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КВІТЕНЬ 2019 N.o 532 (3961) ABRIL 2019 BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL Інформативний бюлетень Українського Товариства Бразилії Al. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected] PROJETO MEMÓRIA UCRANIANA ATRAVÉS DO ACERVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL Já se passaram quase 128 anos desde que a primeira leva de ucranianos aportou no Brasil. Por muitas décadas separados da pátria, os ucranianos buscaram formas de convivência que os fortalecessem como comunidade e que mesmo distantes de sua terra os fizessem sentir aconchegados por sua religião, cultura, suas tradições. Estarem reunidos para rezar, para cantar, lembrar de sua saudosa Ucrânia e dos queridos que lá ficaram, fazia parte do espírito fraternal que naturalmente os unia. Já em 1897 começou a ser organizada a primeira paróquia pelos Padres Basilianos e em 1898 tentou-se fundar a primeira entidade cultural-educativa. Nos anos seguintes outras associações civis com esta finalidade formaram-se especialmente nos estados do Paraná e Santa Catarina. Porém não prosperaram conforme se almejava. Todavia, uma delas fundada em 1922 se mantém viva e atuante até os dias de hoje. Trata-se da Sociedade Ucraniana do Brasil que teve como seu primeiro nome “Ukrainskei Soius” e é a mais antiga organização civil ucraniana no Brasil. Perto de completar seus 100 anos servindo a comunidade ucraniana do Brasil, tem sob sua guarda um rico acervo histórico- documental da trajetória dos ucranianos neste país que os acolheu, inclusive da Sociedade Tarás Chevtchenko fundada em 1908 e que foi incorporada à Sociedade Ucraniana do Brasil. Muitos fatos da história dos ucranianos no Brasil ainda permanecem desconhecidos dentro e fora da Ucrânia e precisam ser estudados. Preocupados com a preservação deste rico acervo, hoje em estado vulnerável de conservação, estamos lançando o “Projeto Memória Ucraniana através do acervo da Sociedade Ucraniana do Brasil”. Com ele, pretende-se implantar ações para a preservação e conservação do acervo, organização, digitalização de documentos de imigração, livros ata, fotografias, as edições do periódico “Hliborob” (o jornal O Lavrador) que circula desde 1924, itens artísticos e etnográficos. Desta forma o acervo poderá ser disponibilizado a nível nacional e internacional para que estudantes e pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento possam acessá- lo. Para este trabalho estamos selecionando pessoas voluntárias, estudantes, professores e profissionais que desejem dedicar seu tempo para este importante projeto. Também precisamos do apoio financeiro da comunidade, visto ser necessário adequar o espaço e mobiliário da sala do arquivo histórico bem como do Museu Ucraniano de Curitiba, pertencente à Sociedade Ucraniana do Brasil. Temos certeza da importância deste projeto para a preservação de nossos documentos originais para as gerações futuras e para a contribuição de uma escrita de uma história ucraniana global a partir do acervo da Sociedade Ucraniana do Brasil. Para contribuir com este projeto entre em contato conosco através do email [email protected] ou pelo fone/whattsApp 3224-5597 (de segunda a sexta das 13:00 as 18:00 horas). Mirna Slava Kirylowicz Voloschen Presidente EDITORIAL

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КВІТЕНЬ 2019N.o 532 (3961) ABRIL 2019BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Інформативний бюлетень Українського Товариства БразиліїAl. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

PROJETO MEMÓRIA UCRANIANA ATRAVÉS DO ACERVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Já se passaram quase 128 anos desde que a primeira leva de ucranianos aportou no Brasil. Por muitas décadas separados da pátria, os ucranianos buscaram formas de convivência que os fortalecessem como comunidade e que mesmo distantes de sua terra os fizessem sentir aconchegados por sua religião, cultura, suas tradições. Estarem reunidos para rezar, para cantar, lembrar de sua saudosa Ucrânia e dos queridos que lá ficaram, fazia parte do espírito fraternal que naturalmente os unia. Já em 1897 começou a ser organizada a primeira paróquia pelos Padres Basilianos e em 1898 tentou-se fundar a primeira entidade cultural-educativa. Nos anos seguintes outras associações civis com esta finalidade formaram-se especialmente nos estados do Paraná e Santa Catarina. Porém não prosperaram conforme se almejava. Todavia, uma delas fundada em 1922 se mantém viva e atuante até os dias de hoje. Trata-se da Sociedade Ucraniana do Brasil que teve como seu primeiro nome “Ukrainskei Soius” e é a mais antiga organização civil ucraniana no Brasil. Perto de completar seus 100 anos servindo a comunidade ucraniana do Brasil, tem sob sua guarda um rico acervo histórico-documental da trajetória dos ucranianos neste país que os acolheu, inclusive da Sociedade Tarás Chevtchenko fundada em 1908 e que foi incorporada à Sociedade Ucraniana do Brasil. Muitos fatos da história dos ucranianos no Brasil ainda permanecem desconhecidos dentro e fora da Ucrânia e precisam ser estudados. Preocupados com a preservação deste rico acervo, hoje em estado vulnerável de conservação, estamos lançando o “Projeto Memória Ucraniana através do acervo da Sociedade Ucraniana do Brasil”. Com ele, pretende-se implantar ações para a preservação e conservação do acervo, organização, digitalização de documentos de imigração, livros ata, fotografias, as edições do periódico “Hliborob” (o jornal O Lavrador) que circula desde 1924, itens artísticos e etnográficos. Desta forma o acervo poderá ser disponibilizado a nível nacional e internacional para que estudantes e pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento possam acessá-lo. Para este trabalho estamos selecionando pessoas voluntárias, estudantes, professores e profissionais que desejem dedicar seu tempo para este importante projeto. Também precisamos do apoio financeiro da comunidade, visto ser necessário adequar o espaço e mobiliário da sala do arquivo histórico bem como do Museu Ucraniano de Curitiba, pertencente à Sociedade Ucraniana do Brasil. Temos certeza da importância deste projeto para a preservação de nossos documentos originais para as gerações futuras e para a contribuição de uma escrita de uma história ucraniana global a partir do acervo da Sociedade Ucraniana do Brasil. Para contribuir com este projeto entre em contato conosco através do email [email protected] ou pelo fone/whattsApp 3224-5597 (de segunda a sexta das 13:00 as 18:00 horas).

Mirna Slava Kirylowicz VoloschenPresidente

EDITORIAL

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ПРОЕКТ УКРАЇНСЬКОЇ ПАМ'ЯТІ ЧЕРЕЗ КОЛЕКЦІЮ УКРАЇНСЬКОГО ТОВАРИСТВА БРАЗИЛІЇ

переклад на українську мову: Любов Ваврущак Пройшло вже майже 128 років з моменту першої хвилі напливу українців у Бразилії. Протягом багатьох десятиліть, будучи відокремленими від своєї Батьківщини, українці шукали шляхів співіснування, які б зміцнювали їх як громаду, і що навіть далеко від своєї землі вони б відчували себе затишно через свою релігію, культуру та традиції. Вони збиралися разом, щоб молитися, співати, згадувати про свою далеку України та своїх близьких, які там залишились і це було частиною братського духу, який, природно, об'єднав їх. Вже в 1897 році почала організовуватися перша парафія отців василіян і в 1898 р. була заснувана перша культурно-просвітницька установа. У наступні роки з цією ж метою були створені інші громадські об'єднання, особливо в штатах Парана та Санта Катаріна. На жаль, вони не процвітали так, як цього хотілося б. Хоча одне з цих об’єднань, засноване в 1922 році, і донині залишається живим і активним. Це Українське Товариство Бразилії, першим ім'ям якого було «Український Союз», і є найстарішою українською громадською організацією в Бразилії. Близьке до 100-річного ювілею свого служіння українській громаді Бразилії, воно має у своєму розпорядженні багату колекцію історико-документальної траєкторії українців у цій країні, яка їх прийняла, у тому числі Товариства Тараса Шевченка, заснованого в 1908 році, яке було включено до Українського Товариства Бразилії. Багато фактів з історії українців в Бразилії, як і раніше, залишаються невідомими в Україні і поза її межами і їх потрібно вивчати.

Занепокоєні збереженням цієї багатої колекції, яка зараз є у жалюгідному стані, ми запускаємо "Проект української пам'яті через колекцію Українського Товариства Бразилії". Він призначений для реалізації заходів щодо збереження та відновлення колекції, її організації, сканування імміграційних документів, книг, фотографій, видань газети «Хлібороб» (газета «Lavrador»), що виходить з 1924 року, художніх і етнографічних предметів. Таким чином колекція може бути доступна на національному та міжнародному рівнях, щоб студенти та дослідники з найрізноманітніших областей знань мали доступ до неї.

Для цієї роботи ми відбираємо волонтерів, студентів, викладачів і фахівців, які бажають присвятити свій час цьому важливому проекту. Нам також потрібна фінансова підтримка громади, оскільки необхідно адаптувати приміщення історичного архіву, а також Українського Музею Курітіби, що належать Українському Товариству Бразилії. Ми впевнені у важливості цього проекту для збереження оригіналів наших документів для майбутніх поколінь і також для внеску у написанні світової української історії з колекції Українського товариства Бразилії.

Щоб взяти участь у цьому проекті, будь ласка, зв'яжіться з нами по електронній пошті [email protected] або за телефоном / whattsApp 3224-5597 (з понеділка по п'ятницю з 13:00 до 18:00 hr).

Мірна Слава Кирилович ВолошинГолова

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GESTÃO DE ACERVOS E PRESERVAÇÃO

A Associação de Restauradores e Conservadores de Bens Culturais – ARCOIT promoveu o curso “Preservação e escolhas de Sofia”, ministrado pela bibliotecária Ana Virgínia Pinheiro, que é chefe da Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional brasileira e membro do Comitê Nacional do Brasil do programa Memória do mundo da UNESCO, representando a Biblioteca Nacional. O curso aconteceu nos dias 8, 9 e 10 de abril nas dependências da Biblioteca Pública do Paraná, tendo como participantes historiadores, bibliotecários e restauradores de diversos estados do Brasil. No programa do curso, tratou-se da análise dos processos de gestão de acervos e Preservação, desde a análise biológica como requisito para toda e qualquer ação/intervenção, decorrentes das políticas de Preservação. Foram discutidos os critérios para a tomada de decisão sobre o quê, quando, como e por que restaurar, considerando o antes e o depois de ações de conservação e da restauração propriamente dita até o momento da microfilmagem, digitalização ou fac-símile de raridades.

