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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2012/2014

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Flávio Montenegro BalanPresidenteLuiz Carlos I. AdatiVice-PresidenteAry SudanDiretor SecretárioFabricio Massi Salla2º Diretor SecretárioRogério Pena ChinezeDiretor FinanceiroRodolfo Tramontini Zanluchi2º Diretor Financeiro

Marcelo Paganucci OntiveroDiretor ComercialHerson R. Figueiredo JúniorDiretor IndustrialMarcelo Bisatto CardosoDiretor de ServiçosBrasilio Armando FonsecaDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de ProdutosFernando Lopes KireeffDiretor Institucional

Rosangela KhaterPresidente do Conselho da Mulher Empresária

CONSELHO DELIBERATIVOCarlos Alberto De Souza FariaDavid Dequêch NetoEduardo Yoshimura AjitaEnio Luiz Sehn JúniorFábio Aurélio Mansano MelaréJosé Guidugli Júnior

Marcelo Massayuki CassaNivaldo BenvenhoOswaldo PitolRubens Benedito AugustoSilvana Martins CavicchioliValter Luiz OrsiWellington Moreira

CONSELHO FISCAL

TitularesJaime Celeste PonceMichel Menegazzo GouvêaRonaldo Pena Chineze

SuplentesMarcus Vinícius Bossa GrassanoMarcus Vinicius GimenesRafael Andrade Lopes

Paulo BriguetCoordenaçãoSusan NaimeEdiçãoJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinCoord. Comercial e SPCBarbara Della LiberaAnalista de MarketingColaboradoresFelipe Brandão

Juliana MasteliniGuto Rocha

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

Portais do futuro Quando participamos da inauguração da passarela diante do Parque Ney Braga, no dia 3 de abril, nossos pensamentos se voltaram para outra obra, fundamental para a história de Londrina: a ponte sobre o Rio Tibagi, construída nos anos 40. Sem a ponte, Londrina jamais existiria tal como a conhecemos hoje. Por sua vez, a ponte só pôde existir graças à atuação da sociedade organizada local. Mas aquela ponte seria apenas a primeira. Desde o início de nossa história, a classe empresarial londrinense se empenhou em erguer inúmeras obras que hoje constituem o orgulho do povo pé-vermelho. São pontes de concreto e cimento; de tijolos e metal; de sementes e lavouras; de grãos e rebanhos; de água e luz; de tecnologia e comunicação; de ideias e sonhos; de conhecimento e pesquisa; de caráter e coragem. Toda e qualquer realização do trabalho humano honesto é, na essência, uma ponte. Porque a ponte simboliza o elo entre as pessoas, o entendimento entre as sociedades, a aliança entre os povos. A

ponte – assim como a passarela – encurta distâncias, protege os caminhantes, une as comunidades, vence o isolamento. A passarela que Londrina inaugurou dias atrás representa a união entre aqueles que trabalham pela cidade. É um símbolo das entidades que lutam por uma Londrina melhor, mais justa, mais próspera: Sociedade Rural, Sinduscon, Sindimetal, CEAL, Fórum Desenvolve Londrina, Sebrae, ACIL e tantas outras. Ao homenagear os planejadores e colonizadores britânicos, a passarela do Big Ben estabelece um marco em nossa terra. É o portal para um novo ciclo de desenvolvimento que se inicia. Logo depois da inauguração da passarela, ali mesmo no Parque Ney Braga, foi dado um importante passo em outra obra importante para o futuro. Trata-se da Agência Londrina de Desenvolvimento. O governador Beto Richa e o prefeito Alexandre Kireeff assinaram um convênio para que traçar um perfil socioeconômico atualizado de Londrina, revelando as nossas principais

vocações no setor industrial. Com a criação da Agência – que está sendo desenhada em conjunto com os poderes públicos e o setor empresarial –, ampliaremos a nossa capacidade de atrair investimentos e produzir riquezas, sem as quais não existe desenvolvimento social nem qualidade de vida para a população. Londrina vai ganhar mais um portal para o futuro.

Flávio Montenegro Balan Presidente da ACIL

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Agenda maio 2014

FINANÇAS GESTÃO DE RH DIVERSOSMARKETINGATENDIMENTO E VENDAS WEB

Noções da área fiscal para o setor comercial – 2ª ediçãoRosangela da Silveira17 de maio8h30 às 12h e das 13h às 17h30• Irregularidadescomdocumentosfiscais:

notafiscalamenor;notafiscalamaior;cartadecorreção;cancelamentodedocumentosfiscais

• Operaçõesfiscais:brindes,devolução,industrializaçãoporencomenda,transferência,demonstração,ativoimobilizado,vendaaordemeentregafutura,conserto/empréstimo/locação,armazémgeraledepósitofechado,doação/bonificação,consignaçãoindustrialemercantil

• NoçõessobreISS:LeiComplementarnº116/03

NãoassociadosR$250,00AssociadosR$195,00

Telefonemas e E-mails em Inglês para NegóciosErnest J. Goulet19 de maio19h às 23h• Práticadediálogosevocabuláriopara

deixarrecadoseanotarrecados• Dicasparaconseguirqueosinterlocutores

falemmaiscompassadamente• Práticademodelosdee-mailmais

recorrentes• Compreensãogeraldograude

formalidade/informalidadedoassunto• Panoramageralsobresentenças,ortografia

epontuaçãocorretasNãoassociadosR$125,00AssociadosR$99,00

Intensivo em substituição tributária do ICMS Paraná – 4ª ediçãoRosangela da Silveira21 e 22 de maio19h às 23h• Conceitos,legislaçãoemodalidadesde

substituiçãotributária• BasedecálculodoICMSdevidopor

substituiçãotributária• CálculosdaSTporoperaçõesinterestaduais• Procedimentoseobrigaçõesdosubstituto

tributário• Devoluçãodemercadoriasediferencialda

alíquotasdevidaNãoassociadosR$250,00AssociadosR$195,00

Analista Financeiro: formação e atualização 3ª ediçãoThiago Terzoni27, 28, 29 e 30 de maio19h às 23h• Classificaçãodecustos• Principaisoperaçõesnodepartamento

financeiro• Contabilidadefinanceira

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Tatiane Goes:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Nortewww.acil.com.br Curta

• Finançascorporativas• MatemáticafinanceiraNãoassociadosR$300,00AssociadosR$250,00

Qualidade no atendimento ao clienteNicéia CândidaHenrichsen28 e 29 de maio19h às 23h• QualidadenoAtendimento• Perfildocliente• Queixasereclamações-comosolucionar?• Comportamentoassertivonoatendimento• Competênciasdoprofissionalde

atendimentoNãoassociadosR$152,00AssociadosR$76,00

Intensivo de faturamento e emissão de notas fiscais - 4ª ediçãoRosangela da Silveira31 de maio8h30 às 12h e das 13h às 17h30• Transmitirnoçõesgeraisdelegislaçãodo

ICMSeIPI• Apresentarosrespectivostratamentos

fiscaisconferidospelalegislação• CFOPeCST:cancelamentos,possibilidades

econsequências• SPEDFiscal:analisedasprincipais

operações;• Vendaaordem,aentregafutura,

demonstrações,industrialização,exposiçãoemfeiraseretornodemercadoriasnãoentregues

NãoassociadosR$250,00AssociadosR$195,00

ABRASEL NORTE DO PARANÁCURSO DE BOAS PRÁTICAS E HIGIENIZAÇÃO NAS MANIPULAÇÕES DE ALIMENTOS23,24e25deabrile27,28e29demaio13h30às17h30Local:BlueTreePremiumAv.JuscelinoKubtischek,1356Informações:33270202AssociadosACIL:R$60,00

Impostos e benefícios nas importaçõesAna Flávia Pigozzo26 de abril8h30 às 12h e das 13h às 17h30• Conceitostributárioseaduaneiros• Operaçõesdeimportação• RegimesdeTributação• ImpostodeImportação(I.I.)• ImpostosobreProdutosIndustrializados

(IPI)NãoassociadosR$280,00AssociadosR$200,00

Estratégias de vendas para o dia das mãesSheila Dal Ry05 e 06 de maio19h ás 23h• Comportamentodoconsumonodiadas

mães• Etapasdavenda• Práticasdenegociação• Vendaagregada• UtilizandoainternetparavendermaisNãoassociadosR$152,00AssociadosR$76,00

Proteção ao créditoClaudia Pechin06 de maio10h às 12h• InformaçõessobreonovocenáriodoSPC

noBrasil• Treinamentodosistemadasconsultasao

SPC• Detalhamentodasconsultaseinclusãoe

exclusãodeinadimplentesGratuito–exclusivoparaassociado

Negociação em vendasSidney Kayamori12 à 14 de maio19h ás 23h• Avendacompetitivanomercado

globalizado• Asqualidadesdoprofissionaldevendas• Estratégiadevendasenegociação• Fechamentodevendas• Oreforçopositivodopós-vendaNãoassociadosR$173,00AssociadosR$86,00

Palestra: Como aproveitar a internet para atrair novos clientesLiziane Teixeira13 de maio19h às 21h • Apresentação• NegóciosnaInternet• Entendendooconsumidoronlineecomo

chegaratéele• Comofazernegócioscomessenovo

consumidorNãoassociadosR$65,00AssociadosR$32,00

LANÇAMENTO

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

LEGISLATIVOMais agilidade para 2015 ................................................. 14

FOCO NO PODERKireeff elege novo líder na Câmara de Vereadores ............ 16

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOEm busca da cidade-solução .............................................. 18

LINHA GOURMETPáscoa Fina ......................................................................... 26

RETA FINALImposto de renda .............................................................. 30

ACIL e OABConvênio entre entidades facilita emissão de certificado digital ............................................ 34

PEQUENAS EMPRESASBom negócio é 10 ............................................................... 36

COMÉRCIO EXTERIORPaquistão, um país jovem com sede de investimentos ............................................... 38

ARTIGONovas regras de divulgação dos alvarás ............................ 39

COLUNA DA ACILPrêmio Destaque Mulher ACIL .......................................... 40

ÍNDICE

10

POLÍTICA DA VIDACom a palavra, o cidadão

20

PERFILEmpresário de primeira casta

6

DESTRAVA LONDRINAÉ hora de destravar a cidade

DESENVOLVIMENTOO caminho para crescer

22

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abril de 2014 | www.acil.com.br6

DESTRAVA LONDRINA

Muitas vezes precisamos de mudanças na interpretação, não necessariamente na lei. E o que não está definido por lei não pode ser exigido pelo órgão público

Gerson Guariente Júnior, do Núcleo de

Desenvolvimento

É HORA DEDESTRAVARA CIDADELondrina tem a chance histórica para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento. O Executivo, o Legislativo e a iniciativa privada unem forças para criar o Fórum Permanente pela Desburocratização das Leis

Por Paulo Briguet O Fórum Destrava Londrina nasceu na Sala José Monir Nasser, na ACIL. Nada poderia ser mais providencial e simbólico: o professor Monir passou a vida lutando pelo empreendedorismo cívico. Ele sabia que o desenvolvimento depende de empresas fortes e competitivas; sem empresas, não há a produção das riquezas necessárias para uma vida melhor. A cidade de Londrina, nascida de um projeto empresarial há 80 anos, era um exemplo que o mestre do empreendedorismo cívico gostava de citar em suas aulas e palestras. Não há como falar em desenvolvimento sem deixar que a economia de mercado funcione; do contrário, teremos um socialismo dos alvarás – em que tudo é proibido e nada funciona. No dia 3 de fevereiro, o vereador Jamil Janene reuniu-se na sala Monir com o

presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, e outros representantes das entidades locais. Jamil insistia em abrir a chamada CEI do Marco Zero, para investigar a concessão de alvarás a um empreendimento local. Foi quando o presidente do Fórum Desenvolve Londrina, Cláudio Tedeschi, mencionou uma frase do historiador romano Tácito: “Quanto maior o número de leis, maior a corrupção do Estado”. Nesse momento, todos se lembraram de outra frase que o José Monir Nasser não se cansava de repetir: “Não vote em candidatos que prometem fazer mais leis, mas em candidatos que vão reduzir o número de leis”. Os presentes tiveram então a ideia de criar um Fórum Permanente de Desburocratização das Leis em Londrina – logo “batizado” como Fórum Destrava Londrina. Com representantes do Executivo, do Legislativo e do

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Associação Comercial e Industrial de Londrina

REVISTA MERCADO EM FOCO | ABRIL DE 2014 WWW.ACIL.COM.BR

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Flávio Balan, da ACIL: “No final do mês de março estivemos na Procuradoria Geral

do Município e pudemos constatar a boa vontade dos advogados da Prefeitura em

garantir a eficiência dos procedimentos, sem prejuízo da legalidade”

político ideal para realizar um trabalho de desburocratização das leis. “Após décadas de marasmo e escândalos, a atual administração da Prefeitura saiu das páginas policiais. É claro que ainda existem problemas sérios, mas há disposição para o debate racional”, comenta o presidente. “O mesmo acontece com a atual gestão da Câmara de Vereadores. Hoje não há mais rolo compressor nem balcão de negócios no Legislativo. Nessas condições, a cidade pode voltar aos trilhos e alavancar o seu desenvolvimento.” Todo esse trabalho, segundo Balan, poderá ser feito em um clima de entendimento e civilidade, sem necessidade de grandes rupturas ou inquéritos ameaçadores. “No final do mês de março estivemos na Procuradoria Geral do Município e pudemos constatar a boa vontade dos advogados da Prefeitura em garantir a eficiência dos procedimentos, sem prejuízo da legalidade”, afirma.

