incorreta, pois o poder de polícia não é ato exclusivo do Presidente da República; D: correta (art. 84, VI, “b”, da CF); E: incorreta, pois somente a lei pode criar órgãos e cargos públicos (art. 84, VI, “a”, da CF).

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 5ª Região – 2006 – CESPE) Assinale a opção correta acerca do poder de polícia.(A) A aplicação de multa por magistrado ao conside-

rar os embargos de declaração manifestamente protelatóriosconfiguraatodepoderdepolícia.

(B) É possível a criação de taxas para custeio de ser-viços públicos efetivos, como as custas judiciais eosemolumentos,desdequefixadospormeiode atos resolutivos das corregedorias de justiça.

(C) A proporcionalidade é elemento essencial à validade de qualquer atuação da administração pública, salvo nos atos de polícia.

(D) É inconcebível a instituição de taxa que tenha por fundamento o poder de polícia exercido por órgãos da administração compreendidos na noção de segurança pública.

(E) O poder de polícia administrativo se confunde com a discricionariedade.

A: incorreta, pois a aplicação de multa pelo magistrado, no caso, é ato jurisdicional, e não ato administrativo, de modo que não se insere no contexto do poder de polícia, instituto próprio do Direito Administrativo; B: incorreta, pois a taxa é um tributo e todo tributo depende de lei para ser criado (art. 145, II, da CF); C: incorreta, pois o princípio da proporcionalidade incide sobre toda a atividade admi-nistrativa (art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999), inclusive no poder de polícia; D: correta, pois somente serviços públicos divisíveis podem ser hipóteses de incidência de taxa (art. 145, II, da CF), e esse não é o caso do serviço de segurança pública, que não pode ser dividido para cada pessoa da coletividade; E: incorreta, pois o poder de polícia é uma atividade estatal que pode ser discricionária ou vinculada, de acordo com a existência ou não de margem de liberdade ditada pela lei que regulamentar dada espécie de poder de polícia.

Gabarito“D”(Magistratura do Trabalho – 7ª Região – 2005) O exercício do poder regulamentar pode ensejar abusos por parte da Administração, ao eventualmente inovar no ordenamento jurídico e, portanto, descumprir o basilar princípio da legalidade. Ao analisar o tema, Celso Antonio Bandeira de Mello arrola as hipóteses nas quais os regulamentos são compatíveis com a legalidade. Assinale, entre as opções abaixo, aquela que não se enquadra dentro dos regulares propósitos da norma regulamentar.(A) Dispor sobre o procedimento de operação da

Administração nas relações que decorrerão com os administrados quando da execução da lei.

(B) Limitar a discricionariedade administrativa.(C) Caracterizar fatos, situações ou comportamentos

enunciados na lei mediante conceitos vagos.(D) Decompor analiticamente o conteúdo de conceitos

sintéticos, mediante discriminação integral do que neles se contém.

(E) Estabelecer critérios objetivos de atuação da Admi-nistração, em face de omissão da norma legal.

Das afirmativas acima, apenas a alternativa “E” não se enquadra nos regulares propósitos da norma regulamentar, pois, em face de omissão legal (lacuna normativa), deve-se utilizar a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, e não criar uma norma nova por meio de um regulamento.

Gabarito“E”

(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) Considere as seguintes proposições:I. A faculdade de punir internamente as infrações

funcionais dos servidores da Administração, decorre do poder disciplinar. As penas discipli-nares previstas em lei serão aplicadas conforme a gravidade do fato, discricionariamente, pelo que, incabível Mandado de Segurança contra ato disciplinar.

II. A faculdade normativa, muito embora seja pre-dominantemente do Poder Legislativo, neste não se exaure, pois os Chefes dos Poderes Executi-vos (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) detêm o poder regulamentar, através do qual explicitam a lei ou expedem decretos autônomos sobre matéria de sua competência.

III. O Congresso Nacional tem competência para sustar atos normativos do Executivo Federal que exorbitem o poder regulamentar.

IV. A Administração Pública, através de seu poder de polícia, tem a faculdade de condicionar e res-tringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Tal poder de polícia tem, entre outros, o atributo da autoexecutoriedade, pelo que, inclusive as multas decorrentes de tal poder podem ser executadas administrativamente.

(A) Todas as proposições são incorretas.(B) Somente as proposições I, II e III são corretas.(C) Somente as proposições II e III são corretas.(D) Somente as proposições II, III e IV são corretas.(E) Somente as proposições I e IV são corretas.

WANDER GARCIA

670

I: incorreta, pois nem toda aplicação de pena disciplinar envolve apreciação discricionária; há casos em que a lei traz um conceito vago como suficiente para aplicar uma pena disciplinar (ex.: “falta grave”), hipótese em que a competência será discricionária, e há casos em que a lei traz requisitos objetivos para a aplicação de uma pena disciplinar (ex.: “não comparecimento ao serviço por X dias consecutivos”), hipótese em que a competência será vinculada; ademais, é cabível mandado de segurança para discutir pena disci-plinar quando não houver necessidade de dilação probatória, como é o caso de alegação de falta de cumprimento do devido processo legal; II: correta (art. 84, IV e VI, da CF); III: correta (art. 49, V, da CF); IV: incorreta, pois a autoexecutoriedade, no sentido de se poder usar a força para fazer valer um ato administrativo, pode ou não ser atributo do ato administrativo, a depender da existência de lei estabelecendo ou não esse atributo para a execução de determinado tipo de ato administrativo, o que não é o caso da cobrança de multas, cuja execução forçada só pode ser feita por meio do Judiciário, ingressando-se com ação de execução fiscal.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2007) Analise as seguintes proposições:I. Não se confundem com o poder de polícia as

manifestações autoritárias da administração pública que, conquanto limitadoras da liberdade, promanamdevínculosourelaçõesespecíficasfirmadasentreopoderpúblicoeodestinatáriode suas ações.

II. O poder de polícia caracteriza-se como um poder negativo, tendente que é a evitar um mal, proveniente da ação dos particulares.

III. Por meio do poder de polícia normalmente se exige do particular uma abstenção, um non facere.

IV. A Polícia Administrativa e a Polícia Judiciária se distinguem pelo fato de que a primeira se predispõe unicamente a impedir ou paralisar atividades antissociais, enquanto a segunda se preordena à responsabilização dos violadores da ordem jurídica.

Assinale a alternativa correta:(A) Todas as proposições estão corretas.(B) Apenas a proposição I está incorreta.(C) Apenas as proposições III e IV estão corretas.(D) Apenas a proposição II está incorreta.(E) Apenas as proposições I e II estão incorretas.

I: correta, não se podendo confundir, por exemplo, o poder de polícia das construções (fiscalização de ordem geral) com o acompanha-mento de contratos administrativos celebrados com a Administração (fiscalização de ordem especial), daí porque, no primeiro caso, fala-se em sujeição geral, ao passo que no segundo, em sujeição especial; II: incorreta, pois o poder de polícia é um poder positivo, pois atua positiva e ostensivamente para evitar a prática de atos contrários à lei; III: correta, pois o poder de polícia objetiva que o particular não faça determinadas coisas (ex.: não construir sem alvará; não dirigir sem habilitação etc.); IV: correta, pois a polícia administrativa objetiva justamente impedir ou paralisar atividades que violem os interesses da coletividade, ao passo que a polícia judiciária tem caráter investigativo, visando investigar o cometimento de infrações da lei penal, a fim de possibilitar a aplicação desta.

Gabarito“D”(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2006) Marque a alter-nativa incorreta:(A) Hánormaespecíficaparasatisfaçãodecréditos

contra o Poder Público, cujos bens não são pas-síveis de serem praceados, nem gravados com direitos reais de garantia.

(B) As medidas de polícia administrativa, na salva-guarda de higiene e saúde pública, bem como de tranquilidade pública, são autoexecutórias.

(C) O traço característico da polícia administrativa não é exclusivamente preventivo.

(D) Não é objetiva a responsabilidade civil do agente público por ato de improbidade administrativa, exigindo-se dolo e não somente culpa.

(E) Pelo princípio do controle judicial dos atos admi-nistrativos,conflitoalgumentreadministraçãoeadministrado pode ser excluído da apreciação do Poder Judiciário.

A: correta, pois os bens públicos são impenhoráveis, estando a satisfação dos créditos contra o Poder Público regulamentada no art. 100 da CF; B: correta, pois, normalmente, as leis que salva-guardam os valores mencionados estabelecem a possibilidade de autoexecutoriedade das medidas de polícia correspondentes; de qualquer forma, é bom lembrar que a autoexecutoriedade, em se tratando da polícia administrativa, depende de a lei expressamente autorizar o uso da força ou de uma situação de urgência que não possa esperar a busca da prestação jurisdicional; C: correta, pois o poder de polícia atua preventiva ou repressivamente; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois o ato de improbidade só se configura mediante dolo nas modalidades dos arts. 9º e 11 da Lei 8.429/1992, mas, na modalidade prevista no art. 10 da referida lei, o ato se configura mediante conduta dolosa ou culposa; E: correta, nos termos do art. 5º, XXV, da CF.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 12ª Região – 2006) Sobre os poderes de polícia e disciplinar da administração é incorretoafirmar:(A) o poder de polícia constitui limitação à liberdade

individual,mastemporfimassegurarestapróprialiberdadeeosdireitosessenciaisdohomem;

(B) a administração pode expressar o poder de polí-cia por meio de decretos, resoluções, portarias, instruções,despachos;

(C) os direitos fundamentais declarados e assegu-radospelaConstituiçãoFederalnãoconfiguramlimitesaoexercíciodopoderdepolícia;

(D) além dos deveres de desempenho das atri-buições do cargo ou função, de honestidade ou probidade, de lealdade ou fidelidade, de obediência, é dever do servidor público manter segredo a respeito de assuntos funcionais de que teve ciência no exercício de suas atribuições, podendo o desatendimento desses deveres resultaremperdadocargo;

(E) o exercício do poder disciplinar apresenta-se como dever da autoridade administrativa, pois se ela tiver ciência de irregularidade no serviço público deverá promover a apuração dos fatos mediante sindicância ou processo administra-tivo disciplinar.

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671

5. DIREITO ADMINISTRATIVO

A: correta, pois a ideia é conformar os atos particulares às exigên-cias da coletividade, como forma de garantir que cada integrante da coletividade tenha mais segurança e respeito na sua vida; B: correta, pois o poder de polícia, em sentido amplo, abrange tanto a lei, que delimita os direitos das pessoas, como os atos normativos infralegais, que atuará no sentido de fazer cumprir o disposto na lei, como os atos administrativos concretos; C: incorreta, pois o poder de polícia deve respeitar, naturalmente, os direitos e garantias fundamentais; assim, não se pode, por exemplo, em favor do poder de polícia, violar o domicílio das pessoas fora dos casos em que se permite ingressar na casa de alguém (art. 5º, XI, da CF), pois a inviolabilidade da casa é direito fundamental das pessoas; D: correta (art. 132, IX, da Lei 8.112/1990); E: correta (art. 143 da Lei 8.112/1990).

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 13ª Região – 2006) Identifiquequal das proposições abaixo se encontra errada em relação ao poder de polícia da administração pública:(A) a polícia administrativa manifesta-se tanto atra-

vés de atos normativos quanto por meio de atos concretoseespecíficos;

(B) o poder de polícia tem como um dos traços carac-terísticos, a imposição de sua atividade de forma coercitivapelaadministração;

(C) salvo hipóteses excepcionalíssimas, não pode haverdelegaçãodeatojurídicodepolícia;

(D) a polícia judiciária tem como uma de suas carac-terísticas o seu caráter preventivo, através da instruçãopolicialcriminal;

(E) as medidas de polícia administrativa frequente-mente são autoexecutórias.

A: correta, pois a polícia administrativa se dá tanto por atos nor-mativos (resoluções, portarias), como por meio de atos concretos e específicos, como a aplicação de uma multa; B: correta, pois o poder de polícia se impõe coercitivamente às pessoas em geral, que não podem se evadir da sua aplicação; C: correta, até porque a própria delegação é ato excepcional, que deve preencher os requisitos estabelecidos no art. 12 da Lei 9.784/1999; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois a polícia judiciária atua na investigação de crimes, sendo, assim, de caráter repressivo normalmente; E: correta, pois a autoexecutoriedade, entendida como a possibilidade de usar a força para o fim de fazer valer um ato administrativo, é muito comum em matéria de polícia administrativa, servindo de exemplo a apreensão de alimentos estragados, a remoção de um veículo, a interdição de estabele-cimento comercial sem alvará etc.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2011) Sobre os pode-res da administração pública, analise as seguintes assertivas e responda.I. Hodiernamente, no âmbito de um Estado de

Direito a doutrina informa que na contraposição do poder vinculado com o poder discricionário, o primeiro corresponderia às matérias de reserva legal absoluta e o segundo as matérias de reserva legal relativa.

II. São exemplos do exercício do poder vinculado: licençadeconstruir;matrículaemescolapública.

III. São exemplos do exercício do poder discri-cionário: umSecretário daEducação ao fixarnormas para distribuição de aulas excedentes a professores,inexistindonormadeleiarespeito;uma Congregação de Faculdade Pública que estabelece regras para revisão de provas.

IV. Opoderregulamentarconfiguraumdosmodosde exercício do poder normativo no âmbito do Poder Executivo, podendo restringir preceitos da lei, conforme previsão constitucional que atribui privativamente ao Presidente da República com-petência para expedir decretos e regulamentos.

V. Para a defesa do Estado e das instituições democráticas a Constituição Federal possibilita a extensão excepcional do poder de polícia como decorrência da decretação do estado de defesa e estado de sítio, sendo que este último contém mais restrições aos direitos civis em relação ao primeiro.

(A) Todas as assertivas são corretas.(B) Apenas as assertivas I, II e III são corretas. (C) Apenas a assertiva IV é incorreta.(D) Apenas as assertivas I e V são corretas.(E) Apenas as assertivas I, IV e V são corretas.

I: correta, pois, no primeiro caso (poder vinculado) a lei dita, de modo objetivo, cada requisito do ato a ser praticado pela Administração, ao passo que, no segundo caso, a lei confere uma margem de liberdade à Administração quanto a alguns requisitos do ato administrativo; II: correta, pois, nesses casos, basta que o particular preencha requisitos objetivos para que tenha direito subjetivo a que a Administração expeça tais atos em seu favor; III: correta, pois, nos dois exemplos citados, há uma margem de liberdade em favor do agente público; IV: incorreta, pois a função do regulamento é explicar a lei, não sendo possível que um regulamento restrinja os preceitos de uma lei; ademais, os outros chefes do Executivo (governadores e prefeitos) também podem expedir decretos; V: correta; como, nesses casos aumenta-se a restrição a direi-tos, o poder de polícia, por consequência, fica mais extenso também; ademais, é certo dizer que o estado de sítio contém mais restrições aos direitos civis em relação ao estado de defesa, até porque uma das hipóteses de estado de sítio é justamente aquela em que as restrições do estado de defesa não estão sendo suficientes (art. 137, I, da CF).

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2008) Uma determi-nada autoridade administrativa, de um certo setor de fiscalização doEstado, ao verificar que o seusubordinado havia sido tolerante com o administrado incurso em infração regulamentar, da sua área de atuação funcional, resolveu avocar o caso e agravar a penalidade aplicada, no uso da sua competência legal, tem este seu procedimento enquadrado no regular exercício dos seus poderes:(A) disciplinarevinculado;(B) discricionárioeregulamentar;(C) hierárquicoedepolícia;(D) regulamentarediscricionário;(E) vinculado e discricionário.

De fato, o procedimento tem a ver com o poder hierárquico (a avoca-ção de competência é consequência desse poder) e com o poder de polícia (a matéria de fundo – fiscalização – relaciona-se a esse poder).

Gabarito“C”

WANDER GARCIA

672

(Magistratura do Trabalho – 15ª Região – 2010) Relativamente aopoderdepolícia,éincorretoafirmarque:(A) pode ser compreendido como a atividade da admi-

nistração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, embeneficio dointeressepúblico;

(B) possui como atributos a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, sendo que adiscricionariedadecomportaexceções;

(C) a polícia administrativa incide sobre bens, direitos e atividades e se difunde por toda a administração públicadireta;

(D) o alvará de licença e o alvará de autorização são meios de atuação do poder de polícia, sendo a licença um ato discricionário e a autorização um atovinculado;

(E) prescreve em cinco anos a ação punitiva da administração pública federal no exercício do seu poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor.