Buscando conhecimento e contatos para o “Projeto Memória Ucraniana através do acervo da Sociedade Ucraniana do Brasil”, participou deste curso a Sra. Mirna Voloschen, que recebeu a ministrante Ana Virgínia e algumas colegas em visita ao Museu Ucraniano de Curitiba. Na ocasião

ORGANIZAÇÃO FEMININA PROMOVE AÇÃO DE APOIO AO PROJETO MEMÓRIA UCRANIANA

ATRAVÉS DO ACERVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Em evento ocorrido no dia 13 e 14 de abril no Pavilhão Étnico do Memorial de Curitiba, a Organização Feminina promoveu a venda de doces e chocolates com o intuito de divulgar e angariar fundos para o projeto que visa a preservação, conservação, organização e digitalização do acervo histórico documental da Sociedade Ucraniana do Brasil. Esta ação foi possibilitada pelo Folclore Ucraniano Barvinok, organizador do evento “Dia da Ucrânia”, que gentilmente cedeu um espaço para a montagem de um estande para esta finalidade. Com a venda dos produtos preparados pelas diretoras da Organização Feminina, o valor arrecadado foi de R$ 1.174,00. Este valor somado ao arrecadado com a venda de rifa de uma almofada ucraniana bordada pela Srª Anna Luciw Hryckiw, perfazem um total de R$ 1.674,00 A Sociedade Ucraniana agradece aos seus departamentos pelo apoio e em especial às diretoras que trabalharam diretamente nesta ação, Elisabete Araújo, Uliana Borsuk Czarny, Maria de Lourdes Morski, Marilene Malhovano Sanchez, Anélia Borsuk Czarny, Lilia Zonta, Larissa Malhovano Sanchez, Anna Luciw Hryckiw e Lara Dombrowski.

Mirna S. Kirylowicz Voloschen

Da esq. para dir. Elisabete Araújo, Uliana Borsuk Czarny, Maria de Lourdes Morski, Marilene Malhovano Sanchez, Anélia Borsuk Czarny, Lilia Zonta, Larissa Malhovano Sanchez

as visitantes ouviram sobre a história da imigração ucraniana para o Brasil, sobre as atividades da comunidade e sobre o papel da Sociedade neste contexto. Em clima de descontração, após a visita ao Museu, alguns participantes do curso saborearam pratos da culinária ucraniana no tradicional “Barbaran”.

Mirna S. Kirylowicz Voloschen

Mirna Voloschen e Ana Virgínia Pinheiro

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UCRANIA ELEGE SEU NOVO PRESIDENTE:Vladimir Oleksandrovych Zelenski

22 de abril de 2019.

Três cenários para o presidente Zelenskyi: Volodymyr Zelenskyi vence a segunda rodada das eleições presidenciais na Ucrânia. De acordo com os dados da sondagem recolhidos no momento em que as assembleias de voto fecharam, 73 por cento dos eleitores votaram por Zelenskyi, 25,5 por cento em Petro Poroshenko. (...) Tanto os ucranianos quanto a comunidade internacional estão ansiosos para saber o que está por vir para o país. A mídia ucraniana “Novoe Vremya” (New Time) entrevistou especialistas para descrever três previsões possíveis para a presidência de Volodymyr Zelenskyi.

A UCMC - Ukraine Central Media Center apresenta uma versão traduzida abreviada do texto.

O primeiro e mais provável cenário:um presidente fraco

Na essência: Volodymyr Zelenskyi não será capaz de estabelecer uma direção própria para o país avançar e vai aderir à linha atual, enquanto balança conforme anda. De acordo com o analista político Volodymyr Fesenko, do Instituto Ucraniano de Análise e Gestão Política, ninguém estará realmente entendendo qual a direção geral de seus movimentos. A fraqueza da equipe de Zelenskyi será evidente em todos os níveis - o sexto presidente da Ucrânia não adotará uma política independente e não pessoal. O analista político Vitaliy Kulyk diz que funcionários públicos serão nomeados ocasionalmente, até mesmo para os principais cargos. Os recursos financeiros serão compartilhados pelos empresários próximos ao recém-eleito chefe do estado, como Ihor Kolomoyskyi (Kolomoyskyi é considerado a segunda ou terceira pessoa mais rica da Ucrânia depois de Rinat Akhmetov e Viktor Pinchuk) e entre seus parceiros. O novo presidente não terá uma política

Declaração do Ministério das Relações Exteriores

da Ucrânia sobre a decisão provocativa e criminal do Kremlin de emitir

passaportes russos para cidadãos da Ucrânia

nos territórios ocupados. 25.04.2019

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia manifesta com veemência o seu protesto em relação ao Decreto do Presidente da Rússia, que abre o caminho para a emissão ilegal de passaportes russos nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia nas regiões de Donetsk e Luhansk. Consideramos este documento juridicamente nulo, que não vai mudar o vínculo com a cidadania ucraniana para moradores de territórios de Donbass ocupados pela Rússia. A Rússia, novamente violando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, faz mais um passo intencional, visando a destruição dos Acordos de Minsk, sendo uma parte destes. Tais ações são ingerência grosseira nos assuntos internos da Ucrânia e continuação das tentativas russas de anexar a região ucraniana de Donbass. Essas ações têm como objetivo desestabilizar a situação política interna na Ucrânia, no período pós-eleitoral, demonstrando a intenção da Rússia de continuar sua agressão, e confirmando a ausência de interesse em qualquer redução da escalada. A emissão de passaportes para cidadãos da Ucrânia, é o reconhecimento aberto por parte do Kremlin, do fato da ocupação de territórios nas regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia. Isso mais uma vez desmascara uma ideia-chave da propaganda russa sobre o "caráter interno do conflito". É particularmente preocupante o fato de que a prática ilegal de emissão de passaportes em territórios ocupados pela Rússia foi conduzida pelo Kremlin em outros conflitos anteriores com outros países, como pretexto legal e humanitário para a continuidade da agressão. Neste sentido, exigimos que o Kremlin cancele esta decisão vergonhosa, e apelamos para a comunidade internacional de reagirem através de endurecimento de pressão de sanções políticas e diplomáticas contra o estado agressor.

Fonte: https://brazil.mfa.gov.ua/pt/press-center/news/72098-zajava-mzs-ukrajini-shhodo-provokativnogo-ta-zlochinnogo-rishennya-

kremlya-pro-vidachu-rosijsykih-pasportiv-gromadyanam-ukrajini-na-okupovanih-teritorijah

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externa distinta. Ele não estará enfatizando as aspirações do país à adesão à OTAN, na tentativa de manter o apoio do leste. Por outro lado, ele não ousará fechar todos os contatos com a Aliança. É improvável que as relações com a Rússia mudem. Kulyk está convencido que “o novo presidente pretende construir estratégias que serão neutras em seu núcleo. Não se deve esperar a ousada retórica militar como costumava ser com Poroshenko. Em vez disso, Zelenskyi evitará por todos os meios o encontro com Putin e Medvedev”. A política interna irá permitir uma facção ou um grupo de "Servo do Povo" (Sluha Narodu) já na convocação real do Parlamento no Outono, que conterá várias "flip-floppers" (cambalhotas). Não será suficientemente numeroso para tomar decisões importantes, mas expressará a posição do Presidente no Parlamento. Se nada mudar e a Casa Branca continuar “supervisionando” a Kyiv oficial, a economia permanecerá inalterada. O que vai mudar é que ele se tornará menos regulamentado, disse Serhiy Fursa, especialista em vendas de renda fixa. Enquanto o programa do FMI estiver ativo no país, a economia não enfrentará fortes choques, enquanto seu crescimento modesto poderá recuar. Sob o cenário de “presidente fraco”, o sistema de governo estará ligeiramente mudando da atual república parlamentar-presidencial para a república parlamentar, onde os poderes do chefe do Estado vão realmente encolher ainda mais. “O problema é que as expectativas de Zelenskyi são muito altas. Em cerca de um ano haverá desilusão maciça. A janela de possibilidades é muito pequena e é incrivelmente difícil chegar a tempo de fazer qualquer coisa abruptamente ”, disse o especialista político Volodymyr Fesenko.

Cenário pessimista: caos

Na essência: O recém-eleito presidente começará a adotar diferentes reformas, mas não terá sucesso em nenhuma delas. “Aqui e ali, será um movimento caótico em todos os lugares ao mesmo tempo e em nenhum lugar. Para um país que precisa de reformas, será igual à morte dolorosa ”, disse Vitaliy Kulyk.

A falta de realizações fará com que o partido "Servo do Povo" marque o mínimo nas eleições, enquanto os poderes reais passarão para o Parlamento controlado pelos oponentes de Zelenskyi. Política doméstica. Devido à falta de experiência, o Presidente Zelenskyi corre o risco de ficar preso em burocracias durante meses, assumindo o perito político Petro Oleshchuk. Um "buraco burocrático" virá como resultado. Os aliados de Zelenskyi começarão a lutar pelo poder, enquanto o governo fará uso da fraqueza mostrada pelo chefe de Estado e tentará se apoderar do poder antes das eleições parlamentares. "A fraqueza do presidente levará à desilusão, por isso seus resultados nas eleições parlamentares serão modestos", garante Oleshchuk. Sob tal cenário, Zelenskyi não deveria estar esperando formar um governo “domesticado”. A maioria anti-presidencial surgirá na Verkhovna Rada (o parlamento ucraniano). Assim, a agenda política no país vai chegar ao confronto entre o presidente e a Rada. Devido à lei de impeachment adotada, Zelenskyi estará à beira da extinção antecipada de poderes. É provável que ele cruze essa linha rapidamente. Política externa Os especialistas estão convencidos de que existe uma possibilidade, pequena, mas não descartável, de que a Rússia reforce sua agressão em Donbas e consiga uma ofensiva aberta. O Kremlin pode ser parado apenas por pressão externa. A crise política interna trará o país ao caos. Oleshchuk vê a “armadilha de Donetsk” como um cenário mais realista. Moscou começará a chantagear o governo de Kyiv com a escalada das hostilidades no leste, oferecendo "paz" em seus próprios termos. No final, Vladimir Putin convencerá Zelenskyi a implantar a missão de paz com membros russos no território ocupado e conceder a autonomia das "repúblicas". A sociedade ucraniana vai explodir de raiva e vai desestabilizar o país. Mais uma vez, o resultado é o impeachment. Economia Se o chamado “grupo Kolomoyskyi” começar a reapropriar seus ativos, incluindo o Privatbank, isso arruinará a imagem positiva do país com os parceiros internacionais. O investimento na economia ucraniana pelas principais instituições financeiras do mundo chegará a zero. "A Europa e os EUA vão parar com as garantias (reembolso)", disse Andriy Kolodyuk, sócio-gerente da AVENTURES CAPITAL. Nesse cenário, a cooperação com o FMI será suspensa, o que também significa inadimplência. O governo desembolsou UAH 400 bilhões (US$14,9 bilhões) para pagar a dívida do estado neste ano, mas

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começará a crescer mais rapidamente. O bem sucedido pelo trabalho anticorrupção da equipe de Zelenskyi, dará as boas-vindas ao investimento estrangeiro, o que é favorável para a economia ”, disse o especialista. Zelenskyi tem uma sugestão decente em seu programa - montar o Serviço para investigações financeiras que irão tirar a função de investigações econômicas da aplicação da lei. Só isso se tornará um sinal positivo para os negócios. "Será uma conquista real que pode se tornar um avanço", disse o especialista. Mesmo sendo um cenário positivo não significa que Zelenskyi terá apoio maciço na sociedade. De acordo com uma recente pesquisa de opinião do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KMIS), as principais demandas que os eleitores têm para o novo presidente são: 39,1% querem que as tarifas de serviços públicos caiam, 35,5% - parlamentares, juízes e o Presidente sejam retirados da imunidade, 32,4% querem que inicie ou acelere a investigação sobre os mais notórios crimes de corrupção. O Presidente poderá implementar a segunda demanda e apenas parcialmente a terceira, a primeira está além de sua área de responsabilidade. O analista político Fesenko está convencido de que o showman que virou presidente terá que trabalhar duro para permanecer no cargo durante todo o período. Zelenskyi estará enfatizando a comunicação com as pessoas. Ele continuará usando livestreams (plataformas de vídeos) nas mídias sociais como seu método de impressão digital. "Será vital para ele mostrar alguns casos em que os principais atores serão presos e confirmar o aumento do bem-estar para se manter à tona", disse o especialista.