empresariado local, a nova instituição terá por finalidade criar mecanismos que reduzam os malefícios daquela terrível senhora conhecida como burocracia. Ao longo dos últimos 25 anos, a burocracia lançou seus tentáculos por toda a estrutura pública. As leis que deveriam proteger os empreendedores acabam sendo usadas para puni-lo. “Mudar esse quadro é o nosso desafio”, diz Flávio Balan. “Londrina tem de ser mostrada como uma cidade aberta aos investimentos.” Desde a sua fundação, Londrina tem por princípio acolher a todos que desejam trabalhar e investir na cidade. Para as lideranças que criaram o Fórum Destrava, chegou a hora de facilitar a instalação de empresas no município, e não afugentar investidores com a perspectiva de inquéritos, punições e insegurança. “É um trabalho complexo, mas que precisa ser iniciado”, observa o presidente da ACIL. Segundo Balan, a cidade vive o momento

X

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Casos reais de burocraciaA estratégia inicial do Fórum Destrava Londrina será reunir alguns casos exemplares de dificuldades na abertura de empresas e na autorização de obras pelo município. O engenheiro civil Gerson Guariente Júnior, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina, menciona algumas dessas incríveis histórias de burocracia e lentidão. Em dezembro de 2012, um empresário local deu entrada na Secretaria de Obras com pedido de licença para a construção de uma escola. Esse projeto chegou ao Ippul em fevereiro de 2013. Como escolas são consideradas polos geradores de tráfegos, foi necessário realizar um EIV (Estudo de Impacto sobre a Vizinhança). Guariente conta: “Entre fevereiro e agosto de 2013, o projeto da escola ficou parado no Ippul. Sem nenhuma análise, sem nenhuma movimentação, sem falar absolutamente nada, sem sinal de vida”.Em agosto, um profissional do Ippul manifestou-se pedindo que fosse feito um “laudo de não-óbice” para execução do imóvel. “Ora, esse laudo já estava anexado ao processo, mas em cópia xerox. Ocorre que é um laudo emitido pelo próprio Ippul!” Em dezembro de 2013, o Ippul terminou a análise do projeto e fez toda uma lista de solicitações: número de vagas na garagem, recuos, permeabilidade, plantio de árvores, projeto paisagístico. “Mas todas essas informações solicitadas já estavam no processo!” Após aprovação no Conselho Municipal da Cidade, o processo será mandado para a Procuradoria. “Com boa vontade, a autorização para construir a escola sairá no final de abril”, calcula Guariente. Um ano e meio para a autorização... de uma escola para 150 alunos!Gerson Guariente tem vários casos na ponta da língua. Situação curiosa é a do posto de gasolina que funciona há mais de 40 anos no mesmo local e teve que realizar um EIV só porque pediu autorização para uma reforma. “Mas o posto estava lá antes da vizinhança; sei disso porque enchia os pneus da minha bicicleta lá nos anos 70”, conta Guariente.Em grande parte das situações, o problema poderia ser resolvido por mudanças no procedimento da administração. “Muitas vezes precisamos de mudanças na interpretação, não necessariamente na lei”, afirma o engenheiro. “E o que não está definido por lei não pode ser exigido pelo órgão público.”As leis de Londrina são complexas. Mas a Prefeitura carece de estrutura para garantir a aplicação de todos os preceitos legais. E aí que as obras e empresas travam. Para Guariente, a solução seria estabelecer um prazo mínimo para a resposta da autorização aos pedidos de autorização de obras e abertura de empresas. “Decorridos 90 dias sem resposta da Prefeitura, automaticamente o pedido estaria autorizado”, diz Guariente. “Isso obrigaria a Prefeitura a se estruturar para análise dos processos.”Na opinião de Gerson Guariente, a cidade não pode continuar arcando com o ônus do travamento de projetos. “Veja o caso do Senac na Zona Norte. Uma obra importantíssima em termos sociais e educacionais levou quatro anos para ser aprovada! Quanto se perdeu em arrecadação municipal e, o que é muito pior, em oportunidades para as pessoas?”

abril de 2014 | www.acil.com.br8

Empreendedor, esse heróiO empreendedor brasileiro é praticamente um herói. Segundo a Fundação Heritage, o Brasil ocupa a 114ª colocação o ranking da Liberdade Econômica 2014. No quesito liberdade de negócios – que mede a facilidade ou burocracia para começar e manter uma empresa – ocupamos um vergonhoso 144º lugar entre 178 países. Quer dizer: a burocracia brasileira assume proporções kafkianas, dignas do romance “O Processo”. Em vez de estender um tapete vermelho para o empreendedor, o nosso país costuma colocar-lhe uma série de obstáculos e pedras no caminho. É difícil não tropeçar.O contabilista Euclides Nandes está entre os que lutam para facilitar a vida dos empreendedores brasileiros. Diretor do Sescap Londrina, Euclides vai ajudar o Fórum Destrava Londrina a dinamizar a economia local, apontando caminhos mais fáceis e seguros para a abertura de empresas dentro da legalidade. “Hoje em dia, aumentou o nível de exigência para se abrir uma empresa. As novas leis – como a do EIV – têm razão de ser. Mas é preciso equilibrar as exigências da lei com a atividade empreendedora”, comenta Euclides. Em relação ao EIV, uma das medidas importantes seria dar um tratamento diferente para empresas menores, cujo impacto na vizinhança não é tão significativo. “A lei deveria ser mais amenas para micro e pequenas empresas”, avalia Euclides. Se não houver uma definição de critérios – tratamento desigualmente os desiguais –, pode ocorrer um “travamento” geral quando o EIV passar a ser exigido de todas as empresas. O Sescap está elaborando uma cartilha com orientações sobre abertura de empresas, voltada especialmente para os pequenos negócios. “Às vezes, a condução mal-feita de um processo atrasa desnecessariamente a abertura da empresa. A cartilha pode mostrar os caminhos mais fáceis dentro da lei”, ressalta Euclides.Outra medida importante, para Euclides,

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“LONDRINA TEM DE SER MOSTRADA COMO UMA CIDADE ABERTA AOS INVESTIMENTOS”

seria criar na Prefeitura um departamento exclusivo para abertura de empresas, com representantes dos diversos órgãos que concedem licenças, tais como Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, IAP e outros. “O que acontece hoje? Você vai à Prefeitura, eles pedem laudos dos

Bombeiros e da Vigilância. Você tem que se deslocar, os horários não batem, há filas. Se houvesse um representante de cada órgão fiscalizador na Prefeitura, tudo ficaria mais fácil”, observa Euclides.Mas de nada adiantaria centralizar o atendimento se os processos não

Euclides Nandes, do Sescap: “A

depender do ramo de atividade,

uma pequena empresa poderia estar plenamente

regularizada em 25 dias. Processos

não podem ficar parados

esperando análise do município”

forem acompanhados. “Não basta dar entrada nos processos. É preciso que a Prefeitura e os órgãos tornem mais ágil a análise dos pedidos”, afirma o diretor do Sescap. O interesse dos empresários também é importante para garantir essa agilidade. “O empreendedor deve buscar o assessoramento adequado para não ter surpresas desagradáveis com a lei. Muitas atividades econômicas geram impactos e demandam investimentos – e isso precisa ser levado em conta na hora de abrir um negócio.” Segundo Euclides, a escolha do imóvel adequado para o empreendimento é um dos passos decisivos para um “destrave” mais rápido.O Fórum Destrava Londrina existe para realizar o sonho de José Monir Nasser: uma comunidade de desenvolvimento movida a empreendedorismo cívico. Uma cidade em que os processos de abertura de empresas deixem de ser “O Processo” de Kafka. As entidades londrinenses e o poder público, ao que parece, estão no caminho certo. Agora é... destravar!

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POLÍTICA DA VIDA

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“O BOM RELACIONAMENTO É IMPORTANTE EM TODOS OS SETORES, E QUANDO SE TRATA DO PODER PÚBLICO, PRECISA SER EXATO”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

““

Cidadão não é aquele que se rende à crítica fácil de que ‘tudo é culpa do governo’, ou que apenas quer protestar. Cidadão é quem se manifesta para que um conjunto de ideias e ações seja posto em prática,

Wilson Sanches, sociólogo

Por Felipe Brandão

Servir à população é a missão por excelência de todo governo. Trata-se de ouvir, depreender os anseios e necessidades de seu povo, compreendê-las, estabelecer soluções e colocá-las em prática – e, sim, necessariamente nessa ordem. Um governo eficaz certamente apresenta consonância direta entre o interesse público social e suas intervenções. Mas, na prática, isso realmente acontece?Eleito no final de 2012, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) adentra seu segundo ano de gestão. Para ele, esta sincronia entre as necessidades do povo e as prioridades do Município deixou de ser uma utopia. Já é uma realidade em Londrina. “Existe uma leitura muito próxima, até porque nosso plano plurianual foi elaborado a partir de audiências públicas em toda a cidade, por meio das quais foi possível identificar e apontar as prioridades ao governo. A maior dificuldade agora é conciliar à capacidade e velocidade de ação do poder público, à expectativa e ansiedade da população em ver essas metas cumpridas”, analisa.Em uma enquete informal, a ACIL procurou medir o nível de satisfação da população quanto às prioridades, não só do Executivo, mas também da Câmara de Vereadores. Foram ouvidas pessoas de diversas faixas etárias, classes sociais e moradoras de diversas regiões de Londrina.Quando se questiona qual o setor que mais necessita de atenção do poder público atualmente, a população é unânime ao apontar a saúde. Longe de ser uma surpresa, tal uníssono é reflexo de uma escassez de recursos físicos e humanos que chega a se tornar caótica – conforme se acompanha quase diariamente nos jornais locais. A zeladora Maria Aparecida de Souza, 45 anos, foi uma das pessoas a sentir na pele o peso dessa realidade: “Os hospitais estão sempre lotados, você não consegue atendimento. Recentemente precisei buscar uma consulta no Pronto Atendimento Municipal (PAM), passei toda a manhã e tarde esperando e depois de tudo isso me mandaram para casa, sem

ser atendida, porque não havia médicos disponíveis.”“A saúde publica do município é tratada com muito descaso. Os atendimentos, estrutura hospitalar, disponibilidade de profissionais, tudo se encontra muito escasso”, reforça a estudante universitária Carolina Vanzo, 23 anos. Ela também chama a atenção para outra questão negligenciada pelo poder municipal, a dos animais de rua. “O prefeito havia prometido construir uma ONG para os animais abandonados de rua e ainda não o fez. Não há um controle de natalidade destes animais”, reclama.Para o gerente comercial Fábio Pereira, 25 anos, as questões que mais deveriam ser priorizadas pela Prefeitura são, ademais da saúde, moradia e segurança. “Essas, em minha opinião, são as mais gritantes no momento.” Fábio acredita que falta planejamento e organização na administração pública, e isso já vem de gestões anteriores. “Eu não usaria a palavra ‘prioridade’ para definir minha opinião em relação ao município. As prioridades sequer existem mais, com tanta desorganização gerada por atos de corrupção e zombaria ao povo de Londrina. No último semestre tivemos apenas notícias e declarações de falta de verba, falta de responsáveis... É muita desculpa pra pouco resultado”, queixa-se.Embora concorde que ainda haja muito a ser feito, o funcionário público César Alexander de Carvalho, 33 anos, classifica como positiva a continuidade que a atual gestão deu ao processo de recapeamento das vias da cidade, iniciado na gestão anterior. “As ruas estiveram muito abandonadas durante as gestões do PT, tanto é que o trânsito em Londrina ainda hoje é um caos, quem faz uso dele sabe. Acho que uma questão que ainda precisa ser mais contemplada é também a da capina e roçagem. A gente vê agora algumas áreas começando a serem roçadas, mas ainda está devagar pra dar conta da demanda.”“O londrinense não tem consciência política. As pessoas vão muito pelo nome e status na hora de escolher seus candidatos. É preciso atenção verdadeira às propostas, e propostas que possam

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abril de 2014 | www.acil.com.br12

ser concretizadas, sem ilusões”, defende Carolina Vanzo. Fábio Pereira concorda. “Pare uma pessoa na rua e pergunte sobre o político a quem ela elegeu. Dificilmente haverá uma resposta consciente, que pelo menos defenda o motivo dessa escolha. A minha torcida é para que a consciência se torne algo real no cidadão, da eleição de seus candidatos à fiscalização do papel que eles desempenham.”

Sinergia e ponto de equilíbrioO presidente da Câmara de Vereadores, Rony Alves (PTB), considera que 2013 foi um ano muito produtivo dentro do Poder Legislativo Municipal. Na mesma linha de raciocínio do prefeito Kireeff, Rony defende a existência de uma sintonia real e direta entre as prioridades da Câmara de Vereadores e as necessidades da população. “Há algum tempo tive acesso a uma pesquisa realizada em Londrina que comprovou que 55% dos entrevistados não viam qualquer relevância no trabalho do vereador – mas, desse mesmo total, quase 80% respondeu que nunca tinha sequer vindo à Câmara, participado de uma sessão. A gente percebe então que existe um desinteresse geral no trabalho realizado pela Câmara de Vereadores, mais do que uma desaprovação em si”, analisa ele, fazendo referência à pesquisa de opinião realizada pela Paraná Pesquisas e publicada pelo Jornal de Londrina, em julho de 2013.Alves e Kireeff destacam ainda a excelente sinergia que houve entre a Câmara e a Prefeitura em 2013 – quase todas as propostas encaminhadas pelo Executivo foram aprovadas pelo Legislativo. O prefeito aposta na manutenção dessa sintonia no decorrer do presente ano: “Acredito que o relacionamento com a Câmara em 2014 será produtivo, equilibrado, maduro, como foi no primeiro ano de governo, sempre buscando a construção de melhorias e de soluções para a própria cidade”. Embora torça pelo mesmo, Rony Alves enfatiza a importância da postura da Prefeitura para que a “parceria” funcione. “A fiscalização do Executivo ainda é um dos principais papéis dos vereadores, como representantes da população. O termômetro dessa sinergia boa entre os dois poderes vai

depender da celeridade que o prefeito e os secretários municipais darão à resposta que o povo está aguardando”, explica o vereador.O sociólogo Wilson Sanches aponta para uma falta de representatividade da população junto à Câmara de Vereadores. Ele acredita que a população precisa conhecer os canais de comunicação com o poder público para poder dialogar suas reais necessidades. “Paulo Freire, em uma entrevista na década de 1990, afirmou que a consciência política não pode vir somente pela educação, mas se constrói de verdade na participação política. Cidadão não é aquele que se rende à crítica fácil de que ‘tudo é culpa do governo’, ou que apenas quer protestar. Cidadão é quem se manifesta para que um conjunto de ideias e ações, em sua consideração benéfica para a sociedade como um todo, seja posto em prática. E neste sentido, acredito que a sociedade londrinense ainda tenha alguns passos a dar”, lamenta.