A: assertiva correta, pois traz adequada definição de poder de polícia; B: assertiva correta, pois a doutrina aponta essas características do poder de polícia; vale salientar, todavia, que a lei, de acordo com o tipo de interesse envolvido, vai delimitar o campo de incidência da coercibilidade (possibilidade de uso da força), de maneira que, hoje, a doutrina vem apontando que é um pouco temerário dizer que sempre existe coercibilidade no poder de polícia, pois há casos em que a lei não autoriza expressamente o uso da força pela Administração em caso de descumprimento da norma pelo particular, ocasião em que a força só poderá ser utilizada caso se esteja em situação de grande urgência, sem que seja possível buscar a prestação jurisdicional; C: assertiva correta, pois, de fato, a polícia administrativa atinge esses bens ou valores; ademais, em toda a Administração Direta há órgãos encarregados desse poder, o que não exclui que também haja entes ou órgãos com esse poder na administração indireta, como é o caso do IBAMA; a afirmativa não fez essa exclusão expressamente, de modo que deve ser considerada correta; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada; isso porque a licença é ato vinculado e a autorização, discricionário; E: assertiva correta (art. 1º da Lei 9.873/1999).

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2006) É manifestação típica do poder de polícia: I. Retirada de produtos farmacêuticos com data de

validade vencida em estabelecimentos comer-ciaispelavigilânciasanitária;

II. Vigilânciaexercidasobrebenspúblicos;III. Prisãodedepositárioinfiel;IV. Prisãoemflagrantedecriminoso.

Assinale a opção CORRETA:(A) Somente I está correta.(B) Somente I e II estão corretas.(C) Somente II, III e IV estão corretas.(D) Somente I e IV estão corretas.(E) Somente I e III estão corretas.

I: correta, trata-se de manifestação da polícia administrativa em matéria sanitária; II: incorreta, pois tal vigilância se assemelha ao policiamento ostensivo; III: incorreta, pois trata-se de ato jurisdi-cional, e não administrativo; IV: incorreta, pois tal ato é regulado pelo Direito Processual Penal, e não pelo Direito Administrativo, envolvendo questão de interesse do processo judicial, mesmo quando feito por autoridade administrativa.

Gabarito“A”(Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2007) Sobre os poderes administrativos, assinale a alternativa INCORRETA:(A) Dar ordens é determinar, especificamente, ao

subordinado os atos a praticar ou a conduta a seguir em caso concreto. Daí decorre o dever de obediência.

(B) A subordinação administrativa resulta do poder de supervisão ministerial sobre a entidade vin-culada e é exercida nos limites que a lei esta-belecer, sem suprimir a autonomia conferida ao ente supervisionado.

(C) Delegar é conferir a outrem atribuições que origi-nariamente competiam ao delegante.

(D) Avocar é chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado.

(E) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos (competên-cia, objeto, oportunidade, conveniência, justiça, finalidadeeforma),paramantê-losouinvalidá-los,de ofício ou mediante provocação do interessado.

Todas as alternativas estão corretas, salvo a de letra “b”, pois a subordinação administrativa (de um órgão superior em relação a um órgão inferior) leva o nome de hierarquia e não de supervisão ministerial. Esta é a relação que existe entre pessoa jurídica criadora e pessoa jurídica por ela criada, relação que também é chamada de controle ou tutela.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2007) Em relação aos Poderes da Administração, assinale a alternativa INCORRETA:(A) O Poder de Polícia, como poder da Administração

Pública, é instrumento adequado à contenção ou condicionante dos direitos individuais ante o interesse coletivo prevalecente.

(B) Entreasdiversasclassificaçõesdeseuspoderes,a partir de suas funções, o Poder Hierárquico e Disciplinar diz respeito à organização e disciplina da Administração Pública.

(C) São características do Poder de Polícia da Admi-nistraçãoPública:discricionariedade;vinculação;autoexecutoriedade;proporcionalidade.

(D) A expansão da atividade estatal autoriza dizer que, após a promulgação da Constituição de 1988, as expressões“poderesadministrativos”e“poderespolíticos” são sinônimas.

(E) O Poder Regulamentar é a via que autoriza o agente público competente e no exercício de sua função a editar determinadas normas objetivando tornar mais inteligível a lei ou determinada maté-ria normativa de interesse direto ou indireto da Administração Pública.

Todas as alternativas estão corretas, salvo a de letra “d”, pois as duas expressões não se confundem. Os poderes administrativos são os poderes que a administração detém para realizar atividades administrativas, ou seja, atividades de execução de lei, ao passo que os poderes políticos são os poderes que guardam fundamento de validade na própria Constituição Federal, além de terem alto grau de discricionariedades. Como exemplo de poder político temos o poder de iniciativa de projeto de lei, de veto a projeto de lei, dentre outros.

Gabarito“D”

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

3. ATO ADMINISTRATIVO

3.1. CONCEITO, FORMAÇÃO, EFEITOS E ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Para resolver as questões sobre os atributos do ato administrativo, vale a pena trazer alguns elementos doutrinários.Confira:

Atributos do ato administrativo (são as qualidades, as prerrogativas dos atos)- Presunção de legitimidade é a qualidade do ato

pela qual este se presume verdadeiro e legal até prova em contrário;ex.:umamultaaplicadapeloFisco presume-se verdadeira quanto aos fatos narrados para a sua aplicação e se presume legal quanto ao direito aplicado, a pessoa tida como infratora e o valor aplicado.

- Imperatividade é a qualidade do ato pela qual este pode se impor a terceiros, independente-mente de sua concordância;ex.:umanotificaçãodafiscalizaçãomunicipalparaquealguémlimpeum terreno ainda não objeto de construção, que esteja cheio de mato.

- Exigibilidade é a qualidade do ato pela qual, imposta a obrigação, esta pode ser exigida mediante coação indireta;ex.:noexemploante-rior, não sendoatendida a notificação, cabe aaplicaçãodeumamultapelafiscalização,sendoa multa uma forma de coação indireta.

- Autoexecutoriedade é a qualidade pela qual, imposta e exigida a obrigação, esta pode ser implementada mediante coação direta, ou seja, mediante o uso da coação material, da força;ex.: no exemplo anterior, já tendo sido aplicada amulta,maisumavezsemêxito,podeafisca-lização municipal ingressar à força no terreno particular, fazer a limpeza e mandar a conta, o que se traduz numa coação direta. A autoexe-cutoriedade não é a regra. Ela existe quando a lei expressamente autorizar ou quando não houver tempo hábil para requerer a apreciação jurisdicional.

Obs. 1: a expressão autoexecutoriedade também é usada no sentido da qualidade do ato que enseja sua imediata e direta execução pela própria Administra-ção, independentemente de ordem judicial.

Obs. 2: repare que esses atributos não existem normalmentenodireitoprivado;umparticularnãopode,unilateralmente,valer-sedessesatributos;háexceções, em que o particular tem algum desses poderes;masessasexceções,porseremexceções,confirmamaregradequeosatosadministrativossediferenciam dos atos privados pela ausência nestes, como regra, dos atributos acima mencionados.

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2010 – CESPE) Assinale aopçãocorretaquantoàclassificação,aosrequisi-tos dos atos administrativos e à teoria dos motivos determinantes.(A) O parecer, como ato administrativo que expressa

posicionamento de natureza técnica, é sempre vinculante, de forma que a autoridade decisória não pode agir de maneira distinta da constante do ato opinativo.

(B) O pressuposto da revogação é o interesse público, razão pela qual ela incide sobre atos válidos e inválidos que a administração pretenda abolir do rol de normas jurídicas, em razão dos inconvenientes e dos malefícios que causem à coletividade.

(C) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato administrativo deve ser escrito e manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de manifestação da vontade da administração.

(D) Se um ato administrativo discricionário for prati-cado por autoridade que não tenha competência, a autoridade competente não estará obrigada a convalidá-lo se considerar que não estão pre-sentes os aspectos de mérito que sustentam sua apreciação.

(E) Segundo a teoria dos motivos determinantes, a motivação dos atos administrativos é sempre necessária, seja para os atos vinculados, seja para os discricionários, pois constitui garantia de legalidade que tanto diz respeito aos interessados como à própria administração.

A: incorreta, pois há pareceres facultativos (a autoridade pede o parecer se quiser, não sendo obrigada a acatá-lo), obrigatórios (a autoridade deve pedir o parecer, mas não é obrigada a acatá-lo) e vinculantes (a autoridade deve pedir e deve acatar as conclusões do parecer); B: incorreta, pois, se o ato for inválido, o caso é anulação, e não de revogação; C: incorreta, pois o silêncio, nos termos do que dispuser a lei, pode ser uma manifestação de vontade da Adminis-tração; D: correta, pois a convalidação não é obrigatória quando houver vício de competência em ato discricionário; E: incorreta, primeiro porque há exceções ao dever de motivar (ex.: nomeação para cargo em comissão) e segundo porque a obrigatoriedade de motivação decorre do princípio da motivação, e não da Teoria dos Motivos Determinantes.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 2ª Região – 2011) Em relação aos atos praticados pela Administração e aos atos administrativos, analise as seguintes proposições:I. Existem atos praticados pela Administração

que são regidos pelo Direito Privado, como, por exemplo, a simples locação de uma casa para nela instalar-se uma repartição pública. O conteúdo e respectivo efeito não são regulados pelo Direito Administrativo.

II. Os motivos determinantes que embasam a von-tade do agente são importantes para a prática do ato, como motivos gestacionais, mas não

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674

integram a validade do ato, salvo quando a lei tenha estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a sua prática.

III. Atos vinculados são aqueles que têm prévia e objetivatipificaçãolegaldoúnicopossívelcom-portamento da Administração em face de situação igualmente prevista em termos de objetividade absoluta. Atos discricionários são os praticados com certa margem de liberdade de avaliação ou decisão, segundo critérios de conveniência e oportunidade, pela Administração formulados.

IV. Oatorevogadordeoutroatopodeterefeito“exnunc”e/ou“extunc”,jáainvalidaçãosóoperaefeito“exnunc”.

V. Como a forma do ato administrativo pode, eventualmente, não ser obrigatória, inexistindo prescrição, é possível concluir pelo regime estri-tamente legal, que pode existir ato administrativo sem forma.

Responda:(A) Estão Incorretas as assertivas I e II.(B) Estão corretas as assertivas III e IV.(C) Estão incorretas as assertivas IV e V.(D) Estão corretas as assertivas III e V.(E) Estão Incorretas as assertivas II e III.

I: correta; também são exemplos desses atos regidos pelo direito privado o financiamento e o seguro em favor do Poder Público (art. 62, § 3º, I, da Lei 8.666/1993); II: correta, pois, quando a lei estabelece qual motivo justifica a prática do ato, o motivo invocado pelo agente deve ser avaliado, para se verificar se corresponde ao motivo que a lei estabelece como apto à prática do ato; III: correta; as duas afirmativas são corretas; os atos vinculados têm seus requisitos clara e objetivamente definidos pela lei, de modo que o agente público não tem qualquer margem de liberdade; já os atos discricionários são aqueles em que a lei confere ao agente público margem de liberdade para definir, no caso concreto, o que melhor atende ao interesse público; IV: incorreta, pois o ato revogador tem efeito “ex nunc” (não retroage), ao passo que a invalidação tem efeito “ex tunc” (retroage); V: incorreta, pois, para que o ato administrativo exista, é necessário que se revista de alguma forma, pouco importando qual delas; em seguida, na análise da validade do ato administrativo, vai-se verificar se foi ou não obedecida a forma prevista na lei.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2013) São atributos do ato administrativo: (A) Autoexecutoriedade e autoridade (B) Presunção de legitimidade e imperatividade (C) Presunçãodelegitimidadeeeficiência(D) Publicidade e autenticidade (E) Exigibilidade e publicidade

A: incorreta, pois a autoridade não é atributo do ato administrativo; B: correta, pois a presunção de legitimidade e a imperatividade são atributos do ato administrativo, assim como a exigibilidade, autoe-xecutoriedade (ou executoriedade ou coercibilidade) e a tipicidade; C: incorreta, pois a eficiência não é atributo do ato administrativo; D: incorreta, pois a publicidade e a autenticidade não são atributos do ato administrativo; E: incorreta, pois a publicidade não é atributo do ato administrativo.

Gabarito“B”(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2006) A respeito dos atos administrativos, assinale a incorreta:(A) Gozam da presunção relativa de legitimidade.(B) Admitem prova de que não se conformam à lei.(C) Admitem imediata execução.(D) Alegada ilegitimidade, compete ao Poder Público

a comprovação da legalidade. (E) São imperativos.

A e B: corretas, pois a presunção de legitimidade é relativa (juris tantum), admitindo prova em contrário; C: correta, pois, com a presunção de legitimidade, o ato é considerado como adequado ao Direito, o que faz com que seja admitida sua imediata execução; caso alguém entenda que o ato é inválido, deverá impugná-lo adminis-trativa ou judicialmente, para o fim de conseguir sua suspensão ou anulação, mas, enquanto isso não se dê, tal pessoa deverá cumprir o ato administrativo questionado; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois a presunção milita em favor do Poder Público, devendo o impugnante provar que o ato não é legal; E: correta, pois os atos administrativos são imperativos, ou seja, podem ser impostos a terceiros, independentemente de sua concordância.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2008) Discricionarie-dade, autoexecutoriedade e coercibilidade podem ser apontados como:(A) atributosdopoderdepolícia;(B) requisitosdoatoadministrativoemgeral;(C) elementosdoatoadministrativoemgeral;(D) pré-requisitosdosatosvinculados;(E) pré-requisitos dos atos discricionários.

De fato, os institutos mencionados são atributos, e não requisitos dos atos relacionados ao poder de polícia.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 15ª Região – 2011) São considera-dos atributos dos atos administrativos os seguintes, exceto:(A) finalidade;(B) presunçãodelegitimidade;(C) autoexecutoriedade;(D) imperatividade;(E) tipicidade

São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade (“b”), a imperatividade (“d”), a exigibilidade, a autoexecutoriedade (“c”) e a tipicidade (“e”). A finalidade (“a”) é um requisito do ato administrativo, e não um atributo deste.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008)A teoria dos atos de governo surgiu na França em decorrência de decisões tomadas pelo Conselho de Estado, a mais alta corte francesa em matéria administrativa. No Brasil, por força da Constituição Federal, são atos de governo, praticados pelo chefe do poder executivo, exceto:(A) Dispor sobre limites e condições para a concessão

de garantia da União em operações de crédito externoeinterno;

(B) Decretaçãoeexecuçãodeintervençãofederal;(C) Sanção,promulgaçãoepublicaçãodeleis;(D) Declaração de guerra no caso de agressão

estrangeira;

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(E) Permitir, nos casos previstos em lei comple-mentar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam tempo-rariamente.

A: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois é ato do Senado Federal (art. 52, VIII, da CF); B: correta (art. 84, X, da CF); C: correta (art. 84, IV, da CF); D: correta (art. 84, XIX, da CF); E: correta (art. 84, XXII, da CF).

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2006) Assinale proposição CORRETA:(A) O ato administrativo discricionário motivado não

está sujeito ao controle do Poder Judiciário.(B) Odesvio de finalidade do ato administrativo é

insuscetível de exame pelo Poder Judiciário.(C) Havendo previsão legal para que determinado ato

seja motivado, a falta de motivação não se sujeita ao exame do Poder Judiciário.

(D) O ato administrativo, quanto à sua oportunidade, está sujeito ao controle jurisdicional.

(E) São atributos do ato administrativo presunção de legitimidade, autoexecutoriedade e imperati-vidade.

