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IMPACTOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE A COBERTURA E USO DA TERRA EM PERNAMBUCO:
GERAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA O SUBSÍDIO A POLÍTICAS
PÚBLICAS
Edital 02-2009 Fapesp-FacepePesquisa Cooperativa em Mudança Climática Global
COORDENADORES
Jean Pierre H. B. Ometto, CCST-INPE
Rômulo S. C. Menezes, UFPE
Instituições Parceiras
São PauloCentro de Ciência do Sistema Terrestre-Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
Centro de Energia Nuclear na Agricultura –USP
Instituto de Biociências - USP
PernambucoUniversidade Federal de Pernambuco - UFPE
Embrapa Solos- UEP Recife
Embrapa Semi-Árido - CPATSA
Univ. Federal Rural de Pernambuco-UFRPE
Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
Associação Plantas do Nordeste-APNE
Equipe (Pesquisadores, técnicos e alunos) ~65
Motivação
• Importância do Semiárido Nordestino ao país;
• Caatinga: ˜11% do país (844.453 km) e abriga 28 milhões
de pessoas.
• Necessidade e importância de levantamento de dados,
espacialmente distribuídos e em alta resolução (Carbono,
Nutrientes, Estoques, Fluxos, ….);
• Oportunidade para desenvolvimento de modelagem climática,
biogeoquímica;
• Cenários (e.g, IPCC) apontando aumento de secas
extremas na região;
• Interlocução e transversalidade da pesquisa científica com
gestão pública
OBJETIVO GERAL
Avaliar, através de atividades observacionais e de
modelagem, os impactos das mudanças climáticas
projetadas sobre os balanços de carbono e
nitrogênio e sobre a produtividade das principais
culturas agrícolas e da vegetação nativa nas
diferentes regiões de Pernambuco
Estratégia
ESTAGIO ATUAL DAS ATIVIDADES
Componente Observacional
Escala > Estado, Local - Sítios amostrais (Garanhuns, Serra Talhada,
Petrolina)
- Sensoriamento Remoto
- Levantamento do uso e cobertura do solo;
- Quantificação de estágios fenológicos e disponibilidade hídrica à
vegetação (NDVI, TRMM)
- Carbono/Nitrogênio
- Quantificação de estoques (Nitrogênio),
- Caracterização (Isótopos);
- Fluxos (C, Eddy Fluxes, Fotossíntese, Respiração); Água/Energia
- Balanço hidrológico (PPT, Troughfall, Infiltração/retenção solo; Corpo
d’água
ESTAGIO ATUAL DAS ATIVIDADES
Componente Modelagem
Escalas: Regional, Estadual, Sítios amostrais (Garanhuns,
Serra Talhada, Petrolina)
- Carbono/Nitrogênio
- Ciclagem Biogeoquímica - CENTURY;
- INLAND – Modelo de Superfície (Calibração para Caatinga)
- Vegetação
- INLAND – Modelo de Superfície (Calibração para Caatinga
com dados de campo)
- Sensoriamento Remoto – Modelo
- Clima
Atividades de mapeamento da cobertura e uso do solo
O trabalho foi inicialmente dividido em áreas equivalentes às cartas do levantamento sistemático brasileiro (56), na escala de 1:100.000 e depois unidas num mesmo arquivo, que é o produto final deste trabalho.
Localização da Carta Piloto
ESTOQUES NA VEGETAÇÃO
Uso do sensoriamento remoto na estimativa de fitomassa
florestal em área do Agreste de Pernambuco
3995 km2
Uso do sensoriamento remoto na estimativa de fitomassa florestal em área do Agreste
de Pernambuco
Metodologia
Imagens
digitais
Resourcesat - 1
(IRS-P6)
Pré-
processamento
Aplicação
de índice de
vegetação
(NDVI)
Índice de vegetação
+
Função de regressãoF(ton.ha-1)=121,29(NDVI)-36,084
Lima Junior et al. (2013)
Mapa de estimativa da
fitomassa vegetal
Localização da
unidades amostrais
Inventário da vegetação
arbórea:•Caatinga densa;
•Caatinga aberta
Correlação
entre
dados
orbitais e
de campo
Função de
regressão e
estimativa da
fitomassa
acima do solo
Estimativa da fitomassaabaixo do solo de
acordo com equação desenvolvida por COSTA
et al. (2013)
Estimativa da
fitomassa
total
Resultados preliminares – Estoque - NDVI
Carta Piloto Caatinga Densa Caatinga Aberta
Área (km2) 3995 863,02 531,36
Fitomassa
(ton de MS)2.072.792 1.583.955 488.837
Min (ton.ha-1) 0 0 0
Max (Ton.ha-1) 77 71 73
Méd (Ton.ha-1) 10,6 18,4 9,2
Índ
ice
de
vege
taçã
o (
0 a
10
00
0)
Análise da vegetação usando índices de vegetação MODISA escala (0 a 10000) dos índices indicam variação de ausência de cobertura vegetal
a maior cobertura (floresta perenifólia)
Proporção dos principais tipos de vegetação em quatro regiões de PEÁrvore perenifólia (AP), árvore decídua (AD), arbustivas (Arb) e herbáceas (Her)
(Bustamante-Becerra et al., em prep.)