Tempo de agirO presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, acredita que a manutenção da sinergia entre a Câmara e a Prefeitura é fundamental para o avanço dos interesses da cidade. “O bom relacionamento é importante em todos os setores, e quando se trata do Poder Público, a sintonia precisa ser exata. Prefeitura e Câmara de Vereadores

““

O comércio precisa estar aquecido, a saúde deve estar alinhada ao cumprimento das necessidades da comunidade, precisamos evoluir na desburocratização de todas as políticas. Nossas cobranças são nesse sentido,

Flávio Montenegro Balan, presidente da ACIL

Rony Alves, vereador: “A gente percebe que existe um desinteresse geral

no trabalho realizado pela Câmara de Vereadores, mais do que uma

desaprovação em si”

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“ENTIDADES COMO A ACIL TÊM PAPEL ÚNICO NO CONTEXTO POLÍTICO”

precisam caminhar juntas, os trabalhos se auto completam e as duas casas prezam pelo mesmo ideal: o bem do povo de Londrina e o desenvolvimento da cidade”, considera.Balan acredita que o momento atual é de encerrar as discussões e começar a colocar em prática as soluções. “Temos um passado negro em nossa administração pública, uma infraestrutura precária, mas os problemas

precisam ser resolvidos. O Executivo tem trabalhado de acordo com a prioridade da população, principalmente no que diz respeito à saúde e ao desenvolvimento de Londrina. Daremos esse voto de confiança, mas sem deixar de cobrar o avanço dessas ações.”O sociólogo Wilson Sanches avalia ser de suma importância o envolvimento de uma

entidade como a ACIL na cobrança e na luta por uma postura mais efetiva do poder público diante das questões de relevância social. “Entidades como a ACIL têm um papel único no contexto político. Elas podem atuar com mais força diante dos órgãos públicos, uma vez que representam as demandas específicas de uma parcela da população. Quando uma entidade consegue reunir seus membros, discutir com cada um o que de fato interessa a todos, consegue ter força política e conhecimento de causa para atuar junto ao poder público”.A luta pela cidade como um todo é uma constante na ACIL desde a fundação da entidade, o que não está atrelado apenas à vinda de empresas e indústrias para Londrina. “O comércio precisa estar aquecido, a saúde deve estar alinhada ao cumprimento das necessidades da comunidade, precisamos evoluir na desburocratização de todas as políticas. Nossas cobranças são nesse sentido. E vamos continuar cobrando dia a dia, mas construtivamente”, reforça Flávio Balan.

Alexandre Kireeff, prefeito: “A

maior dificuldade agora é conciliar

à capacidade e velocidade

de ação do poder público, à expectativa e

ansiedade da população em

ver essas metas cumpridas”

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LEGISLATIVO

Por Susan Naime

Quem gosta de acompanhar as sessões ordinárias da Câmara Municipal de Vereadores, mas reclama da demora na discussão dos projetos, irá gostar das mudanças aprovadas para o Regimento Interno da Casa. As novas regras, propostas através do Projeto de Resolução 2/2013, passam a vigorar a partir de 2015 e prometem dar mais agilidade às atividades no Legislativo. O tema foi levantado pela Comissão Especial de Revisão do Regimento Interno, composta por servidores e pelos vereadores Padre Roque (PR), Mario

MAIS AGILIDADE PARA 2015

Alterações no Regimento Interno da Câmara de Vereadores prioriza debate dos projetos, reduz o número de comissões permanentes e aproxima a população

Takahashi (PV), Gustavo Richa (PHS), Elza Correia (PMDB) e Junior Santos Rosa (PSC). Durante a tramitação, o projeto recebeu 76 emendas, que foram individualmente discutidas. Para otimizar o rito das sessões ordinárias, os vereadores terão que estar atentos à boa e velha pontualidade. Atualmente, pelo regimento, as sessões têm início às 14 horas. No entanto, é frequente começar com atrasos e sem a presença de alguns parlamentares. A partir do próximo ano os trabalhos começam às 14 horas, com tolerância de 15 minutos para atrasos. O Pequeno Expediente deverá ter a duração máxima de 30 minutos. Em

Fotografia: Devanir Parra

“ “

Isso torna a transparência melhor e proporciona mais possibilidade para o cidadão participar das discussões

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VEREADORES DEVERÃO RESPEITAR A BOA E VELHA PONTUALIDADE

Associação Comercial e Industrial de Londrina 15

seguida, ocorre a Ordem do Dia, onde os projetos são discutidos e votados. Durante a votação, o tempo de fala do vereador será reduzido de dez para cinco minutos e a justificativa de voto passará de três para um minuto. O Grande Expediente, período em que acontecem as manifestações gerais dos vereadores, ficará para o final da sessão ordinária. Neste momento o vereador poderá se manifestar durante quatro minutos e não mais cinco, como ocorre atualmente, podendo se utilizar de apenas mais um tempo cedido por outro parlamentar. “O objetivo da reformulação do Regimento Interno é otimizar o trabalho da Câmara de Vereadores, fortalecer o debate dos projetos e fazer com que a população também possa ter mais acesso às informações durante o debate das comissões permanentes. Às vezes estamos no meio de um debate e temos que suspender para ouvir um convidado, por exemplo, e isso quebra a rotina do trabalho. Então, se acontecer a alteração da sessão ordinária e trouxermos a discussão dos projetos para o princípio da sessão, sem interrupção, o trabalho flui melhor”, explica o relator da Comissão Especial de Revisão do Regimento Interno, Mário Takahashi.

Comissões Permanentes serão reduzidasOutra novidade no Regimento Interno diz respeito às comissões permanentes da Casa, que serão reduzidas de 13 para 11. As comissões de Justiça, de Desenvolvimento Econômico e de Direitos Humanos, passarão a contar com a participação de cinco vereadores, sendo que as demais permanecem com a composição atual de três membros, sempre escolhidos pelo Colégio de Líderes. Takahashi, entretanto, acredita que a redução deveria ser ainda maior. “Na minha visão, ainda deveria haver mais redução. Os vereadores autores

poderiam participar e defender os seus projetos, e isso tornaria o debate dentro da comissão muito mais forte. E tendo um debate mais forte dentro da comissão, quando vier para a sessão ordinária para a votação, o assunto já estaria amplamente debatido e haveria apenas discussões pontuais.” A partir de 2015, as reuniões das comissões permanentes serão realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 14h, e com acesso livre ao público. Dependendo do projeto, os encontros poderão ser em conjunto, com o objetivo de agilizar a emissão de pareceres a matérias em tramitação. No atual formato, as comissões se reúnem a portas fechadas e os pareceres são divulgados prontos. “Isso torna a transparência melhor, a divulgação da informação é mais ampla e proporcionaria mais possibilidade para o cidadão participar das discussões”, observa Takahashi. Os projetos que receberem parecer contrário da Comissão de Justiça, em razão de inconstitucionalidade e ilegalidade, serão automaticamente arquivados. Caberá ao autor da matéria solicitar o prazo de 30 dias para defesa ou modificação do texto. Pelo regimento atual, o plenário aceita ou não a decisão da Comissão de Justiça.

Mais critérios para honrariasTambém a partir de 2015, cada vereador poderá apresentar quatro títulos de honrarias durante o mandato, sendo um por ano. Hoje não existe limite para propostas de homenagens. Mário Takahashi acredita que a medida proporcionará mais rigor na hora do parlamentar escolher a sua honraria. “Se a gente deixa aberto de uma forma geral, temos duas situações: primeiro, temos que fortalecer a propositura das honrarias. É um título especial, tem que ser debatido. E também tem a questão física de entrega. Como a honraria não está pré-agendada (você marca a partir do momento em que a pessoa recebe), muitos vereadores, às vezes, não podem comparecer porque têm agendamentos anteriores previamente marcados. Então com o controle de dar uma honraria por vereador, você sabe que por ano terá 19 concessões, no máximo, e aí poderá reservar, por exemplo, ou todas as sextas, ou todas as quartas, tornando isso uma rotina. Além de deixar o procedimento mais criterioso.”

Mário Takahashi, vereador: “O objetivo da reformulação do Regimento Interno é otimizar o trabalho da Câmara de Vereadores,

fortalecer o debate dos projetos e fazer com que a população também possa ter mais acesso às informações”

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FOCO no PODER

Por Susan Naime Desde os primeiros dias de abril, o vereador Professor Fabinho (PPS) é o novo líder do Executivo na Câmara Municipal de Londrina. Ele assumiu a função que era ocupada por Elza Correia (PMDB). Segundo a vereadora, a alteração já estava acordada com o prefeito Alexandre Kireeff (PSD). Para o novo líder do Executivo, o trabalho conjunto com a Prefeitura será por um objetivo único. “Será um trabalho bastante árduo, mas com bastante diálogo entre Executivo e Legislativo. Não haverá problemas porque o objetivo é o mesmo: todos nós queremos uma cidade bem cuidada”, afirma. Professor Fabinho garantiu que não disputará as próximas eleições. Já Elza Correia informou que ainda não possui uma posição definida sobre o assunto.

CEI do Marco Zero é recusada A Câmara Municipal rejeitou o pedido para a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar supostas irregularidades na concessão de alvarás e “habite-se” para obras do Complexo Marco Zero, na região Leste de Londrina. O requerimento tinha como autoria o vereador Jamil Janene (PP).

Relembre o caso

O requerimento seria votado no mês de fevereiro, mas foi retirado de pauta após o vereador Roberto Fú (PDT) apresentar uma emenda que solicitava a ampliação das investigações para

supermercados e empreendimentos de grandes lojas de departamento, de forma geral, e em todo o âmbito do Município. No entanto, a Procuradoria Jurídica da Casa concedeu parecer contrário ao documento por não preencher os requisitos legais exigidos pelo Regimento Interno. Mesmo assim, Jamil Janene levou o pedido da CEI para votação em plenário, rompendo o acordo que havia estabelecido com as entidades do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial. O requerimento foi rejeitado pela maioria dos vereadores.

Confira os votos Votaram contra a proposta: Elza Correia (PMDB), Emanoel Gomes (PRB), Gerson Araújo (PSDB), Junior Santos Rosa (PSC), Lenir de Assis (PT), Péricles Deliberador (PMN), Roberto Kanashiro (PSDB), Sandra Graça (SDD), Tio Douglas (PTB), Vilson Bittencourt (PSL). Votaram a favor da proposta: Gustavo Richa (PHS), Jamil Janene (PP), Marcos Belinati (PROS), Mario Takahashi (PV), Padre Roque (PR), Professor Fabinho (PPS) e Roberto Fú (PDT). Os vereadores Rony Alves (PTB) e Gaúcho Tamarrado (PDT) estavam ausentes.

Beto Richa promove mudanças O governador Beto Richa (PSDB) promoveu algumas alterações em seu primeiro escalão para que alguns ex-secretários possam se candidatar

às eleições de outubro deste ano. A Secretaria de Estado de Governo se fundiu à Casa Civil. Quem fica à frente da pasta é Cezar Silvestri (PPS), que até então era ocupada por Reinhold Stephanes (PSD). Ele reassume a cadeira como deputado federal. Luiz Eduardo Cheida (PMDB) deixa a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e retorna à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para disputar as eleições. Em seu lugar assume Antonio Caetano de Paula Júnior. Outra mudança foi na pasta de Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, onde sai Ricardo Barros (PP) e assume Horácio Monteschio.

Mais alterações

O deputado federal Ratinho Jr. (PSC) passa a chefia da Secretaria do Desenvolvimento Urbano para João Carlos Ortega. Também retornou à Alep Luiz Claudio Romanelli (PMDB), que deixa a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária para Amin Hannouche. Na pasta de Esporte e Turismo, Diego Gurgacz assume o lugar de Evandro Rogério Roman. Apesar de negar sua candidatura às eleições deste ano, o vice-governador Flávio Arns deixou a Secretaria de Estado da Educação. A vaga foi remanejada para Paulo Schmidt. Edson Casagrande (PSB) deixou a pasta de Assuntos Estratégicos, que foi assumida por Clecy Amadori. Na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, saiu João Carlos Gomes e entra Décio Sperandio.