A: incorreta, o ato discricionário, motivado ou não, pode sim ser apreciado pelo Judiciário, quanto aos aspectos de legalidade, moralidade e razoabilidade; B: incorreta, o Judiciário pode apreciar desvio de finalidade, em atos vinculados ou discricionários; C: incorreta, a falta de motivação gera a ilegalidade do ato e, portanto, pode ser apreciada pelo Judiciário, já que este pode anular atos administrativos; D: incorreta, o Judiciário não pode revogar atos administrativos; E: correta, de fato, todos os institutos trazidos na alternativa são atributos do ato administrativo; são também atributos a exigibilidade e a tipicidade.

Gabarito“E”

(Procurador do Trabalho – 2013 – MPT) As recomendações emitidas pelo Ministério Público aos entes públicos constituem: (A) Ato administrativo com caráter vinculante em

que se requisita ao destinatário sua divulgação adequada e resposta, com objetivo de obrigá-lo a adotar um comportamento comissivo ou omis-sivo, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover.

(B) Ato administrativo sem caráter vinculante com objetivo de estimular o destinatário a adotar um comportamento comissivo ou omissivo, sem prazo definidoparaocumprimento,visandoàmelhoriados serviços públicos e de relevância pública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover.

(C) Ato administrativo com caráter vinculante cuja finalidadeé obrigar o destinatário a adotar umcomportamento comissivo ou omissivo, sem prazo definidoparaocumprimento,visandoàmelhoriados serviços públicos e de relevância pública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover.

(D) Ato administrativo sem caráter vinculante em que se requisita ao destinatário sua divulgação adequada e resposta, com objetivo de estimulá-lo a adotar um comportamento comissivo ou omis-sivo, dentro de um prazo razoável para adoção de providências, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens, cuja defesa lhe cabe promover.

(E) Não respondida.

A e C: incorretas, pois a recomendação, como o próprio nome diz, não tem caráter vinculante, mas de recomendação mesmo, ou seja, de tentativa de convencimento de que o destinatário do ato mude de comportamento; B: incorreta, pois, para que a recomendação atenda à sua finalidade e não fique muito vaga, há de conter um prazo (razoável) para a adoção das providências recomendadas; D: correta, pois traz exata definição de recomendação; E: incorreta, pois a alternativa “d” responde adequadamente à questão.Gabarito“D”

3.2. REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Para resolver as questões sobre os requisitos do ato administrativo, vale a pena trazer alguns elementos doutrinários.Confira:

Requisitos do ato administrativo (são requisitos para que o ato seja válido) – Competência: é a atribuição legal de cargos,

órgãos e entidades. São vícios de competência os seguintes: a1) usurpação de função: alguém se faz passar por agente público sem o ser, ocasião emqueoato será inexistente; a2) excessodepoder: alguém que é agente público acaba por excederoslimitesdesuacompetência(ex.:fiscaldo sossego que multa um bar que visita por falta de higiene);oexcessodepodertornanuloato,salvoem caso de incompetência relativa, em que o ato é consideradoanulável;a3)funçãodefato:exercidapor agente que está irregularmente investido em cargo público, apesar de a situação ter aparência de legalidade;nessecaso,ospraticadosserãoconsiderados válidos, se houver boa-fé.

– Objeto: é o conteúdo do ato, aquilo que o ato dispõe, decide, enuncia, opina oumodifica naordem jurídica. O objeto deve ser lícito, possível e determinável, sob pena de nulidade. Ex.: o objeto de um alvará para construir é a licença.

– Forma: são as formalidades necessárias para a seriedade do ato. A seriedade do ato impõe a) respeitoàformapropriamentedita;b)motivação.

– Motivo: fundamento de fato e de direito que autoriza a expedição do ato. Ex.: o motivo da interdição de estabelecimento consiste no fato de este não ter licença (motivo de fato) e de a lei proibir o funcionamento sem licença (motivo de direito). Pela Teoria dos Motivos Determinantes, o motivo invocado para a prática do ato condi-ciona sua validade. Provando-se que o motivo é inexistente, falsooumalqualificado,oatoseráconsiderado nulo.

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– Finalidade: é o bem jurídico objetivado pelo ato. Ex.: proteger a paz pública, a salubridade, a ordem pública. Cada ato administrativo tem uma finalidade.Desvio de poder (ou de finalidade): ocorre quando um agente exerce uma compe-tência que possuía, mas para alcançar finalidade diversa daquela para a qual foi criada. Não con-funda o excesso de poder (vício de sujeito) com o desvio de poder(víciodefinalidade),espéciesdo gênero abuso de autoridade.

(Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2013) Relativamente aomotivodoatoadministrativo,éincorretoafirmar:(A) Éirrelevanteparaaeficáciadoatoadministrativo

vinculado. (B) É elemento, e não atributo, do ato administrativo. (C) É também denominado motivação. (D) Corresponde às razões de fato e de direito que

servem de fundamento ao ato administrativo. (E) Não se confunde com o mérito do ato administrativo.

A: assertiva correta, pois, no ato vinculado, o fundamento de fato e de direito para a prática do ato, bem como o teor do próprio ato é trazido de forma clara e objetiva pela lei; assim, tendo sido prati-cado no caso concreto o ato adequado nos termos do determinado objetivamente pela lei, não haverá grande relevância em se ficar investigando algum problema no motivo; B: assertiva correta, pois o motivo, assim como a competência, o objeto, a forma e a finalidade são elementos do ato administrativo; C: assertiva incorreta, devendo ser assinalada; o motivo é o próprio fundamento para a prática do ato e é um elemento do ato; já a motivação é a demonstração da pertinência do ato e integra o elemento do ato denominado forma; D: assertiva correta, pois traz exata definição de motivo; E: asser-tiva correta, pois o mérito consiste na margem de liberdade que o agente público tem para a prática do ato, ao passo que o motivo é fundamento para a prática do ato.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2008) A respeito dos atosadministrativos,analiseasafirmaçõesabaixoeescolha a opção correta:I. São elementos dos atos administrativos compe-

tência,objeto,forma,motivo,méritoefinalidade.Competência é o poder que a lei outorga ao agente público para o desempenho de suas fun-ções, é inderrogável e improrrogável, mas pode, em regra, ser objeto de delegação ou avocação.

II. Motivo é o pressuposto de fato ou de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. A teoria dos motivos determinantes é aquela segundo a qual o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade.

III. O mérito administrativo é a valoração da con-veniência e da oportunidade na prática do ato discricionário, no qual competência, finalidadee forma são sempre vinculadas.

IV. Nos termos da lei, são nulos os atos adminis-trativos quando houver incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivosedesviodefinalidade.Aanulaçãodoatoproduzeficáciaimediata(“exnunc”).

V. O ato deve ser analisado pela Administração, quando for vinculado, sob o aspecto da legali-dade, enquanto que, quando for discricionário, sob aspecto da legalidade e do mérito.

(A) Umaafirmativaestácorreta.(B) Duasafirmativasestãocorretas.(C) Trêsafirmativasestãocorretas.(D) Quatroafirmativasestãocorretas.(E) Todasasafirmativasestãocorretas.

As afirmativas feitas nos itens II, III e V estão corretas. A afirmativa feita no item I está incorreta, pois o mérito não é um elemento do ato administrativo; os elementos (ou requisitos) do ato administrativo são competência, objeto, forma, motivo e finalidade. A afirmativa feita no item IV está incorreta, pois a anulação tem efeito retroativo, ou seja, ex tunc.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 4ª Região – 2012) A respeito do atoadministrativo,écorretoafirmarque(A) motivo é o pressuposto de fato e de direito que

serve de fundamento ao ato e, quando falso, importa a invalidade do ato, que pode ser decla-rada pelo Poder Judiciário com base na teoria dos motivos determinantes.

(B) a discricionariedade administrativa impede o exame, pelo Poder Judiciário, do motivo do ato, aplicando-se, no caso dos atos vinculados, a teoria dos motivos determinantes.

(C) apenas os atos discricionários comportam o exame, pelo Poder Judiciário, da validade e veracidade dos pressupostos de fato e de direito para sua edição.

(D) o desvio de poder constitui vício relativo ao motivo do ato administrativo e enseja sua nulidade, com base na teoria dos motivos determinantes.

(E) afinalidadedoatodiscricionáriodecorredaade-rência das razões de conveniência e oportunidade ao interesse público, sendo nulo, com base na teoria dos motivos determinantes, o ato que não cumpra tal condição.

A: correta, pois a teoria mencionada torna o ato nulo e atos nulos podem ser invalidados não só pela Administração, como pelo Judiciário também; B: incorreta, pois o ato discricionário pode ser controlado pelo Judiciário, bastando que esse se limite a verificar os aspectos vinculados do ato discricionário (todo ato discricionário é parcialmente regrado ou vinculado), atuando assim sobre aspectos de legalidade, moralidade e razoabilidade; C: incorreta, pois os atos vinculados também podem ser controlados pelo Judiciário, aliás, em sua inteireza, já que cada ponto de um ato vinculado pode ser verificado pelo Judiciário, diferentemente do ato discricionário, em que o Judiciário se limita a verificar os aspectos de legalidade, moralidade e razoabilidade, não podendo controlar o mérito administrativo; D: incorreta, pois o desvio de poder constitui vício relativo à finalidade do ato administrativo e não ao motivo deste; E: incorreta, pois a teoria dos motivos determinantes diz respeito à violação do elemento motivo e não do elemento finalidade.

Gabarito“A”

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(Magistratura do Trabalho – 15ª Região – 2010) Não é requisito do ato administrativo: (A) alegitimidade;(B) omotivo;(C) afinalidade;(D) aforma;(E) o objeto.

São requisitos do ato administrativo a competência, o motivo (“b”), a finalidade (“c”), a forma (“d”) e o objeto (“e”). A legitimidade não é um requisito do ato administrativo.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008) Assinale a alternativa correta. É inegável que o Judiciário, desde Seabra Fagundes, pode controlar a validade do comportamento da Administração, até mesmo quando a lei não dispõe sobre os motivos que legi-timam a realização de um ato. Assim, pode-se dizer que a relação de adequação entre os pressupostos do ato e seu objeto é:(A) Finalidade;(B) Causa;(C) Motivação;(D) Conteúdo;(E) Forma.

Para Celso Antônio Bandeira de Mello são pressupostos de vali-dade do ato administrativo os seguintes: a) agente competente, não impedido e capaz; b) motivo; c) formalização; d) requisitos procedimentais; e) finalidade; f) causa. A causa é a relação de pertinência entre o motivo do ato é o ato em si. Quando não há proporção entre o fato que justifica o ato e o ato em si, tem-se violação ao elemento causa.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 20ª Região – 2003) Relativamente aos vícios concernentes ao agente público, é correto afirmar:(A) que inexistem tais vícios quando o cargo é

ocupado por pessoa na plena posse de suas faculdades mentais, à qual se outorga poder legal para manifestar-se como órgão do Estado, presumindo-se sempre e sem contestação a legitimidadedeseusatos;

(B) queseconfiguraabusodepodernamodalidadeexcesso de poder quando o agente pratica o ato, embora legalmente investido, excedendo o âmbito desuasatribuições;

(C) que o abuso de poder na modalidade desvio de finalidadeocorrequandooagenteprocedesemestar devida e legalmente investido na função pública;

(D) que o agente pode praticar um ato viciado por erro defato;

(E) quenãoseconfiguraabusodepodernamodali-dade excesso de poder quando o agente pratica o ato, embora legalmente investido, excedendo o âmbito de suas atribuições.

A: incorreta, pois o agente público há de ser competente, não impedido e capaz, podendo ser considerado inválido o ato administrativo praticado por agente público incapaz, mormente se este tiver praticado um ato do tipo discricionário; B: correta,

pois o excesso de poder é um vício de competência, que ocorre quando um agente público, ao atuar, excede a competência que tem, agindo numa competência que não tem; C: incorreta, pois o desvio de poder não é um vício do agente público (como é o excesso de poder), mas um vício no elemento finalidade; D: incorreta, pois o erro de fato não é um vício concernente ao agente público (incompetência, impedimento ou incapacidade), mas um vício no elemento motivo; E: incorreta, pois a situação narrada retrata sim excesso de poder, conforme definição dada por nós no comentário à alternativa “B”.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2009) Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA:I. Os atos administrativos deverão ser motivados,

com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses.

II. A motivação do ato administrativo pode consistir em declaração de concordância com funda-mentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

III. Os atos que apresentarem defeitos sanáveis pode-rão ser convalidados pela própria Administração.

IV. Os motivos apresentados pelo administrador parajustificaroseuatoassociam-seàvalidadedo ato e vinculam o agente, porém, se consta-tada a inexistência dos fatos ou o seu incorreto enquadramento o administrador pode corrigir a sua motivação.

(A) Apenas os itens I e II são verdadeiros.(B) Apenas os itens III e IV são verdadeiros.(C) Apenas os itens II e IV são verdadeiros.(D) Todos os itens são verdadeiros.(E) Todos os itens são falsos.

I: verdadeira (art. 50, I, da Lei 9.784/1999); II: verdadeira (art. 50, § 1º, da Lei 9.784/1999); III: falsa, pois está incompleta, faltando a primeira parte da redação do art. 55 da Lei 9.784/1999 (“em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem ...”); IV: falsa, pois a Teoria dos Motivos Determinantes fará com que o ato seja considerado nulo no caso.

Gabarito“A”

(Procurador do Trabalho – MPT – 14º Concurso – 2007) Quanto aos atos administrativos:I. O princípio da legalidade da administração

pública eliminou as discussões em relação ao mérito do ato administrativo e a ausência de controle da discricionariedade do adminis-trador. Isto porque faz desaparecer qualquer possibilidade de atuação de acordo com juízos subjetivos de conveniência e oportunidade não especificadoseestabelecidospreviamentepelalegislação.

II. A competência para a prática do ato administra-tivo decorre da lei, é inderrogável, mas pode ser objeto de delegação, inclusive no que se refere à decisão de recursos administrativos.

WANDER GARCIA

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III. Pela teoria dos motivos determinantes, mesmo quando a lei não exija a motivação do ato, a sua indicação pelo administrador produz o efeito de vincular a validade do ato aos motivos indicados.

IV. A nomeação do Procurador-Geral da República mediante aprovação prévia pelo Senado constitui o que a doutrina denomina de ato complexo.

(A) apenasasdenúmerosIeIIIsãocorretas;(B) apenasasdenúmerosIIeIVsãocorretas;(C) apenasadenúmeroIIIécorreta;(D) todassãoincorretas;(E) não respondida.

I: incorreta, pois os atos discricionários continuam existindo nor-malmente, não tendo desaparecido com a existência do princípio da legalidade; de qualquer forma, tais atos poderão ser controlados pelo Judiciário quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; II: incorreta, pois a competência para decidir recursos administrativos é indelegável (art. 13, II, da Lei 9.784/1999); III: correta, pois, de acordo com a teoria mencionada, os fundamentos de fato e de direito indicados para a prática de um ato ficam ligados a esse de tal forma que, caso se mostrem falsos ou inadequados, levam à invalidade do ato; IV: incorreta, pois tal nomeação é exemplo de ato composto, e não de ato complexo. Isso porque há prática de mais de um ato por mais de um órgão, e, no ato complexo, temos um ato só, apesar de dois ou mais órgãos.

Gabarito“C”

(Procurador do Trabalho – MPT – 14º Concurso – 2007) Ainda quantos aos atos administrativos:I. O ato administrativo viciado por incompetência

do sujeito é insuscetível de convalidação.II. A revogação do ato administrativo vinculado

produz efeitos ex tunc.III. Os atos praticados por funcionário de fato,

mesmo sob aparência de legalidade, enquadram--se como usurpação de função e, como tal, não produzem quaisquer efeitos.

IV. A anulação do ato administrativo consiste no seu desfazimento por motivo de ilegalidade e cabe somente ao Poder Judiciário.

Assinale a opção CORRETA:(A) apenasadenúmeroIécorreta;(B) apenasasdenúmerosIIeIIIsãocorretas;(C) apenasadenúmeroIVécorreta;(D) todassãoincorretas;(E) não respondida.