Fonte: http://uacrisis.org/71698-weekly-update-ukraine-13-15-21-apriil

o pico do pagamento da dívida externa é esperado para 2020. O país não vai lidar com a carga sem o FMI. O analista baseou sua previsão no cenário positivo do desenvolvimento da economia mundial, caso contrário a Ucrânia está enfrentando uma catástrofe. A Economia estará indo para o padrão. A situação que vimos nas primeiras semanas após a repetição da Maidan - o poder se concentra nas mãos da maioria na Rada e a relativa estabilidade só surge depois que um novo presidente é eleito.

Cenário positivo: “será o servo do povo”

Na essência: Os especialistas não descartam que Volodymyr Zelenskyi possa ser um reformador eficiente e decisivo. Política externa Zelenskyi conseguirá negociar um novo apoio mais amplo do Ocidente no combate à Rússia. Política doméstica Sob um cenário positivo, o recém-eleito Presidente dissolverá o Parlamento em suas primeiras semanas de mandato. Zelenskyi vai lançar o cenário de "leis elaboradas por pessoas" e terá a maioria dos votos na Rada já no verão. O novo presidente, em seguida, forma o governo fiel engajando especialistas estrangeiros confiados pelos EUA. Baseando-se na legitimidade do Presidente, os novos gestores realizam reformas fundamentais para esclarecer a economia paralela e introduzir medidas para aumentar a atratividade do investimento. Kolomoyskyi e seus parceiros não receberão nenhum “incentivo” das autoridades e continuarão a contestar em juízo a decisão do caso Privatbank. Economia Segundo o especialista em economia Danylo Monin, encorajado pelas primeiras conquistas do presidente, novos investimentos podem começar a fluir para o país. Mais do que isso, os preços das matérias-primas aumentarão e no terceiro trimestre de 2019 deve-se esperar crescimento econômico. “Se o Parlamento introduzir o imposto sobre a saída de capital vigente em 2020, a economia

Quais as nuances do populismo que chega ao poder na Ucrânia

João Paulo Charleaux 22 Abr 2019

A eleição do comediante Volodymyr Zelenskiy para presidente da Ucrânia no domingo (21), com

Volodymyr Zelenskiy comemora vitória eleitoral na Ucrânia Foto: Stringer/REUTERS 21.04.2019

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73% dos votos, marcou a história do país: nunca antes um político havia obtido votação tão expressiva para o cargo. Além do mais votado, Zelenskiy será também, aos 41 anos, o político mais jovem a ocupar a presidência da Ucrânia, cargo no qual deve permanecer pelos próximos cinco anos de mandato, com direito a tentar a reeleição em 2024. Caberá a esse jovem e inexperiente presidente equilibrar a Ucrânia na fronteira geopolítica entre a Europa e a Rússia – potência com a qual os ucranianos permanecem em tensão militar desde a perda de parte de seu território, a Crimeia, para as tropas de Vladimir Putin, em 2014.

O nome do partido é o mesmo nome da série de televisão na qual Zelenskiy interpretava Vasyl Holoborodko, um simples e honesto professor de história que se torna presidente e passa a combater os velhos políticos corruptos da Ucrânia.Durante a campanha eleitoral, Zelenskiy não se esforçou para separar a identidade do político real e do personagem fictício.

A mistura entre ator e personagem Zelenskiy entrou para a vida político-eleitoral em 31 de dezembro de 2018, quando anunciou que disputaria a presidência pelo partido Servo do Povo, fundado menos de um ano antes.

Ele participou de apenas um debate eleitoral com seu oponente no segundo turno e priorizou o contato direto com seus eleitores por meio das próprias redes sociais. A onda de comediantes no poder

A entrada de um comediante para a vida política não é exclusividade da Ucrânia. Ela acompanha uma onda de políticos neófitos que fazem da inexperiência um trunfo. Em janeiro de 2016, a Guatemala também elegeu um comediante para presidente. Jimmy Morales – cujo personagem, no Brasil, seria próximo à figura de Tiririca – derrotou

políticos tradicionais e assumiu a presidência. Na Itália, o M5S (sigla italiana para Movimento Cinco Estrelas), fundado em outubro de 2009 pelo comediante Beppe Grillo, venceu as eleições parlamentares de março de 2018 e passou a formar o atual governo junto com a Liga, de extrema direita. Os três casos têm, no entanto, nuances importantes. A principal delas é que, na Guatemala e na Itália, os comediantes investiram num discurso populista de mão dura, com ênfase nas questões de segurança, enquanto na Ucrânia – único dos três países recentemente marcado por uma guerra, com a Rússia, que até agora, deixou 13 mil mortos – Zelenskiy se esforçou por manter a imagem leve e o discurso vago. As nuances do novo populismo

Alguns jornais europeus definiriam Zelenskiy como expoente de um “populismo simpático”, que não explora divisões, mas ressalta aspectos comuns da identidade ucraniana. O comediante recusou-se a fazer campanha com base no medo, e suas referências foram mais ao presidente francês, Emmanuel Macron, do que ao presidente americano, Donald Trump. A estratégia de não assumir um discurso forte e de se proteger atrás do personagem da série também teve um lado negativo para Zelenskiy. Ele é acusado por adversários de agir como marionete do magnata Ihor Kolomoïski, acionista de oito emissoras de TV ucranianas, incluindo 70% das ações do 1+1 Media Group, cujo canal, 1+1, presente em 95% dos lares nacionais, transmitiu a série de Zelenskiy. Por ser um novato completo na cena política, por ter feito uma campanha ideologicamente vaga e por não ter participado de muitos debates ao longo da disputa, é difícil precisar onde Zelenskiy situa-se ideologicamente. Mesmo assim, ele deixou pistas de que pretende seguir uma cartilha econômica liberal, com promessas de privatizar empresas públicas, manter a independência do Banco Central e seguir o roteiro de recuperação econômica proposto pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que mantém programas de cooperação com a Ucrânia. A tentativa de deixar o passado soviético

A Ucrânia vem passando por transformações profundas e nem sempre pacíficas. O país saiu da

Beppe Grilllo, comediante e ativista do Movimento 5 Estrelas, na Sicília. Foto: Massimo Barbanera/REUTERS - 22.10.2012

Militar monta guarda em blindado sob a bandeira russa, dentro do território daCrimeia. Foto: Baz Ratner/REUTERS - 01.03.2014

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órbita soviética com o fim da Guerra Fria, em 1991, e, desde então, teve seis presidentes. Como muitos vizinhos do Leste Europeu, o país guarda um passado comum com a Rússia, que em grande medida ainda trata as ex-repúblicas soviéticas como satélites, barganhando sobretudo com a venda de gás. Em 2014, a Rússia apoiou a realização de um plebiscito, considerado ilegal pelas Nações Unidas, que terminou com a separação da região ucraniana da Crimeia. Apenas os moradores da região participaram. Em seguida, tropas russas ocuparam a região, que desde então permanece ligada a Moscou, mas em disputa latente. Ao ser informado da vitória eleitoral, o presidente eleito dirigiu-se aos cidadãos das outras ex-repúblicas soviéticas para dizer que sua vitória demonstra que “tudo é possível” – num exemplo das declarações entusiasmadas e vagas que marcaram a campanha.

Após a independência da Ucrânia, nos anos 1990, os políticos pró-Rússia foram perdendo paulatinamente o controle sobre a porção ocidental do país e, em seguida, sobre sua porção central. Nessas regiões, os votos eram em sua maioria para candidatos pró-Europa, enquanto, do lado leste, o voto era mais ligado às vertentes simpáticas à conexão com Moscou. Na eleição deste domingo (21), em que nenhum dos dois candidatos representava a vertente pró-Moscou, Zelenskiy venceu em 26 das 27 regiões.

A renovação da renovação

O atual presidente, Petro Porochenko, tentava a reeleição, contra Zelenskiy, mas não passou dos 24,5% dos votos no segundo turno. Porochenko havia assumido a Ucrânia em 2014

como uma figura de contraposição a seu antecessor, Viktor Yanukovych, que era visto como abertamente pró-Rússia. Assim como Porochenko foi visto como uma renovação a Yanukovych, agora Zelenskiy é visto como renovação a Porochenko – o que revela o desejo ucraniano de virar a página de Guerra Fria a todo custo, e, com isso, aproximar-se cada vez mais da Europa. Agora, “uma parte da população [que aposta por Zelenskiy] espera nada menos que um milagre, enquanto a outra [que não votou por ele e que desconfia dele] não espera nada além de uma catástrofe”, resumiu Benoît Vitkine, correspondente do jornal francês Le Monde para o Leste Europeu, que esteve cobrindo as eleições em Kiev, capital da Ucrânia. O ambiente de tudo ou nada descrito pelo analista do Le Monde também foi realçado por Porochenko, que, ao admitir a derrota, fez troça com a carreira de comediante de Zelenskiy, dizendo que os problemas militares que o país ainda enfrenta são coisa séria.

A economia em dificuldade

Zelenskiy apresenta uma agenda econômica liberal, com referência a privatizações, anistia fiscal a grandes devedores e fortalecimento das agências anti-corrupção, como forma de superar o passado marcado tanto pela herança de uma burocracia soviética quanto pelos estragos de um capitalismo sem freios que entrou no Leste Europeu a partir dos anos 1990, ignorando regulações fiscais e ambientais. Dos 44 milhões de habitantes da Ucrânia – de acordo com dados do censo mais recente, de 2001 – entre 3 e 6 milhões de trabalhadores deixaram definitivamente o país desde 2014 ou fazem dele uma espécie de país dormitório, trabalhando em países vizinhos, principalmente na Polônia. Diferentemente do que ocorre nos países da Europa Central, na Ucrânia a preocupação é maior com quem sai do que com quem entra para trabalhar dentro de suas fronteiras, pois o país sofre com a evasão de jovens e de mão de obra qualificada. Hoje, 12% do PIB (Produto Interno Bruto) da Ucrânia vem de envios feito por cidadãos ucranianos no exterior.

