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Corpo editorial: Editora e redatora chefe - Fernanda Bulhões Arte e capa - Fernanda Bulhões, Bruno Camilo e Magnun Luiz Diagramação - Bruno Camilo e Pedro Danilo Artigos: Você já parou para pensar? O duelo dos incertos. Fernanda Bulhões As imagens que enganam, Bruno Camilo O poder da propaganda, Débora Salviano Matrix e a filosofia, Pedro Danilo Fala aí! Magnun Luiz Você sabia? Maria Izabel História em Quadrinho: Maurício de Sousa REALIZAÇÃO: Contato ou sugestões: http://www.adoidescente.jex.com.br Blog://pibid-filosofia-ufrn.blogspot.com/ Email: [email protected] Jornal do Adoidecente O jornal do adolescente doido, porém decente! 1ª edição/Dezembro de 2011 Tema: Realidade e aparência: Nem tudo que parece é! Realidade e Aparência Quer saber por que esse tema tão importante na filosofia tem a ver com você? Boa Leitura!!!

Editora e redatora chefe Jornal do Adoidecente Arte e capa ...arquivos.info.ufrn.br/arquivos/201215100721f5110778454943aba83f3/... · acabam se libertando com a ajuda de Piteco, que

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Corpo editorial: Editora e redatora chefe - Fernanda Bulhões Arte e capa - Fernanda Bulhões, Bruno Camilo e Magnun Luiz Diagramação - Bruno Camilo e Pedro Danilo

Artigos: Você já parou para pensar? O duelo dos incertos. Fernanda Bulhões

As imagens que enganam, Bruno Camilo

O poder da propaganda, Débora Salviano

Matrix e a filosofia, Pedro Danilo

Fala aí! Magnun Luiz Você sabia? Maria Izabel

História em Quadrinho: Maurício de Sousa

REALIZAÇÃO:

Contato ou sugestões: http://www.adoidescente.jex.com.br Blog://pibid-filosofia-ufrn.blogspot.com/ Email: [email protected]

Jornal do Adoidecente O jornal do adolescente doido, porém decente!

1ª edição/Dezembro de 2011 Tema: Realidade e aparência: Nem tudo que parece é!

Realidade e Aparência

Quer saber por que esse tema tão importante na filosofia tem a ver com

você?

Boa Leitura!!!

VOCÊ JÁ PAROU

PARA PENSAR? Você já parou para pensar que, muitas vezes, nos sentimos super certos e convictos de algo e, para nossa surpresa, esse algo não é nada do que pensávamos? Você já parou para pensar que nem tudo que parece realmente é? Que nem tudo que reluz é ouro, que nem tudo que balança cai?

Pois é! É bom parar e repensar suas certezas porque nem sempre elas estão realmente certas. Às vezes, estamos iludidos e enganados sobre as coisas e sobre as pessoas. E saiba que a filosofia pode te ajudar a pensar sobre as coisas tão importantes do seu cotidiano e da sua vida.

Podes crer, camaradinha... é hora, é hora, camará... iê, é hora, é hora, camará...

Fernanda Bulhões

O duelo dos incertos

Um: - Quem vem lá?

Dois: - Não sei, não dá para ver direito...

Um: - Já sei, é João.

Dois - Não, não! Agora vejo bem, tenho certeza, é José, com seu boné.

Um: - Não, não! Vejo melhor que você. Tenho certeza absoluta: é João com seu violão.

Dois: - Eu aposto o que você quiser!

Um: - Como eu não tenho dúvida, eu topo.

Dois: - Faça a proposta!

Um: - Faça você primeiro!

Dois: Não, faça você.

Um: Não, você.

(e assim vai...)

Três: - Vejam: quem chega, não é João com seu violão nem José com seu boné: é Teresa com sua beleza!!!