I: incorreta, pois a convalidação é admitida no Direito Adminis-trativo (art. 55 da Lei 9.784/1999) e, muito comumente, acontece em relação a vícios de incompetência; II: incorreta, pois os atos vinculados não podem ser revogados; ademais, a revogação sempre produz efeitos ex nunc; III: incorreta, pois a usurpação de função ocorre quando alguém finge ser funcionário público; e o exemplo dado diz respeito aos casos em que a doutrina denomina função de fato, sendo que os atos praticados nessas circunstâncias, havendo aparência de legalidade, são considerados válidos; IV: incorreta, pois a anulação cabe tanto à Administração Pública, como ao Judiciário.

Gabarito“D”

3.3. CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO

Antesdeverificarmosasquestõesdesteitem,valetrazer um resumo das principais espécies de atos administrativos.

Espécies de atos administrativos segundo Hely Lopes Meirelles:– Atos normativos são aqueles que contêm

comando geral da Administração Pública, com o objetivo de executar a lei. Exs.: regulamentos (da alçada do chefe do Executivo), instruções normativas (da alçada dos Ministros de Estado), regimentos, resoluções etc.

– Atos ordinatórios são aqueles que disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Ex.: instruções (são escritas e gerais, destinadas a determinado serviço público), circulares (escritas e de caráter uniforme, direcionadas a determinados servi-dores), avisos, portarias (expedidas por chefes de órgãos – trazem determinações gerais ou especiais aos subordinados, designam alguns servidores, instauram sindicâncias e processos administrativos etc.), ordens de serviço (deter-minações especiais ao responsável pelo ato), ofícios (destinados às comunicações escritas entre autoridades) e despacho (contém decisões administrativas).

– Atos negociais são declarações de vontade coincidentes com a pretensão do particular. Ex.: licença, autorização e protocolo administrativo.

– Atos enunciativos são aqueles que apenas atestam, enunciam situações existentes. Não há prescrição de conduta por parte da Administração. Ex.: certidões, atestados, apostilas e pareceres.

– Atos punitivos são as sanções aplicadas pela Administração aos servidores públicos e aos parti-culares.Ex.:advertência,suspensãoedemissão;multa de trânsito.

Confiramaisclassificaçõesdosatosadministrativos:– Quanto à liberdade de atuação do agente Ato vinculado é aquele em que a lei tipifica

objetiva e claramente a situação em que o agente deve agir e o único comportamento que poderá tomar. Tanto a situação em que o agente deve agir, como o comportamento que vai tomar são únicos e estão clara e objetivamente definidosna lei, de forma a inexistir qualquer margem de liberdade ou apreciação subjetiva por parte do agente público. Exs.: licença para construir e concessão de aposentadoria.

Ato discricionário é aquele em que a lei confere margem de liberdade para avaliação da situação em que o agente deve agir ou para escolha do melhor comportamento a ser tomado.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

Seja na situação em que o agente deve agir, seja no comportamento que vai tomar, o agente público terá uma margem de liberdade na escolha do que mais atende ao interesse público. Neste ponto fala-se em mérito administrativo, ou seja, na valoração dos motivos e escolha do comportamento a ser tomado pelo agente.

Vale dizer, o agente público fará apreciação subje-tiva, agindo segundo o que entender mais conve-niente e oportuno ao interesse público. Reconhece--se a discricionariedade, por exemplo, quando a regra que traz a competência do agente indique conceitosfluídos,comobem comum, moralidade, ordem pública etc. Ou ainda quando a lei não traz um motivo que enseja a prática do ato, como, por exemplo, a que permite nomeação para cargo em comissão, de livre provimento e exoneração. Tam-bém se está diante de ato discricionário quando há mais de uma opção para o agente quanto ao momento de atuar, à forma do ato (ex: verbal, gestualouescrita),suafinalidadeouconteúdo(ex:advertência, multa ou apreensão).

A discricionariedade sofre alguns temperamentos. Em primeiro lugar é bom lembrar que todo ato dis-cricionário é parcialmente regrado ou vinculado. A competência, por exemplo, é sempre vinculada (Hely Lopes Meirelles entende que competência, forma e finalidade são sempre vinculadas, conforme vimos). Ademais, só há discricionariedade nas situações mar-ginais, nas zonas cinzentas. Assim, se algo for patente, comoquando,porexemplo,umadadacondutafiraveementemente a moralidade pública (ex: pessoas fazendo sexo no meio de uma rua), o agente, em que peseestardiantedeumconceitofluído,deveráagirreconhecendo a existência de uma situação de imora-lidade. Deve-se deixar claro, portanto, que a situação concreta diminui o espectro da discricionariedade (a margem de liberdade) conferida ao agente.

Assim, o Judiciário até pode apreciar um ato discricio-nário, mas apenas quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade, não sendo possível a revi-são dos critérios adotados pelo administrador (mérito administrativo), se tirados de dentro da margem de liberdade a ele conferida pelo sistema normativo. – Quanto às prerrogativas da administração Atos de império são os praticados no gozo de

prerrogativas de autoridade. Ex.: interdição de um estabelecimento.

Atos de gestão são os praticados sem uso de prerrogativas públicas, em igualdade com o par-ticular, na administração de bens e serviços. Ex.: contrato de compra e venda ou de locação de um bem imóvel.

Atos de expediente são os destinados a dar andamentos aos processos e papéis que tramitam pelas repartições, preparando-os para decisão de mérito a ser proferida pela autoridade. Ex.: remessa dos autos à autoridade para julgá-lo.

A distinção entre ato de gestão e de império está em desuso, pois era feita para excluir a responsabilidade do Estado pela prática de atos de império, de soberania. Melhor é distingui-los em atos regidos pelo direito público e pelo direito privado.

– Quanto aos destinatários Atos individuais são os dirigidos a destinatários

certos, criando-lhes situação jurídica particular. Ex.: decreto de desapropriação, nomeação, exo-neração, licença, autorização, tombamento.

Atos gerais são os dirigidos a todas as pessoas que se encontram na mesma situação, tendo finalidade normativa.

São diferenças entre um e outro as seguintes: – só ato individual pode ser impugnado individu-

almente;atosnormativos,sóporADINouapósprovidência concreta.

– ato normativo prevalece sobre o ato individual– atonormativoérevogávelemqualquersituação;

ato individual deve respeitar direito adquirido.– ato normativo não pode ser impugnado adminis-

trativamente,massóapósprovidênciaconcreta;ato individual pode ser impugnado desde que praticado.

– Quanto à formação da vontade Atos simples: decorrem de um órgão, seja ele

singular ou colegiado. Ex.: nomeação feita pelo Prefeito;deliberaçãodeumconselhooudeumacomissão.

Atos complexos: decorrem de dois ou mais órgãos, em que as vontades se fundem para formar um único ato. Ex.: decreto do Presidente, com referendo de Ministros.

Atos compostos: decorrem de dois ou mais órgãos, em que vontade de um é instrumental à vontade de outro, que edita o ato principal. Aqui existem dois atos pelo menos: um principal e um acessório. Exs.: nomeação do Procurador-Geral da República, que depende de prévia aprovação peloSenado;eatosquedependemdeaprova-ção ou homologação. Não se deve confundir atos compostos com atos de um procedimento, vez que este é composto de vários atos acessórios, com vistas à produção de um ato principal, a decisão.

– Quanto aos efeitos Ato constitutivo é aquele em que a Administra-

ção cria, modifica ou extingue direito ou situação jurídica do administrado. Ex.: permissão, penali-dade, revogação e autorização.

Ato declaratório é aquele em que a Administração reconhece um direito que já existia. Ex.: admissão, licença, homologação, isenção e anulação.

Ato enunciativo é aquele em que a Adminis-tração apenas atesta dada situação de fato ou de direito. Não produz efeitos jurídicos diretos. São juízos de conhecimento ou de opinião. Ex.: certidões, atestados, informações e pareceres.

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– Quanto à situação de terceiros Atos internos são aqueles que produzem efeitos

apenas no interior da Administração. Ex.: parece-res, informações.

Atos externos são aqueles que produzem efeitos sobre terceiros. Nesse caso, dependerão de publi-cidadeparateremeficácia.Ex.:admissão,licença.

– Quanto à estrutura. Atos concretos são aqueles que dispõem para

uma única situação, para um caso concreto. Ex.: exoneração de um agente público.

Atos abstratos são aqueles que dispõem para reiteradas e infinitas situações, de forma abstrata. Ex.: regulamento.

Confiraoutrosatosadministrativos,emespécie:– Quanto ao conteúdo: a) autorização: ato unila-

teral, discricionário e precário pelo qual se faculta ao particular, em proveito deste, o uso privativo de bem público ou o desempenho de uma atividade, os quais, sem esse consentimento, seriam legal-mente proibidos. Exs.: autorização de uso de praça parafestabeneficente;autorizaçãoparaportedearma;b) licença: ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha requisitos legais o exercício de uma atividade.Ex.:licençaparaconstruir;c) admissão: ato unilateral e vinculado pelo qual se reconhece ao particular que preencha requisitos legais o direito de receber serviço público.Ex.:alunodeescola;paciente emhospital; programadeassistênciasocial;d) permissão: ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público, mediante licitação.Exs.:permissãoparaperueiro;permissãopara uma banca de jornal. Vale lembrar que, por ser precária, pode ser revogada a qualquer momento, semdireito à indenização; e) concessão: ato bilateral e não precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público, mediante licitação. Ex.: concessão para empresa de ônibus efetuar transporte remunerado de passageiros. Quanto aos bens públicos, há também a concessão de direito real de uso, oponível até ao poder con-cedente, e a cessão de uso, em que se transfere o usoparaentesouórgãospúblicos;f) aprovação: ato de controle discricionário. Vê-se a conveniência do ato controlado. Ex.: aprovação pelo Senado de indicaçãoparaMinistrodoSTF;g) homologação: ato de controle vinculado. Ex.: homologação de licitaçãooudeconcursopúblico;h) parecer: ato pelo qual órgãos consultivos da Administração emitem opinião técnica sobre assunto de sua competência. Podem ser das seguintes espécies: facultativo (parecer solicitado se a autoridade qui-ser);obrigatório (autoridade é obrigada a solicitar o parecer, mas não a acatá-lo) e vinculante (a auto-ridade é obrigada a solicitar o parecer e a acatar o seuconteúdo;ex.:parecermédico).Quandoum

parecer tem o poder de decidir um caso, ou seja, quando o parecer é, na verdade, uma decisão, a autoridade que emite esse parecer responde por eventual ilegalidade do ato (ex.: parecer jurídico sobre edital de licitação e minutas de contratos, convênios e ajustes – art. 38 da Lei 8.666/1993).

– Quanto à forma: a) decreto: é a forma de que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo. Exs.: nomeação e exoneração (atos individuais); regulamentos(atos gerais que têm por objeto proporcionar a fiel execuçãoda lei – art. 84, IV, daCF); b) resolução e portaria: são as formas de que se revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades que não sejam o Chefe do Execu-tivo;c) alvará: forma pela qual a Administração confere licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeita ao poderes de polícia do Estado. Exs.: alvará de construção (instrumentodalicença);alvarádeportedearma(instrumento da autorização).

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2010 – CESPE) Acerca do controle jurisdicional de legalidade e da nulidade dos atos administrativos, assinale a opção correta.(A) Não cabe controle jurisdicional dos atos adminis-

trativos praticados no exercício de competência discricionária, pois a discricionariedade implica liberdade de atuação da autoridade administrativa.

(B) O controle jurisdicional da administração incide sobre atos administrativos ou materiais praticados pelo Poder Executivo, mas não sobre atos dos Poderes Legislativo e Judiciário.

(C) São nulos os atos administrativos de conteúdo ou objeto ilícito, não sendo possível, portanto, sua convalidação.

(D) Os atos praticados com desvio de poder são anu-láveis e, como podem ser praticados novamente sem vício, são considerados convalidáveis.

(E) O controle jurisdicional da administração é rea-lizado a posteriori, depois que os atos adminis-trativos são produzidos e ingressam no rol das normas jurídicas, não sendo, pois, admissível, no ordenamento jurídico brasileiro, controle prévio do Poder Judiciário sobre esses atos.

A: incorreta, pois o ato discricionário pode ser controlado nos aspectos de legalidade, incluindo o respeito à razoabilidade e à moralidade; B: incorreta, pois o controle jurisdicional incide também sobre os atos administrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário; C: correta, valendo salientar que a ilegalidade do objeto é vício tão grave que não admite convalidação, por estar configurada a nulidade absoluta; D: incorreta, pois o desvio de poder também encerra vício gravíssimo, que gera a nulidade absoluta do ato, não se admitindo a convalidação; E: incorreta, pois nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito será subtraída da apreciação do Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF).

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 2ª Região – 2012) Analise as assertivas e marque a alternativa correta: (A) Os atos administrativos enunciativos imperativos

decorrem do exercício do poder extroverso pelo Poder Público.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(B) O encargo é elemento acessório do ato adminis-trativo vinculado.

(C) Pela teoria dos motivos determinantes, quando a Administração motiva o ato, este somente será válido se os motivos forem verdadeiros, a menos que a lei não exija a motivação.

(D) O prazo prescricional para impugnar, administra-tiva ou judicialmente, o ato administrativo imper-feito conta-se da ciência inequívoca da lesão.

(E) A autorização, que abrange todas as hipóteses em que o exercício de atividade ou a prática de ato são vedados por lei ao particular, é ato admi-nistrativo unilateral e discricionário.

A: incorreta, pois os atos enunciativos não são dotados do atributo da imperatividade (poder extroverso), já que apenas enunciam (declaram) uma situação de fato ou de direito, não obrigando alguém a fazer ou deixar de fazer algo (imperatividade); B: incorreta, pois o encargo é elemento acidental do ato administrativo; C: incorreta, pois, mesmo que a lei não exija motivação, caso esta acabe acon-tecendo e se revele que a motivação era falsa ou inadequada, o ato respectivo restará nulo pela teoria dos motivos determinantes; D: incorreta, pois ato imperfeito é aquele cujo ciclo de formação ainda não terminou, de modo que somente quando o ato se tornar perfeito (passar a existir) é que o prazo para impugná-lo se iniciará; E: correta, pois autorização é o ato unilateral, discricionário e precário, pelo qual se faculta ao particular, em proveito deste, o exercício de atividade ou a prática de um ato vedado por lei ao particular; a autorização também se dá em relação a uso de bens públicos e à prestação de serviços públicos.

Gabarito“E”

(Magistratura do Trabalho – 13ª Região – 2006) Os atos administrativos têma sua classificação, e quantoà natureza da atividade, podem ser vários, exceto:(A) atosdeadministraçãoativa;(B) atosdeadministraçãoconsultiva;(C) atosdeadministraçãoverificadora;(D) atosdeadministraçãoconcreta;(E) atos de administração contenciosa.

A classificação em questão apresenta as seguintes espécies de atos administrativos: de administração ativa (ex.: expedição de licença), consultiva (ex.: elaboração de parecer), verificadora (ex.: realização de exame médico), contenciosa (ex.: decisões de conselhos de contribuintes) e controladora (ex.: homologação de licitação). Não há, nessa classificação, atos de administração concreta.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 18ª Região – 2006)Éincorretoafirmar:(A) Ato complexo é o que resulta da manifestação de

dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal.

(B) As certidões, os atestados e os pareceres são atos administrativos enunciativos.

(C) Licençaéatoadministrativovinculadoedefinitivo.(D) Ato pendente é o que está sujeito a condição ou

termo para que comece a produzir efeitos.(E) Autorização é ato administrativo discricionário e

precário.

Todas as alternativas trazem assertivas corretas, salvo a alternativa “A”, que traz definição de ato composto, e não de ato complexo.

Gabarito“A”(Magistratura do Trabalho – 22ª Região – 2006) Trata-se de ato administrativo unilateral, discricionário e, via de regra, precário, através do qual a Administração, de forma discricionária, faculta ao particular o exercício de atividade, serviço ou utilização de determinados bens públicos ou particulares, de seu interesse, que a lei condiciona à prévia aquiescência da Administração:(A) Permissão;(B) Licença;(C) Aprovação;(D) Autorização;(E) Homologação.