As incógnitas para o futuro

O sistema político-eleitoral ucraniano mistura elementos do presidencialismo e do parlamentarismo. Por isso, tão importante quanto o resultado de domingo (21) é o que ocorrerá no dia 27 de outubro, quando serão escolhidos os 450

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membros da próxima legislatura. Na Ucrânia, o presidente nomeia seu primeiro-ministro, que deve ter a nomeação confirmada pelo Parlamento. O presidente nomeia sozinho também os ministro da Defesa e das Relações Exteriores, além do procurador-geral e dos comandantes das forças de segurança. O restante das nomeações do gabinete são feitas em sintonia com o Parlamento, que aponta os nomes para que o presidente e o primeiro-ministro confirmem ou rejeitem em seguida.Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/04/22/

Quais-as-nuances-do-populismo-que-chega-ao-poder-na-Ucr%C3%A2nia

Porque Poroshenko perdeuDennis Soltys

(...) A história pode lembrar bem de Poroshenko por uma longa lista de sucessos que ele patrocinou ou que ocorreram em seu mandato, incluindo viagens sem visto para a Europa, revertendo o gás da Europa, e uma Igreja Ortodoxa independente para citar apenas três. Ele encorajou um renascimento cultural para os ucranianos étnicos sem alienar os outros. No entanto, como Poroshenko admitiu tardiamente nos últimos dias da campanha eleitoral, que seu principal fracasso foi nomear muitos camaradas políticos para posições-chave da administração do Estado. Ele não conseguiu transformar a governança de uma base personalizada clientelista para uma moderna racional e legalmente responsável, que os cidadãos exigiam após a Revolução da Dignidade em 2014. Poroshenko talvez não possa ser responsabilizado por não perceber que a sociedade estava se modernizando e se afastando das preocupações paroquiais para valores universalistas ao longo dos anos. Em 1991, a orientação geopolítica e cultural do país estava em um impasse, porque os russófonos conservadores ocupavam posições de

liderança estratégica, especialmente na indústria, nas finanças e nas agências de segurança. O presidente ucraniano Leonid Kuchma, um russo que atuou de 1994 a 2004, costumava se perguntar “que tipo de país estamos construindo?” E declarou uma política externa “multi-vetorial”. O agressivo Viktor Yanukovych, apoiado por Moscou de 2010 a 2013, achou que um governo abertamente autoritário se sentaria bem com o público. Mas muita coisa mudou na Ucrânia desde a independência e, especialmente, desde a Revolução da Dignidade. A primeira modernização foi a ampla expectativa de que as eleições seriam genuinamente contestadas e, na maior parte, justas, especialmente se monitoradas por observadores estrangeiros que os cidadãos ucranianos recebem com entusiasmo. Com cinco presidentes diferentes nos vinte e sete anos anteriores a Zelenskiy, o presidente médio recebe apenas um mandato de cinco anos, uma rotação que não é nem muito rara nem muito frequente. Além disso, o público mostrou sua disposição de se levantar com pesados sacrifícios na Revolução Larga de 2004 e na Revolução da Dignidade de 2014, quando sua expectativa de eleições livres foi revogada. O público sabe que pode substituir os maus presidentes e os maus presidentes sabem que podem e serão substituídos. A contestação eleitoral genuína com o monitoramento estrangeiro foi firmemente fixada na cultura política do país. Antecipando que o campo de Poroshenko tentaria inflar sua parte dos votos, a equipe de Zelenskiy conduziu a contagem de votos paralelos no primeiro turno e constatou que a parcela de Zelenskiy correspondia quase exatamente à figura anunciada pela Comissão Eleitoral Central. Isso significa que Poroshenko não tentou usar recursos administrativos, não conseguiu mobilizá-lo ou não ousou usá-lo na presença de monitores estrangeiros. A segunda modernização ocorreu dentro da sociedade civil. Após as revoluções de 2004 e 2014, voluntários e grupos cívicos perceberam que não é suficiente mudar os governos, mas que eles também precisam monitorar as atividades do governo. Consequentemente, o voluntariado é bem desenvolvido na Ucrânia, especialmente em nível local, e os grupos de vigilância desejam ter mais influência também no nível nacional. Durante a Revolução da Dignidade, grupos cívicos aprenderam a trabalhar e a confiar em outros parceiros horizontais. Muitos desses grupos se tornaram permanentes. Esta "geração de Maidan" ficou desapontada que "sua" revolução parecia ter sido roubada por Poroshenko. Agora parece que a mudança geracional desejada virá afinal, e a face dessa geração é Zelenskiy. A terceira modernização foi a consolidação de uma identidade nacional. Três fatores são

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que perdeu a vitória na segunda rodada das eleições, e sua esposa Maryna cumprimentam os jornallistas e a população durante uma manifestação em Kiev, Ucrânia, 22 de abril de 2019. REUTERS / Viacheslav Ratynskyi

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responsáveis: os mais jovens cresceram, as medidas de construção nacional de Poroshenko contribuíram, assim como a anexação russa da Criméia e a invasão militar. A consciência nacional aumentou mais nas regiões tradicionalmente mais russificadas do sudeste e quase alcançou o oeste e o centro. Nenhum candidato pró-Rússia teve a chance de ganhar a presidência, e a eleição de 2019 foi a primeira a não ter candidatos pró-russos entre os candidatos. Foi também o primeiro em que os candidatos não tentaram jogar a carta étnica divisora. As questões primordiais da eleição foram anticorrupção e boa governança, questões que atravessam etnias e eras e trouxeram Zelenskiy a maioria em todas as regiões. Sendo um russo falante do sudeste, Zelenskiy ajudou a levar o sudeste à política nacional, embora a região finalmente tivesse decidido se juntar ao resto do país em uma ampla frente democrática. O Ocidente, o centro e o oriente agora concordam com a necessidade de um governo democrático e responsável, e a punição do governo oligárquico torna-se mais plausível. Em relação à secularização política e valores universalistas, Zelenskiy é de origem judaica e este fator não desempenhou nenhum papel na eleição. Ele é, portanto, o primeiro presidente judeu de um país da Europa Oriental. Isso deve, mas não irá, colocar propaganda do Kremlin mostrando a Ucrânia como um foco de anti-semitismo para descansar. e o leste agora todos concordam com a necessidade de um governo democrático e responsável, e a correção do domínio oligárquico se torna mais plausível. Em relação à secularização política e valores universalistas, Zelenskiy é de origem judaica e este fator não desempenhou nenhum papel na eleição. Ele é, portanto, o primeiro presidente judeu de um país da Europa Oriental. Isso deve, mas não irá, colocar propaganda do Kremlin mostrando a Ucrânia como um foco de anti-semitismo para descansar. e o leste agora todos concordam com a necessidade de um governo democrático e responsável, e a correção do domínio oligárquico se torna mais plausível. Em relação à secularização política e valores universalistas, Zelenskiy é de origem judaica e este fator não desempenhou nenhum papel na eleição. Ele é, portanto, o primeiro presidente judeu de um país da Europa Oriental. Isso deve, mas não irá, colocar propaganda do Kremlin mostrando a Ucrânia como um foco de anti-semitismo para descansar. Como pode a presidência de Zelenskiy começar? Graças, em grande parte, a Poroshenko, o país está numa situação muito menos precária do que em 2014. Mas, ao se debruçar sobre a única questão da anticorrupção, Zelenskiy alimentou grandes expectativas, nas quais ele precisará agir rapidamente ou ver sua reserva de recursos. boa vontade corroer. Com as eleições parlamentares

em outubro, ele estará em uma boa posição para constranger o parlamento a remover a lei odiosa que dá imunidade aos parlamentares e facilita a corrupção. Da mesma forma, ele poderia gerar apoio para si mesmo reformando o sistema judicial e supervisionando a implementação de um tribunal anticorrupção eficaz. Com todo o país consolidado, ele tem a oportunidade de fazer o bem, mas seu único recurso é um impulso moral que inevitavelmente começará a desaparecer. Zelenskiy seria sensato em resistir às seduções do Kremlin, que poderiam comprometer sua posição moral e seu curso político, e sábias em ignorar as noções inspiradas no Kremlin para re-russificar a Ucrânia. A política étnica é uma distração de que ele não precisa, se pretende avançar nas reformas econômicas. Alegações circulam sobre sua dependência do oligarca Ihor Kolomoisky, mas Zelenskiy diz que suas relações com o oligarca são apenas cordiais. Vale a pena lembrar que Kolomoisky assumiu uma posição patriótica no início da guerra de Donbas e que, pelo menos por agora, as declarações reformistas de Zelenskiy deveriam ser tomadas como verdadeiras. Zelenskiy e sua comitiva do sudeste vão re-descobrir que o Kremlin não tem interesse no sucesso de qualquer presidente ucraniano e tentará obstruir as reformas econômicas semeando confusão. Em tempo, As obstruções do Kremlin levarão Zelenskiy e os habitantes do sudeste a apreciar o núcleo nacional-democrata étnico-ucraniano do país, que ele costumava satirizar em sua série cômica de televisão. Isso unificará a nação política ainda mais. Em suma, a Ucrânia continuará avançando, aprendendo com seus erros, seguindo o caminho evolucionário para a modernidade política dentro de um merecido cenário civilizatório europeu.

*Dennis Soltys é professor no departamento de administração pública e desenvolvimento internacional da Universidade KIMEP em Almaty, Cazaquistão.

Fonte: https://www.atlanticcouncil.org/blogs/ukrainealert/why-poroshenko-lost

Como a história julgará PoroshenkoAlexander J. Motyl / 24 .04.2019

A maioria dos eleitores e analistas da Ucrânia detesta o presidente Petro Poroshenko, que perdeu sua chance em um segundo mandato em 21 de abril. No entanto, a história provará que estão errados e o julga o líder mais bem-sucedido da Ucrânia. De fato, Poroshenko entrará nos anais como o homem que consolidou o estado, a nação, a democracia e o mercado da Ucrânia; que girou a Ucrânia em direção ao Ocidente e longe da Rússia e que salvou a Ucrânia dos mercenários russos e

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tropas regulares russas comandadas pelo homem forte da Rússia, Vladimir Putin, em Donbas. Os historiadores notarão que Poroshenko construiu um exército e lutou contra os russos e seus representantes até que parassem. Que ele reformou a polícia regular. Que ele limpou o setor bancário profundamente corrupto, estabilizou a moeda e racionalizou os preços da energia. Que ele supervisionou as reformas da educação e da medicina e um renascimento da língua e cultura ucranianas. Que ele conquistou a independência da Igreja Ortodoxa Ucraniana. Que ele começou a reparar a infra-estrutura arruinada da Ucrânia, promoveu a independência energética do país e transferiu o comércio da Rússia para o Ocidente. Que ele delegou autoridade e recursos ao governo local e permitiu que a sociedade civil e a mídia independente prosperassem. E isso ele reduziu as fontes institucionais e estruturais da corrupção.

