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ARBOVIROSESARBOVIROSES

- Viroses transmitidas por insetos (mosquitos, carrapatos, etc)Viroses transmitidas por insetos (mosquitos, carrapatos, etc)

- Grande problema de SP em áreas tropicais/temperadasGrande problema de SP em áreas tropicais/temperadas

- A maioria possui caráter ZOONÓTICOA maioria possui caráter ZOONÓTICO

- Duas famílias principais: TOGA e FLAVIVIRIDAE- Duas famílias principais: TOGA e FLAVIVIRIDAE

-Hospedeiros naturais (aves, pequenos mamíferos)Hospedeiros naturais (aves, pequenos mamíferos)

- Hospedeiros acidentais (homem, animais domésticos)Hospedeiros acidentais (homem, animais domésticos)

- Infecções humanas: desde subclínicas até fataisInfecções humanas: desde subclínicas até fatais

- A mais importante é a DENGUE!A mais importante é a DENGUE!

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PRINCIPAIS ARBOVIROSES DAS AMÉRICASPRINCIPAIS ARBOVIROSES DAS AMÉRICAS

Flavivírus Flavivírus

- Dengue – ciclo essencialmente urbano (homem-homem)Dengue – ciclo essencialmente urbano (homem-homem)

- Vírus do Nilo Ocidental – aves silvestres-homem/eqüinosVírus do Nilo Ocidental – aves silvestres-homem/eqüinos

- Febre Amarela – ciclo essencialmente silvestre (primatas)Febre Amarela – ciclo essencialmente silvestre (primatas)

- Febre Amarela Urbana (sob controle/erradicada)Febre Amarela Urbana (sob controle/erradicada)

- Encefalite Saint Louis – esporádica (USA)Encefalite Saint Louis – esporádica (USA)

- Encefalite Japonesa – esporádica (USA)Encefalite Japonesa – esporádica (USA)

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PRINCIPAIS ARBOVIROSES DAS AMÉRICASPRINCIPAIS ARBOVIROSES DAS AMÉRICAS

Alfavírus (TOGAVIRIDAE)Alfavírus (TOGAVIRIDAE)

- Encefalite eqüina do Leste (EEE) – USA, Américas C e SulEncefalite eqüina do Leste (EEE) – USA, Américas C e Sul

- Encefalite eqüina do Oeste (WEE) – centro dos USAEncefalite eqüina do Oeste (WEE) – centro dos USA

- Encefalite venezuelana (VEE) – norte da A. do Sul, CaribeEncefalite venezuelana (VEE) – norte da A. do Sul, Caribe

América CentralAmérica Central

- A ENCEFALITE VENEZUELANA é a mais importante:A ENCEFALITE VENEZUELANA é a mais importante:

Surtos com mais de 100.000 afetadas (+ de 1.000 mortes)Surtos com mais de 100.000 afetadas (+ de 1.000 mortes)

e Mais de 10.000 eqüideos mortos/sacrificados e Mais de 10.000 eqüideos mortos/sacrificados

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ENCEFALITE EQÜINA DO LESTE (EEE)ENCEFALITE EQÜINA DO LESTE (EEE)

- Alfavírus (EEEV)- Alfavírus (EEEV)

- Áreas pantanosas (sudeste dos EUA), A. Central e SulÁreas pantanosas (sudeste dos EUA), A. Central e Sul

- Reservatórios: pássaros (ciclo enzoótico)Reservatórios: pássaros (ciclo enzoótico)

- Vetor principal: Vetor principal: Culiseta melanura (aves), O.sollicitanns (aves-Culiseta melanura (aves), O.sollicitanns (aves-

-Mamíferos)Mamíferos)

-Eqüinos (+, dezenas de casos anuais), faisões, emas, cães (–)Eqüinos (+, dezenas de casos anuais), faisões, emas, cães (–)

- Humanos – aprox. 200 casos até hoje – encefaliteHumanos – aprox. 200 casos até hoje – encefalite

- Prevenção: vacinas (eqüinos)Prevenção: vacinas (eqüinos)

- Humanos: evitar a exposição, combate a mosquitos.Humanos: evitar a exposição, combate a mosquitos.

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ENCEFALITE EQÜINA DO OESTE (WEE)ENCEFALITE EQÜINA DO OESTE (WEE)

- Alfavírus (WEEV)- Alfavírus (WEEV)

- Planícies irrigadas (central dos EUA), Canadá (sul)Planícies irrigadas (central dos EUA), Canadá (sul)

- Reservatórios: pássaros, pequenos mamíferos (coelhos, etc).Reservatórios: pássaros, pequenos mamíferos (coelhos, etc).