ESTOQUES NA VEGETAÇÃO
Trincheira de solo (0,7 x 0,7 m)
Primeiro perímetro do levantamento Fitossociológico(raio = 5 m)
Segundo perímetro do levantamento Fitossociológico(lado = 20 m)
BIOMASSA SUBTERRÂNEA
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
0
10
20
30
40
50
60
L NL NQ P Open Dense
Rati
os
R:S
Bio
ma
sses
Mg
ha
-1
Shoot Root Ratio
Fig. 2 Root and shoot biomass and their ratio (R:S) in
dry tropical dry forests growing in different soil classes
(Luvisol, L; Litholic Neosol, NL; Quartzarenic Neosol,
NQ; and Planosol, P) and with open and dense
vegetation coverage (mean ± s.e.), in semi-arid areas of
Pernambuco, Brazil.
Sampaio, Menezes et al_ Plant and Soil
y = 0,195xy = 0,257x
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 20 40 60 80
Bio
ma
ssa
ra
dic
ula
r (M
g h
a-1
)
Biomassa aérea (Mg ha -1)
Neossolo litólico
3m
4m
5m
Linear (3m)
Linear (4m)
Linear (5m)
(B)
r2=0,94, p=0,006Relações das biomassas radiculares
e aéreas nas classes de solos
ESTOQUES NO SOLOExemplos de diferentes classes de solo
e cobertura e uso
Amostragem de solos(Setembro 2013)
91% dos pontos já amostrados
ESTOQUES NO SOLO
Zona da Mata Agreste Sertão do Moxotó Sertão de Terra Nova
Argissolo Neossolo regolítico Neossolo quartzarênico Argissolo
Latossolo Planossolo Planossolo Planossolo
Gleissolo Argissolo Luvissolo Latossolo
Neossolo litólico Neossolo litólico Neossolo litólico
Considerou-se para a Zona da Mata as três classes de solo dominantes e para o Agreste e o Sertão, as
quatro classes de solo principais, representando mais de 80% da superfície de cada região.
Região Superfície (ha) %Núm. de
pontos amostrais%
Zona da Mata 1.088.300 11 36 20
Agreste 2.473.450 25 48 27
Sertão 6.333.032 64 96 53
Total 9.893.800 100 180 100
Superfície e intensidade amostral por região fisiográfica.
ESTOQUES NO SOLO
FLUXOS
Garanhuns
Serra Talhada
Petrolina
Localização das áreas experimentais do
projeto em Pernambuco
Área Experimental em Garanhuns-PE
Pastagem
Mata Nativa
Área de
caatingaÁrea de pasto: período úmido
Garanhuns/Serra TalhadaTorre micrometeorológica para medição dos fluxos de
água, energia e CO2
Área de pasto:
período seco
13
Curso diário do fluxo de CO2 em B. decumbens
-15
-13
-11
-9
-7
-5
-3
-1
1
3
5
0 4 8 12 16 20 24
Flux
o C
O2
(mm
ol.m
-2s-1
)
Hora Local
seco (10/02 a 10/03/2012)
úmido (09/07 a 09/08/2012)
AGaranhuns, PE
(A. Antonino, R.Lima et all)
12
Variação sazonal (totais diários) da precipitação pluvial e do fluxo de
CO2 em B. Decumbens. Garanhuns
Resultados dos fluxos de CO2 (Eddy Covariance)
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0
2
4
6
8
10
12
08/02/2012 23/04/2012 07/07/2012 20/09/2012 04/12/2012
CO
2, m
mo
l m-2
s-1
Pre
cip
itaçã
o p
luvi
al, m
m
Tempo, dias
Precipitação
CO2
Média anual = -0,830 mmol CO2 m-2
2012 >> -2,82 t C ha-1
2013 (até agosto) >> -2,50 t C ha-1
Considerações:
-CH4: não houve variação significativa (one way-ANOVA)
do metano para as duas estações nos sistemas de
tratamento;
-N2O: houve diferença significativa (one way-ANOVA,
p=0,00009) entre as duas estações para os dois sistemas
de tratamento, com maior emissão para o dia 20/04/2013
(estação seca). Para esse dia de coleta houve correlação
dos fluxos com a temperatura do ar (r=-0,85, p=0,03) e
temperatura do solo (r= -0,80, p=0,02)
- CO2: com maior emissão no dia 20/04/2013-estação seca
(Anova, p= 0,0000). Não houve diferença significativa
para o sistema Caatinga entre as duas campanhas.