Acima de tudo, eles vão lembrar que Poroshenko ganhou uma eleição justa e livre em 2014 e depois, depois de perder uma eleição justa e livre em 2019, graciosamente admitiu, demonstrando assim que a democracia da Ucrânia não é mais transitória, mas consolidada. As fraquezas de Poroshenko - seu fracasso em confrontar a elite corrupta, limitar o poder dos oligarcas e falar a verdade ao povo - aparecerão como meros pecadilhos pessoais depois de alguns anos de governo de Volodymyr Zelenskiy. Se Zelenskiy for bem-sucedido como reformador - e as chances disso são excepcionalmente pequenas -, os historiadores verão Poroshenko como o homem que tornou as reformas de Zelenskiy politicamente e institucionalmente possíveis. Se Zelenskiy prova ser, como muitos críticos suspeitam, um fantoche de Ihor Kolomoisky ou algum outro oligarca ainda mais nefasto, então os cinco anos de mandato de Poroshenko brilharão positivamente em comparação. Ele será visto como o presidente que tentou coibir a

O presidente da Ucrânia e candidato à presidência, Petro Poroshenko, participa de um debate político com seu rival, o comediante Volodymyr Zelenskiy, no Estádio Nacional do Complexo Esportivo Olimpiyskiy, em Kiev, Ucrânia, em 19 de abril de 2019. REUTERS / Valentyn Ogirenko

corrupção, mas foi sucedido por um comediante que retrocedeu e deixou que a transgressão floresça. Ironicamente, é uma situação ganha-ganha para Poroshenko. O mesmo se aplica à alegada propensão singular de Poroshenko de evitar dizer a verdade. Mesmo que seja tão notório quanto seus críticos afirmam, os ucranianos logo aprenderão algo que deveriam ter aprendido quase trinta anos atrás: que todos os formuladores de políticas mentem, porque mentir é o cerne da formulação de políticas, especialmente a formulação de políticas democráticas. Os historiadores também irão comparar a falsidade de Poroshenko com a de seus antecessores e de seu sucessor. Qualquer avaliação objetiva no meio do caminho mostraria que ele não é pior, e provavelmente muito melhor que Viktor Yanukovych, Viktor Yushchenko, Leonid Kuchma e Leonid Kravchuk. Sem surpresa, a disposição de Zelenskiy de evitar dizer a verdade cresceu exponencialmente desde sua vitória no primeiro turno em 31 de março. Essa característica só crescerá em destaque à medida que a mídia o atacar, Naturalmente, os defensores de Zelenskiy negarão a possibilidade da avaliação positiva de Poroshenko pela história. No momento, aquecendo-se como estão em sua vitória esmagadora, seu ceticismo parece justificado. Mas a história e os historiadores trabalham de maneiras engraçadas e as reavaliações futuras raramente correspondem às avaliações contemporâneas. Quem sabe? Yanukovych foi expulso de Kiev em 2004 e depois voltou em triunfo em 2010. Não se surpreenda se Poroshenko regressar em 2024, depois de Zelenskiy ter sido um fracasso.

*Alexander J. Motyl é professor de ciência política na Universidade Rutgers-Newark.

Fonte: https://www.atlanticcouncil.org/blogs/ukrainealert/how-history-will-judge-poroshenko

Петро Порошенко зателефонував Володимирові Зеленському і привітав його з

перемогою на виборах 30.04.2019, 19:09

Чинний глава держави вважає, що суперництво на виборах залишилося в минулому

Петро Порошенко виступив зі зверненням до народу з нагоди оприлюднення Центральною виборчою комісією офіційних результатів президентської кампанії 2019 року. У своєму виступі, який подаємо повністю, глава Української держави сказав:

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Um militar do exército ucraniano com um míssil anti-tanque durante um desfile militar marcando o dia da independência da Ucrânia em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018. REUTERS / Gleb Garanich

Quando os dardos não são suficientesDiane Francis

A guerra da Rússia com a Ucrânia entrou em seu sexto ano e, apesar da natureza assimétrica do conflito, chegou a um impasse. O presidente russo, Vladimir Putin, claramente violou todas as leis internacionais, mas ninguém quer fazer o trabalho pesado necessário para desalojar Putin dos territórios ocupados. Para os ucranianos, a guerra é uma questão urgente e muito importante que a nação enfrenta. Os dois finalistas à Presidência teve de detalhar seu projeto para resolver o conflito persistente e dispendioso. O presidente Petro Poroshenko prometeu continuar lutando até que os territórios sejam devolvidos e se unam à Otan, e Volodymyr Zelenskiy quer também que os territórios fossem devolvidos, prometendo realizar um referendo sobre a adesão à Otan e diz estar disposto a conversar com Putin. Vários especialistas militares dos EUA foram questionados sobre o melhor caminho a seguir e foram divididos quanto às prioridades: Mais ajuda militar, mais diplomacia, mais sanções, uma limpeza da corrupção ucraniana, ou tudo em graus variados. "Não acho que seja complicado", disse Phillip Karber, assessor de defesa dos governos da Otan e presidente da Potomac Foundation. Karber esteve na Ucrânia trinta vezes, inclusive passando um inverno

«Як чинний Глава держави щойно подзвонив до Володимира Зеленського і привітав його з офіційними результатами виборів, які сьогодні оголосила Центральна виборча комісія.Всі міжнародні спостерігачі визнали їх чесними, прозорими і демократичними. Вони повною мірою відповідали стратегії України на членство в Європейському Союзі та НАТО, яку я послідовно втілював протягом п’яти років свого президентства. Сподіваюся, що новий Президент продовжить цей курс, який повною мірою відповідає національним інтересам України. Але що треба зробити негайно, так це продемонструвати усім нашим партнерам єдину українську позицію в той час, коли роздаванням російських паспортів на окупованих територіях Кремль здійснює черговий етап гібридної війни проти України. В такий спосіб Путін готує обґрунтування нового витка військової агресії під приводом нібито захисту прав громадян Російської Федерації. Росія заслуговує на істотне посилення санкцій проти неї. Це питання буде головним, чому присвячу останні тижні своїх президентських повноважень. Але продовжити і завершити вирішення цієї проблеми — це вже відповідальність нового Президента. Тому вважаю, що ми мали би скоординувати наші зусилля. Суперництво на виборах залишилося в минулому.

Користуючись нагодою, хочу подякувати більш ніж 4,5 мільйонам виборців, які проголосували за мене. Але тепер ми, всі українці, всі разом спільними зусиллями не маємо дати Путіну жодного шансу скористатися перехідним періодом в Україні, нашим демократичним

процесом передачі влади. Розраховую, що така позиція знайде підтримку і у обраного Президента. Володимир Зеленський і я під час телефонної розмови домовилися зустрітися найближчим часом".

https://wz.lviv.ua/news/389623-petro-poroshenko-zatelefonuvav-volodymyrovi-zelenskomu-i-pryvitav-ioho-z-peremohoiu-na-vyborakh?utm_

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na linha frente das batalhas. "Nada vai mudar até Putin decidir que ele não vai mais fazer isso". Karber disse que o Ocidente precisa encontrar maneiras de aumentar os custos de Putin no Donbas. Karber sugeriu que veículos, mísseis e equipamentos, agora armazenados nos Estados Unidos, fossem embarcados para a Ucrânia, sem nenhum custo para o contribuinte americano. Ele sugeriu que 400 "Bradleys" ou tanques; 24 Cobras (helicópteros de ataque); seis Hawkeyes (sistema de comando e controle aéreo); e 70 mísseis Harpoon (armas anti-navio em bombardeiros) ajudariam a equalizar a situação da Ucrânia. "De repente, a situação seria muito diferente", disse ele. "Esse aumento não seria uma escalada, mas sim reciprocidade". O representante especial dos EUA na Ucrânia, Kurt Volker, enfatizou uma mistura de diplomacia, defesa militar e sanções. "Não quero que a Ucrânia lance uma nova ofensiva militar porque perderá", disse ele em uma entrevista. “Mas a Ucrânia deve reforçar sua capacidade defensiva para fornecer um forte impedimento à agressão russa. Segurando o chão, aumentando os custos para a Rússia”. Ele disse que a diplomacia continua importante e que o governo ucraniano deve continuar comprometido com os Acordos de Minsk e apoiar a proposta de uma missão de manutenção da paz da ONU. “A luta ativa deve parar no Donbas. A Crimeia está em uma trajetória diferente e isso envolve sanções ”, acrescentou. Infelizmente, a realidade é que Putin detém todas as cartas no momento. A Ucrânia está anos longe de se qualificar para ingressar na OTAN, e os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não conseguiram aplicar o Memorando de Budapeste, que prometia proteção para a Ucrânia em 1994, depois que ele entregou suas armas nucleares. Após a invasão de 2014, o regime de Obama se recusou a fornecer armas defensivas letais, devido a preocupações com a reação da Rússia. Um ano atrás, o governo Trump deu um pequeno passo, entregando armas defensivas letais, ou 30 sistemas de mísseis antitanque Javelin. Mas pouco mudou no chão. Os combates continuaram e em novembro a Rússia confiscou navios e marinheiros ucranianos para bloquear e controlar o transporte marítimo em dois portos ucranianos. Alguns especulam que isso está em preparação para aproveitar mais território. Michael Carpenter, diretor sênior do Centro Penn Biden de Diplomacia e Envolvimento Global e ex-subsecretário adjunto de Defesa do Departamento de Defesa, acredita que o conflito serve ao propósito da Rússia. "Sua solução ideal é um governo de Kyiv

subserviente ao Kremlin", disse ele. A Ucrânia precisa de mais ajuda militar e as atuais sanções à Rússia não são duras o suficiente, disse Carpenter. "O bloqueio total de sanções a um único grande banco russo, ou a proibição de todas as transações financeiras por grandes bancos russos, teria um enorme impacto nos mercados financeiros e nos daria maior alavancagem", disse Carpenter. “Em vez disso, sanções ao 26º maior banco da Rússia, um banco de compadrio na Rússia, mas tão pequeno que era fácil [para comparsas] reconfigurar carteiras.” Em contraste, acrescentou ele, as sanções contra o Irã, por exemplo, funcionaram. Eles levaram o país à mesa de negociações e encolheram sua economia 9% ao ano durante três anos, encolheram as exportações de petróleo de 2,5 milhões para 1,1 milhão de barris por dia e congelaram US $ 120 bilhões em reservas iranianas no exterior. Ben Hodges, general aposentado e ex-comandante do Exército dos Estados Unidos na Europa, concordou que Putin permanece destemido. Ele acrescentou que a corrupção sistêmica da Ucrânia não ajuda sua causa. “Eu acho que o esforço da Ucrânia é prejudicado pelo nível de corrupção. E os russos exploram isso. O recente escândalo, envolvendo a burocracia da defesa, destrói o moral e prejudica a competência do povo na Ucrânia. E no Ocidente, existe o perigo da fadiga da Ucrânia à medida que a corrupção continua ”. Hodges disse que a fábrica de tanques de Kharkiv ilustra o que não está funcionando. Lá, os trabalhadores consertam tanques danificados pela batalha do exército ucraniano, mas também produzem novos tanques para exportação. “No entanto, o governo [ucraniano] tem pedido ao Ocidente que forneça equipamento básico. Algo está errado com o sistema. Não há transparência de seu orçamento de defesa. Isto precisa ser explicado." No futuro, o próximo presidente da Ucrânia não só deve deixar claro para os aliados que a Rússia representa uma ameaça existencial contra a Ucrânia, mas também contra o restante da Europa. O caso de mais sanções militares, diplomáticas, e ajuda deve ser feito com força e com freqüência. Como diz um artigo recente de Dennis Soltys, da Universidade KIMEP no Cazaquistão: “A população civil ucraniana e o exército sub-equipado convenientemente guardam a muralha oriental da Europa. Mas tal esforço não pode ser sustentado indefinidamente por um país pobre com uma população inferior a um terço da população da Rússia. Assim, a ajuda militar e econômica do Ocidente é necessária ”. Volker concorda. “Muito maior na lista de prioridades da Europa, deveria ser o fortalecimento

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da Ucrânia. A Europa não está fazendo o suficiente.” A Ucrânia protege a Europa e agora a Europa e seus aliados devem proteger os ucranianos em troca. Sem essa reciprocidade, um inferno virá.

*Diane Francis é membro sênior do Centro do Eurásia do Conselho do Atlântico, editora geral do National Post no Canadá, professora distinta da Escola de Administração Ted Rogers da Universidade de Ryerson e autora de dez livros.