A: incorreta, pois, na permissão, é necessário licitação, e o ato não é expedido apenas no interesse do particular; B: incorreta, pois a licença é ato vinculado, e não discricionário; C: incorreta, pois a aprovação é definida como controle discricionário de atos administrativos; D: correta, pois traz a exata definição de autorização; E: incorreta, pois a homo-logação é definida como controle vinculado de atos administrativos.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2007) Analise as assertivas abaixo:I. Atoalienativo:éoquetemporfimalterarsitua-

ções preexistentes, sem suprimir direitos ou obri-gações, como ocorre com aqueles que alteram horários, percursos, locais de reunião e outras situações estabelecidas pela Administração.

II. Atomodificativo:éoqueoperaatransferênciadebens ou direitos de um titular a outro. Tais atos, em geral, dependem de autorização legislativa ao Executivo, porque sua realização ultrapassa os poderes ordinários de administração.

III. Ato abdicativo: é aquele pelo qual o titular abre mão de um direito. A peculiaridade desse ato é seu caráter incondicionável e irretratável. Desde queconsumado,oatoéirreversíveleimodificá-vel, como são as renúncias de qualquer tipo.

IV. Ato válido: é o que provém de autoridade compe-tente para praticá-lo e contém todos os requisitos necessáriosàsuaeficácia.Oatoválidopode,porém, ainda não ser exequível, por pendente decondiçãosuspensivaoutermonãoverificado.

RESPONDA:(A) Apenas as proposições I, II e IV estão corretas.(B) Apenas as proposições II, III e IV estão corretas.(C) Apenas as proposições I e II estão incorretas.(D) Apenas as proposições II e IV estão incorretas.(E) Todas as proposições estão corretas.

I: incorreta, pois a alternativa traz o conceito de ato modificativo, e não de ato alienativo, definido como o ato que opera a transferência de bens ou direitos de um titular a outro; II: incorreta, pois a alternativa traz o conceito de ato alienativo; III: correta, pois traz a exata definição de ato abdicativo; IV: correta, pois traz a exata definição de ato válido.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2006) Assinale a INCORRETA:(A) Atos de império ou de autoridade são todos

aqueles que a Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.

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(B) Atos de gestão são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatários.

(C) Atos administrativos de expediente são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repar-tições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade com-petente.

(D) Ato complexo é o que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo.

(E) Ato alienativo é o que resulta da vontade única de umórgão,masdependedaverificaçãoporpartede outro, para se tornar exequível.

Todas as alternativas trazem a correta definição dos institutos conceituados, salvo a alternativa “E”, que traz definição de ato composto, e não de ato alienativo.

Gabarito“E”

(Procurador do Trabalho – MPT – 12º Concurso – 2005) Quanto aosatosadministrativos,éINCORRETOafirmarque:(A) os atos administrativos ordinatórios têm por des-

tinatários principais os próprios integrantes da administraçãopública;

(B) os atos administrativos normativos podem ser objetodeaçãodiretadeinconstitucionalidade;

(C) oTribunaldeContasaprecia,parafinsderegistro,a legalidade dos atos de admissão de pessoal, inclusive as nomeações para cargo de provimento emcomissão;

(D) o Congresso Nacional pode sustar os atos norma-tivos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.

(E) não respondida.

A: correta, pois os atos ordinatórios são aqueles que disciplinam o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes, tendo por principais destinatários, portanto, os próprios integrantes da administração; B: correta, pois a ADI se dirige contra leis ou atos normativos; C: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois não há registro da admissão para cargos em comissão (art. 71, III, da CF); D: correta (art. 49, V, da CF); E: não deve ser marcada, pois a alternativa “C” já traz uma assertiva incorreta.

Gabarito“C”

(Procurador do Trabalho – MPT – 8º Concurso) Assinale a alter-nativa correta. Ao ato administrativo discricionário e precário, pelo qual o Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante inte-resse, dá-se o conceito de: (A) licença;(B) visto;(C) acordoadministrativo;(D) permissão;(E) autorização;(F) não sei.

A: incorreta, pois a licença é ato vinculado, e não discricionário; B: incorreta, pois o visto é o ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do administrado, afe-rindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade; C: incorreta, pois o acordo administrativo é um ato bilateral, e não unilateral, como

o retratado no enunciado, que trata de um ato precário, portanto, unilateral; D: incorreta, pois a permissão requer licitação e não é feita apenas no interesse do particular, mas no interesse público também; E: correta, pois traz a exata definição de autorização.

Gabarito“E”

(Procurador do Trabalho – MPT – 8º Concurso) Assinale a alternativa correta. Ao ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou ainda a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Administração e do administrado, signatário do instrumento protocolar, dá-se a denominação de: (A) homologação;(B) celebração;(C) acordoadministrativo;(D) aprovação;(E) protocoloadministrativo;(F) não sei.

O enunciado traz a exata definição de protocolo administrativo, conforme Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro, 26ª ed., São Paulo: Malheiros, p. 182).

Gabarito“E”

3.4. DISCRICIONARIEDADE, VINCULAÇÃO E CONTROLE JURISDICIONAL

(Magistratura do Trabalho – 1ª Região – 2004) Quanto aos atos administrativos,écorretoafirmar:(A) sãointegralmentepassíveisdecontrolejurisdicional;(B) são passíveis de controle jurisdicional quanto à

conveniênciaeoportunidade;(C) são passíveis de controle pelo Congresso Nacio-

nal, se atos do Poder Executivo, incluídos os da AdministraçãoIndireta;

(D) nãosãopassíveisdecontrolejurisdicional;(E) são passíveis de controle pelos Poderes Execu-

tivo e Legislativo, se atos administrativos do Poder Judiciário.

A: incorreta, pois o controle jurisdicional só se pode dar nos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade do ato administrativo; B: incorreta, pois é justamente nesse ponto que o controle jurisdicional não pode se dar; C: correta (art. 49, V, da CF); D: incorreta, pois nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito pode ser subtraída da apreciação do Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF); E: incorreta, pois os atos administrativos do Poder Judiciário só podem ser controlados pelo próprio Judiciário ou pelo CNJ (art. 103-B, § 4º, da CF).

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2008) Assinale a alternativa incorreta:(A) o controle jurisdicional de legalidade dos atos

administrativos somente se faz pelos meios pro-cessuais específicos previstos naConstituiçãoFederal, a saber, mandado de segurança, ação popular,“habeascorpus”,“habeasdata”eman-dado de injunção.

(B) segundo expressiva corrente doutrinária e jurisprudencial, o controle jurisdicional dos atos administrativos é limitado à apreciação de sua legalidade, vedado ao Judiciário apreciar o mérito administrativo, ou seja, os critérios de conveniên-cia e oportunidade dos atos administrativos.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(C) a Constituição Federal de 1988 adota o sistema da unidade da jurisdição para controle judicial dos atos administrativos.

(D) a regra geral é que o controle jurisdicional de legalidade dos atos administrativos seja posterior à produção dos atos administrativos, ressalvando-se ao interessado ingressar em juízo com os remédios processuais próprios quando houver ameaça de seu direito por ato da Administração Pública.

(E) constitui privilégio do Poder Público em juízo a dispensa à União, ao Estado, ao Município e ao Ministério Público do depósito da importância de 5% sobre o valor da causa, a título de multa, quando da propositura de ação rescisória.

A: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois os atos adminis-trativos podem ser controlados por outras ações pertinentes, como as ações pelo rito ordinário, sumário, dentre outras; B: correta, pois o Judiciário só pode analisar a legalidade em sentido amplo, que inclui a legalidade em sentido estrito, a razoabilidade e a moralidade; C: correta, pois, diferentemente da França, em que há o Poder Judi-ciário e Conselho de Estado, no Brasil apenas o Judiciário exerce a jurisdição; D: correta, pois o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional também incide em caso de ameaça de lesão a direito (art. 5º, XXXV, da CF); E: correta (art. 488, parágrafo único, do CPC).

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 7ª Região – 2005) Assinale, entre os seguintes atos administrativos, aquele que não podeserclassificadocomodiscricionário:(A) licença para construção de imóvel.(B) nomeação para cargo de provimento em comissão.(C) atoderatificaçãodedispensadelicitação.(D) decretodeutilidadepúblicaparafinsdedesapro-

priação.(E) autorização para uso de bem público.

A: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois a licença é ato vinculado, pelo qual se faculta a alguém o exercício de uma atividade; B: correta, pois a nomeação para cargo em comissão é livre, de modo que se trata de um ato discricionário; C: correta, pois o ato de ratificação, no caso, tem por objetivo apenas aprovar a dispensa concedida, não se confundido com o ato de homologação de uma licitação, que é um ato vinculado, que atesta a regularidade formal do procedimento; D: correta, pois há margem de liberdade para a decisão de desapropriar ou não, bem como de escolher o imóvel a ser desapropriado; E: correta, pois a autorização é ato unilateral, dis-cricionário e precário, pelo qual se faculta, ao particular, no interesse deste, o uso de um bem público ou o exercício de uma atividade.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) Considere as seguintes proposições e assinale a correta:(A) Ato administrativo é o ajuste que a administração

pública,agindonessaqualidade,firmacomparti-cular ou com outra entidade administrativa, para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria administração.

(B) São requisitos do ato administrativo: competência, finalidade, forma,motivo,objetoecondiçãoderevogabilidade.

(C) Atos administrativos vinculados são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização, e discricionários são os atos administrativos passíveis de revogação apenas pelo Poder Judiciário.

(D) O mérito do ato administrativo consubstancia-se na valoração dos motivos e na escolha do objeto do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar. É aspecto pertinente apenas aos atos administrativos praticados no exercício de com-petência discricionária, isto é, só abrange os ele-mentos não vinculados do ato da Administração.

(E) Revogação é a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria administração ou pelo Poder Judiciário.

A: incorreta, pois a definição dada é de convênio, e não de ato adminis-trativo; B: incorreta, pois os requisitos são só os cinco primeiros, não incluindo a condição de revogabilidade; C: incorreta, pois a revogação, ao contrário do colocado na afirmativa, só pode ser feita pela Adminis-tração; D: correta, pois esse é o conceito de mérito trazido na doutrina, valendo lembrar que só o ato administrativo possibilita tal valoração, para verificar o motivo que justifica a prática do ato (quando) e o objeto do ato a ser praticado (como); nos atos vinculados, a lei já predefiniu, de modo claro e objetivo, quando e como o ato deve ser praticado; E: incorreta, pois a revogação incide sobre atos inconvenientes ou ino-portunos, diferentemente da invalidação, que incide sobre atos ilegais.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 20ª Região – 2003) O mérito admi-nistrativo diz respeito: (A) àlegalidade;(B) àlegitimidadeeàdiscricionariedade;(C) àcoercibilidadeeàexecutoriedade;(D) àfinalidadeeàcompetência;(E) à oportunidade e à conveniência.

O mérito é justamente a margem de liberdade que tem o agente público nos atos discricionários. Dessa forma, o agente público, diante de um ato discricionário, escolherá qual ato irá praticar, segundo critérios de oportunidade e conveniência.

Gabarito“E”

(Magistratura do Trabalho – 20ª Região – 2003) A motivação do ato administrativo discricionário: (A) éinoperante;(B) sujeitaoatoadministrativoaocontrolejurisdicional;(C) por não ser obrigatória, não sujeita o ato adminis-

trativoaocontrolejurisdicional;(D) ésempreobrigatória;(E) é facultativa para os atos simples e obrigatória

para os complexos.

A motivação é a regra em matéria de ato administrativo, principal-mente em se tratando de ato discricionário, de modo a evitar que o agente público fique inventando motivos depois de praticar o ato. Portanto, a motivação não é inoperante, tendo função relevantíssima tanto para proteger o administrativo, como para a verificação da legalidade do ato administrativo (alternativa “A”). Por outro lado, a motivação é sempre passível ao controle jurisdicional, que verificará aspectos de legalidade, moralidade e razoabilidade (alternativa “B”). A alternativa “C” está incorreta, pois a motivação é regra, como se viu, já que se trata de um princípio do direito administrativo. A alternativa “D” está incorreta, pois a motivação nem sempre é obri-gatória, pois há casos em que a lei dispensa a nomeação, como no caso de nomeação de alguém para cargo em comissão, nomeação essa que é livre. E a alternativa “E” está incorreta, pois tanto para atos simples, como para atos complexos a motivação é obrigatória.

Gabarito“B”

WANDER GARCIA

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(Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2012) Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta. I. o sistema da dualidade de jurisdição, adotado

pelo Brasil, autoriza que órgãos do contencioso administrativo exerçam, ao lado do Poder Judi-ciário, função jurisdicional sobre lides de que a Administração Pública seja parte interessada.

II. É incabível o controle judicial de ato político pelo Poder Judiciário.

III. Do ato administrativo que contrariar súmula vin-culante, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato.

IV. os atos que estabelecem regras sobre o funciona-mento interno dos órgãos da Administração não poderão ser apreciados pelo Poder Judiciário.

V. em razão da natureza pública dos interesses tutelados pela Administração, quando a Adminis-traçãoPúblicafiguracomoparteemaçãojudicial,atua com as seguintes peculiaridades: Juízo privativo, prazos dilatados, processo especial de execução, restrições à concessão de liminar e à antecipação dos efeitos da tutela.

(A) Somente as proposições constantes dos itens I e IV estão corretas e as demais estão incorretas.

(B) Somente as proposições constantes dos itens III e V estão corretas e as demais estão incorretas.

(C) Somente as proposições constantes dos itens II, III e V estão corretas e as demais estão incorretas.

(D) Somente as proposições constantes dos itens I, II e V estão corretas e as demais estão incorretas.

(E) Somente as proposições constantes dos itens I, II e IV estão corretas e as demais estão incorretas.

I: incorreta, pois no Brasil não se adotou o regime da dualidade de jurisdição, mas sim o sistema da unicidade de jurisdição, em que o monopólio desta é do Judiciário; na França, ao contrário, há dualidade de jurisdição (ou contencioso administrativo), sendo que o Conselho de Estado processa as causas em que se julga atos administrativos; II: incorreta, pois, apesar de ser um controle mais restrito, dada a grande discricionariedade dos atos políticos, o Judici-ário controla tais atos, com foco nos aspectos de constitucionalidade deste; III: correta (art. 7º da Lei 11.417/2006); IV: incorreta, pois, caso tais regras firam preceitos legais ou constitucionais, serão anuladas pelo Judiciário; V: correta, pois há juízos da Fazenda Pública, prazo em quádruplo para contestar em dobro para recorrer, execução especial (execução fiscal) e restrições a concessões de liminar e tutela antecipada (Leis 8.437/1992 e 9.494/1997).

Gabarito“B”

(Procurador do Trabalho – MPT – 15º Concurso – 2008) Assinale a alternativa CORRETA:(A) o Presidente da República poderá convalidar o

ato de extinção de cargo público vago, praticado por Ministro de Estado, ainda que não lhe tenha delegadoessaatribuição;

(B) oatoadministrativoqualificadopelaleidediscri-cionário, emanado de autoridade integrante do Poder Executivo, não pode ser objeto de discus-são judicial, sob pena de restar violado o princípio daseparaçãoentreostrêsPoderes;

(C) a concessão da aposentadoria pedida por ser-vidor público é ato administrativo discricionário, pois depende da análise do preenchimento dos requisitosprevistosemlei;

(D) o Poder Judiciário, caso provocado pelo inte-ressado, pode determinar a revogação do ato administrativoquelheprejudicou;

(E) não respondida.

A: correta, pois, nesse caso, não há óbice à aplicação do art. 55 da Lei 9.784/1999; B: incorreta, pois os atos discricionários podem, sim, ser controlados pelo Judiciário, nos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; C: incorreta, pois os requisitos para a concessão da aposentadoria são bem objetivos, não havendo margem de liberdade para a sua concessão ou não; D: incorreta, pois o Judiciário não pode revogar atos administrativos, salvo os seus próprios atos administrativos.

Gabarito“A”

(Procurador do Trabalho – MPT – 13º Concurso – 2006) Assinale a alternativa INCORRETA:(A) a discricionariedade pode resultar da considera-

ção de que a disciplina de uma relação jurídica ou de um setor da realidade social deve fazer-se segundocritériostécnico-científicos,variandoassoluçõesinclusiveemfacedoprogressofuturo;

(B) a discricionariedade normativa administrativa se traduznaproduçãoderegulamentos;

(C) na revogação, a Administração Pública desfaz o atoadministrativoemrazãodevíciooudefeito;

(D) o ato administrativo pode se extinguir pelo exau-rimentointegraldesuaeficácia;

(E) não respondida.