KIREEFF ESCOLHE NOVO LÍDER NA CÂMARA DE VEREADORESSem perspectiva de concorrer a uma vaga nas eleições deste ano, Professor Fabinho (PPS) assumiu oficialmente a liderança da Prefeitura de Londrina no Legislativo no início de abril

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Por Paulo Briguet Alguém já disse que existem dois tipos de pessoas no mundo: as que fazem parte do problema e as que fazem parte da solução. Os profissionais da área de Tecnologia da Informação têm como dever principal fazer parte do time que soluciona – e, de preferência, da maneira mais prática, rápida, barata e eficiente possível. Ao longo de sua incrível história de desenvolvimento em apenas 80 anos, Londrina sempre foi uma terra de soluções. Não por acaso, nas últimas duas décadas, o setor de TI ganhou força na cidade e região. O Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação, mais conhecido como APL de TI, vem se tornando cada vez mais atuante e estratégico para o desenvolvimento de Londrina e do Norte do Paraná. São empresas que tornam o futuro cada vez mais presente para nós. Nascido no Chile, Gabriel Henríquez veio para o Brasil com a família aos 4 anos de idade. Morador da Grande São Paulo, formou-se em Engenharia da

Computação na Escola Politécnica da USP. Trabalhou para grandes grupos, exerceu cargos de chefia, mas sonhava com algo diferente. “Não queria mais perder três horas no trânsito todos os dias”, lembra Gabriel. Depois de muita oração, Gabriel recebeu um convite para trabalhar numa cidade do Norte do Paraná chamada Londrina. E Londrina era a cidade-solução que ele procurava. “Muitos me perguntam como foi a adaptação a Londrina. E eu respondo: ‘Mas que adaptação? Não houve!” Estabelecido na cidade com sua empresa na área de soluções para software – a Kiwano, nome de uma exótica fruta africana –, Gabriel realizou em Londrina um velho sonho: ficar mais perto da família e usufruir de melhor qualidade de vida. “Hoje eu almocei com minha mulher e meus dois filhos. Quer coisa melhor que isso?” Até como um gesto de gratidão por ter encontrado uma vida melhor em Londrina, Gabriel Henríquez envolveu-se com a luta pelo desenvolvimento local. A partir de maio, ele será o novo presidente da APL de TI de Londrina e Região.

Escolhido por seus colegas de segmento, Gabriel sabe que terá grandes desafios para o mandato de um ano. A visão do APL é ter “Londrina e as cidades da região reconhecidas como um centro de referência em Tecnologia da Informação, onde a integração e a inovação sejam as bases geradoras de novos negócios”. Em outras palavras, a ideia é tornar Londrina uma cidade-solução. Vale lembrar que um Arranjo Produtivo Local não se limita às empresas livremente associadas, mas abarca todas as empresas de uma região geográfica que compartilham uma determinada vocação industrial, comercial ou tecnológica. Hoje, a governança do APL de TI reúne 30 empresas, mas existem mais de 400 atuando no segmento em Londrina e região.Entre as principais realizações do APL de TI durante a sua gestão, o atual presidente Pedro Casagrande de Campos destaca o evento Eco.TI, que reuniu todas as entidades do setor em novembro de 2013, e o apoio à criação do Instituto Senai de Tecnologia, centro estadual de fomento

Gabriel Henríquez: “Temos que assumir essa bandeira. Não estamos construindo isso aqui só para nós, mas para nossos

filhos e netos. O desenvolvimento do setor de TI tem um impacto positivo na vida das pessoas”

EM BUSCA DA

CIDADESOLUÇÃOO empresário Gabriel Henríquez, novo presidente do APL de TI, fala sobre o desafio de tornar Londrina um polo de referência na área tecnológica

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“NUMA CIDADE COMO LONDRINA, HÁ A CHANCE DE FAZER A DIFERENÇA”

à inovação na área de TI. “Também articulamos, junto ao Sebrae e ao Senai, a certificação das empresas de TI no MPS.BR”, afirma Pedro Casagrande. O Paraná é o segundo estado da federação em número de certificação válida; 19 das 38 empresas certificadas no Estado são da região de Londrina. O MPS.BR é um projeto federal para melhoria de qualidade nas empresas de software.

Fazendo a diferença em Londrina“Se não defendermos o que é nosso, ninguém vai fazer isso por nós”, afirma o presidente eleito do APL. Para Gabriel, a transformação de Londrina em polo tecnológico depende da união e da eficiência dos próprios empresários do setor, apoiados por entidades da sociedade civil e do poder público. “Em São Paulo, com 15 milhões de habitantes, você é só mais um lutando para pagar as contas, batalhando por conquistar clientes, gastando três horas por dia no trânsito. Numa cidade como Londrina, há a chance de fazer a diferença – para a cidade, para a comunidade, para os segmentos do mercado”, compara o empresário. As condições para transformar Londrina em uma espécie de Vale do Silício brasileiro estão colocadas. “Temos excelentes escolas de formação superior; temos excelente estrutura de telecomunicações; temos excelente estrutura de energia; temos um bom IDH”, enumera Gabriel Henríquez. Embora as condições existam, nada acontecerá sozinho. “Precisamos do apoio da sociedade, do governo, da população”, observa. A notícia alentadora é que, em torno do APL de TI, já existe uma forte rede de apoio entre as entidades: Sebrae, Senai, ACIL, Peiex, Cintec, UEL, Unopar, Marista, UTFPR, Sercomtel, Codel. Os “meninos” da TI, definitivamente, não estão sozinhos. E isso é muito bom. O APL de TI tem colocado o nome de Londrina em evidência ao participar

de diversos eventos nacionais e missões internacionais voltados à tecnologia. “Conhecemos experiências no desenvolvimento de clusters no Mercado Comum Europeu e também tivemos contato com outros APLs do Brasil”, afirma Gabriel Henríquez. “Com isso, as empresas do setor ganham acesso a fontes de financiamento, capacitação da mão de obras e divulgação de produtos e serviços em outros mercados.” “Uma das nossas prioridades é a percepção do trabalho do APL pela comunidade”, diz o presidente eleito. “Por desconhecimento, muitos acham que o APL é uma sociedade secreta. Mas é exatamente o contrário! Nossas reuniões são abertas à participação de todos, temos buscado o interesse comum das empresas e da comunidade. É um trabalho em prol do desenvolvimento de Londrina”, afirma Henríquez. Só lembrando: os diretores do APL nada recebem por sua atuação na entidade. É um trabalho totalmente voluntário – a exemplo do que acontece nas associações comerciais. Para o APL de TI também vale o preceito de colocar sempre o “nós” à frente do “eu”.

Inovação, a chave do negócioInovação é uma palavra-chave para o trabalho do APL de TI. “A inovação é mais do que tecnologia: é a capacidade de resolver problemas”, define Gabriel Henríquez. “Trata-se da qualidade mais importante do nosso negócio.” Resolver problemas, com custo menor e escala maior, é o cerne do que fazem esses jovens empresários do universo tecnológico. No ano passado, um grupo do APL de TI visitou o famoso Vale do Silício, nos Estados Unidos. No meio da conversa com startups locais, um brasileiro perguntou: “De que forma o governo apoia vocês?” A resposta dos americanos: “Governo? Que governo? A gente não precisa dele.” Ainda estamos longe de poder responder da mesma forma – aqui, o apoio governamental continua

sendo necessário. “Mas é uma razão para pensarmos em assuntos como carga tributária, legislação inadequada, burocracia”, comenta Henríquez. Contudo, para transformar Londrina em um Vale do Silício, será preciso evitar a evasão de talentos. “Infelizmente não estamos conseguindo reter nossa mão de obra qualificada”, observa o novo presidente do APL de TI. “A cidade tem um investimento forte em educação, forma excelentes profissionais, mas eles vão embora em busca de melhores oportunidades”, analisa. Na opinião de Gabriel Henríquez, esse quadro só vai mudar quando as empresas locais se tornarem mais competitivas, mais rentáveis, mais consistentes. “Para que o funcionário ganhe bem, a empresa tem que fazer um bom resultado”, diz. É uma regra básica da economia; algo que a ACIL já sabe e pratica há 77 anos. Sem empresas sólidas, não há desenvolvimento.

Um desafio constante do APL é desenvolver empresas locais para que possam expandir sua área de atuação e que possam competir em mercados mais agressivos e com elevado nível de qualidade. Precisamos que nossas empresas se tornem maiores e aumentem a influência da região nos grandes centros e internacionalmente.

Pedro Casagrande de

Campos, atual presidente do APL de TI

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PERFIL

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Por Juliana Mastelini

“Ainda bem que somos diferentes, senão seria uma chatice total”, diz o empresário Cláudio Tedeschi. Para ele, a capacidade de fazer trocas está na essência do ser humano. Foi essa diversidade que o estudante de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) buscava ao participar das atividades culturais do campus. E que o empresário e atual presidente do Fórum Desenvolve Londrina acredita ser central no cotidiano. Ampliar o horizonte do conhecimento e conviver com as diferenças.Nessa busca, Tedeschi é um leitor compulsivo. Ele sempre gostou de literatura, hábito que se fortaleceu com o curso “Expedições pelo Mundo da Cultura”, do professor José Monir Nasser, em Londrina, em que se propôs ler 100 clássicos da literatura universal, discuti-los e entendê-los. A partir do curso, o empresário continuou as leituras nas quais, como dizia o professor Monir, buscava alargar o conhecimento e entender a diversidade humana. Para Tedeschi, ler um livro só não basta, é uma experiência limitada. É preciso ler muito, o que ajuda, inclusive, nas tarefas cotidianas. “Para quem lida com inovação hoje, o conhecimento geral amplia as possibilidades de êxito, ser criativo, estar aberto é muito importante”.E, segundo ele, é importante também transmitir essa informação que se tem. Tanto que a fala de Tedeschi vem acompanhada de algumas citações, referências do que leu. Ele costura suas ideias às de Einstein, Cortella, Dostoievski.Cláudio Tedeschi nasceu em Londrina, mas foi para São Paulo cursar Engenharia Civil. No Paraná, o único curso de Engenharia era o da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas como Tedeschi tinha alguns familiares em São Paulo, foi para lá estudar. “O campus da USP é interessante, tem uma cultura arraigada, todo dia tinha apresentação artística.” Isso mostra, para ele, que não existe a separação de interesses entre pessoas da área de humanas e da área técnica. “É preciso conhecimento dos dois para se entender a riqueza humana. Tem que ter o conhecimento do todo. A vida isolada é muito pobre.”Ao sair da faculdade, Tedeschi trabalhou cerca de cinco anos como funcionário, depois montou seu próprio negócio. Nesses anos, já fez de tudo um pouco. Trabalhou com tecnologia da informação, construção civil, pavimentação, pré-moldados. Fundou um jornal. E agora está focado na área de turismo. Segundo ele, a carreira empresarial está no seu sangue. “Viver de sonhos, de vitórias e de derrotas e aprender com as derrotas. ‘Vencer é nunca desistir’, dizia Einstein”, completa. Com o ramo empresarial nas veias, Tedeschi não se sentiu confortável na atuação no setor público. Gosta do risco que envolve lidar com uma empresa. Mas sempre esteve envolvido com entidades representativas e a comunidade. Já presidiu o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), a Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região (ADETEC) e o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel). Uma de suas filosofias, além da atuação no dia a dia, é poder participar e transmitir informação.

Cláudio Tedeschi: “Verdade, justiça e razão: a essência humana não muda nunca. É por isso que os clássicos gregos são lidos até hoje”

Fórum Desenvolve LondrinaCláudio Tedeschi foi um dos fundadores e atualmente é presidente do Fórum Desenvolve Londrina. A entidade tem o objetivo de reunir pessoas dos diversos seguimentos da cidade para discutir questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável de Londrina e região, independente de política partidária.Para o empresário, o fórum é uma “escola de líderes”. São 30 entidades diferentes reunidas para compreender as questões da cidade. Ali ele convive com pessoas que têm conhecimentos diferentes, não só teóricos, mas de caminhada. “É uma possibilidade de se compreender melhor as diferenças. É o que a democracia é: um exercício do consenso, pois se pensa diferente e se respeita as diferenças.” Esta é, segundo Tedeschi, a filosofia que leva tanto na área empresarial, no setor público quanto no Fórum.Com gestão que termina neste ano, Tedeschi destaca o exercício da verdade que o Fórum possibilita. “A verdade faz parte do tripé do compromisso intelectual: verdade, justiça e razão. A essência humana nunca muda. Por isso que os clássicos gregos são lidos até hoje. Eles estudaram o ser humano, não o homem grego. Gosto de atividades que deixam legado.”O exercício da verdade que o fórum possibilita é justamente pela mudança de paradigma que propõe ao reunir em debate pessoas dos diversos seguimentos da cidade, independente de partidos políticos. “A comunidade é dinâmica e temos que contar com as cabeças pensantes independente do candidato em quem se votou. O Fórum reúne setor privado, público e a academia. Isso é importante, porque a tendência ao corporativismo é natural. Juntamos essas três percepções – e o resultado é muito rico. Isso é uma mudança cultural. Mas o Brasil ainda é adolescente, tem 500 anos. E, como em todas as fases da vida, tem seus defeitos e qualidades”, completa Tedeschi.

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DESENVOLVIMENTO

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Por Guto Rocha A instabilidade política por mais de 20 anos, a falta de planejamento de longo prazo e a descontinuidade das propostas a cada mudança de governo têm sido fatores limitantes para o desenvolvimento de Londrina. Alguns números ajudam a perceber o quanto o município perdeu – e continua perdendo – com a falta de um projeto perene de longo prazo. A participação de Londrina na formação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro tem registrado queda nos últimos anos. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2011, a economia londrinense gerou R$ 10,7 bilhões, fazendo com que a cidade passasse da 53ª para 55ª posição do ranking que mede a participação dos municípios na composição do PIB do País. No mesmo período, apenas para título de comparação, Maringá, que no mesmo ano gerou R$ 9,7 bilhões, saltou da 68ª colocação para a 61ª no ranking.A composição do PIB de Londrina também revela a maneira como o município vem se desenvolvendo ao longo das últimas décadas. Segundo dados do IBGE referentes a 2009, ano em que a soma de toda produção local atingiu R$ 8,8 bilhões, o setor de serviços contribui com 77,8% desse total. Já a indústria teve uma participação de 20,8%

e a agropecuária respondeu por apenas 1,5%.O economista Flávio Oliveira dos Santos observa que, apesar da importância do setor de serviço, que atrai pessoas de outras regiões para Londrina e movimenta a economia local, a falta de indústria compromete a formação da renda dos trabalhadores. “O setor industrial gera empregos com salários melhores e a ausência desse tipo de atividade reduz a concorrência por mão de obra, limitando ainda mais o poder de compra dos trabalhadores”, analisa.

