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EDUCANDO PARA SEMPRE Nome completo: Turma: Unidade: 3ª PROVA OBJETIVA 1ª série - Ensino Médio Dia: 07/12 - quarta-feira 2016 Física - Gramática Literatura - Filosofia

EDUCANDO PARA SEMPRE - upvix.com.br · Frederico (massa 70 kg), um herói brasileiro, está de pé sobre o galho de uma árvore a 5 m acima do chão, como pode ser visto na figura

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EDUCANDO PARA SEMPRE

Nome completo:

Turma: Unidade:

3ª PROVA OBJETIVA 1ª série - Ensino Médio

Dia: 07/12 - quarta-feira

20

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Física - GramáticaLiteratura - Filosofia

ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA PROVA OBJETIVA - 3º TRI

FORMA

ERRADA DEPREENCHIMENTO

FORMA

CORRETA DEPREENCHIMENTO

É PROIBIDO COLOCAR QUALQUER TIPO DE INFORMAÇÃO NESTE LOCAL

PREENCHIMENTO DO CARTÃO RESPOSTA

SOMENTE COM CANETA AZUL

1. A prova terá duração de 2h30min.

2. O aluno não poderá sair para beber água ou ir ao banheiro antes de 1 hora de prova.

3. O aluno poderá levar a prova para casa a partir das 9 horas.

4. O preenchimento do gabarito deve ser feito com caneta AZUL. NÃO É PERMITIDO O USO DE

CANETAS COM PONTAS POROSAS.

5. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de todo o gabarito.

6. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser lápis,

caneta e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto ao quadro.

Não será permitido empréstimo de material entre alunos.

7. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova recolhida,

caso o mesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na base do quadro

durante a prova.

8. O fiscal deve conferir o preenchimento do gabarito antes de liberar a saída dos alunos.

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FÍSICA

1. Na evolução dos modelos astronômicos, as leis de Keppler são um marco importante para a compreensão do movimento dos astros. A figura retrata como esse modelo explica o movimento da terra em torno do Sol, destacando dois pontos nessa trajetória; o periélio e o afélio.

A velocidade da Terra ao passar pelo periélio em torno do sol é a) máxima b) diminuída c) constante como em toda trajetória d) com movimento desacelerado e) indeterminada GABARITO: A 2. Suponha que a velocidade de um objeto obedece a seguinte equação: v = 16 – 2t. Sendo a massa desse

objeto igual a 3 kg, calcule a quantidade de movimento desse objeto no instante 5s. a) ρ=6 kg.m/s b) ρ=10 kg.m/s c) ρ=18 kg.m/s d) ρ=8 kg.m/s e) ρ=30 kg.m/s GABARITO: C V= 16 – 2.5 V= 6 m/s. Assim, q= m.v Q= 3.6 Q= 18 kg.m/s 3. Frederico (massa 70 kg), um herói brasileiro, está de pé sobre o galho de uma árvore a 5 m acima do chão,

como pode ser visto na figura abaixo. Segura um cipó que está preso a um outro galho, que permite-lhe oscilar, passando rente ao solo sem tocá-lo. Frederico observa um pequeno macaco (massa 10 kg) no chão, que está prestes a ser devorado por uma onça, o maior felino da fauna brasileira. Desprezando a resistência do ar para essa operação de salvamento, assinale a proposição correta (considere Frederico e o macaco como partículas.).

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a) Há conservação de energia mecânica do nosso herói, quando ele oscila do galho da árvore até o chão e conservação da quantidade de movimento imediatamente após a colisão de ambos.

b) A velocidade do nosso herói, quando chega ao chão, antes de pegar o macaco, é zero. c) O choque entre o nosso herói e o macaco é elástico. d) Imediatamente após pegar o macaco, a velocidade do conjunto (nosso herói e macaco) é maior que a

velocidade do nosso herói imediatamente antes do choque entre eles. e) Nosso herói jamais conseguirá salvar o macaco, pois não possui velocidade suficiente para isso. GABARITO: A 4. Na figura temos dois blocos cujas massas são, respectivamente, 4 kg e 6 kg. A fim de manter a barra em

equilíbrio, determine a que distância x o ponto de apoio deve ser colocado. Suponha que, inicialmente, o ponto de apoio esteja a 40 cm da extremidade direita da barra.