- Vetor principal: Vetor principal: Culex tarsalisCulex tarsalis

- Surto de 1941 – 300.000 eqüinos, 3.000 pessoasSurto de 1941 – 300.000 eqüinos, 3.000 pessoas

- Humanos – 700 casos (1964 – 2006) – subclínica > encefaliteHumanos – 700 casos (1964 – 2006) – subclínica > encefalite

- Infecção humana ligada à vida rural, camping, etc.Infecção humana ligada à vida rural, camping, etc.

- Controle : vacina (eqüinos), combate a aves peridomésticasControle : vacina (eqüinos), combate a aves peridomésticas

- Humanos: evitar a exposição, combate a mosquitos, drenagemHumanos: evitar a exposição, combate a mosquitos, drenagem

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ENCEFALITE EQÜINA VENEZUELANA (VEE)ENCEFALITE EQÜINA VENEZUELANA (VEE)

- Alfavírus (VEEV) – relacionado aos VEEV e WEEV- Alfavírus (VEEV) – relacionado aos VEEV e WEEV

- Noroeste da A. do Sul, A. Central, Caribe, BrasilNoroeste da A. do Sul, A. Central, Caribe, Brasil

- Áreas pantanosas, florestas Áreas pantanosas, florestas

- Vetor principal: Vetor principal: Culex sp (mais de 10 espécies)Culex sp (mais de 10 espécies)

- Reservatórios: pequenos mamíferosReservatórios: pequenos mamíferos

- Humanos e eqüinos – hospedeiros acidentaisHumanos e eqüinos – hospedeiros acidentais

- Ciclo enzoótico – mamíferos silvestres-mosquitosCiclo enzoótico – mamíferos silvestres-mosquitos

- Ciclo epizoótico – eqüideos-eqüideos-humanosCiclo epizoótico – eqüideos-eqüideos-humanos

- Surtos a cada ~ 10 anosSurtos a cada ~ 10 anos

- bate a mosquitos, drenagembate a mosquitos, drenagem

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- Surto de 1995-1997 – 13.000 pessoas doentes/ 300 mortosSurto de 1995-1997 – 13.000 pessoas doentes/ 300 mortos- Aprox. 70.000 cavalos doentes/ > 1.500 mortosAprox. 70.000 cavalos doentes/ > 1.500 mortos

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VÍRUS DO NILO OCIDENTAL (WNV)VÍRUS DO NILO OCIDENTAL (WNV)

- Vírus RNA, envelopadoVírus RNA, envelopado

- Família FLAVIVIRIDAEFamília FLAVIVIRIDAE

-Transmitido por insetos (ARBOVÍRUS)Transmitido por insetos (ARBOVÍRUS)

- Importância em humanos e animais – ZOONÓTICOImportância em humanos e animais – ZOONÓTICO

- Um dos principais VÍRUS EMERGENTESUm dos principais VÍRUS EMERGENTES

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Ciclo Natural do WNV

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1937

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New York - 1999New York - 1999

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1999199961 casos61 casos7 mortes7 mortes

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2000200021 casos21 casos2 mortes2 mortes

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2001200166 casos66 casos9 mortes9 mortes

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200220024.156 casos4.156 casos284 mortes284 mortes

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200320039.862 casos9.862 casos64 mortes64 mortes

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200420042.539 casos2.539 casos100 mortes100 mortes

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200520053000 casos3000 casos119 mortes119 mortes

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200620064.268 casos4.268 casos177 mortes177 mortes

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WNV em EQÜINOS -WNV em EQÜINOS -

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Fonte: United States Department of Agriculture Site do CDC

20022002 15.257 casos15.257 casos

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Fonte: United States Department of Agriculture Site do CDC

Estados Unidos (até 2006)Estados Unidos (até 2006)

Humanos – 23.976 casosHumanos – 23.976 casos

762 mortes762 mortes

EqüinosEqüinos 24.872 casos relatados24.872 casos relatados

Aprox. 8.000 mortesAprox. 8.000 mortes

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A INFECÇÃO EM EQÜINOSA INFECÇÃO EM EQÜINOS

- A maioria das infecções é subclínica (>80%)A maioria das infecções é subclínica (>80%)

- A doença ocorre em 10 – 20% dos infectadosA doença ocorre em 10 – 20% dos infectados

- Período de incubação – 3 a 14 diasPeríodo de incubação – 3 a 14 dias

- Viremia curta/níveis baixos – NÃO TRANSMITEViremia curta/níveis baixos – NÃO TRANSMITE!!