Fonte: https://www.atlanticcouncil.org/blogs/ukrainealert/when-javelins-aren-t-enough

Rússia já testa novo presidente da Ucrânia

Vladimir Putin avançou rapidamente para testar o novo presidente eleito da Ucrânia, e assinou uma lei que permite que milhões de ucranianos que vivem nas regiões ocupadas de Donbas recebam passaportes russos. A decisão provocativa

ocorreu apenas três dias depois que Volodymyr Zelensky, de 41 anos, comediante e sem experiência política, conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais, segundo o The Guardian . A publicação lembra que o Kremlin ainda não felicitou Zelensky ou reconheceu oficialmente o resultado da eleição. Em campanha, Zelensky sinalizou que poderia ser mais receptivo ao compromisso com o Donbas do que o presidente cessante, Petro Poroshenko, e fez campanha em parte pelo esgotamento dos ucranianos com a guerra. Agora, o desafio da Rússia poderia forçá-lo a ter uma linha mais dura. Sua equipe divulgou um comunicado na quarta-feira(24) chamando a decisão da Rússia de outro sinal de que a Rússia é "um estado agressor que está em guerra contra a Ucrânia". A oferta de passaportes russos será vista em Kiev como uma tentativa de continuar a integração dos territórios das regiões de Donetsk e Luhansk na Rússia, bem como para pressionar o novo presidente a chegar à mesa de negociações. “Putin está aumentando as apostas. Esta é uma mensagem séria para a Ucrânia e também para o oeste”, disse Balázs Jarábik, do Carnegie Endowment for International Peace. "Isso tornaria o status dos territórios cada vez mais complicado, e a idéia é forçar Zelensky a iniciar as negociações o mais rápido possível". O momento do decreto, logo após a vitória de Zelensky, pode tornar politicamente mais difícil para o novo presidente buscar um acordo. Antes

da eleição, o chefe de gabinete de Zelensky, Ivan Bakanov, sinalizou durante as reuniões em Washington que a equipe Zelensky seria passível de negociar diretamente com os chamados "LPR" e "DPR", segundo uma fonte informada sobre o conteúdo das discussões. . Diplomatas ocidentais alertaram a equipe de Zelenskyy contra esse rumo, já que isso representaria a narrativa russa de um "conflito interno".

Fonte:https://www.unian.info/politics/10531044-russia-already-testing-ukraine-s-new-president-media.html

Moscou está oferecendo passaportes russos para os moradores das áreas ocupadas de Donbas para pressionar o presidente eleito a se comprometer o mais rápido possível. REUTERS

Poroshenko pede mais sanções contra a Rússia após a transferência de Putin sobre

passaportes no Donbas

Após a decisão da Rússia de facilitar o processo de concessão de passaportes russos aos ucranianos que vivem nas partes temporariamente ocupadas de Donbas, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu às potências ocidentais

que endurecessem o regime de sanções impostas anteriormente à Rússia. Em um comunicado publicado pela Administração Presidencial na quarta-feira(24), ele chamou o decreto do presidente russo Vladimir Putin de "outra interferência sem precedentes da Federação Russa nos assuntos internos de um Estado independente, uma violação brutal da soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia e uma completa atropelando as suas obrigações no âmbito dos acordos de Minsk. " Além disso, o Kremlin, portanto, deliberada e cinicamente viola o direito internacional humanitário, que proíbe as autoridades de ocupação de mudar a cidadania dos habitantes dos territórios ocupados", disse Poroshenko." “A Federação Russa voltou a cruzar as linhas vermelhas, abertamente e descaradamente prejudicando o processo de paz em Donbas. As eleições falsas em 2014 e 2018, a introdução da zona do rublo, a expropriação de empresas ucranianas, o reconhecimento oficial de documentos emitidos por meios ilegais. Não é uma lista completa de medidas destrutivas que o partido russo tomou nos últimos anos ", diz a declaração. Note-se que o objetivo da Rússia é óbvio: "anular os acordos de Minsk, que afirmam claramente o seu compromisso: parar o bombardeio, retirar suas

O presidente em exercício ressalta que a Rússia viola o direito internacional humanitário, que proíbe as autoridades de ocupação de mudar a cidadania dos habitantes dos territórios ocupados. Foto de UNIAN

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O DECRETO Putin assina decreto facilitando procedimento de

cidadania russa para pessoas em

Donbas ocupado 24 de abril de 2019

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que simplifica o procedimento para conceder a cidadania russa às pessoas que vivem no Donbas, ocupado pela Rússia, no leste da Ucrânia. O decreto correspondente foi publicado no site do presidente russo em 24 de abril. “Estabelecer que as pessoas residentes permanentemente nos territórios de certos distritos das regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia têm o direito de solicitar a cidadania da Federação Russa de uma maneira simplificada nos termos da Parte 8 do Artigo 14 da Lei Federal sobre Cidadania da Federação Russa. No. 62-FZ de 31 de maio de 2002 “, diz o texto do decreto. Ele diz que a decisão foi tomada pelo Presidente da Federação Russa “a fim de proteger os direitos e liberdades humanos e civis” com base em “princípios e normas geralmente aceitos de direito internacional”, de acordo com o artigo 29 da Lei Federal nº 62. de 31 de maio de 2002 “On Citizenship of Russian Federation.” O prazo para considerar as candidaturas apresentadas por residentes de Donbas ocupados que procuram a nacionalidade da Rússia não deve exceder três meses a contar da data de apresentação dos seus pedidos e dos documentos necessários. O decreto entrará em vigor no dia da sua publicação oficial.

https://www.unian.info/war/10529577-putin-signs-decree-easing-russian-citizenship-procedure-for-people-in-

occupied-donbas.html

tropas e armamentos, libertar reféns ucranianos, devolver o controle sobre a fronteira do Estado à Ucrânia. Moscou está planejando se livrar das sanções ". A emissão ilegal de passaportes da Federação Russa sob os chamados “cenários da Ossétia do Sul e Transnístria” é uma tentativa de justificar e legitimar a presença militar russa na parte ocupada do Donbas ucraniano, de acordo com o presidente. "Peço aos parceiros internacionais que evitem o pior cenário, condenem severamente as ações destrutivas e criminosas das autoridades russas e fortaleçam o regime de sanções internacionais", disse Poroshenko. Nesse sentido, ele instruiu o Ministério das Relações Exteriores a iniciar imediatamente a discussão desta questão no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, bem como em outros formatos internacionais, em particular a OSCE e a UE. Também foi notado que "a recusa categórica da Rússia em apoiar a iniciativa da Ucrânia e da OSCE de lançar um armistício" Páscoa "a partir de 26 de abril não é acidental.

Fonte: https://www.unian.info/politics/10529961-poroshenko-calls-for-more-int-l-sanctions-against-russia-following-putin-s-move-on-passports-in-donbas.html

O plano de Putin para a Ucrânia

Representantes do Presidente eleito Volodymyr Zelensky, dizem que a expansão das negociações do “formato da Normandia” para resolver o conflito no Donbas, estaria entre suas primeiras iniciativas como presidente da Ucrânia.

Ele gostaria de convidar os Estados Unidos e a Grã-Bretanha a participar das negociações. Essa é uma boa idéia, já que a participação desses países poderia aumentar a pressão sobre a Rússia. No entanto, o problema é que o formato das negociações não é determinado pela Ucrânia. Nem mesmo a Ucrânia com a Alemanha e a França. O formato e o alargamento das negociações são determinados por todos os participantes. E isso significa a Rússia também. Isso pode surpreender a equipe de Zelensky, mas a Rússia e Putin também têm seus próprios interesses. E o principal é a rendição da Ucrânia e seu retorno à esfera de influência russa. Então, qual é o ponto de ampliar o formato, mesmo na estranha chance de que os potenciais participantes concordem com isso? De fato, os possíveis participantes podem ter suas próprias considerações. Os EUA estão negociando com a Rússia em um formato bilateral e esse formato não está funcionando. O formato da Normandia também não está funcionando bem. Claramente, não é do interesse de Washington demonstrar sua própria falta de poder diplomático. E não é simples falar sobre os interesses de Londres agora: depois do "Brexit", a Grã-Bretanha está literalmente paralisada como resultado do mesmo "poder popular" que Zelensky quer introduzir na Ucrânia. É por isso que ninguém deveria nutrir ilusões. A guerra vai se acalmar e vai aumentar novamente, mas não vai desaparecer - da mesma forma que o desejo da Rússia de recapturar a Ucrânia não vai desaparecer. A principal responsabilidade do presidente da Ucrânia é resistir a esse objetivo e defender a soberania do país, trabalhando em conjunto com países que apóiam essa soberania. Em um país em guerra, é isso que significa as palavras "garantidor da Constituição". Todo o resto - a luta contra a corrupção, o poder das pessoas e outros conceitos de peso são muito admiráveis, é claro. Mas no caso de derrota militar ou capitulação política, essas palavras não terão significado. Porque se isso acontecer, não viveremos

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de acordo com o plano de Zelensky ou o plano de Poroshenko, mas de acordo com o plano de Putin.

Traduzido por: Anna Mostovych Fonte: Espreso TV

http://euromaidanpress.com/2019/04/19/putins-plan-for-ukraine/

РАДА УХВАЛИЛА ЗАКОН ПРО МОВУ, ЯКИЙ РОЗГЛЯДАЛА ДВА МІСЯЦІ

Четвер, 25 квітня 2019, 11:02 Народні депутати ухвалили закон № 5670-д "Про забезпечення функціонування української мови як державної", який почали розглядати у другому читанні ще 28 лютого. За це рішення проголосували 278 парламентарів.

Підсумки голосування № 10 За - 278 Проти - 38 Утримались - 7 Не голосували - 25 Всього - 348

Перед голосування нардепам продемонстрували фільм, де до них звернулися письменники, поети, громадські активісти, вчені, актори, церковні діячі, які розповіли про важливість ухвалення закону про функціонування української мови. Також до зали парламенту прийшов Філарет, який перед цим у фільмі заявив, що церква наполягає на ухваленні закону про мову. Крім того у залі був присутній третій президент Віктор Ющенко. Спікер парламенту Андрій Парубій зазначив, що президент Петро Порошенко пообіцяв підписати цей документ. Після ухвалення закону депутати аплодували стоячи, вигукували "Слава Україні", а потім заспівали гімн. Повністю проти проголосувала фракція "Опозиційний блок". Закон набирає чинності через 2 місяці з дня його опублікування за винятком низки статей.Як повідомляє кореспондент "Української правди", люди на площі під Верховною Радою зустріли прийнятий закон про державну мову оплесками і скандуванням "Слава Україні - Героям Слава". Націоналісти запалили фаєри. Акцію закінчили виконанням пісні "Смерека". Президент Петро Порошенко прокоментував рішення парламенту у Facebook, де зазначив, що ухвалення закону про мову – це справді історичне рішення, яке стоїть поряд з відновленням української армії та отриманням

автокефалії Православною церквоюУкраїни. "Українська мова – це символ нашого народу, нашої держави та нашої нації. І я вдячний усім, хто брав участь у розробці, підготовці та реалізації мовного закону, народним депутатам – за голоси "за", та всім українцям за підтримку. Це – ще один надважливий крок на шляху нашої ментальної незалежності", - написав він. Закон закріплює, що єдиною державною (офіційною) мовою в Україні є українська – і вона обов’язкова для органів державної влади і публічних сфер на всій території держави. Публічне приниження чи зневажання української мови буде підставою для притягнення до юридичної відповідальності. За навмисне спотворення української мови в офіційних документах і текстах або створення перешкод та обмежень у застосуванні української мови також каратимуть. "Дія цього закону не поширюється на сферу приватного спілкування та здійснення релігійних обрядів", – зазначається в документі. Крім того, закон зобов’язує посадовців володіти державною мовою та застосовувати її при виконанні службових обов’язків. Також державна мова має використовуватися в освітній сфері і трудових відносинах, у медичній сфері, обслуговуванні споживачів, у публічних заходах, рекламі та в інших сферах.Нагадаємо: •У першому читанні законопроект №5670-д парламент ухвалив 4 жовтня 2018 року. •У грудні 2018 року профільний комітет доопрацював його, розглянувши 2059 поправок. •У лютому Верховна Рада почала розглядати у другому читанні закон "Про забезпечення функціонування української мови як державної". •Вранці 25 квітня біля Верховної Ради проходить акція на підтримку ухвалення закону про українську мову №5670-д.

www.pravda.com.ua/news/2019/04/25/7213533/

VERKHOVNA RADA APROVA LEI QUE HAVIA ANALISADO HÁ DOIS MESES SOBRE A LÍNGUA

Os deputados aprovaram a lei nº5670 “ Sobre a garantia do exercício da língua ucraniana como nacional”, a qual começaram a analisar na segunda apresentação ainda em 28 de fevereiro. A este respeito votaram 278 parlamentares.

