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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 6, agosto 2017| 1 EDITORIAL O Curso de Economia da FAE Centro Universitário divulga o periódico eletrônico mensal Vitrine da Conjuntura, referente a agosto de 2017. Na presente edição são disponibilizadas as seções permanentes, compreendendo o Panorama Econômico e os Indicadores, e expostos três artigos que destacam o cotidiano econômico brasileiro. O primeiro texto aborda o ambiente de rápida e consistente desinflação, vivido pelo País, ao lado da curiosa elevação dos juros reais. A segunda contribuição descreve as implicações da recente elevação dos tributos incidentes sobre combustíveis, definida pelo ministério da fazenda. Já a terceira incursão expõe o esforço solitário, empreendido pelo Banco Central, na direção da restauração da estabilidade macroeconômica. Excelente leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n. 6, agosto 2017| 1

EDITORIAL

O Curso de Economia da FAE Centro Universitário divulga o periódico eletrônico mensal Vitrine da Conjuntura, referente a agosto de 2017. Na presente edição são disponibilizadas as seções permanentes, compreendendo o Panorama Econômico e os Indicadores, e expostos três artigos que destacam o cotidiano econômico brasileiro.

O primeiro texto aborda o ambiente de rápida e consistente desinflação, vivido pelo País, ao lado da curiosa elevação dos juros reais. A segunda contribuição descreve as implicações da recente elevação dos tributos incidentes sobre combustíveis, definida pelo ministério da fazenda. Já a terceira incursão expõe o esforço solitário, empreendido pelo Banco Central, na direção da restauração da estabilidade macroeconômica.

Excelente leitura.

Gilmar Mendes Lourenço

Editor.

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Equipe Técnica

Vitr ine da Conjuntura, Curit iba, v. 10, n. 6, agosto 2017

Carlos Ilton CletoEconomista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade

Federal de Santa Catarina e professor da FAE.

Gilmar Mendes LourençoEconomista, mestre em Engenharia da Produção pela

Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.

Rafael Polay AlcântaraAcadêmico do Curso de Ciências Econômicas da FAE.

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BRASIL: DESINFLAÇÃO E JUROS REAIS

Gilmar Mendes Lourenço

O índice nacional de preços ao consumidor amplo 15 (IPCA-15), levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a variação média dos preços de um abrangente grupo de produtos e serviços, consumidos por famílias com renda mensal entre um e quarenta salários mínimos, pesquisados entre os dias 15 do mês antecedente e 15 do mês atual, chegou a 2,78%, quando considerada a base de cálculo em doze meses até julho de 2017. Isso representou a menor marca desde março de 1999, quando o indicador foi de 2,64%, imputado aos efeitos depressivos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira.

O arrefecimento do processo inflacionário, que vem surpreendendo desde analistas de mercado até autoridades governamentais, repousa na combinação entre safra recorde de grãos, estimada em 240,3 milhões de toneladas, 30,1% superior à registrada em 2016, retração nos preços administrados (energia elétrica, combustíveis e transportes) e câmbio, depois do ajuste corretivo, promovido pelo ministro Joaquim Levy, em 2015, e impactos da mais severa e longeva recessão da história do País sobre a demanda para consumo e investimento.

O comportamento cadente dos indicadores de preços permite a prospecção do furo do piso inflacionário de 3% ao ano, estipulado no regime de metas de inflação, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e monitorado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), para os exercícios fechados de 2017 e 2018. Lembre-se aqui que o sistema de metas persegue um IPCA de 4,5% (núcleo), com margem de 1,5% para mais ou para menos. Para 2019 e 2020, a faixa de tolerância foi encurtada para 1,25%.

Por essa perspectiva, a própria cartilha do estabelecimento e gerenciamento dos objetivos da dimensão dos patamares de preços recomenda a intensificação dos cortes dos juros básicos da economia, expressos na taxa Selic (sistema especial de liquidação e custódia do BC), por parte da autoridade monetária, na mira do alvo inferior a 8% ao ano, em dezembro de 2017, contra os 14,25% a.a., em outubro de 2016, e 9,25% a.a., em julho deste ano.

A viabilização dessa ambição ou esperança, manifestada de maneira reiterada pelo lado real da economia nacional, requer nova alteração de postura da autoridade monetária, despojando-se da condição passiva, de mero reagente à marcha da inflação, e assumindo posturas ativas, focadas na busca de imediato abrandamento, ou até eliminação em médio prazo, da dramática situação de endividamento de famílias e organizações produtivas.

Até porque, diferentemente de outros episódios de instabilidade econômica no País, normalmente associados à vulnerabilidade externa, ou dificuldades de financiamento dos crescentes desequilíbrios nas transações correntes do balanço de pagamentos, a turbulência atual deriva do enorme passivo privado (consumidores e empresas) e da virtual falência do setor público, cujo combate exige pronunciada diminuição dos encargos financeiros.

Não bastasse isso, a maior velocidade de queda da inflação, em relação à Selic, provoca a elevação, em vez do recuo, dos juros reais, o que dificulta as tarefas de otimização orçamentária dos consumidores e gestão dos fluxos de caixa das corporações, e multiplica as despesas com a rolagem da dívida governamental, em um contexto de decréscimo da arrecadação, atrelado à contração dos níveis de atividade.

Diferentemente de outros

episódios de instabilidade

econômica no País, a

turbulência atual deriva do

enorme passivo privado e

da virtual falência do

setor público.

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Por certo, considerando a exacerbação das expectativas negativas dos agentes sociais, especialmente com relação à restauração do equilíbrio das finanças públicas e ao avanço das reformas institucionais, em face da deterioração da matriz política, atestada pela brutal diminuição dos indicadores de confiança depois de 17 de maio de 2017, com a inauguração da era DJ (depois de Joesley), poderia ser compreensível e aceitável a conduta conservadora do BC.

No entanto, é importante reconhecer que o retardo da recuperação da capacidade de crescimento - por enquanto restrita à cadeia do agronegócio -, altamente dependente da diminuição do preço e expansão da disponibilidade de crédito, poderá vir a ampliar o espectro do colapso, ao envolver redutos que ainda operam no azul, cuja preservação da solidez venha impor a captação de capitais de terceiros.

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CHOQUE DE TRIBUTOS E DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

Gilmar Mendes Lourenço

A fórmula desenvolvida e implantada pelo ministério da fazenda da gestão Temer, visando contornar a incapacidade oficial de reverter a escalada dos desníveis nas contas públicas e o estouro da bastante generosa meta de déficit fiscal, estipulada para 2017, é sugestiva de um esforço improvisado de combate ao incêndio, por meio do emprego de apreciável dose de combustível.

No fundo, no afã de abrandar o descumprimento do objetivo de déficit primário para o corrente ano, retratado na estimativa de ampliação de R$ 139,0 bilhões para R$ 145,0 bilhões e provocado por descontrole de gastos e queda de arrecadação, vinculada à recessão, e aproveitando o clima de desinflação, propiciado pela conjugação entre safra recorde de alimentos e anemia dos negócios, o governo federal decidiu, por decreto, sem a necessidade de apoio do congresso nacional, elevar a carga tributária incidente sobre combustíveis, especificamente PIS e COFINS.

Em 20 de julho de 2017, houve substancial aumento do fardo de contribuições por litro dos principais combustíveis que passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925, para a gasolina; de R$ 0,248 para R$ 0,4615, para o diesel; de R$ 0,12 para R$ 0,1309, para o produtor de álcool; e de zero para 0,1964, para o distribuidor de etanol, que foi reduzido para R$ 0,1109, em 28.07.2017.

Com isso, o staff econômico do planalto calcula a ocorrência de transferência de R$ 10,4 bilhões, gerados pelo sistema privado (corporações e famílias), destinados à cobertura da exponencial sangria dos cofres públicos, derivada da combinação entre a prevalência de posturas tecnicamente primitivas na confecção da peça orçamentária e da malversação de recursos, sendo esta composta por aprofundamento das interferências políticas e rendição a interesses imediatos, ligados à tentativa de salvação do mandato do presidente da república, depois da divulgação do conteúdo das gravações de conversa acontecida entre o chefe de estado e o empresário Joesley Batista.

Em vez de perseguir a racionalização e melhoria da eficiência dos dispêndios, as autoridades preferiram encaminhar a fatura dos desequilíbrios das finanças públicas, notadamente da União, para a fração mais vulnerável do tecido produtivo e social, especialmente os segmentos intensivos em transporte, já suficientemente penalizados pela explosão do custo Brasil derivada do sucateamento e da multiplicação dos gargalos logísticos do País.

Isso porque, a majoração dos preços administrados, ensejada pelo choque de tributos, carrega apreciável potencial de promoção de desarranjo da estrutura de preços relativos, que foi alinhada, à duras penas, pelo ministro Joaquim Levy, em 2015, com a correção nas tarifas de energia, preços dos combustíveis, transportes urbanos e taxa de câmbio.

Igualmente traz o risco de interrupção da discreta e localizada recuperação econômica, induzida pelo declínio estrutural da inflação e as sucessivas rodadas de cortes dos juros básicos, pelo Banco Central, ainda que amparada nas cadeias do agronegócio, notadamente nos ramos mais articulados ao comércio internacional, beneficiados pela generalizada reativação da economia global e a reação dos preços das commodities alimentares, e na ampliação da informalidade e, por extensão, deterioração da qualidade do mercado de trabalho.

A elevação de tributos

traz o risco de interrupção

da discreta e localizada

recuperação econômica.

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A propósito disso, conforme a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo IBGE, o volume de produção fabril brasileira cresceu 0,5% no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período de 2016. Porém, trata-se ainda de fenômeno localizado, envolvendo 51,1% dos 805 produtos acompanhados, e puxado por bens de consumo duráveis (10,0%) e de capital (2,9%), especialmente automóveis (17,1%) e eletrodomésticos (11,2%), e equipamentos para a agricultura (19,6%) e construção (23,8%), cujo desempenho foi influenciado pela impulsão das exportações e do agronegócio.

Ao mesmo tempo, levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apurou queda em praticamente todas as variáveis investigadas junto ao empresariado, em igual intervalo. Houve decréscimo de -5,9%, no faturamento real, -3,9%, no emprego, -3,5%, na massa de salários reais, e -3,3%, nas horas trabalhadas na produção.

Já, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no País caiu de 13,7% da população economicamente ativa (PEA) para 13,0% da PEA, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017. No entanto, o patamar de desocupação da mão de obra ainda supera, em larga escala, os 11,3% da PEA registrados entre abril e junho de 2016. A PNAD também estimou a existência de 13,5 milhões de pessoas sem emprego à procura de trabalho no Brasil.

