JORNAL DO SINDICATO DOS PROFESSORES MUNICIPAL DE OSASCO sinpemor.wordpress.com Novembro 2014

EDITORIALA importância e o papel

transformador da Educação PREPARAR A CAMPANHA SALARIAL 2015!

O valor total de recebimento do FUNDEB para o ano de 2014 será de aproximadamente 280.000.000,00 milhões, e para 2015 este valor deverá ser ampliado em função do aumento real do valor/aluno publicado anualmente pelo MEC, que tem acompanhado a inflação.Para o ano de 2015, está previs-to que Osasco terá uma receita de 2.370.000.000,00 bilhões de reais, e 25% deste valor é obrigatório que seja aplicado na Educação, portanto um total de 592.500.000,00 milhões. O SINPEMOR fez uma pesquisa sobre os valores salariais dos pro-fessores de Osasco entre os anos de 1998 à 2014, comparando-os com a inflação acumulada do mes-mo período e conclui-se que as perdas inflacionárias sobre o nos-so salário até outubro de 2014, ainda atinge o valor de 43,18%.

PROFESSORES PRESENTES!

Iniciamos mais uma vez as discussões so-bre as previsões de reajuste para a nossa categoria, visto que, este acúmulo de per-das ao longo destes 15 anos tem causado a saída de muitos professores para outros sistemas de ensino, em busca de melhores salários e melhores condições de trabalho, o que compromete ainda mais a qualidade da Educação de Osasco, o que na prática se observa com a nota do IDEB que não se al-cança na cidade por 3 biênios consecutivos.Vejam, a hora aula de um professor PEB I está no valor de R$ 11,45 ( jornada de 21 h/a semanal, salário mensal de R$ 1.202,42), muito abaixo ao salário pago em diversas cidades com receita inferior a da nossa ci-dade. Quando compara-se ao valor da hora aula paga ao professor que atua nas cre-ches (PDI I), o valor cai para R$ 9,37 h/a. A nossa luta continua pela reposi-ção das perdas salariais que nossa ca-tegoria tem sofrido por muitos anos!

Marcia Tavares- Presidente do SINPEMOR e Dirigente Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

SINPEMOR ajuda a pro-mover a mudança nos ru-mos da direção da APOS

Página 2 Página 3 Página 4Ação de Mandato de Segu-rança para o cumprimento da Lei 11.738

É cada vez maior o consenso sobre a importância e o papel transformador da Educação. Mas é preciso com urgência que sejam superados os pro-blemas do Sistema Educa-cional Brasileiro.O SINPEMOR tem estudado e procurado encontrar solu-ções para estes problemas educacionais que em Osasco ganham uma proporção gi-gantesca!

De uma forma resumida, são destacados alguns de nossos problemas:

1.Sucessivas políticas pú-blicas descontextualizadas com a realidade de nos-sas escolas e que sangram o cofre público em vários milhões de reais, sem re-sultado concreto de melho-ria da qualidade de ensino;

2.Desrespeito às leis educa-cionais:

•Não sendo apresentado um Plano de Carreira do Ma-gistério com aplicabilidade, principalmente nas questões da Progressão funcional; •Não sendo apresentada uma proposta para a im-plantação da Lei do Piso Nacional, com o pagamen-to do Piso Nacional desde janeiro de cada ano e 1/3 da jornada de trabalho com atividades SEM ALUNOS; •Não sendo elabora-do um Plano de Carrei-ra para os demais Pro-fissionais da Educação; •Com uma gestão escolar não democrática, à medida que os ocupantes dos car-gos de diretor, vice-diretor, coordenador, supervisor, não são escolhidos para que sejam atendidas as ne-cessidades do ensino, mas para balançarem bandeira de partido político na épo-

ca de campanha eleitoral (porque será que as escolas ficaram com sua direção “em férias” justamente no 1º/2º turnos da eleição?);•Pelo não incentivo à dis-cussão do Plano Muni-cipal de Educação para que a política de ESTA-DO para os próximos 10 anos esteja estabelecida;•Não havendo uma po-lítica pública constante para que os salários dos profissionais da Educa-ção sejam recompostos no mínimo com o pagamento das perdas inflacionárias;

3.Sucessivas e anuais re-provações das contas pú-blicas do Executivo pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que atingem diretamente a educação, e exemplo dis-to foi a falta de dinheiro em nossas escolas munici-pais durante todo o ano de 2014, que comprometeu o desenvolvimento peda-gógico e administrativo;

4.Sucessivas notas baixas considerando-se as metas estabelecidas pelo IDEB, o que deixa claro a ineficácia das políticas públicas que continuam a ser aplicadas na Educação Municipal.

O SINPEMOR, apesar de todas as dificuldades que encontra pelo caminho, de-fende incondicionalmente a categoria. Temos uma diretoria que atua sempre a favor de uma Educa-ção Pública de qualidade, apontando os erros, mas os administradores continuam não prestando atenção. Se cada um está escolhendo um lado, o nosso é continu-ar a defender incondicio-nalmente a Educação Públi-ca de qualidade para todos!