Agência de DesenvolvimentoPara mudar este quadro, a ACIL, em parceria com várias entidades representativas do município, está propondo a criação de uma agência de desenvolvimento. “Londrina vive um momento bom, com estabilidade política, mas sem definições de regras claras para os investidores”, avalia o presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan. Para ele, é necessária a adoção de um modelo que seja compartilhado e definido em conjunto por toda a sociedade e pelos poderes constituídos (Executivo, Legislativo, Judiciário e órgãos fiscalizadores).Balan observa que a atual administração municipal e a Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) estão trabalhando “dentro do que é possível”, mas sofrem com limitações criadas pelo formato como foi concebida a política para atração de empresas. “É preciso uma reformulação. Criar regras claras para os investidores interessados em vir para Londrina e uma melhor definição do perfil de empresas que se encaixa ao município”, comenta. Como fatores limitantes para a atração de novos investimentos, o presidente da ACIL lista a falta de definição do novo Plano Diretor; a morosidade na liberação de alvarás e licenças; e a falta de infraestrutura viária e aeroportuária adequadas.

O consultor Marcelo Mafra, que elaborou os estudos para a formatação da Agência de Desenvolvimento de Londrina, afirma que para haver desenvolvimento é necessário que haja planejamento de longo prazo. Segundo ele, para atingir o planejado é preciso se criar condições para que o plano se sustente ao longo do tempo. “Por conta do nosso formato de gestão pública condicionada a mandatos de quatro anos, vivemos o constante risco da descontinuidade das ações propostas nos planos de desenvolvimento”, observa.Mafra afirma que na grande maioria dos casos de sucesso, tanto no Brasil quanto no exterior, o processo de gestão de desenvolvimento passa por uma ampliação da discussão dos caminhos a serem tomados e pelo compartilhamento das decisões estratégicas com a sociedade. Para isso, afirma, é preciso criar uma política de desenvolvimento que seja assegurada por um arcabouço legal, ou seja, lei, regras e diretrizes que assegurem a sua perenidade. Em paralelo, o consultor observa que é necessário estabelecer o arcabouço institucional, que são estruturas responsáveis pela concretização da política de desenvolvimento proposta. Mafra observa que este papel é exercido pelos Conselhos de Desenvolvimento em que têm assentos representantes dos diversos setores públicos envolvidos e também entidades da sociedade civil organizada. “Desta forma se consegue o equilíbrio necessário para assegurar a continuidade do desenvolvimento planejado independentemente do governo da vez”, comenta ele, observando que isso é muito comum em outros países. “Na Alemanha, os conselhos de cidades definem os planos de desenvolvimento e os prefeitos são meros executores”.O principal objetivo da Agência de Desenvolvimento, segundo o consultor, é tornar Londrina atraente para os investidores e também criar condições para quem já está aqui. “Costumo dizer que Londrina é um produto maravilhoso para se vender, mas difícil para se entregar. Isso porque quando você atrai uma empresa, ao chegar aqui, ela depara

“LONDRINA É UM PRODUTO MARAVILHOSO PARA SE VENDER, MAS DIFÍCIL PARA SE ENTREGAR”

Flávio Balan, presidente da ACIL: “É preciso

uma reformulação. Criar regras claras para os

investidores interessados em vir para Londrina e

uma melhor definição do perfil de empresas que se

encaixa ao município”

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com uma burocracia muito grande para viabilizar o seu negócio”, afirma. Há bons sinais de que a Agência de Desenvolvimento de Londrina tem tudo para decolar desta vez. Primeiro, a colaboração estreita com o Governo do Estado, que vai oferecer estrutura e pessoal para a realização do projeto. Segundo, a escolha do tema do Fórum Desenvolve Londrina para este ano: Valor adicionado pela industrialização do Município. Terceiro, porque será possível aproveitar muito do PDI realizado pela empresa Andersen Consulting em 1996. Por incrível que pareça, várias conclusões daquele relatório continuam válidas, com pequenos ajustes, para a Londrina de 2014. “O Fórum Desenvolve Londrina e o grupo que está elaborando a Agência de Desenvolvimento compartilham uma visão de futuro: estamos pensando na Londrina dos próximos 30 anos”, observa Mafra.

De olho no futuroO presidente da ACIL afirma que o grupo que trabalha para a criação da Agência de Desenvolvimento de Londrina também buscou informações em outros municípios que já contam com esta estrutura, como Curitiba e Limeira (SP). A criação do conselho que irá acompanhar e validar os

processos desenvolvidos pelo órgão também está sendo feita com base em experiências já existentes, como o Codefoz, de Foz do Iguaçu, e o Codem, de Maringá. “Em Londrina o conselho deverá se chamar Codelon”, comenta Balan.O coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina, Gerson Guariente Junior, também defende o aproveitamento do Plano de Desenvolvimento Industrial (PDI) de 1996. Nele, observa, estão definidos os pontos fortes e fracos da cidade e os setores de maior atratividade para Londrina. “Muito do que está no PDI ainda está atual”, comenta.Guariente destaca a importância da agropecuária para a região e toda tecnologia voltada para o setor que vem sendo desenvolvida em Londrina pelos institutos de pesquisas e universidades. “Temos que transformar estes ativos em indústrias. Em vez de vendermos grão de soja, podemos criar produtos e agregar valor. São projetos para muito mais de 50 anos, afinal as pessoas vão continuar comendo”, exemplifica.Para Guariente, além de atrair novos investimentos, a agência deverá criar condições para que os potenciais já instalados em Londrina também se desenvolvam. “Não adianta cometer os mesmos erros do passado. Precisamos

Marcelo Mafra, consultor: “Por conta do nosso

formato de gestão pública condicionada a mandatos de quatro anos, vivemos

o constante risco da descontinuidade das ações

propostas nos planos de desenvolvimento”

Gerson Guariente, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina: “Não

adianta cometer os mesmos erros do passado. Precisamos de desenvolvimento industrial,

mas temos que fortalecer o que já temos aqui”

de desenvolvimento industrial, mas temos que fortalecer o que já temos aqui”, afirma. Ele destaca a importância da área de saúde que pode servir de base para o florescimento de uma indústria ligada ao setor. “Temos gente altamente capacitada na área de Tecnologia da Informação e de Saúde que tem ideias excelentes. É um potencial para se criar indústrias de equipamentos médico-hospitalar. Temos que olhar para as cadeias produtivas”, comenta.

Eficiência em gestãoO prefeito de Londrina, Alexandre Lopes Kireeff (PSD), observa que, por ter uma matriz econômica baseada no setor de serviços, a arrecadação municipal é formada basicamente pelo ISS e pelo IPTU em detrimento do ICMS. “Isso nos chama a atenção para a necessidade do desenvolvimento da indústria”, afirma. Kireeff diz que Londrina tem uma política de desenvolvimento centrada na oferta de incentivos fiscais e na doação de terrenos. “Percebemos que precisamos avançar mais. Adotar uma postura mais ousada e independente no que se refere à atração de investimentos”, comenta.A ACIL e as entidades que trabalham na elaboração da proposta da Agência de Desenvolvimento de Londrina já apresentaram o projeto ao prefeito. Kireeff afirma que o projeto atende às expectativas de sua equipe de governo. “Já dei OK para a Codel trabalhar de forma alinhada e sintonizada com a proposta que nos foi apresentada”, afirma. Para ele, o modelo apresentado vai garantir ao município “mais eficiência no desenvolvimento econômico”. Outra vantagem apontada pelo prefeito é o novo direcionamento que a cidade poderá ter na sua matriz econômica. “Isso tudo gera mais emprego, renda, mais impostos, que se traduzem em serviços públicos de qualidade. Realmente, o projeto é um presente para nossa cidade”, comenta.

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LINHA GOURMET

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“VOCÊ VAI ADOÇAR A VIDA DAS PESSOAS E ELAS VÃO SE SENTIR QUERIDAS”

Por Susan Naime

Chocolate é bom o ano todo, mas durante o período da Páscoa a oferta desse produto aumenta, principalmente devido à personalização das guloseimas com ingredientes irreverentes, sem falar da criatividade e na combinação de sabores. O chocolate artesanal ou chocolate gourmet, como também é conhecido, provou que não é apenas modismo e veio, sim, para competir com os industrializados. Mas as grandes empresas não têm com o que se preocupar, há público para todos os gostos. Quando o assunto é Páscoa, o Brasil é dono do mercado mais aquecido do mundo. Só no ano passado foram produzidos 80 milhões de ovos de chocolate. Dentro deste nicho, os empreendedores individuais buscam sempre a vanguarda dos sabores. E para chegar ao ponto perfeito, são necessárias muitas horas de experiências gastronômicas. Em Londrina, a revista Mercado em Foco foi tentar descobrir os segredos de tanta doçura.

Doce FragrânciaDiversas pesquisas já comprovaram que o cheiro de uma loja pode influenciar a clientela. Para o chocolate, sem dúvida, não seria diferente. Pesquisadores da Bélgica publicaram um estudo de como o aroma doce mexe com o comportamento dos consumidores. E como resistir a tamanha tentação? Ao entrar na loja Isabela Yenes, que leva o nome da proprietária, o cliente, imediatamente, é envolvido por essa fragrância tão saborosa. Há sete anos a empresária, formada em Marketing, resolveu seguir os dotes da mãe, boleira, e aperfeiçoar um dos produtos comestíveis mais irresistíveis do mercado: o chocolate. “Eu já gostava de fazer doces em casa, então passei a participar de alguns cursos. Mesmo sem saber muita coisa, resolvi arriscar e aceitar encomendas. O pessoal gostou e deu muito certo”, conta.Nos dois primeiros anos no ramo Isabela produzia os doces em sua própria casa. Em seguida, a atividade foi transferida para uma pequena sala comercial e, atualmente,

a loja está localizada em um agradável espaço na Avenida Pandiá Calógeras, 37, no Jardim Shangrilá. Na coleção dos produtos preparados artesanalmente, o cliente encontra doces tradicionais, finos, decorados para festa infantil, eventos festivos e datas comemorativas. O valor dos produtos varia entre R$ 7 e R$ 110. O período da Páscoa, é claro, dá o toque pra lá de especial ao ambiente decorado. “O trabalho com ovos de Páscoa começou há cinco anos. É um período muito bom, quando as vendas aumentam bastante. Já recebi inúmeras encomendas, sem falar naqueles clientes fiéis que já guardei até qual é o recheio preferido”, diz. E por falar em recheio, a maioria é criação própria. Além das quatro funcionárias fixas, Isabela também coloca a mão na massa. “Gosto muito de fazer testes, misturar os sabores. Todo ano temos novidades, produtos diferentes. E na hora de provar todo mundo entra na dança”. Os ovos de Páscoa confeccionados por Isabela não levam bombons em seu interior devido ao pouco espaço que sobra dentro do produto. O tamanho pode ser médio (600-700g) ou grande (900g-1kg). “Todos os ovos são muito bem recheados. Não colocamos bombons dentro de tão grossa que fica a casca do chocolate por causa do recheio”, justifica. Entre a diversidade de sabores para ovos trufados estão: tradicional, trufa branca, limão, maracujá, trufa mesclada, amarula, framboesa, creme de avelã, amaretto, brigadeiro, casadinho, pistache, paçoca e prestígio. Aliás, o último é o carro-chefe

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Isabela Yenes: “Não colocamos bombons dentro dos ovos de Páscoa de tão grossa que fica a casca do chocolate por

causa do recheio”

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da casa e também o mais recheado. “O ovo prestígio leva dois recheios: a trufa e o doce de côco”, explica a empresária. Mas e sobre aquela história de que quem trabalha com chocolate não gosta de saborear essa delícia? A empresária Isabela Yenes confessa que até dispensa o chocolate, mas não resiste ao tradicional brigadeiro. “O chocolate eu enjoei, mas o brigadeiro eu ainda como muito”, brinca. Serviço: Isabela Yenes, Avenida Pandiá Calógeras, 37, Jardim Shangri-lá. Telefone: 3347-3147 e 9925-8022. Site: www.isabelayenes.com.br

O sabor que aproxima pessoasSeja branco, preto, ao leite ou meio amargo, nada melhor que um chocolate para adoçar a vida e estreitar laços de carinho. Afinal, quem é que não gosta de receber um mimo como esse de presente? Foi com o propósito de proporcionar momentos de felicidade que a Grife Cacau abriu suas portas na cidade, no ano de 2011. Quando vieram de Campo Grande (MS) para Londrina, os proprietários Lucas e Rebeca Goes, casados há sete anos, pensaram nos mínimos detalhes: Rebeca já “namorava” o ramo, além de ser chocólatra assumida. Lucas, com espírito empreendedor, almejava o negócio desde os tempos de estudos – a Grife Cacau, à época com outro nome, foi tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso em MBA. A combinação perfeita resultou em 35 pontos de venda fixos, atualmente, só em Londrina. Até o meio do ano a meta é chegar aos 150 pontos, não só no município, mas em toda a região. Na vitrine dos produtos, bombons, trufas e brigadeiros. O carro-chefe da casa é o pão de mel, recheado com um cremoso doce de leite ou trufado, e coberto por uma fina camada de chocolate ao leite. Os produtos variam de R$ 20 a R$ 160. “Sempre quis ter uma indústria e de repente começando artesanalmente é o início de tudo, além de ser um apelo diferente. Quando você fala que é

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artesanal a pessoa é melhor convencida do que se fosse industrializado. Mas isso não quer dizer que um dia nós não iremos nos industrializar. O negócio vai crescendo e a demanda de mão de obra vai ficando menor que a oferta. A partir de 2016 podemos iniciar o sistema de franquia da marca. Temos um planejamento estratégico até 2032. E, dentro dele, queremos ser referência em pão de mel”, revela Lucas.Já Rebeca, a esposa, é a responsável por transformar os chocolates em momentos de alegria. “Todo mundo gosta de receber um chocolate de presente. Você vai adoçar a vida das pessoas e elas vão se sentir queridas. Percebemos o prazer das pessoas em comer um doce”, conta Rebeca. Toda a linha Grife Cacau é preparada com o puro chocolate belga, artesanalmente, sem produção em massa, para garantir ainda mais o sabor gourmet. “O chocolate nobre é muito minucioso e precisa ser trabalhado com muito cuidado e com todos os detalhes corretos”, ressalta Rebeca. Para a Páscoa não é diferente. Os produtos recebem dose extra de cuidado. “Durante o preparo, a temperatura do chocolate deve variar entre 29 e 30 graus. Já a temperatura do ambiente precisa permanecer entre 22 e 24 graus. Se esses valores forem alterados o resultado final não será bom”, ensina. Mas na hora de revelar o segredo de tanta doçura, Rebeca, sorrindo, despista: “Sempre pedem as receitas dos chocolates. Dou uma despistadinha e mudo de assunto”, brinca. Para quem ficou na expectativa, na Coleção Páscoa 2014 da Grife Cacau é possível encontrar ovos de chocolate em três tamanhos: 250g, 350g e 500g. Os recheios podem ser de puro chocolate ao leite, meio amargo, branco, com flocos de arroz, castanha de caju, trufado tradicional, beijinho e com doce de leite e nozes. De todo o catálogo, a grande atração é o ovo de Páscoa sabor Pão de Mel, que pode ser encomendado na versão doce de leite ou trufado.