Fernanda Bulhões

As imagens que enganam

iteco era um cara muito curioso. Certa vez, ao passar em frente a uma caverna ouviu vozes e, espiando, descobriu três prisioneiros lá dentro olhando para as imagens no fundo

da caverna e percebeu que eles acreditavam que as imagens eram a própria realidade. Piteco tenta mostrar aos prisioneiros que as sombras não são a realidade, mas eles ficam irritados, não aceitam o que Piteco diz.

Que aconteceria se você percebesse que certas pessoas vivem iludidas com uma verdade e tentasse contar a eles que estavam iludidos? Como elas reagiriam? Com certeza zombariam de você, não acreditariam em suas palavras. Talvez você fosse até humilhado por falar a verdade, não é mesmo?

P

Os prisioneiros com raiva de Piteco saem correndo atrás dele e, mesmo sem querer, eles acabam saindo da caverna. De todo modo, eles acabam se libertando com a ajuda de Piteco, que os fez enxergar a verdadeira realidade. Eles estavam iludidos porque pensavam que as sombras e a parede da caverna eram a própria vida, já que sempre viveram ali desde crianças e sempre viram as sombras como se fossem a única realidade. Descobriram a verdadeira vida quando conseguiram abrir os olhos fora da caverna. Quando uma verdade é dita e repetida por muitas pessoas, a tendência é todos acreditarem sem se questionar. Por isso algumas mentiras passam como verdades. Os prisioneiros estavam presos porque não questionaram o que viam. Questionar é um exercício filosófico. A filosofia serve justamente para nos libertar das aparências a partir do questionamento da realidade.

Bruno Camilo

Será que papai Noel (se existisse) fumaria Pall Mall?

Será que a moça mais bonita, rica e inteligente enche seus pulmões com a fumaça do cigarro Columbia?

Agora veja essa foto, será que esta pessoa te anima

para comer no Mc Donald’s e engordar uns quilinhos?

O PODER da

PROPAGANDA A propaganda, como sabemos, é uma maneira de divulgar o produto de forma informativa e, sobretudo, atrativa. A propaganda usa diversos meios de divulgação, como: rádio, outdoors, revistas, televisão, internet etc., porém, é preciso desconfiarmos das propagandas, pois o objetivo principal de todas elas é vender o produto, mesmo que este seja péssimo.

Veja alguns exemplos de propaganda, reflita e responda para si próprio:

Essas imagens são

propagandas da indústria do cigarro antes de serem proibidas. Em dezembro de 2000, a lei 10.167 restringiu a propaganda de cigarros no Brasil, a Câmara Federal aprovou o projeto de lei que proibe a propaganda de cigarro em rádio, televisão, jornais e revistas.

Será que as propagandas destes produtos mostram realmente a verdade? Expõe os malefícios que estes produtos podem trazer para nossas vidas?

Você consegue notar que o que é apresentado não passa de aparência, tendo somente um apelo estético e não real da mercadoria

Saiba que: não devemos, de maneira alguma, entender que é preciso ser filósofo para ter uma

reflexão profunda sobre o que estamos discutindo. Basta que tenhamos dedicação e disposição para pensarmos sobre o que julgamos importante. É através da reflexão que é possível evitar o engano, evitar que compremos “gato por lebre”.

É preciso distinguir o que a propaganda mostra do produto e o que ele realmente é, ou seja, distinguir entre o que é e o que parece, mas não é.

Débora Salviano

MATRIX E A

FILOSOFIA É muito comum nos perguntarmos: onde está a filosofia em

nossas vidas? Para tentarmos responder a esta questão, falaremos de um filme muito famoso que ganhou inúmeros prêmios –

inclusive o Oscar. Estou falando do filme Matrix. Neste grande filme encontramos um importantíssimo tema da filosofia: a diferença entre a

aparência e a realidade. Nele o personagem Neo – que é alguém que vive uma vida comum – é levado a conhecer a verdade que há por trás de tudo que há no mundo, por uma pessoa misteriosa chamada Morpheus. Neo descobre que tudo que viveu era uma ilusão, era apenas e meramente uma ilusão gerada por um programa de computador chamado matrix.