a) x = 60 cm b) x = 20 cm c) x = 50 cm d) x = 30 cm e) x = 40 cm GABARITO: A F1.D1 = F2. D2

60.40 = 40 . X X= 60 cm 5. A figura mostra uma régua homogênea em equilíbrio estático, sob a ação de várias forças. Quanto vale a

intensidade da força F, em N? a) 1 b) 2 c) 2,5 d) 3 e) 5 GABARITO: A 1.15 + 3.5 = F.30 15 + 15 = F.30 F = 1N. 6. Nossos sentidos percebem de forma distinta características das ondas sonoras, como: frequência, timbre e

amplitude. Observações em laboratório, com auxílio de um gerador de áudio, permitem verificar o comportamento dessas características em tela de vídeo e confrontá-las com nossa percepção. Após atenta observação, é correto concluir que as características que determinam a altura do som e a sua intensidade são, respectivamente,

a) frequência e timbre. b) frequência e amplitude. c) amplitude e frequência. d) amplitude e timbre. e) timbre e amplitude. GABARITO: B

7. O gráfico representa uma onda que se propaga com velocidade constante de 200 m / s.

A amplitude (A), o comprimento de onda ( )λ e a frequência (f ) da onda são, respectivamente,

a) 2,4 cm; 1,0 cm; 40 kHz

b) 2,4 cm; 4,0 cm; 20 kHz

c) 1,2 cm; 2,0 cm; 40 kHz

d) 1,2 cm; 2,0 cm; 10 kHz

e) 1,2 cm; 4,0 cm; 10 kHz

GABARITO: D

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8. Na figura abaixo, estão representadas duas ondas transversais P e Q, em um dado instante de tempo.

Considere que as velocidades de propagação das ondas são iguais.

Sobre essa representação das ondas P e Q, são feitas as seguintes afirmações:

I. A onda P tem o dobro da amplitude da onda Q.

II. A onda P tem o dobro do comprimento de onda da onda Q.

III. A onda P tem o dobro de frequência da onda Q. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. GABARITO: B 9. Fisicamente, um violão é um conjunto de cordas vibrantes que, quando afinadas e tensionadas pela força

correta, emitem um som cuja frequência corresponde ao primeiro harmônico da corda, também conhecido

como som fundamental. Considere uma dessas cordas com densidade linear de 210 kg / m cuja parte

vibrante é de 55 cm de comprimento, tensionada por uma força de 144 N. Observando os valores das

frequências na tabela abaixo, qual nota, aproximadamente, essa corda emitirá?

Tabela de frequências do primeiro harmônico emitidas pelas cordas de um violão afinado

Corda Nota Frequência

1 Mi (E) 329,65 Hz

2 Si (B) 246,95 Hz

3 Sol (G) 196,00 Hz

4 Ré (D) 146,85 Hz

5 Lá (A) 110,00 Hz

6 Mi (E) 82,40 Hz

a) Mi b) Si

c) Sol d) Ré

e) Lá

GABARITO: E 10. Em 1816, o médico francês René Laënnec, durante um exame clínico numa senhora, teve a ideia de enrolar

uma folha de papel bem apertada e colocar seu ouvido numa das extremidades, deixando a outra livre para ser encostada na paciente. Dessa forma, não só era evitado o contato indesejado com a paciente, como os sons se tornavam muito mais audíveis. Estava criada, assim, a ideia fundamental do estetoscópio [do grego, ―stêthos‖ (peito) ―skopéo‖ (olhar)].

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É utilizado por diversos profissionais, como médicos e enfermeiros, para auscultar (termo técnico correspondente a escutar) sons vasculares, respiratórios ou de outra natureza em diversas regiões do corpo.