Serviço: Grife Cacau, Rua Goiás, 1019, piso superior, Centro. Telefone: 3334-0440. www.grifecacau.com.br.

Para 2014, os proprietários da Grife Cacau, Lucas e Rebeca Goes, lançaram o ovo de

Páscoa sabor pão de Mel, com recheio de doce de leite ou trufado

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Na Casa dos Doces de Catori e Eliane Catori é possível encontrar toda a matéria-prima necessária para produzir ovos de Páscoa

De portas abertasEmpresas que comercializam produtos de Páscoa também estão a todo vapor. A variedade de opções parece não ter fim. São chocolates, formas de diversos desenhos, embalagens, uma infinidade de recheios, coberturas, confeitos, enfeites, cestas e por aí vai. Na Casa dos Doces, localizada na Rua Sergipe, 731, todos esses ingredientes estão especialmente aliados ao carisma e ao profissionalismo de seus proprietários. Celeste Catori e Eliane Ribeiro Rocha Catori são mais que um casal de empresários. Eles são o coração e a alma do negócio. “Nós dois ficamos o dia todo na loja. Hoje em dia, se a empresa pequena não tiver essa concepção, essa maneira de trabalhar, não funciona. E de preferência tem que ser o casal. Ainda mais quando se dá bem como nós. Minha esposa é um navio de batalha, pessoa excepcional, que está disposta a atender todo mundo”, se derrete Catori. Entre um cliente e outro, Eliane participa da conversa e não deixa atrás: “Ele é o comandante do navio”, afirma. O clima agradável entre os empresários contagia também a clientela. Cerca de 95% do público que frequenta o estabelecimento é dona de casa. “São clientes fiéis. Eles entram e já chamamos

até de filhos. Somos na verdade uma grande família”, conta Catori. Mas quando a bronca é necessária, a clientela também faz a sua cobrança, claro, em tom de respeito e brincadeira. “Hoje demorei um pouquinho para abrir a loja e já levei bronca na entrada de uma cliente. Ela disse que eu estava cinco minutos atrasado”. A Casa dos Doces já está há 20 anos no mercado e há 10 na Rua Sergipe, sempre com a loja cheia. “Hoje não se pode pensar em concorrência. Faça o seu trabalho, tenha conhecimento do que você vende, faça com que as pessoas entrem na sua loja. Seja sempre sincero com o seu cliente. É o único segredo para dar certo”, ensina o proprietário. Mas além do carinho de Catori e Eliane, outro fator garante a intensa movimentação no local. As cinco funcionárias são treinadas para atender todo o tipo de público, principalmente os marinheiros de primeira viagem. “Esse período da Páscoa é muito bom para as vendas, que aumentam cerca de 50%. Mas além disso, muitas vezes o cliente vem até aqui para adquirir os produtos e garantir uma renda extra para a família. Temos prazer em ajudar, dar dicas, ensinar. Isso valoriza o nosso trabalho. É gratificante”, garante Catori.

Serviço: A Casa dos Doces, Rua Sergipe, 731. Telefone: 3326-8358.

Recheio para trufa de AmarettoIngredientes1 casca de ovo de 350 g300g de chocolate branco picado100g de creme de leite3 colheres sopa de licor de amêndoa

Modo de PreparoLeve o chocolate e o creme de leite ao microondas por dois minutos ou até derreter. Mexa os ingredientes a cada um minuto. Passado o tempo, misture o licor e espere esfriar. Agora é só rechear o ovo de Páscoa.

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RETA FINAL

30 abril de 2014 | www.acil.com.br

Por Susan Naime O dia 30 de abril é o prazo final para o contribuinte acertar as contas com a Receita Federal e entregar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2014. A multa para a entrega da DIRPF fora do prazo é de no mínimo R$ 165,74 e no máximo 2% do valor do imposto devido. De acordo com as novas regras da Receita, não é mais possível entregar a declaração em disquete nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, como acontecia até o ano passado. O contribuinte deve fazer a entrega pelo programa Receitanet, disponível no site do Fisco. Para quem ainda está em débito com o Leão, o assessor contábil Juracy Marcelo Martins, da empresa Jucompa – Assessoria Contábil, esclarece algumas dúvidas sobre o assunto.

Mercado em Foco: Quem precisa declarar o IR?

Marcelo Martins: Estão “obrigados” a apresentar a declaração os contribuintes que:- Receberam Rendimentos Tributáveis acima de R$ 25.661,70;- Receberam Rendimentos Isentos, Não

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Marcelo Martins: “Cada declaração tem a sua particularidade e

deverá ser analisada, se não por um profissional, por alguém que

entenda as regras de “elaboração” da D.I.R.P.F.”

Associação Comercial e Industrial de Londrina

Tributáveis ou Tributáveis Exclusivamente na Fonte, acima de R$ 40.000,00;- Obtiveram ganho de Capital na Alienação de Bens ou Direitos, sujeitos à incidência do Imposto- Realizaram Operações em Bolsa de Valores, de Mercadorias, de Futuros e Assemelhados;- Obtiveram Receita Bruta, na Atividade Rural, valor superior à R$ 128.308,50;- Pretendem compensar, no ano-calendário de 2013, prejuízos da Atividade Rural de anos-calendários anteriores ou do próprio ano-calendário;- Tiveram posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, em 31/12/2013, valor superior à R$ 300.000,00- Passaram à condição de Residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31/12/2013;- Optaram pela isenção do imposto de renda incidente sobre o Ganho de Capital auferido na venda de Imóveis Residenciais, cujo produto da Venda seja destinado à aplicação na aquisição de Imóveis Residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias, conf. art. 39 da Lei nº. 11.196/2005.

Mercado em Foco: Quais despesas podem ser deduzidas no IR?

Marcelo Martins: O contribuinte poderá deduzir despesas com educação, saúde, previdência privada, pensão alimentícia, doações para fundos dos governos municipais, estaduais ou federal, despesas com empregados (as) domésticos (as), etc., lembrando que para cada tipo de dedução há uma regra específica, conf. manual do Imposto de Renda.

Mercado em Foco: Quem pode ser declarado como dependente?

Marcelo Martins: Podem ser dependentes os filhos, a esposa, o marido, pais, avós, sogros e enteados. Mas vale lembrar que é preciso ficar atento às “regras de dependência” constantes no Manual do I.R. e também se os dependentes não possuem algum rendimento anual que deverá ser lançado na declaração. Vale uma observação: os dependentes não poderão constar em mais de uma declaração.

Mercado em Foco: Quem está desempregado precisa declarar o IR?

Marcelo Martins: Mesmo quem esteja desempregado deverá observar todas as regras acima listadas em “Quem está Obrigado” e verificar se não se encaixa em alguma das situações de obrigação.

Mercado em Foco: E no caso da empregada doméstica, quais os procedimentos devem ser adotados pelo empregador?

Marcelo Martins: O empregador tem o “direito” de deduzir da “base de cálculo do imposto” o valor pago ao I.N.S.S. ref. à 12% do salário pago à empregada doméstica, limitado ao valor de R$ 1.078,08, a ser lançado no campo de “Pagamentos”, código 50. Lembrando que a mesma deverá estar regularmente registrada em nome do empregador e os recolhimentos do I.N.S.S. feitos em carnê próprio, no ano-calendário 2013.

Cada declaração tem a sua particularidade e deverá ser analisada, se não por um profissional, por alguém que entenda as regras da DIRPF

Juracy Marcelo Martins, assessor contábil

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32 abril de 2014 | www.acil.com.br

Mercado em Foco: Como declarar investimentos em ações?

Marcelo Martins: O contribuinte deve informar na declaração do IR os ganhos líquidos apurados em operações realizadas em Bolsas de Valores, mercadorias, futuros e assemelhadas; os prejuízos apurados em operações realizadas em Bolsas de Valores, mercadorias, futuros e assemelhadas; e a posição em ações e os contratos de opções, termo e futuro mantidos em 31/12/2013.Os ganhos ou perdas apurados em Bolsa devem ser informados no Demonstrativo de Renda Variável – Operações Comuns/Day-trade. Após o preenchimento, o programa automaticamente apura o resultado final. Caso seja negativo, o programa assume o valor como prejuízo e o transporta para o próximo mês. Sendo positivo, como as alíquotas já estão informadas no programa (15% para operações comuns e 20% para day-trade), o programa multiplica a base de cálculo pela alíquota e informa o valor do imposto devido. Na Declaração de Bens e Direitos deve ser informada a posição de ações em 31/12/2013 e também os contratos de opções, termo e futuro. Deve ser informado e discriminado cada conjunto de ações, cada conjunto de opções separadas por séries e contratos de termo e futuro separados por vencimento. De acordo com a legislação, ficam isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista de ações nas bolsas de valores e em operações com ouro ativo financeiro cujo valor das alienações, realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a R$ 20 mil, devendo os rendimentos serem declarados na ficha de Rendimentos Isentos e não tributáveis.

Mercado em Foco: Qual modelo de declaração é melhor: simplificado ou completo?

Marcelo Martins: Cada declaração tem a sua particularidade e deverá ser analisada, se não por um profissional, por alguém

que entenda as regras de “elaboração” da D.I.R.P.F., para a escolha da melhor forma de modelo da declaração, se “simplificado” ou “completo”.

Mercado em Foco: Casais devem fazer declaração conjunta ou separada?

Marcelo Martins: Como a pergunta anterior, deverá seguir a mesma regra.

Mercado em Foco: Como declarar despesas médicas no IR?

Marcelo Martins: Despesas médicas deverão ser declaradas através de recibos, onde devem constar os dados do médico, C.R.O., C.P.F., nome de quem foi paciente do mesmo e qual procedimento foi realizado. Notas fiscais, em caso de Hospitais e Clinicas, Pessoa Jurídica, onde devem, também, constar todos os procedimentos e produtos utilizados para o atendimento do referido paciente.

Mercado em Foco: Qual a diferença de rendimentos tributáveis para os isentos e não tributáveis?

Marcelo Martins: Rendimentos tributáveis são aqueles que incidem Imposto de Renda, tais como: Salários, Aposentadoria, Aluguéis, Pensão Alimentícia, etc. Rendimentos isentos e não-tributáveis não incidem Imposto de Renda, tais como: Rendimentos Poupança, resgate FGTS, lucros e dividendos, doações, etc.

Mercado em Foco: Qual procedimento deve ser adotado para quem perdeu o prazo para a declaração em 2013 e ainda não regularizou a sua situação?

Marcelo Martins: O procedimento deverá ser, primeiramente, a análise da obrigação da elaboração da D.I.R.P.F./2013, fazer o “download” do programa junto ao site da Receita Federal, a gravação da declaração e a entrega da mesma, utilizando programa disponibilizado para a entrega com nome de Receitanet, também disponível para “download” na mesma página.

Declaração pré-preenchida:um benefício A Receita Federal preparou outra novidade para o exercício 2014. Os contribuintes que possuem certificação digital já podem usufruir do serviço de pré-preenchimento de declaração do Imposto de Renda. Para quem ainda não conhece o produto, com o certificado digital as empresas passam a ter um documento eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado chave pública e muitos outros dados que mostram quem ela é para as pessoas e para os sistemas de informação. A chave pública serve para validar uma assinatura realizada em documentos eletrônicos. A operação é obrigatória para empresas tributadas com lucro real e presumido, conforme instrução normativa 969/2009, e oferece sigilo e agilidade em transações e trocas de documentos com garantia jurídica. Segundo o consultor de negócios da ACIL, André Oliveira, a medida permite que o imposto retido na fonte, declarado por um empregador, seja enviado automaticamente para

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OS CONTRIBUINTES QUE POSSUEM CERTIFICAÇÃO DIGITAL PODEM USUFRUIR DO PRÉ-PREENCHIMENTO DE DECLARAÇÃO DO IR

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o Programa Gerador de Declaração. Em seguida, o contribuinte deverá fazer a conferência dos dados e as devidas alterações, caso seja necessário. “O contribuinte precisa baixar o programa no Portal e-Cac. O sistema vale para qualquer tipo de declaração, seja no modelo completo ou no modelo simplificado”, ressalta. No entanto, o cidadão deve estar atento para algumas restrições. “O contribuinte tem que ter entregado a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício anterior. As fontes pagadoras precisam ter enviado à Receita Federal a informação do imposto retido da empresa pagadora referente ao exercício de 2014, ano calendário 2013”, alerta o consultor da ACIL. Até o momento, a certificação digital é a única tecnologia disponível que

concede segurança para a administração tributária. A ferramenta oferece uma série de vantagens tanto na hora de declarar o imposto como na hora de receber a restituição. Quem declara com certificação digital, por exemplo, recebe a restituição mais rapidamente. “O sistema vai facilitar a verificação das informações sobre as fontes pagadoras. Portanto, a pessoa que entrega a declaração do imposto de renda com o certificado recebe a sua restituição no primeiro lote”, informa André Oliveira. O consultor de negócios lembra que a Certisign, maior empresa brasileira certificadora, está com promoção para as emissões de Certificado Digital. Os interessados podem procurar a ACIL, ponto autorizado para realizar o serviço. Mais informações pelo telefone 3374-3000.