As alternativas “a”, “b” e “d” estão corretas. A alternativa “c” está incorreta, pois o objeto da revogação é um ato administrativo legal, idôneo e sem vício. O ato a ser revogado se ressente apenas de estar inconveniente por conta de um fato novo, e não de ter nascido com vício.

Gabarito“C”

(Procurador do Trabalho – MPT – 8º Concurso) Assinale a alternativa correta. No regime adotado pelo Estado para correção dos atos administrativos ou legais dá-se a denominação de: (A) sistemaAdministrativo;(B) sistemadeControleJurisdicionaldeAdministração;(C) sistemarevisional;(D) sistemarescisório;(E) asrespostas“a”e“b”estãocorretas;(F) não sei.

A alternativa “E” está correta, pois os atos administrativos podem se controlados, quanto à sua legalidade, tanto pela Administração (Sistema Administrativo), como pelo Judiciário (Sistema de Controle Jurisdicional de Administração).

Gabarito“E”

3.5. ExTINÇÃO

Segue resumo acerca das formas de extinção dos atos administrativos– Cumprimento de seus efeitos: como exemplo,

temos a autorização da Prefeitura para que seja feita uma festa na praça de uma cidade. Este ato administrativo se extingue no momento em que a festa termina, uma vez que seus efeitos foram cumpridos.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

– Desaparecimento do sujeito ou do objeto sobre o qual recai o ato: morte de um servidor público, por exemplo.

– Contraposição: extinção de um ato administrativo pela prática de outro antagônico em relação ao primeiro. Ex.: com o ato de exoneração do servidor público,oatodenomeaçãoficaautomaticamenteextinto.

– Renúncia: extinção do ato por vontade do bene-ficiáriodeste.

– Cassação: extinção de um ato que beneficia um particular por este não ter cumprido os deveres para dele continuar gozando. Não se confunde com a revogação – que é a extinção do ato por não ser mais conveniente ao interesse público. Também difere da anulação – que é a extinção do ato por ser nulo. Como exemplo desse tipo de extinção tem-se a permissão para banca de jornal se instalar numa praça, cassada porque seu dono nãopagaopreçopúblicodevido;ouaautoriza-ção de porte de arma de fogo, cassada porque o beneficiárioédetidoouabordadoemestadodeembriaguez ou sob efeito de entorpecentes (art. 10, § 2º, do Estatuto do Desarmamento – Lei 10.826/2003).

– Caducidade. Extinção de um ato porque a lei não mais o permite. Trata-se de extinção por invalidade ou ilegalidade superveniente. Exs.: autorização para condutor de perua praticar sua atividade que se torna caduca por conta de lei posterior não mais permitir tal transporte na cidade;autorizaçõesdeportedearmaquecadu-caram 90 dias após a publicação do Estatuto do Desarmamento, conforme reza seu art. 29.

– Revogação. Extinção de um ato administrativo legal ou de seus efeitos por outro ato administra-tivo, efetuada somente pela Administração, dada a existência de fato novo que o torne inconve-niente ou inoportuno, respeitando-se os efeitos precedentes (efeito “ex nunc”). Ex.: permissãopara a mesma banca de jornal se instalar numa praça, revogada por estar atrapalhando o trânsito de pedestres, dado o aumento populacional, não havendo mais conveniência na sua manutenção.

O sujeito ativo da revogação é a Administração Pública, por meio da autoridade administrativa competente para o ato, podendo ser seu superior hierárquico. O Poder Judiciário nunca poderá revo-gar um ato administrativo, já que se limita a apreciar aspectos de legalidade (o que gera a anulação), e não de conveniência, salvo se se tratar de um ato administrativo da Administração Pública dele, como na hipótese em que um provimento do próprio Tri-bunal é revogado.

Quanto ao tema objeto da revogação, tem-se que este recai sobre o ato administrativo ou relação jurídica deste decorrente, salientando-se que o ato administrativo deve ser válido, pois, caso seja inválido, estaremos diante de hipótese que enseja

anulação. Importante ressaltar que não é possível revogar um ato administrativo já extinto, dada a falta de utilidade em tal proceder, diferente do que se dá com a anulação de um ato extinto, que, por envolver a retroação de seus efeitos (a invalidação tem efeitos “extunc”),éútile,portanto,possível.

O fundamento da revogação é a mesma regra de competência que habilitou o administrador à prática do ato que está sendo revogado, devendo-se lembrar que só há que se falar em revogação nas hipóteses de ato discricionário.

Já o motivo da revogação é a inconveniência ou ino-portunidade da manutenção do ato ou da relação jurí-dica gerada por este. Isto é, o administrador público faz apreciação ulterior e conclui pela necessidade da revogação do ato para atender ao interesse público.

Quanto aos efeitos da revogação, esta suprime o ato ou seus efeitos, mas respeita os efeitos que já trans-correram.Trata-se,portanto,deeficácia“exnunc”.

Há limites ao poder de revogar. São atos irrevogá-veisosseguintesatos:osquealeiassimdeclarar;os atos já exauridos, ou seja, que cumpriram seus efeitos;osatosvinculados,jáquenãosefalaemconveniência ou oportunidade neste tipo de ato, em que o agente só tem uma opção; osmerosou puros atos administrativos (exs.: certidão, voto dentrodeumacomissãodeservidores);osatosdecontrole;osatoscomplexos(praticadospormaisdeumórgãoemconjunto);eatosquegeramdireitosadquiridos. Os atos gerais ou regulamentares são, por sua natureza, revogáveis a qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias, respeitando-se os efeitos produzidos. – Anulação (invalidação): extinção do ato admi-

nistrativo ou de seus efeitos por outro ato admi-nistrativo ou por decisão judicial, por motivo de ilegalidade, com efeito retroativo (“extunc”).Ex.:anulação da permissão para instalação de banca de jornal em bem público por ter sido conferida sem licitação.

O sujeito ativo da invalidação pode ser tanto o administrador público como o juiz. A Administração Pública poderá invalidar de ofício ou a requerimento do interessado. O Poder Judiciário, por sua vez, só poderá invalidar por provocação ou no bojo de uma lide. A possibilidade de o Poder Judiciário anular atos administrativos decorre do fato de estarmos num Estado de Direito (art. 1º da, CF), em que a lei deve ser obedecida por todos, e também por conta doprincípiodainafastabilidadedajurisdição(“aleinão poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito” – artigo 5º, XXXV, da CF) e da previsão constitucional do mandado de segurança,do“habeasdata”edaaçãopopular(art.5º, LXIX, LXXII e LXXIII da CF).

O objeto da invalidação é o ato administrativo invá-lido ou os efeitos de tal ato (relação jurídica).

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Seu fundamento é o dever de obediência ao prin-cípio da legalidade. Não se pode conviver com a ilegalidade. Portanto, o ato nulo deve ser invalidado.

O motivo da invalidação é a ilegalidade do ato e da eventual relação jurídica por ele gerada. Hely Lopes Meirelles diz que o motivo da anulação é a ilegalidade ou ilegitimidade do ato, diferente do motivo da revo-gação, que é a inconveniência ou inoportunidade.

Quanto ao prazo para se efetivar a invalidação, o art. 54 da Lei 9.784/1999 dispõe “O direito da Administra-ção de anular os atos administrativos de que decor-ram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram prati-cados, salvo comprovada má-fé”. Perceba-se que tal disposição só vale para atos administrativos em geral de que decorram efeitos favoráveis ao agente (ex.: permissão, licença) e que tal decadência só aproveita ao particular se este estiver de boa-fé. A regra do art. 54 contém ainda os seguintes parágrafos: § 1º: “No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento”;§2º:“Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade adminis-trativa que importe impugnação à validade do ato”.

No que concerne aos efeitos da invalidação, como o ato nulo já nasce com a sanção de nulidade, a declaração se dá retroativamente, ou seja, com efeito “extunc”.Invalidam-seasconsequênciaspassadas,presentes e futuras do ato. Do ato ilegal não nascem direitos. A anulação importa no desfazimento do vín-culo e no retorno das partes ao estado anterior. Tal regra é atenuada em face dos terceiros de boa-fé. Assim, a anulação de uma nomeação de um agente público surte efeitos em relação a este (que é parte da relação jurídica anulada), mas não em relação aos terceiros que sofreram consequências dos atos por este praticados, desde que tais atos respeitem a lei quanto aos demais aspectos.

(Magistratura do Trabalho – 8ª Região – 2006) Sobre atos administrativosécorretoafirmarque:(A) A conveniência e a oportunidade do ato admi-

nistrativo constituem critério ditado pelo poder discricionário, mas ainda que sejam utilizadas dentro dos parâmetros permissivos legais, estão sempre sujeitas à reforma pelo Poder Judiciário.

(B) O ato administrativo inquinado do vício de lega-lidade pode ser invalidado apenas pelo Poder Judiciário. O ordenamento jurídico constitucional indica hipóteses de suporte para questionar judi-cialmente um ato administrativo ilegal, a exemplo do Mandado de Segurança, Ação Civil Pública e Ação Popular.

(C) O ato administrativo, dentre outras maneiras, extingue-se de forma objetiva, o que ocorre com o desaparecimento do sujeito que dele se bene-ficiou,aexemplodeumapermissão,emqueamorte do permissionário extingue o ato por falta de elemento subjetivo, pois via de regra, o ato é intransferível,

(D) A invalidação opera efeito ex tunc, isto é, fulmina o que já ocorreu, negam-se hoje os efeitos de ontem;masterceirospodemreclamardireitosqueo ato ilegítimo não poderia gerar por tratar-se de direito adquirido, caso em que o interesse público não prevalece sobre o particular.

(E) O instituto da convalidação, que pode ser aplicado a todos os atos viciados, tem a mesma premissa pela qual se demarca a diferença entre vícios sanáveis e insanáveis, existentes no direito pri-vado,epodeocorrerdetrêsformas:ratificação,reforma e conversão, admitindo a primeira que um novo ato suprima uma parte inválida do ato anterior, mantendo sua parte válida.

A: incorreta, pois, caso o ato tenha sido praticado nos limites da margem de liberdade do agente público, o Judiciário tem que respeitar o ato administrativo praticado; B: incorreta, pois a Admi-nistração também pode invalidar seus próprios atos, nos termos do princípio da autotutela (art. 53 da Lei 9.784/1999); C: correta, pois o desaparecimento do sujeito ou do objeto sobre os quais recai o ato, de fato, é uma forma de extinção dos atos administrativos; ademais, a permissão, como regra, é intransferível, de maneira que, uma vez falecido o sujeito que se beneficia do ato (o permissioná-rio), a permissão não passa para seus sucessores, ressalvadas as exceções prevista em lei; D: incorreta, pois em caso de ilegalidade não se pode falar em direitos, quanto mais em direitos adquiridos; E: incorreta, pois a convalidação se dá sobre atos com vícios sanáveis, mantendo-se o ato incólume, ao passo que a conversão se dá sobre atos nulos, aproveitando o ato em outra categoria de atos, em que o ato será válido.

Gabarito“C”(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) Considere as seguintes proposições:I. A aplicação da teoria dos motivos determinantes

leva à invalidação do ato administrativo desvin-culadodosmotivosquedeterminamejustificamsua realização, mesmo em alguns casos de atos administrativos discricionários, como na hipótese de exoneração de servidor público de cargo de provimento em comissão motivada por conduta de improbidade.

II. A anulação é a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal e somente pode ser feita pelo Poder Judiciário, enquanto a revogação é ato privativo da Administração Pública, mas em qualquer das hipóteses os efeitos da anulação retroagem à sua origem, invalidando as consequências passadas, presen-tes e futuras do ato anulado, mas os terceiros de boa-fé alcançados pelos efeitos incidentes do atoanuladosãobeneficiadospelapresunçãodelegitimidade que acompanha toda atividade da Administração Pública.

III. Um dos critérios doutrinários utilizados para a distinção entre atos administrativos nulos e anuláveis é a possibilidade de convalidação do ato invalidado, negativa na primeira categoria, como na hipótese de atos praticados com desvio depoder,eafirmativanasegunda,comonahipó-tese de atos expedidos por sujeito incompetente ou com vício de forma.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

IV. O ato administrativo é passível de invalidação por vício quanto ao motivo, o que ocorre quando a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta é materialmente inexistente ou juridicamente inade-quada ao resultado obtido, mas não ocorre quando existe a falsidade do motivo, como na hipótese de punição disciplinar de servidor público por conduta ilícita diversa da que foi praticada.

V. A remoção de servidor público praticada de ofício, com o objetivo de punição e não de aten-dimento de necessidade de serviço, é hipótese devíciorelativoàfinalidadedoatoadministrativoe propicia sua invalidação.

(A) todasasproposiçõesestãocorretas;(B) somenteasproposiçõesI,II,IIIeVestãocorretas;(C) somenteasproposiçõesI,III,IVestãocorretas;(D) somenteasproposiçõesII,IVeVestãocorretas;(E) somente as proposições I, III e V estão corretas.

I: correta, pois, pela teoria dos motivos determinantes, constatada a inexistência ou a inadequação do motivo de fato ou de direito invocado, o ato será necessariamente nulo; II: incorreta, pois a anulação também pode ser feita pela Administração, e não só pelo Judiciário; III: correta, ficando a notícia de que atos anuláveis podem ser convalidados, e atos nulos devem ser invalidados ou objetos de conversão, salvo se a Administração decair do direito de anular, pelo decurso do tempo (art. 54 da Lei 9.784/1999); IV: incorreta, pois a falsidade do motivo macula o ato praticado, que fica passível de invalidação; V: correta, pois o desvio de finalidade gera a nulidade do ato administrativo.

Gabarito“E”(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2007) Considere as seguintes proposições:I. Segundo a teoria dos motivos determinantes, uma

vez enunciados os motivos pelo seu agente, mesmo que a lei não tenha estipulado a necessidade de enunciá-los, o ato somente terá validade se os motivosefetivamenteocorreramejustificamoato.

II. A anulação e a revogação do ato administrativo podem ser feitas tanto pelo Judiciário como pela Administração.

III. Em razão de que a revogação atinge um ato edi-tado em conformidade com a lei, o ato revogador temsempreeficáciaex nunc.

IV. É nulo o ato administrativo praticado com desvio da finalidade,queseverificaquandooagentepraticaoatovisandoafimdiversodaqueleprevisto,explí-cita ou implicitamente, na regra de competência.

Assinale a alternativa correta:(A) Todas as proposições estão corretas.(B) Somente estão corretas as proposições I e IV.(C) Somente estão corretas as proposições III e IV.(D) Somente estão corretas as proposições I, II e III.(E) Somente estão corretas as proposições I, III e IV.

I: correta, pois tal consequência decorre da Teoria dos Motivos Determinantes; II: incorreta, pois o Judiciário não pode revogar os atos administrativos; III: correta, pois a revogação não retroage, ou seja, o ato revogatório tem efeitos ex nunc; IV: correta, pois o desvio de poder ou de finalidade torna nulo o ato administrativo.

Gabarito“E”(Magistratura do Trabalho – 11ª Região – 2007 – FCC) Em deci-são na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos(A) sanáveis poderão ser convalidados pela própria

administração.(B) quaisquer poderão ser convalidados pela própria

administração.(C) sanáveis poderão ser convalidados desde que

por decisão judicial.(D) quaisquer poderão ser convalidados desde que

por decisão judicial.(E) não poderão ser convalidados.

Assim determina o art. 55 da Lei 9.784/1999: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração”.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 14ª Região – 2008) Analise as proposições dadas:I. Em relação aos poderes da administração,

mesmo nos atos praticados no exercício do poder discricionário, há certos aspectos ou elementos do ato que são vinculados.

II. A competência administrativa de invalidação de ato administrativo viciado é vinculativa, exigindo a pre-sença dos requisitos conveniência e oportunidade.

III. Ato administrativo inválido que admite a conva-lidação é aquele cujo conteúdo não é atingido pelo vício, permitindo a preservação de seus efeitos jurídicos mediante a expedição de outro ato administrativo.