É composto por três partes fundamentais. A peça auricular tem formato anatômico para adaptar-se ao canal auditivo. Os tubos condutores do som a conectam à peça auscultatória. E, por fim, a peça auscultatória, componente metálico colocado em contato com o corpo do paciente. Essa peça é composta por uma campânula, que transmite melhor os sons de baixa frequência - como as batidas do coração - e o diafragma, que transmite melhor os sons de alta frequência, como os do pulmão e do abdômen. A folha de papel enrolada pelo médico francês René Laënnec pode ser interpretada como um(a) a) tubo sonoro aberto b) tubo sonoro fechado c) corda vibrante d) corda não vibrante e) catalisador de sons GABARITO: A 11. Uma pessoa, ao soprar na extremidade aberta de um tubo fechado, obteve o som do primeiro harmônico cuja

frequência é 375Hz. Se o som no local se propaga com velocidade de 330m / s, então o comprimento desse

tubo é de

a) 20cm.

b) 22cm.

c) 24cm.

d) 26cm.

e) 30 cm. GABARITO: B 12. As ambulâncias, comuns nas grandes cidades, quando transitam com suas sirenes ligadas, causam ao

sentido auditivo de pedestres parados a percepção de um fenômeno sonoro denominado efeito Doppler. Sobre a aproximação da sirene em relação a um pedestre parado, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o efeito sonoro percebido por ele causado pelo efeito Doppler. a) Aumento no comprimento da onda sonora. b) Aumento na amplitude da onda sonora. c) Aumento na frequência da onda sonora. d) Aumento na intensidade da onda sonora. e) Aumento na velocidade da onda sonora. GABARITO: C

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GRAMÁTICA Leia, abaixo, a tirinha que segue, que diz respeito às próximas três questões:

13. A tirinha acima se utiliza da duplicidade de sentido conferida a uma palavra para produzir, ao mesmo tempo, efeitos de humor e crítica social. O nome desse fenômeno e o termo em questão são, respectivamente,

a) homonímia – cultura. b) polissemia – cultura.

c) polissemia – veículo. d) sinonímia – veículo.

e) sinonímia – cultura.

GABARITO: C 14. A fala da personagem Mafalda no último quadrinho é motivada a) pelo fato da palavra ―TV‖ não denotar a ideia de veículo, sendo a comparação inapropriada. b) pelo fato da personagem não apresentar formação intelectual capaz de compreender e reconhecer produções

artísticas contemporâneas. c) pelo fato da personagem estranhar o conceito de cultura de acordo com aquilo veiculado pela televisão,

averiguável no terceiro quadrinho. d) pelo fato da TV não substituir o livro enquanto veículo disseminador da cultura na sociedade. e) pelo fato de que a internet, enquanto nova forma de disseminação do saber, já ter superado as

limitações da TV. GABARITO: C

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15. O mesmo recurso semântico presente na tirinha de Mafalda é notado em:

a)

b)

c)

d)

e)

GABARITO: B

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Leia o que escreve Beccaria, para as próximas questões: “Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, […….] as penas em dinheiro contribuirão tão-somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo a rico talvez criminoso.” 16. A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a conexão lógica

entre as ideias de condição e o que ele afirma a seguir é a) inclusive. b) além disso. c) então. d) por outro lado. e) mesmo. GABARITO: C 17. No excerto de Beccaria, especificamente na passagem: ―as penas em dinheiro contribuirão tão-somente para

aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo a rico talvez criminoso”, depreende-se

a) uma crítica ao sistema carcerário, que não recupera o preso e aprofunda ainda mais as discrepâncias sociais.

b) um elogio às penas alternativas, como o pagamento de multas a fim de sanar eventuais infrações. c) um elogio ao direito à propriedade privada, sendo este inalienável ao cidadão e ao Estado. d) uma crítica a penas que consistem no pagamento de multas, pois são injustas e fomentam a desigualdade. e) uma crítica à passividade do sistema judiciário, que nada faz acerca de crimes hediondos. GABARITO: D 18. Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem

alterar o significado delas.

"Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó. (Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. (Consequentemente), a filha também será morena e alta."

a) primeiramente, ademais, além disso, em suma b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito. GABARITO: D Leia a tirinha que segue:

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19. No quadrinho do cartunista Quino, encontramos a conjunção ―mas”, que pode ser classificada como a) conjunção consecutiva. b) conjunção aditiva. c) conjunção adversativa. d) conjunção alternativa. e) conjunção conclusiva. GABARITO: C 20. Em: ―Mas uma mãe é uma mãe e é preciso respeitá-la, pronto‖. A conjunção ―E‖ poderia ser trocada sem

prejuízo de sentido ao contexto por: a) Porque b) Entretanto c) Outrossim d) Pois e) Portanto GABARITO: E Leia: O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio, montado pelo Botafogo na frente da sua área. No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 21. O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém

vários conectivos, sendo que, a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas

no jogo. c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica

de ocorrência. d) mesmo traz ideia de concessão, já que "com mais posse de bola" ter dificuldade não é algo

naturalmente esperado. e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a

fazer um bloqueio. GABARITO: D 22. Sobre as preposições usadas no texto, nas passagens ―no meio-campo‖, ―na primeira chance rubro-negra‖ e

―em cima da linha‖, a) a preposição ―em‖ apresenta diferentes valores semânticos, sendo lugar, tempo e lugar, respectivamente. b) a preposição ―em‖ apresenta diferentes valores semânticos, sendo lugar, causa e modo, respectivamente. c) a preposição ―em‖ apresenta o mesmo valor semântico em todos os casos, exprimindo ideia de modo. d) a preposição ―em‖ apresenta o mesmo valor semântico em todos os casos, exprimindo ideia de lugar. e) a preposição ―em‖ apresenta o mesmo valor semântico em todos os casos, exprimindo ideia de companhia. GABARITO: A O texto que segue deverá servir de base para as próximas duas questões:

Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo caráter truncado da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, do que à sua suposta falta de abrangência.

(Folha de S. Paulo, 13/09/94, 2-2)

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23. Segundo o texto, a) o processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a agricultura. b) os problemas da agricultura resultam do impacto causado pela modernização progressiva do setor. c) os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do setor. d) segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos de modernização. e) os problemas da agricultura decorrem da não modernização de estabelecimentos agrícolas marginalizados. GABARITO: C 24. No trecho "à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes.", a expressão ―teriam ficado‖ exprime a) o desejo de que esse fato não tenha ocorrido. b) a certeza de que a imunidade à modernização é própria de estabelecimentos agrícolas marginalizados. c) a hipótese de que esse fato tenha ocorrido. d) a certeza de que esse fato realmente não ocorreu. e) a possibilidade de a imunidade à modernização ser decorrente da persistência de certos segmentos. GABARITO: C

LITERATURA

Ardor em firme coração nascido; pranto por belos olhos derramado;

incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido:

tu, que em um peito abrasas escondido; tu, que em um rosto corres desatado; quando fogo, em cristais aprisionado; quando crista, em chamas derretido.

Se és fogo, como passas brandamente, se és fogo, como queimas com porfia?

Mas ai, que andou Amor em ti prudente! Pois para temperar a tirania,

como quis que aqui fosse a neve ardente, permitiu parecesse a chama fria.

25. O texto pertencente a Gregório de Matos apresenta todas as seguintes características: a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento,

antíteses claras dispostas em ordem direta. b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e

das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida. c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática simétrica por simetrias

sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo. d) Técnica naturalista, assimetria total de construção, ordem direta inversa, imagens que prenunciam

o Romantismo. e) Verificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das antíteses, dos anacolutos

e das alegorias, construção assimétrica. GABARITO: C 26. Sobre cultismo e conceptismo, os dois aspectos construtivos do Barroco, assinale a única

alternativa incorreta: a) O cultismo opera através de analogias sensoriais, valorizando a identificação dos seres por metáforas. O

conceptismo valoriza a atitude intelectual, a argumentação. b) Cultismo e conceptismo são partes construtivas do Barroco que não se excluem. É possível localizar no

mesmo autor e no mesmo texto os dois elementos. c) O cultismo é perceptível no rebuscamento da linguagem, pelo abuso no emprego de figuras semânticas,

sintáticas e sonoras. O conceptismo valoriza a atitude intelectual, o que se concretiza no discurso pelo emprego de sofismas, silogismos, paradoxos, etc.

d) O cultismo na Espanha, Portugal e Brasil é também conhecido como gongorismo e seu mais ardente defensor, entre nós, foi o Pe. Antônio Vieira, que, no Sermão da Sexagésima, propõe a primazia da palavra sobre a ideia.

e) Os métodos cultistas mais seguidos por nossos poetas foram os de Gôngora e Marini e o conceptismo de Quevedo foi o que maiores influências deixou em Gregório de Matos.