André Oliveira: “A pessoa que entrega a declaração do imposto de renda

com o certificado digital recebe a sua restituição no primeiro lote”

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CERTIFICAÇÃO DIGITAL

Por Paulo Briguet OAB e ACIL são entidades que sempre caminharam lado a lado e lutaram pelo desenvolvimento de Londrina. Até hoje, em todos os momentos importantes e decisivos para a cidade, tornam-se inevitáveis as perguntas: “Qual é a opinião da ACIL?” ou “O que a OAB pretende fazer?” Com o passar dos anos, a Ordem e a Associação consolidaram-se como as referências no panorama político londrinense. Mas, se a parceria mostrou-se vital nos períodos de crise, também pode ser valiosa para a prática cotidiana. Em março último, a OAB e a ACIL firmaram um convênio para emissão de certificados digitais aos advogados de Londrina e região. Tempo é tudo. Eis uma frase que vale igualmente para advogados e empresários. Com a certificação digital – que corresponde a uma assinatura eletrônica –, os advogados ganham um tempo precioso. Não precisam mais se dirigir fisicamente aos fóruns para consultar processos. “Antes da certificação on-line e dos sistemas on-line, o exercício da advocacia era muito mais difícil”, diz a advogada Marcela Sayão, que renovou a

sua certificação digital na ACIL no início deste mês. “Até algum tempo atrás, era necessário que o profissional se dirigisse ao Fórum para ter acesso ao conteúdo dos processos. Muitas vezes, o processo não estava disponível, por estar com o juiz ou com o advogado da outra parte. Agora, isso acabou.”Com a digitalização dos processos em quase todas as varas do Poder Judiciário, o advogado pode consultar os processos a partir de qualquer lugar. “Tendo um computador e a certificação digital, eu posso viajar e trabalhar a distância, sem nenhum problema”, afirma a advogada. Especializada em causas empresariais e tributárias, Marcela lembra que a Justiça Comum digitalizou todos os processos desde junho de 2011. “Desde essa data, o advogado só consegue peticionar na Justiça Comum através da certificação digital.” ACIL atende na sede da OAB

E por que o advogado deve fazer a sua certificação digital na ACIL? Por vários motivos. Entre eles, o atendimento personalizado e eficiente. “Achei o atendimento muito bom,

Ao optar por fazer a certificação digital com a ACIL, o advogado terá o melhor atendimento, personalizado e eficiente. Além disso, em dois dias da semana, oferecemos o serviço dentro da própria sede da OAB.

Cláudia Motta Pechin

Coordenadora comercial da ACIL

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rápido e informativo”, avalia Marcela Sayão, que renovou a sua assinatura digital por três anos. Outro motivo importante: a Associação Comercial está oferecendo atendimento na própria sede da OAB Londrina, às quartas e sextas-feiras. Às segundas, terças e quintas, o atendimento é realizado na sede da ACIL, no centro da cidade. Dois endereços estratégicos, por onde os advogados passam com frequência. “Fizemos questão de oferecer um atendimento diferenciado e específico aos advogados na sede da OAB, para facilitar ao máximo o acesso ao serviço”, explica a coordenadora comercial da ACIL, Cláudia Motta Pechin. O serviço já é bem-sucedido com relação a empresas convencionais e começa a ganhar força entre a categoria dos advogados. “Os atendimentos a advogados cresceram 60% no último mês. E temos muito a crescer”, comemora Cláudia Pechin. Para o presidente da OAB Londrina, Artur Humberto Piancastelli, o serviço da ACIL oferece mais conforto e agilidade no atendimento aos advogados, principalmente pela iniciativa de atuar na própria sede da Ordem. Ele ressalta que o mesmo sistema será adotado nas representações da OAB em Cambé e Rolândia, em parceria com as entidades empresariais locais. Exigência profissional do Direito “Hoje não há mais como exercer advocacia sem a certificação digital”, avalia Piancastelli. “Quase todos os sistemas de processo eletrônico que vigoram no País exigem a certificação. Trata-se de um instrumento de trabalho indispensável para o profissional de Direito.”Artur Piancastelli diz que o convênio entre ACIL e OAB reforça a amizade e a parceria existente entre as duas entidades, por conta da participação de ambas nas grandes causas de Londrina. “Não se menciona um grande projeto para Londrina sem que

a OAB e a ACIL sejam consultadas. E é natural que estejamos sempre unidos quando a proposta for para o bem da cidade.” União entre entidades: é de lei A coordenadora Cláudia Motta Pechin espera que a parceria entre OAB e ACIL seja permanente e se estenda também para outros serviços. “Já estamos dentro da OAB, e isso vai facilitar a identificação de necessidades e encaminhamento de sugestões dos advogados”, afirma.O presidente da OAB local destaca outras parcerias com a ACIL – como a participação das entidades no Fórum Desenvolve Londrina. “Vamos fortalecer nossos laços. Estamos estudando formas de levar para a OAB e alguns cursos e treinamentos realizados pela ACIL”, comenta Piancastelli. Ele cita cursos que podem ser bastante úteis para os advogados, tais como os de qualidade no atendimento, organização de escritórios e posicionamento no mercado competitivo. Mais do que uma simples parceria, a união entre OAB e ACIL fortalece um dos pilares da sociedade democrática: o respeito à lei. “Sem segurança jurídica, não existe desenvolvimento”, assinala o presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan. “Por isso, contamos com o apoio da OAB para auxiliar o empreendedorismo em nossa cidade”. Tarefa que Artur Piancastelli também julga essencial: “Devemos trabalhar para que as leis sejam claras, justas e elaboradas visando promover o desenvolvimento das pessoas, das empresas e dos lugares, para com isso sejam leis respeitadas por todos”. Em suma, Ordem é Progresso.

Artur Piancastelli Presidente da

OAB Londrina: Hoje em dia não há mais

como exercer a advocacia sem

a certificação digital, exigida

em quase todos os sistemas

de processo. A parceria entre

ACIL e OAB traz mais conforto e agilidade no

atendimento aos advogados.

Atendimento ACIL na sede da OAB Londrina: fortalecendo a proximidade entre as duas instituições

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PEQUENAS EMPRESAS

Por Paulo Briguet

Um bom negócio quase sempre começa com uma boa ideia. A pequenina semente é plantada em terra fértil; recebe cuidados contínuos; cresce com tranquilidade e segurança; floresce e frutifica; por fim, gera outras sementes que multiplicam o processo. Essa também é a história do Programa Bom Negócio, iniciado em novembro de 2011, e que agora chega à 10ª edição, numa parceria entre ACIL e Fomento Paraná. O número 10 tem um simbolismo forte. Representa excelência, solidez, completude. A realidade parece funcionar na escala decimal; e uma criança que tirou nota 10 na escola entende isso perfeitamente. A 10ª edição do Bom Negócio reúne todos esses aspectos da força do número 10. A analista de negócios da ACIL, Valéria Furlan Sitta, afirma que o trabalho de capacitação e acesso ao crédito, voltado exclusivamente a pequenos empresários, evoluiu bastante desde a primeira edição. “Nas turmas iniciais, os empresários procuravam exclusivamente pelo crédito com juros mais baixos”, lembra a analista. “Mas isso mudou. Agora, a maioria não está só em busca do crédito, mas acima de tudo vem procurar capacitação.” Segundo Valéria, os pequenos empreendedores viram no Bom Negócio uma oportunidade de ouro para obter formação de qualidade. “São pessoas interessadas em aperfeiçoar-se, mas que não teriam tempo de fazer um curso superior ou condições de pagar um curso gerencial. O participante vê no Bom Negócio uma chance de adquirir conhecimento para gerenciar sua empresa.”

Programa evoluiu bastante, principalmente na preocupação das pessoas com a capacitação. O Bom Negócio é visto como uma fonte de soluções para os empreendedores.

Valéria Furlan Sitta, analista de

negócios da ACIL

“ “Dificilmente os alunos teriam acesso a um curso tão bom quanto esse, com material de qualidade e professores de alto nível. De fato, o Bom Negócio pode ser visto como um processo semelhante ao de uma especialização – exceto por ser gratuito. São 66 horas de aula, divididas em 17 dias. O conteúdo é organizado em cinco módulos: gestão financeira, de negócios, estratégica e de pessoas. O corpo docente é da Universidade Estadual de Londrina, coordenado pelo professor Daniel Barros, da Proex (Pró-Reitoria de Extensão). Ao todo, 62 pequenos empresários participaram como alunos da 10ª turma. “O mais interessante no conteúdo das aulas é que temos módulos bastante práticos, aplicáveis no dia a dia da empresa”, ressalta Valéria Furlan Sitta. “Os empreendedores aprendem quem são os seus clientes e passam a conhecer todos os controles que precisam exercer em seu negócio, de maneira bem simplificada.” Além das aulas, o Bom Negócio também oferece consultorias individuais gratuitas, em que os especialistas fazem análises e dão orientações voltadas aos pequenos negócios. Esse atendimento individualizado frequentemente gera boas soluções para os empreendimentos. Um indicador da eficiência do curso é o baixíssimo índice de desistência entre os participantes. Outra informação relevante: em média, apenas 25% dos empresários optam por fazer a tomada de crédito logo após a conclusão do curso. “Antes de fazer o empréstimo, mesmo com os juros mais baixos e melhores condições, eles preferem fazer mudanças gerenciais nas empresas. A maioria quer reestruturar o negócio antes de partir para o crédito.”

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Para Valéria Sitta, o Programa Bom Negócio é um serviço diretamente ligado à razão de ser da ACIL. “Aqui cumprimos o nosso papel associativista: capacitar, desenvolver, fazer o empreendedor evoluir e aumentar a competividade dos associados.”

Celina teve uma boa ideia

Ela sempre gostou de cozinhar. Aprendeu com a mãe catarinense, que por sua vez aprendera com a sogra baiana. Celina Maria Bohana Cansian formou-se em Direito, trabalhou por muitos anos como assessora jurídica de uma empresa, mas, ao aposentar-se, resolveu colocar em prática a habilidade culinária que veio da infância.O Bom Negócio é dez – e o tempero da Celina é onze: cebola, salsa, ervas finas, alho, cominho, louro, manjericão,

manjerona, orégano, pimenta calabresa, espinafre. Esses 11 ingredientes – misturados numa proporção que é segredo de Estado – fizeram Celina ser reconhecida entre os amigos como uma artista do sabor. “O segredo é a quantidade de cada ingrediente. E isso eu não revelo a ninguém!”Um dia, um amigo fez a pergunta inevitável: “Celina, por que você não transforma seu tempero em bom negócio?” No ano passado, Celina procurou a consultora Sheila Dal-Ry e começou a preparar a abertura de sua empresa. O nome é simples e eficiente: Temperos da Celina. Criar uma pequena empresa deu a Celina a oportunidade de ganhar dinheiro fazendo aquilo que gosta. “A culinária era um hobby, agora é meu trabalho. Já está tudo embaladinho e preparado para ser vendido”, conta. Em breve, Celina quer ver os seus temperos em displays espalhadas por mercados, lojas, açougues e outros pontos de comércio na cidade. “Quero crescer, quero chamar atenção. Já tenho até página de Facebook. E duas moças que estão fazendo

o curso do Bom Negócio comigo já querem comprar o tempero. Além de conseguir boas informações, arranjei parceiras...”

Acelerando na firma de freiosEduardo Mota Pereira tem apenas 25 anos e está entusiasmado com a chance de fazer o curso do Programa Bom Negócio. Há seis meses, ele, o pai e um primo abriram a empresa Rodanclin Freios, que faz manutenção de freios de veículos pesados. “Meu pai sempre trabalhou com isso, é um excelente profissional, e agora quis abrir seu próprio negócio”, diz. O pai, Luiz Carlos Pereira, cuida dos freios. Eduardo vai acelerar na parte gerencial. “Não adianta nada ter uma ótima empresa em termos operacionais, se a gestão não funciona”, comenta Eduardo. “As duas coisas têm que caminhar lado a lado.” Por isso, o maior interesse de Eduardo no Bom Negócio é o módulo de gestão financeira. Porque a parte operacional vai indo muito bem, obrigado. “Crescemos acima da expectativa e conseguimos fechar negócios com vários clientes corporativos”, comemora.Eduardo começou a fazer a faculdade de Administração de Empresas, mas teve que trancar a matrícula por falta de tempo. O Bom Negócio vem suprir essa lacuna em sua formação. “Pretendo aprender bastante sobre investimentos, aplicações e pagamentos”, afirma o empresário. Quando as contas da empresa estiverem definitivamente equilibradas, será o momento de investir em equipamentos – e aí entra o acesso ao crédito oferecido pelo programa. “O melhor do Programa Bom Negócio é o suporte que a ACIL oferece antes, durante e depois. Esse é o nosso diferencial”, diz Valéria Furlan Sitta. No dia 15 de abril, mais uma turma de empreendedores vai receber o diploma do Bom Negócio. É dez. E que venham muitas outras dezenas.