Enquanto isso, o rendimento médio real da população empregada caiu -1,0%, no intervalo abril-junho de 2017, em relação a janeiro-março do mesmo ano, e subiu 3% frente ao segundo trimestre de 2016, em virtude do consistente declínio da inflação associado à recessão.

Logo, a opção pela esticada da cunha tributária enfeixa condutas e expedientes cômodos, característicos de administrações desprovidas de apoio popular e absolutamente incapazes de perceber os efeitos maléficos decorrentes da operação de um estado que, de um lado, abocanha mais de um terço da renda gerada pela órbita privada (consumidores e empresas), o que representa o maior fardo de impostos e contribuições entre os países de renda média – suplantando em quase 40% a capacidade de suporte da sociedade, conforme algumas inferências internacionais -, e, de outro, disponibiliza serviços públicos, em quantidade e qualidade, semelhantes às nações consideradas de terceiro mundo.

Enquanto isso, o encaminhamento, discussão e aprovação de uma reforma tributária voltada à diminuição dos gravames indiretos, ou ao barateamento das despesas de consumo e investimento, e à subida da taxação direta sobre aplicações em renda fixa e patrimônio, irrisória em relação aos padrões globais, que, por sinal, favoreceria a minimização das desigualdades na apropriação do produto social, permanece ausente das agendas do governo e do legislativo.

Mais que isso, há um silêncio sepulcral acerca de propostas contemporâneas de modificação no arcabouço tributário, centradas, por exemplo, na instituição de um imposto sobre valor agregado que, operacionalmente, possa eliminar os impactos em cascata do emaranhado formado por IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS e IOF.

Essa postura conservadora vem recebendo o endosso da esfera judiciária, que consome, no Brasil, em proporção do produto

interno bruto (PIB), mais de quatro vezes a absorção constatada na média dos integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e outras corporações que, em paralelo à exposição pública de “patos” infláveis, defendem, fervorosamente, a manutenção da contribuição compulsória de 2,5% da folha de salários, para financiar parte das ações do sistema S, e manifestam desaprovação à criação da taxa de longo prazo (TLP) que, dentre outros avanços, deve conferir maior transparência às transações do BNDES.

Há um silêncio sepulcral

acerca de propostas

contemporâneas de

modificação no

arcabouço tributário.

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Convém advertir que, em economias de mercado, qualquer volume adicional de recursos públicos proveniente de recolhimentos de tributos, sem a contrapartida de realização de dietas governamentais, serve apenas para comprometer as ações direcionadas à consolidação, ou ao resgate, no caso brasileiro, do crescimento, ao retirar renda líquida disponível das famílias e suprimir haveres do caixa das organizações produtivas, fazendo desaparecer as disponibilidades planejadas e/ou alocadas para capital de giro e investimentos.

Por fim, o funcionamento do organismo econômico, ainda que em condições de equilíbrio instável, apropriado da física, impõe sintonia fina entre os preços relativos, condição essencial para a sustentação de ciclos de expansão dos níveis de atividade e administração e controle das pressões inflacionárias. O descumprimento de tal exigência exigirá a contratação de serviços de reposicionamento das peças no tabuleiro, ao preço do recrudescimento da inflação e/ou intensificação da recessão.

Partindo do pressuposto de que a exacerbação dos distúrbios políticos no Brasil reflete crenças e, sobretudo, valores da sociedade, urge a formulação e cumprimento de uma agenda de estado absolutamente divorciada das demandas partidárias. Decerto é tarefa para 2019.

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BANCO CENTRAL E ESTABILIDADE ECONÔMICA

Gilmar Mendes Lourenço

Por enquanto, a administração da Petrobrás e o Banco Central (BC) vêm se revelando dois redutos isolados de reconhecida competência, ou pontos fora da curva no interior de um governo que, deliberadamente, preferiu protagonizar uma espécie de segundo ato do espetáculo dramático encenado por Dilma Rousseff. Até porque, desde 2003, Michel Temer tem participado ativamente das adaptações de roteiro e enredo concebidos com a finalidade de promover o aparelhamento partidário e esquartejamento do estado brasileiro.

A autoridade monetária, dotada de autonomia operacional, tem se notabilizado, desde o princípio da transição imposta pelo impeachment da ex-presidente, pela adoção de uma postura convencional, isenta de artificialismos. Mais precisamente, a pauta de ações do BC está centrada na ausência de ruídos de comunicação com os mercados e em apreciáveis esforços para a devolução da estabilidade macroeconômica e edificação dos pilares da retomada do crescimento da nação, a despeito da diminuta cooperação recebida das demais instâncias públicas, notadamente aquelas encarregadas do desate do nó fiscal.

Ao mesmo tempo em que transmite plena consciência acerca da multiplicação das incertezas vinculada ao aprofundamento das turbulências políticas, notadamente quanto ao retardo da tramitação e aprovação das reformas institucionais pelo legislativo, o BC reconhece que a vigorosa recuperação dos níveis de atividade exige rápida desobstrução dos canais de fornecimento de crédito para o giro da roda das transações. A relação crédito/produto interno bruto (PIB) atingiu 48,2%, em junho de 2017, contra 51,1% do PIB, em junho de 2016, e 53,7% do PIB, em dezembro de 2015.

Por esse prisma, com o corte de um ponto percentual, decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, em reunião realizada em 26 de julho de 2017, a taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), chegou a 9,25% ao ano, o menor patamar desde outubro de 2013.

Os elementos determinantes da deliberação do Comitê de manter a rota cadente dos juros nominais, iniciada em outubro de 2016, quando estavam em 14,25% a.a., residem no furo do piso inflacionário de 3,0% a.a., contra meta de 4,5% a.a., estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), tendo como referência o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na estabilidade da taxa de câmbio e na resistência do clima recessivo, que atinge o País desde abril de 2014.

Partindo da premissa de não ocorrência de alterações expressivas nesse arranjo macro em curto prazo, parece razoável supor a permanência da onda de diminuição dos juros e a derrubada do piso histórico de 7,25% a.a., registrado em fins de 2012, até o final de 2017.

Isso porque, de um lado, é fácil perceber a persistência de juros reais extremamente elevados, estimados em 6,3% a.a., contra 5,0% a.a., em julho de 2016, o que situa as despesas financeiras praticadas por aqui numa espécie de estratosfera, quando cotejadas com os padrões da economia global que, aliás, exibe discreta, porém generalizada, recuperação. A economia dos Estados Unidos vem contabilizando incremento de 2,1% a.a., com inflação de 1,6% a.a. e juros primários entre 1,0% a.a. e 1,25% a.a.

De outro extremo, ressalta a tímida resposta do segmento produtivo ao declínio da inflação e da Selic, especialmente devido ao reduzido poder de propagação desta última nas diferentes modalidades de financiamentos para consumo, giro e investimento, evento explicado pelo explosivo endividamento do governo, que é disparado, o maior tomador de recursos no mercado, destinados à cobertura do crescente desequilíbrio fiscal e financeiro das instâncias públicas.

Apenas em caráter de exemplo, o déficit primário do governo central (tesouro nacional, previdência social e BC) alcançou de R$ 19,798 bilhões em junho de 2017, o pior resultado para o mês desde o começo dos levantamentos, em 1997. Em doze meses encerrados em junho de 2017, o déficit foi de R$ 182,8 bilhões, equivalente a 2,83% do PIB, evidenciando forte probabilidade de descumprimento da meta fiscal, calculada em desnível de R$ 139 bilhões nas finanças da união, para o exercício fechado de 2017.

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Por isso, as apostas em fichas descendentes em médio prazo revelam-se mais arriscadas, dada a sua íntima subordinação ao andamento das modificações estruturais, essenciais para a criação de condições favoráveis à estabilização e diminuição da relação dívida pública/PIB, a partir de 2020-2021. De fato, o BC está sozinho na batalha em busca do resgate dos fundamentos macro e do próprio crescimento.

Nesse sentido, a única prioridade da gestão Temer, expressa na tentativa de salvar o restante do mandato, manifestada claramente depois do definhamento da aprovação popular. Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ao Ibope mostra que a aprovação da população ao governo Temer, abarcando os conceitos ótimo e bom, despencou para 5%, em julho de 2017, a pior da história, contra 10%, em março de 2017, e 14%, em setembro de 2016, ocasião de pico de popularidade.

Tal fenômeno deriva da lenta retomada dos negócios e, sobretudo, do vazamento do áudio das conversas clandestinas, travadas entre o chefe de estado e o presidente do grupo JBS, tornando o governo refém do congresso nacional que, por sinal, é detentor da maior densidade de corrupção da vida republicana, o que desautoriza este poder a encampar a tarefa de organização e discussão de itens básicos da pauta de restauração da eficiência do estado.

O Banco Central está

sozinho na batalha em

busca do resgate dos

fundamentos macro e da

retomada do crescimento.

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INDICADORES Rafael Polay Alcântara

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2017-2021

ANO TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB TAXA DE JUROS SELIC TAXA DE CÂMBIO R$/US$ TAXA DE INFLAÇÃO IPCA

2017 0,32 10,10 3,22 3,33

2018 1,99 7,91 3,36 4,20

2019 2,45 8,27 3,41 4,25

2020 2,45 8,27 3,47 4,11

2021 2,4 8,22 3,54 4,07

FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 27/07/2017

NOTA: Meta para taxa de juros SELIC e taxa de câmbio para o final do ano.

Sinal convencional utilizado: ... dado não disponível

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – MAIO 2007-2017

MAI/ ANO

GOVERNO FEDERAL BACEN GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS EMPRESAS ESTATAIS SETOR PÚBLICO

CONSOLIDADO

2007 29,32 1,03 14,11 0,78 45,24

2008 28,71 0,18 13,38 0,76 43,03

2009 26,78 -0,68 12,72 0,83 39,65

2010 27,91 -1,25 11,66 0,66 38,98

2011 26,73 -1,20 11,14 0,61 37,28

2012 22,73 -1,10 10,55 0,56 32,74

2013 21,73 -1,29 10,49 0,60 31,53

2014 20,94 -1,03 10,58 0,58 31,08

2015 22,24 -2,11 11,52 0,74 32,40

2016 28,92 -2,80 12,09 0,91 39,13

2017 38,46 -2,82 11,63 0,88 48,14 FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC.