Dióxido de Carbono (CO2)
Data coleta
CO
2 (g
m-2
d-1)
18/04/13 19/04/13 20/04/13 20/08/13 21/08/13 22/08/13-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14 Pastagem
Caatinga
Metano (CH4)
Data coletaC
H4 (m
g m
-2 d
-1)
18/04/13 19/04/13 20/04/13 20/08/13 21/08/13 22/08/13-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30 Pastagem
Caatinga
Óxido Nitroso (N2O)
Data coleta
N2O
(m
g m
-2 d
-1)
18/04/13 19/04/13 20/04/13 20/08/13 21/08/13 22/08/13-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6 Pastagem
Caatinga
Estação Seca
Estação Chuvosa
Medidas de respiração do solo na pastagem e caatinga
Temperatura do Solo (°C)
Data coleta
Te
mp
era
tura
so
lo (
°C)
18/04/13 19/04/13 20/04/13 20/08/13 21/08/13 22/08/1322
24
26
28
30
32
34
36
38 Pastagem
Caatinga
Estudos Ecofisiológicos em Campo
(Catingueira, marmeleiro, jurema, outras...)
A espécie caducifólia
apresenta melhor
desempenho em
condições de baixo DPV,
mas, sob alto DPV, a
sempre-verde se
sobressai.
Alta eficiência do uso da
água (WUE) apresentada
pela sempre-verde em
condições de seca
Estudos ecofisiológicos em condições controladas
Efeitos de CO2 elevado sobre catingueira - LAFIECO-USP
Observa-se que a partir do dia 35(~) elev/drought a planta retirou menos água da terra do que amb/drought, caracterizando assim uma melhor WUE, interessanteque a diferença é quase constante no decorrer dos dias.
2012 2013
Estudos hidrológicos na pastagem e caatinga
Karinne Leal, M.Cristina Forti, Laura Borma
ATIVIDADES E PRODUTOS ESPERADOS
Projeções de mudanças climáticas do Modelo ETA para o estado de Pernambuco para diferentes períodos até o final do século
As anomalias são calculadas como a diferença entre os valores simulados no período futuro e no período de 1960-1990
A1B do IPCC AR4
As simulações dos modelos do CMIP5
(projeto de intercomparação de
modelos climáticos que fornecem as
projeções para o próximo relatório do
IPCC, AR5) para o período 1961 a 1990
Precipitção
Temperatura
ATIVIDADES E PRODUTOS ESPERADOS
CENTURY Simula a ciclagem biogeoquímica em ecossistemas naturais e
agroecossistemas sob várias situações de clima e solo.
Sub-Modelo de Carbono
ATIVIDADES E PRODUTOS ESPERADOS
Uso do INLAND para modelagem regional dos balanços de carbono em Pernambuco
Jorge Bustamante-Becerra, Jean Ometto et al., em preparação)
Simulação da produção anual de NPP considerando vegetação com estratos homogêneos (V_hom) e heterogêneos (V_het) e a diferença de V_het-V_hom nas quatro regiões analisadas (P1-Goiana, P2-Garanhuns, P3-Serra Talhada e P4-Petrolina).
Site do projeto: http://terracaatinga.ccst.inpe.br/
Nitrogen Cycling In Latin America: Drivers, Impacts And Vulnerabilities (Nnet)
General Objective
Develop a broad integrative network of research and outreach across
multiple ecoregions and different socioeconomic conditions in Latin
America12/2/2013 38
Sites / Network
12/2/2013 39
Obrigado