Compare as ações em defesa dos direitos!

SINPEMOR ajuda a promover a mudança nos rumos da direção da APOS

A diretoria do SINPEMOR e professores apoiadores, em novembro de 2013, em 3 dias organizaram a chapa 2 Renova-ção para disputar a eleição na APOS. Conseguiu-se elaborar materiais de di-vulgação da chapa 2 Renovação, com distribuição em todas as unidades edu-cacionais, e foi apresentada para os professores a opção de MUDANÇA. Com a experiência da Central Inter-sindical, essa união de forças fez com que fossem retirados da direção da APOS professoras que estavam acomo-dadas por 20 anos consecutivos, sob o marasmo do eterno diálogo e mesmi-ce permanente com a Administração. Os professores entenderam o mo-mento histórico que se vivia e ele-geram a chapa 2 RENOVAÇÃO.Durante todo o processo eleitoral dei-

xou-se claro que o SINPEMOR apostava na parceria com uma nova direção na APOS,

Eleição da APOS em 2013 com a chapa 2 eleitaFoto: Carlos Roberto - kaká

Mesa de análise do Plano de Carreira, a lei 168/2008

Em decisão conjunta, a diretoria do SINPEMOR e a diretoria da APOS, indicaram a professora Rosemeire Valentim (vice-presidente do SINPE-MOR) para representar os interes-ses dos professores municipais no Grupo de Trabalho que faz a revisão do Plano de Carreira do Magistério.A participação semanal da pro-fessora Rosemeire Valentim nes-te Grupo de Trabalho, precede de estudo da legislação educacional que dá as diretrizes para a elabo-ração do novo Plano de Carreira.E estes são os principais as-suntos que o SINPEMOR tem defendido para o próximo Pla-no de Carreira do Magistério:- Concurso Público para os diretores de escola;- Salário igual para todos os profes-sores que atuam na educação bá-

sica com formação superior, defen-dendo a total ISONOMIA SALARIAL, tanto PEB I, PEB II, PDI I e PDI II;- Formas de Progressão Funcio-nal por títulos que respeite todos os títulos dos professores de for-ma que incentive a buscada forma-ção continuada e Progressão por Merecimento, que possibilite um reconhecimento do exercício da função docente tendo como con-trapartida melhoria de salário;- Aplicação da lei nº 11.738, que trata da aplicação de 1/3 da jor-nada com atividades extraclasse;

Professora Rosemeire Valentim (vice-presidente do SINPEMOR) para representar os interesses dos professores municipais no Grupo de Trabalho que faz a revisão do Plano de Carreira do Magistério.

apesar de comentários de professores não acreditando na forma como atuaria um ou

outro professor na chapa 2 Renovação, mas se apostou no conjunto, em de-cisões coletivas e não na vontade iso-lada de um ou de outro diretor, agin-do contra a categoria do Magistério.A diretoria do SINPEMOR estabeleceu com a diretoria da nova APOS uma PARCERIA DE LUTA COLETIVA, sob a condição de continuidade enquan-to os interesses da categoria permane-cer acima de qualquer empecilho, fos-sem eles políticos ou administrativos. Passado um ano da retomada da APOS, o SINPEMOR comemo-ra a conquista histórica e lembra mais uma vez que a PARCERIA DE LUTA COLETIVA precisa ser man-

tida a favor do Magistério de Osasco.

E é preciso que o prefeito Lapas assi-ne portaria de nomeação dos mem-bros desta Comissão Revisora do Plano de Carreira, para que o Magis-tério seja contemplado com um Pla-no de Carreira decente, que valorize de verdade o Magistério municipal.O ritmo está muito lento e a fal-ta de atrativo em Osasco re-presenta mensalmente um nú-mero elevado de exonerações.É preciso agir rápido, prefei-to! Dois anos já se passa-ram e quase nada avançou!

Participação da diretoria do SINPEMOR no Conselho Mu-nicipal de Educação (CME) e Conselho do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

O SINPEMOR, através de eleições de-mocráticas, tem elegido membros da sua diretoria e apoiadores do Sindicato para compor estes colegiados, para uma melhor representação da Educação munici-pal de nossa cidade.No Conselho Muni-cipal de Educação, temos as professo-ras Rose Valentim (CEMEI Tarcilla Fornasaro), Virgí-nia (EMEF Max Zendron), Mar-cia Tavares (EMEI Pedro Martino) e Armene (creche Elza Battiston).No Conselho do FUNDEB temos as professoras Daniela

Forte (CEMEI Tarcilla Fornasaro) e Da-niela Leonese (EMEF Quintino Bocaiuva).No Conselho Municipal de Educação se estuda o projeto de lei que organiza o Plano

Municipal de Educação de Osasco para os Estamos Atentos!

Ação de Mandado de Segurança para o cumprimento da Lei 11.738

SINPEMOR entra na justiça para garantir que o direito dos professores a 1/3 da jorna-da de trabalho sem aluno seja respeitado.