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INDICADORES

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VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM CURITIBA – JUNHO/2017

MOVIMENTAÇÃO AGREGADA CURITIBA % MICRO REGIÃO % PARANÁ % BRASIL

ADMISSÕES 22.418 70,13 31.967 26,10 85.906 1,90 1.181.930

DESLIGAMENTOS 24.090 70,29 34.270 26,93 89.467 2,06 1.172.109 Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2017 684.113 70,52 970.038 26,51 2.580.699 1,79 38.320.321

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS 151.613 71,74 211.323 23,34 649.668 1,85 8.182.382 VARIAÇÃO ABSOLUTA -1.672 - -2.303 - -3.561 - 9.821 FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Curitiba em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM ARAUCÁRIA – JUNHO/2017

MOVIMENTAÇÃO AGREGADA ARAUCÁRIA % MICRO REGIÃO % PARANÁ % BRASIL

ADMISSÕES 1.096 3,43 31.967 1,28 85.906 1,90 1.181.930

DESLIGAMENTOS 1.316 3,84 34.270 1,47 89.467 2,06 1.172.109 Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2017 37.885 3,91 970.038 1,47 2.580.699 1,79 38.320.321

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS 5.706 2,70 211.323 0,88 649.668 1,85 8.182.382 VARIAÇÃO ABSOLUTA -220 - -2.303 - -3.561 - 9.821 FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de Araucária em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

VARIAÇÃO DO EMPREGO FORMAL CLT EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – JUNHO/2017

MOVIMENTAÇÃO AGREGADA SÃO JOSÉ DOS PINHAIS % MICRO

REGIÃO % PARANÁ % BRASIL

ADMISSÕES 2.612 8,17 31.967 3,04 85.906 1,90 1.181.930

DESLIGAMENTOS 2.943 8,59 34.270 3,29 89.467 2,06 1.172.109 Nº EMPREGOS FOMAIS EM 01/JAN/2017 85.491 8,81 970.038 3,31 2.580.699 1,79 38.320.321

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS 14.429 6,83 211.323 2,22 649.668 1,85 8.182.382 VARIAÇÃO ABSOLUTA -331 - -2.303 - -3.561 - 9.821 FONTE: CAGED OBS. Os percentuais indicados representam a participação de São José dos Pinhais em sua microrregião, no Paraná e no Brasil.

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) - JUL/2016 – JUN/2017

DIA JAN/17 FEV/17 MAR/17 ABR/17 MAI/17 JUN/17 JUL/16 AGO/16 SET/16 OUT/16 NOV/16 DEZ/16

1 64836,12 66988,87 62288,52 52233,04 56755,76 58236,26 63326,41 59506,54

2 59588,70 64578,21 65854,93 66721,74 62510,69 56162,38 59616,39 60316,12

3 61813,83 64953,93 66785,53 65211,47 66093,78 57076,91 59461,22 61750,17

4 61589,05 65768,91 64862,60 52568,65 57593,89 59.339,22 61598,39 5 62070,98 64774,76 65709,73 62450,45 51842,27 57661,14 59566,34 60254,34 59831,72

6 61665,36 63992,93 66341,36 64222,72 62954,69 51901,80 60129,43 60644,24 61088,24

7 64198,89 65742,32 64593,10 63170,73 52014,65 61108,98 64051,65 61414,40

8 64835,40 64718,01 65526,04 62755,57 53140,74 57635,42 60231,65 64157,67 60676,56

9 61700,29 64964,88 64585,23 66277,67 62210,55 57689,41 57999,72 63258,26 60500,61

10 62131,80 66124,52 64675,46 64649,81 67349,72 56919,77 61668,33 61200,95 11 62446,26 64359,79 67537,61 53960,11 58299,57 61021,84 59183,50

12 63953,93 63891,67 68221,94 61700,23 54256,40 58298,40 58586,11 59178,61

13 63651,51 66967,64 65534,30 62826,28 61828,99 54598,28 56820,77 61118,58 59280,57

14 66712,88 64699,46 61922,92 55480,86 57059,46 61767,21 59657,46 58212,11

15 67975,58 66234,87 68474,18 55578,23 59145,97 57909,48 58396,16

16 63831,27 67814,24 65782,85 68684,49 61626,41 58855,43 57079,75 60759,31 58389,04

17 64354,33 67748,41 64209,93 64334,92 67540,25 59323,83 62696,10 59770,47

18 64149,57 64158,84 61597,05 56484,21 59166,01 63782,20 59961,76 19 63950,86 63406,97 62639,30 62014,03 56698,06 59098,92 57350,37 63505,60 57110,99

20 64521,18 68532,85 64884,26 63760,62 60766,15 56578,04 57736,45 63837,85 57582,89

21 69052,02 62980,37 60761,74 56641,48 58393,92 64108,08 61070,27 57646,52

22 68589,54 63521,33 61673,49 61272,21 57022,08 57781,24 58994,16 61954,47 57255,22

23 65748,62 67461,39 63530,78 62662,48 61087,13 58020,03 58697,00 61985,90 57937,10

24 65840,09 66662,10 63853,77 64389,01 63257,35 57717,88 64059,89 61395,53 25 65148,34 63226,78 56872,22 57722,13 63866,20 61559,07

26 66190,62 64861,92 64085,41 62188,08 56782,75 57716,24 58053,53 63825,68 58620,26

27 66033,98 64308,38 64676,55 61675,46 56852,84 58382,48 64249,50 58696,69

28 64640,45 65403,24 62017,97 56667,11 59355,76 64307,63 62855,49 59781,63

29 65528,28 63760,94 62238,95 57308,20 58610,39 58350,56 60986,51 60227,28

30 64301,73 65265,98 63962,26 62899,97 58575,42 58367,04 61906,35 31 64670,78 64984,06 62711,47 57901,10 64924,51

MÍNIMO 59588,70 63992,93 62980,37 62826,28 61597,05 60761,74 51,842,27 56162,38 56820,77 59339,22 59183,50 57110,99

MÁXIMO 66190,62 69052,02 66988,87 65768,91 68684,49 63170,73 57308,20 59323,83 60231,65 64924,51 64157,67 61414,40

FONTE: BM&FBovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

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INDICADORES

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PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS DEZ/2000–JUL/2017

PERÍODO SÃO PAULO PARANÁ

Arroz (30 Kg)

Feijão Preto (30 Kg)

Soja (em farelo) (t)

Trigo (em grão) (60 Kg) Milho (60 Kg)

Dez/00 20,69 19,08 434,03 15,03 10,30 Dez/01 28,00 49,95 496,42 17,80 11,78 Dez/02 38,00 48,47 745,55 34,94 24,37 Dez/03 52,36 43,16 756,77 28,58 17,73 Dez/04 33,78 48,65 522,76 21,26 15,00 Dez/05 30,00 60,01 513,04 21,96 14,26 Dez/06 34,01 33,47 506,57 29,23 19,44 Dez/07 43,67 72,29 682,33 34,35 28,69 Dez/08 52,54 85,72 736,91 28,50 17,93 Dez/09 48,34 44,14 740,11 27,50 17,66 Dez/10 54,40 56,57 734,82 27,40 22,69 Dez/11 44,28 52,75 584,62 26,43 23,20 Dez/12 65,00 80,81 1.239,97 41,50 31,00 Dez/13 59,51 92,71 1.298,74 47,27 22,54 Dez/14 60,00 78,69 1.174,61 34,32 24,95 Dez/15 62,10 87,64 1314,07 43,30 29,39 Jan/16 66,85 106,78 1397,50 44,10 36,59 Fev/16 68,55 100,91 1404,32 45,16 38,67 Mar/16 69,97 96,83 1140,93 45,29 41,08 Abr/16 69,89 98,09 1110,13 46,60 46,10 Mai/16 71,45 107,83 1319,96 46,19 49,96 Jun/16 73,02 131,01 1572,48 53,74 49,13 Jul/16 69,81 158,53 1489,45 53,68 41,15

Ago/16 74,62 152,55 1353,58 50,77 40,86 Set/16 77,21 148,65 1281,50 43,34 37,86 Out/16 77,58 161,76 1211,86 39,45 38,32 Nov/16 ... 155,06 1220,52 38,25 35,63 Dez/16 ... 147,81 1212,32 37,62 34,81 Jan/17 ... 125,18 1153,42 37,19 32,92 Fev/17 ... 106,44 1.138,59 36,14 30,25 Mar/17 ... 104,81 1.063,18 35,70 27,89 Abr/17 ... 96,55 1.012,31 36,25 25,67 Mai/17 ... 101,82 1.015,39 36,57 25,61 Jun/17 ... 111,60 1.018,95 37,46 24,36 Jul/17 ... 99,96 1.087,77 38,73 22,84

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível

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INDICADORES

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INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL

DATA

BRASIL EUA

Fundo de Investimento

Financeiro – FIF (PL mensal,

R$ milhões) 7837(1)

Valor das empresas listadas no Ibovespa (R$ bilhões) 7848(3)

Índice Ibovespa

Emissão Primária de Debêntures

(R$ milhões) 7841

Dow Jones – NYSE Fechamento (pontos)

7846 (3)

Nasdaq Fechamento (pontos)

7847 (4)

Dez/05 653.714 841 33.455 41.538 10.718 2.205 Dez/06 794.875 1.181 44.473 69.463 12.463 2.415 Dez/07 912.869 1.765 63.886 46.535 13.265 2.652 Dez/08 917.297 1.088 37.550 37.458 8.776 1.577 Dez/09 1.086.267 1.740 68.588 2.720 10.428 2.269 Dez/10 1.286.654 2.071 69.304 2.025 11.578 2.653 Dez/11 1.501.728 1.834 56.754 220 12.218 2.605 Dez/12 1.786.186 1.962 60.952 850 13.104 3.020 Dez/13 1.939.384 1.890 51.507 300 16.577 4.177 Jan/14 1.934.332 1.803 47.638 0 15.699 4.104 Fev/14 1.952.954 1.789 47.094 1.000 16.322 4.308 Mar/14 1.979.747 1.901 50.514 250 16.458 4.199 Abr/14 1.983.269 1.940 51.626 1.098 16.581 4.115 Mai/14 2.017.747 1.902 51,239 0 16.717 4.243 Jun/14 2.045.954 1.961 53,168 0 16.827 4.408 Jul/14 2.067.374 2.037 55.829 481 16.563 4.370 Ago/14 2.107.037 2.224 61.288 0 17.098 4.580 Set/14 2.130.781 1.979 54.115 0 17.043 4.493 Out/14 2.149.367 1.980 54.628 845 17.391 4.631 Nov/14 2.166.487 1.992 54.724 0 17.828 4.792 Dez/14 2.156.887 1.824 50.007 0 17.823 4.736 Jan/15 2.192.912 1.745 46.907 10.000 17.165 4.635 Fev/15 2.226.999 1.897 51.583 551 18.133 4.964 Mar/15 2.260.558 1.885 51.150 321 17.776 4.901 Abr/15 2.282.144 2.066 56.229 4.600 17.841 4.941 Mai/15 2.235.805 1.949 52.760 0 18.011 5.070 Jun/15 2.355.165 1.973 53.080 0 17.620 4.987 Jul/15 2.388.160 1.903 50.864 740 17.690 5.128 Ago/15 2.425.397 1.754 46.625 0 16.528 4.777 Set/15 2.343.942 1.700 45.059 1.350 16.285 4.620 Out/15 2.448.624 1.679 45.868 1.892 17.664 5.054 Nov/15 2.465.544 0 45.120 17.720 5.109 1.658.564 Dez/15 2.472.963 1.185 43.349 17.425 5.007 1.591.222 Jan/16 2.522.931 0 40.405 16.466 4.614 1.506.705 Fev/16 2.553.705 0 42.793 16.517 4.558 1.560.784 Mar/16 2.599.654 20.000 50.055 17.685 4.870 1.795.296 Abr/16 2.635.683 0 53.910 17.831 4.775 1.917.723 Mai/16 2.670.626 0 48.471 17.787 4.948 1.740.045 Jun/16 2.690.456 0 51.526 17.930 4.843 1.821.192 Jul/16 2.738.202 0 57.308 18.432 5.162 2.004.423 Ago/16 2.795.674 0 57.901 18.401 5.213 2.029.117 Set/16 2.820.714 0 58.367 18.308 5.312 2.044.580 Out/16 2.860.310 878 64.924 18.142 5.190 2.234.166 Nov/16 2.887.156 0 61.906 19.124 5.324 2.134.704 Dez/16 2.953.369 975 60.227 19.763 5.383 2.078.361 Jan/17 3.035.796 0 64.670 19.864 5.615 2.239.112 Fev/17 3.088.727 0 66.662 20.822 5.825 2.324.811 Mar/17 3.158.822 300 64.984 20.663 5.912 2.245.686 Abr/17 3.169.398 432 65.403 20.941 6.048 2.243.197 Mai/17 3.203.771 0 62.711 21.009 6.199 2.159.216 Jun/17 3.243.842 0 62.899 21.350 6.144 2.149.502

FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1997 - 2017 EM US$ FOB - ACUMULADO E VARIAÇÃO % ANUAL

Ano Exportação (X) Importação (M) Saldo (X-M) US$ FOB Var% US$ FOB Var% US$ FOB

1997 4.853.587.000 14,00 3.306.968.000 36,00 1.546.619.000 1998 4.227.995.000 -13,00 4.057.589.000 23,00 170.406.000 1999 3.932.659.000 -7,00 3.699.490.000 -9,00 233.169.000 2000 4.394.161.676 0,00 4.686.228.819 0,00 -292.067.143 2001 5.320.210.841 21,07 4.928.952.244 5,18 391.258.597 2002 5.703.081.036 7,20 3.333.392.117 -32,37 2.369.688.919 2003 7.157.852.544 25,51 3.486.050.508 4,58 3.671.802.036 2004 9.405.025.640 31,39 4.026.146.368 15,49 5.378.879.272 2005 10.033.532.895 6,68 4.527.236.933 12,45 5.506.295.962 2006 10.016.337.731 -0,17 5.977.970.879 32,04 4.038.366.852 2007 12.352.857.472 23,33 9.017.987.693 50,85 3.334.869.779 2008 15.247.184.111 23,43 14.570.222.035 61,57 676.962.076 2009 11.222.826.796 -26,39 9.620.843.086 -33,97 1.601.983.710 2010 14.175.843.943 26,31 13.956.956.807 45,07 218.887.136 2011 17.394.275.271 22,70 18.767.762.576 34,47 -1.373.487.305 2012 17.709.590.951 1,81 19.387.793.769 3,30 -1.678.202.818 2013 18.239.201.710 2,99 19.345.381.499 -0,22 -1.106.179.789 2014 16.332.120.489 -10,46 17.295.813.435 -10,59 -963.692.946 2015 14.909.080.745 -8,71 12.448.504.088 -28,03 2.460.576.657 2016 15.171.099.837 1,76 11.092.307.396 -10,89 4.078.792.441

JAN-JUN/2017 9.058.741.299 15,15 5.559.225.659 9,28 3.499.515.640 FONTE: MDIC/SECEX

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1997 - 2017

EM US$ FOB - ACUMULADO E VARIAÇÃO % ANUAL

Ano Exportação (X) Importação (M) Saldo (X-M)

US$ FOB Var% US$ FOB Var% US$ FOB Var%

1997 52.982.726.000 10,97 59.747.227.000 12,00 -6.764.501.000 20,82 1998 51.139.862.000 -3,48 57.763.476.000 -3,32 -6.623.614.000 -2,08 1999 48.012.790.000 -6,11 49.301.558.000 -14,65 -1.288.768.000 -80,54 2000 55.118.919.865 0,00 55.850.663.138 0,00 -731.743.273 -43,22 2001 58.286.593.021 5,75 55.601.758.416 -0,45 2.684.834.605 -466,91 2002 60.438.653.035 3,69 47.242.654.199 -15,03 13.195.998.836 391,50 2003 73.203.222.075 21,12 48.325.566.630 2,29 24.877.655.445 88,52 2004 96.677.498.766 32,07 62.835.615.629 30,03 33.841.883.137 36,03 2005 118.529.184.899 22,60 73.600.375.672 17,13 44.928.809.227 32,76 2006 137.807.469.531 16,26 91.350.840.805 24,12 46.456.628.726 3,40 2007 160.649.072.830 16,58 120.617.446.250 32,04 40.031.626.580 -13,83 2008 197.942.442.909 23,21 172.984.767.614 43,42 24.957.675.295 -37,66 2009 152.994.742.805 -22,71 127.722.342.988 -26,17 25.272.399.817 1,26 2010 201.915.285.335 31,98 181.768.427.438 42,32 20.146.857.897 -20,28 2011 256.039.574.768 26,81 226.246.755.801 24,47 29.792.818.967 47,88 2012 242.578.013.546 -5,26 223.183.476.643 -1,35 19.394.536.903 -34,90 2013 242.033.574.720 -0,22 239.747.515.987 7,42 2.286.058.733 -88,21 2014 225.100.884.831 -7,00 229.154.462.583 -4,42 -4.053.577.752 -277,32 2015 191.134.324.584 -15,09 171.449.050.909 -25,18 19.685.273.675 -585,63 2016 185.235.400.805 -3,09 137.552.002.856 -19,77 47.683.397.949 142,23

JAN-JUN/2017 107.710.145.552 19,35 71.494.120.474 7,35 36.216.025.078 ...

FONTE: MDIC/SECEX

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (complexo soja e trigo) SAFRAS 2010/2017 (Mil toneladas)

CULTURA SAFRA ESTOQUE INICIAL PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO ESTOQUE FINAL

Algodão em Pluma

2010/11 76,00 1959,80 144,20 2180,00 900,00 758,30 521,70 2011/12 521,70 1893,30 3,50 2418,50 895,20 1052,80 470,50 2012/13 470,50 1310,30 17,40 1798,20 920,20 572,90 305,10 2013/14 305,10 1734,00 31,50 2070,60 850,00 748,60 472,00 2014/15 438,50 1562,80 2,10 2003,40 820,00 834,30 349,10 2015/16 349,10 1289,50 20,00 1658,60 720,00 740,00 233,60 2016/17 201,30 1484,70 55,00 1741,00 700,00 630,00 411,00

Arroz em Casca

2010/11 2457,30 13613,10 825,40 16895,80 12236,70 2089,60 2569,50 2011/12 2569,50 11599,50 1068,00 15237,00 11656,50 1455,20 2125,30 2012/13 2125,30 11819,70 965,50 14910,50 12617,70 1210,70 1082,10 2013/14 1082,10 12121,60 1000,00 14203,70 12000,00 1200,00 1003,70 2014/15 868,30 12448,60 550,00 13866,90 11900,00 1300,00 953,00 2015/16 962,90 10602,90 1300,00 12865,80 11450,00 1100,00 315,80 2016/17 430,80 12317,70 1000,00 13748,50 11500,00 1000,00 1248,50

Feijão

2010/11 366,90 3732,80 207,10 4306,80 3600,00 20,40 686,40 2011/12 686,40 2918,40 312,30 3917,10 3500,00 43,30 373,80 2012/13 373,80 2806,30 304,40 3484,50 3320,00 35,30 129,20 2013/14 129,20 3453,70 135,90 3718,80 3350,00 65,00 303,80 2014/15 303,80 3115,30 110,00 3529,10 3350,00 90,00 209,20 2015/16 198,10 2515,80 200,00 2913,90 2800,00 65,00 113,90 2016/17 186,00 3364,00 150,00 3700,00 3350,00 120,00 230,00

Milho

2010/11 5589,10 57406,90 764,40 63760,40 48485,50 9311,90 5963,00 2011/12 5963,00 72979,50 774,00 79716,50 51888,60 22313,70 5514,20 2012/13 5514,20 81505,70 911,40 87931,30 53498,30 26174,10 8258,90 2013/14 8258,90 80052,00 800,00 89110,90 53905,60 20913,80 14291,50 2014/15 11835,50 84672,40 350,00 96857,90 55959,50 30877,70 10020,70 2015/16 10401,20 66979,50 1500,00 78880,70 53387,80 20000,00 5492,90 2016/17 7999,00 96025,20 500,00 104524,20 56100,00 28000,00 20424,20

Soja em Grãos

2010/11 2607,20 75324,30 41,00 77972,50 41970,00 32986,00 3016,50 2011/12 3016,50 66383,00 266,50 69666,00 36754,00 31468,00 444,00 2012/13 444,00 81499,40 282,80 82226,20 38524,00 42791,90 740,10 2013/14 910,30 86120,80 630,00 87661,10 39935,80 45691,00 1414,80 2014/15 1414,80 96228,00 324,10 97966,90 42850,00 54324,00 792,90 2015/16 925,70 95934,60 700,00 97060,30 42500,00 54100,00 1460,30 2016/17 1476,20 113930,20 300,00 115706,40 47281,00 63000,00 5425,40

Farelo de Soja

2010/11 1967,90 29298,50 24,80 31291,20 13758,00 14289,00 3177,80 2011/12 3177,80 26026,00 5,00 29208,80 14051,00 14289,00 868,70 2012/13 868,70 27258,00 3,90 28130,60 14350,00 13333,50 447,10 2013/14 447,10 28336,00 1,00 28784,40 14799,30 13716,00 268,80 2014/15 268,80 30492,20 1,00 30762,00 15100,00 14826,70 835,30 2015/16 835,30 30415,00 1,00 31251,30 15500,00 15200,00 551,30 2016/17 1846,30 33110,00 1,00 34957,30 17000,00 15900,00 2057,30

Óleo de Soja

2010/11 676,60 7419,80 0,10 8096,50 5367,00 1741,00 988,50 2011/12 988,50 6591,00 1,00 7580,50 5172,40 1757,10 651,00 2012/13 651,00 6903,00 5,00 7559,00 5556,30 1362,50 640,20 2013/14 640,20 7176,00 0,10 7816,30 5930,80 1305,00 580,50 2014/15 580,50 7722,00 25,20 8327,70 6359,20 1669,90 298,60 2015/16 298,60 7702,50 50,00 8051,10 6380,00 1400,00 271,10 2016/17 569,60 8385,00 40,00 8994,60 6800,00 1550,00 644,60

Trigo

2010 2879,90 5881,60 5922,20 14559,90 9842,40 2515,90 2201,60 2011 2201,60 5788,60 5771,90 14002,00 10144,90 1901,00 1956,10 2012 1956,10 4379,50 6011,80 13345,80 10134,30 1683,90 1527,60 2013 1527,60 5527,80 7010,20 13697,80 11381,50 47,40 2268,90 2014 2268,90 5971,10 5328,80 13568,80 10713,70 1680,50 1174,60 2015 1174,60 5534,90 5517,60 12227,10 10367,30 1050,50 809,30 2016 809,30 6726,80 5950,00 13486,10 10717,30 700,00 2068,80 2017 2438,40 5578,10 7000,00 15016,50 11688,90 800,00 2527,60

FONTE: CONAB – Levantamento 10 – JULHO/2017 (disponível em: www.conab.gov.br) Nota: Estimativa em junho 2017/ Estoque de passagem – Algodão, feijão e soja: 31 de dezembro – Arroz 28 de fevereiro – Milho 31 de janeiro e Trigo 31 de julho.