IV. A revogação do ato administrativo opera efeito ex nunc;aanulação,efeitoex tunc.

(A) todasasproposiçõesestãocorretas;(B) apenasasproposiçõesI,IIeIVestãocorretas;(C) apenasaproposiçãoIVestáincorreta;(D) apenasaproposiçãoIestácorreta;(E) apenas a proposição II está incorreta.

As proposições I, III e IV estão corretas. A proposição II está incorreta, pois o motivo da invalidação não é a inconveniência, mas sim a ilegalidade.

Gabarito“E”

(Magistratura do Trabalho – 15ª Região – 2010) Assinale a alternativa correta: (A) a administração pública federal deve anular seus

próprios atos, quando eivados de vício de legali-dade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ouoportunidade,respeitadososdireitosadquiridos;

(B) em caso de exoneração ad nutum, a administra-ção alega que a cessação da relação jurídica ocor-reu por falta de verba. Em seguida, é nomeada outra pessoa para o mesmo cargo. A exoneração éválida,umavezqueoatoédiscricionário;

(C) a desconformidade entre o motivo do ato admi-nistrativo e a realidade gera vicio sanável, sendo convenientearevogaçãodoato;

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(D) mesmo não acarretando lesão ao interesse público, nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis não poderão ser convalidadospelaadministraçãopúblicafederal;

(E) os atos administrativos discricionários não estão sujeitos ao controle do judiciário.

A: correta (Súmula 473 do STF e art. 53 da Lei 9.784/1999); B: incorreta, pois, pela Teoria dos Motivos Determinantes, a validade de um ato, mesmo discricionário, está condicionada à existência e à adequação do motivo invocado; no caso, como a falta de verba se revelou inexistente, o ato de exoneração é inválido; C: incorreta, pois, também pela Teoria dos Motivos Determinantes, a adequação do motivo condiciona a validade do ato; D: incorreta, pois, preenchidos os requisitos mencionados, o ato administrativo com defeito sanável poderá ser convalidado (art. 55 da Lei 9.784/1999); E: incorreta, pois os atos discricionários estão sujeitos ao controle do Judiciário quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; o Judiciário só não poderá adentrar no mérito administrativo, que é a margem de liberdade que remanesce ao agente público após o crivo dos critérios mencionados.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008) Julgue os itens abaixo:I. A Prefeitura Municipal de São Luís retirou a

permissão para a banca de jornais situada na Avenida do Vale, próximo ao Zen’s. Tal atitude caracteriza a invalidação do ato permissivo.

II. Um determinado terreno de marinha dado em aforamento, situado na Ponta d’Areia em São Luís, foi tomado pelo mar. Tal situação extingue oatoadministrativodaenfiteuse.

III. Um dono de hotel, ante a escassez de concursos na Cidade de São Luís, quando então possuía capacidade total ocupada pelos concurseiros, resolve transformá-lo em uma casa de tolerância. Diante disso, a Prefeitura retira a licença para funcionamento. Tal atitude caracteriza cassação.

IV. Antonio Maravilha teve sua autorização para porte de arma retirada porque a autoridade poli-cial deferiu-lhe quando ele era menor de idade. Tal situação caracteriza revogação.

(A) Todas estão corretas.(B) Todas estão incorretas.(C) Apenas I e IV estão corretas.(D) Apenas II e III estão corretas.(E) Apenas I está correta.

I: incorreta, pois esse caso é de revogação da permissão, pois não se narrou ilegalidade alguma; II: correta, pois não há mais utilidade na enfiteuse concedida; III: correta, pois foi descumprido requisito para que se continuasse beneficiando do ato (respeito ao objeto licenciado), impondo-se a cassação deste; IV: incorreta, pois houve ilegalidade, de modo que tal situação caracteriza anulação.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008) Na doutrina de Celso Antonio Bandeira de Mello, a respeito da extinçãodosatosadministrativosháaafirmaçãodeque tal fenômeno ocorre com a retirada do ato. São hipóteses dessa modalidade, exceto:(A) Revogação;(B) Renúncia(C) Contraposição

(D) Invalidação;(E) Cassação.

A revogação, a contraposição, invalidação e a cassação importam em retirada do ato administrativo por parte da própria Administração, diferentemente da renúncia, em que não há retirada do ato pela Admi-nistração, mas sim abdicação do ato por parte de seu beneficiário.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 18ª Região – 2006) Quanto à revo-gação do ato administrativo, considere as seguintes afirmaçõeseassinaleaalternativacorreta:I. A revogação somente atua ex nunc.II. Os atos vinculados são irrevogáveis.III. Os atos que já exauriram seus efeitos são irre-

vogáveis.IV. A revogação é ato privativo da administração,

pressupondo ato ilegal.V. O ato irrevogável é aquele que tornou-se insus-

cetível de revogação, por ter produzido seus efeito ou gerado direito subjetivo para o bene-ficiário,ouainda,porresultardecoisajulgadaadministrativa.

(A) Todos os itens estão corretos.(B) Apenas os itens IV e V estão incorretos.(C) Somente item IV está incorreto.(D) Somente o item V está incorreto.(E) Todos os itens estão incorretos.

I: correta, pois a revogação não retroage; II: correta, pois somente atos discricionários podem ser revogados; III: correta, pois atos exauridos já estão extintos, portanto não há como revogá-los; IV: incorreta, pois, se o ato é ilegal, não é caso de revogação, mas de anulação; V: correta, pois os casos citados não permitem a revogação do ato administrativo.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 20ª Região – 2003) O Poder Judici-ário, no processo de anulação de ato administrativo, se limitará ao controle: (A) daconveniênciaeoportunidade;(B) doméritoadministrativo;(C) dalegalidadeoulegitimidade;(D) dajustiçadoatoimpugnado;(E) da valoração dos motivos e escolha do objeto.

O Judiciário não pode atingir o mérito administrativo ou discutir a conve-niência ou não do ato administrativo. Não compete ao Judiciário analisar a justiça do ato impugnado ou ficar valorando os motivos e a escolha do ato praticado. O Judiciário somente pode verificar a legalidade ou legitimidade do ato administrativo, analisando se este foi praticado conforme a legalidade em sentido estrito, a razoabilidade e a moralidade.

Gabarito“C”

(Magistratura do Trabalho – 20ª Região – 2003) À administração é facultado anular ex-officio os próprios atos: (A) pormotivodeilegalidade;(B) pormotivodeoportunidade;(C) pormotivodeconveniência;(D) independentementedequalquermotivo;(E) apenas com o advento do fato do príncipe.

O motivo da anulação é justamente a ilegalidade, ao contrário do motivo da revogação, que é a inoportunidade ou inconveniência na manutenção do ato administrativo.

Gabarito“A”

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

(Magistratura do Trabalho – 21ª Região – 2005) De acordo com as assertivas seguintes, indique a alternativa correta: I. A existência, em nosso país, de uma jurisdição

administrativaespecíficaparaocontroledosatosadministrativos caracteriza o sistema unitário, de origemanglo-americana;

II. A convalidação de ato administrativo praticado em desacordo com a lei resulta na retroação dos seusefeitosàdatadapráticadorespectivoato;

III. A revogação do ato administrativo possui caráter discricionário, e os efeitos dele decorrentes são ex nunc;

IV. A anulação e também a revogação do ato adminis-trativo podem ser decretadas pelo Poder Judiciário, considerando a extensão do princípio constitucio-nal da inafastabilidade da jurisdição, inclusive em sededecontrolejudicialdosatosdaadministração;

V. Consideram-se atributos do ato administrativo a presunção de legitimidade e de veracidade, a imperatividade, a discricionariedade, a executo-riedade e a tipicidade.

(A) asalternativasI,IVeVestãoerradas;(B) apenasasalternativasIeVestãoerradas;(C) asalternativasIIIeVestãoerradas;(D) todasasalternativasestãoerradas;(E) apenas as alternativas I e IV estão erradas.

I: errada, pois, no Brasil, a jurisdição é única e exercida apenas pelo Poder Judiciário; II: correta, pois a convalidação tem efeitos retro-ativos, confirmando os atos praticados anteriormente; III: correta, pois a revogação incide justamente sobre atos discricionários e não retroage; IV: errada, pois a revogação não pode ser feita pelo Judiciário; V: errada, pois a discricionariedade não é atributo do ato administrativo.

Gabarito“A”

(Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2012) Analise as proposições abaixo e indique a alternativa correta. I. É possível o controle judicial sobre a validade de

atos administrativos, ainda que se trate de ato administrativo dito discricionário, visto que, nessa modalidade de atos administrativos também há requisitos ou, elementos vinculados e, portanto, perfeitamente passíveis de controle de legalidade, não ocorrendo, daí, qualquer violação do princípio da tripartição dos Poderes do Estado.

II. No caso de revogação de atos administrativos pela própria Administração, por motivo de con-veniência ou oportunidade, não se há falar em respeito aos direitos adquiridos de terceiros, mor-mente se particulares, em vista da supremacia do interesse público em detrimento do privado e, ainda,doprincípiodaeficiênciaadministrativa.

III. Os chamados requisitos do ato administrativo são os componentes ou elementos de que é formado para a sua validade, dentre os quais, está a competência que é o poder ou a atribuição que a lei outorga ao agente público para que, no desempenho de determinada função, pratique certo ato administrativo.

IV. São espécies de atos administrativos, dentre outras, a permissão, a licença e a autorização.

V. A presunção de legitimidade dos atos administra-tivos é um atributo que faz com que se presuma a conformidade dos atos com os ditames do orde-namento jurídico posto. Tal presunção, todavia, é de natureza meramente relativa, de modo que ao interessado é dado demonstrar a invalidade do ato administrativo perante as instâncias competentes, sejam administrativas ou judiciais.

(A) Apenas as proposições I e III estão corretas e as demais estão incorretas.

(B) As proposições I, III, IV e V estão corretas e a proposição II está incorreta.

(C) As proposições I, II, III e V estão corretas e a proposição IV está incorreta

(D) As proposições I, II e V estão corretas e as demais estão incorretas.

(E) Todas as proposições estão corretas.

I: correta, pois, de fato, todo ato discricionário é parcialmente vin-culado (ou regrado) e, assim, sofre controle do Judiciário quanto a esse aspecto; II: incorreta, pois nem mesmo a lei pode prejudicar direitos adquiridos (art. 5º, XXXVI, da CF), quanto mais um ato admi-nistrativo que revoga outra; III: correta, pois dentre os requisitos de validade do ato administrativo (competência, objeto, forma, motivo e finalidade) está a competência, que, ainda, foi devidamente definida no item; IV: correta, valendo salientar que também são espécies de ato administrativo a concessão, a admissão, a aprovação, a homo-logação, o parecer, dentre outros; V: correta, pois a presunção de legitimidade, de fato, é relativa (“juris tantum”).

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2009) Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa CORRETA:I. O Conselho Nacional de Justiça possui legitimi-

dadeparafiscalizar,deofício,osatosadministra-tivos praticados por órgãos do Poder Judiciário.

II. Os atos administrativos que envolvem a aplica-ção de conceitos indeterminados, como no caso da desídia imputada em processo disciplinar, estão sujeitos ao controle jurisdicional.

III. A Administração Pública pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;ourevogá-los,pormotivodeconveni-ência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

(A) Apenas o item I é falso.(B) Apenas o item II é falso.(C) Apenas o item III é falso.(D) Todos os itens são verdadeiros.(E) Todos os itens são falsos.

I: verdadeiro (art. 103-B, § 4º, II, da CF); II: verdadeiro, pois os atos discricionários não estão imunes ao controle jurisdicional, que recairá nesses atos quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; III: verdadeiro, pois está em consonância com o art. 53 da Lei 9.784/1999 e com a Súmula 473 do STF.

Gabarito“D”

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(Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2007) Quanto à revogação dos atos administrativos:I. Revogação é a extinção de um ato administrativo

ou de seus efeitos por outro ato administrativo, efetuada por razões de conveniência e oportu-nidade, respeitados os efeitos precedentes.

II. O objeto da revogação é um ato administrativo válido ou uma relação jurídica válida dele decor-rente. Na revogação não se busca restaurar legitimidade violada, mas atender a uma conve-niência administrativa.

III. A revogação suprime um ato ou seus efeitos, mas respeita os efeitos que já transcorreram;portanto,oatorevogador temsempreeficáciaex nunc.

IV. Podem ser revogados: os atos vinculados, enquantoosejam;osatosqueexauriramseusefeitos;oschamadosmerosatosadministrativos.

V. Revogação é a supressão de um ato administra-tivo ou da relação jurídica dele nascida, por have-rem sido produzidos em desconformidade com a ordem jurídica. O que fundamenta a revogação é o dever de obediência à legalidade, o que implica obrigação de restaurá-la. A revogação atinge o ato desde o início, portanto, retroativamente.

RESPONDA:(A) Apenas as proposições IV e V estão incorretas.(B) Apenas a proposição V esta incorreta.(C) Apenas a proposição V está correta.(D) Apenas as proposições I e II estão corretas.(E) Todas as proposições estão incorretas.

As proposições I, II e III estão corretas. A proposição IV está incorreta, pois não podem ser revogados os atos ali enumerados. E a proposição V está incorreta, pois o motivo da revogação não é a desconformidade com a ordem jurídica (a ilegalidade), mas sim a inconveniência da manutenção do ato. Já o fundamento da revogação não é o dever de obediência o princípio da legalidade, mas sim a mesma regra de competência que foi utilizada para a expedição do ato. E os efeitos da revogação são ex nunc, ou seja, não retroagem.

Gabarito“A”

(Procurador do Trabalho – MPT – 8º Concurso) Assinale a alternativa correta. Em direito administrativo, a revogação, modalidade de supressão de um ato administrativo, que foi revestido das formalidades, produz, em relação aos atos praticados sob sua vigência: (A) efeitos ex tunc; (B) efeitos ex nunc; (C) anulaosatosanteriores;(D) asalternativas“a”e“b”estãocorretas;(E) nenhumadasalternativasestácorreta;(F) não sei.

A revogação não tem efeito retroativo, mas efeitos ex nunc. Dessa forma, ficam preservados os atos anteriores.

Gabarito“B”

3.6. TEMAS COMBINADOS DE ATO ADMINISTRATIVO

(Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) Considere as seguintes proposições:I. São princípios informativos da administração

pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidadeeeficiência.Segundooprincípiodalegalidade, a Administração Pública pode fazer tudo o que a lei não proíbe.

II. Osatosadministrativospodemserclassificados,quanto ao seu objeto, em atos de império, de gestãoedeexpediente.Porestaclassificação,os atos de império ou de autoridade são todos aqueles que a Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.

III. Quantoàformaçãodoato,pode-seclassificá-loem simples, complexo e composto. Ato complexo é o que se forma pela manifestação de dois ou mais órgãos administrativos, sejam eles singu-lares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único, ou seja, integram-se as vontades de vários órgãos para a obtenção de um mesmo ato.

IV. Ato irrevogável é aquele que se tornou insusce-tível de anulação, por ter produzido seus efeitos ougeradodireitosubjetivoparaobeneficiárioou,ainda, por resultar de coisa julgada administra-tiva, o que impede a sua reapreciação judicial, enquanto que ato revogável é aquele passível de invalidação pela Administração, por motivos de conveniência, oportunidade ou justiça.

V. São elementos ou requisitos do ato administra-tivo: o sujeito ou agente, o objeto ou conteúdo, aforma,omotivoeafinalidade.Porobjetoouconteúdo se entende o efeito jurídico imediato do ato (aquisição, transformação ou extinção de direitos),enquantoafinalidadeéofimmediato,ou seja, aquilo que a administração quer alcançar com a sua edição.

(A) Somente as proposições I, II, III e V são corretas.(B) Somente as proposições II, III, e V são corretas.(C) Somente as proposições II, III e IV são corretas.(D) Somente as proposições I, III e V são corretas.(E) Somente as proposições I, III e IV são corretas.