Sim, tentou-se mais de uma vez trazer as demais entida-des para se organizarem na cobrança do cumprimento da aplicação de 1/3 da jornada para que o professor tivesse melhores condições de se preparar para as au-las.Propôs-se mais de uma vez que se tomasse medidas práticas con-tra o descumprimento da lei.Em duas Assembleias chamadas pela APOS, o posicionamento desta e da representante do SINTRASP foi de espe-rar mais tempo .O SINPEMOR, to-mou então a iniciati-va: ingressou na justiça com uma ação de nº 1018297-

02.2014.8.26.0405 para que o direito dos professores a 1/3 da jornada de trabalho sem aluno seja respeitado!Governo sério deveria cumprir a lei sem qualquer demora e não temos a função de prote-ger secretários ou prefeitos.Não se pode dizer para a ca-tegoria que ela é quem decide se quer que a lei seja aplicada ou não. Temos a obrigação de defender a categoria!

Lei existe para ser cumprida!

próximos 10 anos, com a necessidade que seja um plano que atenda as necessidades da população e não interesses politiqueiros.Há ainda a elaboração de Parecer que aponta a necessidade de cumprimento da Resolução nº 5/2010 do Conselho Nacio-nal de Educação que trata da obrigatorie-dade em se constituir o Plano de Carreira dos demais Profissionais da Educação. Também está sendo desenvolvido um es-tudo sobre as crianças que tem a idade para estarem matriculadas em creches. No FUNDEB, a atenção das professoras está voltada para a comprovação do uso do dinheiro do FUNDEB, em relação aos 60% destinados ao pagamento de salários de professores e os demais 40% para o pa-gamento dos demais profissionais da Edu-cação e para a manutenção da educação.

Compare as ações em defesa dos direitos!

Todos contra a Terceirizaçãoe a precarização do trabalho!

Propaganda mais enganosa que tem surgido é a apresentação da terceirização de servi-ços públicos como uma forma de se obter maior eficiência na Administração Pública. O que se tem observado na prática é a piora na prestação dos serviços públicos, o que pode envolver em muitos casos, um meio ilícito de utilização da terceirização como forma de enriquecimento ilícito, o que pode levar à casos de corrupção.Este modo de corrupção pode ser iniciada com uma contratação emergencial, com dispensa de licitação, com empresas que superfaturam contratos de serviços terceiri-zados, que alinham interesses econômicos e eleitorais para um futuro financiamento de campanha para algum político (este vai contratar empregados que serão seus cabos eleitorais nesta empresa terceirizada, o que burla a realização de concurso público).Ao invés destes valores serem repassados

para estas pseudo-organizações sociais e empresas prestadoras de serviços, deveriam ser empregados na eficiência dos serviços públicos. É falsa a impressão que a tercei-rização é boa para o Estado brasileiro, mas quem for mais atento perceberá que terceiri-zar tem saído muito caro para o cofre públi-co.Ao escolher terceirizar serviços, os administradores públicos passam a não investir nos serviços de edu-cação e de saúde, sucateando os sistemas públicos de saúde e edu-cacional. Outro aspecto a ser observado são os baixos salários pagos aos traba-lhadores que são empregados nes-tas empresas terceirizadas. Estudos realizados demonstram que os trabalhadores terceirizados chegam a receber menos 27,1% em compa-ração aos outros trabalhadores que exercem a mesma função.A jornada de trabalho dos trabalhadores terceirizados é de pelo menos 3 horas a mais

semanalmente e há grande rotatividade, o que alterna períodos de trabalho e períodos de desemprego. Outros prejuízos que sofrem estes trabalha-dores precarizados é o não recebimento de todos os seus direitos trabalhistas, além do crescimento de acidentes de trabalho. Entre outros motivos, o que por hora éapresentado, mostra-se suficiente para que todos se posicionem contra o PL nº 4330 querepresenta o maior ataque aos direitos dotrabalhador.

Seminário Terceirização, destruição de direitos e resistência social - Foto; Nelson Ezídio

Informativo do “SINPEMOR” Simdicato dos Professores Municipal de Osasco.Facebook: https://www.facebook.com/sinpemor.osascoe-mail: sinpemor@ig.com.brFiliação -INTERSINDICAL - Central da Classe Trabalhadora e a FEPROEM - Federação dos Professores do Estado de São Paulo.Tiragem Exemplares: 5000Diagramação: Carlos Roberto - kaká

Outros prejuízos que sofrem estes traba-lhadores precarizados é o não recebimento de todos os seus direitos trabalhistas!

Se sem o afastamento sindical de direito o SINPEMOR tem feito tan-to pela Educação, não acredite que justamente agora o SINTRASP terá todas as melhores intenções. Nosso atraso salarial, nossas per-das enquanto categoria é justamen-te porque se intitulam representan-tes legais, mas nunca proporam ações contínuas de luta em favor de nossos profissionais de Educação!

CUIDADO, não se engane.