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES – 1989-2017 (Mil toneladas e mil hectares)

Ano

Brasil Maiores Estados Produtores

Produção Área Colhida

Rendimento Médio Mato Grosso Paraná Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais

(Kg/ha) Produção Área Colhida Produção Área

Colhida Produção Área Colhida Produção Área

colhida Produção Área colhida

1989/1990 20.101 11.551 1.740,16 2.901 1.503 4.572 2.286 1.411 941 1.934 1.209 875 583 1990/1991 15.395 9.743 1.580,00 2.607 1.100 3.617 1.966 1.659 790 2.300 1.013 963 472 1991/1992 19.419 9.582 2.027,00 3.485 1.452 3.415 1.798 1.804 820 1.929 970 1.003 456 1992/1993 23.042 10.717 2.150,00 4.198 1.713 4.720 2.000 1.968 984 2.229 1.067 1.159 552 1993/1994 25.059 11.502 2.179,00 4.970 1.996 5.328 2.110 2.387 1.090 2.440 1.109 1.234 600 1994/1995 25.934 11.679 2.221,00 5.440 2.295 5.535 2.121 2.133 1.123 2.426 1.098 1.188 600 1995/1996 23.190 10.663 2.175,00 4.687 1.905 6.241 2.312 2.046 909 2.046 845 1.040 528 1996/1997 26.160 11.381 2.299,00 5.721 2.096 6.566 2.496 2.478 991 2.156 862 1.176 523 1997/1998 31.370 13.158 2.384,00 7.150 2.600 7.191 2.820 3.372 1.338 2.282 1.087 1.383 601 1998/1999 30.765 12.995 2.367,00 7.134 2.548 7.723 2.769 3.418 1.325 2.740 1.054 1.336 577 1999/2000 32.890 13.623 2.414,00 8.801 2.905 7.130 2.833 4.073 1.455 2.501 1.107 1.397 594 2000/2001 38.432 13.970 2.751,00 9.641 3.120 8.623 2.818 4.158 1.540 3.130 1.065 1.496 642 2001/2002 42.230 16.386 2.577,00 11.733 3.853 9.502 3.291 5.420 1.902 3.279 1.192 1.949 719 2002/2003 52.018 18.475 2.816,00 12.949 4.420 10.971 3.638 6.360 2.171 4.104 1.415 2.333 874 2003/2004 49.793 21.376 2.329,00 15.009 5.241 10.037 3.936 6.147 2.572 3.325 1.797 2.659 1.066 2004/2005 52.305 23.301 2.245,00 17.937 6.105 9.707 4.148 6.985 2.662 3.863 2.031 3.022 1.119 2005/2006 55.027 22.749 2.419,00 16.700 6.197 9.646 3.983 6.534 2.542 4.445 1.950 2.483 1.061 2006/2007 58.392 20.687 2.822,66 15.359 5.125 11.916 3.979 6.114 2.191 4.881 1.737 2.568 930 2007/2008 60.018 21.313 2.816 17.848 5.675 11.896 3.977 6.544 2.180 4.569 1.731 2.537 870 2008/2009 57.166 21.743 2.629 17.963 5.828 9.510 4.069 6.836 2.307 4.180 1.716 2.751 929 2009/2010 68.688 23.468 2.927 18.767 6.225 14.079 4.485 7.343 2.550 5.308 1.712 2.872 1.019 2013/2014 86.121 30.173 2.854 26.442 8.616 14.781 5.010 8.995 3.102 6.148 2.120 3.327 1.238 2014/2015 96.228 32.093 2.998 28.018 8.934 17.210 5.225 8.625 3.325 7.178 2.301 3.507 1.319 2015/2016 95.434 33.251 2.870 26.031 9.140 16.845 5.451 10.250 3.285 7.241 2.430 4.731 1.469 2016/2017 113.930 33.889 3.362 30.514 9.323 19.534 5.250 10.819 3.279 8.576 2.522 5.047 1.456

FONTE: CONAB

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2016

PAÍSES 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Mundo 3,44 5,06 4,49 4,94 4,85 2,20 -0,40 6,60 3,81 3,02 2,97 3,14 3,17 3,03

África do Sul 2,95 4,55 5,28 5,60 5,57 3,58 -1,68 2,85 2,51 2,54 2,83 1,72 1,19 0,05

Alemanha -0,71 1,17 0,71 3,70 3,26 1,08 -5,62 4,08 3,66 0,49 0,49 1,60 1,72 1,87

Argentina 8,84 9,03 8,85 8,05 9,01 4,06 -5,92 10,13 6,00 -1,03 2,41 -2,51 2,65 -

Bolívia 2,71 4,17 4,42 4,80 4,56 6,15 3,36 4,13 5,20 5,12 6,80 5,46 4,85 4,27

Brasil 1,15 5,71 3,16 3,96 6,09 5,17 -0,33 7,53 2,73 - - - - -

Canadá 1,80 3,09 3,20 2,62 2,06 1,00 -2,95 3,08 3,14 1,75 2,48 2,57 0,94 1,47

Chile 4,09 7,21 5,74 6,32 4,91 3,53 -1,56 5,84 6,11 5,32 4,05 1,91 2,25 1,59

China 3,06 8,70 7,39 7,03 6,46 2,13 -2,46 6,77 4,81 1,70 3,10 2,76 2,39 2,05

Colômbia 3,92 5,33 4,71 6,70 6,90 3,55 1,45 4,29 - - - - - -

Coréia do Sul 2,93 4,90 3,92 5,18 5,46 2,83 0,71 6,50 3,68 2,29 2,90 3,34 2,79 2,83

Equador 2,72 8,21 5,29 4,40 2,19 6,36 0,57 3,53 7,87 5,64 4,55 3,67 0,29

Estados Unidos 2,81 3,79 3,35 2,67 1,78 -0,29 -2,78 2,53 1,60 2,22 1,68 2,37 2,60 1,62

França 0,82 2,79 1,61 2,37 2,36 0,20 -2,94 1,97 2,08 0,18 0,58 0,64 1,38 1,19

Índia 8,06 6,97 9,48 9,57 9,32 6,72 8,59 9,32 6,29 5,45 6,20 6,94 7,83 6,67

Indonésia 4,78 5,03 5,69 5,50 6,35 6,01 4,63 6,22 6,17 6,03 5,56 5,01 4,88 5,02

Itália 0,15 1,58 0,95 2,01 1,47 -1,05 -5,48 1,69 0,58 -2,82 -1,73 0,11 0,78 0,88

Japão 1,53 2,20 1,66 1,42 1,65 -1,09 -5,42 4,19 -0,12 1,50 2,00 0,34 1,07 1,04

México 1,99 4,21 3,08 4,98 3,22 1,38 -4,74 5,20 3,92 4,04 1,41 2,25 2,61 2,35

Paraguai 4,32 4,06 2,13 4,81 5,42 6,36 -3,97 13,09 4,34 -1,24 14,04 4,72 2,96 3,95

Peru 3,96 5,56 6,29 7,53 8,52 9,14 1,05 8,45 6,45 5,95 5,78 2,34 3,42 -

Reino Unido 3,34 2,49 3,00 2,66 2,59 -0,47 -4,19 1,54 1,51 1,31 1,91 3,07 2,25 1,99

Rússia 7,35 7,18 6,38 8,15 8,54 5,25 -7,82 4,50 4,29 3,44 1,29 0,63 - -

Tailândia 7,03 6,17 4,46 5,57 4,93 2,46 -2,25 7,51 0,84 7,17 2,70 0,82 2,82 3,56

Uruguai 0,81 5,00 7,46 4,10 6,54 7,18 4,24 7,80 5,16 3,54 4,64 3,24 0,98 -

Venezuela -7,76 18,29 10,32 9,87 8,75 5,28 -3,20 -1,49 4,18 5,63 1,34 -3,89 -6,22 -

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics

Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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INDICADORES

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 10, n.6, agosto de 2017

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS (PREÇOS AO CONSUMIDOR) 2003-2016

PAÍSES 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Mundo 3,50 3,63 3,80 3,60 3,73 5,78 2,40 3,54 4,79 3,82 3,64 3,24 2,78 2,68

África do Sul 5,86 1,39 3,40 4,64 7,10 11,54 7,13 4,26 5,00 5,65 5,75 6,07 4,59 6,33

Alemanha 1,03 1,67 1,55 1,58 2,30 2,63 0,31 1,10 2,08 2,01 1,50 0,91 0,23 0,48

Argentina 13,44 4,42 9,64 10,90 8,83 8,58 6,28 10,78 9,47 10,03 10,62 - - -

Bolívia 3,34 4,44 5,39 4,29 8,71 14,00 3,35 2,50 9,81 4,59 5,72 5,78 4,06 3,63

Brasil 14,72 6,60 6,87 4,18 3,64 5,66 4,89 5,04 6,64 5,40 6,20 6,33 9,03 8,74

Canadá 2,76 1,86 2,21 2,00 2,14 2,37 0,30 1,78 2,91 1,52 0,94 1,91 1,13 1,43

Chile 2,81 1,05 3,05 3,39 4,41 8,72 0,07 1,41 3,34 3,01 1,79 4,40 4,35 3,79

China -2,67 -0,27 0,83 2,05 2,01 4,33 0,63 2,25 5,26 4,07 4,35 4,49 2,97 2,39

Colômbia 7,13 5,90 5,05 4,30 5,54 7,00 4,20 2,28 3,41 3,18 2,02 2,88 5,01 7,52

Coréia do Sul 3,51 3,59 2,75 2,24 2,53 4,67 2,76 2,94 4,03 2,19 1,30 1,27 0,71 0,97