Isso que ocorre no filme é muito parecido com o que acontece no mito da caverna apresentado pelo famoso filósofo grego, Platão, no livro A República.

Platão conta na alegoria da caverna um episódio no qual pessoas viviam isoladas dentro de uma caverna onde só tinham acesso às imagens que se formavam através de uma fogueira, ou seja, eles só conseguiam ver – durante a vida inteira – sombras e não as coisas, realmente, como elas são.

Entretanto, depois desse homem ver toda a realidade, ele se sentirá na obrigação de voltar à caverna para poder comunicar aos seus antigos companheiros de clausura que há lá fora a verdadeira realidade e que tudo que é vivido dentro da caverna é apenas sombra daquilo que é realmente verdadeiro.

Podemos comparar esses personagens, criados por Platão, com os personagens do filme: Morpheus é o homem que conhece a realidade após sair da caverna e Neo é um dos moradores da caverna que acaba sendo resgatado. Podemos fazer uma nova analogia dessa vez entre o homem que sai da caverna e a pessoa que se esforça em estudar para poder sair das ilusões que nos bombardeiam todos os dias através da televisão, das propagandas, da moda, etc.

Vimos o quanto que a filosofia pode estar presente em nossas vidas quando, por exemplo, tentamos sair da caverna em que vivemos. Platão e outros filósofos de certa forma falam sobre essa tentativa de saída do mundo das ilusões para um mundo mais coeso da realidade.

Pedro Danilo

Fala aí! Este é o espaço aonde a galera do Mascarenhas Homem e do Winston Churchill nos ajuda a fazer o jornal,

filosofando conosco a respeito de vários temas. Veja o que os entrevistados deste mês entendem pela distinção entre realidade e aparência e de que forma eles aplicam tal conhecimento.

A entrevistada do Mascarenhas Homem, Larissa Maria Costa (3º EJA B / Noturno), optou por uma abordagem relacionada ao comportamento das pessoas; ela observou que, muitas vezes, procura-se passar a imagem de uma condição social que difere totalmente daquela que a pessoa verdadeiramente está inserida. É o popular parece, mas não é. “Ás vezes você começa a conviver com uma pessoa e ela se mostra uma coisa no início, mas no dia-a-dia você vai conhecendo melhor essa pessoa e acaba percebendo quem realmente ela é”, diz Larissa.

Já no Winston Churchill conversamos com Gabriel Oliveira (2º K / Matutino), que além de expor suas ideias sobre a distinção entre a aparência e realidade, se mostrou um cidadão muito politizado. Ele é vice-presidente do grêmio da escola, além de já fazer planos de cursar direito e se lançar na carreira política. Seu pensamento vai ao encontro dos filósofos contemporâneos, que consideram que a realidade é o que sentimos e experimentamos concretamente, não havendo nada a se buscar por trás disso. “A verdade é o que dói, mas faz bem quando aprendemos a aceitá-la. Realidade é, por exemplo, o que acontece sem que possamos evitar, como a morte”, diz o estudante.

Magnum Luiz

A expressão “amor platônico” (amor platonicus) foi utilizada pela primeira vez no século XV por Marsílio Ficino e se referia a uma forma de amor discutida na obra O Banquete do filósofo grego Platão. Para Platão, o amor pode ser algo essencialmente puro, desprovido de paixões carnais e de interesses egoístas, é ligado à virtude e não num interesse, mesmo que este interesse seja sexual. Assim, o “amor platônico” é um sentimento centrado na beleza do caráter e da inteligência de uma pessoa, desconsiderando as características físicas.

Mas, hoje a expressão “amor platônico” passou a se referir a um amor à distância, em que

os amantes não se aproximam, não se tocam, não se envolvem, ficam cheios de fantasias e idealizações. Esse amor de longe ocorre muito frequentemente na adolescência e com pessoas jovens, principalmente nos indivíduos mais tímidos, introvertidos, que sentem uma maior dificuldade de se aproximar da pessoa amada, por insegurança, imaturidade ou inibição do ponto de vista emocional.

Maria Izabel