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Somatória da votação nº10 A favor - 278 Contra - 38 Nulos - 7 Não votaram - 25 Total - 348

Antes da votação, os deputados apresentaram um filme, no qual a eles se dirigiam escritores, poetas, ativistas da comunidade, estudiosos, atores, representantes religiosos, que falaram sobre a importância da aprovação da lei sobre o uso da língua ucraniana. Compareceu também Filaret que, no filme, declarou que a Igreja insiste na aprovação da lei sobre a língua. Além deste, estava presente o terceiro Presidente Victor Yushchenko. O porta-voz do Parlamento Andriy Parubyi enfatizou, que o Presidente Petro Poroshenko prometeu assinar este documento. Após a aprovação da lei, os deputados aplaudiram em pé, bradaram “Glória a Ucrânia”, e depois entoaram o hino. O “Bloco Oposicionista” na totalidade votou contra. A lei entra em vigor em 2 meses após sua publicação. Conforme informa o correspondente da “Ukrainska Pravda”, na praça junto a Verkhovna Rada, as pessoas receberam a lei sobre a língua ucraniana com aplausos e repetindo “Glória a Ucrânia – Glória aos heróis”. Os nacionalistas soltaram fogos. Terminaram o ato cantando a canção “Smereka”. O Presidente Petró Poroshenko comentou a escolha do Parlamento no facebook, onde declarou, que a aprovação da lei sobre a língua – é na verdade uma escolha histórica, juntamente com a renovação do exército ucraniano e conquista da autocefalia da Igreja Ortodoxa. “A língua ucraniana - é símbolo do nosso Estado e nossa nação. E eu sou grato a todos, que participaram da elaboração, preparação e concretização da lei sobre a língua, aos deputados – pelos votos a favor, e a todos os ucranianos pelo apoio. Este é – mais um passo importante no caminho para a nossa “independência mental”, disse ele. A lei assegura que, a língua nacional (oficial) é a ucraniana – e ela é obrigatória para os órgãos oficiais do governo e para as esferas públicas em todo território nacional. O rebaixamento ou descaso com a língua ucraniana será motivo para processo judicial. Em caso de deturpação deliberada da língua ucraniana em documentos oficiais e textos ou criação de obstáculos e limitações no uso da língua ucraniana também haverá punição. “A abrangência desta lei não alcança o relacionamento na esfera privada e a realização de

celebrações religiosas”, frisa o documento. Além disto, a lei obriga as autoridades a falar na língua nacional e fazer uso dela para a realização de tarefas públicas. A língua nacional também deve ser empregada na esfera da educação, nas relações de trabalho, na esfera médica, prestadores de serviços, em ações públicas, propagandas e outras áreas.

Lembramos que: • No dia 04 de outubro de 2018 o projeto de lei nº5670 foi aprovado em primeira análise pelo parlamento. • Em dezembro de 2018 o comitê de análise revisou 2059 emendas ao projeto. • Em fevereiro o Congresso Nacional começou a segunda análise da “Lei que assegura o uso da língua ucraniana como nacional”. • Na manhã do dia 25 de abril, junto a Verkhovna Rada aconteceu o ato de apoio à aprovação da lei nº5670 sobre a língua ucraniana.

Tradução: Mirna Slava K. Voloschen

Президентські вибори в Україні - Підсумки

21 квітня 2019 року в Україні відбулися остаточні президентські вибори. Володимир Зеленський, 41-річний актор-комік, неофіт, який не мав попереднього політичного досвіду, окрім як на телебаченні президентом, був обраний Президентом України переважною більшістю від 73% до 24%. Це відбулося через три тижні після першого туру, в якому 39 кандидатів змагалися за право брати участь у другому турі. Спочатку зареєструвалися 44 кандидати. П'ять відійшли до першого голосування. Деякі схвалили одного з інших кандидатів. Згідно з виборчим законодавством України, перші два переможці у першому турі зустрінулись у другому турі. 31 березня Володимир Зеленський отримав трохи більше 30% голосів, а чинний президент Петро Порошенко отримав близько 16% голосів. Юлія Тимошенко отримала 13%. Юрій Бойко отримав 12%. Решта 35 кандидатів здобули менше 10%.

Слід зазначити, що реєстрація кандидата на посаду президента є суттєвим процесом, що вимагає, принаймні, Декларацію активів та сплати реєстраційного збору, еквівалентного майже 100 тисячам доларів, звичайно, значної суми, особливо за українськими стандартами. Ці гроші не підлягають поверненню, якщо кандидат не вступить у другий тур. 42

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з 44 кандидатів по суті розтратили цю суму грошей. Більшість кандидатів не мали ілюзій щодо обрання. Деякі з них були кандидатами технічними, висунутими більш серйозними або їхніми прихильниками, щоб відібрати голоси від основних конкурентів. Більшість просто хотіла висунути свої імена перед виборцями, щоб мати змогу або сформувати життєздатну політичну партію, або, принаймні, бути більш легко визнаною особою для політичної партії, яка зараз займає місця в Верховній Раді України. Парламентські вибори в Україні заплановані на осінь цього року. Оскільки Україна не є суто президентською республікою, а квазі-президентсько-парламентською, то її парламент відіграє значну роль у нагляді за функціонуванням виконавчої влади, призначенням міністрів та прийняттям законодавства.

Консенсус серед національних та міжнародних спостерігачів за виборами полягав у тому, що і перший тур і другий відповідали міжнародним демократичним стандартам. Додаткові докази, які підтверджували, що дійсно обидві тури були демократичними, полягало в тому, що кінцеві результати відзеркалювали результати численних опитувань, які проводилися до виборів та при виході у день виборів. Для України це були її сьомі президентські вибори і, ймовірно, з найменшою кількістю порушень. Українські опитування рейтинги стали дещо більш точними, особливо з 2004 року, коли в листопаді більшість передвиборчих, а потім і екзит-полів показали, що Віктор Ющенко був обраний президентом, а Центральна виборча комісія (ЦВК) визнала Віктора Януковича переможцем. Цікаво, що ЦВК це зробила через кілька днів після виборів і повторила майже ті ж цифри, що й кампанія Януковича, в особі Сергія Тігіпка який процитував через десять хвилин після закриття виборчих дільниць. З цього почалась Помаранчева революція, яка завершилася новими виборами через місяць і виборами Віктора Ющенка.

Вищезазначене має розумітися в контексті молодої держави і з історичної точки зору. Українська РСР була другою за величиною і другою найважливішою і чисельною радянською республікою з ядерним арсеналом, який поступався лише Росії. Вона також була державою-членом Організації Об'єднаних Націй. Українська РСР була також найскладнішою республікою

Радянського Союзу, де дисиденти складали 75% всіх радянських політичних в'язнів. Занепокоєння в Україні ретельно контролювалося, оскільки воно розглядалося як небезпека для всієї імперії. Не дивно, що після проголошення незалежності 24 серпня 1991 року Україна стала найменш надійним сусідом Росії, хіба що, можливо, крім прибалтійських держав, які мали одначе менше значення, оскільки Російська імперія не мала потреби продовжувати свою владу там і привласнити їх історію. Росія, яка загарбала цю назву лише в XVIII столітті, була історично Москвою і Московією містом-державою, що виникло століттями після Києва і Київської Русі, попередником сьогоднішньої України. Російські історики, взявши на себе вказівки від російської імператриці Катерини II, просто взяли історію Київської держави в російську історіографію бо це бракувало імперії.

Вибори президентські в інших колишніх радянських республіках, крім країн Балтії, України та Грузії, є досить передбачуваними, Путін, Назарбаєв, Лукашенка і т.п. Президенти залишаються на посаді протягом багатьох років. Натомість, результати виборів в Україні є невизначеними. Фактично за час свого 28-річного існування Україна як незалежна держава на сьогоднішній день мала п'ять президентів, тільки один з яких був переобраний на другий термін. Україна провела, принаймні, дві масові народні революції, одна з яких припинила фальсифікацію президентських виборів у 2004 році, а друга - у 2013-14 роках, зняла з посади кримінального президента, який з метою ухилення від арешту втік до Росії.

Важливо нагадати, що в Радянському Союзі відбувалися вибори. Однак результати були продиктовані зверху, а адміністративний ресурс був використаний для реалізації результату. Ця система в основному збереглася в більшості колишніх радянських республік сьогодні. Неоднорідне використання адміністративного ресурсу відзначено і на деяких попередніх виборах в Україні. Ці останні вибори, здається, відійшли від цього звичаю. Президент Порошенко дійсно гарантував справедливі та рівноправні умови. Переконливі докази цього, хоча й непрямі, полягають у перемозі на користь претендента над чинним, який у більшості випадків користується адміністративним

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ресурсом. Тому останні вибори можна вважати зразковими. Якщо врахувати той факт, що ці вибори були проведені під час воєнного часу, то народу України та її уряду, зокрема, Президенту Порошенку, слід аплодувати, і, незважаючи на його особисту програш, демократичний рівень цих виборів є частиною його спадщини.

Окрім демократичних міркувань, при аналізі сьогоднішньої України деякі цифри, отримані за результатами виборів, дуже тривожні. У другому турі взяли участь 18,491,837 виборців. Попередні вибори Президента України 2014 року включали 18,019,504. Проте в 2010 році на виборах Президента України проголосувало 25,493,529 осіб. Це зниження на 7 мільйонів або 27%. Це пов'язано з низкою факторів: анексія Криму Росією, війна на Сході, той факт, що українські громадяни, які проживають в Росії або сепаратистській Республіці Придністров'я, мали проїхати на великі відстані, фактично в інші країни для голосування. У Росії або в Придністров'ї не було жодних дільниць. Нарешті і, на жаль, напевно, не в останню чергу, з ряду причин, сприятливе послаблення візових вимог для поїздок і роботи в Європі та складні економічні обставини в Україні спровокували більшу міграцію українських громадян за межі України. Тут відіграють численні чинники, але факт залишається фактом: відносини української валюти (гривні) до американського долара становили колись 8 до 1, тоді від 12 до 1. Сьогодні це 27-1. Правда тут маніпуляції Національного банку але ціни зростають, а пенсія та платня не дорівнюють. Як і в більшості демократичних держав з низьким рівнем економіки, чинний президент був відхилений.