Equador 7,93 2,74 2,41 3,03 2,28 8,40 5,16 3,56 4,47 5,10 2,74 3,57 3,97 1,72

Estados Unidos 2,27 2,68 3,39 3,23 2,85 3,84 -0,36 1,64 3,16 2,07 1,46 1,62 0,12 1,26

França 2,11 2,13 1,74 1,68 1,49 2,81 0,09 1,53 2,12 1,96 0,86 0,51 0,04 0,18

Índia 3,81 3,77 4,25 6,15 6,37 8,35 10,88 11,99 8,86 9,31 10,91 6,65 4,91 4,94

Indonésia 6,59 6,24 10,45 13,11 6,41 9,78 4,81 5,13 5,36 4,28 6,41 6,39 6,36 3,53

Itália 2,68 2,22 2,00 2,07 1,82 3,38 0,75 1,54 2,74 3,04 1,22 0,24 0,04 -0,12

Japão -0,26 -0,01 -0,28 0,25 0,06 1,38 -1,35 -0,72 -0,27 -0,05 0,35 2,76 0,79 -0,12

México 4,55 4,69 3,99 3,63 3,97 5,12 5,30 4,16 3,41 4,11 3,81 4,02 2,72 2,82

Paraguai 14,24 4,32 6,81 9,59 8,13 10,15 2,59 4,65 8,25 3,68 2,68 5,03 3,13 4,09

Peru 2,26 3,66 1,62 2,00 1,78 5,79 2,94 1,53 3,37 3,65 2,82 3,23 3,56 3,60

Reino Unido 1,36 1,34 2,05 2,33 2,32 3,61 2,17 3,29 4,48 2,82 2,55 1,46 0,05 0,64

Rússia 13,68 10,86 12,68 9,69 8,99 14,11 11,66 6,85 8,44 5,07 6,76 7,83 15,52 7,05

Tailândia 1,80 2,76 4,54 4,64 2,24 5,47 -0,85 3,25 3,81 3,02 2,18 1,89 -0,90 0,19

Uruguai 19,38 9,16 4,70 6,40 8,11 7,86 7,10 6,68 8,09 8,10 8,58 8,88 8,67 9,64

Venezuela 31,09 21,75 15,95 13,66 18,70 31,44 27,08 28,19 26,09 21,07 40,64 62,17 121,74 -

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics

Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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Panorama Econômico – Julho/2017 Carlos Ilton Cleto

Comércio Internacional. Balança Comercial Mensal – (Julho/2017) - MDIC Fato Em julho, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 6,30 bilhões, resultado de exportações de US$ 18,77 bilhões e importações de US$ 12,47 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 31,24 bilhões, no mês, e US$ 210,45 bilhões no ano. O superávit comercial acumulado no ano é de US$ 42,51 bilhões.

16.989

13.721

15.941 15.472

17.686

19.788

12.593

10.71710.91211.525

11.37512.849

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17

Exportações Importações Saldo da BC em US$ milhões Fonte: MDIC Causa Utilizando o critério da média diária, com relação ao mesmo mês do ano anterior, as exportações apresentaram crescimento de 14,9%, e as importações de 6,1%. Pelo mesmo critério, na comparação com junho de 2017, houve redução de 5,1% nas exportações e queda de 1,0% nas importações. A corrente do comércio, pela média diária, registrou avanço de 11,3% com relação ao mesmo mês do ano anterior e de queda de 3,5% na comparação com junho de 2017. No acumulado no ano, as exportações aumentaram 18,7% sobre igual período de 2016 e as importações, na mesma comparação, cresceram, 7,2%. Em julho de 2017, na comparação com igual mês do ano anterior, as exportações de produtos básicos cresceram 19,0%, as de manufaturados, 12,6% e a de semimanufaturados 8,7%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Cingapura e Países Baixos. Pelo mesmo critério de comparação, houve aumento de 57,3% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 6,8%, nos bens intermediários e 3,4% nos bens de consumo. Por outro lado retrocederam as compras de bens de capital. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coréia do Sul. Conseqüências O saldo da Balança Comercial segue apontando resultados positivos, mesmo com a recuperação das importações. Este ano deverá fechar com novo recorde comercial. Atividade Produção Industrial Mensal (Maio/2017) – IBGE Fato Em maio, a produção industrial cresceu 0,8% frente a abril de 2017. Na comparação com maio do ano passado houve crescimento de 4,0%. No acumulado do ano a produção industrial avançou 0,5%, e em doze meses houve queda de 2,4%. Causa Na comparação com o mês anterior, por categoria de uso, o setor de bens de consumo duráveis registrou o maior avanço, 6,7%, intensificando o crescimento registrado em abril, 2,9%. Os bens de capital também tiveram aumento 3,5%. Os bens de consumo semi e não-duráveis tiveram avanço de 0,7% e o segmento de bens intermediários de 0,3%. Comparativamente a maio de 2016, os segmentos de bens de consumo duráveis e de bens de capital tiveram os maiores avanços, 20,7% e 7,6%, respectivamente. Os bens intermediários tiveram avanço de 2,9% e os bens de consumo semi e não-duráveis tiveram crescimento de 1,4%.

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Produção Industrial BRASIL

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75

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jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100) Conseqüência Os avanços nas comparações com o mês anterior e frente ao mesmo mês do ano anterior demonstram alguma recuperação do setor, apesar de ainda estar em patamar bastante baixo. Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Maio/2017) - IBGE Fato Entre abril e maio, a produção industrial cresceu em dez dos quatorze locais pesquisados. Na comparação com maio de 2016, também dez regiões, das quinze pesquisadas, apresentaram avanço e no acumulado no ano, igualmente dez regiões tiveram aumento na produção. No Paraná a produção industrial aumentou 1,4%, após assinalar duas taxas negativas consecutivas nesta comparação, período que acumulou perda de 4,5%. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior houve aumento de 7,6% e no acumulado do ano houve avanço de 3,1%. Em doze meses o crescimento foi de 0,3%.

Produção Industrial BRASIL

70

75

80

85

90

95

100

105

110

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Produção Industrial PARANÁ

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Fonte: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100) Causa Na comparação com o mês anterior os locais que registraram avanço foram por ordem: Ceará, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Região Nordeste, Goiás e Pernambuco. Os locais com recuo na produção foram: Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na comparação com maio de 2016, destacam-se como avanços mais intensos: Santa Catarina e Paraná. Por outro lado os recuos ocorreram no Mato Grosso e Pernambuco. No Estado do Paraná, em relação a maio de 2016, oito das treze atividades pesquisadas, assinalaram taxas positivas. Os maiores impactos ascendentes vieram dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, e de máquinas e equipamentos. Conseqüência A indústria nacional começa apresentar algum avanço, principalmente em períodos de comparação maiores. O mesmo se repete na indústria paranaense. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre – abr – mai - jun de 2017) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o trimestre encerrado em junho 2017, taxa de desocupação de 13,0%, com crescimento de 1,7 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior e redução de 0,7 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em março. O rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 2.125 caindo 1,0%, frente ao trimestre encerrado em março e crescendo 3,0% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Causa No trimestre havia 13,5 milhões de pessoas desocupadas, no trimestre encerrado em março este contingente era de 14,2 milhões, no mesmo trimestre do ano anterior a taxa de desocupação era de 11,3 milhões, espelhando, portanto redução de 4,9% frente ao trimestre encerrado em março e crescimento de 16,4% frente ao trimestre encerrado em junho do ano anterior. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 90,2 milhões.

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Conseqüência Embora venha apresentando queda pela terceira apuração consecutiva o desemprego segue em patamar elevado. O cenário para o segundo semestre de 2017 aponta para a continuidade gradual na taxa de ocupação. Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Junho/2017) – IBGE Previsão da Safra de Grãos Fato Em junho, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA, a safra de 2017 foi estimada em 240,3 milhões de toneladas, 30,1% acima da obtida em 2016 e 0,7% maior que a estimativa de maio. A área cultivada em 2017 deve apresentar crescimento de 7,0% em comparação ao ano anterior, chegando a 61,0 milhões de hectares. Causa Das três principais culturas de grãos, arroz, milho e a soja, que respondem por 87,8% da área plantada, a soja deverá apresentar variação positiva de 2,3%, a do milho, 17,7% e do arroz 3,6%. Quanto à produção, dessas culturas, que representam 93,5% do total produzido, os avanços serão 19,5% para a soja, 14,9% para o arroz e 53,3% para o milho. Na comparação entre a estimativa de junho em relação a 2016, dezesseis entre os vinte e seis produtos devem registrar crescimento, algodão herbáceo em caroço, amendoim em casca 1ª safra, arroz em casca, aveia em grão, batata-inglesa 1ª e 2ª safras, cacau em amêndoa, café em grão – canephora, cebola, cevada em grão, feijão em grão 1ª e 2ª safras, milho em grão 1ª e 2ª safras, soja em grão, e sorgo em grão. Por outro lado, verificou-se uma diminuição na produção de: amendoim em casca 2ª safra, batata-inglesa 3ª safra, café em grão – arábica, cana-de-açúcar, feijão em grão 3ª safra, laranja, mamona em baga, mandioca, trigo e triticale em grão. Regionalmente a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, deverá ficar distribuída da seguinte forma: Centro Oeste, 103,5 milhões de toneladas, Sul 85,8 milhões, Sudeste, 22,8 milhões, Nordeste, 17,9 milhões e Norte, 8,5 milhões. Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 25,6%, seguido pelo Paraná, 17,9% e Rio Grande do Sul, com 15,3%. Conseqüência O prognóstico da produção agrícola vem apresentado variações positivas frente ao ano anterior, levando a crer que a safra de grãos em 2017 deverá apresentar novo recorde. Atividade Sondagem da Indústria (Julho/2017) – FGV Fato Na passagem de junho para julho, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação - ICI registrou avanço de 1,3 pontos, passando de 89,5 para 90,8 pontos, recuperando parte da perda de 2,8 pontos ocorrida no mês anterior. Com elevação de 1,4 pontos no Índice da Situação Atual – ISA, que passou de 87,0 para 88,4 pontos e crescimento no Índice das Expectativas – IE, de 1,3 pontos, atingindo 93,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada – NUCI alcançou para 74,7%, 0,5 acima do resultado de junho.