I: incorreta, pois o princípio da Legalidade para a Administração esta-belece que esta só pode fazer o que a lei determina; o conceito trazido na alternativa é de Legalidade para o Particular; II: correta, pois traz o sentido exato da classificação dos atos quanto ao objeto ou quanto às prerrogativas da Administração; III: correta, pois traz o sentido exato da classificação dos atos quanto às vontades necessárias à sua formação; IV: incorreta, pois a impossibilidade de revogação de um ato não diz respeito a este ter ou não produzido efeitos; aliás, normalmente a revogação de um ato ocorre depois que ela produziu uma série de efeitos; a afirmativa também está incorreta por considerar que a revogação guarda relação com alguma apreciação judicial; na verdade, a revogação não é feita pelo Judiciário, mas sim pela administração pública que tiver praticado o ato; por fim, a afirmativa também está

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

incorreta no ponto em que diz que ato revogável é aquele passível de invalidação; como se sabe, esta ocorre quanto a atos ilegais, ao passo que a revogação se dá quanto a atos inconvenientes, de modo que não se pode confundir a invalidação com a revogação; V: correta, pois traz acertadamente o rol de requisitos do ato administrativo (sujeito, objeto, forma, motivo e finalidade), bem como as definições de objeto e finalidade, valendo salientar que alguns autores, em vez de dizerem que a competência é um requisito, dizem que o sujeito (competente, capaz e não impedido) é que é o requisito do ato administrativo, daí porque a alternativa está correta mesmo fazendo referência ao requisito sujeito, e não ao requisito competência.

Gabarito“B”

(Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2006) Marque a alternativa INCORRETA:(A) Por gozarem de presunção de legitimidade os atos

administrativos são tidos como válidos e operan-tes mesmo que eivados de vícios ou defeitos que os levem à nulidade.

(B) Anulada a nomeação de funcionário público, permanecem válidos os atos por ele praticados nodesempenhodesuasatribuiçõesfuncionais;

(C) De acordo com a teoria dos Motivos Determinan-tes o motivo do ato administrativo deve corres-ponder com a realidade fática. Desse modo, a inexistência da situação de fato inquina o ato de víciodelegalidade;

(D) A revogação é a retirada de um ato administrativo legítimoeeficazpornãomaisconvirasuaexis-tência. O poder de revogação da Administração Pública permite que todos os atos possam ser suscetíveisderevogação;

(E) Em relação à determinada espécie de ato admi-nistrativo recaem determinadas imposições legais que absorvem quase por completo a liberdade do administrador, restringindo a sua ação ao atendimento dos pressupostos estabelecidos pela norma para validade da atividade administrativa.

A alternativa “d” está incorreta, pois nem todos os atos são revogáveis; não podem ser revogados os atos vinculados, os que geram direito adquirido, os já exauridos e os meros ou puros atos administrativos.

Gabarito“D”

(Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2012) Analise as proposições abaixo e indique a alternativa correta: I. Diz-se ato administrativo perfeito aquele que é

completo,válidoeeficaz.II. A autoexecutoriedade é um dos atributos do ato

administrativo, pelo qual, deve a Administração Públicasempreexplicitarosmotivosquejustifi-caram a prática de seus atos administrativos de modo a torná-los, assim, imediatamente públicos e exequíveis.

III. Quanto ao grau de liberdade da Administração Pública para decidir, os atos administrativos podemserclassificadosentrevinculadosedis-cricionários. Os primeiros são aqueles em que a própria legislação prescreve, com detalhes, as particularidades de formação do ato administra-tivo a ser produzido diante de certas condições. Os últimos, por sua vez, são aqueles em que a

legislação deixa certa margem de liberdade ao Administrador para, diante do caso concreto, valer-se de critérios de conveniência e oportuni-dade para deliberar pela prática ou não de certo ato administrativo e, ainda, para optar pelo ato a ser produzido e para moldá-lo às particularidades queasituaçãoespecificaexige.

IV. Revogação de ato administrativo é sinônimo de anulação de ato administrativo, visto que ambas ocorrem, indistintamente, quando a própria Admi-nistração Pública retira definitivamente um ato administrativo do ordenamento jurídico, mediante edição de outro ato produzido para tanto, por razões de invalidade ou de ilegalidade do ato original.

V. Quanto à composição da vontade, diz-se ato administrativo simples o que é oriundo da mani-festação de vontade de um único agente adminis-trativo de formação singular e ato administrativo complexo o que, conquanto também provenha de um único agente administrativo, porém se trata de órgão de formação colegiada.

(A) Apenas a proposição III está correta e as demais estão incorretas.

(B) Apenas as proposições I e III estão corretas e as demais estão incorretas.

(C) Apenas as proposições II e IV estão corretas e as demais estão incorretas.

(D) Apenas as proposições I, III e V estão corretas e as demais estão incorretas.

(E) Apenas as proposições II e III estão corretas e as demais estão incorretas.

I: incorreta, pois ato perfeito é aquele completo, ou seja, aquele que cumpriu o ciclo necessário à sua formação, à sua existência, podendo ou não ser válido e eficaz; II: incorreta, pois a autoexecutoriedade é o atributo que permite à Administração executar diretamente seus atos independentemente de pronunciamento judicial autorizativo; III: correta, pois traz exatas definições de atos vinculados e discricionários; IV: incorreta, pois a revogação tem por motivo a inconveniência ou a inoportunidade na manutenção de um ato administrativo, ao passo que a anulação, sim, é que tem por motivo a invalidade ou ilegalidade de um ato administrativo; V: incorreta, pois no ato simples temos apenas um órgão, ainda que colegiado; o ato complexo, por sua vez, é formado pela conjugação de vontade de dois ou mais órgãos distintos.

Gabarito“A”

4. ORGANIzAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PúBLICA

Segue um resumo sobre a parte introdutória do tema Organização da Administração Pública:

O objetivo deste tópico é efetuar uma série de dis-tinções, de grande valia para o estudo sistematizado do tema. A primeira delas tratará da relação entre pessoa jurídica e órgãos estatais.

Pessoas jurídicas estatais são entidades inte-grantes da estrutura do Estado e dotadas de perso-nalidade jurídica, ou seja, de aptidão genérica para contrair direitos e obrigações.

WANDER GARCIA

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Órgãos públicos são centros de competência integrantes das pessoas estatais instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agen-tes públicos. São, portanto, parte do corpo (pessoa jurídica). Cada órgão é investido de determinada competência, dividida entre seus cargos. Apesar de não terem personalidade jurídica, têm prerrogativas funcionais, o que admite até que interponham man-dado de segurança, quando violadas. Tal capacidade processual, todavia, só têm os órgãos independentes e os autônomos. Todo ato de um órgão é imputado diretamente à pessoa jurídica da qual é integrante, assim como todo ato de agente público é imputado diretamente ao órgão à qual pertence (trata-se da chamada“teoriadoórgão”,quesecontrapõeàteoriada representação ou do mandato, conforme se verá no capítulo seguinte). Deve-se ressaltar, todavia, que a representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes, como o Chefe do Poder ExecutivoeosProcuradores.Confiram-sealgumasclassificaçõesdosórgãospúblicos,segundoomagis-tério de Hely Lopes Meirelles:

Quanto à posição, podem ser órgãos independentes (originários da Constituição e representativos dos Poderes do Estado: Legislativo, Executivo de Judiciário –aquiestãotodasascorporaçõeslegislativas,chefiasdeexecutivoetribunais,ejuízossingulares);autôno-mos (estão na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes, tendo autonomia administrativa, financeiraetécnica,segundoasdiretrizesdosórgãosa eles superiores – cá estão os Ministérios, as Secre-tarias Estaduais e Municipais, a AGU etc.), superiores (detêm poder de direção quanto aos assuntos de sua competência, mas sem autonomia administrativa e financeira–ex.: gabinetes, procuradorias judiciais,departamentos, divisões etc.) e subalternos (são os que se acham na base da hierarquia entre órgãos, tendo reduzido poder decisório, com atribuições de mera execução – ex: portarias, seções de expediente):

Quanto à estrutura, podem ser simples ou unitários (constituídos por um só centro de competência) e compostos (reúnem outros órgãos menores com atividades-fimidênticasouatividadesauxiliares–ex.:Ministério da Saúde).

Quanto à atuação funcional, podem ser singulares ou unipessoais (atuam por um único agente – ex: Presidência da República) e colegiados ou pluripes-soais (atuam por manifestação conjunta da vontade de seus membros – ex: corporações legislativas, tribunais e comissões).

Outra distinção relevante para o estudo da estrutura da Administração Pública é a que se faz entre des-concentraçãoedescentralização.Confira-se.

Desconcentração é a distribuição interna de ativi-dades administrativas, de competências. Ocorre de órgão para órgão da entidade Ex: competência no âmbito da Prefeitura, que poderia estar totalmente concentrada no órgão Prefeito Municipal, mas que é distribuída internamente aos Secretários de Saúde, Educação etc.

Descentralização é a distribuição externa de ativi-dades administrativas, que passam a ser exercidas por pessoa ou pessoas distintas do Estado. Dá-se de pessoa jurídica para pessoa jurídica como técnica de especialização. Ex: criação de autarquia para titularizar e executar um dado serviço público, antes de titularidade do ente político que a criou.

Na descentralização por serviço a lei atribui ou autoriza que outra pessoa detenha a titularidade e a execução do serviço. Depende de lei. Fala-se também em outorga do serviço.

Na descentralização por colaboração o contrato ou ato unilateral atribui a outra pessoa a execução do serviço. Aqui o particular pode colaborar, recebendo a execução do serviço, e não a titularidade. Fala--se também em delegação do serviço e o caráter é transitório.

É importante também saber a seguinte distinção.

Administração direta compreende os órgãos inte-grados no âmbito direto das pessoas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

Administração indireta compreende as pessoas jurídicas criadas pelo Estado para titularizar e exer-cer atividades públicas (autarquias e fundações públicas) e para agir na atividade econômica quando necessário (empresas públicas e sociedades de economia Mista).

Outraclassificaçãorelevanteparaoestudodotemaem questão é a que segue.

As pessoas jurídicas de direito público são os entes políticos e as pessoas jurídicas criadas por estes para exercerem típica atividade administra-tiva, o que impõe tenham, de um lado, prerrogativas de direito público, e, de outro, restrições de direito público, próprias de quem gere coisa pública. Além dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), são pessoas jurídicas de direito público as autarquias, fundações públicas, agências regula-doras e associações públicas (consórcios públicos de direito público).

As pessoas jurídicas de direito privado estatais são aquelas criadas pelos entes políticos para exer-cer atividade econômica, devendo ter os mesmos direitos e restrições das demais pessoas jurídicas privadas, em que pese terem algumas restrições adi-cionais, pelo fato de terem sido criadas pelo Estado. São pessoas jurídicas de direito privado estatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista, as fundações privadas criadas pelo Estado e os consórcios públicos de direito privado.

Também é necessário conhecer a seguinte distinção.

Hierarquia consiste no poder que um órgão supe-rior tem sobre outro inferior, que lhe confere, dentre outras prerrogativas, uma ampla possibilidade de fiscalização dos atos do órgão subordinado.

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5. DIREITO ADMINISTRATIVO

Controle (tutela ou supervisão ministerial) consiste no poder de fiscalização que a pessoa jurídica política tem sobre a pessoa jurídica que criou, que lhe confere tão somente a possibilidade de submeter a segunda ao cumprimento de seus objetivos globais, nos termos do que dispuser a lei. Ex.: a União não pode anular um ato administrativo de concessão de aposentadoria por parte do INSS (autarquia por ela criada), por não haverhierarquia;maspodeimpedirqueoINSSpassea comercializar títulos de capitalização, por exemplo, por haver nítido desvio dos objetivos globais para os quais fora criada a autarquia. Aqui não se fala em subordinação, mas em vinculação administrativa.

Porfim,háentidadesque,apesardenão fazerem parte da Administração Pública Direta e Indireta, cola-boram com a Administração Pública e são estudadas no Direito Administrativo. Tais entidades são denomi-nadas entes de cooperação ou entidades paraesta-tais.Sãoentidadesquenãotêmfinslucrativosequecolaboram com o Estado em atividades não exclusivas deste. São exemplos de paraestatais as seguintes: a) entidades do Sistema S (SESI, SENAI, SENAC etc. –ligadasacategoriasprofissionais,cobramcontribui-çõesparafiscaisparaocusteiodesuasatividades);b) organizações sociais (celebram contrato de gestão comaAdministração);c)organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPs (celebram termo de parceria com a Administração).

4.1. ADMINISTRAÇÃO PúBLICA EM GERAL

(Magistratura do Trabalho – 12ª Região – 2006) Assinale a alternativa incorreta:(A) enquanto que a administração direta é composta

de órgãos internos do Estado, a administração indiretasecompõedepessoasjurídicas;

(B) a administração direta do Estado desempenha atividades administrativas do Estado de forma centralizada;

(C) entre as propostas do movimento chamado Consenso de Washington, no qual economistas do governo norte-americano, do Banco Mundial edoFMIelaboraramumaespéciede“cartilha”aser seguida pelos países em desenvolvimento, destacam-se as que defendem a redução da intervenção do Estado nas atividades econômi-cas, com a privatização das empresas estatais de produção de bens e prestação de serviços, seguidas da redução das atividades antes reser-vadasaomonopólioestatal;

(D) com a transferência para a iniciativa privada de várias atividades até então exercidas pelo Estado, pormeiodoprocessoqueficouconhecidocomo“privatização”, foram criadas as denominadasagências reguladoras, entidades com típica função de controle desses serviços e atividades, cujosservidoressujeitam-seaoregimedaCLT;

(E) as agências executivas se distinguem das agências reguladoras e destinam-se a exercer atividade estatal que, para melhor desenvoltura, deve ser descentralizada.

A: correta, pois a administração direta compreende os órgãos dos entes políticos, ao passo que a administração indireta compreende as pessoas jurídicas criadas pelos entes políticos; B: correta, pois a cen-tralização difere da descentralização, pois a primeira ocorre no âmbito da administração direta, ao passo que a segunda consiste em distribuir competências externamente, de uma pessoa jurídica para outra pessoa jurídica; C: correta, valendo lembrar que medidas nesse sentido foram tomadas à exaustão na década de 90; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois as agências reguladoras devem, segundo o STF, contratar pelo regime estatutário, já que são pessoas jurídicas de direito público; E: correta, tratando-se (as agências executivas) de um qualificativo atribuído às autarquias e fundações públicas que celebram contrato de gestão com a Administração Direta, estabelecendo metas com vistas à melhoria de seu desempenho.

Gabarito“D”

(Procurador do Trabalho – MPT – 16º Concurso – 2009) Assinale a alternativa INCORRETA, considerada a legislação vigente:(A) Administraçãoédefinidacomoórgão,entidadeou

unidade administrativa pela qual a administração públicaoperaeatuaconcretamente;

(B) A Administração indireta é composta por pessoas estatais com personalidade jurídica de direito público e também por pessoas jurídicas com personalidadejurídicadedireitoprivado;

(C) Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades atípicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeiradescentralizada;

(D) As universidades gozam de autonomia didático--científica, administrativa e, ainda, de gestãofinanceiraepatrimonial;

(E) Não respondida.

A: correta (art. 6º, XII, da Lei 8.666/1993); B: correta, sendo que as pessoas de direito público são as autarquias, fundações públicas, agências reguladoras e associações públicas, e as pessoas de direito privado são as empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações privadas estatais e consórcios públicos de direito privado; C: assertiva incorreta, devendo ser assinalada, pois as autarquias são criadas para executar atividades típicas (e não atípicas) da administração pública; D: correta (art. 207 da CF).

Gabarito“C”

(Procurador do Trabalho – MPT – 14º Concurso – 2007) Observe as assertivas abaixo e indique a alternativa CORRETA.I. Não descaracteriza a autonomia administrativa

das unidades da federação brasileira a aplicação de normas comuns e de normas gerais editadas pela União, desde que se observem os limites previstos na Constituição.

II. A ideia de administração pública direta e indireta equivale aos conceitos de administração pública concentrada e desconcentrada.

III. A transferência de atribuições no âmbito da administração pública do centro para setores periféricos dentro da mesma pessoa jurídica elimina a vinculação hierárquica.

IV. Aumsindicatopodeseroutorgadaaqualificaçãode organização da sociedade civil de interesse público para, por exemplo, promover o desenvol-vimento econômico e social e combate à pobreza.