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Algumas vezes (20-30% dos casos)Algumas vezes (20-30% dos casos)

- Sinais gerais de infecção (depressão, anorexia, sonolência)Sinais gerais de infecção (depressão, anorexia, sonolência)

- Depressão profunda – decúbito – morte (eutanásia)Depressão profunda – decúbito – morte (eutanásia)

- Curso: 24 – 72hCurso: 24 – 72h

Hipertermia nem sempre presente !!Hipertermia nem sempre presente !!

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Sinais mais freqüentesSinais mais freqüentes

- Ataxia (70-80% dos casos)Ataxia (70-80% dos casos) dificuldade de locomoção, incoordenaçãodificuldade de locomoção, incoordenação

paralisia do posterior, dificuldade de erguer-separalisia do posterior, dificuldade de erguer-se fraqueza muscular.fraqueza muscular.

- Tremores musculares, dificuldade de deglutirTremores musculares, dificuldade de deglutir

- Sinais neurológicos (andar em círculos, cegueira,Sinais neurológicos (andar em círculos, cegueira,Pressionamento da cabeça, convulsões)Pressionamento da cabeça, convulsões)

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CURSO CLÍNICO: 24 h a 10-12 dias CURSO CLÍNICO: 24 h a 10-12 dias

PROGNÓSTICO: reservado a desfavorávelPROGNÓSTICO: reservado a desfavorável

SURTO NOS EUA: 35 – 45% letalidadeSURTO NOS EUA: 35 – 45% letalidade

DIAGNÓSTICO: útil apenas em nível populacionalDIAGNÓSTICO: útil apenas em nível populacional

TRATAMENTO: não há tratamento específicoTRATAMENTO: não há tratamento específico

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A INFECÇÃO EM HUMANOSA INFECÇÃO EM HUMANOS

- 80% das infecções são subclínicas80% das infecções são subclínicas

- Formas raras de transmissão detectadasFormas raras de transmissão detectadas

- Cefaléia, febre, fadiga, dores musculares, fadiga/fraquezaCefaléia, febre, fadiga, dores musculares, fadiga/fraqueza

- Sinais gastrintestinais, eritemas, prurido (algumas)Sinais gastrintestinais, eritemas, prurido (algumas)

- Rigidez e dor no pescoço, dificuldade de concentraçãoRigidez e dor no pescoço, dificuldade de concentração

- Encefalite: 1% dos infectados (velhos, imunodeprimidos)Encefalite: 1% dos infectados (velhos, imunodeprimidos)

- A encefalite é quase sempre fatal.A encefalite é quase sempre fatal.

- Até agosto de 2007: 25.000 casos/800 mortes Até agosto de 2007: 25.000 casos/800 mortes

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DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

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Casos clínicosCasos clínicos

Clínico/epidemiológico - suspeitoClínico/epidemiológico - suspeito

No animal ou pessoa vivaNo animal ou pessoa viva

- Soro pareado – ELISA- Soro pareado – ELISA

- ELISA anti-IgM- ELISA anti-IgM

Post-mortem Post-mortem

- Isolamento/PCR do cérebro- Isolamento/PCR do cérebro

- IHC/PCR do cérebro- IHC/PCR do cérebro

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CONTROLECONTROLE

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Em regiões EndêmicasEm regiões Endêmicas

1.1. Combate a insetos - repelentes, inseticidasCombate a insetos - repelentes, inseticidas - telas protetoras- telas protetoras

- combate a criatórios - combate a criatórios - lâmpadas anti-insetos, etc.- lâmpadas anti-insetos, etc.- proteção individual- proteção individual

2. Evitar contato aves-pessoas/eqüinos2. Evitar contato aves-pessoas/eqüinos- combate a pássaros peridomésticos- combate a pássaros peridomésticos- telas de proteção- telas de proteção

3. Vacinação3. Vacinação

- Vacinas para equinos disponíveis nos EUA- Vacinas para equinos disponíveis nos EUA- Vacina para uso humano em testes- Vacina para uso humano em testes

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WNV - PERSPECTIVASWNV - PERSPECTIVAS