Celina Cansian: “O curso do Bom Negócio é muito interessante

porque faz a gente rever conceitos e agir com ousadia. Estou

aprendendo bastante”

Eduardo Mota Pereira: “O lado operacional e a gestão financeira precisam caminhar lado a lado para o sucesso da empresa”

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COMÉRCIO EXTERIOR

Por assessorias ACIL/Terra Roxa

A ACIL recebeu no dia 27 de março a visita de uma comitiva de empresários do Paquistão. Procedentes da cidade de Faisalabad, conhecida como “a Manchester paquistanesa”, os seis empresários vieram estreitar laços e prospectar negócios de importação e exportação com o Norte do Paraná. A inclusão do Norte do Paraná no roteiro da delegação paquistanesa foi possível por meio de contatos da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa com o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. O empresário Ary Sudan, diretor da ACIL, fez as honras da casa e saudou a comitiva paquistanesa. “Nossa cidade é jovem como o país de vocês. Aqui será possível identificar grandes oportunidades de negócios e investimentos que nos põem em destaque no interior do Brasil”, afirmou Sudan. “Até 80 anos atrás, tudo aqui era uma floresta. Em pouco tempo, conseguimos um desenvolvimento impressionante. Aqui é mais fácil, mais barato e melhor investir.”Fernando Lopes Kireeff, diretor da ACIL e da Agência Terra Roxa, apresentou as principais características da economia e da sociedade de Londrina e Norte do Paraná, destacando os recursos da região em qualidade de vida, inovação, tecnologia, infraestrutura, energia, transporte, logística. “O dinamismo econômico do Norte do Paraná acontece na metrópole linear entre Londrina e Maringá, com destaque para as áreas de agronegócios, construção civil, têxtil, alimentos, produtos farmacêuticos, metal-mecânica, móveis e tecnologia da informação”, enumerou Kireeff. Ele também mencionou os custos competitivos e a excelência do setor educacional em Londrina.

PAQUISTÃO, UM PAÍS JOVEM COM SEDE DE INVESTIMENTOComitiva de empresários paquistaneses visita ACIL e faz rodada de negócios na Sociedade Rural do Paraná

O empresário Jamil Ahmad, vice-presidente da Câmara de Comércio de Faisalabad, ressaltou que o Paquistão hoje tem uma economia de mercado em pleno funcionamento, com um imenso potencial de consumo. “Brasil e Paquistão têm a mesma população, embora nosso país tenha apenas 1/10 do território brasileiro”, disse Ahmad. “Somos um país jovem com agricultura forte e uma grande expansão na indústria têxtil, de cimento e de metais leves. Ao mesmo tempo, oferecemos grande incentivo a investidores estrangeiros.”

Sucesso absolutoEm apenas dois dias de visitas, 27 e 28 de março, foram realizadas 150 reuniões de negócios com a participação de 40 empresas locais.“Um sucesso absoluto, com grande interesse tanto da parte dos paquistaneses quanto da parte de empresários de nossa região”, comenta o presidente da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos, organizadora do evento, José Carlos Valêncio.Participaram os mais variados setores. O interesse dos paquistaneses recaiu sobre os setores de exportação de seus produtos, especialmente os têxteis, mármore e granito, artigos plásticos e artesanato; e também importação de produtos brasileiros, como algodão, maquinário, caldeiras, óleo de soja, equipamentos para geração de proteção de energia, carne halal (autorizadas de acordo com a lei islâmica),  ferro e aço, cosméticos, açúcar e produtos de confeitaria.“Agradecemos o apoio de todos os nossos parceiros na realização deste grande evento, que visa proporcionar aos empresários locais oportunidades de negócios com o mercado internacional”,  comenta Valêncio.Também foram assinados termos de cooperação entre a delegação e ACIL, ACIM, Sociedade Rural do Paraná e Terra Roxa Investimentos. Pelo acordo, as partes envolvidas se comprometem a trocar informações sobre a economia em geral, políticas de comércio e regulamentos, cooperação tecnológica e industrial entre Brasil e Paquistão; trocar informações sobre os setores com potencial para promoção de comércio e investimentos entre os dois países; facilitação de feiras, exposições e eventos promocionais; entre outros itens que visam, de forma geral, aproximar e facilitar o fluxo de informações de oportunidades entre Brasil e Paquistão.

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ARTIGO

Por Alex Massarelli

Os empresários de Londrina e região que oferecem serviços relacionados ao lazer, cultura e entretenimento devem estar atentos à recente portaria expedida pelo Ministério da Justiça, que trouxe novas obrigações aos estabelecimentos como casas noturnas, cinemas, teatros, mostras de exposição, entre outros.A Portaria nº 3.083 do Ministério da Justiça, vigente desde dezembro de 2013, altera o modo com que as informações referentes à segurança e capacidade de lotação do local sejam transmitidas ao consumidor, pondo em prática alguns direitos já consagrados em nossa legislação, como por exemplo, a proteção da vida, saúde, segurança e a oferta de informações corretas, claras e precisas.Dessa forma, tal norma veio a unificar o modo com que todos os estabelecimentos do país comunicam aos seus clientes as informações constantes nos alvarás de funcionamento e de prevenção de incêndio. Todos esses estabelecimentos têm de fixar um cartaz ou placa de grande e fácil visualização, de preferência na entrada do recinto, onde devem constar todas as principais informações desses alvarás, o que inclui a validade dos mesmos e a capacidade máxima de lotação do local.Ainda, a mudança mais significativa que essa portaria trouxe foi a obrigação de inscrever todos esses dados nos materiais de oferta e publicidade nos anúncios publicitários, os populares folders e flyers, seja na mídia impressa, rádio ou TV, e até mesmo nos bilhetes e ingressos.

NOVAS REGRASDE DIVULGAÇÃO DOS ALVARÁS

No entanto, outro importante impasse que passou a existir com a vigência dessa portaria, é que, mais uma vez, o empresário que desejar promover qualquer evento voltado à cultura, lazer e entretenimento, poderá se sentir desestimulado a fazê-lo, frente às novas exigências que lhe foram impostas.Para realizar a promoção e divulgação de seu evento, o empresário deverá ter todos os alvarás e documentos expedidos e regularizados, para aí sim, poder confeccionar o material publicitário, bilhetes e ingressos. Conclui-se, portanto, que o planejamento e a antecedência por parte dos organizadores de eventos deverão ser muito maiores do que os atuais, pois caso qualquer imprevisto ocorra no decorrer deste processo, o empresário estará impedido de realizar o evento, arcando com todo o prejuízo de compromissos firmados com o público e demais parceiros e colaboradores. Desse modo, na prática, ou o empresário só terá poucos dias ou horas para divulgar seu evento, ou então agirá dentro da ilegalidade, tudo em função da total inaplicabilidade fática e distância da realidade social que se encontra tal diploma legal.Para que isso não ocorra, os agentes de fiscalização, sejam eles municipais, estaduais ou federais deverão agir com bom senso e razoabilidade no ato de fiscalização, bem como as prefeituras municipais dotarem suas máquinas públicas de instrumentos céleres de atendimento a qualquer cidadão, empresa ou entidade que pretende investir na cidade.

No caso de Londrina, temos o Decreto nº 677/2012 que dispõe sobre a expedição de alvará de licença e funcionamento, bem como o Decreto nº 1.143/2011, que instituiu o Alvará Fácil, no entanto, ambas as normas nada falam a respeito de um prazo célere e razoável ao qual o município fica obrigado a emitir o alvará.O sistema Alvará Fácil com certeza facilitaria tal trâmite; contudo, ele não se aplica aos eventos enquadrados como atividade eventual, que é exatamente o caso dos empresários promotores de eventos.

Alex Massarelli é advogado do Escritório Caetano de Paula, Spigai & Galli

Advocacia e Consultoria.

Planejamento e antecedência por parte dos organizadores de eventos de lazer e cultura deverão ser muito maiores do que os atuais. Caso qualquer imprevisto ocorra no decorrer do processo, o empresário estará impedido de realizar o evento.

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COLUNA DA ACIL

Emoção na entrega do Prêmio Destaque Mulher ACIL

O Conselho da Mulher Empresária da ACIL realizou no último mês a entrega do Prêmio Destaque Mulher 2014. Foram homenageadas quatro empreendedoras de nossa cidade: Ana Maria Barreto (da Galeria Bahiarte), Esperanza Pelayo Strini (do Ateliê Esperanza), Gladys Bartolomei Fregoneze (do PHD) e Kozue Imai (da Artenge Construções). Também

houve uma homenagem especial das mulheres ao presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan. A presidente do CME, Rosangela Khater, destacou em seu discurso o papel das mulheres ao longo da história de Londrina. “Sem a participação decisiva das mulheres, Londrina não existiria”, disse Rosangela. “No momento em que a cidade completa 80 anos, devemos lembrar que o homem e a mulher nada podem construir separadamente. Uma sociedade dinâmica e civilizada depende da colaboração e da cumplicidade entre os gêneros”, ressaltou. Com apresentação da jornalista Julie Bicas e uma bela canja musical do Grupo Vozes Barrocas, a manhã de homenagens no Auditório David Dequêch/ACIL teve muitos momentos emocionantes. O público pôde conhecer a trajetória de quatro mulheres vitoriosas e bem-sucedidas que souberam conciliar a feminilidade e a força. “Precisamos usar a nossa enérgica doçura”, definiu Kozue Imai.

Kireeff assina ordem para obras no CalçadãoO prefeito Alexandre Kireeff assinou no dia 19 de março a ordem de serviço para a nova fase de reformas do Calçadão. A quarta etapa de revitalização será feita na Avenida Paraná, no trecho em frente à Praça Floriano Peixoto (popular Praça da Bandeira). O trabalho

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seguirá o modelo de reformas efetuadas no trecho do Calçadão entre a Rua João Cândido e a Avenida São Paulo. A obra deve ser concluída em 120 dias e vai custar R$ 413.146,70. A empresa responsável será a A. da Silva Gonçalves Construção, vencedora do processo licitatório. Do valor total da obra, a Prefeitura vai arcar com R$ 243 mil; o Governo Federal vai oferecer uma contrapartida de R$ 170 mil. Ainda ficará faltando o último trecho do Calçadão, entre a Avenida Rio de Janeiro e a Rua Minas Gerais. Alexandre Kireeff fez questão de escolher a ACIL como local de assinatura da ordem de serviço. “Sei que os comerciantes precisam muito do Calçadão revitalizado, por isso nos empenhamos em realizar essa obra”, disse o prefeito. O presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan, ressaltou a importância da revitalização do Calçadão para a economia da cidade e revelou o projeto de realizar as festividades de Natal deste ano na Praça da Bandeira. “Fazer o Natal na praça, ao lado da Catedral, será mais um fator de autoestima para os londrinenses no aniversário de 80 anos da cidade”, comentou Balan.

eSocial, mais uma vez, é sucesso na ACILMais uma vez dezenas de pessoas lotaram o auditório David Dequêch, na ACIL, para obter informações sobre o eSocial. A segunda edição do evento aconteceu no dia 18 de março e teve a parceria do Sindimetal. O programa do Governo

Federal vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados e prestadores de serviços. A pedidos, o executivo Marino Roberto Rodilha voltou à entidade para desmistificar o tema. Ele lembrou que o eSocial contribui para três fatores: facilitar a vida do empregador e da área contábil, garantir os direitos do trabalhador e ser eficiente para o governo. “O eSocial tem essa característica de integrar as informações. Faz sentido. Se você contribuiu, vai receber por isso. Tudo o que acontece com o empregado vai ter que subir como informação para o governo. É uma nova forma de registro para o evento trabalhista”. Durante a palestra, Rodilha também alertou para as mudanças que virão. “A gente vai ver que o governo vai monitorar todas essas ações lá na frente. Atualmente, para ser autuado é preciso acontecer a fiscalização. Mas isso vai mudar com a perspectiva do eSocial. Tudo estará registrado no computador. Não precisará mais do fiscal. Você se auto denunciará pelo não cumprimento da legislação. Este é o efeito eSocial”.

Tudo que acontece com o empregado vai subir como informação para o governo

Marino Rodilha, executivo

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NOVOSASSOCIADOS

DECORAÇÃOPrimavera de MonetAvenida Higienópolis, 2429

ATACADISTA DE AÇÚCAR Adail AlimentosAvenida Rio de Janeiro, 221

ALIMENTAÇÃOAtacado do Suplemento PremiumAlameda Miguel Blasi, 81

PAPELARIAPapel de PapelAvenida Pandiá Calógeras, 389

MÓVEIS Faquim MóveisRua Benjamin Constant, 1340

CONFECÇÕESSão José ConfecçõesRua Sergipe, 962

COSMÉTICOS E PERFUMARIACatori CosméticosRua Tamekishi Hara, 399

INFORMÁTICA ClickWebRua Cambará, 585

CONDOMÍNIOS PREDIAISPateo Aurora ResidencialRua Ayrton Senna da Silva, 830

MÍDIA DIGITALHotmidia Marketing DigitalAvenida Santos Dumont, 505

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOBruno Francisco BubulaRua Amapá, 1000

CONSULTORIALBC Consultoria e NegóciosRua Walter Motta Campos, 176

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASRealize Negócios ImobiliáriosRua Benjamin Constant, 1715

METALÚRGICACia Multi IndustrialRua Capitão Jacy da Silva Pinheiro, 1405

VIDRAÇARIAVidraçaria Renascer IIAvenida Celso Garcia Cid, 1549

MÁQUINAS AGRÍCOLASTupi MáquinasAvenida Tiradentes, 5720

CESTAS BÁSICASCestas BásicasRua João Batista Costa, 109

AR CONDICIONADOAr Condicionado AirtronicAvenida Saul Elkind, 233

COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS DE AUTOAvimar Auto PeçasRua Araguaia, 536

ARTEFATOS PLÁSTICOSFort RollRua Barretos, 95

COM/SERVIÇOS

INDÚSTRIA

COMÉRCIO

SERVIÇOS

IND/COM

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