Насправді між двома кандидатами на другий етап було мало ідеологічних розбіжностей. Тож дебати зосереджувалися на статистиці чинного президента. Суперник був невідомий повністю, за винятком його телевізійних виступів як актора і коміка. У кінцевому рахунку, рекорд чинного Президента в той час як відносно успішний на культурних досягненнях виявився дефіцитним, щодо війни і, зокрема, економіки. Суперник навіть признав багато культурних досягнень чинного Президента, хоча й намагався зменшити роль його в них. Обидва кандидати висловилися і підтримали європейську інтеграцію та членство в

НАТО. Президент Порошенко старався зобразити себе вдалим головнокомандувачем, будуючи Україну як військову силу і встановлюючи глобальні альянси. Суперник підняв кілька військових невдач цього головнокомандувача. Натомість люди Порошенка намагалися зобразити претендента як проросійського через відсутність вільного володіння українською мовою і, як наслідок, звичайного використання російської мови в його приватному і публічному дискурсі. Проте в кінцевому рахунку це мало малий вплив. Під час одинокою дебати між двома кандидатами претендент переважно говорив слабшою українською мовою, а потім оголосив, що заангажує для себе викладача української мови.

Незважаючи на дві революції, президентські переходи України були гладкими. Президент Леонід Кравчук поступився президенту Леоніду Кучмі в 1994 році. Президент Кучма поступився місцем Президенту Віктору Ющенку в 2004-5 рр. Ющенко уступився Януковичу. Навіть без фактичного обчислення голосів, але на підставі екзитполів, Президент Порошенко визнав вибори президенту Зеленському. Концесійна промова була гідною і примиренною з пропозицією надати допомогу, необхідну для мирного і плавного переходу. З того часу і прем'єр-міністр, і спікер парламенту в Україні висловили свою співпрацю. Деякі міністри діяли аналогічно.

Україна, здається, на шляху до дійсного демократичного правління. Незважаючи на цей очевидний успіх, Україна має суттєві проблеми. Необхідно вести дві війни, проти Росії та корупції. Захід підтримував санкції проти агресора, але президент Росії не розкаявся і, по суті, впертий у своїй агресії. Президент Зеленський зазначив, що до переговорів бажає щоби приєдналися дві країни, які активно підтримують Україну та відіграють значну роль у НАТО, США та Великобританії. Франція та Німеччина продовжуватимуть свої зусилля, які, на жаль, залишилися невдалими, оскільки Росія не дотримується умов Мінської угоди. Спадщина Президента Порошенка включає в себе чверть мільйона армії зі значним арсеналом національних гвардійців, добровольців і зброї. З санкціями, своїми союзниками та власною військовою силою Україна готується для боротьби з Росією. Успіх залишається одначе нелегким оскільки агресія

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Росії і Путіна проти України не раціональна, а патологічна.

Президент Зеленський виступив на платформі очищення корупції в Україні. Його зв'язок з Ігорем Коломойським, одним з найбільших олігархів України, який він намагався дещо прикрити у своїх публічних відгуках, безумовно, викликає питання. Тим не менш, оскільки боротьба з корупцією була основою його кампанії, народ України обов'язково візьме його до відповідальності. З кожним новим поколінням народ стає більш усвідомленим і вимагає верховенства права. Народ прагне вільного, демократичного існування та економічного добробуту. Якщо Президент Зеленський не доставить, є можливість ще однієї революції. Революції інколи зміцнюють націю. На жаль, ця форма демократичного процесу повинна бути останнім засобом, оскільки вона виснажує і породжує нестабільність. Демократична нестабільність все ще є демократією в дії, але вона також живить чужу ворожу російську агресію. Тому, треба пам'ятати що революція все можлива але буде непотрібна бо на ділі Президент Зеленський мусить зрозуміти, що він слуга народу.

Colaboração: Vitório Sorotiuk

BARVINOK em Abril

No mês de abril, o Folclore Ucraniano Barvinok se dedicou integralmente à preparação e

realização da terceira edição do evento ‘Dia da Ucrânia em Curitiba’, que aconteceu nos dias 13 e 14, no Pavilhão Étnico do Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem. Foram dois dias de festa, com apresentações de dança, coral e comercialização de produtos relacionados à cultura ucraniana, tudo de forma aberta ao público. Durante os meses que antecederam o evento, mais de 8 mil varenekes (os tradicionais pasteis recheados) foram preparados por participantes do Folclore Ucraniano Barvinok. Nos dias de festa, o grupo e a diretoria foram ainda voluntários para a organização, decoração, vendas, cozinha, limpeza e recepção dos grupos convidados, de mais de 15

cidades, e expositores, para proporcionar a melhor experiência aos participantes do evento.

O Dia da Ucrânia também movimentou o setor turístico da capital, já que pelo menos 15 grupos vieram de outras regiões do estado e do país, juntamente com seus familiares, para se apresentarem no palco do Pavilhão Étnico, sendo esses grupos:

Folclore Ucraniano Sonhachnek (Cascavel), Ballet Vesná (Capitan Miranda, Paraguai), Grupo Folclórico Ucraniano Tchóven (São José dos Pinhais), Grupo Folclórico Ucraniano Poltava (Curitiba), Folclore Ucraniano Vesná (Roncador), Grupo Folclórico Ucraniano Volênia (Boa Ventura de São Roque), Grupo Folclórico Fialka (União da Vitória), Stchastia Folclore Ucraniano (Campo Mourão), Grupo Folclórico Ucraniano Soloveiko (São José dos Pinhais), Irmandade Cossaca de Prudentópolis, Folclore Ucraniano Ivan Kupalo (Irati), Folclore Jettiá (Antonio Olinto), Folclore Ucraniano Vesná (Mafra, Santa Catarina), Subotna Schola Lessia Ukrainka, departamento da Sociedade Ucraniana do Brasil, Folclore Ucraniano Spomen (Marechal Mallet),

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Grupo Folclórico Ucraniano Brasileiro Vesselka (Prudentópolis), e o grupo anfitrião, Folclore Ucraniano Barvinok que, entre os dois dias de apresentação, somaram mais de 9 horas de dança folclórica na capital paranaense.

Além das danças, quem prestigiou o evento ainda teve a oportunidade de se deliciar com os varenekes feitos pelo Barvinok, as bolachas da Angelícia Biscoitos Decorados, os holubtis e outros pratos típicos da Baba Olga, as paskas da Ana Piaceski, os defumados e horivkas da Taras Bulba e os doces da Chocolarium – Confeitaria Artesanal, todos produtores ligados à cultura.

Estiveram à venda também acessórios, feitos por Simone Popovicz, Maria Raulik, Lou Raulik Folk e Arte no Tear; pêssankas, feitas por Odessa Fucci e Jorge e Iara Serathiuk, livros ucranianos, expostos por Mirna Voloschen e Vitório Sorotiuk; peças bordadas e demais peças de vestuário, confeccionadas por Adri e Neo Bordados, Eugênia Oleinik.

Porcelanas, vendidas por Motivos Ucranianos Nádia e Vecela Artes – Porcelanas Ucranianas; e

demais peças de artesanato, feitas por Dobrenbel – Artesanato Ucraniano, Francisco Azevedo, Lisa e Sil, Malhovano Artes – Arte em Madeira, Marta Sedyr, Ulfberht Armas e Acessórios e Tetianna Bachtzen.

Para a divulgação, o grupo também promoveu sorteios tanto nas redes sociais quanto no dia do evento. Quem esteve no memorial, pôde participar de ações que incluíam sorteios de rifas, de trajes típicos ucranianos, de acessórios, entre outros sorteios.

Agradecemos aos grupos folclóricos pela parceria e por abrilhantarem ainda mais o evento. Aos expositores por estarem conosco celebrando a cultura ucraniana. À Fundação Cultural de Curitiba, na pessoa de sua Presidente, Sra. Ana Cristina de Castro. À Prefeitura de Curitiba, na pessoa do atual prefeito, Sr. Rafael Greca de Macedo e ao Diretor de Ação Cultural, Sr. Beto Lanza, por cederem o espaço do Pavilhão Étnico e nos apoiarem na empreitada de evidenciar ainda mais uma das culturas mais tradicionais do Paraná. À Presidente da AINTEPAR – Associação Inter Étnica do Paraná, Sra. Blanca Hernando Barco pela presença e apoio. Às autoridades ucranianas que prestigiaram o evento, o Embaixador da Ucrânia, Sr. Rostyslav Tronenko e sua esposa, Sra. Fabiana Tronenko. O Presidente da Representação Central Ucraniana do Brasil, Sr. Vitório Sorotiuk e o Cônsul honorário da Ucrânia no Brasil, Dr. Mariano Czaikowski.

E, por fim, ao público carinhoso e receptivo que nos acompanhou e lotou o espaço nesses dois dias de evento.

Por Maria Luiza G. Costa

Solange M. Melnyk OrestenDiretora do BARVINOK

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a tradicional e do batik inverso, teve no programa o histórico e simbologia das pêssankas A ministrante do curso foi a artesã Juliana Bachtzen, que doou o valor das inscrições do curso para ações do departamento de assistência social da Organização Feminina.

No domingo dia 07, além do bazar, aconteceu o tradicional almoço típico ucraniano de Páscoa, com grande número de pessoas que lotou o salão elogiando muito a deliciosa comida servida preparada pela Dorotéia Sedorco.

À tarde, o Pe. Elias Marinhuk da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora e o Pe. Jefferson Polak, da Igreja Autocéfala Ortodoxa Ucraniana abençoaram as cestas de Páscoa preparadas pelos alunos da Subotna Chkola Léssia Ukrainka. Em seguida, os alunos cantaram as Hailkas. Foi mais um belo evento da Organização Feminina na Sociedade Ucraniana do Brasil.

Marilene Malhovano SanchezDiretora da Organização Feminina

ORGANIZAÇÃO FEMININA em Abril

Antecedendo as festas de Páscoa, a Organização Feminina da Sociedade Ucraniana do Brasil, promoveu nos dias 06 e 07 de abril o Bazar de Páscoa

2019, juntamente com a Associação dos Artesãos de Pêssankas e Artesanato Ucraniano.

O evento aconteceu nas dependências da Sociedade e reuniu cerca de 18 artesãos que expuseram para venda os mais belos trabalhos de artesanato ucraniano, além de deliciosas comidas e chocolates. Durante os dois dias circularam pelo Bazar cerca de 1000 pessoas e os visitantes puderam adquirir os elementos para compor a típica cesta ucraniana de Páscoa, além de presentes originais.

Paralelamente ao Bazar aconteceu o Curso de Pêssankas para adultos, que além de ensinar os alunos a decorar o ovo com duas técnicas diferentes,

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ANUNCIANTES

CONTRIBUIÇÃO AO “O LAVRADOR” Agradecemos à Srª MARIA RAULIK por sua contribuição ao Jornal O Lavrador........R$ 100,00