GABARITO: D

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27. A alternativa que apresenta as principais características do Barroco é: a) Racionalismo, Universalismo, perfeição formal, presença de elementos da mitologia greco-

latina e humanismo. b) Pastoralismo, bucolismo, nativismo, tom confessional, espontaneidade dos sentimentos e exaltação da

pureza, da ingenuidade e da beleza. c) Preocupação formal, preferência por temas descritivos, objetivismo, apego à tradição clássica e

vocabulário culto. d) Subjetivismo e individualismo, eurocentrismo, patriarcalismo e nacionalismo exacerbado. e) Apelo religioso, misticismo, erotismo, castigo como decorrência do pecado, fugacidade da vida e instabilidade

das coisas. GABARITO: E

28. A exaltação da forma, o culto à linguagem permeada por metáforas, conflito entre o humanismo renascentista

e a tentativa de restauração de uma religiosidade medieval são características do a) Classicismo. b) Arcadismo. c) Romantismo. d) Barroco. e) Condoreirismo. GABARITO: D

29. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se afirmar: a) Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana não se ocupou de problemas locais. b) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. c) Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. d) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o para justificar todos os acontecimentos políticos e sociais. e) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos. GABARITO: B 30. A obra de Gregório de Matos – autor que se destaca na literatura barroca brasileira – compreende a) poesia épico-amorosa e obras dramáticas. b) poesia satírica e contos burlescos. c) poesia lírica, de caráter religioso e amoroso, e poesia satírica. d) poesia confessional e autos religiosos. e) poesia lírica e teatro de costumes. GABARITO: C

31. Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro

lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco."

(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas).

No fragmento, o autor afirma que a) vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento. b) vai adotar uma sequência narrativa invulgar. c) o que o levaram a escrever suas memórias foram duas considerações sobre a vida e a morte. d) vai começar suas memórias pela narração de sua morte. e) vai adotar a mesma sequência narrativa utilizada por Moisés. GABARITO: D 32. ―Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria‖.

O enunciado acima se refere a uma das obras de Machado de Assis intitulada a) Dom Casmurro b) Memorial de Aires c) Memórias póstumas de Brás Cubas d) Quincas Borba e) Esaú e Jacó GABARITO: C

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Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai logo que teve aragem dos quinze contos sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.

— Dessa vez, disse ele, vais para Europa, vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra, quero-te homem sério e não arruador e não gatuno.

E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um filho que me faz isso.

Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas

33. De acordo com essa passagem da obra, pode-se antecipar a visão que Machado de Assis tinha sobre as

pessoas e sobre a sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) O amor é fruto de interesse e compõe o pilar das instituições hipócritas. b) O amor, se sincero, supera todas as barreiras, inclusive as financeiras. c) O caráter autoritarista moldava as relações familiares, principalmente entre pai e filho. d) Havia medo de que a marginalidade envolvesse os jovens daquela época. e) O amor era glorificado e apontado como o único caminho para redimir as pessoas. GABARITO: A 34. Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro

lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto que o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; o segundo é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.

Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis

Essa é a abertura do famoso romance de Machado de Assis. Dentro desse contexto, já dá para se ver o tipo de narrativa que será explorada. Assinale a alternativa correta a esse respeito. a) A narrativa decorre de forma cronologicamente correta, de acordo com a passagem do tempo: infância,

juventude, maturidade e velhice. b) A linearidade das ações apresenta cenas de suspense, dado o comportamento inusitado dos personagens. c) Não há como prever o final da narrativa, já que seu enredo é, propositadamente, complicado. d) A ação terá, como cenário, os diversos centros cosmopolitas do mundo. e) O autor usa o recurso do flashback devido à sua intenção de iniciar o romance pelo ―fim‖. GABARITO: E

FILOSOFIA 35. ―O filósofo é critico, embora não seja cético. Não desespera da verdade, mas recusa todas as certezas,

considerando-as provisórias e sujeitas a serem relativizadas por novos argumentos.‖ (Sérgio Paulo Rouanet. As razões do Iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 320.)