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Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

Fonte: FGV

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Nível de Utilização da Capacidade Instalada - NUCI

Fonte: FGV Causa O ISA foi positivamente influenciado pela avaliação, com relação à situação atual dos negócios, que subiu 3,7 pontos, chegando a 87,5 pontos. O percentual de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa cresceu 2,9 p.p., chegando a 12,3% do total, enquanto a parcela dos que avaliam como fraca caiu 2,5 p.p. chegando a 33,7%. No que tange ao IE, destaca-se o total de pessoal ocupado, nos três meses seguintes, que cresceu 6,8 pontos, atingindo 92,4 pontos, sendo que houve aumento de 6,7 p.p. na proporção de empresas prevendo crescimento do quadro de pessoal, chegando a 16,0% e queda de 2,5 p na parcela das que prevêem redução, atingindo 18,4% do total. Conseqüências O avanço no ICI atenua a queda do mês anterior, mas é insuficiente para sinalizar uma retomada na tendência ascendente.

Atividade Sondagem de Serviços (Julho/2017) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços - ICS avançou 1,0 ponto entre junho e julho, passando de 81,9 para 82,9 pontos, recuperando parte da perda de 2,8 pontos observada no mês anterior. O Índice da Situação Atual – ISA avançou 1,1 pontos, atingindo 78,6 pontos. O Índice de Expectativas - IE cresceu 0,9 pontos, atingindo 87,4 pontos. O NUCI avançou 0,6 p.p. para 82,1%, retornando a patamar de fevereiro último.

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Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

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82,5 82,282,8 82,6 82,6 82,3 82,2 82,4 82,1

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Nível de Utilização da Capacidade Instalada - NUCI

Fonte: FGV

Causa A principal influencia no ISA veio do indicador da Demanda Atual, que subiu 2,0 pontos para 78,8 pontos, o nível mais elevado desde fevereiro de 2015. A melhora das expectativas para Demanda nos três meses seguintes exerceu a maior contribuição positiva para a alta do IE, crescendo 1,1 pontos para 85,8 pontos. Conseqüência Os índices de confiança sugerem a retomada gradual da trajetória de recuperação, que haviam piorado muito no mês anterior.

Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Julho/2017) – FGV Fato Entre os meses de junho e julho, o ICC caiu 0,3 pontos passando de 82,3 para 82,0 pontos. O Índice da Situação Atual diminuiu 0,4 pontos, passando de 70,1 para 69,7 pontos, e o Índice das Expectativas recuou 0,3 pontos, de 91,7 para 91,4 pontos.

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Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

Fonte: FGV Causa Com referencia a situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual recuou 0,4 ponto, atingindo 77,1 em julho, o menor desde abril, quando chegou a 76,9 pontos. No que tange ao futuro, houve redução de 2,2 pontos, nas perspectivas em relação à economia, que chegou a 106,9 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016. Conseqüência As quedas de junho e julho, provavelmente, foram influenciadas pela instabilidade política e para os próximos períodos, salvo alguma novidade muito positiva, a tendência deve continuar.

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Atividade ICom - Sondagem do Comércio (Julho/2017) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom recuou 2,3 pontos, entre junho e julho, passando de 85,7 para 83,4 pontos. O Índice a Situação Atual – ISA caiu 0,4 pontos atingindo 79,2 pontos, e o Índice de Expectativas - IE diminuiu 4,0 pontos, chegando a 88,4 pontos.

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Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

Fonte: FGV

Causa A queda no ICOM em julho ocorreu em 11 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada por pioras tanto das expectativas quanto das avaliações sobre a situação atual. O indicador de expectativas dos revendedores de bens não duráveis já vinha em queda desde maio, por outro lado o dos revendedores de duráveis manteve trajetória positiva até junho. Neste mês, o IE-COM de duráveis também recuou, demonstrando que o aumento da incerteza contamina também setores que vinham se tornando mais otimistas. Conseqüência A piora no índice de confiança do comércio tem sido condicionada principalmente pelas incertezas originadas com a crise política. Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Maio/2017) – IBGE Fato No mês de maio, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, caiu 0,1% em relação a abril. Nesta análise a receita nominal cresceu 0,2%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foi de avanço de 2,4% sobre maio de 2016, negativos 0,8% no acumulado do ano e de negativos 3,6% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 3,1% com relação à igual mês de 2016, 1,8% no acumulado no ano e 3,5% no acumulado em doze meses. No comércio varejista ampliado, houve queda de 0,7%, no volume de vendas com relação ao mês anterior, e recuo de 1,2% na receita nominal. Nas demais comparações os resultados para o volume de vendas foram, positivos 4,5% frente a maio do ano anterior, negativos 5,2% no acumulado em 2017 e negativos 0,6% em doze meses. Na receita nominal as variações foram de crescimento de 4,5% frente à igual mês do ano anterior, negativos 0,9% no acumulado no ano e negativos 1,8% em doze meses.

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Fonte: IBGE

Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)

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Causa No confronto com maio de 2016, cinco das oito atividades do varejo apresentaram avanço, os que tiveram maior contribuição na taxa global foram por ordem: 13,8%, para Moveis e eletrodomésticos, 5,0% para Tecidos, vestuário e calçados, 2,6% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 3,8% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, e 8,8% para Equipamentos, e material para escritório, informática e comunicação. As vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, não apresentou variação. Combustíveis e lubrificantes e Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram redução de 0,9% e 1,0%, respectivamente. Conseqüência Frente a igual mês do ano anterior o desempenho do Comércio Varejista foi influenciado pela comemoração do dia dos pais e pela diferença de um dia a mais em 2017. Todavia, nas demais comparações, o setor ainda não manifesta recuperação mais intensa. Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Maio/2017) – IBGE Fato No mês de maio frente a abril o volume dos serviços cresceu 0,1% e a receita nominal 0,3%. Frente a igual mês do ano anterior, houve queda de 1,9% no volume e aumento de 3,9% na receita. No acumulado do ano a redução no volume foi de 4,4% e o crescimento na receita foi de 1,3%. No acumulado em doze meses, as variações foram negativos 4,7% para o volume e positivos 0,4% para a receita nominal.

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Fonte: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100) Causa No confronto com maio de 2016, os recuos foram Outros Serviços, 6,2%, Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, 5,7%, Serviços de Informação e Comunicação, 2,9% e Outros Serviços Prestados às Famílias, 1,3%. Conseqüência O desempenho da receita dos serviços tem sido condicionado principalmente pelo baixo crescimento da massa salarial e que vem perdendo volume ao longo dos meses. Inflação IGP-10 (Julho/2017) – FGV Fato O IGP-10 registrou variação negativa de 0,84% em julho, caindo 0,22 p.p. frente ao mês anterior. O acumulado em doze meses ficou em negativos 1,79%, e no ano, negativos 2,25%.

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Fonte: FGV

Causa No mês de julho, os componentes do IGP-10 apresentaram os seguintes comportamentos: no IPA houve desaceleração de 0,15 p.p., apresentando variação negativa de 1,32% e o IPC desacelerou-se 0,38 p.p., chegando a negativos 0,17%. O INCC recuou 0,30 p.p., com variação de 0,62%. No IPA, o grupo Bens Finais teve desaceleração de 1,28 p.p., com contribuição do subgrupo alimentos in natura. Os Bens Intermediários apresentaram variação de negativos 0,74% em julho e positivos 0,16% em junho, influenciados por combustíveis e lubrificantes. As Matérias-Primas Brutas variaram negativos 2,26% em julho e negativos 4,34% em junho, registrando menor queda em decorrência de minério de ferro, cana-de-açúcar e pedras britadas. O grupo Habitação foi o principal recuo no IPC, com destaque para tarifa de eletricidade residencial. Também tiveram variações menores: Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Alimentação, Despesas Diversas e Vestuário. No INCC, Materiais, Equipamentos e Serviços avançaram 0,19 p.p., e a Mão de Obra recuou 0,72 p.p. Conseqüência O IGP-10 apresentou variação negativa pelo quarto mês consecutivo, registrando variações negativas também nos valores acumulados em doze meses e no ano. Inflação IGP-M (Julho/2017) – FGV Fato O IGP-M variou negativos 0,72%, em julho, variação 0,05 p.p. menor do que a variação de junho. Em doze meses o acumulado é de -1,66%, e, no ano -2,65%. Causa Dos índices que compõe o IGP-M, o IPA, que responde por 60% do índice, registrou variação de negativos 1,16%, em junho a variação havia sido de negativos 1,22%. As Matérias-Primas Brutas tiveram redução de preços na ordem de 3,63%, registrando queda 2,26 p.p. menor do que no mês anterior, principalmente em decorrência da maior variação ou menor queda nos itens minério de ferro, cana-de-açúcar e soja. Os Bens Finais tiveram taxa negativa de 1,37%, com variação 1,21 p.p. menor, com conseqüência do recuo no preço dos alimentos in natura e os Bens Intermediários apresentaram variação negativa de 0,76%, com queda 0,47 p.p. mais intensa que em junho, decorrente de combustíveis e lubrificantes. O IPC avançou 0,12 p.p., com o principal acréscimo em Habitação, com destaque para tarifa de eletricidade residencial. Também tiveram avanço em suas taxas de variação: Alimentação, Educação, Leitura e Recreação e Comunicação. O INCC apresentou desaceleração de 1,14 p.p., com maior variação em Materiais, Equipamentos e Serviços, 0,01 p.p. e recuo de 2,11 p.p.na variação da Mão de Obra.

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Fonte: FGV Conseqüência O IGP-M apresentou deflação pelo quarto mês consecutivo e não existem sinalizações de pressões inflacionárias para os próximos períodos. Inflação IGP-DI (Junho/2017) – FGV Fato O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna - IGP-DI registrou variação negativa de 0,96% em junho, recuando 0,45 p.p. frente ao mês anterior. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação negativa de 1,51%. Causa Na composição do IGP-DI, o IPA diminuiu sua taxa de variação em 0,43 p.p., atingindo negativos 1,53%. Os Bens Finais foram as principais responsáveis pelo recuo, registrando variação 1,13 p.p. menor do que no mês anterior, com destaque descendente para alimentos processados. Os Bens Intermediários tiveram desaceleração de 0,99 p.p., sendo o principal responsável por este movimento subgrupo combustíveis e lubrificantes. As Matérias-Primas Brutas, mesmo com variação negativa de 3,60%, aumentaram a taxa de variação em 0,95 p.p., por conta de minério de ferro, cana de açúcar e café. No IPC houve desaquecimento de 0,84 p.p., decorrente da desaceleração nos preços do grupo Habitação, em decorrência do comportamento do item tarifa de eletricidade residencial. Também apresentaram menor variação: Alimentação, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação e Despesas Diversas. O INCC registrou aceleração de 0,30 p.p., devido ao avanço em Mão de Obra, 0,54 p.p.