O texto acima faz menção ao ceticismo, corrente do período Helenístico. Sobre essa corrente filosófica, podemos afirmar que a) os céticos acreditam em uma única verdade. b) o ceticismo é pautado na aceitação de verdades universais. c) a dúvida é rejeitada na busca pela verdade absoluta. d) o cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade. e) o ceticismo é muito semelhante ao dogmatismo. GABARITO: D 36. Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu:

Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado.

(Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe. )

Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto: a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar. b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval. c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante. d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo. e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las. GABARITO: E

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37. Tomemos o seguinte raciocínio: Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

Podemos identificar no posicionamento dos elementos desse silogismo, a seguinte ordem, respectivamente: a) Premissa, premissa, premissa. b) Conclusão, premissa, premissa. c) Premissa, conclusão, falácia. d) Premissa, conclusão, premissa. e) Premissa, premissa, conclusão. GABARITO: E 38. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que

ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros. b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política. c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais. e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares. GABARITO: C 39. Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com seus súditos, Maquiavel questiona as concepções

vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das boas qualidades morais dos homens que dirigem as instituições. Para o autor, ―um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade‖.

Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 1973, p.69.

Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de um príncipe, é correto afirmar que a) a atitude do governante para com os governados deve estar pautada em sólidos valores éticos, devendo o

príncipe punir aqueles que não agem eticamente. b) o Bem comum e a justiça não são os princípios fundadores da política; esta, em função da finalidade que lhe

é própria e das dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a ética. c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se

deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude. d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo nas situações em que seus atos pareçam

maus. e) a ética e a política são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade

política onde o governante age conforme a virtude. GABARITO: B 40. Leia o texto a seguir. A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália.

(Adaptado de: SADEK, M. T. ―Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú‖. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta. a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a

moralidade convencional e cristã. b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a

realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita. c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e

aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita. d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização

de uma vontade superior e divina. e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a

estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. GABARITO: B 41. Leia o trecho abaixo.

―O encontro com outrem é imediatamente minha responsabilidade por ele. A responsabilidade pelo próximo é, sem dúvida, o nome grave do que se chama amor do próximo, amor sem Eros, caridade, amor em que o momento ético domina o momento passional, amor sem concupiscência‖.

(Emmanuel Lévinas, Entre Nós, p. 143, Petrópolis: Vozes, 2005).

Para o autor, o amor ao próximo refere-se a) à minha responsabilidade pelo meu próximo, independentemente de uma escolha de minha vontade. b) tão somente ao mandamento religioso. c) à ideia de que a consciência ética é consciência apenas de si. d) à ideia de que o amor ético é um momento passional. e) à ideia de que a consciência ética é consciência nula. GABARITO: A

42. Quais das correntes filosóficas abaixo podem ser consideradas do período helenístico? a) modismo, marxismo e capitalismo b) estoicismo, epicurismo e modismo c) epicurismo, cinismo, estoicismo e pirronismo (ceticismo) d) platonismo e neoplatonismo e) epicurismo, platonismo, estoicismo e pirronismo (ceticismo) GABARITO: C 43. Leia o trecho da Carta a Meneceu.

"Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou é a mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou ou já passou; devemos, portanto, filosofar na juventude e na velhice para que enquanto envelhecemos continuemos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradável recordação do passado, e para que ainda jovens sejamos ao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante do porvir. Devemos então meditar sobre tudo..."

(Epicuro Carta de Epicuro a Menoiceus).

Para Epicuro, como se expressa na Carta a Meneceu, o objetivo da filosofia é

a) a felicidade do homem. b) a imparcialidade diante das decisões tomadas pelos homens. c) a areté própria do homem. d) o gozo imoderado dos prazeres mundanos. e) estabelecer, refutar e defender argumentos tirados da bíblia. GABARITO: A 44. A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e

rediscutido, porque o produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para um exercício de pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza de valores para organizar também uma nova prática política.

CORDI. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado)

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O século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e a agir de acordo

com valores coletivos. b) mecanismo de criação dos direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso. c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento do que é

efetivamente a ética, a política internacional se realiza. d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses à ação privada dos cidadãos. e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação a

outras sociedades. GABARITO: A