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Fonte: FGV

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Conseqüência O IGP-DI voltou a apresentar variação negativa no mês. Como o índice aponta principalmente a variação dos preços no varejo, a expectativas para os próximos períodos é de recuo nos preços ao consumidor. Inflação IPCA (Junho/2017) – IBGE Fato O IPCA variou negativos 0,23% em junho, ficando 0,54 p.p. abaixo da variação de maio. O índice acumulado em doze meses é de 3,00%, também abaixo do registrado nos doze meses imediatamente anteriores (3,60%). No ano, o acumulado ficou em 1,18%, 3,24 p.p. abaixo do acumulado no mesmo período do ano passado. Em Curitiba a variação do índice recuou 0,57 p.p., registrando variação negativa de 0,14% em junho, 1,27% no ano e 2,04% em doze meses. Causa No mês, os grupos Alimentação, Habitação e Transporte, que juntos representam 60% das despesas domésticas foram os que apresentaram variações negativas e as quedas mais intensas, por ordem, 0,50%, 0,77% e 0,52%. No grupo Alimentação o destaque foi em alimentos para consumo em casa, em Habitação a queda foi decorrente de energia elétrica e em Transportes o recuo foi principalmente influenciado por combustíveis.

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IPCA acumulado em 12 meses IPCA variação mensal

Fonte: IBGE Conseqüência O IPCA apresentou incomum variação negativa, sendo o resultado mais baixo desde agosto de 1998. Para os próximos meses a expectativa é de taxas baixas de inflação, permitindo uma condução mais flexível na definição da taxa básica de juros. Inflação IPCA - 15 (Julho/2017) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de negativos 0,18% em julho, diminuindo 0,34 p.p. com relação a junho. Nos últimos doze meses o acumulado é de 2,78%, e no ano 1,44%. Em Curitiba, o índice foi de 0,01%, 0,33 p.p. abaixo do registrado em junho, acumulando variação de 2,11% em doze meses e 1,52% no ano. Causa Os principais grupos responsáveis pela queda foram Alimentos e Bebidas e Transportes com variações negativas de 0,55% e 0,64%, respectivamente. No primeiro os destaques foram batata-inglesa, tomate e frutas. Nos Transportes o recuo foi decorrente do recuo nos combustíveis. Por outro lado as variações mais elevadas ficaram com Despesas Pessoais e Habitação. Conseqüência A variação apresentada no mês é a menor para meses de julho, juntamente com o resultado de 2003, sendo também o resultado mais baixo desde 1998. Para os próximos meses a expectativa é de continuidade nas variações comportadas. Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Junho/2017) – IBGE - Caixa Econômica Federal

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Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,38% em junho, 0,08 p.p. acima da variação de maio. Em doze meses, o acumulado é de 3,86% e no ano 1,87%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 1.042,69 em maio, para R$ 1.046,68 em junho sendo R$ 536,28 relativos aos materiais e R$ 510,40 à mão-de-obra. No Estado do Paraná, as variações foram de 0,02% no mês, 0,20% no ano e 4,69% em doze meses, e o Custo Médio atingiu R$ 1.058,96.

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2014 2015 2016 2017

Fonte: IBGE e CAIXA Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,01%, 0,33 p.p. abaixo do índice de maio, e a componente mão-de-obra avançou 0,52 p.p., passando de 0,26% em maio, para 0,78% em junho. No ano, os acumulados foram: 0,96% para materiais e 2,89% para mão-de-obra. No mês as variações regionais foram: 0,36% na Região Norte, 0,01% na Região Nordeste, 0,45% no Sudeste, 0,82% no Centro-Oeste, e 0,70% no Sul. Ainda na verificação regional, os custos foram os seguintes: Sudeste, R$ 1.093,07, Sul, R$ 1.083,13, Norte, R$ 1.054,96, Centro-Oeste, R$ 1.051,36 e Nordeste R$ 972,30. Conseqüência A maior variação no mês ocorreu na região Centro-Oeste, decorrente principalmente do reajuste salarial causado pelo dissídio coletivo da categoria no Distrito Federal. Para os próximos meses não são esperadas variações intensas, devendo o índice manter comportamento semelhante ao dos anos anteriores. Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Junho/2017) – IBGE Fato O IPP apresentou variação negativa de 0,21% em junho, ficando, portanto, 0,31 p.p. inferior à variação do mês anterior e 0,71 p.p. menor do que a do mesmo mês do ano anterior. No acumulado em doze meses a variação foi de 1,52%, menor do que nos doze meses anteriores, 2,24%. No ano o acumulado está em negativos 0,30%, contra negativos 0,08% em maio. Causa No mês, as grandes categorias econômicas tiveram as seguintes variações de preços: 0,88% em bens de capital, negativos 0,36% em bens intermediários, negativos 0,01% em bens de consumo durável e negativos 0,32% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. No acumulado do ano estas categorias tiveram o seguinte comportamento: os bens de capital tiveram crescimento de 2,01%, as demais categorias tiveram queda: 0,07% nos bens intermediários, e 1,20% nos bens de consumo, sendo positivos 3,06% nos bens de consumo duráveis e negativos 2,47% nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Conseqüência Os preços ao produtor apresentaram variação menor que no mês anterior, devendo assim, exercer menor influencia nos preços ao consumidor final. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Junho/2017) - BACEN Fato O estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.078 bilhões em junho. A relação entre o crédito total e o PIB caiu 2,6 p.p. frente ao mesmo mês do ano anterior, atingindo 48,5%. A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados, caiu 0,6 p.p. no mês e 3,7 p.p. nos últimos doze meses situando-se em 28,8% a.a. A taxa de inadimplência caiu 0,3 p.p. no mês e cresceu 0,2 p.p. em doze meses, atingindo 3,7%.

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Causa O volume total das operações de crédito em junho apresentou aumento de 0,4% no mês e redução de 1,6% em doze meses. Os empréstimos contratados com recursos livres atingiram R$ 1.532 bilhões, aumentando 0,6% no mês e queda de 2,4% em doze meses. No segmento de pessoa física houve crescimento de 0,5% chegando em R$ 818 bilhões. Os empréstimos realizados às pessoas jurídicas o avanço foi de 0,8%, atingindo R$ 713 bilhões. No crédito direcionado houve avanço de 0,2% no mês e queda de 0,9% em doze meses, chegando a R$ 1.547 bilhões. Esse desempenho resultou de acréscimo mensal de 0,5% no financiamento a pessoas físicas. Para pessoas jurídicas houve queda de 0,2% no mês. As taxas médias geral de juros recuaram 0,6 p.p. no mês e 3,7 p.p. nos últimos doze meses. Para pessoa física a taxa média de juros atingiu 36,4% a.a., com recuo de 0,8 p.p. no mês e 5,5 p.p em doze meses. Nas pessoas jurídicas, houve declínio de 0,5 p.p. no mês e 2,8 p.p. em doze meses, chegando a 18,7%. Nos recursos livres as taxas foram 63,3% e 24,8%, para pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. A taxa de inadimplência do sistema financeiro reduziu-se para 3,7%, declinando 0,3 p.p. no mês e crescendo 0,2 p.p. em doze meses. No índice relativo a pessoas físicas houve redução de 0,2 p.p., chegando a 3,9% e no de pessoas jurídicas a inadimplência diminui 0,4 p.p. atingindo 3,6%. Conseqüência Seguindo o desaquecimento da atividade econômica a expansão do crédito deve seguir perdendo intensidade nos próximos meses. Setor Externo Nota à Imprensa (Junho/2017) - BACEN Fato Em junho as Transações Correntes registraram superávit de US$ 1,3 bilhão. As reservas internacionais aumentaram US$ 683 milhões, totalizando US$ 378,4 bilhões e a dívida externa somou US$ 307,3 bilhões, com redução de US$ 6,9 bilhões, frente à apuração realizada em março. Na conta financeira, os ingressos de investimentos diretos no país somaram R$ 4,0 bilhões. Causa A conta de serviços registrou despesas líquidas de US$ 3,2 bilhões no mês, com recuo de 11,1% na comparação com o resultado de junho de 2016. As despesas líquidas de renda primária atingiram US$ 2,6 bilhões no mês, recuo de 7,7% na comparação com junho de 2016. As despesas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 1,4 bilhão, com retração de 4,9% ante o mesmo mês do ano anterior. A conta de renda secundária apresentou ingressos líquidos de US$ 206 milhões. A movimentação das reservas, durante o mês de janeiro foi conseqüência, principalmente de remuneração das reservas e variações por paridades. A dívida externa recuou US$ 6,9 bilhões frente a março, sendo que a de curto prazo recuou US$ 4,8 bilhões e a médio e longo prazo US$ 2,1 bilhões, totalizando, US$ 47,7 bilhões e US$ 259,6 bilhões, respectivamente. Conseqüência O volume de investimento direto para a economia brasileira ainda é significativo, o que ameniza o déficit em transações correntes nos valores acumulados. Política Fiscal Nota à Imprensa (Junho/2017) - BACEN Fato Em junho, o setor público não financeiro registrou déficit de R$ 19,6 bilhões, considerando o fluxo de doze meses o acumulado atingiu déficit de R$ 167,2 bilhões (2,62% do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou R$ 3.112,9 bilhões (48,7% do PIB), aumentando 0,6 p.p. como proporção do PIB em relação ao mês anterior e 2,5 p.p. no ano. A dívida bruta do setor público alcançou R$ 4.674,6 bilhões, 73,1% do PIB, elevando-se 0,6%, como percentual do PIB, em relação ao mês anterior. O montante dos juros apropriados atingiu R$ 31,5 bilhões, no mês e R$ 440,3 bilhões (6,89% do PIB), em doze meses. O resultado nominal registrou déficit de R$ 51,1 bilhões e no acumulado em doze meses o déficit atingiu R$ 607,5 bilhões, 9,50% do PIB. Causa Na composição do déficit primário, o Governo Central atingiu déficit de R$ 19,6 bilhões. As empresas estatais e os governos regionais apresentaram superávit de R$ 145 milhões e R$ 240 milhões, respectivamente. Com relação aos juros apropriados em junho, R$ 31,5 bilhões, houve redução de R$ 4,8 bilhões em relação ao total apropriado em maio. No ano, os juros nominais chegaram a R$ 206,6 bilhões. Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, o aumento no ano, foi conseqüência dos juros nominais apropriados e do déficit primário, este aumento foi compensados, parcialmente, pelo crescimento do PIB nominal, desvalorização cambial acumulada e pelo ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida. Conseqüência O déficit primário no acumulado do ano dificulta o pagamento de juros da dívida e eleva a relação Dívida Líquida do Setor Público. Para os próximos meses é aguardado melhor resultado primário, tendo em vista os anúncios do Governo da intenção de cortar de gastos.